apostila segurança iv

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M M Ó Ó D D U U L L O O X X CURSO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Segurança do Trabalho IV Alexandre Martinez dos Santos

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Page 1: Apostila segurança iv

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CURSO TÉCNICO DE

SEGURANÇA DO TRABALHO

Segurança do Trabalho IV

Alexandre Martinez dos Santos

Page 2: Apostila segurança iv

Organizadores:

Módulo: Módulo X

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Disciplina do Eixo Curricular de Conhecimento Específico 1 do

Curso Técnico de Segurança do Trabalho do CEFET/RJ

Edição: CEFET/RJ – COORDENAÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO

Local: Av. Maracanã, 229 – Maracanã

Editora: CEFET/RJ

Ano de Publicação: 2013

Page 3: Apostila segurança iv

Presidente da República Dilma Rousseff

Ministro da Educação Aloizio Mercadante

Secretário de Educação Profissional e Tecnológica

Eliezer Moreira Pacheco

Professor – organizador Nome Professor organizador

Diretor Geral do CEFET/RJ Carlos Henrique Figueiredo Alves

Diretora de Ensino Gisele Maria Ribeiro Vieira

Coordenadora da Educação à Distância no CEFET/RJ Maria Esther Provenzano

Coordenador Geral do E-Tec no CEFET/RJ

Mauro Godinho Gonçalves

Coordenador Geral Adjunto do E-Tec no CEFET/RJ

Alexandre Martinez dos Santos

Coordenador do Curso de Segurança do Trabalho do E-Tec no

CEFET/RJ Myrna da Cunha

Coordenador de Tutoria do E-Tec no CEFET/RJ

Unapetinga Hélio Bomfim Vieira

Professora Pesquisadora do E-Tec no CEFET/RJ

Lúcia Helena Dias Mendes

Design Instrucional Luciana Ponce Leon Montenegro de

Morais Castro

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Av. Maracanã, 229 – Maracanã - CEP 20.271-110 – Rio de Janeiro- RJ – Tel. 2256-3164

p. 4

Apresentação do E-Tec Brasil

Prezado estudante,

Bem vindo ao E-Tec Brasil!

Você faz parte de uma rede nacional pública de ensino, a Escola Técnica Aberta do Brasil, instituída pelo Decreto n° 6.301, de 12de dezembro de 2007, com o objetivo de democratizar o acesso ao ensino técnico público, na modalidade à distância. O programa é resultado de uma parceria entre o Ministério da Educação, por meio das Secretarias de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), as universidades e escolas técnicas estaduais e federais.

A educação à distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade regional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade, e promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros.

O E-Tec Brasil leva os cursos técnicos a locais distantes das instituições de ensino e para a periferia das grandes cidades, incentivando os jovens a concluir o ensino médio. Os cursos são ofertados pelas instituições públicas de ensino e o atendimento ao estudante é realizado em escolas-polo integrantes das redes públicas municipais e estaduais.

O Ministério da Educação, as instituições públicas de ensino técnico, seus servidores técnicos administrativos e professores acreditam que uma educação profissional qualificada – integradora do ensino médio e educação técnica, - é capaz de promover o cidadão com capacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade cultural, social, familiar, esportiva, política e ética.

Nós acreditamos em você!

Desejamos sucesso na sua formação profissional!

Ministério da Educação

Janeiro de 2010

Nosso contato

[email protected]

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Indicação de ícones

Curiosidades: indica informações interessantes que enriquecem o

assunto.

Interrogação: indica perguntas frequentes do aluno em

relação ao tema e respostas às mesmas.

Você sabia? : oferece novas informações e notícias

recentes relacionadas ao tema estudado.

Lembrete: enfatiza algum ponto importante sobre o

assunto.

Tome nota 1: espaço dedicado às anotações do aluno.

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p. 6

Tome nota 2: espaço também dedicado às anotações do

aluno.

Mãos a obra: apresenta atividades em diferentes níveis

de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las

e conferir o seu domínio do tema estudado.

Bibliografia: apresenta a bibliografia da apostila.

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SUMÁRIO

Palavra do Professor – organizador...........................................................................08

Apresentação da Disciplina........................................................................................09

Projeto Institucional....................................................................................................10

Aula 1 Explosivos – NR 19...............................................................................11

Aula 2 Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e

Combustíveis – NR 20..........................................................................43

Aula 3 Atividades e Operações Perigosas – NR 16.........................................81

Referências Bibliográficas........................................................................................135

Currículo do Professor – organizador...................................................................... 136

Palavra do Coordenador..........................................................................................137

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COM A PALAVRA, O PROFESSOR ... Prezados Cursistas

Esta apostila consiste em uma coletânea de normas técnica sobre

explosivos, inflamáveis, combustíveis e periculosidade.

Apresentando o conceito de explosivo, os itens de segurança na

fabricação, armazenamento e transporte de explosivos e como se aplica

segurança na indústria e comércio de artefatos pirotécnicos.

Além dos conceitos de líquidos inflamáveis, gases inflamáveis e líquidos

combustíveis, os requisitos mínimos para a gestão da segurança e

saúde no trabalho contra fatores de risco de acidentes provenientes das

atividades que envolvam inflamáveis e líquidos combustíveis.

Concluimos com as atividades perigosas e o conceito de P2R2 ..

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Apresentação da Disciplina

Módulo X - Segurança do Trabalho IV - Carga Horária: 40 Horas

Espera-se que o(a) cursista desenvolva as seguintes competências:

Apresentar o conceito de explosivos, os itens de segurança na fabricação, armazenamento e transporte de explosivos e como se aplica segurança na indústria e comércio de artefatos pirotécnicos.

Apresentar os conceitos de líquidos inflamáveis, gases inflamáveis e líquidos combustíveis, os requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra fatores de risco de acidentes provenientes das atividades que envolvam inflamáveis e líquidos combustíveis e a classificação das instalações de inflamáveis e combustíveis.

Apresentar quais são as atividades e operações perigosas com explosivos e inflamáveis e o conceito de P2R2 e seu objetivo.

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Projeto instrucional Disciplina: Segurança do Trabalho IV (Carga horária: 40 horas)

Ementa: (Ementa do curso)

AULA

OBJETIVOS DE

APRENDIZAGEM

MATERIAIS

CARGA HORÁRIA

(horas)

1- Explosivos - NR 19

Entender o que são explosivos;

Conhecer os requisitos mínimos na fabricação, armazenamento e transporte de explosivos;

Entender como se aplica a segurança e saúde na indústria e comércio de fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos.

Impresso 12

2- Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis - NR 20

Saber o que são líquidos

inflamáveis, gases inflamáveis e líquidos combustíveis;

Conhecer os requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra fatores de risco de acidentes provenientes das atividades que envolvam inflamáveis e líquidos combustíveis;

Saber classificar as instalações de inflamáveis e combustíveis.

Impresso 13

3- Atividades e Operações Perigosas - NR 16

Conhecer quais são as atividades e

operações perigosas com explosivos e inflamáveis;

Entender o que é P2R2 e seu objetivo.

Impresso 15

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MMeettaa::

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EEnntteennddeerr oo qquuee ssããoo eexxpplloossiivvooss;;

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EEnntteennddeerr ccoommoo ssee aapplliiccaa aa sseegguurraannççaa ee ssaaúúddee nnaa iinnddúússttrriiaa ee

ccoomméérrcciioo ddee ffooggooss ddee aarrttiiffíícciioo ee oouuttrrooss aarrtteeffaattooss ppiirroottééccnniiccooss..

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Olá, caro estudante!

Antes de iniciarmos nosso estudo sobre XXXXXXXXX,

reflita sobre essa ideia:

Carl Jung

Bom estudo!

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Disposições Gerais

Para fins desta Norma, considera-se explosivo

material ou substância que, quando iniciada, sofre

decomposição muito rápida em produtos mais estáveis,

com grande liberação de calor e desenvolvimento súbito de

pressão.

As atividades de fabricação, utilização, importação,

exportação, tráfego e comércio de explosivos devem

obedecer ao disposto na legislação específica, em especial

ao Regulamento para Fiscalização de Produtos Controlados

(R-105) do Exército Brasileiro, aprovado pelo Decreto n.º

3.665, de 20 de novembro de 2000.

É proibida a fabricação de explosivos no perímetro

urbano das cidades, vilas ou povoados.

As empresas devem manter, nas instalações de

fabricação e armazenagem, quantidades máximas de

explosivos de acordo com o Anexo II desta Norma.

As distâncias constantes do Anexo II poderão ser

reduzidas à metade no caso de depósitos barricados.

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -

PPRA da empresas que fabricam ou utilizam explosivos

deve contemplar, além do disposto na NR-9, a avaliação

dos riscos de incêndio e explosão e a implementação das

respectivas medidas de controle.

Fabricação de explosivos

A fabricação de explosivos somente é permitida às

empresas portadoras de Título de Registro - TR emitido

pelo Exército Brasileiro.

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O terreno em que se achar instalado o conjunto de

edificações das empresas de fabricação de explosivos deve

ser provido de cerca adequada e de separação entre os

locais de fabricação, armazenagem e administração.

As atividades em que explosivos sejam depositados

em invólucros, tal como encartuchamento, devem ser

efetuadas em locais isolados, não podendo ter em seu

interior mais de quatro trabalhadores ao mesmo tempo.

Os locais de fabricação de explosivos devem ser:

a) mantidos em perfeito estado de conservação;

b) adequadamente arejados;

c) construídos com paredes e tetos de material

incombustível e pisos antiestáticos;

d) dotados de equipamentos devidamente aterrados e, se

necessárias, instalações elétricas especiais de segurança;

e) providos de sistemas de combate a incêndios de manejo

simples, rápido e eficiente, dispondo de água em

quantidade e com pressão suficiente aos fins a que se

destina;

f) livres de materiais combustíveis ou inflamáveis.

No manuseio de explosivos, é proibido:

a) utilizar ferramentas ou utensílios que possam gerar

centelha ou calor por atrito;

b) fumar ou praticar atos suscetíveis de produzir fogo ou

centelha;

c) usar calçados cravejados com pregos ou peças metálicas

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externas;

d) manter objetos que não tenham relação direta com a

atividade.

Nos locais de manuseio de explosivos, matérias

primas que ofereçam risco de explosão devem permanecer

nas quantidades mínimas possíveis, admitindo-se, no

máximo, material para o trabalho de quatro horas.

Armazenamento de explosivos

Os depósitos de explosivos devem obedecer aos

seguintes requisitos:

a) ser construídos de materiais incombustíveis, em terreno

firme, seco, a salvo de inundações;

b) ser apropriadamente ventilados;

c) manter ocupação máxima de sessenta por cento da área,

respeitando-se a altura máxima de empilhamento de dois

metros e uma entre o teto e o topo do empilhamento;

d) ser dotados de sinalização externa adequada.

É proibida a armazenagem de:

a) acessórios iniciadores com explosivos, inclusive pólvoras

ou acessórios explosivos em um mesmo depósito;

b) pólvoras em um mesmo depósito com outros explosivos;

c) fogos de artifício com pólvoras e outros explosivos em

um mesmo depósito ou no balcão de estabelecimentos

comerciais;

d) explosivos e acessórios em habitações, estábulos, silos,

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galpões, oficinas, lojas ou outras edificações não

destinadas a esse uso específico.

Transporte de explosivos

O transporte terrestre de explosivos deve seguir a

legislação pertinente ao transporte de produtos perigosos,

em especial a emitida pelo Ministério dos Transportes; o

transporte por via marítima, fluvial ou lacustre, as normas

do Comando da Marinha; o transporte por via aérea, as

normas do Comando da Aeronáutica.

Para o transporte de explosivos devem ser

observadas as seguintes prescrições gerais:

a) o material a ser transportado deve estar devidamente

acondicionado em embalagem regulamentar;

b) os serviços de embarque e desembarque devem ser

assistidos por um fiscal da empresa transportadora,

devidamente habilitado;

c) todos os equipamentos empregados nos serviços de

carga, transporte e descarga devem ser rigorosamente

verificados quanto às condições de segurança;

d) sinais de perigo, como bandeirolas vermelhas ou

tabuletas de aviso, devem ser afixados em lugares visíveis

do veículo de transporte;

e) o material deve ser disposto e fixado no veículo de modo

a facilitar a inspeção e a segurança;

f) munições, pólvoras, explosivos, acessórios iniciadores e

artifícios pirotécnicos devem ser transportados

separadamente;

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g) o material deve ser protegido contra a umidade e

incidência direta dos raios solares;

h) é proibido bater, arrastar, rolar ou jogar os recipientes de

explosivos;

i) antes de descarregar os materiais, o local previsto para

armazená-los deve ser examinado;

j) é proibida a utilização de luzes não protegidas, fósforos,

isqueiros, dispositivos e ferramentas capazes de produzir

chama ou centelha nos locais de embarque, desembarque

e no transporte;

k) salvo casos especiais, os serviços de carga e descarga

de explosivos devem ser feitos durante o dia e com tempo

bom;

l) quando houver necessidade de carregar ou descarregar

explosivos durante a noite, somente será usada iluminação

com lanternas e holofotes elétricos.

SEGURANÇA E SAÚDE NA INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

FOGOS DE ARTIFÍCIO E OUTROS ARTEFATOS

PIROTÉCNICOS

Este anexo aplica-se a todos os estabelecimentos de

fabricação e comercialização de fogos de artifício e outros

artefatos pirotécnicos.

Incluem-se no campo de aplicação desta norma as

unidades de produção de pólvora negra, alumínio para

pirotecnia e produtos intermediários destinados à fabricação

de fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos.

Para fins deste anexo, consideram-se:

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a) fogos de artifício e outros artefatos pirotécnicos, os

artigos pirotécnicos preparados para transmitir inflamação

com a finalidade de produzir luz, ruído, fumaça ou outros

efeitos visuais ou sonoros normalmente empregados para

entretenimento;

b) Responsável Técnico, o profissional da área de química

responsável pela coordenação dos laboratórios de controle

de qualidade e/ou controle de processos, assim como das

operações de produção, inclusive desenvolvimento de

novos produtos, conforme disposto na legislação vigente;

c) acidente do trabalho, o evento não previsto, ocorrido no

exercício do trabalho ou como conseqüência desse, que

resulte em danos à saúde ou integridade física do

trabalhador;

d) incidente, o evento não previsto, ocorrido no exercício do

trabalho ou como conseqüência desse, que não resulte em

danos à saúde ou integridade física do trabalhador, mas

que potencialmente possa provocá-los;

e) substância perigosa, aquela com potencial de causar

danos materiais, à saúde e ao meio ambiente que, em

função de suas propriedades físico-químicas ou

toxicológicas, é classificada como tal a partir de critérios e

categorias definidas em um sistema de classificação.

A observância deste anexo não desobriga as

empresas do cumprimento de outras disposições legais e

regulamentares com relação à matéria, inclusive as

oriundas de convenções e acordos coletivos de trabalho.

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FABRICAÇÃO

Instalações

As instalações físicas dos estabelecimentos devem

obedecer ao disposto na Norma Regulamentadora n.º 8 -

NR 8, assim como ao disposto no Regulamento para a

Fiscalização de Produtos Controlados (R-105), Decreto n.º

3.665/2000.

As cercas em torno dos estabelecimentos devem:

a) ser aterradas;

b) apresentar sinais de advertência em intervalos máximos

de 100 m;

c) delimitar os setores administrativo, de depósitos e de

fabricação.

Todas as vias de transporte de materiais no interior

do estabelecimento devem:

a) apresentar largura mínima de 1,20 m;

b) ser mantidas permanentemente desobstruídas;

c) ser devidamente sinalizadas.

Deve ser mantida uma faixa de terreno livre de

vegetação rasteira, com 20 m de largura mínima, em torno

de todos os depósitos e pavilhões de trabalho.

Os pavilhões de trabalho devem proporcionar

conforto térmico e iluminação adequada.

Nos pavilhões de trabalho deve haver aviso de

segurança em caracteres indeléveis facilmente

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visualizáveis, contendo as seguintes informações:

a) identificação do pavilhão e da atividade desenvolvida;

b) número máximo de trabalhadores permitido;

c) nome completo do encarregado do pavilhão;

d) quantidade máxima de explosivos ou peças contendo

explosivos permitida.

Os pavilhões de trabalho no setor de explosivos

devem ser dotados de:

a) pisos impermeabilizados, lisos, laváveis, constituídos de

material ou providos de sistema que não permita o acúmulo

de energia estática, e mantidos em perfeito estado de

conservação e limpeza;

b) junções de pisos com paredes, de bancadas com

paredes e entre paredes com acabamento arredondado,

com a finalidade de evitar o acúmulo de resíduos;

c) materiais e equipamentos antiestáticos, adotando-se

procedimentos que impeçam acúmulo de poeiras e

resíduos, assim como quedas de materiais no chão;

d) superfícies de trabalho lisas revestidas por material ou

providas de sistema que não permita o acúmulo de energia

estática, com proteções laterais e acabamentos

arredondados, de forma a evitar a queda de produtos e nem

possibilitar o acúmulo de pó;

e) prateleiras, bancadas e superfícies na quantidade

mínima indispensável ao desenvolvimento dos trabalhos,

sendo proibido o uso de materiais não condutivos ou que

permitam o centelhamento.

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O pavilhão de manipulação de pólvora branca e

similares deve ser dotado de:

a) piso e paredes impermeáveis;

b) teto lavável;

c) bancada lisa, constituída de material ou provida de

sistema que não permita o acúmulo de energia estática e

de baixa resistência a impacto;

d) lâmina d’água de 0,10 m sobre o piso;

e) cocho de alvenaria com 1 m de largura à frente da

entrada, também dotado de lâmina d’água de 0,10 m.

Toda a água deve ser substituída periodicamente,

conforme projeto específico, com filtragem adequada e

limpeza do filtro.

Todas as instalações elétricas no interior ou

proximidades dos pavilhões de produção e armazenamento

de explosivos devem ser dotadas de circuitos

independentes e à prova de explosão.

As máquinas e os equipamentos que utilizarem ou

gerarem energia elétrica devem ser aterrados

eletricamente.

Todo projeto de instalação, reforma ou mudança da

empresa, após sua autorização pelo Exército, deve ser

comunicado por escrito ao órgão regional do Ministério do

Trabalho e Emprego antes do início da sua execução.

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais -

PPRA - dos estabelecimentos deve contemplar o disposto

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na Norma Regulamentadora n.º 9 - NR 9 e, ainda, os riscos

específicos relativos aos locais e atividades com explosivos.

O PPRA deve ser elaborado e implementado

conjuntamente por profissional tecnicamente capacitado em

Segurança e Saúde no Trabalho, pelo Responsável Técnico

da empresa e pelos seus responsáveis legais.

O documento-base do PPRA deve conter as

seguintes partes:

a) documento estratégico;

b) inventário geral dos riscos;

c) plano de ação anual;

d) procedimentos e planos específicos de prevenção de

acidentes com explosivos e atuação em situações de

emergência.

O documento estratégico deve conter, de forma

sucinta e no mínimo, os seguintes elementos:

a) objetivos gerais do PPRA;

b) definição do papel e responsabilidades de todos em

relação às atividades de segurança e saúde no trabalho;

c) indicação do nome do coordenador do PPRA e dos

demais responsáveis técnicos, a ser atualizada sempre que

houver alterações;

d) estratégias para avaliação, prevenção e controle dos

riscos para as atividades existentes ou futuras, no caso de

ocorrerem mudanças;

e) mecanismos de integração do PPRA com o Programa de

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Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO - e outros

programas ou atividades existentes relativos à gestão de

riscos;

f) mecanismos a serem utilizados para informação,

capacitação e envolvimento dos trabalhadores em

Segurança e Saúde no Trabalho;

g) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento

do PPRA;

h) data da elaboração ou revisão e assinatura do

responsável legal pela empresa.

