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Proibida reprodução deste material em parte ou no todo, propriedade do CIP – Lei n° 9.610 1 APRESENTAÇÃO Acreditamos que, como nós, você lute “por um Brasil melhor” na perspectiva do desenvolvimento da Educação Profissional. Você encontrará um material inovador que orientará o seu trabalho na realização das atividades propostas. Além disso, percebera por meio de recursos diversos como é fascinante o mundo da “Educação Profissional”. Gradativamente, dominará competências e habilidades para que seja um profissional de sucesso. Participe de direito e de fato deste Curso de Educação a Distância, que prioriza as habilidades necessárias para execução de seu plano de estudo: Você precisa ler todo o material de Ensino. Você deve realizar toda as atividades propostas. Você precisa organizar-se para estudar. Abra, leia, aproveite e acredite que “as chaves estão sendo entregues, logo as portas se abriram”. Esta disposto a aceitar o convite? Contamos com a sua participação para tornar este objetivo em realidade. Equipe Polivalente COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE “Qualidade na Arte de Ensinar”

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TÉCNICAS DE TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS

NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL/DESENHO ARQUITETÔNICO

Proibida reprodução deste material em parte ou no todo, propriedade do CIP – Lei n° 9.610

1

APRESENTAÇÃO Acreditamos que, como nós, você lute “por um Brasil melhor” na perspectiva do

desenvolvimento da Educação Profissional.

Você encontrará um material inovador que orientará o seu trabalho na realização das

atividades propostas. Além disso, percebera por meio de recursos diversos como é fascinante o

mundo da “Educação Profissional”. Gradativamente, dominará competências e habilidades para

que seja um profissional de sucesso.

Participe de direito e de fato deste Curso de Educação a Distância, que prioriza as

habilidades necessárias para execução de seu plano de estudo:

Você precisa ler todo o material de Ensino.

Você deve realizar toda as atividades propostas.

Você precisa organizar-se para estudar.

Abra, leia, aproveite e acredite que “as chaves estão sendo entregues, logo as portas se

abriram”.

Esta disposto a aceitar o convite?

Contamos com a sua participação para tornar este objetivo em realidade.

Equipe Polivalente

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NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL/DESENHO ARQUITETÔNICO

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 1 SUMÁRIO ....................................................................................................... 2 INTRODUÇÃO................................................................................................. 5 DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL..................... 6 CAPÍTULO I.................................................................................................... 6 DESENHO ARQUITETÔNICO ........................................................................... 6

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 6 2. OBJETIVOS................................................................................................................................ 6

CAPÍTULO II .................................................................................................. 6 INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHO .................................................. 6

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS....................................................................................................... 6 2. MATERIAIS DE DESENHO .......................................................................................................... 6 3. DESCRIÇÕES E USOS................................................................................................................. 6

CAPÍTULO III............................................................................................... 12 ESCALA ........................................................................................................ 12

1. UTILIZAÇÃO............................................................................................................................ 12 2. TIPOS...................................................................................................................................... 12 3. GRANDEZA REPRESENTATIVA DA ESCALA............................................................................... 12 4. A ESCALA E PAPEL................................................................................................................... 12

CAPÍTULO IV................................................................................................ 13 NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL.................................................................. 13 CAPÍTULO V ................................................................................................. 14 INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS TÉCNICOS .................................................. 14

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................................................... 14 2. LEITURA DE PLANTAS ............................................................................................................. 14 3. APLICAÇÕES............................................................................................................................ 14 4. REPRESENTAÇÕES EM DESENHO HIDRÁULICOS...................................................................... 15 5. REPRESENTAÇÕES EM DESENHO ELÉTRICO............................................................................. 16 6. REPRESENTAÇÕES EM ESGOTOS SANITÁRIOS......................................................................... 18

CAPÍTULO VI................................................................................................ 19 SÍMBOLOS, CONVENÇÕES, TIPOS DE LINHAS, HACHURAS, ETC. .................. 19

1. NOÇÕES GERAIS...................................................................................................................... 19 2. ELEMENTOS GRÁFICOS ........................................................................................................... 19 3. OUTRAS CONVENÇÕES EM CM (CENTÍMETROS)....................................................................... 24

CAPÍTULO VII .............................................................................................. 27 TIPOS DE COBERTURA E TELHAS ................................................................. 27

1. NOMENCLATURA DOS ELEMENTOS CONSTITUINTES DE UMA COBERTURA .............................. 27 2. FORMAS MAIS COMUNS DE COBERTURAS ............................................................................... 28 3. TIPOS DE ESTRUTURAS DE COBERTURA.................................................................................. 29 4. MATERIAIS USADOS EM ESTRUTURAS DE COBERTURA ........................................................... 30

5. EXERCÍCIOS ....................................................................................................................... 30 CAPÍTULO VIII............................................................................................. 31 TERMOS MAIS USADOS EM ARQUITETURA................................................... 31

1. NOMES E DEFINIÇÕES............................................................................................................. 31 CAPÍTULO IX................................................................................................ 35 ELEMENTOS AUXILIARES ............................................................................. 35

1. REPRODUÇÃO DOS DESENHOS ................................................................................................ 35 2. ARQUIVO DOS DESENHOS....................................................................................................... 35

CAPÍTULO X ................................................................................................. 35 NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL.................................................................. 35

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS..................................................................................................... 35 2. ATRIBUIÇÕES PRELIMINARES ................................................................................................ 35

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CAPÍTULO XI................................................................................................ 39 PROJETOS.................................................................................................... 39

1. NOÇÕES GERAIS...................................................................................................................... 39 2. PROJETO ARQUITETÔNICO ..................................................................................................... 39 3. PROJETO DE FUNDAÇÕES........................................................................................................ 40 4. PROJETO ESTRUTURAL............................................................................................................ 40 5. PROJETO HIDRÁULICO............................................................................................................ 41 6. PROJETO SANITÁRIO .............................................................................................................. 41 7. PROJETO ELÉTRICO................................................................................................................. 41 8. PROJETO TELEFÔNICO ............................................................................................................ 41 9. PROJETO DE CONFORTO AMBIENTAL ...................................................................................... 41 10. PROJETO DE SEGURANÇA...................................................................................................... 41 11. AJARDINAMENTO INTERNO E DE ENTORNO .......................................................................... 42 12. PROJETO DE URBANIZAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO ...................................................... 42 13. PROJETO DE INFRA-ESTRUTURA URBANA............................................................................. 42

CAPÍTULO XII .............................................................................................. 53 ORÇAMENTO, CRONOGRAMAS E CONTRATOS............................................... 53

1. ORÇAMENTO............................................................................................................................ 53 2. CRONOGRAMAS....................................................................................................................... 53 3. CONTRATOS ............................................................................................................................ 54

CAPÍTULO XIII............................................................................................. 54 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO POR GRUPOS E AFINIDADES ......................... 54

1. MATERIAIS BÁSICOS .............................................................................................................. 54 2. MATERIAIS ESTRUTURAIS ...................................................................................................... 54 3. MATERIAIS DE REVESTIMENTO............................................................................................... 54 4. MATERIAIS DE ACABAMENTO.................................................................................................. 54 5. MATERIAIS ISOLANTES E ACÚSTICOS..................................................................................... 55 6. MATERIAIS DE VEDAÇÃO ........................................................................................................ 55 7. MATERIAIS DE COBERTURA .................................................................................................... 55 8. MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS ................................................................................. 55 9. MATERIAIS HIDRO-SANITÁRIOS ............................................................................................ 55 10. MATERIAIS ORNAMENTAIS ................................................................................................... 55

CAPÍTULO XIV ............................................................................................. 56 CONSTRUÇÃO, RECONSTRUÇÃO OU ACRÉSCIMO.......................................... 56

1. CONSTRUÇÃO.......................................................................................................................... 56 2. RECONSTRUÇÃO...................................................................................................................... 56

CAPÍTULO XV ............................................................................................... 56 TERRENO E SUA DEMARCAÇÃO .................................................................... 56

1. FORMAS DE TERRENO ............................................................................................................. 56 2. LOTEAMENTO .......................................................................................................................... 56 3. DEMARCAÇÃO PARA INÍCIO DE UMA CONSTRUÇÃO ................................................................ 56 4. LIMPEZA DO TERRENO E MOVIMENTO DE TERRA .................................................................... 56 5. GABARITAMENTO, DEMARCAÇÃO DA OBRA E INSTALAÇÃO DE CANTEIRO .............................. 57 6. INSTALAÇÃO DO CANTEIRO .................................................................................................... 59 7. FUNDAÇÕES ............................................................................................................................ 59 8. ESTRUTURAÇÃO DAS OBRAS ................................................................................................... 60 9. ALVENARIA E VEDAÇÕES LATERAIS ........................................................................................ 64 10. COBERTURAS ........................................................................................................................ 64 11. REVESTIMENTOS................................................................................................................... 68 12. REVESTIMENTO DE ACABAMENTO......................................................................................... 68 13. PAVIMENTAÇÃO .................................................................................................................... 68 14. TIPOS DE PISOS.................................................................................................................... 68 15. PINTURA, TRATAMENTO E IMPERMEABILIZAÇÕES................................................................ 68 16. INSTALAÇÕES ....................................................................................................................... 69 17. PISCINAS E SAUNAS ............................................................................................................. 74 18. DIVERSOS ............................................................................................................................. 74 19. AJARDINAMENTO DE ENTORNO ............................................................................................ 74 20. LIMPEZA ............................................................................................................................... 74

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CAPÍTULO XVI ............................................................................................. 74 CRITÉRIOS, NORMAS E MÉTODOS PARA AVALIAÇÕES ................................. 74

1. NOÇÕES GERAIS...................................................................................................................... 74 2. CLASSIFICAÇÃO DE IMÓVEIS.................................................................................................. 75

EXERCÍCIOS ........................................................................................................................... 81 GLOSSÁRIO.................................................................................................. 83 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................. 84

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INTRODUÇÃO

Você esta iniciando o estudo do Módulo – MARKETING IMOBILIÁRIO. Você terá

contato com teorias importantes que vão proporcionar um desempenho eficiente durante o seu

Curso.

Você terá oportunidades de estudar a História e Evolução do Marketing – O Ambiente

de Marketing – O Estudo do Investidor ou o Comportamento do Consumidor – Pesquisa do

Marketing Imobiliário – Decisões do composto e Marketing Imobiliário – Os componentes –

Promoção – O Marketing de Relacionamento – A Importância da Estratégia, entre outros

assuntos relacionados.

Nossa linha de trabalho abre um caminho atraente e seguro pela seqüência das

atividades – leitura, interpretação, reflexão e pela variedade de propostas que mostram

maneiras de pensar e agir, e que recriam situações de aprendizagem.

As aprendizagens teóricas são acompanhadas de sua contrapartida prática, pois se

aprende melhor fazendo. Tais praticas são momentos de aplicação privilegiados, oportunidades

por excelência, de demonstrar o saber adquirido.

Nessa perspectiva, dois objetivos principais serão perseguidos neste material. De um

lado, torná-lo habilitado a aproveitar os frutos da aprendizagem, desses saberes que lhe são

oferecidos de muitas maneiras, em seu estudo, ou até pela mídia – jornais, revistas, rádio,

televisão e outros – pois sabendo como foram construídos poderá melhor julgar o seu valor.

Por outro lado, capacitando-se para construir novos saberes. Daí a necessidade do seu estágio

para aliar a teoria à pratica.

A soma de esforços para que estes módulos respondessem as suas necessidades, só foi possível mediante a ação conjunta da

Equipe Polivalente.

Nossa intenção é conduzir um dialogo para o ensino aprendizagem com vistas a conscientização, participação para ação do

aluno sobre a realidade em que vive.

A Coordenação e Tutores/Professores irá acompanhá-lo em todo o seu percurso

de estudo, onde as suas dúvidas serão sanadas, bastando para isso acessar o nosso site:

WWW.COLEGIOPOLIVALENTE.COM.BR

Equipe Polivalente

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DESENHO ARQUITETÔNICO E NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

CAPÍTULO I

DESENHO ARQUITETÔNICO

1. INTRODUÇÃO

De maneira nenhuma este curso tem por finalidade formar desenhistas em arquitetura. Mas sim dar uma idéia desse campo de conhecimento ao Técnico em Transações Imobiliárias, uma vez que constantemente está manuseando desenhos, plantas etc. E necessita de conhecimentos básicos para leitura das mesmas. Isso sem falar da necessidade emergente de se fazer um desenho ou croqui para explicar melhor ao cliente a situação do imóvel, e suas limitações para efeito do projeto.

2. OBJETIVOS

Ao final do estudo desta matéria você deverá

ser capaz de:

a. Identificar os instrumentos mais importantes b. utilizados em Desenho Arquitetônico; c. Distinguir o uso de esquadros de 60° e de 45°, d. régua comuns, régua T, e o seu manuseio; e. Classificar os formatos e dimensões do papel; f. Dada uma determinada escala, identificar a g. dimensão do papel, em função do objeto a ser h. desenhado; i. Identificar símbolos, convenções e linhas mais j. usuais em Desenhos Arquitetônicos; k. Identificar os termos mais usados em l. Arquitetura.

CAPÍTULO II INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE

DESENHO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Quando da elaboração de projetos na área da Engenharia, Arquitetura e áreas afins, temos que obedecer determinadas normas de representação gráfica, de acordo com as normas brasileiras (NB), por essa razão necessitamos dos materiais.

2. MATERIAIS DE DESENHO

a. Prancheta para desenho (regulável ou simples); b. Régua “T” ou régua “paralela”; c. Escala triangular; d. Jogo de esquadro - 45° e 60° ou 30°; e. Lapiseira (normal ou mm); f. Compasso de precisão/ tira linhas; g. Borracha macia para desenho; h. Transferidor/ curva francesa; i. Canetas Graphos com respectivas penas; j. Canetas para nanquim tipo: Leroy, Castell,

Oxford k. etc.; l. Tinta nanquim - Rottring ou Rembrandt; m. Grafites para lapiseira; n. Papel manteiga para desenho; o. Papel vegetal (80/ 85 g) e (90/ 95 g) -

Gateway ou Gvarro; p. aranha para normógrafo; q. Jogo de réguas para normógrafos

(60/80/100/120/175/200/290/350/500/CI); r. Escova para desenho (bigode); s. Luminária fluorescente; t. Gabaritos: de telhas, hidráulico, elétrico etc.; u. Trena de 15 m. (Fider Glass); v. Durex, fita crepe etc.

3. DESCRIÇÕES E USOS 3.1. ESQUADROS São peças na forma triangular, em plástico

transparente ou madeira, que servem para traçados de retas horizontais, perpendiculares ou inclinadas.

Há dois tipos de esquadros, o esquadro de 60° graus, cujos vértices têm ângulos de 30° e 60° e um vértice com ângulo de 90°, e o esquadro de 45° graus, com dois vértices com ângulos de 45° e um de 90°, (Figura 1).

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OBSERVAÇÃO

Usando o ângulo de 90°, traçam-se perpendiculares e, mantendo o esquadro na mesma linha, podem-se traçar inclinações nos ângulos de 30° e 45°. Os esquadros devem combinar pela medida maior do esquadro de 30° e a hipotenusa do de 45°, formando um jogo de esquadros, (Figura 2).

Os esquadros, geralmente, trabalham sobre a régua “T” ou régua comum, ou sobre outro esquadro, apoiado no plano da prancheta, (Figura 3).

É uma régua na forma de T. Seu lado menor é chamado de cabeçote e trabalha na lateral da prancheta resguardando ângulo de 90°. O lado maior é chamado de haste, e trabalha no plano da prancheta como régua, em perfeito alinhamento, traçando linhas horizontais e paralelas. (Figura 4).

Figura 3.

... O Senhor cuida de mim; tu és o meu amparo e o meu libertador. Salmo 40.17

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Esta régua somente traça linhas horizontais e paralelas, e serve também como apoio dos esquadros para traçar as linhas perpendiculares, 90° às linhas horizontais (Figura 5).

A régua T desliza sobre o plano da prancheta no sentido para cima e para baixo, traçando as paralelas e horizontais. Com os esquadros correndo em cima da régua T, traçamos as perpendiculares e inclinadas. (Figura 6).

3.3. TECNÍGRAFO O tecnígrafo é uma prancheta sofisticada

própria para desenhistas profissionais. Ele funciona acoplado a um esquadro em L que pode se movimentar 360°, facilitando o desenho para qualquer lado no que diz respeito às linhas horizontais e perpendiculares. (Figura 7).

3.4. RÉGUA PARALELA É uma régua que deve ser acoplada à

prancheta. Funciona amarrada em duas linhas fixas, que mantém seu paralelismo e nas quais corre por um sistema de roldanas. Esta régua é para desenhistas profissionais, e tem a facilidade de se adaptar a qualquer prancheta, que, às vezes, é uma “porta” comum apoiada em cavaletes. (Figura 8).

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3.5. PRANCHETA São chapas apoiadas em cavaletes de ferro

ou de madeira. Estas chapas atualmente são de madeira compensada, que não empena. Muitas vezes são portas comuns fixadas sobre cavaletes . O tecnígrafo é mais sofisticado, tendo, na maioria das vezes, cavaletes próprios metálicos, que formam um conjunto com a luminária e o esquadro. (Figura 9).

