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SEAP – 2012 AULÃO DE PENAL ALCÂNTARA TELEFONE 3245-4488

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SEAP – 2012AULÃO DE PENAL

ALCÂNTARA TELEFONE 3245-4488

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TIPICIDADE – TIPO PENAL A tipicidade decorre logicamente do princípio da legalidade (nullun

crimen sine lege). O Estado quando visar proibir ou impor DETERMINADA CONDUTA deve-se valer de uma LEI. Assim reza o artigo 1º do Código Penal:

Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal. (Anterioridade penal)

O assunto é de suma importância, pode-se dizer que o princípio da legalidade é um dos mais importantes para o direito penal. Este tem ASSENTO CONSTITUCIONAL no artigo 5º XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; Obs.: Como se denota há uma reprodução no código penal deste inciso.

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BIZU: É bem simples entender o princípio da legalidade.

1) A lei é o único instrumento quando se quer proibir ou impor determinada conduta;

2)Não tendo previsão legal, a conduta não é proibida ou imposta;

3) De uma forma geral: PODE FAZER TUDO QUE NÃO FOR PROIBIDO EM LEI.

FUNÇÃO DA LEGALIDADE: Quando se fala que a lei é o único instrumento hábil a criar crime em direito penal brasileiro, quer afastar a criação de crimes pelo costume, por analogia, proibir incriminações vagas e indeterminadas e coibir a retroatividade prejudicial da lei penal.

O que seria criar um crime pelo costume?

Estupro de vulnerável (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Note-se o fato de ter conjunção carnal com pessoa de 14 anos, não configura o crime em tela, apesar de algumas pessoas acharem este comportamento contrário aos costumes. Tal exemplo não é tão forte.

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Agora imagine o seguinte exemplo: Dois irmãos maiores de 14 anos praticam relações sexuais. Cometem crime? A resposta negativa se impõe! Tal conduta é contrário aos costumes, porém não há lei proibindo, então não é crime. SÓ A LEI é capaz de criar crime.

E o que é crime por analogia?

Deve-se deixar claro que se veda a analogia para prejudicar, ou seja, criar crimes, porém PODE SER USADO A ANALOGIA DE FORMA BENÉFICA.

INCRIMINAÇÕES VAGAS E INDETERMINADAS: O fato deve ser descrito de forma capaz de gerar segurança, vale o que está escrito, decorre também da vedação da analogia. Assim, no exemplo do estupro de vulnerável a lei é precisa ao dizer que será crime a pessoa que tiver conjunção carnal ou outro ato libidinoso COM MENOR DE 14 ANOS. Não se terá uma interpretação ampliando a proibição para os menos de 15 utilizando-se a analogia. Note-se, não há a expressão que gere dúvida quanto ao proibido, é bem preciso! OBS.: Alguns doutrinadores criticam a utilização dos termos QUALQUER, TODO pois não individualizam a conduta que se quer proibir ou impor.

IRRETROATIVIDADE DA LEI PENAL: A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

Art. 2º CP - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

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Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado.

ART. 5º, XL, CF: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;

VEDAÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA: Art. 62 CF: Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:

b) direito penal, processual penal e processual civil;

TIPICIDADE: Quando o fato incide no modelo abstrato criado pela lei penal, surge a denominada tipicidade. Esta é o enquadramento perfeito da conduta com o que está descrito em lei.

EX.: Furto: Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.(TIPO PENAL)

Legalidade – tipo penal – fato - tipicidade.

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Tipo e Tipicidade

Não se deve confundir o tipo com a tipicidade. O tipo é a fórmula que pertence à lei, enquanto a tipicidade pertence à conduta.

Um fato típico é uma conduta humana, por isso prevista na norma penal. Tipicidade é a qualidade que se dá a esse fato.

Tipo penal é o próprio artigo da lei. Fato típico é inerente a norma penal.

Típica é a conduta que apresenta característica específica de tipicidade (atípica a que não apresenta); tipicidade é a adequação da conduta a um tipo; tipo é a fórmula legal que permite averiguar a tipicidade da conduta.

TIPICIDADE FORMAL E MATERIAL: A tipicidade divide-se em FORMAL, esta é o enquadramento perfeito da conduta do agente com o previsto em lei, e em MATERIAL que mantém relação com o bem jurídico protegido. Sabe-se que a finalidade do Direito Penal é resguardar os bens jurídicos mais importantes, que não se fizeram suficientes outros ramos do Direito.

