apostila segurança no trabalho escola maias

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MAIA’S ESCOLA TÉCNICA CURSO:SEGURANÇA NO TRABALHO UNIDADE I 1 - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO/REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NRS01, 02. Significado da Revolução Industrial De acordo com o historiador inglês Eric Hobsbawn, “as transformações levadas a efeito pela Revolução Industrial inglesa foram muito mais sociais que técnicas, tendo em vista que é nessa fase que se consubstancia a diferença crescente entre ricos e pobres”. Com as manufaturas, o capital cada vez mais se concentrou nas mãos da minoria burguesa, enquanto crescia o número de trabalhadores, despossuídos de instrumentos de trabalho, cuja qualidade de vida decresceu sensivelmente. Houve uma intensificação da miséria e da pobreza. As camadas populares, compostas por camponeses afetados pelos cercamentos, artesãos da pequena indústria rural e trabalhadores das oficinas ou das fábricas, empobreceram tanto, a ponto de aparecer um grande número de indigentes. As condições subumanas de trabalho, as horas excessivas de atividade e a baixa remuneração foram à causa de violentas manifestações por parte dos operários que tentavam destruir as máquinas das fábricas, identificadas como causa de sua existência miserável. 1

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Page 1: Apostila Segurança No Trabalho Escola Maias

MAIA’S ESCOLA TÉCNICACURSO:SEGURANÇA NO TRABALHO

UNIDADE I

1 - INTRODUÇÃO A SEGURANÇA DO TRABALHO/REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

NRS01, 02.

Significado da Revolução Industrial

De acordo com o historiador inglês Eric Hobsbawn, “as transformações levadas a

efeito pela Revolução Industrial inglesa foram muito mais sociais que técnicas, tendo

em vista que é nessa fase que se consubstancia a diferença crescente entre ricos e

pobres”.

Com as manufaturas, o capital cada vez mais se concentrou nas mãos da minoria

burguesa, enquanto crescia o número de trabalhadores, despossuídos de

instrumentos de trabalho, cuja qualidade de vida decresceu sensivelmente.

Houve uma intensificação da miséria e da pobreza. As camadas populares,

compostas por camponeses afetados pelos cercamentos, artesãos da pequena

indústria rural e trabalhadores das oficinas ou das fábricas, empobreceram tanto, a

ponto de aparecer um grande número de indigentes.

 

As condições subumanas de trabalho, as horas excessivas de atividade e a baixa

remuneração foram à causa de violentas manifestações por parte dos operários que

tentavam destruir as máquinas das fábricas, identificadas como causa de sua

existência miserável.

A revolução industrial permitiu que o capitalismo, com base na transformação

técnica, atingisse seu processo especifico de produção. Tal processo caracteriza-se

pela produção em larga escala, feita na fábrica. Portanto, no modo de produção

capitalista consolidando com a revolução industrial há uma radical separação entre o

trabalho e o capital. O trabalhador dispõe apenas da força de trabalho, enquanto o

capitalista detém a propriedade dos meios de produção.

 

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INFLUÊNCIA DA LEGISLAÇÃO

1. Até o final do século XVII, os trabalhadores tiveram que suportar sem nenhum

amparo, as conseqüências dos acidentes e das moléstias profissionais. No

início do século XVIII, foram dados os principais passos para protegê-los e

aliviá-los dessa pesada carga. Assim, em 1802 o Parlamento Britânico após

longa e tenaz luta conseguiu que fosse aprovada a primeira lei de proteção

aos trabalhadores: A “Lei de Saúde e Moral dos Aprendizes”, que estabelecia

o limite de 12 horas de trabalho por dia, proibia o trabalho noturno, obrigava

os empregadores a lavar as paredes da fábrica duas vezes por ano e tornava

obrigatória a ventilação desta. Tal Lei foi seguida de outras complementares

surgidas em 1819, em geral pouco eficientes devido à forte oposição dos

empregadores.

2. Em 1831, ainda na Inglaterra, uma Comissão parlamentar de inquérito, sob

chefia de Michael Saddler, elaborou um cuidadoso relatório, que concluía da

seguinte maneira: “Diante desta Comissão desfilou longa procissão de

trabalhadores – homens e mulheres, meninos e meninas, abobalhados,

doentes, deformados, degradados na sua qualidade humana, cada um deles

era clara evidência de uma vida arruinada, um quadro vivo da crueldade

humana do homem para o homem, uma impiedosa condenação daqueles

legisladores que quando em suas mãos detinham poder imenso,

abandonaram os fracos à capacidade dos fortes”.

3. O impacto deste relatório sobre a opinião pública foi tremendo e assim, em

1833 surgia na Inglaterra a “Lei das Fábricas” (Factory Act), que deve ser

considerada como a primeira legislação realmente eficiente no campo de

proteção ao trabalhador. Aplicava-se a todas as empresas têxteis onde se

usasse força hidráulica ou a vapor; proibia o trabalho noturno aos menores de

18 anos e restringia as horas de trabalho destes a 12 por dia e 69 por

semana; as fábricas precisam ter escolas, que deviam ser freqüentadas por

todos os trabalhadores menores de 13 anos; a idade mínima para o trabalho

era de nove anos, e um médico devia atestar que o desenvolvimento físico da

criança correspondia à sua idade cronológica.

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4. Esta lei se ampliou em 1867, para incluir mais moléstias e estipular a

proteção de máquinas e a ventilação mecânica para o controle de poeiras, ao

mesmo tempo em que proibia a ingestão de alimentos nos ambientes sob

atmosfera nocivas da fábrica; a inspeção médica se iniciou em 1897, com a

adoção de leis de compensação.

5. A expansão da Revolução Industrial, no resto da Europa, resultou, também,

no aparecimento progressivo dos serviços de saúde ocupacional em diversos

países, sendo que, alguns deles, foram dados a tal importância a esses

serviços, que a sua existência deixou de ser voluntária, como na Grã –

Bretanha, para tornar-se obrigatória. Na França, a Lei de 11 de Outubro de

1946, substituído pelo Decreto de 27 de Novembro de 1952 e Circular

Ministerial de 18 de Dezembro de 1952, torna obrigatória a existência de

serviços de saúde ocupacional em estabelecimentos, tanto industrial como

comerciais de qualquer tamanho (inclusive naqueles onde trabalham no

mínimo de dez pessoas).

6. Mais recentemente, mesmo em países onde a industrialização ainda é

incipiente, como por exemplo, a Espanha, exigências legais (Ordem de 22 de

Dezembro de 1956, substituída pelo Decreto nº 1036 de 18 de Junho de

1959), também tornam obrigatória a existência de serviços de saúde

ocupacional em empresas que tenham, pelo menos, 500 trabalhadores, o

mesmo tendo ocorrido com Portugal recentemente.

7. Nos Estados Unidos, a despeito de a industrialização ter-se desenvolvido de

forma acentuada, a partir da segunda metade do século passado os serviços

de saúde ocupacional permaneceram praticamente desconhecidos. No

entanto, o aparecimento, o início do presente século, da legislação sobre

indenizações em casos de acidentes do trabalho, levou os empregadores a

estabelecerem os primeiros serviços de saúde ocupacional naquele país, com

objetivo básico de reduzir o custo das indenizações.

8. Evidentemente, a importância da proteção dos trabalhos atinge a todos os

povos, e não poderia deixar de interessar a duas grandes organizações de

âmbito internacional:

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OIT - (Organização Internacional do Trabalho)

OMS (Organização Mundial de Saúde).

Transcrevemos abaixo os objetivos dos serviços de saúde ocupacional instalado em

um estabelecimento de trabalho, ou em suas proximidades, conforme definição da

Organização Internacional do Trabalho:

I. Proteger os trabalhadores contra qualquer risco à sua saúde, que possa

decorrer do seu trabalho ou das condições em que este é realizado.

II. Contribuir para o ajustamento físico e mental do trabalhador, obtido

especialmente pela adaptação do trabalho aos trabalhadores, e pela

colocação destes em atividades profissionais para as quais tenham aptidões.

III. Contribuir para o estabelecimento e a manutenção do mais alto grau possível

de bem-estar físico e mental dos trabalhadores.

Finalmente chegamos ao Brasil, onde os dados recolhidos a respeito de doenças

profissionais e principalmente de acidentes do trabalho eram tão alarmantes que o

Governo Federal, integrando o Plano de Valorização do Trabalhador, baixou a

Portaria 3237 (27 de Junho de 1972), que torna obrigatória a existência de serviços

de medicina do trabalho e de engenharia de segurança do trabalho em todas as

empresas com um ou mais trabalhadores. Cria-se, assim, nova era no Brasil, que,

fiel aos seus compromissos internacionais, e seguindo o exemplo dos países

altamente industrializados, dispõe-se a dar aos seus trabalhadores a devida

proteção que eles têm direito.

Sem dúvida alguma, tais leis progressistas constituíam-se em um estímulo para a

prevenção de acidentes e moléstias profissionais, mas também muito ajudou o

florescimento da química, física e biologia, nos sécs. XIX e XX e a organização de

entidades interessadas no desenvolvimento da segurança e medicina do trabalho.

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UNIDADE II

1 - SESMT SERVIÇO ESPECIALIZADO EM ENGENHARIA SEGURANÇA E

MEDICINA DO TRABALHO NR 04

Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam

empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento,

Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho -

SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do

trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que

dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT.

A empresa poderá constituir Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e

em Medicina do Trabalho centralizado para atender a um conjunto de

estabelecimentos pertencentes a ela, desde que a distância a ser percorrida entre

aquele em que se situa o serviço e cada um dos demais não ultrapasse a 5 (cinco)

mil metros, dimensionando-o em função do total de empregados e do risco, de

acordo com o Quadro II, anexo, e o subitem

As empresas enquadradas no grau de risco 1 obrigadas a constituir Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho e que

possuam outros serviços de medicina e engenharia poderão integrar estes serviços

com os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho constituindo um serviço único de engenharia e medicina.

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho deverão ser integrados por Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança

do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho.

Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão exigir dos

profissionais que os integra comprovação de que satisfazem os seguintes requisitos:

a) médico do trabalho - médico portador de certificado de conclusão de curso de

especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador

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de certificado de residência médica em área de concentração em saúde do

trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de

Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade

ou faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina;

b) enfermeiro do trabalho - enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso

de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação,

ministrado por universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em

enfermagem;

c) auxiliar de enfermagem do trabalho - auxiliar de enfermagem ou técnico de

enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de

auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada

reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação;

d) técnico de segurança do trabalho: técnico portador de comprovação de registro

profissional expedido pelo Ministério do Trabalho.

Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de

Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser empregados da empresa

Quando a empresa contratante e as outras por ela contratadas não se enquadrarem

no Quadro II, anexo, mas que pelo número total de empregados de ambos, no

estabelecimento, atingirem os limites dispostos no referido quadro, deverá ser

constituído um serviço especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina

do Trabalho comum.

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho deverão ser chefiados por profissional qualificado, segundo os requisitos

especificados no subitem 4.4.1 desta NR. (104.018-9 / I1)

O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho deverão

dedicar 8 (oito) horas por dia para as atividades dos Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o

estabelecido no Quadro II, anexo.

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O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do

trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três) horas (tempo parcial) ou 6 (seis) horas

(tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o

estabelecido.

Ao profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho é vedado o

exercício de outras atividades na empresa, durante o horário de sua atuação nos

Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho.

