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ENSINO MÉDIO I

Proibida reprodução deste material em parte ou no todo, propriedade do CIP – Lei n° 9.610

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APRESENTAÇÃO

Caro Aluno,

Você está recebendo um material inovador, designer ousado, elaborado para fornecer

subsídios que o auxiliem a completar seus estudos. Neste volume, encontrará os assuntos

correspondentes a Artes 3ª Série do Ensino Médio.

Os conteúdos selecionados permitem que você desenvolva competências que o conduzam

a:

Ser capaz de continuar aprendendo;

Preparar-se para o trabalho;

Desenvolver o senso crítico e estético;

Inferir a teoria a partir da prática.

Abra, leia, aproveite e vença todos os obstáculos, pois o sucesso vai depender de seu

esforço pessoal, logo:

• Você precisa ler todo material de ensino; • Você deve realizar todas as atividades propostas • Você precisa organiza-se para estudar.

Nesse contexto, Göethe recomenda: “Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar,

você pode começar. A coragem contém em si mesma o poder, o gênio e a magia”.

Bom Estudo! Equipe do Polivalente

COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE “Qualidade na Arte de Ensinar”

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 1 SUMÁRIO ....................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO................................................................................................. 4 ARTES - INTRODUÇÃO ................................................................................... 5 IMPRESSIONISMO ......................................................................................... 5

OBJETIVOS DO IMPRESSIONISMO ................................................................................................ 5 NEO-IMPRESSIONISTAS ............................................................................................................... 6 REAÇÃO AO IMPRESSIONISMO ..................................................................................................... 7 A PINTURA IMPRESSSIONISTA CHEGA AO BRASIL ....................................................................... 7

EXERCÍCIOS ............................................................................................................................. 8 O PÓS-IMPRESSIONISMO .............................................................................. 9

GAUGUIM: USO ARBITRARIO DA COR ........................................................................................... 9 CÉZANNE: A BUSCA DA ESTRURA PERMANENTE DA NATUREZA..................................................... 9 TOULOUSE-LAUTREC: TRAÇOS RÁPIDOS, POUCAS CORES E UMA SITUAÇÃO HUMANA................ 10 VAN GOGH: A EMOÇÃO ENQUANTO COR...................................................................................... 10

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 11 PRINCIPAIS MOVIMENTOS ARTISTICOS DO SÉCULO XX.............................. 12 EXPRESSIONISMO ....................................................................................... 12

EXPRESSIONISMO NO BRASIL .................................................................................................... 13 FAUVISMO ................................................................................................... 13 CUBISMO ..................................................................................................... 14

CUBISMO ANALÍTICO.................................................................................................................. 14 CUBISMO SINTÉTICO .................................................................................................................. 15 PABLO PICASSO (1881-1973)..................................................................................................... 15 OS PRINCÍPIOS CUBISTAS E O OTIMISMO DE LÉGER.................................................................. 15 A ESCULTURA CUBISTA............................................................................................................... 16

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 16 ABSTRACIONISMO ....................................................................................... 18

CONCRETISMO ............................................................................................................................ 18 TACHISMO .................................................................................................................................. 19

FUTURISMO ................................................................................................. 19 ESCULTURA FUTURISTA .............................................................................................................. 20

PINTURA METAFÍSICA ................................................................................. 20 DADAÍSMO................................................................................................... 21

ESCULTURA DADAÍSTA................................................................................................................ 21 SURREALISMO ............................................................................................. 21 OP-ART ........................................................................................................ 22 POP-ART ...................................................................................................... 23

REVISÃO ..................................................................................................................................... 23 EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 24

MOVIMENTO MODERNISTA NO BRASIL........................................................ 27 O NASCIMENTO DE UMA ARTE NOVA E A SEMANA DE 1922......................................................... 27 PRINCIPAIS ARTISTAS E SUAS OBRAS ....................................................................................... 28 LASAR SEGALL ............................................................................................................................ 28 ANITA MALFATTI ........................................................................................................................ 29 DI CAVALCANTI .......................................................................................................................... 30 VICENTE DO REGO MONTEIRO .................................................................................................... 31 TARSILA DO AMARAL .................................................................................................................. 31 VITOR BRECHERET...................................................................................................................... 32


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ARTISTAS E MOVIMENTOS APÓS A SEMANA DE ARTE MODERNA ................. 33 CANDIDO PORTINARI ................................................................................................................. 33 CÍCERO DIAS .............................................................................................................................. 34 BRUNO GIORGI ........................................................................................................................... 35 O NÚCLO BERNARDELLI .............................................................................................................. 36 JOSÉ PANCETTI........................................................................................................................... 36 A SOCIEDADE PRÓ-ARTE MODERNA E O CLUBE DOS ARTISTAS MODERNOS................................ 36 O GRUPO SANTA HELENA ............................................................................................................ 37 FRANCISCO REBOLO GONZALES.................................................................................................. 37 ALFREDO VOLPI .......................................................................................................................... 37 CLÓVIS GRACIANO...................................................................................................................... 38 HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO PAULISTA DE CLÓVIS GRACIANO......................................... 38 O GRUPO DOS 19 ........................................................................................................................ 43 ALDEMIR MARTINS ..................................................................................................................... 43 ARTISTAS PRIMITIVOS DO BRASIL............................................................................................. 44 HEITOR DOS PRAZERES .............................................................................................................. 44 DJANIRA ..................................................................................................................................... 44 MESTRE VITALINO ...................................................................................................................... 45

A MODERNA ARQUITETURA BRASILEIRA ..................................................... 45 A INFLUENCIA DE LE CORBUSIER ............................................................................................... 46 NIEMEYER E SUA REVOLUCIONÁRIA ARQUITETURA ................................................................... 46

BRASÍLIA – PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE................................................ 47 A ARQUITETURA BRASILEIRA...................................................................... 48 NOS DIAS DE HOJE ...................................................................................... 48 DESENHISTA INDUSTRIAL ........................................................................... 49

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 50 EXERCÍCIOS DE REVISÃO....................................................................................................... 52

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 59

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INTRODUÇÃO

Você esta recebendo o módulo de Artes relativo ao Ensino Médio. Você terá contato

com teorias importantes que vão proporcionar um desempenho eficiente durante o seu Curso.

Este material didático foi produzido pela Equipe do Colégio Polivalente, como uma

contribuição que orientará a Educação de Jovens e Adultos, terceiro segmento, constituídos de 1ª, 2ª

e 3ª séries do Ensino Médio.

Nossa linha de trabalho abre um caminho atraente e seguro pelas seqüências das

atividades – leitura, interpretação, reflexão – e por fazer com que o aluno aprenda aliando a teoria à

pratica. Nessa busca temos aprendido que desenvolvemos competências quando vamos além daquilo que

é esperado de um aluno, quando fazemos, mais do que apenas cumprir com o nosso dever.

Foi assim que nos tornamos pioneiros com iniciativas como a “Educação a Distância”,

alternativa que aparece como solução para aqueles que buscam conhecimento acadêmico, não tiveram

acesso à educação na época certa, e têm pouca disponibilidade de tempo.

Para viabilizar iniciativas como essa não bastou uma decisão do Polivalente. Contamos

com a colaboração de muitos profissionais, trazendo informações, visões, experiências, tecnologias, todos

com o objetivo em comum: a coragem de mudar na busca de um ensino de qualidade.

A coordenação e Tutores/Professores irá acompanhá-lo em todo o seu percurso de

estudo, onde as suas dúvidas serão sanadas, bastando para isso acessar o nosso site:

www.colegiopolivalente.com.br.

Equipe Polivalente


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ARTES - INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento industrial, o crescimento da ciência, as sucessivas invenções, como o telefone, a luz elétrica, a estrada de ferro e a invenção da fotografia, a arte inicia, no fim do século XIX, um novo capítulo, tão revolucionário como as idéias sociais, filosóficas e políticas daquela época. A obra de arte deixa, então, de ser cópia da natureza e com o crescente aperfeiçoamento da técnica fotográfica, ganha novos rumos. Os espectadores, acostumados, durante séculos, à contemplação de realidades físicas, na tela dos pintores, passam de amantes de arte, a reacionários desta evolução. Inicia-se o distanciamento do público com a arte.

A arte penetra no mundo da ciência e os artistas aplicam nas composições os conhecimentos adquiridos. Os fenômenos científicos são pesquisados pela arte moderna e mostrados plasticamente nas obras criadas.

A velocidade é o “leit-motif” do artista moderno. Do movimento perceptivo, ele vai alcançar, através da evolução das artes, no século XX, o movimento real, mecânico na obra de arte.

Mas, a maior característica da arte moderna é a passagem do figurativo para o abstracionismo. Este ciclo se inicia no impressionismo e termina na arte abstrata. Sacrifica-se a realidade visual em benefício da beleza dos elementos essenciais plásticos da composição.

São estes os principais movimentos da arte moderna.

É um estilo de arte que reflete o início da pesquisa moderna, aplicada aos valores plásticos da arte. As verdades cientificas, quanto à transitoriedade e às mudanças que ocorrem no mundo físico, vão se refletir também nas criações artísticas.

Vamos, neste módulo abordar o impressionismo um pouco mais, e a partir daí veremos novas escolas da arte que influenciaram tanto o mundo como o Brasil.

IMPRESSIONISMO

O Impressionismo foi um movimento

artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Movimento genuinamente francês, nascida do sarcasmo de um critico parisiense, que lhe condenava, em nome dos princípios de arte tradicionais, as inovações técnicas e expressivas.

OBJETIVOS DO IMPRESSIONISMO aplicar às artes, as novas teorias de Chevreul e

Helmholtz, no domínio da ótica e da cor. registra, pela observação direta, as constantes

modificações que a luz do sol produz na natureza;

captar instantâneos, estes movimentos fugazes, registrando na tela o fenômeno da cor e sua variabilidade na natureza.

Sendo assim, para melhor captar a luminosidade, os artistas abandonam os ateliês fechados e vão pintar ao ar livre. Daí o nome de plenaristas, da expressão francesa “em plein air”.

PRECURSORES DO IMPRESSIONISMO Constable e Turner, artistas ingleses, são os precursores deste etilo, pintando as paisagens londrinas sobre o efeito do nevoeiro, ou o célebre “fog” Manet e Monet, influenciados por eles, são os principais iniciadores deste movimento.

CARACTERISTICAS DA PINTURA IMPRESSIONISTA Ausência do efeito linear. A forma se distingue

do espaço pela cor, ou mancha de luz projetada sobre o corpo no espaço;

os contornos são diluídos, pelo efeito da luz difusa sobre o corpo, objeto ou paisagem, ou seja não devem ter contornos nítidos;

negam os impressionistas a existência de cor local e imutável. As modificações da luz modificam também as cores de um determinado lugar, objeto ou corpo. As incidências de luz, projetadas, é que determinam as aparências cromáticas dos elementos observadores;

pinta os efeitos luminosos da natureza; as figuras são transformadas em massas

coloridas; não interessam os modelos, e sim as modificações que a luz vai produzir neles;

o espaço torna-se menos profundo; a cor é leve e transparente A mistura deixa de ser técnica para ser óptica.

ORIGEM DO NOME

O nome é dado pelo crítico de arte, Louis Leroy, após contemplar a tela de Claude Monet, “Impressão, sol nascente”, na exposição de um grupo de artistas, dentre os quais se acham: Renoir, Degas, Cézanne Pissarro, Sisley, Morisot e Monet.

Claude Monet – Impressão, Sol Nascente, 1872


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NEO-IMPRESSIONISTAS Também chamado Pontilhistas, levam ao exagero a dissociação ou divisão de tonalidades. As cores não se misturam nas palhetas. Colocadas puras, ao lado uma da outra, produzem um efeito de uma luminosidade atmosférica. Esta técnica perde densidade e volume. Dão-nos apenas a sensação de figuras pulverizadas no espaço, como puras vibrações de luz e de cor. Justapõem pequenas manchas de cor, graduando os tons, para efeito de profundidade. Em 1886 realizou-se a última exposição coletiva do grupo de artistas impressionistas. Dessa exposição participaram dois pintores que dariam uma nova tendência ao movimento: George Seurat e Paul Signac.

Tarde Domingo na Ilha de Grande Jette (1884-1886) de Seurat.

Mulheres no Jardim de Monet, marca o inicio da fase da sua pintura em que a luz solar refletida nos seres humanos e na natureza.

Os principais artistas impressionistas, pontilhistas e neo-impressionista são: Manet, Degas, Pissarro, Renoir, Sisley, Toulouse, Morisot, Signac e Seurat e Degas. Suas características mais importantes deste estilo, em suas obras: a capacitação de um instantâneo, o movimento expresso pela luz, em sutis modificações da cor no espaço.

Pierre Auguste Renoir – Lês Parapluies, 1881-1886.

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Edgar Degas. Depois do Banho: Mulher Enxugando-se, 1890.

REAÇÃO AO IMPRESSIONISMO Cézanne reage quanto à perda da densidade e volume dos corpos, no pontilhismo. Nesta reação, Cézanne cria os pressupostos para uma nova teoria, o cubismo. Ele atribui enorme importância à estrutura composicional. Com ele se inicia a submissão das formas da natureza às necessidades da composição, na arte moderna. Colocar a natureza em formas geometrizadas, é o principio por ele preconizado.

Paul Cézanne. Os jogadores de Carta, 1890

Vincent Van Gogh. A noite Estreladam 1889,

Van Gogh, reagindo contra a falta de subjetividade e de humanismo da obra impressionista, vai ser o precursor do expressionismo. Suas obras são carregadas de emoção. A cor é dramática; a textura espessa e espatulada. O homem e sua psicologia estão retratados nestas obras. Gauguin, interessa-se pelo aspecto decorativo das cores. O uso de cores puras, violentas, sem a gradação de claro-escuro, bidimensional, sem perspectiva, faz dele o precursor do fauvismo, ligado-o aos simbolistas.

A PINTURA IMPRESSSIONISTA CHEGA AO BRASIL

A partir da segunda metade do século XIX, a estrutura socioeconômica brasileira foi-se tornando complexa. No palco político, ganharam forças as idéias republicanas e abolicionistas que determinaram o fim da escravidão em 1888 e da Monarquia em 1889. Se a Literatura já registrava as transformações sociais pelas quais passava o Brasil, a pintura, a escultura e a arquitetura, apesar de terem rompido com a estética neoclássica, continuavam a expressar a riqueza e a vida tranqüila, sem inquietações temáticas mais profundas. A pintura de Belmiro de Almeida e de Antônio parreiras já dão mostras de uma superação dos princípios neoclássicos. Mas são as obras de Eliseu D’Angelo Visconti (1867-1944) que abrem definitivamente o caminho da modernidade à arte brasileira. Esse artista já não se preocupa mais em imitar modelos clássicos; ele procura, decididamente, registrar os efeitos da luz solar nos objetos e seres humanos que retratam em suas telas.

No Brasil, Eliseu Visconti trouxe a novidade da Europa e foi nosso primeiro impressionista. Gioventú, 1898

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EXERCÍCIOS 01. Cite algumas características da pintura

impressionista. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 02. Qual a grande preocupação de Claude Monet em

relação a pintura no movimento impressionista? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 03. Quando foi que o público teve contato com a

obra impressionista? ___________________________________________________________________________________________________________________________ 04. O quadro La Grenovilliere, que retrata um

momento efêmero de um dia alegre, foi pintada ao mesmo tempo por dois pintores. Quem são eles?

a) Renoir e Degas b) Degas e Monet c) Monet e Renoir d) Degas e Van Gogh Van Gohk e Monet 05. Como os artistas realista que com a ciência

haviam aprendido a utilizar determinados conhecimentos, os impressionistas se viram na necessidade de interpretar com maior vivacidade a natureza através de suas criações artísticas.

Segundo o impressionismo e suas tendências, analise os itens a seguir e marque a alternativa correspondente. 1. a cor e tonalidade que se busca é a

adquirida pelo objeto em refletir a luz. 2. O contraste de claro-escuro é obtido com

clareza para o realce das cores in natura. 3. As cores binárias e ternárias são obtidas

diretamente na paleta com a associação de cores.

4. Os contornos das imagens são sem definição pela necessidade de aproveitamento do tempo in loco.

5. O trabalho de criação destes artistas baseia-se na criação de sombra e luz dos artistas barroco.

a) os itens 2, 3 e 5 estão incorretos b) itens 2, 3 e 5 são corretos c) apenas o item 4 esta correto d) itens 1 e 4 estão incorretos

06. Quanto aos artistas que ganham um certo destaque dentro do impressionismo podemos fazer algumas afirmações. Portanto analise as informações abaixo e marque uma ÚNICA alternativa.

1. É a obra de Édouard Manet – Mulheres no Jardim – que marca o início desta fase.

2. Um grande exemplo do trabalho de pesquisa realizados por estes artista está na série da Catedral de Rouen pintada por Claude Monet.

3. Edgar Degas se destaca em ter suas obras realizadas em ambiente fechado e a luz artificial, pois sua preocupação era de flagrar pessoas em um instante de vida.

4. Um grande momento do impressionismo é a realização da obra de Vincent Van Gogh um dos precursores deste movimento.

5. Dos artistas do impressionismo Pierre Auguste Renoir é o que acaba tendo menos reconhecimento e popularidade em vida.

a) as afirmativas corretas são 3, 3 e 5 b) as afirmativas 2 e 3 são corretas c) somente a afirmativa 1 esta correta. d) somente a afirmativa 4 e 1 estão incorretas 07. Como é a técnica do Pontilhismo? ___________________________________________________________________________________________________________________________ 08. Qual o nome da pintura que deu origem ao

nome impressionismo e quem pintou? ___________________________________________________________________________________________________________________________ 09. Qual o pintor que teve sua obra influenciada

pela fotografia e qual a característica que isso teve na pintura impressionista?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10. Qual foi o primeiro impressionista brasileiro? __________________________________________________________________________________ 11. “É preciso pintar o mesmo tema dez, cem

vezes.” Qual o pintor impressionista que falou esta frase?

_________________________________________

Mesmo uma fé pequena tem grande poder, porque ela nos conecta com Deus.

