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AUTOMÓVEIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 2 de setembro de 2015, Ano XL, Nº 8801 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Série especial ASX O'Neill AUTOTAL A versão custa R$ 96.990 e está limitada a 300 unidades alusivas à grife de roupas e acessórios com foco em surfistas PÁG. 2 DIVULGAÇÃO VITRINE Nissan Sentra: tecnologia e segurança Sedã médio tem como novidades principais na linha 2016 os sistemas de controle de estabilidade e tração PÁG. 4 DIVULGAÇÃO Aparência com essência No mercado europeu, Fiat Panda alia vocação lameira às dimensões urbanas na versão Cross, com tração integral E m 35 anos de existên- cia, o Fiat Panda pode ser considerado um fenôme- no na Europa. O subcompacto já emplacou mais de 10 milhões de unidades e, para muitos adeptos da aventura ou profis- sionais do ambiente agrícola, é um dos melhores custos/bene- fícios no competitivo mercado europeu. Isso porque o modelo tem inusitadas versões 4X4, que desde 1983 permite ao compac- to urbano – que é construído so- bre a mesma plataforma do Uno vendido no Brasil – se arriscar em trilhas com sua tração nas quatro rodas. E até com “rou- pagem” mais “off-road”, em sua configuração Cross, uma das vertentes da terceira gera- ção do Panda, lançada em 2011. O Panda Cross europeu é movido por um motor dois ci- lindros TwinAir Turbo 0.9 litro a gasolina, que entrega 90 cv de potência e torque de 14,8 kgfm ou um diesel 1.3 MultiJet de 80 cv e 19,4 kgfm de torque. Mas o primeiro conta com um modo de direção econômico que, ao ser acionado, reduz drastica- mente esses valores, garantindo mais autonomia para o veículo. Desta forma, potência e torque caem para 77 cv e 10,2 kgfm. Com gasolina no tanque, o trem de força é completado por uma transmissão de seis velocidades, enquanto a versão com propul- sor diesel traz câmbio de cinco marchas. PÁG. 4 FOTOS DIVULGAÇÃO

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AUTOMÓVEISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), quarta-feira, 2 de setembro de 2015, Ano XL, Nº 8801 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Série especial ASX O'Neill

AUTOTAL

A versão custa R$ 96.990 e está limitada a 300 unidades alusivas à grife de roupas e acessórios com foco em surfistas PÁG. 2

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VITRINE

Nissan Sentra: tecnologia e segurançaSedã médio tem como novidades principais na linha 2016 os sistemas de controle de estabilidade e tração PÁG. 4

DIVULGAÇÃO

Aparência com essênciaNo mercado europeu, Fiat Panda alia vocação lameira às dimensões urbanas na versão Cross, com tração integral

Em 35 anos de existên-cia, o Fiat Panda pode ser considerado um fenôme-

no na Europa. O subcompacto já emplacou mais de 10 milhões de unidades e, para muitos adeptos da aventura ou profis-sionais do ambiente agrícola, é um dos melhores custos/bene-fícios no competitivo mercado europeu. Isso porque o modelo tem inusitadas versões 4X4, que desde 1983 permite ao compac-to urbano – que é construído so-bre a mesma plataforma do Uno vendido no Brasil – se arriscar em trilhas com sua tração nas quatro rodas. E até com “rou-pagem” mais “off-road”, em sua configuração Cross, uma das vertentes da terceira gera-

ção do Panda, lançada em 2011.O Panda Cross europeu é

movido por um motor dois ci-lindros TwinAir Turbo 0.9 litro a gasolina, que entrega 90 cv de potência e torque de 14,8 kgfm ou um diesel 1.3 MultiJet de 80 cv e 19,4 kgfm de torque. Mas o primeiro conta com um modo de direção econômico que, ao ser acionado, reduz drastica-mente esses valores, garantindo mais autonomia para o veículo. Desta forma, potência e torque caem para 77 cv e 10,2 kgfm. Com gasolina no tanque, o trem de força é completado por uma transmissão de seis velocidades, enquanto a versão com propul-sor diesel traz câmbio de cinco marchas. PÁG. 4

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 2 de setembro de 2015

AUTOTAL por LUIZ FERNANDO LOVIK

Série especial ASX O'Neill

A Mitsubishi anunciou o lan-çamento da série especial e li-mitada O’Neill para o crossover ASX nesta quarta-feira (26). A versão custa R$ 96.990 e está li-mitada a 300 unidades alusivas à grife de roupas e acessórios com foco em surfistas.