3.6. RÉGUA COMUM Geralmente se encontram no mercado na

forma de plástico transparente, com graduações métricas de 30 cm, 40 cm, 50 cm etc., até 1 m. A mais comum é de 30 cm. (Figura 10).

3.7. COMPASSOS

São instrumentos que servem para traçar circunferências ou arcos. O compasso possui duas pontas: uma ponta fixa semelhante a uma agulha, que chamamos de ponta seca, e outra onde podem ser fixadas três acessórios, conforme a necessidade de uso: um acessório para traçar circunferência a lápis, outro para circunferência à tinta e outro chamado alongador para grandes circunferências. Uso: coloca-se a ponta seca no papel e gira-se o compasso em movimento de rotação de acordo com o raio® pretendido. (Figura 11).

cavaletes-mesa que sustenta os caixotins tipográficos.

Como já dissemos, no caso de circunferências grandes, temos os alongadores que podem ser adaptados para grafite, lápis, caneta ou tira-linhas (ponta que tem a propriedade de carregar tinta, no lugar da grafite); para pequenas circunferências, usamos um pequeno compasso chamado bomba ou balaústre.

3.8. LÁPIS E GRAFITE

No desenho, usam-se a séries H a 6H (grafite dura) para traços finos, e B a 6B (grafite mole) para traços grossos e negros. No desenho arquitetônico, usam-se grafites intermediárias do tipo B, 28, BH, 2H e H Quanto mais opaco a grafite, melhor a cópia heliográfica .

3.9. BORRACHA Para lápis, é melhor a borracha macia de

grão muito fino. Para tinta, usa-se a borracha de areia (borracha de tinta). No papel vegetal, é costume raspar a tinta com uma lâmina ou usar pastas líquidas especiais ou pincéis de lã de vidro, alcançando um bom resultado. Quando a rasura apagar está muito concentrada no raio do desenho, para não ofender as outras partes, usa-se placas de plásticos ou metal furados, sobre as quais se passa a borracha.

3.10. TRANSFERIDORES Servem para medir ângulos e são

encontrados no mercado em plástico e madeira. Existe o tipo 0° a 180° e o de 0° a 360°. As graduações são de grau em grau e algumas até de meio em meio grau. (Figura 12).

balaústre-haste de madeira ou metal. heliográfico-espécie de fotografia em que se reproduzem

desenhos pela ação dos raios solares.

Senhor, ajuda-nos a ser mais sensíveis às necessidades dos outros e ajudá-los. Em nome de Jesus. Amém.

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3.11. CURVAS FRANCESAS OU PISTOLETS

São gabaritos em

plástico transparente, contendo uma série de tipos de curvas universais, usadas no desenho quando o compasso não pode fazê-lo, por possuir raio indeterminado.

3.12. CANETAS PARA USO DE TINTAS

São canetas especiais para desenhar com tinta, São conhecidas as canetas tipo Graphos, Castell e Oxford sendo estas últimas mais modernas. As canetas são usadas para linhas e letras. Usam-se penas numeradas e removíveis, dependendo do tipo de trabalho a executar.

3.13. NORMÓGRAFO PARA DESENHO DE LETRAS,NÚMEROS E SÍMBOLOS

Numa das extremidades do normógrafo ,

há uma ponta igual a uma agulha e, na outra, uma caneta, a tinta com pena apropriada. A agulha é deslizada na cava de uma letra escolhida em uma régua gabarito. Deslizando a agulha na letra da régua guia (gabarito), a caneta grava no papel. (Figura 13). Outra forma de se desenhar letras e números é através de decalques ou gabaritos com letras de vários tamanhos, onde se passa o lápis ou a caneta diretamente.

normógrafo-aparelho de desenho, constante da lâminas

de celulóide com alfabetos vazados ou recortados que servem de moldes para elaboração de legendas e letreiros.

3.14. GABARITOS São chapas de plástico transparente

vazadas,contendo letras, números, símbolos e desenhos tipo padrão. São encontrados em diversas escalas no mercado. Algumas companhias fornecedoras de material de construção costumam dar gabaritos como brindes para desenhistas, como, demonstração de seus tipos de material, nas devidas escalas.

Exemplos:

a. Gabarito de bacia sanitária, bidê, lavatórios nas diversas medidas e escalas;

b. Gabarito de telhas em medidas e escalas; c. Gabarito de círculos e quadrados nas diversas

escalas; d. Gabaritos de tubulação, peças, ângulos,

triângulos, e outras figuras geométricas, em diversas escalas.

3.15. TINTA INDELÉVEL, GUACHES E

AQUARELAS A tinta idelével (nanquim preto) é mais

usada no desenho, todavia pode-se usar o nanquim de outras cores, embora, neste caso, o mais usual seja o guache ou aquarelas, que servem para apresentar o desenho em suas partes coloridas.

3.16. PAPÉIS Os mais utilizados são: papel vegetal e o

papel manteiga, devido à facilidade de transparência para tirar cópias heliográficas. Formatos de papéis.

O ponto de partida é o formato A-0 (lê-se a zero) que tem 1 m2

de superfície e os lados na razão de 1 2 (Figura 14).

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O formato A-1 corresponde ao A-0 dividido em duas partes e tem 0,5 m2

(1/2 metro quadrado); o formato A-2 origina-se da divisão do A-1 em duas partes e tem 0,2 m2

(1/4 de metros quadrado). A escolha do formato do papel não pode ficar ao gosto de cada um. (Figura 15).

Deve-se considerar:

a. um desenho, feito num determinado tamanho, reproduzido foto-graficadas dimensões do anterior havendo múltiplos e submúltiplos;

b. os formatos-padrão devem levar em consideração as dimensões dos papéis (rolo e folhas) vendidos no comércio;

c. cópias são cobradas em função da superfície em metro quadrados de desenho. É, pois, vantajoso que os formatos tenham 1 m2, 1⁄2 m2, 1⁄4 m2, etc.

Todos os formatos dos semelhantes e resultam da multiplicação ou divisão por dois do formato básico.

Subdivisão do formato A-0.

3.17. PRANCHAS O desenhista deve procurar fazer todas as

pranchas de um projeto com um formato Único, isto é, com as mesmas dimensões. Nem sempre isso é possível. De modo algum as pranchetas de um mesmo projeto poderão ter tamanhos diferentes. A experiência ajudará muito na escolha do tamanho ideal.

3.17.1. DIMENSÕES DE PRANCHAS

No desenho arquitetônico os formatos mais usados são: os de A-0 a A-4. Os papéis mais utilizados são: O papel vegetal e o papel manteiga.

IMPORTANTE:

a. Margens: externamente é representada por traço fino e serve para limitar o papel, onde deverá ser cortado; internamente é representada por traço ligeiramente grosso em relação ao externo e serve para marcação das dobras da prancha;

b. Legendas: As legendas são usadas, geralmente, para auxiliar na clareza do desenho e:I. P a r a enumerar as aberturas (janelas, portas, vãos em geral) de um projeto de arquitetura, usamos normalmente uma legenda para auxiliar;

II. Para especificar quanto aos materiais a serem

usados, também utilizamos uma legenda com códigos usados na linguagem técnica.

Exemplo:

– teto ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ – parede ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ – piso ⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒⇒ – esquadrias de ferro ⇒ EF – porta de madeira ⇒⇒ PM

c. Carimbo: Também chamado por marca ou quadro é um resumo e indicação de nome de proprietário, local ou obra, áreas em geral da construção e terreno, número de pranchas que

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compõe o projeto, autor do projeto e principalmente de que projeto se trata. (Figura 18)

CAPÍTULO III

ESCALA

1. UTILIZAÇÃO

A escala é usada para aumentar ou reduzir representação de objetos por meio do desenho.

2. TIPOS

Há três tipos de escalas, como segue:

a) escala reduzida; b) escala real (1/ 1); c) escala ampliada.

No desenho arquitetônico , usa-se com mais freqüência a escala reduzida.

3. GRANDEZA REPRESENTATIVA DA ESCALA

É o valor em centímetro que representa cada metro da figura real; obtém-se dividindo-se o numerador pelo denominador de escala.

Escala 1/ 10 (lê-se: 1 para 10) ou 1: 10 Numerador/ Denominador = 1(unidade

metro)/ 10(vezes menor).

EXEMPLOS

a. Escala 1/ 10 = 0,1 m × 100 = 10 cm ou 100 : 10 = 10 cm. Neste caso, cada 10 cm representa 1 m da figura real;

b. Escala 1/ 20 � 1/ 20 = 0,05 m × 100 = 5 cm; c. Escala 1/ 50 � 1/ 50 = 0,02 m × 100 = 2 cm; d. Escala 1/ 100 � 1/ 100 = 0,01 m × 100 = 1

cm; e. Escala 1/ 200 � 1/ 200 = 0,005 m × 100 = 0,5

cm; f. Escala 1/ 500 � 1/ 500 = 0,002 m × 100 = 0,2

cm;

arquitetônico-arquitetura.

Reparem que, quanto maior o denominador, menor será a grandeza da escala. No desenho arquitetônico as escalas mais usuais são:

1/ 500 para planta de situação; 1/ 200 para cobertura; 1/ 100 para plantas; 1/ 50 para cortes, fachadas e plantas construtivas ou executivas; 1/ 20 para detalhes. Uma escala gráfica assim seria representada:

Escala 1/ 10 (cada 10 cm vale 1 m do real).

Nesta escala, 3 m valem 30 cm no desenho, 8 m valem 80 cm no desenho. (Figura 19).

Existe a régua-escala na forma triangular; ela é, na verdade, escala gráfica já montada. Cada face da régua tem duas escalas. Para o desenho arquitetônico temos que adquirir as réguas que contêm as escalas necessárias já mencionadas.

4. A ESCALA E PAPEL

A escolha do tamanho do papel se dá em

função da escolha da escala ou vice-versa.

Por exemplo:

Se escolhermos a escala 1/ 50 de um terreno de 20 m × 40 m. como fica na grandeza representativa da escala? Vejamos: 20 m 1/ 50 = 2 cm para cada metro; 20 m × 2 cm = 40 cm no desenho; 40 m × 2 cm = 80 cm do desenho

Portanto no desenho é necessário um espaço de 40 cm × 80 cm. Temos que escolher o papel A-1 ou A-0, pois:

A-1 = 59,40 cm × 84,10 cm A-0 = 84,10 cm × 118,90 cm

O mais adequado é o A-1. Se você tiver que usar o papel A-2, terá obviamente que mudar a escala.

Observe o exemplo:

O papel A-2 tem 42,00 cm x 59,40 cm. A margem é de 1 cm. Então sobra para o desenho 41,00 x 58,40.

4.1.POR TENTATIVA Sabe-se que escala 1/ 50 não dá, utiliza-

se; então, a próxima: 1/ 100 = 1 cm.

Portanto temos:

20 m x 1 = 20 cm ∴ 40 m x 1 = 40 cm ∴ 20 cm x 40 cm.

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Cabe no papel, então usamos esta escala. Vai sobrar espaço no papel, por uma questão de estética, quando isto ocorre ou mesmo quando o desenho está apertado, deve-se centralizá-lo no papel, conforme:

(Figura 20).

No lado maior usa 40 cm e tem 58,40 cm, portanto, sobram 18,40 cm. Para centralizar esta medida, pega o que sobrou e joga metade para cada lado, portanto: 18,40 ÷ 2 = 9,20 cm de cada lado.

No lado menor, usa 20 em e tem 41 cm; portanto, sobram 21 cm. Com mesmo raciocínio tem: 21 ÷ 2 = 10,50 cm de cada lado.

Logicamente se no mesmo papel há vários desenhos, deve-se somar todos os desenhos e verificar o espaço para cada um e dimensão e formato de papel que pode contê-los para uma determinada escala.

CAPÍTULO IV

NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

1. PLANTAS

Nos trabalhos de Engenharia e Arquitetura, no que diz respeito à edificação em geral, surge a necessidade de representação dos imóveis em desenhos padronizados para atender, inclusive, as municipalidades locais (Código de Obras).

Esses desenhos, a tinta nanquim ou a lápis, em determinadas escalas, reproduzem o imóvel em papel vegetal e posteriormente em cópias heliográficas, nos dando a idéia perfeita do que será a construção depois de concluída.

Os imóveis são, imaginariamente, cortados por alguns planos de projeção a fim de que a linguagem técnica do desenho seja entendida pelos diversos profissionais que irão manuseá-la.

O tipo de projeção mais usado é o determinada Projeção Ortogonal.

Nessa projeção, as projetantes são perpendiculares ao plano onde se deseja apresentar o desenho.

Com base nesse tipo de projeção, temos alguns desenhos com nomes específicos:

a) Planta baixa: aqui o plano secante é horizontal e situado a um metro e meio do piso de pavimento que se quer representar.

As escalas usuais são: 1:100 e 1:50.

Essa planta baixa se destina a representar os diversos compartimentos do imóvel, suas dimensões e suas diversas aberturas (esquadrias).

Há casos em que se usa mais de um plano horizontal secante, tendo em vista a economia dos desenhos.

Com este artifício evita-se a confecção de duas ou mais plantas baixas do pavimento em estudo.

A planta baixa é representada no plano horizontal de projeção (Figuras 35 e 36);

b) Planta de elevação: é a projeção da fachada,

que se deseja representar, no plano vertical de projeção ortogonal.

A posição do observador é suposta em

frente das paredes do prédio e os raios visuais paralelos (supostamente no infinito). Dessa forma todos os detalhes que existam nas fachadas podem ser representados em suas verdadeiras grandezas.

Conforme os Códigos de Obras, deverão ser desenhadas todas as elevações que dêem para os logradouros públicos.

A escala mínima adotada é 1:100, porém a mais usual é 1:50.

As elevações são vulgarmente conhecidas como fachadas: principal ou laterais (Figuras 41 e 42);

c) Planta de cobertura: é a projeção ortogonal do

telhado no plano horizontal da projeção.

Destina-se a informar se o telhado possui uma ou mais águas (planos que formam as coberturas); como a cumeeira ficará disposta; quais as dimensões dos frechais etc.

São desenhadas na escala mínima 1:100. Conforme o ângulo de inclinação do telhado, deverão ser adotados diferentes materiais para a cobertura. Os fabricantes já indicam os graus mínimos a serem usados.

Damos a seguir os ângulos de inclinações, já convertidos em percentagens, como são usualmente expressos: I. ângulo de 5° 8,7%; II. ângulo de 10° 17,6%; III. ângulo de 15° 26,8%; IV. ângulo de 20° 36,4%; V. ângulo de 25° 46,6%; VI. ângulo de 30° 57,7%; VII. ângulo de 35° 70,0%; VIII. ângulo de 45° 100,0%.

cumeeira-a parte mais alta do telhado.

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Essas porcentagens nada mais são do que os valores das tangentes dos ângulos de inclinação dos telhados, aplicado o fator 10.

Exemplo: para o ângulo de 20° teremos: Tg 20° = 0,364 ou 36,4% e para ângulo de 35° teremos: Tg. 30° = 0,700 ou 70,0% (Figura 43);

d) Planta de situação: os imóveis são distribuídos de várias maneiras, lugares e posições com o respeito aos logradouros públicos. Para que possamos indicar o prédio estamos estudando, como ele se situa com respeito a logradouro, usamos a chamada planta de situação ou situação como é algumas vezes denominada.

A planta de situação nos indica a situação

do terreno na quadra e é feita na escala 1:1000, como mínima.

Ela nos fornecerá, obrigatoriamente, a orientação do terreno com respeito à linha Norte Magnética, além do número do lote, da casa, se possível, e a área do terreno e seu formato.

Serve para a orientação dos fiscais dos órgãos públicos para que eles descubram, com facilidade, onde ela se localiza. É utilizada também pelos engenheiros e mestres de obras, evitando enganos durante a fase de locação da obra (Figura 34);

e) Fachada: como vimos anteriormente, quando

tratamos de elevação, é a representação da frente principal do prédio, no plano vertical de projeção. Deve ser o mais representativo da fachada do imóvel e mostrar em verdadeira grandeza os detalhes que apresentam (Figuras 41 e 42);

CAPÍTULO V

INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS TÉCNICOS

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Para que possamos interpretar um projeto

técnico qualquer, precisamos de um mínimo conhecimento sobre a área, de maneira a facilitar a compreensão do assunto. A interpretação se dá de forma lenta, pois precisamos ter em mãos todas as plantas para que iniciemos a leitura: a planta baixa, os cortes, fachadas, plantas de cobertura e detalhes construtivos em geral. Só assim poderemos compreender um bom projeto.

