arranjo produtivo local vale da eletrônica: um pólo...

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A R R A N J O P R O D U T I V O L O C A L 12 por Gabriela Di Giulio Vale da Eletrônica: um pólo tecnológico que tem dado certo À primeira vista parece mais uma típica cidadezinha do interior mineiro, com uma bela paisagem de morros e plantações de café. Porém, a verdadeira vocação de Santa Rita do Sapucaí, no sul de Minas Gerais, já há algum tempo, é desenvolver novas tecnologias. A agro- pecuária, ainda importante atividade econômica na região, foi cedendo espa- ço para o mundo tecnológico desde que, há 47 anos, foi criada a primeira Escola Técnica em Eletrônica (ETE) da América Latina — a ETE Francisco Moreira da Costa. Hoje, a cidade de 40 mil habitan- tes, abriga mais de 120 micro e peque- nas empresas, nos ramos de eletrônica, telecomunicações e informática, e a expectativa é de expansão, devido à cria- ção de um parque tecnológico e de um condomínio de empresas nos próximos meses. Conhecida como Vale da Eletrônica, denominação que surgiu em meados da década de 1980, a cidade é um modelo de Arranjo Produtivo Local (APL) bem-sucedido. A consolidação de Pólo de Desenvolvi- mento Tecnológico depende da parceria existente entre governo, instituições de ensino e pesquisa e empresas. Esse esque- ma — conhecido pelo nome de "hélice trí- plice" — está presente em Santa Rita do Sapucaí há várias décadas. Outras insti- tuições foram criadas — o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e a Faculdade de Administração e Informática (FAI), ambos privados — e a cidade acompanhou a criação de novas empresas que nascem pequenas, com dois ou três funcionários mas, favore- cendo-se do ambiente gerado por um APL, crescem e se firmam no mercado. O grupo FIC/Phihong é um dos exem- plos desse ambiente propício existente na região. A empresa nasceu em 1986 a partir de um projeto desenvolvido por quatro ex-alunos do Inatel para uma fei- ra tecnológica da instituição. Hoje con- ta com quase 2,5 mil funcionários em sua matriz de Santa Rita e três outras unidades que fabricam placas-mãe, fon- tes de alimentação para PC, no-breaks, acessórios para celulares, entre outros produtos da mesma linha. No começo, lembra o presidente Luciano Lamoglia, os jovens engenheiros contaram com o suporte do Inatel, que forneceu sala e equipamentos. Como a produção de fon- tes de alimentação começou a dar certo, eles conseguiram o apoio do poder públi- co local que bancou por um ano o alu- guel de uma casa para a nova sede da empresa. Ocupando uma casa e cinco garagens, os engenheiros perceberam que era chegado o momento de partir para algo maior e melhor estruturado. O terreno foi doado pela prefeitura e o finan- ciamento obtido junto à Federação das Indústrias de Minas Gerais, facilidades que viabilizaram o estabelecimento da empresa como fabricante de fontes de alimentação e energia para indústrias de telecomunicações do país. DIVERSIFICAR A PRODUÇÃO Após a privatização da Telebrás e con- seqüente queda inicial no setor de tele- comunicações, percebeu-se a necessida- de de ampliar a gama de produtos fabri- cados. Lamoglia diz que a empresa come- çou, então, a fabricar recarregadores de celular e, para competir no mercado e atrair clientes grandes como Nokia e Motorola, fechou uma parceria interna- cional, em 2000, quando o nome PWM mudou para FIC/Phihong, devido à joint venture formada com o grupo chinês. É uma parceria que tem dado certo, diz seu presidente: "temos crescido 30 a 40% ao ano, ampliamos a linha de produtos, o número de funcionários e o faturamen- to deve atingir R$ 220 milhões este ano". "Diferentemente de outras experiên- cias brasileiras, em Santa Rita as esco- las tiveram que gerar em seus laborató- SANTA RITA DO SAPUCAÍ, NO SUL DE MINAS GERAIS, ABRIGA UMA ESTRUTURA QUE ENVOLVE INCUBAÇÃO DE EMPRESAS, AMBIENTE ACADÊMICO, APOIO DE INSTITUIÇÕES E AÇÕES DO PODER PÚBLICO

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A R R A N J O P R O D U T I V O L O C A L