O ASX O’Neill traz carro-ceria pintada de branco, ver-melho ou preto com detalhes cinza grafite em diversos equi-pamentos externos como ma-çanetas, retrovisores e grade, além de adesivo lateral exclu-sivo da versão.

A grade tem novo desenho, a fim de transmitir mais robus-

tez. Há ainda conjunto ótico com máscara negra, rodas de 17 polegadas e barras transver-sais para o raque de teto com espuma protetora.

Já a parte interna reserva bancos com grafia da O’Neill e tampa do porta-lucas com pla-quetas que identificam a uni-dade produzida (de 1 a 300). Outro diferencial é um chaveiro exclusivo da grife californiana.

O ASX é equipado de motor 2.0 16V de 160 cv acoplado a uma transmissão CVT (con-tinuamente variável) com aletas atrás do volante para trocas manuais.

New Elantra por R$ 79.990

A Hyundai anunciou o início das vendas do New Elantra nesta sexta-feira (21). O sedã médio ganhou recebeu nova nomenclatura, mas continua a ser comercializado por R$ 79.990. Serão vendidas 130 unidades na cor cinza Metá-lico e outras 40 em vermelho Pérola para marcar o lança-mento do carro.

A novidade está na nova cen-tral multimídia com TV digital e que agora com tecnologia Android, sistema Mirror Link

e hotspot Wi-Fi. Isto é, o con-sumidor pode parear os apli-cativos de seu smartphone no painel via cabo USB. A tecnolo-gia, entretanto, é restrita a apa-relhos com sistema Android.

O sedã é equipado de motor 2.0 bicombustível de 169/178 cv abastecido de gasolina e etanol, respectivamente. Já o torque máximo de 20/21,5 kgfm é distribuído para o eixo dianteiro pr meio da transmis-são automática Shiftronic de seis velocidades.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), quarta-feira, 2 de setembro de 2015 AUTOMÓVEIS 3

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 2 de setembro de 2015

VITRINE

Nissan Sentra: tecnologia e segurançaSedã médio tem como novidades principais na linha 2016 os sistemas de controle de estabilidade e tração, além da plataforma Connect, que interage com redes sociais

A série especial Unique pas-sa a ser a versão mais so-fisticada do Sentra. O sedã

médio da Nissan faz sucesso no mercado nacional e é o terceiro mais vendido, ficando atrás dos também japoneses Corolla e Civic. Apesar de ser a carroce-ria menos prática, os sedãs são adorados pelos brasileiros. As principais novidades do Sentra 2016 são os controles de tração e estabilidade aplicados a partir da versão SV, a primeira com câm-bio automático CVT. Fica fora do importante equipamento de segurança, a versão S, de entrada, com câmbio manual de seis mar-chas. O sistema de conectividade está presente a partir da versão SL, abaixo da Unique.

O que mais impressiona no Sentra é o acerto do conjunto, um carro muito equilibrado em todos os sentidos, pois alia pra-zer de dirigir e conforto também aos ocupantes do banco traseiro. Além do amplo espaço para as pernas, a suspensão, que não é sofisticada, absorve bem as im-perfeições do solo sem o incômo-do da transferência intensa aos passageiros. A direção leve em manobras e firme em alta au-menta a segurança e satisfação na condução.

Além dos itens básicos de se-

Um dos atrativos do Sentra 2016 é o sistema Nissan Connect, que permite a conectividade do carro com aplicativos de smartphones. É item de série para a versão SL e a série especial Unique. Prático e funcional, o sistema tem um pacote de serviço que é gratuito para os três primeiros anos após a compra do carro, mas seu funcionamento depende da compatibilidade do smartphone com o pacote de dados e do cadastro no app. Por meio dele é possível acessar as redes sociais e localizar pessoas que também estejam conectadas

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gurança, como apoio de cabeça e cinto de três pontos em todos os assentos, e os obrigatórios freios ABS e airbag duplo frontal, o Sentra tem airbags laterais nos bancos dianteiros e os de corti-na. Há também sistema Isofix de fixação de cadeiras infantis no banco traseiro. Controles de estabilidade e tração completam a segurança. O primeiro evita a perda de estabilidade. O sistema eletrônico trabalha diretamente nos freios ABS e no pedal do ace-lerador para controlar o torque em saídas de frente e de traseira. Nessas situações, o sistema dimi-nui a rotação do motor e aumen-ta a pressão no freio da roda que está perdendo aderência. E o controle de tração detecta desli-zamento das rodas para respon-der instantaneamente e ajudar a reduzir a aceleração, retomando o controle do carro. A partir do ABS derivam outros sistemas de segurança, que deveriam ser obrigatórios em todos os veícu-los. Assim, seria possível dimi-nuir o preço. A carroceria tem aço ultrarresistente, ficando mais leve e segura.