2. LEITURA DE PLANTAS Primeiro, precisamos estabelecer uma

diferença entre as fases que compõem um projeto; em princípio, teremos o estudo preliminar para estabelecer os contatos dos projetistas e proprietário; depois, vem o anteprojeto, ao nível de submeter à aprovação dos órgãos competentes; em seguida, aparece o projeto de execução. Em geral, permanece na obra com todas as informações possíveis para um bom andamento da mesma.

a) na planta baixa, precisamos informar o mais claro possível o maior número de dados, como, por exemplo, cotas de afastamento das divisas, dimensões dos compartimentos, desníveis, sentido de abertura de portas e janelas. Enfim, as medidas projetadas no plano horizontal, quer dizer todas as medidas horizontais;

b) no corte e nas fachadas, informamos as medidas verticais, ou melhor, as alturas, as fachadas e também os planos de profundidade;

c) nas plantas de coberturas, informaremos o sentido do caimento das águas e quando necessário, calhas, rufos, dimensão dos beirais e a especificação do material usado, principalmente a telha.

3. APLICAÇÕES Veja Figuras 21 a 23.

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4. REPRESENTAÇÕES EM DESENHO HIDRÁULICOS 4.1. SÍMBOLOS

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5. REPRESENTAÇÕES EM DESENHO ELÉTRICO 5.1. SÍMBOLOS

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6. REPRESENTAÇÕES EM ESGOTOS SANITÁRIOS 6.1. SÍMBOLOS

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CAPÍTULO VI SÍMBOLOS, CONVENÇÕES, TIPOS

DE LINHAS, HACHURAS, ETC.

1. NOÇÕES GERAIS

Apresentamos aqui alguns símbolos, linhas, convenções e hachuras mais comuns na

identificação, leitura ou execução do desenho. Deixamos claro que a simbologia é uma característica que no Brasil ainda é particular de cada desenhista, que normalmente deverá apresentar no desenho uma legenda identificando cada caso, embora existam normas técnicas estabelecidas.

2. ELEMENTOS GRÁFICOS

2.1. LINHAS (Figuras 24 e 25)

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2.2. HACHURAS (Figuras 26 a 29)

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2.2.1. ESCALAS (Figuras 30 e 31)

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3. OUTRAS CONVENÇÕES EM CM (CENTÍMETROS)

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Estes desenhos, como já dissemos, são encontrados em placas plásticas, como gabaritos, em casa de material de desenho, inclusive com muito mais recursos.

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CAPÍTULO VII

TIPOS DE COBERTURA E TELHAS

1. NOMENCLATURA DOS ELEMENTOS CONSTITUINTES DE UMA COBERTURA

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2. FORMAS MAIS COMUNS DE COBERTURAS

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3. TIPOS DE ESTRUTURAS DE COBERTURA

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4. MATERIAIS USADOS EM ESTRUTURAS DE COBERTURA

a) madeiras; b) metálicas; c) concretos; d) cimento-amianto.

5. EXERCÍCIOS

a) O que é pé-direito? b) Escolha uma escala e, com a utilização de esquadros, monte o desenho abaixo:

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CAPÍTULO VIII

TERMOS MAIS USADOS EM ARQUITETURA

1. NOMES E DEFINIÇÕES

Você vai conhecer algumas definições de

termos usuais em desenho arquitetônico, como segue:

PAVIMENTO É a sucessão vertical de pisos de uma

edificação;

PAVIMENTO TÉRREO É o pavimento situado ao nível do terreno e

que, em geral, serve de acesso às edificações;

PAVIMENTO DE USO COMUM É o pavimento de uso comum a todos os

moradores ou usuários de uma edificação. Geralmente neste pavimento estão localizados: os salões de festa, bares, saunas, playgrounds etc;

PAVIMENTO-TIPO É o pavimento que mantém as mesmas

divisões, e se repete pelos demais pavimentos de uma edificação;

PAVIMENTO SEMI-ENTERRADO É o pavimento situado abaixo do nível do

terreno, cujo teto, entretanto, estará no mínimo 1,30 m acima do terreno;

SUBSOLO Situado abaixo do nível do terreno, cujo

teto estará, no máximo, a 1,30 m acima do terreno;

SOBRELOJA É pavimento situado imediatamente acima

da loja e a ela ligada por circulação privativa;

MEZANINO Andar pouco elevado entre dois andares

altos e a eles ligados;

PERSPECTIVA É a representação do objeto ou projeto

arquitetônico da forma como os vemos, ou seja, nas suas três dimensões;

TERRAÇO É a cobertura de uma edificação ou parte da

mesma, utilizada como piso;

AFASTAMENTO Faixa contínua de terreno não edificável,

entre prédios ou entre estes e as divisas do lote, testada ou fundo;

PÉ-DIREITO É a distância vertical entre o piso e o teto

de um compartimento;

GABARITO É a medida padrão fixado pelo Código de

Obras do Município para a grandeza de logradouros ou de edificações. Por exemplo: altura de prédio;

ÁREA TOTAL DE CONSTRUÇÃO É a soma das áreas de todos os

pavimentos;

ÁREA ÚTIL É a superfície utilizável de uma edificação,

excluídas as paredes;

ÁREA OU PRISMA DE ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO PARTE EDIFICADA

Destinada à iluminação e à ventilação do

prédio;

COMPARTIMENTOS São divisórias internas de uma edificação;

COMPARTIMENTO PRINCIPAL Utilizado para permanência prolongada,

como: dormitórios, salas de estar, escritórios, consultórios, bibliotecas e congêneres ;

COMPARTIMENTO DE SERVIÇO Utilizado para permanência transitória

como,: cozinhas, banheiros, corredores, áreas de serviços, depósitos, garagens e congêneres;

COMPARTIMENTOS ESPECIAIS Aqueles que, por sua finalidade, dispensam

aberturas para o exterior.

Exemplos: Frigoríficos, câmaras escuras, adegas, etc;

BEIRAL Parte do telhado que faz saliência sobre o

prumo das paredes;

congênere-idêntico, semelhante, similar.

Busquei o Senhor, e ele me acolheu. Salmo 34.4

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CARAMANCHÃO É a cobertura de ripas , estacas, arames

ou canos, revestida de trepadeiras , em jardins;

MARQUISE É a cobertura, geralmente em balanço,

utilizada para proteção do pedestre;

PERGOLADO Cobertura vazada utilizada para proteção

dos raios solares ou para sustentar plantas trepadeiras;

TOPOGRAFIA É o levantamento do terreno, representado

no papel, contendo curvas de nível de metro em metro, com indicações dos principais acidentes topográficos e os perfis que forem necessários. Deve conter os ângulos internos, comprimento dos lados, orientação verdadeira, árvores existentes, vales e etc;

CURVAS DE NÍVEL Linha que une os pontos do terreno situado

em uma mesma altura. Em geral estas linhas são levantadas de metro em metro;

TERRENO OU LOTE É a porção de terra, com acesso para o

logradouro , descrita por documento legal. Os terrenos e lotes podem ser inclinados ou planos e são destinadas às edificações;

ARRUAMENTO É ato de arruar, ou seja, fazer ruas dando-

lhes alinhamento, greide e demais benfeitorias;

ALINHAMENTO É a linha projetada ou locada para marcar

um limite. Alinhamento do logradouro marca o limite do logradouro. Há casos em que poderá coincidir com o alinhamento da edificação;

FAIXA DE ROLAMENTO

ripas-pedaço de madeira estreito e comprido. trepadeiras-planta que trepa. logradouro-passeio público.

A caixa carroçável : é a parte do

logradouro destinada ao trânsito exclusivo de veículos;

PASSEIO DE UM PRÉDIO É o calçamento em tomo do prédio;

PASSEIO DE UM LOGRADOURO Parte do logradouro destinada ao trânsito

de pedestres;

VIAS PÚBLICAS São os logradouros públicos destinados ao

trânsito, e se classificam, segundo sua importância e função, em:

a. Vias arteriais: vias destinadas ao tráfego rápido e o maior fluxo de veículos.

b. Vias subarteriais: vias destinadas à ligação entre bairros;

c. Vias locais: vias destinadas ao tráfego nos bairros.

LOTEAMENTO É a divisão de um terreno em dois ou mais

lotes;

TESTADA DO LOTE É a linha que separa o logradouro público do

lote;

FUNDO DO LOTE É a divisa que fecha o polígono , no lado

oposto ao da testada;

PROFUNDIDADE MÉDIA DO LOTE

É a distância entre a testada e o fundo do lote;

DIVISA ESQUERDA OU DIREITA

É a linha divisória que fica situada à esquerda ou à direita do observador. Colocado dentro do lote, de frente para o logradouro;

DESDOBRO Divisão, em duas ou mais partes, de um

único lote, com edificação ou sem ela, cada qual com possibilidade legal de existência autônoma;

DESMEMBRAMENTO

carroçável-apropriado ao tráfego de carroças e outros

veículos. polígono-figura limitada por segmentos de reta que têm,

dois a dois, extremidades comuns.

Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras das suas mãos.

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É a redivisão de lote existente, com novos dimensionamentos;

REMEMBRAMENTO É a incorporação de um lote ou parte dele a

um outro existente, a fusão de vários lotes para formar um único;

ÁREA “NON AEDIFICANDI”

Área ou faixa de terra pertencente ou não a um lote, onde não é permitido a execução de qualquer tipo de construção;

VILA

É o conjunto de habitações, independentes em edifícios isolados ou não e dispostos de modo a formarem ruas ou praças interiores, sem caráter de logradouro público. Uma vila pode ter mais de uma entrada por logradouro público;

INVESTIDORA

É a incorporação de uma área pertencente a um logradouro público ou a uma propriedade particular;

LOGRADOURO PÚBLICO É parte da cidade destinada ao trânsito

público, oficialmente reconhecida é designada com o nome. Ex: ruas, praças, etc;

RECUO É o espaço obrigatório exigido pela

Prefeitura na frente, no fundo e nas laterais das edificações para efeito de iluminação, isolação e prevenção para futuras incorporações ao logradouro público, em caso de desapropriação (Figura 33).

TAXAS DE OCUPAÇÃO É o limite fixado pela prefeitura delimitando

o espaço que pode ser ocupado dentro do terreno, resultando na área edificada;

COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

É um valor fornecido pela Prefeitura que, multiplicado pela área do terreno, resulta na área total que pode ser construída nesse terreno;

EDIFICAÇÃO É a construção destinada a abrigar qualquer

atividade humana;

L. EDÍCULA

Edificação complementar à edificação principal, sem comunicação interna com a mesma;

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LI. EDIFICAÇÕES CONTÍNUAS São aquelas que apresentam uma ou mais

paredes contínuas às de uma outra edificação, e estejam dentro do mesmo lote ou em lotes vizinhos;

EDIFICAÇÃO DE USO EXCLUSIVO É aquela destinada a abrigar só uma

atividade comercial ou industrial de uma empresa, apresentando uma única numeração;

EDIFICAÇÃO ISOLADA É aquela não contínua às divisas do lote;

AGRUPAMENTO DE EDIFICAÇÕES É o conjunto de duas ou mais edificações

em um lote;

EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL Aquela destinada ao uso residencial pode

ser: unifamiliar e multifamiliar;

UNIFAMILIAR É aquela que abriga apenas uma unidade

residencial, logo, em geral, destina-se à habitação de uma única família;

MULTIFAMILIAR É aquela destinada ao uso residencial

multifamiliar: o conjunto de duas ou mais unidades residenciais em uma só edificação proporciona habitação para mais de uma família.

Exemplo: edifício de apartamentos;

EDIFICAÇÃO ASSISTENCIAL É a destinada a propiciar assistência sacia:

em seus vários aspectos;

EDIFICAÇÃO COLETIVA É a destinada a habitação de mais de uma

família, mantida a unidade da edificação pelas dependências de serviços e obrigações comuns;

EDIFICAÇÃO COMERCIAL É a destinada, exclusivamente à atividade

comercial. Pode ser classificada em: geral, central ou local;

EDIFICAÇÃO COMERCIAL GERAL

É destinada ao comércio atacadista, grandes armazéns e depósitos, silos, guardas-móveis, entrepostos, garagens de coletivos e de viaturas de transporte de cargas e outras atividades de grandeza semelhante;

EDIFICAÇÃO COMERCIAL CENTRAL É destinada, ao comércio varejista, às

profissões liberais e outras atividades, localizadas na zona comercial central, como: lojas, bares, leiterias, cafés, restaurantes, vendas de bilhetes e passagens, escritórios, bancos, consultórios, sede de empresas, laboratórios de análise e de fotografia, tinturarias, casas de câmbio e congêneres;

EDIFICAÇÃO COMERCIAL LOCAL

É destinada ao comércio varejista, às profissões liberais e outras atividades, localizadas nos bairros a fim de proporcionar meios adequados à distribuição das mercadorias e serviços de solicitação freqüente e diária;

EDIFICAÇÃO CULTURAL

É a destinada a fins culturais, como: escola, biblioteca, museu e similares;

EDIFICAÇÃO HOSPITALAR É aquela destinada às atividades

hospitalares, como: hospitais, casas de saúde, clínicas, maternidades, policlínicas, pronto socorros, postos de saúde, ambulatórios e similares;

EDIFICAÇÃO HOTELEIRA É a edificação de uso residencial

multifamiliar, destinada a habitação transitória, como: hotel, motel e similares;

EDIFICAÇÃO INDUSTRIAL É destinada a qualquer atividade industrial,

sempre compatível com o tipo de indústria a ser instalada;

EDIFICAÇÃO MISTA É a edificação que abriga usos diferentes.

Quando um destes for o residencial, o acesso às unidades residenciais se faz através de circulação independente dos demais usos. Sendo destinadas a finalidades diferentes, estas devem ser compatíveis;

EDIFICAÇÃO PÚBLICA É a propriedade pública ou onde se exercem

atividades do governo: administrativo, prestação de serviços públicos etc;

EDIFICAÇÃO RECREATIVA É a destinada a recreação, como: teatro,

cinema, clube e similares;

Busquei o Senhor, e ele me acolheu. Salmo 34.4

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EDIFICAÇÃO RELIGIOSA É a que se destina ao culto religioso ou a ele

correlato, como: templo, convento e similares;

EDIFÍCIO-GARAGEM É a edificação destinada à guarda de

veículos;

GALPÃO É uma construção com fins industriais

constituída de telhado sem forro, fechada parcialmente ou totalmente, em alvenaria e complementada por fechamento natural da estrutura ou outros materiais, como telhas translúcidas etc;

SÓTÃO É a parte do edifício que ocupa um espaço

compreendido pela cobertura, cujo pé-direito não pode ser inferior a dois metros;

TELHEIRO É uma construção constituída por cobertura,

suportada por pilares e parcialmente fechada ou totalmente aberta nas laterais. Exemplo: varanda.

CAPÍTULO IX

ELEMENTOS AUXILIARES

1. REPRODUÇÃO DOS DESENHOS

A reprodução de desenhos se faz de duas

maneiras. Uma é a reprodução de cópias em máquinas heliográficas e xerox, maneira que requer certos cuidados como, por exemplo: cópias heliográficas precisam que o original seja um papel transparente (vegetal ou manteiga) e o xerox pode ser papel opaco.

A outra maneira que poderemos obter reprodução de desenhos é a mais lenta e mais cara, mas bastante eficiente que é a cópia através de desenhos, denominado vulgarmente de copista.

2. ARQUIVO DOS DESENHOS

O arquivamento de projetos se faz

necessário, principalmente pelo fator conservação e durabilidade; mas como existem papéis de diferentes composições, precisamos saber de que forma poderão ser arquivados.

Os originais, em papel vegetal ou manteiga, precisam ser guardados, sem serem dobrados, e com isto dificulta-se a guarda destes papéis; mas existem hoje no comércio tubos de diversos diâmetros e comprimentos para atender a necessidade de cada projeto. Existem também armários mais sofisticados com gavetas que

denominamos de Mapotecas , considerados de melhor e mais segura forma de guardar nossos originais; com isto poderemos criar as nossas próprias mapotecas mistas para podermos, nós mesmos, construí-las.

Já as cópias dos projetos poderão ser guardadas em pastas de diversos modelos, vez que estas poderão ser dobradas, o que facilita o serviço de arquivamento de projeto.

CAPÍTULO X

NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO CIVIL

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Temos como objetivo levar ao aluno e ao

profissional uma postura correta de abordar, discutir e compreender todos os aspectos da Construção Civil, desde as atribuições preliminares, até os processos burocráticos e técnicos necessários aos financiamentos, que procuraremos abordar dentro da mais fiel realidade pedagógica e profissional.

2. ATRIBUIÇÕES PRELIMINARES

2.1. O CONTATO PRELIMINAR COM O CLIENTE

O cliente em potencial terá de ser sondado pelo profissional da forma mais simples e objetiva, pois a ele compete o papel principal da transação. Além de ser o comprador do projeto ou do imóvel, ainda será o usufruidor da transação.

Quem constrói para si, aluga ou compra um imóvel, o faz para atender suas necessidades físicas de moradia, bem estar e lazer, onde deverão ser observados os aspectos da forma, função e bem estar.

2.2. APREENSÃO PROGRAMÁTICA DAS

NECESSIDADES DO CLIENTE

Todo e qualquer cliente tem para seu imóvel, quer seja ele construído ou a construir, o programa de suas necessidades para habitar, que constitui de: morar circular e lazer. Partindo desta premissa, o cliente terá de ser sondado sob todos os aspectos sociais, econômicos e funcionais.

