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0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UEPR – CAMPUS DE CAMPO MOURÃO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO PROFESSORA MESTRE THAYS PERASSOLI BOIKO [email protected] CAMPO MOURÃO 2011

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C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ - UEPR – CAMPUS DE CAMPO MOURÃO

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

AGROINDUSTRIAL

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

PROFESSORA MESTRE THAYS PERASSOLI BOIKO [email protected]

CAMPO MOURÃO 2011

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C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA) DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

PROFESSORA MSC. THAYS J. PERASSOLI BOIKO

I INTRODUÇÃO

1.1 PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA

1.1.1 Apresentação e discussão do Plano de Ensino da Disciplina: ementa; objetivos; justificativa; metodologia; programa; método de avaliação; bibliografia.

PLANO DE ENSINO

CURSO: ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL

DISCIPLINA: Introdução à Engenharia de Produção

SÉRIE: 1

TURMA(S): -

ANO LETIVO: 2011

PROFESSOR: Thays J.Perassoli Boiko

CARGA-HORÁRIA ANUAL: Teórica: 60 Prática: 8

1. EMENTA DA DISCIPLINA NO CURSO

Apresentação da Engenharia; Apresentação do Engenheiro; Apresentação de Engenharia de Produção; Apresentação do Engenheiro de Produção e suas funções como agente social do desenvolvimento; As funções do Engenheiro de Produção no contexto Agroindustrial; A Ética profissional; O Produto; A Fábrica.

2. OBJETIVOS DA DISCIPLINA NO CURSO

Induzir os alunos às diversas áreas de Engenharia de Produção e de atuação do Engenheiro de Produção.

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3. PROGRAMA DA DISCIPLINA

I INTRODUÇÃO

1.2 PLANO DE ENSINO DA DISCIPLINA 1.2.1 Apresentação e discussão do Plano de Ensino da Disciplina: ementa; objetivos; justificativa;

metodologia; programa; método de avaliação; bibliografia. 1.3 INICIANDO OS ESTUDOS NO ENSINO SUPERIOR

1.3.1 Método de Estudo 1.3.2 Visitas técnicas

1.3.2.1 Aspectos de segurança 1.3.2.2 Preparo 1.3.2.3 Relatório

II HISTÓRIA DA ENGENHARIA

1.1 EVOLUÇÃO DA PROFISSÃO 1.2 AS PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENGENHARIA 1.3 HISTÓRIA DA ENGENHARIA NO BRASIL

III A ENGENHARIA

3.1 DEFINIÇÃO 3.2 PERFIL E COMPETÊNCIAS E HABILIDADE DO EGRESSO 3.3 PROCESSO DE FORMAÇÃO

3.3.1 Aspectos Gerais 3.3.2 Tópicos de estudo e conteúdos

3.3.2.1 Núcleo de Conteúdos Básicos 3.3.2.2 Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes 3.3.2.3 Núcleo de Conteúdos Específicos da Modalidade: Extensões e Aprofundamentos da

Modalidade 3.3.3 Estágios Curriculares

3.4 DEFINIÇÕES UTILIZADAS NAS ATRIBUIÇÕES DE TÍTULOS PROFISSIONAIS 3.5 NÍVEIS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA 3.6 MODALIDADES DA ENGENHARIA DESCRIMINADAS PELO CONFEA E SUAS COMPETÊNCIAS 3.7 OUTRAS MODALIDADES DE ENGENHARIA EXISTENTES E SUAS ÊNFASES 3.8 ENTIDADES DE CLASSE

3.8.1 Sistema CONFEA/CREA 3.8.1.1 CONFEA

3.8.1.1.1 Definição 3.8.1.1.2 Início

3.8.1.2 CREA 3.8.1.3 Objetivos do Sistema 3.8.1.4 Competências

3.8.1.4.1 Competências de Natureza Normativas 3.8.1.4.2 Competências de Natureza Recursal 3.8.1.4.3 Competências de Natureza Administrativa

3.8.1.5 Legislação sobre o Exercício Profissional Pertinente ao Sistema CONFEA/CREA 3.8.2 SENGE

IV O ENGENHEIRO

4.1 ATIVIDADES PROFISSIONAIS 4.1.1 Caracterização e exercício das profissões

- A Engenharia e a Sociedade 4.1.2 Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades

4.1.2.1 Atuação quanto à forma de trabalho 4.1.2.2 Setores de Atuação 4.1.2.3 Atividades ou funções

4.2 QUALIDADES DO PROFISSIONAL 4.2.1 Conhecimentos Gerais

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4.2.2 Conhecimentos objetivos 4.2.3 Relações humanas 4.2.4 Experimentação e Medição 4.2.5 Comunicação 4.2.6 Trabalho em grupo 4.2.7 Aperfeiçoamento contínuo 4.2.8 Criatividade 4.2.9 Ética profissional

V ÉTICA PROFISSIONAL

5.1 ÉTICA 5.1.1 Ética Profissional

5.2 CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL 5.2.1 Código de Ética Profissional do Engenheiro, do Arquiteto e do Engenheiro Agrônomo

VI COMUNICAÇÃO – SEMINÁRIOS EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO VII CRIATIVIDADE VIII SISTEMAS DE PRODUÇÃO

8.1 SISTEMAS 8.2 PRODUÇÃO 8.3 SISTEMAS DE PRODUÇÃO 8.4 ELEMENTOS CONSTITUINTES 8.5 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO 8.6 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE PRODUÇÃO, QUANTO AO POSICIONAMENTO DO

PROCESSO DE PRODUÇÃO – TIPOS DE PROCESSOS DE PRODUÇÃO

IX ENGENHEIRA DE PRODUÇÃO

9.1 HISTÓRICO 9.2 A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO NO BRASIL: NECESSIDADE; DEMANDA PELOS CURSOS;

CRESCIMENTO 9.3 DEFINIÇÃO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 9.4 A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO COMO GRANDE ÁREA

- Conhecimentos da Engenharia de Produção 9.5 DIRETRIZES CURRICULARES PARA A ENGENHARIA DE PRODUÇÃO - FORMAÇÃO

9.5.1 Conteúdos Básicos 9.5.2 Conteúdos Profissionalizantes 9.5.3 Duração do Curso 9.5.4 Estrutura Modular 9.5.5 Estágios e Atividades Complementares

9.6 GLOSSÁRIO TÉCNICO – DEFINIÇÕES DA EP, CONFORME A ABEPRO 9.7 SUB-ÁREAS DE CONHECIMENTO DA ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 9.8 HABILITAÇÕES EM ENGENHARIA DA PRODUÇÃO 9.9 TÓPICO ESPECIAL: OUTRAS HABILITAÇÕES 9.10 ABEPRO

9.10.1Definição 9.10.2 Funções da ABEPRO 9.10.3 Objetivos da ABEPRO 9.10.4 ABEPRO Jovem

9.11 EVENTOS 9.11.1 ENEGEP 9.11.2 SIMPEP 9.11.3 ENCEP 9.11.4 OUTROS

9.12 REVISTAS 9.12.1 Revista Produção 9.12.2 Revista Produção On Line 9.12.3 Revista Gestão e Produção 9.12.4 Revista Pesquisa e Desenvolvimento 9.12.5 Sistemas e Gestão

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9.12.6 Rio´S International Journal On Sciences Of Industrial And Systems Engineering And Management

9.12.7 Gestão Industrial 9.12.8 Revista de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação 9.12.9 Revista Eletrônica Produção & Engenharia 9.12.10 GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas

9.13 TÓPICOS ESPECIAIS

X O ENGENHEIRO DE PRODUÇÃO

10.1 PERFIL DO EGRESSO 10.2 COMPETÊNCIAS 10.3 HABILIDADES 10.4 MERCADO DE TRABALHO

XI ESTÁGIOS EXTRA-CURRICULARES E INICIAÇÃO CIENTÍFICA

11.1 ESTÁGIOS EXTRA-CURRICULARES 11.1.1 Importância para a formação 11.1.2 Em que áreas e organizações realizar

11.1.2.1 Primeiro Ano 11.1.2.2 Segundo Ano 11.1.2.3 Terceiro Ano 11.1.2.4 Quarto Ano

11.1.3 Duração 11.1.4 Aspectos legais 11.1.5 Orientação 11.1.6 Relatório 11.1.7 Preparo 11.1.8 Cartas de Solicitação e recomendação 11.1.9 Entrevista 11.1.10 Desenvolvimento do estágio

11.2 PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIC) 11.2.1 Importância para a formação 11.2.2 O PIC da FECILCAM 11.2.3 Grupos e Linhas de Pesquisa do DEP/FECILCAM

XII ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL

12.1 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL NO BRASIL 12.1.1 Definição 12.1.2 Hitórico

12.2 O CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – UEPR - CAMPUS DE CAMPO MOURÃO

12.2.1 Objetivos do Curso 12.2.2 Grade Curricular 12.2.3 Histórico

4. METODOLOGIA DE TRABALHO DO PROFESSOR NA DISCIPLINA

ESTRATÉGIAS UTILIZADAS E CONDIÇÕES OFERECIDAS PELO PROFESSOR - Aulas expositivas; - Aulas de laboratório-prática; - Aulas participativas; - Ditados; - Cópias do quadro negro; - Resolução de questionários e exercícios; - Leitura e discussão de textos; - Trabalhos em grupo;

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- Palestras; - Seminários de Engenharia de Produção; - Mesas redondas; - Painéis; - Júris simulados; - Visitas técnicas; - Orientações individualizadas das equipes; - Reuniões simuladas. BIBLIOGRAFIA: Bibliografia recomendada, além de referências de diversos textos, de vídeos e de sites da Internet. RECURSOS HUMANOS: A própria voz.

RECURSOS FÍSICOS: Quadro de giz, giz e apagador; Projeções fixas (retroprojetor, transparências); Projeções móveis (Data Show, slides); Livros; Caneta ponto; Computador; TV, Aparelho de DVD. ATIVIDADES DOS ALUNOS - Leitura e resumo do material bibliográfico recomendado; - Leitura, resumo e discussão em sala de textos recomendados; - Cópia e escrita; - Resolução de exercícios; - Resolução de questionários e exercícios; - Atividades de laboratório-prática; - Discussão em sala; - Trabalhos em grupos; - Elaboração de trabalhos recomendados; - Apresentação de seminários; - Apresentação de painéis; - Mesas redondas; - Participação em júris simulados; - Estudo de caso; - Elaboração de resumos, resenhas, comentários e críticas; - Elaboração de relatórios de visitas técnicas e palestras; - Participação de reuniões simuladas. TRABALHOS DOS ALUNOS: - Trabalhos escritos: elaboração, em grupo, de uma pesquisa sobre um tema em Engenharia de Produção (9.13 TÓPICOS ESPECIAIS, do Programa da Disciplina), que deverá ser apresentado em formato de artigo, seguindo, o Modelo de Formatação de Artigos do Encontro de Engenharia de Produção (EEPA). A pesquisa deverá ser entregue em partes, em formato impresso, na datas estipuladas em sala, pelo professor da Disciplina; - Trabalhos orais – Seminários: apresentação oral referente à Pesquisa acima descrita. Parte da nota do Seminário será em grupo e parte individual. A presença nas apresentações das demais equipes valerá nota. NORMAS ABNT A SEREM SEGUIDAS NA ELABORAÇÃO DOS TRABALHOS:

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USP. SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS–SIBi. Diretrizes para apresentação de dissertações e teses da USP: documento eletrônico e impresso. São Paulo: 2004.

5. AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA NO CURSO

A avaliação se dará por meio de: - Atividades (A) desenvolvidas em sala ou extra classe (descritas anteriormente).

Assim, A = ( ) nan

a/

1∑=

, sendo a = o valor de 0 a 100 de cada uma das n atividades

desenvolvidas no bimestre;

- Trabalhos (T), descritos anteriormente. Logo, T = ( ) ntnt

/1∑=

, sendo t = o valor de

0 a 100 de cada uma dos n trabalhos desenvolvidas no bimestre;

- Provas (P). P = ( ) npn

p/

1∑=

sendo p = o valor de 0 a 100 de cada uma das n

provas realizadas no bimestre; A nota bimestral será obtida pela seguinte forma: (A x 0,20) + (T x 0,30) + (P x 0,50) Obs. 01: As datas serão marcadas no decorrer das aulas. Obs 02: Pode ocorrer de em um determinado bimestre não ser marcado nenhuma Atividade, Trabalho ou Prova, sendo seu peso distribuído igualmente entre as demais Avaliações. Obs 03: As avaliações devem ser respondidas de caneta esferográfica azul.

6. BIBLIOGRAFIA BÁSICA DA DISCIPLINA

ABEPRO. Engenharia de Produção: Grande área e diretrizes curriculares. 2001. _____. Glossário técnico - área de engenharia de produção. Disponível em: < http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=585>. Acesso em: 16 de maio de 2007 às 16 hs 40. _____. Áreas e Sub-áreas de Engenharia de Produção. 2009. Disponível em: <ttp://www.abepro.org.br/interna.asp?p=399&m=424&s=1&c=362>. Acesso em: 25

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de agosto de 2009 às 16 hs. _____. Referências Curriculares da Engenharia de Produção. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/interna.asp?ss=1&c=581>. Acesso em: 16 de maio de 2007 às 16 hs 20. BOIKO, T. J. P. Introdução à Engenharia de Produção – Apostila. Disciplina de Introdução à Engenharia de Produção. Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial. Departamento de Engenharia de Produção. Universidade Estadual do Paraná – Campus de Campo Mourão. Campo Mourão. 2011. _____, T. J. P.; LEIGUS, A.; FENERICH, A. T. Histórico da Engenharia de Produção Agroindustrial e do Curso de Engenharia de Produção Agroindustrial da FECILCAM. ENCONTRO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUTRIAL DA FECILCAM (III EEPA), 3, 2009, Campo Mourão – PR. Anais... Campo Mourão: 2009. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para os Cursos de Engenharia: Versão do dia 05.05.1999. Disponível em: <http://www.dimap.ufrn.br/~cccc/reforma/engenharia.doc>. Acesso em 10 de maio de 2007 às 16 hs 45.www.abepro.org.br. CNE. Resolução CNE/CES 11/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril de 2002. Seção 1, p. 32. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/1102Engenharia.pdf >. Acesso em: 20 de março de 2009 às 14 hs 40. CONFEA. Resolução nº 218, de 29 jun 1973. Disponível em: <http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1561&pai=8&sid=193>. Acesso em: 10 de maio de 2007 às 17 hs 30. _____. Resolução nº 288, de 07 Dez 1983. Disponível em: < http://www.confea.org.br/>. Acesso em 18 de agosto de 2008 às 16 hs. _____. Resolução nº 1010, de 22 ago 2005. Disponível em: <http://normativos.confea.org.br/downloads/1010-05.pdf>. Acesso em: 20 de março de 2009 às 13 hs 47. USP. SISTEMA INTEGRADO DE BIBLIOTECAS–SIBi. Diretrizes para apresentação de dissertações e teses da USP: documento eletrônico e impresso. São Paulo: 2004.

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7. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR DA DISCIPLINA AURÉLIO. Dicionário Aurélio do Século XXI. BATALHA, M. O. Introdução à Engenharia de Produção: Rio de Janeiro: Campus, 2008. BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 1997. BOIKO, T. J. P; TSUJIGUCHI, L. T. A.; VAROLO, F. W. R. Classificação dos Sistemas de Produção: uma Abordagem de Engenharia de Produção. In: ENCONTRO DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA, 4, 2009, Campo Mourão – PR Anais... Campo Mourão: 2009. COPPINI, N. L. Panorama da Engenharia de Produção. Palestra apresentada no X SIMPEP, 2003. FAÉ, C. S.; RIBEIRO, J. L. D. Um retrato da Engenharia de Produção no Brasil. Revista Gestão Industrial. v. 1, n. 3, p. 315-324, 2005. FOGARTY, D. W. Et. al. Production and Inventory Management. 2 ed. USA: South-Western Publishing Co., 1991. GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da Produção e Operações. 8 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2002. LUSTOSA, L. Et al. Planejamento e Controle da Produção. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. MOORE, G. E. Princípios Éticos. São Paulo: Abril Cultural, 1975. MORAIS, M. de F.; BOIKO, T. J. P. Classificação de Sistemas de Produção Quanto ao Posicionamento do Processo: Uma Abordagem de Engenharia da Produção. In: ENCONTRO DE PRODUÇÃO CIENTIFICA E TECNOLÓGICO, 6, 2009, Campo Mourão, PR. Anais... Campo Mourão: 2009. MOREIRA, D. A. Administração da Produção e Operações. 5 ed. São Paulo: Pioneira, 2000. OLIVEIRA, V. F. de. Crescimento do número de cursos e de modalidades de engenharia: principais causas e conseqüências. In: COBENGE 2005: Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, XXXIII, 2005, Campina Grande/Pb. Anais... Disponível em:< http://www.proengprod.ufjf.br/SiteEducengMg/CrescEng.pdf>. Acesso em 10 de maio de 2007 às 18 hs. OLIVEIRA NETTO, A. A. de.; TAVARES, W. R. Introdução à Engenharia de Produção: estrutura, organização, legislação. Florianópolis: Visual Books, 2006. RUSSOMANO, V. H. PCP: Planejamento e Controle da Produção. 6 ed. São Paulo: Pioneira, 2000. SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2002.

