arauto dezembro 2011

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Dezembro - 2011 II SÉRIE ANO IV NÚMERO 28 Pág. J á em pleno mês de Outubro, a envolvente agrícola da nossa Vila, nas partes Norte e Nordeste, foi vítima de mais um incêndio, que transformou a paisagem verdejante num grande manto negro. Mãos negligentes ou mesmo criminosas, provocam, ciclicamente, este tipo de calamidades. Mas, em boa verdade, também não temos visto serem tomadas as necessárias medidas preventivas, quer por parte da maioria dos proprietários, quer por parte de quem, oficialmente, tem responsabilidades de protecção civil. Em concreto, falamos da implementação de uma florestação ordenada, por parte dos agricultores. De uma limpeza adequada, nomeadamente, através do aproveitamento da biomassa florestal, pela, eventual, criação de uma unidade fabril para produção de energia, porventura, com interesses intermunicipais e de parceria com o EHATB. « Q ue esta época festiva seja de paz e alegria, proporcionando a todos óptimos momentos de felicidade, amor e união. São os meus votos sinceros! … Normando A lves Presidente da Direcção da Casa do Povo cmyk Não são de pedra as nossas casas, mas de mãos... 2º Aniversário Lar de Idosos Continua na pág. .7 Págs. Centrais Donativos 2 Comissão de Carnaval 2 Benção da Casa Murtuária 3 Constituição Comissão de Festas de Vilarandelo 2012 3 Homenagem ao Prof José Ribeirinha Machado 4 Dia de São Martinho 8 Dia Mundial do Idoso 8 Dia Mundial da Alimentação 8 Dia do Halloween 9 Magusto Rancho Folclórico 9 165º Aniversário da Batalha de Valpaços 10 Temas Agronómicos 12 Aniversários 13 O Casamento por Procuração 13 Creche: Sala Amarela e Laranja 14

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Arauto Dezembro

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Page 1: Arauto Dezembro 2011

Dezembro - 2011 • II SÉRIE • ANO IV • NÚMERO 28

Editorial

Pág.

Já em pleno mês de Outubro, a envolvente agrícola da nossa Vila, nas partes Norte e Nordeste, foi vítima de mais

um incêndio, que transformou a paisagem verdejante num grande manto negro. Mãos negligentes ou mesmo criminosas, provocam, ciclicamente, este tipo de calamidades. Mas, em boa verdade, também não temos visto serem tomadas as necessárias medidas preventivas, quer por parte da maioria dos proprietários, quer por parte de quem, oficialmente, tem responsabilidades de protecção civil. Em concreto, falamos da implementação de uma florestação ordenada, por parte dos agricultores. De uma limpeza adequada, nomeadamente, através do aproveitamento da biomassa florestal, pela, eventual, criação de uma unidade fabril para produção de energia, porventura, com interesses intermunicipais e de parceria com o EHATB.

«Que esta época festiva seja de paz e alegria, proporcionando a todos óptimos momentos de felicidade, amor e união. São os meus votos sinceros! …

Normando AlvesPresidente da Direcção da Casa do Povo

cmyk

Não são de pedraas nossas casas,mas de mãos...

2º Aniversário Lar de Idosos

Continua na pág. .7

Págs. Centrais

Donativos . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

Comissão de Carnaval . . . . . . . . 2

Benção da Casa Murtuária . . . . 3

Constituição Comissão de Festas de Vilarandelo 2012 . . . . 3

Homenagem ao Prof . José Ribeirinha Machado . . . . . . . . . . 4

Dia de São Martinho . . . . . . . . . 8

Dia Mundial do Idoso . . . . . . . . . 8

Dia Mundial da Alimentação . . . 8

Dia do Halloween . . . . . . . . . . . 9

Magusto Rancho Folclórico . . . 9

165 .º Aniversário da Batalha de Valpaços . . . . . . . . . . 10

Temas Agronómicos . . . . . . . . . 12

Aniversários . . . . . . . . . . . . . . . . 13

O Casamento por Procuração . 13

Creche: Sala Amarela e Laranja 14

Page 2: Arauto Dezembro 2011

2

Donativos

DOnATIVOS PARA O JORnAL

10001000

nº nome Residência 1007 Josefa Teixeira Mesquita Vilarandelo1008 Maria Manuela Teixeira Mesquita Vilarandelo1009 Vicente Lopes de Almeida Lisboa1010 Carlos Alberto Oliveira da Silva Valpaços

António José Garcia Ferreira Secretário da Direcção

José António Fidalgo Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40,00 €Alberto Afonso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Lídia Alves ferreira Pires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Maria da Conceição da Rosa Brandão Aleixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Amélia Ribeirinha Rodrigues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2,50 €Eduardo Domingues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .200,00 €José Azevedo Sampaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100,00 €Maria Eugénia Rodrigues Carvela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Maria Helena da Silva Lopes Delgado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100,00 €Maria Deolinda Pinto Valente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50,00 €Rosa da Silva Ribeirinha Severino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Maria da Graça Mesquita Valadares Guedes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25,00 €Alda natercia Doutel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Amélia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5,00 €Irm . Esperança dos Anjos Alpande Pires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €António José Gomes Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €nelson Cancelinha Charrua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20,00 €Rui Jorge da Rosa Cancelinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €Maria Carolina almeida Pascoal Mariano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50,00 €

DOnATIVOS PARA O CAT

Maria Carolina almeida Pascoal Mariano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100,00 €

MOVIMEnTO DE SOLIDARIEDADE A FAVOR DO LAR DE IDOSOS DE VILARAnDELO

António José Gomes Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .10,00 €nelson Cancelinha Charrua . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .130,00 €Maria Carolina almeida Pascoal Mariano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .100,00 €

Já não falta muito, é verdade, o Carnaval 2012 não tarda está à porta! Já estamos a reunir as “tropas” para preparar o próximo carnaval. Como

todos sabem o ano 2012 vai ser um ano muito difícil para toda a gente. Se queremos um carnaval digno e com qualidade, agora mais do que nunca os vilarandelenses têm de estar unidos. As verbas que a Autarquia e que a Junta da Freguesia costumam dar anualmente são cada vez menores. Só para ter uma ideia, no carnaval deste ano, o nosso orçamento teve de cair para metade. Para o Carnaval de 2012 ainda não sabemos qual será o apoio efectivo da Câmara e da Junta. Por isso, o empenho dos vilarandelense terá de ser maior, principalmente na participação nos corsos carnavalescos de Domingo e Terça-feira. Quantas mais pessoas participarem no corso com carros alegóricos, em grupo ou individualmente, menos dinheiro teremos de gastar com outro tipo de animação, Apelamos à vossa imaginação, vamos dar um pontapé na crise! Não vamos por isso baixar os braços ao trabalho, poderá não ser um carnaval com a exuberância de outros anos, mas será com certeza um carnaval digno.À semelhança dos outros anos a Comissão de carnaval “os Maltezes” tem um cabaz de Natal Para sortear. Agradecemos assim a todos os estabelecimentos comerciais que contribuíram para a realização deste cabaz. Esperamos que colaborem sempre connosco. A todos eles um bem-haja.Desejamos a todos os vilarandelenses um feliz Natal e um próspero Ano Novo!

P´la DirecçãoPaulo Pascoal

Comissão de

Carnaval

Agradecimento A família de Alberto Afonso vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Armando Mitras Moreno vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Zulmira de Fátima Almeida vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de José Morais vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

Agradecimento A família de Amélia Melo Cancelinha vem, muito sensibilizada, agradecer as inúmeras provas de pesar e carinho que lhe foram manifestadas aquando das exéquias fúnebres do seu ente querido.

Agência Funerária Mariana Lino Lda. - Vilarandelo

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Benção da Casa MurtuáriaNo final da missa dominical do dia 4 de Dezembro p.p., com a presença de muitos

vilarandelenses, o Sr. Pe. Jorge Fernandes, procedeu à bênção da Casa Mortuária de Vilarandelo. Depois do Sr. Presidente da Junta de Freguesia, Francisco Fernandes, dirigir algumas palavras aos presentes, terminou esta singela sessão, ficando a partir desse momento a Casa Mortuária à disposição dos vilarandelenses.