2.3. ESTUDO PRELIMINAR DO PROJETO. ANÁLISE DO IMÓVEL CONSTRUÍDO a) no estudo preliminar do projeto teremos de

tomar conhecimento de todas as pretensões do cliente quanto a seu programa de necessidades, convívio social e padrão, tendência de estilo, funcionalidade e formas;

b) para imóvel construído, além de todos os parâmetros observados para o caso acima terão de ser analisados, ainda, padrão de construção, qualidade, segurança e documentação.

mapotecas-coleção de mapas e cartas geográficas.

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2.4. VERIFICAÇÃO LEGAL, SITUAÇÃO DO IMÓVEL E LEI DE USOS DO SOLO

Para se construir, em qualquer centro urbano do País, deverá ser observado um mínimo da legislação, que, de um local para outro, muda de aspecto e exigências.

Entretanto, os Técnicos em Transações Imobiliárias e projetistas deverão estar atentos à fidelidade da documentação, situação do imóvel, de acordo com as exigências do projeto ou cliente, e atento ainda, à Lei de Uso do Solo específica a cada sítio urbano, pois, estas exigências, mudam de cidade para cidade, de região para região, de Estado para Estado, no que tange à ocupação, aproveitamento, afastamentos obrigatórios em relação à via pública, praças, bosques, outros logradouros, ou do imóvel vizinho, gabarito máximo a ser atendido.

Para os casos acima, geralmente as cidades são divididas em regiões denominadas residenciais, comerciais, mistas, públicas, educação e lazer, zonas verdes, zonas de segurança, fundos de vale, reserva florestais e ecológicas, reservas e conservações hídricas.

2.5. EXIGÊNCIAS LEGAIS NA ELABORAÇÃO DO PROJETO

Na elaboração do projeto deverão ser

observadas todas as normas do item acima, e mais as específicas dos códigos de edificações de cada cidade.

Não podemos de maneira nenhuma citar aqui uma norma existente no código de edificações de Brasília, Porto Alegre ou Goiânia, como norma geral; o que recomendamos é que o profissional de cada região terá que conhecer e aplicar as normas expressas no seu código. (Exemplos a seguir).

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PROCESSOS N° S : 110.000.557/85 DECISÕES N° S : 058/85 DATA : 5.12.85 DECRETOS N S : 9.319 DATA : 13.03.85 PUBLICADO : DO/DF 13.03.86 REGISTRO NO CARTÓRIO : OFÍCIO: DATA:

USO, GABARITO E NORMAS DE EDIFICAÇÃO

A) DESTINAÇÃO: (1)

Habitação Individual B) TAXA MÁXIMA DE OCUPAÇÃO: (1)

70% da área do lote C) AGASTAMENTO MÍNIMOS OBRIGATÓRIOS: 1) 5,00m da divisa do parque na maior dimensão da quadra (1) 2) 3,00m da divisa do parque na menor dimensão da quadra (1) 3) 3,00m da divisa da via de acesso: constituem-se em exceção a esta norma os lotes menores

que formam o alargamento para retorno de veículos, no final da via de acesso das quadras internas (Q1) (2)

4) 3,00m de uma das divisas laterais para todos os pavimentos podendo a edificação alcançar a outra divisa lateral. Para cada quadra o DLFO/SVO indicará qual a divisa que poderá ser atingida pelas construções, tomando em consideração a melhor orientação. (2)

5) 1,50m de afastamento lateral em todos os pavimentos para abertura de vãos de iluminação e/ou ventilação, sem prejuízo do item “4”.(2)

6) 1,50m da divisa da rua de pedestres nos lotes que a formam nas quadras inteiras (1). D) NÚMERO DE PAVIMENTOS (1)

G O V E R N O D O D I S T R I T O F E D E R A L – S V O – D A U NGB ⎯ 10/86 SHIN/S- SETOR DE HABITAÇÕES INDIVIDUAIS NORTE E SUL

DATA 17/01/86 PROJ --------- GON. NSM:------- VISTO: ------------ APROVO: ----------- U S O – N O R M A S D E E D I F I C A Ç Ã O E G A B A R I T O.

1) Serão permitidas construções com o máximo de

dois pavimentos ou de 8,50m de altura. medidos a partir do terreno. no ponto médio da construção.

2) Subsolo: É permitida a construção de um único subsolo observados os afastamentos mínimos obrigatórios. Considera-se subsolo, a parte da edificação situada em nível inferior ao do pavimento térreo podendo aflorar no solo, nos casos em que o terreno permitir.

A Sua utilização ficará condicionada aos

usos compatíveis com a habitação (permanência prolongada, transitória e especial) e a ventilação e iluminação natural necessárias, de acordo com as normas estabelecidas no Código de Edificações de Brasília. A sua área será computada no cálculo da área máxima de construção.

E) COBERTURA E TERRAÇOS (1) 1) No caso de construção de dois pavimentos com

terraço, este poderá ser coberto até 30% de sua área.

2) Os beirais da cobertura não poderão avançar sobre a faixa do afastamento obrigatório, mais de 1/3 de sua largura.

F) DOS COMPARTIMENTOS (1)

1) As áreas de serviço deverão ser muradas de

modo a garantir a sua indevassabilidade, desde os logradouros públicos.

2) Quando se tratar de habitação com dois quartos, é obrigatório a existência de banheiro de empregada e área de serviço.

3) Quando se tratar de habitação com 3 quartos ou mais, é obrigatório a existência de dependências de serviço completas constituídas de área de serviço, quarto e banheiro de empregada.

G) TRATAMENTO DAS DIVISAS (1)

1) É permitido o emprego de cercas vivas nas divisas dos lotes.

2) Não é permitido murar as testadas dos lotes, salvo no caso de fechamento de dependências de serviço.

– 2-D – NGB – 10/86 – Fls 03/03

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OBSERVAÇÃO: 1 (Fontes das Normas)

As normas e gabaritos estabelecidas no presente GB são oriundos de:

(1) (1)-Decreto “N” n° 596 de 08.03.67 - artigos: 97, 141, 142, 143, 144, 145, 146, 147 e 148.

(2) (2)-Decreto n° 5.105 de 15.02.80 que homologa a decisão n° 22/80 - CAU, processo n° 000.856/80.

OBSERVAÇÃO: 2

Esta NGB 10/86 dá uma nova redação ao item subsolo do artigo 142-§ 2 do Código de Edificações de Brasília, para os Setores de Habitações Individuais Norte e Sul.

OBSERVAÇÃO: 3

(1) - São compartimentos de permanência prolongada: quartos, salas em geral, biblioteca e salões de festas.

(2) - São compartimentos de permanência transitória: cozinhas, copas, instalações sanitárias, depósitos domiciliares, adegas, lavanderias domiciliares, áreas de serviço, quarto de vestir, corredores, escadas, rampas e hall de elevadores.

(3) - São compartimentos especiais: garagens, locais para duchas e sauna, salas de computadores, laboratórios fotográficos e estúdios de gravação.

2.6 TRAMITAÇÕES LEGAIS PARA

APROVAÇÃO DE PROJETOS DE EDIFICAÇÕES

Na aprovação de projetos também existem peculiaridades regionais. Entretanto, há dispositivos em lei que nos obriga cumpri-las em qualquer região do País. Caso concretos: registros dos projetos no CREA Regional, registro no IBGE, matrículas na Delegacia Regional do IAPAS, aprovação na Prefeitura, Delegacia Regional do Trabalho.

− Lei n° 5.217, de 28 de dezembro de 1976, Seção 11, Código de Edificações de Goiânia.

− Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1976, CREA

− CONFEA.

2.7. TRAMITAÇÕES LEGAIS NA APROVAÇÃO DE PROJETOS

Os trâmites legais para aprovação de

projetos são diferenciados em cada região ou cidade. Veja noções a seguir:

a) normalmente a tramitação inicia-se pelo registro dos projetos de arquitetura, fundações, estrutural, hidráulico, sanitário, elétrico, telefônico e outros complementares, de acordo com a envergadura da obra.

Este registro poderá ser complementado com a exigência de apresentação ao órgão de todos

os projetos ou parte deles para serem analisados e carimbados.

No registro do CREA, fica evidenciada a autoria dos projetos e seus responsáveis técnicos. A responsabilidade técnica vincula o profissional durante a execução da obra, o qual deverá responder técnica e criminalmente por qualquer dano causado à obra ou a terceiros. CREA / CONFEA:

− - Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1976. − - Artigo n° 1.245 do Código Processo Civil;

b) no ato seguinte, faz-se o registro no IBGE, Delegacia local ou regional. A finalidade desse registro está expressa em Lei Federal que determina o registro para efeito do censo anual do crescimento das cidades;

c) em seqüência, portando uma via da A.R.T. do CREA, mais os dados do proprietário da obra, faz-se a matrícula da obra na Delegacia regional do IAPAS. Esta matrícula refere-se ao padrão, porte e duração da obra;

d) para se requerer a aprovação dos projetos e respectivos alvarás de licença para a construção junto às Prefeituras, salvo portarias regionais específicas, teremos de instruir o processo com os seguintes documentos:

I requerimento à Secretaria competente; II documento de propriedade do imóvel em nome

do proprietário da obra; III certidões negativas de débitos vinculados ao

imóvel, infra-estrutura que o serve; IV via da A.R.T. do CREA; V matrícula do IAPAS; VI jogo completos de cópias heliográficas, tantas

quanto exigirem, de todos os projetos ou em parte.

e) ao término da obra, para se requerer o habite-

se, novamente teremos de instruir um processo com os seguintes documentos:

I requerimento à Secretaria competente; II guia de quitação do ICM fornecida pela

Secretaria da Receita Estadual. – Lei e Ato Normativo: para se obter esta quitação, o proprietário, no caso de obra construída por conta própria, ou a construtora, no caso de obra empreitada, deverá exibir ao setor de fiscalização competente todas as notas fiscais de compra dos materiais usados na construção – Decreto n° 969, de 15 de julho de 1976 e art. 238 do Código Tributário do Estado de Goiás;

III xerox do alvará de licença para a construção e das respectivas taxas de aprovação;

IV certidão do número oficial fornecido pelo órgão competente;

V guia de pagamento da taxa do habite-se.

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CAPÍTULO XI

PROJETOS

1. NOÇÕES GERAIS

O número de projetos exigidos para uma edificação está ligado a alguns fatores condicionantes, tais como:

a) grau de padrão da obra; b) grau de dificuldade na sua execução; c) exigências dos códigos e órgãos públicos

regionais.

Vamos citar os projetos mais significativos e necessários à boa execução de uma obra.

2. PROJETO ARQUITETÔNICO

Constando de:

a) plantas baixas, tantas quanto forem os níveis a serem mostrados;

b) elevações em corte, tantas quantos forem os compartimentos que se desejem detalhar;

c) elevações de fachadas: frontal, laterais especiais;

d) detalhamento técnico de volume, equipamentos, escadas, reservatórios;

e) perspectivas externas e de interiores; f) maquete de volume ou detalhada da obra.

Levados em conta todos os dados de projetos, enumeramos, a seguir, como exemplo, a classificação dos compartimentos, dimensões das aberturas e os elementos técnicos que deverão existir nos projetos para uma perfeita aprendizagem de quem os lê ou os executam no canteiro de obras.

2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS

Segundo o Código de Edificações da cidade

de Goiânia - GO, enumeramos a seguir:

a) Art. 50 - os compartimentos das edificações, conforme sua destinação, assim se classificam:

I de permanência prolongada; II de permanência transitória; III especiais; IV sem permanência. b) Art. 51 - compartimento de permanência

prolongada são aqueles utilizados para uma, pelo menos, das funções ou atividades seguintes:

I dormir ou repousar; II estar ou lazer; III consumo de alimentos; IV trabalhar, ensinar ou estudar;

V tratamento ou recuperação; VI reunir ou recrear.

Parágrafo único - são compartimentos de permanência prolongada, entre outros, os seguintes:

1) os dormitórios, quartos e salas em geral; 2) as lojas e sobrelojas, escritórios, oficinas e

indústrias; 3) salas de aula, estudo ou aprendizado e

laboratórios didáticos; 4) salas de leitura e bibliotecas; 5) enfermarias e ambulatórios; 6) refeitórios, bares e restaurantes; 7) locais de reuniões e salões de festas; 8) locais fechados para a prática de esportes ou

ginásticas. c) Art. 52 - compartimentos de permanência

transitória são aqueles utilizados para uma, pelo menos, das funções ou atividades seguintes:

I circulação e acesso de pessoas; II higiene pessoal; III depósito para guarda de materiais, utensílios ou

peças, sem a possibilidade de qualquer atividade no local;

IV troca e guarda de roupas; V lavagem de roupa e serviço de limpeza; VI preparo de alimentos. Parágrafo único - são compartimentos de permanência transitória, entre outros, os seguintes:

1) escadas e respectivos patamares, bem como

rampas e seus patamares; 2) hall de elevadores; 3) corredores e passagens; 4) átrios, vestíbulos e antecâmaras; 5) cozinha e copas; 6) banheiros, lavabos e instalações sanitárias; 7) depósitos domiciliares, despejos, rouparias e

adegas; 8) vestiários e camarins; 9) lavanderias domiciliares, despejos e áreas de

serviços; 10) quartos de vestir. d) Art. 53 - compartimentos especiais são aqueles

que, embora podendo comportar as funções ou atividades relacionadas no Art. 51, apresentam características e condições adequadas à sua destinação especial.

Parágrafo único - são compartimentos especiais, entre outros, os seguintes:

1) auditórios e anfiteatros; 2) cinemas, teatros e salas de espetáculos; 3) museus e galerias de arte; 4) estúdio de gravação, rádio e televisão; 5) laboratórios fotográficos, cinematográficos e de

som; 6) centros cirúrgicos e salas de raios-X; 7) salas de computadores, transformadores e

telefonia;

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8) locais para duchas e saunas; 9) garagens; 10) galpões para estocagem. e) Art. 54 - compartimentos em permanência são

aqueles que não comportam permanência humana ou habitabilidade , tais como:

I os subsolos ou porões; II as câmaras frigoríficas, cofres fortes, caixas

d’água e similares. f) Art. 55 - compartimentos para outras

destinações ou denominações não indicadas nos artigos precedentes desta seção ou que apresentem peculiaridades especiais, serão classificados com base nos critérios fixados nos referidos artigos, tendo em vista as exigências de higiene, salubridade e conforto, correspondentes à função ou atividade.

2.2. DIMENSÕES DAS ABERTURAS

a) Art. 56 - nos compartimentos de permanência prolongada, os vãos destinados à iluminação e ventilação deverão ter área mínima de 1/6 (um sexto) da área do piso do compartimento.

Parágrafo único – exclui-se da obrigatoriedade deste artigo os seguintes casos:

1) corredores e passagens com área igual ou inferior a 10 m2

(dez metros quadrados); 2) “closet” e quartos de vestir com área total igual

ou inferior a 5 m2 (cinco metros quadrados);

3) depósito com área igual ou inferior a 2,50 m2

(dois vírgula cinco metros quadrados); 4) escadas com edificações uni-habitacionais de

até 2 (dois) pavimentos. b) Art. 58 - quando a iluminação/ ventilação for

zenital deverá obedecer às áreas mínimas já fixadas no artigo 56;

c) Art. 59 - as áreas dos vãos de iluminação e ventilação fixadas para os compartimentos de permanência prolongada e transitória serão alteradas, respectivamente, para ¼ (um quarto) e 1/6 (um sexto) da área do piso, sempre que a abertura der para terraço coberto, alpendre e avarandado com mais de 2 m (dois metros) de profundidade;

d) Art. 60 - os compartimentos especiais que, em face das suas características e condições vinculadas a destinação, não devem ter aberturas diretas para o exterior, ficam dispensados da exigência do artigo 56.

Esses compartimentos deverão, porém,

apresentar conforme a função ou atividade neles exercidas, condições adequadas segundo as normas técnicas oficiais de iluminação e ventilação por

habitabilidade-possibilidade de ser habitado. peculiaridade-privativo de uma pessoa ou coisa. salubridade-conjunto das condições favoráveis à saúde.

meios especiais, bem como, se for o caso, controle satisfatório de temperatura e de grau de umidade do ar.

3. PROJETO DE FUNDAÇÕES

Para o projeto de fundações (Figura 34) necessário se toma a adoção de informações complementares, tais como:

a) levantamento planimétrico ou plano-altimétrico ;

b) locação da obra; c) planilha e laudo da sondagem do subsolo.

Do projeto de fundações deverá constar:

I locação dos elementos da fundação, tais como: blocos, sapatas, estacas, tubulões, radier etc;

II especificação dos materiais a serem usados em cada elemento, dentre eles: pedra-de-mão, aço, cimento, areia, agregantes especiais etc;

III detalhamento dos elementos; IV planilha de cálculos, se exigida.

4.PROJETO ESTRUTURAL 4.1. NOÇÕES GERAIS No projeto estrutural, tal como no projeto

de fundações, necessitamos de dados complementares advindos de outras áreas específicas. São elas:

a) testes de resistência do aço a ser usado na obra;

b) teste de granulometria dos agregados graúdos e miúdos, tais como: brita, cascalho e areia;

c) teste de qualidade dos agregantes, tais como: cimento e outros;

d) projeto das fundações.

