apostila saúde e segurança no trabalho

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segurança no trabalho

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  • ___________________________________________________________________________

    Nome da Disciplina

  • Sade e Segurana do Trabalho

    Elaborado por Marcelo Loutfi

    2015

  • com satisfao que a Unisa Digital oferece a voc, aluno(a), esta apostila de Sade e

    Segurana do Trabalho, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao

    aprendizado dinmico e autnomo que a educao a distncia exige. O principal objetivo desta

    apostila propiciar aos(s) alunos(as) uma apresentao do contedo bsico da disciplina.

    A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos

    multidisciplinares, como chats, fruns, aulas web, material de apoio e e-mail.

    Para enriquecer o seu aprendizado, voc ainda pode contar com a Biblioteca Virtual:

    www.unisa.br, a Biblioteca Central da Unisa, juntamente s bibliotecas setoriais, que fornecem

    acervo digital e impresso, bem como acesso a redes de informao e documentao.

    Nesse contexto, os recursos disponveis e necessrios para apoi-lo(a) no seu estudo so o

    suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso,

    concorrendo para uma formao completa, na qual o contedo aprendido influencia sua vida

    profissional e pessoal.

    A Unisa Digital assim para voc: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!

    Unisa Digital

  • Introduo ............................................................................................................................ 1

    Unidade 1 Trabalho, Sade e Segurana ................................................................................ 2

    1.1 Legislao .................................................................................................................................. 2

    1.2 Normas Regulamentadoras ...................................................................................................... 8

    1.3 Documentos e Treinamentos ................................................................................................... 27

    Unidade 2 Atividades de Risco .............................................................................................. 32

    2.1 Os riscos ambientais ................................................................................................................ 32

    2.2 Avaliaes de riscos ................................................................................................................. 48

    Unidade 3 Adicionais de Risco .............................................................................................. 57

    3.1 A insalubridade ........................................................................................................................ 57

    3.2 A periculosidade ....................................................................................................................... 63

    Unidade 4 Equipamentos de Proteo .................................................................................. 68

    4.1 Proteo Individual .................................................................................................................. 68

    4.2 Proteo coletiva ..................................................................................................................... 72

    4.3 Proteo contra incndio ......................................................................................................... 74

    Unidade 5 Departamentos de Segurana e Sade ................................................................. 79

    5.1 A CIPA ....................................................................................................................................... 79

    5.2 O SESMT ................................................................................................................................... 84

    Unidade 6 Documentao Previdenciria ............................................................................. 89

    6.1 Documento do PPP .................................................................................................................. 89

    6.2 Orientao geral do PPP .......................................................................................................... 93

    Respostas Comentadas das atividades propostas ......................................................................... 97

    Referncias .................................................................................................................................... 111

  • 1

    INTRODUO

    Bem vindos ao curso de Sade e Segurana do Trabalho!

    Este um tema vasto e necessrio a todos os profissionais. Na atualidade no podemos

    imaginar algum sem conhecimentos mnimos de preveno e segurana.

    Neste trabalho, procuramos ilustrar ao mximo as diversas situaes em que

    necessria a interveno de um gestor.

    Comeamos pela legislao bsica de segurana e procuramos resumir os principais

    itens que devem ser atendidos.

    As atividades de risco so um caso aparte onde necessria uma observao apurada

    para avaliar e entender o que realmente se passa nas atividades.

    Lembre-se sempre que a melhor forma de obter sucesso, neste ponto, conversando

    com os trabalhadores. O dilogo a melhor soluo.

    Claro que no podamos deixar de falar dos equipamentos de proteo individual e nem

    da proteo coletiva. Colocamos um breve destaque sobre a preveno de incndio, entendendo

    que til nas nossas atividades.

    Dois rgos preconizados na legislao, a CIPA e o SESMT, tiveram especial ateno, at

    porque quase sempre estes departamentos so subordinado ao RH.

    Finalmente falamos um pouco sobre o tpico do perfil profissiogrfio relativo

    legislao previdenciria.

    O principal que voc conhea um pouco dos diversos assuntos e possa, na medida do

    necessrio e dentro do seu campo de atuao, aprofundar nos temas.

    Boa sorte!

  • 2

    1 Trabalho, Sade e Segurana

    Nesse captulo ser apresentada uma breve viso sobre o mundo do trabalho e as

    implicaes relacionadas com a sade e segurana de quem trabalha. O trabalhador o foco

    principal deste tpico e veremos ainda que a sade e a segurana do trabalhador so amparadas

    por leis e normas especficas.

    1.1 Legislao

    Todos desejam o bem estar fsico e psquico. O trabalho no apenas um meio de

    conseguir este objetivo, mas tambm uma forma de realizao pessoal e de por vezes de grande

    satisfao social.

    Ao longo do tempo observamos, entretanto que o esforo fsico intenso os ambientes que

    so por vezes adversos, com presena de agentes nocivos sade tornam o trabalho uma fonte de

    prejuzo integridade fsica dos trabalhadores.

    Sade e segurana passaram a ser ento um compromisso cada vez mais intenso e

    necessrio para que o trabalho se desenvolva de forma a evitar estes agravos, ou melhor, estas

    implicaes danosas ao trabalhador. O objetivo ser sempre o mais absoluto bem estar do

    trabalhador.

    Esta a posio inclusive da Organizao Internacional do Trabalho, OIT.

    A OIT foi criada em 1919, fazendo parte do sistema das Organizaes das Naes Unidas

    (ONU) com estrutura composta por governos e organizaes de trabalhadores emitindo

    documentos visando permanente justia e paz universal.

    Um dos principais documentos que so emitidos de chamada conveno e cada uma

    delas recebe uma numerao.

    Uma vez que a conveno aceita pelo pas membro, ou seja, um pas que participa da OIT

    como o Brasil, por exemplo, a conveno ganha fora de Lei neste pas.

  • 3

    No caso conforme a Conveno 155 da OIT o termo sade, com relao ao trabalho,

    abrange no s a ausncia de afeces ou doenas, mas tambm os elementos fsicos e mentais

    que afetam a sade e esto diretamente relacionados com a segurana e a higiene no trabalho.

    Nada menos!

    Na definio, aparece o termo higiene do trabalho, sendo que internacionalmente se usa

    como sinnimo o termo higiene ocupacional para definir a cincia que se dedica ao estudo dos

    ambientes de trabalho e preveno das doenas causadas por eles (FUNDACENTRO, 2004).

    Higiene e sade ocupacionais so conceitos importantes e coligados. No estamos falando

    da higiene como limpeza de sujeiras apenas, mas de todo contaminante existente, como por

    exemplo, produtos qumicos e outros. Queremos chamar ateno para o fato do ambiente, qundo

    contaminado por algum produto poder causar alguma doena.

    Esta preocupao, no de hoje, j em 1700 foi publicado um livro importante na histria

    da higiene e medicina do trabalho, chamada de De Morbis Artificum Diatriba, do mdico

    Bernardino Ramazzini.

    Ateno

    A Conveno 155 das OIT foi promulgada pelo Brasil transformando-se em

    Lei, conforme Decreto 1.254 de 29 de setembro de 1994. Portanto no Brasil

    o termo sade, com relao ao trabalho, abrange no s a ausncia de

    afeces ou doenas, mas tambm os elementos fsicos e mentais que

    afetam a sade e esto diretamente relacionados com a segurana e a

    higiene no trabalho.

  • 4

    Neste livro o mdico relaciona uma doena diretamente com o trabalho que feito. Por

    exemplo, se o trabalhador apresenta palidez cutnea (pele branca), dores gstricas e outros

    sintomas, e trabalhava com chumbo, provavelmente tinha uma doena chamada de saturnismo

    que uma intoxicao por chumbo, um metal pesado.

    Importante notar que, foi Ramazzini o primeiro a introduzir na anamnese (entrevista)

    mdica, a pergunta: Qual o seu trabalho? Dessa forma conseguiu identificar a doenas e de

    pronto iniciar o tratamento.

    Cabe, portanto, higiene do trabalho fazer melhorias no ambiente para que este

    contaminante, no caso anterior o chumbo, no agredisse o trabalhador causando a perda da

    sade do mesmo, e de seus companheiros, que por hora, podem no estar doente.

    Figura 1: Livro De Morbis Artificum Diatriba de Bernardino Ramazzini. Fonte: Capa Livro da Fundacentro.

    Figura 2: Mdico fazendo anamnese, ou seja, a primeira entrevista do mdico com o paciente (WIKIPEDIA).

  • 5

    Relembrando, ento, que a higiene a maneira de conservar o ambiente em condies

    dignas de trabalho e sem apresentar contaminantes ou agentes agressores, promovendo a sade

    ocupacional, ou seja, a sade no trabalho.

    Para alcanar este objetivo, a sociedade como um todo percebeu que seria necessrio

    impor Leis que apoiassem os trabalhadores na luta por melhores condies de higiene sade e

    trabalho. No Brasil, alm de vrios decretos como o que promulgou a Conveno 155 da OIT,

    foram emitidos, mas a principal Lei sem dvida a Constituio Brasileira, vejamos o que diz a

    constituio.

    Constituio Federal de 1988 em seu Artigo 7:

    So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem

    melhoria de sua condio social: XXII - Reduo dos riscos inerentes aos

    trabalhos, por meio de normas de sade, higiene e segurana do trabalho;

    Vemos no artigo 7 da Constituio Federal de 1988 (CF88), que a relao de trabalho

    encontra-se amparada no mais alto nvel legal de nosso pas.

    Manda a CF88 que se emitam Leis e Normas de segurana e sade do trabalho para reduo

    dos riscos que so impossveis de serem eliminados (inerentes aos trabalhos) e que se for possvel

    evidentemente seja totalmente retirado do ambiente de trabalho. Devemos deixar claro que a

    reduo apenas para o que inerente, ou seja, impossvel, pela tecnologia existente, de ser

    retirado do ambiente.

    Se for possvel eliminar o risco devemos elimin-lo. Isto fica claro inclusive pela Lei que

    apresentamos a seguir, Lei 10.406 de 2002, que outra importante Lei a ser lembrada.

    Cdigo Civil Brasileiro Lei 10.406/02:

    Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia ou

    imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que

    exclusivamente moral, comete ato ilcito.

  • 6

    Art. 187. Tambm comete ato ilcito o titular de um direito que, ao exerc-lo,

    excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econmico ou

    social, pela boa-f ou pelos bons costumes.

    Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,

    fica obrigado a repar-lo. Pargrafo nico. Haver obrigao de reparar o

    dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou

    quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar,

    por sua natureza, risco para os direitos de outrem.

    Se no bastasse ainda incorre em penas criminais aquele coloca algum em perigo,

    independente da consequncia, conforme segue.