O desempenho não empolga, mas acelerações e retomadas são feitas em tempos aceitáveis. O câmbio CVT, de infinitas re-lações de transmissão, é tão efi-

ciente quanto barulhento nas ul-trapassagens. Ouve-se o urro do motor. O motorista tem ajustes de altura do banco e da coluna de direção, que tem o de distância. A posição de dirigir é boa, mas o assento curto não apoia bem as pernas de motoristas mais altos. Característica dos carros japo-neses, mirando no biótipo deles. A versão topo de linha não tem apoio lombar, que evita fadiga quando se permanece mais tem-po ao volante, seja no trânsito ou em viagens longas. Mancada pa-ra um carro que custa quase R$ 90 mil.

Tanto o habitáculo quanto o porta-malas têm espaços avan-tajados. Nada de aperto. O senão do porta-malas são as alças que seguram a tampa. Modelos dessa categoria merecem molas a gás. As alças, chamadas de pescoço de ganso, esbarram na bagagem, im-pedindo o fechamento da tampa e diminuindo o espaço. A maioria dos carros utiliza as alças, inclu-sive os mais luxuosos.

CONCLUSÃO A garantia é de três anos, sem limite de qui-lometragem. O Sentra está na 7ª geração, que foi lançada nos EUA e no Brasil em 2013. O carro tem linhas limpas, retangulares e o vi-sual agrada bastante. Prova disso é o desempenho no mercado.

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), quarta-feira, 2 de setembro de 2015 AUTOMÓVEIS 5

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 AUTOMÓVEIS Macaé (RJ), quarta-feira, 2 de setembro de 2015

por Márcio MaioAuto Press

Em 35 anos de existência, o Fiat Panda pode ser considerado um fenô-

meno na Europa. O subcom-pacto já emplacou mais de 10 milhões de unidades e, para muitos adeptos da aventura ou profissionais do ambiente agrícola, é um dos melhores custos/benefícios no compe-titivo mercado europeu. Isso porque o modelo tem inusi-tadas versões 4X4, que desde 1983 permite ao compacto ur-bano – que é construído sobre a mesma plataforma do Uno vendido no Brasil – se arris-car em trilhas com sua tração nas quatro rodas. E até com “roupagem” mais “off-road”, em sua configuração Cross, uma das vertentes da terceira geração do Panda, lançada em 2011.

O Panda Cross europeu é movido por um motor dois ci-lindros TwinAir Turbo 0.9 li-tro a gasolina, que entrega 90 cv de potência e torque de 14,8 kgfm ou um diesel 1.3 MultiJet de 80 cv e 19,4 kgfm de torque. Mas o primeiro conta com um modo de direção econômico que, ao ser acionado, reduz drasticamente esses valores, garantindo mais autonomia para o veículo. Desta forma, potência e torque caem para 77 cv e 10,2 kgfm. Com gasoli-na no tanque, o trem de força é completado por uma trans-missão de seis velocidades, en-quanto a versão com propulsor diesel traz câmbio de cinco marchas. Ambos contam com sistema start/stop de série, que desliga o motor quando o veículo é parado e o pedal do freio se mantém pressionado, caso dos sinais de trânsito, por exemplo.

O sistema de tração nas qua-tro rodas acompanha um con-trole de seleção que permite escolher entre três opções. A primeira, Auto, divide a força automaticamente com o eixo traseiro ao identificar situ-ações de baixa aderência. O modo O²-Road adota a tração nas quatro rodas, priorizan-do sempre as que necessitam de mais força. Já o Hill Des-cent Control é indicado para

Nas ruas, o Fiat Panda versão Cross, não passa despercebido: o visual é típico de um modelo aventureiro

descidas íngremes e controla automaticamente os freios e a velocidade do veículo para manter a segurança.

