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Proibido reprodução deste material em parte ou no todo, propriedade do CIP – Lei n.º 9.610 1 APRESENTAÇÃO Acreditamos que, como nós, você lute “por um Brasil melhor” na perspectiva do desenvolvimento da Educação Profissional. Você encontrará um material inovador que orientará o seu trabalho na realização das atividades propostas. Além disso, percebera por meio de recursos diversos como é fascinante o mundo da “Educação Profissional”. Gradativamente, dominará competências e habilidades para que seja um profissional de sucesso. Participe de direito e de fato deste Curso de Educação a Distância, que prioriza as habilidades necessárias para execução de seu plano de estudo: Você precisa ler todo o material de Ensino; Você deve realizar toda as atividades propostas; Você precisa organizar-se para estudar Abra, leia, aproveite e acredite que “as chaves estão sendo entregues, logo as portas se abriram”. Esta disposto a aceitar o convite? Contamos com a sua participação para tornar este objetivo em realidade. Equipe Polivalente COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE “Qualidade na Arte de Ensinar”

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Telecomunicações I

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APRESENTAÇÃO

Acreditamos que, como nós, você lute “por um Brasil melhor” na perspectiva do desenvolvimento da

Educação Profissional.

Você encontrará um material inovador que orientará o seu trabalho na realização das atividades

propostas. Além disso, percebera por meio de recursos diversos como é fascinante o mundo da “Educação

Profissional”. Gradativamente, dominará competências e habilidades para que seja um profissional de

sucesso.

Participe de direito e de fato deste Curso de Educação a Distância, que prioriza as habilidades

necessárias para execução de seu plano de estudo:

• Você precisa ler todo o material de Ensino;

• Você deve realizar toda as atividades propostas;

• Você precisa organizar-se para estudar

Abra, leia, aproveite e acredite que “as chaves estão sendo entregues, logo as portas se abriram”.

Esta disposto a aceitar o convite?

Contamos com a sua participação para tornar este objetivo em realidade.

Equipe Polivalente

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3

UNIDADE I.................................................................................................................. 4

HISTÓRIA DAS COMUNICAÇÕES.............................................................................. 4 TRANSDUTOR ...................................................................................................... 5

UNIDADE II ................................................................................................................ 6

INFRA-ESTRUTURA.................................................................................................. 6 RETIFICADOR E BATERIA DE PARTIDA.................................................................... 8

EXERCÍCIO .......................................................................................................... 8

UNIDADE III .............................................................................................................. 9 BATERIAS................................................................................................................ 9 TORRES DE TRANSMISSÃO.................................................................................... 12

AUTOPORTANTE ................................................................................................ 12 ESTAIADA.......................................................................................................... 13 DE CONCRETO ARMADO..................................................................................... 13 PRINCIPAIS ACESSÓRIOS ................................................................................. 13 EXERCÍCIO ........................................................................................................ 14

UNIDADE IV ............................................................................................................. 15

REDE EXTERNA...................................................................................................... 15 AS PRINCIPAIS PEÇAS .......................................................................................... 16 DE UM APARELHO TELEFÔNICO............................................................................. 16

TIPOS DE APARELHOS TELEFÔNICOS ................................................................ 17 TIPOS DE REDE ..................................................................................................... 18 ARMÁRIOS DE DISTRIBUIÇÃO............................................................................... 21

UNIDADE V............................................................................................................... 23

REDE INTERNA ...................................................................................................... 23 MEIOS DE TRANSMISSÃO...................................................................................... 23 PUPINIZAÇÃO ....................................................................................................... 25

UNIDADE VI ............................................................................................................. 26

IDENTIFICAÇÃO E NUMERAÇÃO DA UNIDADE DE REDE......................................... 26 TIPOS DE CABOS UTILIZADOS EM REDE TELEFÔNICA AÉREA E SUBTERRÂNEA.... 26 LINHAS COAXIAIS................................................................................................. 27 FIBRAS ÓPTICAS ................................................................................................... 27 CABOS TELEFÔNICOS – IDENTIFICAÇÃO E NUMERAÇÃO ....................................... 27 CAIXAS SUBTERRÂNEAS........................................................................................ 31 TECNOLOGIA DE CABOS ÓPTICOS ......................................................................... 32

CABO ÓPTICO TIPO TIGHT ................................................................................ 32 CABO ÓPTICO TIPO LOOSE................................................................................ 32

GLOSSÀRIO .............................................................................................................. 33

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................... 34

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TELECOMUNICAÇÃO I

INTRODUÇÃO

Você esta iniciando o estudo do Módulo I de TELECOMUNICAÇÕES que será dividido em 4

Módulos. Você terá contato com teorias importantes que vão proporcionar um desempenho eficiente durante o

seu Curso.

Este é o Módulo I que esta dividido em seis unidades: UNIDADE I: História das comunicações,

Transdutor; UNIDADE II: Infra-Estrutura, Retificador e Bateria de Partida; UNIDADE III: Baterias, Torres de

Transmissão; UNIDADE IV: Rede Externa, As Principais peças de um Aparelho Telefônico Tipos de Rede

Armários de Distribuição; UNIDADE V: Rede Interna, Meios de Transmissão Pupinização; UNIDADE VI:

Identificação e numeração da Unidade de Rede, Tipos de Cabos Utilizados em Rede Telefônica Aérea e

Subterrânea, Linhas Coaxiais, Fibras Ópticas, Cabos Telefônicos – Identificação e Numeração, Caixas

Subterrâneas, Tecnologia de Cabos Ópticos.

Nossa linha de trabalho abre um caminho atraente e seguro pela seqüência das atividades – leitura,

interpretação, reflexão, e pela variedade de propostas que mostram maneiras de pensar e agir, e que recriam

situações de aprendizagem.

As aprendizagens teóricas são acompanhadas de sua contrapartida prática, pois se aprende melhor

fazendo. Tais praticas são momentos de aplicação privilegiados, oportunidades por excelência, de demonstrar o

saber adquirido.

Nessa perspectiva, dois objetivos principais serão perseguidos neste material. De um lado, torná-lo

habilitado a aproveitar os frutos da aprendizagem, desses saberes que lhe são oferecidos de muitas maneiras,

em seu estudo, ou até pela mídia – jornais, revistas, rádio, televisão e outros - pois sabendo como foram

construídos poderá melhor julgar o seu valor. Por outro lado, capacitando-se para construir novos saberes. Daí

a necessidade do seu estágio para aliar a teoria à prática.

A soma de esforços para que estes módulos respondessem as suas necessidades, só foi possível mediante a

ação conjunta da Equipe do Polivalente.

Nossa intenção é conduzir um dialogo para o ensino aprendizagem com vistas a conscientização,

participação para ação do aluno sobre a realidade em que vive.

A Coordenação e Tutores/Professores irá acompanhá-lo em todo o seu percurso de estudo, onde as

suas dúvidas serão sanadas, bastando para isso acessar o nosso site:

www.colegiopolivalente.com.br.

Equipe Polivalente

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UNIDADE I

HISTÓRIA DAS COMUNICAÇÕES Em 1830 o inglês FARAD realiza várias experiências sobre eletricidade e magnetismo. A pergunta da época era: “para que serve eletricidade e magnetismo?” De 1830 a 1900 os cientistas foram descobrindo as aplicações deste ramo da Ciência, tornando a tecnologia indispensável no dia a dia. O telefone foi uma das primeiras aplicações, inventado em 1876. A primeira descoberta foi o Telégrafo, em 1835, permitindo a comunicação de sinais eletrônicos entre dois pontos ligados por uma fiação condutora. Daí surgirem duas tecnologias de telecomunicações: uma que suprimia a fiação condutora, usando transmissões de ondas eletromagnéticas no ar (Rádio e Televisão), e outra que mantinha a fiação (telégrafo, telefone, fax). Com o telefone móvel, sem fiação, e a televisão à cabo, estas tecnologias voltaram a se encontrar. O começo da telefonia foi confuso, sem uma noção clara do que se poderia transmitir. Assim, logo se tentou a transmissão de cópias de documentos (Fax 1843, Alexandre Brain), que foi conseguida mas teve de esperar o desenvolvimento da Eletrônica para se tornar popular. Alexandre Graham Bell, físico escocês naturalizado norte-americano, no começo da década dedicou-se à pesquisa de transmitir voz por fiação, o telefone. Em 1875 obteve a patente do aparelho telefônico, fazendo sua primeira demonstração pública na Filadélfia EUA, em 1876. Estavam presentes 15 pessoas, entre elas o Imperador do Brasil, D. Pedro II, que atendeu a ligação feita da sala ao lago pelo assistente de Bell, Thomas A. Watson. Bell e Watson aperfeiçoaram o sistema e já em 1878 aparecia a primeira rede pública comercial em New Haven, EUA. Em 1885 foi formada a AT & T – American Telephone And Telegraph Company – que até 1984 exerceu o monopólio da telefonia nos Estados Unidos (sendo desmembrada por ordem judicial (anti-trust) servindo de modelo administrativo e fonte de padrões técnicos para o resto do mundo. No Brasil, o primeiro telefone (interno) foi instalado no Palácio São Cristóvão, Rio de Janeiro 1878. Logo em seguida, 15 de novembro de 1879, o Decreto Imperial 7.539 criou a CTB – Companhia Telefônica Brasileira. Com o tempo outras concessionárias foram autorizadas e finalmente criou-se a Telebrás, monopólio estatal para controlar todo o sistema de Telecomunicações Brasileiro. Nos dias atuais com a privatização foi criada a Anatel, agencia do governo que regulamenta as normas de Telecomunicações no país. Uma revolução na área começou com o Telefone Móvel, que vem a ser uma transmissão radiofônica ligada pela rede pública de telefonia.

Entretanto, a pequena banda de freqüência disponível, limitando o sistema a poucos assinantes, levou ao telefone celular. A telefonia desempenha outro papel fundamental na sociedade, nem sempre visível ao grande público: o sistema de telefonia é utilizado para comunicação de dados entre equipamentos (computadores como exemplo). Para esta tarefa a rede telefônica precisa de uma interface adaptadora – o Modem – já que se trata de transmitir sinais digitais e não voz. Fibra Óptica e Satélites completam o desenvolvimento tecnológico da telefonia. A primeira substitui a fiação, permitindo muito mais ligações simultâneas que condutores elétricos. Satélites fazem a ligação entre pontos distantes, geralmente Centrais Telefônicas. Em telefonia, por mais interessante que seja uma inovação, há um pré-requisito que ela deve obedecer: ser compatível com o sistema j´instalado. Isto obriga o técnico a estudar a telefonia desde suas formas mais primárias, entendendo o porque de certos padrões e exigências, enquanto certas descobertas não podem ser implantadas.

Introdução: Origem da palavra telecomunicações, tele (grego) = distância + comunication (latim) communis = comum. E sua origem, quanto às formas primárias de: comunicação à distância.