O inventário geral dos riscos consiste em relatório

abrangente, revisto ou atualizado no mínimo anualmente,

que deve conter ao menos os seguintes elementos:

a) informações relativas ao estabelecimento, como

localização geográfica, número total de trabalhadores e

número de trabalhadores expostos ao risco de acidentes

com explosivos, descrição dos processos produtivos, áreas

de trabalho e organização do trabalho;

b) reconhecimento dos riscos por atividade ou área de

trabalho ou função, com indicação dos tipos de exposições

ou possíveis acidentes e danos potenciais, das causas ou

fontes dos riscos, das medidas de controle existentes e da

população de trabalhadores exposta;

c) síntese dos dados obtidos nos monitoramentos de

exposições a agentes químicos ou físicos e estatísticas de

acidentes, incidentes e danos à saúde relacionados ao

trabalho;

d) estimativa do nível ou da importância dos riscos,

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considerando, no mínimo, os parâmetros probabilidade de

ocorrência do dano e severidade do dano;

e) ações recomendadas, tais como realização de

avaliações de riscos aprofundadas, monitoramento de

exposições, manutenção, melhoria ou implementação de

medidas de prevenção e controle, ações de informação e

capacitação;

f) data de elaboração ou revisão e assinatura conjunta do

profissional tecnicamente capacitado em Segurança e

Saúde no Trabalho e do Responsável Técnico da empresa.

Devem ser anexados ao inventário geral de riscos os

seguintes documentos:

a) inventário de produtos químicos;

b) relatórios de investigação de acidentes ou incidentes

ocorridos desde a ultima revisão;

c) relatórios de monitoramento de exposições a agentes

ambientais.

As empresas devem manter à disposição dos órgãos

de fiscalização um inventário de todos os produtos por elas

utilizados ou fabricados, inclusive misturas pirotécnicas

intermediárias e resíduos gerados, elaborado pelo

Responsável Técnico, contendo, pelo menos:

a) nome do produto e respectivos sinônimos ou códigos

pelos quais são conhecidos ou referidos na empresa;

b) categoria de produto (matéria-prima, produto

intermediário, produto final ou resíduo);

c) composição química qualitativa do produto, em particular

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dos ingredientes que contribuem para o perigo;

d) local de armazenamento;

e) processos ou operações onde são utilizados;

f) classificação da substância ou mistura quanto aos perigos

ou ameaças físicas - incêndio, explosão ou reação violenta

- e perigos ou ameaças à saúde humana e ao meio

ambiente, sendo recomendada a adoção das diretrizes

estabelecidas pela Comissão Européia para classificação

de substâncias e misturas perigosas, até que sejam

adotadas diretrizes nacionais;

g) frases de risco e frases de segurança de acordo com os

principais riscos potenciais e medidas de segurança.

O plano de ação anual deve conter, no mínimo, os

seguintes elementos:

a) objetivos;

b) indicação das ações prioritárias e critérios adotados para

sua seleção;

c) indicação dos responsáveis pela execução de cada ação;

d) cronograma de execução;

e) mecanismos de acompanhamento e verificação de

resultados;

f) data de elaboração e assinatura do responsável legal

pela empresa;

g) registros das alterações ocorridas ao longo do ano, com

as respectivas justificativas.

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Outros procedimentos ou planos específicos devem

ser elaborados em função da complexidade do processo

produtivo e porte da empresa, devendo ser incluídos, no

mínimo:

a) Plano de Emergência e Combate a Incêndio e Explosão;

b) plano de manutenção preventiva das máquinas e

equipamentos do setor produtivo, inclusive veículos

utilizados para o transporte de substâncias químicas;

c) procedimentos operacionais para fabricação,

armazenamento e manipulação de produtos ou misturas

explosivas, com as devidas informações de segurança.

O Plano de Emergência e Combate a Incêndio e

Explosão deve conter:

a) Informações sobre a empresa:

a1. nome da empresa;

a2. detalhamento das edificações de forma isolada;

a3. população fixa e flutuante;

a4. quartel de bombeiros mais próximo;

a5. croqui dos equipamentos de segurança contra incêndio

instalados;

a6. mapa de risco de incêndio e explosão;

b) Ações de prevenção:

b1. constituição e atribuições da brigada de incêndio;

b2. registros de treinamentos e exercícios simulados anuais

envolvendo os trabalhadores e a brigada de incêndio;

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b3. previsão de sistema de comunicação com o corpo de

bombeiros e autoridades competentes;

b4. descrição dos equipamentos de segurança contra

incêndio;

b5. cronograma de inspeção e manutenção periódica dos

equipamentos de segurança contra incêndio;

c) Ações de combate a incêndio e procedimentos em caso

de explosão:

c1. acionamento do sistema de alerta e alarme;

c2. procedimento de abandono e previsão de rotas de fuga;

c3. comunicação com o corpo de bombeiros e autoridades

competentes;

c4. acionamento da brigada de incêndio;

c5. isolamento da área afetada (perímetro de segurança);

c6. local de concentração de vitimas;

c7. descrição dos procedimentos de atendimentos as

vitimas;

c8. previsão das rotas de acesso dos veículos de socorro;

c9. procedimentos de combate a incêndio e ações

emergenciais em decorrência de explosão;

c10. procedimento de avaliação e registro do sinistro;

c11. autorização para o retorno as atividades normais.

O Plano de Emergência e Combate a Incêndio e

Explosão deve ser implantado segundo cronograma

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detalhado contendo prazos para execução de todas as

etapas, inclusive treinamento teórico e prático, devendo ser

simulado e revisado anualmente, com a participação da

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - e de

todos os trabalhadores.

Uma cópia do Plano de Emergência e Combate a

Incêndio e Explosão deve ser encaminhada à

Coordenadoria Municipal de Defesa Civil e ao Corpo de

Bombeiros local.

O trabalhador que exerce atividades de ronda deve

ter conhecimento do Plano de Emergência e Combate a

Incêndio e Explosão e dispor de todo o material e

mecanismos necessários para acioná-lo.

Todos os documentos relacionados ao PPRA devem

ser atualizados e mantidos no estabelecimento à disposição

dos trabalhadores e seus representantes, bem como das

autoridades de fiscalização.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes -

CIPA, organizada conforme o disposto na Norma

Regulamentadora n.º 5 - NR 5, deve realizar inspeções em

todos os postos de trabalho com periodicidade mínima

mensal, visando à identificação de situações que

representem riscos à saúde e segurança dos trabalhadores,

com a participação do Responsável Técnico e de

profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho.

Os relatórios das inspeções com as respectivas

conclusões devem ser registrados em documentos próprios,

submetidos à ciência do empregador e mantidos à

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disposição da Inspeção do Trabalho.

As empresas desobrigadas de manter CIPA devem

indicar comissão para realizar as inspeções, que deve

incluir, obrigatoriamente, pelo menos um trabalhador do

setor de produção e o Responsável Técnico.

O treinamento anual da CIPA ou do trabalhador

designado para o cumprimento dos objetivos desta deverá

incluir todos os aspectos relativos aos riscos de acidentes

com explosivos e sua prevenção.

Responsabilidade técnica

Todas as empresas devem manter Responsável

Técnico a seu serviço, devidamente habilitado, cujo nome

deverá figurar em todos os rótulos e anúncios.

Cabe ao Responsável Técnico zelar pela qualidade e

segurança dos produtos fabricados, inclusive no que diz

respeito à segurança e saúde dos trabalhadores.

A responsabilidade técnica abrange as operações de

produção, inclusive o desenvolvimento de novos produtos,

estocagem, embalagem, rotulagem e transporte interno,

além do controle de qualidade.

O Responsável Técnico deve ter horário de trabalho

expressamente estabelecido em seu contrato com a

empresa, devendo ser mantido registro de seu

cumprimento.

Locais de trabalho

As empresas devem manter todos os locais de

trabalho sempre em perfeito estado de organização e

limpeza, contendo exclusivamente o material necessário à

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atividade laboral.

Devem ser criados procedimentos eficazes para a

limpeza dos calçados na entrada dos pavilhões de trabalho.

As empresas devem instituir e implementar Normas

de Procedimentos Operacionais para todas as atividades,

sob a orientação do Responsável Técnico, especificando

detalhadamente os procedimentos seguros para a

execução de cada tarefa e afixando o texto das mesmas

nos respectivos pavilhões em local e tamanho que sejam

visíveis a todos os trabalhadores.

Deve ser observada a quantidade máxima de

material explosivo e o número máximo de trabalhadores

permitidos em cada pavilhão de trabalho, conforme definido

pelo Responsável Técnico e observando-se os dispositivos

legais referentes ao tema.

É vedada a permanência de fontes de ignição, assim

como de materiais ou utensílios estranhos à atividade, no

interior dos pavilhões de trabalho com explosivos.

As ferramentas utilizadas no manuseio de materiais

explosivos devem ser de aço inoxidável ou outro material

que dificulte a geração de faíscas.

Durante a jornada laboral as portas dos pavilhões de

trabalho devem ser mantidas totalmente abertas para fora,

por meio de dispositivo adequado para sua fixação nessa

posição, constituído de material que não gere centelhas por

atrito, devendo ser mantidas permanentemente

desobstruídas.

Todos os postos de trabalho devem ser projetados

de forma que as atividades possam ser realizadas na

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posição sentada.

Todos os assentos nos postos de trabalho devem

atender ao disposto na Norma Regulamentadora n.º 17 -

NR 17.

Na impossibilidade técnica de realização do trabalho

na posição sentada e em casos em que essa posição

implique risco de acidente, devem ser disponibilizados

assentos para descanso próximos aos postos de trabalho,

instituindo-se, pelo menos, uma pausa de 15 minutos a

cada 2 horas de trabalho.

Todos os estabelecimentos devem dispor de

reservas suficientes de água, localizadas de modo a

permitir sua utilização imediata, inclusive para limpeza

diária e umedecimento dos locais de trabalho.

Os depósitos de pólvora negra, de produtos

acabados e de bombas devem ser dotados de instrumentos

para aferição de temperatura e umidade do ar, mantendo-

se à disposição dos órgãos de fiscalização registro escrito

das medições, que devem ser realizadas diariamente.

Transporte interno

O transporte interno de produtos inflamáveis ou

explosivos deve obedecer a regras especificadas pelo

Responsável Técnico, que deve definir os meios de

transporte, os trajetos e os recipientes a serem utilizados,

assim como as quantidades máximas a serem

transportadas de cada vez.

Os animais utilizados para transporte dentro da área

de explosivos devem ser desprovidos de ferraduras, de

forma a evitar centelhamento e faíscas.

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Os carrinhos para transporte manual de explosivos

devem ser ergonomicamente adequados e conter

mecanismos de redução de impactos e risco de quedas,

assim como dispositivos para evitar centelhamento.

Os trabalhadores responsáveis pelo transporte

interno de produtos arrematados ou outros materiais devem

conhecer todos os riscos inerentes a esta atividade e

receber treinamento especial sobre levantamento e

transporte manual de peso.

Proteção individual

As empresas devem fornecer gratuitamente a todos

os trabalhadores os equipamentos de proteção individual

adequados aos riscos identificados para cada atividade,

definidos no PPRA, em perfeito estado de conservação e

funcionamento, responsabilizando-se por sua limpeza,

manutenção e reposição periódicas e exigindo o seu uso.

Todos os trabalhadores do setor de explosivos

devem vestir uniformes completos em algodão ou tecido

antiestático similar, fornecidos gratuitamente pelo

empregador, sem quaisquer detalhes que possam acumular

poeira ou resíduos de produtos químicos.

A manutenção e a reposição dos uniformes devem

ser realizadas pela empresa, sem ônus para os

trabalhadores.

Os uniformes dos trabalhadores que manipulam

pólvora negra, pólvora branca e cores devem ser lavados

semanalmente pela empresa.

Todos os trabalhadores devem portar calçados

adequados ao trabalho.

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Os trabalhadores envolvidos na manipulação de

explosivos devem portar calçados com solados

antiestáticos, sem peças metálicas externas.

Nos locais de trabalho dotados de piso com lâmina

d’água, devem ser utilizados calçados impermeáveis, não

sendo obrigatória a propriedade antiestática.

Acesso aos estabelecimentos

Os estabelecimentos devem manter serviço

permanente de portaria, com trabalhador fixo, com

conhecimento sobre os riscos existentes nos locais de

trabalho e treinado na prevenção de acidentes com

explosivos, especialmente no que concerne ao Plano de

Emergência e Combate a Incêndio e Explosão, cabendo-lhe

impedir a entrada de pessoas, veículos e materiais que não

atendam às exigências de segurança estabelecidas pelas

normas internas da empresa.

As empresas devem adotar e divulgar no portão de

entrada do estabelecimento regras de segurança sobre a

circulação de pessoas, veículos automotores ou de tração

animal utilizados no transporte de explosivos no perímetro

da fábrica, definindo previamente seu itinerário.

As empresas devem exercer controle para que o

cano de descarga dos veículos não seja posicionado na

direção do pavilhão e esteja dotado de dispositivo quebra-

chamas.

O carregamento e o descarregamento de veículos

devem ser efetuados com os motores desligados e

atendendo à Norma Regulamentadora n.º 19 - NR 19 e

legislação pertinente.

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Destruição de resíduos

As empresas devem implantar sistema de coleta

seletiva do lixo em todos os pavilhões de trabalho e adotar

procedimentos seguros de descarte de materiais e produtos

impróprios para utilização.

Os resíduos de matérias-primas perigosas e/ou

produtos explosivos, coletados de forma seletiva, devem

ser adequadamente armazenados em recipientes

apropriados e em locais seguros, distantes dos pavilhões

de trabalho, até serem encaminhados para destinação

adequada.

A destruição de produtos explosivos deve seguir as

normas dispostas no Regulamento para a Fiscalização de

Produtos Controlados (R-105), Decreto no. 3665/2000, com

procedimentos implantados sob coordenação do

Responsável Técnico.

Todos os trabalhadores envolvidos nas atividades de

coleta e destruição de resíduos devem receber treinamento

específico.

Higiene e do conforto no trabalho

As empresas devem manter instalações sanitárias

para uso de seus trabalhadores, separadas por sexo,

adequadamente conservadas e permanentemente limpas,

em quantidade suficiente ao número daqueles, de acordo

com a Norma Regulamentadora n.º 24 - NR 24, localizadas

estrategicamente de forma a atender todo o perímetro da

fábrica, à distância máxima de 120 m dos postos de

trabalho.

Os estabelecimentos devem ser dotados de

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vestiários com chuveiros e armários individuais, em

quantidade suficiente ao número de trabalhadores, de

acordo com a NR 24, localizados estrategicamente de

forma a permitir que todos ingressem na área perigosa

portando somente os uniformes e calçados adequados e de

modo a propiciar a higienização antes do acesso ao local

de refeições.

As empresas manterão, em cada estabelecimento,

vestiários específicos e separados para os trabalhadores

que manuseiam alumínio em pó e pólvora negra,

localizados estrategicamente a distância máxima de 50 m

dos respectivos pavilhões de trabalho.

Deve ser fornecida água potável a todos os

trabalhadores em recipientes térmicos ou bebedouros não

metálicos instalados em todos os locais de trabalho, sendo

proibido o uso de copos metálicos e coletivos.

Nos locais onde se manuseie explosivos, os

bebedouros devem ser instalados do lado de fora dos

pavilhões, protegidos da luz solar.

As empresas assegurarão condições suficientes de

conforto para as refeições dos trabalhadores, em local

adequado e fora da área de produção, provido de

iluminação apropriada, piso lavável, dispositivo para

aquecer as refeições e fornecimento de água potável.

É proibida a realização de refeições nos pavilhões de

trabalho.

Nos casos em que o transporte de trabalhadores seja

fornecido pela empresa, deve ser utilizado veículo em boas

condições de conforto e manutenção e devidamente

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licenciado pelas autoridades competentes, com assentos e

local separado para guarda de equipamentos e materiais de

trabalho, quando necessário.

Formação de trabalhadores

As empresas devem promover a capacitação e

treinamento permanente dos seus trabalhadores, conforme

programa e cronograma específico, ministrando-lhes todas

as informações sobre:

a) os riscos decorrentes das suas atividades produtivas e

as medidas de prevenção;

b) o PPRA, especialmente no que diz respeito à prevenção

de acidentes com explosivos;

c) o Plano de Emergência e Combate a Incêndio e

Explosão;

d) as Normas de Procedimentos Operacionais;

e) a correta utilização e manutenção dos equipamentos de

proteção individual, bem como as suas limitações.

Os treinamentos devem ser ministrados,

obrigatoriamente, nos atos de admissão, sempre que

houver troca de função, mudança nos procedimentos,

equipamentos, processos ou nos materiais de trabalho e,

ainda, no mínimo a cada ano a todos os trabalhadores,

sendo obrigatório o registro de seu conteúdo, carga horária

e freqüência.

Acidentes de trabalho

Todos os acidentes e incidentes envolvendo

materiais explosivos ocorridos na empresa devem ser

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comunicados em até 48 horas aos sindicatos das

categorias profissional e econômica, à Delegacia Regional

do Trabalho no Estado ao qual pertence o estabelecimento

e ao Exército Brasileiro.

Todos os acidentes e incidentes envolvendo

materiais explosivos devem ser objeto de registro escrito e

análise por comissão constituída, no mínimo, pelo

Responsável Técnico, pela CIPA ou representante dos

empregados e pelos profissionais de segurança e saúde da

empresa, se houver, com discriminação:

a) da descrição pormenorizada do acidente ou incidente e

suas conseqüências;

b) dos fatores causais diretos e indiretos;

c) das medidas a serem tomadas para a prevenção de

eventos similares;

d) do cronograma para implantação dessas medidas.

Controle de qualidade

As empresas devem dispor de documentos que

atestem a qualidade das matérias-primas utilizadas,

arquivados pelas empresas por um período mínimo de 2

anos e mantidos à disposição da fiscalização.

COMERCIALIZAÇÃO

Para efeitos desta norma, considera-se:

a) comércio de produtos de uso restrito, a venda a varejo

e/ou atacado de fogos de artifício de uso restrito, conforme

estabelecido na Portaria n.º 9/DLog, de 08.05.2006;

b) comércio de produtos de uso permitido, a venda a varejo

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e/ou atacado de fogos de artifício em geral que não são

definidos como de uso restrito pela legislação do Exército

Brasileiro.

No local de comercialização de produtos de uso

restrito também poderão ser comercializados produtos de

uso permitido.

Nos depósitos e locais de comercialização de

produtos pirotécnicos são expressamente vedadas as

atividades de fabricação, testes, montagem e desmontagem

de fogos de artifício.

No caso de empresas autorizadas a realizar

espetáculos pirotécnicos, as atividades de montagem e

desmontagem somente podem ser realizadas em local

específico para este fim, independente e isolado das

instalações principais e que atenda ao disposto na

legislação pertinente.

A quantidade máxima de fogos de artifício permitida

em um local de comercialização de produtos de uso

permitido deve atender às normas expedidas pelo órgão

estadual ou municipal competente.

A quantidade máxima de fogos de artifício no local de

comercialização de produtos de uso restrito deve atender

ao disposto no Regulamento para a Fiscalização de

Produtos Controlados (R-105), Decreto n.º. 3.665/2000.

Todo local de comercialização deve possuir sistema

de proteção contra incêndio, de acordo com a Norma

Regulamentadora n.º 23 - NR 23 e normas pertinentes do

estado ou município.

Os estabelecimentos de comercialização de produtos

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de uso restrito devem estar localizados de modo a atender

ao Regulamento para a Fiscalização de Produtos

Controlados (R-105), Decreto no. 3665/2000.

