atualização em hiv/aids dr. ricardo da silva de souza
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Atualização
em HIV/AIDS
Dr. Ricardo da Silva de Souza
Agenda
• O vírus do HIV• Epidemiologia• História da doença• Diagnóstico• Exames• Princípios terapêuticos• Transmissão vertical• Profilaxia• Perguntas
Vírus HIV-1
• Origem: várias teorias
• Classificação: Retrovirus (FIV,SIV...)
• Subtipos– Grupo M– Grupo O– Grupo N
Subtipos Virais
Estrutura do HIV
Estrutura Genética do HIV-1
Ciclo de Vida do HIV
Adultos e Criançãs com HIV/AIDS no Mundo
Total: 40 million (34-46 million)
UNAIDS 2003
N. America1.2 million
Caribbean590,000
Latin America1.9 million
Western Europe680,000
Sub-SaharanAfrica 28.2 million
Asia & Pacific9.5 million
Australia & NewZealand 18,000
North Africa730,000
Eastern Europe1.8 million
Número anual de novos casos em adultos e crianças
Total: 5.0 millionUNAIDS 2003
N. America54,000
Caribbean80,000
Latin America180,000
Western Europe40,000
Sub-SaharanAfrica 3.4 million
Asia & Pacific1.4 million
Eastern Europe280,000
Australia & NewZealand 1,000
Crescimento de Casos e Mortes por HIV/AIDS, 1999-2003
UNAIDS 2003
Adult Prevalence in HIV Infection
15%-36%
5%-15%
1%-5%
0.5%-1%
0.1%-0.5%
0%-0.1%
Not available
Adult prevalence rate
UNAIDS 2003
Perda de expectativa de vida por HIV/AIDS
Source: UNDP
Decline in life expectancy by 2000 - 2005
50
55
60
65
LifeexpectancywithoutHIV/AIDS
-35 years Zimbabwe-35 years Zimbabwe
-28 years Botswana-28 years Botswana
-28 years Swaziland-28 years Swaziland
-24 years Lesoto
-24 years Lesoto
Portadores do HIV no Brasil
Modos de Transmissão
• Contato sexual– Semem– Secreção vaginal
• Contato direto com sangue – Transfusão– Agulhas contaminadas
• Transmissão vertical
• Leite materno
Mitos sobre Transmissão
• Ar
• Manuseio de objetos
• Picadas de insetos
• Uso de vasos sanitários
Progressão da Doença
• Infecção
• Síndrome aguda ou infecção primária (período janela)
• Período assintomático (7 a 10 anos)
• AIDS (infecções oportunistas, CD4 < 200)
Linfócito infectado com HIV
Síndrome Aguda
• Suores noturnos
• Febre de origem desconhecida
• Rash eritematoso maculopapular
• Faringite
• Linfoadenopatia
• Hepatoesplenomegalia
• Mialgias
História Natural da Doença
Doenças Definidoras de AIDS
• Candidíase do esôfago• PCP• Sarcoma de Kaposi• Câncer cervical invasivo• Criptococose extrapulmonar• Criptosporidiose com diarréia>1 mês• Citomegalovirose• Histoplasmose extrapulmonar• Tuberculose pulmonar disseminada • Toxoplasmose de órgãos internos • ...
Diagnóstico Laboratorial
• Elisa
• Western Blot
• DNA PCR
• Testes Rápidos
Teste Rápido
Princípios Terapêuticos
• Iniciar terapia antes de danos irreversíveis ao sistema imunológico (Cd4>400).
• Supressão da replicação viral a níveis não detectáveis pelo PCR (500 cópias - 50 cópias).
• Evitar resistência viral.
• Monitoramento com carga viral e Cd4.
Antiretrovirais
• Inibidores da Transcriptase Reversa– Nucleosídeos– Não nucleosídeos
• Inibidores da Protease
Atuação dos Antiretrovirais
Objetivo Terapêutico
Resting CD4+ T cellswith integrated provirus
0 1 2 3 4 44 months
Infected activated CD4+ T lymphoblasts
Resting CD4+ T cells withunintegrated HIV-1 DNA
Half-life (months)
Virions on FDC
Infected macrophages
Fontes de Vírus Plasmático
†† † †
Infected Activated CD4 Cells: Predominant Sources of Plasma Virus
Life Cycle of HIV-1 in Activated CD4+ T Cells
Attachment to CD4 and CCR
Entry of viral genomic RNA into cytoplasm
Reverse transcription of viral RNA into DNA
Integration of viral DNA into host chromosome
Production of viral RNA and protein
Assembly, release and maturation of virus particles
Generation time: 1.5 days
Evolutionary history of HIV and other
lentivirues
Rambaut et al 2004
AIDS as a zoonosis
SIVcpz and HIV-1
Pan troglodytes (chimpanzee)
SIVsm and HIV-2
Cercobrus atys (sooty mangabey)
A
B
C
D
“E”F
G
H
“I”
J
K
? L
HIV
Type 2
Type 1
Group M
Group O
Group N
HIV classification
Distribuição Global do HIV-1 env subtipos, 2000
A (CRF01_AE,
CRF_AG)
B
C
DOther
Osmanov et al, JAIDS 2002
47%
12%
27%
5%5%
Quais as implicações da diversidade genética ( subtipos)?