CASO CONCRETO: Uma pessoa capaz entrou na LOJA AMERICANAS e subtraiu um bala de um centavo, de acordo com a tipicidade formal é uma conduta proibida? E em relação a tipicidade material, seria justo ou até mesmo necessário processar e condenar a pessoa que furtou? Poderia ser alegado o princípio da insignificância ou bagatela?

BIZU: Tipicidade formal – conduta que se enquadra com o previsto anteriormente em lei. Tipicidade material – Bem jurídico protegido. Princípio da insignificância – Deve ser reconhecido pelo juiz quando verificar que há a tipicidade formal, porém o bem jurídico lesado é insignificante, não merece o esforço do judiciário, seria totalmente prejudicial punir tal conduta do que desconsiderar COMO CRIME. Note-se, este princípio afasta a TIPICIDADE, logo exclui o crime.

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Princípio da insignificância é aplicado a furto de objetos de pouco valor:

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) incluiu na primeira sessão de 2011 a análise de quatro Habeas Corpus pedindo a aplicação do princípio da insignificância (ou bagatela). Três deles foram concedidos, resultando na extinção de ações penais.

Processos envolvendo o princípio da insignificância têm-se tornado cada vez mais corriqueiros no STF. Uma dessas ações julgada pela Turma apurava a tentativa de furto de dez brocas, dois cadeados, duas cuecas, três sungas e seis bermudas de um hipermercado em Natal, no Rio Grande do Norte.

Ao conceder o pedido de Habeas Corpus para anular a ação penal, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, ressaltou que o princípio da insignificância se firmou “como importante instrumento de aprimoramento do Direito Penal, sendo paulatinamente reconhecido pela jurisprudência dos tribunais superiores, em especial pelo Supremo Tribunal Federal”, após passar por um “longo processo de formação, marcado por decisões casuais e excepcionais”.

Em seu voto, ele afirma que “a despeito de restar patente a existência da tipicidade formal (perfeita adequação da conduta do agente ao modelo abstrato previsto na lei penal) — não incide no caso a tipicidade material, que se traduz na lesividade efetiva e concreta ao bem jurídico tutelado, sendo atípica a conduta imputada ao (réu)”.

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A finalidade do Direito Penal é proteger os bens mais importantes e necessários para a própria sobrevivência da sociedade.

Por vezes, a proteção destes bens jurídicos importantes se faz através da cominação, aplicação e execução de penas. A pena, portanto, é simplesmente o instrumento de coerção de que se vale o Direito Penal para a proteção dos bens, valores e interesses mais significativos da sociedade.

Assim como exemplo de bens valiosos, pode-se mencionar a vida, o patrimônio, a integridade física, liberdade sexual, entre outros.

O critério da seleção de bens a ser protegidos é essencialmente político, pois, a sociedade, dia após dia, evolui. É fácil perceber, bens que em outros tempos eram tidos como fundamentais, atualmente não são mais regulados pelo Direito Penal, como por exemplo o antigo crime de sedução, revogado atualmente.

O Direito Penal divide-se em OBJETIVO e SUBJETIVO. O primeiro é o conjunto de normas editadas pelo Estado, definindo crimes e contravenções, impondo ou proibindo determinadas condutas sob a ameaça de sanção ou medida de segurança, bem como as permissivas (Princípio da legalidade); O segundo, é o próprio ius puniendi, é a possibilidade que tem o Estado de cumprir suas normas punindo o agente. Quando alguém viola a lei penal, ou seja, pratica um fato típico, ilícito e culpável(CRIME) abre-se ao Estado o dever-poder de iniciar a persecutio criminis in judicio, visando alcançar, quando for o caso e obedecendo o devido processo legal, um decreto condenatório.

OBS.: O ius puniendi é inerente ao Estado, apesar de em alguns casos a iniciativa da ação penal for do ofendido, como por exemplo ação penal de iniciativa privada.

