apostila curso pedreiro unilins 2

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1 Sumário Apresentação do instrumental, uso e conservação;.......................2 Betoneira.........................2 Carro de Mão (Carriola)...........3 Broquel...........................3 Caixa para Agregados..............3 Caixote...........................3 Masseiras.........................3 Chave para Dobrar Ferros..........4 Colher de Pedreiro................4 Desempenadeiras...................4 Esquadro de Pedreiro..............5 Linha.............................5 Machadinha........................5 Martelo...........................6 Marreta...........................6 Metro Articulado..................6 Nível.............................6 Peneiras e Cirandas...............7 Picareta, Enxada, Enxadão e Cavadeira.........................7 Prumo.............................8 Régua de Pedreiro.................8 Riscador de Azulejo com Vídia.....8 Serrotes..........................8 Arco de Serra (Serra).............9 Soquetes..........................9 Talhadeiras e Ponteiros...........9 Tesoura para cortar Ferros........9 Torquês...........................9 Trena............................10 Aglomerantes e agregados;.........10 Cimento..........................10 Gesso............................10 Cal..............................10 Adesivos (Colas).................10 Aditivos.........................10 Areia............................11 Brita............................11 Interpretação do Projeto;.........11 Projeto executivo................11 Licitações Públicas..............11 Projeto Geotécnico...............12 O projeto geotécnico consta de:. .12 Projeto de Cálculo Estrutural....12 Locação de Obras;.................12 Noções de Metrologia;.............13 Cálculo da Área do Triangulo.....13 Cálculo da Área do Paralelogramo. 14 Cálculo da Área do Losango.......14 Cálculo da Área do Quadrado......14

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Page 1: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

1

SumárioApresentação do instrumental, uso e conservação;....2

Betoneira.................................................................2

Carro de Mão (Carriola)...........................................3

Broquel....................................................................3

Caixa para Agregados..............................................3

Caixote.....................................................................3

Masseiras.................................................................3

Chave para Dobrar Ferros........................................4

Colher de Pedreiro...................................................4

Desempenadeiras....................................................4

Esquadro de Pedreiro..............................................5

Linha........................................................................5

Machadinha.............................................................5

Martelo....................................................................6

Marreta...................................................................6

Metro Articulado.....................................................6

Nível........................................................................6

Peneiras e Cirandas.................................................7

Picareta, Enxada, Enxadão e Cavadeira...................7

Prumo......................................................................8

Régua de Pedreiro...................................................8

Riscador de Azulejo com Vídia.................................8

Serrotes...................................................................8

Arco de Serra (Serra)...............................................9

Soquetes..................................................................9

Talhadeiras e Ponteiros...........................................9

Tesoura para cortar Ferros......................................9

Torquês....................................................................9

Trena.....................................................................10

Aglomerantes e agregados;.......................................10

Cimento.................................................................10

Gesso.....................................................................10

Cal..........................................................................10

Adesivos (Colas).....................................................10

Aditivos..................................................................10

Areia......................................................................11

Brita.......................................................................11

Interpretação do Projeto;..........................................11

Projeto executivo...................................................11

Licitações Públicas.................................................11

Projeto Geotécnico................................................12

O projeto geotécnico consta de:...........................12

Projeto de Cálculo Estrutural.................................12

Locação de Obras;.....................................................12

Noções de Metrologia;..............................................13

Cálculo da Área do Triangulo.................................13

Cálculo da Área do Paralelogramo.........................14

Cálculo da Área do Losango...................................14

Cálculo da Área do Quadrado................................14

Cálculo da Área do Retângulo................................15

Cálculo da Área do Circulo.....................................15

Cálculo de Volume.................................................15

Sistemas de Unidades............................................16

Conversão Metros em Centímetros.......................16

Conversão Metros em Milímetros.........................16

Page 2: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

2

Conversão Centímetros em Milímetros.................17

Conversão Centímetros em Metros.......................17

Conversão Milímetros em Metros.........................17

Conversão Milímetros em Centímetros.................17

Teorema de Pitágoras............................................17

Noções de Fabricação e características dos tijolos;...18

Equipamentos;.......................................................18

A produção;...........................................................18

Características do produto;...................................18

Tipos de Blocos;.....................................................19

Estudo de argamassas;..............................................19

Características das Argamassas.............................19

Tipos de Argamassa...............................................19

Argamassas para assentamento............................20

Argamassas para revestimento.............................20

Argamassa para assentamento de revestimentos.20

Argamassas industrializadas..................................20

Propriedades das Argamassas...............................21

Formações de Gabaritos;...........................................21

Marcação e Nivelamento de alicerce;.......................22

Construção de baldrame em alvenaria de 1 vez;.......22

Assentamento de tijolos em canto e pilares;.............23

Formação dos cantos de paredes..........................23

Pilares de tijolos maciços.......................................24

Construção de alvenaria de ½ vez com pilares de um tijolo;.........................................................................24

Revestimento, chapisco e reboco paulista;...............25

Chapisco:...............................................................25

Emboço:.................................................................25

Reboco:..................................................................26

Noções sobre concreto;.............................................26

Orçamentos;..............................................................26

Bibliografia:...............................................................27

Apresentação do instrumental, uso e conservação;

'Todo bom profissional, em qualquer área em que atue,

precisa ter sempre à mão suas ferramentas de trabalho,

e claro, conhece las de maneira adequada, de forma

que facilite seu trabalho e suas ações dentro dessa área

de trabalho.

O pedreiro como todo bom profissional, tem suas

ferramentas de trabalho, e utiliza muito essas

ferramentas, pois sem elas não conseguiria exercer sua

profissão. Mas deve-se saber para que serve cada

instrumento, e usá-los de maneira adequada. Um bom

pedreiro precisa de boas ferramentas, mas a principal é

sua cabeça.

Betoneira

A betoneira é um equipamento destinado a

preparar argamassas e concretos por um

processo mecânico, utilizado em obras de

porte médio, quando se exigem volumes

consideráveis de materiais.

Page 3: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

3

Carro de Mão (Carriola)

Utilizado para transporte de materiais e de

entulhos na obra.

Broquel

o broquel é um instrumento muito usado na

construção para armazenar argamassas

necessárias à execução de serviços de

chapiscos, emboço, reboco de paredes e tetos.