Ficará por conta exclusiva do empregador todo o ônus decorrente da instalação e

manutenção dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho

Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho:

Aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho

ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e

equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à saúde do

trabalhador;

Determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do

risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de

Equipamentos de Proteção Individual-EPI, de acordo com o que determina a NR

6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o

exija;

Colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações

físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na alínea

"a";

Responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do

disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus

estabelecimentos;

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Manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas

observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR

5;

Promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação

dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças

ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração

permanente;

Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e

doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da prevenção;

Analisar e registrar em documento (s) específico (s) todos os acidentes ocorridos

na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença

ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da

doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as

condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou

acidentado(s);

Registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças

ocupacionais e agentes de insalubridade,

Manter os registros de que tratam as alíneas "h" e "i" na sede dos Serviços

Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou

facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o

método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas

condições de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser

guardados somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas "h"

e "i" por um período não- inferior a 5 (cinco) anos;

As atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em

Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente

prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando

se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos

de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e

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MAIA’S ESCOLA TÉCNICACURSO:SEGURANÇA NO TRABALHOao salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de

acidente estão incluídos em suas atividades.

DIMENSIONAMENTO DOS SESMT

Graude

Risco

Nº de empregados no estabelecimento 50

a100

101a

250

251a

500

501a

1.000

1.001a

2.000

2.001a

3.500

3.501a

5.000

Acima de5.000 para cadagrupo de 4.000ou fração acima

de 2.000**Técnicos

1

Técnico Seg. Trabalho . . . 1 1 1 2 1

Engenheiro Seg. Trabalho . . . . . 1* 1 1*

Aux. Enfermagem Trabalho

. . . . . 1 1 1

Enfermeiro do Trabalho . . . . . . 1* .

Médico do Trabalho . . . . 1* 1* 1 1*

2

Técnico Seg. Trabalho . . . 1 1 2 5 1

Engenheiro Seg. Trabalho . . . . 1* 1 1 1*

Aux. Enfermagem Trabalho

. . . . 1 1 1 1

Enfermeiro do Trabalho . . . . . . 1 .

Médico do Trabalho . . . . 1* 1 1 1

3

Técnico Seg. Trabalho . 1 2 3 4 6 8 3

Engenheiro Seg. Trabalho . . . 1* 1 1 2 1

Aux. Enfermagem Trabalho

. . . . 1 2 1 1

Enfermeiro do Trabalho . . . . . . 1 .

Médico do Trabalho . . . 1* 1 1 2 1

4

Técnico Seg. Trabalho 1 2 3 4 5 8 10 3

Engenheiro Seg. Trabalho . 1* 1* 1 1 2 3 1

Aux. Enfermagem Trabalho

. . . 1 1 2 1 1

Enfermeiro do Trabalho . . . . . . 1 .

Médico do Trabalho . 1* 1* 1 1 2 3 1

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(*) - Tempo parcial (mínimo de três horas)(**) - O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento da faixa de 3.501 a 5.000 mais o dimensionamento do(s) grupo(s) de 4.000 ou fração de 2.000.

OBS.: Hospitais, Ambulatórios, Maternidades, Casas de Saúde e Repouso, Clínicas e estabelecimentos similares com mais de 500 (quinhentos) empregados deverão contratar um Enfermeiro do Trabalho em tempo integral.

2- CIPA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES NR05

1921- A CIPA surgiu através de uma recomendação da OIT

1944 – A CIPA transformou-se em determinação legal no Brasil;

Tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de

modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e

a promoção da saúde do trabalhador.

2.1 – Organização

A CIPA será composta de representante do empregador e dos empregados, de

acordo com o dimensionamento previsto no quadro I.

O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitindo uma

reeleição.

É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo

de direção de comissões internas de prevenção de acidente desde o registro de sua

candidatura até um ano após o final de seu mandato.

O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação

necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de

Segurança e Saúde no Trabalho analisado na CIPA

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O empregador designará entre seus representantes o presidente da cipa, e os

representantes dos empregados escolherão entres os titulares o vice-presidente.

Empossados os membros da CIPA, a empresa deverá protocolizar, em até dez dias,

na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho, cópia das atas de eleição e

de posse e o calendário anual das reuniões ordinárias

Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios

necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo suficiente

para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho.

NR 05 - Anexo 1QUADRO I

OBS.: Os membros efetivos e suplentes terão representantes dos Empregadores e Empregados.

* As atividades econômicas integrantes dos grupos estão especificadas por CNAE nos QUADROS II e III.

CONHEÇA ALGUMAS TAREFAS DA CIPACONHEÇA ALGUMAS TAREFAS DA CIPA

Por iniciativa de seus membros ou por sugestão sua, propor medidas.para melhorar nossa saúde e segurança no trabalho;

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Desenvolver campanhas como a Semana Interna de Prevenção deAcidentes no Trabalho (SIPAT);

Confeccionar com sua participação o Mapa de Riscos Ambientais;

Analisar os acidentes de trabalho;

Zelar pelo cumprimento das Normas de Higiene e Segurança doTrabalho;

Cumprir determinações da Lei com relação a documentos que sãoenviados para o Ministério do Trabalho e Emprego, e ... Outros.

UNIDADE III

1 - CONCEITOS E PRÁTICAS SOBRE EPI/EPC NR 06

EPI é todo o meio ou dispositivo de uso pessoal, destinado a preservar e proteger a

incolumidade física do empregado, durante o exercício de trabalho, contra as

conseqüências resultantes de acidentes do trabalho.

O uso do EPI, pelo empregado, independe de outras medidas de ordem geral ou

modificações de processo, a que se obriga a empresa a tomar contra condições

ambientais de insegurança.

O emprego do Equipamento Individual é uma determinação legal, contida na Norma

Regulamentadora n.º 6 da Portaria MTb 3214/78, que visa disciplinar as condições

em que o mesmo deve ser empregado na proteção do trabalhador.

O empregador assume a obrigatoriedade de fornecer gratuitamente, sem nenhum

ônus para o trabalhador, o EPI adequado para a tarefa a ser executada, como meio

de neutralizar agentes físicos, químicos ou biológicos, nocivos à saúde do indivíduo.

Por outro lado, o empregado está obrigado a usar o EPI fornecido pela empresa de

modo adequado e exclusivamente para o fim a que se destina, sendo a recusa ao

uso do mesmo considerada infração que pode ser punida, na forma da legislação,

até mesma dispensa por justa causa do empregado faltoso.

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Nenhum EPI poderá ser comercializado e/ou adquirido sem que possua o

“Certificado de Aprovação” (C.A.), o qual atesta haver sido o equipamento aprovado

pela autoridade competente apto para o fim a que se destina (expedido pelo MTA –

Ministério do Trabalho e Administração).

Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, a :

Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;

Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTb;

Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;

Tornar obrigatório o seu uso;

Substituí-lo, imediatamente, quando danifcado ou extraviado;

Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;

Comunicar ao MTb qualquer irregularidade observada no EPI adquirido.

Obriga-se o empregado, quanto ao EPI:

Usa-lo apenas para a finalidade a que se destina;

Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o

uso.

Segue-se uma relação de EPI’s que poderá servir, onde se ajustar às

atividades da empresa, como orientação para uma futura consulta aos fabricantes

desses equipamentos.

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CARACTERÍSTICAS DOS EPI’s

Os EPI’s são indicados para uso específicos e convencional. Com relação aos

EPI’s convencionais, as suas características são as seguintes:

1 – Proteção da cabeça

Capacete – protege de impacto de objeto, que cai ou é projetado e de impacto

contra o objeto imóvel e somente estará completo e em condições adequadas

de uso se composto de:

Casco – é o capacete propriamente dito;

Carneira – armação plástica, semi-elástica, que separa o casco do couro

cabeludo e tem a finalidade de absorver a energia de impacto;

Jugular – presta-se à fixação de capacete à cabeça.

O capacete de celeron se presta também, à proteção contra radiação térmica.

2 – Proteção dos olhos

Óculos de Segurança – Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e de

impactos contra objetos imóveis.

Os óculos de segurança utilizados na empresa são, comprovadamente, muito

eficazes quanto à produção contra impactos.

3 – Proteção facial

Proteção facial – Protege todo o rosto de impacto de materiais projetados e de calor

radiante, podendo ser acoplado ao capacete. É articulado com perfil côncavo de

tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem tocá-lo, sendo construído

em acrílico, alumínio ou tela de aço inox.

4 – Proteção das laterais e parte posterior da cabeça

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Capuz: Protegem as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) de proteção das

fagulhas, poeiras e similares. Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz é

equipado com filtros de luz, permitindo proteção também contra queimaduras.

5 - Proteção respiratória

Respiradores e Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos,

asfixiantes e contra aerodispersóides (poeiras).

Protegem não somente de envenenamento e asfixias, mas, também, de inalação de

substâncias que provocam doenças ocupacionais (silicose, siderose, etc...)

Há vários tipos de máscaras para aplicação específicas, com ou sem alimentação de

ar respirável.

6 - Proteção de membros superiores

Protetor de Punho, Mangas e Mangotes: Protegem o braço, inclusive o punho,

contra impacto cortantes e perfurantes, queimaduras, choques elétricos, abrasão e

radiações ionizantes e não ionizantes.

Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e perfurantes, de

calor, choques elétricos, abrasão e radiações ionizantes.

7 - Proteção Auditiva

Protetor Auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído

contra o aparelho auditivo. Existem em dois tipos básicos:

Tipo PLUG (de borracha macia ou espuma de poliuretano), que é

introduzido no canal auditivo.

Tipo CONCHA, que cobre todo o aparelho auditivo, e protege também o

sistema auxiliar de audição (óssea).

O PROTETOR AURICULAR, não anula o som, mas reduz o RUÍDO (que é o som

indesejável) a níveis compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo

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usando o protetor auricular, ouve-se o som mais o ruído, sem que este afete o

usuário.

8 - Proteção do Tronco

Paletó: Protegem tronco e braços de queimaduras, perfurações, projeções de

materiais particulados e de abrasão, calor radiante e frio.

Avental: Protege o tronco frontalmente e a parte dos membros inferiores – alguns

modelos (tipo barbeiro) protegem também os membros superiores – contra

queimaduras, calor radiante, perfurações, projeção de materiais particulados,

ambos permitindo uma boa modalidade ao usuário.

9 - Proteção da Pele

Luva Química: Creme que protege a pele, especialmente do rosto e dos membros

superiores contra a ação dos solventes, lubrificantes e outros produtos agressivos.

10 – Proteção dos Membros Inferiores

Calçados de Segurança: Protege os pés contra impactos de objetos que caem ou

são projetados, impacto contra objetos imóveis e contra perfurações.

Perneiras: Protegem as pernas contra projeções de aparas, fagulhas, limalhas, etc.,

principalmente de materiais quentes.

11 - Proteção Global contra Quedas

Cinto de Segurança: Cinturões anti-quedas que protegem o homem nas atividades

exercidas em locais com altura igual ou superior a três metros, composto de

cinturão, propriamente dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon,

aço, etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme.

Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas

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empresas desobrigadas de manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI

adequado ao risco existente em determinada atividade.

UNIDADE IV

1- PCMSO-Programa de controle médico e saúde ocupacional NR 07

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade de elaboração e

implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde

Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do

conjunto dos seus trabalhadores.

