apostila higiene, saúde e segurança do trabalho

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Higiene, Sade e Segurana do Trabalho

TEMA: Higiene, Sade e Segurana do Trabalho.

1 - Objetivo:

O objetivo principal deste tema o de transmitir e ensinar as principais noes bsicas e fundamentais relativas ao assunto, bem como, preparar e motivar todos os alunos a engajarem-se na busca de melhorias contnuas da Higiene, Sade e Segurana do Trabalho, de modo a progredirmos sempre na busca de resultados melhores, de modo a alcanarmos patamares de excelncia nesta rea to relevante ao desenvolvimento tcnico e social de nosso pas.

Assim sendo, dentro do perodo de tempo previsto e disponvel do calendrio escolar, buscaremos obter uma viso global e uma introduo da Higiene e Segurana do Trabalho, de modo a alicerarmos uma base para uma atuao responsvel e construtiva nesta especialidade to importante em nossa vida profissional.

Observao: - Neste tema alm da exposio em aulas, utilizaremos tambm mtodos de aprendizado participativos tais como:

Trabalhos de pesquisa individuais e coletivos;

Consultas literatura tcnica especfica; Consultas e Pesquisas na Internet; Demais meios didticos possveis.Pois como todos ns sabemos:

O trabalho dignifica o homem e O conhecimento o enobrece

Autor desconhecido!

2 Programao do Tema:

Para atingirmos os objetivos anteriormente colocados, abordaremos e transcorreremos os seguintes assuntos ligados a Segurana e Higiene e do Trabalho:

Viso Histrica, sistmica e holstica da Segurana do Trabalho;

Estatsticas de Acidentes do Trabalho no Brasil e no Mundo;

Principais Leis que regem a Higiene e Segurana do Trabalho no Brasil;

Panorama da Situao da Segurana do Trabalho no Brasil e no Mundo;

Normas Regulamentadora aprovadas pela Portaria n 3.214, de 8 de junho de 1978;

Normas Tcnicas, inclusive as relativas a Engenharia Eltrica que envolva a Segurana do Trabalho;

Principais rgos Oficiais existentes relacionados a Segurana do Trabalho;

Entidades no Governamentais;

Termos tcnicos, siglas e abreviaes mais utilizadas;

Riscos Ambientais e Profissionais;

Anlises de Riscos e principais Tcnicas Utilizadas;

Situaes de Emergncias;

Gesto de Riscos e Emergncias;

Combate a Incndio;

Segurana em Instalaes Eltricas;

Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA;

Equipamentos de Proteo Individual EPIs;

PPRA Programa de Preveno de Riscos Ambientais;

SESMT Servios Especializados em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho;

PCMSO Programa de Controle Mdico e Sade Ocupacional;

Estrutura e Organizao da rea de Segurana do Trabalho;

Sistemas de Gesto de SST;

OSHAS 18001 e BS 8800;

Demais aspectos importantes relativos ao tema.

3 Introduo ao tema, viso histrica, sistmica e holstica do assunto:

3.1 Resumo Histrico: - Origem, nascimento e oficializao da Segurana e a Higiene no Trabalho:

Muito embora o trabalho organizado no mundo civilizado tenha surgido a milhares de anos, como podemos ver testemunhados em diversas obras histricos, tais como, as Pirmides do Egito antigo, a Acrpole de Atenas, o Coliseu de Roma, a Muralha da China, alm de muitas outras Construes Medievais de grande porte, tais como as Catedrais, Castelos, Monumentos e Tmulos, verificamos, contudo que, ao longo da histria, parece no ter havido uma organizao e preocupao maior das Naes e Povos daquelas pocas, com os aspectos referentes a Segurana de todos estes trabalhadores annimos e desconhecidos que se empenharam em promover toda a construo do nosso Mundo Civilizado.

Cumpre lembrar ainda que grande parte destas obras monumentais utilizou Mo de Obra escrava.

Na histria do mundo, seguindo a linha do tempo a partir das pocas remotas, verificamos que nos sculos XVIII e XIX, ocorreram importantes eventos e descobrimentos cientficos que culminaram com o surgimento da consagrada Revoluo Industrial, a qual, apoiou-se na evoluo tcnica decorrente do advento das Novas Tecnologias.