Os fogos de artifício à venda devem ser dispostos

em locais distintos dos de líquidos inflamáveis, substancias

oxidantes, corrosivas e outras de riscos similares, sendo

vedada a sua disposição em móveis fechados.

As substâncias mencionadas devem ser

adequadamente identificadas.

Os fogos de artifícios devem ser mantidos em suas

embalagens originais, com rótulos em português e atender

aos requisitos dos Regulamentos Técnicos do Exército

Brasileiro no. 1 e 2 e à Portaria no. 09/DLog, de 8 de Maio

de 2006.

As prateleiras e os balcões de venda de fogos de

artifício devem ser dotados de sinalização de advertência

quanto à proibição de fumar ou provocar qualquer tipo de

chama ou centelha.

DISPOSIÇÕES FINAIS

Em todas as atividades produtivas é proibida a

remuneração por produtividade.

É vedada a fabricação de fogos de artifícios com as

matérias primas proibidas pela legislação do Exercito

Brasileiro.

É vedada a contratação de serviços externos que

envolvam o manuseio de materiais ou misturas de

explosivos, exceto de empresa ou prestador de serviço que

atenda o disposto nesta norma.

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As empresas não utilizarão mão-de-obra de menores

de 18 anos para a fabricação de fogos de artifício e nem

para o transporte, processamento, armazenamento,

manuseio ou carregamento de suas matérias-primas.

As empresas não permitirão a entrada de menores

de 18 anos nos estabelecimentos de fabricação de fogos de

artifício, exceto no setor de cartonagem, em que não haja

contato com explosivos ou inflamáveis e nos setores

administrativos, desde que localizados fora da área de

risco.

É expressamente proibida a realização de testes de

materiais ou produtos nos pavilhões de trabalho ou por

trabalhador não treinado para esta finalidade.

O teste de novos materiais ou novos produtos

somente poderá ser realizado sob a supervisão direta de

Responsável Técnico.

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A T I V I D A D E 1 COMO DEVEM SER OS DEPÓSITOS DE EXPLOSIVOS?

A T I V I D A D E 2 CITE 3 CUIDADOS NO TRANSPORTE DE EXPLOSIVOS.

A T I V I D A D E 3 CITE PELO MENOS 3 ELEMENTOS QUE DEVEM

CONTER NO INVENTÁRIO GERAL DOS RISCOS NA INDUSTRIA E COMÉRCIO DE FOGOS DE ARTIFÍCIOS E

OUTROS ARTEFATOS.

A T I V I D A D E 4 NOS TRABALHOS QUE ENVOLVEM MANUSEIO DE

EXPLOSIVOS QUE NÃO POSSIBILITE TÉCNICAMENTE SUA REALIZAÇÃO NA POSIÇÃO SENTADA, DEVEM SER

DISPONIBILIZADOS ASSENTOS PARA DESCANSO PRÓXIMOS AOS POSTOS DE TRABALHO. NESTES

CASOS, A CADA 2 HORAS DE TRABALHO O TRABALHADOR DEVE TER UMA PAUSA DE QUANTO

TEMPO?

A T I V I D A D E 5 COMO DEVEM SER OS CALÇADOS DOS

TRABALHADORES ENVOLVIDOS NA MANIPULAÇÃO DE EXPLOSIVOS?

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Introdução

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece

requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no

trabalho contra os fatores de risco de acidentes

provenientes das atividades de extração, produção,

armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de

inflamáveis e líquidos combustíveis.

Abrangência

Esta NR se aplica às atividades de:

a) extração, produção, armazenamento, transferência,

manuseio e manipulação de inflamáveis, nas etapas de

projeto, construção, montagem, operação, manutenção,

inspeção e desativação da instalação;

b) extração, produção, armazenamento, transferência e

manuseio de líquidos combustíveis, nas etapas de projeto,

construção, montagem, operação, manutenção, inspeção e

desativação da instalação.

Esta NR não se aplica:

a) às plataformas e instalações de apoio empregadas com

a finalidade de exploração e produção de petróleo e gás do

subsolo marinho, conforme definido no Anexo II, da Norma

Regulamentadora 30 (Portaria SIT n.º 183, de 11 de maio

de 2010);

b) às edificações residenciais unifamiliares.

Definições

Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem

ponto de fulgor ≤ 60º C.

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Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a

20º C e a uma pressão padrão de 101,3 kPa. 20.3.3

Líquidos combustíveis: são líquidos com ponto de fulgor >

60º C e ≤ 93º C

Classificação das Instalações

Para efeito desta NR, as instalações são divididas

em classes, conforme Tabela 1 (abaixo).

Para critérios de classificação, o tipo de atividade

enunciada possui prioridade sobre a capacidade de

armazenamento.

Quando a capacidade de armazenamento da

instalação se enquadrar em duas classes distintas, por

armazenar líquidos inflamáveis e/ou combustíveis e gases

inflamáveis, deve-se utilizar a classe de maior gradação.

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Esta NR estabelece dois tipos de instalações que

constituem exceções e estão definidas no Anexo I, não

devendo ser aplicada a Tabela 1.

Projeto da Instalação

As instalações para extração, produção,

armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de

inflamáveis e líquidos combustíveis devem ser projetadas

considerando os aspectos de segurança, saúde e meio

ambiente que impactem sobre a integridade física dos

trabalhadores previstos nas Normas Regulamentadoras,

normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão

destas, nas normas internacionais, convenções e acordos

coletivos, bem como nas demais regulamentações

pertinentes em vigor.

No projeto das instalações classes II e III devem

constar, no mínimo, e em língua portuguesa:

a) descrição das instalações e seus respectivos processos

através do manual de operações;

b) planta geral de locação das instalações;

c) características e informações de segurança, saúde e

meio ambiente relativas aos inflamáveis e líquidos

combustíveis, constantes nas fichas com dados de

segurança de produtos químicos, de matérias primas,

materiais de consumo e produtos acabados;

d) fluxograma de processo;

e) especificação técnica dos equipamentos, máquinas e

acessórios críticos em termos de segurança e saúde no

trabalho estabelecido pela análise de riscos;

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f) plantas, desenhos e especificações técnicas dos sistemas

de segurança da instalação;

g) identificação das áreas classificadas da instalação, para

efeito de especificação dos equipamentos e instalações

elétricas;

h) medidas intrínsecas de segurança identificadas na

análise de riscos do projeto.

No projeto das instalações classe I deve constar o

disposto nas alíneas ″a″, ″b″, ″c″, ″f″ e ″g″ acima.

No projeto, devem ser observadas as distâncias de

segurança entre instalações, edificações, tanques,

máquinas, equipamentos, áreas de movimentação e fluxo,

vias de circulação interna, bem como dos limites da

propriedade em relação a áreas circunvizinhas e vias

públicas, estabelecidas em normas técnicas nacionais.

O projeto deve incluir o estabelecimento de

mecanismos de controle para interromper e/ou reduzir uma

possível cadeia de eventos decorrentes de vazamentos,

incêndios ou explosões.

Os projetos das instalações existentes devem ser

atualizados com a utilização de metodologias de análise de

riscos para a identificação da necessidade de adoção de

medidas de proteção complementares.

Todo sistema pressurizado deve possuir dispositivos

de segurança definidos em normas técnicas nacionais e, na

ausência ou omissão destas, em normas internacionais.

Modificações ou ampliações das instalações

passíveis de afetar a segurança e a integridade física dos

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trabalhadores devem ser precedidas de projeto que

contemple estudo de análise de riscos.

O projeto deve ser elaborado por profissional

habilitado.

No processo de transferência, enchimento de

recipientes ou de tanques, devem ser definidas em projeto

as medidas preventivas para:

a) eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases

inflamáveis;

b) controlar a geração, acúmulo e descarga de eletricidade

estática.

Segurança na Construção e Montagem

A construção e montagem das instalações para

extração, produção, armazenamento, transferência,

manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos

combustíveis devem observar as especificações previstas

no projeto, bem como nas Normas Regulamentadoras e

nas normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão

destas, nas normas internacionais.

As inspeções e os testes realizados na fase de

construção e montagem e no comissionamento devem ser

documentados de acordo com o previsto nas Normas

Regulamentadoras, nas normas técnicas nacionais e, na

ausência ou omissão destas, nas normas internacionais, e

nos manuais de fabricação dos equipamentos e máquinas.

Os equipamentos e as instalações devem ser

identificados e sinalizados, de acordo com o previsto pelas

Normas Regulamentadoras e normas técnicas nacionais.

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Segurança Operacional

O empregador deve elaborar, documentar,

implementar, divulgar e manter atualizados procedimentos

operacionais que contemplem aspectos de segurança e

saúde no trabalho, em conformidade com as especificações

do projeto das instalações classes I, II e III e com as

recomendações das análises de riscos.

Nas instalações industriais classes II e III, com

unidades de processo, os procedimentos referidos no item

acima devem possuir instruções claras para o

desenvolvimento de atividades em cada uma das seguintes

fases:

a) pré-operação;

b) operação normal;

c) operação temporária;

d) operação em emergência;

e) parada normal;

f) parada de emergência;

g) operação pós-emergência.

Os procedimentos operacionais referidos na NR 20

devem ser revisados e/ou atualizados, no máximo

trienalmente para instalações classes I e II e

quinquenalmente para instalações classe III ou em uma das

seguintes situações:

a) recomendações decorrentes do sistema de gestão de

mudanças;

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b) recomendações decorrentes das análises de riscos;

c) modificações ou ampliações da instalação;

d) recomendações decorrentes das análises de acidentes

e/ou incidentes nos trabalhos relacionados com inflamáveis

e líquidos combustíveis;

e) solicitações da CIPA ou SESMT.

Nas operações de transferência de inflamáveis,

enchimento de recipientes ou de tanques, devem ser

adotados procedimentos para:

a) eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases

inflamáveis;

b) controlar a geração, acúmulo e descarga de eletricidade

estática.

No processo de transferência de inflamáveis e

líquidos combustíveis, deve-se implementar medidas de

controle operacional e/ou de engenharia das emissões

fugitivas, emanadas durante a carga e descarga de tanques

fixos e de veículos transportadores, para a eliminação ou

minimização dessas emissões.

Na operação com inflamáveis e líquidos

combustíveis, em instalações de processo contínuo de

produção e de Classe III, o empregador deve dimensionar o

efetivo de trabalhadores suficiente para a realização das

tarefas operacionais com segurança.

Os critérios e parâmetros adotados para o

dimensionamento do efetivo de trabalhadores devem estar

documentados.

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Manutenção e Inspeção das Instalações

As instalações classes I, II e III para extração,

produção, armazenamento, transferência, manuseio e

manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem

possuir plano de inspeção e manutenção devidamente

documentado.

O plano de inspeção e manutenção deve abranger,

no mínimo:

a) equipamentos, máquinas, tubulações e acessórios,

instrumentos;

b) tipos de intervenção;

c) procedimentos de inspeção e manutenção;

d) cronograma anual;

e) identificação dos responsáveis;

f) especialidade e capacitação do pessoal de inspeção e

manutenção;

g) procedimentos específicos de segurança e saúde;

h) sistemas e equipamentos de proteção coletiva e

individual.

Os planos devem ser periodicamente revisados e

atualizados, considerando o previsto nas Normas

Regulamentadoras, nas normas técnicas nacionais e, na

ausência ou omissão destas, nas normas internacionais,

nos manuais de inspeção, bem como nos manuais

fornecidos pelos fabricantes.

Todos os manuais devem ser disponibilizados em

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língua portuguesa.

A fixação da periodicidade das inspeções e das

intervenções de manutenção deve considerar:

a) o previsto nas Normas Regulamentadoras e normas

técnicas nacionais e, na ausência ou omissão destas, nas

normas internacionais;

b) as recomendações do fabricante, em especial dos itens

críticos à segurança e saúde do trabalhador;

c) as recomendações dos relatórios de inspeções de

segurança e de análise de acidentes e incidentes do

trabalho, elaborados pela CIPA ou SESMT;

d) as recomendações decorrentes das análises de riscos;

e) a existência de condições ambientais agressivas.

O plano de inspeção e manutenção e suas

respectivas atividades devem ser documentados em

formulário próprio ou sistema informatizado.

As atividades de inspeção e manutenção devem ser

realizadas por trabalhadores capacitados e com apropriada

supervisão.

As recomendações decorrentes das inspeções e

manutenções devem ser registradas e implementadas, com

a determinação de prazos e de responsáveis pela

execução.

A não implementação da recomendação no prazo

definido deve ser justificada e documentada.

Deve ser elaborada permissão de trabalho para

atividades não rotineiras de intervenção nos equipamentos,

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baseada em análise de risco, nos trabalhos:

a) que possam gerar chamas, calor, centelhas ou ainda que

envolvam o seu uso;

b) em espaços confinados, conforme Norma

Regulamentadora n.º 33;

c) envolvendo isolamento de equipamentos e

bloqueio/etiquetagem;

d) em locais elevados com risco de queda;

e) com equipamentos elétricos, conforme Norma

Regulamentadora n.º 10;

f) cujas boas práticas de segurança e saúde recomendem.

As atividades rotineiras de inspeção e manutenção

devem ser precedidas de instrução de trabalho.

O planejamento e a execução de paradas para

manutenção de uma instalação devem incorporar os

aspectos relativos à segurança e saúde no trabalho.

Inspeção em Segurança e Saúde no Ambiente de

Trabalho

As instalações classes I, II e III para extração,

produção, armazenamento, transferência, manuseio e

manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis devem

ser periodicamente inspecionadas com enfoque na

segurança e saúde no ambiente de trabalho.

Deve ser elaborado, em articulação com a CIPA, um

cronograma de inspeções em segurança e saúde no

ambiente de trabalho, de acordo com os riscos das

atividades e operações desenvolvidas.

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As inspeções devem ser documentadas e as

respectivas recomendações implementadas, com

estabelecimento de prazos e de responsáveis pela sua

execução.

A não implementação da recomendação no prazo

definido deve ser justificada e documentada.

Os relatórios de inspeção devem ficar disponíveis às

autoridades competentes e aos trabalhadores.

Análise de Riscos

Nas instalações classes I, II e III, o empregador deve

elaborar e documentar as análises de riscos das operações

que envolvam processo ou processamento nas atividades

de extração, produção, armazenamento, transferência,

manuseio e manipulação de inflamáveis e de líquidos

combustíveis.

As análises de riscos da instalação devem ser

estruturadas com base em metodologias apropriadas,

escolhidas em função dos propósitos da análise, das

características e complexidade da instalação.

As análises de riscos devem ser coordenadas por

profissional habilitado.

As análises de riscos devem ser elaboradas por

equipe multidisciplinar, com conhecimento na aplicação das

metodologias, dos riscos e da instalação, com participação

de, no mínimo, um trabalhador com experiência na

instalação, ou em parte desta, que é objeto da análise.

Nas instalações classe I, deve ser elaborada Análise

Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR).

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Nas instalações classes II e III, devem ser utilizadas

metodologias de análise definidas pelo profissional

habilitado, devendo a escolha levar em consideração os

riscos, as características e complexidade da instalação.

O profissional habilitado deve fundamentar

tecnicamente e registrar na própria análise a escolha da

metodologia utilizada.

As análises de riscos devem ser revisadas:

a) na periodicidade estabelecida para as renovações da

licença de operação da instalação;

b) no prazo recomendado pela própria análise;

c) caso ocorram modificações significativas no processo ou

processamento;

d) por solicitação do SESMT ou da CIPA;

e) por recomendação decorrente da análise de acidentes ou

incidentes relacionados ao processo ou processamento;

f) quando o histórico de acidentes e incidentes assim o

exigir.

O empregador deve implementar as recomendações

resultantes das análises de riscos, com definição de prazos

e de responsáveis pela execução.

A não implementação das recomendações nos

prazos definidos deve ser justificada e documentada.

As análises de riscos devem estar articuladas com o

Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da

instalação.

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Capacitação dos trabalhadores

Toda capacitação prevista nesta NR deve ser

realizada a cargo e custo do empregador e durante o

expediente normal da empresa.

Os critérios estabelecidos na NR 20 encontram-se

resumidos no Anexo II.

Os trabalhadores que laboram em instalações

classes I, II ou III e não adentram na área ou local de

extração, produção, armazenamento, transferência,

manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos

combustíveis devem receber informações sobre os perigos,

riscos e sobre procedimentos para situações de

emergências.

Os trabalhadores que laboram em instalações

classes I, II ou III e adentram na área ou local de extração,

produção, armazenamento, transferência, manuseio e

manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis, mas

não mantêm contato direto com o processo ou

processamento, devem realizar o curso de Integração.

Os trabalhadores que laboram em instalações

classes I, II ou III, adentram na área ou local de extração,

produção, armazenamento, transferência, manuseio e

manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e

mantêm contato direto com o processo ou processamento,

realizando atividades específicas, pontuais e de curta

duração, devem realizar curso Básico.

Os trabalhadores que laboram em instalações

classes I, II e III, adentram na área ou local de extração,

produção, armazenamento, transferência, manuseio e

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manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis e

mantêm contato direto com o processo ou processamento,

realizando atividades de manutenção e inspeção, devem

realizar curso Intermediário.

Os trabalhadores que laboram em instalações classe

I, adentram na área ou local de extração, produção,

armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de

inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto

com o processo ou processamento, realizando atividades

de operação e atendimento a emergências, devem realizar

curso Intermediário.

Os trabalhadores que laboram em instalações classe

II, adentram na área ou local de extração, produção,

armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de

inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto

com o processo ou processamento, realizando atividades

de operação e atendimento a emergências, devem realizar

curso Avançado I.

Os trabalhadores que laboram em instalações classe

III, adentram na área ou local de extração, produção,

armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de

inflamáveis e líquidos combustíveis e mantêm contato direto

com o processo ou processamento, realizando atividades

de operação e atendimento a emergências, devem realizar

curso Avançado II.

Os profissionais de segurança e saúde no trabalho

que laboram em instalações classes II e III, adentram na

área ou local de extração, produção, armazenamento,

transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e

líquidos combustíveis e mantêm contato direto com o

processo ou processamento devem realizar o curso

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Específico.

Os trabalhadores que realizaram o curso Básico,

caso venham a necessitar do curso Intermediário, devem

fazer complementação com carga horária de 8 horas, nos

conteúdos estabelecidos pelos itens 6, 7 e 8 do curso

Intermediário, incluindo a parte prática.

Os trabalhadores que realizaram o curso

Intermediário, caso venham a necessitar do curso

Avançado I, devem fazer complementação com carga

horária de 8 horas, nos conteúdos estabelecidos pelos itens

9 e 10 do curso Avançado I, incluindo a parte prática.

Os trabalhadores que realizaram o curso Avançado I,

caso venham a necessitar do curso Avançado II, devem

fazer complementação com carga horária de 8 horas, no

item 11 e 12 do curso Avançado II, incluindo a parte prática.

O trabalhador deve participar de curso de

Atualização, cujo conteúdo será estabelecido pelo

empregador e com a seguinte periodicidade:

a) curso Básico: a cada 3 anos com carga horária de 4

horas;

b) curso Intermediário: a cada 2 anos com carga horária de

4 horas;

c) cursos Avançado I e II: a cada ano com carga horária de

4 horas.

Deve ser realizado, de imediato, curso de

Atualização para os trabalhadores envolvidos no processo

ou processamento, onde:

a) ocorrer modificação significativa;

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b) ocorrer morte de trabalhador;

c) ocorrerem ferimentos em decorrência de explosão e/ou

queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram em

necessidade de internação hospitalar;

d) o histórico de acidentes e/ou incidentes assim o exigir.

Os instrutores da capacitação dos cursos de

Integração, Básico, Intermediário, Avançados I e II e

Específico devem ter proficiência no assunto.

