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  • PEDREIRO E AZULEJISTA

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    MENSAGEM AO EDUCANDO

    O Governo do Estado de Gois, por intermdio da Secretaria de Cidadania e Trabalho e da Secretaria de Polticas Pblicas de Emprego do Ministrio do Trabalho e Emprego, firmou um Convnio que tem por finalidade a execuo de cursos ou aes de qualificao social e profissional, utilizando-se de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador _ FAT e do Tesouro Estadual.

    O objetivo dos cursos de qualificao profissional prepar-lo para o competitivo mercado de trabalho. Existem muitas vagas de trabalho em nosso Estado, mas falta pessoal qualificado para ocup-las. preciso que o Governo invista nestas aes para que os trabalhadores se tornem aptos a ocupar essas vagas. Para isto, a Secretaria de Cidadania e Trabalho do Estado de Gois selecionou com muito critrio as entidades educadoras que iro proporcionar os cursos. Foram observados a qualidade tcnica, pedaggica e sobretudo a experincia na rea da educao profissional. Desta forma, o Governo Estadual deseja proporcionar-lhe um curso que realmente o torne capacitado para o trabalho.

    Para o preenchimento das vagas procuramos atender as pessoas mais vulnerveis econmica e socialmente, as de baixa renda, de baixa escolaridade, as populaes mais sujeitas s diversas formas de discriminao, as que tem maiores dificuldades de acesso a um posto de trabalho, aos desempregados de longa durao e s pessoas beneficirias de polticas de incluso.

    As aes de qualificao profissional sero supervisionadas por funcionrios da Secretaria de Cidadania e Trabalho, juntamente com outras pessoas ligadas aos Programas de Qualificao Profissional, todas com o intuito de que as aes transcorram dentro da normalidade, com o atendimento de todas metas propostas pelo Convnio.

    O mundo do trabalho caminha cada vez mais em direo profissionalizao, ou seja, o trabalhador precisa ter alm da escolaridade uma formao profissional comprovada. Muitas vezes o trabalhador no tem a experincia profissional comprovada pela Carteira de Trabalho, mas ele pode ter um certificado de concluso de curso, obtido atravs de uma entidade sria e competente que poder lhe abrir as oportunidades de trabalho.

    O mercado de trabalho do Sculo XXI, com certeza, dar maior oportunidade esses trabalhadores qualificados. Portanto essencial que cada educando tenha conscincia de que essa uma chance que os Governos Estadual e Federal esto lhe proporcionando para que voc se credencie a ocupar postos de trabalho que diariamente esto sendo criados.

    Sucesso!

    SECRETARIA DO ESTADO DE CIDADANIA E TRABALHO

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    HHAABBIILLIIDDAADDEESS BBSSIICCAASS

    Material organizado por Ana Karina de Arajo Galvo

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    1 - SEGURANA DO TRABALHO Conceito Legal Equipamento de Proteo Individual (EPI) todo dispositivo ou produto, de uso individual, utilizado pelo trabalhador, destinado proteo de riscos suscetveis de ameaar a segurana e a sade no trabalho. Obrigatoriedade

    Lei 6514 de 22/12/77 altera o Captulo V do Ttulo II da CLT , estabelecendo uma srie de disposies quanto segurana e medicina do trabalho.

    Portaria n.214 / 78 , aprova as Normas Regulamentadoras - NR do mesmo Captulo. Inicia com 28 normas, dentre as quais a NR-06 - Equipamentos de Proteo Individual.

    Legislao

    A empresa obrigada a fornecer aos empregados, de forma gratuita, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintes situaes: a) Sempre que medidas de ordem geral no ofeream completa proteo contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenas profissionais e do trabalho; b) Enquanto as medidas de proteo coletiva estiverem sendo implantadas; c) Para atender situaes de emergncia.

    Obrigaes do Empregador

    Adquirir o adequado ao risco da atividade;

    Exigir seu uso;

    Fornecer somente o EPI aprovado pelo rgo nacional competente;

    Orientar e treinar o trabalhador quanto a seu uso, guarda e conservao;

    Substituir imediatamente quando extraviado ou danificado;

    Responsabilizar-se por sua manuteno e higienizao;

    Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. Obrigaes do Empregado

    Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;

    Responsabilizar-se por sua guarda e conservao;

    Comunicar qualquer alterao que o torne imprprio para uso;

    Cumprir as determinaes do empregador sobre seu uso adequado. Tipos de Equipamento de Proteo Individual (EPI) Proteo Auditiva fabricado com material resistente que proporciona alta proteo do sistema auditivo e excelente conforto ao usurio. Figura 1 Protetores tipo concha e insero

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    Proteo dos olhos e face - Proteo contra partculas, luz intensa, radiao, respingos de produtos qumicos; Figura 2 - culos

    Protetor facial - Proteo da pele contra a ao de produtos qumicos em geral. Figura 3 Mscara de solda e protetor facial Protetor facial Figura 4 - Cremes

    Proteo dos membros superiores - Proteo de mos, dedos e braos de riscos mecnicos, trmicos e qumicos.

    Grupo 1 - creme gua resistente Grupo 2 - creme leo resistente Grupo 3 - cremes especiais

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    Figura 5 Luvas de proteo, mangas, mangotes e dedeiras

    Proteo dos membros inferiores - Proteo de ps, dedos dos ps e pernas contra riscos de origem trmica, umidade, produtos qumicos e quedas. Figura 6 Calados de segurana e cala

    Proteo contra quedas com diferena de nvel - Cintos de segurana; - Tipo pra-quedista e com talabarte; - Trava quedas; - Cadeiras suspensas; - Uso em trabalhos acima de 2 metros. Proteo Respiratria - Proteo do sistema respiratrio contra gases, vapores, nvoas, poeiras.

    Figura 7 - Proteo contra quedas com diferena de nvel

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    Figura 8 Mscaras de proteo Proteo para o corpo em geral - Proteo contra calor, frio, produtos qumicos, umidade, intempries. Figura 9 Equipamentos utilizados para o corpo em geral (cala, bluso, avental e capa)

    2 - SADE NO TRABALHO Ergonomia- contribui para a avaliao de tarefas, trabalhos, produtos, ambientes e sistemas, a fim de torn-los

    compatveis com as necessidades, habilidades e limitaes das pessoas.

    Maior eficincia da equipe, reduo de custos e maior satisfao dos trabalhadores e, conseqentemente, maior

    produtividade. Estes so alguns dos benefcios proporcionados pela ergonomia aplicada ao ambiente de trabalho.

    Ombros e pescoo tensionados, dor nas costas ao final de um dia de trabalho ou, ainda, tendinite, sndrome do

    tnel do carpo (uma srie de pequenos ossos do punho) e bursite so alguns dos problemas mais freqentes entre

    os trabalhadores e que podem ser atribudos no adoo de conceitos de ergonomia pelo local de trabalho.

    Estudos recentes tm demonstrado que o uso de conceitos ergonmicos pode aumentar em cerca de ate 40% o

    tempo til (produtivo) das pessoas que desenvolvem seu trabalho nos dentro do horrio de expediente nos

    escritrios. De acordo com definio da Associao Internacional de Ergonomia, a ergonomia uma combinao de

    conhecimentos cientficos aplicados na rea do trabalho, de forma que os sistemas, os produtos e o ambiente

    possam se adaptar s limitaes fsicas e mentais do trabalhador.

    Identificar distores

    Uma empresa analisada por especialista fez mudanas ergonmicas em seu escritrio e a partir delas, as faltas ao

    trabalho caram de 4% para 1%; os ndices de erro na preparao de documentos caram de 25% para 11%; O

    tempo de uso dos equipamentos de informtica aumentou de 60% para 86% do horrio total do expediente.

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    3 - EDUCAO AMBIENTAL

    Conceito

    A Educao Ambiental (EA) surge como resposta preocupao da sociedade com o futuro da vida. Sua

    proposta principal a de superar a diferena entre natureza e sociedade, atravs da formao de uma atitude

    ecolgica nas pessoas. Um dos seus fundamentos a viso socioambiental, que afirma que o meio ambiente um

    espao de relaes, um campo de interaes culturais, sociais e naturais.

    Importncia da Preservao

    A Educao Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivncia harmoniosa com o ambiente

    e as demais espcies que habitam o planeta. Pontos importantes so:

    A natureza no fonte inesgotvel de recursos, suas reservas so finitas e devem ser utilizadas de

    maneira racional, evitando o desperdcio e considerando a reciclagem como processo vital;

    As demais espcies que existem no planeta merecem nosso respeito. Alm disso, a manuteno da

    biodiversidade fundamental para a nossa sobrevivncia;

    necessrio planejar o uso e ocupao do solo nas reas urbanas e rurais, considerando que

    necessrio ter condies dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, reas destinadas produo de

    alimentos e proteo dos recursos naturais.

    Outros tpicos sempre polmicos e abordados so:

    Lixo (reduo, reutilizao e reciclagem);

    Lixo Hospitalar (destinao);

    gua (consumo, desperdcio, poluio);

    Florestas (porque preserv-las?);

    Fogo (preveno, efeitos negativos ao meio ambiente);

    Agrotxicos (riscos para a sade, danos ambientais);

    Caa ilegal;

    Respeito aos animais silvestres e domsticos;

    Drogas;

    DST Doenas sexualmente transmissveis;

    Segurana no trnsito;

    Respeito ao prximo;

    Noes de sade (higiene, preveno de doenas);

    Cidadania (direitos do cidado).

    Reciclagem

    o reaproveitamento de materiais beneficiados como matria-prima para um novo produto. Muitos

    materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns so o papel, o vidro, o metal e o plstico. As maiores

    vantagens da reciclagem so a minimizao da utilizao de fontes naturais, muitas vezes no renovveis; e a

    minimizao da quantidade de resduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incinerao.

    O conceito de reciclagem serve apenas para os materiais que podem voltar ao estado original e ser

    transformado novamente em um produto igual em todas as suas caractersticas. O conceito de reciclagem

    diferente do de reutilizao.

    O reaproveitamento ou reutilizao consiste em transformar um determinado material j beneficiado em

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    outro. Um exemplo claro da diferena entre os dois conceitos, o reaproveitamento do papel. O novo papel tem cor

    diferente, textura diferente e gramatura diferente. Isto acontece devido a no possibilidade de retornar o material

    utilizado ao seu estado original e sim transform-lo em uma massa que ao final do processo resulta em um novo

    material de caractersticas diferentes.

    4 - DIREITOS HUMANOS, SOCIAIS E TRABALHISTAS

    Direitos humanos so os direitos e liberdades bsicos de todos os seres humanos. Normalmente o

    conceito de direitos humanos tem a idia tambm de liberdade de pensamento e de expresso, e a igualdade

    perante a lei.

    A Declarao Universal dos Direitos Humanos da Organizao das Naes Unidas afirma: Todos os seres

    humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razo e de conscincia, devem agir uns

    para com os outros em esprito de fraternidade.