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por Gabriela Di Giulio

Vale da Eletrônica: um pólo tecnológico que tem dado certo

À primeira vista parece mais umatípica cidadezinha do interior mineiro,com uma bela paisagem de morros eplantações de café. Porém, a verdadeiravocação de Santa Rita do Sapucaí, no sulde Minas Gerais, já há algum tempo, édesenvolver novas tecnologias. A agro-pecuária, ainda importante atividadeeconômica na região, foi cedendo espa-ço para o mundo tecnológico desde que,há 47 anos, foi criada a primeira EscolaTécnica em Eletrônica (ETE) da AméricaLatina — a ETE Francisco Moreira daCosta. Hoje, a cidade de 40 mil habitan-tes, abriga mais de 120 micro e peque-nas empresas, nos ramos de eletrônica,telecomunicações e informática, e aexpectativa é de expansão, devido à cria-ção de um parque tecnológico e de umcondomínio de empresas nos próximosmeses. Conhecida como Vale daEletrônica, denominação que surgiu emmeados da década de 1980, a cidade éum modelo de Arranjo Produtivo Local(APL) bem-sucedido.

A consolidação de Pólo de Desenvolvi-mento Tecnológico depende da parceriaexistente entre governo, instituições deensino e pesquisa e empresas. Esse esque-ma — conhecido pelo nome de "hélice trí-plice" — está presente em Santa Rita doSapucaí há várias décadas. Outras insti-tuições foram criadas — o InstitutoNacional de Telecomunicações (Inatel) ea Faculdade de Administração e

Informática (FAI), ambos privados — e acidade acompanhou a criação de novasempresas que nascem pequenas, comdois ou três funcionários mas, favore-cendo-se do ambiente gerado por umAPL, crescem e se firmam no mercado.

O grupo FIC/Phihong é um dos exem-plos desse ambiente propício existentena região. A empresa nasceu em 1986 apartir de um projeto desenvolvido porquatro ex-alunos do Inatel para uma fei-ra tecnológica da instituição. Hoje con-ta com quase 2,5 mil funcionários emsua matriz de Santa Rita e três outrasunidades que fabricam placas-mãe, fon-tes de alimentação para PC, no-breaks,acessórios para celulares, entre outrosprodutos da mesma linha. No começo,lembra o presidente Luciano Lamoglia,os jovens engenheiros contaram com osuporte do Inatel, que forneceu sala eequipamentos. Como a produção de fon-tes de alimentação começou a dar certo,eles conseguiram o apoio do poder públi-

co local que bancou por um ano o alu-guel de uma casa para a nova sede daempresa. Ocupando uma casa e cincogaragens, os engenheiros perceberamque era chegado o momento de partirpara algo maior e melhor estruturado. Oterreno foi doado pela prefeitura e o finan-ciamento obtido junto à Federação dasIndústrias de Minas Gerais, facilidadesque viabilizaram o estabelecimento daempresa como fabricante de fontes dealimentação e energia para indústrias detelecomunicações do país.

DIVERSIFICAR A PRODUÇÃO Após a privatização da Telebrás e con-

seqüente queda inicial no setor de tele-comunicações, percebeu-se a necessida-de de ampliar a gama de produtos fabri-cados. Lamoglia diz que a empresa come-çou, então, a fabricar recarregadores decelular e, para competir no mercado eatrair clientes grandes como Nokia eMotorola, fechou uma parceria interna-cional, em 2000, quando o nome PWMmudou para FIC/Phihong, devido à joint

venture formada com o grupo chinês. Éuma parceria que tem dado certo, dizseu presidente: "temos crescido 30 a 40%ao ano, ampliamos a linha de produtos,o número de funcionários e o faturamen-to deve atingir R$ 220 milhões este ano".

"Diferentemente de outras experiên-cias brasileiras, em Santa Rita as esco-las tiveram que gerar em seus laborató-

SANTA RITA DO SAPUCAÍ, NOSUL DE MINAS GERAIS, ABRIGA

UMA ESTRUTURA QUE ENVOLVEINCUBAÇÃO DE EMPRESAS,

AMBIENTE ACADÊMICO, APOIODE INSTITUIÇÕES E AÇÕES DO

PODER PÚBLICO

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Kallás, titular da Secretaria de Ciênciae Tecnologia do município. "Outros fato-res, ainda, como a formação de umacadeia produtiva e a ação articuladorado governo são a base da consolidaçãodo pólo", acrescenta o secretário.

Para o município esta sinergia resul-ta num PIB (Produto Interno Bruto) deR$ 900 milhões e numa arrecadação de

R$ 30 milhões ao ano para a prefeitura.O setor industrial é responsável por R$550 milhões do PIB — o café respondepor R$ 235 milhões, o leite por R$ 14milhões e o setor de comércio e serviçospor R$ 101 milhões. O Índice deDesenvolvimento Humano (IDH) da cida-de é 0,82, similiar ao dos cinco estadoscom maiores IDH no Brasil: DistritoFederal (0,844), São Paulo (0,814), RioGrande do Sul (0,809), Santa Catarina(0,806) e Rio de Janeiro (0,802).