Exemplo disto foi descoberta e o desenvolvimento das Mquinas a Vapor, dos Motores de Combusto Interna, dos Motores Eltricos, dos Barcos a Vapor, dos Trens e Ferrovias, alm de diversas mquinas para produo em larga escala, como as mquinas de Tecelagem e diversos outros inventos.

Em conseqncia de todos estes acontecimentos histricos ocorridos neste nosso Admirvel Mundo Novo tiveram o desenvolvimento acelerado da tecnologia e da economia, modernizando e modificando radicalmente toda uma antiga Civilizao.

Todo este desenvolvimento tecnolgico, entretanto infelizmente no se fez acompanhar do correspondente desenvolvimento e equilbrio sociais, ocasionando assim muitos e graves problemas sociais.

O agravamento da situao social deu-se principalmente pelo deslocamento em massa dos trabalhadores e da populao envolvida que passaram do trabalho na agricultura e no campo para o trabalho nas diversas Indstrias que surgiram, tais como, as Indstrias de Tecelagem, Confeces, de Bebidas e Alimentcias, de Veculos de transporte terrestre, naval e areo Indstrias Qumicas e Metalrgicas, Siderrgicas, da Construo Civil e outras tantas existentes.

Alm disto, a maioria dos trabalhadores daquela poca no possua formao, conhecimento, preparo, treinamento e experincias adequadas e suficientes para as transformaes to intensas que ocorreram.

Naquelas pocas passadas as condies de trabalho conseqentemente eram bastante precrias e inseguras.

Documentrios antigos mostrando as condies de trabalho existentes nos EUA, Inglaterra e demais pases da Europa, no final do sculo XIX e incio do sculo XX, como os que so apresentados no GNT, Discovery, National Geographic e outros canais de TV a Cabo, alm de diversos artigos publicados em livros e enciclopdias, impressionam pelos fatos e cenas apresentadas.

Respeitveis obras literrias (Victor Hugo, A. J. Cronin, Steinbeck e outros) tambm atestaram as condies de trabalho desumanas a que eram submetidos os trabalhadores, como por exemplo, os das Minas de Carvo na Inglaterra, das Fbricas e Usinas, dos Portos e Estaleiros e os da Construo Civil em todo o mundo.

Recentemente, a TV Globo, na novela Esperana, lder em audincia, tambm abordou estas questes sociais ocorridas no Brasil.

No faltam exemplos das condies de trabalho deplorveis que existiram nas pocas passadas, as quais infelizmente ocorrem ainda na poca atual, pois apesar de avanos tecnolgicos e sociais ocorridos no mundo, ainda hoje em dia encontramos casos de displicncia, abusos e situaes ilegais relativas ao Trabalho, como provam as notcias divulgadas e as estatsticas de Acidentes do Trabalho publicadas.

Tendo em vista ento ao grande nmero de acidentes desastrosos ocorridos naquelas pocas passadas, bem como, pela divulgao feita atravs dos diversos meios de comunicao, alm da decorrente presso da opinio pblica, medidas organizadas de proteo ao trabalhador finalmente comearam a ser tomadas no mundo.

Mesmo assim com toda da evoluo tecnolgica dos tempos atuais, por incrvel que parea, encontramos ainda hoje em dia casos de Trabalho Infantil e Trabalho Escravo!

Em continuidade a este breve histrico, cronolgica e resumidamente indicamos alguns fatos e acontecimentos de maior relevncia relacionados com a Segurana do Trabalho:

Ano de 1911:

Comea-se a implementar com maior amplitude o tratamento mdico industrial;

Anos de 1919 at 1921:

Fundao da Organizao Internacional do Trabalho OIT, em 1919, em Genebra, na Sua;

O Tratado de Versalhes que selou o fim da Primeira Grande Guerra Mundial incluiu em seu bojo aes para melhorias das condies de trabalho no mundo.