CONCEITO DE DIREITO PENAL

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FONTES DO DIREITO PENAL:

1) FONTE DE PRODUÇÃO:

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;

Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

2) FONTES DE CONHECIMENTO: A LEI é o único instrumento capaz de criar crimes. (FONTE IMEDIATA)

FONTE MEDIATA: Para alguns doutrinadores, os costumes, os princípios gerais, são fontes cognitivas mediatas. OBS.:São mediatas porque ajudam na interpretação da norma ao caso concreto, com isso é possível a aplicação da decisão mais justa, o enquadramento correto do fato ao tipo penal. Como por exemplo: a honra será estabelecida pelo costume, repouso noturno, etc. Entretanto, a fonte mediata apenas auxilia o intérprete não podendo revogar crimes, muito menos criá-los. Quanto a revogação, a lei de introdução as normas de direito em seu art. 2º reza que uma lei só será revogado por outra.

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CRIME CONSUMADO E TENTADO Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

Crime consumado

I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;

Tentativa

II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.

Pena de tentativa

Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

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ITER CRIMINIS (CAMINHO DO CRIME)

1) Fase interna(Em regra não é punível – Princípio da lesividade)

a) Cogitação – é aquela fase que passa na mente do agente, aqui ele define a infração penal que deseja praticar, representando e antecipando mentalmente o resultado que se busca alcançar.

b) Preparação – O agente seleciona os meios aptos a chegar ao resultado por ele pretendido, procura o lugar mais apropriado à realização de seus atos, prepara-se para que possa ingressar na terceira fase do iter criminis.

2) Fase externa

c) execução ( tentativa – desistência voluntária – arrependimento eficaz)d) consumação ( em regra nos crimes materiais)e) exaurimento (determinados crimes – crime formal)

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Crime consumado: Artigo 14 do CP diz-se consumado quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição. Porém nem todos os delitos possuem o mesmo instante consumativo.

Crimes materiais: Quando se verifica o resultado. (Homicídio art. 121 CP)

Crimes formais: prática da conduta descrita no núcleo do tipo, independente da obtenção do resultado esperado pelo agente, que, caso aconteça será considerado mero exaurimento do crime. (Extorsão mediante sequestro art. 158 CP)

PENAL. RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. CONCUSSÃO. CRIME DE RESPONSABILIDADE. INTERCEPTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS. REQUISITOS. DENÚNCIA RECEBIDA EM PARTE. 1. O crime de concussão tem natureza formal, sendo suficiente, para sua configuração, a exigência da vantagem indevida. O efetivo auferimento do benefício é mero exaurimento do crime.

Crimes de mera conduta: simples comportamento previsto no tipo, não se exige resultado. (violação de domicílio art. 150 CP)

TENTATIVA (Conatus): iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. Algumas observações devem ser feitas:

1) Quanto à tipicidade: em razão ao princípio da legalidade somente a lei penal pode proibir determinada conduta sob a ameaça de sanção. Criou-se uma NORMA DE EXTENSÃO, como se verifica no artigo 14, II, CP, diz-se que a tentativa é a adequação típica de subordinação mediata ou indireta;

2) A conduta do agente tem que ser dolosa: tem que existir uma vontade livre e consciente de querer praticar determinada infração penal;

3) Atos de execução: o agente tem que iniciar o crime;

4) Não consumação por circunstâncias alheias à sua vontade.

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TENTATIVA PERFEITA: Quando o agente esgota, segundo seu entendimento, todos os meios que tinha ao seu alcance a fim de alcançar a consumação da infração penal, que somente não ocorre por circunstâncias alheias à sua vontade. (Tentativa acabada)

TENTATIVA IMPERFEITA: Diz-se imperfeita ou inacabada, a tentativa em que o agente é INTERROMPIDO durante a prática dos atos de execução, não chegando, assim, a fazer tudo aquilo que intencionava, visando consumar o delito.

TENTATIVA BRANCA: Fala-se em tentativa branca, ou incruenta, quando o agente, não obstante ter-se utilizado dos meios que tinha ao seu alcance, não consegue atingir a pessoa ou a coisa contra a qual deveria recair sua conduta.

TENTATIVA E CONTRAVENÇÃO PENAL: A Lei de contravenções penais em seu art. 4º diz não ser punível a tentativa de contravenção. Não se consumando a contravenção o fato será atípico.

Código Penal: Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.

LEI DE CONTRAVENÇÃO: Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção.

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STF Súmula nº 610:

Crime de Latrocínio - Homicídio Consumado Sem Subtração de BensHá crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.

Punição da tentativa como delito autônomo: Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

Art. 9º - Tentar submeter o território nacional, ou parte dele, ao domínio ou à soberania de outro país.Pena: reclusão, de 4 a 20 anos.