    Direitos sociais so aqueles que tm por objetivo garantir aos indivduos condies materiais tidas como

    imprescindveis para o pleno exerccio dos seus direitos, por isso tendem a exigir do Estado intervenes na ordem

    social segundo critrios de justia distributiva.

    Os direitos sociais do homem consistem em: o direito vida (direitos da me, direitos da infncia, direito

    das famlias numerosas); direito igualdade do homem e da mulher; direito a uma educao digna do homem;

    direito de imigrao e de emigrao; direito de livre escolha para aderir s diversas associaes econmicas,

    polticas e culturais, e para delas sair ao seu agrado.

    Direitos Trabalhistas - Todo trabalhador com emprego regular e contrato de trabalho possui os direitos

    constitucionais e da Consolidao das Leis Trabalhistas (CLT) citados abaixo:

    Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de servio;

    Exames mdicos de admisso e demisso;

    Repouso semanal remunerado (preferencialmente aos domingos);

    Salrio pago at o 5 dia til do ms;

    Primeira parcela do 13 salrio paga at 30 de novembro e segunda parcela at 20 de dezembro;

    Frias de 30 dias com acrscimo de 1/3 do salrio;

    Vale-transporte com desconto mximo de 6% do valor salrio;

    Licena-maternidade de 120 dias, com garantia de emprego at cinco meses aps o parto;

    Licena-paternidade de 5 dias corridos;

    Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS): depsito de 8% do salrio em conta bancria a favor do

    empregado;

    Horas-extras pagas com acrscimo de 50% do valor da hora normal;

    Garantia de 12 meses em casos de acidente;

    Adicional noturno de 20% do salrio para quem trabalha das 22h s 5h;

    Faltas ao trabalho justificadas: casamento (3 dias), doao de sangue (1 dia/ano), alistamento eleitoral (2

    dias), morte de parente prximo (2 dias), testemunho na Justia do Trabalho (no dia), doena comprovada

    por atestado mdico;

    Aviso prvio de, no mnimo, 30 dias, em caso de demisso;

    O decreto-lei, que estabelece direitos e obrigaes recprocas para empregado e empregador, pode ser

    encontrado no site do Palcio do Planalto. Os contratos de trabalho, com vnculo de emprego, anotado na Carteira

    de Trabalho (CTPS) devem seguir esses parmetros. Porm, em caso de prestao de servios, sem vnculo de

    emprego, o trabalhador deve buscar as normas de seu contrato, j que esta relao no protegida pela CLT.

    Se voc decidir-se por pedir sua demisso, veja o seguinte:

    Pedido de demisso - nesse caso, o empregado dever avisar seu empregador com antecedncia mnima

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    de 30 dias. O empregado no precisa trabalhar estes 30 dias, mas, poder ter seu salrio descontado. Com o

    pedido de demisso, ter direito a:

    1) Pagamento do aviso prvio, caso trabalhe os 30 dias;

    2) 13 salrio;

    3) Frias vencidas ou proporcionais, acrescido de 1/3 constitucional;

    Resciso indireta - a justa causa dada pelo empregado ao empregador, nos termos do artigo 483 e

    alneas da CLT. Ou seja, o empregador descumpre o contrato de trabalho. Dessa forma, o empregado ter que

    ingressar na justia do trabalho e obter a declarao judicial de que rescinde o contrato de trabalho por falta

    cometida pelo empregador. O empregado receber as mesmas verbas decorrentes da dispensa sem justa causa.

    5 - RELAES INTERPESSOAIS NO TRABALHO, TICA E CIDADANIA

    Relaes interpessoais so todos os contatos entre pessoas. Nesse mbito encontra-se um infindvel

    nmero de variveis como: sujeitos, circunstncias, espaos, local, cultura, desenvolvimento tecnolgico, educao

    e poca.

    As relaes interpessoais ocorrem em todos os meios, no meio familiar, educacional, social, institucional,

    profissional; e esto ligadas aos resultados finais de harmonia, avano, e progressos ou na estagnao, agresso

    ou alienao.

    A valorizao do ser humano, a preocupao com sentimentos e emoes, e com a qualidade de vida so

    fatores que fazem diferena. O trabalho a forma como o homem, por um lado, interage e transforma o meio

    ambiente, assegurando a sobrevivncia, e, por outro, estabelece relaes interpessoais, que teoricamente serviriam

    para reforar a sua identidade e o senso de contribuio.

    tica (do grego ethos, que significa modo de ser, carter, comportamento) o ramo da filosofia que busca

    estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. Diferencia-se da moral, pois enquanto esta se

    baseia na obedincia a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierrquicos ou religiosos recebidos, a

    tica, ao contrrio, busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento humano.

    A tica construda por uma sociedade com base nos valores histricos e culturais. Do ponto de vista da

    Filosofia, a tica uma cincia que estuda os valores e princpios morais de uma sociedade e seus grupos.

    Cada sociedade e cada grupo possuem seus prprios cdigos de tica. Num pas, por exemplo, sacrificar

    animais para pesquisa cientfica pode ser tico. Em outro pas, esta atitude pode desrespeitar os princpios ticos

    estabelecidos. Aproveitando o exemplo, a tica na rea de pesquisas biolgicas denominada biotica.

    O conceito de Cidadania sempre esteve fortemente "ligado" noo de direitos, especialmente os direitos

    polticos, que permitem ao indivduo intervir na direo dos negcios pblicos do Estado, participando de modo

    direto ou indireto na formao do governo e na sua administrao, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a cargo

    pblico (indireto).

    Ser cidado respeitar e participar das decises da sociedade para melhorar suas vidas e a de outras

    pessoas. Ser cidado nunca se esquecer das pessoas que mais necessitam. A cidadania deve ser divulgada

    atravs de instituies de ensino e meios de comunicao para o bem estar e desenvolvimento da nao.

    A cidadania consiste desde o gesto de no jogar papel na rua, no pichar os muros, respeitar os sinais e

    placas, respeitar os mais velhos (assim como todas s outras pessoas), no destruir telefones pblicos, saber dizer

    obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessrio... at saber lidar com o abandono e a excluso das

    pessoas necessitadas, o direito das crianas carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso pas.

    6 - ORIENTAO PROFISSIONAL

    A Orientao Profissional enfocada nas dificuldades de escolha profissional da pessoa e em suas

    opes, durando na mdia de 5 a 10 sesses. Utilizo a abordagem cognitiva, onde o processo enfocado em

    conversas e em dinmicas.

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    A orientao profissional se presta a quem est escolhendo uma profisso, para quem vai prestar

    vestibular, reorientao para quem deixou ou quer deixar uma faculdade e orientao de carreira para se pensar

    no momento profissional atual.

    7 - GESTO DO TRABALHO E QUALIDADE DE VIDA

    O mundo vive hoje um momento de transio fantstico que se reflete na busca incessante pelo incremento da competitividade organizacional. Tal desafio, por sua vez, pode ser apontado como um dos responsveis pela necessidade da qualidade.

    Neste contexto, crucial s organizaes pensar em sedimentar suas habilidades e potenciais para abraar o novo conceito de trabalho, bem como os desafios a ele inerentes.

    Para tanto, preciso falar em qualidade de vida no trabalho, ressaltando-se, sempre, a abordagem deste assunto como questo de competitividade organizacional.

    Portanto, perfeitamente pertinente e muito relevante o desenvolvimento de aspectos que favoream o atendimento e o desenvolvimento do ser humano como ser multidisciplinar, reconhecendo suas mais variadas e amplas necessidades.

    importante ressaltar que o ser humano traz consigo sentimentos, ambies; cria expectativas, envolve-se, busca o crescimento dentro daquilo que desenvolve e realiza. Ento, preciso que deixemos de lado aquela idia de que o homem trabalha to somente para a obteno do salrio, que nega seus sentimentos, que no se frustra com a falta de crescimento, que no se aborrece com o total descaso dos seus gestores que apenas lhe cobram a tarefa e no o orientam para a real situao da empresa, que lhe negam o acesso s informaes, que o tratam apenas como uma pea a mais no processo de produo. necessrio que saibamos que, cada vez que ele entra na empresa, est entrando um ser integrado e indivisvel, com direito a todos os sonhos de auto-estima e auto-realizao.

    Favorecer o desenvolvimento de um perfil humano condizente com os padres do paradigma imergente consiste em construir os alicerces para uma organizao inteligente e inovadora. Respeitar o trabalhador como ser humano significa contribuir para a construo de um mundo mais humano e para um desenvolvimento sustentvel. Investimento em qualidade de vida significa investimento no progresso da sociedade e da economia global.

    Qualidade de vida no trabalho visando a busca da auto-realizao humana

    A qualidade de vida no trabalho hoje pode ser definida como uma forma de pensamento envolvendo pessoas, trabalho e organizaes, onde se destacam dois aspectos importantes: a preocupao com o bem-estar do trabalhador e com a eficcia organizacional; e a participao dos trabalhadores nas decises e problemas do trabalho.

    Muito se tem falado sobre a qualidade de vida no trabalho. Mas a satisfao no trabalho no pode estar isolada da vida do indivduo como um todo. Segundo Rodrigues (1994, p.93), Os empregados que possuem uma vida familiar insatisfatria tem o trabalho como o nico ou maior meio para obter a satisfao de muitas de suas necessidades, principalmente, as sociais. Assim, o trabalho assume dimenses enormes na vida do homem.

    O poder do trabalho na vida humana

    Como meio de se manter, o trabalho tambm o elemento mais importante da produo social. Todo trabalho exige uma certa quantidade de energia fsica e psquica, que, nesse processo, chamado de fora do trabalho. O trabalho , assim, o resultado que se pode medir da fora de trabalho.

    Durante muitos anos, o trabalho servia para a manuteno e a reproduo biolgica do ser humano e se desempenhou sob a forma de coleta, de trabalho extrativo, quando veio surgir, mais tarde, a pesca, a caa e o pastoreio. Com a agricultura, veio a idia de que se produzindo um excedente do que se poderia utilizar, seria possvel escravizar pessoas. No mundo grego e romano, s ao trabalho de direo das atividades agrcolas se reconhecia dignidade e importncia social, totalmente negada ao comrcio, artesanato e atividades manuais. Na

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    atualidade, ainda impossvel afirmar que desapareceram as situaes de escravido ou de explorao do trabalho, at mesmo nos pases de economia avanada.

    Os alicerces da produo social deslocaram-se da agricultura para a indstria quando o comrcio se sobreps ao trabalho agrcola e ampliou suas atividades. Na revoluo industrial, que se iniciou no sculo XVIII, as fbricas juntaram num s espao trabalhadores e os novos meios de produo, as mquinas. O modo de produo social da poca industrial aumentou a especializao das tarefas e a diviso do trabalho, contribuindo para o afastamento das pessoas do contedo de suas prprias atividades.

    E, finalmente, a revoluo atual, que insere o trabalhador na era do conhecimento, requer dele o desenvolvimento de habilidade para lidar com um mundo extremamente complexo, incerto e instvel.

