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ATIVIDADES AQUÁTICAS PARA DEFICIENTES VISUAIS1
Jadna Martinhago Fernandes2;
Luisa Forgiarini2;
Maurício Apolinário Elias2;
Sandra Carlos dos Santos2
.
RESUMO
O conceito de deficiência visual refere-se a uma situação irreversível da diminuição da
resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias. Essa deficiência pode
ser leve, moderada, severa, profunda ou ausência total da visão. A prática de atividades
físicas para pessoas com deficiência, tem como principal objetivo o desenvolvimento de
suas potências individuais e coletivas dessa parte da população, neste contexto
ressaltamos as atividades aquáticas,que a cada dia que passa aumentam mais seus
praticantes .
Palavras-chave: deficiência. benefícios. natação.
INTRODUÇÃO
O ato de nadar é uma atividade muito antiga, que ao decorrer dos séculos,
sofreu várias influências na humanidade. Atualmente, é um esporte bastante praticado
em vários países do mundo e cada vez mais aumentando seus praticantes,
principalmente nas áreas de paraolimpíadas, devolvendo assim ao praticante uma certa
função na sociedade, reabilitando-o perante a si mesmo e a sociedade.
O trabalho a seguir tem a intenção de mostrar um pouco deste mundo dos
deficientes visuais,como adquiriram sua deficiência, e com as atividades aquáticas,como
podem melhorar seu convívio social e até mesmo suas potências individuais nas
competições de alto rendimento.
1 Trabalho apresentado na disciplina de Metodologia das Atividades Aquáticas II,
ministrada pela professora Bárbara Regina Alvarez
2 Acadêmicos da quinta fase do curso de Bacharelado em Educação Física, pela UNESC
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OBJETIVO GERAL: Examinar a prática de atividades aquáticas, por parte de pessoas
com alguma deficiência visual, em seu processo de habilitação, reabilitação e interação
social.
OBJETIVO ESPECÍFICO: Identificar o termo deficiência visual, suas principais
causas, sinais de alerta, além das formas de tratamentos.
MÉTODO: Para a presente pesquisa, foi se utilizado do método bibliográfico, ou seja,
uma atividade de localização e consulta de fontes diversas de informações escritas, para
coletar dados gerais ou específicos a respeito de um tema. (LIMA,1997)
DESENVOLVIMENTO:
O conceito de deficiência visual refere-se a uma situação irreversível da
diminuição da resposta visual, em virtude de causas congênitas ou hereditárias. Essa
deficiência pode ser leve, moderada, severa, profunda ou ausência total da visão.
(MASINI, 1994)
A pessoa com baixa visão é aquela que apresenta a diminuição das suas
respostas visuais, mesmo após tratamento ou correção óptica. Já os cegos, só tem
percepção da luz, assim, precisam aprender através do método “Braille”, ou usar outros
métodos que não utilizam a visão. Os portadores parciais são aqueles que têm
limitações da visão à distância e são capazes de ver objetos e materiais. Os portadores
de visão reduzida são considerados aqueles que conseguem corrigir através de uma
cirurgia ou lentes.As principais causas da cegueira são: doenças infecciosas, acidentes,
ferimentos, envenenamento, tumores, doenças gerais, influências pré-natais e
hereditariedade. ( Idem).
Podemos identificar a deficiência por meio de desvios de um dos olhos, atraso
de desenvolvimento pelo baixo aproveitamento escolar, bem como não reconhecer as
pessoas. Por isso, devemos estar cuidando com alguns sinais de alerta como: olhos
vermelhos; pálpebras inchadas; esfregar com frequência os olhos; segurar os objetos
perto dos olhos; e quando deixar cair objetos pequenos ( Idem).
As principais doenças que causam a cegueira são as retinopatias diabéticas,
aquela em que atinge pessoas com diabetes, devido ao aumento de açúcar no sangue.
Deslocamento de retina, uma doença que pode ocorrer devido a um traumatismo, por
diabetes ou hemorragia. Catarata aquela em que a pupila torna-se opaca e
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esbranquiçada, atingindo pessoas com mais de sessenta anos de idade. Conjuntivite é
uma infecção dos olhos, provocada por fatores externos, como pó, fumaça, substâncias
irritantes, vírus e bactérias. Glaucoma é causado pelo aumento da pressão dentro do
olho. (http://www.deficientesvisuais.org.br).
Os Jogos Paraolímpicos é o maior evento esportivo voltada para pessoas com
deficiência, sendo uma competição que faz com que eles interajam e tenham vontade de
cada vez mais superar suas necessidades. Nele participa deficientes de mobilidade,
amputações, cegueira e paralisia cerebral e deficientes mentais. A natação entrou nos
jogos no ano de 1960 na cidade de Roma, porém eram somente para deficientes físicos,
após o ano de 1970 na França os deficientes visuais foram incluídos nesta modalidade.
(www.paralympic.org)
A primeira deficiente a participar dos Jogos Olímpicos foi à americana Marla
Runyan, na modalidade de maratona em 2000 nos Jogos de Sydney e 2004 em Atenas.
(www.cpb.org.br)
DEFICIENTE VISUAL E O MEIO AQUÁTICO
A prática de atividades físicas para pessoas com deficiência, tem como principal
objetivo o desenvolvimento das potências individuais e coletivas dessa parte da
população.
Sendo assim, a natação tem tido uma grande importância para o
desenvolvimento global dessas pessoas com deficiência visual, pois não há restrições de
idade e pode ser praticada em qualquer condição física. Trazendo assim muitos pontos
positivos refletindo na vida diária do individuo praticante e também facilitando a
inserção social dessas pessoas.