As micro e pequenas empresas ins-taladas em Santa Rita do Sapucaí gerammais de sete mil postos de trabalho,empregando metade da população eco-nomicamente ativa do município, alémde moradores da região. Para capacitara mão-de-obra local o município contacom três instituições de ensino supe-rior, dois colégios técnicos, quatro esco-las estaduais e 12 municipais, estas últi-mas apenas de ensino fundamental. Aprefeitura, através da Secretaria deCiência e Tecnologia, criada em 2005,mantém o Centro Vocacional Tecnológicocom cursos gratuitos para capacitar tra-balhadores para as indústrias locais.

O movimento empreendedor no muni-cípio se sustenta numa estrutura queenvolve incubação de empresas, ambien-te acadêmico e forte apoio de institui-ções como Sebrae, Senai, Fundação deAmparo à Pesquisa do Estado de MinasGerais (Fapemig) e órgãos do governofederal. "Mais recentemente a prefeitu-ra municipal, percebendo a importânciado fenômeno para a economia local, cha-mou para si a responsabilidade de criaras suas incubadoras", diz o secretário deC&T. Desde 1999 funciona na cidade aIncubadora Municipal de Empresas deTecnologia da Informação (TI). Nela jáforam incubadas 24 empresas (16 des-sas já graduadas) e 500 postos de traba-lho foram gerados. O faturamento anualé de R$ 1,8 milhões. Para aumentar essesnúmeros a prefeitura está criando mais

rios as empresas com as quais iriam inte-ragir no futuro. A relação orgânica deempresas com uma boa estrutura deensino e pesquisa possibilita absorver,gerar e difundir conhecimentos espe-cializados, de forma sistêmica e regu-lar, para um setor de produção, nos seusprodutos e serviços, e caracteriza o pri-meiro momento do APL", afirma Elias

Gabriela D

i Giulio

Linha de produção daFIC/Phihong,

empresa instalada no Vale

da Eletrônica

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três incubadoras — de eletrônica indus-trial, software e agronegócios. A expec-tativa é de que, até o final do ano, passempor elas 40 empresas.

INVESTIMENTO RECONHECIDOA Leucotron Telecom é outro fruto

do ambiente tecnológico favorável pre-sente em Santa Rita do Sapucaí. A his-tória da criação da empresa, hoje espe-cializada no desenvolvimento de solu-ções integradas de telecomunicaçõespara corporações e mercado SOHO (SmallOffice/Home Office), é similar a de tan-tas outras. Surgiu também da idéia dedois formandos do Inatel. A diferença éque os dois moravam e trabalhavam emSão Paulo, mas tinham a idéia de abriruma empresa na cidade mineira, a fimde melhorarem sua qualidade de vida.A empresa foi criada em 1983, voltadaapenas para a fabricação de produtos daárea médica. Dois funcionários davamconta do recado. Em 1988, com a explo-

são das telecomunicações, os engenhei-ros perceberam o novo filão de merca-do e focaram a fabricação de seus produ-

tos nessa área. "Um dos segredos dosucesso da empresa, hoje com 157 fun-cionários, foi a divisão, desde o início,das tarefas que caberiam a cada um dossócios: um na área técnica; o outro geren-ciando os negócios", lembra MarcosGoulart Vilela, um dos fundadores.

"No início, a Leucotron era, por faltade opção, uma empresa verticalizadaporque havia poucas empresas no muni-cípio. Depois, o número de novosempreendimentos foi crescendo. As pes-soas se conheciam e tinham um bomrelacionamento. Uma empresa ajudavaa outra e isso gerou um ambiente favo-rável". "Porém, acrescenta Vilela, com aexpansão do pólo, essa difusão de conhe-cimento tácito foi ficando mais difícil"."O crescimento de uma APL traz aspec-tos positivos e negativos, e em SantaRita do Sapucaí isso não é diferente. Hoje,há empresas que concorrem entre si ecompetem por mão-de-obra, mas o aspec-to importante é que esse crescimento

O QUE É UM APLArranjo Produtivo Local é o termo cria-

do nos anos 1990 para definir uma aglomera-ção de empresas que têm a mesma especiali-zação produtiva e que se localiza em um mes-mo espaço geográfico. Entre as principaiscaracterísticas, está um grau intensivo de coo-peração e interação entre as empresas locais.O APL estabelece ainda, um "conhecimentotácito", difícil de mensurar e que decorre doaprendizado coletivo, troca de informações eeficiência coletiva. Apesar da denominaçãoser recente, o fenômeno de concentração deempresas competitivas é estudado há maisde 20 anos. Entre alguns arranjos famosos noBrasil estão o Vale dos Sinos, produtor de cal-çados no Rio Grande do Sul e o de Criciúma,produtor de cerâmica em Santa Catarina.