O Arauto da Casa do Povo(Fotos cedidas pelo Sr. José Doutel Coroado)

AGOSTInHO MORAIS DE ALMEIDA

ALBInO MORAIS MAGALHÃES

ALMOR DE JESUS BARREIRA

CARLOS ALBERTO BRAnDÃO ALMEIDA

CARLOS MAnUEL AMARO

CARLOS JORGE DA SILVA ALVES

DOMInGOS FILIPE MIRAnDA PInTO

IDELBERTO PIRES MARTInS COROADO

JOSÉ AnTÓnIO VALE COROADO

MARIA MAnUELA DA SILVA LOPES

MARIA MAnUELA TEIXEIRA MESQUITA

MARIA DE FÁTIMA MACHADO BRAnDÃO LOPES

nUnO CARLOS TEIXEIRA MACHADO

SÓnIA CRISÁLIDA ALVARELHOS BARREIRA

Em nome da nova comissão, gostaríamos de enaltecer o excelente trabalho realizado pela comissão cessante e agradecer-lhes

a confiança que depositaram em nós, nas suas nomeações para a continuação deste legado. De nós, podem contar com a máxima dedicação e trabalho, com o objectivo de fazer sempre mais e melhor. Seremos persistentes na recolha de fundos para este nobre objectivo, para o qual pedimos a vossa compreensão, pois o sucesso da nossa festa dependerá da contribuição de todos nós. Contem connosco, que nós contamos convosco, Obrigado a todos.

A Comissão de Festas 2012

Constituição da Comissão de Festas de Vilarandelo 2012

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Recordar é Viver...Por: António José Garcia e normando Alves

Homenagem aoProfessor José Ribeirinha Machado

Nasceu a 16 de Janeiro de 1924 é filho de José Ribeirinha Machado e de Maria Nogueira da Silva, casal detentor de uma boa casa agrícola, podendo dizer-se que

faziam parte do pequeno grupo de lavradores abastados da nossa aldeia. Deram á sociedade três filhos, o José Ribeirinha Machado, o João da Silva Machado e a Rosa da Silva Ribeirinha.

Os pais Maria nogueira da Silva e José Ribeirinha Machado

Os irmãos, Dr . João da Silva Machado e Rosa da Silva Ribeirinha Severino

Em paralelo com a função de padre, dedica-se à activi-dade agrícola e pecuária, cria uma unidade industrial de panificação, com distribuição pelas aldeias vizinhas e inicia a acção social, com a reac-tivação da Casa do Povo de Vilarandelo, que, paulatina-mente, passa a desenvolver diversos tipos de valências de âmbito social, cultural e desportivo e que se vem a mostrar como fundamental para o desenvolvimento da freguesia, no-meadamente, pela criação de postos de trabalho.Assim, inicia-se a distribuição de ali-mentos aos mais carenciados, (sopa dos pobres); fomenta-se o ensino com a criação de um externato onde é leccionado o 1º ciclo (hoje 5º e 6º anos), mais tarde substituído pela Telescola, posto nº 8 e, anos depois pela escola EB2/3, de que é patro-no, mas entretanto encerrada como EB2/3, ficando apenas como EB1, por decisões politiqueiras; é criado um posto clínico para cuidados de saúde primários à população, com serviço médico e de enfermagem, respectivamente, Dr. Olímpio Seca, Dr. Carlos Ferreira e de D. Rosa Ribeirinha e que está na génese da actual extensão de saúde, posto mé-dico; constrói-se a sala de espectá-culos, solenemente inaugurada pelo Ministro das Corporações, Dr. Gon-çalves Proença, que na oportunidade oferece um aparelho de televisão (o segundo na aldeia). E assim come-çamos a ter acesso, diariamente, às emissões do então, solitário, canal 1, situação também só possível face à disponibilidade do Zé Vitorino que era o responsável pela abertura e fe-cho da sala, em horário pós-laboral e de forma graciosa; instala-se uma área de confecção de algumas peças vestuário, concretamente camisolas tricotadas em lã, destinadas aos mais necessitados; é criada uma biblioteca local, também apoiada pela biblioteca itinerante da Gulbenkian; fomenta-se

José, o mais velho, logo que termi-nou a escola primária pelas mãos da ilustre professora D. Amélia Castelo, rumou, como era muito hábito na época, ao seminário de Vila Real. Ali prosseguiu os seus estudos, com êxi-to, tendo-se ordenado sacerdote no ano de 1948, celebrando Missa Nova na sua terra natal.

Já investido na função de padre, foi colocado como pároco da fregue-sia de Oliveira, concelho de Mesão Frio, no dia 19 de Março de 1949. Dizem-nos que seu pai despachou uma égua, através do comboio, como

se de uma qualquer encomenda se tratasse, para a estação de Caldas de Moledo, para que aquela servisse de meio de transporte do Padre José nas suas deslocações entre aldeias.A sua apetência para o apoio social manifestou-se logo nestes primei-ros anos de pároco, nomeadamente, com a construção de um bairro so-cial para famílias desfavorecidas, em Fontelas, aldeia do concelho de Peso da Régua.Após a morte de sua mãe, em 1960, regressa a Vilarandelo, onde passa a residir, paroquiando a freguesia de Santa Valha.

a prática do desporto como futebol e ténis de mesa; apoia-se a educação musical através dinamização da ban-da musical.Estamos então em plena década de sessenta, anos fortemente marcados pelo espírito de mudança, nomea-damente na sociedade mais jovem, ávida de liberdade e de novas expe-riências. Falamos de uma importada “revolução pela liberdade” muito abrangente, com interferência nos mais diversos domínios, nomeada-mente, da política (lutas académicas de 1968), da sexualidade, da expres-são oral, quiçá um forte desejo de alguma libertinagem e de luta contra os costumes. Também a igreja cató-lica e os seus membros sacerdotes sentem esta onda de liberdade e, nalguns casos, o conceito de vocação sacerdotal também sofre alterações. Nesta conformidade, alguns padres consideram que a sua missão na ter-ra passa por outras formas de vida.Também o Padre Zé Ribeirinha sen-tiu essa necessidade de mudança e decidiu abdicar da função sacerdotal, decorria o ano de 1968.Em 8 de Dezembro de 1969, na ca-pela de Argeriz, celebrou-se o casa-mento de José Ribeirinha Machado com a Sra D. Amélia Martins Coro-ado, testemunhado por familiares dos cônjuges e um restrito grupo de amigos, nos quais, com muito gosto, me incluo.Cumulativamente com a presidência da Casa do Povo de Vilarandelo, cujas missões de apoio comunitário con-tinuam em crescendo, recordamos

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Recordar é Viver...Por: António José Garcia e normando Alves

o Jardim de Infância e a função de professor na Telescola e mais tarde na EB2/3, tarefa que desempenhava com muita dedicação, rigor e exigên-cia, serviu igualmente a população da sua terra como politico. As mudan-ças de regime político resultantes da “revolução dos cravos”, também influenciaram José Ribeirinha e a en-trada na actividade politica era “fa-tal como o destino”. Assim, desem-penhou a função de Presidente da Junta da Freguesia de 17 de Janeiro de 1977 a 5 de Dezembro de 1983, sendo-lhe, igualmente, reconhecido nesta actividade, mérito relevante pelas obras que conseguiu mandar

executar e que muito contribuíram para uma melhor qualidade de vida da população em geral. Depois de uma vida de quase abso-luta dedicação a causas de grande interesse público, principalmente di-reccionadas para o melhor bem-es-tar dos mais desprotegidos, morre a 11 de Dezembro de 1998, encon-trando-se sepultado no cemitério da nossa freguesia.

no dia do seu casamentoQuem o conheceu, recordará José Ribeirinha com um homem de per-sonalidade forte, persistente e de-terminado, convicto das suas razões e lutador indómito na prossecução dos objectivos traçados.Para com os praticantes da male-dicência, os defensores da política do bota-abaixo, os incompetentes ou amantes do marasmo, era acuti-lante, ríspido, até agressivo, quer no discurso quer na mensagem escrita. Não lidava muito bem com a tole-rância, eventualmente também ele considerava que “a tolerância é meio caminho andado para dar razão ao adversário”. Aliás, uma teoria muito

comum àqueles que de forma desinteressa-da se dedicam à causa pública e ao bem-estar da comunidade, mas que não têm “jogo de cintura” suficiente para receber como “troco”, ingratidão, faltas de respeito e de reconhe-cimento ou mesmo a calúnia.