Caixa para Agregados

A caixa para agregados é uma caixa

geralmente de forma retangular, construída de

madeira, dotada de cabos laterais que

permitem manuseá-la com facilidade por

pessoas. Além do transporte de materiais,

cimento, areia ou pedra britada, as caixas são

utilizadas na dosificação dos elementos que

compõem o concreto ou a argamassa.

Caixote

O caixote é uma caixa de madeira utilizada

para depósito de certa quantidade de massa,

que, pela facilidade de transporte, permite ao

pedreiro colocar o material ao seu alcance em

qualquer local de trabalho. As dimensões

devem ser adequadas, para que o pedreiro

possa deslocá-la com facilidade.

Masseiras

As masseiras são caixas de maiores dimensões

usadas para preparação do material em grandes

Page 4: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

4

proporções para, sua preparação, ser levado

para caixotes em pequenas quantidades.

Chave para Dobrar Ferros

A chave para dobrar ferros é uma barra de

ferro com rebaixo semicircular na extremidade

e que serve para dobrar ferros, existindo uma

medida de chave para cada bitola de ferro.

Colher de Pedreiro

A colher de pedreiro é a ferramenta mais usada

pelo pedreiro. É formada por uma folha de aço

de forma triangular ou trapezoidal, com um

pescoço de ferro que termina em um cabo de

madeira.

Desempenadeiras

As desempenadeiras são ferramentas usadas

no acabamento, para estender e desempenar os

revestimentos das paredes, pisos e tetos,

existindo um tipo especial para cada trabalho.

a) Desempenadeira de madeira: É uma

ferramenta de madeira fina, com uma asa

ou cabo colocado em uma de suas faces, a

qual é fixa por meio de tarugos ou pregos.

b) Desempenadeira de Arremate (garlopa de

pedreiro): É uma ferramenta comprida e

estreita, usada para arrematar os cantos

inteiros e as arestas nos trabalhos de

revestimento com massas finas e similares.

c) Desempenadeiras de Feltro (esponja): É

uma desempenadeira que possui uma placa

de esponja ou feltro presa na madeira, na

sua parte inferior. É usada para obter

superfícies com um acabamento granular

fino.

Page 5: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

5

d) Desempenadeiras de Aço: É uma

ferramenta mista, de metal, madeira ou

plástico, constituída de uma folha de aço

fino e maleável, geralmente de forma

retangular, presa a um cabo.

e) Desempenadeiras Especiais: São as de

perfilar cantos internos, cantos vivos

externos e cantos arredondados. A dentada

é utilizada para espalhar determinados

materiais com espessura uniforme.

Esquadro de Pedreiro

O esquadro de pedreiro é uma ferramenta

constituída de dois braços ou lados geralmente

metálicos, empregado para comprovar e traçar

ângulos de 90 graus (ângulos retos).

Linha

A linha é uma corda ou cordão, geralmente

fino, feito de algodão ou nylon, com utilização

no alinhamento de paredes, pisos e em quase

todos os elementos da construção. É um

instrumento de controle de alinhamento, de

uso frequente nas demarcações, para

estabelecer os eixos.

Machadinha

A machadinha é uma ferramenta de corte,

utilizada para fazer pontas, cortar e desbastar a

madeira.

Page 6: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

6

Martelo

O martelo é uma ferramenta de precisão de uso

constante nas obras. A aplicação mais

conhecida é a de pregar. Além disso,

dependendo do tipo, pode servir de alavanca

para despregar, bater direta ou indiretamente

nas peças em montagem ou cortar tijolos.

Marreta

Utilizada para golpear a talhadeira para corte

de concreto ou argamassa endurecida, ou corte

de tijolos, blocos ou peças de cerâmicas, e para

acertar pedras.

Metro Articulado

O metro articulado (assim constituído para não

ocupar muito espaço, podendo ser guardado

em um dos bolsos) é uma escala de madeira ou

de alumínio que tem uma face marcada em

centímetros e outras em polegadas.

Nível

O nível é uma ferramenta de grande utilidade,

pois com ele verificamos a posição horizontal

ou vertical das superfícies que constituem uma

obra.

a) Nível de Bolha: Tem formato retangular,

sendo constituído de metal ou madeira,

com dimensões variáveis com ampolas

graduadas contendo água ou álcool, e ar no

seu interior.

b) Mangueira de Nivelamento: A mangueira

de nivelamento é um tubo fabricado de

plástico transparente, contendo aditivo

especial para torná-lo flexível. É utilizada

na construção para determinar pontos no

mesmo nível e a transparência permite a

perfeita visibilidade da água dentro do

tubo.

Page 7: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

7

Peneiras e Cirandas

Certos trabalhos de revestimento exigem

uma areia mais selecionada, livre de

impurezas. Para esse trabalho de seleção,

usam-se as peneiras e as cirandas.

a) Peneiras: São ferramentas utilizadas na

construção civil, para selecionar grãos de

areia necessários em serviços como

reboco, assentamento de azulejos, etc.

b) Ciranda: É uma ferramenta com a mesma

função da peneira; confeccionada na

própria obra, com armação de madeira e

uma tela de malha de aço.

Picareta, Enxada, Enxadão e Cavadeira

Na preparação das bases de seu trabalho, o

pedreiro precisa cavar o terreno, fazer valas ou

rasgos no terreno e, para isso, são utilizadas

ferramentas especiais como a picareta, a

enxada, o enxadão e a cavadeira.

a) Picareta: É a ferramenta utilizada para

escavar terrenos duros. É constituída de

um corpo metálico com dois extremos

sendo um pontiagudo e outro achatado,

assemelhando-se a uma talhadeira.

b) Enxada: É a ferramenta de cavar, dotada

de uma lâmina ligeiramente recurvada no

sentido do cabo, terminada em corte. No

lado oposto superior, está o olhal onde é

fixada um cabo de madeira.

c) Enxadão: Ferramenta em tudo semelhante

à enxada, com a diferença de possuir a

lâmina mais estreita e mais comprida.

Page 8: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

8

d) Cavadeira: Ferramenta de cavar, de

formato semelhante ao de uma pá, sendo a

lâmina de aço mais estreita.