Esta NR estabelece os parâmetros mínimos e diretrizes gerais a serem observados

na execução do PCMSO, podendo os mesmos ser ampliados mediante negociação

coletiva de trabalho.

Caberá à empresa contratante de mão-de-obra prestadora de serviços informar a

empresa contratada dos riscos existentes e auxiliar na elaboração e implementação

do PCMSO nos locais de trabalho onde os serviços estão sendo prestados.

O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no

campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas

demais NR.

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O PCMSO deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a

coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na

abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho.

O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos

agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da

constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis

à saúde dos trabalhadores.

O PCMSO deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos

trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais

NR.

1.1 - Do desenvolvimento do PCMSO.

O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:

a) admissional; (107.008-8 / I3)

b) periódico; (107.009-6 / I3)

c) de retorno ao trabalho; (107.010-0 / I3)

d) de mudança de função; (107.011-8 / I3)

e) demissional. (107.012-6 / I3)

Os exames de que trata o item 7.4.1 compreendem:

a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental;

(107.013-4 / I1)

b) exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos nesta

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Outros exames complementares usados normalmente em patologia clínica para

avaliar o funcionamento de órgãos e sistemas orgânicos podem ser realizados, a

critério do médico coordenador ou encarregado, ou por notificação do médico agente

da inspeção do trabalho, ou ainda decorrente de negociação coletiva de trabalho.

(107.017-7 / I1)

A avaliação clínica referida no item 7.4.2, alínea "a", com parte integrante dos

exames médicos constantes no item 7.4.1, deverá obedecer aos prazos e à

periodicidade conforme previstos nos subitens abaixo relacionados:

No exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador

assuma suas atividades; (107.018-5 / I1)

No exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo

discriminados:

a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o

desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles

que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos:

a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se

notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de

negociação coletiva de trabalho; (107.019-3 / I3)

a.2) de acordo com à periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os

trabalhadores expostos a condições hiperbáricas; (107.020-7 / I4)

b) para os demais trabalhadores:

b.1) anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco)

anos de idade; (107.021-5 / I2)

b.2) a cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta

e cinco) anos de idade. (107.022-3 / I1)

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No exame médico de retorno ao trabalho, deverá ser realizada obrigatoriamente no

primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou

superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza

ocupacional ou não, ou parto. (107.023-1 / I1)

No exame médico de mudança de função, será obrigatoriamente realizada antes da

data da mudança.

(107.024-0 / I1)

Para fins desta NR, entende-se por mudança de função toda e qualquer alteração de

atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador à

risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.

No exame médico demissional, será obrigatoriamente realizada até a data da

homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado

há mais de: (107.047-9)

135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2,

segundo o Quadro I da NR 4;

90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o

Quadro I da NR 4.

Dos primeiros socorros.

Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação

dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade

desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de

pessoa treinada para esse fim. (107.045-2 / I1)

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UNIDADE V

1 - PPRA-Programa de prevenção de riscos ambientais NR09

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece a obrigatoriedade da elaboração e

implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam

trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais

- PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores,

através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da

ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de

trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos

naturais. (109.001-1 / I2)

As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no âmbito de cada estabelecimento da

empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos

trabalhadores, sendo sua abrangência e profundidade dependentes das

características dos riscos e das necessidades de controle. (109.002-0 / I2)

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O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no

campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar

articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle

Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR 7.

Do desenvolvimento do PPRA.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:

a) antecipação e reconhecimento dos riscos; (109.010-0 / I1)

b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; (109.011-9 / I1)

c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; (109.012-7 / I1)

d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; (109.013-5 / I1)

e) monitoramento da exposição aos riscos; (109.014-3 / I1)

f) registro e divulgação dos dados. (109.015-1 / I1)

A elaboração, implementação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão ser

feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do

Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do

empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR.

A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos

ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar

os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou

eliminação. (109.016-0 / I1)

O reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens, quando

aplicáveis:

a) a sua identificação; (109.017-8 / I3)

b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras; (109.018-6 / I3)

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c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes

no ambiente de trabalho; (109.019-4/I3)

d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores

expostos; (109.020-8 / I3)

e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição; (109.021-6 / I3)

f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível

comprometimento da saúde decorrente do trabalho; (109.022-4 / I3)

g) os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na

literatura técnica; (109.023-2 / I3)

h) a descrição das medidas de controle já existentes. (109.024-0 / I3)

UNIDADE VI

1- Transporte e Movimentação de cargas e Operação de equipamentos de transporte cabos de aço (munck, guindaste).

Além de saber dirigir e conhecer bem os perigos do trecho, o motorista precisa saber

fazer amarração da carga, caso contrário corre o risco de deixar este serviço ser

feito por chapas na hora de carregar e enlonar o caminhão.

Amarrar uma carga com cabo de aço, corda ou cinta, trabalho que pode demorar 30

minutos como duas horas. "Vai depender do bruto, do produto a ser transportado e,

principalmente, da experiência de quem estiver enlonando", dizem os mais

escolados.

O motorista que não sabe amarrar carga fica na mão dos chapas para enlonar a

mercadoria. "Com isso ele vai ter mais custo e seu frete vai render menos, sem

contar que durante o percurso quase sempre precisa dar uma ajustada nos nós".

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O lonador - ou seja, o motorista que vai carregar o caminhão -, precisa distribuir bem

a carga no bruto. Depois, ele põe a cantoneira (se tiver cabo de aço), joga a lona no

chão, dobra na altura da carga e depois leva para cima do veículo e passa a corda

ou o cabo de aço.

70% das cargas são amarradas com corda e 30% com cabo de aço. "Os

catarinenses e os gaúchos preferem ter as cargas amarradas na ripa da carroçaria e

os nordestinos gostam mais do gancho”.

Os motoristas dizem que é melhor amarrar na ripa porque se o veículo sofrer um

acidente, o dano será somente na carga. No caso do gancho, se o caminhão cai

perde carga e danifica o bruto também.

O nó mais usado pelos motoristas para amarrar a carga é o Carioca por ser

considerado mais prático e fácil de ser feito. Existe outro tipo marinheiro etc.

Transportes de postes e escadas:

Somente um empregado deve dar sinais quando do manuseio de postes.

Ao retirar um poste de uma pilha, deve-se permanecer o mais afastado possível

dela; o veículo deverá estar devidamente calçado pelas suas sapatas.

Deve-se evitar subir na pilha de postes e só o fazendo quando a mesma estiver

bem arrumada e calçada.

Deve-se rolar os postes sempre na direção oposta aos trabalhadores e com

alavancas ou barras. As alavancas ou barras devem ser colocadas nas

extremidades dos postes, devendo o empregado ficar fora do seu alcance.

Quando o poste pousar sobre o veículo ou no chão, este deverá ser devidamente

calçado antes de se retirar o estropo a fim de evitar acidentes nas mãos.

Transporte de pessoal:

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Todo veículo de carga utilizado temporariamente para transporte de pessoal deve

atender o seguinte:

Ser equipado com bancos fixos em número suficiente.

A carroceria deve ser coberta e dotada de guardas altas.

As pessoas devem viajar sempre sentadas nos bancos, não sendo permitido

viajarem penduradas, com pernas para o lado de fora ou sobre escadas, postes,

etc. Quando transportar cargas junto com o pessoal, aquela deverá estar

devidamente acondicionada e amarrada, de forma a não oferecer riscos de

acidentes às pessoas.

Carga e descarga

Execução de serviços de carga e descarga com a utilização de guindastes

articulados - munck ou guindastes telescópicos. Deve – se utilizar todos os

equipamentos de apoio necessários para que as operações de içamento sejam

feitas com segurança, e sem danos à carga.

Içamento com cesta aérea

Içamento de pessoas com a utilização de cesta aérea acoplada em caminhões

guindauto (munck) ou guindastes para diversas finalidades, dentre elas:

Inspeção de viadutos.

Montagem e manutenção de Comunicação Visual totens, fachadas, front light,

back light e luminosos.

Inspeção e auxílio na montagem de estruturas metálicas.

Auxílio para filmagens de eventos.

Manutenção de máquinas.

Serviços diversos para construção civil.

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UNIDADE VII

1- RISCOS E SEUS AGENTES (físico, químico, ergonômico, biológico, acidente)

RISCOS AMBIENTAIS

Compreendem os seguintes riscos: Agentes químicos Agentes físicos Agentes biológicos Agentes ergonômicos Riscos de acidentes decorrentes do ambiente de trabalho

São capazes de causar danos à saúde e à integridade física do trabalhador em

função de sua natureza, intensidade, suscetibilidade e tempo de exposição.

1.1 - TIPOS DE RISCOS AO QUAL O TRABALHADOR ESTÁ EXPOSTO

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RISCOS FÍSICOS

São aqueles gerados por máquinas e condições físicas características do local de

trabalho, que podem causar danos à saúde do trabalhador.

RISCOS FÍSICOS

CONSEQÜÊNCIAS

Ruídos Cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição da audição, aumento da

pressão arterial, problemas do aparelho digestivo, taquicardia e perigo de infarto.

Vibrações Cansaço, irritação, dores dos membros, dores na coluna, doença do

movimento, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas, lesões dos tecidos moles,

lesões circulatórias, etc.

Calor Taquicardia, aumento da pulsação, cansaço, irritação, choques térmicos,

fadiga térmica, perturbações das funções digestivas, hipertensão.

Radiações ionizantes

Alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes de trabalho.

Radiações não ionizantes

Queimaduras, lesões nos olhos, na pele e nos outros órgãos.

Umidade Doenças do aparelho respiratório, quedas, doenças de pele, doenças

circulatórias.

Frio, Fenômenos vasculares periféricos, doenças do aparelho respiratório,

queimaduras pelo frio.

Pressões anormais

Hiperbarismos – Intoxicação por gases Hipobarismo – Mal das montanhas

RISCOS QUÍMICOS

São aqueles representados pelas substâncias químicas que se encontram nas

formas líquida, sólida e gasosa, e quando absorvidos pelo organismo, podem

produzir reações tóxicas e danos à saúde. ISCOS QUÍMICOS CONSEQÜÊNCIAS

Poeiras minerais

Ex.: sílica, asbesto, carvão,

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Minerais Silicose (quartzo), asbestose (amianto) e pneumoconiose dos minerais do

carvão.

Poeiras vegetais

Ex.: algodão, bagaço de canade-

açúcar

Bissinose (algodão), bagaçose (cana-de-açúcar), etc.

Poeiras alcalinas Doença pulmonar obstrutiva crônica e enfisema pulmonar.

Poeiras incômodas Podem interagir com outros agentes nocivos no ambiente de

trabalho potencializando sua nocividade.

Fumos metálicos Doença pulmonar obstrutiva crônica, febre de fumos metálicos e

intoxicação específica de acordo com o metal.

Névoas, gases e vapores (substâncias compostas ou produtos químicos em geral)

Irritantes: irritação das vias aéreas superiores

Ex.: ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, cloro etc.

Asfixiantes: dores de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma, morte etc.

Ex.:hidrogênio, nitrogênio, metano, acetileno, dióxido e monóxido de carbono etc.

Anestésicas: a maioria dos solventes orgânicos tendo ação depressiva sobre o

sistema nervoso, podendo causar danosos diversos órgãos e ao sistema formador

do sangue.

Ex.: butano, propano, benzeno, aldeídos, cetonas, tolueno, xileno, álcoois

etc.