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TUBINO, D. F. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2 ed. São Paulo: Atlas, 2000. - Sites de Instituições relacionadas à Engenharia e Engenharia de Produção. .

1.4 INICIANDO OS ESTUDOS NO ENSINO SUPERIOR

1.4.1 Método de Estudo

BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 1997, p. 7-32.

QUESTIONÁRIO – ROTEIRO DE ESTUDO

Responder com base em Bazzo; Pereira (1997) e nas notas de aula.

1) Do que depende a qualidade de um bom curso superior? 2) Quais os motivos para se aprender a estudar? 3) Por que a transição do ensino médio para o ensino superior exige do estudante uma

mudança no seu comportamento? 4) Qual a definição de “aluno”. 5) Qual a definição de “estudante”. 6) Qual a diferença entre ser “aluno” e ser “estudante”? 7) O que significa estudar?

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8) Qual a diferença entre aprender e estudar? 9) Quais os objetivos de um curso de Engenharia perante os indivíduos que o cursam? 10) Quais são as etapas distintas de procedimentos do método proposto para o estudo de

Engenharia? 11) Como se preparar para estudar? 12) Em que situações do processo ensino-aprendizagem, usualmente, ocorre a captação do

conhecimento? 13) Quais as formas usuais de captação de conhecimento? 14) O que sugere-se para melhorar a captação de conhecimento por meio da audição? 15) Em que situações se captam conhecimentos através da observação? 16) O que se entende por dúvidas? 17) Qual a importância de sanar dúvidas? 18) Qual a importância da revisão imediata na captação de conhecimentos? 19) Comente sobre a técnica de sublinhar (grifar). 20) O que os trabalhos escolares despertam nos estudantes? 21) Quais capacidades os trabalhos escolares visam desenvolver nos estudantes? 22) Qual a importância de um bom vocabulário? 23) Cite os meios eficientes de se adquirir um bom vocabulário. 24) Para que servem os resumos e esquemas? 25) O que é resumo? 26) Defina esquema.

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1.2 VISITAS TÉCNICAS

1.2.1 Aspectos de Segurança

Deve-se utilizar calça comprida, sapatos anti-derrapantes, cabelos presos.

Não deve-se utilizar acessórios, tais como brincos, pulseiras, por exemplo, nem roupas

que possam enroscar/enrolar em máquinas/ferramentas/equipamentos.

Em certas indústrias de alimentos, tais como lacticínios, por exemplo, não é permitido

visitar utilizando esmaltes, nem perfumes.

Deve-se ficar atento as recomendações do próprio local da visita. No entanto, espera-

se que um aluno de engenharia tenha tais conhecimentos dos aspectos de segurança.

1.2.2 Preparo

Deve-se anteriormente à visita:

1º) Ter claro os propósitos e objetivos da visita;

2º) Realizar um estudo prévio:

- do segmento no qual a organização/empresa que será visitada está incluída;

- da organização/empresa que será visitada: o histórico da empresa; localização

da empresa; os produtos a empresa produz, entre outros. Deve-se busca obter o

máximo de informações possíveis sobre a empresa;

- do processo de produção que será visitado;

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- dos produtos produzidos no processo a ser visitados;

3º) Elaborar um roteiro de possíveis perguntas a fazer e coisas a observar durante a

visita.

Para realizar este estudo prévio e, posteriormente, o roteiro da visita, servem de fontes

o site da organização/empresa, trabalhos (trabalhos de disciplinas, de conclusão de curso,

relatórios de estágios, por exemplo), realizados anteriormente, nestas, reportagens que tratem

do assunto, livros, consultas à professores, folders da empresa, entre tantas outras.

1.4.3 Relatório

O relatório deve ser elaborado de acordo com os propósitos e objetivos da visita.

Mesmo que não se esteja fazendo uma visita como requisito de uma disciplina, ou que

o professor não exija o relatório, é extremamente importante a realização deste, mesmo que

informal, após a visita, para que se possa fixar melhor os conhecimentos adquiridos.

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II HISTÓRIA DA ENGENHARIA

2.1 EVOLUÇÃO DA PROFISSÃO

A história da Engenharia confunde-se com a história da humanidade, dividindo-se em

dois momentos distintos, a “Engenharia Antiga” ou “Engenharia do Passado” e a “Engenharia

Moderna”.

De acordo com estudos de paleontologia, os primeiros hominídeos eram carnívoros e,

como não possuíam dentes ou garras afiados, necessitaram de alguma ajuda para superar esse

problema. Isto os levou a fabricar ferramentas, que inicialmente eram pedaços toscos de

pedras lascadas para ficarem com a ponta aguçada e se transformarem em objetos cortantes.

Desta maneira, conforme salientam Afonso; Fleury, o desenvolvimento tecnológico

teve início há milhões de anos.

Com certeza, o maior avanço tecnológico e cultural do homem primitivo ocorreu por

volta de 600.000 anos atrás, quando este adquiriu a habilidade para lidar com o fogo,

possivelmente a partir de algum incêndio causado por raios ou erupção vulcânica. O fogo

possibilitou vencer o frio e a escuridão, abrindo caminho para o homem primitivo sobreviver

em regiões mais frias, ampliando a ocupação espacial da terra, além de cozer os alimentos,

tornando-os mais palatáveis.

Somente a partir de 50.000 anos os seres humanos começaram a produzir artefatos de

caça mais elaborados, como os arpões, as lanças, e posteriormente o arco e a flecha. Este meio

mais eficiente de matar a uma distância segura permitiu a caçada de animais perigosos e de

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grande porte, capazes de fornecer alimentos para grupos mais numerosos.

Os acontecimentos mais marcantes da história da evolução humana foram o

surgimento da agricultura, que se deu provavelmente no ano 10.000 a.C., o domínio do fogo e

o advento da fala. Depois da agricultura, veio a domesticação de animais, explorados de

diversas maneiras, como por exemplo, a ordenha para aproveitamento de leite, a coleta de

ovos, a tração animal, por exemplo, o que possibilitou manter o estoque alimentar de reserva.

Assim, não havia mais necessidade de mudanças freqüentes do local de residência

para obtenção de alimentos. Nesse momento o homem passou a sedentário. E há

aproximadamente 8 mil anos um ser humano não caçador não coletor, foi responsável pela

origem das comunidades grandes e suficientemente permanentes para desenvolver uma

arquitetura de tijolos e pedras. Nesse momento certamente nascia o primeiro engenheiro. Os

restos de alguns destes vilarejos construídos de tijolos chegaram até nossos dias.

As primeiras civilizações propriamente ditas que se tem conhecimento surgiram entre

os anos 3.500 e 500 a.C. A primeira delas é a Suméria, no sul da Mesopotâmia. As maiores

contribuições tecnológicas legadas por ela foram a prática da irrigação e a construção e o

desenvolvimento do sistema de governo. Pouco depois, sinais de civilização, que datam de

aproximadamente 3.000 anos a.C., podem ser vistos também no Egito. Os egípcios,

construíram obras públicas em pedra, insuperáveis para a época, das quais as mais famosas

são as pirâmides.

Outra mudança significativa na história da humanidade foi a descoberta do uso do

metal. Em longo prazo, o metal mudou o mundo quase tanto quanto a agricultura. Entre 7.000

e 6.000 a.C. o cobre, foi o primeiro metal a ser aproveitado, aplicado inicialmente na

elaboração de objetos para ornamentos, mas logo depois, utilizado para fabricação de armas e

ferramentas.

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Tem-se conhecimento que os egípcios primitivos dominavam várias técnicas dentre as

quais, as de construção de barcos de junco, de trabalhar pedra dura, de moldar o cobre, além

de dominarem técnicas de irrigação. Praticavam também a criação do gado para tração e

criavam aves.

O ferro passou a ser explorado no oriente próximo por volta de 1.500 a.C. e só foi

amplamente divulgado depois do ano 1.000 a.C.

O surgimento da escrita possibilitou armazenar e transmitir conhecimentos e

experiências com mais facilidade e precisão, de uma geração a outra. A cultura e a tecnologia

acumuladas gradualmente se tornaram mais efetivas como instrumentos para mudar o mundo.

Assim, se tornou mais fácil, o domínio das complexas técnicas de irrigar as terras, de fazer as

colheitas e armazená-las e assim melhorar a eficiência na exploração dos recursos naturais.

O império romano chegou a dominar todo o mundo mediterrâneo por volta de 50 a.C.,

e para tornar as cidades conquistadas mais confortáveis, os romanos construíram estradas,

arenas de jogos, casas de banho, esgotos, aquedutos e cisternas de água potável. Os arquitetos

foram os primeiros a se livrarem da necessidade de se apoiar grandes vãos de telhados em

fileiras de pilares, inventando o teto em forma de abóbada.

Durante a Idade Média, considerada a idade das trevas, o conhecimento apresentou

pequenos progressos, pois era restrito ao círculo da Igreja. Neste período, as maiores

contribuições foram nas áreas do aprimoramento da tração animal. Outro avanço ocorreu na

construção civil, pois nesse período foram edificadas surpreendentes obras, que exigiram alta

habilidade, tanto de engenharia quanto de escultura em pedra, vistas até hoje nas igrejas

paroquiais das ricas regiões italianas e inglesas. Ao mesmo tempo, o artesanato ganhou

notoriedade e com isso, aumentou o número de artesãos cuja crescente importância pode ser

vista no surgimento de regiões de manufatura especializadas. As mais notórias e ricas se

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especializaram na fabricação de artigos têxteis. A joalheria foi prestigiada, ocorrendo, em

Florença na Itália, uma união entre os joalheiros e artesãos o que levou ao estabelecimento de

alguns critérios de padronização.

Este núcleo de padronização, que posteriormente foi também aplicado aos construtores

e artesãos da nobreza é o início do que viria a ser os Conselhos Profissionais. Este aglomerado

florentino de construtores e artesãos era conhecido como Guildas, que significava ordem ou

clã. As Guildas estabeleciam critérios básicos de estética e segurança nas construções. Foi a

partir deles que, em 1406, em Florença na Itália, surgiram as primeiras escolas e

universidades de arquitetura e os primeiros arquitetos não práticos.

Os avanços científicos dos séculos XVI e XVII significaram uma revolução no

pensamento, e os homens procuraram cada vez mais descobrir modos de manipular e explorar

a natureza.

No século XVIII, a Revolução Industrial - transição da economia agrária para a

industrialização - marcou o início de um novo período da história mundial. A economia

baseada na produção industrial pode ser considerada a mudança mais importante na história

da humanidade desde o advento da própria agricultura, ou até mesmo da descoberta do fogo.

No século XIX as máquinas começaram a substituir o trabalho braçal e os resultados

puderam ser vistos em diversos seguimentos da economia. O vapor passou a ser utilizado para

movimentar máquinas e puxar arados. Carros, bondes e bicicletas podiam ser vistos nas ruas

das principais cidades. Nas fábricas, via-se os teares, os tornos e as furadeiras. Nos escritórios

e lojas apareciam caixas registradoras e máquinas de escrever. O advento das máquinas

reforçou a preocupação com a maneira pela qual o trabalho era organizado e como eram

moldadas as atividades. Assim, surgiu então um conjunto de novas profissões. O termo

"Engenheiro", teve seu significado ampliado, aparecendo diversas especializações, como em

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construção, em mecânica, em eletricidade, em embarcações, em produtos químicos, etc.

Desta maneira, o termo engenheiro surgiu com a expansão dos conhecimentos

científicos e suas aplicações aos problemas práticos, sendo resultado de todo um processo de

evolução ocorrido durante milênios. Aos poucos a Engenharia foi se estruturando, devido

principalmente ao desenvolvimento da matemática e da explicação dos fenômenos físicos.

Assim, a semente da “Engenharia Moderna” foi lançada no século, XVIII quando se chegou a

um conjunto sistemático e ordenado de doutrinas.

Desta forma, segundo Bazzo; Pereira (1997), surge um marco histórico entre duas

Engenharias: “A Engenharia do passado e a Engenharia Moderna.” (BAZZO & PEREIRA,

1997, p. 183).

A Engenharia do passado caracteriza-se pelos grandes esforços do homem no sentido

de criar e aperfeiçoar dispositivos que aproveitassem os recursos naturais. Estes primeiros

engenheiros foram os responsáveis pelo aparecimento dos armamentos, fortificações,

estradas, pontes, canais etc. Estes indivíduos tinham por característica básica o empirismo,

pois trabalhavam com base na prática transmitida pelos seus antecessores, na sua própria

experiência e no seu espírito de criação.

O primeiro título de engenheiro foi usado pelo inglês John Smeaton (1724-1792), que

se auto-intitulou engenheiro civil.

A Engenharia moderna, por sua vez, caracteriza-se pela aplicação generalizada dos

conhecimentos científicos à solução de problemas. Assim, a Engenharia moderna dedica-se,

basicamente, a mesma espécie de problemas que a Engenharia do passado se dedicava,

diferenciando desta última pelo fato marcante de aplicar a ciência na resolução desses

problemas.

Instituições de educação técnica surgiram em muitos países para dar instrução

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avançada em Engenharia. Algumas universidades começaram a ensinar estas matérias. Os

engenheiros se consideravam como tendo uma profissão e em geral, se organizavam em

associações profissionais que cuidavam dos seus interesses. Foram os primeiros egressos de

cursos superiores a se reunirem em associações de classe. A primeira associação formal de

profissionais egressos de Universidades que se tem notícia é o Instituto dos Engenheiros de

Londres, fundado em 1840.

2.2 AS PRIMEIRAS ESCOLAS DE ENGENHARIA

A evolução da Engenharia, como afirmam Bazzo; Pereira (1997), sempre esteve

intimamente relacionada com o aparecimento de escolas para a formação de engenheiros.

Ainda, em 1506, teria sido fundada, em Veneza, na Itália, a primeira escola dedicada à

formação de engenheiros e artilheiros, no entanto, não existem registros oficiais que

comprovam a existência de tal escola, apenas existem referências, em textos históricos, que

sugerem tal.

No século XVIII, conforme Bazzo; Pereira (1997), vários cientistas franceses, tais

como Poisson, Navier, Coriolis, Poncelet e Monge, contribuíram para a definição da técnica

científica, que resultou na fundação, em Paris, na França, em 1774, da Ècole Polytechnique,

cujo objetivo era ensinar as aplicações da matemática aos problemas da Engenharia.

Assim, em 1747 foi criada, na França, aquela que é considerada a primeira escola de

engenharia do mundo, a Ècole dês Ponts et Chaussées.

Em 1778, foi implantada a Ècole dês Mines e, em 1794, o Conservatoire dês Arts et

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Métiers. Estas escolas eram voltadas para o ensino prático, diferentes, portanto, da Ècole

Polytechnique, que era voltada para o ensino teórico.

O passo seguinte no desenvolvimento da Engenharia, foi a criação das escolas técnicas

superiores de língua germânicas. As escolas de Praga, atual República Tcheca, em 1806, a de

Viena, na Áustria, em 1815, a de Karlsruhe, na Alemanha, em 1825 e a de Munique, também

na Alemanha. Entretanto, a escola que teve maior importância no aparecimento da Engenharia

moderna foi a de Zurique, na Suíça, a Eidgenossische Technische Hockschule, em 1854.

Em 1794 foi criada a primeira escola de Engenharia nos estados Unidos (EUA), a

Academia Militar de West Point, que pegou fogo dois anos depois, sendo reaberta em 1802,

ano que passou a ser considerado o ano oficial de sua fundação. A primeira e mais

característica escola técnica superior dos EUA foi, provavelmente, o Rensselaer Polytechnic

Institute, fundado em 1824. Depois, vieram o Massachusetts Institute of Technology (MIT),

em 1865, Carnegie Institute of Technology, em 1905 e o Califórnia Institute of Technology,

em 1919.

Desta maneira, “... com estas escolas e institutos, a técnica tomou copo, ampliando-se

a aplicação da ciência à tecnologia.” (BAZZO; PEREIRA, 1997, p. 188).