    A origem da qualidade de vida no trabalho

    A origem do movimento de qualidade de vida no trabalho remontou em 1950, com o surgimento da abordagem scio-tcnica. Somente na dcada de 60, tomaram impulsos, iniciativas de cientistas sociais, lderes sindicais, empresrios e governantes, na busca de melhores formas de organizar o trabalho a fim de minimizar s efeitos negativos do emprego na sade e bem estar geral dos trabalhadores. Entretanto, a expresso qualidade de vida no trabalho s foi introduzida, publicamente, no incio da dcada de 70, pelo professor Louis Davis (UCLA, Los Angeles), ampliando o seu trabalho sobre o projeto de delineamento de cargos.

    Ento, na dcada de 70, surge um movimento pela qualidade de vida no trabalho, principalmente nos EUA, devido preocupao com a competitividade internacional e o grande sucesso dos estilos e tcnicas gerenciais dos programas de produtividade japonesa, centrado nos empregados. Existia uma tentativa de integrar os interesses dos empregados e empregadores atravs de prticas gerenciais capazes de reduzir os conflitos. Outra tentativa era a de tentar maior motivao nos empregados, embasando suas filosofias nos trabalhos dos autores da escola de Relaes Humanas, como Maslow, Herzberg e outros.

    De acordo com Rodrigues (1994, p.76), a qualidade de vida no trabalho tem sido uma preocupao do homem desde o incio de sua existncia com outros ttulos em outros contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfao e bem estar ao trabalhador na execuo de sua tarefa.

    A qualidade total teve bastante influncia para o desenvolvimento da qualidade de vida no trabalho, pois das prticas anunciadas pelo sistema de controle da qualidade total, tm-se algumas que devem ser destacadas para melhor anlise da influncia, tais como: maior participao dos funcionrios nos processos de trabalho, ou seja, uma tentativa de eliminao da separao entre planejamento execuo, promovida principalmente pelos sistemas tayloristas e fordistas; descentralizao das decises; reduo de nveis hierrquicos; superviso democrtica; ambiente fsico seguro e confortvel; alm de condies de trabalho capazes de gerar satisfao; oportunidade de crescimento e desenvolvimento pessoal. Como se pode ver, estas prticas representam um esforo para a melhoria das condies de trabalho, ou seja, existe um movimento pela melhoria da qualidade de vida no trabalho na filosofia do controle da qualidade total.

    A motivao do empregado

    Criar um ambiente onde as pessoas possam se sentir bem com a gerncia, com elas mesmas e entre seus colegas de trabalho, e estar confiantes na satisfao das prprias necessidades, ao mesmo tempo em que cooperam com o grupo. As pessoas podem ser motivadas para o bem ou para o mal, fazendo aparecer o melhor ou o pior do que elas tm. Se as pessoas no esto motivadas a fazer alguma coisa ou alcanar uma meta, pode-se convenc-las a fazer algo que elas preferiram no fazer, mas a menos que estejam prontos a assumir as atitudes e os valores do motivador, os comportamentos no ser permanente.

    Segundo Davis e Newstron (1991, p. 47), embora no haja respostas simples para a questo da motivao um importante ponto de partida reside na compreenso das necessidades do empregado. Dizer s pessoas que se espera que elas faam o melhor significa que estas so consideradas capazes de alcanar altos padres sobre os quais concordam. Segundo Davis e Newstron (1991, p.28), o resultado de um sistema eficaz de comportamento organizacional a motivao que quando combinada com as habilidades e capacidades do empregado, resulta na produtividade humana. Os funcionrios precisam saber o que a administrao espera que produzam, e de que maneira. E estes mesmos administradores precisam saber o que os funcionrios esperam que se faa para tornar possvel esse trabalho. Responsabilidades so os resultados que se espera obter nas pessoas que se est procurando motivar. Se estas pessoas no sabem que resultado est se esperando delas, certamente

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    no podero atingi-los. Segundo Weiss (1991, p. 29), cada pessoa tambm deve conhecer suas responsabilidades individuais.

    Parte da motivao de uma pessoa vem do fato de ela saber que tem um papel importante na organizao e que outras pessoas contam com ela. Segundo Weiss, (1991, p.32) As pessoas trabalham por recompensas. Essas no precisam ser tangveis, como dinheiro. Podem ser intangveis, como no caso de deixar um funcionrio ser lder de um grupo. A vontade de trabalhar bem deteriora e as pessoas ficam desmotivadas, apenas por haver obstculos em seu caminho, ou se no entendem o que se espera delas, ou como seu trabalho ser avaliado. Os obstculos mais srios so criados freqentemente pelos supervisores. Muitos deles pedem coisas impossveis enquanto outros no pedem nada. Muitos deixam de fornecer os recursos necessrios para execuo das tarefas. Alguns no so coerentes em suas expectativas e as mudam com freqncia. Muitos tm uma constncia excessiva em suas expectativas, tornando-se inflexveis, e no so capazes de enfrentar alteraes nas condies de trabalho.

    Outros ainda no so sensveis a necessidades de seus empregados. A falta de capacidade ou de habilidade do empregado forma uma barreira enquanto que a empresa ergue barreiras quando no proporciona treinamento, oportunidades de carreira ou recompensas apropriadas.

    Conseguir o mximo e o melhor dos outros quer dizer que voc deve estabelecer padres elevados, mas razoveis, deve reconhecer suas prprias responsabilidades, bem como a dos empregados, e deve deixar que o empregado pague o preo pelo mal resultado, ou receba a recompensa pelo sucesso (WEISS, 1991, p. 36).

    De acordo com Matos (1997), os fatores que influem, decisivamente, sobre a motivao humana so:

    Trabalho em grupo;

    Reconhecimento, segurana e integrao ao grupo;

    Necessidades fisiolgicas;

    Necessidade de segurana material;

    Necessidades sociais;

    Necessidade do ego;

    Necessidade de auto-realizao.

    O ambiente das sociedades industriais avanadas nas quais a sobrevivncia no constitui mais a principal motivao para o trabalho est gerando uma nova atitude face organizao.

    A capacidade de liderana de um administrador, quer dizer, sua capacidade de motivar, dirigir, influenciar e comunicar-se com seus subordinados. Os administradores s podem liderar se os subordinados estiverem motivados para segui-los.

    importante porque os administradores, por definio, trabalham com as pessoas, e por intermdio delas. A motivao curiosa porque os motivos no podem ser observados ou medidas diretamente, tem que ser inferidos do comportamento das pessoas.

    A motivao no a nica influncia no nvel de desempenho de uma pessoa. Dois outros fatores envolvidos so as capacidades do indivduo e suas compreenses dos comportamentos necessrios para conseguir um timo desempenho; este fator chama-se percepo do papel. A motivao, as capacidades e as percepes do papel esto inter-relacionadas. Assim, se qualquer fator for baixo, o nvel de desempenho provavelmente ser baixo, mesmo que os outros fatores estejam em nvel elevado.

    A perspectiva do contedo no estudo da motivao ressalta a compreenso dos fatores internos dos indivduos que fazem com que eles ajam de determinada maneira. Os indivduos tm necessidades interiores, que so levados, pressionados ou motivados a reduzir ou satisfazer. Quer dizer, os indivduos agiro para a satisfao de suas necessidades.

    Os administradores podem determinar as necessidades dos subordinados, observando o que eles fazem e podem prever e o que os subordinados faro, descobrindo quais so suas necessidades. Na prtica, porm, a motivao muito mais complicada.

    As necessidades diferem consideravelmente entre as pessoas e mudam com o tempo. Alm do mais, diferenas individuais complicam demais o trabalho de motivao do administrador. Muitos administradores

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    ambiciosos, altamente motivados para conseguir poder e status, acham difcil compreender que todos tm os mesmos valores e anseios que eles tm.

    As maneiras pelas quais as necessidades acabam sendo traduzidas em atos variam, consideravelmente, entre as pessoas. Quem tem uma grande necessidade de segurana pode agir com segurana e evitar aceitar responsabilidades por temer o fracasso ou a perda do emprego.

    As reaes das pessoas satisfao ou no satisfao de uma necessidade variam. Quanto mais conseguirmos conhecer as pessoas que nos cercam (e a ns mesmos), mais capazes seremos de entender suas necessidades e o que as motivar. Todavia, o comportamento humano depende de tantas complexidades e alternativas que somos obrigados a fazer previses incorretas num bom nmero de vezes.

    Todo o sistema de foras que atuam sobre o empregado tem que ser levado em considerao para que a motivao do mesmo possa ser adequadamente compreendida. Este sistema consiste em trs variveis que afetam a motivao nas organizaes: as caractersticas individuais, as caractersticas do trabalho e as caractersticas da situao do trabalho.

    Remunerao

    Como afirmam todos os autores mencionados, no se pode verificar a qualidade de vida no trabalho sem levar em conta a dimenso remunerao. Ocorre que, toda espcie de emprego est, indispensavelmente, associado a uma remunerao, o que j no ocorre com o trabalho. possvel haver trabalho sem remunerao, mas no emprego sem remunerao.

    O homem empregado para trabalhar e pelo seu trabalho recebe uma remunerao. Interessa-se averiguar a qualidade de vida no trabalho, na vida profissional e no na vida privada, o indicador desta humanizao pela via salarial, tem de ser proporcional ao que se faz no trabalho e no manuteno da sua vida fora. Desta forma, mesmo que o trabalho se constitua em um meio socialmente aceito, para que os seres humanos garantam a sua sobrevivncia atravs da remunerao, a mensurao da qualidade de vida no trabalho deve se ater ao que se faz na organizao para receb-lo. Assim, para que se possa ter esta subvarivel de maneira slida e segura na composio varivel QVT, necessrio amarr-la a fatores objetivos e mensurveis.

    Condies fsico-psicolgicas do trabalho

    Esta dimenso da QVT a mais conhecida e tambm salientada por diversos autores. Ocorre que, muito se reclama das condies opressivas do trabalho oriundas da necessidade de se produzir mais e melhor. Produtividade (qualidade e quantidade de produtos e servios executados com tempo cada vez menos) a meta de qualquer organizao. No entanto, como j foi visto, so seres humanos, os responsveis por esta produo. E seres humanos formam um ambiente no seu inevitvel inter-relacionamento.

    As condies fsico-psicolgicas referem-se ao ambiente interno tanto fsico-geogrfico como fsico-psicolgico de uma organizao. Amplia-se a QVT. Para Matos (1980, p.118), a humanizao do ambiente de trabalho significa tornar o clima interno no opressivo, participativo, receptivo ao inter-relacionamento cordial e cooperativo em todos os nveis. Se tiver QVT humanizar o trabalho, no h dvida de que este ambiente precisa ser bom, alegre e desafiador.