TENTATIVA E APLICAÇÃO DA PENA: em regra, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

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Desistência voluntária e arrependimento eficaz

Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução(desistência voluntária, tentativa abandonada ou perfeita) ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados.(arrependimento eficaz)

Arrependimento posterior

Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

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Art. 312 – Do Peculato;

Art. 313 – Do Peculato mediante erro de outrem;

Art. 313 – A – Inserção de dados falsos em sistema de informações;

Art. 313 – B – Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações;

Art. 314 – Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento;

Art. 315 – Emprego irregular de verbas ou rendas públicas;

Art. 316 – Concussão;

Art. 317 – Corrupção passiva;

Art. 318 – Facilitação de contrabando ou descaminho;

Art. 319 – Prevaricação;

Art. 320 – Condescendência criminosa;

Art. 321 – Advocacia administrativa;

Art. 322 – Violência arbitrária;

Art. 323 – Abandono de função;

Art. 324 – Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado;

Art. 325 – Violação de sigilo funcional;

Art. 326 – Violação do sigilo de proposta de concorrência.

CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Artigos relacionados aos crimes contra a Administração Pública:

( Extraterritorialidade) Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro:...c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;

(Concurso de pessoas) Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.

OBS.: Para a prática direta de crimes contra a Administração Pública, faz-se mister a qualidade de funcionário público(crime próprio). O indivíduo não funcionário público somente pode ser coautor ou partícipe desta modalidade de crime.

Art. 33: § 4o O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais.

Art. 92 - São também efeitos da condenação:(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo: (Redação dada pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)

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Funcionário público

Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

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Peculato

Art. 312 -(Peculato-apropriação) Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio(Peculato-desvio):

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. (Peculato Furto)

Peculato culposo § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano.

§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

Peculato mediante erro de outrem

Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa

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Inserção de dados falsos em sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000))

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática sem autorização ou solicitação de autoridade competente: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública ou para o administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento

Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.

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Emprego irregular de verbas ou rendas públicas

Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Concussão

Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:

Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.

Excesso de exação

§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)

§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.

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Facilitação de contrabando ou descaminho

Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334):

Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)

Prevaricação

Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).

Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Condescendência criminosa

Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Advocacia administrativa

Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.

Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo:

Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa.

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Violência arbitrária

Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de exercê-la:

Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente à violência. (LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE)

Abandono de função

Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira:

Pena - detenção, de um a três anos, e multa.

Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado

Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:

Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.

Violação de sigilo funcional

Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave.

§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Page 24: Aulapenal0205

II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Violação do sigilo de proposta de concorrência

Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:

Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.

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• 1) Regulamento do Sistema Penitenciário do Estado do Rio de Janeiro;

2) Estrutura Básica da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária;

LEI 4583/05

DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA CATEGORIA FUNCIONAL DE INSPETORES DE SEGURANÇA E ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

LEI 5348/08

ALTERA DISPOSITIVO DA LEI Nº 4.583, DE 25 DE JULHO DE 2005, E DA LEI Nº 3.694, DE 26 DE OUTUBRO DE 2001; FIXA O VENCIMENTO-BASE DO CARGO DE INSPETOR DE SEGURANÇA E ADMINISTRAÇÂO PENITENCIÁRIA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

(Criação e estruturação da Categoria Funcional de Inspetores da SEAP)

Art. 1º - Fica criada e estruturada, na forma desta Lei, no âmbito da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, a Categoria Funcional de Inspetores de Segurança e Administração Penitenciária. (LEI 4583/05)

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• DA CARREIRA E ATRIBUIÇÕES:

Art. 2º A categoria funcional de Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária a que se refere esta Lei é composta por cargos de provimento efetivo organizados em carreira escalonada em 1ª, 2ª e 3ª classes, sendo iguais os direitos e deveres de seus ocupantes, conforme os quantitativos e atribuições genéricas dos Anexos I e II desta Lei, respectivamente.

ANEXO ICATEGORIA FUNCIONAL CLASSE QUANTIDADE

Inspetor de SEAP I 1.500

Inspetor de SEAP II 2.500

Inspetor de SEAP III 3.000

DECRETO N.º 40.013 DE 28 DE SETEMBRO DE 2006.

Art. 2° - O exercício, em caráter permanente, dos cargos de inspetor de Segurança e Administração Penitenciária, fundado na hierarquia e disciplina, é incompatível com qualquer outra atividade

que traga prejuízo à Administração Pública.