De posse destas informações o projetista seguirá os seguintes passos:

I lançará a estrutura sobre o projeto de arquitetura, já prevendo dimensões para pilares, vigas, cortinas de concreto, lajes, pórticos etc;

II ato contínuo, serão determinadas as cargas nos diversos elementos da estrutura;

III com as cargas determinadas, os valores de resistência conhecidos, o projetista assará ao processo do cálculo que irá confirmar ou não as dimensões lançadas nas vigas e pilares.

Em seguida, o lançamento do aço

determinado pelo cálculo e o traço do concreto a ser usado, levando em conta os dados de laboratórios dos agregantes, cimentos e aditivos agregados, brita e areia.

planimétrico-medidas das áreas das superfícies planas. altimétrico-medir a altura.

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5. PROJETO HIDRÁULICO

O projeto hidráulico deverá ser dimensionado tomando como parâmetro os dados fornecidos pela necessidade de demanda esta demanda se mede, como segue:

a) pelo número de pessoas usuárias; b) função do edifício se: residencial, comercial,

educação, esportivo, hospitalar e de saúde, diversões;

c) linha qualitativa dos materiais, dentre eles: tubos e conexões, aço, ou PVC.

O projeto hidráulico divide-se em duas

modalidades:

I hidráulico em água fria; II hidráulico em água quente, com aquecimento

central elétrico e a combustível ou aquecimento solar.

Cada modalidade de projeto tem no seu

desenvolvimento um cálculo compatível com o material a ser usado. Para um projeto de água fria poderemos usar, indistintamente, tubos e conexões em aço ou PVC.

Entretanto, para um projeto de água quente, os tubos e conexões terão de ser em ligas de aço: galvanizado, tubos industriais, tubos de cobre, tubos latonados, protegidos com calhas de amianto, vermiculita, fibras de vidro ou isopor, de preferência protegidos com lâminas de alumínio polido.

6. PROJETO SANITÁRIO

O projeto sanitário, enquanto a nível e

envolvência do edifício poderá ser projetado e executado usando-se manilhas de barro, tubos em cimento-amianto, tubos de ferro fundido, tubos de PVC rígidos ou flexíveis.

Se o esgoto for ligado à rede pública, entre o edifício e a rede haverá apenas uma caixa de passagem que recebe os dejetos do edifício e os transfere à rede pública.

Não tendo a rede pública, o esgoto do edifício será lançado num sumidouro ou fossa negra, passando antes por uma fossa séptica que deverá, em conjunto com o sumidouro, serem calculados de acordo com a demanda do edifício, classificados por função, e atender às normas técnicas contidas na ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, além das normas, resoluções e atos normativos de cada órgão regional.

7. PROJETO ELÉTRICO

As instalações elétricas prediais estão

regidas pela NB-3 da ABNT, que define totalmente todas as particularidades materiais e físicas dos

sumidouro-abertura por onde se escoa e desaparece um líquido.

projetos e construções. Para sua elaboração o projetista deverá conhecer:

a) função de cada ambiente, dentre eles: loja, residência, indústria, escritório, culto, diversões e esportes;

b) conhecimento detalhado do projeto de arquitetura no que tange a pé-direito, cores usadas nos tetos e paredes;

c) tipo de iluminação desejada; d) equipamentos elétricos a serem usados.

Assim avaliado, o projetista desenvolverá no projeto, o que segue: lumino-técnica, tomadas de força, quadros de disjuntores, comando e proteção, padrões e medidores e proteção contra faíscas elétricas.

Determinará o uso dos materiais conforme a NB-3, calculados rigorosamente dentro das tabelas e normas dos órgãos regionais.

8. PROJETO TELEFÔNICO

O projeto telefônico é regido por normas

emanadas do órgão competente no que tange à especificação técnica dos materiais, de acordo com a ABNT/ NB e atos normativos internos.

9. PROJETO DE CONFORTO AMBIENTAL

O conforto ambiental na concepção de

projeto está intrinsecamente ligado à concepção do projeto de arquitetura.

O que é o conforto ambiental? É tudo aquilo que proporciona conforto ao usuário do espaço ocupado.

Assim entendendo, podemos citar:

a) as aberturas de portas, janelas e vãos livres; b) a quantidade de ar e luz natural que fluem

naturalmente pelas aberturas; c) a qualidade dos materiais usados nos pisos,

paredes e tetos; d) a cor e o compartimento térmico e acústico

desses materiais; e) os aparelhos de ventilação canalizados ou

individuais; . f) o ar condicionado central ou aparelho individual; g) a cor dos vidros a serem usados; h) os aquecedores em caso de projetos para climas

frios.

Todos os elementos acima, para serem instalados, deverão passar pelo crivo de dados técnicos e calculados de acordo com padrões estabelecidos pelas normas da ABNT/ NB ou atos normativos de órgãos regionais de controle.

10. PROJETO DE SEGURANÇA

A segurança do usuário de uma residência ao lado, ou de um edifício de habitação coletiva nos dias atuais passou a fazer parte integrante de necessidades dentro da concepção de projeto global.

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OS PROJETOS DE SEGURANÇA

ABRANGEM:

a) porteiro eletrônico com controle por interfones; b) porteiro eletrônico com controle remoto; c) guaritas com guardas controlando o fluxo; d) circuitos fechados de televisão; e) alarmes auto-acionáveis pela aproximação de

elementos estranhos: células foto-censoras.

11. AJARDINAMENTO INTERNO E DE ENTORNO

O projeto de ajardinamento deverá receber

subsídios técnicos relacionados com as áreas da botânica e paisagismo.

A escolha dos elementos usados deverá ser de acordo com:

a) espaços a serem ajardinados; b) escolha qualitativa das plantas; c) clima local.

No entorno, o ajardinamento deverá ser concebido sempre observando os parâmetros acima, acrescido da observância da posição dos ventos dominantes.

Principalmente ao usar árvores arbustivas, ou de grande porte.

12. PROJETO DE URBANIZAÇÃO E

PARCELAMENTO DO SOLO

Para se situar no contexto de projeto de urbanização e parcelamento do solo urbano teremos de abolir o antigo conceito de parcelamento, chamado loteamento.

Parcelar e urbanizar áreas urbanas dentro do novo conceito implica em dividir uma área em partes não definidas, sendo que, cada parte, terá uma função social a cumprir.

O lote, a ma, a praça, o fundo de vale, a área verde, todos estão inseridos neste contexto geral.

Na elaboração do projeto de parcelamento do solo e urbanização, há a participação de vários profissionais, cada um executando uma etapa do projeto, como segue:

a) ao arquiteto e urbanista, a concepção do

projeto; b) ao engenheiro civil; c) ao geólogo; d) ao engenheiro sanitarista. Lei 5194 de 24 de Dezembro de 1966 Artigo 1º ao artigo 28 - CREA/ CONFEA.

13. PROJETO DE INFRA-ESTRUTURA URBANA

No projeto de infra-estrutura deveremos

identificar as seguintes abordagens:

a) projeto de água potável; b) projeto de esgoto urbano; c) projeto de rede elétrica e iluminação pública; d) projeto de rede telefônica; e) projeto de asfaltamento; f) projeto de rede de gás doméstico; g) projeto de vias e sinalização urbana; h) projeto de águas pluviais, galerias, canais

defletores e drenos. Exemplos de projetos: (Figuras 34 a 43)

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CAPÍTULO XII

ORÇAMENTO, CRONOGRAMAS E CONTRATOS

1. ORÇAMENTO

1.1. NOÇÕES GERAIS

O orçamento é um elemento indispensável

no cômputo geral da obra, pois, é através dele que teremos os custos reais do empreendimento. (figura 46).

O orçamento consta dos seguintes passos:

a) relacionamento seqüencial das etapas a serem desenvolvidas no período de duração da obra;

b) relacionamento dos materiais e serviços, gastos e aplicados em cada etapa da obra;

c) licitação de preços para materiais e serviços; d) preenchimento da planilha analítica dos

materiais e serviços; e) preenchimento do cronograma físico e financeiro

da obra.

2. CRONOGRAMAS

Os cronogramas podem ser:

a) Cronograma Físico: define as etapas de duração da obra; ou seja, um, dois ou mais meses;

b) Cronograma Financeiro: define os valores atribuídos às diversas etapas seqüenciais da obra.

Exemplo:

Uma obra com cronograma para 6 (seis) meses, a partir de janeiro, apresenta no primeiro mês do cronograma (janeiro) as etapas a serem concluídas, tais como: preliminares e fundações.

Isto equivale a dizer que no mês de janeiro foi cumprida a, etapa do cronograma físico, preliminares e fundações, correspondendo ao cronograma financeiro no valor atribuído a cada etapa concluída. (figura 47).

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3. CONTRATOS Os contratos podem ser:

a) Contrato por Empreitada Global: é o definido pelo modelo em que o contratado assume o custo global da obra, incluindo materiais, encargos sociais, taxas e emolumentos , recebendo do contratante importâncias em dinheiro conforme o estabelecido.

b) Contrato por Administração Direta: é definido pelo modelo em quê:

I o contratante assume todos os encargos

financeiros diretamente na aquisição dos materiais, encargos sociais, taxas e emolumentos;

II paga-se ao contratado uma taxa administrativa previamente combinada e que conste no bolo do contrato, da ordem de 10% a 20%, dependendo do envolvimento e dificuldade da obra.

c) Contrato por Administração Indireta: é definido

pelo modelo em que: I o contratado não assume o custo global da obra

por um valor estipulado; II a administração geral de compras, dos encargos

sociais, das taxas e emolumentos é feita pelo contratado, transferindo ao contratante os valores gastos nas etapas que poderão ser semanais, quinzenais ou mensais;

III aos valores acima mencionados será acrescida a taxa administrativa na ordem de 10% a 20% dos valores de cada faturamento por etapa.

d) Contrato por Administração Semi-Direta: é

definido pelo modelo em que: I o contratante assume parte de projetos,

sondagens, sub-empreitadas especializadas, tais como: topografia, sondagem, estaqueamento , colocação do material no canteiro da obra;

II o contratado vende ao contratante a mão-de-obra generalizada da construção pelo valor atribuído como alocação de mão-de-obra;

III sobre esse valor alocado o contratante paga ao contratado um valor que, dependendo do grau de dificuldade e padrão da obra, pode oscilar em torno de 40% a 60% do custo global da obra.

e) Contrato por Prestação de Serviços: é definido

pelo modelo em que: I o contratante firma com o contratado a

prestação de serviços técnicos ou de mão-de-obra, para uma tarefa definida, com preço acertado para o cumprimento desta tarefa;

II o contratante não assume nenhum vínculo de responsabilidade com encargos sociais, estaduais, municipais ou federais.

emolumentos-gratificação; rendimento de um cargo. estaqueamento-colocação de estacas.

f) Contrato por Responsabilidade Técnica: é definido pelo modelo em que o contratante firma com o contratado o compromisso de ressarci-lo monetariamente o valor devido e estipulado pelo Conselho CREA - e pelo Sindicato da classe, dentro da tabela vigente na data do contrato.

CAPÍTULO XIII

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO POR GRUPOS E AFINIDADES

1. MATERIAIS BÁSICOS

O que se entende por materiais básicos, na

construção? São materiais que, como o título define, usados na parte básica da construção. São eles:

a) a pedra bruta (marruada); b) os tijolos; c) as areias de assentamento e de revestimento.

2. MATERIAIS ESTRUTURAIS

Os materiais estruturais são todos aqueles

que, usados individualmente ou associados, formam a parte estrutural da edificação. Exemplos: o aço, a madeira, a pedra brita, o cascalho (seixo rolado), o cimento, as ligas metálicas, as fibras sintéticas.

3. MATERIAIS DE REVESTIMENTO Na linha dos revestimentos temos os

materiais naturais e os industrializados.

a) Naturais: argamassas de areia, saibro e cimento; argamassas de areia, saibro e cal; as pedras de todas as classes, em estado bruto; o gesso em pasta;

b) Industrializados: as lajotas e cerâmicas, as pedras polidas, os azulejos, as pastilhas; as madeiras; maciças, laminadas, folhadas e contraplacadas; as lâminas de resinas sintéticas: fenólicas, epóxicas, fibras de vidro, o gesso em placas, as lâminas de aço, latão, alumino; o vidro: espelho, fosco e envelhecido.

4. MATERIAIS DE ACABAMENTO

Os materiais de acabamento em muitos

casos se confundem com os materiais de revestimento.

Entretanto, preferimos dar-lhes um destaque, pois se trata de revestimento final. Assim, destacamos neste item: as tintas, as massas corridas para alvenarias e aço, os vernizes, as resinas sintéticas: epóxicas, polivretânicas, fenólicas; os tecidos, os carpetes, os plásticos.

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5. MATERIAIS ISOLANTES E ACÚSTICOS

Preferimos associar os materiais isolantes e acústicos, pois pelas suas peculiaridades funcionais os mesmos se completam.

Há casos em que um material funcionando acusticamente estará de certa forma influindo no isolamento térmico.

Neste grupo podemos citar: a madeira maciça, a madeira laminada, a madeira aglomerada, a madeira prensada, o gesso sob a forma de pasta e de placas, isopores, o amianto em fibras e em placas, as tintas texturizadas à base acrílico ou PVA.

6. MATERIAIS DE VEDAÇÃO Os materiais de vedação são aqueles usados

contém os processos infiltrantes, quer os de superfície, quer os de junção de peças distintas.

Dentre os mais usados destacamos: os mastiques à base de asfalto, thiocois, alcatrões, borracha, plástico.

As tintas à base de borracha clorada, neoprene, os hidrofugantes à base de silicone.

7. MATERIAIS DE COBERTURA

De todos os materiais, os de cobertura

parecem ser os que têm sua história mais remota. Desde que o homem sentiu a necessidade

de abrigar-se, começou a surgir o uso variado de processos de cobertura.

No início das civilizações o homem usou a pedra, as fibras das palmeiras, os troncos das árvores.

Durante todo o processo de desenvolvimento dos povos houve também um desenvolvimento das técnicas e da pesquisa até chegarmos hoje ao uso de elementos como o vidro e o acrílico nas formas de cobertura. Em toda essa evolução diferenciada de povos e regiões do planeta, indistintamente sempre se usou e desenvolveu os seguintes materiais:

a) a pedra, as fibras vegetais, as lâminas de

madeira falquejadas, como materiais rústicos e naturais;

b) o barro cozido, primeira manifestação industrial, até hoje usado, já como material nobre;

c) o cimento-amianto, oriundo da associação de elementos minerais e de um processo sofisticado de industrialização;

d) as chapas metálicas: aço, alumínio, zincadas ou galvanizadas;

e) as chapas em plástico, acrílico, fibras ou galvanizadas;

f) as fibras de madeira plastificadas; g) a argamassa de cimento armado, ou não.

mastiques-resina de almécega; asfáltico. hidrofugantes-material impermeável, que não deixa passar

água.

8. MATERIAIS ELÉTRICOS E TELEFÔNICOS

Esses materiais possuem uma imensa variedade. Concentraremos nossa abordagem apontando as classes e grupos usados nas diversas fases da edificação.

a) eletrodutos: tubos de aço, cimento-amianto, plástico e borracha;

b) condutores: alumínio e cobre. Podendo ser nu ou encapado;

c) caixas de passagem: de aço, alumínio plástico, cimento-amianto, concreto e alvenaria, as usadas no piso e para grandes redes;

d) tomadas, interruptores, disjuntores, bocais fixos ou móveis;

e) acessórios e aparelhos: padrões de medição monofásico, bifásico, trifásico, medição em baixa tensão e o de medição em tensão superior; voltímetros e amperímetros, reostato, chaves de proteção mecânica e magnéticas, transformadores de corrente em baixa tensão e em alta tensão, lustres, arandelas, spots, holofotes, lâmpadas: incandescentes, fluorescente e mistas.

9. MATERIAIS HIDRO-SANITÁRIOS

Da mesma forma em que abordamos o item

anterior iremos proceder, indicando os grupos afins deste item, sub-dividindo em água e esgoto:

a) Água I tubulações: galvanizada, plástica, borracha,

cimento-amianto, concreto, ferro fundido, podendo ser soldáveis ou rosqueáveis;

II conexões: curvas, joelhos, três, ipsilons, luvas buchas, junções (soldáveis ou rosqueáveis);

III caixas de passagem: em alvenaria e concreto, para as redes primárias; plásticos ou cimento-amianto para as redes de serviço doméstico (caixa de gordura); caixas sifonadas e ralos sifonados ou seco, para as redes secundárias;

IV acessórios: registros, bóias, franges, válvulas, torneiras, duchas e chuveiros.

b) Esgoto NOTA

Os materiais hidráulicos e sanitários, ora se confundem, mas suas atribuições de usos e funções, geralmente fabricados com os mesmos materiais.

As funções se definem assim: numa pia o que é água e o que é esgoto? Até o momento que abrimos a torneira e usamos o líquido termina a função água; no momento que a água usada toca o fundo da pia começa a função esgoto.