    Benefcios sociais alm do trabalho

    E, por ltimo, os autores tambm so prdigos em salientar a existncia de QVT atravs dos chamados benefcios sociais. A palavra benefcios alm do trabalho pode, a primeira vista, causar estranheza do ponto de vista racional, a um sistema em que justo receber conforme o que se trabalha. Isto porque benefcios so remunerao indireta, pois custa dinheiro organizao. Assim, benefcios so custos, sem dvida. No entanto, seguindo a mesma linha da filosofia humanista, seres humanos, talvez devido ao progresso tecnolgico e social que vivenciaram, almejam mais da organizao do que apenas a paga pelo justo trabalho. Eles reivindicam o papel social da organizao na qual trabalham.

    Benefcios sociais so aquelas facilidades, convenincias, vantagens e servios que as organizaes oferecem aos seus empregados, no sentido de poupar-lhes esforos e

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    preocupao [...] e esto intimamente relacionados com a gradativa conscientizao da responsabilidade social da organizao (CHIAVENATTO, 1985, p.77).

    Desta forma, so poucas as organizaes que no tm, pelo menos, uma forma de benefcios sociais alm do trabalho para seus empregados. Segundo Aquino (1979, p.192), no Brasil a assistncia mdica constitui o benefcio de melhor aceitao, seguido pela ajuda refeio e transportes. No entanto, como benefcios custam dinheiro, a implantao de um programa de benefcio deve ser planejada e tais custos devem ser calculveis para poder repousar em financiamento slido e garantido. E, porque custa dinheiro, a existncia de muitos benefcios, hoje, sustentam-se no pela filosofia humanista que nela deveria estar embutida, mas por intermdio de tratamento tributrio favorvel por parte do Estado para as organizaes que os mantm.

    Alm das vantagens tributrias muitas benefcios ainda sobrevivem graas ao suposto retorno que deveria ter para a organizao. Para Chiavenatto apud Noldin (1990, p. 9), o conceito de benefcios normalmente se baseia em duas conotaes: a de suplementao e moral. As organizaes os mantm como recursos, alm do cotidiano do trabalho para garantir a moral dos funcionrios e aumentar o bem-estar dos que trabalham, visando assim, maior produtividade. Este o grande problema dos benefcios: o paternalismo inerente ao processo. Infelizmente, o princpio bsico e orientador da implantao de benefcios no humanismo, mas o retorno em termos de produtividade organizao. Os dirigentes no esto errados em querer produtividade, mas j foi salientado de que no h garantia nenhuma de maior produtividade com os benefcios sociais. O que ocorre que, na maioria dos casos, os programas de benefcios sociais, ou viram assistencialismo paternalista, ressaltando a dependncia do funcionrio ou so extintos em virtude do baixo retorno.

    Recursos humanos X Qualidade de vida no trabalho

    O setor de Recursos Humanos alm de ter o desafio de promover iguais oportunidades de emprego, tambm procura melhorar a qualidade de vida no trabalho. Os esforos para melhorar a qualidade de vida no trabalho procuram tornar os cargos mais produtivos e satisfatrios. Quando os cargos precisam ser reformulados, muitas vezes, as mudanas so feitas por gerentes operativos sem o envolvimento direto do setor de Recursos Humanos. J outros gerentes buscam a assistncia desse departamento, porque este pode ajudar a combinar as necessidades humanas com as do cargo. Os especialistas de pessoas precisam estar informados a respeito de como melhorar a qualidade de vida no trabalho por meio a reformulao de cargo. Fatores que influenciam o projeto de cargo e qualidade de vida no trabalho.

    A qualidade de vida no trabalho um desafio importante administrao do setor de Recursos Humanos. As exigncias sobre o projeto de cargo so organizacionais, ambientais e comportamentais. Quando so cuidadosamente consideradas e conseqentemente combinadas com um projeto apropriado do cargo, o resultado um cargo produtivo e satisfatrio. Mas quando os insumos ou produtos desejados so omitidos, resultam problemas. Os elementos organizacionais do projeto de cargo dizem respeito eficincia e os cargos projetados eficientemente permitem que um trabalhador altamente motivado e capaz consiga o mximo de produo.

    Um segundo aspecto do projeto de cargos refere-se aos elementos ambientais. Como acontece com a maioria das atividades de pessoal, o projeto de cargo no podem ignorar a influncia do ambiente externo. Ao projetar cargos, os especialistas de pessoal e os gerentes devem considerar a habilidade e a disponibilidade de empregados potenciais ao mesmo tempo, as expectativas sociais tambm devem ser ponderadas. Habilidades e disponibilidades de empregados, as consideraes de eficincia precisam estar equilibradas com as habilidades e disponibilidades das pessoas que vo realizar o trabalho.

    Os cargos no podem ser projetados, utilizando apenas os elementos que ajudam a eficincia. Agir dessa maneira omite as necessidades humanas das pessoas que devem desempenhar o trabalho. Em lugar disso, os projetistas de cargo recorrem pesadamente pesquisa comportamental a fim de promoverem um ambiente de trabalho que ajude a satisfazer as necessidades individuais.

    Um problema com alguns cargos que eles tm falta de qualquer identidade de tarefa. Os trabalhadores no podem apontar alguma pea de trabalho completo quando um cargo tem falta de identidade. Eles tm pouco senso de responsabilidade e podem no sentir orgulho pelos resultados. Depois de completarem seu trabalho, podem sentir pouco senso de realizao. Quando as tarefas so agrupadas de modo que os empregados sintam que esto fazendo uma contribuio identificvel, a satisfao no cargo aumenta de modo significativo.

    Os elementos comportamentais de projeto de cargo informam os especialistas de pessoal para acrescentar mais autonomia, variedade, identidade de tarefa e retroinformao. Mas os elementos de eficincia

  • 16

    apontam para maior especializao, menor variedade, autonomia mnima e outros elementos contraditrios. Assim, tornar os cargos mais eficientes pode fazer com que sejam menos satisfatrios. Inversamente, cargos satisfatrios podem revelar ser ineficientes.

    A fim de aumentar a qualidade de vida no trabalho, para os que tm cargos que no ofeream oportunidades para realizao, reconhecimento e crescimento psicolgico, os setores de Recursos Humanos podem usar uma variedade de mtodos a fim de melhorar os cargos atravs de reformulao. As tcnicas mais amplamente praticadas incluem rotao de cargo, aumento de cargo e enriquecimento de grupo de trabalho. Essas tcnicas, usualmente, so referidas como programas de qualidade de vida no trabalho.

    Isto mostra a amplitude de um programa genuno de qualidade de vida no trabalho, que deve vislumbrar as necessidades humanas de todos os nveis. preciso ultrapassar o paradigma no qual a busca de motivao e da qualidade de vida esquece ou, simplesmente, ignora, a satisfao das necessidades superiores.

    REFERNCIAS

    AZEVEDO, Srgio de. Polticas Pblicas: discutindo modelos e alguns problemas de implementao. In: SANTOS

    JR., Orlando A. (Org.). Polticas pblicas e gesto local. Rio de Janeiro: Fase, 2003.

    BARROSO, Lus Roberto. O direito constitucional e a efetividade de suas normas. 3. ed. Rio de Janeiro:

    Renovar, 1996.

    BIGOLIN, Giovani. A reserva do possvel como limite eficcia e efetividade dos direitos sociais. Disponvel

    em: http://www.revistadoutrina.trf4.gov.br/indices/geral0001.htm. Acesso em: 30 de outubro de 2007.

    CHIAVENATO, Idalberto. Introduo teoria geral da administrao. 3. ed. So Paulo: McGraw-Hill do Brasil,

    1983.

    CORADI, C. D. O comportamento humano em administrao de empresas. So Paulo: Pioneira, 1985.

    DAVIS, K. e NEWSTROM, J. W. Comportamento humano no trabalho Uma abordagem psicolgica. So Paulo:

    Pioneira, 1992.

    ETZIONI, A. Organizaes Modernas. So Paulo: Pioneira, 1974.

    FERNANDES, E. Qualidade de vida no trabalho Como medir para melhorar. Bahia: Casa da Qualidade, 1996.

    GONALVEZ, E. L. A empresa e a sade do trabalhador. So Paulo: Pioneira, 1988.

    MATOS, F. G. Fator QF Ciclo de felicidade no trabalho. So Paulo: Makron Books, 1997.

    RODRIGUES, M. V. C. Qualidade de vida no trabalho Evoluo e Anlise no nvel gerencial. Rio de Janeiro:

    Vozes, 1994.

  • 17

    HHAABBIILLIIDDAADDEESS EESSPPEECCFFIICCAASS

    Material organizado por Ana Karina de Arajo Galvo

  • 18

    PPEEDDRREEIIRROO

  • 19

    Campo de atuao

    Execuo, reforma e manuteno de obras civis.

    Descrio do perfil

    Executa trabalhos de construo, reforma e manuteno de obras civis, no que se refere a alvenaria de tijolos, pedras de cantaria, blocos e concreto, contra pisos, revestimentos de pisos e paredes em geral, monta painis de alvenaria pr-fabricados ou convencionais.

    Quais so os requisitos para esta profisso?

    Habilidades Necessrias:

    Boa comunicao organizacional e deve saber ouvir.

    Deve ser detalhista quando necessrio.

    Saber tomar decises.

    Bom desempenho ao manusear as ferramentas.

    Conhecimentos Necessrios

    Conhecer totalmente o papel do pedreiro e o que faz cada servio ou empreitada.

    Conhecer os mtodos de trabalho em uma construtora.

    Qualidades Pessoais

    Devem saber trabalhar independentemente e como parte de uma equipe.

    Devem saber estabelecer prioridades, trabalhar sob presso, honrar compromissos e datas, relacionar-se com funcionrios de todos os nveis.

    Equipamentos necessrios

    Prumo de face, Trena, Talhadeira ,Marreta, Cavadeira, furadeira, nvel de bolha, picareta, p, colher de pedreiro, enxada, ponteiro, trena, rgua de alumnio , desempenadeira, arco de serra, torques, martelo, mquina de cortar cermica. EPIS.

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    LISTA DE MATERIAL equipamentos e ferramentas

    Alavanca: utilizada para corte de terrenos muito duros

    Alicate: utilizada para corte, amarrao de fios e arames.

    Arco de Serra: utilizado para corte de barras de ao, tubos metlicos ou de PVC..

    Balde: utilizado para medir gua e trao de concreto.

    Bandeja: caixa de madeira utilizada para colocao da argamassa.

    Betoneira: mquina concebida para preparar argamassa, que consiste num tambor esfrico giratrio que mistura os componentes, postos de acordo com o tipo de argamassa pretendida.

    Cavadores: utilizados para aberturas de furos no terreno. H dois tipos de cavadores. O de uma face e o de duas faces.

    Carrinho de Mo: o carrinho de mo um tombador pequeno, usado para transportar pesos ou geralmente terra ou areia em construes. Usado tambm nas fazendas ou nos jardins, o carrinho de mo facilita o deslocamento de cargas que podem ser pesadas ou meramente incmodas. composto de uma roda e dois braos e o centro de gravidade fica perto da roda.

    Chave para Dobrar Ferro: utilizado para dobrar barras de ao.