    Art. 132 - Expor a vida ou a sade de outrem a perigo direto e iminente:

    Pena - deteno, de trs meses a um ano, se o fato no constitui crime mais

    grave. Cdigo Penal Brasileiro

    Ateno

    O artigo 927, do Cdigo Civil Brasileiro (CCB), manda a empresa reparar o dano, ou

    seja, pagar ao trabalhador ou sua famlia pela doena ou acidente que o

    trabalhador possa sofrer fruto do trabalho. Para a segurana a melhor forma de

    evitar o dano e, portanto a reparao com conseqentes gastos financeiros

    cumprindo rigorosamente os preceitos das chamadas Normas Regulamentadoras

    (NRs). Somente dessa forma a empresa poder ter alguma defesa em relao aos

    acidentes e doenas do trabalho.

  • 7

    As Normas Regulamentadoras do Ministrio do Trabalho so ento a chave para preservar

    a sade do trabalhador e tambm evitar gastos desnecessrios para a empresa. Este ser o

    prximo tpico de estudo.

    Saiba Mais

    Somente na regio da Grande So Paulo, tramitam hoje nos tribunais algumas

    centenas de aes contra empresas. Muitos empresrios, industriais ou

    comerciantes podero, no decorrer dessas aes, vir a ser obrigado a prestar

    contas, pessoalmente, nos tribunais criminais, o que era inimaginvel at h

    pouco. Com as alteraes que vm ocorrendo tanto na legislao acidentria

    como na prevencionista, nos ltimos anos, a empresa que no cumprir as

    normas de Segurana e Higiene no Trabalho fica passvel de sofrer, pelo

    Ministrio Pblico, uma ao civil pblica, de carter fulminante, porque

    possibilita, atravs de liminar, a imediata interdio de mquina, setor de obra

    ou fbrica ou at mesmo da fbrica toda.

    Pode ainda o Ministrio Pblico mover uma ao penal pblica contra a

    empresa, enquadrando-a em contraveno penal. Se o descumprimento

    culposo das normas de Segurana e Higiene resultar em acidente do Trabalho,

    a empresa passa a ficar passvel de sofrer mais trs aes judiciais: uma ao

    indenizatria, proposta pelo acidentado; uma ao penal contra o

    empregador ou contra os responsveis pela empresa, movida pelo Ministrio

    Pblico; e uma ao regressiva, de iniciativa da Previdncia (THAME, 1992).

    Aqui voc dever indicar textos complementares, fatos

    que estejam relacionados aos temas e contedos, oferea

    novas informaes que iro agregar conhecimento ao

    aluno.

  • 8

    1.2 Normas Regulamentadoras

    A Segurana do Trabalho o conjunto de atividades relacionadas com a preveno de

    acidentes, doenas e com a eliminao de condies inseguras de trabalho. A finalidade,

    portanto, de criar ambientes saldveis, seguros e produtivos. Para alcanar esses objetivos

    desenvolveu-se uma srie de tcnicas, procedimentos e principalmente as chamadas Normas

    Regulamentadoras (conhecida como NR ou no plural NRs) que tem sua obrigatoriedade amparada

    pela fora de Lei N. 6.514/77.

    Referida Lei 6514/77 nada mais fez que alterar o captulo 5 da CLT. Da ento surgiu as

    Normas Regulamentadoras. A Lei diz o que se deve fazer, mas nem sempre diz como se faz, ento

    importante em alguns casos dizer como fazer. O como fazer justamente o que se encontra

    prescrito nas chamadas Portarias, ato do poder executivo que diz como fazer para atender tal Lei.

    Exemplificando.

    CLT = Consolidao das Leis Trabalhistas

    Decreto 5.452 de 01-05-1943

    Captulo V: Artigos 154 at 201

    LEI 6.514 de 22-12-1977

    Captulo V: Artigos 154 at 201

    O que se deve fazer

    Portaria 3.214 de 08-06-1978

    Normas Regulamentadoras de 1 a 36

    Como se deve fazer

  • 9

    A seguir de forma resumida vamos explicitar o que trata cada Norma Regulamentadora (NR)

    conforme consta na Portaria 3.214/77.

    NR1 - Disposies Gerais: Campo de aplicao de todas as

    Normas Regulamentadoras de Segurana e Medicina do

    Trabalho, bem como os direitos e obrigaes do Governo, dos

    empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema

    especfico. A fundamentao legal, ordinria e especfica, que

    d embasamento jurdico existncia desta NR, so os artigos

    154 a 159 da Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    NR2 - Inspeo Prvia: Estabelece as situaes em que as

    empresas devero solicitar ao MTE a realizao de

    inspeo prvia em seus estabelecimentos, bem como a

    forma de sua realizao. A fundamentao legal, ordinria

    e especfica, que d embasamento jurdico existncia

    desta NR, o artigo 160 da Consolidao das Leis

    Trabalhistas - CLT.

    Norma Regulamentadora 1. Fonte (DOVER ELECTRONIC PICTORIAL AND DESIGN, 1995).

    Norma Regulamentadora 2. Fonte (SESMT).

  • 10

    NR3 - Embargo ou Interdio: Paralisao de servios,

    mquinas ou equipamentos, pela no observancia dos

    procedimentos trabalhista, podendo ser adotada medidas

    punitivas no tocante Segurana e a Medicina do Trabalho.

    A fundamentao legal, o artigo 161 da Consolidao das

    Leis Trabalhistas - CLT.

    NR4 - Servios Especializados em Engenharia de

    Segurana e em Medicina do Trabalho: Estabelece a

    obrigatoriedade das empresas pblicas e privadas, que

    possuam empregados regidos pela Consolidao das Leis

    Trabalhistas CLT a contratarem pessoas especializadas

    em segurana e medician do trabalho. A fundamentao

    legal, ordinria e especfica, que d embasamento

    jurdico existncia desta NR, o artigo 162 da

    Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    Norma Regulamentadora 3. Fonte (SESMT).

    Norma Regulamentadora 4. Fonte (DOVER ELECTRONIC PICTORIAL AND DESIGN, 1995)

  • 11

    NR5 - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade nas empresas

    organizarem e manterem em funcionamento, uma comisso

    constituda exclusivamente por empregados com o objetivo

    de prevenir infortnios laborais, eliminando as possveis

    causas de acidentes do trabalho e doenas ocupacionais. A

    fundamentao legal, que d embasamento jurdico, so os

    artigos 163 a 165 da Consolidao das Leis Trabalhistas -

    CLT.

    NR6 - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI s a que as

    empresas esto obrigadas a fornecer a seus empregados,

    sempre que as condies de trabalho o exigir, a fim de

    resguardar a sade e a integridade fsica dos

    trabalhadores. A fundamentao legal, que d

    embasamento jurdico, so os artigos 166 e 167 da

    Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    Norma Regulamentadora 5. Finte (SESMT)

    Norma Regulamentadora 6. Fonte (SESMT).

  • 12

    NR7 - PCMSO: Estabelece a obrigatoriedade de

    elaborao e implementao, por parte de todos os

    empregadores e instituies que admitam

    trabalhadores como empregados, do Programa de

    Controle Mdico de Sade Ocupacional - PCMSO, com

    os respectivos exames ocupacionais: Admissional,

    demissional, mudana de funo, retorno ao trabalho e

    peridico. A fundamentao legal, desta NR, so os

    artigos 168 e 169 da Consolidao das Leis Trabalhistas

    - CLT.

    NR8 - Edificaes: requisitos tcnicos mnimos que

    devem ser observados nas edificaes para garantir

    segurana e conforto aos que nelas trabalham. A

    fundamentao legal, ordinria e especfica, que d

    embasamento jurdico existncia desta NR, so os

    artigos 170 a 174 da Consolidao das Leis

    Trabalhistas - CLT.

    Norma Regulamentadora 7. Fonte (SESMT)

    Norma Regulamentadora 8. Fonte (Pixbay).

  • 13

    NR9 PPRA (Programa de Preveno de Riscos

    Ambientais): Estabelece a obrigatoriedade de elaborao,

    implementao, do Programa de Preveno de Riscos

    Ambientais, visando preservao da sade e da

    integridade fsica dos trabalhadores, atravs da

    antecipao, reconhecimento, avaliao e consequente

    controle da ocorrncia de riscos ambientais existentes ou

    que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em

    considerao a proteo do meio ambiente e dos recursos

    naturais. A fundamentao legal, ordinria e especfica,

    que d embasamento jurdico existncia desta NR, so os

    artigos 175 a 178 da CLT.

    NR10 - Segurana em Instalaes e Servios em

    Eletricidade: Trata da segurana dos trabalhadores

    que se ativam em instalaes eltricas de baixa ou alta

    tenso.

    Norma Regulamentadora 9. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 10. Fonte (Pixbay).

  • 14

    NR11 - Transporte, Movimentao, Armazenagem e

    Manuseio de Materiais: Estabelece os requisitos de

    segurana a serem observados nos locais de trabalho,

    no que se refere ao transporte, movimentao,

    armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de

    forma mecnica quanto manual, objetivando a

    preveno de infortnios laborais. A fundamentao

    legal, ordinria e especfica, que d embasamento

    jurdico existncia desta NR, so os artigos 182 e 183

    da Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    NR12 - Mquinas e Equipamentos: Estabelece as

    medidas prevencionistas de segurana e higiene do

    trabalho a serem adotadas pelas empresas em relao

    instalao, operao e manuteno de mquinas e

    equipamentos, visando preveno de acidentes do

    trabalho. A fundamentao legal, ordinria e

    especfica, que d embasamento jurdico existncia

    desta NR, so os artigos 184 e 186 da CLT.

    Norma Regulamentadora 11.Fonte (Pixbay)

    Norma Regulamentadora 12. Fonte (Pixbay)

  • 15

    NR13 - Caldeiras e Vasos de Presso: Estabelece todos

    os requisitos tcnico-legais relativos instalao,

    operao e manuteno de caldeiras e vasos de

    presso (compressores), de modo a se prevenir a

    ocorrncia de acidentes do trabalho. A fundamentao

    legal, ordinria e especfica, que d embasamento

    jurdico existncia desta NR, so os artigos 187 e 188

    da Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    NR14 - Fornos: Estabelece as recomendaes

    tcnico-legais pertinentes construo, operao e

    manuteno de fornos industriais nos ambientes de

    trabalho. A fundamentao legal, ordinria e

    especfica, que d embasamento jurdico existncia

    desta NR, o artigo 187 da Consolidao das Leis

    Trabalhistas - CLT.

    Norma Regulamentadora 13.Fonte (Pixbay)

    Norma Regulamentadora 14. Fonte (Pixbay).