Deve-se destacar uma diferença fundamental entre as primeiras escolas de Engenharia

e as atuais: “As primeiras, adestravam para técnicas e processos,. Hoje, a preocupação maior é

sobretudo formar e educar – para fornecer ao futuro profissional armas para que este possa

resistir ao rápido obsoletismo das técnicas-, e secundariamente treinar.” (BAZZO;

PEREIRA, 1997, p. 188-9).

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2.3 HISTÓRIA DA ENGENHARIA NO BRASIL

Não é fácil estabelecer o início das atividades da Engenharia no Brasil, mas com

certeza, como lembram Afonso; Fleury, as atividades profissionais especializadas iniciaram-

se no próprio descobrimento, ocasião em que foram utilizados conhecimentos de Engenharia

Naval, de Astronomia, de Matemática, de Cartografia, de Medicina, dentre outros, para

conduzir a frota de Cabral até o Brasil.

Em seguida, com o advento da descoberta de minerais como o ouro, as atividades

relacionadas com a Geologia e a Engenharia de Minas foram intensificadas.

Logo após a vinda da família imperial para o Brasil, em 1808, foram criadas as

primeiras escolas técnicas na colônia.

A Engenharia brasileira é bastante jovem, conforme salienta o CREA/SP, tendo sua

origem, conforme Bazzo; Pereira (1997), na área militar, em 1810, quando o atual Príncipe

Regente (futuro rei Dom João VI) criou a Academia Militar do Rio de Janeiro, em

substituição a Real Academia de Artilharia, Fortificações e Desenho, instalada em 1792.

A Academia Real Militar, depois da Independência, teve seu nome alterado para

Academia Imperial Militar e depois para Academia Militar da Corte. Em 1823 passaram a ser

permitidas as matrículas de aluno civis.

Em 1858, a Academia Militar da Corte, passou a denominar-se Escola Central, sendo

então destinada ao ensino da Matemática, das Ciências Físicas e Naturais e das doutrinas de

Engenharia Civil. O ensino militar ficou a cargo da Escola de Aplicação do Exército e da

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Escola Militar do Rio Grande do Sul.

Em 1874, segundo Bazzo; Pereira (1997), CREA/SP e UFRJ, a partir da necessidade

de desenvolvimento, principalmente nos setores de saneamento, ferroviário e de portos

marítimos, é a fundação da Escola Politécnica do Rio de Janeiro, sucessora direta da antiga

Escola Central.

Ainda no século XIX, conforme Bazzo; Pereira (1997), foram criadas as Escolas de

Minas de Ouro Preto/MG em 1876, a Politécnica de São Paulo/SP, em 1893, a Politécnica do

Mackenzie College e a Escola de Engenharia do Recife/PE, em 1896, a Politécnica da Bahia e

a Escola de Engenharia de Porto Alegre/RS, em 1897.

Até por volta de 1900, segundo Afonso; Fleury, o exercício profissional era livre no

país, mas a partir dessa data, o governo se viu pressionado a elaborar legislações que visavam

exercer controle sobre determinadas atividades profissionais, tentando limitar o exercício

ilegal de algumas profissões.

Desta maneira, a primeira profissão a ser regulamentada foi a de Engenheiro

Agrimensor. Em 1933 regulamentou-se as profissões de Engenheiro Agrônomo e Engenheiro

Civil. Nesse ano foi também criado o Sistema CONFEA/CREA'S.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AFONSO, A. A.; FLEURY, N. Uma Breve História da Engenharia. Disponível em: http://www.crea-go.org.br/informativo/artigos/2.htm. . Acesso em 10 de maio de 2007 às 22 hs 00.

BAZZO, W. A.; PEREIRA, L. T. do V. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 1997., p. 7-32.

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CREA/SP. Um pouco de História da Engenharia no Brasil. Disponível em: http://cursos.unisanta.br/mecanica/leis/historia.html. Acesso em 10 de maio de 2007 às 22 hs 45.

UFRJ. História. Disponível em:< http://www.poli.ufrj.br/bin/index_home.php?op1=SHOWPLITECNICA&op2=1>. Acesso em 16 de maio de 2007 às 11 hs 45.

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III A ENGENHARIA

3.1 DEFINIÇÃO

Engenharia é a atividade em que os conhecimentos científicos e técnicos e a

experiência prática são aplicados para a exploração dos recursos naturais, para o projeto,

construção e operação de objetos úteis e para o planejamento urbano e ambiental.

Ou seja, a Engenharia é a atividade em que os conhecimentos científicos e

técnicos e a experiência prática são aplicados para ATENDER AS DEMANDAS DA

SOCIEDADE.

O Ministério da Educação, por meio do Conselho Nacional de Educação (CNE),

Câmara de Educação Superior (CES) estabelece, através da Resolução CNE/CES 11/2002, as

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino de Graduação em Engenharia, que referem-se

exclusivamente à formação acadêmica não abrangendo os aspectos relativos ao registro para o

exercício da profissão.

3.2 PERFIL, COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DO EGRESSO

Os Artigos 3 e 4º da Resolução CNE/CES 11/2002 tratam do perfil, competências e

habilidades gerais do egresso de um Curso de Engenharia.

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O Artigo 3º coloca qual deve ser o perfil que um Curso de Graduação em Engenharia

deve proporcionar ao formado/egresso/profissional:

“Art. 3º O Curso de Graduação em Engenharia tem como perfil do formando egresso/profissional o engenheiro, com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.”

Conforme o Artigo 3º é possível constatar que a Principal Característica da Profissão

de Engenharia é o atendimento às demandas da sociedade.

O Artigo 4º coloca quais devem ser as competências e habilidades gerais que um

Curso de Graduação em Engenharia deve proporcionar ao seu egresso:

“Art. 4º A formação do engenheiro tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais: I - aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia; II - projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; III - conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; IV - planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia; V - identificar, formular e resolver problemas de engenharia; VI - desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; VI - supervisionar a operação e a manutenção de sistemas; VII - avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; VIII - comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; IX - atuar em equipes multidisciplinares;

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X - compreender e aplicar a ética e responsabilidade profissionais; XI - avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; XII - avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; XIII - assumir a postura de permanente busca de atualização profissional.”

3.3 PROCESSO DE FORMAÇÃO

Os Artigos 5º ao 7º da Resolução CNE/CES 11/2002 estabelecem como deve ser o

processo de formação em Curso de Graduação em Engenharia.

3.3.1 Aspectos Gerais

Os Artigos 5º tratados aspectos gerais deste processo de formação:

“Art. 5º Cada curso de Engenharia deve possuir um projeto pedagógico1 que demonstre claramente como o conjunto das atividades previstas garantirá o perfil desejado de seu egresso e o desenvolvimento das competências e habilidades esperadas. Ênfase deve ser dada à necessidade de se reduzir o tempo em sala de aula, favorecendo o trabalho individual e em grupo dos estudantes. § 1º Deverão existir os trabalhos de síntese e integração dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso, sendo que, pelo menos, um deles deverá se constituir em atividade obrigatória como requisito para a graduação.

1 Também chamado de projeto político pedagógico.

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§ 2º Deverão também ser estimuladas atividades complementares, tais como trabalhos de iniciação científica, projetos multidisciplinares, visitas teóricas, trabalhos em equipe, desenvolvimento de protótipos, monitorias, participação em empresas juniores e outras atividades empreendedoras.”

3.3.2 Tópicos de estudo e conteúdos

O Artigo 6º da Resolução CNE/CES 11/2002 estabelecem quais devem ser os tópicos

de estudo e os conteúdos num Curso de Graduação em Engenharia.

“Art. 6º Todo o curso de Engenharia, independente de sua modalidade, deve possuir em seu currículo um núcleo de conteúdos básicos, um núcleo de conteúdos profissionalizantes e um núcleo de conteúdos específicos que caracterizem a modalidade.”

3.3.2.1 Núcleo de Conteúdos Básicos

“§ 1º O núcleo de conteúdos básicos, cerca de 30% da carga horária mínima, versará sobre os tópicos que seguem: I - Metodologia Científica e Tecnológica; II - Comunicação e Expressão; III - Informática; IV - Expressão Gráfica; V - Matemática; VI - Física; VII - Fenômenos de Transporte; VIII - Mecânica dos Sólidos;

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IX - Eletricidade Aplicada; X - Química; XI - Ciência e Tecnologia dos Materiais; XII - Administração; XIII - Economia; XIV - Ciências do Ambiente; XV - Humanidades, Ciências Sociais e Cidadania. § 2º Nos conteúdos de Física, Química e Informática, é obrigatória a existência de atividades de laboratório. Nos demais conteúdos básicos, deverão ser previstas atividades práticas e de laboratórios, com enfoques e intensividade compatíveis com a modalidade pleiteada.”

3.3.2.2 Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes

“§ 3º O núcleo de conteúdos profissionalizantes, cerca de 15% de carga horária mínima, versará sobre um subconjunto coerente dos tópicos abaixo discriminados, a ser definido pela IES: I - Algoritmos e Estruturas de Dados; II - Bioquímica; III - Ciência dos Materiais; IV - Circuitos Elétricos; V - Circuitos Lógicos; VI -Compiladores; VII - Construção Civil; VIII - Controle de Sistemas Dinâmicos; IX - Conversão de Energia; X - Eletromagnetismo; XI - Eletrônica Analógica e Digital; XII - Engenharia do Produto; XIII - Ergonomia e Segurança do Trabalho; XIV - Estratégia e Organização; XV - Físico-química; XVI - Geoprocessamento; XVII - Geotecnia;

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XVIII - Gerência de Produção; XIX - Gestão Ambiental; XX - Gestão Econômica; XXI - Gestão de Tecnologia; XXII - Hidráulica, Hidrologia Aplicada e Saneamento Básico; XXIII - Instrumentação; XXIV - Máquinas de fluxo; XXV - Matemática discreta; XXVI - Materiais de Construção Civil; XXVII - Materiais de Construção Mecânica; XXVIII - Materiais Elétricos; XXIX - Mecânica Aplicada; XXX - Métodos Numéricos; XXXI - Microbiologia; XXXII - Mineralogia e Tratamento de Minérios; XXXIII - Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas; XXXIV - Operações Unitárias; XXXV - Organização de computadores; XXXVI - Paradigmas de Programação; XXXVII - Pesquisa Operacional; XXXVIII - Processos de Fabricação; XXXIX - Processos Químicos e Bioquímicos; XL - Qualidade; XLI - Química Analítica; XLII - Química Orgânica; XLIII - Reatores Químicos e Bioquímicos; XLIV - Sistemas Estruturais e Teoria das Estruturas; XLV - Sistemas de Informação; XLVI - Sistemas Mecânicos; XLVII - Sistemas operacionais; XLVIII - Sistemas Térmicos; XLIX - Tecnologia Mecânica; L - Telecomunicações; LI - Termodinâmica Aplicada; LII - Topografia e Geodésia; LIII - Transporte e Logística.”

3.3.2.3 Núcleo de Conteúdos Específicos da Modalidade: Extensões e Aprofundamentos da Modalidade

“§ 4º O núcleo de conteúdos específicos se constitui em extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, bem como de outros conteúdos destinados a caracterizar modalidades. Estes conteúdos, consubstanciando o restante da carga

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horária total, serão propostos exclusivamente pela IES. Constituem-se em conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a definição das modalidades de engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas nestas diretrizes.”

É importante enfatizar que os tópicos de estudo e seus conteúdos, de ambos os

núcleos, varia, conforme a modalidade da Engenharia a que diz respeito e conforme o enfoque

e a intensidade adotados pela instituição de ensino superior para o curso. Além disso, o

ordenamento dos conteúdos não representa sequência imposta na estruturação do currículo,

nem os tópicos correspondem necessariamente a disciplinas individuais.

3.3.3 Estágios Curriculares

O Artigo 7º da Resolução CNE/CES 11/2002 trata dos estágios curriculares

obrigatórios:

Art. 7º A formação do engenheiro incluirá, como etapa integrante da graduação, estágios curriculares obrigatórios sob supervisão direta da instituição de ensino, através de relatórios técnicos e acompanhamento individualizado durante o período de realização da atividade. A carga horária mínima do estágio curricular deverá atingir 160 (cento e sessenta) horas. Parágrafo único. É obrigatório o trabalho final de curso como atividade de síntese e integração de conhecimento.”

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3.4 DEFINIÇÕES UTILIZADAS NAS ATRIBUIÇÕES DE TÍTULOS PROFISSIONAIS

A Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, regulamenta a

atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e o âmbito de atuação dos

profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício

profissional.

No Capítulo 2, Artigo 5º, desta Resolução, adota-se as seguintes definições:

“I – atribuição: ato geral de consignar direitos e responsabilidades dentro do ordenamento jurídico que rege a comunidade; II - atribuição profissional: ato específico de consignar direitos e responsabilidades para o exercício da profissão, em reconhecimento de competências e habilidades derivadas de formação profissional obtida em cursos regulares; III - título profissional: título atribuído pelo Sistema Confea/Crea a portador de diploma expedido por instituições de ensino para egressos de cursos regulares, correlacionado com o(s) respectivo(s) campo(s) de atuação profissional, em função do perfil de formação do egresso, e do projeto pedagógico do curso; IV - atividade profissional: ação característica da profissão, exercida regularmente; V - campo de atuação profissional: área em que o profissional exerce sua profissão, em função de competências adquiridas na sua formação; VI – formação profissional: processo de aquisição de competências e habilidades para o exercício responsável da profissão; VII - competência profissional: capacidade de utilização de conhecimentos, habilidades e atitudes necessários ao desempenho de atividades em campos profissionais específicos, obedecendo a padrões de qualidade e produtividade; VIII - modalidade profissional: conjunto de campos de atuação profissional da Engenharia correspondentes a formações básicas afins, estabelecido em termos genéricos pelo Confea; IX – categoria (ou grupo) profissional: cada uma das três profissões regulamentadas2 na Lei nº 5.194 de 1966; e

2 Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

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X – curso regular: curso técnico ou de graduação reconhecido, de pós-graduação credenciado, ou de pós-graduação senso lato considerado válido, em consonância com as disposições legais que disciplinam o sistema educacional, e devidamente registrado no Sistema Confea/Crea.”

3.5 NÍVEIS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ENGENHARIA

No Capítulo 1, Artigo 3º e 4º da Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de agosto de

2005 são feitas as seguintes considerações quanto aos níveis de formação profissional, no que

diz respeito às profissões inseridas no Sistema Confea/CREA:

“I - técnico; II – graduação superior tecnológica; III – graduação superior plena; IV - pós-graduação no senso lato (especialização); e V - pós-graduação no senso estrito (mestrado ou doutorado). Art. 4º Será obedecida a seguinte sistematização para a atribuição de títulos profissionais e designações de especialistas, em correlação com os respectivos perfis e níveis de formação, e projetos pedagógicos dos cursos, no âmbito do respectivo campo de atuação profissional, de formação ou especialização: I - para o diplomado em curso de formação profissional técnica, será atribuído o título de técnico; II - para o diplomado em curso de graduação superior tecnológica, será atribuído o título de tecnólogo; III - para o diplomado em curso de graduação superior plena, será atribuído o título de engenheiro, de arquiteto e urbanista, de engenheiro agrônomo, de geólogo, de geógrafo ou de meteorologista, conforme a sua formação;

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IV - para o técnico ou tecnólogo portador de certificado de curso de especialização será acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de especializado no âmbito do curso; V - para os profissionais mencionados nos incisos II e III do art. 3º desta Resolução, portadores de certificado de curso de formação profissional pós-graduada no senso lato, será acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de especialista; VI - para o portador de certificado de curso de formação profissional pós-graduada no senso lato em Engenharia de Segurança do Trabalho, será acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de engenheiro de segurança do trabalho; e VII - para os profissionais mencionados nos incisos II e III do art. 3º desta Resolução, diplomados em curso de formação profissional pós-graduada no senso estrito, será acrescida ao título profissional atribuído inicialmente a designação de mestre ou doutor na respectiva área de concentração de seu mestrado ou doutorado. (...) § 2º O título de engenheiro será obrigatoriamente acrescido de denominação que caracterize a sua formação profissional básica no âmbito do(s) respectivo(s) campo(s) de atuação profissional da categoria, podendo abranger simultaneamente diferentes âmbitos de campos. § 3º As designações de especialista, mestre ou doutor só poderão ser acrescidas ao título profissional de graduados em nível superior previamente registrados no Sistema Confea/Crea.”

3.6 MODALIDADES DA ENGENHARIA DESCRIMINADAS PELO CONFEA E SUAS COMPETÊNCIAS

POR QUE EXISTEM TANTAS MODALIDADES DE ENGENHARIA:

1) PARA ATENDER AS DEMANDAS DA SOCIEDADE;

2) PORQUE “É impossível que uma pessoa seja capaz de dominar todos estes assuntos,

numa profundidade tal que a permita trabalhar com desenvoltura em todos eles. Por isso

existem as várias engenharias, para que os profissionais formados em cada uma delas possam

dominar adequadamente os conhecimentos de cada área” (BAZZO; PEREIRA, 1997, p. 210).