    Colher de Pedreiro: a colher de pedreiro uma colher de ao em formato triangular, com um cabo de madeira e uma parte plana de metal em "L" que possibilita o manuseio de cimento, concreto ou beto ou outra massa de construo civil.

  • 21

    Desempoladeira: servem para manter a regularidade da superfcie e segurar pequenas quantidades de argamassa.

    Enxada: utilizada na abertura de valas da fundao, mistura de concreto e argamassas e para capinar.

    Escala: utilizada para medies de distncias com 1 ou 2 metros.

    Esquadro: utilizado para verificar ngulos retos (90).

    Fita Mtrica/Trena: fita mtrica um instrumento de medida usada para medir distncias. Pode designar uma fita flexvel e graduada que se utiliza para medir tecidos, ou determinados tipos de fitas mtricas retrteis que consistem numa fita de metal, plstico ou fibra de vidro enrolada num invlucro. No Brasil, as fitas mtricas retrteis e feitas de metal so tambm chamadas "trenas". As unidades de medidas das trenas so: centmetros, milmetros, polegadas e ps.

    Fio-de-Prumo: o fio de prumo um instrumento que determina a vertical do lugar. A sua aplicao est ligada principalmente medio de distncias e no estacionamento de aparelhos. O prumo basicamente composto por um peso (geralmente em formato de peo) preso a um cordel, o que permite suspend-lo ou abaix-lo sobre o lugar (ponto) onde pretende-se obter a vertical. A direo do cordel (o fio de prumo, propriamente dito), quando tensionado pelo peso, indica a direo da vertical do lugar.

    Faco: utilizado para cortar e afiar pedaos de madeira.

    Linha: necessria para demarcao das valas de fundao no terreno, das paredes sobre alicerces e para orientar a colocao de blocos, mestras, dentre outros.

    Mangueira de Nvel: nvel constitudo por uma mangueira transparente cheio de gua.

    Martelo de pedreiro: ferramenta com cabo longo onde se fixa uma cabea mais ou menos volumosa, tipicamente em metal, com pena cortante que serve para partir tijolos.

  • 22

    Marreta: martelo bastante robusto, com cabo longo e com cabea tipicamente em ferro, usado para partir pedras ou outros materiais duros.

    Nvel de Bolha: instrumento que consiste numa rgua relativamente curta, tipicamente metlica, usado para determinar a horizontalidade de uma superfcie atravs da posio de uma bolha de ar num meio cheio de lquido.

    P: existem diversos tipos de ps, sendo a mais tradicional a utilizada para cavar.

    Peneira: utilizada para cessar rea e arenoso.

    Picareta: utilizada para acerto do terreno e abertura de valas.

    Ponteira: utilizada para abrir furos no concreto ou alvenaria quando golpeada pela marreta.

    Presilha: utilizada para fixar os sarrafos nos arremates de alvenarias.

    Prumo de Centro: utilizado para verificao do centro.

    Prumo de Face: utilizado para verificar a verticalidade da alvenaria, pilar, portas e janelas.

    Sarrafo: utilizado na regularizao de superfcies de concreto ou argamassa.

    Serrote: utilizado para corte de madeiras.

    Soquete: utilizado para socar ou compactar terra, concreto e solo-cimento, podendo ser de madeira ou concreto.

    Talhadeira: utilizada para cortar tijolos ou blocos na alvenaria.

    Tesoura: utilizada para corte de barras de ao (vergalhes).

    Torqus: utilizado para dobragem e corte de arame recozido na amarrao de ferragem.

    Trincho: utilizado para aplicao de tintas em superfcies de alvenaria.

    ANTES DA CONSTRUO

    Condies climatricas

    Para construir ao ar livre, tem que se ter em conta as condies climatricas. No trabalhe em tempo de geada ou com aguaceiros frequentes. Se houver uma chuvada forte quando estiver na obra, pare de trabalhar e cubra-a com uma lona ou uma tela plstica.

  • 23

    Armazenamento dos materiais

    Se tiver que armazenar os tijolos durante algum tempo, no os deixe colocados

    diretamente sobre o cho. Coloque-os, por exemplo, sobre um suporte feito de traves

    e tbuas. Ateno ao gelo, pois o inimigo n1 dos tijolos: cubra -os bem para evitar

    que se partam.

    Tempo de utilizao da argamassa

    A argamassa deve ser utilizada no espao de 2 h, o que implica a sua aplicao rpida.

    Portanto, ao seu alcance dever ter tijolos em quantidade suficiente, para no ter que

    os ir buscar no decurso do trabalho. Coloque a argamassa dentro de um balde que ter

    sempre mo.

    Teste

    fundamental que haja uma boa aderncia da argamassa aos tijolos. Faa portanto

    o seguinte teste : com a colher de pedreiro coloque uma camada de argamassa sobre

    um tijolo, pressionando-a depois contra outro tijolo. Separe-os ao fim de um minuto :

    se a argamassa estiver igualmente repartida pelos tijolos, porque a aderncia

    boa.

    Aderncia

    A aderncia poder ser medocre porque os tijolos esto demasiados secos: molhe-os

    ligeiramente na vspera do trabalho. A estrutura do tijolo tambm pode influenciar a

    aderncia, por no absorverem suficientemente a gua da argamassa. Neste caso,

    reduza a proporo de cal na mistura.

    OS MATERIAIS

    Escolha

    Os materiais de construo apresentam-se sob formas diversas, tais como (entre

    outras) pavimentos de beto ou blocos de beto celular, sendo os tijolos os mais

    frequentemente utilizados. Existem em diferentes formatos e qualidades.

    Formas

    Um tijolo macio , conforme o nome indica, inteiramente fechado. Um tijolo oco tem

    furos paralelos a todo o seu comprimento, os quais representam mais de 40% do seu

    volume total. Os furos de um tijolo perfurado a toda a sua espessura ocupam somente

    15 a 40% do volume total.

    Dureza dos tijolos

    De acordo com a sua dureza, os tijolos no tm todos a mesma utilizao. Escolha-os de acordo com a funo da

    parede: mestra ou no, conduta interior ou exterior da chamin, fundaes.(neste caso, os blocos

    autobloqueadores resistente e estanques, so os mais indicados).

  • 24

    Um pouco do vocabulrio

    De acordo com a superfcie visvel, depois de levantada a parede, diz- se que o tijolo est colocado de cutelo (face

    de assento visvel), em atravessado (topo visvel), ou ao comprido (face de parede visvel). Os tijolos podem ser

    cortados segundo vrias formas com o nome de meio tijolo, de tijolo, de tijolo, em meio tijolo para parede a

    travar e meia-espessura. Existem ainda no mercado outros formatos, cujas dimenses no correspondem ao

    sistema modular, mas que so frequentemente empregues : 30x20x7.30 - 20x13x20 - 15.3x20x24.

    Formatos

    No chamado sistema "modular" os formatos dos tijolos so baseados em mdulos de 10 cm, o que significa que

    cada uma das suas dimenses, acrescida da espessura da junta, igual a 10 cm ou a um mltiplo de 10 cm. Assim

    torna-se fcil o clculo do nmero de tijolos necessrios.

    AS FUNDAES

    Os materiais empregues nos trabalhos de pedreiro so muito pesados, como tal, devem assentar sobre

    bases slidas, que vo impedir o desmoronamento da construo e reter a umidade. Para obras a efetuar no jardim,

    opte por fundaes superficiais em solo estvel.

    As fundaes podem ser construdas com tijolo, mas, geralmente, h preferncia pelo beto. Existe o

    beto armado (reforado com ferros metlicos) e o beto magro (camadas sucessivas, calcadas progressivamente).

    Colocao

    Para uma parede pequena, a colocao das fundaes determina-se a "olho" para a construo de um alpendre, pregue tbuas a estacas enterradas no cho, as quais formaro ngulos retos.

    Terraplanagem

    Em seguida, fixe cordis entre as tbuas, os quais vo delimitar as dimenses da

    obra. Para ter a certeza que fez um bom trabalho, verifique se as diagonais da figura

    obtida tm o mesmo comprimento. No stio das fundaes, cabe a uma profundidade

    de 80 a 90 cm.

  • 25

    Dimenses

    A largura das fundaes um fator muito importante. Esta deve ser igual a trs vezes a largura da parede que vai construir. A largura da parede igual largura do tijolo que ir utilizar.

    Areia

    Coloque uma camada de areia com cerca de 20 cm de fundo do fosso. Nivele a

    superfcie com a rgua. Regue a areia, de forma a torn-la mais compacta e a obter

    uma base slida.

    Cofragem

    Agora faa a cofragem. Para tal utilize tbuas de 10 cm de largura e 2 cm de espessura, as quais so fixadas a estacas. Depois faa uma armao de ao, de preferncia com varas de 4 a 5 mm de dimetro, dispostas no sentido do comprimento da cofragem.

    Armao

    Perpendicularmente sobre as varas coloque outras, cujo comprimento ser igual

    largura da cofragem. Fixe-as s outras varas com fio de arame, e com uma distncia

    de 15 cm entre elas. Esta armao pode ser colocada sobre pequenas pedras ou

    blocos de madeira, para evitar o contacto com o cho.

    Colocao do Betao

    Prepare o beto, na proporo de uma parte de cimento para duas de areia grossa e trs de gravilha. Depois verta o beto. Durante esta operao utilize um pau para mexer o beto, para que este se espalhe bem em toda a superfcie da cofragem, sem deixar buracos.

    Eliminao do ar

    Assim que o beto fica colocado, d fortes marteladas em vrios stios da cofragem

    para eliminar as bolhas de ar e, tambm, calcar o beto, enquanto fresco. Depois alise

    a superfcie com uma esptula. Deixe secar durante vrios dias.

    Placa de fundao

    Em certos casos possvel dispensar a cofragem e deitar o beto directamente no fosso. Neste caso, verifique

    com muita ateno e o beto no se mistura com a terra, caso contrrio no ficar to slido.

    NIVELAMENTO

    Operao que consiste em transportar uma referncia de nvel marcada em uma determinada altura para

    outro local, estabelecendo assim um plano horizontal. Numa obra a referncia de nvel (marca) estabelecida a 1,0

    (um) metro do nvel do piso e transportada para as paredes dos outros cmodos. atravs do nivelamento que

  • 26

    marcamos as alturas da alvenaria, dos vos de janelas e portas, do p direito das alturas do piso e contrapiso na

    pavimentao.

    A ferramenta utilizada para realizar o nivelamento a mangueira de nvel e, no caso de vos pequenos, o

    nvel de madeira.

    Nivelamento com mangueira

    Alinhamento

    Operao que consiste em posicionar numa mesma direo, atravs de uma linha, os elementos de uma

    construo. Para se utilizar a tcnica do alinhamento necessrio que esteja estabelecido o ponto inicial e final do

    mesmo e a partir da fixar uma linha (linha de pedreiro) entre estes pontos. Numa obra utilizamos este procedimento

    no levante de parede construindo as fiadas de blocos cermicos, no assentamento das mestras intermedirias dos

    revestimentos de parede e piso, etc..