Os cursos de Integração, Básico e Intermediário

devem ter um responsável por sua organização técnica,

devendo ser um dos instrutores.

Os cursos Avançados I e II e Específico devem ter

um profissional habilitado como responsável técnico.

Para os cursos de Integração, Básico, Intermediário,

Avançados I e II e Específico, a emissão do certificado se

dará para os trabalhadores que, após avaliação, tenham

obtido aproveitamento satisfatório.

O certificado deve conter o nome do trabalhador,

conteúdo programático, carga horária, data, local, nome

do(s) instrutor(es), nome e assinatura do responsável

técnico ou do responsável pela organização técnica do

curso.

O certificado deve ser fornecido ao trabalhador,

mediante recibo, e uma cópia arquivada na empresa.

Os participantes da capacitação devem receber

material didático, que pode ser em meio impresso,

eletrônico ou similar.

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O empregador deve estabelecer e manter sistema de

identificação que permita conhecer a capacitação de cada

trabalhador, cabendo a este a obrigação de utilização

visível do meio identificador.

Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos,

incêndios, explosões e emissões fugitivas

O empregador deve elaborar plano que contemple a

prevenção e controle de vazamentos, derramamentos,

incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à atividade de

trabalhadores, a identificação das fontes de emissões

fugitivas.

O plano deve contemplar todos os meios e ações

necessárias para minimizar os riscos de ocorrência de

vazamento, derramamento, incêndio e explosão, bem como

para reduzir suas consequências em caso de falha nos

sistemas de prevenção e controle.

Para emissões fugitivas, após a identificação das

fontes nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, o

plano deve incluir ações para minimização dos riscos, de

acordo com viabilidade técnica.

O plano deve ser revisado:

a) por recomendações das inspeções de segurança e/ou da

análise de riscos;

b) quando ocorrerem modificações significativas nas

instalações;

c) quando da ocorrência de vazamentos, derramamentos,

incêndios e/ou explosões.

Os sistemas de prevenção e controle devem ser

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adequados aos perigos/riscos dos inflamáveis e líquidos

combustíveis.

Os tanques que armazenam líquidos inflamáveis e

combustíveis devem possuir sistemas de contenção de

vazamentos ou derramamentos, dimensionados e

construídos de acordo com as normas técnicas nacionais.

No caso de bacias de contenção, é vedado o

armazenamento de materiais, recipientes e similares em

seu interior, exceto nas atividades de manutenção e

inspeção.

Controle de fontes de ignição

Todas as instalações elétricas e equipamentos

elétricos fixos, móveis e portáteis, equipamentos de

comunicação, ferramentas e similares utilizados em áreas

classificadas, assim como os equipamentos de controle de

descargas atmosféricas, devem estar em conformidade

com a Norma Regulamentadora n.º 10.

O empregador deve implementar medidas

específicas para controle da geração, acúmulo e descarga

de eletricidade estática em áreas sujeitas à existência de

atmosferas inflamáveis.

Os trabalhos envolvendo o uso de equipamentos que

possam gerar chamas, calor ou centelhas, nas áreas

sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis, devem ser

precedidos de permissão de trabalho.

O empregador deve sinalizar a proibição do uso de

fontes de ignição nas áreas sujeitas à existência de

atmosferas inflamáveis.

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Os veículos que circulem nas áreas sujeitas à

existência de atmosferas inflamáveis devem possuir

características apropriadas ao local e ser mantidos em

perfeito estado de conservação.

Plano de Resposta a Emergências da Instalação

O empregador deve elaborar e implementar plano de

resposta a emergências que contemple ações específicas a

serem adotadas na ocorrência de vazamentos ou

derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis,

incêndios ou explosões.

O plano de resposta a emergências das instalações

classe I, II e III deve ser elaborado considerando as

características e a complexidade da instalação e conter, no

mínimo:

a) nome e função do(s) responsável(eis) técnico(s) pela

elaboração e revisão do plano;

b) nome e função do responsável pelo gerenciamento,

coordenação e implementação do plano;

c) designação dos integrantes da equipe de emergência,

responsáveis pela execução de cada ação e seus

respectivos substitutos;

d) estabelecimento dos possíveis cenários de emergências,

com base nas análises de riscos;

e) descrição dos recursos necessários para resposta a cada

cenário contemplado;

f) descrição dos meios de comunicação;

g) procedimentos de resposta à emergência para cada

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cenário contemplado;

h) procedimentos para comunicação e acionamento das

autoridades públicas e desencadeamento da ajuda mútua,

caso exista;

i) procedimentos para orientação de visitantes, quanto aos

riscos existentes e como proceder em situações de

emergência;

j) cronograma, metodologia e registros de realização de

exercícios simulados.

Nos casos em que os resultados das análises de

riscos indiquem a possibilidade de ocorrência de um

acidente cujas consequências ultrapassem os limites da

instalação, o empregador deve incorporar no plano de

emergência ações que visem à proteção da comunidade

circunvizinha, estabelecendo mecanismos de comunicação

e alerta, de isolamento da área atingida e de acionamento

das autoridades públicas.

O plano de resposta a emergências deve ser

avaliado após a realização de exercícios simulados e/ou na

ocorrência de situações reais, com o objetivo de testar a

sua eficácia, detectar possíveis falhas e proceder aos

ajustes necessários.

Os exercícios simulados devem ser realizados

durante o horário de trabalho, com periodicidade, no

mínimo, anual, podendo ser reduzida em função das falhas

detectadas ou se assim recomendar a análise de riscos.

Os trabalhadores na empresa devem estar

envolvidos nos exercícios simulados, que devem retratar, o

mais fielmente possível, a rotina de trabalho.

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O empregador deve estabelecer critérios para

avaliação dos resultados dos exercícios simulados.

Os integrantes da equipe de resposta a emergências

devem ser submetidos a exames médicos específicos para

a função que irão desempenhar, conforme estabelece a

Norma Regulamentadora n.º 7, incluindo os fatores de

riscos psicossociais, com a emissão do respectivo atestado

de saúde ocupacional.

A participação do trabalhador nas equipes de

resposta a emergências é voluntária, salvo nos casos em

que a natureza da função assim o determine.

Comunicação de Ocorrências

O empregador deve comunicar ao órgão regional do

Ministério do Trabalho e Emprego e ao sindicato da

categoria profissional predominante no estabelecimento a

ocorrência de vazamento, incêndio ou explosão envolvendo

inflamáveis e líquidos combustíveis que tenha como

consequência qualquer das possibilidades a seguir:

a) morte de trabalhador(es);

b) ferimentos em decorrência de explosão e/ou

queimaduras de 2º ou 3º grau, que implicaram em

necessidade de internação hospitalar;

c) acionamento do plano de resposta a emergências que

tenha requerido medidas de intervenção e controle.

A comunicação deve ser encaminhada até o

segundo dia útil após a ocorrência e deve conter:

a) Nome da empresa, endereço, local, data e hora da

ocorrência;

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b) Descrição da ocorrência, incluindo informações sobre os

inflamáveis, líquidos combustíveis e outros produtos

envolvidos;

c) Nome e função da vítima;

d) Procedimentos de investigação adotados;

e) Consequências;

f) Medidas emergenciais adotadas.

A comunicação pode ser feita por ofício ou meio

eletrônico ao sindicato da categoria profissional

predominante no estabelecimento e ao setor de segurança

e saúde do trabalho do órgão regional do Ministério do

Trabalho e Emprego.

O empregador deve elaborar relatório de

investigação e análise da ocorrência descrita na NR 20,

contendo as causas básicas e medidas preventivas

adotadas, e mantê-lo no local de trabalho a disposição da

autoridade competente, dos trabalhadores e seus

representantes.

Contratante e Contratadas

A contratante e as contratadas são solidariamente

responsáveis pelo cumprimento desta Norma

Regulamentadora.

Das responsabilidades da Contratante.

Os requisitos de segurança e saúde no trabalho

adotados para os empregados das contratadas devem ser,

no mínimo, equivalentes aos aplicados para os empregados

da contratante.

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A empresa contratante, visando atender ao previsto

nesta NR, deve verificar e avaliar o desempenho em

segurança e saúde no trabalho nos serviços contratados.

Cabe à contratante informar às contratadas e a seus

empregados os riscos existentes no ambiente de trabalho e

as respectivas medidas de segurança e de resposta a

emergências a serem adotadas.

Da Responsabilidade das Contratadas.

A empresa contratada deve cumprir os requisitos de

segurança e saúde no trabalho especificados pela

contratante, por esta e pelas demais Normas

Regulamentadoras.

A empresa contratada deve assegurar a participação

dos seus empregados nas capacitações em segurança e

saúde no trabalho promovidas pela contratante, assim

como deve providenciar outras capacitações específicas

que se façam necessárias.

Tanque de líquidos inflamáveis no interior de edifícios

Os tanques para armazenamento de líquidos

inflamáveis somente poderão ser instalados no interior dos

edifícios sob a forma de tanque enterrado e destinados

somente a óleo diesel.

Excetuam-se da aplicação do item acima os tanques

de superfície que armazenem óleo diesel destinados à

alimentação de motores utilizados para a geração de

energia elétrica em situações de emergência ou para o

funcionamento das bombas de pressurização da rede de

água para combate a incêndios, nos casos em que seja

comprovada a impossibilidade de instalá-lo enterrado ou

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fora da projeção horizontal do edifício.

A instalação do tanque no interior do edifício deve

ser precedida de Projeto e de Análise Preliminar de

Perigos/Riscos (APP/APR), ambos elaborados por

profissional habilitado, contemplando os aspectos de

segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas

Regulamentadoras, normas técnicas nacionais e, na

ausência ou omissão destas, nas normas internacionais,

bem como nas demais regulamentações pertinentes, e

deve obedecer aos seguintes critérios:

a) localizar-se no pavimento térreo, subsolo ou pilotis, em

área exclusivamente destinada para tal fim;

b) deve dispor de sistema de contenção de vazamentos;

c) deve conter até 3 tanques separados entre si e do

restante da edificação por paredes resistentes ao fogo por

no mínimo 2 horas e porta do tipo corta-fogo;

d) possuir volume total de armazenagem de no máximo

3.000 litros, em cada tanque;

e) possuir aprovação pela autoridade competente;

f) os tanques devem ser metálicos;

g) possuir sistemas automáticos de detecção e combate a

incêndios, bem como saídas de emergência dimensionadas

conforme normas técnicas;

h) os tanques devem estar localizados de forma a não

bloquear, em caso de emergência, o acesso às saídas de

emergência e aos sistemas de segurança contra incêndio;

i) os tanques devem ser protegidos contra vibração, danos

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físicos e da proximidade de equipamentos ou dutos

geradores de calor;

j) a estrutura da edificação deve ser protegida para suportar

um eventual incêndio originado nos locais que abrigam os

tanques;

k) devem ser adotadas as medidas necessárias para

garantir a ventilação dos tanques para alívio de pressão,

bem como para a operação segura de abastecimento e

destinação dos gases produzidos pelos motores à

combustão.

O responsável pela segurança do edifício deve

designar responsável técnico pela instalação, operação,

inspeção e manutenção, bem como pela supervisão dos

procedimentos de segurança no processo de

abastecimento do tanque.

Os trabalhadores envolvidos nas atividades de

operação, inspeção, manutenção e abastecimento do

tanque devem ser capacitados com curso Intermediário,

conforme Anexo II.

Aplica-se para tanques enterrados o disposto no item

20.17.2.1, caput, alíneas ″b″, ″e″, ″f″, ″g″, ″h″, ″i″, ″j″ e ″k″,

item 20.17.2.2 e 20.17.2.3, bem como o previsto nas

normas técnicas nacionais e, na sua ausência ou omissão,

nas normas técnicas internacionais.

Desativação da instalação

Cessadas as atividades da instalação, o empregador

deve adotar os procedimentos necessários para a sua

desativação.

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No processo de desativação das instalações de

extração, produção, armazenagem, transferência, manuseio

e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis,

devem ser observados os aspectos de segurança, saúde e

meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras,

normas técnicas nacionais e, na ausência ou omissão

destas, nas normas internacionais, bem como nas demais

regulamentações pertinentes em vigor.

Prontuário da Instalação

O Prontuário da instalação deve ser organizado,

mantido e atualizado pelo empregador e constituído pela

seguinte documentação:

a) Projeto da Instalação;

b) Procedimentos Operacionais;

c) Plano de Inspeção e Manutenção;

d) Análise de Riscos;

e) Plano de prevenção e controle de vazamentos,

derramamentos, incêndios e explosões e identificação das

fontes de emissões fugitivas;

f) Certificados de capacitação dos trabalhadores;

g) Análise de Acidentes;

h) Plano de Resposta a Emergências.

O Prontuário das instalações classe I devem conter

um índice e ser constituído em documento único.

Os documentos do Prontuário das instalações

classes II ou III podem estar separados, desde que seja

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mencionado no índice a localização destes na empresa e o

respectivo responsável.

O Prontuário da Instalação deve estar disponível às

autoridades competentes, bem como para consulta aos

trabalhadores e seus representantes.

As análises de riscos devem estar disponíveis para

consulta aos trabalhadores e seus representantes, exceto

nos aspectos ou partes que envolvam informações

comerciais confidenciais.

Disposições finais

Quando em uma atividade de extração, produção,

armazenamento, manuseio e manipulação de inflamáveis e

líquidos combustíveis for caracterizada situação de risco

grave e iminente aos trabalhadores, o empregador deve

adotar as medidas necessárias para a interrupção e a

correção da situação.

Os trabalhadores, com base em sua capacitação e

experiência, devem interromper suas tarefas, exercendo o

direito de recusa, sempre que constatarem evidências de

riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou

de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a

seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas

cabíveis.

Os tanques, vasos e tubulações que

armazenem/transportam inflamáveis e líquidos

combustíveis devem ser identificados e sinalizados

conforme a Norma Regulamentadora n.º 26.

Nas operações de soldagem e corte a quente com

utilizações de gases inflamáveis, as mangueiras devem

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possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas na

saída do cilindro e chegada do maçarico.

ANEXO I da NR-20

As instalações que desenvolvem atividades de

manuseio, armazenamento, manipulação e transporte com

gases inflamáveis acima de 1 ton até 2 ton e de líquidos

inflamáveis e/ou combustíveis acima de 1 m³ até 10 m³

devem contemplar no Programa de Prevenção de Riscos

Ambientais, além dos requisitos previstos na Norma

Regulamentadora n.º 9:

a) o inventário e características dos inflamáveis e/ou

líquidos combustíveis;

b) os riscos específicos relativos aos locais e atividades

com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis;

c) os procedimentos e planos de prevenção de acidentes

com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis;

d) as medidas para atuação em situação de emergência.

O empregador deve treinar, no mínimo, três

trabalhadores da instalação que estejam diretamente

envolvidos com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis, em

curso básico previsto no Anexo II.

As instalações varejistas e atacadistas que

desenvolvem atividades de manuseio, armazenamento e

transporte de recipientes de até 20 litros, fechados ou

lacrados de fabricação, contendo líquidos inflamáveis e/ou

combustíveis até o limite máximo de 5.000 m³ e de gases

inflamáveis até o limite máximo de 600 toneladas, devem

contemplar no Programa de Prevenção de Riscos

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Ambientais, além dos requisitos previstos na Norma

Regulamentadora n.º 9:

a) o inventário e características dos inflamáveis e/ou

líquidos combustíveis;

b) os riscos específicos relativos aos locais e atividades

com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis;

c) os procedimentos e planos de prevenção de acidentes

com inflamáveis e/ou líquidos combustíveis;

d) as medidas para atuação em situação de emergência.

O empregador deve treinar trabalhadores da

instalação que estejam diretamente envolvidos com

inflamáveis, em curso Básico, na proporção definida na

Tabela 2.

Para efeitos dos dois parágrafos logo acima deste

Anexo, será aceito curso de prevenção e combate a

incêndios já realizado pelo trabalhador há até dois anos da

data de publicação desta NR, desde que possua uma carga

horária mínima de 6 horas, contemple no mínimo 80% do

conteúdo programático do curso Básico previsto no Anexo

II.

Aplica-se o disposto nos itens 2 e 2.1 deste Anexo

para a instalação de armazenamento de recipientes de até

20 litros, fechados ou lacrados de fabricação, contendo

líquidos inflamáveis e/ou combustíveis até o limite máximo

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10.000 m³ e de gases inflamáveis até o limite máximo 1.200

ton, desde que a instalação de armazenamento esteja

separada por parede da instalação onde ocorre a

fabricação, envase e embalagem do produto a ser

armazenado.

A instalação de armazenamento de recipientes com

volume total superior aos limites mencionados no parágrafo

acima deve elaborar análise de riscos e plano de resposta a

emergência conforme disposto na NR 20.

ANEXO II da NR-20

Critérios para Capacitação

a) Capacitação para os trabalhadores que adentram na

área e NÃO mantêm contato direto com o processo ou

processamento.

b) Capacitação para os trabalhadores que adentram na

área e mantêm contato direto com o processo ou

processamento.

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c) Atualização

Conteúdo programático

a) Curso Integração

Carga horária: 4 horas

1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e

riscos;

2. Controles coletivo e individual para trabalhos com

inflamáveis;

3. Fontes de ignição e seu controle;

4. Procedimentos básicos em situações de emergência com

inflamáveis.

b) Curso Básico

Carga horária: 8 horas

I) Conteúdo programático teórico:

1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e

riscos;

2. Controles coletivo e individual para trabalhos com

inflamáveis;

3. Fontes de ignição e seu controle;

4. Proteção contra incêndio com inflamáveis;

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5. Procedimentos básicos em situações de emergência com

inflamáveis;

II) Conteúdo programático prático:

Conhecimentos e utilização dos sistemas de

segurança contra incêndio com inflamáveis.

c) Curso Intermediário

Carga horária: 16 horas

I) Conteúdo programático teórico:

1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e

riscos;

2. Controles coletivo e individual para trabalhos com

inflamáveis;

3. Fontes de ignição e seu controle;

4. Proteção contra incêndio com inflamáveis;

5. Procedimentos em situações de emergência com

inflamáveis; 6. Estudo da Norma Regulamentadora n.º 20;

7. Análise Preliminar de Perigos/Riscos: conceitos e

exercícios práticos;

8. Permissão para Trabalho com Inflamáveis.

II) Conteúdo programático prático:

Conhecimentos e utilização dos sistemas de

segurança contra incêndio com inflamáveis.

d) Curso Avançado I

Carga horária: 24 horas

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I) Conteúdo programático teórico:

1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e

riscos;

2. Controles coletivo e individual para trabalhos com

inflamáveis;

3. Fontes de ignição e seu controle;

4. Proteção contra incêndio com inflamáveis;

5. Procedimentos em situações de emergência com

inflamáveis;

6. Estudo da Norma Regulamentadora n.º 20;

7. Metodologias de Análise de Riscos: conceitos e

exercícios práticos;

8. Permissão para Trabalho com Inflamáveis;

9. Acidentes com inflamáveis: análise de causas e medidas

preventivas;

10. Planejamento de Resposta a emergências com

Inflamáveis;

II) Conteúdo programático prático:

Conhecimentos e utilização dos sistemas de

segurança contra incêndio com inflamáveis.

e) Curso Avançado II

Carga horária: 32 horas

I) Conteúdo programático teórico:

1. Inflamáveis: características, propriedades, perigos e

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riscos;

2. Controles coletivo e individual para trabalhos com

inflamáveis;

3. Fontes de ignição e seu controle;

4. Proteção contra incêndio com inflamáveis;

5. Procedimentos em situações de emergência com

inflamáveis;

6. Estudo da Norma Regulamentadora n.º 20;

7. Metodologias de Análise de Riscos: conceitos e

exercícios práticos;

8. Permissão para Trabalho com Inflamáveis;

9. Acidentes com inflamáveis: análise de causas e medidas

preventivas;

10. Planejamento de Resposta a emergências com

Inflamáveis;

11. Noções básicas de segurança de processo da

instalação;

12. Noções básicas de gestão de mudanças.

II) Conteúdo programático prático:

Conhecimentos e utilização dos sistemas de

segurança contra incêndio com inflamáveis.

f) Curso Específico

Carga Horária: 16 horas

I) Conteúdo programático teórico:

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- Estudo da Norma Regulamentadora n.º 20;

- Metodologias de Análise de Riscos: conceitos e exercícios

práticos;

- Permissão para Trabalho com Inflamáveis;

- Acidentes com inflamáveis: análise de causas e medidas

preventivas;

- Planejamento de Resposta a emergências com

Inflamáveis;

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A T I V I D A D E 1 O QUE SÃO LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS E GASES

INFLAMÁVEIS?

