atualização do tratamento farmacológico da dpoc júlio césar abreu de oliveira universidade...
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Atualização do
tratamento farmacológico
da DPOC
Júlio César Abreu de Oliveira
Universidade Federal de Juiz de Fora
www.medicinaatual.com.br
Declaração de conflito de interesse
Júlio César Abreu de Oliveira – CREMEMG – 13.151
• De acordo com a norma no.1.595/2000 do Conselho Federal de Medicina declaro ter vínculos de patrocínio para participação de estudos clínicos, conferências ou atividades de consultoria, com as seguintes indústrias farmacêuticas:
AstraZeneca GSK
Aché Novartis
Bayer Nycomed
Boehringer Pfizer
Chiesi
Atualização do
tratamento farmacológico
da DPOC
Júlio César Abreu de Oliveira
Universidade Federal de Juiz de Fora
ESPIROMETRIA
VEF1/CVF < 70%ESTÁDIO Tratamento
VEF1 80%I
LEVEBD de curta ação s.n.
50% VEF1 < 80%II
MODERADA
Tiotrópio e/ou B2AP
Reabilitação
30% VEF1 < 50%III
GRAVE
Tiotrópio e/ou B2AP
ReabilitaçãoCorticóide inalatório
30% < VEF1
PaO2 ou ICD
IV
MUITO GRAVE
Tiotrópio e/ou B2AP e/ou Teo
Reabilitação
Corticóide inalatório
O2
Tratamento da DPOC estável Tratamento da DPOC estável UPDATE 2003
ERS-ATS COPD Guidelines 2004
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DPOC ESTÁVEL
Sintomas eventuais BD de curta – anticolinérgico ou B2 adrenérgico s.n
Sintomas persistentes
1) B 2 adrenérgico de longa (formoterol ou salmeterol)
e/ou anticolinérgico de longa (tiotrópio)
1) Se opção inicial por associação manter por 15 a 60
dias;
2) Melhora, suspender um dos dois e observar por 15 a
60 dias;
2) Sintomas acentuados, manter os 2 + xantina.
3) Estável, manter esquema;
3) Piora, retornar com o broncodilatador suspenso;
Sintomas persistentesVEF1 < 50% e
> 1 exacerbação/ano anterior ou
1/ ano nos últimos 3 anos
Acrescentar corticóide inalatório ao esquema acima
QUAL BRONCODILATADOR DEVEMOS
USAR INCIALMENTE?
QUANDO DEVEMOS INCIAR O USO DA
ASSOCIAÇÃO DE BRONCODILATADORES?
NO TRATAMENTO DA DPOC
QUAL BRONCODILATADOR
DEVEMOS USAR INCIALMENTE
NO TRATAMENTO DA DPOC?
FORMOTEROL? COM OU SEM BUDESONIDA?
SALMETEROL? COM OU SEM FLUTICASONA?
TIOTRÓPIO?
XANTINA?
Atividade colinérgica na DPOC
Gross. NEJM 1984; 311:421-5
REDUÇÃO DA TAXA DE DECLÍNIO DO VEF1
*p=0.004, **p<0.001
0
-20
-30
-40
-50
-60
-10
-56
Placebo
-41*
Sal
-38**
FP
-36**
Seretide™
Braço Tratamento
Tax
a d
e d
eclín
io (
ml/a
no
)
TORCH NEJM 2007; 356
0,9
1,0
1,1
1,2
Tiotrópio (n=518)
Placebo (n=328)
- 12,4 mL/ano*
- 58,0 mL/ano
*p=0,005 tiotrópio vs placebo (curvas de regressão média)
8 344Dia1
Anzueto A et al. Pulm Pharmacol Ther. 2005;18(2):75-81
Tiotrópio: redução da taxa declínio da
função pulmonar durante um ano na DPOC
** VEF1 medido antes da dose de medicamento (ou 24 horas após a dose anterior)
VEF1 pré-dose (L)**
Qualidade de vida
Peso
SintomasExercício
Exacerbações
DPOC
+
Função
???