    Operao de alinhamento utilizado na construo da segunda fiada de uma alvenaria de bloco cermico

  • 27

    Esquadro

    Operao que consiste em marcar os vos de uma obra a um ngulo de 90 (noventa graus). utilizado

    na locao da obra, na marcao das alvenarias e nos revestimentos de paredes, etc. A ferramenta

    empregada nesta operao o esquadro, porm limita-se aos vos pequenos. No caso das locaes da

    obra utilizamos a relao do tringulo retngulo que so medidas marcadas em alinhamento nas

    propores de 3:4:5.

    Esquadro de 60 cm, 80 cm e 100 cm

    Prumada

    Operao que consiste em posicionar numa direo vertical os elementos de uma construo.

    utilizada na construo da fiada de blocos levante de parede aprumando os blocos iniciais e finais de cada

    fiada, na marcao das mestras superiores do reboco de uma parede, na obteno de eixos de elementos

    estruturais de uma fundao, etc. As ferramentas utilizadas para obter a prumada so: prumo de face e o

    prumo de centro.

  • 28

    Unidades de Medida

    Clculo da rea

    O clculo da rea de uma figura retangular obtido pelo produto (multiplicao) de duas dimenses (comprimento x largura).

    Ex.: Para calcularmos a rea de um quarto com as dimenses de 4 metros de comprimento e 3 metros de largura fazemos: A (m) rea = 4m (comprimento) x 3m (largura). A= 12 m

    Clculo do Volume

    O clculo do volume de um slido, no formato de paraleleppedo reto retngulo, obtido pelo produto (multiplicao) de trs dimenses (comprimento x largura x altura).

    Ex.: Para calcularmos o volume de uma lata com as dimenses de 0,21 metros de comprimento, 0,21 metros de largura e 0,41 metros de altura fazemos: V (m) Volume = 0,21m (comprimento) x 0,21m (largura) x 0,41m (altura). V = 0,018m

    Argamassa

    Chama-se argamassa a mistura feita com pelo menos um aglomerante, agregados midos e

    gua. O aglomerante pode ser a cal, o cimento ou o gesso. O agregado mais comum a areia, embora

    possa ser utilizado o p de pedra. Normalmente, a argamassa utilizada em alvenaria e em revestimento.

    As argamassas mais comuns so constitudas por cimento, areia e gua. Em alguns casos, costuma-se

    adicionar outro material como cal, saibro, barro, caulim, e outros para a obteno de propriedades

    especiais. Chama-se trao a proporo em volume entre os componentes das argamassas (cimento, cal e

    areia), que varia de acordo com a finalidade da argamassa.

  • 29

    Assim como o concreto, as argamassas tambm se apresentam em estado plstico nas

    primeiras horas de confeco, e endurecem com o tempo, ganhando elevada resistncia e durabilidade.

    So empregadas com as seguintes finalidades:

    assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cermicas e tacos de madeira;

    impermeabilizar superfcies;

    regularizar (tapar buracos, eliminar ondulaes, nivelar e aprumar) paredes, pisos e tetos;

    dar acabamento s superfcies (liso, spero, rugoso, texturizado, etc.).

    Para a obteno de uma argamassa de boa qualidade, deve-se levar em conta:

    o cimento, um p fino que, em contato com a gua, tem a propriedade de unir firmemente, como uma cola, diversos tipos de materiais de construo;

    a areia, que deve apresentar gros duros e limpeza, livre de torres de barro, galhos, folhas e razes antes de ser usada (areia lavada);

    a gua, que tambm deve ser limpa, livre de barro, leo, galhos, folhas e raiz.

    Quanto maior a plasticidade das argamassas na hora do uso, maior ser a sua aderncia, o que uma grande vantagem em certas aplicaes. Para aumentar a plasticidade adicionado um quarto componente mistura, que pode ser cal, saibro, barro, caulim ou outros, dependendo da disponibilidade e uso na regio.

    De todos esses materiais, chamados de plastificantes, o mais recomendado a cal, tambm conhecida como cal hidratada, cuja fabricao e uso, modernamente so regidos por Normas Tcnicas em cada pas.

    A mistura pode ser feita por si ou, ento, comprada j preparada, tendo somente que acrescentar gua. A vantagem da argamassa pronta que as propores da mistura so sempre idnticas. Cabe-lhe a si acrescentar sempre a mesma quantidade de gua. Esta argamassa de preferncia utilizada, por exemplo, em pequenos trabalhos de reparao. Para empreender trabalhos de maior envergadura, a melhor soluo utilizar uma betoneira. Se quiser misturar a argamassa com a p, faa-o numa superfcie plana e limpa.

    Atualmente est sendo cada vez mais comum o uso de argamassas industrializadas, ou seja, a mistura dos componentes secos realizada em uma planta industrial. Assim, na obra, apenas deve ser acrescentada gua mistura prvia. A argamassa deve ser utilizada no espao de 2 h, o que implica a sua aplicao rpida.

    Tipos de Argamassa

    As argamassas so classificadas, segundo a sua finalidade, em argamassas para assentamento

    e revestimento de paredes e tetos.

    As argamassas industrializadas para aplicao de revestimentos cermicos so conhecidas

    como argamassas colantes. Elas apresentam os tipos AC-I (para uso interno), AC-II (uso externo) e AC III.

    Argamassas para assentamento: so usadas para unir blocos ou tijolos das alvenarias. Servem

    tambm para a colocao de azulejos, tacos, ladrilhos e cermica.

    Argamassas para revestimento: geralmente tem em seu trao areias mais finas, pois servem para

    dar um acabamento.

  • 30

    Usualmente so aplicadas trs camadas de argamassa em uma parede a ser revestida:

    a. Chapisco: primeira camada fina e rugosa de argamassa aplicada sobre os blocos das paredes e

    nos tetos. Sem o chapisco, que a base do revestimento, as outras camadas podem descolar e

    at cair. Em alguns casos, como em muros, esse pode ser o nico revestimento. O acabamento

    de paredes mais econmico o cimentado liso, aplicado diretamente sobre o chapisco.

    b. Emboo: sobre o chapisco aplicada uma camada de massa grossa ou emboo, para regularizar

    a superfcie. Revestimentos como azulejos, ladrilhos e cermicas so aplicados sobre o emboo.

    c. Reboco: a massa fina ou o reboco, que d o acabamento final. Em alguns casos no usado o

    reboco, por motivo de economia.

    O chapisco, o reboco e o emboo no so usados em pisos. O cimentado o piso de argamassa

    mais econmico. Se a superfcie for muito irregular, convm aplicar inicialmente uma camada de

    argamassa de regularizao ou nivelamento.

    As trs primeiras fiadas de uma parede de blocos ou tijolos devem ser revestidas inicialmente

    com uma camada de argamassa de impermeabilizao, que protege a parede contra a penetrao da

    umidade

    Teste de Aderncia

    fundamental que haja uma boa aderncia da argamassa aos tijolos. Faa, portanto, o seguinte

    teste: com a colher de pedreiro coloque uma camada de argamassa sobre um tijolo, pressionando-a

    depois contra outro tijolo. Separe-os ao fim de um minuto: se a argamassa estiver igualmente repartida

    pelos tijolos, porque a aderncia boa.

    A aderncia poder ser medocre porque os tijolos esto demasiados secos: molhe-os

    ligeiramente na vspera do trabalho. A estrutura do tijolo tambm pode influenciar a aderncia, por no

    absorverem suficientemente a gua da argamassa. Neste caso, reduza a proporo de cal na mistura.

    Aplicao

    Aplicao: Espalhe um comprimento de argamassa, no local onde ir pr o primeiro tijolo. A

    camada deve ser mais espessa que a junta prevista, com a ponta da colher de pedreiro deve

    sulcar ligeiramente a camada de argamassa.

    Colocao do Tijolo: Coloque o tijolo contra a tbua de perfil, com o lado perfeitamente paralelo ao

    cordel guia. Faa-o deslizar sobre a argamassa, da esquerda para a direita, de forma a empurrar o

    tijolo para o seu lugar. Com a colher, recupere o excedente de argamassa e deite-a para o balde.

    O Segundo Tijolo: Coloque argamassa contra a face vertical do primeiro tijolo, numa camada um

    pouco mais espessa que a junta vertical prevista. Faa tambm deslizar o segundo tijolo

    lateralmente na argamassa e batendo-lhe com o cabo da colher. O tijolo deve ficar paralelo ao

    cordel e a 1mm de distncia deste.

  • 31

    A Segunda Fiada: Depois de construda a primeira fiada, a rgua de medida horizontal vai ajud-lo

    a colocar a segunda fiada. Para tal, com giz ou com lpis, transfira para os tijolos da primeira fiada

    a colocao exata dos tijolos da segunda fiada, com a ajuda da rgua.

    Parede Inclinada: Uma das falhas mais freqentemente cometidas na execuo dos primeiros

    trabalhos de alvenaria, consiste em colocar os tijolos em posio inclinada. Portanto, no se

    esquea de verificar regularmente a verticalidade com uma rgua.

    Concreto

    O concreto a mistura de cimento, areia, brita e gua. utilizado em elementos estruturais

    como vigas e pilares, em lajes, etc.

    A resistncia do concreto aumenta com o aumento da quantidade de cimento que o constitui e

    diminui com o aumento da quantidade de gua na mistura.

    A qualidade e resistncia do concreto dependem da dosagem dos materiais, da qualidade dos

    mesmos e tambm do preparo.

    Devemos utilizar areia e brita de boa qualidade, adicionar apenas a gua necessria a tornar o

    concreto mole e fcil de ser trabalhado, mistur-lo de forma a obter um material uniforme com partes

    iguais em toda a sua composio.

    O preparo do concreto pode ser manual ou mecnico. Para preparar o concreto manual

    necessrio que se tenha uma rea pavimentada com um piso cimentado ou com um lastro de madeira

    sobre o cho. O preparo mecnico realizado por um equipamento chamado betoneira que uma

    caamba acionada por um motor eltrico ou a combustvel, que gira misturando os componentes do

    concreto.

    AS TBUAS DE PERFIL

    Uma parede bem direita

    Como natural, as paredes devem ficar bem direitas, assim como os ngulos e

    extremidades. Portanto, para o ajudar, utilize as chamadas "tbuas de perfil", as quais

    so colocadas nas extremidades das paredes, com a face lisa aplainada contra a

    alvenaria.

  • 32

    Fixao das tbuas de perfil

    Trata -se de tbuas com 10 x 7.5 cm de seco e cujo comprimento depende da altura

    da parede a construir. Na base coloque suportes de madeira para evitar que a estrutura

    se desloque durante o trabalho. Coloque escoras de lado, fixados obliquamente.

    Horizontalidade

    As tbuas de perfil devem estar perfeitamente verticais e os suportes devem

    assentar horizontalmente no cho. Verifique o nivelamento com o fio de prumo,

    no lado abrigado do vento, para maior segurana. A seguir dever marcar na

    estrutura a altura de cada fila de tijolos.