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O PÓS-IMPRESSIONISMO

A expressão Pós – Impressionismo foi usada para designar diferentes estilos e tendências artísticas cujo origem encontram-se no impressionismo, tanto como uma reação contrária a ele como visando um desenvolvimento da escola. A pintura que se desenvolveu de 1886, a partir da última exposição impressionista, até o surgimento do Cubismo, com Pablo Picasso e Georges Braque, entre 1907 e 1908. Abrange pintores de tendências bem diversas, como Gauguin, Cézanne, Van Gogh e Seurat, que apenas no início de suas carreiras identificaram-se com o Impressionismo. Tendências como o simbolismo e até o expressionismo já se encontram nas obras de alguns desses pintores pós-impressionistas

Não podemos deixar de nos referir, além desses artistas, nesse período, à obra de Toulouse-Lautrec, que documentou a vida parisiense do fim do século XIX de um ponto de vista muito pessoal, e portanto, impossível de ser enquadrado em algum movimento artístico.

Pinturas de Toulouce-Lautrec Veremos a seguir algumas características dos pintores dessa época.

GAUGUIM: USO ARBITRARIO DA COR Inicialmente, Paul Gauguim (1848-1903) uniu-se ao impressionismo e participou da quinta exposição coletiva desse movimento, em 1880. Por volta de 1884, seus quadros já superavam, em alguns aspectos, a tendência impressionista:

• a tinta começa a ser usada pura, em áreas de cor bem definidas;

• os objetos passam a ser coloridos de modo arbitrário

• a representação deixa de ser tridimensional.

Gauguin e a proximidade de sua obra com o movimento poético simbolista, sobrevalorizando as idéias e desprezando o naturalismo, também é considerado um pós-impressionista.

Gauguim participa da última exposição impressionista com dezenove telas, em 1886. Em 1888, as características de sua pintura acentuam-se bastante, principalmente na obra Jacó e o Anjo.

Jacó e o Anjo (1888), de Gauguim,

Na década de 1890 viveu no Taiti e produziu uma séria de telas que constitui a parte mais conhecida de sua obra. Seus quadros dessa época registram o espaço natural e a vida simples das pessoas livres do peso da civilização ocidental. CÉZANNE: A BUSCA DA ESTRURA PERMANENTE

DA NATUREZA Os movimentos modernistas, também devem muito ao pós-modernismo, principalmente pela figura de Paul Cézanne (19839-1906) e sua obstinação em alcançar a natureza real atrás das aparências, criar uma arte com vida própria, “concretizar” suas impressões pessoais e “realizar o motivo”. A mudança radical de concepção estética já se evidenciava em sua tela O Castelo de Médan. Nesse quadro, os campos de cor são bem delimitados, embora persistam ainda áreas matizadas com ocre e laranja. No entanto, as

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árvores são concebidas com uma estrutura cilíndrica bem definida e é nítida a diferença entre linhas horizontais e verticais.

O Castelo de Médan de Cézanne

A partir dessa obra, o rompimento com o grupo impressionista é inevitável, pois a tendência de Cézanne em converter os elementos naturais em figuras geométricas – como cilindros, cones e esferas - acentua-se cada vez mais, de tal forma que se torna impossível para ele recriar a realidade segundo “impressões” captadas pelos sentidos. A arte de Cézanne amadurece no período que vai de 1885 a 1895, quando mora em Aix-en-Provence, longe do agitado ambiente de Paris. Nessa época pintou alguns retratos de seu filho e de sua mulher, onde podemos observar o mesmo tratamento dado aos objetos ou elementos da natureza. Na tela abaixo - Madame Cézanne fica evidente a intenção geometrizante do artista, pois ele representa o rosto da figura com forma oval e os braços com formas cilíndricas.

Madane Cézanne, de Cézanne (1890)

Observando a pintura de Cézanne, é fácil compreender a enorme influência que ele exerceu sobre os artistas que nas primeiras décadas do século XX criaram a arte denominada moderna.

TOULOUSE-LAUTREC: TRAÇOS RÁPIDOS, POUCAS CORES E UMA SITUAÇÃO HUMANA

É impossível associar a obra deste artista a qualquer tendência estética do final do século XIX. Desde cedo seu talento firmou-se como independente de escolas ou movimentos, pode ser visto como artista afinado com as tendências pós-impressionistas e absolutamente original. De modo geral, o que caracteriza a pintura de Toulousse-Lautrec é a sua capacidade de síntese, o contorno expressivo das figuras e a dinâmica da realidade representada. Quanto à temática, seus quadros afastam-se da natureza e voltam-se para os ambientes interiores: o circo, o bar, o bordel. Toulouse soube captar em sua pintura, como nenhum outro artista, a sociedade e o ser humano para além da aparência de felicidade, sentimento quase obrigatório nos últimos anos do século XIX, alegremente chamados de “belle époque”.

VAN GOGH: A EMOÇÃO ENQUANTO COR Vincent Willem Van Gogh (1853-1890) um artista apaixonante. Alguém que se empenhou profundamente em recriar a beleza dos seres humanos e da natureza através da cor, que para ele era o elemento fundamental da pintura. Dedicou-se completamente a sua arte, percorrendo uma trajetória difícil. Nascido na Holanda, foi contemporâneo de muitos pintores e até se aproximou de alguns deles, como Toulouse-Lautrec e Gauguim. Mais na verdade foi uma pessoa solitária. Sua obra é dividida em quatro períodos: o primeiro relaciona-se com o tempo em que Van Gogh assumiu a condição de pregador religioso, sua pintura estava então ligadas à tradição holandesa do claro-escuro e à preocupação com os problemas sociais. As cores que usavam eram sombrias e seus personagens melancólicos. Em 1881, depois de vários conflitos pessoais, Van Gogh voltou para a casa da família, na Holanda. Mas em 1886 seguiu para Paris, onde teve início uma nova fase de sua pintura. Ligou-se, na capital francesa ao movimento impressionista, mas logo o abandonou, pois procurava um novo caminho para sua arte. Interessou-se pelo trabalho de Gauguim, principalmente pela sua decisão de simplificar as formas dos seres, reduzir os efeitos da luz e usar zonas de cores bem definidas. Em 1888, deixou Paris e foi para Arles, cidade do sul da França, onde passou a pintar ao ar livre. O sol intenso da região mediterrânea interferiu em sua pintura, e o artista liberou-se completamente de qualquer naturalismo no emprego das cores. Apaixonando-se então pelas cores intensas e puras, sem nenhuma matização,

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pois elas tinham para ele a função de representar emoções.

Café a noite 1888, de Van Gogh

Van Gogh passou por várias crises nervosas e, depois de internações e tratamentos médicos, dirigiu-se, em maio de 1890, para Anvers, uma cidade tranqüila ao norte da França. Nessa época, em três meses apenas, pintou cerca de oitenta telas com cores fortes e linhas retorcidas.

Em julho do mesmo ano, Van Gogh suicidou-se, deixando uma obra plástica composta por 879 pinturas, 1756 desenhos e dez gravuras. Enquanto viveu não foi reconhecido pelo público nem pelos críticos, que não souberam ver em sua obra os primeiros passos em direção à arte moderna, nem compreender o seu esforço para libertar a beleza dos seres por meio de uma explosão de cores.

EXERCÍCIOS 01. Cite alguns pintores pós-impressionistas. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 02. Qual o artista que se destacou documentando a

vida parisiense do fim do século XIX. __________________________________________________________________________________ 03. Ao contrario da pintura impressionista, como

podemos caracterizar a pintura pós-impressionista?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

04. As obras de Gauguin registram que características do pós-impressionista?

___________________________________________________________________________________________________________________________ 05. Qual a obra de Cézanne que rompe com o

impressionismo? _________________________________________ 06. “O sol intenso do mediterrâneo interferiu em sua

pintura, e o artista libertou-se completamente de qualquer naturalismo declarando-se um colorista arbitrário”. Estamos falando de que artista?

__________________________________________________________________________________ 07. Faça uma pesquisa e cite os autores de cada obra a abaixo. a) Trigal com corvos _________________________________________ b) Jacó é o Anjo _________________________________________ c) Tarde de Domingo na Ilha Grande _________________________________________ d) La Grenovilliere _________________________________________ e) Mulheres no Jardim _________________________________________ f) Café a noite _________________________________________ g) Os Comedores de Barara _________________________________________ h) A Bolsa de algodão de Nova Orleans _________________________________________

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PRINCIPAIS MOVIMENTOS ARTISTICOS DO SÉCULO XX

O século XX inicia-se ampliando as conquistas técnicas e o progresso industrial do século anterior. Na sociedade, acentuam-se as diferenças entre a alta burguesia e o proletariado. O capitalismo organiza-se e surgem os primeiros movimentos sindicais que passam a interferir nas sociedades industrializadas. Nas primeiras décadas do nosso século ocorrem também profundas conturbações políticas: a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa, o surgimento do fascismo na Itália e do nazismo na Alemanha. Não demorou muito para que as situações políticas criadas pela Itália e Alemanha levassem os paises europeus e americanos a envolverem-se em novo conflito mundial. Com essa última grande guerra, tiveram início também as pesquisas e o uso da energia nuclear, que se configura hoje como uma ameaça à sobrevivência da humanidade. Ocorreram ainda neste século a conquista do espaço, o uso crescente da computação e dos satélites, que colocam em comunicação imediata as mais distantes partes do mundo. Ao lado desses avanços acentuaram-se as disparidades sociais. Hoje, existem regiões com imensas riquezas e outras com grande pobreza, onde as pessoas passam fome e ihnoram os fatos e os benefícios do progresso material das regiões ricas. É nesse contexto complexo, rico em contradições e muitas vezes angustiantes que se desenvolve a arte do nosso tempo. Assim, os movimentos e as tendências artísticas, tais como:

• Expressionismo; • Fauvismo; • Cubismo; • Futurismo; • abstracionismo; • dadaísmo; • Surrealismo; • Pintura Metafísica; • Op-art; • Pop-art;

Expressam, de um modo ou de outro a perplexidade do homem contemporâneo.

EXPRESSIONISMO O expressionismo foi a primeira vanguarda artística do século XX que utilizou a deformação da realidade para dar forma à visão subjetiva do artista. Movimento artístico que se caracteriza pela expressão de intensas emoções. As obras não têm preocupação com o padrão de beleza tradicional e exibem enfoque pessimista da vida, marcado por angústia, dor, inadequação do artista diante da realidade e, muitas vezes necessidade de denunciar problemas sociais.

Iniciado no fim do século XIX por artistas plásticos da Alemanha, alcança seu auge entre 1910 e 1920 e expande-se para a literatura, a música, o teatro e o cinema. Em função da I Guerra Mundial e das limitações impostas pela língua alemã, tem maior expressão entre os povos germânico, eslavo e nórdico. Na França, porém, manifesta-se no fauvismo. Após o fim da guerra, influencia a arte em outras partes do mundo. O principal precursor do movimento é o pintor holandês Vincente van Gohg, criador de obras de pinceladas marcadas, cores fortes, traços expressivos, formas contorcidas e dramáticas. Propõem uma ruptura com as academias de arte. As principais características são:

• distanciamento da pintura acadêmica; • ruptura com a ilusão de tridimensionalidade • resgate das artes primitivas; • uso arbitrário de cores fortes

Muitas obras possuem textura áspera

devido à grande quantidade de tinta nas telas. É comum o retrato de seres humanos solitários e sofredores. Com a intensão de captar estados mentais, vários quadros exibem personagens deformados, como o ser humano desesperado sobre uma ponte que se vê em O Grito, do norueguês Edvard Munch (1863-1944), um dos expoentes do movimento.

O expressionismo vive seu auge a partir da fundação de dois grupos alem~es: o Die Brücke – A Ponte – em Dresden, que faz sua primeira exposição em 1905 e dura até 1913; e o Der Blaue Reiter – O Cavaleiro Azul), em Munique, ativo de 1911 a 1914.

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Os artistas do primeiro grupo, como os alemães Ernst Kirchner (1880-1938) e Emil Nolde (1867-1956), são mais agressivos e politizados. Com cores quentes, produzem cenas místicas e paisagens de atmosfera pesada. Os do segundo grupo, entre eles o russo Vassíli Kandinski (1866-1944), o alemão August Macke (1887-1914) e o suíço Paul Klee (1879-1940), voltam-se para a espiritualidade. Influenciados pelo cubismo e futurismo, deixam as formas figurativas e caminham para a abstração. Na América Latina, o expressionismo é principalmente uma via de protesto político. A última grande manifestação de protesto expressionista é o painel Guernica, do espanhol Pablo Picasso. Retrata o bombardeio da cidade basca de Guernica por aviões alemães durante a Guerra Espanhola. A obra mostra sua visão particular da angústia do ataque, com a sobreposição de figuras, como um cavalo morrendo, uma mulher presa em um edifício em chamas, uma mãe com uma criança morta e uma lâmpada no plano central.

Como podemos notar, os expressionistas são deformadores sistemáticos da realidade, pois desejam expressar com a maior veemência possível seu pessimismo em relação ao mundo. Assim, realizam uma pintura que foge às regras tradicionais de equilíbrio da composição, da regularidade da forma e da harmonia das cores. Por isso é considerada por alguns como uma pintura feia. Contribui para essa visão negativa a amargura com que às vezes o homem e a natureza são retratados. Esse clima melancólico e inquietante do Expressionismo – historicamente o primeiro grande movimento da pintura moderna – será muitas vezes abandonado e outras tantas retomado ao longo deste agitado século XX.

EXPRESSIONISMO NO BRASIL Nas artes plásticas, os artistas mais importantes são Cabdido Portinari, que retrata o êxodo do Nordeste, Anita m\lfatti, Lasar Segal e o gravurista Osvaldo Goeldi (1895-1961). No teatro, a obra do dramaturgo Nelson Rodrigues tem características expressionistas.

FAUVISMO É o nome dado à tendência estética na pintura que buscou explorar ao máximo a expressividade das cores na representação pictórica. O fauvismo teve origem no final do século XIX, ao contar com precursores como Paul Gauguin e Vincent Van Gogh. O estilo destes dois artistas, que trabalharam juntos no mesmo ateliê, guardava semelhanças e foi imitado pelos chamados fauvistas principalmente no seu exacerbado das cores agressivas e a representação plana, que imprimia grande teor dramático à representação pictórica. A tendência fauvista não só revolucionou o uso das cores na pintura moderna como foi uma das origens dos posteriores movimentos de ruptura estética nas artes plásticas. O termo “fauvismo”, na verdade, teve origem a partir das observações corrosivas do crítico de arte Louis Vauxcelles após ter visitado uma mostra de pintura de vários artistas, entre eles Henry Matisse. Vauxcelles utilizou a expressão “Lês fauves” ao se referir aos artistas, que em português significa “feras”, por causa da intensidade com que usavam as cores puras, sem misturá-las ou matizá-las. Dois princípios regem esse movimento artístico: a simplificação das formas das figuras e o emprego das cores puras. Por isso, as figuras fauvistas são apenas sugeridas e não representadas realisticamente pelo pintor. Da mesma forma, as cores não são as da realidade. Elas resultam de uma escolha arbitrária do artista e são usadas puras, tal como estão no tubo de tinta. O pintor não as torna mais suaves nem cria gradação de tons. Dos pintores fauvistas, Matisse foi, sem duvida, a maior expressão. Sua característica mais forte é a despreocupação com o realismo, tanto em relação às formas das figuras quanto em relação às cores. Em suas obras, as coisas representadas são menos importantes do que a maneira de representá-las.

Natureza morta com Peixes Vermelhos (1911) de Matisse. Museu de Arte Moderna

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CUBISMO O cubismo, uma das primeiras correntes artísticas das chamadas vanguardas históricas do século XX, manifesta-se na França entre os anos de 1908 e 1910. Históricamente o Cubismo originou-se na obra de Cézane, pois como vimos, para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como se fossem cones, esferas e cilindros.

Os Pintores e escultores deste movimento afirmavam que na natureza é possível reduzir todas as coisas a formas geométricas perfeitas, mediante as quais elas podem ser representadas. Essa síntese da realidade é fruto de uma busca dos elementos mais fundamentais e primários das artes plásticas, de suas próprias raízes.

De fato, uma das características principais do cubismo é a revalorização das formas geométricas – triângulos, retângulos e cubos, além, é claro, da proposição da pintura e da escultura como formas de expressão. Quanto ao nome dado a esse novo movimento, ele não partiu dos próprios artistas, mas dos críticos de arte da época, totalmente desconcertados diante deste novo caminho de expressão artística.

Ao visitar as primeiras exposições e convencidos de que esse tratava de uma arte experimental que nunca chegaria a entender, começaram a se referir às obras com o nome o nome de cubos ou de raridades cúbicas. Essa nova corrente foi representada por dois grandes pintores e escultores: Pablo Picasso e Georges Braque, embora se possa dizer que foi primeiro, com sua obra As Senhoritas de Avignon, que iniciou o cubismo propriamente dito.

O Cubismo se divide em duas fases: o cubismo analítico e o cubismo sintético.

CUBISMO ANALÍTICO O cubismo analítico foi desenvolvido por Picasso e Braque, aproximadamente entre 1908 e 1911. Esses artistas trabalharam com poucas cores- preto, cinza e alguns tons de marrom e ocre – a forma se desestrutura, em todos os seus elementos. O artista decompõe-na em partes, registrando todos os seus elementos, em planos sucessivos e superpostos. O que eles procuram é a visão total da figura, pelo espectador, examinando-a em todos os ângulos, em um mesmo momento, atreves da fragmentação da figura. É como se o espectador girasse ao redor dela. A superposição de formas, criando vários planos, em movimentos simultâneos, mostrando a figura, em suas partes, coloca na pintura a representação do tempo. Eles criam, neste momento, no cubismo, a quarta dimensão, que é o tempo na obra de arte. Repare no quadro de Picasso. Você vê as figuras de perfil, de frente, de costas, como se elas girassem para serem contempladas em todos os ângulos. Daí as deformações intencionais e altamente intelectuais.