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O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), através da

Resolução nº 218, de 29 jun 1973, discriminou genericamente as atividades das diferentes

modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

As diferentes modalidades da Engenharia e suas competências eram, segundo essa

resolução:

“Art. 3º - Compete ao ENGENHEIRO AERONÁUTICO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução3, referentes a aeronaves, seus sistemas e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; instalações industriais e mecânicas relacionadas à modalidade; infra-estrutura aeronáutica; operação, tráfego e serviços de comunicação de transporte aéreo; seus serviços afins e correlatos;

Art. 4º - Compete ao ENGENHEIRO AGRIMENSOR:

I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referente a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e aerofotogramétricos; locação de: a) loteamentos; b) sistemas de saneamento, irrigação e drenagem; c) traçados de cidades; d) estradas; seus serviços afins e correlatos.

II - o desempenho das atividades 06 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referente a arruamentos, estradas e obras hidráulicas; seus serviços afins e correlatos.

3 Atualmente para designar as atividades que os Engenheiros podem desempenhar de forma integral ou parcial considera-se as atividades descritas no Capítulo 1, Artigo 2º da Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de agosto de 2005. Trecho do Capítulo 1, Artigo 2º desta Resolução encontra-se no Capítulo IV desta Apostila - Sub-Seção 4.1.2.3 Atividades ou funções)

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Art. 5º - Compete ao ENGENHEIRO AGRÔNOMO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a engenharia rural; construções para fins rurais e suas instalações complementares; irrigação e drenagem para fins agrícolas; fitotecnia e zootecnia; melhoramento animal e vegetal; recursos naturais renováveis; ecologia, agrometeorologia; defesa sanitária; química agrícola; alimentos; tecnologia de transformação (açúcar, amidos, óleos, laticínios, vinhos e destilados); beneficiamento e conservação dos produtos animais e vegetais; zimotecnia; agropecuária; edafologia; fertilizantes e corretivos; processo de cultura e de utilização de solo; microbiologia agrícola; biometria; parques e jardins; mecanização na agricultura; implementos agrícolas; nutrição animal; agrostologia; bromatologia e rações; economia rural e crédito rural; seus serviços afins e correlatos.

Art. 6º - Compete ao ENGENHEIRO CARTÓGRAFO ou ao ENGENHEIRO DE

GEODÉSIA E TOPOGRAFIA ou ao ENGENHEIRO GEÓGRAFO:

I - o desempenho das atividades 01 a 12 e 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a levantamentos topográficos, batimétricos, geodésicos e aerofotogramétricos; elaboração de cartas geográficas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 7º - Compete ao ENGENHEIRO CIVIL ou ao ENGENHEIRO DE FORTIFICAÇÃO e CONSTRUÇÃO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a edificações, estradas, pistas de rolamentos e aeroportos; sistema de transportes, de abastecimento de água e de saneamento; portos, rios, canais, barragens e diques; drenagem e irrigação; pontes e grandes estruturas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 8º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRICISTA ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETROTÉCNICA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à geração, transmissão, distribuição e utilização da energia elétrica; equipamentos, materiais e máquinas elétricas; sistemas de medição e controle elétricos; seus serviços afins e correlatos.

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Art. 9º - Compete ao ENGENHEIRO ELETRÔNICO ou ao ENGENHEIRO ELETRICISTA, MODALIDADE ELETRÔNICA ou ao ENGENHEIRO DE COMUNICAÇÃO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de comunicação e telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e correlatos.

Art. 10 - Compete ao ENGENHEIRO FLORESTAL:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a engenharia rural; construções para fins florestais e suas instalações complementares, silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia, climatologia, defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua industrialização; edafologia; processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na floresta; implementos florestais; economia e crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e correlatos.

Art. 11 - Compete ao ENGENHEIRO GEÓLOGO ou GEÓLOGO:

I - o desempenho das atividades de que trata a Lei nº 4.076, de 23 JUN 1962.

Art. 12 - Compete ao ENGENHEIRO MECÂNICO ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO MECÂNICO E DE ARMAMENTO ou ao ENGENHEIRO DE AUTOMÓVEIS ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE MECÂNICA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a processos mecânicos, máquinas em geral; instalações industriais e mecânicas; equipamentos mecânicos e eletro-mecânicos; veículos automotores; sistemas de produção de transmissão e de utilização do calor; sistemas de refrigeração e de ar condicionado; seus serviços afins e correlatos.

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Art. 13 - Compete ao ENGENHEIRO METALURGISTA ou ao ENGENHEIRO

INDUSTRIAL E DE METALURGIA ou ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE

METALURGIA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a processos metalúrgicos, instalações e equipamentos destinados à indústria metalúrgica, beneficiamento de minérios; produtos metalúrgicos; seus serviços afins e correlatos.

Art. 14 - Compete ao ENGENHEIRO DE MINAS:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à prospecção e à pesquisa mineral; lavra de minas; captação de água subterrânea; beneficiamento de minérios e abertura de vias subterrâneas; seus serviços afins e correlatos.

Art. 15 - Compete ao ENGENHEIRO NAVAL: I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a

embarcações e seus componentes; máquinas, motores e equipamentos; instalações industriais e mecânicas relacionadas à modalidade; diques e porta-batéis; operação, tráfego e serviços de comunicação de transporte hidroviário; seus serviços afins e correlatos.

Art. 16 - Compete ao ENGENHEIRO DE PETRÓLEO:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução referentes a dimensionamento, avaliação e exploração de jazidas pretrolíferas, transporte e industrialização do petróleo; seus serviços afins e correlatos.

Art. 17 - Compete ao ENGENHEIRO QUÍMICO ou ao ENGENHEIRO INDUSTRIAL MODALIDADE QUÍMICA:

I - desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à indústria química e petroquímica e de alimentos; produtos químicos; tratamento de água e instalações de tratamento de água industrial e de rejeitos industriais; seus serviços afins e correlatos.

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Art. 18 - Compete ao ENGENHEIRO SANITARISTA:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes a controle sanitário do ambiente; captação e distribuição de água; tratamento de água, esgoto e resíduos; controle de poluição; drenagem; higiene e conforto de ambiente; seus serviços afins e correlatos.

Art. 19 - Compete ao ENGENHEIRO TECNÓLOGO DE ALIMENTOS:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à indústria de alimentos; acondicionamento, preservação, distribuição, transporte e abastecimento de produtos alimentares; seus serviços afins e correlatos.

Art. 20 - Compete ao ENGENHEIRO TÊXTIL:

I - o desempenho das atividades 01 a 18 do artigo 1º desta Resolução, referentes à indústria têxtil; produtos têxteis, seus serviços afins e correlatos.

Art. 22 - Compete ao ENGENHEIRO DE OPERAÇÃO:

I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades profissionais;

II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

Art. 23 - Compete ao TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR ou TECNÓLOGO:

I - o desempenho das atividades 09 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades profissionais;

II - as relacionadas nos números 06 a 08 do artigo 1º desta Resolução, desde que enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

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Art. 24 - Compete ao TÉCNICO DE GRAU MÉDIO:

I - o desempenho das atividades 14 a 18 do artigo 1º desta Resolução, circunscritas ao âmbito das respectivas modalidades profissionais;

II - as relacionadas nos números 07 a 12 do artigo 1º desta Resolução, desde que enquadradas no desempenho das atividades referidas no item I deste artigo.

Art. 25 - Nenhum profissional poderá desempenhar atividades além daquelas que lhe

competem, pelas características de seu currículo escolar, consideradas em cada caso, apenas,

as disciplinas que contribuem para a graduação profissional, salvo outras que lhe sejam

acrescidas em curso de pós-graduação, na mesma modalidade.

Parágrafo único - Serão discriminadas no registro profissional as atividades constantes

desta Resolução.”

3.7 OUTRAS MODALIDADES DE ENGENHARIA EXISTENTES E SUAS ÊNFASES

OLIVEIRA, V. F. de. Crescimento do número de cursos e de modalidades de engenharia: principais causas e conseqüências. In: COBENGE 2005: Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, XXXIII, 2005, Campina Grande/Pb. Anais... (EM ANEXO)

RESUMO:

i) Ler o artigo de Oliveira (2005) e fazer um resumo de, no máximo, 1 página, digitada em

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letra times 12, espaçamento 1,5;

ii) Entregar na data marcada, nos 15 primeiros minutos da aula.

PESQUISA E DEBATE:

i) Pesquisar 3 modalidades de Engenharia diferentes das descritas pelo CONFEA, através da

Resolução nº 218, de 29 jun 1973: competências; instituição de ensino superior que oferece o

curso;

ii) Apresentar, na data marcada, em debate, a ser realizado em sala, as 3 modalidade

pesquisadas.

3.8 ENTIDADES DE CLASSE

3.8.1 Sistema CONFEA/CREA

O Confea e os Creas, conforme Batista (2007), são pessoas jurídicas:

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a) De direito público – Autarquias: são autarquias por serem serviços autônomos, criados

por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receitas próprios. Este executam atividades

típicas da administração pública com gestão administrativa e financeira descentralizadas, e;

b) Poder de Polícia: o poder de polícia se dá por meio da aplicação de sanções: multas;

censuras; advertências; suspensão e limitação de direitos profissionais (suspensão e

cancelamento de registros).

3.8.1.1 CONFEA

3.8.1.1.1 Definição

O Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA) “... é a

instância máxima à qual um profissional pode recorrer no que se refere ao regulamento do

exercício profissional” (CONFEA, a). O Confea representa os profissionais da Engenharia,

Arquitetura, Agronomia e os da Geografia, Geologia, Meteorologia, os tecnólogos dessas

modalidades, técnicos industriais e agrícolas e suas especializações, num total de centenas de

títulos profissionais.

O Confea, segundo o CREA-RJ, com foro em Brasília/DF, tem jurisdição em todo o

território nacional e exerce o papel institucional em última instância do Sistema Confea/Crea.

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3.8.1.1.2 Início

O Confea, segundo o próprio Confea (a), foi criado oficialmente com este nome em 11

de dezembro de 1933, por meio do Decreto nº 23.569, promulgado por Getúlio Vargas, então

Presidente da República. A criação do Confea é considerada um marco histórico na

regulamentação profissional e técnica no Brasil.

Atualmente, o Confea é regido pela Lei 5.194 de 1966.

3.8.1.2 CREA

Os Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA), conforme

o CREA-RJ, são órgãos de fiscalização, orientação e aprimoramento profissional, instituídos

com a finalidade de defender a sociedade da prática do exercício ilegal das profissões

abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Têm jurisdição estadual e exercem o papel institucional

de primeira e segunda instância.

3.8.1.2.1 CREAJr-Pr

O que é? Quem participa? Como funciona? Atividades? Benefício? Acesse:

http://www.creajr-pr.org.br/.

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3.8.1.3 Objetivos do Sistema

O objetivo do Sistema Confea/Crea, conforme Batista (2007), é preservar o

cumprimento ético e garantir a efetiva participação do profissional habilitado nas obras e

serviços, visando a defesa da sociedade.

3.8.1.4 Competências

O sistema Confea/Crea tem competências de natureza normativa, recursal e

administrativa, conforme explica o CREA-RJ.

3.8.1.4.1 Competências de Natureza Normativas

Estabelecer as normas que regulamentam ou disciplinam a aplicação das leis e

decretos pertinentes ao exercício profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia,

da Geologia, da Geografia, da Meteorologia, dos Tecnólogos e dos Técnicos Agrícolas e

Industriais, de responsabilidade do Confea.

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3.8.1.4.2 Competências de Natureza Recursal

Apreciar e decidir em terceira e última instância, de responsabilidade do Confea, sobre

os recursos relativos à regulamentação profissional e às penalidades impostas pelos Creas e

por eles julgados em primeira e segunda instância.

3.8.1.4.3 Competências de Natureza Administrativa

Fiscalizar o exercício profissional, sob a responsabilidade dos Creas, no âmbito de

suas respectivas jurisdições.

3.8.1.5 Legislação sobre o Exercício Profissional Pertinente ao Sistema CONFEA/CREA

A Legislação sobre o Exercício Profissional Pertinente ao Sistema Confea/Crea se dá,

conforme Confea (b), por meio de:

- Decretos: Ato do Presidente da República para estabelecer e aprovar o regulamento de lei,

facilitando a sua execução;

- Decretos-Lei: Norma baixada pelo Presidente da República que se restringia a certas

matérias e está sujeita ao controle do Congresso Nacional;

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- Resoluções: Ato normativo de competência exclusiva do Plenário do Confea, destinado a

explicitar a lei, para sua correta execução e para disciplinar os casos omissos;

- Decisões Normativas: Ato de caráter imperativo, de exclusiva competência do Plenário do

Confea, destinado a fixar entendimentos ou a determinar procedimentos a serem seguidos

pelos Creas, visando à uniformidade de ação;

- Decisões Plenárias: Ato de competência dos Plenários dos Conselhos para instrumentar sua

manifestação em casos concretos.

3.8.2 SENGE

O Sindicato dos Engenheiros (SENGE) são divididos por estados e, de maneira geral,

conforme o SENGE-PR, estes sindicados, tem por objetivos:

- representar a categoria dos engenheiros perante os três poderes (Legislativo, Executivo e

Judiciário), defendendo-lhes direitos no Judiciário, nos Ministérios, nas Secretárias de Estado

e outras instituições da sociedade civil organizada;

- representar politicamente a categoria dos engenheiros perante outras organizações sindicais;

- organizar a participação dos engenheiros nas questões de grande interesse social.

QUESTIONÁRIO – ROTEIRO DE ESTUDO

Responder com base em na Apostila e nas notas de aula.

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1) Defina Engenharia.

2) Qual o perfil profissional proporcionado pelos currículos dos cursos de Engenharia aos seus egressos?

3) Os cursos de Engenharia devem dar condições a seus egressos de adquirirem “competências e habilidades”. Quais são essas “competências e habilidades”?

4) Como se dá o processo de formação em um curso de Engenharia?

5) Por que o enfoque e a intensidade dos conteúdos do processo de formação diferem de curso para curso de Engenharia e de uma Instituição de Ensino Superior para outra?

6) Quais conteúdos fazem parte do núcleo de conteúdos básicos?

7) No processo de formação em Engenharia ceca de 30% da carga horária diz respeito ao núcleo de conteúdos básicos e cerca de 15% ao núcleo de conteúdos profissionalizantes. E o restante da carga horária?

8) Comente sobre os estágios curriculares em Engenharia: duração; realização.

9) Defina:

a) atribuição;

b) atribuição profissional;

c) título profissional;

d) atividade profissional;

e) campo de atuação profissional;

f) formação profissional;

g) competência profissional;

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h) modalidade profissional;

i) categoria (ou grupo) profissional;

j) curso regular.

10) Cite os níveis de formação profissional em Engenharia e relacione, a cada nível, o título profissional atribuído.

11) Por que atualmente existem tantas modalidades de Engenharia?

12) Por que, estudando Engenharia de Produção, é necessário saber as competências das outras modalidades de Engenharia?

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REFERENCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BATISTA, O. E. O Sistema Confea/Crea. In: Congresso Nacional de Profissionais (CEP), 6º, 2007, Porto Velho/RO. Palestras. Disponível em:< http://www.crearo.org.br/cep/Paletra_SistemaRO_otaviano.ppt>. Acesso em 20 de outubro de 2008 às 15 hs.

BAZZO; PEREIRA. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 1997. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares para os Cursos de Engenharia: Versão do dia 05.05.1999. Disponível em: <http://www.dimap.ufrn.br/~cccc/reforma/engenharia.doc>. Acesso em 10 de maio de 2007 às 16 hs 45. CNE. Resolução CNE/CES 11/2002. Diário Oficial da União, Brasília, 9 de abril de 2002. Seção 1, p. 32. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/1102Engenharia.pdf >. Acesso em: 20 de março de 2009 às 14 hs 40. CONFEA (a) O Confea: Histórico: Um puco de história. Disponível em: < http://normativos.confea.org.br/apresentacao/apresentacao.asp>. Acesso em: 13 de outubro de 2008 às 19 hs 50. _____ (b). Legislação: Apresentação. Disponível em: < http://normativos.confea.org.br/apresentacao/apresentacao.asp>. Acesso em: 13 de outubro de 2008 às 19 hs 50. _____. Resolução nº 218, de 29 jun 1973. Disponível em: <http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1561&pai=8&sid=193>. Acesso em: 10 de maio de 2007 às 17 hs 30. _____. Resolução nº 1010, de 22 ago 2005. Disponível em: <http://normativos.confea.org.br/downloads/1010-05.pdf>. Acesso em: 20 de março de 2009 às 13 hs 47.