Organismo:

Via respiratória: inalação pelas vias aéreas

Via cutânea: absorção pela pele

Via digestiva: ingestão

Vias de penetração no

RISCOS BIOLÓGICOS

São aqueles causados por microorganismos como bactérias, fungos, vírus e outros.

São capazes de desencadear doenças devido à contaminação e pela própria

natureza do trabalho.

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Vírus, bactérias e protozoários Doenças infecto-contagiosas.

Ex.: hepatite, cólera, amebíase, AIDS, tétano, etc.

Fungos e bacilos Infecções variadas externas (na pele, ex.: dermatites) e internas

(ex.: doenças pulmonares)

Parasitas Infecções cutâneas ou sistêmicas podendo causar contágio.

RISCOS ERGONÔMICOS

Estes riscos são contrários às técnicas de ergonomia, que exigem que os ambientes

de trabalho se adaptem ao homem, proporcionando bem estar físico e psicológico.

Os riscos ergonômicos estão ligados também a fatores externos (do ambiente) e

internos (do plano emocional), em síntese, quando há disfunção entre o indivíduo e

seu posto de trabalho.

CONSEQÜÊNCIAS

Esforço físico Levantamento e transporte manual de pesos Exigências de posturas

Cansaço, dores musculares, fraquezas, hipertensão arterial, diabetes, úlcera, doenças nervosas, acidentes e problemas da coluna vertebral.

Ritmos excessivos Trabalho de turno e noturno

Monotonia e repetitividade Jornada prolongada Controle rígido da produtividade Outras situações (conflitos, ansiedade, responsabilidade). Cansaço, dores musculares, fraquezas, alterações do sono, da libido e da vida

social, com reflexos na saúde e no comportamento, hipertensão arterial, taquicardia, cardiopatia, asma, doenças nervosas, doenças do aparelho digestivo (gastrite, úlcera, etc.), tensão, ansiedade, medo e comportamentos estereotipados.

RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES

Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do

ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em

perigo a integridade física do trabalhador.

RISCOS MECÂNICOSCONSEQÜÊNCIAS Arranjo físico inadequado. Acidentes e desgaste físico excessivo.

Máquinas sem proteção. Acidentes graves.

Iluminação deficiente. Fadiga, problemas visuais e acidentes de trabalho.

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Ligações elétricas deficientes. Curto-circuito, choques elétricos, incêndios,

queimaduras, acidentes fatais.

Armazenamento inadequado. Acidentes por estocagem de materiais sem

observação das normas de segurança.

Ferramentas defeituosas. Acidentes, principalmente com repercussão nos

membros superiores.

Equipamento de proteção individual inadequado.

Acidentes e doenças profissionais.

Animais peçonhentos (escorpiões, aranhas, cobras).

Acidentes por animais peçonhentos.

Possibilidade de incêndio ou explosão.

Outras situações de risco que podem contribuir para a ocorrência de acidentes.

UNIDADE VIII

1- OPERAÇÕES E CONDIÇÕES INSALUBRES NR15

Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres,

inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas

nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício

insalubre, e também os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à sua

saúde. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à

existência desta NR, são os artigos 189 e 192 da CLT.

Entende-se por “Limite de Tolerância”, para os fins desta Norma, a concentração ou

intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição

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ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida

laboral.

O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens

do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre

o salário mínimo da região, equivalente a: (115.001-4/ I1)

40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;

20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;

10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;

No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas

considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo

vedada a percepção cumulativa.

A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.

A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:

a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho

dentro dos limites de tolerância; (115.002-2 / I4)

b) com a utilização de equipamento de proteção individual.

Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do

trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de

segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional

devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua

eliminação ou neutralização.

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A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de

avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à

saúde do trabalhador.

É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas

requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em

estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou

determinar atividade insalubre.

Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que

comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional

devido.

O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.

UNIDADE IX

1- OPERAÇÕES E CONDIÇÕES PERIGOSAS NR16

Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes. Especificamente no que diz respeito ao Anexo n° 01: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos, e ao anexo n° 02: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis, tem a sua existência jurídica assegurada através dos artigos 193 a 197 da CLT.

A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como sendo o 3° agente periculoso é a Lei n° 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da área de eletricidade. A portaria MTb n° 3.393 de 17 de dezembro de 1987, numa atitude casuística e decorrente do famoso acidente com o Césio 137 em Goiânia, veio a enquadrar

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as radiações ionozantes, que já eram insalubres de grau máximo, como o 4° agente periculoso, sendo controvertido legalmente tal enquadramento, na medida em que não existe lei autorizadora para tal.

São consideradas atividades e operações perigosas as constantes dos Anexos

números 1 e 2 desta Norma Regulamentadora-NR.

O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a

percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os

acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da

empresa. (116.001-0 / I1)

O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja

devido.

É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas

requererem ao Ministério do Trabalho, através das Delegacias Regionais do

Trabalho, a realização de perícia em estabelecimento ou setor da empresa, com o

objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade perigosa.

Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são consideradas atividades ou

operações perigosas às executadas com explosivos sujeitos a:

a) degradação química ou autocatalítica;

b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos

sísmicos, choque e atritos.

As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em

quaisquer vasilhames e a granel, são consideradas em condições de periculosidade,

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exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200 (duzentos)

litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os

inflamáveis gasosos liquefeitos.

As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio dos

veículos, não serão consideradas para efeito desta Norma.

Para efeito desta Norma Regulamentadora - NR considera-se líquido combustível

todo aquele que possua ponto de fulgor igual ou superior a 70ºC (setenta graus

centígrados) e inferior a 93,3ºC (noventa e três graus e três décimos de graus

centígrados).

Todas as áreas de risco previstas nesta NR devem ser delimitadas, sob

responsabilidade do empregador. (116.002-8 / I2)

UNIDADE X

1- ERGÔNOMIA E SEUS EFEITOS NO AMBIENTE DE TRABALHO

É possível trabalhar sem que se produza um conflito entre a saúde e a produção? A

Ergonomia, uma disciplina que visa a adaptação do trabalho ao homem, prova que

sim, contribuindo para a definição das situações em que os seres humanos e as

máquinas interagem no sentido de alcançar os objectivos de produção, qualidade e

fiabilidade com o máximo de segurança e de bem-estar físico, mental, psíquico e

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social. A Ergonomia é uma disciplina de mudança e de transformação, que se

caracteriza pelo seu papel dinâmico no mundo empresarial.

A palavra “Ergonomia” vem de duas palavras Gregas: “ergon” que significa trabalho,

e “nomos” que significa leis. Hoje em dia, a palavra é usada para descrever a ciência

de “conceber uma tarefa que se adapte ao trabalhador, e não forçar o trabalhador a

adaptar-se à tarefa”. Também é chamada de Engenharia dos Factores Humanos, e

ultimamente, também se tem preocupado com a Interface Homem-Computador. As

preocupações com a ergonomia estão a tornar-se um factor essencial à medida que

o uso de computadores tem vindo a evoluir.

A Ergonomia pode ser aplicada em vários setores de atividade (Ergonomia

Industrial, hospitalar, escolar, transportes, sistemas informatizados, etc.). Em todos

eles é possível existirem intervenções ergonomicas para melhorar significativamente

a eficiência, produtividade, segurança e saúde nos postos de trabalho. A Ergonomia

atua em todas as frentes de qualquer situação de trabalho ou lazer, desde os

stresses físicos nas articulações, músculos, nervos, tendões, ossos, etc., até aos

fatores ambientais que possam afetar a audição, visão, conforto e principalmente a

saúde.

É uma ciência multi-disciplinar que usa conhecimentos de várias ciências, tais como:

anatomia, antropometria, biomecânica fisiologia, psicologia, etc…

A Ergonomia usa os conhecimentos adquiridos das habilidades e capacidades

humanas e estuda as limitações dos sistemas, organizações, actividades, máquinas,

ferramentas, e produtos de consumo de modo a torná-los mais seguros, eficientes, e

confortáveis para uso humano.

NR17 regulamenta claramente diversos aspectos do ambiente e das tarefas do

trabalho. Um exemplo é o mobiliário. “Cadeiras, mesas, bancadas de trabalho ideais

são descritas nas disposições, além da melhor forma de utilização de

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equipamentos”, apontam os fisioterapeutas. Outras orientações falam a respeito das

tarefas dos funcionários, como realizá-las com maior segurança e distribui-las

melhor ao longo da rotina diária. “O transporte e levantamento de materiais, por

exemplo, são detalhados de acordo com vários critérios, desde o peso da carga à

idade do trabalhador”, comenta.

Para o ambiente de trabalho ser saudável, ainda é necessário observar as

condições ideais quanto aos ruídos e iluminação. Mas a NR17 é mais aprofundada.

“A Norma fala até mesmo sobre temperatura, velocidade de vento e umidade relativa

do ar; variáveis geralmente ignoradas pelas empresas.Depois de consideradas

essas características ambientais, deve ser realizada a AET (Análise Ergonômica do

Trabalho) que aponta quais melhorias a empresa deve realizar.Atualmente, poucos

se enquadram na Norma Regulamentadora 17, mas não por falta de interesse e sim

por falta de compreensão das disposições.

A falta e suas conseqüências

Uma das causas da baixa produtividade pode ser o desconforto, que entre as suas

várias causas está diretamente ligada à adequação do corpo frente a um

determinado equipamento. A questão da iluminação, que além de poder causar

danos à visão, contribui significativamente na baixa pessoal da capacidade de

produção de uma pessoa, quer seja em um escritório, indústria, como até mesmo

em ambientes de trabalho mais sofisticados. Além disso, os ruídos e mudanças de

temperatura também influem negativamente neste processo.

Com relação aos problemas de coluna, o ideal ainda é a prevenção, portanto buscar

no ambiente de trabalho, a adequação de cadeiras e mesas seria o ideal para

protegê-la. Mas, quando não for possível contar com um escritório mais adequado,

procure sempre sentar em cadeiras com encosto reto e em casa, fuja dos sofás

muito macios. Aparentemente confortáveis, eles são um convite para que você se

jogue no assento de qualquer jeito. Mas o que fazer?

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Atualmente várias empresas já buscam a melhoria da qualidade do trabalho dos

empregados e já estabelecem uma série de programas como forma de incentivar a

saúde do trabalhador. Nas grandes capitais e áreas mais industrializadas, o

empresariado, já consciente dos futuros problemas, está investindo neste

programas, como também, em estudos sobre as vantagens da ergonomia para a

melhoria da produção nas empresas. Se por um lado, o uso da ergonomia pode

sugerir maior gasto, por outro representa uma economia para a empresa e como

conseqüência, a melhoria da saúde do trabalhador e da sociedade.

UNIDADE XI

1- ACIDENTES DE TRABALHO/INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE/CAT

As empresas são centros de produção de bens materiais ou de prestação de

serviços que tem uma importância para as pessoas que a elas prestam colaboração,

para as comunidades que se beneficiam com sua produção e, também, para a

nação que tem seus fatores de progresso o trabalho realizado por essas empresas.

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Nas empresas encontram-se presentes muitos fatores que podem transformar-se

em agentes de acidentes dos mais variados tipos. Dentre esses agentes podemos

destacar os mais comuns: ferramentas de todos os tipos; máquinas em geral; fontes

de calor; equipamentos móveis, veículos industriais, substâncias químicas em geral;

vapores e fumos; gases e poeiras, andaimes e plataformas, pisos em geral e

escadas fixas e portáteis.