O avanço tecnológico possibilitou ao homem que ele comandasse a variação dos fenômenos físicos, formando símbolos e criando códigos. O domínio dos fenômenos elétricos, ou precisamente eletromagnético, possibilitou a comunicação a longas distâncias. Após 1978, o CNPQ (Centro Nacional de Pesquisa) desenvolveu o telefone-padrão Brasileiro, no qual o disco foi substituído por um teclado digital e a irritante campainha por sistema sonoro agradável. (Veja figura) Entendemos como SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES o conjunto de equipamentos,

cabos, linhas fios etc, que permite a transferência de informação e por comunicação entenderemos a transferência de informação de um ponto ao outro. A variação comandada de um fenômeno físico na representação da informação denomina-se SINAL. As telecomunicações lidam principalmente com SINAL ELÉTRICO no processo de transmissão. Em telefonia, por exemplo, o sinal acústico (voz ou

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música) é transformado em sinal elétrico que, após o conveniente tratamento será transmitido, aos dispositivos especiais que transformam um sinal de uma forma de energia para outra, denomina-se TRANSDUTORES. Para ilustrar: no telefone uma cápsula especial de microfone (transdutor-elétrico) transforma o sinal acústico de voz em sinal elétrico de voz. Outra cápsula, a receptora (transdutor eletro-acústico) transforma o sinal elétrico de voz em sinal acústico de voz, capaz de ser percebido pelo ouvido humano. (Ver figura abaixo)

TRANSDUTOR Entre os transdutores existe um complexo sistema eletro-mecânico, tais como eletro-óptico (televisores), óptico-eletro (câmaras de vídeo), eletro-acústico (caixa de sons – alto falante), acústico-elétrico (microfones), conhece-lo será objetivo do nosso curso. Os sistemas de equipamento de telecomunicações vêm sendo constantemente aperfeiçoados visando comunicações rápidas, fáceis, de boa qualidade e a baixo custo. Os primeiros sistemas de telecomunicações tiveram aplicação em telegrafia , para o auxílio do tráfego ferroviário. Em 1837, Samuel Morse, inventou o manipulador de telegrafia e criou o código que leva o seu nome. O sistema consiste em interrupções de uma corrente elétrica, codificadas em traços e pontos representativos do alfabeto e demais sinais gráficos: (maior interrupção = traço; menor = ponto) Ex.: S . . . O _ _ _ S Em 1844, os Estados Unidos inaugura sua primeira linha telegráfica e no Brasil, 8 anos mais tarde (1852) inaugurava-se a primeira linha telegráfica para transmissão em morse. (veja figura de um manipulador telegráfico)

telegrafia – arte de construir telégrafo e de os usar.

Coube ao Marechal Cândido Mariana da Silva Rondon, Patrono das Telecomunicações do Brasil, cruzar o País com linhas telegráficas, fazendo-se ouvir de Leste a Oeste e de Norte a Sul. Os fenômenos eletrostáticos eram conhecidos já na Grécia Antiga, embora as partículas subatômicas não fossem conhecidas, e somente em 1881 o inglês Stoney criasse a palavra “electron” para designar a partícula portadora da menor carga livre que se conhece. Durante o século XVIII os fenômenos elétricos e magnéticos são alvos de experiências simples, onde os conceitos de corrente e de tensão elétrica são determinados. Já no século XIX inicia-se a classificação dos fenômenos eletromagnéticos, conseqüência dos trabalhos de Faraday, que anteviu o funcionamento do motor elétrico. Em 1876, Alexandre Grahan Bell, patenteou o seu invento (o telefone), ganhando a corrida técnica do professo Elisha Gray por uma questão de poucas horas. Também 1877 MacEvoy e Prichett inventa o telefone transmissor – receptor. O Brasil parece ter uma destinação para as telecomunicações e já 1876 D. Pedro II recebendo um aparelho de presente de Grahan Bell, mandou instalar no Palácio de São Cristóvão ligando-o às Forças Armadas e ao Quartel dos Bombeiros. Em 15 de novembro cria-se a primeira Companhia Telefônica do Brasil (CTB). Também em 1893, o Padre Roberto Landell de Moura, dois anos antes de Marconi, consegue transmitir sinais e sons musicais a uma distância de oito kilômetro da avenida Paulista ao alto de Santana, em São Paulo, num sistema de telefonia sem fio. Ele foi o verdadeiro inventor do triodo (válvula de três pólos). E em reconhecimento ao seu trabalho do Padre Landell de Moura a Telebrás batizou com o seu nome o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, situado em Campinas – São Paulo. O setor de telecomunicações inclui além do telefone, a telegrafia, o telex, a transmissão de dados, de imagens, Fac símile, TV, videotexto, a radiodifusão, as comunicações via satélite, a cabodifusão (CATV ou televisão por cabo), cabos ópticos de alta velocidades, as múltiplas formas de radiocomunicações (faixa do cidadão – radioamadorismo), videofone, serviços postais, etc. Após a privatização do sistema foi criado a Agencia Nacional de Telecomunicações – ANATEL, e têm como finalidade de: Agenciar, Normalizar e fiscalizar todo os setores de Telecomunicações do País. O Brasil também participa da Organização Internacional de Telecomunicações – O.I.T, que 1906 foi decidido mudar o nome da Organização para o atual U.I.T – União Internacional de Telecomunicações que coordena o relacionamento comercial e a cooperação técnico-operacional que possibilita o funcionamento global das telecomunicações, onde todos os países do mundo estão filiados a ela, inclusive o Brasil. INTELSAT (Organização Internacional de Telecomunicações por Satélite), criado em agosto de 1964, é um Organismo mundial que tem por

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finalidade prever, em bases comerciais, um sistema especial capaz de estabelecer serviços públicos de telecomunicações internacionais de alta qualidade, via satélite, em bases são discriminatórias e acessível a todas as áreas do mundo. Para tanto lhe cabe a responsabilidade de projetar, desenvolver estabelecer, manter e operar o segmento espacial do sistema de comunicações internacionais via satélite. Participam desta organização os estados diretamente, ou através de entidade pública ou privada de telecomunicações, devidamente autorizadas. Em 1965, o Brasil filiou-se ao INTELSAT, mantendo um representante legal e hoje, o nosso país figura como um dos principais proprietários dos satélites, quase em pé de igualdade com os países do 1° mundo. O QUE NOS ESPERA O FUTURO? Qualquer ficcionista, por mais ousado que seja, corre o risco de falar da realidade e pensar que é fantasia. Já temos como certo:

• Os sinais analógicos já foram substituídos pelos sinais digitais;

• O sistema convencional foi substituído pela optoeletrônico e agora pelo digital;

• Os correios tradicionais substituído pelo eletrônico, agora digital;

• Os jornais do “fac-simile”, pela computação gráfico-digital;

• Os computadores já estão interligados em redes de alta velocidades e sua linguagem é tão simplificada que qualquer pessoa pode acessa-lo tanto no uso comercial como doméstico;

• As redes de microondas estão dando lugar aos sinais de satélites;

• Já se pode fazer conferências/palestras em vídeo-conferências, tudo em terceira dimensão, e, faixas de 20 a 30 GHz;

• A televisão com tubos de imagem convencional já está sendo substituídos por tubos de cristais líquido;

• Os teclados serão substituídos por “imputs” verbais.

O telefone de pulso, parece ser uma

realidade, no Japão já há estudos e está em aperfeiçoamento para o futuro. PRIORIDADES Tudo que foi dito é possível até que ponto e até quando chegaremos lá é uma questão de prioridade. Prioridade é puramente política. A vontade de fazer, entretanto, impulsionar a política.

Em última análise, fazer ou não depende de cada um de nós.

UNIDADE II

INFRA-ESTRUTURA

INTRODUÇÃO Basicamente, temos dois tipos de estações de Telecomunicações: a) ESTAÇÃO TELEFÔNICA: Conjunto constituído do prédio (ou unidades volantes) e de uma ou mais centrais telefônicas nela instaladas; b) ESTAÇÃO REPETIDORA: Conjunto de equipamentos incluindo as instalações acessórias, capaz de captar sinais recebidos de um sentido e retransmiti-los. Os sistemas que compõe a infra-estrutura destas estações são:

• Prédio • Torres • Sistema de Corrente Alternada • Sistema de Corrente Contínua • Sistema de Ar Condicionado • Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio • Sistema de Aterramento e pára-raios

ELETRICIDADE: CONCEITOS BÁSICOS Toda matéria que conhecemos, incluindo sólidos, líquidos e gases, contém partículas básicas de carga elétrica: elétron e próton

O elétron possui carga elétrica negativa. O Próton possui carga elétrica positiva, onde os prótons encontram no núcleo do átomo e os elétrons ficam girando ao redor do mesmo.

Na natureza temos substâncias com uma quantidade maior de elétrons do que de prótons e vice-versa. Esses elétrons livres podem movimentar de átomo para átomo, com o objetivo de ser tornarem neutros. Quando esse deslocamento ou fluxo de elétrons é orientado numa certa direção denominados de corrente elétrica. A unidade básica de corrente é o “Ampère” ( A ). As substâncias que permitem o livre movimento de um grande número de elétrons, oferecendo baixa resistência ao fluxo de corrente chamamos de condutores. Os cobres em fio é considerado um bom condutor porque possui muitos elétrons livres. Entre os metais mais conhecidos como condutores estão: a prata, o cobre e o alumínio. Em contato com os bons condutores, algumas substâncias como a borracha, vidro, madeira seca possuem muito pouco elétrons livres, e são chamados de isolantes. Ao aplicarmos uma força ocasiona movimento de elétrons livres em um condutor,

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formando assim uma corrente elétrica, que é chamada de tensão elétrica ou diferença de potencial. A unidade básica de tensão é o “Volt” ( V ). Todos os matérias oferecem uma certa resistência ou oposição à passagem da corrente elétrica. Os condutores oferecem pouquíssima resistência e os isolantes alta resistência. A unidade de resistência é o “Ohm” ( Ω ).

A potência elétrica está aliada a trabalho. Ao realizarmos um trabalho aplica-se uma força que gera um movimento, onde a força elétrica aplicada a tensão, força a passagem de uma corrente em um circuito fechado. Então a potência será dada pelo produto da tensão aplicada a um circuito pela corrente que flui no mesmo. A unidade básica de potência é o “Watt” ( W ).

TABELA DAS GRANDEZAS E SUAS RESPECTIVAS SIMBOLOGIAS

GRANDEZAS ELÉTRICAS REPRESENTAÇÃO UNIDADE SÍMBOLO

CORRENTE I AMPÈRE A TENSÃO V VOLT V POTÊNCIA P WATT W RESISTÊNCIA R OHM Ω As grandezas apresentada estão relacionadas pelas seguintes equações: V = R . I e P = V . I

TENSÃO E CORRENTE ALTERNADA (CA) É caracterizada pela variação ao longo do tempo, assumindo valores positivos e negativos. PERÍODO ( T )

É o tempo gasto por uma onda para a realização de ciclo FREQÜÊNCIA ( F ) É o número de ciclos que ocorre no tempo de um segundo. Normalmente é expresso em “hertz” (Hz), ou seja 1 Hz é igual a 1 ciclo por segundo.