  • 16

    NR15 - Atividades e Operaes Insalubres: As

    atividades, operaes e agentes insalubres, as

    situaes que, quando vivenciadas nos ambientes de

    trabalho pelos trabalhadores, ensejam a

    caracterizao do exerccio insalubre, e tambm os

    meios de proteger os trabalhadores de tais

    exposies nocivas sua sade. A fundamentao

    legal, ordinria e especfica, que d embasamento

    jurdico existncia desta NR, so os artigos 189 e

    192 da Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    NR16 - Atividades e Operaes Perigosas:

    Regulamenta as atividades e as operaes

    legalmente consideradas perigosas. A

    fundamentao legal que d embasamento jurdico

    caracterizao da periculosidade a NR16, para

    atividades com explosivos, inflamveis, energia

    eltrica, vigilncia patrimonial e radiao ionizante,

    sob determinadas condies.

    Norma Regulamentadora 15. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 16. Fonte (Pixbay).

  • 17

    NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parmetros

    que permitam a adaptao das condies de

    trabalho s condies psicofisiolgicas dos

    trabalhadores, de modo a proporcionar um

    mximo de conforto, segurana e desempenho

    eficiente. A fundamentao legal, que d

    embasamento jurdico, so os artigos 198 e 199 da

    Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    NR18 - Condies e Meio Ambiente de Trabalho na

    Indstria da Construo: Estabelece diretrizes de

    ordem administrativa, de planejamento de

    organizao, que objetivem a implementao de

    medidas de controle e sistemas preventivos de

    segurana nos processos, nas condies e no meio

    ambiente de trabalho na indstria da construo

    civil. A fundamentao legal, ordinria e especfica,

    que d embasamento jurdico existncia desta NR,

    o artigo 200 CLT.

    Norma Regulamentadora 17. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 18. Fonte (Pixbay).

  • 18

    NR19 - Explosivos: Estabelece as disposies

    regulamentadoras acerca do depsito, manuseio e

    transporte de explosivos, objetivando a proteo da

    sade e integridade fsica dos trabalhadores em

    seus ambientes de trabalho. A fundamentao legal,

    ordinria e especfica, que d embasamento jurdico

    existncia desta NR, o artigo 200 inciso II da

    Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    NR20 - Lquidos Combustveis e Inflamveis:

    Estabelece as disposies regulamentares acerca do

    armazenamento, manuseio e transporte de lquidos

    combustveis e inflamveis, objetivando a proteo

    da sade e a integridade fsica dos trabalhadores em

    seus ambientes de trabalho. A fundamentao legal,

    que d embasamento jurdico, o artigo 200 inciso II

    da Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    Norma Regulamentadora 19. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 20. Fonte (DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM, 2005)

  • 19

    NR21 - Trabalho a Cu Aberto: Tipifica as medidas

    prevencionistas relacionadas com a preveno de

    acidentes nas atividades desenvolvidas a cu aberto,

    A fundamentao legal, ordinria e especfica, que

    d embasamento jurdico existncia desta NR, o

    artigo 200 da Consolidao das Leis Trabalhistas -

    CLT.

    NR22 - Segurana e Sade Ocupacional na

    Minerao: Estabelece mtodos de segurana a

    serem observados pelas empresas que desenvolvem

    trabalhos subterrneos de modo a proporcionar a

    seus empregados satisfatrias condies de

    Segurana e Medicina do Trabalho. A fundamentao

    legal, ordinria e especfica, que d embasamento

    jurdico existncia desta NR, so os artigos 293 a

    301 e o artigo 200 inciso III, todos da Consolidao

    das Leis Trabalhistas - CLT.

    Norma Regulamentadora 21. Fonte (SESMT).

    Norma Regulamentadora 22. Fonte (Pixbay).

  • 20

    NR23 - Proteo Contra Incndios: Estabelece as

    medidas de proteo contra Incndios, que devem

    dispor os locais de trabalho, visando preveno da

    sade e da integridade fsica dos trabalhadores. A

    fundamentao legal, jurdica, o artigo 200 inciso

    IV da Consolidao das Leis Trabalhistas -

    Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    NR24 - Condies Sanitrias e de Conforto nos

    Locais de Trabalho: Disciplina os preceitos de

    higiene e de conforto a serem observados nos locais

    de trabalho, especialmente no que se refere a:

    banheiros, vestirios, refeitrios, cozinhas,

    alojamentos e gua potvel, visando higiene dos

    locais de trabalho e a proteo sade dos

    trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e

    especfica, que d embasamento jurdico existncia

    desta NR, o artigo 200 CLT.

    Norma Regulamentadora 23. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 24. Fonte (Pixbay).

  • 21

    NR25 - Resduos Industriais: Estabelece as medidas

    preventivas a serem observadas, pelas empresas,

    no destino final a ser dado aos resduos industriais

    resultantes dos ambientes de trabalho de modo a

    proteger a sade e a integridade fsica dos

    trabalhadores. A fundamentao legal, ordinria e

    especfica, que d embasamento jurdico

    existncia desta NR, o artigo 200 inciso VII da

    Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    NR26 - Sinalizao de Segurana: Estabelece a

    padronizao das cores a serem utilizadas como

    sinalizao de segurana nos ambientes de trabalho,

    de modo a proteger a sade e a integridade fsica dos

    trabalhadores. A fundamentao legal, que d

    embasamento jurdico, o artigo 200 inciso VIII, da

    Consolidao das Leis Trabalhistas - CLT.

    Norma Regulamentadora 25. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 26. Fonte (DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM, 2005).

  • 22

    NR27 - Registro Profissional do Tcnico de

    Segurana do Trabalho no Ministrio do Trabalho:

    Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo

    profissional que desejar exercer as funes de

    tcnico de segurana do trabalho, em especial no

    que diz respeito ao seu registro profissional como

    tal, junto ao Ministrio do Trabalho.

    NR28 - Fiscalizao e Penalidades: Estabelece os

    procedimentos a serem adotados pela fiscalizao

    trabalhista de Segurana e Medicina do Trabalho. A

    fundamentao legal, ordinria e especfica, tem a

    sua existncia jurdica assegurada, em nvel de

    legislao ordinria, atravs do artigo 201 da

    Consolidao das Leis Trabalhistas CLT.

    Norma Regulamentadora 27. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 28. Fonte (Pixbay).

  • 23

    NR29 - Normas Regulamentadoras de Segurana e

    Sade no Trabalho Porturio: Regular a proteo

    obrigatria contra acidentes e doenas profissionais,

    facilitar os primeiros socorros a acidentados e

    alcanar as melhores condies possveis de

    segurana e sade aos trabalhadores porturios. A

    sua existncia jurdica est assegurada em nvel de

    legislao ordinria, atravs da Medida Provisria n

    1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da Consolidao

    das Leis Trabalhistas - CLT, o Decreto n99.534, de

    19/09/90 que promulga a Conveno n 152 da

    Organizao Internacional do Trabalho - OIT.

    NR3O - Normas Regulamentadoras de Segurana e

    Sade no Trabalho Aquavirio: Aplica-se aos

    trabalhadores de toda embarcao comercial

    utilizada no transporte de mercadorias ou de

    passageiros, na navegao martima de longo curso,

    na cabotagem, na navegao interior, no servio de

    reboque em alto-mar, bem como em plataformas

    martimas e fluviais, quando em deslocamento, e

    embarcaes de apoio martimo e porturio. A

    observncia desta Norma Regulamentadora no

    desobriga as empresas do cumprimento de outras

    disposies legais com relao matria e outras

    oriundas de convenes, acordos e contratos

    coletivos de trabalho.

    Norma Regulamentadora 29. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 30. Fonte (Pixbay).

  • 24

    NR31 - SEGURANA E SADE NO TRABALHO NA

    AGRICULTURA, PECURIA SILVICULTURA,

    EXPLORAO FLORESTAL E AQICULTURA: Esta

    Norma Regulamentadora tem por objetivo

    estabelecer os preceitos a serem observados na

    organizao e no ambiente de trabalho, de forma a

    tornar compatvel o planejamento e o

    desenvolvimento das atividades da agricultura,

    pecuria, silvicultura, explorao florestal e

    aquicultura com a segurana e sade e meio

    ambiente do trabalho. Esta Norma

    Regulamentadora se aplica a quaisquer atividades

    da agricultura, pecuria, silvicultura, explorao

    florestal e aquicultura, verificadas as formas de

    relaes de trabalho e emprego e o local das

    atividades.

    NR32 - SEGURANA E SADE NO TRABALHO EM

    SERVIOS DE SADE: Esta Norma Regulamentadora -

    NR tem por finalidade estabelecer as diretrizes bsicas

    para a implementao de medidas de proteo

    segurana e sade dos trabalhadores dos servios de

    sade, bem como daqueles que exercem atividades de

    promoo e assistncia sade em geral.

    Norma Regulamentadora 31. Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 32. Fonte (Pixbay).

  • 25

    NR33 - SEGURANA E SADE NOS TRABALHOS EM

    ESPAOS CONFINADOS: Esta Norma tem como

    objetivo estabelecer os requisitos mnimos para

    identificao de espaos confinados e o

    reconhecimento, avaliao, monitoramento e

    controle dos riscos existentes, de forma a garantir

    permanentemente a segurana e sade dos

    trabalhadores que interagem direta ou

    indiretamente nestes espaos.

    NR34 - CONDIES E MEIO AMBIENTE DE

    TRABALHO NA INDSTRIA DA CONSTRUO E

    REPARAO NAVAL: Esta Norma Regulamentadora

    - NR estabelece os requisitos mnimos e as medidas

    de proteo segurana, sade e ao meio

    ambiente de trabalho nas atividades da indstria de

    construo e reparao naval. Consideram-se

    atividades da indstria da construo e reparao

    naval todas aquelas desenvolvidas no mbito das

    instalaes empregadas para este fim ou nas

    prprias embarcaes e estruturas, tais como navios,

    barcos, lanchas, plataformas fixas ou flutuantes,

    dentre outras.

    Norma Regulamentadora 33. Fonte (SESMT).

    Norma Regulamentadora 34. Fonte (Pixbay).

  • 26

    NR35 - TRABALHO EM ALTURA: Esta Norma

    estabelece os requisitos mnimos e as medidas de

    proteo para o trabalho em altura, envolvendo o

    planejamento, a organizao e a execuo, de forma

    a garantir a segurana e a sade dos trabalhadores

    envolvidos direta ou indiretamente com esta

    atividade.

    NR36 - SEGURANA E SADE NO TRABALHO EM

    EMPRESAS DE ABATE E PROCESSAMENTO DE

    CARNES E DERIVADOS: O objetivo desta Norma

    estabelecer os requisitos mnimos para a avaliao,

    controle e monitoramento dos riscos existentes nas

    atividades desenvolvidas na indstria de abate e

    processamento de carnes e derivados destinados ao

    consumo humano, de forma a garantir

    permanentemente a segurana, a sade e a

    qualidade de vida no trabalho, sem prejuzo da

    observncia do disposto nas demais Normas

    Regulamentadoras - NR do Ministrio do Trabalho e

    Emprego.