Prumo

O prumo é um instrumento usado para um

correto alinhamento vertical.

Régua de Pedreiro

A régua de pedreiro é uma peça de madeira,

ferro ou alumínio, que tem como finalidade

traçar e verificar as retas, nivelando e deixando

um bom acabamento, pois serve de auxiliar do

nível, do prumo e do esquadro.

Riscador de Azulejo com Vídia

O riscador de azulejo é uma ferramenta utilizada para

riscar a superfície esmaltada do azulejo, diminuindo a

sua resistência, facilitando, assim, o corte no ponto

certo e desejado.

Serrotes

Os serrotes são ferramentas utilizadas pelo

pedreiro para serrar a madeira.

Page 9: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

9

Arco de Serra (Serra)

Utilizado para corte de barras de aço, tubos

metálicos ou pvc.

Soquetes

Os soquetes são usados para aumentar a

consistência dos terrenos, alguns são

improvisados na própria obra.

Talhadeiras e Ponteiros

A talhadeira é uma ferramenta de corte,

empregada para perfurar paredes, muros e

pisos e no corte e rebaixamento de corpos

duros como concreto, granito e mármore.

O ponteiro é uma ferramenta semelhante à

talhadeira, diferindo em sua ponta, a qual

possui a forma de cone. É utilizado, na

construção, para cortar e abrir buracos nos

concretos.

Tesoura para cortar Ferros

A tesoura é uma ferramenta muito utilizada na

construção civil para o corte de ferros na

preparação de pequenas armações, para

concreto armado.

Torquês

A torquês é uma ferramenta de corte fabricada

com aço carbono, sendo as arestas de corte de

aço temperado. É empregada na construção

civil pelos carpinteiros, armadores de ferro,

ladrilheiros etc.

Page 10: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

10

Trena

A trena é um instrumento de medição

constituída de uma caixa metálica ou de

plástico e uma fita métrica enrolada no interior

da caixa.

Aglomerantes e agregados;

São os materiais que unidos aos agregados formam os

concretos ou as argamassas.

Também chamados de ligantes, pois são componentes

que dão liga, ou seja, têm a propriedade de colar os

agregados.

Ex: Cal, cimento e gesso.

Cimento

Material que dá liga (cola) aos componentes das

argamassas e dos concretos;

Quando em contato com a água, ocorrem reações

químicas e endurece;

Com o passar do tempo torna-se mais resistente

atingindo maior resistência aos 28 dias;

É vendido em sacos de 25 e 50 quilos.

Gesso

Material a base de cálcio usado em forros e

pinturas. Pó branco que misturado com água

forma uma pasta e seu momento de pega é

mais rápido com menos água;

É vendido em quilos.

Cal

Usada em pintura e em argamassas. Serve

como aglomerante ou corante;

A cal virgem não é diretamente empregada, tem que

ser extinta (hidratada) para ser utilizada;

É vendida em quilos.

Adesivos (Colas)

Os adesivos são substancias químicas em

forma de pó, massa-plástica, pasta, liquido,

com função de colar diversos materiais.

Aditivos

Aditivos são produtos incorporados à

argamassa e concreto com a finalidade de

resolver problemas de impermeabilização,

proteção e conservação, melhorando a

durabilidade dos materiais, aumentando seu

Page 11: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

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rendimento, modernizando os trabalhos e

reduzindo prazos dentro das obras.

Areia

A areia é um agregado de grãos soltos cuja

função na argamassa é impedir a contração

demasiada das massas, diminuindo

consideravelmente o uso da cal pois as

partículas de cal aderem mais aos grãos de

areia do que entre si e essa é a razão do fato da

areia aumentar a resistência da argamassa de

cal. Existem dois tipos de areia, a areia grossa

e a areia fina.

Brita

A pedra britada é um agregado resultante da

trituração das rochas em máquinas chamadas

britadeiras para, após passarem por uma série

de peneiras em forma de grade com vários

diâmetros. Existem três tipos de brita, a brita

grossa, é aquela em que as pedras medem

entre 3 a 7 centímetros, a brita média, é aquela

em que as pedras medem entre 1,5 a 3

centímetros, e a brita fina que é aquela que

mede entre 0,7 a 1,5 centímetros.

Interpretação do Projeto;

Os trabalhos se iniciam com a coleta de dados

fornecidos pelo cliente, realizando reuniões para um

melhor entendimento de todas as necessidades.

Após definir o programa e a análise do local,

desenvolve-se o estudo preliminar, onde este

apresentará soluções e opções para o cliente.

Projeto executivo

O Projeto Executivo, segundo a lei 8.666 de21 de

junho de1993 do Brasil, é o conjunto dos elementos

necessários e suficientes à execução completa da obra,

de acordo com as normas pertinentes da ABNT

(Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Licitações Públicas

Tem-se conhecimento de manuais elaborados pela

Administração Pública Federal que não são utilizados

e tampouco citados nas [licitação licitações]

governamentais, nos três níveis do poder (federal,

estadual e municipal). Entretanto, deveriam fazer parte

integrante dos editais, uma vez que definem, da melhor

maneira oficial existente, as especificações de projeto e

de construção, são eles:

Manual de Obras Públicas – Edificações;

Práticas da SEAP– Secretaria de Estado da

Administração e Patrimônio – Secretaria de

Logística e Tecnologia da Informação,

inclusive com aspecto bem assemelhado com o

antigo Decreto 92100, também de âmbito

Federal.

Manual de Projeto;

Manual de Manutenção e

Manual de Construção.

Estes manuais apresentam como principal defeito não

formular exigências tais como: tolerância de erro

topográfico, ou de acabamento de alvenaria ou de

revestimento etc.

Page 12: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

12

Projeto Geotécnico

Segundo a NBR – 12.722/1992 consiste na orientação

(análise, cálculo e indicação de métodos de execução)

dos seguintes serviços: Mecânica dos solos e obras de

terra – desmonte e escavação; rebaixamento do lençol

de água subterrâneo; aterros; reaterros; estabilidade de

taludes naturais e artificiais; escoramento, arrimo e

ancoragens (do próprio terreno e/ou de terreno vizinho

ou logradouro); drenagem superficial e profunda e

injeções no terreno. Fundações: escolha do tipo cota de

assentamento (caso de fundação rasa ou especial);

comprimento dos elementos (caso de fundação

profunda ou especial); taxas e cargas admissíveis pelo

terreno para fundação.