Do que precede, é lícito concluirmos que estamos perante um homem in-vulgar, com elevado espírito solidá-rio, dotado de superior dedicação ao bem comum.Urge perpetuar a sua memória de forma muito visível, e neste sentido a Direcção da Casa do Povo deci-diu convidar um pequeno grupo de vilarandelenses, e atribuir-lhe a responsabilidade de diligenciar pela

Com a sua esposa D . Amélia Coroado

Grupo de Acção Católica de visita ao Seminário .Da esq .ª pra dirtª em cima: Amável (Sácristão), José Ribeirinha e

César Magalhães .Em baixo: Jaime Madureira, António Coroado e Ernesto Teixeira

De visita ao posto clínico acompanhando uma comitiva que incluía o Ministro das Corporações e Previdência Social, Dr . Gonçalves Proença e o então Governador civil de Vila Real,

nosso ilustre conterrâneo Dr . Manuel Santos Carvalho .

construção de uma estátua ou busto. O local escolhido para o efeito, si-tua-se na avenida de seu nome, lado esquerdo descendente, junto ao lar de idosos.Pretende-se inaugurar este pequeno monumento alusivo à memória do Professor Ribeirinha, no dia do seu aniversário, 16 de Janeiro, no ano de 2013. Contamos com o apoio do poder autárquico, já garantido pelo Sr. Presidente da Câmara Eng. Fran-cisco Tavares, mas também com o reconhecimento do povo, desta fei-

ta através de uma dádiva monetária, que poderá ser entregue na secre-taria da Casa do Povo. Está aberta “ a corrida” e estamos certos que à meta chegará um grande pelotão, com força suficiente para erigir uma obra digna, à imagem e semelhança do homenageado.Esta comissão é constituída por Dr. Manuel Jorge Seca, Dr. Francisco Ta-veira, Josefa Soares, Eugénia Anselmo Terra e por mim próprio, enquanto Secretário da Direcção.

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Com os elementos da banda musical, o director Manuel Pascoal e o mestre Saul .

O edifício do Jardim de Infância, uma das obras que mais prazer lhe deu mandar construir .

Com a educadora irmã Ana Maria e os meninos do Jardim de Infância

Recordar é Viver...Por: António José Garcia e normando Alves

Com um grupo de alunos da Telescola, no ano lectivo de 1965/66

Quando o José Ribeirinha pensou casar-se, escolheu para sua esposa, concerteza a mulher que o poderia fazer feliz. O nosso casamento ocorreu no dia 16 de Dezembro de 1969, na capela

de Argeriz e foi feito pelo Pe. Francisco Ribeirinha, seu primo e pároco dessa freguesia. Não tivemos um casamento muito longo, mas foi repleto de amor e felicidade. Éramos muito unidos, no amor, na saúde e na doença.Falar do meu marido, não é fácil, pois são muitas as coisas para contar e para partilhar com todos os leitores do Arauto, cujos responsáveis se lembraram de lhe prestar esta homenagem, para que os mais velhos o recordem e os mais novos fiquem a saber quem foi este vilarandelense.Em todas as obras que conseguiu levar a cabo e foram muitas, empenhou todo o seu esforço, a sua dedicação e a sua persistência, lutou muito, às vezes até à exaustão. Foi um lutador! …De todas as obras que conseguiu concretizar, tinha um carinho muito especial pelo Jardim de Infância, dizia que esta obra que acolhia e acolhe as criancinhas era “ a menina dos seus olhos”. Eu, já há alguns anos que sou voluntária no Jardim de Infância, vou lá todos os dias ajudar na refeição dos meninos, por isso eu estou a tentar acarinhar esta obra que ele tanto adorou. Sinto-me feliz e realizada junto das crianças apenas contando com um sorriso e um beijinho, quando já teêm a barriguinha cheia.O meu marido quando adoeceu sofreu muito, mas sempre com muita coragem e de consciência tranquila, ciente de que deu o seu melhor pelo futuro das gentes de Vilarandelo.Para concluir este meu curto depoimento, apenas quero reforçar que o José, foi um bom homem e um óptimo marido, que eu recordo com muita saudade!...Obrigado por tudo… meu amigo!... Descansa em paz!...

Mélinha

Testemunho de Amélia Coroado (Esposa)

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Recordar é Viver...Por: António José Garcia e normando Alves

Vamos recuar aos anos sessenta do século XX. O Homem ainda não tinha chegado à lua e em Portugal vivia-se em regime de ditadura embora num período que ficou conhecido por primavera marcelista.

Vilarandelo era na época uma aldeia em desenvolvimento com centenas de alunos na instrução primária e contavam-se 48 universitários. Por aqui passava a camioneta para Mirandela e para Chaves. Todos sabíamos que havia outro mundo depois da curva da estrada, mas o acesso era vedado à grande maioria dos que nasceram nesta Terra. Era o período da emigração para França, América, Alemanha e Espanha.Um homem nascido numa família abastada de Vilarandelo, responsável religioso de paróquias limítrofes, decidiu liderar uma mobilização que fizesse de Vilarandelo uma Terra mais desenvolvida, mais capaz e deitou mãos à obra

DEUS QUER, O HOMEM SOnHA E A OBRA nASCE

Falar da vida e da obra deste homem é falar da sua vida, porque toda a sua vida foi uma obra de disponibilidade para os outros.Rodeou-se de muitos e bons amigos que foram também seus colaboradores e companheiros de luta.Consciente de que a memória nos pode atraiçoar nos números mas nunca nos sentimentos tive o privilégio e a vantagem de conhecer o Sr.

Professor José Ribeirinha Machadoem vida e por muitos anos.Reconhecendo os seus méritos e a entrega à causa pública, propu-lo e foi aceite por unanimidade, para ser homenageado – HOMENAGEM PÚBLICA A UMA A PERSONALIDADE - pelo Rotary Club de Chaves.

Que virtudes firmam esta homenagem?

Nos anos cinquenta e sessenta,- Instala a CASA DO POVO – obra que ainda hoje está a funcionar

excelentemente, dinamizada por seus seguidores,- Reabilita a BANDA MUSICAL que com as várias direcções, o esforço dos

músicos e a ajuda de muitos se mantém em funcionamento.- Inicia a publicação do JORNAL - PROGRESSO – 1961, - União dos

Vilarandelenses presentes e ausentes – unia o Mundo!!.- Cria a CANTINA DOS POBRES que, com os seus três potes, alimentava

centenas de crianças em idade escolar – servia leite e pão com queijo ao pequeno-almoço – num púcaro e sopa com pão ao meio dia numa malga.

- I nstala o posto da TELESCOLA que iniciou na casa do povo e depois em pavilhões próprios.

- Cria na sua casa o LAR DE RESIDENTES e, mais tarde, - Instala A ESCOLA SECUNDÁRIA de Vilarandelo. - Instala o POSTO MÉDICO – primeiro na casa do povo e depois em sede

própria, iniciando a prestação de cuidados médicos gratuitos e depois integrado no SNS.- Aqui prestaram serviço clínico gratuito o Sr. DR Olímpio Seca e Dr. Carlos Ferreira.

- Cria a Sala de TEATRO E CINEMA, onde se ensaiou e viu teatro, projectou filmes como o amor de perdição e outros.

- Cria o ARAUTO que continuou a obra do progresso.- Empenha-se de modo insistente na instalação da rede eléctrica.- Pressiona a instalação da rede de canalização da água potável.- Luta pela COBERTURA DOS LAVADOUROS.- Insiste e obtém da Direcção de Estradas a VARIANTE A VILARANDELO.- Promove o ARRANJO URBANÍSTICO DO TOURAL.- Instala O JARDIM INFANTIL.- e mais… e mais

- MARCOU ESPECIALMENTE Pelo seu PORTE MORAL E CÍVICO; Pelo seu EXEMPLO e pelo USO DOS SEUS BENS PESSOAIS – a televisão era levada à cabeça de sua casa para a telescola diariamente pelo meio-dia e voltava a sua casa pelas 18.30 – Felizmente está viva a pessoa que fazia

Testemunho de Francisco António Taveira FerreiraMédico-Cirurgião

José Ribeirinha Machado, O Senhor Professor . . .

este trabalho - que Deus a ajude. O seu carro era o transporte para o lanche dos miúdos da telescola.

A MIM E DE MODO MUITO PRÓPRIO marcou-me pelo exemplo, pela dedicação ao trabalho, pela insistência e energia que punha em tudo o que fazia e foi determinante para a orientação da minha vida pessoal, pois além de me orientar para estudar, convenceu o meu pai a deixar-me estudar em vez de trabalhar. Deu-me os primeiros trocos e criou-me conjuntamente com o Sr. Padre Manuel Mesquita uma oportunidade de emprego com dezassete anos, que recusei por querer ser Médico.Pagou-me, do seu bolso, a mensalidade de alojamento e gastos pessoais e informou o liceu que me atribuiu merecidas propinas de mérito no 10º e 11º ano.Com o primeiro vencimento que recebi como profissional quis abater a minha dívida; Recusou receber e pediu-me – “Nunca digas a ninguém que estudaste com o meu dinheiro” – Eu cumpro e não digo a ninguém.Ensinou-me a pedir uma bolsa de estudo à Gulbenkian com que estudei depois.Disse-me para nunca fumar e respeitar as pessoas em especial os idosos e doentes. Disse-me muito mais…, porque chegamos a ter conversas de homem a homem, mas o que mais me marcou foi a sua visão da vida, o seu exemplo, o seu desprendimento pelos bens terrenos e a convicção profunda de que

A VIDA SÓ TEM SEnTIDO SE FOR POSTA AO SERVIÇO DOS OUTROS .