    Dica

    Recomendamos acessar o site www.mte.gov.br.

    Norma Regulamentadora 35.Fonte (Pixbay).

    Norma Regulamentadora 36. fonte (MINISTRIO PBLICO DO TRABALHO, 2013).

  • 27

    1.3 Documentos e Treinamentos

    Para facilitar a aplicao das NRs faremos uma tabela das principais preocupaes que

    devem nortear nossa gesto. Assim quando voc iniciar os trabalhos poder fazer um check list da

    condio de trabalho conforme a legislao. Alguns destes itens voc ter maiores informaes na

    NR especfica e tambm nesta apostila.

    Exigncia Norma Regulamentadora Recomendaes

    Elaborar Ordem de Servio (Instrues de Segurana)

    NR1 Sempre que necessrio, para todas as atividades.

    Declarao de Instalaes

    NR2 Sempre que solicitado Antes do empreendimento

    Registro do SESMT NR4 Se for necessrio pelo dimensionamento do Grau de Risco e Nmero de Funcionrios

    Implantao da CIPA NR5 Se necessrio

    Treinamento dos membros da CIPA NR5 Treinamento de 20 horas. Renovado a cada gesto de CIPA (Anual)

    Registro do fornecimento de EPI NR6 Revisar mensalmente

    Verificao do CA Certificado de Aprovao do EPI

    NR6 A cada compra. Revisar anualmente

    Programa de Controle Mdico Ocupacional - PCMSO

    NR7 Revisar Anualmente. Manter o documento bsico a disposio da fiscalizao. Sempre deve ser elaborado por

    Mdico do Trabalho

    Exames Mdicos

    NR7

    Conforme a determinao do Mdico do PCMSO

    Manter cpia do ASO (Atestado de sade ocupacional) no registro do funcionrio

    Programa de Preveno de Riscos Ambientais PPRA

    NR9 Revisar Anualmente Manter o documento a deposio da

    fiscalizao.

  • 28

    Exigncia Norma Regulamentadora Recomendaes

    Manter um pronturio de Instalao Eltrica e Diagrama Unifilar

    NR10 Uma vez e sempre que houver alguma modificao, ou a critrio do engenheiro

    eletricista que fez o pronturio.

    Treinamento aos eletricistas da empresa

    NR10 Inicial e reciclagem a cada dois anos. Manter certificado no pronturio

    Treinamento de operador de Empilhadeira

    NR11 Inicial e Reciclagem anual. Se habilitado (CNH) emitir crach de

    identificao interna. Exame mdico especial.

    Capacitao para trabalho em mquinas

    NR12 Treinamento peridico e antes d iniciar o trabalho

    Inspeo de Mquinas e Equipamentos

    NR12 Ter um relatrio de inspeo antes da mquina entrar em funcionamento.

    Manter atualizado o pronturio de caldeiras e Vasos sob Presso

    NR13 Abrir pronturio e fazer a reviso conforme apontado pelo engenheiro mecnico no

    pronturio.

    Fazer laudo de Insalubridade NR15 Rever sempre que houver modificaes no ambiente ou locais novos ou funes novas.

    Fazer laudo de Periculosidade NR16 Rever sempre que houver modificaes no ambiente ou locais novos ou funes novas.

    Fazer laudo de ergonomia NR17 Rever sempre que houver modificaes no ambiente ou locais novos ou funes novas.

    Fazer o PCMAT de uma obra NR18 Sempre que a obra atingir ou for atingir vinte funcionrios. Deve ser feito por Engenheiro de

    Segurana do Trabalho

    Para trabalhos com explosivos deve ter anlise da condio de segurana

    no PPRA.

    NR19

    Elaborao diferenciada do PPRA

    Para trabalhos com inflamveis deve ter anlise da condio de segurana

    no PPRA.

    NR20

    Elaborao diferenciada do PPRA

    Treinamentos em locais com inflamveis.

    NR20 Vrios treinamentos de 4h at 32h dependendo da instalao.

  • 29

    Exigncia Norma Regulamentadora Recomendaes

    Elaborar Programa de Gerenciamento de Risco em Minas

    NR22 Programa sob a superviso de engenheiro de segurana para atender toda a norma.

    Treinamento de Brigada de incndio NR23 Fazer treinamento conforme determina o Copo de Bombeiros Estadual.

    Inspeo e Relatrio dos locais de trabalho

    NR24 Verificao do ambiente conforme as prescries da NR24, sobre nmero de banheiros, vestirios, bebedouros, etc.

    Verificao dos resduos e poluentes gerados. Fazer relatrio.

    NR25 Verificar normas Municipais e Estaduais sobre meio ambiente.

    Utilizar sinalizao de segurana NR26 Fazer um relatrio ou projeto de sinalizao do ambiente. Atentar para as normas do copo

    de bombeiros.

    Para trabalhos em hospitais com explosivos deve ter anlise da

    condio de segurana no PPRA.

    NR32

    Elaborao diferenciada do PPRA

    Treinamento em espao Confinado

    NR33 Treinamento de 8h ou de 40h para o supervisor de entrada. Reciclagem anual.

    Treinamento para trabalho em altura.

    NR35 Treinamento de 8h e reciclagem anual.

    Com relao a estas normas nem todas se aplicam as atividades do local em que voc

    trabalha. Por exemplo, se voc trabalha em telemarketing com certeza no possui obrigao de

    fazer treinamento de para trabalho altura, conforme determina a NR35, mas certamente ter de

    atender a NR17 que trata de ergonomia.

    Na continuidade do curso progressivamente iremos nos aprofundar em algumas NRs, por

    exemplo, no captulo 3 trataremos mais de perto o assunto CIPA (NR5) e SESMT (NR4).

    Por hora vamos finalizando este captulo, que possui muita legislao, fazendo exerccios de

    fixao.

    Curiosidade

    Veja este vdeo da FUNDACENTRO (rgo do Ministrio

    do Trabalho). Voc vai ter mais informaes sobre a

    Norma Regulamentadora de N. 9 o PPRA. Site

    www.youtube.com/watch?v=y7gWkS1lVHo

  • 30

    Explore seu Conhecimento

    Captulo 1

    1. Faa uma correspondncia entre as colunas Norma Regulamentadora NR e o assunto.

    Por exemplo:

    NR32 = ( z ) z) Segurana Hospitalar

    Assim por diante conforme o modelo abaixo.

    NR 3 = ( ) a) Assunto Eletricidade

    NR 6 = ( ) b) Assunto Exame Mdico

    NR 7 = ( ) c) Assunto Embargo e interdio

    NR 9 = ( ) d) Assunto Espao Confinado

    NR 10 = ( ) e) Assunto Ergonomia

    NR 17 = ( ) f) Assunto Obra de Construo

    NR 18 = ( ) g) Assunto Equipamento de Proteo individual

    NR 33 = ( ) h) Programa de Preveno de Riscos Ambientais

    2. Diga se verdadeiro (V) ou Falso (F), as frases a seguir.

    ( ) As Convenes da OIT podem ser ratificadas e possuem ento fora de Lei.

    ( ) O Brasil no faz parte da OIT.

    ( ) Conforme a Conveno 155 da OIT sade ausncia de doena.

    ( ) Conforme a Constituio Federal do Brasil cabe indenizao aos acidentes de trabalho.

    3. Complete a frase a seguir. O primeiro medico, conhecido, a usar da anamnese para identificar

    doenas do trabalho foi __________________________.

  • 31

    4. O artigo 927 do Cdigo Civil Brasileiro obriga o empregador indenizar as vtimas de acidente

    desde que tenha havido um ato faltoso. Diga quais so os dois artigos do CCB que tratam do ato

    faltoso.

    Resposta: Artigo n. _________________

    Resposta: Artigo n. _________________

    5. Complete com o exame mdico que o funcionrio deve ser submetido e que no consta na lista

    abaixo:

    Admissional, Mudana de Funo, Demissional, Retorno ao Trabalho e ______________.

  • 32

    2 Atividades de Risco

    Nesse captulo ser apresentada uma breve viso sobre os riscos existentes no mundo do

    trabalho. Na primeira etapa vimos legislao, suas Normas Regulamentadoras, Leis, Cdigo Civil

    e Cdigo Penal entre outros detalhes.

    De fato a sociedade exige certas medidas de cautela.

    As Leis e Cdigos so as respostas dadas aos problemas de segurana existente no

    ambiente laboral.

    Mas como voc j pode perceber nem tudo se aplica e nem tudo se relaciona com a

    atividade que est sob seu amparo como gestor de uma empresa. Em outras palavras as Leis so

    respostas, mas qual afinal a pergunta? Isto o que veremos neste captulo. Qual o risco que

    existe no ambiente em que trabalho? A partir deste conhecimento poderemos ento verificar as

    Normas Regulamentadoras que devem ser aplicada.

    Algumas normas so comuns a todos os ambientes, mas algumas so especficas e para

    sabermos como aplicar precisamos conhecer os riscos do ambiente. Como faremos isto? Atravs

    da anlise de risco.

    Neste captulo voc ir analisar riscos, verificar quais as condies de proteo contra estes

    riscos e tambm ver como a NR poder ajudar nesta etapa.

    2.1 Os riscos ambientais

    A palavra risco recebe popularmente vrias conotaes, pode ter um aspecto econmico,

    pode ser usado para representar uma condio ambiental ou de incerteza.

    Na matria de segurana e sade do trabalho a palavra risco possui uma definio muito

    clara conforme o quadro a seguir.

  • 33

    Vamos dar um exemplo. Se voc trabalha com eletricidade existe uma probabilidade de ter

    um choque eltrico, ento existe um fator de risco ou simplesmente risco no seu ambiente de

    trabalho. Vamos chamar de Risco Eltrico.

    Se voc no trabalha com eletricidade a probabilidade de choque praticamente nenhuma

    ento o risco zero, ou seja, no existe o risco eltrico em sua atividade.

    Se o dano tambm for inexistente, ou seja, vamos supor que voc s trabalha consertando

    abajur, mas no liga o abajur, voc no faz teste outra pessoa quem faz esta parte, voc

    somente coloca o fio. Ento voc trabalha com equipamento eltrico, mas a possibilidade de dano

    por choque no existe, logo o risco eltrico mnimo, no existe para esta tarefa. bvio que

    outros riscos podem existir, mas o que queremos observar no momento que risco uma medida

    de probabilidade e do dano.

    Uma coisa interessante de ser percebida que risco alguma coisa conhecida e que posso

    medir de algum modo, veremos um mtodo no prximo tpico.

    Por outro lado, se eu no conheo o perigo, ou o agente existente, como vou saber qual o

    risco? Ento estamos na rea da incerteza e no h como saber ou dimensionar o risco.

    Por sorte, a grande maioria dos riscos do ambiente de trabalho foi estudada e ns j

    conhecemos os principais fatores de risco, vamos apresentar estes riscos na figura a seguir.