Surgimentos oficiais de Aes Coordenadas e abrangentes ligadas a Segurana e Higiene do Trabalho, ocorridas no ano de 1.921, quando a OIT organizou um Comit para o Estudo de Assuntos referentes a Segurana e a Higiene no Trabalho.

Nesta poca o Comit da OIT estabelecido em Genebra na Sua, estudando as condies de trabalho e vida dos trabalhadores no mundo, tomou uma deciso histrica recomendando e tornando obrigatria a constituio de Comisses, compostas de representantes do empregador e dos empregados, com o objetivo de zelar pela preveno dos acidentes do trabalho, quando as empresas tivessem 25 ou mais empregados.

No Brasil simultaneamente surge a primeira Lei sobre Acidentes do Trabalho, a de n o 3.724 de 15 de janeiro de 1919.

Ano de 1934:

Tempos depois, em 10 de julho de 1934 foi promulgada a segunda Lei de Acidentes do Trabalho atravs do Decreto n o 24.637.

Ano de 1943:Criao da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT conforme o Decreto Lei n 5.452 de 01.05.1943.

Ano de 1944:Oficialmente instituda a criao da CIPA - Comisso Interna Para Preveno de Acidentes, no Brasil:

Getlio Vargas, um dos polticos de maior expresso em nossa Histria, conhecido como o Pai dos Trabalhadores, 21 anos aps a recomendao feita pela OIT, promulgou em 10.11.1944, o Decreto Lei n 7.036, fixando a obrigatoriedade da criao de Comits de Segurana em Empresas que tivessem 100 ou mais empregados. Este decreto ficou conhecido como Nova Lei de Preveno de Acidentes.

Ano de 1953:Em 27.11.1953 a Portaria 155 oficializava a sigla CIPA Comisso Interna de Preveno de Acidentes.

3.2 Etapas intermedirias ocorridas no Brasil:

Ano de 1967:Em 26.02.1967, no Governo do Presidente Costa e Silva, o Decreto-Lei n o 229 modificou o texto do Captulo V, ttulo II, da CLT, o qual dispunha de assuntos de Segurana e de Higiene no Trabalho.

Com esta modificao, o artigo 164 da CLT, que tratava de assuntos referentes a CIPA foi alterado e ficou conforme o seguinte texto:

Art. 164 As empresas que, a critrio da autoridade competente em matria de Segurana e Higiene no Trabalho, estiverem enquadradas em condies estabelecidas nas normas expedidas pelo Departamento Nacional de Segurana e Higiene do Trabalho, devero manter obrigatoriamente, o Servio Especializado em Segurana e em Higiene do Trabalho e constituir Comisses Internas de Preveno de Acidentes CIPAS.

1. O Departamento Nacional de Segurana e Higiene do Trabalho definir as caractersticas do pessoal especializado em Segurana e Higiene do Trabalho, quanto s atribuies, qualificao e a proporo relacionada ao nmero de empregados das empresas compreendidas no presente artigo.

2. As Comisses Internas de Preveno de Acidentes (CIPAS) sero compostas de representantes de empregadores e empregados e funcionaro segundo normas fixadas pelo Departamento Nacional de Segurana e Higiene do Trabalho.

Ano de 1968:

Portaria 3.456: - Em 29 de novembro de 1968, a Portaria 3.456 reduziu o nmero de 100 para 50 empregados como o limite em que se torna obrigatrio criao das CIPAS em cada Empresa.

Ano 2000:

Ainda hoje, apesar de toda a legislao criada e existente, o desenvolvimento tecnolgico continua defasado do desenvolvimento econmico e social, causando em conseqncia o desemprego em massa, a m distribuio da mo de obra e da renda, fatos estes que combinados com os programas educacionais, da sade e habitacionais ainda deficientes, atingem e prejudicam principalmente as trabalhadores e as classes sociais menos favorecidas.

Assim sendo, o grande desafio a ser vencido em nossa Sociedade continua sendo o de progredirmos em harmonia e equilbrio, buscando o desenvolvimento tecnolgico acompanhado do desenvolvimento econmico, social e da cidadania de modo a melhorarmos as condies de vida, da educao, da sade, da habitao e do trabalho no Brasil e no mundo.