Não duvido que a melhor homenagem que posso prestar-lhe é manter a sua memória viva e brilhante.Estou-lhe GRATO PARA SEMPRE.

O Chico Catumba

Editorial

Ainda, a construção de infra-estruturas para combate aos incêndios, através da construção de tanques com grande capacidade de armazenamento de água, em diversos pontos do concelho, para abastecimento dos helicópteros, de modo que o tempo entre descargas não ultrapassasse os 7/8 minutos. Com períodos de tempo superiores, a eficácia das descargas é, praticamente, nula.

É Dezembro, é Natal.Que é o Natal? “É a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro. É o desejo mais sincero de que cada xícara se encha com bênçãos ricas e eternas, e de que cada caminho nos leve à paz.” (Agnes M. Pharo).Uma definição “sui generis” mas cujo conteúdo exprime, de forma expressa e implícita, os sentimentos que nesta quadra festiva são transversais à grande maioria dos humanos que a celebram, porque acreditam e são cristãos.Mas em boa verdade, “Natal é sempre que um homem quiser”, pensamento que nos alerta para o espírito solidário que sempre e em qualquer circunstância nos devia nortear.Natal é, sobretudo, a celebração do aniversário do nascimento de Cristo, representativo do início de uma nova era que, supostamente, devia ter provocado alterações na sociedade, tornando-a mais justa, mais fraterna, mais humilde e mais humana.Para todos os nossos leitores, desejamos Boas Festas de natal, Feliz e Próspero Ano novo .

António José Garcia Ferreira

Continuação da 1.ª pág.

Page 8: Arauto Dezembro 2011

A R A U T O8

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Dia de São MartinhoNo dia 14 de Novembro, o Centro

de dia festejou o tradicional, Dia de São Martinho, juntamente com os seniores do Lar e funcionários, tornando assim uma confraternização mais alegre.Foi um momento de agradável convívio, onde não faltou a Lenda de São Martinho e o famoso bailarico. Para alegrar ainda mais a tarde houve

uma “grande surpresa” representada pelos funcionários , onde mostraram todo o empenho no seu “pezinho de dança” .No final da actuação tiveram um lanche apetrechado de diversas iguarias, onde não faltaram as estaladiças castanhas assadas, a jeropiga e o delicioso caldo verde.Criou-se um clima descontraído e muito divertido.

“… ninguém fica velho simplesmente porque viveu alguns anos . A pessoa só envelhece quando abandona os seus ideais…” Dougles Mc Artur

Ir . Alice Magalhães Animadora Sociocultural

Dia Mundial do IdosoDia 1 de Outubro é

comemorado o Dia Mundial do Idoso. A data comemorativa é impor-

para viver bem. O Ministério da Saúde afirma que as prin-cipais directrizes que vem sendo utilizadas para a aten-ção integral à saúde do ido-so é a promoção do enve-lhecimento ativo e saudável, a manutenção e reabilitação da capacidade funcional e o apoio ao desenvolvimento de cuidados informais.Este dia foi comemorado no Centro de Dia e Lar de Idosos com muita alegria e emoção. Os nossos ido-sos receberam a visita das crianças do Jardim de Infân-

tante para lembrar os avan-ços em relação à qualidade de vida destas pessoas e as condições que elas precisam

cia, promovendo-se assim os encontros intergeracionais. As crianças cantaram, dança-ram e envolveram os idosos na actividade. Para terminar foi entregue uma lembrança a cada idoso para assinalar esta data tão especial.

A eles o nosso carinhoO nosso respeitoA nossa homenagemA esses mestres da vida…

Sandra OliveiraTécnica Superior de Desporto

No passado dia 14 de Novembro, o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Vilarandelo organizou um Magusto Convívio. Elementos do

grupo, familiares e convidados passaram umas horas de boa disposição. Estes encontros são a prova de que apesar das dificuldades que vão surgindo, o Rancho Folclórico está de “boa saúde”. Foram entregues medalhas dos 10 anos de grupo a dois elementos: Elsa Teixeira e José Manuel Vieira, a eles o nosso muito obrigado pela dedicação ao folclore.Resta-nos agradecer a todos os elementos do grupo, aos patrocinadores e a todos os vilarandelenses pelo carinho e apoio dado ao Grupo Folclórico.Aproveitamos para desejar um feliz Natal e um próspero Ano ano novo a vilarandelenses.

Pl’a DirecçãoPaulo Pascoal

Magusto do Rancho Folclórico

Page 9: Arauto Dezembro 2011

9A R A U T O

cmyk

PAULO SARAIVATÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

AgentePrincipal:

SEGUROS: Rua 6 de Novembro, n.º 28

Telf./Fax 278 729 807

CONTABILIDADES: Largo das Amoreiras, n.º 6

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5430-4421 VALPAÇOS

9

Dia do Halloween

2º Aniversário Lar de Idosos

No passado dia 27 de Outubro, o Lar comemorou com os seniores do Centro de Dia e funcionários, o dia do Halloween, mais conhecido no

nosso país pelo (dia das bruxas).A decoração da sala estava a rigor e muito criativa.Não faltou neste dia “Bruxas” e “Bruxos” para enfeitiçar, alegrar e divertir todos os que connosco quiseram passar esta tarde.Como não podia ser melhor, este ano resolvemos fazer a famosa queimada tanto falada.A tradição da queimada é uma poção mágica galega de raiz Céltica. Durante a queimada podem invocar-se “forças mágicas” através do conjuro.Para os mais curiosos e que gostam de se divertir aqui vai uma das receitas:

Ingredientes1 litro de aguardente.125 gr.de açúcar.Casca de 1 limão e 1 laranja.1 punhado de passas de uva .1 chávena de café em grão.Canela a gosto.

Preparação:Deita-se tudo num recipiente próprio para a queimada e ateia-se o fogo. Deixar arder até que este se apague por si. Vai-se mexendo de vez em quando com uma colher. No final serve-se. É uma bebida doce. Há quem diga, que é boa para curar as constipações.

Ir . Alice M agalhãesAnimadora Sociocultural

na oferta de nutrientes.Para não se tornar uma palestra repetitiva, este ano adoptou-se uma metodologia criativa, recriando a roda dos

Dia Mundial da Alimentação

Dia 16 de Outubro ce-lebra-se o Dia Mun-

dial da Alimentação. Esta comemoração teve início em 1981, e na actualidade é celebrada por mais de 180 países como uma im-portante data para cons-cientizar a opinião pública sobre as questões da nutri-ção e alimentação. No ano de 2011 o sub – tema do Dia Mundial da Alimenta-

ção está ligado com os fra-cos recursos económicos e a sua implicação na Alimen-tação Mundial.A Animadora Sociocultu-ral e a Técnica Superior de Desporto da Instituição re-alizaram uma palestra para os utentes do Centro de Dia e lar de Idosos da Casa do Povo de Vilarandelo. Esta palestra teve por objectivo sensibilizar os utentes para

a importância de uma alimenta-ção equilibrada, de acordo com as necessidades desta faixa etária. A alimentação deve ser variada e adaptada a esta fase, para realçar o sabor dos alimen-tos e torna-los mais fáceis de serem mastigados e degluti-dos, mantendo o equilíbrio

alimentos com os respectivos géneros alimentares.

Sandra OliveiraTécnica Superior de Desporto

Dia 2 de Dezembro de 2011 comemorou-se o 2º Aniversário do Lar de Idosos da Casa do Povo de Vilarandelo. Para assinalar o momento foi

elaborado um vídeo com as diversas fases de construção até à data actual.No período da manhã foi visionado o vídeo. Durante a tarde, com a companhia dos utentes do Centro de Dia, festejou-se o aniversário com um bailarico e com um lanche repleto de delícias. A esta festa juntaram-se, também, várias colaboradoras de diferentes respostas sociais, que partilharam com os utentes momentos de alegria e boa disposição.

Sandra OliveiraTécnica Superior de Desporto

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InTRODUÇÃO:É mencionada nos anais da história militar como um combate, ou simplesmente apelidada como a Acção Valpaços, um confronto militar que terminou com poucas baixas. A verdade é que se trata de uma verdadeira batalha e a derrota atribuída a Sá da Bandeira perde todo o seu sentido quando ana-lisado à luz dos seus resultados práticos imediatos e da ética militar da época. Uma batalha com resul-tados imprecisos efectivamente, mas como muitas outras. Uma batalha com poucas baixas, é verdade, mas também como muitas outras que continuam hoje a ser sublimadas. Deve ser tratada como tal, uma verdadeira batalha, que não representou de forma alguma a derrota dos patuleias já que esta só se consumaria, efectivamente apenas no plano polí-tico pelas circunstâncias dos sucessos políticos que fizeram esfumar-se as esperanças da ala liberal mais radical representada pelo referido Visconde que pelejou denodadamente em Valpaços contra as for-ças da insegura rainha de Portugal, D. Maria II. Mas o que mais importa realçar neste 165.º Aniversário da Batalha de Valpaços é o sentido da ética militar e respeito pela população civil revelados pelo mu-tilado comandante que mereceu sempre, durante o evento, a companhia e a lealdade do mítico José do Telhado, a dignificante postura da população de Valpaços no tratamento que por ela foi dado aos militares mortos no confronto e o memorável es-toicismo com que os habitantes de Vilarandelo e Ervões suportaram os humilhantes abusos come-tidos perlas forças militares confiadas ao Barão do Casal e ao visconde de Vinhais, após a batalha.