A T I V I D A D E 2 CITE PELO MENOS 3 CARACTERÍSTICAS MÍNIMAS QUE

O PLANO DE EMERGÊNCIA DAS INSTALAÇÕES CLASSES I, II E III DEVE CONTER.

A T I V I D A D E 3 CITE AS 3 CONSEQUÊNCIAS DE OCORRÊNCIA DE

VAZAMENTOS, INCÊNDIO OU EXPLOSÃO ENVOLVENDO INFLAMÁVEIS E LÍQUIDOS

COMBUSTÍVEIS EM QUE O EMPREGADOR DEVE COMUNICAR AO ÓRGÃO REGIONAL DO TEM E AO

SINDICATRO DA CATEGORIA PROFISSIONAL PREDOMINANTE NO ESTABELECIMENTO. EM QUANTO

TEMPO DEVE SER ENCAMINHADA ESTA COMUNICAÇÃO?

A T I V I D A D E 4 CITE 5 CRITÉRIOS PARA INSTALAÇÃO DE TANQUE DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS NO INTERIOR DE EDIFÍCIOS.

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AA tt ii vv ii dd aa dd ee ss ee OO pp ee rr aa çç õõ ee ss

PP ee rr ii gg oo ss aa ss -- NN RR 11 66

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MMeettaa::

AApprreesseennttaarr qquuaaiiss ssããoo aass aattiivviiddaaddeess ee ooppeerraaççõõeess ppeerriiggoossaass

ccoomm eexxpplloossiivvooss ee iinnffllaammáávveeiiss ee oo ccoonncceeiittoo ddee PP22RR22 ee sseeuu

oobbjjeettiivvoo..

OObbjjeettiivvoo:: AAoo ffiinnaall ddeessttaa aauullaa vvooccêê ddeevveerráá sseerr ccaappaazz ddee::

CCoonnhheecceerr qquuaaiiss ssããoo aass aattiivviiddaaddeess ee ooppeerraaççõõeess ppeerriiggoossaass ccoomm

eexxpplloossiivvooss ee iinnffllaammáávveeiiss;;

EEnntteennddeerr oo qquuee éé PP22RR22 ee sseeuu oobbjjeettiivvoo..

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São consideradas atividades e operações perigosas

as constantes dos Anexos números 1 e 2 desta Norma

Regulamentadora-NR.

O exercício de trabalho em condições de

periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de

adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o

salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações,

prêmios ou participação nos lucros da empresa.

O empregado poderá optar pelo adicional de

insalubridade que porventura lhe seja devido.

É facultado às empresas e aos sindicatos das

categorias profissionais interessadas requererem ao

Ministério do Trabalho, através das Delegacias Regionais

do Trabalho, a realização de perícia em estabelecimento ou

setor da empresa, com o objetivo de caracterizar e

classificar ou determinar atividade perigosa.

O disposto no parágrafo acima não prejudica a ação

fiscalizadora do Ministério do Trabalho nem a realização ex-

officio da perícia.

Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são

consideradas atividades ou operações perigosas as

executadas com explosivos sujeitos a:

a) degradação química ou autocatalítica;

b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade,

faíscas, fogo, fenômenos sísmicos, choque e atritos.

As operações de transporte de inflamáveis líquidos

ou gasosos liquefeitos, em quaisquer vasilhames e a

granel, são consideradas em condições de periculosidade,

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exclusão para o transporte em pequenas quantidades, até o

limite de 200 (duzentos) litros para os inflamáveis líquidos e

135 (cento e trinta e cinco) quilos para os inflamáveis

gasosos liquefeitos.

As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques

de consumo próprio dos veículos, não serão consideradas

para efeito desta Norma.

Para efeito desta Norma Regulamentadora

considera-se líquido combustível todo aquele que possua

ponto de fulgor maior que 60ºC (sessenta graus Celsius) e

inferior ou igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).

Todas as áreas de risco previstas nesta NR devem

ser delimitadas, sob responsabilidade do empregador.

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ANEXO 1

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM

EXPLOSIVOS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas as

enumeradas no Quadro n.° 1, seguinte:

QUADRO Nº 1

ATIVIDADE ADICIONAL DE 30%

a) no armazenamento de explosivos b) no transporte de explosivos c) na operação de escorva dos cartuchos de explosivos d) na operação de carregamento de explosivos e) na detonação f) na operação de carregamento de explosivos g) na queima e destruição de explosivos deteriorados h) nas operações de manuseio de explosivos

Todos os trabalhadores nessa atividade ou que permaneçam na área de risco. Todos os trabalhadores nessa atividade Todos os trabalhadores nessa atividade Todos os trabalhadores nessa atividade Todos os trabalhadores nessa atividade Todos os trabalhadores nessa atividade Todos os trabalhadores nessa atividade Todos os trabalhadores nessa atividade

2. O trabalhador, cuja atividade esteja enquadrada nas

hipóteses acima discriminadas, faz jus ao adicional de 30%

(trinta por cento) sobre o salário, sem os acréscimos

resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos

lucros ou participações nos lucros da empresa, sendo-lhe

ressalvado o direito de opção por adicional de insalubridade

eventualmente devido.

3. São consideradas áreas de risco:

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a) nos locais de armazenagem de pólvoras químicas,

artifícios pirotécnicos e produtos químicos usados na

fabricação de misturas explosivas ou de fogos de

artifício, a área compreendida no Quadro n.º 2:

QUADRO Nº 2

QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILO

FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA MÁXIMA DE

até 4.500 mais de 4.500 até 45.000

mais de 45.000 até 90.000 mais de 90.000 até 225.000*

45 metros 90 metros

110 metros 180 metros

* quantidade máxima que não pode ser ultrapassada.

b) nos locais de armazenagem de explosivos iniciadores, a

área compreendida no Quadro n.º 3:

QUADRO Nº 3

QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILO

FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA MÁXIMA

até 20 mais de 20 até 200 mais de 200 até 900 mais de 900 até 2.200

mais de 2.200 até 4.500 mais de 4.500 até 6.800 mais de 6.800 até 9.000*

75 metros 220 metros 300 metros 370 metros 460 metros 500 metros 530 metros

* quantidade máxima que não pode ser ultrapassada.

c) Nos locais de armazenagem de explosivos de ruptura e

pólvoras mecânicos (pólvora negra e pólvora chocolate

ou parda), área de operação compreendida no Quadro

n.º 4:

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QUADRO Nº 4

QUANTIDADE ARMAZENADA EM QUILO

FAIXA DE TERRENO ATÉ A DISTÃNCIA MÁXIMA

até 23 mais de 23 até 45 mais de 45 até 90 mais de 90 até 135 mais de 135 até 180 mais de 180 até 225 mais de 225 até 270 mais de 270 até 300 mais de 300 até 360 mais de 360 até 400 mais de 400 até 450 mais de 450 até 680 mais de 680 até 900 mais de 900 até 1.300 mais de 1.300 até 1.800 mais de 1.800 até 2.200 mais de 2.200 até 2.700 mais de 2.700 até 3.100 mais de 3.100 até 3.600 mais de 3.600 até 4.000 mais de 4.000 até 4.500 mais de 4.500 até 6.800 mais de 6.800 até 9.000 mais de 9.000 até 11.300 mais de 11.300 até 13.600 mais de 13.600 até 18.100 mais de 18.100 até 22.600 mais de 22.600 até 34.000 mais de 34.000 até 45.300 mais de 45.300 até 68.000 mais de 68.000 até 90.700 mais de 90.700 até 113.300

45 metros 75 metros

110 metros 160 metros 200 metros 220 metros 250 metros 265 metros 280 metros 300 metros 310 metros 345 metros 365 metros 405 metros 435 metros 460 metros 480 metros 490 metros 510 metros 520 metros 530 metros 570 metros 620 metros 660 metros 700 metros 780 metros 860 metros

1.000 metros 1.100 metros 1.150 metros 1.250 metros 1.350 metros

d) quando se tratar de depósitos barricados ou

entricheirados, para o efeito da delimitação de área de

risco, as distâncias previstas no Quadro n.º 4 podem

ser reduzidas à metade.

e) será obrigatória a existência física de delimitação da área

de risco, assim entendido qualquer obstáculo que impeça

o ingresso de pessoas não autorizadas.

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ANEXO 2

ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS COM

INFLAMÁVEIS

1. São consideradas atividades ou operações perigosas,

conferindo aos trabalhadores que se dedicam a essas

atividades ou operações, bem como aqueles que operam

na área de risco adicional de 30 (trinta) por cento, as

realizadas:

Atividades Adicional de 30%

a. na produção, transporte,

processamento e armazenamento de gás liquefeito.

na produção, transporte, processamento e armazenamento de gás liqüefeito.

b. no transporte e armazenagem

de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos e de vasilhames vazios não-desgaseificados ou decantados.

todos os trabalhadores da área de operação.

c. nos postos de reabastecimento

de aeronaves.

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

d. nos locais de carregamento de

navios-tanques, vagões-tanques e caminhões-tanques e enchimento de vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos.

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

e. nos locais de descarga de

navios-tanques, vagões-tanques e caminhões-tanques com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos ou de vasilhames vazios não-desgaseificados ou decantados.

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

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f. nos serviços de operações e

manutenção de navios-tanque, vagões-tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, ou vazios não-desgaseificados ou decantados.

todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

g. nas operações de

desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não-desgaseificados ou decantados.

Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

h. nas operações de testes de

aparelhos de consumo do gás e seus equipamentos.

Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na área de risco.

i. no transporte de inflamáveis

líquidos e gasosos liquefeitos em caminhão-tanque.

motorista e ajudantes.

j. no transporte de vasilhames

(em caminhão de carga), contendo inflamável líquido, em quantidade total igual ou superior a 200 litros, quando não observado o disposto neste Anexo da NR 16.

motorista e ajudantes.

l. no transporte de vasilhames

(em carreta ou caminhão de carga), contendo inflamável gasosos e líquido, em quantidade total igual ou superior a 135 quilos.

motorista e ajudantes.

m. nas operação em postos de

serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidos.

operador de bomba e trabalhadores que operam na área de risco.

2. Para os efeitos desta Norma Regulamentadora - NR

entende-se como:

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I. Serviços de operação e manutenção de embarcações,

vagões-tanques, caminhões-tanques, bombas e vasilhames

de inflamáveis:

a) atividades de inspeção, calibração, medição, contagem

de estoque e colheita de amostra em tanques ou

quaisquer vasilhames cheios;

b) serviços de vigilância, de arrumação de vasilhames

vazios não-desgaseificados, de bombas propulsoras em

recinto fechados e de superintendência;

c) atividades de manutenção, reparos, lavagem, pintura de

embarcações, tanques, viaturas de abastecimento e de

quaisquer vasilhames cheios de inflamáveis ou vazios,

não desgaseificados;

d) atividades de desgaseificação e lavagem de

embarcações, tanques, viaturas, bombas de

abastecimento ou quaisquer vasilhames que tenham

contido inflamáveis líquidos;

e) quaisquer outras atividades de manutenção ou operação,

tais como: serviço de almoxarifado, de escritório, de

laboratório de inspeção de segurança, de conferência de

estoque, de ambulatório médico, de engenharia, de

oficinas em geral, de caldeiras, de mecânica, de

eletricidade, de soldagem, de enchimento, fechamento e

arrumação de quaisquer vasilhames com substâncias

consideradas inflamáveis, desde que essas atividades

sejam executadas dentro de áreas consideradas

perigosas, ad referendum do Ministério do Trabalho.

II. Serviços de operação e manutenção de embarcações,

vagões-tanques, caminhões-tanques e vasilhames de

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inflamáveis gasosos liquefeitos:

a) atividades de inspeção nos pontos de vazamento

eventual no sistema de depósito de distribuição e de

medição de tanques pelos processos de escapamento

direto;

b) serviços de superintendência;

c) atividades de manutenção das instalações da frota de

caminhões-tanques, executadas dentro da área e em

torno dos pontos de escapamento normais ou eventuais;

d) atividades de decantação, desgaseificação, lavagem,

reparos, pinturas e areação de tanques, cilindros e

botijões cheios de GLP;

e) quaisquer outras atividades de manutenção ou

operações, executadas dentro das áreas consideradas

perigosas pelo Ministério do Trabalho.

III. Armazenagem de inflamáveis líquidos, em tanques ou

vasilhames:

a) quaisquer atividades executadas dentro da bacia de

segurança dos tanques;

b) arrumação de tambores ou latas ou quaisquer outras

atividades executadas dentro do prédio de

armazenamento de inflamáveis ou em recintos abertos e

com vasilhames cheios inflamáveis ou não-

desgaseificados ou decantados.

IV. Armazenagem de inflamáveis gasosos liquefeitos, em

tanques ou vasilhames:

a) arrumação de vasilhames ou quaisquer outras atividades

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executadas dentro do prédio de armazenamento de

inflamáveis ou em recintos abertos e com vasilhames

cheios de inflamáveis ou vazios não desgaseificados ou

decantados.

V. Operações em postos de serviço e bombas de

abastecimento de inflamáveis líquidos:

a) atividades ligadas diretamente ao abastecimento de

viaturas com motor de explosão.

VI. Outras atividades, tais como: manutenção, lubrificação,

lavagem de viaturas, mecânica, eletricidade, escritório de

vendas e gerência, ad referendum do Ministério do

Trabalho.

VII. Enchimento de quaisquer vasilhames (tambores, latas),

com inflamáveis líquidos:

a) atividades de enchimento, fechamento e arrumação de

latas ou caixas com latas.

VIII. Enchimento de quaisquer vasilhames (cilindros,

botijões) com inflamáveis gasosos liquefeitos:

a) atividades de enchimento, pesagem, inspeção, estiva e

arrumação de cilindros ou botijões cheios de GLP;

b) outras atividades executadas dentro da área considerada

perigosa, ad referendum do Ministério do Trabalho.

3. São consideradas áreas de risco:

ATIVIDADE ÁREA DE RISCO

a. Poços de petróleo em produção de gás.

b. Unidade de processamento das

círculo com raio de 30 metros, no mínimo, com centro na boca do poço. Faixa de 30 metros de largura, no

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refinarias. c. Outros locais de refinaria onde

se realizam operações com inflamáveis em estado de volatilização ou possibilidade de volatilização decorrente de falha ou defeito dos sistemas de segurança e fechamento das válvulas.

d. Tanques de inflamáveis

líquidos e. Tanques elevados de

inflamáveis gasosos f. Carga e descarga de

inflamáveis líquidos contidos em navios, chatas e batelões.

g. Abastecimento de aeronaves h. Enchimento de vagões –

tanques e caminhões –tanques com inflamáveis líquidos.

i. Enchimento de vagões-tanques

e caminhões-tanques inflamáveis gasosos liquefeitos.

j. Enchimento de vasilhames com

inflamáveis gasosos liquefeitos. l. Enchimento de vasilhames com

inflamáveis líquidos, em locais abertos.

m. Enchimento de vasilhames

com inflamáveis líquidos, em recinto fechado.

mínimo, contornando a área de operação.

Faixa de 15 metros de largura, no mínimo, contornando a área de operação.

Toda a bacia de segurança Círculo com raio de 3 metros com centro nos pontos de vazamento eventual (válvula registros, dispositivos de medição por escapamento, gaxetas). Afastamento de 15 metros da beira do cais, durante a operação, com extensão correspondente ao comprimento da embarcação. Toda a área de operação. Círculo com raio de 15 metros com centro nas bocas de enchimento dos tanques. Círculo com 7,5 metros centro nos pontos de vazamento eventual (válvula e registros). Círculos com raio de 15 metros com centro nos bicos de enchimentos. Círculo com raio de 7,5 metros com centro nos bicos de enchimento. Toda a área interna do recinto.

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n. Manutenção de viaturas-

tanques, bombas e vasilhames que continham inflamável líquido.

o. Desgaseificação, decantação e

reparos de vasilhames não desgaseificados ou decantados, utilizados no transporte de inflamáveis.

p. Testes em aparelhos de

consumo de gás e seus equipamentos.

q. abastecimento de inflamáveis. r. Armazenamento de vasilhames

que contenham inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados ou decantados, em locais abertos.

s. Armazenamento de vasilhames

que contenham inflamáveis líquidos ou vazios não desgaseificados, ou decantados, em recinto fechado.

t. Carga e descarga de

vasilhames contendo inflamáveis líquidos ou vasilhames vazios não desgaseificados ou decantados, transportados pôr navios, chatas ou batelões.

Local de operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno dos seus pontos externos. Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno dos seus pontos externos. Local da operação, acrescido de faixa de 7,5 metros de largura em torno dos seus pontos extremos. Toda a área de operação, abrangendo, no mínimo, círculo com raio de 7,5 metros com centro no ponto de abastecimento e o círculo com raio de 7,5 metros com centro na bomba de abastecimento da viatura e faixa de 7,5 metros de largura para ambos os lados da máquina. Faixa de 3 metros de largura em torno dos seus pontos externos. Toda a área interna do recinto. Afastamento de 3 metros da beira do cais, durante a operação, com extensão correspondente ao comprimento da embarcação.

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4 - Não caracterizam periculosidade, para fins de percepção

de adicional:

4.1 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de

líquidos inflamáveis em embalagens certificadas, simples,

compostas ou combinadas, desde que obedecidos os

limites consignados no Quadro I abaixo,

independentemente do número total de embalagens

manuseadas, armazenadas ou transportadas, sempre que

obedecidas as Normas Regulamentadoras expedidas pelo

Ministério do Trabalho e Emprego, a Norma NBR 11564/91

e a legislação sobre produtos perigosos relativa aos meios

de transporte utilizados;

4.2 - o manuseio, a armazenagem e o transporte de

recipientes de até cinco litros, lacrados na fabricação,

contendo líquidos inflamáveis, independentemente do

número total de recipientes manuseados, armazenados ou

transportados, sempre que obedecidas as Normas

Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e

Emprego e a legislação sobre produtos perigosos relativa

aos meios de transporte utilizados.

QUADRO I

Capacidade Máxima para Embalagens de Líquidos Inflamáveis

Embalagem combinada

Embalagem interna Embalagem

Externa

Grupo de

Embalagens*

I

Grupo de

Embalagens*

lI

Grupo de

Embalagens* III

Recipientes de Vidro com

mais de 5 e até 10 litros;

Plástico com mais de 5 e

até 30 litros; Metal com

mais de 5 e até 40 litros.