A tensão alternada utilizada no Brasil, tem uma freqüência de 60 Hz. A freqüência e o período da forma de onda senoidal da tensão e corrente, estão relacionados pela expressão:

T1f = onde T = período em segundos

f = freqüência em Hz AMPLITUDE ( A ) Expressa o valor máximo de uma alternância e é medida em volts. TENSÃO E CORRENTE CONTÍNUA (C.C.) A tensão e corrente contínua apresenta um valor único ao longo do tempo e obtida a partir da alternada, e suas principais vantagens são a sua estabilidade e a possibilidade de ser armazenada através de baterias.

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SISTEMA DE CORRENTE ALTERNADA (C. A)

A finalidade principal do sistema C.A é a de suprir energia, para os consumidores de C.A da estação. O sistema C.A compõe-se basicamente dos seguintes itens. a – Entrada da Rede Comercial (subestação

Transformadora) b – Supervisão do Sistema C.A c – Geração própria de energia C.A d – Distribuição de C.A

ENTRADA DE REDE COMERCIAL (SUBESTAÇÃO TRANSFORMADORA) Para obter energia C.A, a nível comercial,

utiliza-se uma subestação, constituída de transformadores abaixadores de tensão e elementos de proteção. A energia elétrica é transmitida até os locais em rede de alta tensão, e função da subestação é colocar essa tensão a nível comercial, ou seja, em baixa tensão. A entrada da energia C.A, dependendo do porte da estação telefônica pode ser feito, em baixa ou alta, isto é:

• Estações telefônicas de médio e grande porte e estações repetidoras – Entrada em alta tensão. Geralmente é de: 13.800 volts.

• Estações de pequeno porte – Entrada em baixa tensão de: (380/220V ou 220/127V).

Numa transmissão de energia elétrica a potência transmitida deve ser a mesma que será recebida. E quanto maior for a corrente, maior será a potência dissipada nos cabos, a qual dada pela relação abaixo:

P = R . 1² R = Resistência dos cabos de alimentação da

estação I = Corrente através dos cabos. Geração própria de energia C. A. GRUPO MOTOR GERADOR A finalidade principal do grupo motor gerador é a de gerar energia elétrica C.A, quando há interrupção de fornecimento pela rede comercial ou quando a mesma não é confiável. O motor gerador é composto de um motor a combustão,

alternador, excitatriz e motor de partida. Que através de um eixo mecânico obtém-se energia elétrica a partir de energia mecânica.

RETIFICADOR E BATERIA DE PARTIDA

A finalidade do retificador e da bateria de partida é alimentar, com tensão CC, o motor de partida do motor a combustão. Normalmente o retificador de partida mantém a bateria de partida em condições plenas de utilização (em flutuação), compensando as suas perdas internas por autodescargas. Quando acionado o motor de partida, a bateria alimenta-o até que o motor a combustão entre em regime normal. Neste momento há uma descarga de bateria, que logo após é suprida pelo retificador de partida. As baterias alcalinas são as mais usadas para esta finalidade, pois suportam melhor os picos de correntes ocasionados na partida do motor.

EXERCÍCIO 1. Como se deu os primeiros sinais de comunicação? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2. Quais os instrumentos utilizados no meio de comunicação? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3. Qual o conjunto de equipamento que compõe o Sistema de Telecomunicações?

SUPERVISÃO DO SISTEMA C.A

REDE COMERCIAL

GERAÇÃO PROPRIA DE

ENERGIA

DISTRIBUIÇÃO DE C.A

V .................................. I t

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____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Sabemos que as telecomunicações lidam com sinais elétricos em transmissão e em telefonia com sinais acústicos. A este conjunto chamamos de: ___________________________________________________________________________________________________________________________ 5. Samoel Morse, inventor do manipulador telegráfico, no Brasil o patrono das telecomunicações que cruzou o país de leste a oeste, norte a sul foi: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6. Em 1876, o telefone fora inventado e patenteado por um escocês naturalizado americano, no Brasil também tivemos um propulsor das telecomunicações, a esta personalidade dá-se o nome de: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7. Com a criação das TV’s preto e branco, em 1872 veio a televisão a cores e a este sistema chamamos de: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8. Quais as principais atividades da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 9. Descreva a finalidade e as responsabilidades da Intersat? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10. Quando se fala em telecomunicações, pensa-se em desenvolvimento, baseado nisto, cite alguns exemplos que poderá ocorrer no futuro: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

UNIDADE III

BATERIAS A finalidade das baterias é alimentar os consumidores de CC, quando da falta de energia CA e/ou quando ocorrem picos de correntes no consumidor. O período que as baterias devem alimentar os consumidores é calculado com o intuito de dar autonomia ao sistema até que haja o retorno da energia CA.

BATERIAS USADAS EM FONTES DE CC Existem dois tipos de baterias: 1 – Com eletrólito ácido. 2 – Com eletrólito alcalino. O funcionamento de ambos os tipos são: Tensão nominal por elemento:

• ácida – 2,0v • alcalina – 1,2v.

Normalmente as baterias estão em regime

de flutuação através do fornecimento de tensão adequada pelas Unidades Retificadoras

• ácida – 2,2v / elemento. • alcalina – 0 1,4v / elemento

Observamos que, devido a diferença de

tensão nominal por elemento da bateria ácida para a alcalina, o número de elementos da bateria ácida é menor que a da alcalina.

• ácida – 22 elementos • alcalina – 36 elementos

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SISTEMA DE AR CONDICIONADO A finalidade deste sistema é o de controlar a umidade relativa, temperatura, pureza e movimentação de ar de ambientes delimitados, mantendo-os dentro das faixas exigidas para perfeito funcionamento de equipamentos e condição de trabalho de pessoal. A unidade que mede a quantidade de ar a ser refrigerado: TR – Tonelada de ar Refrigerado

Ciclo de Refrigeração Mecânica

TIPOS DE SISTEMA DE AR CONDICIONADO

a) Sistema de Expansão Direta b) Sistema de Expansão Indireta

SISTEMA DE EXPANSÃO DIRETA Neste sistema podemos ter condensação a ar e a água. Sistema de Expansão Direta com Condensação a Ar. Consiste na troca direta de calor entre o ar quente, oriundo do ambiente a ser refrigerado e o sistema de gás refrigerador, o sistema de gás é resfriado pela troca de calor entre o mesmo e o ar frio. O gás refrigerador mais utilizado é o FREON 22. APLICAÇÃO Em instalação de pequeno porte, a capacidade é de: 5 a 7, 5 TR. Pequenas instalações (PE – 32, CP – 24, Repetidora) MO

Sistema com condensador a ar.

Consiste de Expansão Direta com Condensação a água Consiste na troca de calor entre o sistema de gás refrigerador e o ar quente. O sistema de gás é refrigerado pela troca de calor entre o mesmo e a água. APLICAÇÃO Em grandes instalações; Capacidade: Acima de 100 TR Vantagens: Flexibilidade do sistema de prover ar condicionado para áreas de diferentes utilizações.

Sistema de água Gelada

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Bomba de condensação SISTEMA DE ATERRAMENTO Finalidade do sistema de aterramento e pára-raios: I. Proporcionar baixa resistência de

aterramento aos equipamentos em geral; II. Manter valores de tensão carcaça-terra

dentro do nível de segurança no caso de energização acedental;

III. Escoamento para terra de descargas atmosféricas, através do pára-raios, ou sobretensões devidas a manobras elétricas;

IV. Escoamento para terra da eletricidade estática;

V. Melhorar a operação e a continuidade dos serviços.

Sistema de aterramento é constituído de condutores, cabos, hastes (eletrodos) e conectores, que formam uma malha, como mostrado abaixo.

SISTEMA DE ALARME E DETECÇÃO DE INCÊNDIO A finalidade desse sistema é a detecção de incêndio e consecutivos alarmes sonoros, visuais e remotos. Esse sistema é constituído de:

Detectores automáticos e manuais;

Quadro de Comando do Sistema de Alarme;

Retificador e bateria de 12 Vcc; Quadro Principal de Alarme.

A detecção é realizada por detectores automáticos e por detectores manuais estrategicamente instalados. Onde todos os sinais convergem para o QCSA (Quadro Comando Supervisão de Alarme) que por sua vez emite todos os comandos. O Comando remoto pode ser interligado com o Corpo de Bombeiros. Os tipos de detectores automáticos de incêndio são os seguintes:

Térmico; Térmico blindado; Termovelocímetro de ação dual; Iônico e Ultravioleta .

GERADOR EÓLICO Os dois tipos de energia não convencionais pesquisados hoje no Brasil em Telecomunicações, são energia solar e eólica . Na energia solar os mais utilizados são termoelétrico e o fotovoltaico. TERMOELÉTRICO – utiliza elementos que por aquecimento produzem energia elétrica. FOTOVOLTAICO – utiliza elementos excitados pela energia luminosa para produzirem energia elétrica. Na energia eólica vários são os tipos tais como: moinhos, bombas d’água, geradores elétricos, etc. Podemos destacar dois tipos de cataventos.

• cataventos de eixo vertical; • cataventos de eixo horizontal.

iônico – relativo ao íon; ação de determinadas irradiações. ultravioleta – relativo a parte do espectro que fica

situada imediatamente abaixo do violeta da qual os comprimentos de onda das radiações variam entre 0,2 a 0,4 de micro, além do espectro visível.

eólico – o vento; corrente aérea.

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Para conhecimento:

No Brasil, o Instituto de Atividades Espaciais (I.A.E) do Centro Técnico

Aeroespacial (C.T.A.), está desenvolvendo pesquisas sobre geradores, desde 1974.

As leituras obtidas pelo Desenvolvimento Nacional de Meteorologia (D.N.M.), revelou que na região litorânea do Brasil, a velocidade dos ventos variam em média de 3,5 a 8 m/s; na região nordeste os ventos são fortes e constantes.

Nas regiões interioranas as velocidades médias usuais dos ventos, são inferiores a 3,5 m/s, salvo locais de maior altitude.

Para uso de aerogeradores é necessário que a média das velocidades dos ventos seja de 4 a 5 m/s, sem o qual não teremos potência eólica. Já existe a possibilidade de instalação e operação híbrida da energia solar e eólica. E na ausência de sol, haja a ocorrência de ventos, como nas horas da manhã e da noite. Onde usando juntos os dois sistemas, as variações climáticas são grandemente atenuadas, porque o ano de menos ventos terá maior insolação e vice-versa. As vantagens na conjugação desses tipos de energia são:

• Facilidade de manutenção do sistema; • Não necessita de combustível; • Grande economia em médio e longo prazo; • Operação sem poluição do ambiente.

COMPOSIÇÃO DE PRÉDIOS PARA ESTAÇÕES TELEFÔNICAS O mais importante é conhecer a localização do Centro de Fios, o centro de fios é a soma dos comprimentos de todas as linhas de assinantes seja mínima. Fazendo com que haja menos investimentos na construção da rede externa. Observadas estas regras implanta-se então a Estação Telefônica. Atentando sempre os impedimentos naturais tais como: Morros, Rios Lagos ou de ordem estrutural tais como: Construções, Praças, Estradas de ferro e/ou ruas de tráfego pesado que possa provocar vibrações no ponto onde vai determinar a construção da estação Telefônica.

hídrico – relativo a água, ao hidrogênio; aquoso. insolação – aquecimento excessivo, expor ao sol.