Violino e Cântaro (1910) de Braque

O Poeta (1911), de Picasso

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CUBISMO SINTÉTICO Reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura, os cubistas passaram ao Cubismo sintético. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Apesar de ter havido uma certa recuperação da imagem real dos objetos, isso não significou o retorno a um tratamento realista do tema. Foi mantido o modo característico de o Cubismo apresentar simultaneamente as várias

dimensões de um objeto, como podemos observar em Mulher com Violão, de Braque. O Cubismo sintético foi chamado também de Colagem porque introduziu letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção do artista de criar novos efeitos plásticos e de ultrapassar os limites das sensações visuais que a pintura sugere,

despertando também no observador as sensações táteis.

PABLO PICASSO (1881-1973) Picasso tendo vivido 92 anos e pintado desde muito jovem até próximo à sua morte, passou por diversas fases. Entretanto são mais nítidas a fase azul (1901-1904), que representa a tristeza e a melancolia dos mais pobres e a fase rosa (1950-1907), em que pinta acrobatas e arlequins. Depois de descobrir a arte africana e compreender que o artista negro não pinta ou esculpe de acordo com as tendências de um determinado movimento estético, mas com uma liberdade muito maior, Picasso desenvolveu uma verdadeira revolução na arte. E, 1907, com a obra Les Demoiselles d’Avignon, começa a elaborar a estética cubista, que, como vimos anteriormente, se fundamenta na destruição da harmonia clássica das figuras e na decomposição da realidade. Além de pintor Picasso foi gravador e escultor. A característica mais

marcante da obra gravada de Picasso está na força expressiva do desenho e na oposição entre áreas de claridade e de sombra. Ao lado de Picasso, George Braque (1882-1963) também renovou a arte do século XX ao considerar a pintura como uma obra diferente de uma descrição objetiva da realidade.

GRAVURAS DE PABLO PICASSO

Poema de Bertolt Brecht. OS PRINCÍPIOS CUBISTAS E O OTIMISMO DE

LÉGER

As obras de Fernand Léger (1881-1955) apresentam um desenho sintético e geometrizado. Sua pintura é importante pelo seu significado, pois é um comentário otimista sobre o início do nosso século. Ele considera a máquina e o trabalho dos homens na produção industrial como a forma de construção de um mundo novo como podemos ver em algumas de suas obras. (abaixo)

Léger aceita e admira o crescimento industrial do fim do século passado e das primeiras

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décadas deste século. Para ele, a mecanização e os grandes aglomerados urbanos são os sinais dos tempos contemporâneos. Por isso, merecem ser registrados com o mesmo interesse e encantamento com que os pintores registraram outros momentos da história passada.

O Tipógrafo de Fernand Léger

A ESCULTURA CUBISTA

É na arte cubista, que a escultura se inicia realmente, dentro do movimento modernista. A figura humana inicia a sua perda de identidade formal, isto é, sua deformação, perdendo o seu aspecto físico. Nas obras de Rodin, Maillol e de Lehmbruck a figura conserva ainda as suas características pessoais. No cubismo, embora não se chegue ao abstrato absoluto, a figura é geometrizada e fragmentada. Os mesmos princípios e características da pintura cubista são empregados

na escultura. Duchamp-

Villon – pesquisa a característica: tempo, espaço e o movimento da figura no espaço,

registrando-lhes todas as fases, em

superposição. Geometriza,

fragmenta e sintetiza a figura. Estabelece relações entre o homem e a máquina, tal qual Léger em suas pinturas. É famosa a escultura

denominada “Cavalo”, onde ele

consegue unir a dinâmica da máquina com o aspecto físico deste animal. Archipenko – criador das formas vazadas – este artista, russo de nascimento, radicado em Paris, traz uma contribuição originalíssima à escultura cubista moderna. Ele cria os vazados na figura, perfurando os blocos de pedra. Permite à escultura uma inovação espacial: a alternância de formas cheias e vazadas. Ele rompe uma tradição milenar, na escultura, o modelado das formas cheias. O difícil ou o problema propriamente dito, para os escultores cubistas, é aplicar as características “bidimensionais” da pintura, à escultura, que por sua natureza, se caracteriza como a própria “tridimensionalidade”. Você já sabe que a forma no espaço é tridimensional. A pintura busca realidades tridimensionais falsas. O primeiro que realmente apresenta soluções é o próprio criador da pintura cubista: Picasso. Outros grandes artistas também aplicam os conhecimentos cubistas na escultura e acrescentam-lhe originais soluções sendo estas as principais:

• geometrizar as figuras; • criar planos angulosos com arestas rígidas • selecionar os volumes em pequenas partes; • justapor os elementos selecionados,

registrando o tempo na obra escultórica, através de planos;

• dinamizar as figuras; • reunir vários objetos e dar-lhes unidade

composicional no espaço escultórico (Picasso, com precursor da Pop Art);

• estabelecer ligações entre entre o homem e a máquina;

• vazar a escultura.

Leipchita e Braque são os mais expressivos escultores cubistas, além dos já citados Picasso, Archipenko e Duchampvillon. Alias, quase todos os pintores cubistas tentam soluções, na escultura, executando, muitos deles, trabalho em cerâmica, como Léger.

EXERCÍCIOS 01. Faça uma comparação entre o Expressionismo e

o Cubismo. _______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 02. Pablo Picasso passou por diversas fases. Quais

as duas mais nítidas e o que elas representam? ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

The Boxers – 1914 Alexandre Archipenko

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03. Qual a principal características do Cubismo? E como surgiu o nome dado a esse movimento?

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 04. O Cubismo se divide em duas fases: o cubismo

analítico e o sintético. Cite os mesmos, comparando-os entre si.

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 05. Quais foram os principais artistas do Cubismo? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 06. Quais os conhecimentos cubistas que forma

aplicados na escultura em busca de novas soluções?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 07. (NDA)Observando a Obra da página 14 de Pablo

Picasso, Lês Demoiselles d’Avignon, do Cubismo, justifique os itens errado(s).

a) ( ) A representação da figura humana nessa

composição obedece aos padrões naturalistas da Antiguidade Clássica

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) ( ) Podemos afirmar que a geometrização da

figura humana pode estar relacionada a uma influência derivada da arte africana

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) ( ) Assim como Cézanne, Pablo Picasso interpretava as formas utilizando o cilindro, a esfera e o cone

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) ( ) No processo de síntese, ou seja,

simplificação da forma, o artista não conseguiu homogeneizar figura e fundo.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ e) ( ) Assim como os artistas plásticos de sua

época, os cubistas buscavam as formas mais simples e diferentes da realidade visual.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

08. (NDA)

No que concerne à pintura, pode-se dizer que o século XX começou cinco anos mais tarde. Entre 1901 e 1906, foram realizadas em Paris várias exposições abrangentes da obra de Van Gogh, Gauguin e Cézanne. Os jovens pintores, que haviam crescido na atmosfera “mórbida” e “decadente” de 1890, ficaram profundamente impressionados e alguns deles desenvolveram um estilo novo e

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radical, cheio de cores e violentas distorções ousadas. Sua primeira aparição em 1905, chocou tanto os críticos que eles receberam o nome fauves (selvagens), um rótulo que adotaram com orgulho. Analisando o texto acima e relacionando com a obra acima do Fauvismo, A Música, de Henri Matisse, justifique o(s) item(ns) errado(s). a) ( ) O Fauvismo tinha como característica a

deformação da realidade devido ao grande pessimismo dos artistas.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) ( ) As composições fauvistas destacavam-se

pela forte elaboração intelectual de seus temas. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) ( ) Sem nenhuma preocupação com o realismo,

as obras do fauvismo apresentam espaços planos e cores intensas.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) ( ) Vermelho e verde, amarelo e roxo, podem

ser considerados como: uma cor primária com a sua secundária, respectivamente.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ e) ( ) Assim como Gauguin, Henri Matisse cultuou

o primitivismo e a simplificação da formas em seus trabalhos.

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

ABSTRACIONISMO Vimos que, desde o impressionismo, a arte abandona a representação da natureza, como expressão da natureza como expressão fotográfica. A técnica fotográfica se encarrega de registrar os fatos, realisticamente. Gradativamente, a forma vai perdendo o seu significado especifico, de algo natural, descompromissando-se com a realidade física e realística. É antinaturalista. A arte abstrata altera os valores formais da arte, passando do mundo de idéias, mas o artista moderno tem nova percepção do mundo. Ele expressa uma realidade interior. Baseado nos elementos intelectuais da composição, ele toma uma forma e vai trabalhando-a, filtrando-a, até transformá-la em uma forma pura e abstrata. O abstracionismo apresenta várias fases, desde a mais sensível até a intelectualidade máxima. Os estudiosos de arte comumente consideram o pintor russo Wassily Kandinsky (1866-1944) o iniciador da moderna pintura abstrata. O começo de seus trabalhos neste sentido é marcado pela tela Batalha. (quadro abaixo)

CONCRETISMO É um abstrato geométrico que procura através das cores e das linhas, um movimento perceptivo vibratório. O espectador, ao contemplar a obra, vai sentir certas vibrações e modificações perceptivas nas imagens da composição. Ela tem muita semelhança com o suprematismo e o construtivismo. O concretismo sintetiza as teorias abstratizantes e cientificas da Arte Moderna. É bidimensional, voltando a pintura à superfície do quadro, como fez Mondriaan no seu neo-plasticismo. Este movimento alcança notoriedade entre os artistas sul-americanos, especialmente os brasileiros: Ivan Serpa, Malluf, Palatinik W. Cordeiro e outros. Internacionalmente, destacam-se: Max Bill, Josef Alberts, Bruno Munari. A arte concreta é precursora do estilo “pop-art”.

Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águia, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam. (Isaías 40:31)

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As obras do pintor holandês Piet Mondrian (1872-1974) são as mais representativas do Abstracionismo geométrico, pois, assim como Cézanne, ele buscava o que existe de constante nos seres, apesar de eles parecerem diferentes. Segundo Mondrian, cada coisa, seja ela uma casa, uma árvore ou uma paisagem, possui uma essência que está por trás de sua aparência. E as coisas, em sua essência, estão em harmonia no Universo. O papel do artista, para ele, seria revelar essa essência oculta e essa harmonia universal

Arvore Vermelha (1909-1910), de Mondrian.

TACHISMO

O abstracionismo volta com veemência, força e beleza pictórica a partir de 1945. Ele renasce, como reação ao abstracionismo geométrico. “Tache” quer dizer mancha. Ele é considerado o abstrato sensível, informal, livre e intensamente cromático. Sua textura é rica, espessa. O tachismo se espalha pelo mundo inteiro até a década de 50. São famosos: Mathieu, Sonderborg, Soulages, e os brasileiros Cícero Dias, Bandeira, Manabu Mabe e Francis Bacon. Em 1957, uma exposição de “50 anos de Pintura Abstrata” reúne em Paris obras de 400 pintores do mundo inteiro.

FUTURISMO Este movimento teve uma forte relação com a literatura do início do século, influenciada em 1909 pelo Manifesto Futurista do poeta e escritor italiano Filippo Tommaso Marinetti. Na pintura, assim como na literatura, os futuristas – como a própria palavra sugere – exaltavam o futuro e sobretudo a velocidade, que passou a ser conhecida e admirada a partir da mecanização das industrias e da crescente complexidade social que ganharam os grandes centros urbanos. Para os pintores ligados ao Futurismo, os outros artistas tinham ainda uma visão estática da realidade, ignorando o aspecto mais evidente dos

novos tempos: o movimento veloz das máquinas, que provoca a superação do movimento natural. O poeta propunha a destruição de um mundo representado pelo governo, academias de artes e Vaticano, para fazer a sociedade italiana despertar para nascente modernidade. Seu programa político abordava o divórcio, a distribuição de riquezas e a igualdade entre o homem e a mulher. Além disso, defendia a guerra como o único meio de mudar um mundo antiquado e decadente e o militarismo, como revalorização do sentido de pátria. Para prosseguir por essas idéias em prática, não foi difícil para Marinetti contar com o apoio dos pintores mais jovens da Itália, do inicio do século: Balla, Boccioni, Carrà, Russolo e Severini. Eles também, cheios de entusiasmo revolucionário, redigiram seus próprios manifestos, nos quais assentavam as bases do que viria a ser a arte futurista: a máquina como única expressão do dinamismo e a velocidade como o novo sinal dos tempos. Também se unia a esta nova corrente o arquiteto Sant’Elia, que teorizava sobre uma arquiteta caduca e transitória, que não sobrevivesse ao homem. O verdadeiro desafio para os futuristas foi encontrar um estilo que não tivesse nada em comum com as formas de arte tradicionais. Surgiram assim seus quadros de planos fragmentados e cores expandidas, nos quais as formas se repetiam, amontoando-se umas sobre as outras, para transmitir uma sensação de movimento contínuo. Como vimos no início, a velocidade, conseqüência da moderna tecnologia, expressa pelo dinamismo da forma na pintura, é um dos elementos característicos deste estilo. O artista quer dar forma plástica à velocidade. O futurismo é a concretização desta pesquisa, no espaço bidimensional. Procura-se neste estilo, expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar em forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço. A velocidade altera a percepção visual do homem. Espaço e figura se interligam em nova realidade visual. A velocidade modifica a forma dando expressão nova ao corpo no espaço. Boccioni diz que um cavalo parado é uma coisa e em movimento é outra. O registro simultâneo do movimento da figura no espaço imprime à composição uma característica dinâmica. É exatamente este dinamismo que caracteriza a estética do futurismo. Veja o “Nu descendo a escala de Duchamp”.

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Observação: O que vai distinguir o movimento do corpo no espaço, em composições cubistas e analíticas daquelas do futurismo, é que no cubismo o movimento simultâneo da figura é registrado em planos que refletem a figura em repouso, vista em vários ângulos. E no futurismo, a própria velocidade no seu dinamismo é registrada como movimento recíproco, espaço-tempo-figura. A figura, o movimento das figuras e o deslocamento no espaço são projetados na composição.

Velocidade Abstrata – O Carro Passou (1913) de

Giocomo Balla.

ESCULTURA FUTURISTA Como os pintores, os escultores futuristas procuram dar forma plástica à velocidade. Dar movimento a um corpo estático é a pesquisa que se torna precursora do movimento contemporâneo, denominado arte cinética. Preconizam estes escultores o uso de materiais da industria e tecnologia da época: vidro, couro, papéis, ferro, madeira, etc.

Este movimento está muito próximo da escultura cubista. Desintegrada a forma, procura-se reunir os elementos, repetindo-os de modo a expressar o

movimento simultâneo das partes, registrando o dinamismo sucessivo do conjunto.

Boccioni, sintetiza tudo nesta frase, colocada no prefácio do catálogo de sua exposição em 1913: “O que procuro não é a forma pura, mas o

ritmo plástico puro, não a construção de corpos... mas a construção da ação dos corpos”. Principais escultores futuristas, são os mesmos pintores citados e vários artistas, desta mesma época, interessados na pesquisa da velocidade na obra de arte, como Balla, Severini e outros. Nas duas primeiras décadas do século XX, os estudos psicanalíticos de Freud e as incertezas políticas criaram um clima favorável para o desenvolvimento de uma arte que criticava a cultura européia e a frágil condição humana diante de um mundo cada vez mais complexo. Surge então movimentos estéticos que, interferindo de maneira fantasiosa na realidade, procuram denunciar a falta de sentido da civilização contemporânea, como é o caso da pintura metafísica, do Dadaísmo e do Surrealismo, cujas linhas mais significativas veremos a seguir.

PINTURA METAFÍSICA O artista mais conhecido desse movimento é Giorgio de Chirico (1888-1978). O tema de suas obras são as paisagens urbanas. Mas as cidades de seus quadros são desertas, melancólicas e iluminadas por uma luz estranha. Os edifícios, geralmente enormes e vazios, assumem um aspecto inquietante e a cena parece ser dominada por um silêncio perturbador, como em O Enigma da Chegada e o Regresso do Poeta

O Regresso do Poeta (1911), de De Chirico

Alguns críticos viram, nesses elementos da pintura de Giorgi de Chirico, uma oposição entre a técnica precisa com que o artista compõe a cena e a inquietação que ela desperta no espectador.

Formas Únicas de Continuidade no Espaço, de Umberto Boccini. Essa escultura foi concebida em 1913 e fundida em 1931.

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DADAÍSMO O dadaísmo surgiu no ano de 1916, por iniciativa de um grupo de artistas que, descrentes de uma sociedade que consideram responsável pelo estragos da Primeira Guerra Mundial, decidiram romper deliberadamente com todos os valores e princípios estabelecidos por ela anteriormente, inclusive os artísticos. A própria palavra dada não tem outro significado senão a própria falta de significado, sendo um exemplo da essência desse movimento iconoclasta. O principal foco de difusão desta nova corrente artística foi o Café Voltaire, fundado na cidade de Zurique pelo poeta Hugo Ball e ao qual se uniram os artistas Hans Arp e Marcel Janco e o poeta romeno Tristan Tzara. Suas atuações provocativas e a publicação de inúmeros manifestos fizeram que o dadaísmo logo ficasse conhecido em toda a Europa, obtendo a adesão de artistas como Marcel Duchamp e Francis Picabia. Não se deve estranhar o fato de artistas plásticos e poetas trabalharem juntos – o dadaísmo propunha a atuação interdisciplinar como única maneira possível de renovar a linguagem criativa. Dessa forma, todos podiam ter vivenciando de vários campos ao mesmo tempo, trocando técnicas e combinando-as. Nihilistas, irracionais e, às vezes, subversivos, os dadaístas não romperam somente com as formas de arte, mas também com o conceito da própria arte. Não são questionados apenas os princípios estéticos, como fizeram expressionistas ou cubistas, mas o próprio núcleo da questão artística. Negando toda possibilidade de autoridade crítica ou acadêmica, consideram válida qualquer expressão humana, inclusive a involuntária, elevando-a à categoria de obra de arte. Efêmera, mas eficaz, a arte dadaísta preparou o terreno para movimentos vanguardistas tão importantes como o surrealismo e arte pop, entre outros. O Dadaísmo é a arte do protesto contra a destruição do homem e de sua cultura, pela guerra.