    Ateno

    Risco definido como uma medida da probabilidade de algo adverso ocorrer

    juntamente com a dimenso do efeito danoso provocado.

    Risco = Probabilidade x Dano

  • 34

    Olhando para a figura trs podemos destacar cinco tipos de risco e suas respectivas cores

    que designam a natureza do risco:

    Fsico - Verde

    Qumico - Vermelho

    Biolgico - Marrom

    Ergonmico - Amarelo

    Acidente - Azul

    Figura 3: Riscos Ambientais

  • 35

    Voc j deve estar notando a semelhana com os Mapas de Risco. So usadas estas

    mesmas cores em crculos para designar o risco do local. O Mapa de Risco uma das primeiras

    ferramentas de anlise de risco que trataremos no prximo tpico. No momento vamos comentar

    os riscos da tabela e a rea que estuda este risco.

    a) Riscos Fsicos

    O rudo ocupacional mais conhecido dos riscos fsicos. Historicamente as fbricas no

    tinham mquinas adequadas e o rudo (vulgarmente chamado de barulho) era excessivo, criando

    uma verdadeira epidemia de surdez na populao trabalhadora.

    Atualmente isto melhorou muito. Infelizmente no conseguimos eliminar totalmente este

    agende do ambiente de trabalho.

    O rudo atinge o rgo sensorial que o ouvido produzindo a sensao auditiva.

    Primeiramente o tmpano recebe as ondas e vibra na mesma frequncia da onda sonora

    promovendo um movimento dos ossculos (martelo estribo e bigorna) j na orelha mdia ento

    este movimento mecnico promove o movimento do lquido coclear (lquido que existe no interior

    do ouvido) que ao se movimentar movimenta tambm os clios (pequenos capilares) e este envia a

    mensagem ao crebro (MORAES, 2011).

    Figura 4: Ouvido humano recebendo ondas sonoras. Fonte (SESMT).

  • 36

    O rudo acima de certos valores pode causar traumas auditivos e fazer com que o ouvido

    perca ao longo do tempo o seu funcionamento provocando a surdez. No caso surdez ocupacional.

    Tambm chamamos pela sigla: PAIRO (Perda Auditiva Induzida por Rudo Ocupacional).

    O limite mximo do rudo de 85dB(A) para oito horas de trabalho dirios. Dizemos que o

    limite oitenta e cinco decibis. O decibel, com a sigla dB(A) a unidade em que medimos

    rudo, assim como metro a medida de distncia, dB medida do rudo. Existem aparelhos

    (decibelimetros) que medem estes valores no ambiente.

    Vibrao, tambm um risco fsico. Nada mais que a alterao de um movimento. Na

    figura 4 vemos um diapaso vibrando, ou seja, alternando seu movimento de um lado ao outro e

    isto gera ondas sonoras. Se o movimento mais vigoroso, como por exemplo, o de um martelete

    na mo do trabalhador, dizemos que ocorre uma vibrao.

    Conforme Moraes (2011) as vibraes podem causar perda do equilbrio, alterao do

    sistema cardaco, efeitos psicolgicos com falta de concentrao no trabalho, distrbios visuais,

    alm da degenerao do tecido muscular e nervoso com perda do tato, esta doena conhecida

    como sndrome do dedo branco ou sndrome de Raynoud.

    O calor pode causar doenas como exausto, desidratao, choque trmico, febre. Isto

    ocorre quando o sistema termorregulador do copo humano, ou seja, a transpirao fica

    prejudicada pela ao de um calor excessivo. O problema trmico funo de vrios fatores e no

    s da temperatura do ambiente. Temos que ver a ventilao a umidade relativa e tambm que

    tipo de atividade o trabalhador est fazendo. Um trabalhador sentado gasta menos energia que

    um trabalhador que se encontra em movimento e insto interfere na exata condio de agravo

    sade.

    O calor como agente fsico deve ser medido por aparelho especial que leva em conta estes

    parmetros de radiao, temperatura e umidade relativa. Este aparelho chamado de medidor de

    estresse trmico e a medio dada pelo ndice de Bulbo mido e Termmetro de Globo

    conhecido como o IBUTG.

  • 37

    As radiaes ionizantes so as chamadas de Rx da rea mdica e reas nucleares. Podem

    causar cncer e morte dependendo da exposio.

    As radiaes no ionizantes so menos agressivas que as ionizantes, so os ultravioletas,

    as microondas e o infravermelho. Por exemplo, das praias e que podem tambm causas males a

    sade. O soldador que faz soldas em indstrias est normalmente sujeito a ao da radiao no

    ionizante.

    O frio tambm perigoso sade. Na primeira fase de resfriamento surge os vasos

    sanguneos diminuem e, portanto a presso arterial aumenta. Como tempo ocorre mecanismo de

    leso nos tecidos que podem levar a necrose dos tecidos internos e no havendo socorre mdico

    poder resultar em morte. Nos frigorficos este problema, pode ser muito intenso. A legislao

    impe limites de temperatura e tempo de exposio para trabalhos sujeitos ao frio. A tabela a

    seguinte.

    Figura 5: Instrumento para medir o calor ocupacional. Possui trs termmetros. Da esquerda para a direita, termmetro de globo, termmetro seco e termmetro de bulbo mido. Fonte (INSTRUTHERM, 2015).

  • 38

    J as presses anormais so tpicas de mergulhadores e outras atividades que trabalham

    em locais onde a presso artificialmente mantida. Podem causar traumas os chamados

    barotraumas, que so traumas por presso excessiva. Podem atingir os ouvidos ocasionando

    ruptura de tmpano ou alteraes mais graves. O mergulhador quando est na fase de

    descompresso, se no respeitar os tempos prescritos pode sofrer uma baurotrauma pulmonar

    que rompe com os tecidos pulmonares pela expanso de gs (MORAES, 2011).

    O agente fsico umidade devido grande exposio gua. Veja no a umidade relativa

    do ar, mas sim de lugares encharcados ou atividades com grande uso de gua.

    Devemos lembrar que mesmo a gua sem outros elementos pode remover as gorduras

    protetivas da pele ocasionando dermatites que podem se agravar em infeces secundrias com

    fungo e bactrias.

    Figura 6: Artigo 253 da CLT, que impes limitao do tempo para cada temperatura.

  • 39

    b) Riscos Qumicos

    Considera-se aquentes qumicos aqueles que podem penetrar no organismo pelas vias

    areas, cutneas (pela pele) ou serem ingeridos. O principal problema ocupacional a absoro

    por pele ou o que ainda pior a absoro pela via respiratria, que muito mais rpida e

    agressiva.

    De forma genrica os produtos qumicos que se encontram na atmosfera so chamados de

    aerodispersoides. So eles:

    Poeiras, ou seja, partculas ou pedaos de slidos finamente fragmentados.

    Fumos so partculas slidas, mas que esto na forma voltil como vapores

    metlicos.

    Nvoas so pedacinhos pequeninos de lquidos. So produzidos

    mecanicamente, como por exemplo, os spray.

    Neblina so partculas lquidas produzidas por condensaes, bem menores

    que as nvoas.

    Gs, portanto no lquido e nem slido como os itens acima, so variados

    e sua ao depende de qual o produto. Exemplos o gs de cloro, gs

    ciandrico, gs amnia. Cada um com sua caracterstica prpria.

    Ainda existem os produtos qumicos que so os solventes, por exemplo, o

    Benzeno, o Tolueno, o Xileno, conhecido pela sigla BTX. Eles so muito

    agressivos.

    No mundo existem centenas de agentes qumicos a cada momento outros compostos

    esto sendo criados. Para conhecer especificamente o produto necessrio que o fornecedor, ou

    fabricante, nos envie a Fixa de Segurana de Produto Qumico (FISPQ). Isto obrigatrio e

    normalizado pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT).

    A FISPQ assinada pelo qumico responsvel e possui diversas informaes sobre a

    composio e a segurana do produto a norma que trata da FISPQ a NBR 14725. Caso sua

    empresa tenha laboratrios ou manipule e trabalhe com produtos qumicos, por exemplo, uma

    empresa de cosmticos ou at mesmo uma petroqumica. Devemos providenciar treinamentos

    sobre segurana qumica. Isto se aplica quando necessrio um treinamento mais detalhado.

  • 40

    c) Riscos Biolgicos

    Os riscos biolgicos mais comuns so os apresentados na figura 3, vrus, bactrias, fungos.

    Como voc pode estar pensando devem Sr extremamente comuns em hospitais. Sem dvida os

    trabalhadores na rea hospitalar devem ter o mximo de cuidado com estes agentes. Existe at

    um rgo interno nos hospitais, chamada de Centro de Controle de Infeces Hospitalares (CCIH)

    que cuida tanto dos pacientes, que so os mais atingidos por estarem j com a sade debilitada,

    como dos trabalhadores.

    Figura 7: Imagem de uma FISPQ (BUSCHINELLI & KATO, 2012).

    Saiba Mais

    Veja este filme da FUNDACENTRO sobre transporte de cargas perigosas.

    Site: https://www.youtube.com/watch?v=nqdLT450nd0

  • 41

    Mas no s em hospitais, veja, por exemplo, que em salo de beleza existem inmeros

    agentes agressivos que podem sim ser transmitido sendo comum a incidncia de fungos (muito

    comum nas micoses de unha).

    Um problema adicional nestes agentes a capacidade de multiplicao. Em poucas horas

    pode ocorrer uma infestao de diversos microorganismos: piolhos, bactrias, fungos.

    No caso de hospitais existe uma norma a NR32, que fornece uma srie de detalhes sobre

    estes parasitas sendo que o mtodo de trabalho um importante meio de preveno, uma vez que

    estes parasitas se encontram em quase todos os locais. A vacinao preventiva pode ser

    necessria, sempre a critrio mdico, conforme indicar o PCMSO (NR7).

    Tambm aqueles que trabalham em campo ao ar livre, podem estar sujeito a ao de

    roedores, cobras escorpio, os chamados animais peonhentos estes so tambm considerados

    riscos biolgicos.

    O livro O Mapa Fantasma mostra a devastao de Londres no sculo XIX pela clera. No

    trecho, curiosidades, a seguir tentem ver a conexo entre tecnologia, riscos de doenas e a infra-

    estrutura do meio ambiente.