O projeto geotécnico consta de:

Plantas de localização das obras de terra,

sistemas de rebaixamento de lençol, drenagem

superficial e profunda, arrimos e fundações e

injeções;

Cortes e seções do terreno, mostrando as

camadas do solo interessadas por aquelas

obras;

Detalhes de projeto das diversas obras de terra,

sistemas de rebaixamento de lençol, drenagem

superficial e profunda, arrimos, fundações e

injeções;

Esquemas de orientação da execução do

projeto;

Memória justificativa e Memória de cálculo

(no caso de problemas excepcionalmente

complexos ou a pedido dos interessados.

Projeto de Cálculo Estrutural

É um projeto extremamente importante ao

planejamento de custos uma vez que será responsável

pela obtenção dos custos de infra-estrutura e supra-

estrutura da obra. Segundo a NBR- 12.722/1992, no

caso de se tratar de concreto armado, o projeto

estrutural deve compreender:

a) Locação e carga nos pilares da fundação;

b) Características dos materiais empregados;

c) Plantas de formas de todo o projeto estrutural

nas quais devem constar as seguintes

indicações: Qualidade do concreto, e a

qualidade dos aços empregados; tipos de

acabamentos especiais constantes do projeto

arquitetônico (concreto aparente, liso ou

aplicado, etc.); contra flecha e sobrecargas

especiais; qualquer outra indicação que torne

mais claro o projeto estrutural e as limitações

de uso.

d) Desenhos de armação de todos os elementos

do projeto estrutural;

e) Detalhes em escalas adequadas, para a correta

interpretação do projeto estrutural, de acordo

com a NBR-7191.

Locação de Obras;

Como devemos proceder para marcar no

terreno a exata posição do prédio com suas

dimensões e na posição projetada?

Marcar ou locar a obra consiste exatamente em

medir e assinalar no terreno a posição das

fundações, paredes, colunas e outros detalhes

fornecidos pelo projeto de arquitetura,

Page 13: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

13

materializando os principais pontos através de

piquetes.

A locação ou marcação da obra faz-se

tomando como base os dados fornecidos pelas

plantas de situação, de fundações e baixa do

pavimento térreo (do subsolo em certos casos).

Quanto mais importante o prédio a construir,

mais precisa deverá ser a marcação.

Para pequena residência necessita-se apenas de

uma trena ou metro de pedreiro, um nível, um

prumo e um fio de aço.

Para locar prédio de vários pavimentos ou

outro tipo importante de obra civil pode-se

necessitar de teodolito ou outros instrumentos

de topografia.

O terreno onde será construído o prédio deve

ser identificado, localizado e delimitado com

precisão, conferindo-se seus limites com a

escritura pública de compra e venda,

devidamente registrada no Registro Geral de

Imóveis, a fim de evitar um possível equívoco.

Certas vezes o terreno faz parte de um Projeto

Aprovado (PA) da Prefeitura Municipal,

podendo ser obtida uma cópia do PA e

conferidos os limites do terreno. Caso não

existam mais os piquetes de demarcação,

pode-se requerer a nova demarcação junto à

Prefeitura.

Nos casos em que os limites do terreno são

evidentes por já terem os vizinhos construídos

cercas ou muros ou mesmo construído em seus

terrenos, é conveniente conferir a posição das

cercas, muros ou paredes e verificar se estão

na posição certa ou avançaram sobre o nosso

imóvel.

Noções de Metrologia;

A Metrologia é a ciência das medições,

abrangendo todos

os aspectos teóricos e práticos que asseguram a

precisão exigida no processo produtivo,

procurando garantir a qualidade de produtos e

serviços através da calibração de instrumentos

de medição, sejam eles analógicos ou

eletrônicos (digitais), e da realização de

ensaios, sendo a base fundamental para a

competitividade das empresas. Metrologia

também diz respeito ao conhecimento dos

pesos e medidas e dos sistemas de unidades de

todos os povos, antigos e modernos.

Cálculo da Área do Triangulo

Denominamos de triângulo a um polígono de três lados.Observe a figura ao lado. A letra h representa a medida da altura do triângulo, assim como letra b representa a medida da sua base.A área do triângulo será metade do produto do valor da medida da base, pelo valor da medida da altura, tal como na fórmula abaixo:

A letra S representa a área ou superfície do triângulo.

No caso do triângulo equilátero, que possui os três ângulos internos iguais,

Page 14: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

14

assim como os seus três lados, podemos utilizar a seguinte fórmula:

Onde l representa a medida dos lados do triângulo.

Cálculo da Área do Paralelogramo

Um quadrilátero cujos lados opostos são iguais e paralelos é denominado paralelogramo.

Com h representando a medida da sua altura e com b representando a medida da sua base, a área do paralelogramo pode ser obtida multiplicando-se b por h, tal como na fórmula abaixo:

Cálculo da Área do Losango

O losango é um tipo particular de paralelogramo. Neste caso além dos lados opostos serem paralelos, todos os quatro lados são iguais.

Se você dispuser do valor das medidas h e b, você poderá utilizar a fórmula do paralelogramo para obter a área do losango.Outra característica do losango é que as suas diagonais são perpendiculares.

Observe na figura à direita, que a partir das diagonais podemos dividir o losango em quatro triângulos iguais.

Consideremos a base b como a metade da diagonal d1 e a altura h como a metade da diagonal d2, para calcularmos a área de um destes quatro triângulos. Bastará então que a multipliquemos por 4, para obtermos a área do losango. Vejamos:

Realizando as devidas simplificações chegaremos à fórmula:

Cálculo da Área do Quadrado

Todo quadrado é também um losango, mas nem todo losango vem a ser um quadrado, do mesmo modo que todo quadrado é um retângulo, mas nem todo retângulo é um quadrado.O quadrado é um losango, que além de possuir quatro lados iguais, com diagonais perpendiculares, ainda possui todos os seus ângulos internos iguais a 90°. Observe ainda que além de perpendiculares, as diagonais também são iguais.Por ser o quadrado um losango e por ser o losango um paralelogramo, podemos utilizar para o cálculo da área do quadrado, as mesmas fórmulas utilizadas para o cálculo da área tanto do losango, quanto do paralelogramo.