Art. 3° - O provimento dos cargos definidos neste Decreto e nos quantitativos constantes do seu Anexo, dar-se-á:

I - na classe III, por concurso público de provas ou de provas e títulos;

II - na classe II, por promoção dos integrantes da Classe III;

III- na Classe I, por promoção dos integrantes da Classe II.

Art. 4° - A nomeação será feita em caráter efetivo, após

aprovação em concurso público e curso de formação profissional ministrado pela Escola de Gestão Penitenciária.

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CAPITULO IVDAS ATRIBUIÇÕES

Art. 17 — São atribuições específicas da categoria funcional dos Inspetores de Segurança e Administração Penitenciária:I - proteger pessoas e bens;II - preservar a ordem, repelindo a violência;III - desempenhar ações de segurança e vigilância interna e externa dos estabelecimentos prisionais, bem como órgãos e locais vinculados ou de interesse da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e do Governo do Estado;IV - exercer atividades de escolta, custódia e operações de transporte de presos e internos, bem como transferências interestaduais e/ou entre unidades no interior do Estado;V - realizar buscas periódicas nas celas e em qualquer área no interior das unidades prisionais;VI - realizar revistas nos presos e internos;VII - realizar revistas, pessoais, nas visitas dos presos e internos, e em qualquer pessoa que adentre as unidades prisionais ou hospitalares vinculados a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária observando regulamentações especifica;VIII - vistoriar todo e qualquer veículo que entre ou saia dos estabelecimentos prisionais do Estado do Rio de Janeiro;IX - obedecer às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;X - prestar auxílio, ainda que não esteja em hora de serviço, a fim de prevenir ou reprimir fugas, motins e rebeliões ou outras situações de emergência, quando solicitado por autoridade competente da SEAP;XI — evitar fugas e arrebatamento de preso;XII — exercer quaisquer cargos de provimento em comissão oufunção de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou unidade de lotação;XIII — supervisionar, coordenar, orientar e executar atividadesrelacionadas à manutenção da ordem, segurança, disciplina e vigilância dos estabelecimentos penais;XIV - não violar disposições proibitivas previstas em lei e em atos normativos.

ANEXO II

DAS ATRIBUIÇÕES GENÉRICAS

INSPETOR DE SEGURANÇA E ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA

· exercer atividade de nível médio, envolvendo a supervisão, coordenação, orientação e execução de atividades relacionadas à manutenção da ordem, segurança, disciplina e vigilância dos estabelecimentos penais;

· dirigir veículos automotores terrestres oficiais; escoltar presos e internos; zelar pela segurança de pessoas ou bens; participar ativamente dos programas de reabilitação social, tratamento e assistência aos presos e internos;

· exercer, ainda, quando ocupante da 1ª, 2º e 3ª classes, atividades que envolvam maior complexidade e dificuldade, supervisionando-as; revisar trabalho de funcionários de classe igual ou inferior, além do controle, orientação, coordenação, fiscalização e a chefia de equipes de inspetores hierarquicamente subordinados; executar atividades de apoio técnico operacional, no âmbito do sistema penitenciário, compreendendo estudos, pesquisas, análises e projetos sobre a administração de pessoal, material, organização, métodos e trabalhos técnicos de segurança penitenciária · exercer outras atividades que forem definidas por lei ou outro ato normativo.

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DAS PROMOÇÕES:

§ 1º promoções na carreira de Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária serão feitas de classe para classe, por antiguidade e por merecimento, uma a uma, alternadamente, de acordo com critérios a serem regulamentados pelo Poder Executivo.

I - As promoções dispostas no parágrafo primeiro ocorrerão no mínimo uma vez por ano.

§ 2º A antiguidade será apurada pelo tempo de efetivo exercício na Classe, resolvendo-se o empate na classificação por antiguidade pelo maior tempo de serviço como Inspetor e, se necessário, pelos critérios de maior idade; na categoria inicial o empate resolver-se-á pela ordem de classificação no concurso.

§ 3º O mérito para efeito de promoção será aferido por Comissão, composta por 3 (três) membros, designada pelo Secretário de Estado de Administração Penitenciária, em atenção ao conceito pessoal e funcional dos Inspetores de Segurança e Administração Penitenciária, considerados a conduta do Inspetor, sua pontualidade, dedicação, eficiência, contribuição à organização, freqüência em cursos de aperfeiçoamento oferecidos pela Administração, melhoria dos serviços, aprimoramento de suas funções e atuação em setor que apresente particular dificuldade, constando da composição da Comissão, obrigatoriamente, 2 (dois) Inspetores de Segurança e Administração Penitenciária.