Deve obedecer preferencialmente terrenos planos, não sujeita a enchentes e/ou concentração excessivas de umidade e em logradouros providos de energia elétrica, água e esgoto e de fácil acesso para viatura de carga. O terreno deve ter, preferencialmente, forma retangular devendo sua área mínima atender as operações e manutenções do sistema e ainda atender às necessidades de crescimento dos prédios para um período de no mínimo 30 anos. No prédio de uma Estação Telefônica é composto das seguintes dependências:

• Portaria • Sala de distribuidor geral • Sala de subestação • Sala de retificadores • Galeria / túnel de cabos • Sala de equipamento de comutação • Posto de serviço para atendimento ao

público • Sala de pressurização • Sala de baterias • Sala grupo motor gerador • Central de condicionamento de ar • Sala de equipamento de transmissão • e outras

TORRES DE TRANSMISSÃO A finalidade das torres de transmissão é o de sustentar as antenas de telecomunicações e antenas de televisão (em alguns casos). São três os tipos de torres utilizadas em transmissões:

AUTOPORTANTE ESTAIADA DE CONCRETO ARMADO

AUTOPORTANTE

• Pode ser instalada em terrenos de

dimensões reduzidas; • Suporta cargas maiores do que a torre

estaiada; • Pode ser facilmente reforçada para

aumentar sua capacidade de suporte de cargas.

pressurização – ação de pressurizar; manter pressão

normal no avião, em uma sala, ou engenho espacial.

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ESTAIADA

• Exige uma maior disponibilidade de terrenos, haja visto que as sapatas de sustentação de seus estais devem localizar-se dentro dos limites do terreno da estação;

• Menor custo relativo, até determinada carga a ser instalada;

• Pode ser remanejada facilmente, por isso, sendo muito utilizada em estações de pequeno porte;

• Devido a sua pequena capacidade de suporte, somente é aplicada em estações de pequeno porte.

DE CONCRETO ARMADO

• Capacidade de suporte de cargas elevadas • Custo de construção elevado, daí sua pouca

utilização; • Custo de manutenção muito abaixo do que

as demais torres; • Devido a sua estrutura, podem ser

instalados dentro da mesma os equipamentos de transmissão e eventualmente os de energia.

As estruturas das Torres são executadas em perfis laminados planos ou tubos de aço galvanizado, aparafusados, com seção transversal quadrada ou triangular.

PRINCIPAIS ACESSÓRIOS ESTEIRAS DE GUIAS DE ONDA Servem para suporte das guias de onda e seu trajeto vai desde a antena até a face do prédio onde são instalados os equipamentos de transmissão.

ESCADAS A escada é do tipo “marinheiro”, constituída de longarinas e degraus, iniciando a três metros (3m) da base da torre e terminando na plataforma de acesso às luminárias do topo da torre. PLATAFORMA São constituídas plataformas de trabalho, com largura mínima de 0,80m, localizadas a 1,00m abaixo do eixo de cada antena com proteção de guarda corpo e rodapé. PÁRA-RAIOS No topo das torres, são instalados pára-raios destinados a protege-las contra descargas atmosféricas.

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ILUMINAÇÃO DE SEGURANÇA No topo das torres são instalados dois equipamentos de iluminação para balizamento noturno de segurança, de longo alcance, com vidro de cor vermelha, lâmpada de 100w. O acendimento das lâmpadas é comandado por célula fotoelétrica. As torres instaladas dentro das zonas de proteção de aeródromos devem dispor de aparelhos intermediários de sinalização, com espaçamento vertical inferior a 45 metros. ACABAMENTO As torres que forem instaladas dentro da zona de proteção dos aeródromos devem ter o acabamento por pintura. As cores empregadas são o branco e o vermelho, em seções alternadas de 5,00m, sendo que a extremidade superior (último módulo) deve ser na cor vermelha.

EXERCÍCIO 1. Cite com suas palavras os dois tipos de estações de telecomunicações, e quais são os sistemas que compõem a infra – estrutura de uma estação telefônica. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2. Sabemos que toda matéria encontra-se nos estados de sólidos, líquidos e gases, contendo duas partículas básicas que são as cargas elétricas: Elétron e o próton, baseado nesta teoria cite três exemplos de: Condutores, Isolantes e semi-condutores. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3. Para que serve o grupo motor gerador numa estação telefônica. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4. Descreva um sistema de ar condicionado e suas finalidades.

aeródromo – recinto com instalações próprias para o

serviço dos aeroplanos, com campo de pouso.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5. Fale sobre aterramento: Finalidade, utilização e proteção. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6. Fale sobre sistema de alarme e detenção de incêndio. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 7. Você recebeu de uma grande Empresa a responsabilidade de construir uma estação telefônica, e a única coisa que você sabe é que está central terá capacidade final para 30.000 mil terminais. a) Quais são os tipos das torres de transmissão? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Quais suas utilidades? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) Quais os seus acessórios que compõem as torres de transmissão. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _________________________________________

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UNIDADE IV

REDE EXTERNA Denomina-se rede externa ao conjunto de cabos telefônicos, incluindo cabos de entrada em edifícios, fios de distribuição externa, equipamentos

acessórios (excetuando-se os telefones), externos às Estações Telefônicas (entrada vertical do distribuidor geral), destinados a interligar os telefones às estações, bem como estas entre si. APARELHO TELEFÔNICO Embora o telefone não seja um equipamento da rede e sim um equipamento terminal. Iniciaremos esta unidade com uma ligeira apresentação deste aparelho tão importante. Quando duas pessoas conversam próximas uma da outra o tom da voz pode ser baixo, mas ao distanciar-se o mesmo tem que ser elevado. Isto acontece devido a atenuação ou perda que o ar introduz no som. Então o objetivo do sistema telefônico é transmitir a palavra falada, compensando assim a atenuação imposta pelo som. SOM

O som se produz por vibrações mecânicas de freqüência perceptíveis pelo ouvido humano, num meio elástico. Ex.: Ao esticar um pedaço de borracha e puxar a parte central haverá uma

vibração numa determinada freqüência, produzindo então o som. No meio gasoso, o som propaga no sentido longitudinal, ou seja na direção da vibração. Já no meio sólido, o som propaga no sentido longitudinal e transversal. VOZ As cordas vocais do ser humana são capazes de produzir vibrações sonoras, dentro de uma gama de aproximadamente de 100 a 10.000 Hz. Cada som emitido é composto de diversas vibrações, freqüência harmônica isto pode ser observado no homem, esta freqüência é de 125 Hz e na mulher é de 250 Hz. A potência média de voz de diversas pessoas pode variar de amplos limites. Ex.:

(falando baixo ≈ 0,001 µw – normalmente ≈ 10 µw, gritando ≈ 1 a 2 µw. OUVIDO A gama de freqüência audíveis pelo ouvido humano vai de aproximadamente de 16Hz até 20.000 Hz. Em fonia, as características da voz e do ouvido humano em termos de inteligibilidade reconhecida, numa conversação verificou-se que na faixa de 100 a 1.500 Hz, estava concentrada 90% da energia da voz humana e acima de 1.500 Hz estava concentrada 70% da inteligibilidade das palavras. Baseado nestes dois valores foi definida a faixa de voz ideal entre 300 a 3.400 Hz. Para comunicação telefônica, o que garante 85% de inteligibilidade e 68% de energia da voz recebida pelo ouvinte.

Canal Padrão de Freqüência da Voz Humana Comparado com a Faixa de Freqüência da Voz Humana

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AS PRINCIPAIS PEÇAS

DE UM APARELHO TELEFÔNICO Basicamente o aparelho de um modo mais simples, possui cinco funções:

• Cápsula transmissora; • Cápsula receptora; • Campainha; • Disco e • Transformador ou bobina.

CÁPSULA TRANSMISSORA OU

MICROFONE Quando a energia acústica produzida pela

voz é transformada em energia elétrica por intermédio de um microfone. O microfone é uma cápsula constituída de grânulos de carvão e membrana (diafragma), que aplicada uma diferença de potencial faz circular uma corrente C.C., cuja vibrações sonoras incidem sobre a membrana, fazendo vibrar com maior ou menor intensidade os grânulos de carvão. Diminuindo e aumentando a resistência e com variação na corrente produzindo uma potência elétrica, que as vezes é maior que a potência acústica aplicada na membrana, fazendo com que a cápsula se comporte como um amplificador.

CÁPSULA RECEPTORA Faz a função inversa e da transmissora, ou seja recebe variações de corrente de uma bobina única a um diafragma,m cujo campo magnético interage com o campo de um imã permanente. O resultado da interação dos dois campos movimenta o diafragma ou cone, que comunica suas vibrações ao ar.

CAMPAINHA Especialmente projetada para funcionar com corrente alternada de baixa freqüência

produzida por um gerador manual ou por equipamento de chamada das estações automáticas. É composta de imã montado no centro da base e duas peças polares de material ferro magnético, que entre as duas peças polares existe uma bobina e sobre esse conjunto estende-se uma armadura, presa por um pivô. a finalidade da campainha no aparelho telefônico é de advertir o assinante de que seu aparelho está sendo chamado.

A freqüência da corrente de toque da campainha é, normalmente, em torno de 20Hz (no Brasil é de 25Hz). Nos aparelhos telefônicos modernos as campainhas eletromecânicas já foram substituídas por campainha eletrônicas. DISCO É um dispositivo pelo qual o usuário “informa” ao equipamento comutador, através de impulso de corrente contínua, com qual aparelho deseja comunicar-se. O disco possui dez furos, correspondentes aos dez algarismos que são utilizados na série numérica de 1 a 0, para transmissão da informação. Os telefones e centrais mais modernas não operam com pulsos decádicos e sim, por pulsos de curta duração de um código multifreqüencial. O tempo para o envio da informação numérica independe do valor do algarismo, sendo mais rápida e segura. Essa modalidade de sinalização chama-se DTMF (Dual Tone Mult-Frequency). O DTMF usa teclado de idêntica aparência externa à do teclado decádico, mas a maneira de enviar informação à central é completamente diferente e incompatível com aquelas centrais decádicas. Hoje, já há telefones universais, que mediante uma pequena chave, pode ser operado de uma ou outra forma. TRANSFORMADOR OU BOBINA As principais finalidades do transformador existente no aparelho telefônico são:

• Acoplar a linha com o aparelho telefônico de forma a assegurar uma boa qualidade de transmissão;

• Isolar a cápsula receptora dos demais componentes da corrente contínua da linha;

• Possibilitar a indução do sinal de voz no secundário, onde se encontra ligada a cápsula receptora;

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• Fazer parte de um circuito chamado antilocal, cuja finalidade é minimizar no fone de cada interlocutor o sinal proveniente de seu próprio microfone.