Quando dispomos da medida do lado do quadrado, podemos utilizar a fórmula do paralelogramo:

Page 15: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

15

Como h e b possuem a mesma medida, podemos substituí-las por l, ficando a fórmula então como sendo:

Quando dispomos da medida das diagonais do quadrado, podemos utilizar a fórmula do losango:

Como ambas as diagonais são idênticas, podemos substituí-las por d, simplificando a fórmula para:

Cálculo da Área do Retângulo

Por definição o retângulo é um quadrilátero equiângulo (todo os seus ângulos internos são iguais), cujos lados opostos são iguais.Se todos os seus quatro lados forem iguais, teremos um tipo especial de retângulo, chamado de quadrado.Por ser o retângulo um paralelogramo, o cálculo da sua área é realizado da mesma forma.Se denominarmos as medidas dos lados de um retângulo como na figura ao lado, teremos a seguinte fórmula:

Cálculo da Área do Circulo

A divisão do perímetro de uma circunferência, pelo seu diâmetro resultará sempre no mesmo valor, qualquer que seja circunferência. Este valor irracional constante é representado pela letra grega minúscula pi, grafada como:

Por ser um número irracional, o número pi possui infinitas casas decimais. Para cálculos corriqueiros, podemos utilizar o valor 3,14159265. Para cálculos com menos precisão, podemos utilizar 3,1416, ou até mesmo 3,14.O perímetro de uma circunferência é obtido através da fórmula:

O cálculo da área do círculo é realizado segundo a fórmula abaixo:

Onde r representa o raio do círculo.

Cálculo de Volume

O volume de um corpo pode ser calculado

pelo produto da área da base pela medida

da altura. De uma forma geral, podemos

aplicar a seguinte fórmula: 

V = Ab x h 

Ab = área da base 

h = altura 

Page 16: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

16

Sistemas de Unidades

Sistema Internacional de

Unidades (sigla SI do francês Système i

nternational d'unités) é a forma

moderna do sistema métrico e é

geralmente um sistema de unidades de

medida concebido em torno de sete

unidades básicas e da conveniência do

número dez. É o sistema mais usado do

mundo de medição, tanto no comércio

todos os dias e na ciência. O SI um

conjunto sistematizado e padronizado

de definições para unidades de medida,

utilizado em quase todo o mundo

moderno, que visa a uniformizar e

facilitar as medições e as relações

internacionais daí decorrentes.

O antigo sistema métrico incluía vários

grupos de unidades. O SI foi

desenvolvido em 1960 do antigo

sistema metro-quilograma-segundo, ao

invés do sistema centímetro-grama-

segundo, que, por sua vez, teve

algumas variações. Visto que o SI não é

estático, as unidades são criadas e as

definições são modificadas por meio de

acordos internacionais entre as muitas

nações conforme a tecnologia de

medição avança e a precisão das

medições aumenta.

O sistema tem sido quase

universalmente adotado. As três

principais exceções são a Myanmar,

a Libéria e os Estados Unidos. O Reino

Unido adotou oficialmente o Sistema

Internacional de Unidades, mas não

com a intenção de substituir totalmente

as medidas habituais.

Conversão Metros em Centímetros

Para convertermos metros em

centímetros é preciso multiplicar a

medida em metros por 100, o resultado

será a proporção em centímetros.

EX. 45m para centímetros

45*100=4500cm

Conversão Metros em Milímetros

Para convertermos metros em

milímetros é preciso multiplicar a

medida em metros por 1000, o

resultado será a proporção em

milímetros.

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17

EX. 45m para milímetros

45*1000=45000mm

Conversão Centímetros em Milímetros

Para convertermos centímetros em

milímetros é preciso multiplicar a

medida em centímetros por 10, o

resultado será a proporção em

milímetros.

EX. 45cm para milímetros

45*10=450mm

Conversão Centímetros em Metros

Para convertermos centímetros em

metros é preciso dividir a medida em

centímetros por 100, o resultado será a

proporção em metros.

EX. 4500cm para metros

4500/100=45m

Conversão Milímetros em Metros

Para convertermos milímetros em

metros é preciso dividir a medida em

milímetros por 1000, o resultado será a

proporção em metros.

EX. 45000mm para metros

45000/1000=45m

Conversão Milímetros em Centímetros

Para convertermos milímetros em

centímetros é preciso dividir a medida

em milímetros por 10, o resultado será

a proporção em metros.

EX. 450mm para centímetros

450/10=45cm

Teorema de Pitágoras

O teorema de Pitágoras é uma relação

matemática entre os três lados de

qualquer triângulo retângulo.

Nageometria euclidiana,

o teorema afirma que:

“Em qualquer triângulo retângulo, o quadrado do comprimento da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos comprimentos dos catetos.”

Por definição, a hipotenusa é o lado

oposto ao ângulo reto, e os catetos são

os dois lados que o formam.

O enunciado anterior relaciona

comprimentos, mas o teorema

também pode ser enunciado como

uma relação entre áreas:

“ Em qualquer triângulo retângulo, a área do quadrado cujo lado é a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadrados cujos lados são os catetos.

Para ambos os enunciados, pode-

se equacionar:

onde c representa o comprimento da

hipotenusa, e a e b representam os

comprimentos dos outros dois lados.

O teorema de Pitágoras leva o nome

do matemático grego Pitágoras (570

Page 18: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

18

a.C. – 495 a.C.), que tradicionalmente é

creditado pela sua descoberta

e demonstração,[1][2] embora seja

frequentemente argumentado que o

conhecimento do teorema seja anterior

a ele (há muitas evidências de

que matemáticos

babilônicos conheciam algoritmos para

calcular os lados em casos específicos,

mas não se sabe se conheciam um

algoritmo tão geral quanto o teorema de

Pitágoras).[3] [4] [5]

O teorema de Pitágoras é um caso

particular da lei dos cossenos,

do matemático persa Ghiyath al-

Kashi (1380 – 1429), que permite o

cálculo do comprimento do terceiro

lado de qualquer triângulo, dados os

comprimentos de dois lados e a medida

de algum dos três ângulos.

