aspectos do projeto fazendas históricas paulistas
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Apresentação de alguns aspectos do projeto Fazendas Históricas PaulistasTRANSCRIPT
Projeto de Políticas Públicas “Patrimônio Rural Paulista: Espaço privilegiado para o ensino, a pesquisa
e o turismo” - FAPESP (2008/2010)
• esforço interdisciplinar e inter-institucional de propor estratégias de identificação, conservação, sustentabilidade e valorização do
patrimônio rural paulista
• o projeto originou-se de discussões travadas na sede da Fazenda Pinhal/São Carlos em 2006, entre membros de alguns centros de
memória empresariais, organizações sociais de interesse público, três universidades públicas paulistas (FAU e EESC-USP, UNICAMP,
UNESP) e federal (UFSCar) e órgãos governamentais de Preservação (Condephaat, IPHAN) acerca de preservação e difusão do
patrimônio rural. Das discussões surgiu a proposta de construção de um projeto de políticas públicas que em abril de 2008 foi aprovado
pela FAPESP e que teve entre os meses de junho e dezembro do mesmo ano a execução da 1ª fase; na atualidade, estamos iniciando
sua 2ª fase.
• resultados obtidos na primeira fase, com enfoque sobre as atividades, interações e reflexões promovidas na área de turismo pelo sub-
grupo “Educação Patrimonial e Turismo Cultural”, coordenado pela Profa. Dra. Olga Rodrigues de Moraes von Simson (UNICAMP).
Coleta de depoimentos e informações com base na prática de combinar
pesquisadores de formação teórica diversa em equipes de trabalho nos locais
visitados, com vistas a oportunizar o cruzamento de saberes e olhares múltiplos
no próprio momento de geração do dado obtido, desdobrando-se daí uma
proposta metodológica – em permanente desenvolvimento – preocupada em
fazer emergir um instrumental sensível à diversidade e complexidade do
Patrimônio Rural Paulista.
coleta de dados nas visitas técnicas
investigações documentais e bibliográficas
debate qualificado entre pesquisadores de diferentes áreas
As informações coletadas foram
originalmente sistematizadas em relatos
de trabalho de campo (entrevistas com
proprietários e trabalhadores das
fazendas) e, em seguida, retrabalhadas à
luz das questões específicas da educação
patrimonial e do turismo, desdobrando-se
daí um diagnóstico das atividades já
implementadas e um levantamento
primário potencial de cada unidade
produtiva
Patrimônio Rural Paulista : atenção com a complexidade da relação cidade/campo; com o
caráter múltiplo (em escalas e tipologias) das propriedades; com os fundamentos, ferramentas
e procedimentos de conservação e difusão
•visitas técnicas a nove fazendas dos municípios de São Carlos, Limeira, Itu, Jaú, Dourado, Jaguariúna, Lorena, São José do
Barreiro.
•as fazendas integrantes da Iª etapa foram: - Chácara do Rosário, Itu (14/abril e 11/agosto/2008); Fazenda Quilombo, Limeira
(05/agosto/2008); Fazenda Capoava, Itu (07 e 12/agosto/2008); Fazenda Pinhal, São Carlos (25/agosto e 01/Novembro/2008);
Fazenda Mandaguahy, Jaú (26/agosto/2008); Fazenda Bela Vista, Dourado (27/agosto/2008); Fazenda Santa Úrsula, Jaguariúna
(23/setembro/2008); Fazenda São Francisco, São José do Barreiro (21/outubro/2008); Fazenda Nossa Senhora da Conceição,
Lorena (22/outubro/2008).
•Em seu conjunto, o projeto promoveu o contato com: cerca de 6 mil peças (fotografias, documentos históricos, mobiliário, objetos
de arte e livros), que foram manipuladas, estudadas e parcialmente disponibilizadas em inventários; o registro de mais de 30 horas
de depoimentos; a prospecção de possibilidades de educação patrimonial, bem como, das condições de conservação do patrimônio
edificado e paisagístico de cada propriedade.
Fazenda Tipo de visita Data
São José do Cuscuzeiro Contato prévio 23/09/08
Santa Úrsula Visita completa
Santa Isabel
Santa Cecília Contato prévio
Nova1) Contato prévio
Aurora Contato prévio
Chácara do Rosário Visita completa 11/08/08
Fazenda Capoava Visita completa 11/08/08
Quilombo Visita completa 05/08/08
Mandaguahy Visita completa 25/08/08
Santa Gertrudes Sem visita
N. Sra. Conceição Barreiro Visita completa 22/10/08
São Francisco Visita completa 22/10/08
Pinhal Visita completa 26/08/08
Bela Vista Visita completa 26/08/08
S. M. Monjolinho2) Sem visita
1) A proprietária da Fazenda Nova (Marina Rosseti Barreto Ribeiro) participou de evento do projeto em são Carlos no dia 19 de novembro
2) A visita foi cancelada por problemas de saúde do proprietário.
Visitas Técnicas
Tema Tópico
Mococa / Casa Branca Vale do Paraíba
Santa Cecília
Nova Aurora N. S. Conceição São Francisco
Educação
patrimonial
Visitas
guiadas
Implícito que há visita guiada pela
proprietária
Visitas com escolas
guiadas pelo
proprietário
Recursos
Humanos
N/IN/I
Vínculo com
educação
Formal – curso de fortografia
Não-formal;
Formal: uma escola
pública da fazenda leva os
discentes para visitas na
fazenda e em seu Centro
de Memóira.