Leucotron: eleitacomo uma das 100 melhores

empresas para se trabalhar

no Brasil

Divulgação

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HISTÓRIA DE SANTA RITA DO SAPUCAÍ

A origem da vocação tecnológica dacidade tem a marca de uma de suas mora-doras, Luzia Rennó Moreira, conhecida comoSinhá Moreira, que idealizou e fundou a esco-la técnica (ETE). "Foi ela quem deu início aoprocesso de mudança de Santa Rita doSapucaí, de agrária para tecnológica", diz aantropóloga Adriana Coelho Saraiva, quepesquisou os fatores culturais e sociais quepesaram na formação deste pólo tecnológi-co. Segundo Adriana, a família de SinháMoreira fazia parte de uma elite diferentepara a época, com espírito inovador e arro-jado. Nascida em 1907, Sinhá casou-se comum diplomata, viajou pelo mundo mas, apósse desquitar, voltou para a cidade nos anos1940, cheia de projetos e idéias. Para criar aescola técnica, Sinhá Moreira enfrentou aresistência local. "Porém, apesar de sua famí-lia não ser do mesmo partido de JuscelinoKubitschek, ela conseguiu o apoio do gover-no pois JK comprou a idéia." A fermentaçãosociocultural da cidade foi responsável pelosavanços seguintes. A fundação do Inatel, porexemplo, em 3 de março de 1965, foi idéiade um professor de Itajubá, José NogueiraLeite. Outro visionário foi o ex-prefeito PauloFrederico Toledo que, nos anos 1980, deu oempurrão definitivo para a formação dopólo. A seu pedido, um publicitário conce-beu a expressão "Vale da Eletrônica" pararefletir a natureza do fenômeno que se veri-ficava em Santa Rita do Sapucaí. Um proje-to recente, desenvolvido com a participa-ção do Inatel, Sebrae-MG, Instituto daInovação e do Sindicato das Indústrias deAparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similaresdo Vale da Eletrônica (Sindivel), visa colo-car a inovação definitivamente na agendada cidade. Segundo o coordenador do pro-jeto, Eduardo Grizendi, a idéia é apoiar os pro-cessos inovativos nas empresas com a cria-ção de novos produtos, serviços ou proces-sos de produção.

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gera uma onda em que todos têm que sedesenvolver para se manter". Ele ressal-ta, no entanto, a necessidade de cuidarda infra-estrutura da cidade. "O poderpúblico tem que olhar com objetividadepara a expansão do Vale da Eletrônica;se o crescimento trouxer prejuízos émelhor freá-lo", considera.

A Leucotron Telecom foi eleita nes-te ano como uma das 100 melhoresempresas para se trabalhar no Brasil,segundo o Great Place to Work Institute— considerada uma das principais con-sultorias do assunto no mundo. A empre-sa investe 7% do seu faturamento em

P&D. A parceria com o Inatel, através douso de laboratórios e equipamentos, e oapoio inicial que a prefeitura deu à empre-sa, com a doação de um terreno para aconstrução da sede, são fatores que pesa-ram na consolidação da empresa, reco-nhece Vilela.

O NOVO DESAFIO DA TV DIGITALO próximo desafio de Santa Rita do

Sapucaí é integrar o processo produtivoda entrada do Brasil na era da televisãodigital. O Inatel trabalha há mais de seteanos com P&D na área de comunicaçãodigital, num consórcio onde estãoUnicamp, Universidade Federal de SantaCatarina (UFSC) e Cefet do Paraná. Ogrupo de pesquisa já desenvolveu umsistema de modulação com inovaçõesque podem ser aproveitadas por todosos padrões de TV digital existentes. OInstituto também oferece desde 2004em São Paulo, um curso de pós-gradua-ção em sistemas de TV digital.

A EXPANSÃO DESCONTROLADA DO VALE

DA ELETRÔNICA É UM RISCO PARA O QUAL OPODER PÚBLICO DEVE

ESTAR ATENTO

Inatel: referência na área de

comunicação digital

Divulgação

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