Noções de Fabricação e características dos tijolos;

Equipamentos;

Carrinhos de mão, baldes e as intermináveis

idas e vindas das padiolas à betoneira são parte

do passado. A escalada industrial exige

equipamentos sofisticados, tais como:

dosadoras automáticas, transportadores

helicoidais, controladores lógicos

programáveis, centrais de comando, sistema de

cura a vapor, moldes térmicos, pinças,

cubadoras, paletizadoras, etc...

A produção;

O processo produtivo compõe-se de:

- Mistura homogênea;

- Prensagem;

- Secagem e cura controlada.

O ciclo industrial começa com a dosagem

racional da mistura e vai até a cura do produto

final. Em escala industrial, deixar blocos secar

ao tempo pode representar uma perda total da

competitividade do produto no mercado.

Características do produto;

As diversas características do produto são

discriminadas pela ABNT. Características

estas que vão deste a resistência e a

compressão simples, até a absorção de água.

-Resistência e compressão. É ela que confere

ao bloco a capacidade de resistir às cargas:

tanto as provenientes do transporte e do

assentamento quanto às estruturais. Para se ter

uma idéia, blocos de vedação devem ter

resistência média de 2,5 MPa; blocos

estruturais podem alcançar de 4 até 16 MPa.

Outras características normalizadas são: a

geometria do bloco, absorção de água, teor de

umidade e retração por secagem.

-Geometria. É uma característica importante

para quem assenta. Comprimento, altura,

largura, espessura das paredes, mísulas e

dimensões do furo devem atender aos valores

mínimos especificados pelas Normas.

Como se vê, o bloco de concreto não é mais

aquele elemento isolado, artesanal, que entra

na obra para representar um simples papel no

enchimento de vãos. A ele se dá e se cobra

economia, estética e desempenho.

Page 19: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

19

Tipos de Blocos;

Existem alguns tipos de blocos e estes

atendem a necessidades distintas, tais como:

-Blocos com fundo. É uma peça fora das

Normas que ainda sobrevive em mercados

pouco exigentes. Pelo lado de quem fabrica, o

fundo acrescenta rigidez estrutural à peça. Não

melhora a resistência à compressão. É a peça

preferida dos fabricantes que ainda não

dispõem de equipamentos sofisticados em

relação às energias de vibração e compactação.

-Blocos de Concreto para Alvenaria. Quanto

ao aspecto devem ser homogêneos, compactos

e com arestas vivas, não apresentar trincas,

fraturas ou outros defeitos que possam

prejudicar o seu assentamento, resistência e

durabilidade ou o acabamento em aplicações

aparentes, sem revestimento. Se destinados a

receber revestimento, devem ter a superfície

suficientemente áspera para garantir uma boa

aderência. É importante observar as dimensões

estabelecidas em norma, bem como seus

limites de tolerância. Quando vazados,

observar ainda a espessura das paredes que

compõem os blocos, pois fora das

especificações, comprometem sua resistência.

-Blocos de Concreto para Pavimentação.

Quanto ao aspecto, devem ser homogêneos,

compactos e não apresentar trincas e fraturas

ou outros defeitos que possam prejudicar o

assentamento, o desempenho estrutural ou a

estética do pavimento. Em relação a

resistência à Compressão: Tráfego de veículos

comerciais de linha maior ou igual a 35 MPa.

Tráfego de veículos especiais ou com efeitos

acentuados de abrasão maior ou igual a 50

Mpa.

Estudo de argamassas;

Características das Argamassas

As argamassas mais comuns são constituídas por

cimento, areia e água. Em alguns casos, costuma-se

adicionar outro material como cal, saibro, barro,

caulim, e outros para a obtenção de propriedades

especiais. Chama-se proporção a proporção em volume

ou em massa entre os componentes das argamassas

(cimento, cal e areia), que varia de acordo com a

finalidade e as características desejadas da argamassa.

Assim como o concreto, as argamassas também se

apresentam em estado plástico nas primeiras horas de

confecção, e endurecem com o tempo, ganhando

resistência, resiliência e durabilidade. Este processo

chama-se cura da argamassa.

A argamassa é uma cola que permite unir diversos

materiais de construção. Em muitos casos, pode-se

utilizar argamassas com características especiais para

melhorar as características de adesão. Também são

importantes as características de impermeabilização,

embora haja necessidade de adição de produtos

especiais para obter as propriedades

impermeabilizantes da argamassa.

Tipos de Argamassa

As argamassa são classificadas, segundo a sua

finalidade, em argamassas para assentamento de

alvenarias, para revestimento e para assentamento de

revestimentos.

Page 20: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

20

Argamassas para assentamento

As argamassas para assentamento são usadas para unir

blocos ou tijolos das alvenarias.

Dependendo do tipo de bloco ou tijolo, podem ser

utilizadas diversas técnicas de assentamento com

argamassa. Normalmente ela é colocada com colher de

pedreiro, mas podem ser utilizadas também bisnagas.

As três primeiras fiadas de uma parede de blocos ou

tijolos devem ser revestidas inicialmente com uma

camada de argamassa de impermeabilização, que

protege a parede contra a penetração da umidade.

Argamassas para revestimento

Usualmente são aplicadas três camadas de argamassa

em uma parede a ser revestida:

Chapisco: primeira camada fina e rugosa de

argamassa aplicada sobre os blocos das

paredes e nos tetos. Sem o chapisco, que é a

base do revestimento, as outras camadas

podem descolar e até cair.

Emboço: sobre o chapisco é aplicada uma

camada de massa grossa ou emboço, para

regularizar a superfície.

Reboco: é a massa fina que dá o acabamento

final. Em alguns casos não é usado o reboco,

por motivo de economia. Geralmente tem em

seu traço areias mais finas, pois servem para

dar o acabamento ao revestimento.

Em alguns casos, como em muros, o chapisco pode ser

o único revestimento.

Por sobre as argamassas de revestimentos podem ser

aplicados outros acabamentos como textura, massa

corrida, pintura, areias quartzo, estuque veneziano etc.

O acabamento destes revestimentos pode ser

sarrafeado ou desempenado.