    Curiosidade

    O MAPA FANTASMA

    No inicio do sculo XIX a cidade de Londres esteve s voltas com centenas de mortes. Na

    maioria por clera. Esta doena transmitida por uma bactria chamada popularmente de

    vibrio da clera. Causa perdas de gua e pode levar a morte. Na poca no se sabia de onde

    vinha esta bactria. Foi ento criado um mapeamento para saber em que regio ocorria

    maioria dos casos. Este mapa chamado o Mapa Fantasma, percebeu que esta doena atingia

    principalmente os que tomavam gua em uma das fontes da cidade. Fontes de gua do

    subsolo, sempre so consideradas de boa qualidade, mas isto no verdade. Existem inmeros

    casos atualmente de poos infectados. O Mapa Identificou a fonte e aps vrias pesquisas

    soube-se que o poo foi infectado por causa de uma me que limpou as roupas de uma criana

    infectada com clera na gua do poo. Esta histria passou como um ensinamento das doenas

    transmitidas de forma hdrica (pela gua). O beb ficou conhecido como beb de Lewis, por

    causa do nome da me Sarah Lewis (JOHNSON, 2008).

  • 42

    d) Riscos Ergonmicos

    A palavra Ergonomia formada pela juno de duas outras palavras gregas: Ergon

    (trabalho) e nomos (regra) sendo ento entendida com a regra do trabalho.

    Nos Estados Unidos da Amrica (EU), a chamada ergonomia americana, em oposio

    francesa, usa-se a denominao de Fatores Humanos (human factors) e no ergonomia.

    Portanto este ramo da segurana e sade no trabalho insere o ser humano como essencial

    nas concepes dos processos de trabalho. Esforo fsico intenso, como por exemplo, remoo ou

    carregamento de sacos (estivadores), posturas incomodas sendo as piores as posies estticas,

    em contra ponto da posio dinmica (ver dica).

    No quadro da figura 3 tambm encontramos a parte organizacional, quase sempre

    desprezada nos ambientes de trabalho. Trata de como so realizadas as tarefas, a presses por

    tempo, as jornadas extensas de trabalho.

    Dica

    Posio esttica aquela em que o trabalhador fica suportando um peso sem se

    movimentar. Por exemplo, o garom que fica parado segurando uma bandeja.

    Posio dinmica aquela em que o trabalhador fica suportando um peso, mas

    com movimento. Por exemplo, lavando pratos ou panelas.

    OBS: A posio esttica mais prejudicial do que a dinmica, devido dificuldade,

    na posio esttica, de irrigao sangunea.

    Saiba Mais

    Alain Wisner, doutor em medicina, um dos maiores expoentes da ergonomia

    francesa define a ergonomia como: Ergonomia o conjunto dos conhecimentos

    cientficos relacionados ao homem e necessrios concepo de instrumentos,

    mquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o mximo de conforto,

    segurana e eficincia (Ministrio do Trabalho, 2002).

  • 43

    J na NR17, encontramos a obrigatoriedade de analisar os seguintes aspectos:

    Esforos ou fora fsica necessria.

    Mobilirio de trabalho.

    Atividades com computadores e insero de dados.

    Condies ambientais: Calor, umidade, rudo, iluminao.

    Organizao do trabalho: tempo e forma de trabalho.

    No caso do levantamento de peso, a ergonomia recomenda no mximo 23kg independente

    do sexo, nos casos de levantamento manual (sem equipamentos) e individual (por uma nica

    pessoa). Para se obter, entretanto uma avaliao precisa recomenda-se, conforme o captulo

    anterior, elaborar o chamado laudo ergonmico que, conforme NR17 cabe ao empregador

    realizar.

    Os principais fatores a serem observados nas atividades so: O peso, a velocidade da tarefa,

    a forma do que est sendo carregado, o trajeto (distncia) percorrido. Sempre que possvel

    Figura 8: Situaes no ergonmicas e possveis solues. Fonte (SESMT).

  • 44

    devemos manter a carga ou pacote prximo ao copo e se possvel usar meios mecanizados como

    carrinhos ou mesmo empilhadeiras.

    Uma das doenas mais disseminada na era moderna a Leso por Esforos Repetitivos

    (LER), que um tipo de Distrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT). A ergonomia

    tenta evitar esta grave doena atravs do melhor dimensionamento dos postos de trabalho bem

    como da organizao do ritmo (velocidade) das tarefas.

    Outro fator importante na LER a rigidez do posto de trabalho sem possibilidade do

    trabalhador efetuar mudanas que propiciem uma adequao melhor a sua condio tanto fsica

    como cognitiva. Isto particularmente grave no chamado telemarketing, onde o trabalhador deve

    estar preso a um roteiro rgido e sofre todo tipo de presso, tanto interna por resultado, como

    externa das pessoas com quem interage, por vezes sendo mal educadas e rspidas com que as

    atende.

    Figura 9: trabalho administrativo muito intenso. Fonte (SESMT).

    Glossrio

    Cognitivo um termo relacionado ao pensamento a forma de

    pensar sobre os fatos (cognio).

    DORT: Distrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho. A LER

    um tipo de DORT.

  • 45

    e) Riscos de Acidente

    Os acidentes so um grande desafio para qualquer gestor de RH. A definio usual de que

    acidente um fato, danoso, que interrompe o fluxo normal de trabalho. O custo dos acidentes em

    especial os fatais so enormes, tanto devido s indenizaes e multas, como tambm pelo prprio

    impacto no ambiente de trabalho. Imagine um funcionrio ter que trabalhar com uma mquina

    que amputou o brao de seu colega?

    Dessa forma os esforos para combater estes eventos devem ser rigorosos. Mquinas sem

    proteo, pisos escorregadios, fios eltricos desencapados, armazenamento inadequado de

    materiais, pode ser causa de acidentes inclusive graves.

    Alguns ainda acham que o acidente obra do azar, ou mesmo que o trabalhador

    normalmente imprudente. At existem alguns que acreditam que no a nada a fazer uma zes que

    chegou a hora.

    Claro est que existem formulaes filosficas sobre o acidente principalmente o fatal. Mas

    isto no assunto desta apostila. Pode ser que tudo o que falamos seja verdade e o acidente seja

    uma fatalidade, no sabemos, mas sabemos que se adotarmos algumas providncias

    matematicamente os acidentes diminuem. Ento importante fazer um gerenciamento das

    condies ambientais de risco para evitar acidentes.

    Figura 10: Acidente grave com perda de membro. Fonte (SESMT).

  • 46

    Ao analisar os riscos no trabalho, como no tpico seguinte poderemos identificar e tomar

    providncias para diminuir se no at evitar completamente o acidente grave ou fatal, vale pena

    tentar.

    Ateno

    Apre

    Devemos separa algumas coisas para poder entende melhor o fenmeno do acidente. O

    acidente, em termos prevencionistas pode no ocasionar leso corporal. Vejamos os exemplos.

    Quando uma caixa de ferramentas cai no cho e nada se quebra, apenas se perdeu tempo

    (interrupo do fluxo de trabalho) um acidente sem leso e sem dano material.

    Se esta caixa ao cair danificar peas, ento temos acidente com dano material mas sem

    leso ao ser humano.

    Se a caixa cair no p do trabalhador machucando o mesmo, ocorreu uma leso corporal e

    finalmente se a caixa cair e as peas se quebram e o trabalhador se machucar dizemos que houve

    um acidente com leso corporal e dano material. Alguns acidentes so to comuns que existem

    nomes j consagrados. So conhecidos como acidentes tipo ou acidentes tpicos. Vejamos a seguir.

    Ateno

    O risco de acidente (azul) s vezes confundido com outros riscos.

    Por exemplo, animais peonhentos podem ferir, ou machucar o

    trabalhador, isto risco de acidente. Mas as bactrias que ele

    transmite risco biolgico. A iluminao pode levar o trabalhador a

    tropear, isto acidente, mas a fadiga visual risco ergonmico.

  • 47

    1- Batida contra, ocorre com mais frequncia em movimentos bruscos e em lay out

    inadequado.

    2- Batida por, neste caso a pessoa sofre a batida, ocorre por se colocar em locais perigosos.

    3- Prensagem entre, quando uma pessoa fica com parte do corpo entre objetos fixos ou

    mveis. Ocorre devido a atos inseguros, descansar mo e ps em pontos perigosos, falta

    de proteo coletiva.

    4- Queda de pessoa, a leso ocorre devido a bater em qualquer objeto durante uma queda.

    A pessoa cai por escorregar, tropear, por desequilibrar, normalmente por condies

    inseguras, ou por quebra de escada/proteo.

    5- Esforo excessivo, mau jeito, a pessoa na atingida no h agente externo o agente o

    movimento inadequado, evidente que h razes outras estruturais (lombalgias, leses da

    coluna) posto no ergonmico.

    6- Exposio a, so casos em que apenas a exposio causa um mal (radiaes ionizantes,

    temperaturas excessivas.

    7- Contato com produtos qumicos, a pessoa aspira ou ingere ou tem contato com

    substncia perigosa. Ocorre por desinformao ao perigo ou confuso de produtos.

    8- Contato com eletricidade, as leses so por conato direto ou indireto, ocorre por

    instalao mal feita ou por negligncia pessoal.

    Saiba Mais

    Algumas caractersticas pessoais podem contribuir para os

    acidentes, mas dificilmente so causas nicas. Dentre elas

    sublinhamos: Pessoa displicente, exibicionista, distrado,

    ingnuo, teimoso, gozador. Pessoa que acha que sabe de

    tudo, pessoa curiosa. Estes fatores podem levar ao chamado

    ato inseguro. O ambiente com problemas: buracos nos pisos,

    ausncia de guarda copo, fios eltricos expostos so

    considerados como condio insegura.

  • 48

    2.2 Avaliaes de riscos

    Na primeira parte deste captulo dois, voc verificou conforme a figura 3 que existem

    diversos riscos j estudados, ento ficar mais fcil reconhecer, ou seja, perceber que estes riscos

    esto presentes no ambiente, aps este estudo. Mas agora temos que avaliar este risco.

    Avaliar ter uma ideia da importncia do risco no ambiente. Se voc observar bem

    evidente que existe rudo em toda parte, mas isto um problema. Com certeza no, o rudo

    passar a ser problema se superar o limite que dissemos acima, ou seja, 85 dB(A). Para saber

    necessrio usar um aparelho o decibelimetro. Mas mesmo sem ter aparelho, voc pode perceber

    com facilidade se o rudo o no um problema. Como? Basta tentar conversar com outra pessoa,

    num ambiente qualquer. Se voc no escuta e nem a pessoa consegue te ouvir, certamente

    estamos diante de um problema como o rudo.

    De outro lado problemas ergonmicos podem ser facilmente identificados, pelo menos os

    mais visveis, apenas observando as queixas dos trabalhadores. Se eles esto reclamando e a todo

    instante vo a o mdico para tratar de dores, possvel que estejamos num ambiente com

    problemas ergonmicos.

    Os acidentes so bem mais visveis. Se no local existe vrias quedas ou mesmo pessoas que

    frequentemente se machucam evidente que existe sim risco de acidente no local.

    O que queremos mostrar que a percepo, principalmente do trabalhador, suficiente

    para reconhecer o risco. Esta a base para a elaborao do chamado Mapa de Risco.