    Altura das fiadas

    A altura de uma fiada corresponde altura de um tijolo mais a e spessura da junta. Mas

    as dimenses dos tijolos podem variar devido cozedura. Portanto, coloque 10 tijolos

    frente a frente e calcule a sua espessura mdia. medida obtida acrescente a

    espessura da junta. Marque a medida final numa rgua.

    Comprimento dos tijolos

    As juntas verticais devem ficar perfeitamente alinhadas. Para tal, coloque 10

    tijolos lado a lado (na posio que tero no futuro), e calcule o comprimento

    mdio do lado visvel. A seguir marque a medida obtida na rgua.

    Comprimento da parede

    A parede comea, geralmente, por um tijolo isento de junta. Tendo os clculos sido

    efetuados na base de um tijolo mais numa junta, voc dever, para calcular o

    comprimento total da parede, diminuir a espessura de uma junta soma do

    comprimento calculado anteriormente. Marque o resultado na rgua.

    Horizontalidade dos perfis

    Sobre as tbuas de perfil trace uma linha horizontal, situada mesma altura para

    todas. Para tal, utilize uma rgua, sobre a qual ser colocada o nvel de bolha, e

    faa um trao a lpis rente face superior da rgua. Repita esta operao para

    cada rgua de perfil.

    Horizontalidade das fiadas

    Encoste a rgua onde marcou as alturas das fiadas primeira madeira de perfil, e

    transfira as medidas para esta ltima. Depois, sobre a rgua encostada ao perfil,

    transfira o trao horizontal que marcou neste ltimo.

    Pontos de marcao

    A rgua com as medidas verticais permitir reproduzir precisamente as marcas

    indicando a altura das fiadas sobre os outros perfis : tijolos e juntas ficaro

    perfeitamente horizontais se fizer corresponder os traos do perfil com os da

    rgua.

  • 33

    Cordel

    Antes de passar alvenaria propriamente dita, estique um cordel entre as duas tbuas

    de perfil e fixe-o altura das primeiras marcas, com um n ou com um prego. Neste

    ltimo caso no enterre demasiadamente o prego, pois ter que o deslocar de uma

    fiada para outra.

    CONSTRUO

    Aplicao da argamassa

    Espalhe um comprimento de argamassa, no stio onde ir colocar o primeiro

    tijolo. A camada deve ser mais espessa que a junta prevista, com a ponta da

    colher de pedreiro deve sulcar ligeiramente a camada de argamassa.

    Colocao do tijolo

    Coloque o tijolo contra a tbua de perfil, com o lado perfeitamente paralelo ao cordel

    guia. Faa-o deslizar sobre a argamassa, da esquerda para a direita, de forma a

    empurrar o tijolo para o seu lugar. Com a colher recupere o excedente de argamassa e

    deite-a para o balde.

    O segundo tijolo

    Coloque argamassa contra a face vertical do primeiro tijolo, numa camada um

    pouco mais espessa que a junta vertical prevista. Faa tambm deslizar o

    segundo tijolo lateralmente na argamassa e batendo-lhe com o cabo da colher. O

    tijolo deve ficar paralelo ao cordel e a 1 mm de distncia deste

    A segunda fiada

    Depois de construda a primeira fiada, a rgua de medida horizontal vai ajud-lo a

    colocar a segunda fiada. Para tal, com giz ou com lpis, transfira para os tijolos da

    primeira fiada a colocao exata dos tijolos da segunda fiada, com a ajuda da rgua.

    Parede inclinada

    Uma das falhas mais frequentemente cometidas na execuo dos primeiros

    trabalhos de alvenaria, consiste em colocar os tijolos em posio inclinada.

    Portanto, no se esquea de verificar regularmente a verticalidade com uma

    rgua.

    Tijolos curvados

    Se alguns tijolos estiverem curvados ou apresentarem uma forma irregular, coloque-os

    com a parte abaulada para cima e as extremidades no alinhamento do cordel : assim,

    poder colocar corretamente as fiadas seguintes.

  • 34

    Colher de pedreiro

    sempre necessrio a utilizao de uma colher de pedreiro apropriada. Destros e

    canhotos devem certificar-se de que escolheram o modelo que lhes convm. Os

    primeiros tero mais facilidade a construir da esquerda para a direita, e os segundos

    no outro sentido.

    Juntas

    Se interromper os trabalhos, corte o excesso de massa das juntas, a uma

    profundidade de 1,5 a 2 cm. Para isso necessrio que a argamassa ainda no

    esteja muito rija. No se esquea das juntas colocadas s extremidades da

    parede, colocadas contra as tbuas de perfil.

    Cortar tijolos

    Dever cortar alguns tijolos. Deite o tijolo, na horizontal, coloque o escopro no stio do

    corte e bata-lhe com a marreta, ou ento, com o escopro, entalhe ligeiramente o tijolo

    sobre a linha. Aplique um golpe seco para separar as duas partes.

    Rebarbadora

    Para cortar os tijolos, pode ainda utilizar uma rebarbadora ou para pequenas

    quantidades, um berbequim equipado com um disco de cortar pedra. Tome as

    precaues necessrias: use culos de segurana.

    ALVENARIA

    Meia espessura

    Os tijolos podem ser cortados a metade da espessura. Para os cortar, retiram-se

    pequenas quantidades de matria com o escopro, fazendo girar o tijolo.

    Unies e ngulos

    A unio de duas paredes exige uma juno slida, que se consegue por meio de

    tijolos comuns s duas paredes. Para os ngulos retos, o aparelhamento mais

    simples o Designado de dente ou de espigo, no sendo preciso cortar os tijolos.

    Acabamento

    Para preservar o topo da parede e torn-la mais estanque (sobretudo para as

    paredes exteriores de jardim) necessrio um acabamento ou um ltimo

    assentamento de tijolos rijos, normalmente colocados de cutelo, com a face de

    parede visvel, ligados por uma argamassa muito slida.

  • 35

    Fiada

    Para construir uma fiada de tijolos colocados em cutelo, faa-o da esquerda para a

    direita. Estenda uma camada de argamassa sobre a ltima fiada, depois barre a

    face de assento do tijolo, sem ultrapassar os bordos: corte o excedente em "bisel".

    Coloque o tijolo no lugar, fazendo-o deslizar sobre a argamassa.

    Ferros

    Se tiver que fixar aduelas alvenaria, utilize ganchos (ferros), que devero ficar

    presos na juntas de argamassa e a uma distncia de 60 cm entre si. Ferros direitos

    tambm podem ser utilizados para reforar a unio entre duas paredes.

    ESPESSURAS DAS PAREDES

    Paredes com face de assentamento visvel

    A funo das paredes vai determinar, a sua espessura. Esta determinada pelo

    formato dos tijolos e do aparelhamento empregue. As paredes com os tijolos

    colocados com a face de assentamento visvel servem para a construo detabiques

    de separao: os tijolos so dispostos sobre a face de parede, com a face

    assentamento visvel.

    Paredes em meio tijolo

    Estas paredes so recomendadas para a construo de divisrias interiores (casa

    de banho) ou de pequenas dependncias (garagem, alpendre). De fcil

    construo, os tijolos so colocados sobre a face de assentamento, no havendo

    necessidade de se cortar muitos tijolos.

    Paredes de um tijolo

    Estas paredes tm por espessura o comprimento de um tijolo, e podem muito bem

    suster um soalho ou uma viga. A regulao da umidade, assim como o isolamento

    trmico, so melhores que no caso precedente, se bem que as paredes duplas

    obtenham os melhores resultados.

    Paredes duplas

    Aqui trata-se de duas paredes distintas e paralelas (de meio tijolo), cujo espao

    interior cheio com um material isolante. Estas paredes so ligadas uma outra

    com ferro. A sua resistncia comparvel das outras paredes.

    Direo

    Se tiver que construir uma parede com uma espessura superior a um tijolo, a soluo

    mais fcil consiste em primeiro construir a fiada da frente (da esquerda para a direita),

    e depois, no retorno, a fiada de trs (da direita para a esquerda).

  • 36

    APARELHAMENTOS

    Este termo designa a disposio dos tijolos, uns em relao aos outros. A escolha de um aparelhamento no se

    deve limitar ao seu aspecto esttico: este tem um papel importante na solidez da construo, pelo que deve ser

    adaptado em funo da construo.

    Juntas

    Duas juntas verticais nunca devem ficar no prolongamento uma da outra: a sua parede desmoronar-se-ia com um

    forte embate. Posicione os tijolos em fiadas, de forma alternada. As juntas devem ter todas a mesma espessura, de

    forma a garantir a solidez da obra.

    Meio tijolo

    O aparelhamento a meio tijolo muito utilizado. Todos os tijolos so colocados sobre a face de assento, ou seja,

    com a face de parede visvel. um aparelhamento muito regular, para o qual ter que partir poucos tijolos. Permite

    unies em ngulo, em "T" e em cruz.

    Aparelhamento vertical

    Aqui as fiadas de tijolo alternam, umas com a face de parede visvel, outras com o topo de tijolo visvel. Este

    aparelhamento permite as unies em ngulo, em "T" e em cruz. As paredes construdas desta forma tm por

    espessura mnima o comprimento de um tijolo.

    PREENCHER COM ARGAMASSA

    Limpeza

    As juntas de ligao devem ser escavadas a uma profundidade de cerca de 2 cm,

    com uma colher de juntas, pouco tempo depois de ter colocado a argamassa. Escove

    as superfcies cuidadosamente com uma escova dura, de forma a eliminar todos os

    vestgios de argamassa. Depois molhe a parede com um jato de gua.

  • 37

    Restos de argamassa

    Se no conseguir eliminar os restos de argamassa, lave a parede com uma

    soluo de cido clordrico (uma parte para vinte partes de gua). Aplique esta

    soluo com uma escova sobre a parede molhada (proteja os olhos). Aps

    alguns minutos, lave a parede com um jato de gua potente.

    Enchimento com argamassa

    Esta argamassa prepara -se da mesma forma que a anterior, exceto para os muros

    exteriores no leva cal. Quando juntar a gua, faa com que fique quase "seca" e

    granulosa. Se a apertar um pouco entre os dedos, no dever perder gua.

    Juntas

    Coloque argamassa sobre a talocha e encoste-a contra a junta horizontal.

    Primeiro encha a junta com uma colher para juntas e, depois, d o acabamento

    escolhido por si.

    Juntas verticais

    Para juntas verticais coloque um pouco de argamassa na mo e, com a colher de

    juntas na outra mo coloque-as nas juntas. Se necessrio, umedea novamente a

    parede. Depois de ter feito o enchimento das juntas, limpe a parede com uma escova

    macia para eliminar restos de massa.

    JUNTAS DIVERSAS

    Natureza da parede

    A forma das juntas deve adaptar -se natureza do tijolo utilizado. Geralmente, um tijolo liso ficar bem com as

    juntas lisas, enquanto que os tijolos irregulares (antigos) ficaro mais valorizados com juntas rugosas, at mesmo

    escovadas.