TIPOS DE APARELHOS TELEFÔNICOS Dois são os tipos de aparelhos telefônicos conhecidos por telefone de bateria local (BL) e o telefone de bateria central (BC) BL – Este tipo de aparelho telefônico constava de um eletromagnético, utilizando de um transmissor e receptor que logo após o transmissor foi separado do receptor e colocado uma bateria que alimenta o transmissor que produz a passagem de corrente elétrica pelo circuito. Com a pressão acústica da voz em frente ao diafragma do transmissor, a corrente variava na freqüência da voz. Este tipo ficou conhecido como telefone de bateria local ou telefone BL. BC – Em seguida surgiu o telefone de bateria central ou telefone BC. Este aparelho é alimentado pelo sistema de energia existente na Central Telefônica, o qual é comum para todos os aparelhos que formam a rede de assinantes. O telefone BC é utilizado mundialmente nos dias atuais. CABO TELEFÔNICO EM PARES Por razões econômicas a ligação entre a Central e o assinante foi e será ainda por muito tempo através de cabos telefônicos. A escolha de cabos e fios, que constituem a rede de telefonia, depende das características físicas de como estes componentes transmitem o sinal elétrico. Os fios são feitos de material de bom condutor de eletricidade como: Cobre e alumínio. Os fios deverão ser revestidos por material isolante como papel ou plástico evitando contato direto entre eles, caso contrário provocaria curto circuito. Conceituaremos melhor o que seja materiais condutores, isolantes e semicondutores, sob ponto de vista elétrico. Um material de baixa resistividade é denominado de condutor. ex.: Cobre e alumínio (ouro e a prata) melhor condutores.

Um material que contem alta resistividade, e quase não conduzindo eletricidade, é chamado de isolante. Ex.: Madeira (seca), borracha etc. Os materiais cuja resistividade se situa entre os condutores e isolantes, são chamados de semicondutores. Ex.: Metal. Quando a eletricidade escoa através de um material, e encontram maior ou menor facilidade de escoamento, é como se houvesse uma “fricção” entre o fluido elétrico. Esta fricção traduzida pela característica elétrica chama-se resistividade. A resistividade é medida em Ohms. Um fio de cobre, apresenta duas pontas que chamaremos de terminais, que fazendo passar eletricidade entrando por uma ponta e saindo pela outra, a este dispositivo que força a eletricidade fluir chama-se de Gerador de eletricidade. Corrente elétrica – São terminais ou fios ligados a um gerador que faz circular eletricidade, e a este fluxo é denominado de corrente elétrica, medida em Ampères. No gerador existe dois pólos em positivo e negativo, assim a corrente elétrica sempre flui por um circuito fechado, saindo e voltando ao gerador que lhe deu origem. Freqüência – É quando um gerador produz uma corrente ciclicamente vai-e-vem no circuito externo, isto que oscila, denomina-se gerador C.A ou de corrente alternada. A corrente elétrica alternada possui uma amplitude (medida em Hertz), um período (medido em segundos) e uma freqüência – medida em Hertz. Atenuação – É quando os fios mais finos e mais longos apresentam maior resistência e dissipam mais energia elétrica, em forma de calor. Em telecomunicações esta perda de energia elétrica significa que o sinal elétrico diminui de energia e toma o nome de “atenuação do sinal”. Capacitância – É quando o par de fios transporta corrente alternada de freqüência elevada, nota-se que há uma fuga do sinal de um fio para o outro, através do material isolante que envolve cada fio. Portanto, o sinal que chega no destino está atenuado da quantidade que fugiu fr um fio para outro. Quanto maior é a freqüência maior é esta fuga. A este processo chamamos de capacitância. Desta forma, um sinal elétrico completo, que possua uma certa faixa de freqüência sofrerá dois tipos de atenuação:

• O primeiro devido a resistência dos fios, que dissipa, um calor, a energia elétrica;

• O segundo, que atenua as altas freqüências ainda mais, devido ao efeito da capacitância entre os fios.

Agora, se temos dois pares de fios,

carregando sinais telefônicos diferentes, e esses pares estão muito juntos, pelo efeito da capacitância entre eles, parte do sinal de um par é induzido no outro par. Isso resulta em que o sinal de uma perturbe o sinal do outro, ocorrendo a conversa cruzada. As capacitâncias envolvidas nos equipamentos telefônicos e cabos são muito pequenas e normalmente são especificadas em “microfarad” (10-6 Farad) ou “nanofarad” (10-9).

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Como os comprimentos dos cabos podem variar muito, os fabricantes especificam estas grandezas por unidade de comprimentos:

• A resistência em Ohm/Km; • A capacitância em nanofarad/Km.

Estas grandezas são chamadas “Primárias”

e são as mais importantes nas especificações dos cabos telefônicos. Baseado nelas, podemos calcular a atenuação da linha telefônica e de outras grandezas elétricas que possa interessar ao projeto da rede externa.

Sendo assim, os pares que servem os assinantes da central devem ter um calibre (diâmetro) maior que os assinantes mais próximos. Os diâmetros típicos estão em torno de 0,40 a 0,90 mm.

Quanto maior o diâmetro mais caro é o fio.

No caso da energia elétrica, os cabos telefônicos são também especificados quanto ao número de pares de fios que contém. Um cabo de 200 pares possui 200 pares de fios. No processo produtivo, o fabricante garante que, dentro deste cabo, de 200 pares estão bons, isto é não há nenhum fio interrompido. Mas como garantia, é padronizado que os fabricantes sempre coloque uma margem de 1% a mais. Ex.: Um cabo de 200 pares, na verdade existem 202 pares e no cabo de 1.800 pares, existem 1.818 pares. De posse do número de pares e das características elétricas dos cabos telefônicas, já é possível saber quantos sinais de voz e com que qualidade o cabo transmite. Mas esses dados são ainda insuficientes pois, os cabos podem ser aéreos e subterrâneos. Portanto, as características de proteção (capa externa) do cabo e isolação entre os fios dos pares são também importantes. Os fios são cobertos, normalmente, por papel especial, enrolado sobre ele ou coberto por plástico, geralmente de polietileno ou PVC (cloreto do polivinil)

TIPOS DE REDE Com a crescente evolução do telefone surgiram diversos tipos de redes, tais como: rede de malha, rede radial, rede rígida e rede flexível. REDE DE MALHA Com o invento do telefone surgiram as primeiras redes telefônicas. Era um sistema de rede muito precária, porém admissível e até mesmo o que havia de melhor em relação à época. A este sistema convencionou-se chamar rede de

malha. Nele todos os assinantes estavam interligados entre si, o que não permitia grandes ampliações, além de apresentar diversos inconvenientes, tais como o da manutenção e sigilo. Formula para calcular o número de linhas neste tipo de rede é:

2)1n(nL −

= onde: L = número de linhas

n = número de assinantes REDE RADIAL Com o passar dos anos e o aprimoramento não só da própria comunicação telefônica, como também da rede a que deveria ser utilizada. Até que surgiu um novo meio de comunicação, denominado “sistema telefônico comandado por uma mesa operadora”, e com ele um novo tipo de rede, que com relação a anterior levava vantagens tanto na parte prática, onde a instalação e manutenção passou a ser mais simples, como também na parte econômica, onde teria reduzido, em muito, o número de fios que deveria ser empregado. Que no novo sistema, cada assinante teria ligado ao seu aparelho um único par de fios que estaria conectado com a mesa operadora. A este processo chamou-se de rede radial.

Porém com o aumento constante de número de assinantes, esta nova rede foi tornando-se obsoleta, não oferecia segurança, como também, economicamente não estava mostrando vantagens até mesmo não era nada estética, com todo aquele amontoado de fios pendurados nos postes da cidade. Surgiu então a necessidade de se inventar outro tipo de rede que fosse mais econômico em todos os aspectos, ou então de se inventar um material que substituísse todos aqueles fios. Foi então que apareceu um dos elementos mais importantes na telefonia que é o Cabo Telefônico. Diante deste invento do cabo podemos então classificar a rede de dois tipos:Rígida e Flexível. REDE RÍGIDA

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É aquela em que cada par ligado a uma caixa terminal corresponde a um único par nos cabos alimentadores e no Distribuidor Geral da Estação Telefônica. Os pares conectados às caixas terminais são conectados à E. T. através de emenda individuais.

onde

CABO ALIMENTADOR É o cabo telefônico que interliga pontos de

controle e cabos de distribuição, existente ao longo de uma rota, à estação.

CABO DISTRIBUIDOR Cabo telefônico que interliga os assinantes,

ao se ponto de controle correspondente. CAIXA TERMINAL Equipamento que instalado nos postos ou

em fachadas de prédios, atua como meio de ligação entre o cabo de distribuição e os fios externos.

FIO EXTERNO É o fio ligado, à caixa terminal, se estende

até o imóvel a ser atendido. ASSINANTE É a pessoa, natural ou jurídica, a quem se

confere ou reconhece o direito de haver, em caráter individualizado e permanente, a prestação de serviço público de telecomunicações.

Em rede externa, é o usuário do serviço

público de telecomunicações que utiliza facilidade de uma rede telefônica.

A rede rígida pode ser dividida em: a) Rede Rígida sem multiplagem: É

aquela rede em que o par que sai do DG da E.T. e termina em um só ponto da rede (Ex.: na caixa terminal).

b) Rede Rígida com multiplagem: É

aquela rede em que o par sai do DG da E.T., e termina em dois ou mais pontos da rede. (Ex.: na caixa terminal e na interna).

Multiplagem – é o arranjo de terminação

ou de conexão, repetida dos pares ou grupo de pares de um cabo.

Vantagens da Rede Rígida:

• Menores custos por não existirem pontos de sub-repartição;

• Menor probabilidade de defeitos; • Ligação direta do assinante à estação

telefônica, simplificando o cadastramento (registro de cabo);

• Maior economia para locais de densidade telefônica pequena ou onde as linhas forem curtas.

Desvantagens da Rede Rígida:

• Menor flexibilidade em remanejamento; • Maior dificuldade para manutenção,

sobretudo na localização de defeitos nos pares;

• Maior quantidade de pares reservas, pois para cada caixa terminal (10 ou 20 pares) deve existir uma porcentagem de pares reservas.

Portanto, as Redes Rígidas são quase

sempre recomendáveis para áreas rurais (baixa densidade de telecomunicações) e áreas urbanas nas imediações das estações Telefônicas. REDE FLEXÍVEL É aquela em que todo par ligado a uma caixa terminal pode ser conectada, em um ponto de sub-repartição (Armário de Distribuição), a um par qualquer entre a sub-repartição e a Estação. Desta forma, os grupos de pares provenientes dos cabos de distribuição podem combinar-se com os grupos de pares de cabo alimentador, que têm terminações na Estação.