I - O Poder Executivo através de decreto editará requisitos objetivos, com pontuação correspondente para definir as promoções por mérito.

§ 4º A promoção por merecimento dependerá de lista tríplice para cada vaga, organizada pela Comissão criada para este fim, com ocupantes dos dois primeiros terços da lista de antiguidade, que contem pelo menos o interstício de 1 (um) ano de efetivo exercício na Classe, salvo se não houver quem preencha tal requisito.

CAPITULO IIIDA PROMOÇÃO

Art. 12 - Serão enquadrados na Categoria Funcional a que serefere o art. 1° da Lei 4.583/05 os cargos de Agente de SegurançaPenitenciária e de Inspetor de Segurança Penitenciária, procedida aalteração de nomenclatura e respeitada a linha da concorrência naforma do art. 9° da mesma lei, haja vista a extinção dos respectivoscargos.Art. 13 — A promoção entre as classes será efetuada pelos critérios de antiguidade após aprovação em curso especializado ministrado pela Escola de Gestão Penitenciária a qualquer época, e, ainda, por bravura, inclusive post-mortem, na forma da legislação vigente.§ 1° - A promoção para as Classes II e III se dará:

a) para a Classe II, com mais de 05 (cinco) anos de exercício naClasse III e curso especializado;b) para a Classe I, com mais de 15 (quinze) anos de exercíciona Classe II e curso especializado;

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§ 5º Serão incluídos na lista tríplice os nomes dos que obtiverem os votos da maioria absoluta dos votantes, procedendo-se a tantos escrutínios quantos sejam necessários para a composição da lista.

§ 6º A lista de promoção por merecimento poderá conter menos de 3 (três) nomes, se os remanescentes da Classe com o requisito do interstício forem em número inferior a 3 (três).

§ 7º O Secretário de Estado de Administração Penitenciária promoverá um dos indicados na lista.

§ 8º O vencimento-base dos Inspetores de Segurança e Administração Penitenciária guardará a diferença de 10% (dez por cento) de uma para outra classe, a partir do fixado por Lei, para o cargo de Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária de 1ª classe.

§ 9º O Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária que deixar de ser promovido por antiguidade por estar respondendo a processo disciplinar, administrativo ou criminal, se não for condenado, terá o direito à retroatividade da sua promoção a contar da data da configuração do direito de promoção por antiguidade.

§ 10. Será promovido o Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária que por três vezes, consecutivas ou não, integrar a lista de promoção por merecimento. (NR)

§ 2° — No caso de haver mais candidatos do que o número de vagas para a promoção, por antiguidade, a Escola de Gestão Penitenciária fará a classificação através dos seguintes critérios:

I — provas e títulos, tais como, cursos externos de interesse da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária;II - prova de idoneidade funcional.

§ 3° - O inciso II deverá ser comprovado por Certidão fornecida pela Corregedoria da SEAP.

Art. 14 - As promoções nos cargos de Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária serão a partir de 1° de julho de cada ano, observada a existência de cargos vagos e na forma do disposto neste Decreto.Parágrafo único - A promoção que não se efetivar na data referida neste artigo terá seus efeitos retroativos.

Art. 15 — A contagem do tempo de serviço e a respectivapromoção dos Inspetores de Segurança e AdministraçãoPenitenciária serão providenciadas pelo Órgão de Pessoal daSEAP.

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Art. 3º - O provimento originário dos cargos efetivos que compõem a Categoria Funcional de Inspetores de Segurança e Administração Penitenciária depende de aprovação prévia em concurso público de provas e títulos, dividido em duas fases, a saber:

I - a primeira, composta de exame psicotécnico, provas escritas de conhecimentos, exame médico e prova de capacidade física, e investigação do seu comportamento social.

II - a segunda, de curso de formação profissional, com apuração de freqüência, aproveitamento e conceito.

§ 1º - As regras de cada certame, inclusive a fixação de prazos recursais, serão estabelecidas através de edital previamente publicado.

§ 2º - Aprovado na primeira fase, o candidato será matriculado no Curso de Formação Profissional, observados a ordem de classificação e o número de vagas fixado no edital do concurso. Art. 4º - No concurso público para o provimento dos cargos efetivos de Inspetor de Segurança e Administração Penitenciária exigir-se-á, quando da posse, além de outros documentos reputados necessários, a comprovação de possuir o candidato o nível médio de escolaridade.