ESCULTURA DADAÍSTA Na arte dadaísta é difícil categorizá-la. Pintura e escultura acham-se tão intimamente ligadas num objeto só, que as vezes não se separam. É a anti-arte, negação ou revolução de

valores da arte tradicional. O que de importante acontece, porque vai ter grande influencia na arte contemporânea, é a elevação à categoria de arte, de objetos industriais, refugos encontrados no ferro velho. Seu apresentador, o artista Marcel Duchamp, é o criador “Reedy made”, objetos achados, do francês, “Objets trouvés”. O “urinol” ou a “fonte”, a “roda de bicicleta” são exemplos das obras de Marcel Duchamp.

O Urinário

A roda de bicicleta O dadaísmo, e principalmente o seu principio do automatismo psicológico, propiciou o aparecimento do Surrealismo.

SURREALISMO

O surrealismo surgiu em Paris, em 1924,

reação ao racionalismo e materialismo da sociedade ocidental. Usar o potencial do subconsciente como fonte de imagens fantásticas e de sonho era o objetivo dos surrealista. A arte e a literatura eram vistas como um meio de expressar a fusão dos estados aparentemente contraditórios de sonho e de realidade em “um tipo de realidade absoluta, uma surrealidade”.

Nas artes visuais, o Surrealismo tomou duas direções. Em uma, adaptou as técnicas de escrita automática dos poetas surrealistas para liberar a mente do controle consciente e produzir um fluxo de idéias do subconsciente. As obras produzidas desse modo podiam ser abstratas ou figurativas. Em outra, baseou-se em reconstruções elaboradas e meticulosas de um mundo de sonho onde objetos eram colocados em uma justaposição inesperada. Ambas refletiam o interesse dos surrealistas no uso do acaso. O pioneiro desta abordagem em pintura

Amorous Parade, de Francis Picabia

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foi o italiano Giorgi de Chirico (1888-1928), cujas primeiras obras, de cerca de 1912-1917, foram muito influentes.

Em 1925, Max Ernest, antes dadaísta, inventou a técnica de frottage, Impressões eram tiradas de superfície texturizadas como tábuas ou folhas usadas para sugerir imagens fantásticas. Usou também o método decalomania de colocar a tinta em superfícies como o vidro ou metal e, então pressionar sobre um apoio de tela ou papel. As formas na impressão resultante eram, então, desenvolvidas criativamente.

Em O Carnaval de Arlequim (1924-1925), o pintor espanhol Joan Miro (1893-1983), cruzou a fronteira entre a observação do “modelo externo” e símbolos que fluíam do subconsciente. Embora baseado em desenhos feitos em estado de alucinação induzido pela fome, sua composição é altamente organizada através da intervenção do controle consciente.

O Carnaval de Arlequim (1924-1925), de Joan Miró René Margritte (1898-1989), tornou-se um membro oficial do grupo Surrealista e deu a ele um novo ímpeto com seu método de atividade paranóica, combinando alucinações e paranóia com um certo nível de distanciamento objetivo e controle. Dali interessava-se por condições mentais anormais e, em particular, por alucinações. Suas estranhas imagens de sonho foram retratadas tão nítida e realisticamente quanto possível em um modo de pintura que se assemelhava à fotografia em cores.

A Persistência da Memória, Salvador Dali

OP-ART No inicio da segunda metade deste século, os grandes centros urbanos já estão recuperados dos danos causados pela Segunda Guerra Mundial. A indústria tem sua capacidade de produção redobrada, colocando no mercado artigos que são largamente consumidos pelos habitantes das cidades, que crescem sem parar. Foi dentro desse contexto social ganharam força dois modos de expressão artística conhecidos por Op-art e Pop-art. Para o primeiro, e arte deveria simbolizar a possibilidade constante de modificações da realidade em que o homem vive. Já a Pop-art procurava expressar a realidade contemporânea, sobretudo a cultura da cidade, dominada pela tecnologia industrial. A expressão “op-art” vem do inglês (optical art) e significa “arte óptica”. O seu precursos é Victor Vasarely (1908 - ), criador da plástica do movimento.

As obras da Op-art apresentam diferentes figuras geométricas, em preto e branco ou coloridas, combinadas de tal modo que provocam no

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espectador sensações de movimento. Além disso, se o observador mudar de posição, terá a impressão de que a obra se modifica: os traços se alteram e as figuras se movimentam, formando um novo conjunto pictórico. Enfim, trata-se de uma arte que, da mesma forma que a vida contemporânea, está em constante alteração. As pesquisas de sugestão do movimento a partir das sensações ópticas desenvolveram-se principalmente na década de 60 e tiveram sua maior manifestação pública na exposição coletiva denominada The Responsive Eye, realizada em 1965, no Museu de Arte Moderna de Nova York. Essa concepção da plástica do movimento propiciou a invenção de móbiles por Alexandre Calder (1898-1976), que associou os retângulos coloridos das telas de Mondrian `aideia de movimento. Os primeiros trabalhos de calder eram movidos manualmente pelo observador. Mas, depois de 1932, ele verificou que se mantivesse as formas suspensas, elas se movimentariam pela simples ação das correntes de ar.

The Star, 1960, de Alexander Calder

POP-ART A expressão “pop-art” também vem do inglês e significa “arte popular”. Esse movimento artístico apareceu nos Estados Unidos por volta de 1960 e alcançou extensa repercussão internacional. A fonte da criação para os artistas ligados a esse movimento era o dia-a-dia das grandes cidades norte-americanas, pois sua proposta era romper qualquer barreira entre a arte e a vida comum. Para a Pop-art interessam as imagens, o ambiente, enfim, a vida que a tecnologia industrial criou nos grandes centros urbanos. Os recursos expressivos da arte pop são semelhantes aos dos meios de comunicação de massa, como o cinema, a publicidade e a tevê. Em conseqüência disso, seus temas são os símbolos e os produtos industriais dirigidos à massas urbanas: lâmpadas elétricas, dentifrícios, automóveis, sinais de trânsito, eletrodomésticos, enlatados e até mesmo a imagem das grandes estrelas do cinema norte-americano, que também é consumida em massa nos filmes, nas tevês e nas revistas. Um exemplo bastante ilustrativo é o

trabalho Marilyn Monroe , feito por Andy Warhol (1930-1987)

Nesse trabalho, realizado a partir de uma fotografia, Andy Warhol reproduz, em seqüência, imagens de Marilyn Monroe que, apesar das variações de cor, permanecem invariáveis. Com isso, o artista talvez quisesse mostrar que assim como os objetos são produzidos em séries, os mitos contemporâneos também são manipulados para o consumo do grande público.

REVISÃO

EXPRESSIONISMO (1860-1900) • Invenções técnicas e industriais marcaram o

principio do século XX: Teoria da Relatividade, criação da psicanálise, descoberta do Raio X e a primeira desintegração nuclear.

• Não acreditavam na capacidade perspectiva do olhar – a partir de 1905.

• Criticavam o realismo superficial dos impressionistas.

• Queriam destruir a realidade do puramente visível.

• “Olhar por detrás da aparência das coisas”. • A velocidade e o tempo eram novas dimensões

que exigiam formas de percepção “mais aceleradas.”

• Caracterizavam-se por um vocabulário estético simplificado, com formas reduzidas ao essencial, corpos distorcidos e espaços diluídos que ignoram as leis da perspectiva. Cores luminosas, saturadas, aplicadas superficialmente e independente da cor local, muitas vezes envolvidas por uma linha de contorno, imprimem um caráter grosseiro, rude e elementar.

FAUVISMO (1905-1920) • Este movimento deve o seu nome as cores

expressivas, ao traçado selvagem e desenfreado que utilizavam.

• Não se interessavam pelo conteúdo simbólico; a forma artística foi proclamada como a sua única linguagem, o seu único meio de expressão.

• Contrastes entre cores quentes e frias. • Reprodução dos corpos propositadamente linear. • Contornos dos corpos. • Contrastes das cores complementares. • Nem a precisão da reprodução, nem a referencia

simbólica permitem estabelecer uma ligação entre o quadro e a realidade exterior.

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CUBISMO • Não acreditavam na possibilidade de representar

a realidade de maneira ilusionista. • Substituíram o olhar unidimensional fixo, sobre

um ponto do objeto, por um olhar que englobava várias perspectivas.

• Representaram em simultâneo, vários ângulos do objeto, ignorando a sua forma original, para assim exibir de uma maneira mais “completa”.

• introduziram a dimensão do “tempo” na pintura, um pouco como os futuristas que, na mesma altura desenvolveram uma nova linguagem pictórica na Itália.

• O fundo do quadro não se distingue do primeiro plano, porque se interpenetram

• Cubismo Cezanneo • Cubismo analítico: primeira fase. • Cubismo sintético: a partir de 1912, objetos do

cotidiano colados, tendo a mesma função que a superfície pintada.

FUTURISMO • Expressavam numa linguagem formal

segmentada e fragmentada a simultaneidade dos processos de percepção em paralelo, introduzidos pela vida moderna.

DADAÍSMO • “Protestar contra a ignorância e a vaidade

humana” – obrigar as pessoas refletirem ou mudarem de mentalidade.

• Queriam criar uma arte que rompesse com o conceito artístico burguês e não se enquadrasse em nenhuma tradição e etiqueta da história da arte.

• Ready-made – peças prontas a usar.

SURREALISMO • Atribuíram grandes importâncias ao mundo dos

sonhos. • Acredito na fusão desses dois estados – sonho e

realidade – aparentemente tão contrários numa espécie de “superrealidade”, absoluta, se assim pode dizer – André Breton.

EXERCÍCIOS 01. Quando e como surgiu o movimento Dadaísta? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

02. O que levou artistas plásticos e poetas, trabalharem juntos no Dadaísmo?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 03. Faça um comentário sobre a escultura Dadaísta. _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 04. Quais artistas que mais se destacaram no

Dadaísmo? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 05. “O Surrealismo surgiu como uma reação ao

racionalismo e materialismo da sociedade ocidental”, Comente esta afirmação.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 06. Nas artes visuais, o Surrealismo tomou duas

direções. Quais foram essas direções, e o que elas refletiam?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 07. Sobre a pintura futurista e observando a

imagem abaixo. Dinamismo de um Cão, de Giacomo Balla, justifique o(s) item(ns) errado(s).

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a) ( ) O papel do artista seria revelar a essência

do movimento e o dinamismo do mundo. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) ( ) Exaltavam a máquina, a velocidade e a

guerra. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) ( ) O futurismo segue a estética da arte

Renascentista que louvava e celebrava o caráter cientifico do homem.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) ( ) Os futuristas, ao valorizarem a velocidade

se aproximaram dos cubistas, ao considerarem a cópia meticulosa do objeto ou do tema abordado.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ e) ( ) Tanto os cubistas como os futuristas

buscavam a simultaneidade: os cubistas mostrando em vários ângulos o objeto ou a pessoa e os futuristas na captura do movimento.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 08. O Dadaísmo conseguiu provocar escândalo e, de

maneira positiva, muda a concepção da arte forçando o observador a mudar sua postura criticando a ordem estabelecida.

a) ( ) A obra dadaísta imita a realidade com seus

elementos figurativos. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) ( ) Dadá convida o espectador a refletir sobre o

que é apresentado, destruindo os modelos preestabelecidos pelas academias do século XIV.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) ( ) O Dadaísmo prega a destruição de valores e formas.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) ( ) Enquanto vanguarda, o dadaísmo tinha

como objetivo acordar a imaginação, por meio de obras que procurassem a reconciliação entre a arte tradicional e as novas tecnologias.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ e) ( ) Formas anticonvencionais caracterizam o

movimento dadaísta. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 09. É no Surrealismo que os artistas tem

consciência da fratura entre arte e sociedade, entre mundo exterior e mundo interior, entre fantasia e realidade. Por essa razão, todo o esforço dos surrealistas visava a encontrar uma mediação entre essas duas margens, um ponto de consciência que permitisse remediar as lacerações da crise. O elemento original desse movimento esta exatamente nisso. No Expressionismo e no Dadaísmo também encontramos o sentido de fratura, da crise, mas apenas no Surrealismo a busca da solução assumiu um empenho tão específico.

Analisando o texto acima e a obra abaixo,

justifique o(s) item(ns) errado(s).

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a) ( ) No surrealismo percebe-se um maior interesse em explorar a mente e o inconsciente e as duas possibilidades, do que a luta implacável contra a arte institucionalizada.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) ( ) Não combateram os preceitos acadêmicos

tal com vez os dadaístas e os Expressionistas. ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) ( ) O Surrealismo nasceu diretamente do

Dadaísmo, buscando uma arte ou uma estética com controle da razão e da moral.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) ( ) Os artistas associavam elementos do

inconsciente a um excesso de realidade montando um conjunto irreal.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ e) Assim como Os Expressionistas os Dadaístas, os

Surrealistas buscavam uma realidade interior, sendo que os Expressionistas foram pessimistas, os dadaístas contraditórios e os Surrealistas, científicos.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10. Assinale C para correto e E para errada. a) ( ) A principal características da pintura

abstrata é a ausência de relação imediata com a realidade.

b) ( ) No abstracionismo informal predominam os sentimentos e emoções, as formas e cores são criadas mais livremente. No geométrico, as formas e cores devem ser organizadas de tal maneira que o resultante seja a expressão de uma concepção geométrica.

c) ( ) O pintor Piet Mondrian (fig. 2) pode ser visto como um abstracionista geométrico, enquanto Kandinsky (fig. 1), informal.

d) ( ) O equilíbrio na obra de Mondrian não é resultante de simetria, ao contrário, esse artista só trabalha com a assimetria.

e) ( ) O Dada revela uma arte que perdia todo o sentido, já que a guerra havia instaurado o irracionalismo na Europa.

f) ( ) Os estudos de Freud sobre o inconsciente impressionaram os artistas modernos,

principalmente os surrealistas que queriam trabalhar plasticamente a idéia de inconsciente.

g) ( ) Os dadaístas propunham que a criação artística se libertasse das amarras do pensamento racionalista e que fosse então o resultado do automatismo psíquico, trabalhando o acaso em suas obras.

h) ( ) O Dada foi um movimento crítico que queria mostrar ao mundo que os valores tradicionais tão valorizados tinham trazido o caos da guerra.

i) ( ) O Surrealismo trabalha com as manifestações do subconsciente, absurdas e ilógicas, como as imagens dos sonhos e das alucinações.

j) ( ) O surrealismo trabalhou tanto figurativa como abstrativamente.

Figura 1

Figura 2

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MOVIMENTO MODERNISTA NO BRASIL

O período pós-guerra foi caracterizado por abordagens extremamente diferentes aos problemas da arte. Embora grande parte das melhores obras tenha sido abstrata, alguns artistas continuaram a trabalhar em estilos mais tradicionais. O século XX inicia-se no Brasil com muitos fatos que vão dando a nova fisionomia do país Observa-se um período de progresso técnico, resultante da criação de novas fábricas surgidas principalmente da aplicação do dinheiro obtido através do café. Ao lado disso, outro fato contribuiu para fazer o Brasil crescer e alterar sua estrutura social; a espantosa massa de imigrantes que em apenas oito anos chega a quase 1 milhão de novos habitantes. Assim, as forças sócias que atuam na realidade brasileira já em 1917 são bem complexas. E, São Paulo, por exemplo, ocorre uma greve geral de que tomam parte 70.000 operários. Essa paralisação foi organizada pelo movimento anarquista, constituído principalmente por imigrantes, os primeiros a questionar o capitalismo paulista. Esses tempos novos vivem, então, “à espera de uma arte nova que exprima a saga desses tempos e do porvir”.

O NASCIMENTO DE UMA ARTE NOVA E A SEMANA DE 1922

Essa arte nova aparece incialmente através da atividade crítica e literária de Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Mário de Andrade e alguns outros artistas que vão se conscientizando do tempo em que vivem, Oswald de Andrade, já em 1912, começa a falar do Manifesto Futurista, de Marinetti, que propõe “o compromisso da literatura com a nova civilização técnica”. Mas, ao mesmo tempo, Oswaldo de Andrade alerta para a valorização das raízes nacionais, que

devem ser o ponto de

partida para os

artistas brasileiro

s. Assim cria

movimentos, como o Pau-

Brasil, escreve

para os jornais expondo suas idéias renovadoras e participa de grupos de artistas que começam a se unir em torno de uma nova proposta estética

Oswald de Andrade

Anita Malfatti

Lagar Segall

Antes dos anos 20, são feitas em São Paulo duas exposições de pintura que colocam a arte moderna de um modo concreto para os brasileiros: a de Lasar Segall, em 1913, a de Anita Malfatti, em 1917. A exposição de Anita Malfatti provocou uma grande polêmica com os adeptos da arte acadêmica. Dessa polêmica, o artigo de Monteiro Lobato para o jornal O Estado de S. Paulo, intitulado “A propósito da Exposição Malfatti”, publicado na seção “Artes e Artistas” da edição de 20 de dezembro de 1917, foi a reação mais contundente dos espíritos conservadores. No artigo publicado nesse jornal, Monteiro Lobato, preso a princípios estéticos conservadores, afirma que “todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem do

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tempo nem da latitude”. Mas Monteiro Lobato vai mais longe ao criticar os novos movimentos artísticos. Assim, escreve que “quando as sensações do mundo externo transformam-se em impressões cerebrais, nós “sentimos”; para que sintamos de maneira diversa, cúbica ou futurista, é forçoso ou que a harmonia do universo sofra completa alteração, ou que o nosso cérebro esteja em “pane” por virtude de alguma grave lesão. Enquanto a percepção sensorial se fizer normalmente no homem, através da porta comum dos cinco sentidos, um artista diante de um gato não poderá “sentir” senão um gato, e é falsa a “interpretação” que do bichano fizer um totó, um escaravelho ou um amontoado de cubos transparentes”. Em posição totalmente contrária à de

Monteiro Lobato estaria, anos mais tarde, Mário de Andrade. Suas idéias estéticas estão

expostas basicamente no

“Prefácio Interessantíssimo” de sua obra Paulicéia

Desvairada, publicada em 1922. Aí, Mário de Andrade afirma que:

“Belo da arte: arbitrário, convencional, transitório - questão de moda. Belo da

natureza: imutável, objetivo, natural - tem a eternidade que natureza tiver. Arte não consegue reproduzir natureza, nem este é seu fim. Todos os grandes artistas, ora conscientes (Rafael das Madonas, Rodin de Balzac, Beethoven da Pastoral, Machado de Assis do Braz Cubas) ora inconscientes (a grande maioria) foram deformadores da natureza. Donde infiro que o belo artístico será tanto mais artístico, tanto mais subjetivo quanto mais se afastar do belo natural. Outros infiram o que quiserem. Pouco me importa”.