EnQUADRAMEnTO GEOGRÁFICO DA BATALHAFrequentemente designado como Acção Valpa-ços, trata-se de um dos sucessos da história mi-litar de relevância nacional que ocorreu junto a esta localidade, na altura ainda aldeia, embora sede municipal, depois vila e hoje cidade. O grosso dos confrontos sucedeu nos sectores ocidental e se-tentrional da periferia oitocentista da povoação, ainda que alguns movimentos militares tivessem, esporadicamente, inflectido um pouco mais para Sul e para Nascente.

OS AnTECEDEnTESFoi uma das batalhas que fizeram parte das lutas liberais entre cartistas (apoiantes da Coroa e da Carta Constitucional) e setembristas (liberais ra-dicais apoiantes da restauração da Constituição de 1822). Este período de guerra civil, a que se pas-sou a designar de Patuleia vinha na sequência do movimento revolucionário que ficou conhecido por Maria da Fonte; afirmou-se na Primavera de 1846, contra o ministério cartista de Costa Cabral e foi despoletado pelo golpe de Estado de 6 de Ou-tubro do mesmo ano, levado a cabo pelo duque de Saldanha (antigo setembrista que abraçou os ideais cartistas), com o apoio da rainha D. Maria II, a qual entendeu assegurar assim a manutenção do trono e da Carta, em aparente risco dada a progressi-va intensidade de movimentos anti-cabralistas por todo o país. Os mais acirrados sinais de indignação e contestação perante aquele golpe palaciano, fi-zeram-se sentir na cidade do Porto, que era então o maior baluarte das hostes setembristas e, logo aí, o presidente da Câmara, José Passos, mandou en-carcerar no Castelo da Foz, o enviado especial da soberana, Duque da Terceira, e nomeou uma Junta Provisória do Supremo Governo do Reino, tal como o haviam feito, 26 anos antes, os primeiros revo-lucionários liberais do vintismo. No Norte do país, os mais famosos chefes militares setembristas esti-veram com a Junta, designadamente os condes das Antas e do Bonfim e o Visconde de Sá da Bandeira. O Governador das Armas de Trás-os-Montes, o Barão do Casal, manteve-se fiel à Rainha e a Saldanha e, para dar as melhores provas da sua lealdade, apres-sou-se em reunir toda a tropa que lhe foi possível arregimentar, e com ela partiu de Chaves, a 23 de

Outubro de 1846, disposto a atacar a Junta do Porto e ganhar nesta cida-de novos partidários. Contudo, em Valongo, deu de caras com as forças do Visconde de Sá da Bandeira, Ge-neral da Junta do Porto, retroceden-do e optando por fazer a travessia do Douro para se juntar às forças do marquês de Saldanha, que actu-avam na Beira. Com essa intenção, no dia 4 de Novembro, ordenou às suas tropas que passassem o rio na Régua e preparou-se para transpor o rio, pelo Pinhão, mas o Barão de Castro Daire, avisado da sua marcha, impediu-lhes a passagem, fazendo en-costar na margem esquerda todas as embarcações que aí se encontravam. Resignado perante o malogro de mais um dos seus intentos, retirou--se para Chaves, pelo caminho de Sa-brosa, onde deu entrada quatro dias depois. Entre-tanto, Sá da Bandeira, que resolvera ir no encalço do Governador das Armas de Trás-os-Montes e dar-lhe batalha onde pudesse nos seus próprios domínios, passou a noite de 10 de Novembro em Carrazedo de Montenegro e dois dias depois assentava ar-raiais na Veiga de Chaves, estabelecendo em Faiões o seu quartel-general. Mas a 15 de Novembro, por razões que nunca foram devidamente esclarecidas, especulando-se que devido a alguma desconfiança do General quanto à lealdade dos seus regimentos de Infantaria 3 e 15, Sá da Bandeira desistiu da to-mada de Chaves e ordenou aos seus homens que iniciassem a retirada em direcção a Mirandela. Per-noitaram as duas brigadas em Ervões e Vilarandelo, e a 16 de Novembro foi retomada a marcha, com uma curta paragem em Valpaços, prosseguindo a mesma na direcção de Rio Torto. Para sua surpresa, porém, chega-lhe a informação de que o Barão do Casal vinha em sua perseguição e se encontrava nas proximidades de Valpaços.

A “ACÇÃO VALPAÇOS”Confirmada a aproximação a Valpaços do exército cartista, Sá da Bandeira fez retroceder as suas di-visões aos limites da povoação e preparou-se para o choque contra as forças favoráveis à rainha e à Carta Constitucional. As forças em confronto e as primeiras posi-ções de combateComo sublinha o Padre Vaz de Amorim, em artigo redigido em 1944 e publicado na Revista Aquae Fla-viae, O Barão do Casal, que contou com a coopera-ção militar do Visconde de Vinhais, chefiava, desde o dia 23 de Outubro de 1846, uma brigada composta pelos Regimentos de Cavalaria 6 e 7, pelo batalhão de Caçadores 3 e pelo Regimento de Infantaria 13.

Foi a maioria destas forças disposta em posições topograficamente vantajosas no alto de Mempaz,

Por: Leonel Salvado

por cima do Barreiro, e as restantes em locais con-tíguos à área ocupada pelas forças inimigas, que as-sinalaremos adiante.Segundo o mesmo autor, que se baseou nas in-formações do general Ribeiro de Carvalho e que constam na sua obra Chaves Antiga, o Visconde de Sá da Bandeira havia partido do Porto com uma divisão composta por duas brigadas: Uma brigada constituída por Infantaria 3, Guarda Municipal do Porto, 1º batalhão dos Artistas da cidade do Porto e um contingente do 2º batalhão da mesma unidade; uma outra brigada formada por Infantaria 15, um contingente de Artilharia 3 e pelos batalhões de Vis-ta Alegre e de Baião.Tratou o General da Junta do Porto de posicionar uma parte da sua divisão, constituída pela Guarda Municipal do Porto, o batalhão dos Artistas da mesma cidade e o batalhão de Vista Alegre fora da Vila, a Sul e no caminho de Ervões, desde o cimo da Corti-nha-Grande até à Veiga; para assegurar a esquerda da linha defensiva foram os regimentos de Infanta-ria 3 e 15 e o batalhão de Baião colocados em vá-rios dos pontos mais altos da Cortinha-Grande, Va-le-das-Amoreiras e Fontainhas.

A primeira fase dos combatesIniciou-se o confronto por volta das 3 horas e trin-ta minutos da tarde de 16 de Novembro (uma Se-gunda Feira) de 1846 quando o Visconde de Vinhais avançou sobre a esquerda da linha defensiva de Sá da Bandeira, ao comando de uma parte da Cava-laria, algumas forças do batalhão de Caçadores 3 e da Infantaria 13, soltando vivas à Rainha e à Carta e acercando-se dos Regimentos de Infantaria 3 e15. A soldadesca da Infantaria 3 depressa se rendeu à causa cartista e as praças do Regimento de In-fantaria 15 seguiram-lhes o exemplo, rebelando-se contra as ordens do seu comandante, o coronel Feio, que havia dado ordens para que formassem em quadrado de modo a resistirem à Cavalaria inimiga. Foi o coronel imediatamente preso, jun-

tamente com outros oficiais que também insistiram em manter a sua lealdade a Sá da Bandeira e à causa dos patuleias.Apanhados no meio de tal confusão os populares do batalhão de Baião precipitaram-se sobre o reduto onde se dera à traição, crendo que a cavalaria tinha sido dominada pelos seus, mas foram logo recebidos a tiro pelos próprios regimentos traidores e seus novos aliados, debandando e, em grande desordem, perseguidos pela Cavalaria ao longo dos trilhos, matas e pinhais de Rio-de-Lobos, Gui-tarro e Carrapata que se estendiam em direcção a Rio Torto, sendo por ali massacrados e alguns dos seus cadáveres barbaramente mutilados. Desta traição surgem ecos na im-