10. MATERIAIS ORNAMENTAIS

Não se pode pensar hoje, somente na

solução física do edifício; precisamos relacioná-lo com seu entorno e sua região.

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Daí, a preocupação com a rua, o parque, a área verde, o jardim. Para essa integração usamos os jardins e a arborização do entorno de acordo com as características regionais e a necessidade ou meta a atingir. Pode-se usar: gramas rasteiras, arbustos de porte médio, cercas vivas, plantas nobres: de canteiro ou de vasos e árvores de grande porte.

CAPÍTULO XIV

CONSTRUÇÃO, RECONSTRUÇÃO OU

ACRÉSCIMO

1. CONSTRUÇÃO

É a ato que desenvolvemos uma idéia até então sob a forma de desenhos e gráficos para uma obra física em todos os seus detalhes e especificações.

2. RECONSTRUÇÃO

É uma intervenção sob os mesmos aspectos da construção, só que na reconstrução geralmente se modifica parte do que se encontra construído. Na reconstrução podem ocorrer três fatos:

a) parte da construção existente permanece; b) parte é simplesmente demolida; c) parte considerada acréscimo é construída.

Nos projetos de reconstrução somos obrigados adotar uma legenda para identificar os três casos. A maioria dos códigos de edificação adota o processo de pintar as cores diferentes, os traços demonstrativos de cada parte.

Essa pintura se faz geralmente nas cópias heliográficas, usando uma caneta hidrocor, obedecendo ao seguinte:

I cor preta: para o que permanece; II cor amarela: para o que será demolido; III cor vermelho: para o que será construído.

CAPÍTULO XV

TERRENO E SUA DEMARCAÇÃO

1. FORMAS DE TERRENO

Os terrenos urbanos de modo geral não guardam a mesma proporção nas suas medidas, nem as mesmas formas geométricas.

O traçado urbano é o fator condicionante das formas que tomam os lotes. (Figura 48). Podem ser chamados de:

a) regulares: os que têm fundo, testada frontal,

laterais direita e esquerda iguais; b) irregulares: os que não guardam estas

características

2. LOTEAMENTO

Quando parcela uma área urbana, o fruto desse parcelamento é chamado loteamento. O loteamento é feito observando os seguintes passos:

a) estabelece a linha poligonal das divisas; b) Faz-se o projeto do loteamento, contendo:

desenho de ruas, praças, áreas verdes, áreas públicas, memorial descritivo, instruído com toda a documentação exigida para aprovação;

c) demarca-se cada lote, colocando em seus cantos piquetes de concreto ou madeira.

3. DEMARCAÇÃO PARA INÍCIO DE UMA

CONSTRUÇÃO

Para iniciarmos a demarcação de uma obra fazemos a constatação das divisas do terreno através dos piquetes afixados quando da implantação do loteamento. Há casos em que precisamos pedir nova demarcação. São eles:

a) quando os piquetes afixados forem destruídos; b) quando há litígios de confrontantes; c) quando as medidas do projeto diferem das

indicadas no memorial e no documento de propriedade.

4. LIMPEZA DO TERRENO E MOVIMENTO

DE TERRA

A limpeza do terreno se faz usando equipamentos e máquinas de terraplanagem, ou em casos mais simples o trabalho manual de operários.

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Os movimentos de terra: terraplanagem, cortes, aterros, transportes, embora possam ser feitos de forma manual, por operários da obra, usam-se máquinas de terraplanagem na grande maioria, ocorrendo com isto economia de gastos e ganho de tempo no cronograma de execução.

5. GABARITAMENTO, DEMARCAÇÃO DA OBRA E INSTALAÇÃO DE CANTEIRO

5.1. GABARITAMENTO

É a instalação de réguas de madeira

afixadas em estacas, observando os seguintes requisitos:

a) réguas: tábuas de madeira macia com seção de 7,5 cm a 15,0 cm;

b) estacas: caibros de 5,0 cm × 7,0 cm fincados na altura estabelecida pelo nível desejado;

c) posição do gabarito: contornando a obra a uma distância de 1,0 m a 2,0 m dos limites das fundações e na altura (cota) estabelecida, e que geralmente fica no nível das vigas baldrames.

5.2. DEMARCAÇÃO

A demarcação se faz sobre o gabarito, obedecendo aos seguintes passos:

a) marca-se na borda superior do gabarito, com a afixação de pregos 17×21 pintados em vermelho, todos os pontos que determinem eixo de fundações, estacas, tubulões, blocos e sapatas;

b) do mesmo modo, afixamos pregos 12×21 pintados em amarelo, todos os eixos vigas baldrames e pilares;

c) para os eixos das parcelas, afixamos pregos 17×21 pintados em branco.

Este gabarito somente deverá ser retirado,

depois de marcado e iniciado o levantamento das paredes. (Figura 49 a 52).

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6. INSTALAÇÃO DO CANTEIRO

Cada obra, pelo seu volume e envolvência, admite um canteiro diferente.

De qualquer forma, no canteiro teremos bem definidos os elementos:

a) barracão coberto e fechado, dividido pelo menos

em dois compartimentos; b) barracão coberto sem divisão para abrigo de

carpintaria e serralheria de apoio; c) locais definidos para madeira bruta, madeira

beneficiada, ferro de armação, materiais básicos: pedra bruta, pedra britada, tijolos,

areia lavada, saibro, areia de revestimento e outros;

d) tapume da obra: o tapume, geralmente de madeira, deverá fechar todo o entorno da obra, salvo se já houver muros. Na parte frontal ou os tapumes poderão avançar sobre o calçamento até o limite permitido em legalização específica da região.

7. FUNDAÇÕES

Fundações são elementos estruturais

responsáveis pela sustentação do edifício (Figura 53 e 54) Através das fundações as cargas do edifício são transmitidas para o solo. Os principais tipos de fundações são:

a) sapata corrida: em pedra, alvenaria e concreto; b) estacas: as fundações em estacas abrangem

uma gama considerável de processo; dentre eles podemos citar: estacas a trado, estacas cravadas, estacas mega;

c) tubulões: as fundações tubulares abrangem os tubulões a céu aberto, chamados também de cisternas, os tubulões a ar comprimido, os tubulões encamisados, usados em contato com os solos úmidos;

d) sapatas em bloco: são muito usadas em construções até dois pavimentos; podem ser executadas em pedra bruta, concreto erclópico e concreto armado;

e) fundações em “radier”: este tipo de fundação é muito usado como construção flutuante em terrenos arenosos, heterogêneos, pantanosos e sedimentados.

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8. ESTRUTURAÇÃO DAS OBRAS A estruturação das construções são muito

variadas. Há uma dependência fundamental entre o

porte da obra, concepção do projeto e materiais propostos. A estruturação está ligada ao cálculo, aos materiais e ao processo construtivo.

Para efeito técnico-didático dividiremos o processo em:

a) obra estruturada: a que possui estrutura

independente de todas as demais fases construtivas.

Dentre as obras estruturadas podemos citar:

I as estruturas de concreto; II as estruturas de madeira; III as estruturas de aço; IV as estruturas de aço em madeira, estruturas

mista. b) semi-estruturada: a que se constrói

simultaneamente estrutura e alvenaria; c) alvenaria armada: a construção em alvenaria

armada caracteriza-se pelo modelo construtivo em que os conjuntos dos materiais de alvenaria e estruturais são usados de forma complementar;

d) alvenaria auto portante: a alvenaria auto portante se caracteriza pelo processo em que usamos a pedra, o tijolo maciço, o bloco de cimento, o processo solocimento, como elemento construtivo, neste processo

praticamente não existe aço na composição, a não ser sobre vergas de janelas, portas e na estruturação das lajes.

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9. ALVENARIA E VEDAÇÕES LATERAIS A alvenaria se constitui no processo

construtivo de se executar vedações usando materiais assentados com argamassa de cal, areia e cimento sobrepostos, tomando: paredes, muros de proteção, muros de arrimo.

As vedações laterais se constituem no processo de executar paredes e divisórias, usando materiais afixados com auxílio de encaixes, pregos e adesivos.

Na alvenaria, os elementos mais usados são:

a) tijolos maciços; b) tijolos furados; c) tijolos prensados, marombados e a vista; d) solo, cimento monolítico ou prensado. Nas vedações laterais:

I madeira bruta; II madeira desfiada; III madeira industrializada: compensado,

aglomerados, prensados; IV chapas e ondulados de cimento-amianto; V ligas metálicas: aço, alumínio;

VI vinílicos e sintéticos: chapas fenólicas, chapas vinílicas;

VII ligas de vidro sintetizado: fibra de vidro, vidro plano tratado e vidro temperado.

10. COBERTURAS

A cobertura constitui parte de vital

importância numa construção. Normalmente, as coberturas são sem dúvidas, um dos elementos da obra que apresenta maior problema técnico-funcional, devido a sua complexidade construtiva, e diversificação qualitativa dos materiais.

Os telhados que possuem planos diversificados de direção e inclinação precisam ser bem solucionados tecnicamente. Tipos de telhados:

a) com um único plano inclinado: uma água, também chamado meia água;

b) com dois planos inclinados: duas águas ou capa de cangalha;

c) com quatro planos inclinados: fazendo junções entre si, chamados espigões;

d) com seis planos ou mais: formando outros tipos de junções com o uso de calhas.

Exemplos de telhados (Figura 61).

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Além dos tipos de telhados são fatores de real importância os tipos de coberturas. Se considerarmos hoje as técnicas construtivas, a força de marketing das empresas, o fator qualitativo, funcional, o bem estar do usuário praticamente ficou relegado a segundo plano.

Coloca-se cobertura de cimento-amianto indiscriminadamente de sul a norte do Brasil, em casas sem forro ou laje, e com pé-direito baixo, que não oferece nenhum conforto ao usuário. Portanto, vamos considerar as quatro premissas básicas: forma, função, bem estar do usuário e beleza.

Principais tipos de elementos de cobertura:

a) fibras vegetais (palha); b) barro cozido: francesa ou marselha, colonial,

colonial plano, capa canal conjugada; c) chapas de cimento-amianto: liso tipo ardósia,

onduladas, canaletes; d) chapas e ligas metálicas: lisas, onduladas ou

trapezoidais em: zinco,alumínio e cobre; e) lajes impermeabilizadas; f) madeira: tabicas grosseiras, lâminas

industrializadas e impregnadas de elementos plastificantes.

11. REVESTIMENTOS

São todos aqueles que aplicamos em uma

parede formando um plano sem ondulação, com a finalidade de, sobre esse plano, aplicarmos algum tipo de acabamento final.

Os revestimentos de base praticamente, todos à base de areias, cal e cimento, ou à base de gesso.

Os revestimentos à base de cimento, areia, ou cal e areia, dependendo do tipo de acabamento final, deverão ser dosados convenientemente, como segue:

a) acabamento final com pintura simples à cal,

látex PVA, podemos dosar o traço do revestimento variando de 1:6 até 1:10 de cimento de areia ou cal e areia;

b) acabamento final com pinturas especiais à base de esmalte, resinas epóxicas e polivretânicas ou para revestimentos com chapas ou lâminas à base de cola, além de dosarmos o traço mais concentrado em cimento, ainda poderemos, em certos casos específicos usarmos adicionantes endurecedores (agregantes químicos) nas argamassas. Traços mais comuns: 1:3 a 1:6 de cimento e areia fina e lavada;

c) no acabamento final com elementos cerâmicos à base deve ser dosada também, traço do item anterior, nunca usando aditivos químicos.

Também não será necessária a face lisa.

Deverá ser áspera, não ondulada, para que haja uma perfeita aderência do revestimento final.

12. REVESTIMENTO DE ACABAMENTO

Podem ser:

a) esmaltados e vitrificados: azulejos, cerâmicas, pastilhas;

b) naturais: pedras e madeiras; c) industrializados: I transformados: madeira folheada, compensada,

aglomerada; II sintetizados: vinílicos, fenólicos; III metálicos: ligas metálicas em alumínio, aço,

latão e cobre; IV ligas de vidro: fibra de vidro (fiber glass) vidro

espelhado. Vidro temperado.

13. PAVIMENTAÇÃO

A pavimentação é sem dúvida, um revestimento de acabamento. Como tal, suas bases de assentamento terão de ser dosadas num traço conveniente. Os traços indicados são:

a) para pisos assentados com argamassa: o traço poderá ser 1:4 de cimento e areia lavados;

b) para pisos assentados com cola: o traço deverá ser de 1:3 de cimento e areia lavada, bem desempenado e filtrado.

14. TIPOS DE PISOS

Os principais tipos de pisos disponíveis no

mercado são:

a) pedras naturais; b) pedras industrializadas; c) madeira: assoalho, tacos parques etc; d) cerâmica: recozida, esmaltada, vitrificada; e) cimento rústico; f) cimento queimado; g) vinílicos; h) fenólicos ; i) ligas metálicas.

15. PINTURA, TRATAMENTO E IMPERMEABILIZAÇÕES

Embora englobados em um único item,

iremos distinguir de forma separada as funções acima enumeradas.

A pintura e os tratamentos de superfície, além de estarem ligados à segurança e conforto da obra, ainda são responsáveis pelo realçamento das formas e pela beleza e estética dos edifícios.

As impermeabilizações estão ligadas quase que exclusivamente ao problema técnico-funcional de segurança da obra.

Os processos de aplicação desses materiais são muito particulares de um para outro. Cada fabricante, além de expedir boletins técnicos de aplicação de seus materiais, ainda mantêm departamentos técnico e de treinamento de pessoal especializados na aplicação.

vinilícos-material plástico que se obtém a partir do

acetileno, apropriado para revestimento ou forração. fenólicos-do fenol; relativo ao fenol.

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Outra boa contribuição tem sido a formação de mão-de-obra qualificada ministrada pelo SENAI.

Os principais materiais constantes deste item são:

a) pintura à base de cal; b) pintura à base de cimento; c) pintura à base de água (látex PVA); d) pintura à base acrílica; e) pintura à base de silicone; f) pintura à base de óleo; g) pintura à base de esmalte; h) pintura à base de borracha clorada; i) pintura à base de resinas epóxicas; j) pintura à base de óxidos metálicos; k) impermeabilização de superfície; l) impermeabilização por adição; m) impermeabilização intermediária e isolante.

16. INSTALAÇÕES

O item instalações abrange, na construção dos edifícios a parte de eletricidade, telefonia, hidráulica, sanitária, instalações pluviais, instalações específicas tais como: portões eletrônicos, circuito interno de TV, sistema de alarme, sistema de aquecimento solar e outros.

As normas técnicas editadas pela ABNT, que regem e disciplinam os projetos, qualidades dos materiais e instalação dos mesmos são: para instalação hidráulicas e sanitários as NBs 19, 24, 77,

92, 126 e 128, regem os projetos. As NBs 37, 41, 115 e 125, regem os processos construtivos. .

As instalações elétricas e eletrônicas em geral, estão regidas pela NBR-5456/80.

As instalações telefônicas: NBR-5375/ 77, TB-047 VII/ 73, série 11 e NBR -5277/ 77.

16.1. HIDRÁULICAS (FIGURAS 63 A

65) a) em tubos galvanizados; b) em tubos PVC; c) em tubos de cobre, para aquecimento solar.

16.2. ESGOTOS SANITÁRIOS a) em ferro fundido; b) em cimento amianto; c) em PVC maleável; d) com manilha de barro.

16.3. PLUVIAIS a) em calhas e condutores galvanizados; b) em cimento amianto; c) com PVC rígido; d) em PVC maleável; e) em manilha de barro; f) em manilha de concreto.

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16.4. ELÉTRICAS – TUBULAÇÕES (FIGURAS 66 E 67)

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a) eletrodutos, quadros e caixas que podem ser: de ferro, de PVC rígido ou de PVC maleável; b) em fiações: condutores anti-flam, condutores dupla proteção e condutores protegidos com chumbo; c) aparelhos: luminárias, arandelas , spots, lustres, refletores, interruptores,tomadas, campainha e

aquecedores; d) equipamento industriais: quadro de comando, motores, cabines e grupos gerador; e) equipamentos de proteção: pára-raios e aterramento, equipamentos de manobra e relés; f) outros: portão eletrônico, interfones, equipamento anti-furto e antena.

arandelas-braço colocado na parede para receber vela ou lâmpada elétrica.

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16.5. TELEFÔNICAS

Eletrodutos: PVC rígido, PVC maleável, condutores e aparelho de telefonia e tomadas.

17. PISCINAS E SAUNAS As piscinas e saunas não constituem

privilégios de clubes e associações. São consideradas peças de singular importância nos projetos residenciais a cada dia que passa, em virtude da vida agitada, a medida que as cidades crescem. Uma residência dotada de instalações complementares, especialmente piscinas e saunas, têm cotação sensivelmente valorizada em relação a outra de mesmo padrão construtivo e sem esses equipamentos.

17.1. TIPOS DE PISCINAS E SAUNAS a) piscinas de recreação, semi-olímpica, olímpica; b) sauna doméstica: a vapor, a eletricidade; c) sauna coletiva: a vapor.

As piscinas estão normalizadas e classificadas pela TB - 73/ 69.