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CREA-RJ. Confea & Creas. Disponível em:< http://app.crea-rj.org.br/portalcreav2/CMS?idSecao=8ACFFE94-2533-C67C-9918-16CAE934FFB0>. Acesso em 20 de outubro de 2008 as 15 hs 10. OLIVEIRA, V. F. de. Crescimento do número de cursos e de modalidades de engenharia: principais causas e conseqüências. In: COBENGE 2005: Congresso Brasileiro de Ensino de Engenharia, XXXIII, 2005, Campina Grande/Pb. Anais... Disponível em:< http://www.proengprod.ufjf.br/SiteEducengMg/CrescEng.pdf>. Acesso em 10 de maio de 2007 às 18 hs.

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IV O ENGENHEIRO

4.1 ATIVIDADES PROFISSIONAIS

4.1.1 Caracterização e exercício das profissões - A Engenharia e a Sociedade

LEI Nº 5.194, DE 24 DEZ 19664

“Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro-Agrônomo, e dá outras providências.

O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: O Congresso Nacional decreta:

TÍTULO I Do Exercício Profissional da Engenharia,

da Arquitetura e da Agronomia

CAPÍTULO I Das Atividades Profissionais

Seção I

Caracterização e Exercício das Profissões

Art. 1º - As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes empreendimentos:

a) aproveitamento e utilização de recursos naturais; b) meios de locomoção e comunicações; c) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos

técnicos e artísticos;

4 Observação da autora da apostila: aqui constam apenas os títulos, capítulos e seções da lei que interessam ao conteúdo programático da Disciplina.

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d) instalações e meios de acesso a costas, cursos, e massas de água e extensões terrestres;

e) desenvolvimento industrial e agropecuário.”

4.1.2 Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades

4.1.2.1 Atuação quanto à forma de trabalho

4.1.2.2 Setores de Atuação

“Seção IV Atribuições profissionais e

coordenação de suas atividades

Art. 7º - As atividades e atribuições profissionais do engenheiro, do arquiteto e do engenheiro-agrônomo consistem em:

a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada;

b) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;”

4.1.2.3 Atividades ou funções

A Resolução do CONFEA nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, regulamenta a

atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e o âmbito de atuação dos

profissionais inseridos no Sistema Confea/Crea, para efeito de fiscalização do exercício

profissional.

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Assim, no Capítulo 1, Artigo 2º, desta Resolução são designadas as atividades, que

são ser atribuídas de forma integral ou parcial, em seu conjunto ou separadamente, às

profissões regidas pelo Sistema Confea/CREA:

“Atividade 01 - Gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica; Atividade 02 - Coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação; Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental; Atividade 04 - Assistência, assessoria, consultoria; Atividade 05 - Direção de obra ou serviço técnico; Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria,

arbitragem; Atividade 07 - Desempenho de cargo ou função técnica; Atividade 08 - Treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação,

ensaio, divulgação técnica, extensão; Atividade 09 - Elaboração de orçamento; Atividade 10 - Padronização, mensuração, controle de qualidade; Atividade 11 - Execução de obra ou serviço técnico; Atividade 12 - Fiscalização de obra ou serviço técnico; Atividade 13 - Produção técnica e especializada; Atividade 14 - Condução de serviço técnico; Atividade 15 - Condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou

manutenção; Atividade 16 - Execução de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção; Atividade 17 – Operação, manutenção de equipamento ou instalação; e Atividade 18 - Execução de desenho técnico.”

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O Anexo 1, desta Resolução, traz um glossário das definições destas atividades:

“Análise – atividade que envolve a determinação das partes constituintes de um todo, buscando conhecer sua natureza ou avaliar seus aspectos técnicos.

Arbitragem – atividade que constitui um método alternativo para solucionar conflitos a partir

de decisão proferida por árbitro escolhido entre profissionais da confiança das partes envolvidas, versados na matéria objeto da controvérsia.

Assessoria – atividade que envolve a prestação de serviços por profissional que detém

conhecimento especializado em determinado campo profissional, visando ao auxílio técnico para a elaboração de projeto ou execução de obra ou serviço.

Assistência – atividade que envolve a prestação de serviços em geral, por profissional que

detém conhecimento especializado em determinado campo de atuação profissional, visando suprir necessidades técnicas.

Auditoria – atividade que envolve o exame e a verificação de obediência a condições formais estabelecidas para o controle de processos e a lisura de procedimentos. Avaliação – atividade que envolve a determinação técnica do valor qualitativo ou monetário

de um bem, de um direito ou de um empreendimento. Coleta de dados – atividade que consiste em reunir, de maneira consistente, dados de

interesse para o desempenho de tarefas de estudo, planejamento, pesquisa, desenvolvimento, experimentação, ensaio, e outras afins.

Condução – atividade de comandar a execução, por terceiros, do que foi determinado por si

ou por outros. Consultoria – atividade de prestação de serviços de aconselhamento, mediante exame de

questões específicas, e elaboração de parecer ou trabalho técnico pertinente, devidamente fundamentado.

Controle de qualidade – atividade de fiscalização exercida sobre o processo produtivo

visando garantir a obediência a normas e padrões previamente estabelecidos. Coordenação – atividade exercida no sentido de garantir a execução de obra ou serviço

segundo determinada ordem e método previamente estabelecidos. Desempenho de cargo ou função técnica - atividade exercida de forma continuada, no

âmbito da profissão, em decorrência de ato de nomeação, designação ou contrato de trabalho.

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Desenvolvimento – atividade que leva à consecução de modelos ou protótipos, ou ao aperfeiçoamento de dispositivos, equipamentos, bens ou serviços, a partir de conhecimentos obtidos através da pesquisa científica ou tecnológica.

Direção – atividade técnica de determinar, comandar e essencialmente decidir na consecução

de obra ou serviço. Divulgação técnica – atividade de difundir, propagar ou publicar matéria de conteúdo

técnico. Elaboração de orçamento – atividade realizada com antecedência, que envolve o

levantamento de custos, de forma sistematizada, de todos os elementos inerentes à execução de determinado empreendimento.

Ensaio – atividade que envolve o estudo ou a investigação sumária de aspectos técnicos e/ou

científicos de determinado assunto. Ensino – atividade cuja finalidade consiste na transmissão de conhecimento de maneira

formal. Equipamento – instrumento, máquina ou conjunto de dispositivos operacionais, necessário

para a execução de atividade ou operação determinada. Especificação – atividade que envolve a fixação das características, condições ou requisitos relativos a materiais, equipamentos, instalações ou técnicas de execução a serem empregados

em obra ou serviço técnico. Estudo – atividade que envolve simultaneamente o levantamento, a coleta, a observação, o

tratamento e a análise de dados de natureza diversa, necessários ao projeto ou execução de obra ou serviço técnico, ou ao desenvolvimento de métodos ou processos de produção, ou à determinação preliminar de características gerais ou de viabilidade técnica, econômica ou ambiental.

Execução – atividade em que o Profissional, por conta própria ou a serviço de terceiros,

realiza trabalho técnico ou científico visando à materialização do que é previsto nos projetos de um serviço ou obra.

Execução de desenho técnico – atividade que implica a representação gráfica por meio de

linhas, pontos e manchas, com objetivo técnico. Experimentação – atividade que consiste em observar manifestações de um determinado

fato, processo ou fenômeno, sob condições previamente estabelecidas, coletando dados, e analisando-os com vistas à obtenção de conclusões.

Extensão – atividade que envolve a transmissão de conhecimentos técnicos pela utilização de sistemas informais de aprendizado.

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Fiscalização – atividade que envolve a inspeção e o controle técnicos sistemáticos de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou verificar se sua execução obedece ao projeto e às

especificações e prazos estabelecidos. Gestão – conjunto de atividades que englobam o gerenciamento da concepção, elaboração,

projeto, execução, avaliação, implementação, aperfeiçoamento e manutenção de bens e serviços e de seus processos de obtenção.

Instalação – atividade de dispor ou conectar convenientemente conjunto de dispositivos

necessários a determinada obra ou serviço técnico, de conformidade com instruções determinadas.

Laudo – peça na qual, com fundamentação técnica, o profissional habilitado, como perito,

relata o que observou e apresenta as suas conclusões, ou avalia o valor de bens, direitos, ou empreendimentos.

Manutenção – atividade que implica conservar aparelhos, máquinas, equipamentos e

instalações em bom estado de conservação e operação. Mensuração – atividade que envolve a apuração de aspectos quantitativos de determinado

fenômeno, produto, obra ou serviço técnico, num determinado período de tempo. Montagem – operação que consiste na reunião de componentes, peças, partes ou produtos,

que resulte em dispositivo, produto ou unidade autônoma que venha a tornar-se operacional, preenchendo a sua função.

Monitoramento - atividade de examinar, acompanhar, avaliar e verificar a obediência a

condições previamente estabelecidas para a perfeita execução ou operação de obra, serviço, projeto, pesquisa, ou outro qualquer empreendimento.

Normalização – Ver Padronização. Obra – resultado da execução ou operacionalização de projeto ou planejamento elaborado

visando à consecução de determinados objetivos. Operação – atividade que implica fazer funcionar ou acompanhar o funcionamento de

instalações, equipamentos ou mecanismos para produzir determinados efeitos ou produtos.

Orientação técnica – atividade de proceder ao acompanhamento do desenvolvimento de uma

obra ou serviço, segundo normas específicas, visando a fazer cumprir o respectivo projeto ou planejamento.

Padronização – atividade que envolve a determinação ou o estabelecimento de características

ou parâmetros, visando à uniformização de processos ou produtos.

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Parecer técnico – expressão de opinião tecnicamente fundamentada sobre determinado assunto, emitida por especialista.

Perícia – atividade que envolve a apuração das causas que motivaram determinado evento, ou

da asserção de direitos, e na qual o profissional, por conta própria ou a serviço de terceiros, efetua trabalho técnico visando a emissão de um parecer ou laudo técnico, compreendendo: levantamento de dados, realização de análise ou avaliação de estudos, propostas, projetos, serviços, obras ou produtos desenvolvidos ou executados por outrem.

Pesquisa – atividade que envolve investigação minudente, sistemática e metódica para

elucidação ou o conhecimento dos aspectos técnicos ou científicos de determinado fato, processo, ou fenômeno.

Planejamento – atividade que envolve a formulação sistematizada de um conjunto de

decisões devidamente integradas, expressas em objetivos e metas, e que explicita os meios disponíveis ou necessários para alcançá-los, num dado prazo.

Produção técnica especializada – atividade em que o profissional, por conta própria ou a

serviço de terceiros, efetua qualquer operação industrial ou agropecuária que gere produtos acabados ou semi acabados, isoladamente ou em série.

Projeto – representação gráfica ou escrita necessária à materialização de uma obra ou

instalação, realizada através de princípios técnicos e científicos, visando à consecução de um objetivo ou meta, adequando-se aos recursos disponíveis e às alternativas que conduzem à viabilidade da decisão.

Reparo – atividade que implica recuperar ou consertar obra, equipamento ou instalação

avariada, mantendo suas características originais. Serviço Técnico – desempenho de atividades técnicas no campo profissional. Supervisão – atividade de acompanhar, analisar e avaliar, a partir de um plano funcional

superior, o desempenho dos responsáveis pela execução projetos, obras ou serviços.

Trabalho Técnico – desempenho de atividades técnicas coordenadas, de caráter físico ou

intelectual, necessárias à realização de qualquer serviço, obra, tarefa, ou empreendimento especializados.

Treinamento – atividade cuja finalidade consiste na transmissão de competências,

habilidades e destreza, de maneira prática. Vistoria – atividade que envolve a constatação de um fato, mediante exame circunstanciado e

descrição minuciosa dos elementos que o constituem, sem a indagação das causas que o motivaram.”

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4.2 QUALIDADES DO PROFISSIONAL

No Parecer CNE/CES 1.362/2001, os relatores afirmam “O novo engenheiro deve ser

capaz de propor soluções que sejam não apenas tecnicamente corretas, ele deve ter a ambição

de considerar os problemas em sua totalidade, em sua inserção numa cadeia de causas e

efeitos de múltiplas dimensões.”

Assim, muitas são as qualidades necessárias a um engenheiro, algumas destas são

descritas aqui.

4.2.1 Conhecimentos Gerais

Aspectos sociais, econômicos, políticos, ambientais, culturais e religiosos:

- Economia;

- Administração/Gestão;

- Política;

- Psicologia;

- Cultura;

- Artes;

- Sociologia;

- Desenvolvimento Sustentável;

- Direito (Consumidor, Civil, Trabalhista, Tributário e Internacional);

- Relações Internacionais;

- Comércio Exterior;

- Uso da internet – redes sociais;

- Outros.

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4.2.2 Conhecimentos Objetivos

Todo engenheiro deve saber identificar, interpretar, modelar e solucionar problemas,

utilizando-se dos seguintes conhecimentos objetivos:

- Fundamentos das leis da mecânica;

- Fundamentos das leis da estrutura da matéria;

- Fundamentos das leis do comportamento dos fluidos;

- Fundamentos das leis das ligações químicas;

- Fundamentos das leis da eletricidade;

- Informática: linguagem de programação;

- Outros.

4.2.3 Relações Humanas

Todo engenheiro deve ser capaz de manter boas relações interpessoais, pois este

profissional se relaciona com diversos tipos de pessoas, com as mais variadas formações

educacionais e mais variados perfis socioeconômicos, tais como seus subordinados, clientes,

chefes, pessoas da comunidade, etc.

Além disso, geralmente, todo engenheiro gerencia pessoas.

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4.2.4 Experimentação e Medição

A Experimentação e a medição são usadas na verificação de algum resultado teórico,

para obtenção de dados e para a análise do comportamento de sistemas, métodos, programas,

etc, atividades típicas do Engenheiro.

4.2.4.1 Técnicas estatísticas

Os resultados obtidos em experimentos e medição são processados e interpretados

por meio de técnicas estatísticas. Assim, todo engenheiro deve dominar o uso de técnicas

estatísticas.

4.2.5 Comunicação

Todo engenheiro deve saber se comunicar fluentemente através da:

- Escrita: técnica; científica;

- Representação matemática;

- Representação gráfica;

- Representação tabular;

- Oral: reuniões; debates; seminários; treinamentos; apresentação tipo venda pessoal.

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4.2.5.1 Comunicação em língua estrangeira

Fluência na leitura, escrita e fala da língua inglesa, atualmente, é considerada uma

qualidade básica e essencial a todo e qualquer engenheiro.

O diferencial para os engenheiros reside hoje na fluência numa terceira língua.

4.2.6 Trabalho em grupo

Uma tendência atual é o trabalho em grupos multidisciplinares, ou seja, em grupos

formados por profissionais de diversas áreas para a solução de problemas. Desta forma, a

capacidade de atuar em grupos multidisciplinares, tanto exercendo o papel de líder quanto de

membro do grupo é uma das qualidades que se exige do profissional da Engenharia.

4.2.6.1 Liderança

Outra qualidade necessária ao profissional da Engenharia é a capacidade de atuar

como gerente de grupos multidisciplinares.

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4.2.7 Aperfeiçoamento contínuo

A capacidade de estar continuamente se aperfeiçoando, buscado aprender, absorver e

até mesmo, desenvolver novas tecnologias e/ou métodos de gestão e/ou novas formas de

utilizar as tecnologias e/ou métodos de gestão existentes, pode ser considerada a mais

importante qualidade que um engenheiro deve ter.

4.2.8 Criatividade

Todo engenheiro deve ter a capacidade de criar, inovar.

4.2.9 Ética profissional

Todo engenheiro deve ter uma postura correta na aplicação de seus conhecimentos

técnicos.

SEMINÁRIO

1. Dividir a sala em 9 equipes. Cada equipe fica com uma qualidade profissional;

2. Estas devem preparar um seminário com o tema: “O que deve-se fazer para conseguir obter

a qualidade profissional X.”;

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3. Cada equipe tem de 8 a 10 minutos para apresentar;

4. As equipes deverão utilizar os seguintes recursos: data show; power point; retroprojetor;

transparências; quadro negro ou branco; giz ou caneta para quadro branco; apagador.

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REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BAZZO; PEREIRA. Introdução à Engenharia. 5 ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 1997.

BRASIL. Lei nº 5.194, de 24 dez 1966. Disponível em: <http://www.crea-rs.org.br/fontes2/Contents/ldr/l5194.htm>. Acesso em: 10 de maio de 2007 às 17 hs 45.