(Livro de Poesias Completas de Mário de Andrade p. 19)

Embora exista uma diferença de alguns anos entre a publicação desses dois textos, eles colocam de uma forma clara as idéias em que se dividiram artistas e críticos diante da arte. De um lado, os que pretendiam que arte fosse uma cópia fiel do real; do outro, os que almejavam uma tal liberdade criadora para os artistas, que ele não se sentisse cercado pelos limites da realidade. Essa divisão entre os defensores de uma estética conservadora e os de uma renovadora, prevaleceu por muito tempo e atingiu seu clímax na

Semana de Arte Moderna realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo. No interior do teatro, foram apresentados concertos e conferencias, enquanto no saguão foram montadas exposições de artistas plásticos, como os arquitetos Antônio Moya e George Prsyrembel, os escultores Vitor Brecheret e W. Haerberg e os desenhistas e pintores Anita Malfatti, Di Cavalcanti, John Graz, Martins Ribeiro, Zina Aita, João Fernando de Almeida Prado, Ignácio da Costa Ferreira, Vicente do Rego Monteiro. Estes eventos da Semana de Arte Moderna foram o marco mais caracterizador da presença, entre nós, de uma nova concepção do fazer e compreender a obra de arte.

PRINCIPAIS ARTISTAS E SUAS OBRAS Antes da explosão do Movimento Modernista de 1922, o Brasil teve Lasar Segall (1891-1957) seu primeiro contato com a arte mais inovadora que era feita na Europa.

LASAR SEGALL Segall nasceu na Lituânia, mas foi na Alemanha – para onde mudou em 1906 – que estudou pintura. Em 1912 esteve nos Países Baixos e, em 1913, veio para o Brasil, onde realizou uma exposição de sua pintura, já com nítidas características expressionistas, que, como vimos, se tornou um dos primeiros acontecimentos precursores da arte moderna no Brasil. De volta à Alemanha, lá permaneceu até 1923. Nessa época, seu desenho anguloso e suas cores fortes procuraram expressar as paixões e os sofrimentos do ser humano. É assim, por exemplo, em Família Enferma e em Dois Seres.

Família Enferma (1920) de Lasar Segall

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Dois Seres (1919) de lasar Segall

Em 1924, retornando ao Brasil, Lasar Segall passou a residir definitivamente em São Paulo. A partir daí, sua pintura assumiu um temática brasileira: seus personagens agora são mulatas, prostitutas e marinheiros; sua paisagem, favelas e bananeiras. São exemplos as telas Mãe preta e Bananal

Bananal (1927), de Lasar Segall

Em 1929, o artista dedica-se à escultura em madeira, pedra e gesso. Mas entre os anos de 1936 e 1950, sua pintura volta-se para os grandes temas humanos e universais, sobretudo para o sofrimento e a solidão. São dessa época, entre outras, as telas: Progrom, Navio de Emigrantes, Guerra e Campo de Concentração. Em 1951, Lasar Segall dá inicio ao último ciclo de sua obra com as séries de pinturas As Erradias, Favelas e Florestas. Esse ciclo é interrompido com sua morte, em 1957.

A exposição que Lasar Segall realizou entre nós em 1913 não provocou nenhuma polêmica, pois seus trabalhos foram vistos como a produção de um estrangeiro. Como tal, ele tinha o direito de apresentar uma arte estranha ao senso estético dos brasileiros. Mas com a de Anita Malfatti (1896-1964), pintora brasileira, a reação foi totalmente diferente.

ANITA MALFATTI Essa artista, que teve uma importância muito grande nos acontecimentos que antecederam o Movimento Modernista no Brasil de 1922, nasceu em São Paulo e aí realizou seus primeiros estudos de pintura. Em 1912 foi para a Alemanha, onde freqüentou a Academia de Belas Artes de Berlim. De volta ao Brasil, em 1914, realizou sua primeira exposição individual. Entretanto, sua exposição mais famosa é a de 1917. Foi esta exposição que provocou o artigo de Monteiro Lobato – citado neste capítulo ⎯, contendo severas críticas à arte de Anita. Nessa mostra figuraram por exemplo, A Estudante Russa, O Homem Amarelo, Mulher Cabelos Verdes e Caboclinha, trabalhos que se tornaram marcos na pintura moderna brasileira, por seu comprometimento com as novas tendências .

O Homem Amarelo de Anita Malfatti

As criticas desfavoráveis a Anita Malfatti, porém, fizeram com que muitos artistas se unissem à pintora e, juntos, trabalhassem para o desenvolvimento de uma arte brasileira livre das limitações que o academicismo impunha. Neste sentido, Anita acabou tendo uma importância histórica muito grande para as artes do Brasil, pois, na medida em que foi criticada, polarizou a atenção dos artistas inovadores e revelou que sua arte apontava para novos caminhos, principalmente para os novos usos da cor. Como dizia a própria artista à Revista Anual do Salão de Maio, 1m 1939: “Os objetos se acusam só quando saem da sombra, isto é, quando envolvidos na luz. (...) Nada neste mundo é incolor ou sem luz”;

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DI CAVALCANTI Depois das exposições de Lasar Segal e Anita Malfatti, precursores da arte moderna no Brasil, os artistas mais inovadores começaram a se reunir em torno da idéia da realização de uma mostra coletiva que apresentasse ao público o que se fazia de mais atualizado no país. Entre esses artistas estava Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo (1897-1976), pintor conhecido como Di Cavalcanti, um dos grandes incentivadores da realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Durante a Semana, esse artista participou da seção de pintura com doze trabalhos, entre os quais Ao Pé da Cruz, Boêmios e Intimidade.

Mulata com leque 1937 de Di Cavalcanti

Nascimento de Vênus (1940), de Di Cavalcanti

Depois de 1922, até o final da década de 20 e entre 1935 e 1940, Di Cavalcanti viveu na Europa, onde esteve em contato com os artistas mais notáveis da época. Na década de 40 sua arte estava

amadurecida e conquistou definitivamente seu espaço na pintura brasileira.

Sem Titulo – desenho a lápis década de 1940

As obras deste pintor ficaram conhecidas

pela presença da mulher mulata – uma espécie de símbolo de brasilidade e, na opinião do jornalista Luis Martins, um admirável elemento plástico. Exemplos disso são Nascimento de Vênus (1940) ou Mulher de Vermelho, de 1945.

Aldeia de Pescadores, 1950 de Di Cavalcanti

Di Cavalcanti foi influenciado por diversos

pintores, como Picasso, Gauguin, Matisse e Braque. Mas ele foi capaz de transformar essas influências numa produção muito pessoal e associada aos temas nacionais.

Feira de Água dos Meninos, 1965 de Di Cavalcanti

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Mulata na Janela, 1965 de Di Cavalcanti

VICENTE DO REGO MONTEIRO Entre as pinturas expostas na Semana de 22, estavam algumas de Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), consideradas as primeiras realizações de um artista brasileiro dentro da estética cubista. Seu talento artístico se manifestou muito cedo. Natural de Recife, aos 12 anos ele foi para a Europa estudar pintura e aos 14 já participava do Salão dos Independentes, em Paris. Voltou ao Brasil e, 1917 e, em 1922, participou da Semana de Arte Moderna com dez trabalhos. Depois disso, sua vida alternou-se entre a França e o Brasil. Na França, suas obras foram muito apreciadas, recebendo críticas favoráveis ou sendo adquiridas para o acervo de importantes museus franceses. Entre as tendências artísticas que influenciaram a obra de Vicente do Rego Monteiro está, sem dúvida, o Cubismo, que foi trabalhado

pelo pintor de um modo muito próprio. Exemplo disso são as telas de temas religiosos, como a Crucifixão, Flagelo e Pietá. Nessas obras predominam as linhas retas e o corpo humano é reduzido a formas geométricas, o que sugere ao espectador a percepção de volumes. Esse artista interessou-se muito pelos temas que envolviam os mitos indígenas brasileiros, com os quais fez uma série de aquarelas que expôs no Rio de Janeiro, em 1921.

Carro de Boi. Obra de Vicente do Rego Monteiro. Museu do Homem do Nordeste/Recife

TARSILA DO AMARAL Tarsila do Amaral (1886-1973) a pintura brasileira começa a procurar uma expressão moderna, porém mais ligada às nossas raízes culturais. Apesar de não ter exposto na Semana de 22, Tarsila colaborou decisivamente para o desenvolvimento da arte moderna brasileira, pois produziu uma obra indicadora de novos rumos. Sua carreira artística começou em 1916. Em 1920 foi para a Europa, onde estudou com mestres franceses até 1922. Nesse mesmo ano, voltou ao Brasil e participou do Grupo Klaxon, formado por Mário de Andrade, Oswaldo de Andrade, Menotti del Picchia e outros intelectuais. Em 1923 a artista voltou à Europa. Passou pela influencia impressionista e, a seguir, encontrou o Cubismo. Nessa fase, ligou-se a importantes artistas do modernismo europeu, tais como Fernand Léger, Picasso, De Chirico e Brancussi, entre outros. No ano seguinte, ou seja, em 1924, Tarsila estava novamente no Brasil. Foi quando iniciou a fase que ela própria chamou de pau-brasil. Segundo o crítico Sérgio Milliet, as características dessa fase são “as cores ditas caipira, rosas e azuis, as flores de baú, a estilização geométrica das frutas e plantas tropicais, dos caboclos e negros, da melancolia das cidadezinhas, tudo isso enquadrado na solidez da construção cubista”. Quatro anos mais tarde, em 1928, Tarsila deu inicio a uma nova fase: a antropofágica. A ela

Pietá (cerca de 1966), de Vicente do Rego Monteiro

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pertence a tela Abaporu cujo nome, segundo a artista, e de origem indígena e significa “antropófago”. Foi a partir dessa tela que Oswald de Andrade elaborou a teoria da antropofagia para a arte moderna do Brasil, que resultou no Manifesto Antropofágico, publicado no primeiro numero da

revista de Antropofagia, em 1928.

Abaporu (1928), de Tarsila do Amaral

Antropófago (1928) de Tarsila do Amaral

Operários (1931) de Tarsila do Amaral

Sol Poente (1929) de Tarsila do Amaral

A teoria antropofágica propunha que os artistas brasileiros conhecessem os movimentos estéticos modernos europeus, mas criassem uma arte com feição brasileira. De acordo com essa proposta, para ser artista moderno no Brasil não bastava seguir as tendências européias, era preciso criar algo enraizado na cultura do pais. Depois de uma viagem a União Soviética, em 1931, Tarsila passou por uma curta fase de temática social, da qual e exemplo significativo o quadro Operários (pagina 32). Sua ultima e mais importante obra e um mural ⎯ Procissão do Santíssimo em São Paulo no Século XVIII ⎯ encomendado pelo Governo do Estado de São Paulo e pintado em 1954.

VITOR BRECHERET Na década de 20, graças principalmente a produção de Vitor Brecheret (1894-1955), a escultura brasileira ganhou um aspecto mais moderno. As obras desse artista afastaram-se da imitação de um modelo real e ganharam expressão por meio de volumes geometrizados, delimitados por linhas sintéticas e de poucos detalhes. Inicialmente Vitor Brecheret estudou no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Em 1913, foi para a Europa aperfeiçoar-se no aprendizado da escultura. Em Roma, jovem e com muito talento, participou da Exposição Nacional de Belas-Artes de 1916, com a obra Despertar. Obteve o primeiro lugar, dando inicio a uma carreira de escultor que demoraria ainda alguns anos para se firmar. Brecheret voltou ao Brasil em 1919. No ano seguinte, começam a aparecer na imprensa criticas elogiosas ao seu trabalho. Em 1920, ele apresentou a maquete do Monumento a Bandeiras, provavelmente o mais conhecido de seus trabalhos. Essa escultura em granito – com 50 metros de comprimento, 16 de largura, 10 de altura e composto de 37 figuras -, que se encontra no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, foi iniciada em 1936 e inaugurada em 25 de janeiro de 1953.

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Movimento as Bandeiras, de Brecheret, São Paulo

Em 1922 Brecheret participou da Semana de Arte Moderna com 12 peças; entre 1923 e 1929 tomou parte em salões franceses com esculturas que sempre foram bem aceitas em meios artísticos europeus. E o caso de Sepultamento, obra premiada em 1923, e de Portadora de Perfume, exposta em 1924.

Durante sua vida, Brecheret produziu muito e criou obras gigantescas, como o Monumento as bandeiras(figura acima) e o Monumento a Caxias. Mas foi capaz também de dar beleza a pequenas e graciosas peças em mármore, como Bailarina e Tocadora de Guitarra

Tocadora de Guitarra (1933) de Brecheret ARTISTAS E MOVIMENTOS APÓS A

SEMANA DE ARTE MODERNA Após a Semana de Arte Moderna e a agitação que ela provocou nos meios artísticos, aos poucos foi surgindo um novo grupo de artistas plásticos, que se caracterizou pela valorização da cultura brasileira. Alem disso, esses artistas não eram adeptos dos princípios acadêmicos, mas preocupavam-se em dominar os aspectos técnicos da elaboração de uma obra de arte. Faziam parte desse grupo Candido Portinari (1903-1962), Guignard (1896-1962), Ismael Nery (1900-1934), Cícero Dias (1908- ) e Bruno Giorgi (1905-1993).

CANDIDO PORTINARI No inicio da década de 20, Portinari era aluno da Escola Nacional de Belas-Artes, onde aprendeu as técnicas e os princípios de uma arte conservadora. Em 1928, ganhou como premio uma viagem ao exterior. Viveu então dois anos na Europa, onde entrou em contato com a obra dos pintores mais importantes da época e também com a dos renascentistas italianos. De volta ao Brasil, em 1933, foi viver em Brodósqui, sua cidade natal. Iniciou então sua experiência com a pintura mural, que se tornaria um aspecto importante de sua obra. São famosos os murais que pintou em 1938 para o então Ministério da Educação e Saúde, a convite do ministro Gustavo Capanema. Nessa época, já aparecem as características que marcaram seu trabalho e o tornaram conhecidos internacionalmente; corpos humanos sugerindo volume e pés enormes que fazem com que as figuras pareçam relacionar-se intimamente com a terra, esta sempre pintada em tons muito vermelhos.

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Retirantes, de Portinari.

Portinari pintou ainda três painéis para o pavilhão brasileiro da feira Mundial de Nova York e os murais da sala da Fundação Hispânica na Biblioteca do Congresso, em Washington. Igualmente importantes são seus painéis – Via Crucis – para a igreja de São Francisco, na Pampulha, em Belo Horizonte, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Em sua pintura, Portinari retratou os retirantes nordestinos, a infância em Brodósqui, os cangaceiros e temas de conteúdo histórico. Entre os quadros de temas históricos destacam-se os grandes painéis de Tiradentes, atualmente no Memorial da América Latina, em São Paulo e o painel A Guerra e a Paz, pintado em 1957 para a sede da ONU.

Tiradentes de

Cândido Portinari

Com seu quadro café, (pintura acima), Portinari foi o primeiro artista brasileiro moderno a ser premiado no exterior. Ao morrer, em 1962, deixou obras em museus da Europa e da América, como é o caso de Mãe Chorando, de 1944, que faz parte do acervo do Museu Nacional de Buenos Aires.

CÍCERO DIAS Cícero Dias nasceu em Pernambuco e estudou pintura na Escola Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro. Cedo, porém abandonou as orientações acadêmicas para buscar um caminho pessoal. Em 1928 realizou uma exposição em que já dava mostras do estilo que marcaria sua pintura: usando com freqüência o azul e o vermelho, deu um tratamento surrealista às cenas da vida nordestina.

Engenho Noruega 1933 de Cícero Dias (1ª fase) A partir de 1937 o pintor viveu na Europa, onde entrou em contato com intelectuais e artistas, ligando-se primeiramente ao Surrealismo e, depois

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da Segunda Guerra Mundial, ao Abstracionismo. Seus trabalhos de juventude, que retratam de forma estranha e singular sua terra natal, constituíram uma significativa contribuição para a arte moderna brasileira.

Mulher na Praia 1944 de Cícero Dias (2ª fase)

Figuras na Varanda, década de 1980 (3ª fase)

BRUNO GIORGI Paulista do interior, Bruno Giorgi morou durante muitos anos na Itália. No final da década de 30 retornou ao Brasil, aderindo às idéias do Movimento Modernista, graças principalmente à sua amizade com Mário de Andrade. Em 1942, a convite do ministro Gustavo Capanema, participou da equipe que decorou o prédio do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro. Seu trabalho – Monumento à Juventude –

encontra-se no jardim do ministério, planejado pelo paisagista Burle Marx.

Os Guerreiros (1959), de Bruno Giorgi.

Meteoro de Bruno Giorgi, Brasília.

Painel de Bruno Giorgi no Edifício Sede do Banco do

Brasil - Brasília Na década de 50, suas obras passaram a valorizar o ritmo, o movimento, os vazios e a harmonizar linhas curvas e formas angulares. Já no final da década de 50, Bruno Giorgi passou a usar o bronze, criando figuras delgadas, em que os vazios são parte integrante da escultura, predominando

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frequentemente sobre as massas. É dessa época Os Guerreiros, que o artista criou para a praça dos Três Poderes, em Brasília. Na década seguinte, duas inovações aparecem na obra de Bruno Giorgi: a forma geométrica, em lugar das figuras, e o mármore branco de Carrara, em lugar do bronze. Dentro dessa nova fase está o Meteoro, que, embora pese 17 toneladas, nos dá, graças à oposição de volumes e vazios, a impressão de algo extremamente leve, flutuando no espelho de água em frente ao prédio do Ministério das relações Exteriores, em Brasília.