As causas, entretanto, poderão ser determinadas e eliminadas resultando na

ausência de acidente ou na sua redução, como será explicado mais adiante quando

forem abordados os Fatores de Acidentes.

Desse modo muitas vidas poderão ser poupadas, a integridade física dos

trabalhadores será preservada além de serem evitados os danos materiais que

envolvem máquinas, equipamentos e instalações que constituem um valioso

patrimônio das empresas.

Para se combater as causas dos acidentes e se implantar um bom programa de

prevenção necessário se torna, primeiramente, conhecer-se a sua conceituação.

2- CONCEITO LEGAL DE ACIDENTES DE TRABALHO

(Decreto-lei nº 79.037, de 24 de Dezembro de 1976 – Regulamento do Seguro de

Acidentes do Trabalho).

Artigo 2º - Acidente do Trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do

trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação

funcional que causa a morte ou a perda, permanente ou temporária, da

capacidade para o trabalho.

3- CONCEITO PREVENCIONISTA DE ACIDENTES

Como se vê, pela lei brasileira, o acidente é confundido com o prejuízo físico sofrido

pelo trabalhador (lesão, perturbação funcional ou doença).

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Do ponto de vista prevencionista, entretanto, essa definição não é satisfatória, pois

o acidente é definido em função de suas consequências sobre o homem, ou seja, as

lesões perturbações ou doenças.

Visando a sua prevenção, o acidente, que interfere na produção, deve ser definido

como “qualquer ocorrência que interfere no andamento normal do trabalho”, pois

além do homem, podem ser envolvidos nos acidentes, outros fatores de produção,

como máquinas, ferramentas, equipamentos e tempo.

Visando a sua prevenção, o acidente, que interfere na produção, deve ser definido

como “qualquer ocorrência que interfere no andamento normal do trabalho”, pois

além do homem, podem ser envolvidos nos acidentes, outros fatores de produção,

como máquinas, ferramentas, equipamentos e tempo.

Diferença entre o CONCEITO LEGAL e o CONCEITO PREVENCIONISTA:

A diferença entre os dois conceitos reside no fato de que no primeiro é necessário

haver, apenas lesão física, enquanto que no segundo são levados em

considerações, além das lesões físicas, a perda de tempo e os materiais.

4- CLASSIFICAÇAO DOS ACIDENTES DO TRABALHO

a) ACIDENTE DO TRABALHO OU SIMPLESMENTE ACIDENTE: É a ocorrência

imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o exercício

do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou

remoto desta lesão.

b) ACIDENTE SEM LESÃO: É o acidente que não causa lesão pessoal.

c) ACIDENTE DE TRAJETO: É o acidente sofrido pelo empregado no percurso residência para o trabalho ou deste para aquela.

d) ACIDENTE IMPESSOAL: É aquele cuja caracterização independe de existir acidentado.

e) ACIDENTE INICIAL: É o acidente impessoal desencadeador de um ou mais acidentes.

CAT

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É um documento básico, seu preenchimento é obrigatório por lei. A empresa tem

que fazer a comunicação dos acidentes ao INSS, no prazo de 24 horas, preenchido

pelo serviço médico.

UNIDADE XII

1- CONDIÇÕES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL NR18

Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que

objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de

segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na

indústria da construção civil. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá

embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso I da CLT.

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Consideram-se atividades da Indústria da Construção as constantes do Quadro I,

Código da Atividade Específica, da NR 4 - Serviços Especializados em Engenharia

de Segurança e em Medicina do Trabalho.

É vedado o ingresso ou a permanência de trabaIhadores no canteiro de obras, sem

que estejam assegurados pelas medidas previstas nesta NR e compatíveis com a

fase da obra.

A observância do estabelecido nesta NR não desobriga os empregadores do

cumprimento das disposições relativas às condições e meio ambiente de trabaIho,

determinadas na !egislação federal, estadual e/ou municipal, e em outras

estabelecidas em negociações coletivas de trabalho.

Comunicação Prévia

É obrigatória a comunicação à Delegacia Regional do Trabalho, antes do início das

atividades, das seguintes informações:

a) endereço correto da obra;

b) endereço correto e qualificação (CEI, CGC ou CPF) do contratante, empregador

ou condomínio;

c) tipo de obra;

d) datas previstas do início e conclusão da obra;

e) número máximo previsto de trabalhadores na obra.

Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da

Construção- PCMAT

São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos

com 20 (vinte) trabaIhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros

dispositivos complementares de segurança.

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O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR 9, Programa de

Prevenção e Riscos Ambientais.

O PCMAT deve ser mantido no estabelecimento à disposição do órgão regional do

Ministério do Trabalho-MTb.

O PCMAT deve ser elaborado e executado por profissional legalmente habilitado na

área de segurança do trabalho.

A implementação do PCMAT nos estabelecimentos é de responsabilidade do

empregador ou condomínio.

Áreas de Vivência

Os canteiros de obras devem dispor de:

a) instalações sanitárias;

b) vestiário;

c) alojamento;

d) local de refeições;

e) cozinha, quando houver preparo de refeições;

f) lavanderia;

g) área de lazer;

h) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais

trabalhadores.

O cumprimento do diposto nas alíneas “c”, “f” e “g” e obrigatório nos casos onde

houver trabalhadores alojados.

As áreas de vivência devem ser mantidas em perfeito estado de conservação,

higiene e limpeza.

Quando da utilização de instalações móveis de áreas de vivência, deve ser previsto

projeto alternativo que garanta os requisitos mínimos de conforto e higiene

estabelecidos neste item.

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Instalações Sanitárias

Entende-se como instalação sanitária o local destinado ao asseio corporal e/ou ao

atendimento das necessidades fisiológicas de excreção.

A instalação sanitária deve ser constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na

proporção de 1 (um) conjunto para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores ou fração,

bem como de chuveiro, na proporção de 1 (uma) unidade para cada grupo de 10

(dez) trabalhadores ou fração.

Lavatórios

Os lavatórios devem:

a) ser individual ou coletivo, tipo calha;

b) possuir torneira de metal ou de plástico;

c) ficar a uma altura de 0,90 m (noventa centímetros);

d) ser ligado diretamente a rede de esgoto, quando houver;

e) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;

f) ter espaçamento mínimo entre as torneiras de 0,60 (sessenta centímetros),

quando coletivos;

g) dispor de recipiente para coleta de papéis usados

Vasos Sanitários

O local destinado ao vaso sanitário (gabinete sanitário) deve:

a) ter área mínima de 1,00 m² (um metro quadrado);

b) ser provido de porta com trinco interno e borda inferior de, no máximo 0,15 m

(quinze centímetros) de altura;

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c) ter divisórias com altura mínima de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros);

d) ter recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o

fornecimento de papel higiênico.

Mictórios

Os mictórios devem:

a) ser individual ou coletivo, tipo calha;

b) ter revestimento interno de material liso, impermeável e lavável;

c) ser providos de descarga provocada ou automática;

d) ficar a uma altura máxima de 0,50 m (cinquenta centímetros) do piso; e) ser ligado

diretamente a rede de esgoto ou a fossa séptica, com interposição de sifões

hidráulicos.

Chuveiros

A área mínima necessária para utilização de cada chuveiro é de 0,80 m² (oitenta

decímetros quadrados), com altura de 2,10 m (dois metros e dez centímetros) do

piso.

Vestiário

Os vestiários devem:

a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

b) ter pisos de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;

c) ter cobertura que proteja contra as intempéries;

d) ter área de ventilação correspondente a 1/10 (um décimo) da área do piso;

e) ter iluminação natural e/ou artificial;

f) ter armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;

g) ter pé-direito mínimo de 2,50 m (dois metros e cinqüenta centímetros), ou

respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra;

h) ser mantido em perfeito estado de conservação higiene e limpeza;

i) ter bancos em número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima

de 0,30 m (trinta centímetros).

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Alojamento

Os alojamentos dos canteiros da obra devem:

a) ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente;

b) ter piso de concreto, cimentado, madeira ou material equivalente;

c) ter cobertura que proteja das intempéries;

d) ter área de ventilação de, no mínimo, 1/10 (um décimo) da área do piso;

e) ter iluminação natural e/ou artificial;

f) ter área minima de 3,00 m² (três metros quadrados) por módulo cama/armário,

incluindo a área de circulação;

g) ter pé-direito de 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) para cama simples

e de 3,00 m (três metros) para camas duplas;

h) não estar situado em subsolos ou porões das edificações;

i) ter instalações elétricas adequadamente protegidas.

Local para refeições

O local para refeições deve:

a) ter paredes que permitam o isolamento durante as refeições;

b) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável;

c) ter cobertura que proteja das intempéries;

d) ter capacidade para garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário

das refeições;

e) ter ventilação e iluminação natural e/ou artificial;

f) ter lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior;

g) ter mesas com tampos lisos e laváveis;

h) ter assentos em número suficiente para atender aos usuários;

i) ter depósito, com tampa, para detritos;

j) não estar situado em subsolos ou porões das edificações;

k) não ter comunicação direta com as instalações sanitárias;

l) ter pé-direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros), ou

respeitando-se o que determina o Código de Obras do Município, da obra.

Cozinha

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a) ter ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão;

b) ter pé-direito mínimo de 2,80 m (dois metros e oitenta centímetros), ou

respeitando-se o Código de Obras do Município, da obra;

c) ter paredes de alvenaria, concreto, madeira ou material equivalente;

d) ter piso de concreto, cimentado ou de outro material de fácil limpeza;

e) ter cobertura de material resistente ao fogo;

f) ter iluminação natural e/ou artificial;

g) ter pia par lavar os alimentos e utensílios;

h) possuir instalações sanitárias que não se comuniquem com a cozinha, de uso

exclusivo dos encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições e

utensílios, não devendo ser ligadas à caixa de gordura;

i) dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo;

j) possuir equipamento de refrigeração para preservação dos alimentos;

k) ficar adjacente ao local para refeições;

l) ter instalações elétricas adequadamente protegidas;

m) quando utilizado GLP, os botijões devem ser instalados fora do ambiente de

utilização, em área permanentemente ventilada e coberta.

UNIDADE XIII

1- TRABALHO A CÉU ABERTO NR 21

Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT.

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Nos trabalhos realizados a céu aberto, é obrigatória a existência de abrigos, ainda

que rústicos, capazes de proteger os trabalhadores contra intempéries. (121.001-7 /

I1) Serão exigidas medidas especiais que protejam os trabalhadores contra a

insolação excessiva, o calor, o frio, a umidade e os ventos inconvenientes. (121.002-

5 / I1)

Aos trabalhadores que residirem no local do trabalho, deverão ser oferecidos

alojamentos que apresentem adequadas condições sanitárias. (121.003-3 / I1)

Para os trabalhos realizados em regiões pantanosas ou alagadiças, serão

imperativas as medidas de profilaxia de endemias, de acordo com as normas de

saúde pública. (121.004-1 / I2)

Os locais de trabalho deverão ser mantidos em condições sanitárias compatíveis

com o gênero de atividade. (121.005-0 / I1)

Quando o empregador fornecer ao empregado moradia para si e sua família, esta

deverá possuir condições sanitárias adequadas. (121.006-8 / I1)

É vedada, em qualquer hipótese, a moradia coletiva da família. (121.007-6 / I1)

A moradia deverá ter:

a) capacidade dimensionada de acordo com o número de moradores; (121.008-4 /

I1)

b) ventilação e luz direta suficiente; (121.009-2 / I1)

c) as paredes caiadas e os pisos construídos de material impermeável. (121.010-6 /

I1)

As casas de moradia serão construídas em locais arejados, livres de vegetação e

afastadas no mínimo 50,00m (cinqüenta metros) dos depósitos de feno ou estercos,

currais, estábulos, pocilgas e quaisquer viveiros de criação. (121.011-4 / I1)

As portas, janelas e frestas deverão ter dispositivos capazes de mantê-las fechadas,

quando necessário. (121.012-2 / I1)

O poço de água será protegido contra a contaminação. (121.013-0 / I1)

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A cobertura será sempre feita de material impermeável, imputrecível, não

combustível. (121.014-9 / I1)

Toda moradia disporá de, pelo menos, um dormitório, uma cozinha e um

compartimento sanitário. (121.015-7 / I1)

As fossas negras deverão estar, no mínimo, 15,00m (quinze metros) do poço;

10,00m (dez metros) da casa, em lugar livre de enchentes e à jusante do poço.