Portanto, a natação é uma atividade motora recomendável para pessoas com
deficiência visual, pois possibilita a autonomia e independência ao aluno praticante,
alem de trazer benefícios quanto a qualidade de vida.
No Brasil, a Confederação Brasileira de Desporto para Cegos – CBDC,
(entidade fundada em 1984), é a responsável pela prática desportiva de rendimento para
pessoas com cegueira e deficiência visual. Como entidade nacional de administração do
desporto para cegos e deficientes visuais, tem por finalidades:
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- promover, apoiar e incentivar estudos e pesquisas, direcionados à obtenção de formas
e mecanismos que melhor propiciem às pessoas cegas e com deficiência visual a
atividade física e o ensino da prática do esporte;
- fornecer materiais adequados para a prática;
- organizando o calendário de competições regionais, nacionais e internacionais (quando
houver);
- representando o Brasil nas respectivas competições internacionais;
As competições de natação no âmbito das Paraolimpíadas, teve inicio a partir de
1960, na cidade de Roma, Itália. Porem nesse período, as provas eram direcionadas
apenas para atletas com deficiência física. A competição para deficiente visual foi
inclusa somente no ano de 1976, na cidade de Toronto, Canadá. O Brasil teve presente
em três Paraolimpíadas para natação com cegos, em Atlanta, em Sydney e em Atenas.
Exige-se dos nadadores o uso de óculos de proteção opacos nas competições,
com exceção daqueles atletas que usam prótese em ambos os olhos ou quando suas
estruturas faciais não sustentam os óculos. Caso os óculos saem durante a prova o
nadador não será desclassificado, segundo as regras da IBSA (Federação Internacional
de Esportes para Cegos).
Para garantir a segurança dos nadadores deficientes visuais, exigem-se piscinas
que tenham raias coloridas, com um mínimo de 0,5m de largura para fora das raias 1 e
8.
Os indicadores de virada no nado costas, as cordas são afrouxadas e deverão ter
um tamanho adequado e cores contrastantes com o fundo da piscina a fim de facilitar
para o deficiente visual.
Em relação aos nados, os nadadores com deficiência visual requerem algumas
considerações devido a limitação ou falta da visão. O árbitro e os juízes devem levar em
consideração as seguintes situações: no nado peito, um nadador cego C1 e outro que não
é totalmente cego C2, podem ter dificuldades para executar um toque simultâneo, se o
nadador estiver muito perto da raia ele não será desclassificado; no nado borboleta os
nadadores C1 e C2 podem nadar muito próximos da raia, eles serão desclassificados
caso ocorra uma propulsão com auxilio da raia, dessa forma, na virada ou para finalizar
a prova o toque simultâneo pode ser que não seja realizado; as largadas nos nados peito,
borboleta, e crawl (estilo livre), podem ser realizadas no bloco, no lado do bloco ou
dentro da piscina, um batedor auxiliara o atleta podendo passar informações contando
que ele visualize a imagem semelhando ao que é; quando se sai de dentro da piscina o
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atleta deve estar com uma das mãos em contato com a borda ou bloco ate o sinal de
largada.
As viradas tem auxilio do “batedor”, que ao se aproximar do fim na piscina o
batedor toca levemente com um bastão no atleta, um bastão com uma ponta de espuma
para não machucar o mesmo, sendo assim o batedor é como se fosse os olhos do atleta,
é exigido um batedor para cada atleta.
Caso ocorra que o nadador venha a trocar de raia sem perceber, e a raia não
estiver ocupada ele pode terminar de realizar a prova naquela raia, o batedor poderá
assim em exceção dar instruções verbais para que volte a sua raia. Os revezamentos
também é utilizado o batedor.
As provas oferecidas dentro do programa paraolímpico são as seguintes:
PROVA GENERO50m livre Masc. e Fem.
100m livre Masc. e Fem.
400m livre Masc. e Fem.
100m costas Masc. e Fem.
100m peito Masc. e Fem.
100m borboleta Masc. e Fem.
200m medley Masc. e Fem.
REVEZAMENTOEstilo livre 4 X 100m
Medley 4 X 100m
CONCLUSÃO
Ao término de nosso trabalho, podemos notar que devido ao aumento de pessoas
com deficiências,foi também aumentando a procura de algo pra se fazer com elas, trazê-
las de novo ao convívio social e aumentando assim mais sua auto-estima.As atividades
aquáticas tendo na a natação sua principal força, é uma atividade motora muito
recomendável para pessoas com deficiência visual, pois possibilita a autonomia e
independência ao aluno praticante, além de trazer benefícios quanto a qualidade de
vida , não podemos esquecer também das competições para-olímpicas, que também traz
reconhecimento nacional e internacional para seus praticantes.
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REFERÊNCIAS
ABRANTES, Gustavo Maciel; LUZ, Luiz Marcelo Ribeiro da; BARRETO, Murilo
Moreira - Manual de Orientação para Professores de Educação Física- Brasília- DF
(2006).
Conheça o CPB - Disponível em: < http://www.cpb.org.br/conheca-o-cpb > Acessado
em: 19 de março de 2011.
Jogos Paraolímpicos – Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Jogos_Paraol
%C3%ADmpicos >. Acessado em: 19 de março de 2011.
LIMA, Manolita Correia. A Engenharia da Produção Acadêmica. São Paulo:
Unidas, 1997.
MASINI, E. F. S. – O Perceber e o Relacionar-se com o Deficiente Visual. Brasília:
Corde, 1994.ual.htm
Paralympic Games - Disponível em: < http://www.paralympic.org/Paralympic_Games
> Acessado em: 19 de março de 2011.
Saiba mais - Disponível em: < http://www.deficientesvisuais.org.br > Acessado em: 19
de março de 2011.