Vantagens da Rede Flexível:

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• Economia nos pares de reserva e conseqüentemente o menor espaço ocupado no Distribuidor Geral da Estação Telefônica;

• Crescimento independente das redes alimentadora e distribuidora facilitando a solução de problemas imprevistos;

• Facilidade de manutenção quando a

localização de defeitos, pela possibilidade de desconexão dos cabos, para teste, nos pontos de sub-repartição;

• Melhor utilização dos cabos da rede alimentadora até a época de instalação de cabos adicionais;

• Facilita o estudo de transmissão, pois e • elimina o excesso de multiplagem; • Menor custo na expansão da rede, pois

quando novos cabos alimentadores são instalados as conexões são simplificadas, isto é, os pares devem ser ligados apenas ao Distribuidor Geral e dos pontos de sub-repartição. Desvantagens da Rede Flexível:

• Custos dos pontos de sub-repartição (armários de distribuição) – tais custos

devem ser menores do que a economia obtida com a redução dos pares de reservas necessários e é essencial fazer, em cada caso, um estudo econômico para comparação de custos.

• Maior possibilidade de defeitos em locais de clima úmido sujeito a grandes variações de

temperaturas, e em regiões, cujo ar apresenta substancias corrosivas. Neste caso, devem ser tomados cuidados especiais na instalação, pintura e vedação dos armários, além da utilização de blocos terminais adequados a este tipo de clima.

• Dificuldades práticas de instalação de certos pontos de sub-repartição.

REDE SEMI-RÍGIDA Este tipo de rede apresenta características intermediárias, situadas entre a Rígida e a Flexível, sendo que, em alguns trechos da rede de distribuição há pontos de sub-repartição. (ver figura)

A maioria das concessionárias brasileiras utilizam o sistema de Rede Flexível, na Europa o sistema Flexível, também é o preferido e nos Estados Unidos o sistema de rede que predomina é o rígido com multiplagem e, em menor escala, o sistema rígido sem multiplagem (rede dedicada).

REDE DIGITAL DE SERVIÇOS INTEGRADOS (RDSI)

Consiste numa rede derivada de uma Rede Digital Integrada, onde o sinal a ser transmitido tem conexão digital extremo a extremo e suporta uma ampla gama de serviços de voz e não voz. Basicamente, representa a integração dos diversos serviços de telecomunicações, inclusive aqueles oferecidos através das redes dedicadas, racionalizando e reunindo os recursos necessários em uma única rede de telecomunicações. (ver figura)

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ARMÁRIOS DE DISTRIBUIÇÃO É o dispositivo destinado a suportar e abrigar blocos de conexão, que possibilitem a interconexão dos cabos da rede de alimentação (primária), que ali terminam, com os cabos da rede distribuidora (secundária). Há basicamente, dois métodos de instalação de armários de distribuição: montagem em pedestal ou em poste.

Armário de Distribuição Armário de Distribuição Instalado em Instalado em Pedestal Postes CANALIZAÇÃO SUBTERRÂNEA Quando passamos da rede aérea para a subterrânea, normalmente são utilizados dutos, no interior dos quais são instalados os cabos. No roteiro escolhido para os dutos, são abertos valas, geralmente sob calçadas, para maior facilidade de obras. Existem vários tipos de dutos utilizados em rede telefônica, tais como: Barro vidrado, Cimento amianto e o de PVC (plástico).

• Os dutos de barro vidrado: são mais barato, porém, apresentam desvantagem por serem muito curto (máximo de 1 metro) e grande facilidade de penetração de água nas emendas.

• Os dutos de cimento amianto e o de PVC, embora mais caro, apresentam vantagem de serem mais compridos (tubos com 4 e 6m, respectivamente), e com menor atrito interno e serem estanques à água, e possibilitarem lançamento mais fácil e mais

rápido. Os dutos de PVC são padronizados em 75 e 100 mm de diâmetro.

Estes dutos iniciam e terminam ou passam em caixas subterrâneas. Nestas caixas, os cabos emergentes de uma linha de dutos penetram em outra linha, inclusive mudando de direção. Dependendo da capacidade (tamanho da caixa poderá admitir vários homens trabalhando simultaneamente. Nas caixas, onde os cabos afloram, são feitas as emendas entre seções de cabos que mergulham em dutos diferentes

Estas caixas são construídas ao longo das ruas, com acesso por um tampão de ferro instalado na sua laje superior. São também, construídas em esquinas ou cruzamento com a finalidade de facilitar a distribuição dos cabos pelas ruas do cruzamento. Nelas são instaladas ferramentas especiais para acomodação dos cabos e das emendas ali existentes.

DISTRIBUIDOR GERAL (DG) Os pares de fios dos cabos telefônicos terminam no distribuidor geral (DG) da estação telefônica. O DG é uma armação de ferro que, nos grandes centros telefônicos, pode ter da ordem de uma a quatro dezenas de metros de comprimento por uns 2 a 5 metros de altura. De um lado são fixados blocos retangulares (de madeira ou plástico), disposto em orientação vertical e que dispõem de terminais onde os fios da rede externa são conectados. É chamado lado vertical do DG.

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Estes terminais dispõem de dispositivos para proteção do equipamento da estação quanto a qualquer perturbação elétrica introduzida na rede externa (raio, curto-circuito com a rede de energia elétrica). Do outro lado do DG existem outros blocos de terminais, agora dispostos horizontalmente. É o lado chamado de horizontal do DG. Nestes blocos, estão ligados os pares de fios que vão para o equipamento de comutação. A cada “número de telefone”, corresponde um terminal do lado horizontal. É o chamado terminal de assinante.

Existe, aí também, um pequeno contacto que permite desconectar o assinante em caso de falta de pagamento de conta telefônica e outros. Chamado de Bloqueio. Que nas atuais centrais automáticas digitais já se pode fazer através de comando

TÚNEL DE CABOS (TC) O túnel de cabos é a dependência subterrânea localizada na estação telefônica, geralmente sob a sala do Distribuidor Geral, onde chegam os cabos da rede externa que serão ligados às verticais do Distribuidor Geral.

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UNIDADE V

REDE INTERNA Chama-se Rede Telefônica Interna ao conjunto de cabos telefônicos, blocos terminais, ferramentas e materiais acessórios instalados no interior de um edifício, com a finalidade de permitir a ligação de equipamentos de telecomunicações do usuário à rede telefônica urbana. Portanto, as redes telefônicas em edifícios constituem-se em complementos ou extensões da rede interna. Como tal, devem merecer um tratamento semelhante ao que normalmente é dispensado àquela rede, no que diz respeito a seu dimensionamento e projeto. Com a crescente verticalização das grandes cidades, elas vêm assumindo uma importância cada vez maior no desempenho do sistema telefônico.

Rede Interna (Exemplo de Corte Esquemático das

Tubulações de Entrada e Primária)

REDE DE CABO TRONCO Quando as ligações são realizadas entre assinantes de centrais localizadas em estações diferentes, as mesmas processam-se através da rede de cabos troncos, que têm a finalidade de interligar as estações. Pelo exemplo da figura, podemos observar que uma ligação entre os assinantes 1 e 2 foi realizada dentro da mesma estação de atendimento, enquanto que os assinantes 1 e 5 se interligam através da rede de tronco e assim por diante. (área de atendimento de estações diferentes)

MEIOS DE TRANSMISSÃO Denomina-se meios de transmissão a todo elemento utilizado para a programação de um sinal elétrico, luminosos ou das ondas eletromagnéticas, podendo ser classificadas em:

• meios físicos; • ar (onde se propagam as ondas de rádio).

Meios Físicos – São meios de

transmissão em linhas físicas que empregam condutores e neles a propagação da energia é guiada, isto é, fica praticamente confinada ao caminho definido pelo referido condutor.

As linhas físicas utilizadas para comunicações podem ser divididas conforme a sua construção mecânica em: linha de pares simétricos, quadra simétrica, linhas coaxial, guia de onda e fibra óptica.

Linhas abertas – São linhas constituídas por pares de fios metálicos sem isolamento, montados sobre isoladores fixados em postes, formando linhas aéreas abertas. Cabo de pares simétricos – Este tipo de meio de transmissão é largamente utilizado nas redes urbanas, interligando os assinantes com as centrais telefônicas e estas entre si. Comumente, cada par de fios de um cabo está destinado a prover um único circuito, sendo possível, entretanto,a transmissão de sistemas Multiplex FDM, porém, de pequeno porte, sendo exemplo o sistema de ondas portadoras.

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REDE AÉREA A construção de uma rede aérea, é portanto muito mais econômica quando o número de pares previstos em determinado itinerário (rota) não for muito elevado. Levando-se em conta o custo da instalação de uma rede aérea torna-se mais barato do que instalação via subterrânea. desta forma, a instalação em rede aérea é muito utilizada nas artérias urbanas de menor movimento, ou quando nestes casos imposições de ordem estética ou de segurança não exigem a instalação de rede subterrânea. PROTEÇÃO ELÉTRICA A maioria dos distúrbios elétricos nas redes telefônicas são provenientes de descargas atmosféricas e de linhas de energia elétrica nas vizinhanças. Porém, o circuito telefônico é exposto a outra perturbações elétricas, como sinais de voz em circuitos adjacentes, transientes de relés, sinais de rádio de qualquer espécie, etc.

O meio e elementos protetores mais utilizados são:

• Fusíveis, centelhadores e bobinas térmicas:

Normalmente instalados no DG ou Caixas Térmicas com proteção. Os mesmos interrompem o circuito telefônico, quando a corrente chega a valores consideráveis, que poderia danificar os equipamentos.

• Aterramentos: Os aterramentos têm como função desviar para terra as correntes indesejáveis. O valor da resistência das ligações á terra deve ser o menor possível, para oferecer o caminho mais fácil às correntes estranhas ao circuito, evitando assim que elas percorram outros caminhos, pelos quais poderiam causar danos.

A construção de um aterramento consiste

em instalar um eletrodo metálico a uma dada profundidade do solo e conecta-lo por meio de condutores ao ponto da rede telefônica, onde se deseja obter ligação à terra. Veja desenho de uma rede aterrada.

Aterramento

PRESSURIZAÇÃO DE CABO Um dos maiores problemas é manter a água e a umidade fora dos cabos telefônicos pois, tem sido uma preocupação constante das Companhias telefônicas e dos fabricantes de cabos. Se a água é encontrada no interior de um cabo há uma grande possibilidade de que ela tenha penetrado através de um furo na capa ou através de uma emenda defeituosa. No entanto, no caso de cabos com capa plástica, a água pode entrar, em certas circunstâncias, através de uma capa intacta, por um processo de impermeabilidade do tipo “osmose”, ou seja por diferença de pressão do vapor d’água. (è quando a pressão externa excede a interna, e há uma penetração de vapor de água através da capa). Algumas das avarias mais freqüentes a que estão sujeitos os cabos telefônicos, danificando o seu revestimento e permitindo a entrada de umidade para o interior dos mesmos são:

• Falhas estruturais, causadas pela fadiga do material, porosidade das soldas, fissuras nas costuras e soldas das luvas, etc.

• Falhas externas, tais como: esmagamento, perfurações, rupturas, etc;

• Falhas de origem elétrica e químicas, causadas pelos raios, contatos com cabos de energia, eletrólise, corrosão e outros agentes de natureza química ou elétrica.

Para minimizar esses defeitos os cabos são

pressurizados (a pressurização se dá nos cabos primários e nos cabos troncos).