Na Itália, onde o Panda Cross é fabricado, a Fiat cobra iniciais 19.650 euros pela sua versão de entrada, movida a gasolina. Ou seja, são aproxi-madamente R$ 66.900. Um preço que até chama a atenção em função da tradição e da ca-pacidade “o²-road” da versão. Mas, pelo tamanho compacto do modelo, pode ser considera-do um tanto salgado para quem pretende usufruir mais de suas características urbanas.

PEQUENO MULTIFUNCIONAL

O Fiat Panda Cross é um carro com dimensões de veí-culo de passeio compacto. Mas esconde uma personalidade “o²-road” capaz de impressio-nar. Nas ruas, não passa des-percebido: o visual é típico de um modelo aventureiro, com inserções vistosas de proteção em plástico nos para-lamas e para-choques da frente e de trás e dois ganchos de reboque vermelhos na parte frontal. A bordo, é confortável e tem boa visibilidade dianteira. Já atrás, em função das pequenas janelas, é indicado investir nos opcionais sensores de estacio-namento traseiros. As partes superiores do velocímetro e tacômetro ficam escondidas pelo aro do volante, o que atra-palha um pouco a interação entre o condutor e o automó-vel. E o painel é coberto com plástico acobreado – infeliz-mente, não há possibilidade de mudar esse tom.

Retomadas e saídas de sinal são boas, assim como o isola-mento acústico. Trata-se de um modelo projetado para uso “off-road” e na cidade, mas o grande destaque fica mesmo na sua vertente aventureira. Há uma capacidade digna de elogios para enfrentar obs-táculos graças ao ângulo de ataque de 24° para frente e 34° para a retaguarda. E para quem pretende utilizar mais o carro no ambiente urbano, a presença da sexta marcha no propulsor a gasolina contribui consideravelmente para a eco-nomia de combustível.

AUTOMUNDO

Aparência com essênciaNo mercado europeu, Fiat Panda alia vocação lameira às dimensões urbanas na versão Cross, com tração integral

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FICHA TÉCNICA

Fiat Panda Cross ● MOTOR: A gasolina, dianteiro, transversal, 0,875 cm3, dois cilindros paralelos, quatro válvulas por cilindro e comando variável de válvulas. Injeção direta de combustível e acelerador eletrônico sobrealimentado por

turbocompressor. ● TRANSMISSÃO: Câmbio manual com seis marchas à frente e uma a ré. Tração integral. ● POTÊNCIA máxima: 90 cv 5.500 rpm (77 cv no modo Eco). ● ACELERAÇÃO de 0 a 100 km/h: 12 segundos.

● VELOCIDADE máxima: 167 km/h. ● TORQUE máximo: 14,8 kgfm a 1.900 rpm (10,2 kgfm a 2 mil rpm no modo Eco). ● DIÂMETRO e curso: 80,5 mm x 86,0 mm. Taxa de compressão: 10,0:1. ● SUSPENSÃO: Dianteira com rodas independentes do tipo McPherson, com braços oscilantes. Traseira com rodas conectadas por eixo de torção.

0.9 litroTwinAir Turbo

90 cvPotência máxima

14,8 kgfmTorque máximo

NÚMEROS

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O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), quarta-feira, 2 de setembro de 2015 AUTOMÓVEIS 7

TESTE

Ponto futuroAudi aposta na imagem tecnológica do TT para ganhar prestígio no Brasilpor Eduardo RochaAuto Press

A Audi renasceu no Brasil. A marca vem ampliando as vendas de forma in-

tensa nos últimos dois anos. Em 2013, foram 6.500 veículos. Ano passado, 12.500. E este ano, an-tes mesmo de iniciar a produção na nova fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná, já lidera o segmento de marcas premium, com mais de 5 mil vendas entre janeiro e abril, à frente de BMW e Mercedes-Benz, que emplaca-ram perto de 4.500 unidades. A chegada da terceira geração do TT Coupé, ainda no primeiro semestre, pouco vai alterar isso. Mas a conta é a seguinte: grande parte das vendas no Brasil ficam concentradas nos segmentos de entrada do mercado premium. E mesmo que o TT só emplaque entre 60 e 80 unidades mensais, elas vão representar um enor-me ganho de imagem. Uma es-pécie de endosso na divisa da marca Vorsprung durch Tech-nik – algo como “Na vanguarda da tecnologia”.