18. DIVERSOS

Na enumeração das etapas de obras sempre se coloca um item onde enumeramos diversos equipamentos especiais não englobados, principalmente em itens que possuem normas específicas.

Enumeramos à seguir, por sub-classe os seguintes materiais:

a) louças, metais, banheiro, boxes e duchas; b) vidros: planos, fantasia-branco e coloridos,

espelhos normais, envelhecidos, temperados e especiais;

c) esquadrias metálicas: portas-de-abrir e de correr, pivotada horizontal e vertical, guilhotina, grades móveis e fixas;

d) esquadrias de madeira: portas e portais, janelas de abrir, e de correr, guilhotina, pivotada horizontal e vertical, venezianas e grades.

19. AJARDINAMENTO DE ENTORNO

Os ajardinamentos representam no entorno

das edificações um relevante papel no sentido de embelezar, sombrear e disciplinar o regime dos ventos, contribuir para o equilíbrio ecológico.

De região para região as espécies a serem usadas deverão ser diferenciadas. Não se admite a idéia de se usar plantas tropicais em climas eminentemente frios e vice-versa.

Daí a necessidade de se ter a assessoria do agrônomo e do paisagista na elaboração de projetos dessa natureza.

Dentre os principais elementos de ajardinamento podemos citar: gramados, arbustos, plantas aquáticas, plantas em vasos e jardineiras, plantas em canteiros.

20. LIMPEZA

Na construção e reconstrução encerramos com a limpeza, que tem fundamental importância pelo fato de que uma limpeza mal dirigida poderá comprometer a qualidade de diversos materiais usados na construção.

Por exemplo, normalmente o mesmo produto químico não se usa para limpar a louça e o assoalho. Além disso, temos na obra: ladrilhos, azulejos, metais cromados, oxidados e polidos, vidros, madeira encerada, envernizada, laqueada e ao natural; as áreas de entorno incluindo poda de plantas, adubação e pulverização.

Desta feita, somos de opinião que, para total segurança e garantia, esses serviços deverão ser entregues a pessoa ou firma especializadas.

CAPÍTULO XVI

CRITÉRIOS, NORMAS E MÉTODOS PARA AVALIAÇÕES

1. NOÇÕES GERAIS

Os critérios, normas e métodos para as

avaliações imobiliárias, sempre foram muito discutidos entre os técnicos e especialistas em transações imobiliárias.

Existe realmente um método ou critério normatizado e que possa ser aplicado indistintamente a qualquer imóvel? A resposta é não.

A Associação Brasileira de Normas Técnica - ABNT, tem suas normas, a NB- 140/ 65 - Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção para incorporação de edifício em condomínio; NB-613179 - Avaliação de imóveis rurais; NBR-5676177 - Avaliação de imóvel urbanos, editada, porém essa norma apenas dá cunho técnico ao assunto.

Como então avaliar nossos imóveis? Pois bem. Há à disposição dos técnicos, várias fórmulas fixas de se chegar ao valor de um imóvel. Exemplo: expressões de Harperberrini, em função do metro linear de testada e em função do metro quadrado. Expressão de Hoffman em função do metro linear de testada.

Expressão de Serret, também em função do metro linear de testada. Além das expressões acima mencionadas, temos ainda, a considerar: a) características físicas do terreno; b) situação do terreno em relação a proximidade

de fatores que o valorizam,proximidade de fatores que o desvalorizam e zona de valor próprio;

c) infra-estrutura.

Para imóveis construídos aos fatores acima mencionados deverão ser acrescidos os valores da construção.

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Quando a construção é nova seu valor é facilmente determinado pela apuração de custo da construção por metro quadrado, em função das tabelas de construtores e sindicatos dos empreiteiros e sindicatos das construções civis de cada região.

Quando o imóvel é construído a algum tempo o seu valor será apurado usando-se como parâmetro inicial o valor da construção nova, e aplicando sobre este valor um índice de depreciação e uso. Outro fator relevante a ser considerado no imóvel construído é o seu padrão de acabamento, como veremos a seguir:

2. CLASSIFICAÇÃO DE IMÓVEIS

Neste quadro não se enquadram as edificações consideradas especiais, como:

1) igrejas; 2) cinemas e teatros; 3) estádios; 4) hospitais; 5) escolas; 6) garagens; 7) restaurantes; 8) hotéis; 9) supermercado etc.

Para concluir nossa linha de raciocínio, recomendamos que, para uma avaliação de móveis, mais segura ainda é o método comparativo.

Este método segue em princípio, o preço médio ocorrido para imóveis com mesmas características e situados na mesma zona de influência.

É evidente, entretanto, que, para esta comparação vários fatores terão de ser analisados, tais fatores são:

a) características do imóvel; b) situação; c) infra-estrutura na região; d) equipamentos públicos; e) prestação de serviços públicos e particulares.

Sendo que, para os edificados, acresceriam ainda, os dados da classificação de imóveis vistos acima.

Classificação dos Revestimentos

Paredes, pisos e forros precisam comumente ser cobertos por uma capa com o objetivo de:

a) torná-los mais bonito (efeito estético); b) proteger melhor contra a umidade: c) aumentar a resistência das paredes; d) adequar os pisos ao fim a que se destinam.

É claro que uma parede de tijolos, além de apresentar normalmente um mau aspecto é mais fraca o permite a absorção de água. Revestindo-se a parede com uma camada de argamassa ela torna-se mais resistente, impermeável.

Permitindo, além disso, aplicar pintura que a irá embelezar. Em alguns casos, para obter um efeito especial, deixa-se um trecho de parede de tijolos; em sua cor e estado naturais (sem revestimento).

Não é apenas a alvenaria das paredes que necessita ser revestida, também a estrutura de concreto armado - com a mesma finalidade que as alvenarias - pode ser recoberta. Ultimamente tem-se usado irregularmente a estrutura de concreto com o seu aspecto normal ou mesmo amarelado ou envelhecido obtendo-se excelente efeito decorativo.

Os revestimentos são uma importantíssima técnica que podem ser classificados assim:

Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste. Salmo 139.13-14

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Compartimentos cuja função exige que seja molhado comumente sendo conveniente que possa ser lavado, deverá ter pisos e paredes revestimentos de materiais impermeáveis. Esse é o caso de banheiros, lavanderias, copas, cozinhas, garagens, etc.

Compartimentos que não precisam ser lavados não necessitam de revestimento impermeável. Nesses casos as salas, halls, escritórios, bibliotecas, etc.

EMBOÇO Revestimento grosso ou emboço consiste de

uma capa de argamassa que cobre as paredes dando-lhe um aspecto áspero e plano. Tal acabamento áspero permite a aplicação de um segundo revestimento fino – o reboco – que deixa a parede lisa e plana.

O acabamento da parede pode ficar no emboço, isto é, áspero, sobre o qual será aplicado um outro revestimento tal como o azulejo ou mesmo a pintura.

Podemos seguir o seguinte roteiro para o emboçarmos uma parede:

1º. Marcando a espessura necessária de massa:

aplicar pequenos pedaços de madeira, fixados com argamassa na alvenaria, na vertical das prumadas guias, (distantes de 2 a 2,5 m);

2º. Tomando os guias como referencia, aplicar a massa formando as prumadas guias que são faixas estreitas, no prumo, desempena-se de modo que sirva de apoio da colhe do pedreiro, com qual irá raspas a massa colocada entre duas prumadas guias;

3º. Cobrir a alvenaria entre as prumadas, lançando a massa com a colher de pedreiro, com força, de modo que a massa penetre e preencha as frestas da alvenaria, isto deve ser feito de cima para baixo;

4º. Para cada trecho de massa aplicada, o operário usa a régua de pedreiro apoiada em duas prumadas guias e raspa-se o excesso de massa

em movimentos de vaivém. Dessa maneira obtém-se um plano um pouco irregular, porém vertical e com espessura de massa determinada pelas guias;

5º. Repete-se a operação até cobrir completamente a parede entre duas guias, em trechos de cima para baixo;

6º. Recoberto todo o plano da parede, temos sua superfície plana; porém muito irregular. Aguardase que a massa “puxe”, que corresponde à pega do cimento e com movimentos circulares com a desempenadeira, vai-se dando o acabamento regular, apesar do áspero normal do emboço. Costuma-se borrifar um pouco de água com uma broxa sobre a massa antes de desempenar;

7º. Sarrafeada e desempenada a parede, verifica-se se há alguma falha a corrigir, o que deverá ser feito logo, enquanto a massa ainda está fresca;

Fig. 104 – Parede de alvenaria, vendo-se os calços de madeira na prumada à esquerda e quatro prumadas guias de massa para apoio da régua, quando sarrafeado (raspando a massa com a régua).

O revestimento grosso ou emboço é feito usando-se um tipo de argamassa que tenha suficiente liga, isto é, que tenha aderência, pois de outro modo a massa cairá quando aplicada sobre os tijolos. Usa-se normalmente argamassa de cimento, areia e saibro, com traço 1:3:3 para emboço externo sujeito à chuva e com traço 1:4:4 para emboço interno não sujeito à chuva.

A chamada areia de terreno é limpa; mas, já possui algum saibro, de modo que também é usada em emboço.

É também conhecida como areia de emboço. Neste caso pode-se usar cimento e areia de emboço nos traços 1:6 a 1:8, respectivamente, para revestimentos não sujeitos e sujeitos à chuva.

O acabamento do revestimento grosso (emboço) pode ser feito com aspecto rústico da diversos tipos: penteado, grafitex, chapiscado, etc.

O penteado é feito com uma escova ou pente que dê um aspecto de riscado, passando sobre o embaço já desempenado.

O grafitex é feito com uma broxa de caiação amarrada; deixando apenas pequeno trecho da ponta livre, aplica-se a própria argamassa do emboço ou uma massa de cimento e cal (1:2 ou 1:3), torcendo sobre a superfície da parede e

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passando após a desempenadeira para achatar um pouco a superfície.

O chapiscado é feito com argamassa do cimento o areia (1:3), jogada com a colher de pedreiro através de uma peneira ali aplicada com uma máquina portátil de chapiscar.

O acabamento rústico é muito conveniente quando não possuímos mão-de-obra do boa qualidade, capaz de efetuar um excelente embaço bem plano.

A rugosidade disfarça um possível defeito de aplicação e de desempeno do emboço.

Fig. 105 – Acabamento penteado.

Fig. 106 – Acabamento grafitex.

Fig. 107 – Acabamento chapiscado.

REBOCO O emboço, como dissemos, apresenta uma

superfície plana; porém áspera, muito boa para a aplicação de outros revestimentos. Pode ser usado pintando-se diretamente, nesse caos o emboço utiliza areia mais fina.

Quando se deseja uma superfície de parede mais lisa para pintura de melhor aspecto, seja com tinta plástica ou a óleo, costuma-se cobrir o embaço com uma camada bem fina de outro tipo de massa.

Trata-se de reboco ou revestimento fino. Há massas de plástico para revestimento

tipos das quais são vendidas no comércio em latas e conhecidas como massas corridas.

Pode-se efetuar o reboco com uma massa e areia bem fina e cal no traço 1:1 para paredes internas e de cimento e areia bem fina no traço 1:5:1 ou 1:4:2 para paredes externas.

O reboco é aplicado geralmente com a colher de pedreiro. A massa vai sendo aplicada aos

poucos, apenas o suficiente para deixar a superfície bem lisa, o que é conseguido passando a colher diversas vezes com habilidade e cuidado, ate conseguir o efeito desejado.

O trabalho de rebocar é difícil e requer prática. Não se deve esquecer, entretanto, que se a superfície de emboço estiver irregular, isso não será corrigido pelo reboco, que é destinado apenas para deixar a parede lisa.

Temos nos referido sempre a emboço e reboco de paredes; porém, aplicam-se também às lajes e forros (teto de compartimentos), seguindo a mesma técnica empregada nas paredes.

CIMENTO LISO Revestimento barato, impermeável,

podendo ter a cor natural do cimento ou outra tonalidade introduzida por corantes como o óxido de ferro (avermelhado), negro de fumo (preto), ocre (amarelado), verde ou azul. É o cimentado liso usado em cozinhas, varandas, copas, banheiros e garagens.

Aplica-se o cimentado liso sobre o emboço ou sobre uma base de concreto. Usa-se uma argamassa de cimento e areia lavada no traço 1:3, com a parte mais externo alisada com a colher de pedreiro sobre cimento puro borrifado na proporção que se vai alisando.

AZULEJO Possibilitando um excelente acabamento,

são os azulejos empregados, sobretudo em cômodos sujeitos à umidade. Contudo não é apenas nestes casos que são empregados. Graças à excelente aparência dos mesmos, principalmente os decorados, podemos ver não apenas cozinhas, copas, banheiros, varandas azulejadas; mas também, fachadas de residências, halls, salas, etc.

Encontram-se no comércio sob diversas marcas, tipos e tamanhos: azulejos, lisos brancos ou coloridos, decorados com ou sem relevo, em várias cores.

Os azulejos antes de aplicados; devem, com 24 h de antecedência, ser mergulhados em água para ficarem saturados, encharcados, evitando que retirem água da massa quando aplicados. Usa-se argamassa de cimento, areia e saibro no traço 1:2:3, cola apropriada encontrada no comércio, ou mesmo uma nata de cimento (pasta de cimento e água).

Para assentamento de azulejos, devemos estar com a parede totalmente coberta de massa devidamente sarrafeada, isto é, coberta de argamassa plana; porém, sem necessariamente estar desempenada. Sobre a superfície de massa, ainda relativamente fresca, umedece-se com uma broxa e se vai aplicando os azulejos placa por placa, de baixo para cima.

Se usarmos rodapés, esses devem ser aplicados primeiro, rente ao piso e bem em nível, servindo de apoio e referência para as seguintes fiadas de azulejos.

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Sobre parede já desempenada e seca, podemos aplicar os azulejos com nata de cimento ou cola especial para fixação dos mesmos.

Após o total revestimento da parede com azulejos limpa-se com um papel, possível sobra de massa ou nata de cimento. No dia seguinte pode ser feito o rejuntamento, que consiste em tampar as juntas que ficam entre os azulejos com cimento branco, cimento branco misturado com alvaiade ou gesso.

O rejuntamento é feito com massa bem fluida aplicada com um rodo ou com espátula. O excesso de massa deve ser removido com um papel.

Fig. 109 – Como aplicar azulejos em um forro de parede (a prumo).

LADRILHO CERÂMICO Os ladrilhos cerâmicos são fabricados

usando a argila (barro) como matéria prima. Há atualmente grande variedade de tipos: Ladrilhos Cerâmicos:

Retangulares; Quadrados; Hexágonas; Normais; Vitrificados; etc.

São geralmente aplicados em pisos; porém

são também usados em paredes internas ou externas.

Mais resistentes que os azulejos, são aplicados da mesma maneira que estes.

LADRILHOS HIDRÁULICOS

Este material está sendo pouco usado atualmente, substituído pelo ladrilho cerâmico muito mais bonito; porém, de mais caro.

O ladrilho hidráulico é fabricado de cimento em placas quadradas de 20 × 20 cm.

Aplica-se mais em pisos que em paredes. Os destinados a revestir paredes são mais finos, menos espessos.

A argamassa usada para fixar ladrilhos hidráulicos é normalmente cimento e areia (traço 1:4) ou cimento, areia e saibro (traço 1:2:3).

Em pisos, aplica-se argamassa necessária a que o ladrilho a ela fixado fique ao nível desejado, por faixas sarrafeadas. Sobre a superfície plana, áspera e no nível certo vamos aplicando os ladrilhos bem saturados de água. Bate-se após, com uma manopla (placa de madeira com um cabo) sobre us ladrilhos aplicados para que a massa penetre em seus poros, fixando-os bem após a cura do cimento.

FÓRMICA Material derivado de petróleo, muito

resistente, com superfície bem lisa e apresentando desenhos e coloridos muito variados, a fórmica é fabricada em placas de cerca de 1 mm de espessura.

Seus desenhos e coloridos vão desde o tipo liso de uma única cor até imitação de jacarandá.

São aplicadas as placas de fórmica sobre superfícies bem planas e lisas, de madeira contraplacada (compensado) ou de parede emboçada. As placas são normalmente coladas com um adesivo apropriado.

PLÁSTICO São Usados nos padrões variados em cores

e desenhos principalmente como lambris ou estofamento de portas e paredes divisórias do material que pode ser removido para obter-se efeito decorativo.

MÁRMORE Material muito usado em revestimento de

paredes e pisos de alto luxo. Provém de lavras onde a pedra-mármore é encontrada em sua forma natural.

As marmorarias beneficiam a pedra transformando a em placas com o tamanho desejado. Placas de pequenas dimensões chamam-se ladrilhos de mármore.

Há mármores brancos, lisos ou matizados, e os coloridos. São realmente materiais para excelente revestimento; Porém, de alto custo.

Os ladrilhos do mármore usados normalmente para revestimento de pisos, aplicam-se da mesma maneira que os ladrilhos hidráulicos.

ladrilhos-peça retangular de barro cozido, que, em geral,

serve para revestimento de pisos;

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A aplicação dos ladrilhos se faz com argamassa de cimento e areia no traço 1:4 ou cimento, areia e saibro no traço: 1:2:4.