    Cor

    Conforme j foi indicado anteriormente, a composio da argamassa de enchimento deve ser o mais prxima

    possvel da argamassa de ligao. Se quiser obter juntas com tonalidade diferentes, encontrar no mercado vrias

    misturas coloridas.

    Juntas cheias

    As juntas cheias do um aspecto plano parede. So muito resistentes e

    combinam bem com os tijolos de superfcie um pouco rugosa. Tornam impossvel

    qualquer infiltrao de gua na parede.

  • 38

    Juntas recuadas

    Graas ao efeito das sombras, as juntas recuadas do mais relevo parede. Saiba

    que aumentam a superfcie porosa da parede, o que as torna mais resistentes ao gelo

    e ao calor, mas diminuem um pouco a solidez do conjunto, sendo tambm muito

    sensveis chuva.

    Juntas oblquas

    Estas juntas facilitam o escoamento da gua, produzindo tambm um belo efeito

    de sombras e relevo. No entanto so muito difceis de executar para um

    principiante.

    REFERNCIAS

    NBR 12266. Projeto e execuo de valas para assentamento de tubulao de gua, esgoto ou drenagem urbana. Rio de Janeiro: ABNT, 1992.

    NETTO, Jos M. de Azevedo et. al. Tcnica de abastecimento e tratamento de gua. 2 ed. So Paulo: CETESB/ASCETESB, 1987.

    Ordem de Servio n 02/2007, de 30 de abril de 2007, Normatizao Interna SAMAE (NIS 001).

    VON SPERLING, M. Princpios do tratamento biolgico de guas residurias. Volume 1: Introduo qualidade das guas e ao tratamento de esgotos. 2 ed. Belo Horizonte: Departamento de Engenharia Sanitria e Ambiental UFMG, 1996.

  • 39

    AAZZUULLEEJJIISSTTAA

    Material elaborado por Confederao das Mulheres do Brasil e organizado por Ana Karina de Arajo Galvo

  • 40

    REVESTIMENTO DE CALADAS PBLICAS

    Revestimento cermico muito empregado no revestimento de caladas pblicas. A grande vantagem de

    sua utilizao reside principalmente nas caractersticas de durabilidade, facilidade de limpeza, alm naturalmente do

    aspecto esttico agradvel. Efeitos visuais especiais podem ser obtidos pela combinao das texturas, cores,

    tamanhos e formas das peas cermicas disponveis no mercado. Por exemplo, a composio de uma calada

    pblica com placas cermicas de cores diferentes pode definir um caminho preferencial de passagem. Para garantir

    a durabilidade dos revestimentos cermicos necessrio seguir procedimentos corretos que vo desde a escolha

    do material a ser utilizado at a limpeza final da obra. Estes procedimentos so apresentados neste manual. Os

    pontos mais importantes foram selecionados e apresentados aqui de forma detalhada. No existem no Brasil

    normas tcnicas para assentamento de revestimento cermico em caladas pblicas, pode-se, entretanto tomar

    como base aquelas utilizadas para o assentamento de pisos cermicos, as quais so apresentadas na tabela.

    NORMA TTULO

    NBR 7200:1982 Revestimento de paredes e tetos com argamassas Materiais,

    preparo, aplicao e manuteno Procedimento

    NBR 8214:1983 Assentamento de azulejos Procedimento

    NBR 13753:1996 Revestimento de piso interno ou externo com placas cermicas e

    com utilizao de argamassa colante Procedimento

    NBR 14081:1998 Argamassa colante industrializada para assentamento de placas

    de cermica Especificao

    Uma calada pblica revestida com placas cermicas formada basicamente pelas seguintes camadas:

    Base: a calada a ser recoberta.

    Camada intermediria: camada entre a base e o contrapiso, cuja finalidade regularizar a base, corrigir

    cota e/ou caimento do piso, impermeabilizar, embutir canalizaes, isolar termicamente, ou separar a base do

    contrapiso.

    Contrapiso: camada de argamassa sobre a qual assentado o revestimento cermico.

    Argamassa colante: utilizada para fixar o revestimento cermico fixe no contrapiso.

    Camada cermica: formada pelo revestimento cermico.

    O mtodo de assentamento segue as seguintes etapas:

    Escolha dos materiais, equipamentos e ferramentas

    Definio do nmero e espessura das juntas estruturais e de movimentao

  • 41

    Preparo da base: Construo do lastro de concreto

    Execuo do contrapiso

    Aplicao do revestimento cermico e execuo das juntas

    EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

    muito importante que o assentador, antes de iniciar os trabalhos de colocao da cermica, certifique-

    se de que possui todas as ferramentas e equipamentos essenciais para o assentamento, de forma a poupar tempo

    e trabalho durante a execuo dos servios. As ferramentas e equipamentos necessrios execuo do

    assentamento de revestimento cermico em caladas pblicas so:

    EQUIPAMENTOS DE CORTE

    Cortadores de vdia manuais

    So mais utilizados para cortes retos, embora possam tambm ser usados

    para a execuo de cortes curvos. Nestes casos aconselha-se a colocao

    de uma pea cermica auxiliar embaixo daquela a ser cortada, para facilitar

    o giro do equipamento.

    Serra eltrica porttil com disco de corte diamantado

    Tambm usada para cortes retos, a serra eltrica produz linhas de corte

    mais limpas, sem o problema de fendilhamento do esmalte dos cortadores

    manuais.

  • 42

    Torqus

    A torqus produz cortes irregulares deixando cantos denteados. Portanto,

    use-a somente para pequenos cortes nos cantos das placas cermicas, a

    serem assentadas em reas menos visveis.

    Serra Circular

    Para cortes irregulares. Cantos mais limpos e precisos que a torqus.

    DESEMPENADEIRAS

    Desempenadeira de ao denteada - Ferramenta utilizada para a aplicao da argamassa colante. As

    desempenadeiras, usadas para caladas, possuem dentes de forma quadrada ou semi-circulares, e cujas

    dimenses variam de acordo com a rea da placa cermica a ser assentada, como mostra a tabela.

    Desgaste da Desempenadeira: Quando os dentes da desempenadeira

    se desgastarem em 1 mm na altura, eles devero ser refeitos com uma

    lima, ou a desempenadeira dever ser substituda por uma nova.

    rea da superfcie da placa cermica (cm2) Dimenso dos dentes da

    desempenadeira (mm)

    menor do que 400 6 x 6 x 6

    menor ou igual a 400 e menor do que 900 8 x 8 x 8

    maior do que 900

    Semicirculares

    raio = 10 mm

    espaamento = 3 mm

    Desempenadeira de madeira

    Utilizada para o acabamento super cial da camada de regularizao.

  • 43

    Desempenadeira Emborrachada ou Fugalizador

    Usada para pressionar o rejunte dentro das juntas existentes entre as placas

    cermicas. Segure a desempenadeira a aproximadamente 90 graus e a

    arraste diagonalmente com movimentos de vai e vem. Use a

    desempenadeira de canto, lado reto, para remover o excesso de argamassa

    de rejunte.

    ACESSRIOS

    Espaadores - so pequenas peas de plstico, na forma de cruz ou T. Estas peas so colocadas entre placas

    cermicas adjacentes, e servem para manter uniforme a largura das juntas, e o alinhamento das placas cermicas.

    Martelo de Borracha ou o vibrador mecnico utilizado para pressionar a placa cermica contra a base a qual

    ser colada.

    EQUIPAMENTOS PARA PERFURAO

    Furadeira Eltrica - com serra copo acoplada usada para fazer furos circulares em revestimentos cermicos mais

    resistentes, como o a cermica grs.

    Broca Tubular - Usada para fazer furos circulares em revestimentos cermicos porosos.

    EQUIPAMENTOS DE SEGURANA

    O assentador no dever descuidar de sua segurana pessoal. Portanto, no assentamento do revestimento, dever

    usar equipamentos de proteo, como, capacete, culos de segurana, luvas de borracha e outros que se zerem

    necessrio.

    Materiais

    Os materiais necessrios na execuo de um revestimento de caladas pblicas com placas cermicas so:

    gua - utilizada deve ser limpa de impurezas. No deve ser usada gua salgada em hiptese alguma.

    Todos os recipientes destinados a armazenagem ou transporte de gua devem ser limpos.

    Argamassa para camada de regularizao - a argamassa para a camada de regularizao deve ter o trao

    em volumes 1:6 de cimento, e areia mdia mida.

    Argamassa de contra piso - a argamassa para a camada de regularizao deve ter o trao em volumes 1:6

    de cimento, e areia mdia mida ou 1:0, 25:6 de cimento, cal hidratada e areia mida.

    Argamassa colante - tambm conhecida como cimento colante, cimento cola ou argamassa adesiva, um

    produto industrializado, utilizado na colocao de peas cermicas de revestimento, tanto de paredes como

    de pisos. No use misturas caseiras, estas podem no produzir a aderncia necessria entre a pea e a

    base.

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    Argamassa de rejuntamento - ou simplesmente rejunte, utilizada no preenchimento dos espaos entre

    duas peas cermicas consecutivas, e tem por funo apoiar e proteger as arestas das peas cermicas.

    Da mesma forma que para a argamassa colante, o tipo de rejunte a ser usado depende do ambiente onde

    ser aplicado. A argamassa de rejuntamento vendida em sacos ou caixas. Atualmente existe no mercado

    rejuntes de diversas cores. A cor do rejunte pode afetar significativamente o efeito visual da rea a ser

    revestida.

    Revestimento cermico - revestimentos cermicos para paredes, conhecidos popularmente por azulejos,

    so placas cermicas fabricadas a partir de uma mistura de argila. As costas das placas possuem garras,

    para auxiliar na aderncia com a superfcie onde sero assentadas, e so denominadas de tardoz.

    Tonalidade: variao da cor em relao pea padro. Todas as caixas adquiridas devem ter o mesmo nmero

    ou cdigo no item tonalidade. Quando existirem materiais adquiridos em pocas diferentes, as indicaes das

    embalagens quanto a tonalidade e tamanho devem ser comparadas. Se ocorrerem divergncias separe por lotes

    iguais aplicando em reas separadas.

    Tamanho: dimenses de largura e comprimento da pea cermica. O tamanho, indicado na embalagem, deve ser

    o mesmo em todas as caixas.

    Quantidade: nmero de placas cermicas existentes na embalagem. Este valor deve ser conferido

    cuidadosamente, antes de iniciar os servios de assentamento. Isto evitar possveis despesas extras e transtornos

    para obter a mesma tonalidade posteriormente. O ideal que sejam comprados 10% de revestimentos cermicos a

    mais do que a quantidade estimada, para garantir futuras re posies.

    Abraso: A escolha do material adequado, quanto a abraso, depende do trfego a que o piso estar submetido

    nas condies de uso, como pode ser visto na tabela.

    CLASSE TRFEGO USO

    3 Mdio-intenso Quintais