Argamassa para assentamento de revestimentos

Revestimentos como azulejos, ladrilhos e cerâmicas

são aplicados sobre o emboço. Para esta aplicação,

também são utilizadas argamassas.

No piso, utiliza-se uma camada de contrapiso e pode-

se dar o acabamento por sobre esta camada. Este

acabamento é conhecido como cimentado. O

contrapiso é uma camada de argamassa de

regularização e de nivelamento.

Argamassas industrializadas

Atualmente está sendo cada vez mais comum o uso de

argamassas industrializadas, ou seja, a mistura dos

componentes secos é realizada em uma planta

industrial. Assim, na obra, apenas deve ser

acrescentada água à mistura prévia. As argamassas

industrializadas para aplicação de revestimentos

cerâmicos são conhecidas como argamassas colantes.

Elas apresentam os tipos AC-I, AC-II, AC III e

ACIIIE, segundo a norma NBR 14081.

A AC-I é recomendada para o revestimento interno

com exceção de saunas, churrasqueiras e estufas. A

AC-II é recomendada para pisos e paredes externos

com tensões normais de cisalhamento. A AC-III é

recomendada para pisos e paredes externos com

elevadas tensões de cisalhamento. A AC-IIIE é

Page 21: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

21

recomendada para ambientes externos, muito

ventilados e com insolação intensa.

Propriedades das Argamassas

Para a obtenção de uma argamassa de boa qualidade,

deve-se levar em conta:

A qualidade do cimento e da cal,

principalmente verificando se é de um

fabricante certificado;

A qualidade da areia, que deve apresentar

grãos duros e limpeza, livre de torrões de

barro, galhos, folhas e raízes antes de ser usada

(areia lavada).

A água, que também deve ser limpa, livre de

barro, óleo, galhos, folhas e raiz.

Outro ponto a ser observado é a forma como se faz a

mistura, que pode ser feita de forma manual, em

betoneiras ou em centrais de mistura. Para a obtenção

de uma boa mistura, devem-se utilizar

preferencialmente meios mecânicos (betoneira ou

centrais).

Uma característica importante da argamassa ainda

fresca é a trabalhabilidade, que é uma composição da

plasticidade com o tipo uso da argamassa e com a sua

capacidade de aderência inicial. Em alguns usos, como

no revestimento, é adicionado um quarto componente à

mistura, que pode ser cal, saibro, barro, caulim ou

outros, dependendo da disponibilidade e uso na região.

De todos esses materiais, chamados de plastificantes, o

mais recomendado é a cal hidratada.

Quando endurecida, a argamassa dever apresentar

resistência e resiliência, de forma a suportar

adequadamente os esforços sem se romper.

Formações de Gabaritos;

Esta estrutura deve acompanhar as futuras paredes

servindo como referencia às etapas iniciais da obra

como: abertura e execução dos alicerces, nivelamento

das paredes e definição do piso da edificação. Após a

execução do respaldo dos alicerces o gabarito pode ser

desmontado.

O nivelamento do gabarito é feito com a mangueira de

nível e deve ter uma altura do solo que facilite a

passagem de carrinhos de mão.

Alguns números devem ser observados:

a) Régua horizontal = sarrafo de 10 cm

b) Suporte = pontaletes de 5 X 6 cm

c) Altura do solo = 80 cm

d) Distância das futuras paredes = 1.20 m

e) Distância entre os pontaletes = 2.00 m

As marcações são feitas a partir do projeto de

locação onde criamos eixos ortogonais.

Baseando-se em um ponto conhecido como, por

exemplo, a testada e a divisa do lote. Partindo daí

acumulamos as distâncias entre os eixos de parede para

não haver disseminação de erros, caso ocorram.

Com a trena marcamos as dimensões sobre o sarrafo

e colocamos pregos de onde sairão as linhas que

determinarão aos eixos de paredes. As marcações são

feitas nos dois lados do gabarito.

As linhas servirão de guias para a execução das

paredes.

Page 22: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

22

Cada estaca, broca ou encontro de paredes terá 4

marcações no sarrafo. Cada marcação servirá para

todas as estacas ou brocas que se alinharem a ela.

Após a montagem do gabarito verificamos se o

mesmo está no esquadro, isto é, se seus lados formam

ângulos de 90º. Qualquer distorção acentuada irá

repercutir dentro da futura edificação. Para

averiguação usamos a regra do triângulo retângulo

onde a proporção 3:4:5 entre os lados determina o

ângulo de 90º.

Toda marcação no solo é feita usando-se o prumo de

centro rente ao cruzamento das linhas para daí então

cravarmos um piquete, que também pode ser pintado

para melhor visualização.

Marcação e Nivelamento de alicerce;

Tal serviço - marcação da obra no terreno - é essencial

para garantir o correto posicionamento da construção

sobre o terreno, obedecendo às especificações do

projeto.

Para a realização da marcação, é necessário que o

terreno já esteja limpo e nivelado, com os

eventuais cortes e aterros já executados de acordo com

o referido projeto.

Assim como com a demarcação dos níveis do terreno,

a marcação da obra deve ser realizada por topógrafo,

pois erros nessas fases podem acarretar enormes

prejuízos, tanto aos proprietários, como ao meio

ambiente.

Isso porque, a partir do nivelamento estarão sendo

alteradas as características topográficas da área, e

através da marcação, serão executados os alicerces da

obra.

Enganos no que se refere ao nivelamento podem

acarretar, entre outros, problemas como:

- inadequado escoamento das águas pluviais,

- dificuldades de conexão com a rede de esgoto

- erosão,

- risco de deslizamentos do solo,

- risco de alagamentos,

- eliminação desnecessária de vegetação,

- dificuldades para acesso de pessoas com restrição

para locomoção,e

- comprometimento do acesso de veículos.

Por outro lado, enganos no que se refere à marcação da

obra propriamente dita, podem gerar problemas

relacionados às normas municipais quanto a:

- recuos, 

- alterações nas dimensões dos ambientes internos, e

- comprometimento

da iluminação e ventilação naturais.

Construção de baldrame em alvenaria de 1 vez;

O baldrame é o tipo mais comum de fundação.