Art. 5º - O candidato será submetido à prova de investigação do seu comportamento social, que poderá estender-se até o ato de investidura, considerando-se seus antecedentes criminais e seu comportamento social, bem como sua conduta no curso de formação profissional.

CAPITULO IIDO INGRESSO NA CARREIRA

Art. 5° - São requisitos para o ingresso no cargo efetivo:

I - ser de nacionalidade brasileira, assim como aos estrangeirosna forma da lei;II - ter, no mínimo, 18 anos completos;III - ter concluído o ensino médio em instituição reconhecidaoficialmente;IV - estar quite com as obrigações militares e eleitorais;V - ser habilitado, na categoria B, para dirigir veículosautomotores terrestres;VI - ter sido aprovado e classificado, previamente, em concursopúblico, realizado por órgão estadual, dividido em duas fases:

a) Primeira fase: composta por provas escritas deconhecimentos, prova de capacidade física, exame médico, examepsicotécnico e investigação do comportamento social do candidato,considerando seus antecedentes criminais, sociais e familiares;b)Segunda fase: aprovação em Curso de FormaçãoProfissional, ministrado pela Escola de Gestão Penitenciária, comduração de, no mínimo, 300 (trezentas) hora-aulas, medianteavaliação do rendimento da aprendizagem, na qual serão usadosinstrumentos quantitativos de verificação, tais como: provas,trabalhos, dinâmica de grupo e trabalho final que poderá abrangertodo o conteúdo do curso.§1° - A avaliação da aprendizagem, prevista no inciso VI, "b",do caput deste artigo, será auferida por professores e instrutores notérmino do curso onde os candidatos serão considerados aptos ouinaptos.

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Art. 6º - Será considerado inabilitado e automaticamente excluído, em qualquer fase do certame, o candidato que, em qualquer prova, obtiver nota inferior ao mínimo fixado no edital do concurso.

Parágrafo único - O regulamento do concurso estabelecerá a nota mínima, que não poderá ser menor do que 50 (cinquenta) por disciplina.

Art. 7º - O candidato julgado inapto ou contra-indicado, nos exames psicotécnico ou médico, nas provas de capacidade física ou de investigação do comportamento social, será excluído do concurso através de ato motivado.

Art. 8º - O Poder Executivo, através de Comissão Especial de Estágio Probatório, promoverá, trimestralmente, a avaliação especial do desempenho do estagiário, com vistas à sua confirmação no respectivo cargo, assegurada a ampla defesa.

Parágrafo único - Ao final de 03 (três) anos, se o servidor for confirmado no cargo, será considerado estável.

DECRETO CONTINUAÇÃO:

§2° - Os candidatos considerados aptos no Curso de Formação Profissional receberão certificado de conclusão, com validade no âmbito da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária — SEAP.

§3° - Serão considerados inaptos para o cargo e automaticamente excluídos, em qualquer prova, os candidatos que obtiverem nota inferior a 50 (cinqüenta) pontos, por disciplina, no Curso de Formação Profissional ministrado na Escola de Gestão Penitenciária.§4° - A investigação do comportamento social do candidato seráiniciada na primeira fase do Concurso e perdurará até a conclusãodo Curso de Formação Profissional.Art. 6° - Os candidatos habilitados na primeira fase serãomatriculados no Curso de Formação Profissional, observados aordem de classificação e o número de vagas fixado no Edital,percebendo bolsa-auxílio correspondente a 80% (oitenta por cento)do valor total da remuneração inicial do cargo, sem incidência dedescontos relacionados com o regime próprio de previdência.Parágrafo único - A percepção de bolsa-auxílio não configurarelação empregatícia ou vínculo estatutário, a qualquer título, docandidato com o Estado.Art. 7° - Durante todo o período do Curso de FormaçãoProfissional o candidato estará sendo avaliado pela direção daEscola de Gestão Penitenciária que, juntamente com oSubsecretário-Adjunto de Infra- Estrutura e o Chefe de Gabinete daSEAP, após exame do boletim de avaliação preenchido pela DivisãoPedagógica da Escola de Gestão Penitenciária, decidirá peloprosseguimento ou não do aluno no curso de formação profissional.Parágrafo único — Os candidatos aprovados serão habilitadospor ato do Secretário de Estado de Administração Penitenciária,com proposta de nomeação ao Chefe do Poder Executivo.Art. 8° - No período que compreende o término do Curso deFormação Profissional e a nomeação para início do estágioprobatório o candidato não perceberá qualquer remuneração.Art. 9° - A investigação do comportamento social, a cargo daCoordenação de Inteligência do Sistema Penitenciário CISPEN,indicará o prosseguimento ou não do candidato no curso deformação profissional, a juízo de comissão composta peloSecretário-Adjunto de Unidades Prisionais, pelo Corregedor e peloChefe da Assessoria Jurídica da SEAP.Art. 10 - O período de validade do concurso será de até 02(dois) anos, prorrogável por igual período, a critério do Secretário deEstado de Administração Penitenciária, a contar da publicação daclassificação geral.