CNE/CES. Parecer CNE/CES 1.362/2001 – Homologado: Despacho do Ministro em 22/02/2002: Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia. Diário Oficial da União, Brasília, 25 de fevereiro de 2002. Seção 1, p. 17. Disponível em: < http://www.nepet.ufsc.br/Diretrizes/Dir_Curr.doc>. Acesso em: 20 de março de 2009 às 15 hs 00.

CONFEA. Resolução nº 218, de 29 jun 1973. Disponível em: <http://www.confea.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1561&pai=8&sid=193>. Acesso em: 10 de maio de 2007 às 17 hs 30. _____. Resolução nº 1010, de 22 ago 2005. Disponível em: <http://normativos.confea.org.br/downloads/1010-05.pdf>. Acesso em: 20 de março de 2009 às 13 hs 47.

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IV CRIATIVIDADE

4.1 TEXTO 1

VILELA, V. V. Você é Criativo? In: Possibilidade. Disponível em: <http://www.possibilidades.com.br/criatividade/voce_eh_criativo.asp>.

“Você é criativo?

Provamos por a+b que você já nasceu criativo

Será a capacidade de criar um dom inato? Se for, e você não o tiver, está condenado

a morrer assim? Se você acredita nisso, prepare-se para mudar de paradigma!

Para saber se alguém é criativo, precisamos antes ter clareza sobre o que é

criatividade. Veja algumas definições, coletadas em livros diversos:

• Capacidade de elaborar teorias científicas, inventar instrumentos e/ou aparelhos, ou

produzir obras de arte;

• A capacidade de produzir coisas novas e valiosas;

• A capacidade de desestruturar a realidade e reestruturá-la de outras maneiras;

• O ato de unir duas coisas que nunca haviam estado unidas e tirar daí uma terceira coisa;

• Uma técnica de resolver problemas;

• Uma capacidade inata que é bloqueada por influências culturais e ambientais.

Aqui adotamos uma definição diferente e subjetiva de criatividade: uma pessoa cria

quando concebe em sua mente algo que nunca viu, ouviu ou sentiu antes. Essa definição

ignora o fato de a criação ser útil ou não para algum propósito ou para resolver algum

problema. Mas é importante distinguir esses dois tipos de criatividade; ao primeiro

chamamos criatividade pura, e ao segundo, criatividade aplicada.

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A criatividade pura é um ato mental, que consiste em última análise da capacidade

de combinar sons e imagens de forma subjetivamente nova, independentemente de qualquer

conexão lógica com o mundo exterior. Essa definição de criatividade desloca os aspectos

novidade e originalidade, beleza, utilidade, veracidade, viabilidade e implementação para

um segundo momento; criar é um ato pessoal e subjetivo, a criatividade pura vem antes da

aplicada. Criações não têm necessariamente que servir para alguma coisa, como solucionar

um problema, dar retorno financeiro, serem maravilhosas e belas, nada disso.

Assim, se você imagina sua cabeça fora do corpo, e o faz de uma forma que nunca

fez antes (não é uma lembrança), você está criando. Estará também criando nas seguintes

situações:

• Combinar letras para inventar uma palavra;

• Combinar duas ou mais imagens para formar uma nova (imagine um jacaré comendo um

tomate);

• Segmentar uma imagem em formas novas ou de uma forma nova (imagine um triângulo

azul e separe-o em lados e interior);

• Distorcer uma imagem (imagine seus olhos inchando e saindo das órbitas oculares);

• Ver uma imagem sob outra perspectiva, um diferente "ângulo de câmera" (veja seus olhos

inchando de frente e depois de lado);

• Combinar algumas notas musicais para formar uma melodia nunca antes ouvida;

• Combinar palavras para formar uma nova frase.

• Imaginar a si mesmo executando comportamentos novos.

Já a criatividade aplicada consiste tipicamente em elaborar operações que conduzem

de uma situação a outra, seja de uma situação-problema para uma solução ou, mais

genericamente, elaborar comportamentos que modificam uma situação percebida para uma

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desejada. A criatividade aplicada em geral está associada à observação de regras, padrões e

limites, como:

• construir frases com significado e estrutura (sintaxe);

• construir melodias harmônicas e rítmicas;

• observar preferências pessoais (gostos, combinações).

• observar valores éticos e morais;

• seguir estilos (no caso de imagens, impressionista, realista);

• usar recursos disponíveis.

A criatividade aplicada tipicamente é treinável; veja por exemplo uma estratégia

geral para gerar idéias diferentes na matéria A técnica do estímulo aleatório.

Podemos concluir que, uma vez que todos nós, humanos, temos a capacidade de

processar imagens e sons de formas variadas na mente, todos nós temos a capacidade da

criatividade pura. Você é criativo por definição, por construção. E quanto às criatividades

aplicadas, temos aquelas para as quais nos preparamos, em termos de conhecimentos e

habilidades. Um exemplo de criatividade aplicada muito desenvolvida na nossa cultura é a

lingüística; todos praticamos desde criancinhas a combinação de palavras, usando regras,

para atingir objetivos do tipo comunicar idéias e influenciar pessoas para conseguir o que

queremos.

Sendo potencialmente criativos, talvez as únicas coisas que nos impeçam de criar

mais sejam não acreditar nessa possibilidade ou simplesmente não ter um motivo para fazer

isso. Ou desejo.”

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4.2 TEXTO 2

SILVA FILHO, A. M. Entendendo a criatividade: o comportamento de pessoas criativas. Revista Espaço Acadêmico. Ano 5. n. 53, out. 2005. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/053/53silvafilho.htm>.

“Entendendo a criatividade: o comportamento de pessoas criativas

Um dos principais ‘combustíveis’ para a criatividade é a imaginação. Trata-se de um aspecto

intrínseco ao ser humano que lhe possibilita trabalhar e combinar idéias e fatos conhecidos a

fim de gerar novas idéias. A imaginação permite o indivíduo formar idéias abstratas e está

intimamente associado a capacidade de criação.

Pessoas criativas têm níveis de consciência e atenção maior do que as demais. Isto dá a elas

uma sensibilidade elevada, além de estarem sempre dispostas a enxergar novas possibilidades

e buscar novas relações entre as coisas. Cabe ainda salientar que elas apresentam duas linhas

de raciocínio: divergente e convergente.

O raciocínio divergente faz parte da natureza humana. Os indivíduos criativos utilizam-se de

‘gatilhos’ ou idéias simples para desenvolver idéias mais complexas. Durante o processo

criativo, eles fazem uso de componentes da criatividade que auxiliam o momento criativo.

Dessa forma, as pessoas criativas:

• Têm um comportamento investigativo e colocam questões, buscando detalhamento nas

respostas.

• Geram de muitas idéias, avaliando soluções alternativas.

• Buscam soluções inovadoras e até então não imaginadas.

• São ousados na busca de soluções.

• Têm facilidade abstrair e conceituar novas idéias.

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Indivíduos racionando de maneira divergente têm facilidade em elaborar e conceber várias

idéias originais. Além disso, eles ficam obcecados na busca de solução para um problema e

trabalham com uma série de idéias, veloz e simultaneamente, até encontrar uma solução.

O raciocínio convergente é um modo de pensar no qual o indivíduo procura a solução correta

para um problema. Isto é similar a solucionar um problema de física ou matemática como

apresentado num livro.

Nesse modo de pensar, o indivíduo faz uso do raciocínio lógico e avaliativo a fim de

identificar o real escopo do problema e reduzir o universo de soluções adequadas ao

problema. Isto implica em tentar encontrar critérios que delimitem quais soluções são

apropriadas ao problema que se tem em mãos. Essa linha de raciocínio é empregada quando

se deseja apreciar e avaliar um conjunto de dados e idéias a serem empregados na solução de

um problema, bem como geração de uma nova idéia.

Se você fosse questionado a identificar os traços de personalidade de uma pessoa criativa,

qual seria sua resposta? Pare por cinco minutos, procure lembrar de ocasiões que você

vivenciou onde idéias inovadoras foram apresentadas.

A qual perfil de pessoa criativa você chegou?

Sua resposta deve envolver, pelo menos, cinco traços de personalidade. Esses traços de

personalidade amadurecem à medida que o indivíduo contorna eventuais bloqueios de

momentos de criação.

O momento de criação de um indivíduo é similar ao momento de descoberta de uma criança.

Ambos encontram-se com tempo ilimitado, sem pressão por resultados, sem vigilância e com

imaginação e percepção aguçadas. Pode-se afirmar que a ingenuidade de uma criança auxilia

no processo de descoberta e aprendizagem dela. O mesmo se dá no momento criativo, em

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situações de descoberta, no qual o cérebro não trabalha em busca de uma idéia e,

repentinamente, ocorre um lampejo.

O comportamento de um indivíduo criativo é resultado da compilação de traços de

personalidade. O comportamento dele se molda a partir do desenvolvimento de suas

habilidades e da não ocorrência de bloqueios durante o amadurecimento de sua criatividade.

Esse processo de ‘lapidação’ de um indivíduo criativo se dá com o exercício e incorporação

de determinados padrões de comportamento inerentes ao processo criativo.

Um indivíduo criativo possui padrões de comportamento, os quais podem ser identificados

através de sua observação. Exemplos deles incluem:

� Curiosidade extrema;

� Persistência diante de obstáculos;

� Independência em suas atitudes;

� Tolerância a situações de ambigüidade e desordem;

� Desenvoltura e desembaraço na execução de atividades

� Determinação para explorar soluções alternativas;

� Capacidade de empreender longos esforços.

As pessoas criativas apresentam uma ‘mobilidade’ de raciocínio incrível. Elas conseguem,

facilmente, perceber e encontrar novas abordagens e perspectivas onde idéias e soluções

podem ser empregadas. Também, elas têm a tendência de trabalhar com idéias contrárias e

não relacionadas durante o processo criativo. Além disso, elas fazem uso de analogias e

metáforas quando em busca de uma solução ou quando tentam contestar alguma suposição.

Pessoas criativas agem como crianças. Durante o período de descoberta das crianças, elas

costumam explorar, experimentar e aprender com os erros. É dessa forma que elas ajustam e

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reorganizam suas idéias, bem como usam a imaginação. O indivíduo criativo trabalha

similarmente nos momentos criativos.

Note que esse tipo de comportamento e habilidade não se encaixa dentro dos padrões de

avaliação encontrados em escolas e universidades. Essas são habilidades da vida. Em anos de

experiência dentro da universidade, pude observar muitos estudantes de pós-graduação com

conceito A (com notas entre 9.0 e 10.0) que se mostraram sem condições de fazer pesquisa.

Houve um caso de uma garota, estudante de doutorado de uma instituição norte americana

renomada, que possuía excelentes notas, isto é, apenas conceito A em seu histórico.

Entretanto, essa garota não foi capaz de apresentar uma proposta de tese de doutorado. Na

ocasião, o orientador dela (e também a instituição) que considerava mais importante o aluno

ter no histórico um conjunto excelente de notas a ajudou no processo de formulação do

problema ainda não tratado, bem como nas possíveis soluções que poderiam ser empregadas.

Trata-se de um exemplo de pessoa inteligente, mas de pouca criatividade. Hoje em dia, essa

pessoa está empregada em uma grande empresa e desempenha de modo exemplar suas

funções. Embora ela seja uma pessoa altamente qualificada a solucionar problemas, alguém

necessita formular o problema ou até aponta possível solução. Portanto, inteligência não é

tudo.

Inteligência não é evidência de criatividade. Inteligência compreende a capacidade de

aprender e raciocinar. Todavia, como vimos no exemplo acima, um conjunto de notas

excelentes, com média entre 9.0 e 10.0, não nos permite qualificar a pessoa como criativa

também. A criatividade, por outro lado, é a capacidade de gerar novas idéias, conhecimentos e

produtos. Nesse sentido, os indivíduos criativos, diferentemente dos inteligentes, apresentam

outros padrões comportamentais além daqueles apresentados anteriormente, que o fazem:

� Pensar e elaborar idéias e soluções com facilidade.

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� Adaptar idéias e soluções, abandonando abordagens antigas e adotando novas idéias e

formas de pensar.

� Apresentar idéias originais e incomuns.

� Utilizar o raciocínio divergente e convergente.

� Identificar e avaliar dificuldades e deficiências em idéias e produtos.

� Redefinir idéias e abordagens antigas de um modo novo.”

4.3 TEXTO 3

SOARES, H. Criatividade: Desenvolvendo Criatividade. In: Interativa: Artigos e Negócios. Disponível em: <http://internativa.com.br/artigo_criatividade.html>.

“Desenvolvendo a criatividade.

(...)

A boa notícia é que a criatividade faz parte da natureza humana e com o estímulo certo, nós

podemos desenvolve-la.

Vejamos algumas das muitas maneiras de desenvolver a criatividade:

- Faça anotações: Idéias são como sonhos, se não forem devidamente armazenadas, serão

esquecidas e perdidas em poucos minutos. Por isso, anote qualquer idéia, mesmo aquelas que

não façam o menor sentido, que ainda não estejam prontas ou que não despertaram o interesse

de ninguém, mesmo assim, anotem. “Quando perguntaram a Einstein onde era seu laboratório,

ele tirou uma caneta e respondeu ‘Aqui!’ ” Trecho do livro, Einstein – O Enigma do Universo

de Huberto Rohden.

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- Desenvolva a sua curiosidade: A curiosidade é um dos mais importantes combustíveis para

a criatividade. É através de seu desenvolvimento que conseguimos vencer desafios

aparentemente “impossíveis”. O profissional criativo utiliza toda a sua curiosidade para

levantar os dados do problema e buscar a melhor solução. Certa vez, Einstein disse: “ - não

sou mais inteligente do que ninguém, sou apenas a pessoa mais curiosa que conheço”.

Portanto, não perca tempo, exercite sua curiosidade!

- Procure escrever ao menos uma idéia por dia: Esse é um exercício simples, que se for

feito com regularidade, pode em pouco tempo trazer resultados interessantes. Faça o seguinte:

separe alguns minutos por dia, durante o banho, indo para o trabalho, antes de dormir, ou em

qualquer outro lugar e hora, para pensar sobre um determinado assunto. Pense em novas

soluções para antigos problemas, idéias para problemas novos, etc. Faça o exercício

diariamente e anote e guarde todas as idéias que surgirem. Um dos maiores estudiosos do

processo criativo, Edward De Bono, diz que a sua principal função como consultor de grandes

empresas do mundo, sempre foi fazer as pessoas pararem um pouco para pensarem e

repensarem seus problemas. Então, escolha uma hora qualquer do dia para sair um pouco da

rotina e bote a cabeça para funcionar. "Quando a mente de uma pessoa expande-se ao criar

uma nova idéia, nunca mais voltará a sua dimensão original". (Oliver Wendell Holmes).

- Armazena suas idéias: Algumas idéias precisam ficar descansando, para então,

amadurecerem e ganharem vida. Muitas vezes uma idéia de hoje, pode resolver um problema

de amanhã, por isso, anote e guarde todas as idéias que tiver. Um boa dica para não esquecer e

perder suas idéias é comprar um pequeno caderno, de preferência de capa dura para anotar

sempre que surgir uma idéia ou pensamento. Não se esqueça de levar o caderno acompanhado

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de um lápis ou caneta para todos os lugares. Leve-o para onde quer que você vá, ao banheiro,

ao almoço em família, ou para qualquer outro lugar. As boas idéias não escolhem hora para

aparecer e como já disse, se não anotar rápido, certamente vai esquecer. Guarde também os

recortes de jornais, revistas, anúncios, e-mails, Websites ou qualquer outra fonte que possa

conter informações relevantes aos seus projetos e que no futuro possa servir como inspiração.

Consulte seu arquivo sempre que precisar de boas idéias. Mas tome cuidado, com tempo você

terá muitos recortes, revistas e cadernos para guardar. Para facilitar sua pesquisa no futuro,

separe tudo em pastas por assunto e guarde em caixas. Imagine se em sua casa, não tivesse um

armário com portas e gavetas para organizar as coisas? Como seria para encontrar um par de

meias pretas? Assim também funciona com as idéias, precisamos organizá-las! Mas, não

adianta guardar na parte de cima do armário, procure deixar em um local de fácil acesso.

- Aprenda a escutar, ouvir e observar. Pessoas, lugares e acontecimentos podem nos enviar

mensagens, respostas e idéias a todo instante. Muitas vezes precisamos codificar essas

mensagens através de nossa experiência, percepção e intuição. Utilize todas as armas e

sentidos na busca da melhor resposta para o que procura. "Descobrir é olhar para a mesma

coisa como todos olham e enxergar algo diferente". (Albert Szent-Gyorgyi). O psicólogo

Samuel Gosling, desenvolveu uma interessante tese que é preciso notar os pequenos detalhes

para se ter uma visão real de uma pessoa ou problema. Uma particularidade de alguém, um

pormenor sobre um caso podem provocar um insight.