A pressurização consiste em se injetar ar seco ou gás inerte, sob pressão, no interior dos cabos, através de pequena válvula adaptada ao cabo e ligada a compressores ou garrafões de ar comprimido. A pressão interna sendo maior que a externa, impede a entrada de umidade.

São as seguintes as vantagens do sistema de pressurização:

Permite detectar e remover falhas no revestimento dos cavos, antes que o serviço telefônico seja interrompido;

a circulação de ar seco no interior dos cabos mantém as características de isolamento dos condutores dentro de níveis especificados;

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Há uma inversão na filosofia de manutenção, que passa de corretiva a preventiva, com os seguintes benefícios;

Redução nos custos de manutenção corretiva, pela minimização da troca de lances e falhas pequenas que podem ser ignoradas;

Redução nos custos de investimentos e estocagem de cabos destinados à manutenção;

Redução nos custos de mão-de-obra uma vez que a remoção de defeitos pode ser adiada, evitando trabalho em regime extraordinário;

Melhor aproveitamento de mão-de-i]obra destinada a]à remoção de vazamentos, através de manutenção programada por áreas, rotas, etc.

Para evitar vazamento de ar do interior dos

cabos pressurizados, é necessário que as pontas dos mesmos (instalados no DG, armários de distribuição, prédios e subidas laterais) sejam bloqueadas. Esses bloqueios chamados de “bloqueios de pressão”, são feitos pela injeção de uma resina de endurecimento rápido, capaz de penetrar e ocupar os espaços interiores do cabo e de impedir a passagem do gás ou ar seco.

PUPINIZAÇÃO Pupinização é o sistema utilizado em rede telefônica que serve para ampliar a faixa e o meio de transmissão (par de fios) que transmite, ou seja contrabalança o efeito capacitivo, que atenua as altas freqüências. Uma bobina, composta de um fio enrolado sobre um núcleo, que pode ser de ferro, ferrite ou mesmo ar, que provoca um efeito elétrico, denominado indutância, que utilizado para compensar o efeito capacitivo. Assim, para anular o efeito de capacitância do par de fios, a este são adicionados bobinas especiais, enroladas sobre núcleos de ferrite, denominadas bobinas de pupinização. Este processo foi introduzido por um Engenheiro chamado PUPIM, de onde deriva o nome. Os cabos troncos, geralmente são pupinizados, para que a faixa de transmissão dos pares de fios corresponda à freqüência do sinal que transmite. Os cabos de assinantes podem ou não ser pupinizados. Geralmente os mais longos o são.

EXTENSOR DE ENLACE As centrais telefônicas energizam os telefones através da rede externa, isto é, os fios telefônicos transportam corrente contínua, fornecidas por um conjunto de baterias instaladas na estação telefônica. Esta energia é muito mais baixa e da rede elétrica, não oferecendo nenhum perigo aos assinantes. Porém, quando a linha de assinante é muito extensa, além da grande atenuação dos sinais de voz, esta energia CC também sofre perdas, de modo que a corrente que chega ao telefone pode estar abaixo do valor

mínimo necessário para um bom funcionamento do mesmo. Quando isto ocorre, é utilizado um equipamento para cada par de fios, denominado extensor de enlace. A palavra enlace refere-se ao circuito fechado, percorrido pela energia elétrica nessa extensa linha de assinantes. O extensor de enlace funciona da seguinte maneira: quando o assinante retira o telefone do gancho, automaticamente, o extensor de enlace reforça a energia CC para essa linha. Com isto, pode-se utilizar esse meio de transmissão para distâncias maiores. O extensor de enlace tem a capacidade de aumentar o limite convencional de resistência de “loop” o que significa que podemos estender em muito o comprimento de uma rede.

EQUIPAMENTOS DE ONDAS PORTADORAS Quando um cabo telefônico serve a área rurais, por exemplo, servindo assinantes em sítios, casas de campo e fazendas, fica difícil atender a novos assinantes se esse cabo estiver com ocupação plena. O investimento para a implantação de novo cabo pode ser proibitivo a esses assinantes. Neste caso, utiliza-se o artifício de multiplexar em freqüências alguns assinantes em um mesmo par. Esse equipamento multiplex denomina-se equipamento de ondas portadoras ou carrier de assinantes (carrier = portadoras) Existem “carriers” de assinantes para um canal adicional na linha de assinantes (sistema monocanal) ou até 10 canais (sistema multicanais). Os canais telefônicos são agrupados, na estação por um equipamento MUX terminal que transmite e recebe até 10 canais por uma única linha de assinante. Assim, aumenta-se a capacidade de transmissão do cabo telefônico. Esse sistema é pouco utilizado em zonas urbanas, exceto em casos em que a rede encontra-se esgotada e até que se implante nova rede, e atendendo alguma necessidade urgente, instala-se então um carrier.

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UNIDADE VI

IDENTIFICAÇÃO E NUMERAÇÃO DA UNIDADE DE REDE

TIPOS DE CABOS UTILIZADOS EM

REDE TELEFÔNICA AÉREA E SUBTERRÂNEA

CABOS TELEFÔNICOS CT - APL

APLICAÇÕES – Indicados para redes

alimentadoras (primárias) para instalações subterrâneas em linhas de dutos. São projetados de sorte a permitir sua utilização em circuitos de freqüência até 150 khz. CONSTRUÇÃO – Os cabos telefônicos CT – APL são construídos por condutores de cobre isolados com papel e ar protegidos por uma capa APL (fita de alumínio politenada lisa, rigidamente colada à capa externa de polietileno preta). CAPACIDADE – 200 a 2.400 pares nos diâmetros de 0,40mm, 0,50mm, 0,65mm e 0,90mm.

CABO TELEFÔNICO CTP - APL

APLICAÇÕES – Indicado para redes urbanas distribuídas (secundárias) em instalações aéreas sustentados por mensageiros de aço. Este tipo de cabo apresenta alto desempenho elétrico permitindo normalmente a sua utilização com 100% de ocupação, tanto em circuitos de voz como em circuitos de freqüência até 150 kHz.

CONSTRUÇÃO – Os cabos telefônicos CTP

– APL são constituídos por condutores de cobre, isolados com polietileno ou polipropileno e protegido por uma capa APL.

CAPACIDADE – 10 a 200 pares nos

diâmetros 0,40mm, 050mm, 0,65mm e 0,90mm.

CABO TELEFÔNICO CI

APLICAÇÕES – Os cabos CI são indicados para uso interno em centrais telefônicas, prédios comerciais, industriais, residenciais e outros.

CONSTRUÇÃO – Os cabos CI são

constituídos por condutores de cobre recozidos, estanhados e isolados em PVC. O conjunto dos pares que formam o núcleo é blindado com fitas de alumínio, sobre as quais é colocada uma capa externada de PVC na cor cinza.

CAPACIDADE – 10 a 1.200 pares nos

diâmetros 0,40mm, 0,50mm e 0,65mm.

FIOS EXTERNOS (FE)

APLICAÇÃO – Os fios FE são utilizados em instalações aéreas como derivação a partir das caixas de distribuição até as entradas de assinantes. CONSTRUÇÃO – Os fios externos FE são constituídos por 2 (dois) condutores paralelos de liga de cobre isolados com material termoplástico. Os fios FE são fabricados com três diâmetros de condutores: Fio FE – AA-8 formado por condutores de 0,80mm com alma de aço; Fio FE – 100 formado por condutores de 1,00mm; Fio FE – 160 formado por condutores de 1,60mm.

FIO INTERNO (FI)

APLICAÇÃO – Os fios FI são indicados para uso interno na ligação de aparelhos telefônicos domiciliares, instalados em tubulações ou presos em rodapés sob canaletas.

CONSTRUÇÃO – Os fios FI são constituídos por 2 condutores de cobre estanhados de 0,65mm

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de diâmetro e isolados com um composto de cloreto de polivinila (PVC).

LINHAS COAXIAIS

As linhas coaxiais são constituídas mecanicamente por um condutor interno, envolto por um outro externo de forma cilíndrica, separados por um material isolado. Os condutores das linhas coaxiais terrestres são geralmente de cobre. As intempéries, irradiação, captação de interferências de outros sistemas de transmissão de energia, de ruídos naturais em baixa freqüência e etc, são fatores que limitam a transmissão telefônica através de pares de fios ou cabos de pares. Em vista disto, estimulou-se o desenvolvimento e a fabricação de cabos telefônicos com características a poder transportar, sem as limitações referidas, quando aplicadas às altas freqüências portadoras exigidas pelos sistemas multiplex. E os cabos desenvolvidos para atender a estas exigências, denominamos de cabos coaxiais.

GUIAS DE ONDA

Guias de onda são condutores especiais e ocos de seção reta, circular ou elíptica, que guiam internamente ondas de rádio de freqüências muito altas. Estes sistemas apresentam capacidade muito superior aos meios de transmissão anteriores, alcançando até 200.000 canais de voz. Requerem uma tecnologia cara e de altíssima precisão. Atualmente, guias de onda já desenvolvidas são utilizados para interligar as antenas aos transmissores e receptores das estações-rádio.

FIBRAS ÓPTICAS

As fibras ópticas são geralmente mencionadas quando à transmissão de informação, por intermédio da luz, ao longo de fibras transparentes de vidro ou plástico. O conceito do uso da luz como uma forma de comunicar informação não é nada novo. Durante o período pré-laser, várias foram as tentativas de transmitir sinais através de luz, mas nenhum sistema foi aceitável. O maior problema era conseguir um meio adequado para a transmissão. A possibilidade de transmissão por fibra óptica surgiu recentemente e hoje é perfeitamente factível. O mecanismo de se guiar a luz em uma fibra óptica é a reflexão interna total. Uma fibra óptica é basicamente composta de um núcleo e uma casca de dimensões capilares, com índice de refração diferentes, de tal modo que uma luz incidente em uma das extremidades da fibra, com um ângulo conveniente, fica confinada na fibra, podendo percorrer grandes distancias, independente da trajetória da fibra. Como mostra a figura abaixo de forma simplificada, o corte em uma fibra óptica com a trajetória da luz. As fibras ópticas utilizam fontes de luz coerentes (monocromáticas) LED (Diodo Emissor de Luz) ou Laser. As fibras ópticas têm símbolos, caracteres numéricos e/ou alfabéticos que caracterizam de

maneira completa uma determinada unidade de rede, bem como possibilitam a diferenciação entre si de unidade de rede de mesma natureza.

CABOS TELEFÔNICOS – IDENTIFICAÇÃO E NUMERAÇÃO

DEFINIÇÕES É o conjunto de informações obtidas através do emprego de símbolos, caracteres numéricos e /ou alfabéticos que caracterizam de

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maneira completa uma determinada unidade de rede, bem como possibilitam a diferenciação entre si de unidade de rede de mesma natureza.

Nota: Quando se tratar de cabos e caixas terminais, além das informações contidas na numeração e identificação, há necessidade de se caracterizar a distribuição e/ou contagem de pares contidos nos cabos ou terminados em caixas de distribuição.