O NÚCLO BERNARDELLI Em 1931, foi formado no Rio de Janeiro outro grupo de jovens artistas que não aceitava mais os princípios tradicionais que predominavam no ensino da arte, principalmente na escola nacional de Belas-Artes, que ainda era regida pelas idéias da Missão Artística Francesa. Esse grupo carioca recebeu o nome de “Núcleo Bernardelli”, em homenagem aos irmãos Rodolfo e Henrique Bernardelli que, no final do século XIX, haviam contribuído para a renovação da arte brasileira. Dele faziam parte, entre outros, os artistas Ado Malapoli (1908- ), José Pancetti (1902-1958) e Milton Dacosta (1915-1988). Apesar de esse grupo ter sido renovador, ele representou um aspecto menos radical do Modernismo.

JOSÉ PANCETTI A trajetória artística de José Pancetti é interessante, pois inicialmente dedica-se ao mar por profissão; só mais tarde cuidará dele artisticamente. Nascido em Campinas, aos 10 anos mudou-se para a Itália, onde foi marinheiro. De volta ao país em 1922, ingressou na Marinha de Guerra do Brasil. Somente mais tarde, em 1932, Pancetti ligou-se ao Núcleo Bernardelli. A partir daí, sua pintura evolui. Dedicou-se aos retratos e desenvolveu temas de paisagens urbanas e marinhas. Entre seus primeiros quadros estão cenas de São João del Rei, Campos do Jordão e Campinas.

Entre as paisagens marinhas – suas telas mais famosas – estão Paisagem de Itapuã e Bahia, Musa da paz, ambas de sua última fase na década de 50, quando a luminosidade se torna a característica fundamental de sua obra.

Coqueiros de Itapoan, de José Pancetti

Marinha de Itanhaém de José Pancetti A SOCIEDADE PRÓ-ARTE MODERNA E O CLUBE

DOS ARTISTAS MODERNOS Em São Paulo, no ano de 1932, um grupo de artistas e intelectuais fundou a Sociedade Pró-Moderna – a SPAM. Desse grupo fizeram parte, entre outros, o arquiteto Gregori Warchavchik (1896-1972), Lasar Segall (1891-1957), John Graz (1893-1980), Antônio Gomide (1895-1067), Anita Malfatti (1896-1964), Tarsila do Amaral (1886-1973) e Regina Graz Gomide (1902-1973). Em abril de 1933, foi inaugurada a primeira Exposição de Arte Moderna da SPAM. Essa exposição, além de mostrar os trabalhos dos seus integrantes, criou a oportunidade de se tornarem conhecidas, no Brasil, obras de importantes artistas modernos estrangeiros, como Picasso, Léger, Brancussi e de Chirico. Em 1932, foi criado também o Clube dos Artistas Modernos – O CAM, pelos artistas Flávio de Carvalho (1899-1973), Di Cavalcanti (1897-1976), Carlos Prado (1908-1992) e Antonio Gomide (1895-1967).

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O GRUPO SANTA HELENA Antes da reurbanização pela qual passou o centro velho de São Paulo, por causa das obras do metrô, havia um conjunto de prédios – demolido em junho de 1971 – que separava as duas praças mais centrais e mais populares da cidade: a Praça da Sé e a Praça Clóvis Beviláqua. Entre os prédios ali existentes, ficava o Edifício Santa Helena que, como muitos outros da área central da cidade, abrigava escritórios comerciais. Na década de 30, um desses escritórios era ocupado pelo pintor de paredes Rebolo Gonzáles (1903-1980), que usava o local para receber pedidos dos seus serviços. Próximo à sala de Rebolo instalou-se o escritório do artesão Mario Zanini (1907- ). Rebolo e Zanini acabaram se conhecendo e suas salas passaram a ser freqüentadas por outros trabalhadores que, como eles, também se interessavam por arte. Entre esses trabalhadores, muitos se projetaram no cenário artístico, como foi o caso de Fúlvio Pennachi (1905-1992), Aldo Bonadei (1906-1974), Alfredo Volpi (1896-1988), Clóvis Graciano (1907-1988) e manuel Martins (1911-1979). Na década de 30, esses artistas – que passaram para a História como integrantes do Grupo Santa Helena – exerciam atividades diversas na cidade de São Paulo, Rebolo e Volpi, por exemplo, eram pintores de parede; Penacchi era açougueiro; Clovis Graciano, ex-ferroviario e ex-ferreiro. Em comum, tinham a procedência humilde, proletária e o gosto irresistível pela pintura.

FRANCISCO REBOLO GONZALES Apesar de ganhar a vida decorando as paredes das casa de pessoas ricas de São Paulo, Rebolo tinha um interesse especial pela pintura. Foi isso que o levou a freqüentar à noite o curso de desenho da Escola Paulista de Belas-Artes. Seus temas preferidos foram os retratos, as naturezas-mortas e, sobretudo um documento visual importante da cidade que, nas décadas de 30 e 40, ainda mantinha um aspecto tranqüilo.

Palhoça com meninas de Rebolo Gonzales

Tecnicamente, o artista foi considerado “um mestre do meiotom”, por causa do matizamento do colorido que dava às suas paisagens. Quanto aos temas que pintou, Rebolo deixa evidente o seu interesse pelo homem e sua cidade. Como observa Mário Schenberg, físico e crítico de arte, “a significação dessas obras irá sendo compreendida cada vez melhor, na medida em que for desaparecendo a idéia superficial de que a obra de arte é essencialmente uma estrutura formal, em vez de um instrumento de comunicação de verdades fundamentais para a existência humana.

ALFREDO VOLPI

Feira do Cambuci, óleo sobre cartão, década de 20

Alfredo Volpi nasceu na Itália e veio para o Brasil com pouco mais de 1 ano de idade. Na juventude, em São Paulo, onde residia, teve várias profissões: carpinteiro, encanador e pintor de parede. Ainda muito jovem descobriu a pintura de cavalete e a ela passou a dedicar cada vez mais tempo de sua vida. Na década de 30, entrou em contato com Rebolo e outros artistas do Grupo Santa Helena.

Fachada de Alfredo Volpi

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A trajetória artística de Volpi é diferente da seguida por Rebolo, pois sua pintura desenvolveu-se principalmente em direção ao domínio da cor. Bandeirinhas e Mastros de Alfredo Volpi Seus primeiros quadros – paisagens, interiores e figuras humanas – refletiam um certo naturaismo associado a técnicas impressionistas. Mas a partir de 1950 Volpi deu início às suas obras mais significativas: são as fachadas de casarios, os mastros, as bandeiras e as fitas. No entanto, esses temas não recebem um tratamento

naturalista. Ao contrário, o artista os trabalha esquematicamente, valorizando os efeitos cromáticos. Alem disso, passa a executar seus trabalhos cada vez menos com tinta óleo e mais com a técnica da têmpera.

CLÓVIS GRACIANO Nasceu na cidade de Araras, em São Paulo. Na década de 30, estudou pintura com Waldemar da Costa, pintor que se tornou mais conhecido como mestre de pintores famosos. Ao contrário dos outros artistas que demonstravam interesse especial pela paisagem, Graciano privilegia a figura humana. Procura também expressar o movimento, que segundo os críticos, é uma das características básicas de sua obra.

Além de pinturas em tela e de ilustrações para livros, Clóvis Graciano realizou um grande número de murais para a cidade de São Paulo. Dentre os mais importantes destacam-se o que se encontra na avenida Rubem Berta e o da sede do Diário Popular. Alguns estudiosos da arte identificam nesse tipo de pintura influencias dos muralistas mexicanos. E aí se encontra outra tendência do artista: sua preocupação social.

HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO PAULISTA DE CLÓVIS GRACIANO

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O GRUPO DOS 19

Em São Paulo, no ano de 1947, alguns artistas jovens, que se tornaram conhecidos como Grupo dos 19, realizaram uma exposição coletiva que foi o ponto de partida de um novo desenvolvimento da arte brasileira. Formavam esse grupo:

Aldemir Martins Antônio Augusto Marx Cláudio Abramo Lothar Charoux Enrico Camerini Eva Lieblich Flávio-Shiró Huguette Israel Jorge Mori Lena (Maria Helena Milliet F. Rodrigues) Luís Andreatini Marcelo Grasmann Maria Leontina Mário Gruber Otávio Araújo Odetto Guersoni Raul Mulher Pereira da Costa Luis Sacilotto Wanda Godói Moreira

Esses artistas, que em 1947 já

apresentavam acentuadas diferenças entre si, evoluíram em direções diversas. Alguns, como o jornalista Cláudio Abramo, deixaram o trabalho artístico. Outros, no entanto, continuaram suas atividades, tornando-se famosos, como é o caso de Aldemir Martins.

ALDEMIR MARTINS

Natural do Ceará, com aproximadamente 20 anos Aldemir já tentava renovar as artes plásticas de sua terra. Depois de uma breve passagem pelo Rio de Janeiro, transferiu-se definitivamente para São Paulo, em 1946.

Na década de 50 já apareceram em suas obras os motivos regionais – cangaceiros, frutas e animais – que, associados a suas cores e traços tão pessoais, marcaram de modo inconfundível seu trabalho.

Ao longo de todos esses anos de atividade artística, Aldemir Martins tem recebido muitos prêmios, entre os quais o de desenho da XXVIII Bienal de Veneza (1956) e o de melhor desenhista nacional na IV Bienal de São Paulo. Certamente Aldemir Martins é um dos artistas plásticos mais conhecidos do Brasil. Seus desenhos com motivos regionais são amplamente aceitos pelas mais diversas camadas da população, seja por seu traço decorativo, seja porque as pessoas identificam neles aspectos muito vivos da realidade brasileira. Essa popularidade do

Gato, 1976, acrílico sobre tela de Aldemir Martins.

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artista aumentou ainda mais quando, há alguns anos, seus desenhos foram utilizados pela industria para decorar aparelhos de jantar produzidos e consumidos em larga escala.

Paisagem, 1984 de Aldemir Martins

Cangaceiro, 1970, de Aldemir Martins

ARTISTAS PRIMITIVOS DO BRASIL

No Brasil, a arte dos chamados “artistas primitivos” passou a ser valorizada após o Movimento Modernista, que apresentou, entre as suas tendências, o gosto por tudo o que era genuinamente nacional. E um artista primitivo é alguém que seleciona elementos da tradição popular de uma sociedade e os combina plasticamente, guiando-se por uma clara intenção poética. Geralmente esse artista é autodidata e criador dos recursos e técnicas com que trabalha. Entre os primitivos brasileiros mais importantes estão Cardosinho (1861-1947), o primeiro a ver seu talento reconhecido como valor estético, Heitor dos Prazeres (1898-1966), Djanira (1914-1979) e Mestre Vitalino (1909-1063), o mestre das cerâmicas.

HEITOR DOS PRAZERES Heitor dos Prazeres é um artista que revela minúcias e detalhes da realidade que retrata. A figura humana é o centro de seus trabalhos e, nela,

dois detalhes chamam a atenção do observador: o rosto quase de perfil e a forte sugestão de movimento, resultante do fato de as figuras estarem quase sempre na ponta dos pés, como se dançassem ou simplesmente andassem. Sua arte deixa de lado os preconceitos e os fatos tristes da realidade social. Ao contrário, procura mostrar um mundo fraterno em que diferentes pessoas participam de uma mesma atividade, como de uma serenata ou uma dança.

Praça XV, 1965 de Heitor dos Prazeres

DJANIRA Já a arte de Djanira é dividida pelos críticos em dois períodos. O primeiro período, da década de 40, apresenta principalmente temas da vida carioca. As figuras sempre sugerem movimento e são contornadas por forte traço escuro. Dessa fase são, por exemplo, as obras Crianças e Figuras na Rua. O segundo período, da década de 50, apresenta sobretudo as atividades rurais das mais diferentes regiões do Brasil. Nessa fase, suas cores são mais claras, mas os limites entre essas cores são bem nítidas.

Procissão – Folia do Divino, 1960, de Djanira

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MESTRE VITALINO Entre os artistas primitivos dedicados à escultura, o mais famoso é Mestre Vitalino, criador de figurinhas de barro que representam pessoas e fatos da região sertaneja de Pernambuco. Entre os personagens de Vitalino estão os vaqueiros, os retirantes, os cangaceiros, que, isolados ou compondo uma cena, nos comunicam o modo de ser da gente rústica do sertão. Até 1953, as figuras de Vitalino geralmente eram representadas em grupos e pintadas. Mas a partir dessa data, o artista passou a criá-las isoladamente e deixou de pintá-las conservando-as com a cor própria do barro. As relações de seu trabalho com o dos ceramistas populares do Nordeste são evidentes. Mas sua cerâmica surpreende o observador pela harmonia graciosa e pela perspicácia com que o artista sabe imprimir com poucos detalhes, na fisionomia simples de suas figurinhas, sentimentos humanos bem conhecidos do homem das pequenas cidades e povoados nordestinos.

A MODERNA ARQUITETURA BRASILEIRA

Sem dúvida nenhuma, a Semana de Arte Moderna iniciou um processo de ruptura com as expressões artísticas do passado. No entanto, isso não é válido para a arquitetura. O trabalho de um literato ou de um pintor, por exemplo, é mais simples de ser realizado. Um pintor pode pintar o que quiser e se não conseguir vender seus quadros numa exposição, simplesmente os leva de volta para casa. Já com o arquiteto é diferente, pois sua arte não depende apenas dele. Depende, antes de tudo, do cliente que encomenda, aceita e executa seu projeto. Assim, não é simples determinar quando surge a moderna arquitetura brasileira. Uma arquitetura será realmente nova quando houver a conjugação de uma série de fatores, entre os quais podemos apontar as escolas de arquitetura destinadas a formar novos profissionais, a descoberta de novas técnicas construtivas – sejam elas recursos humanos ou materiais –, o atendimento das necessidades cultuais, o clima com suas implicações, as condições físicas e topográficas, as condições financeiras do empreendedor e até mesmo a legislação que regulamenta as construções. Talvez a primeira obra da moderna arquitetura brasileira seja uma estação da Estrada de Ferra Sorocabana, em Mairinque, cidade do interior do Estado de São Paulo. Ela foi projetada por Victor Dubugras (1868-1933), um francês que passou a infância e juventude em Buenos Aires e que veio para São Paulo em 1891.

Estação da Estrada de Ferro de Mairinque

projeto de Victor Dubugras O projeto da Estação da Estrada de Ferro de mairinque – construída em 1907 – rompe o comprometimento desse arquiteto com o Art Nouveau e o neocolonialismo. Nessa obra, pela primeira vez, ele usa o concreto armado, extraindo dele todas as suas potencialidades plásticas, seja nas nervuras do teto, seja nas marquises ou nos vãos.

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A arquitetura do século XX é marcada, principalmente, pelo trabalho de arquitetos que desenvolveram uma obra peculiar, não somente pela utilização de novos materiais (concreto armado, estrutura metálica, vidro), mas também pela funcionalidade e a rejeição aos excessos arquitetônicos cometidos pelo ecletismo e historicismo do século XX, quando desenvolveram uma arquitetura limpa e integrada à natureza. Uma arquitetura será realmente nova quando houver a conjugação de uma série de fatores, entre os quais podemos apontar: as escolas de arquitetura destinadas a formar novos profissionais, a descoberta de novas técnicas construtivas – sejam elas recursos humanos ou materiais – o atendimento das necessidades culturais, o clima com suas implicações, as condições físicas e topográficas, as condições financeiras do empreendedor e até mesmo a legislação que regulamenta as construções.

A INFLUENCIA DE LE CORBUSIER Em 1935, quando Gustavo Caoanema era ministro da Educação e Saúde, formou-se uma equipe de jovens arquitetos – Lúcio Costa, Jorge Moreira, Carlos Leão, Afonso Eduardo Reidy Oscar Niemeyer, Ernani Vasconcelos – para projetar um novo edifício destinado ao então Ministério da Educação e Saúde. Em 1936, Lúcio Costa, chefe da equipe, convidou Le Corbusier, famoso arquiteto francês, para dar um parecer sobre o projeto dos arquitetos brasileiros. Além disso, a presença de Le Corbusier no país foi aproveitada para a realização de uma série de conferencias sobre arquitetura moderna. Esse fato marcou o surgimento de uma nova tendência na arquitetura brasileira. Durante a construção do edifício do Ministério, muitos artistas aliaram-se ao trabalho da equipe: Roberto Burle Marx, paisagista que começava a atuação, planejou os jardins Cândido Portinari realizou os grandes painéis com as diferentes atividades do país e Bruno Giogi, escultor paulista que mais tarde se tornava famoso por suas esculturas em Brasília.

NIEMEYER E SUA REVOLUCIONÁRIA ARQUITETURA

Na década de 40, outra construção marcou época na arquitetura brasileira: o conjunto arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte,

projetado por Oscar Niemeyer.

Apesar de a consagração de Niemeyer – hoje conhecido internacionalmente – ter se dado com o Pavilhão Brasileiro da Feira Mundial de Nova York, em 1039-40, foi na Pampulha que ele mostrou toda a sua capacidade criadora. Desse conjunto destaca-se a Igreja de São Francisco, considerada uma ruptura radical com tudo o que já fora feito no passado em arquitetura religiosa. Ai, pela primeira vez o concreto armado foi usado para criar formas sinuosas e romperam com a tradicional construção de paredes retas. É a primeira igreja brasileira em que o espaço não apresenta mais a planta comportada e simétrica dos antigos templos, com suas naves, abóbadas e capelas projetadas de acordo com rígidas convenções.

Catedral de Brasília, 1959 um dos símbolos da

capital do Brasília

Museu de Arte Contemporânea

em Niteroi, Rio de Janeiro

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Projetado por Oscar Niemeyer, o memorial é um espaço que se propõe a abrigar e estudar temas

latino-americano

BRASÍLIA – PATRIMÔNIO DA HUMANIDADE

Entre os anos de 1956 e 1961, foi construído um novo centro urbano – Brasília. A cidade como um todo foi planejada por Lúcio Costa e o projeto dos edifícios mais importantes coube a Oscar Niemeyer. A cidade como um todo foi planejada por Lúcio Costa e o projeto dos edifícios mais importantes coube a Oscar Niemeyer. É de Lúcio Costa o famoso plano da cidade concebida como a figura de um avião, em que um grande eixo central divide um eixo transversal em duas metades, uma ao norte e outra ao sul, como se fossem as asas de uma aeronave.