    O Mapa de risco uma ferramenta das mais importantes e obrigatrio conforme a NR5.

    Ateno

    Apre

    Ateno

    O Mapa de Risco a percepo que o trabalhador possui dos

    riscos do ambiente e a primeira fonte de anlise que

    devemos ter dos riscos ambientais.

  • 49

    O Mapa de Risco, tambm avalia o tamanho do risco, ou seja, se o risco pequeno, mdio

    ou grande de forma a podermos priorizar as atividades de preveno.

    Mapeamento de riscos

    No existe definio na legislao atual, de como fazer o Mapa. Entretanto convm adotar a

    metodologia instituda pela Portaria n 25 de 29/12/94, da SSST, e que consiste numa anlise do

    processo de produo e das condies de trabalho. O seu objetivo reunir informaes

    necessrias para que seja estabelecido o diagnstico da situao de segurana e sade no trabalho

    da empresa, alm de possibilitar, durante a sua elaborao, a troca e a divulgao de informaes

    entre os trabalhadores, estimulando a sua participao nas atividades de preveno e

    contribuindo para a conscientizao a respeito dos riscos no ambiente de trabalho. um

    instrumento que pode ajudar a diminuir a ocorrncia de acidentes do trabalho e a incidncia de

    doenas ocupacionais, que interessa sobremaneira aos empresrios e trabalhadores.

    Para realizao do Mapa de Riscos, deve-se contar com a participao dos cipeiros (CIPA) e

    dos trabalhadores alm de profissionais de segurana e medicina do trabalho (SESMT). uma

    metodologia que busca a participao dos envolvidos no processo produtivo para determinar os

    riscos existentes.

    As etapas so:

    Identificao dos riscos existentes (figura 3).

    Identificao das medidas preventivas existentes e verificao de sua eficcia.

    Conhecimento dos levantamentos ambientais j realizados no local (mapa anterior).

    Elaborao do mapa de riscos sobre layout da empresa.

    O mapa de risco a representao grfica do reconhecimento dos riscos existentes nos

    locais de trabalho, por meio de crculos de diferentes tamanhos e cores.

  • 50

    Vamos ver um mapa na figura a seguir.

    Observando a figura 11, temos os seguintes riscos identificados.

    Na caldeira o rudo, representado pela cor verde e produtos qumicos como leos

    lubrificantes, representado na cor vermelha. Tambm um risco menor, ergonmico, representado

    pela cor amarela, uma vez que existe levantamento de peso. Note o nmero ao lado que

    representa o nmero de funcionrios expostos a cada risco. Na seco da pintura temos ainda o

    risco de acidente e tambm o risco qumico. Assim sucessivamente.

    Este apenas um exemplo. No ambiente real voc, um membro da CIPA, um membro do

    SESMT e o trabalhador devero juntos identificar os riscos. Para tanto faro o que chamamos de

    roteiro de abordagem.

    Roteiro de abordagem nada mais que uma planilha contendo os riscos e as opinies dos

    trabalhadores. Lembre-se o Mapa reflete a percepo do trabalhador. A seguir mostramos um

    exemplo de roteiro.

    Figura 11: Exemplo de Mapa de Risco. Fonte (SESMT).

  • 51

    ROTEIRO DE ABORDAGEM

    Data:

    Elaborado por:

    Local Risco Quantos esto Expostos Proteo existente ou sugerida

    Queixas Tamanho

    Escritrio Ergonmico / Teclados mal posicionados

    10 Funcionrios Compra de moveis com ajuste

    Dores no pulso Circulo Mdio

    Cozinha Acidente / Botijo de Gs

    2 Funcionrios Retirada do botijo de gs

    No h Crculo Grande

    Cozinha Fsico / Calor 2 Funcionrios Colocar ventiladores

    No h Crculo Pequeno

    De posse deste levantamento e de um lay out, ou seja, de um desenho do local, ficar fcil

    fazer o Mapa, basta colocar os crculos correspondentes. O Mapa de Risco deve estar sempre

    visvel a todos os empregados. Sendo preferencialmente colocado na entrada de cada seco.

    Voc deve estar se perguntando como eu sei se o circulo pequeno mdio ou grande?

    Voc poder verificar com o trabalhador o que ele acha, mas pode tambm aplicar um

    mtodo para diminuir a subjetividade.

    O mtodo que vamos sugerir o matricial. Este mtodo derivado da prpria definio de

    risco. Vamos simplesmente dividir o risco em duas partes lembrar-se da ateno que inserimos

    anteriormente e repetimos agora: Risco dano e probabilidade do dano ocorrer. Se separarmos as

    duas partes teremos diminuda a subjetividade da avaliao. Vamos ver a figura a seguir.

  • 52

    Matriz: Dano x Probabilidade

    A matriz diz que o dano pode ser pequeno, quando no temos afastamento do funcionrio,

    ou um simples corte sem nenhuma consequncia maior. J quando o dano implica em

    afastamento, mesmo que de apenas um dia, ou ento quando o trabalho no pode continuar

    trabalhando aps um pequeno socorro, dizemos que o dano mdio. J para danos irreversveis,

    como perda de membros, dizemos que o dano grande.

    Se a possibilidade de ocorrer o fato ou a exposio a este perigo for contnua, dizemos que a

    probabilidade grande, j se for intermitente, com exposio de vez em quando dizemos que o

    grau de probabilidade mdio. Finalmente se a exposio for eventual, ou seja, raramente a

    exposio pequena.

    Ento se, por exemplo, um trabalhador tem que operar uma mquina todos os dias e a

    prensa no possuem proteo, temos exposio Grande e o dano, perda de membro, tambm

    Grande, o que significa: Risco Grande (G).

    Se o trabalho, entretanto, for de vez em quando ou raramente, teremos uma probabilidade

    Pequena, mas o dano continua Grande. Na linha probabilidade pequeno, na linha dano grande

    o que significa: Risco Mdio (M).

    M G G

    P M G

    P P M

    Grau de Dano

    Grande

    Mdio

    Pequeno

    Pequeno / Mdio / Grande

    Grau de Probabilidade

    P

    M

    G

    P M G

  • 53

    Com isto conclumos a mais importante avaliao de risco que existe. A base o trabalhador

    que conhece sempre o trabalho que faz. Por certo que esta metodologia pode ser mais apurada.

    Normalmente os Tcnicos de Segurana usam o que chamamos de Anlise Preliminar de Risco

    (APR). No fundo no muito diferente. Ocorre que normalmente as APRs so aplicadas a tarefas

    especficas e no a condio ambiental geral. Vamos ver uma planilha de APR.

    M G G

    P M G

    P P M

    Figura 12: Risco mdio, se o uso eventual, raramente usado. Fonte do autor.

    Figura 13: Exemplo d APR para trabalho em altura.

    P

    G

  • 54

    Explore seu Conhecimento

    Captulo 2

    1. Descreva abaixo o tipo de grupo a que pertence o risco nomeado. Use a figura 3 da apostila.

    Por exemplo:

    Rudo = Risco Fsico

    Umidade = ___________________

    Eletricidade = _________________

    Bactrias = ___________________

    Batida por... = _________________

    Esforo fsico excessivo__________

    2. Diga se verdadeiro (V) ou Falso (F), as frases a seguir.

    ( ) Todo EPI deve possuir o respectivo Certificado de Aprovao (CA).

    ( ) O grupo A e o Grupo B so respectivamente para proteo de cabea e de olhos.

    ( ) Para avaliar Riscos necessrio reconhecer e dimensionar o seu tamanho.

    ( ) Conforme a NR6 todo EPI de uso coletivo.

    3. Em 10/07/1976, ocorreu uma falha no processo qumico de uma empresa do grupo

    farmacutico ROCHE, liberando para atmosfera o triclorofenol (produto utilizado na

    composio do agente laranja utilizado na guerra do Vietnan). A intoxicao de centenas de

    pessoa na cidade de Sevezo (Itlia) deu origem chamada diretriz de Sevezo, que influenciou

    vrias legislaes prevencionistas. No quadro de grupos de risco podemos dizer que.

    a) O risco de acidente (azul) maior que o risco qumico (vermelho).

    b) A empresa no precisa se preocupar com estes acidentes, pois sua obrigao apenas trabalhista e

    previdenciria.

    c) Os profissionais da empresa devem estar preparados para este tipo de acidente qumico.

  • 55

    4. (ENAD-2011) A preocupao com questes de segurana crescente nas indstrias

    modernas. Uma empresa que possui baixos ndices de acidente tem como grande benefcio, a

    disponibilidade de sua fora de trabalho, boa imagem junto sociedade e aos rgos

    fiscalizadores e conseqentemente melhor avaliao do mercado. Os departamentos de

    operao e manuteno so os que possuem maior risco devido ao grande efetivo, alterao

    constante da natureza dos trabalhos e o prprio local onde a atividade laboral

    desenvolvida. A Anlise Preliminar de Risco (APR) uma ferramenta simples e extremamente

    til para que os aspectos de segurana de uma atividade sejam conhecidos pelos envolvidos.

    Considerando a aplicao da APR para a manuteno de um sistema eletroidrulico realizado

    por equipe mista (prpria e terceirizada), analise as afirmaes abaixo.

    I. Somente participa da elaborao da APR, um dos seguintes envolvidos: o

    encarregado ou executante da empresa terceirizada, ou o tcnico de segurana da equipe

    de manuteno.

    II. A APR deve conter, no mnimo, informao sobre descrio do evento indesejado

    ou perigoso causa, conseqncia, categoria de risco, medidas de controle e rea

    responsvel pela ao.

    III. A APR um documento formal, que pode ser realizado pela equipe terceirizada

    sem o conhecimento e aprovao da equipe de manuteno prpria local.

    IV. A APR pode ser utilizada em eventos emergenciais.

    correto apenas o que se afirma em:

    a. I.

    b. III.

    c. I e III.

    d. II e IV.

    e. III e IV.

    5. Um tcnico de segurana do trabalho em sua vistoria rotineira, de campo, encontra um

    funcionrio trabalhando em altura, a mais de dois metros do solo. Em conformidade com a

    Portaria 3.214/78 do Ministrio do Trabalho e suas NRs, trabalhos em altura devem ser feitos

  • 56

    com o uso de cinto de segurana. Sendo que o funcionrio no estava usando o cinto, a

    melhor maneira de agir neste momento :

    a) Rever o planejamento de perigos e risco para identificar o porqu tais fatos acontecem na

    empresa.

    b) Paralisar a atividade e adotar os procedimentos legais cabveis advertindo o funcionrio.

    c) Acionar o plano de atendimento de emergncia, para evitar a queda do funcionrio.

    d) No se importar com isso, pois o servio deve ser feito.

