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“Estudo sobre as Respostas Empresariais Brasileiras ao HIV/Aids. 2012” Iniciativa do Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV/AIDS (CEN AIDS) com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS)

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Page 1: “Estudo sobre as Respostas Empresariais Brasileiras ao HIV/Aids. 2012” Iniciativa do Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV/AIDS (CEN AIDS)

“Estudo sobre as Respostas Empresariais Brasileiras ao

HIV/Aids. 2012”

Iniciativa do Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV/AIDS (CEN AIDS) com o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do

Ministério da Saúde e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS)

Page 2: “Estudo sobre as Respostas Empresariais Brasileiras ao HIV/Aids. 2012” Iniciativa do Conselho Empresarial Nacional para Prevenção ao HIV/AIDS (CEN AIDS)

Objetivo

• Coletar informações relativas à atuação das empresas brasileiras na resposta ao HIV/aids, visando o aprimoramento de políticas de prevenção no local de trabalho.

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Amostragem

• Cadastro retirado da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS)- 2010, do Ministério do Trabalho e Emprego;

• Foram consideradas 576.451 empresas com mais de 10 empregados;

• Amostra final representativa: 2.486 empresas;

• Amostragem probabilística estratificada por macrorregião (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) e número de empregados (10 a 19, 20 a 49, 50 a 99 e mais de 100).

• O erro amostral considerado foi de 4,5%.

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Questionário aplicado por telefone

• Bloco I: Dados gerais da empresa• caracterização da empresa e segmentação mercadológica;

sociodemográficas e; sobre o capital humano organizacional

• Bloco II: Políticas, Programas e Ações em HIV/aids• percepção da instituição quanto ao HIV/AIDS; existência ou não de

ações e programas de prevenção e; delineamento das políticas, programas e ações desenvolvidos

• Bloco III: Ações de proteção e de redução do estigma e discriminação• atitude frente ao estigma e discriminação, bem como o incentivo à

proteção e; fatores pertinentes à elaboração de ações, projetos e/ou programas sobre HIV/AIDS.

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Resultados

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Dados

gerais

da

empresa

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Distribuição (%) de empresas por número de empregados, segundo região.

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Distribuição (%) das empresas respondentes, por região.

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Distribuição (%) de empresas por segmento

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Outras considerações das empresas sobre apoio externo e doações às causas relacionadas à aids.

• 57% das empresas declararam ser importante apoio financeiro e profissional especializado na área;

• 8% declararam ter feito doações nos últimos três anos às causas relacionadas à aids;

• 4% declararam ter recebido questionário sobre essa temática anteriormente.

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Outras considerações a cerca dos funcionários e funcionárias.

Estima-se que:

• 60% dos empregados eram homens;

• 40% tinham o ensino médio completo;

• 63% tinham idade entre 21 e 40 anos;

Foram identificados mais de 50 ramos de atividades, destacando-se o comércio varejista em todas as regiões, exceto Sudeste;

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Atuação

na

prevenção

ao

HI

V/ai

ds

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Distribuição (%) de empresas segundo realização de ações de prevenção ao HIV/Aids, nos últimos 12 meses.

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Algumas considerações sobre as empresas que realizaram ações

Considerando-se o total de empresas registradas na RAIS:

• As 14,2% que realizaram ações representam cerca de 82 mil empresas;

• Das empresas com 100 ou mais empregados, 45% realizaram ações, o que representa mais de 6 vezes o percentual de empresas de menor porte (6,4%);

• 45% das empresas com 100 ou mais empregados realizaram ações, o que representa cerca de 23 mil empresas. Se essas empresas possuem 475 empregados em média, pode-se estimar que essas ações alcançam, aproximadamente, 11 milhões de empregados.

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Quanto ao tipo e frequência das atividades realizadas.

• 90% das empresas afirmaram realizar palestras sobre o assunto. Destas 72% o fizeram anualmente;

• 40% divulgaram campanhas sobre o tema, sendo que 54% o fizeram anualmente;

• 23% realizaram projetos sistemáticos; • 8% afirmaram realizar todas as atividades indicadas pela pesquisa (projetos sistemáticos, comunicados internos, palestras e divulgação de campanhas e sites sobre o assunto).