Apesar do otimismo típico de slogans, o TT tem algumas carac-terísticas que confirmam a con-dição de vanguarda. A primeira delas é o que a Audi chama de Virtual Cockpit. Trata-se de uma tela digital, instalada no cluster diante do motorista, no lugar nor-malmente ocupado pelos instru-mentos tradicionais. Ali, pode-se emular desde um painel clássico, com marcadores nos dois lados com uma pequena área central com dados do computador de bordo, até inserir o mapa do GPS ladeado por velocímetro e conta-giros com tamanho reduzido. Esse monitor elimina, inclusive, a tela no console central.

Mas como se trata de um espor-tivo, as qualidades dinâmicas me-recem destaque. O propulsor é um 2.0 turbo da família EA888 e rende 230 cv de potência e 37,8 kgfm de torque, gerenciado por um câm-bio automático sequencial de seis marchas e dupla embreagem O propulsor tem turbo, duplo siste-ma de injeção e variação contínua no tempo de abertura das válvulas, que empurra o TT até os 100 km/h em apenas 5,9 segundos. O cupê alemão utiliza a plataforma MQB do Grupo Volkswagen, mesma da linha A3, e por isso agora tem a estrutura feita em aço. Por isso, o alumínio, tradicional material de contrução do TT, ficou do lado de fora. O metal agora molda toda a carroceria, com exceção do aero-fólio traseiro, que é em aço para

aguentar a pressão de trabalho sem deformar.

Apesar de ter sido pensado a partir de uma base de tecnologia, o TT não tem preços exorbitantes. A versão de entrada, Attraction, sai a R$ 209.990 e tem os equipamen-tos frugais para um modelo pre-mium. Estão lá ar-condicionado, sensores de luz e chuva, start/stop, seis airbags, sistema de som, faróis bixenônio e volante multi-funcional com paddle shifts, entre outros. O navegador é vendido à parte. Este equipamento é de sé-rie na top Ambition, que começa em R$ 229.990. Ela ainda traz ar-condicionado digital integrado às saídas de ar, faróis full led, rodas aro 19 no lugar das de 18 e o Audi Drive Selective – que altera o com-portamento de câmbio, direção e motor.

Esta terceira geração do TT também ganhou refinamento es-tético. As linhas fazem referência aos demais esportivos da marca, como o superesportivo R8, princi-

palmente nos vincos do capô e na assinatura em led dos faróis. O cai-mento da coluna traseira, bastante inclinada, é clássico para cupês e forma um perfil de gota invertida. O interior também ganhou um aspecto mais limpo com a saída do monitor central e a redução do número de botões e comandos.

O Audi TT é o único remanes-cente entre os esportivos compac-tos das marcas premium alemãs a resistir ao sistema de teto rígido retrátil, os chamados cupês-ca-briolets – como Mercedes SLK e BMW Z4. A versão conversível do modelo da Audi, chamada de roa-dster, deve ser lançada no segundo semestre desse ano – sempre com o objetivo de recuperar o prestígio que a Audi tinha nos anos 1990 e 2000, quando chegou a ter uma linha de produção e um bom volu-me de vendas. Se tudo correr como espera a empresa, em cinco anos, a Audi vai estar emplacando 30 mil unidades por ano. Ou o dobro do que deve conseguir em 2015.

DIVULGAÇÃO

PONTO A PONTO

● DESEMPENHO – Os 230 cv de potência e os 37,8 kfgm de torque produzidos pelo motor EA888 lidam com extrema fa-cilidade com os pouco mais de 1.300 kg do TT. Além disso, con-ta com uma dupla injeção – direta em baixas rotações e indireta em altas – e um comando continu-amente variável, que eliminam as possibilidades de sombras na aceleração. E o melhor: o câmbio de dupla embreagem é extrema-mente rápido para “entender” as intenções de quem espreme o acelerador. O zero a 100 km/h é cumprido em 5,9 segundos e a máxima fica nos 250 km/h apenas pelo controle na injeção. Nota 10.

● ESTABILIDADE – A estrutura em aço de resistência e a carro-ceira em alumínio fazem uma boa combinação no TT. Como um típico esportivo, o centro de gravidade baixo e a boa aerodi-nâmica deixam o cupê da Audi completamente neutro em retas e curvas de raio longo. Aos 120 km/h, o aerofólio se apresenta, para assentar ainda mais a tra-

seira do modelo na pista. Nota 9.● INTERATIVIDADE – Um dos re-

cursos mais atraentes e interes-santes do novo TT é o chamado Virtual Cockpit, que substitui o painel tradicional por um tela di-gital, que pode ser formatada de várias formas. Além de eliminar o monitor no console central, é também através desse painel que se faz as configurações di-nâmicas do modelo e se controla o som. Apesar da ótima impres-são que o Virtual Cockpit causa, o TT carece de alguns recursos já bastante difundidos e quase banais hoje em dia, como uma câmara de ré. Talvez chegue mais tarde, em algum novo pa-cote de equipamentos. Nota 9.