Tambores de:

Metal 250 kg 400 kg 400 kg

Plástico 250 kg 400 kg 400 kg

Madeira

Compensada 150 kg 400 kg 400 kg

Fibra 75 kg 400 kg 400 kg

Caixas

Aço ou Alumínio 250 kg 400 kg 400 kg

Madeira Natural ou

compensada

150 kg 400 kg 400 kg

Madeira Aglomerada 75 kg 400 kg 400 kg

Papelão 75 kg 400 kg 400 kg

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Plástico Flexível 60 kg 60 kg 60 kg

Plástico Rígido 150 kg 400 kg 400 kg

Bombonas

Aço ou Alumínio 120 kg 120 kg 120 kg

Plástico 120 kg 120 kg 120 kg

Embalagens Simples

Grupo de

Embalagens*

I

Grupo de Embalagens*

II Grupo de

Embalagens*

III

Tambores

Aço, tampa não removível 250 L

450 L 450 L

Aço, tampa removível 250 L**

Alumínio, tampa não 250 L

removível

Alumínio, tampa removível 250 L**

Outros metais, tampa não 250 L

removível

Outros metais, tampa

removível

250 L**

Plástico, tampa não removível 250 L**

Plástico, tampa removível 250 L**

Bombonas

60 L 60L

Aço, tampa não removível 60 L

Aço, tampa removível 60 L**

Alumínio, tampa não 60 L

removível

Alumínio, tampa removível 60 L**

Outros metais, tampa não 60 L

removível

Outros metais, tampa

removível

60 L**

Plástico, tampa não removível 60 L

Plástico, tampa removível 60 L**

Embalagens Compostas

Grupo de

Embalagens*

I

Grupo de

Embalagens*

II

Grupo de

Embalagens*

III

Plástico com tambor externo de aço ou alumínio

Plástico com tambor externo de fibra, plástico ou

compensado

250 L 250 L 250 L

Plástico com engradado ou caixa externa de aço

ou alumínio ou madeira externa ou caixa externa

de compensado ou de cartão ou de plástico rígido

Vidro com tambor externo de aço, alumínio, fibra

250 L 250 L 250 L

Compensado, plástico flexível ou 60 L 60 L 60 L

Em caixa de aço, alumínio, madeira, papelão ou

compensado 60 L 60 L 60 L

* Conforme definições NBR 11564 – ABNT.

** Somente para substâncias com viscosidades maior que 200 mm²/seg

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Para entender um pouco o histórico do assunto sobre

Atividades e Operações Perigosas, citaremos um trecho do

livro de GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança

e Saúde do Trabalho, 3ª Ed. São Paulo: LTr, 2006:

“O objetivo nuclear deste capítulo, dada a sua

relevância para a prevenção de acidentes e doenças

relacionadas ao ambiente de trabalho, justifica a existência

de uma norma regulamentadora específica de proteção ao

trabalho urbano, NR 16: Atividades e Operações Perigosas,

cuja fundamentação legal encontra-se tipificada em três

dispositivos Constitucionais específicos (ver incisos XXII,

XXIII e XXXIII do artigo 7º da Constituição Federal de 1988)

e nos artigos 193 a 197 da Consolidação das Leis do

Trabalho. Além dos referidos artigos do Estatuto Obreiro,

que dão suporte jurídico às atividades e operações

perigosas decorrentes dos riscos de explosivos e

inflamáveis, há de se destacar que a Lei n. 7.369, de

22.9.1985, instituiu o adicional de periculosidade para

trabalhadores expostos aos riscos de contato com a energia

elétrica. Logo, dúvidas não há quanto à permissibilidade

legal de caracterização do exercício periculoso em relação

aos trabalhadores que desenvolvem suas atividades em

áreas de risco com explosivos, inflamáveis ou energia

elétrica.

Em relação às Radiações Ionizantes, cabe lembrar

que esse agente físico é induvidosamente um agente

insalubre de grau máximo. Todavia, quanto à tipificação

desse agente nocivo à saúde como o quarto agente

periculoso, nos termos da Portaria MTb n. 3.393, de

17.12.1987, impõe-se mencionar que dito enquadramento

ministerial revela-se flagrantemente ilegal, à mingua de lei

ordinária específica que lhe desse o indispensável suporte

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jurídico.

Nesse sentido, vale recordar que o inciso XXIII do

art. 7º, de nossa Carta magna, ao assegurar aos

trabalhadores urbanos e rurais brasileiros, o adicional de

remuneração para as atividades penosas, insalubres ou

perigosas, expressamente condicionou esse direito aos

termos da lei: entendendo-se como tal, a norma jurídica

emanada do Poder Legislativo, e não um mero ato

administrativo, ainda que rotulado de Portaria Ministerial.

Despiciendo lembrar que a lei é a verdadeira fonte de nosso

direito e que um dos princípios Constitucionais nos impõe o

respeito à lei.

A propósito, o próprio Ministério do Trabalho e

Emprego, ao editar a Portaria MTE n. 496, de 11.12.2002,

expressamente reconheceu a ilegalidade do

enquadramento das radiações ionizantes como agente

periculoso e revogou a citada Portaria MTb n. 3.393/87.

merecendo recordar os considerados da Portaria

revogadora, verbis:

“Considerando que as atividades que expõem os

trabalhadores a radiações ionizantes, nos termos da

Portaria n. 4, de 11 de abril de 1994, da Secretaria

de Segurança e Saúde no Trabalho, caracterizam-se

como insalubres;

Considerando que a caracterização dessas

atividades comp perigosas, nos termos da Portaria n.

3.393, de dezembro de 1987, não encontra amparo

no art. 193, caput, da Consolidação das leis do

Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n. 5.452, de 1º

de maio de 1943; (grifo atual).

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Considerando incumbir à Administração Pública a

revisão dos atos administrativos ilegais ou

inconvenientes, resolve:

Art. 1º Declarar revogada a Portaria n. 3.393, de 17

de dezembro de 1987”.

Todavia, a Portaria MTE n. 496, de 11.12.2002,

possuiu vida efêmera (pouco menos de quatro meses), pois

foi precocemente revogada em face da edição da Portaria

MTE n. 518, de 4.4.2003, que voltou a caracterizar, sob a

ótica ministerial, as radiações ionizantes como o quarto

agente periculoso, incidindo, a nosso ver, no mesmo vício

de ilegalidade que havia contaminado, ab initio, a Portaria

MTb n. 3.393, de 17.12.1987. Em verdade, o

“enquadramento” das radiações ionizantes como atividades

perigosas juridicamente é como se nunca tivesse existido,

pois uma portaria ministerial desprovida de suporte legal

específico constitui-se ato administrativo nulo e como tal

não produz efeitos válidos no mundo jurídico.

Registre-se, outrossim, que não se desconhece a

potencialidade periculosa das radiações ionizantes, sob o

aspecto essencialmente técnico; daí por que incumbe ao

Ministério do Trabalho e Emprego, nos limites da lei, adotar

todas as medidas preventivas em relação aos trabalhadores

e ela expostos, não havendo de se cogitar, porém, de que a

instituição de adicional de periculosidade, ao arrepio da lei,

possa vir a ser considerada medida preventiva, uma vez

que a nocividade de um determinado agente independe do

fato de o trabalhador perceber ou não adicional de

periculosidade. Até que o enquadramento das radiações

ionizantes como agente periculoso aconteça pela

indispensável via legislativa, vislumbra-se acoimado de

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ilegalidade se enquadramento por meros atos

administrativos, tanto no caso da primeira, Portaria MTb n.

3.393, de 17.12.1987, quanto da atual Portaria MTE n. 518,

de 4.4.2003.

Admitir a competência do Ministério do Trabalho e

Emprego para caracterizar agentes periculosos, além

daqueles expressamente autorizados por lei (explosivos,

inflamáveis e energia elétrica), nos remete a uma

indagação: Por que, decorridos quinze anos da

promulgação de nossa lei Fundamental, esse mesmo MTE

não definiu até hoje o que são atividades e operações

penosas e estipulou o valor do correspondente adicional de

penosidade? Certamente, o mesmo impeditivo

Constitucional de disciplinar as atividades penosas proíbe o

órgão ministerial de, à revelia de lei própria, enquadrar as

radiações ionizantes como atividades perigosas. Veja-se, a

propósito, a parte final do inciso XXIII do art. 7º, da

Constituição Federal (CF-1988 – Art. 7º São direitos dos

trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à

melhoria de sua condição social: XXIII – adicional de

remuneração para as atividades penosas, insalubres ou

perigosas, na forma da lei).

Nos Fundamentos Jurídicos deste Capítulo, o leitor

encontrará a transcrição integral das três portarias

ministeriais que enquadraram, desenquadraram e voltaram

a “enquadrar” as radiações ionizantes como substâncias

periculosas; espera-se que a leitura atenta de tais atos

normativos possa propiciar ao leitor uma melhor análise da

matéria e, a partir daí, tirar suas próprias conclusões sobre

a controvérsia apresentada, da forma que melhor lhe

aprouver, na esperança, porém, de que não despreze as

regras jurídicas basilares consagradas em nosso

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ordenamento jurídico.

Registre-se, porém, que o Colendo Tribunal Superior

do Trabalho pela sua Seção de Dissídios Individuais editou,

em 22.6.2005, uma Orientação Jurisprudencial

reconhecendo como válida a caracterização da exposição

perigosa às radiações ionizantes; entretanto, e com o

devido respeito, dito posicionamento jurisprudencial não

será convertido em súmula de jurisprudência, se a

controvérsia for bem analisada pelo Pleno do Colendo

Tribunal Superior do Trabalho”.

Já os outros três agentes (explosivos, inflamáveis e

energia elétrica) possíveis de causar danos à integridade

física dos trabalhadores o autor coloca que não incidem

controvérsias específicas acerca da permissibilidade legal

de caracterização do exercício periculoso.

Quanto à energia elétrica Edwar também destaca

alguns pontos e diz que:

“Sabidamente, é a eletricidade a forma de energia

mais utilizada na execução de trabalho mecânico

necessário à produção de bens de consumo e, no que diz

respeito aos ambientes de trabalho, sua presença se faz

sentir em todas as etapas operacionais, desde a simples

utilização de um torno elétrico até a movimentação de uma

caldeira elétrica de grande porte.

Diferentemente dos explosivos e dos inflamáveis,

que tiveram o seu enquadramento como agentes

periculosos a partir do art. 193 da Consolidação das Leis do

Trabalho, somente com o advento da Lei n. 7.369, de

20.9.1985, a exposição aos riscos de contato com a energia

elétrica passou a ser considerada legalmente como uma

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atividade perigosa. Na data de 26.12.1985, o Poder

Executivo, nos termos do art. 2º da citada lei, editou o

Decreto n. 92.212, regulamentando a lei instituidora do

adicional de periculosidade para os eletricitários. Todavia, o

Decreto n. 93.412 de 14.10.1986, a par de revogar o

primeiro decreto regulamentador, estabeleceu a

regulamentação atual da Lei n. 7.369/85. Registre-se,

também, que a exposição à energia elétrica pode ser

caracterizada como legalmente perigosa, tanto nas forma

de alta, quanto em baixa voltagem.

Acerca da controvérsia jurídica tendente a limitar o

pagamento do adicional de periculosidade aos eletricitários.

Há de ser dito que a mesma deve ser igualmente

rechaçada, por vilipendiar, flagrantemente, o princípio

Constitucional da igualdade perante a lei. De antemão,

cumpre destacar que, apesar de eletricista e eletricitários

por vezes serem utilizados indistintamente como palavras

sinônimas, na verdade, eletricista é o profissional

qualificado genericamente para construir, instalar, reparar,

conservar e manter em operação condutores, acessórios,

sistemas elétricos e linhas de alta ou baixa tensão,

enquanto eletricitário é o profissional que exerce atividade

ligada diretamente à geração, transmissão e distribuição de

energia elétrica, ou seja, em Sistema Elétrico de Potência.

O fator determinante, porém, para refutar qualquer

tentativa de exclusão dos eletricistas como candidatos em

potencial ao adicional de periculosidade, reside no fato de

que, a rigor, a energia elétrica não sofre qualquer

modificação em sua essência, ainda que não esteja nas

fases do sistema elétrico de potência, tanto que permanece

com todo o seu potencial danoso à integridade física do

trabalhador, seja ele eletricista ou eletricitário. E não se diga

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que os eletricistas só lidam com baixa voltagem, pois, além

de não ser uma assertiva verdadeira, ainda que o fosse,

não se pode perder de vista que o próprio decreto

regulamentador possibilita a caracterização da exposição

periculosa, tanto em alta quanto em baixa voltagem. A

referida discriminação, se transposta para o campo da

periculosidade com inflamáveis, seria a mesma coisa que

pretender limitar o pagamento do adicional de

periculosidade aos empregados da estatal petrolífera,

ficando excluídos de tal benefício, por exemplo, os

frentistas de postos de revenda de combustível.

Em resumo, estando o eletricista ou o eletricitário

expostos aos riscos de contato com a energia elétrica em

alta ou baixa voltagem, não há como se imaginar que

apenas uma dessas categorias seja beneficiada do

adicional de periculosidade, sob a pena de se configurar

uma violência ao princípio Constitucional da igualdade

perante a lei. A propósito, o Colendo Tribunal Superior do

Trabalho, pela Seção de Dissídios Individuais, editou

Orientação Jurisprudencial tendente a pacificar essa

controvérsia”.

PLANO NACIONAL DE PREVENÇÃO, PREPARAÇÃO E

RESPOSTA RÁPIDA A EMERGÊNCIAS AMBIENTAIS

COM PRODUTOS QUÍMICOS PERIGOSOS - P2R2

INTRODUÇÃO

Dados a respeito da indústria química brasileira

apontam que em 2002 foram importadas 17,1 milhões de

toneladas de produtos químicos perigosos e exportadas 5,7

milhões de toneladas. Em 2000, o setor químico

representou 2,9% do PIB nacional, ocupando a 9ª posição

no mercado mundial, alcançando um aumento de produção

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de 40% em relação a 1990. Estes dados fornecem uma

idéia a respeito do aumento da importância do setor e o

volume de produtos químicos perigosos que circulam no

País, sem contar os resíduos gerados a partir da sua

produção e utilização por outros setores industriais ou na

própria indústria química, alçando a indústria química ao

posto de maior geradora de resíduos perigosos.

Além do risco crescente à integridade do meio

ambiente, representado pelo aumento da produção,

manipulação e circulação de produtos químicos perigosos,

o processo de expansão urbana contribui para ampliar a

possibilidade de exposição da população humana,

agravando as consequências decorrentes de um acidente.

Paralelamente, a falta de preparo dos diferentes agentes

envolvidos, direta ou indiretamente, com as emergências

ambientais provocadas por esses produtos, potencializa o

risco representado pelo ciclo de vida destas substâncias.

Assim, torna-se imprescindível implementar, no

âmbito do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA,

uma política eficaz, de abrangência nacional, voltada à

prevenção, ao controle e à resposta rápida a situações

emergenciais envolvendo produtos químicos perigosos.

Neste sentido, o Ministério do Meio Ambiente – MMA vem

buscando trabalhar de forma integrada e articulada em prol

das melhores soluções para prevenir a ocorrência de

acidentes e emergências ambientais com produtos

químicos perigosos, bem como para o pronto atendimento a

essas situações uma vez que ocorram.

O Plano Nacional de Prevenção, Preparação e

Resposta Rápida a Acidentes Ambientais com Produtos

Perigosos (P2R2) vem ao encontro da preocupação

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crescente relacionada aos riscos potenciais desses

contaminantes para a saúde humana e o meio ambiente. A

filosofia norteadora do Plano alinha-se com a necessidade

de estabelecimento de um esforço integrado entre os vários

níveis de governo, o setor privado, representações da

sociedade civil e demais partes interessadas em busca de

um modelo de desenvolvimento que tenha na

sustentabilidade das atividades humanas o seu foco

principal.

No âmbito governamental, o compartilhamento

horizontal e vertical das responsabilidades proporcionará

um tratamento mais eficaz das questões inerentes a

acidentes ambientais com produtos químicos perigosos.

Dessa forma, o P2R2 é direcionado para o aperfeiçoamento

do processo de prevenção, preparação e resposta rápida a

emergências ambientais com produtos perigosos no País,

nos três níveis de governo, visando resultados efetivos na

melhoria da qualidade ambiental e, conseqüentemente,

uma maior qualidade de vida para a população brasileira.

Os setores produtivos e de serviços ligados à

produção, manipulação, comercialização, armazenamento,

transporte, uso, manuseio e destino final de substâncias

perigosas terão no Plano um marco referencial para a

viabilização de ações comprometidas com a proteção da

saúde humana e a qualidade ambiental.

A adoção de planos preventivos e de ações de

combate aos episódios com produtos perigosos, investe-se

de importância cada vez maior. Atingir um desempenho

gerencial eficiente no controle ou na redução desses riscos

requer o compromisso público com políticas, metas e

programas de abordagem sistemática, a fim de obter a

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melhoria contínua na prevenção e combate a esses

eventos.

Assim, o P2R2 surgiu a partir da demanda

constatada, no que se refere à deficiência na estrutura de

atendimento às emergências, notadamente evidenciada por

ocasião do acidente ocorrido em 29 de março de 2003, no

município de Cataguazes - MG, envolvendo o rompimento

de uma barragem de resíduos contendo substâncias

químicas perigosas que atingiu o Rio Pomba e Paraíba do

Sul. Este acidente causou uma contaminação que deixou

várias cidades sem acesso à água para o atendimento de

condições básicas da população.

Em face desse acontecimento e do histórico de

ocorrência de eventos emergenciais, verificou-se a

inexistência de um planejamento nacional de caráter

preventivo e de ação em caso de acidentes envolvendo

produtos químicos perigosos. Assim, o Ministério do Meio

Ambiente iniciou o processo de formulação do Plano P2R2

tendo como premissa a parceria dos governos estaduais e

como subsídio um processo de consulta que culminou com

a assinatura, em 20 de agosto de 2003, da Declaração de

Compromisso firmada entre o Ministério do Meio Ambiente,

as Secretarias de Meio Ambiente dos Estados e do Distrito

Federal e a Associação Nacional de Municípios para o Meio

Ambiente – ANAMMA, objetivando elaborar e implementar

o Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta

Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Perigosos

– P2R2.

Em 2 de outubro de 2003 a Ministra de Estado do

Meio Ambiente, Senhora Marina Silva, instituiu quatro

Grupos de Trabalho (GT) por meio da Portaria nº. 393 com

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a finalidade de serem formuladas propostas para o

desenvolvimento do referido Plano.

No sentido de promover a necessária integração

intersetorial e transversalidade, no âmbito do governo

federal, participaram como membros desses GTs, além de

representantes do governo federal, técnicos das instituições

estaduais de meio ambiente e representantes da ANAMMA.

Os objetivos dos GTs instituídos foram:

- GT Mapeamento de Áreas de Risco – elaborar proposta

técnica para a identificação, caracterização e mapeamento

de áreas/atividades que efetiva ou potencialmente,

apresentem risco de ocorrência de acidente de

contaminação ambiental, decorrente de atividades que

envolvam produtos perigosos;

- GT Banco de Dados – elaborar proposta técnica para o

desenvolvimento, manutenção e atualização de banco de

dados sobre vários temas pertinentes à matéria, que darão

sustentação estratégica e operacional ao Plano P2R2;

- GT Desenvolvimento Estratégico – planejar de modo

estratégico o desenvolvimento do Plano P2R2, de modo a

orientar os processos decisórios referentes a sua

implantação e manutenção; e,

- GT Recursos Financeiros – identificar fontes de recursos

financeiros nacionais e internacionais que poderão ser

acessadas e indicar alternativas viáveis para suprimento de

recursos financeiros na implementação e operacionalização

do Plano P2R2.

Também foi efetuado um levantamento preliminar de

informações sobre as condições atuais de atendimento a

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emergências ambientais nos Estados, realizado pelo MMA,

entre novembro de 2003 a janeiro de 2004, junto aos

Órgãos Estaduais de Meio Ambiente e IBAMA. Este

levantamento identificou as dificuldades hoje encontradas

pelos Estados para fazer frente ao problema,

principalmente no que se relaciona à disponibilidade e

qualificação de recursos humanos, deficiência de infra-

estrutura operacional, insuficiência de sistemas de

informações relativos ao tema. Os resultados deste

levantamento, adicionalmente aos resultados dos Grupos

de Trabalho, apontaram para a necessidade de uma gestão

integrada dos diversos atores envolvidos com o tema e

serviram como base para a estruturação do Plano P2R2.