Primeiras Posições de Combate -16 de novembro de 1846

Desenvolvimento do Confronto - 16 de novembro de 1846

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prensa regional coeva, tal como se dava conta “António Rodrigues Sam-paio, jornalista e político no Portugal Oitocentista”, segundo o livro publi-cado com este título por um grupo de autores sob coordenação de Jorge Pedro Sousa, que do referido jornalis-ta fazem a seguinte citação, um pouco vaga mas suficientemente elucidativa: «O estandarte popular tremula em todo o país. A opressão tem por seu apenas os palmos de terra que pisa. (…) A resis-tência foi simultânea no Porto, Coimbra e Algarve. (…) Em Viana do Alentejo der-ramou-se em batalha campal o primeiro sangue. (…) O Alentejo ficou livre (…). Em Trás-os-Montes, a causa popular foi menos feliz. O povo decidiu-se logo por ela (…), mas traído pelo barão do Ca-sal levantaram mãos (…) contra os seus próprios pais e irmãos – Vagabundos e fugitivos, percorreram esses soldados algumas terras do Minho, que assolaram com as suas violências (…) – fugiram das vista do Porto e foram encurralar-se em Chaves (…). O que não pôde fazer o valor, fê-lo o ouro (…) e na acção de Valpaços, por uma vergonhosa traição, (…) entregaram-se.»[1] Rompida a esquerda defensiva orga-nizada pelo Visconde de Sá da Ban-deira, esteve este mesmo General da Junta do Porto em risco de ser captu-rado pela infantaria inimiga, não fora a pronta intervenção do seu ordenança, mais tarde celebrizado com o nome de Zé do Telhado, que arrojadamente o resgatou das mãos de alguns infan-tes, acto que iremos descrever mais para a frente neste artigo. Sob vigilan-te guarda do seu fiel ordenança, Sá da Bandeira foi conduzido em segurança para os Penascais, na estrada de Rio Torto.

O confronto final e o seu desfe-choObservando do sítio dos Penas-cais que o fogo continuava e que a linha de defesa parecia recompor-se, Sá da Bandeira voltou a ela, percor-rendo-a e encarando de novo o ini-migo no local do Barreiro. Enquanto anoitecia, o combate tornava-se mais aceso, disputando-se o terreno palmo a palmo, sem ganhos significativas de parte a parte. Uma porção do que restava das forças de Sá da Bandeira tentou ainda heroicamente subir as vinhas da Veiga e confrontar o inimi-go naquele mesmo sítio do Barreiro. Nesta fase mais viva, mas ainda de incerteza quanto aos resultados da peleja, o fogo estendia-se em arco de círculo desde o Vale-das-Amoreiras até

à Freixeda.

Cederam, por fim, já noite adentro os patuleias, e, segundo a descrição coeva da batalha registada numa folha de papel almaço por Constantino de Castro, salvaguardado pelo filho, Joa-quim de Castro Lopo e, enfim publica-da pelo neto, Constantino de Castro Lopo, em “O concelho de Valpaços, por Valbel” (L. Marques, 1954, pp. 87- 90), Sá a Bandeira, na companhia de todo o seu contigente, «recolheu a Valpaços e pela meia noite marchou es-trada de Murça», acrescentando (em nota) que lhe serviu de guia «um po-pular de Valpaços de nome Luís Teixeira Ferlim, por alcunha o ‘Sete fêmeas’». Se-gundo Castro Lopo, foram apenas em número de dezassete as vítimas mortais resultantes do combate e em número de quatro os feridos.

Considerações finais sobre a ba-talhaA retirada «por Murça até ao Pinhão onde as tropas liberais de Sá da Ban-deira tomaram barcos e regressaram ao Porto pelo rio Douro» (“João da Ribeira, Revista Aquae Flaviae) selava a derro-ta dos patuleias na “Acção Valpaços”, sendo assim que é considerada na História de Portugal.Da sua retirada para o Porto, regista ainda o jornalista António Rodrigues Sampaio os sucessos cometidos por Sá da Bandeira no inesperado con-fronto a que ainda foi sujeito con-tra as forças de MacDonell, chefe liberal dos miguelistas que entre-tanto fora aliciado pelos cabralistas: «McDonell [chefe dos rebeldes miguelis-tas] foi chamado entre nós pelos cabra-listas (…) e ousou atacar as forças do vis-conde de Sá na sua marcha para o Porto. O resultado desta ousadia foi deixar no campo (…) 17 mortos, muitos prisionei-ros, e escapar ele mesmo por uma pre-cipitada fuga para ir contar ao seu cúm-plice Casal a notícia da sua derrota.» [2] Encarada, todavia sob o ponto de vista dos seus resultados práticos e até à luz da ética militar, existem óbvias ob-jecções quanto à legítima vitória dos partidários da rainha e da glória que seria de lhes caber na Acção Valpaços.Uma dessas objecções surge-nos na expressão do general Ribeiro de Car-valho, cuja obra já foi por nós mencio-nada, e encontrámos citada pelo mes-mo Padre Amorim da seguinte forma: «As tropas da patuleia foram enfraqueci-das por uma traição e as do governo não souberam aproveitar a sua superiorida-

de numérica, abandonando o campo do inimigo, sem que sobre ele tivessem al-cançado qual-quer resultado decisivo». [3] Outra objec-ção retira-se da memória das popu-lações das imed i ações de Valpaços, sobretudo da de Vilaran-

delo, acerca dos roubos e estragos aí praticados durante e após os con-frontos militares, memória essa regis-tada no papel por Joaquim de Castro Lopo e pelo mesmo realçada numa pequena anotação que é a seguinte:«Foram tão grandes os roubos e estra-gos causados pelas tropas do Casal em Vilarandelo que ainda hoje (1942) estão vivos na lembrança do povo.» [4]

Tais excessos, também praticados em outros lugares, como em Ervões, con-trastaram, segundo o insigne autor valpacense, com a brandura e probidade com que geralmente se portou a gen-te de Sá da Bandeira. Apesar do inde-coroso, aliás irónico, comportamento da soldadesca confiada ao General das Armas de Trás-os-Montes contra a pró-pria gente da sua circunscrição, deixou o mesmo Joaquim de Castro Lopo algumas notas de justa homenagem, mais tarde sucintamente relembradas por Veloso Martins na sua Monografia de Valpaços, sobre a dignificante postu-ra da população desta povoação que, segundo este último autor, tratou de dar piedosa sepultura aos mortos no seu cemitério e o melhor tratamen-to aos feridos, sem olhar a partidos. Observe-se que, segundo Castro Lopo, 4 dos 17 mortos sepultados no cemitério de Valpaços pertenciam às forças do Casal, sendo um de Cavala-ria, um de Caçadores e dois do Regi-mento de Infantaria 13. Acerca do tra-tamento dado aos quatro feridos, ele foi prestado, segundo a mesma fonte, com a «caridade digna de todo o elogio, sendo assiduamente assistidos pelos há-beis facultativos, o médico Zeferino José Pinto e o cirurgião Garcês.»

A Acção de José do TelhadoDesenho e guache de Leonel Salvado

Não obstante o desaire dos patu-leias na Acção Valpaços, destacou-se nela o feito heróico de uma das figu-ras das fileiras da Junta do Porto, José Teixeira, a quem se deve o salvamento da vida do respectivo general, o Vis-conde de Sá da Bandeira, na ocasião da traição dos regimentos 3 e 15. Imor-talizado mais tarde pela tradição com o nome de José do Telhado por actos menos honrosos, adquiriu em todo o país a fama de fora-da-lei e de temido salteador, cujas façanhas mereceram

a atenção de destacados escritores e autores de Banda Desenhada que o retratam nas suas obras. A sua invul-gar bravura em batalha já havia sido notada pelo duque de Saldanha na Re-volta dos Marechais, em 1837, enquan-to lanceiro da Rainha, tendo sido por recomendação do mesmo Saldanha que passou a ordenança nas hostes de Sá da Bandeira. Diz-se que, sendo já sargento, em 1847, por ocasião da Convenção do Gramido (que pôs termo

às guerras guerras da Patuleia), arran-cou as divisas e se fez salteador. Exis-tem várias versões, nem todas con-dizentes, a respeito dos pormenores acerca da sua arrojada acção em Val-paços, das quais prefiro transcrever a que retirou Joaquim de Castro Lopo das Memórias do Cárcere, contada pelo próprio Zé do Telhado a Camilo de Castelo Branco, com quem conviveu nos calabouços da Relação do Porto e quem a registou na sua obra, entre outras façanhas, que o bravo proscri-to lhe foi relatando.