As placas de maiores dimensões para revestimento de paredes são aplicadas com argamassa de cimento e areia no traço 1:4 ou mesmo com gesso, sendo que este é mais usado para placas grandes porque sua pega é mais rápida que a do cimento, facilitando a fixação.

PASTILHAS VITRIFICADAS

Constituindo pequeninas placas de material cerâmico, com a superfície externa que ficará exposta ao tempo recoberta de vidrado que lhe dá mais resistência à abrasão e a torna mais impermeável.

Há pastilhas de duas ou três dimensões (2,5 cm ou 4 cm) quadradas. Para facilitar a aplicação são fornecidas coladas sobre folhas de papel.

Preparada a superfície de parede ou piso sobre a qual serão aplicadas as pastilhas, ou seja, após torná-la plana e desempenada, estando esta com a massa ainda fresca, umedece-se a superfície e aplica-se folha por folha, ficando o papel para fora.

Bate-se com uma manopla sobre as folhas de papel, após a aplicação, para que as pastilhas penetrem um pouco na massa. No dia seguinte o papel poderá ser retirado com água que amolece a cola, deixando aparecer a parte externa das pastilhas.

Após a operação da aplicação das pastilhas, procede-se ao rejuntamento com cimento branco (nata de cimento com água) aplicado com um rodo, retirando-se o excesso com um papel.

PEDRAS DECORATIVAS Granitos rústicos ou polidos, pedra-são-

tomé, quartzo branco ou rosa, são entre muitas outras as chamadas pedras decorativas, com as quais se revestem paredes e pisos.

Usa-se normalmente argamassa de cimento e areia no traço 1:3.

Costuma-se revestir muros, fachadas, varandas e mesmo salas de estar com pedra de efeito decorativo excelente se bem escolhidas.

É também comum vermos pisos de jardim e partes externas de piscinas cobertas com pedra decorativas.

TACO DE MADEIRA É o revestimento mais comum de quartos e

salas e constitui-se de placas de madeira de lei, as quais são fixadas à camada impermeabilizadora ou à laje por argamassa ou cola especial.

Há grandes variedades de tipos e formas de tacos. Os comuns têm a forma retangular com 21 x 7 cm e 2 cm de espessura.

Os tacos mais luxuosos e mais bonitos são os chamados parquetes e são fabricados de madeiras de ótima qualidade, com colorações que permitem a formação de desenhos muito bonitos em conjunto.

Estes são placas maiores que os tacos comuns e se encaixam uns nos outros possibilitando maior fixação com cola especial.

Os tacos são feitos de peroba, ipê, marfim, canela, jacarandá, sucupira, acapu, aroeira etc. Os mais comumente encontrados são de peroba.

Devemos ter o cuidado de utilizar tacos de madeira seca de boa qualidade.

Fig. 110 - Taco comum de madeira, retangular de 21 x 7 x 2cm, devidamente preparado para a aplicação.

O taqueamento deve ser o primeiro revestimento de piso a ser executado. Tal revestimento deve ficar cerca de 1 a 2 cm mais alto em nível que os pisos laváveis.

Para que os tacos fiquem fixados mais permanentemente, costuma-se preparar os tacos pintando sua parte inferior com piche, colando sobre ele pedriscos (cascalhinhos) e pregando três pregos tipo asa-da-mosca, conforme mostra a figura 110.

O taco comum é assentado com argamassa de cimento, areia e saibro no traço 1:2:2 ou cimento e areia lavada no traço 1:4.

Usando tacos de referência para materializar o nível de massa necessário, a massa é aplicada no cômodo, do fundo para a porta em faixas de 2 m a 2,5 m. Sobre a massa fresca e bem aparelhada, vamos colocando taco por taco, sem preocupação de enterrá-los um a um. A penetração dos tacos na massa é feita batendo-se com uma manopla sobre os tacos aplicados, logo após sua colocação. Com isso a massa penetra na parte inferior, fixando-se e tornando-os bem planos.

parquetes-pavimento feito de tacos de madeira que forma

desenhos.

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Fig. 111 - Colocação de tacos para formação das guias e, após, colocação e sarrafeamento da massa entre as faixas-guia. Sobre essa superfície bem plana os tacos. São acoplados.

Fig. 112 – Manopla que serve para se bater sobre os tacos logo após sua aplicação, fazendo-os

penetrarem na massa e ficarem bem planos.

Espinha

Dama

Fig. 113 – Dois desenhos obtidos com aplicação de tacos comuns. Com tacos tipo Parquete obtém-se desenhos mais complexos e bonitos.

ASSOALHO DE TÁBUAS Antigamente usavam-se em residências

pisos de tábuas apoiadas sobre barrotes de madeira, os quais se apoiavam sobre as paredes.

Fig.14 – Construção de um piso de tábuas. Hoje esse tipo de revestimento de piso está sendo feito com finalidade decorativa aplicando diretamente sobre a camada impermeabilizadora no pavimento térreo ou sobre a laje nos demais pavimentos.

Usam-se tábuas de madeira de lei, geralmente chamados de macho e fêmea, fixados a barretes ou diretamente sobre o concreto.

LAMBRIS Revestimentos feitos unicamente com a

finalidade decorativa, para dar um acabamento bonito, são os lambris como que um forro final que dá às paredes parcialmente ou até o teto, com diversos materiais.

São encontrados principalmente com os seguintes materiais:

Madeira Plástico imitando madeira ou acolchoado Alumínio Aço inoxidável

Há firmas especializadas na confecção de

lambris, não sendo um trabalho normalmente feito pelos construtores comuns.

Cabe, entretanto, ao construtor preparar a parede para aplicação dos lambris.

MARMORITE É um revestimento, feito à base de grãos de

pó de mármore aglomerados com cimento comum ou branco, com ou sem corante.

A massa assim constituída é aplicada sobre piso já revestido com cimentado áspero formando uma superfície bem plana e alisada com colher de pedreiro.

Após cerca de uma semana o piso com marmorite pode ser polido, o que normalmente é feito com uma máquina de polir usada pelos calafetes.

Esta possui uma pedra de esmeril que gira acionada por motor elétrico. Molhada a superfície a ser polida, vai o calafete passando a polidora, ficando ao final o piso bem plano e liso com um aspecto parecido com o mármore; porém, mais barato.

PISO ROMANO Este é um revestimento feito a base de

pedaços de mármore irregulares, aplicados da mesma maneira que os ladrilhos hidráulicos; porém, como os espaços entre os pedaços são muito grandes e irregulares, são preenchidos por uma argamassa feita como o mármore (pó e pequenos pedaços de mármore com a coloração desejada).

Usando pedaços de mármore com colorações adequadas e rejuntando convenientemente, temos um piso muito resistente o bonito, usado em varandas, halls, salas de estar, cozinhas, copas etc.

Da mesma maneira que o marmorite, o piso romano deve ser polido após a aplicação, o que é feito pela politriz de calafete.

Para pequenas superfícies, podemos polir o piso manualmente com pedras de esmeril.

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REVESTIMENTOS ESPECIAIS Há materiais fabricados e fornecidos prontos

para a aplicação, como reboco de coloração e aspecto muito variado à escolha do comprador. Já vêm prontos e são feitos de aglomerados miúdos diversos, como grãos de vidro moído, pó de pedra etc.

Para piso podemos encontrar placas de plástico do tipo Pav-flex ou outra marca de fabricação imitando mármore, granito polido etc.

São de fácil aplicação por colagem sobre o piso cimentado liso bem plano. A cola usada é do tipo Itacol ou similar, usando a técnica recomendada pelo fabricante na própria lata da cola.

Da borracha sintética, muito resistente e antiderrapante, temos o Pisodur, vendido em placas que devem ser coladas sobre piso muito usado em indústrias.

Com a aplicação de mármore rejuntados com argamassa e grãos de mármore na coloração desejada, obtém-se o chamado piso romano, muito bonito e fino. Neste caso será necessário, após cerca de uma semana aplicado, polir bem a superfície (geralmente o serviço é feito pelos calafetes com máquina de polir elétrica).

EXERCÍCIOS

Assinale com um X a opção correta. 01. Área ou prisma de ventilação. a) é a sucessão vertical de pisos de uma

edificação. b) Parte edificada, destinada à iluminação e à

ventilação do prédio. c) São as divisões externas de uma edificação. 02. Profundidade média do lote. a) é a distância entre a testada e o fundo do lote. b) é a divisa que fecha o polígono, no lado oposto

ao da testada. c) é a divisão de um terreno em dois ou mais lotes. 03. Desdobro. a) é a linha divisória que fica situada à esquerda ou

à direita do observador. b) Parte do telhado que faz saliência sobre o prumo

das paredes. c) Divisão, em duas ou mais partes, de um único

lote, com edificação ou sem ela, cada qual com possibilidade legal de existência autônoma.

04. Remembramento. a) é a parte da cidade destinada ao trânsito

público. b) É a incorporação de um lote ou parte dele a um

outro existente, a fusão de vários lotes para formar um único.

c) É a parte do logradouro destinada ao trânsito exclusivo de veículos.

05. Área “non aedificandi” a) é a linha projetada ou locada para marcar um

limite. b) Área ou faixa de terra pertencente ou não a um

lote, onde não é permitida a execução de qualquer tipo de construção.

c) É a cobertura, geralmente em balanço, utilizada para proteção do pedestre.

06. Investidura a) é a incorporação de uma área pertencente a um

logradouro público ou a uma propriedade particular.

b) É o alinhamento do logradouro que marca o limite do mesmo.

c) É o alinhamento da edificação. 07. Edificação comercial geral a) é a destinada ao comercio atacadista, grandes

armazéns e depósitos, silos, guarda-móveis, entrepostos, garagens de coletivos e de viaturas de transporte de cargas e outras atividades de grandeza semelhante.

b) É a destinada ao comércio varejista. c) São as localizadas na zona comercial central. 08. Edificação assistencial a) é aquela destinada ao uso residencial

multifamiliar. b) Edifício de apartamentos c) É a destinada a propiciar assistência social em

seus vários aspectos. 09. Vias arteriais a) são as destinadas à ligação entre bairros b) destinadas ao tráfego rápido e o maior luxo de

veículos c) parte do logradouro destinada ao trânsito de

pedestres 10. Pavimento semi-enterrado a) é o pavimento situado abaixo do nível do

terreno, cujo teto, entretanto, estará no mínimo 1,30m acima do terreno.

b) É o pavimento situado ao nível do terreno e que, em geral, serve de acesso às edificações.

c) É a linha que separa o logradouro público do lote.

11. Afastamento a) faixa contínua de terreno não edificável, entre

prédios ou entre estes e as divisas do lote testada ou fundo;

b) é a medida padrão fixada pelo Código de Obras do Município para a grandeza de logradouros ou de edificações. Ex: altura do prédio.

c) É o pavimento situado imediatamente acima da loja e a ela ligada por circulação privativa.

12. Mezanino a) é a cobertura de uma edificação ou parte da

mesma utilizada como piso. b) Andar pouco elevado entre dois andares altos e

a eles ligados.

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c) É a redivisão do lote existente, como novos dimencionamentos.

13. Pavimento tipo a) é o pavimento que mantém as mesmas divisões,

e se repete pelos demais pavimentos de uma edificação.

b) É o pavimento de uso comum a todos os moradores ou usuários de uma edificação.

c) Geralmente neste pavimento estão localizados os salões de festa, bares, saunas, play-grounds etc.

14. Pé direito a) é a superfície utilizável de uma edificação,

excluídas as paredes. b) É a distância vertical entre o piso e o teto de um

compartimento. c) É a representação do objeto ou projeto

arquitetônico da forma como o vemos, ou seja, nas suas três dimensões.

15. Recuo a) espaço utilizado para permanência transitória. b) É o espaço obrigatório exigido pela Prefeitura na

frente, no fundo e nas laterais das edificações para efeito de iluminação, isolação e prevenção para futuras incorporações ao logradouro público, em caso de desapropriação.

c) Deve conter ângulos internos, comprimento dos lados, orientação verdadeira, árvores existentes, vales etc.

16. Coeficiente de aproveitamento a) é o limite fixado pela Prefeitura delimitando o

espaço do terreno. b) É um valor fornecido pela Prefeitura, que

multiplicando pela área do terreno, resulta na área total que pode ser construída nesse terreno.

c) Edificação sem comunicação interna. 17. Edificações contínuas a) são aquelas que apresentam uma ou mais

paredes contínuas às de uma outra edificação, e estejam dentro do mesmo lote ou em lote vizinho.

b) São áreas delimitando o espaço que pode ser ocupado dentro do terreno.

c) É a construção destinada a abrigar qualquer atividade humana.

18. Edificação isolada a) é aquela não contínua às divisas do lote. b) Conjunto de mais de duas edificações no lote. c) É a destinada exclusivamente à atividade

comercial. 19. Edificação multifamiliar a) é aquela que abriga apenas uma unidade

residencial b) é o conjunto de duas ou mais unidades

residenciais em uma só edificação, proporciona habitação para mais de uma família.

c) Edificação complementar à edificação principal.

20. Edícula a) edificação complementar à edificação principal,

sem comunicação interna com a mesma. b) É a destinada á habitação de mais de uma

família, mantida a unidade da edificação pelas dependências de serviços e obrigações comuns

c) Pode ser classificada em geral, central ou local. 21. O que é concreto? 22. Defina argamassa. 23. O que chamamos de cura? 24. De que fatores depende a cura? 25. O que é concreto ciclópico? 26. O que chamamos de concreto armado? 27. Diga quais os operários que executam os

seguintes serviços: a) Trabalha na confecção do concreto: b) Quem faz montagem da armadura de aço para o

concreto: c) Quem faz a confecção das formas de madeira: 28. Defina fundação. 29. Quais os tipos de fundação Superficial e

Profunda. 30. Quando podemos aplicar uma fundação direta? 31. O que é fundação em Radier? 32. Como podemos adensar o fundo da cava de

fundação? 33. O que são estacas de aço? 34. Em que consiste o método de confecção da

estaca Strauss? 35. O que é emboço? 36. Quais os tipos de estaca de concreto na obra. 37. O que é reboco? 38. Como são classificados os revestimentos. 39. Desenhe uma planta baixa indicando:

Varanda, sala, 2 quartos, cozinha, 1 banheiro.

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GLOSSÁRIO

cavaletes-mesa que sustenta os caixotins tipográficos. balaústre-haste de madeira ou metal. heliográfico-espécie de fotografia em que se reproduzem

desenhos pela ação dos raios solares. normógrafo-aparelho de desenho, constante da lâminas

de celulóide com alfabetos vazados ou recortados que servem de moldes para elaboração de legendas e letreiros.

arquitetônico-arquitetura. cumeeira-a parte mais alta do telhado. congênere-idêntico, semelhante, similar. ripas-pedaço de madeira estreito e comprido. trepadeiras-planta que trepa. logradouro-passeio público. carroçável-apropriado ao tráfego de carroças e outros

veículos. polígono-figura limitada por segmentos de reta que têm,

dois a dois, extremidades comuns. mapotecas-coleção de mapas e cartas geográficas. habitabilidade-possibilidade de ser habitado. peculiaridade-privativo de uma pessoa ou coisa. salubridade-conjunto das condições favoráveis à saúde. planimétrico-medidas das áreas das superfícies planas. altimétrico-medir a altura. sumidouro-abertura por onde se escoa e desaparece um

líquido. emolumentos-gratificação; rendimento de um cargo. estaqueamento-colocação de estacas. mastiques-resina de almécega; asfáltico. hidrofugantes-material impermeável, que não deixa

passar água. vinilícos-material plástico que se obtém a partir do

acetileno, apropriado para revestimento ou forração. fenólicos-do fenol; relativo ao fenol. arandelas-braço colocado na parede para receber vela

ou lâmpada elétrica ladrilhos-peça retangular de barro cozido, que, em geral,

serve para revestimento de pisos; parquetes-pavimento feito de tacos de madeira que forma

desenhos.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste módulo, você encontrou conteúdo, textos e interpretações para apoiá-lo no seu

Curso. Aqui, a teoria é acompanhada da sua contrapartida – estágio – que será de grande

valor para o seu enriquecimento profissional.

Não pretendemos de forma alguma ditar receitas infalíveis. Nossa intenção é conduzir

um diálogo direcionado a você e dessa forma, ajudá-lo a desenvolver habilidades de estudo –

consultas a dicionários enciclopédias e leitura de textos – tornando-o apto a superar os limites

que esse material encerra.

Agora, vamos ao seu desempenho. Se você acertou tudo, passará para o próximo

módulo. Caso contrário, esclareça suas dúvidas com o seu professor/tutor, de acordo com a

sua disponibilidade de tempo e esteja você onde estiver, seja por telefone, fax ou internet

(www.colegiopolivalente.com.br)

O desafio de toda Equipe Polivalente é saber articular um ensino profissionalizante de

modo a ser compreendido pela comunidade. O único modo para articulá-lo e vivê-lo, é dando

testemunho de vida.

O seu sucesso é também sucesso do CIP.

Afinal, o CIP é você!!!