Constitui-se de uma viga, que pode ser de alvenaria, de

concreto simples ou armado, construída diretamente no

solo, dentro de uma pequena vala. É mais empregada

em casos de cargas leves como residências construídas

sobre solo firme.

Se você encontrar solo firme até uma profundidade de

60 cm, pode-se abrir uma vala e fazer o baldrame*

diretamente sobre o fundo dela. O baldrame pode ser

de blocos ou de concreto.

Não deixe de fazer a impermeabilização para evitar

que a umidade “suba” pelas paredes de sua casa.

Page 23: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

23

Assentamento de tijolos em canto e pilares;

Formação dos cantos de paredes

É de grande importância que os cantos sejam

executados corretamente, pois como já visto,

as paredes iniciam-se pêlos cantos. Nas

Figuras 4.17; 4.18; 4.19; 4.20 e 4.21 mostram

a execução de diversos cantos de parede nas

diversas modalidades de ajustes.

1. Figura 4.17 - Canto em parede de meio tijolo

no ajuste comum

2. Figura 4.18 - Canto em parede de um tijolo

no ajuste francês

3. Figura 4.19 - Canto em parede de um tijolo

no ajuste comum

Page 24: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

24

4. Figura 4.20 - Canto em parede de espelho

5. Figura 4.21 - Canto em parede externa de um

tijolo com parede interna de meio tijolo no

ajuste francês

Pilares de tijolos maciços

São utilizados em locais onde a carga é

pequena (varandas, muros etc...). Podem ser

executados somente de alvenaria ou e

alvenaria e o centro preenchido por concreto

(Figura 4.22)

6. Figura 4.22 - Exemplo depilares de alvenaria

Construção de alvenaria de ½ vez com pilares de um tijolo;

É a mais usada para as paredes internas, pois se

recomenda que as paredes externas ou que recebem

mais carga sejam feitas com espessura de 1 tijolo (vide

a seguir). As alvenarias de ½ tijolo devem ser feitas

com as juntas desencontradas fiadas a fiadas, inclusive

nas junções de parede. Vide o desenho a seguir: 

Page 25: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

25

No desenho acima vemos a junção de duas paredes de

½ tijolo, onde a primeira fiada é assentada

normalmente enquanto que a segunda fiada é

desencontrada da primeira exatamente a metade do

comprimento do tijolo. A terceira fiada será igual à

primeira, a quarta igual à segunda e assim por diante.

Quando ocorrer o cruzamento de duas paredes o

procedimento será o mesmo, conforme mostrado na

figura abaixo: 

Quando ocorrer a junção entre parede de ½ tijolo e

outra de 1 tijolo as fiadas ficam desencontradas da

mesma forma, conseguindo a amarração necessária,

vide figura abaixo: 

Seguindo estes mesmos princípios para desencontrar as

juntas, é só usar a criatividade e conseguiremos

solucionar os mais diversos tipos de encontros.

Vejamos então como fica no caso de paredes de 1

tijolo: 

Revestimento, chapisco e reboco paulista;

O revestimento de uma parede pode ser feito em uma

ou mais camadas de argamassa tornando a mesma mais

resistente e com uma superfície plana, nivelada de

aspecto liso.

As camadas de revestimento da parede são construídas

sobre a alvenaria e cada uma tem uma função:

Chapisco:

Camada irregular sem nenhum aspecto de acabamento

feito de argamassa forte aplicada sobre a superfície de

alvenaria. Sua função é melhorar a união entre a

superfície da alvenaria e a camada do revestimento.

O chapisco deve ser lançado fortemente sobre a

alvenaria com a colher de pedreiro. A camada aplicada

deve cobrir toda a alvenaria não ultrapassando 0,5cm

de largura.

Emboço:

Page 26: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

26

Camada de argamassa mais fraca assentada

sobre a superfície da alvenaria já chapiscada. É

utilizada para cobrir buracos das juntas dos

blocos e eventuais falhas da alvenaria,

proporcionando uma superfície regularizada.

Deve apresentar: acabamento não liso (sem

estar desempolado) para facilitar a união com

o reboco. Sua largura varia entre 1,0cm a

2,5cm devendo ser aplicado com no mínimo

24 horas após a aplicação do chapisco.

Obs. Hoje em dia o emboço é muito pouco

usado.

Reboco:

Camada de argamassa assentada sobre a superfície da

alvenaria já chapiscada (massa única) ou sobre o

emboço, com a finalidade de unir-se à alvenaria da

parede tornando-a lisa e bem nivelada.

Sua largura varia entre 1,5 a 2,5cm e deve ser

construída com no mínimo 7 dias após a aplicação do

emboço, com os marcos, aduelas, peitoris, caixa de

luz, etc., colocados.

O reboco deve apresentar-se perfeitamente

desempenado, aprumado, alinhado e nivelado.

Noções sobre concreto;

O concreto é uma mistura de agregado graúdo,

cimento, areia, brita e água, utilizado em estruturas que

exigem resistência. Temos dois tipos de concretos:

a) Concreto Simples: É o concreto sem armação

de ferros, mais fraco, sendo usado onde atua o

esforço de compressão, como por exemplo,

nos pisos, valas de alicerce, nivelamentos,

contra-pisos internos, calçadas, etc.

b) Concreto Armado: É o concreto que sempre

tem armação de ferro, que deverá ser

totalmente coberta pela argamassa, sendo

utilizadas no fechamento de vãos, colunas,

lajes, vigas e em obras de grandes estruturas.

Orçamentos;

Orçar é quantificar insumos, mão de obra, ou

equipamentos necessários à realização de uma obra ou

serviço bem como os respectivos custos e o tempo

duração dos mesmos.

O orçamento pode ser observado sob duas maneiras:

como processo e como produto.

Como processo, quando o objetivo é definir metas

empresariais em termos de custos, faturamento e

desempenho, donde participam na elaboração e se

compromete com sua realização todo o corpo

gerencial.

Como produto, o orçamento tem por objetivo definir o

custo e, em decorrência, o preço de algum produto da

empresa, seja a construção de algum bem ou a

realização de qualquer serviço.

Page 27: Apostila Curso Pedreiro Unilins 2

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Apostila Curso de Pedreiro O Sucesso do Bentinho – Instituto Padre Reus