● CONSUMO – O Audi TT ainda não foi avaliado pelo Programa Brasi-leiro de Etiquetagem do InMetro. Os números oficiais da marca na Europa são de consumo médio em ciclo misto de 15,6 km/l, va-lores que não puderam ser con-frontados durante o test-drive, realizado em auto-estrada com o objetivo de explorar a potência do modelo. Nota 7.

● CONFORTO – A suspensão do Audi TT é dura para privilegiar a estabilidade. Até os bancos, extremamente firmes, são mais pensados para segurar o corpo que para aliviar as irregularida-des do piso. Na verdade, o TT é feito para andar em tapetes, pavimentos perfeitos como os encontrados nos países ricos. A vocação do TT traz ainda outros efeitos colaterais. O interior só oferece espaço para motorista e carona da frente – mesmo assim, sem muita margem de movimen-tação. Atrás, os ocupantes ficam apertados, mesmo se forem criança. Nota 6.

● TECNOLOGIA – O Audi TT com-partilha a plataforma MQB com A3, que oferece grande rigidez torcional e baixo peso – tanto que tem 50 kg a mesmo que o ante-cessor. A carroceria em alumínio também ajuda na leveza do mo-delo. O motor EA888 2.0 TFSI é da mesma família do 1.8 usado no mesmo A3 e é bem moderno. Entre os recursos mais explícitos, o que mais chama a atenção e imprime a ideia de tecnologia é

o Virtual Cockpit. A não ser pela ausência de câmara de ré, o TT tem o que se espera num espor-tivo que custa mais de R$ 200 mil. Nota 9.

● HABITABILIDADE – A solução de concentrar no cluster em frente ao motorista e no volante multi-funcional limpou o interior do TT – sobraram uns poucos botões no console central. Uma boa evolução foi a adoção de entrada USB, para conexão de celulares ou outros aparelhos. O interior é exíguo em porta-objetos e a al-tura do modelo força uma certa contorção para acessar o habi-táculo. Nota 8.

● ACABAMENTO – A cabine do TT tem bastante requinte, com combinação de materiais de bom gosto. Bancos combinan-do couro e alcântara, apliques em alumínio, superfícies macias e design limpo e atraente. Os re-vestimentos em preto também valorizam o interior. Nota 9.

● DESIGN – O TT nasceu como uma obra de design, quando adotou a escola Bauhaus em 1998, na primeira geração, foi para um es-

tilo quase genérico na segunda geração, de 2006, e agora volta um pouco às raízes, com referên-cias visuais à primeira geração, com na lanterna que contorna a traseira e no perfil da frente em curva acentuada. A enorme gra-de hexagonal e os faróis bastan-te afilados, com uma assinatura em led com linhas horizontais e verticais, deixam o visual do TT bastante agressivo. Mas nada tão eloquente que faça o TT se afastar das linhas clássicas de um cupê esportivo. Nota 8.

● CUSTO/BENEFÍCIO – A Audi posi-cionou seu cupê próximo a es-portivos como Chevrolet Cama-ro, que é maior e mais potente, ou o Mercedes-Benz SLK 250 e a BMW Z4 sDrive 2.0, dois cupês-conversíveis. Ou seja: o TT não tem um concorrente direto no Brasil, mas junto com o Peugeot RCZ, que é 30% mais barato, remete visualmente a modelos superesportivos. Pode ser um bom motivo de compra, mas não faz dele uma pechincha. Nota 6.

● TOTAL – O Audi TT Coupé somou 81 pontos em 100 possíveis.

NÚMERO

2.0 turboO propulsor tem turbo, duplo sistema de injeção e variação contínua no tempo de abertura das válvulas

NÚMERO

230 cvPotência máxima e 37,8 kgfm de torque, gerenciado por um câmbio automático sequencial de seis marchas e dupla embreagem

Por fora, o Audi TT impressiona da mesma forma que seu antecessor. Tem o perfil pontiagudo, a frente agressiva e a traseira discreta de um cupê esportivo clássico

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