Impacto da diversidade no diagnóstico
• Maioria dos testes de baseado no subtipo B. Subtipo O pode apresentar problemas.
– E.x. detecção de infecção recente utilizando STARHS depende do subtipo:
• Subtype B in USA : 180 days• Subtype AE in Thailand: 347 days
Impact of HIV subtype diversity on HIV-1 virulence
Some studies suggest AIDS progression differs as a function of subtype
– Patients with subtype A or G lived symptom free longest, followed by subtype D and C was associated with rapid disease progression (Kanki JID 1999)
– Patients with subtype D had lower CD4 and faster disease progression and death than subtype A (Kaleebu JID 2002)
– Patients with subtype C were found to have higher rates of viremia and lowest CD4 and progression to AIDS compared to patinets with A and D subtypes
• Relationship between HIV-1 subtypes and disease transmissibility and progression is poorly understood
Impact of HIV genetic diversity on treatment
• Limited data for non-B subtype
• Do ARV drugs have the same activity against non-B subtypes?
• NRTI– Some studies have found lower rates of some NRTI
resistance mutations in non-B but primary drug resistance mutations seem similar to B
• NNRTI– natural resistance of HIV-2 and HIV-1 subtype O– Higher rate of NVP resistance in subtype D than A
(Eshelman JAIDS 2004)
Impact of HIV genetic diversity on treatment
• PIs– There may be different pathways of
drug resistance based on subtype• L90M instead of D30N in non-B patients
exposed to nelfinavir• Many secondary PI mutations identified at
higher frequency in non-B
– The significance of these findings is still not clear
Relevância Clínica da Existência dos Subtipos Virais
• Diagnóstico: formas recombinantes dificultam o resultado dos testes Elisa (falso negativo)
• Monitoramento dos pacientes: nem todas as metodologias de carga viral (RNA) são sensíveis a subtipos não-B– Não sensíveis: Roche Amplicor 1.0, RT-
PCR 1.0– Sensíveis de baixa reproducibilidade: b-
DNA, Nuclisens, Ultra Direct Monitor– Genotipagem (painéis específicos para o
subtipo B)
Relevância Clínica da Existência dos Subtipos Virais
• Tratamento antiretroviral– Mutações específicas (subtipo C
protease)– Não utilizar Nevirapina para HIV-2
• Desenvolvimento de vacinas• Superinfeção
Aumento do Subtipo C
• Nos últimos 10 anos o subtipo C está crescendo mais que outros subtipos
• Hoje 56% das infeções no mundo• Principais áreas de crescimento: sul da
China, India, Africa do Sul e sul do Brasil• Identificado subtipo C específico do Brasil
(2003)• Mutações específicas para alguns
antiretrovirais
Diversidade Genética do HIV-1 na América do Sul 2001
Diversidade Genética do HIV-1 na Brasil 2003
Porto Alegre - Hospital das Clínicas2002
Exposição Ocupacional
Prevenção
• Precaução universal– Qualquer sangue ou fluído corporal é
potencialmente infeccioso e deve ser manuseado de acordo
• Material de proteção– Para pele, olhos, boca, membranas
mucosas, roupa
• SEMPRE USAR LUVAS
Exposição Ocupacional
• Fatores de risco– Tipo de contato– Local – Volume de sangue– Status do paciente fonte– Condições de saúde do profissional
Exposição Ocupacional
• Profissões com maior ocorrências– Enfermeiros – Técnicos de Laboratório
• Risco por exposição:– Aprox. 0.04 %
Causas de Acidentes Percutâneos
Recapagem5%
Aplicações IV8%
Manuseio de material após o uso
10%
Limpeza11%Outros
4%
Manipulação de agulhas em pacientes
27%
Manuseio de amostras
5%Lâminas mal descartadas
10%
Descarte de material
12%
Colisão entre profissionais
8%
CDC-1999
Risco de Exposição e Fluídos Corporais
Alto Pouco Definido Baixo
Sangue, plasma
Sêmen
Sputum, pus
Secreções vaginais
Fluídos: Aminióticos Cérebro-espinal Peritoneal Pericardial Sinovial
Muco cervical
Emese
Fezes
Saliva
Suor
Lágrimas
Urina
Profilaxia Pós-exposição
Categoria Aplicação Profilaxia
Básico Profissionais expostosao HIV com reconhecidorisco de transmissão.
4 semanas(28 dias) deZidovudina600 mg/dia eLamivudine 150mg2x/dia.
Ampliado Profissionais expostosao HIV com riscoampliado detransmissão (grandevolume de sangue ousangue com alta cargaviral).
Regimento básicomais Indinavir
800 mg 3x/dia ouNevirapina 750 mg3x/dia.
Gerenciamento Pós-exposição
• Limpeza do ferimento
• Avaliação da exposição
• Aconselhamento
• Testagem (Teste Rápido)
• Profilaxia ( Iniciar em até 48 horas)
Mensagem final
• HIV não tem cura mas é tratável
• 12 antiretrovirais oferecidos pelo governo
• Problemas com aderência
• Identificar paciente na fase assintomática – testagem
• Profilaxia para exposição ocupacional e não ocupacional