Plano Piloto de Brasília projeto de Lúcio Costa

Construção

de Brasília

Ponte JK ou 3ª Ponte

Palácio da Justiça

Interior da Igreja Dom Bosco

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Congresso Nacional

Palácio da Alvorada

Torre de TV

Niemeyer, por sua vez projetou o Palcio dos Arcos, sede do Ministério das Relações Exteriores, a catedral de Brasília, o Teatro Nacional, o Palácio da Alvorada – residência do presidente da República – e os edifícios que formam o conjunto da Praça dos Três Poderes: o Palácio do Planalto, o Palácio da Justiça e o Congresso nacional. Todos esses prédios encantam o observador pela leveza das linhas, pela largueza dos espaços que criam, tão incomum nas nossas grandes e antigas metrópoles. As construções abrem-se horizontalmente, integrando-se à paisagem plana do cerrado, de tal forma que os edifícios apresentam-se como “verdadeiras esculturas semipousadas no solo. Já o uso abundante de vidros nos prédios realiza um dos ideais da arquitetura moderna, que é a integração entre os espaços externos e internos.

A ARQUITETURA BRASILEIRA NOS DIAS DE HOJE

Atualmente espalhada por todo o Brasil, encontram-se obras de diversos arquitetos que documentam em cimento e vidro a moderna arquitetura do país. No Rio de Janeiro, o Museu de Arte Moderna, projetado por Afonso Eduardo Reidy; em São Paulo, o prédio do Museu de Arte de São Paulo de Lima Bo Bardi, e o prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, concebido por Vilanova Artigas; na Paraíba, o Hotel Tambaú, de Sergio Bernardes; no Piauí, o Fórum de Teresina, projeto de Acácio Gil Borsoy, são exemplos das belas e arrojadas formas que os artistas puderam criar quando descobriram as muitas possibilidades oferecidas pelos materiais de construção contemporâneos. Enfim, a arquitetura brasileira encontra-se bem definida e se impõe como uma das mais criativas da atualidade. É comum observarmos edifícios com soluções originais para o concreto armado, em que podemos sentir a influência de Niemeyer. Embora hoje as obras de Niemeyer já não exerçam sobre os jovens arquitetos a atração dos anos 40 e 50, é impossível não reconhecer a dimensão nacional que ganharam, pois as formas criadas por ele encontram-se incorporadas e consumidas pelo povo. “Pelo Brasil afora, por exemplo, milhares e milhares de caminhões percorrem as estradas ostentando em sua decoração ingênua as mais variadas estilizações da coluna do Palácio da Alvorada, coluna que também surge aqui e ali na alvenaria de tijolos de construções populares de todo o país. Pode-se argumentar que essa homenagem anônima seja feita a Brasília e não ao arquiteto. Não importa, porque o que vale é a identificação da coluna-escultura com a cidade e, portanto, seu autor, de qualquer jeito, está lembrado porque foi quem deu forma a uma capital esboçada no papel por Lúcio Costa. A observação desse fato nos leva a aquilatar a importância de Brasília como fator de integração nacional e vemos que, pela primeira vez em nossa história, a arquitetura dela participa.”

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DESENHISTA INDUSTRIAL O desenhista industrial, também conhecido como “designer” é o elemento que estuda e projeta a forma de objetos a serem industrializados, isto é, destinados à fabricação em série.

Ao criar as novas formas de um automóvel, as novas formas de um móvel, novas cores de uma estamparia de tecidos, novas embalagens, etc., o “designer” parte de dados que vão desde a propriedade do produto, até o

material, a caracterização visual, o tipo de mercado, o consumidor a ser atingido e o custo. Todas estas informações (colhidas antecipadamente), vão servir como base no processo de criação das novas formas industriais. A necessidade do desenho industrial surgiu em conseqüência da “Revolução Industrial” a partir do século XVIII, quando os produtos até então feitos à mão, passaram a ser fabricados por máquinas, em série. No inicio, a transformação processou-se na industria têxtil inglesa, como conseqüência de diversas invenções de máquinas. O problema da funcionalidade e estética do produto industrial despertou o interesse dos fabricantes, acabando por nascer mais uma profissão: “industrial designer” (ou seja desenhista industrial). A partir daí, todos os industriais preocuparam-se com as formas mais práticas (funcionais) e vistosas de seus produtos, atendendo às solicitações do mercado. Por outro lado, a concorrência também contribuiu para isso.

O programador visual, uma das atividades do desenhista industrial, é o elemento que projeta e estuda uma composição visual em função da sua finalidade. Sua responsabilidade não se restringe tão somente aos problemas de estética e funcionalidade. É muito mais ampla. Com as vistas voltadas na meta primordial, que é com a massa, o programador faz uma série de estudos e pesquisas. No caso de um anuncio comercial, por exemplo, após definir o mercado a ser atingido e os consumidores potenciais de um

produto ou serviço, escolhe-se o veículo mais adequado para a transmissão da mensagem e, em seguida, prepara-se o anuncio em função desse veículo. Ao elaborar o seu trabalho, o programador, no caso de um anuncio impresso, tem Pa sua disposição: títulos (segundo estatísticas americanas, um bom título é responsável por 25% do efeito total); ilustrações, “solgans”, legendas, as cores, o etilo dos tipos gráficos a serem utilizados, a proporção entre texto e espaço em branco, assim como as marcas registradas do anunciante; símbolos (com formas estilizadas), ou logotipos (que é o desenho ou sinal que caracteriza a empresa). Enfim, ele conta com uma variedade de elementos visuais, os quais são manipulados de tal forma a compor uma mensagem. De certo modo, o programador visual tem semelhança com um redator (ou escritor) que, ao elaborar uma matéria, dispõe de palavras dentro de determinada ordem, buscando no seu contexto, a expressão dos seus pensamentos. Suponhamos que as palavras do texto fossem propositalmente invertidas ou substituídas por outras fortuitas (alheias à frase). É fácil prever o que aconteceria, não é? A mensagem romperia o seu sentido. Da mesma forma, o programador visual, usa elementos visuais (legendas, ilustrações, logotipos, “slogans”, etc.), que são manipulados ou ainda, inseridos dentro de uma determinada ordem, a fim de que, no seu resultado final, transforme-se numa mensagem visual, inteligível. Praticamente, tudo o que os olhos vêem comunicam alguma coisa. Por exemplo: um sorriso, um lenço acenando, uma cruz na beira da estrada, um sinal vermelho, etc. Trata-se de imagens simbólicas que comunicam um significado dentro de um contexto. Desta forma, a liberdade, por exemplo, pode ser simbolizada por um pássaro voando ou por algemas partidas. Assim como a cruz pode simbolizar a religião cristã, etc. Ao comunicar-se com o público, o programador sintetiza sua mensagem fazendo uso de símbolos que se constituem num dos grandes recursos da arte gráfica. Porém, não termina aí a tarefa do programador visual. Sua incumbência não é apenas a de informar, mas também, como informar, isto é, determinar o veiculo bem como sua textura, forma, estrutura etc., o qual podemos chamar de suporte. Para cada tipo de mensagem, a programação deverá considerar o conjunto desses elementos (cor, forma, estrutura, distribuição do espaço, etc). que varia segundo o que se quer comunicar, a quem e em que condições. Por exemplo: um cartaz de rua – “outdoor” – da cidade de São Paulo deve ser diferente de um cartaz de rua (out-door) de uma pacata cidade do interior. Em São Paulo, ele será “lido”, na maioria das vezes à distância de dentro de

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um ônibus ou automóvel, o que exige elementos com características bem nítidas e sintéticas (resumidas). Na cidade interiorana, ao contrario, o observador médio estar transitando pela rua e provavelmente passará bem próximo do cartaz, podendo até parar para examiná-la mais atentamente.

Em relação ao grande público, o qual recebe as mensagens (receptor), o programador visual, terá que concentrar sua atenção para todos estes elementos: tempo disponível, distância, visibilidade, intelegentibilidade, etc. Podemos até mesmo afirmar que o anuncio publicitários dependerá destes fatores para atingir seu objetivo. Entre outros, o programador visual, tem as seguintes atribuições: elaboração de anúncios publicitários – “out-door” (cartaz de rua), revistas; capas de discos; estampas de tecidos e papeis de presentes; flâmulas; personagens de história em quadrinhos, etc. Não devemos, entretanto, confundir programador visual com “ilustrador”. Este último tem suas funções limitadas, compreendendo os desenhos ou qualquer representação gráfica que venha explicar ou ornamentar determinados textos de livros, revistas, etc. Na elaboração de um jornal, por exemplo, o ilustrador é o elemento incumbido de toda a representação gráfica com finalidade de esclarecer, complementar e ornamentar o texto escrito. Porém, cabe ao programador visual a tarefa de “diagramar” – isto é, reproduzir esquematicamente o jornal indicando o lugar exato reservado ao texto e às ilustrações.

EXERCÍCIOS 01. Tivemos vários escultores brasileiros, mais foi

principalmente a de _____________ que a escultura ganhou aspectos mais modernos. Estamos falando de que escultor?

a) Tarsila do Amaral b) Vitor Brecheret c) Candido Portinari d) Vicente do Rego e) Di Cavalcanti

02. Artista autor de Pietá: a) Tarsila do Amaral b) Vitor Brecheret c) Candido Portinari d) Vicente do Rego e) Di Cavalcanti 03. Este artista expôs na Semana da Arte Moderna,

mais colaborou decisivamente para o desenvolvimento da arte moderna brasileira, pois produziu uma obra indicadora de novos rumos, que é:

a) Tarsila do Amaral b) Vitor Brecheret c) Candido Portinari d) Vicente do Rego e) Di Cavalcanti 04. Ele criticou os movimentos artísticos com a

seguinte afirmativa: “todas as artes são regidas por princípios imutáveis, leis fundamentais que não dependem do tempo nem da latitude.” Quem foi?

a) Mário de Andrade b) Oswald de Andrade c) Monteiro Lobato d) Anita Malfatti e) Menotti del Picchia 05. Antes da explosão do Movimento Modernista de

1922 o Brasil teve seu primeiro contato com a arte mais inovadora através deste artista:

a) Lasar Segall b) Anita Malfatti c) Vicente do Rego d) Oswaldo de Andrade e) Brecheret 06. Seu trabalho tem como características corpos

humanos sugerindo volume e pés enormes: a) Di Cavalcanti b) Candido Portinari c) Brecheret d) Pancetti e) Anita Malfatti 07. Autor de “Os Guerreiros” situados na Praça dos

Três Poderes em Brasília: a) Heitor dos Prazeres b) Pancetti c) Vicente do Rego d) Bruno Giorgi e) Cícero Dias 08. Criador de figurinhas de barro que representam

pessoas e fatos da região sertaneja de Pernambuco:

a) Heitor dos Prazeres b) Mestre Vitalino c) Cícero Dias d) Djanira e) Aldemir Martins

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09. Aponte pelo menos três arquiteturas feitas por Oscar Niemeyer.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 10. O projeto de Brasília é de quem? e como era

esse projeto? __________________________________________________________________________________

11. Qual foi a primeira obra da moderna arquitetura brasileira?

__________________________________________________________________________________ 12. Qual foi a primeira igreja brasileira considerada

uma ruptura radical com tudo o que já foi feito e qual o seu autor?

_________________________________________________________________________________

01. Uma das atividades do desenhista industrial. 02. São fundamentais na fixação da imagem. 03. Desperta a leitura do observador. 04. É o desenho ou sinal que caracteriza uma empresa. 05. É a pessoa que dispõe as palavras dentro de uma determinada ordem. 06. Um dos elementos visuais usados pelo programador. 07. Mercado a ser atingido pelo anúncio elaborado. 08. Representação ou forma do símbolo. 09. Elemento visual que ajuda na identificação do produto. 10. Escola de artes e ofícios. 11. Forma sintética de mensagem. 12. Um dos professores (artista moderno) da Bauhaus. 13. Cidade para onde foi transferida Bauhaus, no ano de 1932. 14. Arquiteto Alemão fundador da Bauhaus. 15. Um dos estilos artísticos que preconiza a síntese das três artes na Bauhaus. 16. Uma das formas de arte aplicada pela Bauhaus. 17. A produção dos elementos na Bauhaus era feita em série e se universalizavam pelas

necessidades na idade ___________________________.

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EXERCÍCIOS DE REVISÃO 01. As grandes conturbações do século são

refletidas nitidamente nas produções artísticas e, sobretudo no período que se rege o Movimento Modernista. Estas conturbações causam reações diferenciadas em artistas diferentes, o que leva artistas brasileiros a se oporem ao Modernismo. Quem se destaca nesta oposição através da Literatura Brasileira:

a) Mário Quintana b) Mário de Andrade c) Oswaldo de Andrade d) Monteiro Lobato e) Jorge Amado 02. “...outros infiram o que quiserem pouco me

importa”. O fim do prefácio de Paulicéia Desvairada rebatendo críticas ao Modernismo pertence a que autor brasileiro:

a) Monteiro Lobato b) Mário de Andrade c) Dias Gomes d) Oswaldo de Andrade e) Jorge Amado 03. As primeiras manifestações críticas por parte

dos acadêmicos referem-se as obras de que artistas:

a) Lasar Segall b) Anita Malfatti c) Tarsila do Amaral d) Vicente de R. Monteiro e) Cícero Dias 04. O Jornal de Brasília de 24 de abril de 2000, traz

no Caderno Educação, a seguinte manchete: “Fascínio do Abaporu”

“Crianças de 10 anos, redescobrem, o Brasil através das obras Tarsila do Amaral, como o Abaporu, uma das mais importantes artistas da Semana de Arte Moderna de 22”.

Analise as frases abaixo quanto a manchete e marque a alternativa correspondente:

1. A manchete esta coerente segundo ao movimento modernista.

2. A informativa é verdadeira, porém Abaporu pertence a Anita Malfatti.

3. O Jornal esquivou-se, Tarsila do Amaral não é modernista.

4. O jornal enlouqueceu, Tarsila do Amaral nunca expôs na Semana de 22.

5. O equivoco está no tema das obras, Tarsila não criou com temas nacionais.

a) As alternativas corretas são 1, 2 e 4 b) As alternativas corretas são 3 e 5 c) Apenas as alternativas 1, 2,3 e 5 estão erradas. d) As alternativas erradas são 3 e 5 e) As alternativas erradas são 3.

05. “Em 1924, após a Semana de Arte Moderna, retorna ao Brasil e cria obras com temas brasileiros, seus personagens são prostitutas e marinheiros e suas paisagens favelas e bananais”. O texto acima refere-se a que artista?

a) Vicente do Rego Monteiro b) Tarsila do Amaral c) Anita Malfatti d) Lasar Segall e) Candido Portinari 06. “As obras desse pintor ficaram conhecidas pela

presença da mulher mulata – uma espécie de símbolo de Brasilidade”. A que pintor o texto se refere?

a) Di Cavalcanti b) Anita Malfatti c) Lasar Segal d) Tarsila do Amaral e) Vicente do Rego Monteiro 07. A utilização preferencial das cores azul e rosa e

a estilização geométrica das frutas e flores são características de que movimento e que autor respectivamente:

a) Pau-Brasil ⎯ Anita Malfatti b) Movimento Antropofágico ⎯ Anita Malfatti c) Movimento Antropofágico ⎯ Tarsila do Amaral d) Pau-Brasil ⎯ Tarsila do Amaral e) Expressionismo ⎯ Lasar Segall 08. Na Semana de Arte Moderna um dos artistas

brasileiro que se destaca na temática cubista é: a) Lasar Segall b) Di Cavalcanti c) Candido Portinari d) Anita Malfatti e) Vicente do Rego Monteiro 09. A evolução dos novos tempos refletida nas artes

chega ao Brasil pela primeira vez através da exposição de que artista:

a) Tarsila do Amaral – expressionismo b) Lasar Segal – expressionismo c) Mário de Andrade futurismo d) Di Cavalcanti – Cubismo e) Tarsila do Amaral Pau-Brasil 10. “O manifesto antropofágico foi inspirado na fase

antropofágico de Tarsila do Amaral”. Marque a alternativa CORRETA quanto ao antropofagismo:

a) O manifesto antropofágico criado por Oswald de Andrade defende uma evolução das artes porém enraizada na cultura nacional.

b) A fonte de inspiração foi a obra Bananal de Tarsila do Amaral

c) Mário de Andrade é o idealizador do manifesto antropofágico em sua Paulicéia Desvairada

d) Oswald de Andrade defende uma total entrega dos traços culturais do país à esta estética, abandonando a criação nacional.

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11. Na “Ficção da Dualidade”, podemos dizer que um corpo mente é orgânico quando o corpo responde as exigências feitas pela mente, isto é. Assinale a alternativa INCORRETA:

a) ...reagindo a todas as exigências proposta pela mente, e apenas para esses comandos, o corpo adapta a elas, procura satisfaze-las

b) ...o corpo não responde aos impulsos propostos pela mente.

c) ...o corpo responde somente as exigências propostas pela mente.

d) ...o corpo responde a todas as exigências propostas pela mente.

12. Quais destes fatores foram imprescindíveis para

o surgimento de uma nova arte operaria no Brasil?

a) A imigração de europeus para o Brasil e a chegada de novo conceitos artísticos de escritores com Oswaldo de Andrade.

b) O auge da produção cafeeira e a proclamação da república.

c) A escravatura e o auge da arte nacionalista burguesa.

d) A imigração de europeus para o Brasil e a arte barroca.

e) A Fundação de Brasília e as obras de Oscar Niemeyer

13. Com que herói-personagem João Grilo, do filme

O AUTO DA COMPADECIDA, pode ser comparado:

a) Boitatá b) Saci Pererê c) Macunaíma d) Super-Homem e) Chico 14. Qual característica modernista das citadas

abaixo possui o filme O AUTO DA COMPADECIDA?

a) A noção inovadora sobre beleza. b) A apologia do ufanismo. c) A opinião de senso comum sobre o que é belo. d) A ausência de problemas sociais no contexto da

obra. 15. Durante a última parte de sua vida Stanislavski

se isolou do teatro e começou uma experiência aparentemente sem sentido com um grupo de atores. Sua finalidade era:

a) Experimentar fisicamente os atores. b) Provar uma tese contraria as suas primeiras. c) Experimentar emocionalmente os atores. d) Explorar as leis naturais do teatro o mais

profundamente possível.