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Art. 11 - Estágio probatório é o período de 03 (três) anos deefetivo exercício, a contar da data do início deste, durante o qualsão apurados os requisitos necessários à confirmação dofuncionário no cargo efetivo para o qual foi nomeado.§ 1° - Os requisitos de que trata este artigo são os seguintes:a) assiduidade;b) capacidade de iniciativa;c) produtividade;d) espírito de equipe;e) pontualidade;f) disciplina;g) eficiência;h) integração;i) urbanidade.

§ 2° - Trimestralmente, o responsável pela UnidadeAdministrativa, onde o estagiário estiver exercendo suas atividades,encaminhará à Comissão instituída para avaliar o candidato, oresultado da apreciação do seu desempenho.§ 3° - Quando o funcionário em estágio probatório nãopreencher quaisquer dos requisitos enumerados no § 1° desteartigo, deverá o responsável pela Unidade Administrativa comunicaro fato à Comissão prevista no §2° deste artigo, através do Boletimde Acompanhamento do Estágio Probatório (BADEP), para oprocedimento, na forma do regulamento específico para esseEstágio.§ 4° - O período aquisitivo do estágio probatório ficará suspensodurante as licenças previstas no art. 97 do Regulamento do Estatutodos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado doRio de Janeiro aprovado pelo Decreto Estadual n° 2.479, de 08 demarço de 1979, e será retomado a partir do término doimpedimento.

DECRETO N.º 40.013

CAPITULO VIDOS DIREITOS

Art. 19 - São direitos pessoais decorrentes dos cargosdefinidos na Lei n° 4.583/05:I - as vantagens e prerrogativas inerentes ao cargo;II - estabilidade, nos termos da legislação em vigor;III - percepção de vencimento e de vantagens pecuniárias,fixadas em lei;IV - carteira de identidade funcional;V - promoções regulares e por bravura, inclusive post-mortem;VI - medalha do "Mérito Penitenciário", com anotações na fichado funcionário agraciado, a ser concedida na forma desteregulamento;VII- assistência médico-ambulatorial, social e psicológicaprestada pela SEAP;VIII - aposentadoria, nos termos da lei complementar;IX - auxilio-funeral;X - férias e licenças previstas em lei;XI - gratificação adicional por tempo de serviço;XII - garantias devidas ao resguardo da integridade física emental do servidor em caso de detenção, prisão e cumprimento depena, em estabelecimento penal especial;XIII porte de arma, na forma da legislação em vigor;XIV - anotação de elogio na ficha funcional.

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Ver artigos 9, 10, 11, 12, 13, 14 e 15 Lei 4583/05.

(VENCIMENTO)

Art. 2º O vencimento-base dos agentes integrantes da classe final da carreira de que trata a Lei nº 4583, de 25 de julho de 2005, corresponderá a R$(dois mil setecentos e cinqüenta reais), obedecido ao disposto no art. 8º desta Lei.

Parágrafo único. O vencimento-base fixado no caput deste artigo somente poderá ser alterado por Lei específica de iniciativa do Chefe do Poder Executivo estadual, respeitado o disposto no artigo 37, inciso XV, da Constituição da República de 1988.

Art. 6º O regime ordinário de trabalho da categoria funcional a que se refere esta Lei, no exercício da atividade de segurança penitenciária, será de 24 (vinte e quatro) horas de trabalho, por 72 (setenta e duas) horas de repouso, extinguindo-se a gratificação criada pelo Decreto nº 37.909/2005, com redação dada pelo Decreto nº 40.992/07.