    6. Em um trabalho onde o funcionrio dever ficar em p por vrias horas segurando uma caixa

    de ferramentas, para o colega e sem poder apoi-la ou moviment-la, podemos:

    a) Trata-se de atividade dinmica, pois o trabalhador perde calorias.

    b) Trata-se de uma atividade esttica, que causa males ao trabalhador por ser montona.

    c) Trata-se de atividade esttica que pior ao trabalhador que a dinmica.

    d) Trata-se de atividade esttica que melhor ao trabalhador que a dinmica.

  • 57

    3 Adicionais de Risco

    At aqui foi observado que existem vrias leis que impes ao empregador a manuteno

    de um ambiente saudvel ao trabalhador. Apesar disto verificamos que existe vrios riscos que

    podem estar presente e que necessrio reconhecer estes riscos, avaliar os risco e finalmente

    tomar medidas preventivas para neutralizar a ao destes agentes. As medidas preventivas sero

    tratadas no captulo seguinte, neste vamos falar dos adicionais de risco. So situaes onde o

    empregador no adota as medidas de preveno, como por exemplo, o fornecimento de

    equipamento de proteo individual (EPI) e acaba por ter que pagar um adicional financeiro ao

    trabalhador.

    3.1 Insalubridade

    Inicialmente devemos frisar que toda substancia pode ser considerada agressiva

    dependendo das condies de exposio, em nosso caso, em conformidade com a Norma

    Regulamentadora n.15, sero considerados agentes insalubres as que se desenvolvem.

    1. Acima dos limites de tolerncia previstos nos Anexos n. 1, 2, 3, 5, 11 e 12

    2. Nas atividades mencionadas nos Anexos n. 6, 13 e 14; 15.1.4

    3. Comprovadas atravs de laudo de inspeo dos Anexos n. 7, 8, 9 e 10.

    Entende-se por "Limite de Tolerncia", para os fins desta Norma, a concentrao ou

    intensidade mxima ou mnima, relacionada com a natureza e o tempo de exposio ao agente,

    que no causar dano sade do trabalhador, durante a sua vida laboral.

    O exerccio de trabalho em condies de insalubridade, de acordo com os subitens do item

    anterior, assegura ao trabalhador a percepo de adicional, ou seja, um dinheiro a mais, sobre o

    salrio mnimo da regio, equivalente a:

  • 58

    40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau mximo

    20% (vinte por cento), para insalubridade de grau mdio

    10% (dez por cento), para insalubridade de grau mnimo

    Para assumir que a ao de um agente seja tolervel necessrio identific-lo e quantific-

    lo. Para tanto fundamental o conhecimento da forma de ao do agente e o monitoramento,

    dos mesmos, atravs de esquemas de amostragem adequados.

    Por outro lado, s pode ser insalubre o que estiver nos referidos Anexos.

    Anexo n01 da NR15 Rudo Contnuo e Intermitente (20%)

    Para este anexo devemos verificar se foi ultrapassado o limite de tolerncia conforme o

    quadro I a seguir. Note que a intensidade funo do tempo de exposio, ou seja, se for breve

    suporta mais intensidade e vice versa.

  • 59

    QUADRO 1

    LIMITES DE TOLERNCIA PARA RUDO CONTNUO OU INTERMITENTE

    NVEL DE RUDO

    dB(A)

    85

    86

    87

    88

    89

    90

    91

    92

    93

    94

    95

    96

    98

    100

    102

    104

    105

    106

    108

    110

    112

    114

    115

    MXIMA EXPOSIO DIRIA

    PERMISSVEL

    8 horas

    7 horas

    6 horas

    5 horas

    4 horas e 30 minutos

    4 horas

    3 horas e 30 minutos

    3 horas

    2 horas e 40 minutos

    2 horas e 15 minutos

    2 horas

    1 hora e 45 minutos

    1 hora e 15 minutos

    1 hora

    45 minutos

    35 minutos

    30 minutos

    25 minutos

    20 minutos

    15 minutos

    10 minutos

    8 minutos

    7 minutos

  • 60

    Anexo n02 da NR15 Exposio ao Rudo de Impacto (20%)

    Tambm por limite de tolerncia com valor fixo de 130 dB(linear).

    Anexo n03 da NR15 Exposio ao Calor (20%)

    Tambm por limite de tolerncia deve ser medido pelo instrumento IBUTG, conforme

    figura 5. A temperatura mxima de IBUTG para trabalho no mesmo local (sem mudar de atividade

    ou local) conforme. J outras situaes devem ser feitas avaliaes diferentes.

    QUADRO N 1

    TIPO DE ATIVIDADE

    REGIME DE TRABALHO-DESCANSO COM

    DESCANSO NO PRPRIO LOCAL DE

    TRABALHO (por hora)

    LEVE

    MODERADA

    PESADA

    Trabalho Contnuo at 30,0 at 26,7 at 25,0

    45 minutos Trabalho

    15 minutos Descanso

    30,1 30,6 26,8 28,0

    25,1 25,9

    30 minutos Trabalho

    30 minutos Descanso

    30,7 31,4

    28,1 29,4 26,0 27,9

    15 minutos Trabalho

    45 minutos Descanso

    31,5 32,2 29,5 31,1

    28,0 30,0

    No permitido o Trabalho,

    sem a adoo de medidas de

    controle

    acima de 32,2

    acima de 31,1 acima de 30,0

  • 61

    Anexo n04 da NR15: Foi revogado.

    Anexo n05 da NR15 Exposio a Radiao Ionizante (40%)

    Trata-se de radiaes tipo Rx e outras. Tem que fazer medio conforme diretrizes

    prprias.

    Anexo n06 da NR15 Exposio a Presses Hiberbricas (40%)

    Anexo n07 da NR15 Exposio a Radiaes no Ionizantes (20%)

    As radiaes no ionizantes apresentam interesse do ponto de vista ambiental, porque os

    seus efeitos sobre a sade das pessoas so potencialmente importantes, sendo que exposies

    sem controle podem levar ocorrncia de srias leses na pele ou doenas como catarata,

    queimaduras.

    Existem diversos tipos de radiaes no ionizantes, classificadas conforme o comprimento

    de onda e a frequncia da radiao. So elas: radiofrequncias, microondas, infravermelha

    (fornos, solda oxiacetilnica), ultravioleta (solda eltrica), laser.

    Anexo n08 da NR15 Exposio a Vibrao (20%)

    Vrios mtodos de classificao da severidade da exposio e definio dos limites de

    exposio baseados em laboratrio ou dados de campo tm sido desenvolvidos no passado para

    aplicaes especficas.

    Ateno

    O calor medido, Quadro 1, no o calor do ambiente

    simplesmente o calor em IBUTG.

  • 62

    Anexo n09 da NR15 Exposio ao Frio (20%)

    Notar que estamos falando de locais com cmara frigorfica e no este frio pequeno do

    meio ambiente nos tempos de inverno.

    Anexo n10 da NR15 Exposio a umidade (20%)

    Notar que na NR15 expresso locais encharcados, no a umidade relativa do ar, grande

    exposio gua.

    Anexo n11, 12 e 13 da NR15 Exposio a agentes qumicos (10% ou 20% ou 40%)

    Notar que na NR15 neste anexo faz uma relao de diversos agentes qumicos e estes

    possuem adicional diferente. Por exemplo, o tolueno que um lquido solvente, da direito a uma

    insalubridade em grau mdio, ou seja, 20% do salrio mnimo vigente. Mas lembre-se isto se no

    usar o EPI, como mscaras, luvas ou cremes protetivo.

    Anexo n14 da NR15 Exposio a agentes biolgicos (20% ou 40%)

    Notar que na NR15 neste anexo faz uma relao de diversas atividades que possuem

    direito a insalubridade. Note que s nas atividades descritas, nada mais. Por exemplo, o coletor

    de lixo urbano tem direito a insalubridade em grau mximo.

    Saiba Mais

    Se voc se interessar por vibraes, consulte o site da FUNDACENTRO e faa

    um download das NHO 09 e NHO 10. Normas de Higiene Ocupacional (NHO).

  • 63

    3.2 Periculosidade

    Agora vamos tratar da Periculosidade. O item anterior deve ter sido fcil, pois ele fala na

    prtica sobre os riscos fsicos qumicos e biolgicos que voc j tinha visto na Unidade 2. Agora a

    periculosidade um pouco diferente.

    A periculosidade no exatamente relacionada com o risco do trabalhador. Ento mesmo

    que voc tenha vrias medidas de segurana pode ainda ter que pagar periculosidade.

    O exemplo clssico dos frentistas em postos de gasolina. Esta atividade capta

    periculosidade. Mesmo que o risco seja mnimo.

    Ento todos os frentistas de postos de combustveis ganham 30% de adicional.

    Notar que so 30% do salrio base, sem os adicionais e no do salrio mnimo. O que

    geralmente bem melhor em termos de ganho financeiro.

    Ateno

    A periculosidade calculada em 30% sobre o salrio bsico

    que o trabalhador ganha e no sobre o salrio mnimo.

    Dica

    Para saber exatamente se existe ou no insalubridade, voc

    deve verificar se existe um dos itens citado nestes anexos. Se existir, ento

    melhor pedir para que seja feito um laudo tcnico por engenheiro de

    segurana ou mdico do trabalho para definir se existe ou no a

    necessidade de pagar a insalubridade, qual o exato grau ou ento como

    neutralizar a ao insalubre. Tem que ser um destes profissionais, o artigo

    195 da CLT obriga.

  • 64

    Inicialmente devemos frisar que algumas atividades podem ser consideradas periculosas de

    acordo com a NR16, dependendo das condies de exposio :

    1. Explosivos

    2. Inflamveis

    3. Energia Eltrica

    4. Radiao Ionizante

    J a segurana patrimonial, independe da exposio, mas apenas da atividade. Ou seja

    basta ver se est escrito a atividade na NR16, mais nada.

    Dica

    Para saber exatamente se existe ou no periculosidade, voc

    deve verificar se existe um destes quatro itens acima descrito. Se existir,

    ento melhor pedir para que seja feito um laudo tcnico por engenheiro

    de segurana ou mdico do trabalho para definir se existe ou no a

    necessidade de pagar a periculosidade. Tem que ser estes profissionais, o

    artigo 195 da CLT obriga.

  • 65

    Explore seu Conhecimento

    Captulo 3

    1) Relacione o agente insalubre com seu anexo.

    Por exemplo:

    Rudo = Anexo 1

    Umidade = ___________________

    Calor = ______________________

    Radiao no Ionizante = ______________________

    2) Diga se verdadeiro (V) ou Falso (F), as frases a seguir.

    ( ) A insalubridade garante ao trabalhador 30% sobre o salrio base.

    ( ) A periculosidade garante ao trabalhador 40% sobre o salrio base.

    ( ) A insalubridade em grau mdio, por exemplo para rudo, de 20% sobre o salrio mnimo.