QUANDO DEVEMOS USAR A
ASSOCIAÇÃO DE
BRONCODILATADORES E
CORTICÓDES INALATÓRIOS NO
TRATAMENTO DA DPOC?
0.0
0.5
1.0
1.5
2.0Tiotropium (n=113) Placebo (n=76)
Day
TD
I Foc
al s
core
*
**
50 92 176 260 344
*P<0.05 versus placebo Adams, Anzueto and Kesten. Resp. Med 2006
Tiotrópio em pacientes com DPOC sem
tratamento regular com BD - Dispnéia
*P<0.05 versus placebo Adams, Anzueto and Kesten. Resp. Med 2006
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
Diff
eren
ce fr
om b
asel
ine
in
SG
RQ
Tot
al s
core
Tiotropium (n=120) Placebo (n=77)
3449250 176*
260
Improvem
ent
Day
Tiotrópio em pacientes com DPOC sem
tratamento regular com BD - AQV
Eur Repir J 2005;
26:214-222.
TiotrópioFormoterol 1x
71 pt.
6 semanas
Espiro
B2 resgate
Positivo
Respir Med 2005;
99: 524-528
TiotrópioFormoterol
20 pt.
5 dias
Espiro
Positivo
Arch Bronconeumol.
2005; 41:130-134.
Tiotrópio
Salmeterol
22 pt.
1 semana
Espiro
Positivo
Qual a evidência para uso de associação?
Qual a evidência para uso de associação?
Chest 2006; 129: 509-517.
Chest 2006; 129: 509-517.
Chest 2006; 129: 509-517.
Chest 2006; 129: 509-517.
Os resultados do estudo de van Noord apoiam a hipótese
de que o tratamento com uso combinado de
broncodilatadores de longa duração terá um maior
impacto nos desfechos da DPOC do que foi previamente
observado com o uso de broncodilatadores isolados.
Neste sentido é tentador especular que a moderna
farmacoterapia irá, de uma maneira sem precedentes,
positivamente influenciar a história natural desta doença
devastadora.
Denis O’Donnel
Editorial – Chest 2006; 129: 501-502.
Respirology 2006;
11: 598-602
Tiotrópio
Sal/flut
For/bud
46 pt.
18 meses
Espiro
CI
AQV
Positivo
Annals 2007;
146: 545-555
Tiotrópio
Tio+Sal
Tio+Sal/Ft
449 pts.
12 meses
Exacerbações
Hospitalização
Espiro
AQV
Positivo
Qual a evidência para uso de associação, considerando tiotrópio e associação B2 de longa e CI?
Qual a evidência para uso de associação, considerando tiotrópio e associação B2 de longa e CI?
Respirology 2006; 11: 598-602.
Respirology 2006; 11: 598-602.
Respirology 2006; 11: 598-602
Qual a evidência para uso de associação, considerando tiotrópio e associação B2 de longa e CI?
Ann Intern Med 2007; 146:545-555.
Probabilidade de permanecer sem exacerbação em 1 ano
Ann Intern Med 2007; 146:545-555.
VEF1 médio pré broncodilatador em 1ano
Ann Intern Med 2007; 146:545-555.
Alteração da qualidade de vida em 1 ano
- 4,5
- 6,3
- 8,6
Ann Intern Med 2007; 146:545-555.
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DPOC ESTÁVEL
Sintomas eventuais BD de curta – anticolinérgico ou B2 adrenérgico s.n
Sintomas persistentes
1) B 2 adrenérgico de longa (formoterol ou salmeterol)
e/ou anticolinérgico de longa (tiotrópio)
1) Se opção inicial por associação manter por 15 a 60
dias;
2) Melhora, suspender um dos dois e observar por 15 a
60 dias;
2) Sintomas acentuados, manter os 2 + xantina.
3) Estável, manter esquema;
3) Piora, retornar com o broncodilatador suspenso;
Se VEF1 pós bd < 65%Considerar corticóide inalatório associado
quando optar por B2 de longa
“A Medicina é uma ciência de
verdades temporárias, feitas
definitivas para fins
didáticos.”
Jairo Ramos