- Preste um pouco mais de atenção nas crianças e idosos: “Toda criança é artista. O

problema é como permanecer artista depois de crescer.”

(Picasso). Normalmente as idéias mais criativas são aquelas mais obvias e simples. As

crianças são a essência da simplicidade e podemos aprender muito observando a maneira com

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que elas desenvolvem suas brincadeiras e criações. Do outro lado temos os idosos com toda a

experiência e sabedoria acumulada a duras provas durante várias gerações de muito trabalho.

Se observarmos outras culturas, como, por exemplo, a oriental, poderemos aprender a

respeitar um pouco mais essas pessoas tão especiais e que têm muitas coisas para nos ensinar.

Se juntarmos a simplicidade das crianças com a experiência dos idosos, teremos uma

poderosa fonte de idéias.“Ao analisar pessoas de todas as idades, constituições, culturas e

portes, aprendemos que os melhores produtos incorporam as diferenças das pessoas”. (Tom

Kelley).

- Compreenda primeiro – depois julgue: O preconceito é um perigoso bloqueio a

criatividade, não julgue o desconhecido e o diferente. É importante ter a mente aberta para as

mudanças, novidades e diversidades que surgirem. Como muito bem disse, Kelley logo

acima, os melhores produtos, assim como as melhores idéias podem surgir das diferenças

entre as pessoas, coisas, idéias, etc.

- Aprenda a gostar de problemas: Um problema é sempre uma ótima oportunidade para

criar. Precisamos gostar dos problemas e desafios que aparecerem pela nossa frente. Um

problema e sempre um desafio, uma oportunidade para inovar. “Otimistas vêem

oportunidades em todo problema. Pessimistas vêem problemas em toda oportunidade”.

(Anônimo)

- Perca o medo de perguntar: O medo de perguntar algo sem sentido e parecermos estúpidos

e incompetentes na frente de estranhos, colegas de trabalho, amigos ou clientes, faz com que

fiquemos inseguros e que não tenhamos a coragem necessária para esclarecer nossas dúvidas.

Ter coragem de perguntar, questionar e duvidar, é o caminho para entender melhor o

problema e dar o primeiro passo no desenvolvimento de uma solução criativa. Uma das

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características infantis presentes nos adultos criativos é fazer perguntas sobre temas que eles

em geral, já não questionam mais.

- Coloque as idéias em ação: Não adianta só ter idéias, é preciso ter coragem para mostrá-las

aos amigos, família, sócios, patrocinadores, etc. Ao apresentarmos uma idéia, ela cresce, se

transforma e atinge uma outra esfera. É nesse momento que a colocamos a prova e podemos

visualizar suas reais possibilidades. “Quem troca pães, fica com um único pão. Quem troca

idéias fica com as duas. O melhor negócio é sempre trocas idéias.” (J.M. Machado de Assis).

Jack Welch ex-presidente da General Eletric diz em seu livro “Jack Definitivo”, que se uma

idéia não resistir a algumas perguntas de corredor, por certo não resistirá ao mercado. Toda

nova idéia normalmente passa por diversos tipos de resistências e obstáculos. Da falta de

vontade política a escassez de recursos humanos e materiais. Mesmo uma excelente idéia

pode sofrer todo tipo de pressão, por isso, para vencermos precisamos ser perseverantes,

mantermos a motivação e sabermos buscar os aliados certos. Ter coragem para tentar, mesmo

sabendo que é provável que tenhamos muitas quedas durante o percurso. Nunca devemos

esquecer que as piores idéias, são sempre aquelas que nunca saíram das gavetas.

- Evite coisas que enfraqueçam o cérebro: Qualquer tipo de droga legalizada ou não, pode à

primeira vista ajudar no processo criativo, mas cuidado, o preço cobrado é caro demais por

alguns voláteis instantes de bem estar e euforia. Não é caretice, é fato! Todos que utilizam

por muito tempo algum tipo de bengala acabam desaprendendo a andar sozinhos. Com o

tempo ainda diminuem sua capacidade de criação, raciocínio, concentração e percepção. É

preciso ainda estar atento a outros tipos de perigos aparentemente inofensivos, mas que

podem ter conseqüências negativas ao processo criativo. São eles a baixa auto-estima, a

insegurança, o medo de errar, a timidez, o ciúme, a preguiça, o comodismo, o desamor e a

timidez, que juntos ou separados, podem limitar e até neutralizar seu potencial criativo. Só

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erra quem faz e só constrói uma grande idéia quem acredita em seu potencial, tem paixão pela

que faz e acredita na sua idéia.

- Use o seu tempo ocioso com sabedoria: Aproveite seu tempo livre para enriquecer suas

experiências, adquirir mais cultura e conhecer mais pessoas. Descubra novas fontes e abasteça

seu banco de idéias. Visite museus, parques e exposições. Assista peças de teatro, filmes e

shows. Leia o que passar pela frente, de livros a jornais. É preciso estar preparado para

receber a idéia. “A casualidade somente favorece aos espíritos preparados”. (Pasteur)

- Divirta-se trabalhando e trabalhe divertindo-se: É claro que mesmo o “melhor” trabalho

não pode ser sempre divertido e prazeroso. Mas quando descobrimos nossos verdadeiros

talentos e trabalhamos no que gostamos, transformamos nossas segundas-feiras, em dias tão

interessantes quanto os sábados. “As pessoas não têm mais talento, têm mais paixão por seus

assuntos. Einstein investia tempo, todos os dias, viajando pelo imensurável espaço além da

atmosfera terrestre com sua imaginação intuitiva. Quem quiser ter mais intuição sobre alguma

coisa deve aumentar sua paixão sobre ela”. (Psicóloga Sharon)

- Mantenha sempre de bom humor: O humor é o comportamento mais importante do

cérebro humano. (Edward de Bono). Roberto Menna Barreto fala em seu livro “Criatividade

no Trabalho e na Vida”, que existem ingredientes que devem ser misturados e muito bem

cuidados para que possamos ter idéias criativas. A partir da idéia de um médico

pernambucano, ele criou um acrônimo chamado BIP. O B é exatamente o Bom Humor.

Segundo o autor, bom humor é estar numa boa perante um problema, qualquer problema, é

razão imprescindível, sine qua non, para um indivíduo ter um flash criativo capaz de resolvê-

lo. Problemas que nos comprometem o bom humor, que nos fazem sofrer, são problemas para

cuja solução estamos provisoriamente, impotentes. Roberto tem razão, quando estamos de

bom humor, todas as coisas ficam mais claras e fáceis. Mas na falta dele, é como se

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perdêssemos parte da visão e não pudéssemos mais enxergar todas as paredes de uma sala.

Sem ele, nosso raciocínio e intuição ficam comprometidos. Quando estava terminando este

artigo tive alguns problemas pessoais que me privaram o bom humor e o poder de

concentração. Fiquei quase uma semana sem conseguir escrever uma linha. É muito difícil,

poderia até dizer que é quase impossível manter o humor quando passamos por algum

problema pessoal que nos deixa triste, desmotivado e até sem esperanças. Mas mesmo assim,

é preciso levantar a cabeça, olhar o problema de frente e dar a volta por cima. Quando

consegui recuperar o humor, passei a enxergar meu problema com outros olhos e afinal, ele

não era assim tão feio.

- Trabalhe duro: “Eu penso 99 vezes, e nada descubro; deixo de pensar e mergulho no

silêncio – e eis que a verdade me é revelada”. (Einstein). Tudo que Einstein descobriu foi

resultado de muita dedicação e trabalho. Mergulhe de cabeça no problema, estude-o

profundamente, procure repetidamente o maior número de respostas possíveis. Assim como

Einstein, após trabalhar duro, desligue-se um pouco do problema e quando menos imaginar

encontrará a resposta que tanto procura. Na filosofia milenar de Bhagauad Gita se exprime

esta verdade do seguinte modo: “Quando o discípulo está pronto o mestre aparece”.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

SILVA FILHO, A. M. Entendendo a criatividade: o comportamento de pessoas criativas. Revista Espaço Acadêmico. Ano 5. n. 53, out. 2005. Disponível em: <http://www.espacoacademico.com.br/053/53silvafilho.htm>.

SOARES, H. Criatividade: Desenvolvendo Criatividade. In: Interativa: Artigos e Negócios. Disponível em: <http://internativa.com.br/artigo_criatividade.html>.

VILELA, V. V. Você é Criativo? In: Possibilidade. Disponível em: http://www.possibilidades.com.br/criatividade/voce_eh_criativo.asp>.

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ANEXOS

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ANEXO 1

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CRESCIMENTO DO NÚMERO DE CURSOS E DE MODALIDADES DE ENGENHARIA: PRINCIPAIS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Vanderlí Fava de Oliveira – vanderlí@engprod.ufjf.br Universidade Federal de Juiz de Fora, Departamento de Engenharia de Produção Rua Halfeld, 1097/301B – Bairro Centro CEP 36.016-000 – Juiz de Fora - MG Resumo: Este trabalho tem por objetivo principal apresentar um estudo sobre o crescimento do número de cursos e de modalidades de engenharia e suas principais causas e conseqüências. Para tanto é apresentada uma breve retrospecção a partir da origem do ensino regular de engenharia no país procurando identificar a trajetória do aumento do número de cursos e de modalidades ao longo da história do país. Os dados sobre os cursos foram coletados no Cadastro as Instituições de Ensino Superior que consta do portal do Instituto de Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). A tabulação destes dados mostra que houve um crescimento vertiginoso do número de cursos e de modalidades de engenharia a partir de 1996, ano de publicação da atual LDB (Lei nº 9.394 de 20dez1996), além de se verificar mudanças no perfil do ingressante, visto que, vem aumentando o número de cursos noturnos o que acarreta mudanças na organização destes cursos e, também, no perfil dos egressos. Palavras-chave: Educação em Engenharia, Cursos de Engenharia, Modalidades de Engenharia 1. INTRODUÇÃO Este trabalho tem como objetivo principal apresentar um estudo sobre o crescimento do número de cursos e de modalidades de engenharia no país. Os antecedentes principais deste são os estudos realizados na pesquisa de doutoramento do autor (OLIVEIRA, 2000), na qual foi realizado um levantamento sobre as origens e a evolução dos cursos de Engenharia Civil no país em termos didáticos pedagógicos e nos trabalhos atuais do autor sobre a organização e avaliação dos cursos de Engenharia de Produção, hoje a modalidade com o maior número de cursos. Em termos retrospectivos, a base principal deste é a obra de TELLES (1994) do qual foi retirado o seguinte trecho:

“Em 1828, o engenheiro inglês Thomas Tredgold, na elaboração dos estatutos do Instituto dos Engenheiros Civis Ingleses, deu uma definição de engenharia que ficou clássica: A arte de dirigir as grandes fontes de energia da natureza para o uso e a conveniência do homem. Conclui-se desta feliz definição que a história da engenharia de qualquer nação ou coletividade confunde-se, em grande parte, com a própria história do desenvolvimento.”

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A base principal de dados atuais sobre os cursos de engenharia é o portal do Instituto de Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) – www.inep.gov.br.

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Os dados dos cursos que constam do Cadastro das Instituições de Ensino Superior (IES) do INEP não estão todos completos, alguns não disponibilizam o número de vagas e outros não permitem identificar com clareza se são cursos distintos ou habilitações de um único curso. Também há casos de cursos nos quais não fica claro se estão em extinção ou se um novo currículo determinou outro registro como um curso novo. Ainda há casos nos quais um erro de grafia na inserção do curso no Cadastro dificulta que o mesmo seja alcançado pelo mecanismo de busca. Ou seja, a tabulação dos dados e a apresentação dos mesmos neste trabalho podem conter imprecisões, no entanto, não chega a comprometer o trabalho, visto que, este estudo tem seu objetivo mais voltado para a apresentação de crescimentos e tendências. De todo modo acredita-se que a margem de erro acerca do número de cursos não ultrapasse 1,5% do total para mais (caso de habilitações consideradas como cursos) ou para menos (caso de cursos não encontrados pela busca).

2. BREVE RETROSPECTO No início do seu livro História da Engenharia no Brasil, TELLES (1994) registra que “a engenharia quando considerada como arte de construir é evidentemente tão antiga quanto o homem, mas, quando considerada como um conjunto organizado de conhecimentos com base científica aplicado à construção em geral, é relativamente recente, podendo-se dizer que data do século XVIII”. A École Nationale des Ponts et Chausseés, fundada em Paris, em 1747, por iniciativa de Daniel Trudaine, foi o primeiro estabelecimento de ensino de engenharia que se organizou com estas características, sendo considerada a primeira escola para o ensino formal de engenharia do mundo e que diplomou profissionais com o título de engenheiro (PARDAL, 1986). Esta escola formava basicamente construtores e, se assim for, o ensino de engenharia iniciou-se pela engenharia hoje conhecida como engenharia civil, sendo os primeiros engenheiros diplomados os precursores do engenheiro civil atual. Conforme registra ainda TELLES (1994), “o nome engenheiro civil teria sido usado, pela primeira vez, pelo engenheiro inglês John Smeaton – um dos descobridores do cimento Portland – que assim se autodenominou em fins do século XVIII – para distinguir-se dos engenheiros militares”. A École Polytechnique, fundada em 1795 por iniciativa de Gaspard Monge e Fourcroy, tem sido considerada como a “que se tornou modelo de outras escolas de engenharia pelo mundo afora. Esta Escola tinha o curso em três anos, cujos professores de alto nível (Monge, Lagrange, Prony, Fourrier, Poisson, etc.) ensinavam as matérias básicas de engenharia, sendo os alunos depois encaminhados a outras escolas especializadas: Ponts et Chausseés, École de Mines, etc.” (TELLES, 1994). Como se pode observar, “a separação, na estruturação curricular, entre as diversas ciências que participam na formação do engenheiro, colocando-se primeiramente (em bloco) as básicas, depois as básicas de engenharia e, por fim, as aplicadas de engenharia, remonta já às primeiras escolas” (BRINGUENTI, 1993). No Brasil, conforme registram os autores PARDAL (1986) e TELLES (1994), a data de início formal dos cursos de engenharia foi 17 de dezembro de 1792, com a criação da Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, na cidade do Rio de Janeiro, e que é a precursora em linha direta e contínua da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Antecedendo a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, houve a Aula de Fortificação, criada por carta régia de 1699, voltada para o ensino militar, que incluía conhecimentos de engenharia, depois consolidado em 1738 na Aula do Terço de Artilharia. Deste ensino não se conhece regulamento nem programa de ensino, sabendo-se apenas que durava cinco anos (PARDAL, 1996).

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A que pode ser considerada como a segunda escola de engenharia do Brasil e, também, a única fundada durante o Império foi a Escola de Minas de Ouro Preto. A sua fundação foi “uma decisão política do Imperador D. Pedro II”, que contratou em 1874, por indicação do cientista francês Auguste Daubrée, o engenheiro francês Claude Henri Gorceix (1842-1919), então com 32 anos de idade, para organizar o ensino de geologia e mineralogia no Brasil. Após a Proclamação da República em 1889, foram fundadas, ainda no século XIX, mais 5 escolas de engenharia. Novas escolas só foram fundadas entre 1910 e 1914, registrando-se mais 5 (quadro 01), sendo 3 em Minas Gerais. Das 12 escolas de engenharia existentes até então no Brasil (um terço delas em Minas Gerais), apenas uma não possuía curso de Engenharia Civil (Itajubá/MG).

Quadro 01 - Cursos de engenharia no Brasil até o início do século XX.

Fund Local Denominação IES atual Cursos iniciais – (Xa) anos

1792 Rio de Janeiro/RJ Real Academia UFRJ Eng Militar e Civil 1876 Ouro Preto/MG Escola de Minas UFOP Minas

1893 São Paulo/SP Escola Politécnica de São Paulo

USP

Civil e Industrial (5a) - Agronômico e Mecânica (3a) - Agrimensor (2a)

1895 Recife/PE Escola de Engenharia de Pernambuco

UFPE Agrimensor (2a) - Civil (5a)

1896 São Paulo/SP Escola de Engenharia Mackenzie

Mackenzie Civil (5a)

1896 Porto Alegre/RS Escola de Engenharia de Porto Alegre

UFRGS Civil (?)

1897 Salvador/BA Escola Politécnica da Bahia

UFBA Geógrafo (4a) - Civil (5a)

1911 B Horizonte/MG Escola Livre de Engenharia

UFMG Civil (5a)

1912 Curitiba/PR Faculdade de Engenharia do Paraná

UFPR Civil (?)