16. ...suas cartas escritas para seu irmão relatando o experimento de suas obras entre as obras de maior valor do mundo literário. Marque a alternativa correspondente ao artista referente a citação.

a) Pierre Auguste Renoir b) Edouard Manet c) Vincent Van Gogh d) Claud Monet 17. A partir da década de 50, a arte brasileira toma

nova direção, seguindo outros estilos. Dentre estes estilos podemos marcar com convicção a alternativa:

a) escultura clássica b) a pintura impressionista c) as instações d) as gravuras e) os painéis 18. O “realismo mágico”, usado para designar um

movimento estético, na Alemanha, da década de 20. Este estilo é também explorado no Brasil. Segundo este movimento e este estilo analise os itens e marque a alternativa CORRETA:

I – A obra é resultado de uma reconstrução lógica da realidade que se une a um elemento incomum.

II – Wesley Duke Lee, é um dos maiores representantes deste movimento.

III – O movimento no asnos 60, ganha com a incorporação de objetos para a obtenção da tridimensionalidade.

a) Todas as alternativas estão corretas. b) apenas a alternativa I esta falsa c) todas as alternativas são falsas. d) apenas a alternativa II esta correta e) apenas a alternativa III esta correta 19. “Os edifícios, geralmente aparecem enormes e

vazios, assumindo um aspecto inquietante com um silencio perturbador”. O texto se refere a que movimento:

a) gravura b) arte moderna c) metafísica d) op-art e) por-art 20. O conceito “Paranóia crítica” de que “é preciso

contribuir para o total descrédito da realidade” pertence a que artista:

a) Giorgio de Chirico b) Marinetti c) Salvador Dali d) Picasso e) Candido Portinari

Deus pode usar a minha mão para levantar alguém que caiu.

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21. O Manifesto de Martinelli, em 1909, é a base para a pintura estética conhecida como futurismo. Analise os itens e marque a alternativa CORRETA.

I O futurismo questiona os demais movimentos por ignorar os aspectos evidentes daqueles novos tempos.

II Para o futurismo, não interessava a representação de um corpo em movimento.

III A procura do artista futurista está na expressão do próprio movimento.

a) todas as alternativas estão corretas. b) apenas a alternativa I está falsa c) todas as alternativas são falsas. d) apenas a alternativa II esta correta e) apenas a alternativa III esta correta. 22. Na tentativa de incorporar à obra objetos para

uma arte tridimencionalizada, no Brasil o destaque se dá ao artista que dá a pintura o movimento. À que artista se refere o texto:

a) Giogi de Chirico b) Wesley Duke Lee c) Carlos Scilar d) Marcelo Grassmann e) Marinetti 23. “As obras criadas nada devem à razão, a moral

ou a própria estética. A obra não é resultado de manifestações lógicas e racionais”. A definição é referente a que estilo pós moderno:

a) Futurismo b) Abstracionismo c) Expressionismo d) Dadaísmo e) Surrealismo 24. Na década de 50 a gravura no Brasil tem um

grande êxito com a fundação do clube da gravura. Analise os itens e marque a alternativa CORRETA:

I O clube propunha uma arte comprometida como realismo social.

II A obra deveria fazer o povo refletir sua própria condição.

III Os temas geravam em torno do trabalho do homem do campo do sul do país.

a) apenas a alternativa II está correta b) todas as alternativas estão corretas c) apenas a alternativa III esta correta d) apenas a alternativa I esta falsa e) todas estão falsas. 25. Ainda sobre o clube da gravura, marque a

alternativa correspondente ao fundador do clube:

a) Marcelo Grassamann b) Marinetti c) Salvador Dali d) Duke Lee e) Carlos Sciliar

26. Em um trabalho realizado a partir de um fotografia, Andy Warhol reproduz, em seqüência, imagens de Marilyn Monroe que apesar das variações de cor, permanecem invariáveis, um grande exemplo do Pop-art. Quanto aos itens abaixo, analise-os e marque a alternativa correspondente.

I O artista quer mostrar com isto, que assim como os objetos os astros também são manipulados pela grande mídia.

II A fonte de inspiração era também o dia-a-dia das grandes cidades.

III A proposta mais contundente era a de romper qualquer barreira entre a arte e a vida comum.

a) todas as alternativas estão corretas. b) apenas a alternativa I está falsa c) todas as alternativas são falsas. d) apenas a alternativa II esta correta e) apenas a alternativa III esta correta. 27. A partir da década de 50, a arte brasileira toma

nova direção, seguindo outros estilos. Dentre estes estilos podemos marcar com convicção a alternativa:

a) escultura clássica b) Dadaísmo c) a pintura impressionista d) as instalações e) as gravuras 28. (UnB-PAS-1999) Marque C para certo e E para

errado: Texto I

No século XIX, os temas e os preceitos das academias européias foram abandonadas por várias causas. Entre essas pode-se citar: a valorização da visão individual e emocional que o artista tem das coisas do mundo e as relações comerciais entre os países europeus e suas colônias na Ásia e na África. Muitos artistas viajaram para as colônias e outros colecionaram objetos exóticos e de arte popular que eram vencidos na Europa e que serviram de modelo para suas obras, o que lhes permitiu incorporar visões de mundo diferentes.

A arte moderna do século XX é produto do sentimento de insatisfação de três artistas com os caminhos da arte européia no final do século XIX e início desse século: Vincent Van Gogh (1853-1890), Paul Gauguim (184801903) e Paul Cézanne (1839-1906). Na opinião do historiador Ernest H. Gombrich (A História da Arte), as várias soluções que esses pintores tinham buscado tornaram-se os ideais de três movimentos fundamentais para a arte moderna: “A solução de Cézanne levou, em última instancia, ao cubismo, que se originou na França; a de Van Gogh, ao expressionismo, que encontrou sua principal resposta na Alemanha; e a de Gauguim culminou nas várias formas de primitivismo.”

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Henri Matisse (1869-1954) foi o pintor do

grupo dos Fauves (Feras) que, influenciado por Gauguin e Van Gogh, utilizou um esquema de cores puras e intensas. Havia estudado os esquemas de cores dos tapetes orientais e das paisagens do norte da África, onde esteve diversas vezes ao longo de sua vida. Seu estilo tem sido de grande influencia sobre o design moderno. Com o auxilio dessas informações e do texto I, julgue os itens seguintes, a respeito da obra de Matisse reproduzido acima.

1. ( ) Os motivos decorativos na pintura da

parede e da toalha da mesa revelam o orientalismo e as influências da Arte Nova (Art Nouveau).

2. ( ) O uso de cores planas e puras é a característica pontilhista da pintura.

3. ( ) As formas são modeladas para parecerem mais selvagens.

4. ( ) As linhas diagonais à direita do tampo da mesa e do assento da cadeira convergem para um ponto de fuga que está dentro do retângulo da tela.

29. (Cespe – PAS – 1999) Texto II

Em 29 de janeiro de 1922, o Correio

Paulistano anunciava a Semana de Arte Moderna que apresentaria ao público “a perfeita demonstração do que há em nosso meio em escultura, pintura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente anual”.

Os modernistas que ocuparam o Teatro Municipal de São Paulo nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro estavam unidos por “um ideal de renovação destrutiva” que era internacional. Esses artistas buscavam a renovação em suas viagens à Europa, nas quais entravam em contato direto com as escolas e os artistas de vanguarda. Por essa

razão, embora tivessem suas obras expostas na Semana, Vicente do Rego Monteiro (1899-1970) e Vitor Brecheret (1894-1955) não estavam no Brasil naquela ocasião. Suas obras, entretanto, despertaram comentários sobre a posição de liderança das artes plásticas na Semana. Nas palavras de Manuel Bandeira: “O impulso inicial do movimento modernista veio das artes plásticas.”

Vicente do Rego Monteiro foi um dos

primeiros artistas a trazer para a sua pintura motivos brasileiros. Estudou e desenhou objetos da arqueologia amazônica no Museu Nacional do Rio de Janeiro (1920) e no Museu do Homem de Paris. As urnas funerárias com figuras sobre tartaruga de Maracá (Amapá), desenhadas no museu parisiense, semelhantes às do Museu Nacional, são a fonte direta para a tela O menino e a Tartaruga (1924), como pode ser observado nas reproduções abaixo.

A partir do texto II e comparando as imagens acima, julgue os itens que se seguem. 1. ( ) No processo de síntese da forma pelo

desenho, o artista homogeniza os traços da imagem.

2. ( ) Na simplificação das formas, nota-se a influencia da arte africana.

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3. ( ) Como os artistas plásticos de sua época, os poetas modernistas buscavam as formas mais simples.

30. UnB – PAS – 1998) Os aspectos mais essenciais das relações do usuário com os produtos industriais são as funções dos produtos, as quais se tornam perceptíveis durante o processo de uso e possibilitam a satisfação de necessidades

BerndLobach (com adaptações)

Considerando o texto e as imagens acima, julgue os itens que se seguem. 1. ( ) No processo de projeto de produtos,

compete exclusivamente ao designer otimizar as funções de um produto em correspondência às necessidades dos futuros usuários.

2. ( ) A linha de microcomputadores mostrada nas imagens acima é um exemplo típico da tendência do design contemporâneo, que tem como principal característica a valorização de elementos práticos-funcionais.

3. ( ) As linhas curvas e arredondadas e o uso de cores e de materiais translúcidos e recicláveis são expressão de um design que relaciona o processo de criação da forma às necessidades a aos desejos dos usuários.

4. ( ) Atualmente os produtos de design que incorporam chips e outros elementos microeletrônicos em suas estruturas separam uma forma interior, praticamente vazia, de uma função exterior.

31. (UnB – PAS 1998)

A programação visual divide-se em subáreas que têm como ponto comum o ordenamento de elementos estéticos-formais textuais e não textuais com o objetivo comunicacional expresso.

André Villas-Boas (com adaptações) Em relação às figuras acima e à definição de André Villas-Boas e considerando que o design de pictogramas é uma das subáreas da programação visual, julgue os seguintes itens. 1. ( ) Os pictogramas devem permitir rapidez na

decodificação da informação, como ocorre nas figuras I e II.

2. ( ) As figuras acima mostram que um pictograma não é apenas uma ilustração, ele precisa ser um signo, isto é, necessita cumprir sua função como elemento de comunicação, efetivando a união de um significado e um significante para o observador.

3. ( ) As figuras acima possuem alto grau de síntese gráfica como uma de suas características principais, o que facilita a legibilidade de cada uma delas.

4. ( ) A figura I ilustra que um pictograma é um símbolo universal; isso o dispensa sempre de seguir os critérios de estilo gráfico da sinalização como parte da ambientação local.

32. Monteiro Lobato fez severas críticas a: a) Di Cavalcanti b) Tarsila do Amaral c) Candido Portinari d) Cécero Dias e) Anita Malfatti 33. Artista que ligou-se ou impressionismo e

participou da quinta exposição coletiva desse movimento em 1880:

a) Pablo Picasso b) Paul Gauguin c) Paul Signac d) Monet e) Renoir

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34. (UnB - PAS - 1998)

A pintura Jardins do Tempo, reproduzida ao lado, parece aludir à impressões que Paul Klee obteve em sua viagem à Tunísia, em abril de 1914. O brilho das cores assemelha-se aos vitrais de uma janela em dia ensolarado. A respeito dessa obra, julgue os itens que se seguem. 1. ( ) A composição é assimétrica e fragmentada

em três retângulos verticais. 2. ( ) A alternância de formas e cores confere

ritmo à composição. 3. ( ) A representação das faces laterais de

formas tridimensionais é uma característica do Suprematismo nesta pintura.

4. ( ) A geometrização da paisagem toma-a mais expressionista.

35. (UnB – PAS – (1998) 1 5 10 15

Quando Lasar Segall imigra em 1924, o impacto da cor tropical resulta na mais violenta relação cromática de sua trajetória. É uma dupla relação de estranhamento e aproximação. “Vi-me transportado sob a fulgência de um sol tropical cujos raios iluminavam a gente e as cousas em seus recantos mais remotos e recônditos, emprestando até ao que estava na sombra uma espécie de resplandecência”, descreve Segall essa fase em que “a vista se deixou fascinar pela beleza exótica da natureza submersa num deslumbramento de cores e formas ornamentais”, momento que Mário de Andrade denominou de “quase perdição”.

Paulo Herkenhoff XXIV Bienal de São Paulo. Núcleo Histórico: Antropofagia e história de canibalismos: São Paulo: Fundação

Bienal de São Paulo, 1988 (com adaptações).

Considerando o texto de Paulo Herkenhoff e a obra de Segall reproduzida acima, julgue os itens seguintes. 1. ( ) Os pintores modernistas representavam a

paisagem com a gestualidade dos pintores fovistas, conforme exemplifica a obra acima.

2. ( ) Mário de Andrade fez uso do advérbio na expressão “quase perdição” (l. 16) em vez de denominar aquela fase como momento de perdição, porque, Modernismo, a paisagem brasileira é retratada ainda com o realismo acadêmico.

3. ( ) A paisagem e o homem brasileiros são temas freqüentes na pintura regionalista posterior à Semana de Arte Moderna de 1922.

4. ( ) Nessa pintura de Segall, observa-se a representação do tipicamente brasileiro à época: a figura é o trabalhador mulato e o fundo é uma monocultura.

36. Artista que teve a tendência de converter os

elementos naturais em figuras geométricas – como cilindros, cones e esferas – acentuando-se cada vez mais.

a) Gauguin b) Paul Cézanne c) Monet d) Renoir e) Van Gogh 37. Foi pintor impressionista que ganhou maior

popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica ainda em vida. Seus quadro manifestam otimismo, alegria e intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX:

a) Gauguin b) Paul Cézanne c) Monet d) Renoir e) Van Gogh

Não importa o quão endurecido nosso coração tenha se tornado, o amoroso perdão de Deus pode nos tocar e nos trazer vida nova.

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A Art Nouveau certamente surgiu como uma

resposta às condições da vida contemporânea. Como o seu antecessor, o movimento Arts and Crafs, apresentou uma alternativa aos fracassos estéticos dos objetos manufaturados. Ao final do século XIX, o industrialismo havia se espalhado a todas as esferas da produção, mas seus produtos estavam muito abaixo do padrão estético exigido por artistas e colecionadores. A beleza dos objetos cotidianos feitos à mão tornou-se foco de artistas e artesãos na Inglaterra e na Europa Continental, especialmente entre 1880 e 1885, os quais advogavam a volta às antigas tradições do artesanato praticado na Idade Média. Essa necessidade de preservar a mão artística nos objetos cotidianos explica a existência de tantos artefatos art nouveau esplêndidos em vidro, tapeçaria, joalheria e tipografia – artes “menores” elevadas aos mais altos padrões das Belas Artes.

Arlene Raven, “Introdução”, In: Gilfwrape by Art Nouveau Paris

1895. Nova York: Harry N. Abrams, 1988 (com adaptações) 38. (UnB – PAS – 2000) Com auxilio do texto acima

e das figures I e II, julgue os itens que se seguem.

1. ( ) A repetição do desenho caracteriza o artesanato na Idade Média, técnica que se mostra, por isso, interessante para aplicação na produção industrial.

2. ( ) O uso da linha continua no desenho de estamparia art nouveau, como mostrado na figura I, foi influenciado pela gravura japonesa.

3. ( ) Para facilitar sua repsodução industrial, geralmente, as formas do desenho de papel de parede não possuem excesso de sombreamento.

4. ( ) Na art Nouveau, como ilustrado na figura II, utilizava-se o ferro fundido, pois sua maleabilidade favorecia a reprodução de formas orgânicas da natureza.

39. (UnB – PAS – 2000) Com relação à figuras III e IV, julgue os itens a seguir.

1. ( ) A composição na figura III é simétrica. 2. ( ) O ritmo na composição da figura III é obtido

por variações de tamanho e de cor das formas.

3. ( ) Na figura III, a predominância de cores quentes é equilibrada pela presença de azuis e preto.

4. ( ) Na composição da figura IV, identificam-se dois padrões com variação de localização, cor e direção.

40. (UnB – PAS – 2000) Comparando as figuras I,

III e IV, e considerando as diferenças entre a Art Nouveau e o Futurismo, julgue os itens abaixo.

1. ( ) As transformações sociais e econômicas que geraram a revolução industrial não tiveram conseqüências estéticas na produção artística do inicio do século XX.

2. ( ) Conforme ilustram as figuras I e IV, é possível obter-se uma padronagem global uniforme com a repetição de módulos.

3. ( ) Tanto na Art Nouveau quanto no Futurismo, utiliza-se a geometrização com o objetivo de produzir formas abstratas.

4. ( ) Nas figuras I e III, confundem-se figuras e fundo, não havendo uma nítida distinção entre eles.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste módulo, você encontrou conteúdos, textos e interpretações para apoiá-lo no seu Curso.

Aqui foi lançado um olhar diferenciado para a Educação de Jovens e Adultos, acolhendo seus

conhecimentos, motivações e interesses.

Não pretendemos de forma alguma ditar receitas infalíveis. Nosso desafio é possibilitar todos os

usos possíveis da palavra como elemento de conquista da competência comunicativa de auto-realização e

da cidadania. Mas esse desafio é um caminho a ser trilhado e trabalhado. Portanto, estudem

intensamente, pois o estudo é o ponto central da nossa vida. Todavia, nos professores, advertimos que a

aquisição do conhecimento é instrumento para competirmos no mercado em igualdade de oportunidades.

Agora, vamos ao seu desempenho. Estude os assuntos detalhadamente. Se tiver duvidas, ligue

por telefone (61 – 30378860), ou acesse o nosso site (www.colégiopolivalente.com.br) . O importante é

que você passe para o tema seguinte quando dominar bem o que constava do anterior.

O seu sucesso é o sucesso do CIP,

Afinal, o CIP é você!!!!!

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