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Estimativas nacionais a partir das atividades realizadas.

Atividades realizadas

Percentual encontrado na

pesquisa

Quantidade de empresas brasileiras

representadas

Palestras 90% 74.000

Divulgação de campanhas 40% 33.000

Projetos sistemáticos 23% 19.000

Todas as indicadas na pesquisa 8% 6.600

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Caracterização das ações realizadas pelas empresas

• 91% divulgaram os modos de transmissão e prevenção da infecção pelo HIV;

• 89% incentivaram o uso de preservativos;

• 81% contrataram profissional para realizar palestras sobre o tema;

• 60% apoiaram o aconselhamento e a testagem voluntária;

• 50% distribuíram gratuitamente preservativos;

• Cerca de 31% afirmaram realizar ações também junto a comunidade;

Dentre as principais parcerias, foi sinalizado o apoio de:

- Governo – 75%;

- ONG – 46%;

- Comunidade - 38% e;

- Outros setores sociais – 36%.

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Na formulação de políticas e/ou programas foram consideradas muito importantes:

• Ter uma diretoria particularmente preocupada com o assunto e encorajando ações - 62%;• Reconhecer os possíveis impactos, em médio ou longo prazo causados à economia pelo HIV/aids - 39%;• Agir como empresa responsável (em respostas às iniciativas da comunidade internacional, mídia, pessoal investidores e acionistas) – 37%;• Administrar os custos e a queda de produtividade decorrente das ausências provocadas pelas doenças - 37% e;• Atender solicitações dos funcionários ou sindicatos - 33%.

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• 48% Consideraram não ser necessário realizar ações desta natureza;• 24% Afirmaram que o tema não faz parte das prioridades;• 13,5% Mencionaram falta de interesse na realização;• 5% Afirmaram que já foram realizadas ações ou que faltam recursos para tal. • 25% pretendem realizar nos próximos 12 meses, o que representa cerca de 24.000 empresas brasileiras com possível potencial para aderir à resposta empresarial ao HIV/aids.

Caracterização das empresas que declararam não ter realizado programas de prevenção sistematizados (95% do total).

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Distribuição das empresas que não desenvolvem ações, segundo as razões para não realização.

• Em todas as regiões, observou-se um maior percentual de

empresas que declararam não ter realizado nenhuma ação, nos

últimos 12 meses.

• Região Sul com 88% e Norte com 83%;

• A maioria é de pequeno porte.

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Proteção

e

redução

de

esti

gma

e

discri

mi

nação

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Distribuição das empresas segundo a política ou ação com relação a proteção e redução do estigma e discriminação.

Sim NãoGarantir que as pessoas vivendo com HIV/aids continuem no trabalho, enquanto estiverem clinicamente aptas

88,2% 8,1%

Oferecer aconselhamento em HIV/aids e outras DST 80,2% 19%

Coibir discriminação contra mulheres, negros, homossexuais, travestis... 72,2% 25,7%

Coibir a discriminação entre funcionários com relação as pessoas vivendo com HIV/aids

71,8% 25%

Garantir que as provisões se estendam aos parceiros e família 69,9% 27,9%

Fornecer plano de saúde para todos os empregados 69,3% 29,7%

Proibir o requerimento de atestados de exames de HIV/aids aos candidatos ou empregados

41,3% 55,9%

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Pontos para discussão – CEN AIDS, MS e UNAIDS

• A relevância do fomento às ações de prevenção no local de trabalho também tem a ver com a incidência de aids ainda ser maior na faixa etária economicamente ativa.

• O que fazer em relação ao Sul, região com menor percentual de realização e alta taxa de incidência (45,7%, dos 20 aos 59 anos, em 2010)?

• Se as empresas de pequeno porte são maioria no país e as que menos realizam ações de prevenção, o que fazer para alcançá-las?

• Como alcançar os ramos com maior participação na pesquisa? É válido atuar em eventos como feiras?

• Como aprimorar as políticas existentes – Aproximação com a Saúde do Trabalhador e Ministério do Trabalho e Emprego.