«Quem nesta ocasião [da entrega dos dois regimentos, 3 e 15] valeu a Sá da Bandeira foi o mais tarde célebre salteador José do Telhado. Este acompanhava Sá da Bandeira como ordenança. Na passagem dos dois regimentos de infantaria, um soldado de infantaria lançou a mão às rédeas do cavalo do general, outro fez-lhas largar. José do Telhado que tudo presenciou, to-mando as rédeas do cavalo do general e metendo o seu a galope, obrigou os ca-valos a saltarem um valado. No mesmo momento algumas balas passaram por cima da cabeça de Sá da Bandeira, lan-çadas pelas espingardas de soldados de um dos regimentos traidores. Três solda-dos de cavalaria carregaram sobre Sá da Bandeira. José do Telhado fez-lhes rosto. Desarmou um, feriu outro mortalmente e ao terceiro que ia fugindo, varou-o pe-las costas. Cumprida esta façanha, José do Telhado recebeu das mãos do general a condecoração da Torre e Espada.» [5]

Referências [1] SOUSA, Jorge Pedro et alii, An-tónio Rodrigues Sampaio, jornalista (e) político no Portugal Oitocentista, Labcom 2011, p. 112. [2] Id. Ibid., p. 116. [3] AMORIM,Padre João Vaz de, Re-vista Aquae Flaviae, n.º 14, 1995, p. 196. [4] LOPO, Joaquim de Castro, O Concelho de Valpaços, por Valbel, Lourenço Marques, 1954. [5]Id Ibid.

nota Final: A reconstituição cartográfica aqui ela-borada, em três partes, é de limitado rigor, e portanto, sujeita a modifica-

ções. Em todo o caso, cumpre dirigir uma palavra de agradecimento ao Sr. Manuel Terra pela diligente colabora-ção prestada na localização de alguns topónimos mencionados nos docu-mentos antigos que consultei relati-vos ao combate de Valpaços.Uma nota de agradecimento ainda a João António Vaz, natural de Valpaços, a quem fico a dever a referência bibliográfica que me foi proveitosa e que se encontra assinalada em [1] e [2].Batalha Final - ao escurecer de 16 de novembro de 1846

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1 . Algumas notas prévias(1) As motivações pessoaisTivemos hoje, e mais do que nun-ca, um período de incertezas que a todos incomoda. A liberalização e especulação nos mercados financei-ros, o deficit nas contas dos estados, a queda demográfica europeia, o de-semprego e diminuição dos salários reais, a desertificação do mundo rural etc., etc.. Portanto, novos de-safios estão à porta e caberá a cada um de nós reagir e já. Não cruzar os braços, animar as mentes e as gen-tes, assumir tarefas e competências, honrar enfim o dever patriótico!Pela parte que me cabe recuso “mandar para a prateleira” toda a experiência e motivação pessoal de décadas, investigação/ensino/exten-são, para, e com alegria, ajudar na partilha das dificuldades e anseios que a nossa comunidade agrícola tão estoicamente enfrenta.Sabe-se que a agricultura é economi-camente imprevisível, muitas vezes dura, complexa e multidisciplinar e por isso somos sempre poucos para a tornar mais atraente e competi-tiva. O meu modesto contributo, e enquanto Deus quiser, assentará em áreas técnicas e por isso propomo--nos publicar regularmente um ar-tigo de reflexão, a que chamarei genericamente TEMAS AGRONÓ-MICOS. Cada um deles e per si será: tendencialmente prático e com múltiplos objecti-vos nomeadamente: •Tornar mais familiar a

linguagem técnica da área.

•Esclarecer, cooperar e reflectir para mais saber antes de investir.

•Reafirmar que a agricul-tura é para gente infor-mada e de coragem.

(2) O que é um pomar do tipo industrial?Um pomar do tipo in-dustrial é, de forma sim-ples, um espaço de ter-reno onde se produzem frutos em larga escala e segundo regras de segu-rança internacionalmente aceites. Estão há algumas décadas instalados em di-versas regiões portugue-sas, sobretudo a Norte e Centro mas também e globalmente em todos os países que praticam uma agricultura avançada. São assumidos por em-presas com capacidade competitiva, que exploram áreas de terreno com

média a grande dimensão, o capital humano é qualificado e a qualidade do produto e rendibilidade dos in-vestimentos são sempre o objecti-vo prioritário. Estas empresas estão muito atentas à procura, estabele-cem parcerias inter-activas, com ins-tituições de investigação ou outras e usam espécies melhoradas em re-gime de monocultura. Têm equipa-mentos, traccionados ou auto-mo-trizes, que se esgotam, em regra, du-rante o respectivo período de vida útil. A actividade devido à pressão concorrencial a que a está submeti-da, tem a jusante, e próximo do local de produção, o processamento dos frutos produzidos. Finalmente é de assinalar que os investimentos são elevados e para se ter uma ideia, de grosso modo, só os custos de planta-ção poderão rondar os 20 000 a 25 000 €/ha.

(3) Que futuro para a região nes-ta área?Ao avaliar-se objectivamente a nossa região, verifica-se que há potenciali-dades mas de imediato são detectá-veis algumas fraquezas ou limitações. Os solos em geral e os de Vilarande-lo em particular têm repetido déficit hídrico estival, são maioritariamente delgados, sofrem erosão acentuada sobretudo nos terrenos com maior declive, têm muitas vezes aflora-

mentos rochosos ou rocha mãe de-sagregável, que tanto dificultaram as operações a tracção animal (ontem) ou mecanizada (hoje), dimensão das

parcelas e por último a tradicional falta de água nas culturas. Contudo há o lado positivo da questão onde as pessoas e algumas das condições climáticas existentes, horas de frio e insolação, são factores favoráveis de assinalar para a produção de frutos de alta qualidade. Do que se conhece haverá locais com maior aptidão contudo, e sem receio, qual-quer ideia de empreendimento vai depender sempre do mercado e dos cuidados prestados na preparação do terreno.

2 . Porquê a preparação dos ter-renos?O tema de hoje refere-se à “prepa-ração dos terrenos para a plantação de pomares do tipo industrial”. A preparação dos terrenos é um conjunto de operações a executar na pré-plantação e que vai ter con-sequências económicas profundas, a longo prazo, na vida das árvores. O objectivo é disponibilizar, em mo-mento oportuno, a água, nutrientes e a textura adequada no solo, du-rante os primeiros anos de vida e seguintes.Ao folhearmos a História, anterior à 2ª Guerra Mundial, é fácil observar que os meios de tracção na agricul-tura estavam, como se sabe, muito dependentes da força animal ou hu-mana. Mobilizava-se a camada arável

(10 a 25 cm), construíam-se algumas barreiras à erosão, (muros de su-porte) dava-se pouca importância à drenagem de terrenos encharcados

contudo, já se preocupavam mais com o desvio das águas pluviais em excesso. A surriba era quase desco-nhecida, raramente se efectuava, e portanto à plantação optava-se pela cova individualizada, muitas vezes estreita com paredes compactas e limitadoras da expansão radicular. Este modelo, sabemos hoje, é insufi-ciente e foi sendo substituído, pese embora a sua continuidade, por ra-zões económicas, em plantações de baixa densidade ou mesmo em pe-quenas explorações do tipo familiar.

3 . Que modelo de sistematiza-ção adoptar na preparação do terreno?O modelo de sistematização do terreno, para implantação do futuro pomar, não se deseja único. As di-versas condições económico-finan-ceiras e edafo-climáticas são deter-minantes, e por isso a cada espécie e local de implantação poder-se-ão adoptar várias soluções. O que aqui se apresenta tem portanto, um ca-rácter meramente orientador.

3.1 Análises préviasPela sua reconhecida importância é sensato observar os horizontes e realizar análises físico-químicas, para se determinar a fertilização e correcção de fundo ou também o sistema de rega e fertirrigação por

sectores.

3.2 Operações de pre-paração dos terrenosAs operações de prepara-ção dos terrenos abarcam um certo número de tra-balhos sequenciados para se obter o melhor desen-volvimento ou resposta das fruteiras. Estes tra-balhos podem agrupar-se em duas fases distintas: (1) a preparação do terreno – que compreende geral-mente a limpeza e regula-rização do perfil, surriba e despedrega, caminhos e nivelamento dos terrenos e finalmente o movimento e drenagem de águas;(2) a plantação – que en-volve os processos de plantação, propriamen-te ditos, e a disposição

das plantas. Neste artigo e por razões óbvias somente abordaremos a preparação

do terreno.

T E M A S A G R O n Ó M I C O S

A preparação dos terrenos para a plantação de pomares do tipo industrial

Por: Jaime Teixeira Cavalheiro*

A preparação do terreno com trator de rastos durante as fases de limpeza e ripagem cruzada – Vilarandelo, Pevide/Outubro de 2011.