1912 Recife/PE Escola Politécnica de Pernambuco

UPE Civil – Química Industrial (?)

1913 Itajubá/MG Instituto Eletrotécnico de Itajubá

UNIFEI Mecânica – Elétrica (3a)

1914 Juiz de Fora/MG Escola de Engenharia de Juiz de Fora

UFJF Civil (4a)

Nenhuma outra Escola de Engenharia foi criada no país até a década de 30. Em 1928, foi criada a Escola de Engenharia Militar, a qual, na verdade, sucedia a Escola Militar, que resultou do desmembramento ocorrido em 1855 da primeira escola de engenharia do Brasil. De acordo com o que consta hoje no portal do INEP, em 1930 havia 27 cursos de engenharia no país distribuídos em 11 Instituições (UFRJ, UFOP, USP, UFPE, UFRGS, UFBA, UFMG, UFPR, UNIFEI, UFJF e IME). Entretanto, segundo o que consta da obra de PARDAL (1986) e TELLES (1994), ainda existiam cursos na Estadual de Pernambuco e na Universidade Mackenzie, a única particular dentre as elencadas.

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3. CRESCIMENTO DO NÚMERO DE MODALIDADES E DE CURSOS O gráfico 01 a seguir apresenta o crescimento do número de cursos no Brasil de 1930 a 2005. Neste período podem ser destacados acontecimentos que se constituíram em marcos e que, de alguma forma, tiveram influencia neste crescimento. A profissão de engenheiro no Brasil só foi regulamentada em nível nacional em 1933 pelo Decreto Federal nº 23.569, de 11 de dezembro de 1933, que “Regula o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor” e assinado pelo “Chefe do Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil” (Getúlio Vargas). Neste Decreto eram os seguintes os profissionais previstos: engenheiro civil; arquiteto ou engenheiro-arquiteto; engenheiro industrial; engenheiro mecânico eletricista; engenheiro eletricista; engenheiro de minas; agrimensor - engenheiros agrônomos; e geógrafos. Em 1945 terminou a segunda grande guerra e, também, a ditadura Vargas e havia 47 cursos de engenharia distribuídos por 8 estados: Rio de Janeiro (12) São Paulo (11), Minas Gerais (8), Rio Grande do Sul (6), Bahia (4), Pernambuco (4), Pará (1) e Paraná (1). As escolas de engenharia estavam praticamente restritas às capitais, à exceção de Minas Gerais que tinha cursos em Ouro Preto, Itajubá e Juiz de Fora. Somente na década de 50 outros estados passaram a contar com cursos de Engenharia: Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte.

Gráfico 01 – Crescimento do Número de Cursos (C) de Engenharia no Brasil (1930 a 2005).

Na década de 50 eram criados em média 3 cursos por ano no país e em 1961, final do governo Juscelino Kubitschek, estavam em funcionamento 101 cursos de engenharia no país. Em 1962 houve um recorde com a criação de 11 novos cursos no Brasil. Em 1966 foi aprovada a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 que regulava o exercício da profissão de engenheiro, substituindo o Decreto de 1933. Em 29 de junho de 1973, foi aprovada a Resolução Nº 218 do CONFEA que discrimina atividades das diferentes modalidades

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profissionais da engenharia. Também nesta estavam definidas as modalidades de engenharia com suas respectivas competências, quais sejam: engenheiro aeronáutico, agrimensor, agrônomo, cartógrafo, civil, eletricista, eletrônico, de comunicação, florestal, geólogo, mecânico, metalurgista, de minas, naval, de petróleo, químico, industrial, sanitarista, tecnólogo de alimentos, têxtil e de operação. Esta resolução está sendo objeto de discussão e deverá ser substituída por uma nova até o final de 2005.

Em 1976 foi aprovada a Resolução No 48/76 do CFE que estabeleceu os currículos mínimos dos

cursos e, ainda, a Resolução No 50/76 do CFE que admitiu as ênfases ou habilitações nos cursos.

Neste ano foram criados 31 novos cursos de engenharia. No final de 1979 já havia 363 cursos no país. Durante a década de 70 houve um significativo crescimento de número de cursos registrando-se uma média de 17 novos cursos criados a cada ano. Na década de 80 houve uma desaceleração na criação de novos cursos registrando-se um média de apenas 5 novos cursos criados por ano. Nesta década houve uma significativa crise econômica com altas taxas de inflação e registrou-se um grande crescimento da dívida pública, o que causou estagnação no desenvolvimento do país, refletindo diretamente na criação de novos cursos. Em 1996 foi aprovada a nova LDB (Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996) que revogou, entre outros dispositivos, a Resolução 48/76 que estabelecia o currículo mínimo para os cursos de engenharia. Isso foi um dos principais fatores que determinaram um crescimento sem precedentes no ensino superior brasileiro a partir de 1997, com a expansão das Instituições de Ensino Superior (IES) existentes e a criação de muitas novas. A média anual de criação de novos de cursos de engenharia praticamente quintuplicou após a nova LDB passando de aproximadamente 17 novos cursos ao ano, de 1989 a 1996, para mais de 78 novos cursos ao ano no período de 1997 a 2005. Em 1996, existiam 545 cursos de aproximadamente 35 modalidades (quadro 02). Considerando-se as ênfases pode-se encontrar mais de 80 denominações distintas. Em 2005 esse total é de 1251 cursos que estão distribuídos em aproximadamente 50 modalidades (quadro 03). Quando consideradas as ênfases as denominações distintas sobem para mais de 160, ou seja, em apenas 9 anos praticamente dobrou o número de denominações dos cursos.

Quadro 02 –Cursos existentes até 1996.

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Um dos fatores que contribui para explicar esse aumento de número de cursos, de modalidades e de ênfases, é a flexibilização da atual legislação no que se refere à organização de cursos, conforme se pode observar na CNE/CES 11/2002 que estabelece as diretrizes para o curso de engenharia. Quando se observa o crescimento de determinadas modalidades verifica-se que ocorre, também, uma mudança no perfil para a formação profissional em engenharia, apesar da maioria das modalidades tradicionais como Civil, Elétrica, Mecânica e Química também apresentarem crescimento. Este novo perfil pode ser verificado com o crescimento de modalidades como Computação, Controle e Automação, Telecomunicações, dentre as principais que representam basicamente novas tecnologias (gráfico 02). De outro lado Alimentos, Ambiental, Florestal, Materiais e o surgimento no presente século da Engenharia de Bioprocessos, Bioquímica, Biomédica, indicam uma mudança de postura na utilização dos recursos naturais e com relação à saúde de uma maneira geral.

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O maior índice de crescimento no período de 1996 a 2005, no entanto, verifica-se na Engenharia de Produção (gráfico 03). Dos quase 80 cursos que são criados em média por ano a partir de 1997, mais de 20% são desta modalidade. Isto mostra que além de novas tecnologias e preocupações estruturadas com o meio ambiente, também a Gestão, que antes nem era considerada como inerente ao exercício profissional de engenharia, tornou-se de vez uma atividade de engenharia, dada a complexidade que adquiriu nos dias atuais. Os sistemas organizacionais de produção de hoje adquiriram uma sofisticação que somente a natureza do conhecimento de engenharia pode

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solucionar os problemas que os mesmos demandam. Os modelos capazes de representarem os problemas de Gestão na atualidade requerem raciocínio lógico e analítico que os engenheiros (de Produção) podem resolver com mais propriedade.

Fonte: Organizado pelo autor com base em dados do portal do INEP (maio/2005). Até 1996 a Engenharia de Produção se constituía em uma habilitação das Engenharias Tradicionais. Além dos fatores já mencionados é importante registrar que em 1998 a ABEPRO (Associação Brasileira de Engenharia de Produção) no ENCEP (Encontro Nacional de Engenharia de Produção) realizado em Itajubá/MG, organizou em 10 áreas os conhecimentos necessários para que a modalidade Produção pudesse atender ao perfil profissional que estava sendo exigido pelas organizações de produção de bens e de serviços. Isto foi fundamental, pois os cursos passaram a dispor de diretrizes seguras para a sua organização e estas 10 áreas (como conteúdos) foram

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inseridas nas diretrizes curriculares (CNE/CES 11/2002), no manual de avaliação de curso do INEP e, agora, na formulação das diretrizes e questões para o ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes). Outra questão importante a ser observada é a concentração de cursos em determinadas regiões do país. Os primeiros cursos de engenharia criados no Brasil estavam situados, principalmente, na Região Sudeste, notadamente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais (gráfico 04). Esta concentração permanece ainda hoje observando-se que São Paulo vem cada vez mais concentrando esses cursos com quase 30% dos cursos do país. Nos últimos anos abrem-se cerca de 25 cursos por ano no estado o que significa quase 30% do total de cursos de engenharia criados anualmente (gráfico 05). Não é difícil verificar, também, que os cursos de engenharia estão distribuídos em acordo com o mapa de desenvolvimento econômico, social e industrial do país.

Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina continuaram sendo os 5 estados com o maior número de cursos no país, contabilizando 75% dos cursos de engenharia atualmente existentes no país. Bahia, Amazonas e Goiás tiveram crescimento acima da média desbancando estados como Pernambuco, Paraíba e Ceará. Isto se explica pelo desenvolvimento que estes estados têm experimentado em termos de necessidade de engenheiros, principalmente visando a implementação de infraestrutura nestes estados. Verifica-se que é excessivamente desproporcional a concentração de cursos nos estados do sul/sudeste, que detém 76% do total de cursos, quando comparada com o encontrado nos estados do norte, nordeste e centro-oeste que contam com apenas 24% do total de cursos na atualidade. Isto denota que as diferenças e a concentração de recursos vem se acirrando cada vez mais no país pela falta de projeto conseqüente por parte dos governos que se sucedem praticamente desde que Cabral aportou no Brasil.

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Outra questão importante a se observar é que está havendo um aumento da oferta de vagas e de cursos de engenharia no período noturno (quadro 04), o que possibilita ao aluno que trabalha durante o dia possa cursar engenharia. Isso implica em mudanças no perfil do aluno que ingressa no curso de engenharia. Também verifica-se que esse crescimento de número de cursos de engenharia é maior nas IES particulares, setor que vem apresentando o maior crescimento em termos de expansão e de criação de novas Instituições e de cursos.

Também, de acordo com os dados disponíveis no portal do INEP e nos relatórios acerca do Censo da Educação Superior, pode-se observar que as vagas disponíveis não estão sendo ocupadas na sua totalidade, principalmente nas IES particulares, nas quais a ociosidade média é de cerca de um terço das vagas disponibilizadas. Isto indica, também, que o ingressante nos cursos de engenharia pode estar com uma carga de conhecimento aquém do necessário para acompanhar um curso de engenharia, visto que, mesmo naqueles cursos de alta demanda no vestibular, verifica-se que há deficiência em termos de conhecimentos básicos, principalmente de Física, de Matemática e de Português. Por último, o quadro 05 apresenta a distribuição quantitativa dos cursos de engenharia pelos grupos que estarão participando do ENADE 2005 (prova no dia 06 de novembro de 2005). O gráfico 06 também contribui para ilustrar esta distribuição.

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4. SÍNTESE E CONSIDERAÇÕES FINAIS De uma maneira geral, os dados apresentados neste trabalho permitem constatar as seguintes questões principais:

• Houve um crescimento vertiginoso do número de cursos e de modalidades de engenharia a partir de 1997 e esta expansão ocorreu mais no setor das IES particulares;

• Têm aumentado consideravelmente o número de cursos de engenharia no turno noturno; • Aumentou a concentração de cursos de engenharia na região sudeste, notadamente no

estado de São Paulo. Outra questão relevante é a mudança gradativa de enfoque nos cursos de engenharia, observado pelo maior crescimento de cursos mais voltados para:

• As tecnologias de base informacional (computação, automação, telecomunicação, etc.); • A utilização mais racional dos recursos do planeta e as suas conseqüências para o ambiente

e para a saúde (ambiental, florestal, alimentos, bioprocessos, etc.); • A gestão das organizações, dos recursos e das pessoas o que pode ser comprovado pelo

vertiginoso crescimento da modalidade de Engenharia de Produção. Estas três questões, em maior ou menor escala, passaram a fazer parte dos currículos de diversas outras modalidades de engenharia, notadamente a partir da década de 90. Isto pode ser explicado em parte pela própria evolução das Organizações e a dos Cursos de Engenharia (quadro 06).

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• A flexibilização da legislação que permitiu a liberdade para a criação de novas modalidades, assim como, a diminuição de carga horária e de tempo de duração dos cursos;

• O aumento de número de cursos e de vagas que diminuem consideravelmente as exigências para acesso aos cursos de engenharia (há ociosidade de vagas em muitos cursos);

Estas duas questões combinadas podem levar a formação de engenheiros com insuficiência de conhecimentos para o exercício profissional. Por exemplo, os ingressantes em cursos noturnos que trabalham durante o dia e que já estão afastados da escola há algum tempo, certamente que não possuem os mesmos conhecimentos daqueles ingressantes em cursos de alta demanda. Se, além disso, ainda vão freqüentar um curso com carga horária “enxuta” e com tempo de duração reduzido, agravado pela pouca disponibilidade de tempo para estudos extra classe, pode levar à formação de profissionais com deficiências. Para evitar isso, faz-se necessário que os cursos disponham de mecanismos eficientes de nivelamento e de meios e métodos de ensino/aprendizagem que possam enfrentar as restrições apontadas. De todo modo, da mesma forma que houve uma mudança de paradigma nas organizações onde o capital fundamental destas, passou a ser o conhecimento aliado à sua estratégia competitiva e aos seus processos de produção, os cursos também devem mudar o seu enfoque passando a ter como essencial a sua gestão pedagógica e os seus métodos e meios de ensino/aprendizagem. Ou seja, a Educação em Engenharia, como a Gestão na Engenharia, passa a ocupar o espaço essencial na formação dos professores. Não basta mais ao professor saber para “dar aulas”, portanto, não há mais como se escorar na máxima parodiada do cartesianismo: se “penso logo existo”, então, “sei logo ensino”. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRINGUENTI, Idone, 1993, O Ensino de Engenharia na Escola Politécnica da USP: Fundamentos para o Ensino de Engenharia. São Paulo: EPUSP. OLIVEIRA, V F, 2001, A importância do Projeto no processo de ensino/aprendizagem In: O Projeto de Engenharia, Arquitetura e Desenho Industrial: conceitos, reflexões, aplicações e formação profissional. 1 ed. Juiz de Fora : Editora da UFJF, p. 141-176. OLIVEIRA, V F, 2002, Teoria, Prática e Contexto no Curso de Engenharia In: Educação em Engenharia: Metodologia. 1 ed.São Paulo: Editora Mackenzie, v.1, p. 1-296.

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C a m p u s d e C a m p o M o u r ã o ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL (EPA) DISCIPLINA INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

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OLIVEIRA, V F, PINTO, D P, PORTELA, J C S, 2003, Diretrizes curriculares e mudança de foco no curso de engenharia. Revista de Ensino de Engenharia - ABENGE. Brasília: v.22, n.2, p.31 - 37. OLIVEIRA, V F, PINTO, D P, PORTELA, J C S, SILVEIRA, M. H., ALENDE, J C, 2002, Formação Didático-Pedagógica: Relato de uma Experiência na UFJF In: Educação em Engenharia: Metodologia. 1 ed. São Paulo: Editora Mackenzie, v.1, p. 1-296. OLIVEIRA, Vanderlí F, 2000, Uma proposta de melhoria do processo de ensino/aprendizagem nos cursos de Engenharia. Rio de Janeiro: Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) COPPE/UFRJ. OLIVEIRA, Vanderlí F, 2004, Um Estudo sobre a Avaliação dos Cursos de Engenharia de Produção In: ENEGEP 2004 - XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção, Florianópolis. Anais Porto Alegre: ABEPRO, 2004. PARDAL, P & LEIZER, L, 1996, O Berço da Engenharia Brasileira. Revista de Ensino de Engenharia, n 16, (dez), pp 37-40. PARDAL, P, 1986, 140 anos de doutorado e 75 de livre docência no Ensino de Engenharia no Brasil. Escola de Engenharia – UFRJ, Rio de Janeiro. PINTO, D P, OLIVEIRA, V. F., PORTELA, J C S, DUQUE, C A, 2003, As discussões sobre o Projeto Político Pedagógico na Faculdade de Engenharia da UFJF. ENGEVISTA. Niterói – Rio de Janeiro , v.5, n.9, p.31 – 40. TELLES, P C S, 1994, História da Engenharia no Brasil: Século XX. 2 Ed. Rio de Janeiro, Clavero. TELLES, P C S, 1994, História da Engenharia no Brasil: Séculos XVI a XIX. 2 Ed. Rio de Janeiro, Clavero.