Em sua formulação o Plano considerou, ainda, os

princípios da Agenda 21 e os princípios máximos da política

ambiental brasileira, bem como, as diretrizes da gestão

ambiental que se busca estimular no País, tais como:

gestão integrada e descentralizada; disseminação da

informação, maior participação social; gestão ambiental

voltada a resultados efetivos na qualidade ambiental e

necessidade de se estabelecer prioridades de ação.

ABRANGÊNCIA

O P2R2 é direcionado para o aperfeiçoamento do

processo de prevenção, preparação e resposta rápida a

emergências ambientais com produtos químicos perigosos

no País, e como tal buscará abranger quaisquer

empreendimentos/atividades que potencialmente possam

causar emergência ambientais com estes produtos em todo

território nacional. No sentido de possibilitar este amplo

alcance, o Plano prevê o envolvimento dos governos

federal, estaduais e municipais, além de parcerias com

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organizações não governamentais, setor privado,

instituições acadêmicas e a comunidade, visando uma

execução compartilhada na busca de resultados efetivos na

melhoria da qualidade ambiental e, conseqüentemente,

uma maior qualidade de vida para a população brasileira.

OBJETIVO

O objetivo do Plano P2R2 é prevenir a ocorrência de

acidentes com produtos químicos perigosos, bem como

aprimorar o sistema de preparação e resposta a

emergências químicas no País.

Para que este objetivo seja alcançado as ações do

P2R2 serão direcionadas segundo dois enfoques:

preventivo e corretivo. Estes dois enfoques são específicos,

coerentes e compromissados com a prevenção, preparação

e resposta rápida aos acidentes envolvendo produtos

químicos perigosos e serão perseguidos com o intuito de

nortear o planejamento das ações organizacionais e

operacionais para o adequado desenvolvimento dos

trabalhos.

Enfoque Preventivo

Prevenir, coibir, inibir e/ou desmotivar práticas que

levem à ocorrência de acidentes envolvendo produtos

químicos perigosos.

Este enfoque é contemplado por meio da

implantação de sistemas, programas, ações, procedimentos

e iniciativas preventivas que visam atingir o desempenho

planejado, no âmbito nacional e estadual.

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Enfoque Corretivo

Preparar, capacitar, integrar e otimizar os sistemas

de atendimento de emergência com produtos químicos

perigosos, dos órgãos públicos e privados, de forma a

responder rápida e eficazmente aos acidentes envolvendo

produtos químicos perigosos.

Este enfoque é contemplado por meio da

implantação de sistemas, programas, ações, procedimentos

e iniciativas de preparação e resposta (PAE – Plano de

Ação de Emergência) dos órgãos públicos e privados,

responsáveis pelo atendimento destas ocorrências, de

forma integrada, otimizando os recursos materiais e

humanos disponíveis em âmbito municipal, estadual e

federal.

PRINCÍPIOS

A definição usual de Segurança Química é “a

prevenção de efeitos adversos, de curto e longo prazo,

sobre a saúde humana e o meio ambiente, decorrentes da

produção, armazenagem, transporte, uso, reciclagem e

disposição de substâncias químicas”. As Emergências

Ambientais provocadas por Produtos Químicos Perigosos

ocorrem, pois, em conseqüência desses efeitos adversos

de curto prazo, embora com possíveis repercussões de

longo prazo.

Considera-se, na caracterização da “emergência” a

noção de impacto ambiental, definida no art. 1º da

Resolução 001/86 do CONAMA como “qualquer alteração

das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio

ambiente causada por qualquer forma de matéria ou

energia resultante das atividades humanas que, direta ou

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indiretamente, afetem: (I) a saúde, a segurança e o bem-

estar da população; (II) as atividades sociais e econômicas;

(III) a biota; (IV) as condições estéticas e sanitárias do meio

ambiente; (V) a qualidade dos recursos ambientais”.

Com o propósito de minimizar a probabilidade de

ocorrência dessas situações críticas, foram adotados

alguns princípios para orientar os responsáveis por aquelas

atividades humanas que possam representar um risco

potencial de impacto causado por produtos químicos

perigosos.

Dentre esses princípios destaca-se o Princípio 15 da

Declaração do Rio de Janeiro, de 1992, também chamado

“Princípio da Precaução”, que dispensa a certeza científica

absoluta para a adoção de medidas destinadas a proteger o

meio ambiente de danos sérios ou irreversíveis. Tal

Princípio faz parte da Carta da Terra de 1997 e da

Convenção sobre Mudanças Climáticas, ratificada pelo

Brasil em 1994.

A sua aplicação justifica-se perante empreendimento

de “atividades que representam ameaças de danos ao meio

ambiente ou à saúde humana, exigindo a adoção de

medidas de precaução, independentemente se algumas

relações de causa e efeito não estiverem plenamente

estabelecidas cientificamente”. Dentre outros, figuram como

principais elementos deste Princípio: “a precaução diante

de incertezas científicas; a exploração de alternativas a

ações potencialmente prejudiciais; a transferência do ônus

da prova aos proponentes de uma atividade e não às

vítimas ou vítimas em potencial daquela atividade; e o uso

de processos democráticos na adesão e observação do

Princípio – inclusive o direito público ao consentimento

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informado”. Aplicado ao P2R2 o Princípio da Precaução

orienta para a prevenção de situações impactantes ao meio

ambiente e à saúde humana, principalmente em caso de

incertezas relativas ao grau e extensão dos riscos de

acidentes envolvendo substâncias químicas.

Outro conceito relevante é o Princípio 16 da

Declaração do Rio de Janeiro, de 1992, conhecido como do

“Princípio do Poluidor-Pagador”, situação já prevista na

legislação brasileira não só anterior (sobre a Política

Ambiental) como posterior (sobre Crimes Ambientais). Este

princípio obriga a internalização de custos pelos agentes

econômicos responsáveis por danos e riscos impostos ao

meio ambiente e a saúde humana. Buscar meios e

condições legais para o financiamento, pelo setor privado,

das despesas e custos acarretados pelo atendimento à

emergências ambientais, é meta a ser perseguida e

viabilizada pelas estratégias de implementação do Plano

P2R2 em todas as suas instâncias.

Outro princípio adotado diz respeito ao “Direito à

Saúde e ao Meio Ambiente Saudável”, o qual encontra-se

explicitado no direito constitucional: “a saúde é direito de

todos e dever do Estado, garantido mediante políticas

sociais e econômicas que visem à redução do risco de

doença e de outros agravos e ao acesso universal

igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção

e recuperação” (art. 196) e que “todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum

do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se

ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (art.

225). Este princípio é o marco norteador de todas as ações

requeridas para a implementação do P2R2, bem como de

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todas as ações e programas do Ministério do Meio

Ambiente.

Importante também, o princípio do “Direito de Saber

à Participação”, diz respeito ao direito de acesso público à

informação sobre os riscos à saúde e ao meio ambiente.

Encontra-se contemplado em todo o desenvolvimento do

P2R2 na medida em que este tem o compromisso de

manter s sociedade informada sobre áreas de risco de

acidentes ambientais. O direito à participação no P2R2 se

traduz pelo efetivo envolvimento da comunidade

interessada, tanto no alerta de potenciais acidentes, como

na implementação das atividades do Plano. Além disso,

ainda amparado por este principio, o P2R2 prevê a

captação das expectativas e inquietações das populações

potencialmente passíveis de serem afetadas e o

recolhimento das manifestações e interesses dos diferentes

grupos sociais pelos órgãos envolvidos com o atendimento

a emergências. O Processo APELL (Alerta e Preparação de

Comunidades para Emergências Locais), desenvolvido pelo

Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

(PNUMA), vem ao encontro dos princípios do direito de

saber e à participação e soma aos demais esforços

previstos para a implantação do Plano P2R2.

DIRETRIZES ESTRATÉGICAS DO PLANO

No Brasil, em sua forma federativa de governo,

prevalece o regime de descentralização territorial e político-

administrativa. Dessa forma, a distribuição de competências

é operada, constitucionalmente, entre a União, os Estados

e os Municípios. Ao Distrito Federal são atribuídas as

competência legislativas dos Estados e Municípios. Entre

as competências comuns aos três níveis de governo,

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encontram-se o cuidado da saúde e assistência pública, a

proteção do meio ambiente e o combate à poluição em

qualquer de suas formas.

O Plano P2R2 pretende operar de forma

descentralizada de acordo com a diretriz geral da

descentralização e da cooperação entre os entes de

governo, coerentemente com o preconizado pela Política

Nacional do Meio Ambiente, estabelecida na Lei 6938 de

31/08/1981. Esta política estabeleceu um conjunto de

instrumentos de gestão ambiental que, no âmbito do tema

de emergências ambientais tem como principais objetivos

introduzir mecanismos inovadores no processo de gestão e

implementar o controle ambiental.

Estruturado de forma a implantar ou incrementar as

iniciativas preventivas e sistemas organizados de combate

a emergências químicas já existentes nos municípios e

estados, o P2R2 visa estabelecer formas de atuação

organizadas e integradas, direcionadas para a criação de

políticas públicas que culminem na redução de acidentes

com produtos perigosos ou na redução dos impactos

causados por esses episódios, por meio de um sistema

eficaz de prevenção e combate às emergências.

Para assegurar o sucesso da implementação do

Plano os gestores, nas três esferas de Governo, atuando

em estreita parceria, deverão concentrar esforços no

sentido de que o conjunto das ações direcionadas para o

alcance deste propósito estejam balizadas pelas diretrizes a

seguir explicitadas:

- adoção de um planejamento preventivo que evite a

ocorrência de acidentes com produtos químicos perigosos;

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- criação de uma estrutura organizacional que permita

atingir as metas e os objetivos visados pelo P2R2;

- identificação dos requisitos legais e os aspectos

organizacionais envolvidos nestas ocorrências;

- estímulo à adoção de soluções inovadoras e à

implantação de planos como um importante instrumento

organizacional para a integração entre o poder público e a

sociedade civil, fortalecendo a capacidade operativa dos

estados e municípios;

- estabelecimento de compromissos do poder público e dos

segmentos que atuam nos acidentes com produtos

químicos perigosos, no que se refere a definição da

responsabilidade de cada envolvido, de modo a proteger o

meio ambiente e a saúde da população;

- desenvolvimento e implementação de sistemas voltados

para a geração e integração de informações,que auxiliem

as ações do P2R2, com a finalidade de integrar os

profissionais que trabalham nos segmentos públicos,

responsáveis pelo controle (licenciamento e fiscalização) e

atendimento a emergências; os setores privados que

realizam atividades envolvendo produção, armazenamento,

transporte e manipulação de produtos químicos perigosos;

bem como, a participação dos cidadãos no acesso das

informação a respeito dos riscos de acidentes com produtos

químicos perigosos;

- viabilização da obtenção de recursos apropriados e

suficientes, e o treinamento contínuo dos profissionais e

equipes para atingir os níveis de desempenho desejados e

planejados pelos P2R2;

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- fortalecimento da capacidade de gestão ambiental

integrada dos órgãos e instituições públicas no âmbito

municipal, estadual e federal, para o desenvolvimento de

planos de ações conjuntas, no atendimento a situações

emergenciais envolvendo produtos químicos perigosos,

estabelecendo seus níveis de competência e otimizando a

suficiência de recursos financeiros, humanos ou materiais,

no sentido de ampliar a capacidade de resposta;

- promoção do aprimoramento do P2R2 por meio de uma

avaliação contínua do desempenho das políticas, objetivos

e metas previstos.

BASE JURÍDICA

No que diz respeito ao embasamento jurídico do

Plano P2R2 a Constituição da República Federativa do

Brasil, de 1988, aborda de forma genérica diversos

aspectos relativos ao papel do Poder Público e da

Sociedade no que respeita à prevenção e ao atendimento

de emergências que venham a afetar a saúde e o meio

ambiente, dentre os quais:

A) aqueles que dizem respeito à competência:

a) a competência da União, (art. 21, incisos XVIII e

XXIV, sobre calamidades públicas e inspeção do

trabalho);

b) a competência exclusiva da União para legislar

(art.22, incisos IX, XXI e XXVIII sobre política de

transportes, corpos de bombeiros militares, e defesa

civil);

c) a competência comum da União, Estados, Distrito

Federal e Municípios (art.23, incisos II, VI, VII, sobre

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saúde e assistência pública, meio ambiente e

preservação de florestas, flora e fauna);

d) a competência da União, Estados e DF, para

legislar concorrentemente (art.24, incisos VI, VII, VIII,

XII, e parágrafos, sobre meio ambiente, patrimônio,

responsabilidade por dano ambiental, e competência

da União limitada a normas gerais e superveniente à

legislação estadual);

B) e aqueles referentes aos temas da sáude, meio

ambiente e defesa civil:

a) a saúde (art. 196, art. 200 e parágrafos, sobre

"direito de todos e dever do Estado", sobre

atribuições do SUS nas áreas de vigilância sanitária

e saúde do trabalhador, e de participação no controle

e fiscalização de produtos tóxicos);

b) o meio ambiente (art.225, caput, incisos IV, V e VI,

e parágrafo 3º, sobre direitos e deveres,

obrigatoriedade do EIA, controle de substâncias de

risco, educação ambiental, sanções e reparação do

dano)

c) a defesa civil (art.144, parágrafo 5º, sobre defesa

civil)

Pode-se observar que o conceito genérico de

responsabilidade ambiental é abrangente, cobrindo o

Governo em seus diversos níveis assim como a Sociedade,

sem abstrair da responsabilidade específica do causador do

impacto e do profissional técnico que realiza a avaliação

desse impacto para fins de licenciamento.

No campo ambiental, a legislação básica permanece

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sendo a Lei 6.938/81, que estabeleceu a Política Nacional e

criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente, definindo a

correspondente estrutura.

Diante do texto constitucional, é de se esperar que

gradativamente sejam criados os Sistemas Estaduais e a

legislação que lhes é facultada, cabendo ao nível federal

exercer a função normativa, dentro de um processo lógico

de descentralização que atribua maior responsabilidade às

Unidades Federativas atendendo, portanto, às suas

particularidades e ampliando a efetiva aplicação das

normas e procedimentos.

Ao órgão central do Sistema, como aliás de qualquer

Sistema no exercício de sua função normativa, deve caber

não somente elaborar as regras gerais, mas também

instalar também um dispositivo de auditoria regular das

normas e procedimentos, agindo de forma construtiva e

educativa mas cobrando e avaliando os padrões de

conformidade dos demais órgãos do SISNAMA.

A estrutura e atribuições dos demais setores

interessados, em especial os da saúde, defesa civil, e

transportes poderão ser examinados em mais detalhe em

outra oportunidade.

O PLANO P2R2, A POLÍTICA NACIONAL DE MEIO

AMBIENTE E INSTRUMENTOS APLICADOS

Prevenir a incidência do impacto é uma preocupação

normal do Governo e com essa finalidade foram criados

instrumentos de gestão que devem ser implantados e

permanentemente aperfeiçoados.

Tais instrumentos, em número de doze, constam do

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art.9º da Lei 6.938/81, que estabeleceu a Política Nacional

de Meio Ambiente, e compreendem: os padrões de

qualidade, o zoneamento, a avaliação deimpacto, o

licenciamento, os incentivos à melhoria da qualidade, a

criação de espaços protegidos, o sistema de informações, o

Cadastro de Atividades e Instrumentos de Defesa

Ambiental, as penalidades disciplinares ou compensatórias,

o Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a garantia de

prestação de informações, e o Cadastro de Atividades

Potencialmente Poluidoras.

os padrões de qualidade: definidos por Resoluções

do CONAMA em função de critérios técnicos de

qualidade ambiental compatíveis com a proteção da

saúde e do ambiente;

o zoneamento: regulamentado pelo Decreto

4.297/02, visa organizar, no espaço territorial, as

atividades que utilizem direta ou indiretamente os

recursos naturais, de forma a assegurar a

manutenção do capital natural e os serviços

ambientais;

a avaliação de impacto: regulamentada pelo Decreto

99.274/90, outorgando ao CONAMA competência

para fixar critérios básicos que condicionem o

licenciamento à elaboração de Estudos de Impacto

Ambiental, e posteriormente alterada pelo Decreto

3.942/01. Diversas Resoluções do CONAMA, mesmo

anteriores aos citados Decretos, atendem a essa

atribuição, destacando-se aquela atualmente em

vigor, de nº 237/97, que define com mais clareza o

significado da AIA e dos EIA/RIMA. Vários estados

da Federação incorporaram a suas legislações

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ambientais critérios e procedimentos sobre a

matéria.

o licenciamento: a mencionada Resolução 237/97,

em seu art. 1º, define este procedimento

administrativo como referente à localização,

instalação, ampliação e operação de

empreendimentos e atividades utilizadoras de

recursos ambientais, consideradas efetivamente ou

potencialmente poluidoras, ou que possam causar

degradação ambiental. Em seu art.10, estabelece as

oito fases do processo e desdobra a eventual

emissão da licença em três etapas - prévia, de

instalação e de operação. A competência para emitir

a licença, de acordo com a interpretação corrente

dos textos legais, dependeria não do critério da

dominialidade, mas sim do raio de influência direta

do impacto, podendo este ser nacional ou regional

(União), subregional (Estados), ou local (Municípios),

de acordo com a proposta conceitual do SISNAMA.

Além da regra geral de licenciamento, vem o

CONAMA há algum tempo adotando normas

especiais para determinados casos, como por

exemplo, as Resoluções 006/87 (obras de grande

porte), 005/88 (obras de saneamento), 006/88

(controle de resíduos industriais), 009 e 010/90

(atividades minerárias), 023/94 (atividades de

exploração e produção de petróleo), 316/02

(sistemas de tratamento térmico de resíduos), e

outras matérias.

os incentivos à melhoria da qualidade.

a criação de espaços protegidos: definidos no

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art.225, parágrafo 1º, incisos I, II, III e VII da

Constituição Federal, compreendem 4 categorias

básicas, quais sejam a Área de Proteção Especial, a

Reserva Legal, a Área de Preservação Permanente

e a Unidade de Conservação, regidas

individualmente por legislação própria.

o sistema de informações: regulamentado pelo

Decreto 99.274/90, evoluiu para a criação do

Sistema Nacional de Informação sobre o Meio

Ambiente - SINIMA, e o estabelecimento no IBAMA

de um Centro Nacional de Informação, Tecnologias

Ambientais e Editoração - CNIA, cuja base de dados

contém informações documentárias, legislação

ambiental, vídeos, publicações seriadas. O CNIA

coordena a Rede Nacional de Informações sobre

Meio Ambiente, e também integram o SISNAMA a

Rede Nacional de Computadores do IBAMA, e os

dois Cadastros Técnicos Federais a seguir

mencionados.

o Cadastro Técnico Federal de Atividades e

Instrumentos de Defesa Ambiental: regulamentado

pela Resolução CONAMA 001/88 e Instrução

Normativa IBAMA 010/01.

as penalidades disciplinares ou compensatórias:

reguladas pelas Leis 6.938/81 (Política Nacional do

Meio Ambiente) e 9.605/98 (Crimes Ambientais),

assim como pelas Lei 7.804/89, pelo Decreto

3.177/99, Resolução CONAMA 001/88, e Instrução

Normativa IBAMA010/01.

o Relatório de Qualidade do Meio Ambiente: embora

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contemplado na legislação, até hoje não foi

publicado. Entretanto, a publicação GEO-Brasil 2002

supre, ainda que em parte, as informações a serem

contidas no Relatório.

a garantia de prestação de informações: provém de

dispositivo constitucional (art.5º), assim como da Lei

6. 938/81 (art. 9º), e mais recentemente da Lei

10.650/03 ( art.2º), dispondo sobre o acesso público

aos documentos e informações da alçada dos órgãos

e entidades integrantes do SISNAMA. Como

corolários da prestação de informações, estão a

educação ambiental, configurada na Lei 9795/99,

que dispõe sobre a Política Nacional respectiva, e a

ser devidamente aplicada à segurança química

(atendendo principalmente aos que produzem,

processam, transportam, armazenam e utilizam

produtos químicos), e também as medidas de

prevenção de riscos, tais como a adoção do sistema

harmonizado mundial para classificação e rotulagem

de produtos químicos, o registro de emissões e

transferências de poluentes, e a obrigatoriedade da

utilização de fichas de segurança (Prioridades B-1,

C-3 e D-8 do FISQ).

o Cadastro Técnico Federal de Atividades

Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras dos

Recursos Ambientais: regulamentado pela Instrução

Normativa IBAMA 010/01, originando a Taxa de

Controle e Fiscalização Ambiental, objeto da Lei

9.960/00, após alguns percalços de natureza jurídica.