(121.016-5 / I2)

Os locais destinados às privadas serão arejados, com ventilação abundante,

mantidos limpos, em boas condições sanitárias e devidamente protegidos contra a

proliferação de insetos, ratos, animais e pragas. (121.017-3 / I1)

UNIDADE VX

1-COMBATE A INCÊNDIO NR 23

Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra Incêndios, ue devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT.

O fogo é conhecido desde a pré-história e desde aquele tempo tem trazido inúmeros

benefícios ao homem, ele nos aquece e serve para preparar alimentos, mas o fogo

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quando foge ao controle do homem recebe o nome de Incêndio, e causa inúmeros

danos para as pessoas, o incêndio exige pessoal e material especializado para

extingui-los, por isso simultaneamente com as primeiras medidas de combate e

salvamento chame os bombeiros com rapidez, ensine as crianças como salvarem-se

no caso de incêndio em sua residência.

FOGO:

É um fenômeno químico denominado de combustão, caracterizado pelas presenças

de luz e calor.

INCÊNDIO:

É quando o fogo foge do controle do homem e começa a causar danos e prejuízos.

TETRAEDRO DO FOGO

- O Calor: é o elemento que serve para dar início a um incêndio, mantém e aumenta

a propagação.

- O oxigênio: é necessário para a combustão e esta presente no ar que nos

envolve.

- O combustível: é o elemento que serve de propagação do fogo, pode ser sólido,

líquido ou gasoso.

- Reação em Cadeia: A reação em cadeia torna a queima auto-sustentável. O calor

irradiado das chamas atinge o combustível e este é decomposto em partículas

menores, que se combinam com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor

para o combustível, formando um ciclo constante.

 

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MÉTODOS DE EXTINÇÃO

- Abafamento: o abafamento ocorre com a retirada do oxigênio, é o mais difícil, a

não ser em pequenos incêndios.

- Resfriamento: o resfriamento é o método de extinção mais usado, consiste em

retirar o calor do material incendiado.

- Interrupção da Reação Química em Cadeia: é caracterizada pela ação do pó

químico seco que interrompe a reação da combustão.

TRANSMISSÃO DO CALOR

São três as transmissões do calor:

1ª) Condução: pelo contato direto de molécula a molécula. Por exemplo: uma barra

de ferro levada ao fogo.

2ª) Convecção: é a transmissão do calor por ondas caloríficas.

3ª) Irradiação: é a transmissão do calor por raios caloríficos.

CLASSIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE INCÊNDIO

São três as classificações das causas de incêndio:

1ª) Causas Naturais: são aquelas que provocam incêndios sem a intervenção do

homem. Exemplo: Vulcões, terremotos, raios, etc.

2ª) Causas Acidentais: São inúmeras. Exemplo: eletricidade, chama exposta, etc.

3ª) Causas Criminosas: são os incêndios propositais ou criminosos, são inúmeros

e variáveis. Exemplo: pode ser por inveja, vingança, para receber seguros, loucura,

etc.

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CAUSAS MAIS COMUNS DE INCÊNDIOS

- Sobrecarga nas instalações elétricas;

- Vazamento de gás;

- Improvisações nas instalações elétricas;

- Crianças brincando com fogo;

- Fósforos e pontas de cigarros atirados a esmo;

- Falta de conservação dos motores elétricos;

- Estopas ou trapos envolvidos em óleo ou graxa abandonados em local

inadequado.

CLASSES DE INCÊNDIO

Classe A: fogo em combustíveis comuns que deixam resíduos, o resfriamento é o

melhor método de extinção. Exemplo: Fogo em papel, madeira, tecidos, etc.

Classe B: fogo em líquidos inflamáveis, o abafamento é o melhor método de

extinção. Exemplo: Fogo em gasolina, óleo e querosene, etc.

Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados, agente extintor ideal é o pó

químico e o gás carbônico. Exemplo: Fogo em motores transformadores,

geradores, etc.

Classe D: fogo em metais combustíveis, agente extintor ideal é o pó químico

especial. Exemplo: Fogo em zinco, alumínio, magnésio, etc.

EXTINTORES

São aparelhos portáteis ou carroçáveis que servem para extinguir princípios de

incêndio. Os extintores devem estar em local bem visível e de fácil acesso. O

treinamento sobre o emprego correto do extintor é parte eficaz contra incêndio. Os

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extintores não são automáticos ou auto ativados, se o incêndio começa eles

continuam pendurados, inertes no lugar e nada acontece, pois são as mãos

humanas que, precisam levá-los ao lugar necessário, apontá-los corretamente,

ativá-los de modo a extinguir as chamas.

Extintor de Água Pressurizada: Combate princípios de incêndios de classe ª

extingue o fogo por resfriamento, não dever ser usado em aparelhos elétricos

energizados.

Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, soltar a trava de

segurança e apontar o mangote para a base do fogo apertando o gatilho.

Extintor de Gás Carbônico: pode ser usado em incêndios de classe A, B e C, é

mais indicado para equipamentos elétricos energizados.

Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, retirar o pino de

segurança, apontar o difusor para a base da chama e apertar o gatilho, movimentar

o difusor de um lado para o outro.

Extintor de Pó Químico Seco:

1º) Pó Químico Pressurizado: pode haver perda de carga devido a petrificação do

pó.

2º) Pó Químico Especial: usado para incêndios em classe D.

Os extintores de pó químico seco podem ser usados em todas as classes de

incêndios, não devem ser usados em centrais telefônicas ou computadores

porque

deixam resíduos. Não tem boa atuação nos incêndios da classe A e é preciso

completar a extinção jogando água.

Modo de Usar: Transportá-lo até as proximidades do fogo, soltar a trava de

segurança, apontar o difusor para a base do mesmo e apertar o gatilho, fazer

movimentos de um lado para o outro.

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FOGO EM AUTOMÓVEL

O extintor deve estar em local de fácil localização, retire o extintor e o transporte até

o local, dirija o jato a base do fogo, após desligue a bateria do veículo.

O QUE FAZER EM UM PRINCÍPIO DE INCÊNDIO?

- Preservar a sua integridade física e de outras pessoas;

- Realizar o primeiro combate ao fogo com os meios disponíveis. Ex: pano

molhado, balde de água, mangueiras de jardim ou extintores e posteriormente

chame o corpo de bombeiros pelo telefone 193, que pode ser discado de

qualquer telefone público sem ficha ou cartão;

- Ao sentir cheiro de gás ventile ao máximo o ambiente, não provoque qualquer

tipo de chama ou fagulha, nem mesmo ligue ou desligue o interruptor de luz.

CUIDADOS COM O GÁS DE COZINHA

- Não fumar enquanto estiver manuseando o botijão;

- Se a mangueira pegar fogo feche o registro;

- Ao utilizar o fogão acenda primeiro o fósforo e depois abra o registro,

- Não utilize o botijão de 13 Kg em fogareiros ou lampiões, pois poderá

ocasionar um super aquecimento do recipiente rompendo a válvula de

segurança;

- Não utilize chama para localizar vazamento de gás, use espuma;

- Faça revisões periódicas das instalações elétricas.

CUIDADOS COM AS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

- Não faça consertos ou improvisações nos fios ou equipamentos elétricos

sem estar devidamente habilitado;

- Evite ligar mais de um aparelho numa só tomada, pois sobrecarrega o

sistema elétrico podendo provocar um curto circuito ou incêndio;

- Desligue o ferro ao atender a porta ou o telefone.

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Page 54: Apostila Segurança No Trabalho Escola Maias

MAIA’S ESCOLA TÉCNICACURSO:SEGURANÇA NO TRABALHOCUIDADOS COM O USO DE CIGARRO

- Não jogar cigarro acesso no cesto de lixo;

- Evite acumular pontas de cigarro no cinzeiro do carro;

- Não jogue ponta de cigarro acesso na estrada

- Não durma fumando;

- Respeite as placas de proibição.

PROCEDIMENTOS EM CASO DE INCÊNDIOS EM EDÍFICIO

- Mantenha a calma;

- Nunca salte do prédio;

- Desça sempre, só suba em último caso, pois a tendência do calor e do fogo é

subir;

- Não utilize elevadores, providenciando para que outras pessoas também não

utilize.

SEMPRE QUE POSSÍVEL UTILIZE AS CAIXAS DE INCÊNDIO DA SEGUINTE

MANEIRA

- Abra a tampa;

- Engate a mangueira na saída do registro;

- Engate o esguicho na outra extremidade da mangueira;

- Desenvolva a mangueira em direção ao fogo;

- Abra o registro na caixa de incêndio

OUTROS CUIDADOS

- Se a peça estiver tomada de fumaça, ande rente ao chão, pois é onde há

menos fumaça e mais oxigênio;

- Zele pelos hidrantes nas calçadas, pois é onde os bombeiros abastecem com

a água as viaturas;

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MAIA’S ESCOLA TÉCNICACURSO:SEGURANÇA NO TRABALHO

- Mande revisar periodicamente os extintores;

- Ao entrar no ônibus, trens, repartições, casa de espetáculos, observe onde

situam-se as saídas de emergência;

- Se sua roupa pegar fogo, role no chão ou envolva-se num cobertor.

- "você não precisa se preocupar excessivamente com os incêndios, mas

nunca pense que ele somente ocorre com os outros ".

"LEMBRE-SE QUE A RESPONSABILIDADE DE EVITAR INCÊNDIOS NÃO

CABE SOMENTE AOS BOMBEIROS, MAS SIM A TODO O CIDADÃO CIENTE

DE SEUS DEVERES".

O fogo é uma necessidade para a sobrevivência do ser humano. Sua

aplicação é vasta: desde o cozimento dos alimentos até a impulsão de foguetes

para o espaço. Nestas condições está sob controle e os riscos que ele oferece

são mínimos. Da mesma forma, quando acionamos o queimador de gás do

nosso fogão, também o fogo está sob controle porque nós o manipulamos com

segurança.

Quando este mesmo fogo passa do fogão para um material combustível existente

nas proximidades e se alastra, estamos diante de um incêndio, que produz maior

volume de chamas e temperatura mais intensa. Causa danos ao patrimônio e às

pessoas.

Diante disto, podemos concluir que incêndio é fogo descontrolado, certamente

porque foi mal manipulado ou porque as normas básicas de prevenção contra

incêndios não foram obedecidas.