Continua no próximo número

Page 13: Arauto Dezembro 2011

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A n I V E R S Á R I O S

Maria Barreira,nascida a 14/11/1919

natural de Barreiros - 92 anos

Alzira Augusta Morais,nascida a 20/10/1917

natural de Tinhela - 94 anos

Aida nogueira Mairos,nascida a 25/10/1924

natural de Vilarandelo - 87 anos

Há casamentos por amor, por tradição, por interesse, por conveniência Há o chamado casamento branco, para legalização de es-

trangeiros, temos os casamentos de Santo António e agora ultimamente o casamento gay. Para esses, eu desejo que sejam muito felizes e que tenham muitos meninos.O modo de casar fica ao critério dos noivos, uns debaixo de água, outros de pára-quedas, a moda em Xangai é de os noivos se apresentarem nus Até podem ter frio, mas quanto não poupam nos fatos? À que fazer contas em tempos de crise!Mas eu agora quero falar do casamento por pro-curação. Entre os anos 60 e 80, usou-se muito este aventureiro casamento.As três frentes da Guerra Colonial, Angola, Mo-çambique e Guiné, levaram milhares de rapazes, 800.000 mais precisamente, posteriormente foi a França, que levou outros milhares. Por aqui só ficaram as raparigas, dizia-se que havia sete para cada rapaz!Nas tropas do Ultramar, usavam-se muito as madrinhas de Guerra. O papel destas madrinhas era dar algum apoio moral aos soldados, através da cor-respondência. O dia do correio, era o mais desejado, cartas e aerogramas eram o elo de ligação entre o mato onde vivíamos e o dito mundo civili-zado. Cada um procurava ter o maior número possível de madrinhas, para as notícias serem mais variadas. A maioria nem se conhecia pessoalmente, senão através de uma simples foto, às vezes de meio corpo.No fim da comissão militar, muitos ficavam por lá na vida civil, porque havia várias oportunidades de trabalho e não tinham dinheiro para regressar. Era aí que funcionava a procuração de casamento. A maioria dessas madrinhas ocuparam o lugar de namoradas, eles e elas, procuravam vagamente alguns conhecimentos familiares antes do casamento e dava-se um passo no es-curo.

O rapaz mandava a procuração para o Padre da fre-guesia da rapariga, a família preparava o casamento, o Pai, ou na falta deste o Padrinho levava a noiva ao altar. Realizava-se a cerimónia e a procuração repre-sentava o noivo, havia convidados e festa, mas não havia lua-de-mel, nem noite de núpcias.A mulher enfim casada, ia ter com o marido, sem se conhecerem fisicamente imaginem a curiosidade e a expectativa do tão desejado encontro. Normal-mente iam de barco, a viagem para Angola demorava nove dias, não havia telemóveis, já tinham combinado a cor da roupa que deviam usar no dia do desembar-que. O marido no cais, esperava ansioso o atracar do navio, mirando todas as mulheres que iam descendo a escada, enquanto um e outro agitavam um lenço de cor combinada previamente. Batia sempre certo, o íman do amor ajudava ao tão desejado encontro.No fim do desembarque, se sobrasse uma mulher

sozinha, solitária, cansada, sentada numa mala, desiludida por ninguém estar à espera dela, era uma das vítimas.Conheço de perto uma senhora, que casou por esse meio, com um desco-nhecido de Angola. Ela foi até ao barco, aí arrependeu-se e não embarcou, porque deixava cá um amor, embora ilícito, mas falou mais alto. E o marido, vítima do sistema ficou lá pendurado. No entanto, conheci casos, em que se organizaram belíssimas famílias e tinham orgulho da sua história aventurei-ra, da sua entrega com toda a honestidade e dedicação. Outros que ocultavam deficiências físicas, falta de sinceridade e de verdade, não tiveram a mesma sorte.Esta modalidade teve a sua época, podia não ser a mais prática, mas o amor, a verdade e o respeito mútuo, são a mola real do casamento e a família unida é a base fundamental da sociedade, uma degradada, a outra vai por arrasto.

Eduardo Ferreira da Costa

O Casamento por Procuração

Page 14: Arauto Dezembro 2011

14 A R A U T O14

Amiguinhos do Arauto, somos os meninos da Sala Amarela.Os mais pequeninos do nosso Jardim, temos entre os 4 e os 14 meses.

Gostamos de ouvir músicas, histórias cantadas, observar tudo o que nos rodeia, miminhos e muito colinho. Somos um grupo de 3 meninas e 8 meninos.As nossas amigas que tratam de nós com muito carinho são a Educadora Margarida, a Lígia e a Sandra.Alguns de nós já nos sentamos, outros precisamos de apoio para sentar, outros gatinhamos e ainda outros já queremos começar a dar os primeiros passos.Somos meninos que adoramos interagir com os adultos pois gostamos de muita atenção, conversa, sorrisos, miminho e muito colinho.Estes somos nós: Ana Vitória; Bruno; Dilan; Francisco; Gabriel;Leandro; Lia; Luis; Marisol; Nuno e Paulo.

Jardim de Infância da Casa do PovoCRECHE

A importância do brinquedo

Sala Amarela

Sala Laranja Nós somos meninos da creche da Sala da Laranja. Temos entre os 12 e os 36 meses. Já somos mais crescidinhos e gostamos de todos os trabalhos ligados a expressão plástica, musical e motora.

Adoramos brincar, pois é a partir daqui que vamos aprender. Libertamos as nossas tensões, canalizamos conflitos, convivemos e partilhamos actividades e interesses.Gostamos muito de ouvir histórias, jogos com movimentos e de cantar ritmos e gestos.Somos muito traquinas mas quando a actividade nos desperta interesse conseguimos estar sentadas.O controlo de esfíncteres ainda não é total. A maioria ainda usa fralda.Quanto às refeições, algumas de nós já possuímos uma certa autonomia, outras precisamos de ajuda das nossas amigas adultas, Educadora Margarida, da Helena Silva, da Idalina e da Filipa. Vamos trabalhar muito para desenvolver a nossa autonomia, a nossa segurança, a nossa criatividade para que no futuro possamos ter mais confiança em nós próprios.Como nos chamamos?Aitana; Ana Filipa; Diogo; Dinis; Francisco; Gustavo; Gonçalo; Inês; Maria; Micael e Ruben.

O brinquedo é muito importante para o desenvolvimento da criança, porque a exploração do mesmo estimula as habilidades manuais de toda a criança, a coordenação

motora e o raciocínio.É através da brincadeira, que as crianças ultrapassam a realidade, transformando-a através da imaginação. Desta forma, expressam o que teriam dificuldades em realizar através do uso de palavras. Os jogos das crianças não são apenas recordações do que vêem os adultos fazerem. Elas nunca reproduzem de forma absolutamente igual ao sucedido na realidade. O que sucede é uma transformação criadora do percepcionado para a formação de uma nova realidade que responde às exigências e inclinações da própria criança., ou seja, uma reinvenção da realidade.O brincar apresenta características diferentes de acordo com o desenvolvimento das estruturas mentais.A criança elabora então as suas brincadeiras à volta da exploração de objectos através dos sentidos, da acção motora, e da manipulação – características dos “jogos de manipulação”. Estes jogos oferecem sentimentos importantes de poder e eficácia, bem como fortalecem a auto-estima. Deste modo, constituem peças fundamentais para o desenvolvimento global da criança. De uma maneira geral, as crianças entre os 2 e os 6/7 anos de idade, a simbologia que surge com um papel fundamental nas brincadeiras, por exemplo, o “faz de conta”, as histórias, os

fantoches, o desenho, o brincar com os objectos atribuindo-lhe outros significados.O jogo simbólico oferece à criança a compreensão e a aprendizagem dos papéis sociais que fazem parte da sua cultura (mãe, pai, filho, médico, professora, etc). O desempenho psicomotor da criança enquanto brinca, alcança níveis que só mesmo a motivação intrínseca consegue. Ao mesmo tempo estimula-se a atenção, a concentração e a imaginação e, por consequência, contribui para que fique mais calma, relaxada e aprenda a pensar, estimulando a sua inteligência e autonomia. Toda a criança precisa de ter tempo e espaço para brincar. O acto de brincar pode incorporar valores morais e culturais, em que as actividades podem promover auto-imagem, a auto-estima, a cooperação, por sua vez o lúdico conduz à imaginação, fantasia, criatividade e à aquisição dum sentido crítico, entre muitos motivos ajudam a moldar as suas vida, como crianças, e futuramente, como adultos.É através da brincadeira que a criança se prepara para a vida, assimilando a cultura do meio em que vive, integrando-se nele, adaptando-se às condições que o mundo lhe oferece e aprendendo a competir, cooperar com os seus semelhantes: a conviver como um ser social.

As educadoras: Margarida Silva, Daniela Nogueira e Irmã Paula