Esses instrumentos formais, em sua maioria, podem

fornecer importantes subsídios para a elaboração do Plano

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e sua constante atualização, e para tanto devem ser

considerados, juntamente com a identificação e integração

das respectivas fontes, no sistema de informações a ser

incluído na estrutura do P2R2.

O fortalecimento destes instrumentos ocorrerá por

meio da melhoria das capacidades dos Órgãos Ambientais

e demais instituições envolvidas com o tema e por meio do

aprimoramento da legislação ambiental vigente. O P2R2

poderá contribuir para este fortalecimento na medida em

que buscará a integração e articulação dos vários parceiros

envolvidos com a prevenção e o atendimento a

emergências ambientais.

O licenciamento ambiental constitui o instrumento de

gestão ambiental mais importante para o Plano P2R2, uma

vez que a maioria dos empreendimentos e atividades que

possuem potencial de causar acidentes com produtos

químicos perigosos estão entre aqueles que devem ser

licenciados. O P2R2, ao longo da sua implementação, irá

contribuir para revisar e racionalizar os sistemas de

licenciamento ambiental, a fim de torná-los mais eficientes

no que diz respeito à prevenção de emergências ambientais

com produtos químicos perigosos, bem como no sentido de

assegurar o estabelecimento de mecanismos e

procedimentos destinados ao pronto atendimento a

acidentes, por meio de exigência de planos de análise e

gerenciamento de riscos.

A análise e gerenciamento de risco, consiste na

avaliação da potencialidade da perda e/ou dano à saúde

humana, ao meio ambiente ou a outro bem a proteger,

resultante da combinação entre a possibilidade de

ocorrência, vulnerabilidade e magnitude das perdas ou

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danos. Este instrumento ainda não tem os seus

procedimentos totalmente incorporados na prática geral e

corrente no País, sendo seu uso ainda incipiente em muitas

regiões. A maior exigência destes instrumentos e a

incorporação destes ao licenciamento ambiental das várias

atividades envolvidas com produtos químicos perigosos,

ainda articulados ao monitoramento e à fiscalização

fortalecerão ainda mais a implementação do Plano P2R2.

Para a caracterização do risco decorrente das várias

etapas de utilização de produtos químicos perigosos, desde

a sua fabricação até sua disposição final, é necessário

inicialmente identificar as características intrínsecas desses

elementos simples ou compostos, substâncias, produtos,

misturas e resíduos que podem chegar a um número

superior a 20 milhões. As chamadas substâncias químicas

industriais, não incluídos os fármacos e os materiais

radioativos, seriam da ordem de 80 a 100 mil, dos quais

aproximadamente 6 mil são reconhecidamente tóxicas.

Pouco mais de mil foram até agora submetidas a uma

avaliação toxicológica confiável, de acordo com padrões

internacionais.

O risco para o ambiente ou para a saúde humana é

função do grau de exposição dos organismos vivos a essas

substâncias, de acordo com diversos fatores externos,

como locacionais, climáticos, ou fatores internos que variam

de acordo com as características físicas, biológicas,

comportamentais e outras, do indivíduo exposto. A dose a

ser suportada pode ter diferentes intensidades, atingindo

valores críticos em decorrência de acidentes mais graves.

Na avaliação do risco de emergências com produtos

químicos é necessário levar-se em conta a freqüência e o

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impacto causado por fenômenos de combustão; explosão;

liberação de substâncias poluentes para o ar, solo ou água;

falhas estruturais ou operacionais em dispositivos de

contenção (depósitos, tanques, barragens, veículos);

vazamentos de sólidos, líquidos ou gases em meios de

transporte e outros.

Em qualquer dessas situações, a função de gerência

preventiva e emergencial é um elemento básico para a

atividade em causa, e por esse motivo deu origem, nas

empresas, ao Programa de Atuação Responsável, a

certificação pelas normas ISO 14000, e aos Programas de

Gerenciamento de Riscos (PGRs). Mencione-se,

igualmente, um elenco expressivo de Normas Técnicas da

ABNT, a partir da NBR 7500 até a NBR 14787 e outras

possivelmente mais recentes, versando sobre assuntos

ligados ao tema em causa, e incluindo transportes,

efluentes, resíduos, aterros e outros.

Os Programas de Gerenciamento de Riscos devem

igualmente compreender as questões de saúde do

trabalhador, segurança de processo e proteção ambiental, a

serem contempladas desde a época da concepção do

empreendimento. O Programa deve abranger aspectos da

organização institucional; a identificação, avaliação

eliminação e controle de riscos; a elaboração de normas e

procedimentos e de programas de treinamento; as rotinas

de manutenção dos equipamentos críticos e o controle de

modificações de processo e equipamentos; as

especificações de segurança de produtos; a investigação

de incidentes e os procedimentos de gestão das

emergências; os recursos e normas de comunicação e a

programação e escopo das auditorias.

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O monitoramento ambiental é essencialmente um

instrumento de geração de informação para a tomada de

decisões pois, auxilia a compreensão das mudanças no

ambiente e conseqüentemente orienta quanto ao uso

adequado dos recursos naturais e o ordenamento do

território visando um desenvolvimento sustentável. No

Brasil vem sendo realizado por um conjunto de instituições

federais, estaduais, institutos de pesquisas e organizações

não-governamentais, ainda que de forma dispersa e sem

uma padronização metodológica que permita a

compatibilização dos mesmos, tanto em escala nacional

quanto internacional.

No contexto do P2R2 este instrumento auxilia tanto o

acompanhamento rotineiro dos padrões de qualidade,

podendo auxiliar o alerta de emergências, quanto possibilita

verificar a evolução dos impactos ambientais em caso de

acidente e, ainda, a eficiência das medidas de contenção e

remediação tomadas após a ocorrência destes. A

realização de monitoramento, tanto por empreendedores,

quanto pelos órgãos públicos e o seu fortalecimento

contribui diretamente para a melhoria das ações previstas

para a implementação do Plano P2R2.

As atividades de fiscalização ambiental objetivam

garantir que os recursos naturais sejam explorados

racionalmente, em consonância com as normas e

regulamentos estabelecidos para a sua sustentabilidade,

visando diminuir a ação predatória do homem sobre a

natureza. De acordo com a legislação vigente, os órgãos

ambientais possuem poder de polícia, o que lhe asseguram

a competência necessária para exercer a fiscalização

ambiental. Constitui um instrumento administrativo que

requer, muitas vezes, uma atuação rápida e eficaz, o que

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exige dos fiscais não só o conhecimento da legislação

ambiental, mas também o domínio de instruções claras e de

fácil aplicabilidade. Para isso, é necessário que o órgão

disponha de instrumentos eficazes para a autuação e

aplicação das penalidades aos infratores e que a equipe de

fiscalização tenha, ao seu dispor, equipamentos técnicos a

serem utilizados durante as vistorias.

A gestão ambiental pública em relação ao setor

produtivo tem se baseado, tradicionalmente, no processo

de “comando e controle”, ou seja, na criação de dispositivos

e exigências legais (comando) e na aplicação de

mecanismos para garantir o cumprimento desses

dispositivos e exigências (controle).

Gradualmente, porém, vêm se multiplicando as

iniciativas de auto-gestão, decorrentes de exigências dos

consumidores e da busca por competitividade, que tem

levado as próprias empresas a adotarem estratégias e,

sistemas voluntários e de auto-regulação relacionados à

gestão ambiental. Alguns destes instrumentos, de aplicação

voluntária principalmente pelo setor privado, são o

Programa Atuação Responsável, as normas da ISO 14000,

a certificação de processos e produtos específicos, além da

auditoria ambiental e seguro ambiental.

O Programa de Atuação Responsável, originário da

indústria química canadense na década de 1980

compreende ações em todos os níveis de gestão

relacionadas com a segurança, a saúde ocupacional e a

proteção ambiental, podendo em alguns casos estabelecer

metas mais rigorosas do que aquelas exigidas na

legislação.

As normas ISO 14000 podem ser divididas em dois

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grupos básicos:

- Organização: Sistemas de Gestão Ambiental (14001 e

1404)

Auditoria Ambiental (14010 e seguintes)

Avaliação do Desempenho Ambiental

(14031)

- Produtos: Rotulagem Ambiental (14020 e seguintes)

Análise do Ciclo de Vida (14040)

Aspectos Ambientais dos Produtos

Os benefícios da certificação podem compreender

não somente a redução do impacto ambiental, mas também

indicadores de higiene e segurança do trabalho, maior

eficiência no uso de insumos, controle de resíduos e

cumprimento da legislação ambiental, além da redução do

risco de acidentes e emergências.

A auditoria ambiental como processo de verificação

que visa avaliar a gestão ambiental de uma atividade

econômica, analisando seu desempenho ambiental, e

verificando, entre outros fatores, o grau de conformidade

com a legislação ambiental vigente e com a própria política

ambiental da instituição, constitui um outro importante

instrumento inovador de relevância para o Plano P2R2.

Consiste em um instrumento que propicia condições de

controle externo à implementação das práticas operacionais

e de manutenção das atividades licenciadas, comprovando

os resultados alcançados por meio de uma avaliação

documentada e sistemática que, podem ainda, identificar os

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riscos nas várias etapas da cadeia produtiva e auxiliar a

avaliação de passivos ambientais.

O seguro ambiental, também considerado outro

instrumento de gestão ambiental avançado, embora pouco

utilizado no Brasil, é de modo geral adotado em caráter

voluntário pelas empresas multinacionais e pode vir a ser

um instrumento eficiente para o Plano P2R2, principalmente

no caso de empreendimentos que apresentem alto risco

para as comunidades vizinhas e para os ecossistemas.

Pode ser utilizado no caso da ocorrência de acidentes, pois

os recursos previstos podem ser acessados pelas

empresas ou atividades asseguradas garantindo a

remediação dos danos ambientais e à saúde. A sua

incorporação pelas empresas propiciará uma maior

fiscalização das próprias seguradoras com relação às

medidas preventivas e de controle que buscam a qualidade

ambiental e minimizam a ocorrência de emergência

ambientais. Assim, constitui um instrumento aplicável não

somente à reparação de danos, mas também como agente

preventivo e avaliador de riscos potenciais.

INSTRUMENTO DO PLANO P2R2

Mapeamento de Áreas de Risco

O mapeamento de áreas de risco ambiental constitui-

se na identificação, caracterização e mapeamento de

empreendimentos e atividades relacionadas a produtos

químicos perigosos e sobre as áreas mais propensas à

ocorrência de acidentes com esses produtos. O

conhecimento prévio dessas áreas de risco é, portanto,

instrumento fundamental aos órgãos públicos, ao setor

privado e à comunidade, de forma a prepará-los para

prevenir a ocorrência de acidentes com esses produtos e

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caso aconteçam, prepará-los para que procedam ao pronto

atendimento do evento, contendo ou minimizando os efeitos

danosos ao meio ambiente e à população.

A estratégia que se pretende utilizar para o

mapeamento de áreas de risco, propõe a identificação e

caracterização destas áreas, a partir de levantamento de

dados e avaliação das relações entre: atividades

potencialmente impactantes, sítios frágeis ou vulneráveis,

histórico de ocorrência de acidentes ambientais e unidades

de respostas existentes.

O produto resultante do mapeamento deverá ser

apresentado no formato georreferenciado, abrangendo todo

o território nacional, dentro de uma abordagem por Estado

e considerando as bacias hidrográficas, a partir de critérios

previamente padronizados.

Sistema de Informação

Este instrumento visa disponibilizar com a maior

agilidade possível, ao sistema de atendimento à

emergências ambientais, informações confiáveis,

atualizadas e integradoras de distintos atores e temas

distribuídos por todo o território nacional. Neste contexto, a

disponibilização destas informações além de permitir

respostas rápidas ao processo de atendimento aos

acidentes com produtos perigosos, deverá também

contribuir no desenvolvimento das atividades de preparação

e prevenção destes, contendo ou minimizando riscos de

ocorrência e conseqüentemente os danos ao meio

ambiente e à saúde humana.

Assim, pretende-se adotar o modelo conceitual do

Sistema Nacional de Informação do Meio Ambiente –

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SINIMA, que se caracteriza principalmente, por ser um

integrador de sistemas já existentes, que prestigia os

produtores de dados e os produtores de portais temáticos,

possibilitando a construção de uma rede de serviços de

entrega de informações padronizadas, capaz de ser

compartilhada por todos por meio da adoção de regras e

protocolos comuns.

Inicialmente, 11 (onze) bases de dados demandadas

pelo Plano P2R2, foram levantadas e identificadas, quais

sejam: Licenciamento Ambiental; Especialistas em

Emergências, Acidentes e afins; Produtos Químicos

Perigosos; Centros de Informações Toxicológicas;

Laboratórios de Referência; Registros de Acidentes;

Áreas/Situações de Riscos; Unidades de Apoio a Resposta;

Legislação Existente; Programação de Eventos e Pesquisas

Realizadas e em Realização.

Mecanismos Financeiros

Com o objetivo principal de identificar fontes de

recursos nacionais e internacionais, que poderão ser

acessadas para a implantação e manutenção do Plano

Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a

Emergências Ambientais com Produtos Perigosos – P2R2,

a estratégia adotada por este instrumento reconhece dois

momentos distintos no que diz respeito às demandas de

investimento.

Inicialmente, estabelece como necessidade imediata,

a alocação de recursos para a consolidação do P2R2 ,

garantindo o desenvolvimento das bases estruturais que

irão subsidiar as demais fases do Plano. As principais

atividades/processos envolvidos nesta etapa referem-se à

manutenção das despesas operacionais, de custeio básico

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e estruturação das Unidades Organizacionais, bem como,

implementação dos instrumentos definidos para o Plano, ou

seja, o mapeamento de áreas de risco, a implantação de

banco de dados e a estruturação dos PAE’s – Plano de

Ação Emergencial, nos Estados.

Em um segundo momento, pressupõe a necessidade

de serem assegurados recursos para a Implementação da

Estratégia Nacional de Prevenção e Resposta Rápida a

Acidentes Ambientais, envolvendo três tipos de atuação:

Prevenção e Preparação – manutenção e continuidade do

processo de consolidação e desenvolvimento do Plano

P2R2; Resposta Rápida – que prevê a estruturação de

mecanismos de cooperação e articulação com o setor

privado; e a Remediação de Passivos Ambientais – que

com base na revisão e avaliação do arcabouço legal,

deverá buscar o desenvolvimento de mecanismos

econômicos para a sustentabilidade financeira das

atividades requeridas por esta atuação.

Plano de Ação de Emergência – PAE

Independentemente das ações preventivas, os

acidentes com produtos químicos podem ocorrer. Por essa

razão, o poder público deve dispor de sistemas organizados

para atender esses episódios.

As estratégias de ação e combate empregadas

durante o atendimento a acidentes com produtos químicos

podem variar de acordo com o produto envolvido, o porte

do evento e o local da ocorrência. Assim sendo, as ações

de combate deverão ser objeto de trabalhos que resultem

em um Plano de Ação de Emergência – PAE, o qual deve

reunir as diretrizes, padrões e requisitos mínimos de

planejamento e procedimentos técnicos/administrativos

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direcionados para a obtenção dos resultados desejados.

Neste contexto e conforme modelo organizacional do

P2R2, a Comissão Nacional, por meio do seu Grupo de

Apoio a Emergências, fomentará para que as Comissões

Estaduais do Plano, elaborem e implantem o PAE – Plano

de Ação de Emergência, de acordo com os riscos

identificados nas suas áreas de interesse e/ou abrangência

do plano.

Os PAE’s deverão ser planejados e implantados, no

âmbito da CE–P2R2, pelo Grupo de Trabalho denominado

“Núcleo de PAE”, e entre outros, deverão incorporar em seu

planejamento sistemas organizados de atendimento a

ocorrência com produtos químicos, já existentes em sua

área de interesse e/ou abrangência do plano, como Planos

de Auxílio Mútuo – PAMs, Planos de Emergência

Individuais – PEIs, Resolução CONAMA de N° 293 de

12/12/2001 e Planos de Área – PAs, Decreto N° 4.871 de

06/11/2003.

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A T I V I D A D E 1 PARA FINS DA NR 16, SÃO CONSIDERAS ATIVIDADES OU OPERAÇÕES PERIGOSAS AS EXECUTADAS COM

QUE TIPO DE EXPLOSIVOS?

A T I V I D A D E 2 ATÉ QUANTOS LITROS NÃO É CONSIDERADO CONDIÇÃO PERIGOSA NAS OPERAÇÕES DE TRANSPORTE DE INFLAMÁVEIS LÍQUIDOS?

A T I V I D A D E 3 ATÉ QUANTOS QUILOS NÃO É CONSIDERADO

CONDIÇÃO PERIGOSA NAS OPERAÇÕES DE TRANSPORTE DE INFLAMÁVEIS GASOSOS

LIQUEFEITOS?

A T I V I D A D E 4 DE ACORDO COM A NR 16, O QUE É LÍQUIDO

COMBUSTÍVEL?

A T I V I D A D E 5 O QUE É P2R2 E COMO ELE SURGIU?

A T I V I D A D E 6 QUAL O OBJETIVO DO PLANO P2R2?

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Referências Bibliográficas

GONÇALVES, Edwar Abreu. Manual de Segurança e

Saúde do Trabalho, 3ª Ed. São Paulo: LTr, 2006

www.mte.gov.br

http://www.mma.gov.br/estruturas/sqa_p2r2_1/_arquivos

/proposta_do%20_P2R2.pdf

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Organizador Professor Ms.Alexandre Martinez dos Santos Desde 2007, professor concursado do

CEFET/RJ, responsável pelas disciplinas:

Prevenção de acidentes, Princípios da Tecnologia

Industrial III e Segurança do trabalho II .

Desde 2008, como professor pesquisador

no ensino a distância com o convênio CEFET/RJ e

o MEC. A partir de 2010 na função de

Coordenador Geral Adjunto do e-Tec no

CEFET/RJ.

Experiência de mais de 15 anos atuando em

empresas nacionais e multinacionais na área de

engenharia, atuando como gerente de engenharia

desenvolvendo atividades na área de gestão de SMS.

Mestre em ensino das Ciências do Meio Ambiente e Saúde na UNIPLI em

2011, Pós-Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho no CEFET (Lato

Sensu/Dezembro de 2003). Pós-Graduado em Engenharia econômica na UERJ

(Lato Sensu/Dezembro de 2004) e graduado em Engenharia Elétrica, Universidade

Santa Úrsula (Janeiro de 1991).

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COM A PALAVRA, O COORDENADOR... (Aqui transcrever palavras de incentivo do coordenador).