ParceriasN/I
N/I
Atividades turísticas
Capacidade N/I N/I
ServiçosOs serviços da fazenda estão
integrados no Circuito da Estrada Real.
Hospedagem,
alimentação, atividades
de lazer e de educação
patrimonial.
Dados preliminares
Público alvo
SP, Rio, Rib. Preto e
Campinas. Famílias,
idosos. De 30 a 70
anos. Alto poder
aquisitivo.
Classe média alta
(São Paulo),
estrangeiros
Empresas (ex: City
Bank)
Famílias
paulistanas
Famílias com filhos de
até 12 anos, de S.
Paulo, Campinas,
Piracicaba e Santos
Hospedagem
Sim (inclusive na
cada sede
tomabada)
Apartamento
Chalés
Standard e
superior.
Aceita animais
Sem detalhes dos
espaços
Sim, em chalés
adaptados de estruturas
da fazenda
Alimentação Pensão completa Pensão completa Almoço e
sobremesas
Produzida no local
Vendas de produtos
Loja com souvenirs
e produtos típicos
da fazenda
Souvenirs e
produtos locais.
Jóias
desenhadas pela
esposa do dono
N/I
Bolachas e doces
Porcelanas pintadas a
mão
EventosN/I
Sim, para até 40
pessoas. Sociais
e empresariais
N/IFestasjuninas
N. S. Conceição
Festa do Saci (Ago)
Estrutura de eventos
Completa, para até
150 pessoas.
Eventos sociais e
empresariais
N/IPara empresas,
sob contrataçãoN/I
Adaptação para PNEs
Não observadasNão observadas
Pelos fundos.
Banheiros com
portas largas
N/I
•diversificadas em seus empreendimentos e ambientes,
•sete propriedades com estrutura de hospedagem, alimentação e
lazer;
•duas propriedades com atividades restritas ao lazer.
•Na maior parte dos casos, presença de ações amadoras na
estruturação e operação turística (hospedagem, alimentação, lazer)
associadas, entre outros aspectos, a pequena/nenhuma capacitação
no atendimento, hospitalidade, gestão e divulgação
•afastamento das políticas de turismo local/regional
•poucos exemplos de Turismo Rural com presença de produção
agro-pecuária.
No conjunto, as fazendasvisitadas se apresentaram(primeira fase):
As marcas de um universo rural fragilizado/em desaparecimento foram notadas em
propriedades nas quais os valores e significados cotidianos de fazenda, per se, já
se achavam ausentes, situação que dificulta a implantação de estratégias de ação do
turismo rural em associação ao patrimônio cultural nas mesmas unidades produtivas.
Notou-se também em algumas propriedades, um direcionamento para uso turístico e
de eventos, com ênfase na questão da conservação do patrimônio arquitetônico,
além de propriedades com pesquisa documental (sobre a própria formação e
desenvolvimento) em andamento, elementos basilares sobre os quais há de se gerar
ações de cunho turístico-educativo, bem como articulações com lazer e entretenimento,
desenvolvimento sustentável e educação patrimonial
• o projeto promoveu atividades e reuniões de trabalho nas temáticas
educação patrimonial e turismo, preservação e conservação de bens
materiais e imateriais.
• membros do projeto se aproximaram das atividades da Abraturr-SP
em seu esforço cotidiano de reunir proprietários e agentes do turismo
rural local para discutir/construir novas perspectivas para o turismo
rural paulista (regiões de Ribeirão Preto, São Roque, Vale do
Paraíba,)
•o projeto realizou o Iº Encontro “Patrimônio Rural e Políticas Públicas:
o lugar do Turismo” em 20/agosto/2008 na Estação Cultura de
Campinas com as temáticas “Políticas Públicas e Turismo Rural” e
“Poder Público e Turismo na interface com o legado étnico e histórico
de bairros rurais e fazendas históricas paulistas”.
•aproximação de pesquisadores de diferentes áreas de conhecimento
das questões específicas do segmento turístico (operação e gestão
turística, pública e privada) possibilitou a troca e incorporação de
novos conceitos, bem como deu início à geração de um substrato de
discussão comum entre colegas e parceiros do projeto.
• trajetória de debates permitiu que as dúvidas formuladas pelos
parceiros do projeto, bem como as questões propostas por
pesquisadores de distintas áreas de conhecimento, se traduzissem na
identificação de aporias e de novos caminhos para o desenvolvimento
dos trabalhos.
Em complemento às visitas técnicas
1. refinamento da ferramenta de coleta de dados referente às práticas de educação patrimonial e turismo
2. continuidade dos trabalhos de diagnóstico turístico (caracterização produtiva; caracterização das estruturas e serviços de hospitalidade
e de lazer; análise da demanda atual; descrição e análise das atividades de educação patrimonial; pesquisa sobre inserção
mercadológica; análise das relações das fazendas com políticas de turismo e cultura regional e nacional);
3. novos estudos sobre contexto de lazer e turismo nas regiões das propriedades, de forma a fortalecer e ampliar sua ação;
4. construção de banco de dados acessível e interativo (com informações georeferenciadas, associadas à experiência diferenciada de
educação patrimonial);
5. Implementação de rede virtual de turismo cultural: espaço para discussão e compartilhamento de conhecimento entre os proprietários
e interessados no assunto, bem como de contato com associações nacionais e internacionais de turismo rural.
Nova etapa de trabalho