2. TIPOS DE AGENTES EXTINTORES

Os extintores devem conter uma carga de agente extintor em seu interior, essa

carga é chamada de unidade extintora e é especificada em norma.

  2.1 ÁGUA

É o agente extintor mais abundante na natureza. Age principalmente por

resfriamento, devido a sua propriedade de absorver grandes quantidades de calor.

Atua também por abafamento (dependendo da forma como é aplicada, neblina, jato

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contínuo, etc). A água é o agente extintor mais empregado, em virtude do seu baixo

custo e da facilidade de obtenção. Em razão da existência de sais minerais em sua

composição química, a água conduz eletricidade e seu usuário, em presença de

materiais energizados, pode sofrer um choque elétrico. Quando utilizada em

combate a fogo em líquidos inflamáveis, há o risco de ocorrer transbordamento do

líquido que está queimando ou mesmo um “boil over”, aumentando, assim, a área do

incêndio.

2.2 PÓ-QUÍMICO SECO

Os pós-químicos secos são substâncias constituídas de bicarbonato de sódio,

bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio, que, pulverizadas, formam uma

nuvem de pó sobre o fogo, extinguindo-o por quebra da reação em cadeia e por

abafamento. O pó deve receber um tratamento anti-higroscópico para não umedecer

e evitar assim a solidificação no interior do extintor. Para o combate a incêndio de

classe “D” utilizamos pós à base de cloreto de sódio, cloreto de bário, monofosfato

de amônia ou grafite seco.

  2.3 GÁS CARBÔNICO (CO²)

Também conhecido como dióxido de carbono, o CO² é um gás mais pesado que o

ar, sem cor, sem cheiro, não condutor de eletricidade e não venenoso (mas

asfixiante). Age principalmente por abafamento, tendo, secundariamente, ação de

resfriamento. Por não deixar resíduos nem ser corrosivo é um agente extintor

apropriado para combater incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos

sensíveis (centrais telefônicas e computadores).

2.4 COMPOSTOS HALOGENADOS (HALON)

São compostos químicos formados por elementos halogênios, tais como o

flúor, o cloro, o bromo e o iodo. Atuam na quebra da reação em cadeia devido às

suas propriedades específicas e, de forma secundária, por abafamento. São ideais

para o combate a incêndios em equipamentos elétricos e eletrônicos sensíveis,

sendo mais eficientes que o CO². Assim como o CO², os compostos halogenados se

dissipam com facilidade em locais abertos, perdendo seu poder de extinção.

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2.5 ESPUMA

A espuma pode ser química ou mecânica conforme seu processo de

formação. Química, se resultou da reação entre as soluções aquosas de sulfato de

alumínio e bicarbonato de sódio; mecânica, se a espuma foi produzida pelo

batimento da água, líquido gerador de espuma (LGE) e ar. A rigor, a espuma é mais

uma das formas de aplicação da água, pois constitui-se de um aglomerado de

bolhas de ar ou gás (CO²) envoltas por película de água. Mais leve que todos os

líquidos inflamáveis é utilizada para extinguir incêndios por abafamento e, por conter

água, possui uma ação secundária de resfriamento.  

3. CONSIDERAÇÕES SOBRE EXTINTORES PORTÁTEIS

São aparelhos de fácil manuseio, destinados a combater princípios de

incêndio. Recebem o nome do agente extintor que transportam em seu interior (por

exemplo: extintor de água, porque contém água em seu interior). Os extintores

podem ser:

4. EXTINTORES SOBRE RODAS (CARRETAS)

Os extintores sobre rodas, também chamados de carretas, são aparelhos

montados sobre rodas e com grande quantidade de agente extintor. As carretas

recebem o nome do agente extintor que transportam, da mesma forma que os

extintores portáteis.

Devido ao seu tamanho e a sua capacidade de carga, a operação destes

aparelhos geralmente é realizada por dois operadores.

As carretas podem ser:

de água;

de espuma mecânica;

de espuma química;

de pó químico seco;

de gás carbônico.

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6. QUADRO RESUMO DE EXTINTORES

COMO USAR OS EXTINTORES DE INCÊNDIO

EXTINTOR (TIPO) PROCEDIMENTOS DE USO

ÁGUA PRESSURIZADA  

- Retirar o pino de segurança.- Empunhar a mangueira e apertar o gatilho, dirigindo o jato para a base do fogo. - Só usar em madeira, papel, fibras, plásticos e similares. - Não usar em equipamentos elétricos.

GÁS CARBÔNICO (CO2)  

- Retirar o pino de segurança quebrando o lacre.- Acionar a válvula dirigindo o jato para a base do fogo. - Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio.

PÓ QUIMICO SECO (PQS)  

- Retirar o pino de segurança.- Empunhar a pistola difusora.- Atacar o fogo acionando o gatilho.- Pode ser usado em qualquer tipo de incêndio. *Utilizar o pó químico em materiais eletrônicos, somente em último caso. 

ONDE USAR OS AGENTES EXTINTORES

Agente extintor é todo material que, aplicado ao fogo, interfere na sua

química, provocando uma descontinuidade em um ou mais lados do

tetraedro do fogo, alterando as condições para que haja fogo.

Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados sólidos,

líquidos ou gasosos. Existe uma variedade muito grande de agentes

extintores. Citaremos apenas os mais comuns, que são os que

possivelmente teremos que utilizar em caso de incêndios. Exemplos: água,

gás carbônico, pó químico seco, agentes improvisados como areia,

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cobertor, etc, que normalmente extinguem o incêndio por abafamento,

ou seja, retiram todo o oxigênio a ser consumido pelo fogo.

 Classes de IncêndioAgentes Extintores

Água Pó Químico Gás Carbônico (CO2)

AMadeira, papel, tecidos etc.

SIM SIM* SIM*

BGasolina, álcool, ceras, tintas

etc.NÃO SIM SIM

CEquipamentos e Instalações

elétricas energizadas.NÃO SIM SIM

* => Com restrição, pois há risco de reignição. (se possível utilizar outro agente)

   

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UNIDADE XVI

1- CONDIÇÕES SANITÁRIAS NAS EMPRESAS NR 24

Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de

trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios,

cozinhas, alojamentos e água potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a

proteção à saúde dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica,

que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da

CLT.

Denomina-se, para fins de aplicação da presente NR, a expressão:

a) aparelho sanitário: o equipamento ou as peças destinadas ao uso de água para

fins higiênicos ou a receber águas servidas (banheira, mictório, bebedouro, lavatório,

vaso sanitário e outros);

b) gabinete sanitário: também denominado de latrina, retrete, patente, cafoto,

sentina, privada, WC, o local destinado a fins higiênicos e dejeções;

c) banheiro: o conjunto de peças ou equipamentos que compõem determinada

unidade e destinado ao asseio corporal.

As áreas destinadas aos sanitários deverão atender às dimensões mínimas

essenciais. O órgão regional competente em Segurança e Medicina do Trabalho

poderá, à vista de perícia local, exigir alterações de metragem que atendam ao

mínimo de conforto exigível. É considerada satisfatória a metragem de 1,00m2 (um

metro quadrado), para cada sanitário, por 20 (vinte) operários em atividade.

As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo.

Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser submetidos a

processo permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e

desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho.

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Os vasos sanitários deverão ser sifonados e possuir caixa de descarga automática

externa de ferro fundido, material plástico ou fibrocimento.

Os chuveiros poderão ser de metal ou de plástico e deverão ser comandados por

registros de metal a meia altura na parede.

Disposições gerais.

Em todos os locais de trabalho deverá ser fornecida aos trabalhadores água potável,

em condições higiênicas, sendo proibido o uso de recipientes coletivos. Onde houver

rede de abastecimento de água, deverão existir bebedouros de jato inclinado e

guarda protetora, proibida sua instalação em pias ou lavatórios, e na proporção de 1

(um) bebedouro para cada 50 (cinqüenta) empregados. (124.150-8 / I2)

As empresas devem garantir, nos locais de trabalho, suprimento de água potável e

fresca em quantidade superior a 1/4 (um quarto) de litro (250ml) por hora/homem

trabalho. (124.151-6 / I2)

Quando não for possível obter água potável corrente, essa deverá ser fornecida em

recipientes portáteis hermeticamente fechados de material adequado e construídos

de maneira a permitir fácil limpeza. (124.152-4 / I2)

A água não-potável para uso no local de trabalho ficará separada e deve ser afixado

aviso de advertência da sua não-potabilidade. (124.153-2/I1)

Os poços e as fontes de água potável serão protegidos contra a contaminação.

(124.154-0 / I1)

Nas operações em que se empregam dispositivos que sejam levados à boca,

somente serão permitidos os de uso estritamente individual, substituindo, sempre

que for possível, por outros de processos mecânicos. (124.155-9 / I1)

Os locais de trabalho serão mantidos em estado de higiene compatível com o

gênero de atividade. O serviço de limpeza será realizado, sempre que possível, fora

do horário de trabalho e por processo que reduza ao mínimo o levantamento de

poeiras. (124.156-7 / I1)

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Deverão os responsáveis pelos estabelecimentos industriais dar aos resíduos

destino e tratamento que os tornem inócuos aos empregados e à coletividade.

(124.157-5 / I1)

UNIDADE XVII

1- TRABALHO EM ESPAÇO CONFINADO NR 33

Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços

confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos

existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos

trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.

Espaço confinado é qualquer área não projetada para ocupação humana que

possua ventilação deficiente para remover contaminantes, bem como a falta de

controle da concentração de oxigênio presente no ambiente.

Cabe ao empregador:

a) indicar o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;

b) identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento ou de sua

responsabilidade;

c) identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;

d) implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho de forma a garantir

permanentemente ambientes e condições adequadas de trabalho;

e) garantir a capacitação permanente dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas

de controle, de emergência e resgate em espaços confinados;

f) garantir que o acesso a espaço confinado somente ocorra após a emissão da

Permissão de Entrada, conforme anexo II desta NR;

g) fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos potenciais nas

áreas onde desenvolverão suas atividades;

h) acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos

trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que

possam atuar em conformidade com esta NR;

i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho nos casos de suspeição de condição

de risco grave e iminente, procedendo a imediata evacuação do local;

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j) garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de

cada acesso aos espaços confinados;

k) garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o

local de trabalho sempre que suspeitarem da existência de risco grave e iminente

para sua segurança e saúde ou a de terceiros;

l) implementar as medidas de proteção necessárias para o cumprimento desta NR.

Cabe aos trabalhadores:

a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;

b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa;

c) comunicar aos responsáveis as situações de risco para sua segurança e saúde ou

de terceiros, que sejam do seu conhecimento;

31.2 - Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados.

31.2.1 - A gestão de segurança e saúde deve ser implementada, no mínimo, pelas

seguintes ações:

a) antecipar, reconhecer, identificar, cadastrar e sinalizar os espaços confinados

para evitar o acesso de pessoas não autorizadas;

b) estabelecer medidas para isolar, sinalizar, eliminar ou controlar os riscos do

espaço confinado;

c) controlar o acesso aos espaços confinados procedendo a implantação de travas e

bloqueios;

d) implementar medidas necessárias para eliminação ou controle das atmosferas de

risco em espaços confinados ;

e) desenvolver e implementar procedimentos de coordenação de entrada que

garantam informações, conhecimento e segurança a todos os trabalhadores;

f) desenvolver e implantar um procedimento para preparação, emissão, uso e

cancelamento de permissões de entrada;

g) estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos e trabalhadores dentro de

espaços confinados;

h) monitorar a atmosfera nos espaços confinados para verificar se as condições de

acesso e permanência são seguras.