• Tipo • Diâmetro dos condutores • Capacidade e • Código de cores

TIPOS DE CABO

Todos os tipos de cabos são por Normas tanto da ABNT ou por especificação dos fabricantes e são designados por letras. Fios e Cabos Dividem-se em

Internos e Externos. Internos: FI - CI - CCI Externos: FE - CE - CCE FI - Fio interno = 1 Par CI - Cabo interno de 2 a 1.200 Pares CCI - Cabo conexão interna de 2 – 4 e 6 Pares FE - Fio externo = 1 Par (FE – 100/FE –

160) CE - Cabo externo de 2 a 2.400 Pares CCE - Cabo conexão externa de 2 – 4 e 6 Pares

DIÂMETRO DOS CONDUTORES Todos os cabos são representados pelo diâmetro nominal dos mesmos, em milímetros. Ex. 0,40mm; 0,50mm; 0,65mm e assim por diante.

CAPACIDADE DO CABO Designada pelo número representativo da capacidade nominal do cabo. Exemplo: CT – 50 – 1200 ET

Capacidade do cabo: 1200 Pares

Diâmetro dos condutores: 0,50mm

Tipo do cabo: CT

NUMERAÇÃO

Representado pelo prefixo indicativo do tipo de interligação proporcionada pelo cabo (alimentador, de distribuição, tronco etc.), número propriamente dito, contagem e distribuição dos pares.

PREFIXOS INDICATIVOS DOS CABOS • C – Prefixo de designação de cabos da rede

de assinantes conectados ao Distribuidor Geral (cabos alimentadores).

• XX – Prefixo de designação de cabos com

origem em armários de distribuição (cabos secundários) que servem a uma determinada seção de serviço. Estas letras identificam a seção de serviço ao qual está conectado.

• L – Prefixo de designação de cabos de

distribuição ligados diretamente à Rede Alimentadora (laterais).

• TR – Prefixo de designação de cabos

troncos locais. • TI – Prefixo de designação de cabos

troncos, interurbanos ou terminais interurbanos. • E – Prefixo de designação de cabos internos

de edifícios ou grupo de edifícios da mesma propriedade. Esta codificação somente deve ser utilizada quando existir mais de um cabo interno no mesmo prédio.

• D – Prefixo de designação de cabos

utilizados em sistemas de comutação privada, tipo KS ou P (A) BX ou na interligação destes sistemas às caixas de distribuição interna de edifícios.

CÓDIGOS DE CORES Nos cabos telefônicos podemos distinguir bem definidas e estabelecida pelo código padrão em telefonia. Vejamos: (5) cinco são as cores primárias e (5) cinco são as cores secundárias. Cores Primárias: Branca (BR) Vermelha (VM) Preta (PT) Amarela (AM) Violeta (VL) Cores Secundárias: Azul (AZ) Laranja (LJ) Verde (VD) Marrom (MR) Cinza (CZ) Então vejamos uma seqüência dos primeiros 25 pares de um cabo:

Par Cores Par Cores 1 BR/AZ 14 PT/MR

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2 BR/LJ 15 PT/CZ 3 BR/VD 16 AM/AZ 4 BR/MR 17 AM/LJ 5 BR/CZ 18 AM/VD 6 VM/AZ 19 AM/MR 7 VM/LJ 20 AM/CZ 8 VM/VD 21 VL/AZ 9 VM/MR 22 VL/LJ 10 VM/CZ 23 VL/MR 11 PT/AZ 24 VL/MR 12 PT/VD 25 VL/CZ 13 PT/VD

Lembrete: Após o par 25 roda-se novamente na mesma seqüência das cores iniciais.

CONTAGEM DOS PARES Dentro de cada grupo de 100 pares, os pares são numerados seqüencialmente de 1 a 100. Os pares mortos contidos dentro de cada cabo não são computados na numeração e sua quantidade é representada após a distribuição por um número e a letra “M”. Exemplo 1: Significado: Cabo alimentador n° 10, tipo CT, com condutores de 0,50mm de diâmetro, capacidade de 1200 pares e distribuição dos grupos 1 a 12. Exemplo 2:

CP - 1800 E.T. C 22 1 – 16 + 200 M Significado: Cabo alimentador n° 22, tipo CT – APL, com condutores de 0,40mm de diâmetro, capacidade de 1800 pares e distribuição dos grupos 1 a 16 com 200 pares mortos. Exemplo 3: CA - 200 E.T. L = 14,09,4 - 5 Significado: Cabo lateral, tipo CTP – APL, com condutores de 0,40mm de diâmetro, de 200 pares, lateral número 09 do cabo alimentador 14 e distribuição dos grupos 4 e 5.

TIPO DE BLOCO TERMINAL São definidos de acordo com os códigos representativos, padronizados pelas normas ABNT e/ou Anatel. Tipo de Instalação – E definido pelo próprio símbolo utilizado na representação do armário de distribuição. Numeração – É definida pela seção de serviço e ano de instalação. Código da Seção de Serviço e ano de Instalação – Representado pela identificação da seção de serviço à qual pertence o armário e pelos dois últimos números de ano em que o armário foi instalado.

Exemplo 1

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Significado: Armário de distribuição de alumínio, capacidade padrão para 1.400 pares, instalados em pedestal, atendendo à seção de serviço AB, instalado em 1978 e utilizando blocos tipo BLA – 50.

Exemplo 2:

Significado: Armário de distribuição de alumínio, capacidade padrão para 1000 pares, instalado em poste, atendendo à seção de serviço AE, instalado em 1976 e utilizando blocos BLA – 50.

CAIXAS TERMINAIS Quanto a Identificação, Numeração, Tipo e Capacidade das Caixas terminais está aliada ao projeto de atendimento em determinada área de atendimento. Exemplo 1:

Significado: Terminal de pronto acesso número (conectado à dezena) 02 do armário AB, capacidade 10 pares, distribuição de 11 a 20.

Exemplo 2:

Significado: Terminal de pronto acesso número (conectado às dezenas) 11 e 12 do armário de distribuição AB, capacidade de 20 pares, distribuição de 101 a 120

Exemplo 3:

Significado: Caixa de distribuição número 08 do armário AB, de 10 pares, conectada aos pares 71 a 80 do cabo distribuidor. Exemplo 4:

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Significado:Terminal de pronto acesso

número 12, do lateral 03 do cabo 14, com 10 pares e distribuição de pares de 311 a 320. Exemplo 5: Caixa Interna ligada a secundária de armário de distribuição

Significado: Caixa geral de edifício derivado do armário AB, com 20 pares, distribuição 41 a 60 e blocos tipo BLI. Exemplo 6: Caixa Interna ligada à lateral rígida

Significado: Caixa geral de edifício de 200 pares, conectada ao lateral 05 do cabo 15, distribuição de 1202 – 1400 e blocos BLI.

CAIXAS SUBTERRÂNEAS Quanto a Identificação, Numeração, Tipo e Capacidade das Caixas Terminais está aliada ao projeto de atendimento em determinada área de atendimento. Exemplo 1:

Significado: Caixa subterrânea tipo I2, número 15. Exemplo 2:

Significado: Caixa subterrânea tipo LM2, número 28. Exemplo 3:

Significado: Caixa subterrânea tipo I2 especial, com comprimento de 3,30m, largura de 1,60m e altura de 2,20m, número 125.

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POSTES Quanto aos postes devem ser considerado as seguintes informações:

A) Identificação: Tipo, altura e carga nominal do poste;

B) Numeração: Série e número do poste.

Estas informações são necessárias em postes de propriedade da empresa. Quando utilizadas as convenções da Concessionária de energia elétrica local, estas informações ou algumas delas podem ser fornecidas pelo próprio símbolo de representação do poste.

IDENTIFICAÇÃO • Tipo do poste: Definida pelas letras –

códigos padronizados. • Altura do poste: Definida por um número,

que representa a altura total do poste, em metros. • Carga nominal do poste: Definida por um

número que caracteriza esta grandeza, em KGF.

NUMERAÇÃO Os postes são numerados seqüencial e

consecutivamente a partir de 01, para cada série e para cada área local ou rota interurbana, independentemente do tipo dos mesmos.

Exemplo 1:

Significado: Poste próprio, tipo duplo “T” de concreto, com 9 metros de altura, carga nominal de 400 kgf, série número 1009 e poste de número 45. Exemplo 2:

Significado: Postes próprios, tipo seção circular de concreto, com 12 metros de altura, carga nominal de 800 kgf, poste de número 53 e série 1012.

TECNOLOGIA DE CABOS ÓPTICOS Reunião de várias fibras ópticas revestidas de materiais que proporcionam resistência mecânica e proteção, denomina-se cabo óptico.

CABO ÓPTICO TIPO TIGHT

• As fibras ópticas recebem um revestimento secundário de material plástico, e este isolante é identificado por cores.

• Pode ter formação de 1 fibra até 12 fibras, e/ou grupo múltiplo de 12 fibras.

CABO ÓPTICO TIPO LOOSE

• As fibras ópticas com revestimento primário

em acrilato recebem uma pintura para sua identificação.

• A reunião de 1 até 12 fibras será dentro do tubo plástico denominado “tubo loose” adicionando uma espécie de geléia sintética à base de petróleo, que proporciona melhor preenchimento do tubo bem como proteção contra a umidade e choques mecânicos.

• Na formação final do cabo óptico pode-se ter de 1 a 12 tubos looses.

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GLOSSÀRIO

aeródromo – recinto com instalações próprias para o

serviço dos aeroplanos, com campo de pouso. eólico – o vento; corrente aérea hídrico – relativo a água, ao hidrogênio; aquoso. insolação – aquecimento excessivo, expor ao sol. iônico – relativo ao íon; ação de determinadas irradiações. pressurização – ação de pressurizar; manter pressão

normal no avião, em uma sala, ou engenho espacial.

telegrafia – arte de construir telégrafo e de os usar. ultravioleta – relativo a parte do espectro que fica

situada imediatamente abaixo do violeta da qual os comprimentos de onda das radiações variam entre 0,2 a 0,4 de micro, além do espectro visível.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste módulo, você encontrou conteúdo, textos e interpretações para apoiá-lo no seu Curso. Aqui, a

teoria é acompanhada da sua contrapartida – estágio – que será de grande valor para o seu enriquecimento

profissional.

Não pretendemos de forma alguma ditar receitas infalíveis. Nossa intenção é conduzir um diálogo

direcionado a você e dessa forma, ajudá-lo a desenvolver habilidades de estudo – consultas a dicionário,

enciclopédia e leitura de textos – tornando-o apto a superar os limites que esse material encerra.

COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE “Qualidade na Arte de Ensinar”

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Agora, vamos ao seu desempenho. Se você acertou tudo, passará para o próximo módulo. Caso

contrário, esclareça suas dúvidas com o seu professor/tutor, de acordo com a sua disponibilidade de tempo e

esteja você onde estiver, seja por telefone, fax ou internet (www.colegiopolivalente.com.br.)

O desafio de toda Equipe Polivalente é saber articular um ensino profissionalizante de modo a ser

compreendido pela comunidade. O único modo para articulá-lo e vivê-lo, é dando testemunho de vida.

O seu sucesso é também sucesso do CIP.

Afinal, o CIP é você!!!!