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Medidas de proteção

As medidas para implantação e revisão do sistema de permissão de entrada em

espaços confinados devem incluir, no mínimo:

a) afixar na entrada de cada espaço confinado avisos de advertência, conforme o

anexo I da presente norma;

b) emitir ordem de bloqueio e ordem de liberação do espaço confinado,

respectivamente, antes do início dos serviços e após a conclusão dos mesmos;

c) assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com

acompanhamento e autorização de supervisão qualificada;

d) designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os

deveres de cada trabalhador e providenciando o treinamento requerido;

e) garantir que as avaliações iniciais sejam feitas fora do espaço confinado;

f) proibir a ventilação com oxigênio;

g) disponibilizar os procedimentos e permissão de entrada para o conhecimento dos

trabalhadores autorizados, seus representantes;

h) testar e calibrar os equipamentos antes de cada utilização;

i) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsicamente seguro, protegido contra

emissões eletromagnéticas ou interferências de radio-freqüências providos com

alarme;

j) encerrar a permissão de entrada quando as operações forem completadas, ocorrer

uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos;

k) manter arquivados os procedimentos e permissões de entrada;

l) utilizar equipamentos e instalações, inclusive o sistema de iluminação fixa ou

portátil, certificados no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade,

em locais onde há presença de atmosfera potencialmente explosiva;

É vedada a realização de qualquer trabalho de forma individualizada ou isolada em

espaços confinados.

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Todo trabalho realizado em espaço confinado deve ser acompanhado por

supervisão capacitada para desempenhar as seguintes funções:

a) emitir ordem de bloqueio dos espaços confinados antes do início das atividades;

b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na

Permissão de Entrada;

c) cancelar a Permissão de Entrada quando necessário;

d) manter o monitoramento e a contagem precisa do número de trabalhadores

autorizados no espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término dos

trabalhos;

e) permanecer fora do espaço confinado mantendo contato permanente com os

trabalhadores autorizados;

f) adotar os procedimentos de emergência e resgate quando necessário;

g) operar os equipamentos de movimentação ou resgate de pessoas;

h) ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer qualquer

indício de situação não prevista ou quando não puder desempenhar efetivamente

suas tarefas;

i) emitir ordem de liberação dos espaços confinados após o término dos serviços.

Capacitação para trabalhos em espaços confinados

O empregador deve desenvolver programas de capacitação sempre que ocorrer

qualquer das seguintes situações:

a) antes que o trabalhador seja designado para desempenhar atividades em

espaços confinados;

b) antes que ocorra uma mudança no trabalho;

c) na ocorrência de algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;

d) pelo menos uma vez ao ano.

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UNIDADE XVIII

1- NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

São os procedimentos para dar assistência às vítimas de acidentes, no local onde

ocorreu o acidente, por pessoa leiga, com a finalidade de salvar vidas e evitar

maiores consequências das lesões sofridas, enquanto se espera a ajuda de

profissionais especializados.

Para poder agir com calma, bom senso e eficiência;

Para saber o que fazer e como fazer, tomando a melhor decisão, com objetivo

de salvar vidas e prevenir lesões graves.

Solução de continuidade de um osso com maior ou menor comprometimento dos

tecidos adjacentes.

Fechada: quando o osso lesado não se exterioriza.

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Exposta: é quando o osso lesado aparece na superfície corporal, pelo

rompimento do músculo e da pele.

É a perda sanguínea com rompimento de um ou mais vasos.

Interna: quando o sangramento decorre de um rompimento de vaso sanguíneo

dentro do corpo, sem que haja solução de continuidade da pele.

Externa: quando o local do sangramento é visível através da solução de

continuidade da pele e tecidos.

Avaliar gravidade da hemorragia; Afrouxar as vestes ou retirar o excesso; Manter a área afetada mais elevada que o resto do corpo; Aquecer o acidentado para prevenir choque; Estancar a hemorragia.

São lesões causadas por agentes: físicos, químicos e biológicos que agem no tecido

de revestimento do corpo, podendo destruir parcial ou totalmente a pele e seus

anexos.

1º GRAU : é a queimadura superficial, atingindo apenas a epiderme.

2º GRAU : é aquela em que o agente agressor atinge toda a epiderme e parte da

derme.

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3º GRAU : são queimaduras profundas e graves, que atinge todas as camadas da

pele, podendo atingir tecidos subcutâneo, músculo e até ossos.

LEVES OU PEQUENOS QUEIMADO: atinge menos de 10% da superfície corporal;

MÉDIAS OU MÉDIOS QUEIMADOS : atinge de 10% a 20% da superfície corporal;

GRAVES OU GRANDES QUEIMADOS: atinge mais de 20% da área corporal.

Se a queimadura for provocada por fogo, deve-se imediatamente apagar a chama

pelos seguintes meios:

Deitar a vítima no chão e enrolar em tapete ou cobertor para abafar a chama;

Rolar a vítima no chão; Usar extintor de incêndio, sem dirigir o jato no rosto.

Imergir a área afetada em água fria ou colocar compressas frias, devendo só ser

aplicado em pequenas queimaduras;

Manter a queimadura coberta com compressa estéril ou pano limpo;

Se houver tolerância gástrica, pode-se dar líquido para beber, evitando bebidas

quentes ou alcóolicas;

Medicar com analgésico, se possível;

Não passar nenhuma substância nas lesões;

Procurar recursos médicos.

Despir o paciente sob água corrente; Lavar imediatamente a área afetada com água corrente, inclusive os olhos

em caso de serem afetados;Obs.: demorar o tempo necessário para remover toda a substância química.

Proteger com compressas estéreis ou pano limpo; Proteger com compressas estéreis ou pano limpo; Procurar recursos médicos.

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As queimaduras elétricas podem produzir um quadro grave porque a eletricidade

afeta em graus variáveis todos os tecidos por onde ela passa.

O tratamento de emergência consiste em detectar qualquer anormalidade cárdio-

respiratória e realizar manobras de reanimação se necessário, após retirar a vítima

da ação da eletricidade. Deve- se encaminhar o caso o mais rápido possível para o

hospital.

A movimentação ou transporte de um acidentado ou doente devem ser feitos com

cuidado a fim de não complicar as lesões existentes.

Controlar a hemorragia

Manter a respiração;

Imobilizar todos os pontos suspeitos de fraturas;

Evitar ou controlar o estado de choque.

Pode- se fazer uma boa maca adotando- se duas camisas de um paletó em duas

varas ou bastões resistentes ou enrolando um cobertor, dobrado em três, em volta

de tubos de ferro ou bastões ou ainda, usando uma tábua larga.

COMO LEVANTAR A VÍTIMA COM SEGURANÇA:

Se o acidentado tiver de ser levantado antes de um exame para verificação das

lesões, cada parte de seu corpo deve ser apoiada.

COMO PUXAR O ACIDENTADO PARA UM LOCAL SEGURO:

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Puxe a vítima pela direção da cabeça ou pelos pés. Nunca pelos lados. Tenha cuidado de certificar-se de que a cabeça está protegida.

UNIDADE XIX

1- MAPA DE RISCOS E ANÁLISE DE RISCO

Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes

nos locais de trabalho (sobre a planta baixa da empresa, podendo ser completo ou

setorial), capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e

doenças de trabalho. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo

de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de

trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de

trabalho,método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de

trabalho, treinamento, etc.)”.

PARA QUE SERVE?

Serve para a conscientização e informação dos trabalhadores através da fácil

visualização dos riscos existentes na empresa.

Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da

situação de segurança e saúde no trabalho na empresa.

Possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de informações

entre os trabalhadores, bemcomo estimular sua participação nas atividades

de prevenção.

COMO SÃO ELABORADOS OS MAPAS?

Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: número,

sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada; os

instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; o ambiente.

Identificar os riscos existentes no local analisado, conforme a classificação

específica dos riscos ambientais.

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Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia. Medidas de proteção

coletiva; medidas de organização do trabalho; medidas de proteção individual;

medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro,

refeitório, área de lazer.

Identificar os indicadores de saúde, queixas mais freqüentes e comuns entre

os trabalhadores expostos aos mesmos riscos, acidentes de trabalho ocorridos,

doenças profissionais diagnosticadas, causas mais freqüentes de ausência ao

trabalho.

Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.

Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout da empresa, indicando através de círculos:

O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada.

O número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do

circulo.

A especificação do agente (por exemplo: químico - sílica, hexano, ácido clorídrico;

ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo) que deve ser anotada também dentro

do círculo.

A intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser

representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos.

Quando em um mesmo local houver incidência de mais de um risco de igual

gravidade,utiliza-se o mesmo círculo, dividindo-o em partes, pintando-as com a cor

correspondente ao risco.

Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial,

deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil

acesso para os trabalhadores.

Analise de riscoAnalise de risco

A analise de risco é um procedimento que se aplica para os métodos de trabalho.

Com características próprias e exigindo técnicas especificas, pode ser considerado

um método avançado de inspeção de segurança. Essa técnica auxilia a descoberta

de riscos e pode prever outros que possuam exigir alguma atenção especial.

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A analise de risco consiste em detectar os riscos existentes e indicar as medidas

preventivas e os elementos para a elaboração de regras de segurança para cada

atividade.

Para fazer uma analise de risco é necessária uma decomposição do trabalho ou

atividade analisada. Cada passo é estudado individualmente para que se possa

determinar possíveis riscos e sugerir meios para elimina-los ou controla-los por

meio

de medidas relativas ao ambiente de trabalho , métodos de trabalho seguro e uso

de equipamentos de proteção individual.

Durante uma analise de risco devem ser avaliados os seguintes riscos:

1 De ser atingido por produtos químicos, gases, vapores, queda de objetos, etc;

2 De ser prensado entre algum objeto ou equipamento ou objetos e partes moveis de um equipamentos;

3 De queda de mesmo nível provocada por depressões, saliências, óleo, água, etc, no piso;

4 De queda de nível diferente como trabalhos em andaimes, aberturas no piso;

5 De contato com temperaturas extremas - frio/calor;

6 De contato com eletricidade ou equipamentos energizados;

7 De contatos com produtos químicos agressivos;

8 De bater contra alguma coisa;

9 De inalação de gases;

10 De ingestão de produtos químicos agressivos;

11 De deficiência de iluminação;

12 De eficiência de iluminação;

13 De alto índice de ruído.

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  A analise de risco ocupa um lugar muito importante na prevenção de acidentes e

danos, pois ela mostra se o trabalho é pesado ou leve, se requer do funcionário

força física, habilidade na coordenação motora, boa visão e todas as condições

combinadas, alem disso, divide o trabalho em varias fases e assinala os riscos

específicos de cada uma, de maneira a poder reconhece-los e preveni-los.

A analise de risco traz beneficio ao funcionário nos seguintes aspectos:

 1 O funcionário é treinado e orientado, por meio da analise, sobre os riscos que ha em cada fase da operação;

2 faz com que o funcionário tenha mais contato com a segurança de seu trabalho e atue na prevenção de acidentes;

3 Auxilia na instrução de um novo funcionário que seque cada passo da operação;

4 Revê procedimentos de trabalho apos uma ocorrência de acidentes;

5 Melhora a produtividade e ajuda a prevenir perdas e acidentes.

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