Como descreve Alvin Tofler em seu livro A terceira onda, no Brasil temos presentes simultaneamente as 3 ondas bsicas de desenvolvimento que ocorreram nas principais naes do mundo:

O desenvolvimento Agrcola;

O desenvolvimento Industrial;

E o desenvolvimento da Tecnologia da Informao.

Temos assim grandes contrastes, existindo empresas com um alto grau de desenvolvimento tcnico e social, cujos resultados em termos da Segurana no Trabalho so excelentes, ao lado de empresas tecnicamente e socialmente no adequadamente estruturadas, sem a mnima responsabilidade social, cujos trabalhadores sofrem as conseqncias, pagando com a sua sade e a com a sua vida.

Em vista disto ocorrem os resultados to ruins relativamente aos principais ndices de Segurana do Trabalho, a ponto do Brasil situar-se atualmente entre as 15 piores naes em termos de Segurana do Trabalho no mundo.

Esta situao, todavia no deve nos desestimular, mas sim motivar na busca de um desenvolvimento mais equilibrado, com aes modificadoras que revertam este quadro desfavorvel para uma situao mais compatvel comparativamente as naes econmica e socialmente mais desenvolvidas.

Isto requer de todos ns atitudes reconhecidas como as chaves de sucesso no alcance de objetivos maiores e marcas de excelncia em termos de Segurana e Qualidade de Vida, tais como:

Ideais maiores;

Cincia, tica e Humanismo;

Constncia de propsitos;

Organizao;

Planejamento permanente;

Comunicao;

Treinamento constante;

Coordenao;

Deciso;

Execuo.3.3 Situao Atual em termos das Leis, Normas, Portarias e Regulamentaes:

- A regulamentao referente a Segurana e Medicina do Trabalho atualmente so regidas pelas seguintes Leis, Normas e Portarias abaixo colocadas, entre outras diversas tantas existentes:

Constituio Federal de 1988;

Consolidao das Leis do Trabalho CLT, Captulo V - Segurana e Medicina do Trabalho, (Decreto Lei n 5.452 de 01.05.1943, atualizada pela Lei n 6.514, de 22 de janeiro de 1977);

Lei n 6.514, de 22 de janeiro de 1977 (D.O.U. 23.12.1977);

Normas Regulamentadora (NR), aprovadas pela Portaria n0 3.214, de 08 de junho de 1978;

Normas Regulamentadora Rurais (NRR), aprovadas pela Portaria n 3.067, de 12 de abril de 1988;

Decreto n 4.085 de 15 de janeiro de 2002 o qual promulgou a Conveno n 174 da OIT, bem como, a Recomendao n 181 sobre a Preveno de Acidentes Industriais Maiores;

Demais Portarias, Decretos e Leis vigentes constantes da Legislao Complementar.

* Responsabilidades Civil e Criminal por Acidente do Trabalho:

Sob o aspecto das Responsabilidades Civil e Criminal por Acidente do Trabalho temos, (vide em anexo):

Responsabilidade Civil:

Art. 30, da Lei de Introduo ao Cdigo Civil Brasileiro;

Art. 157 da CLT;

Artigos 159, 1521, 1522, 1524 do Cdigo Civil;

Smula 229 do Supremo Tribunal Federal;

Decreto n 2172/97, art. 160.

Responsabilidade Criminal:

Artigos 15, 121, 129, 132, do Cdigo Penal;

Decreto n 2172/97, art. 157, 1.

4 Segurana no Trabalho, aspectos Polticos, Sociais, Educativos, Econmicos, Dados Estatsticos:

4.1 - Instituies Governamentais e Entidades no Governamentais ligadas a Segurana e Medicina do Trabalho:

de a mxima importncia termos uma viso global das vrias Instituies Governamentais e no Governamentais e das diversas Entidades que atuam e interagem nas questes relacionadas a Segurana e Medicina do Trabalho, no Brasil e no mundo, inclusive no que tange as recomendaes mais recentemente indicadas, bem como, das tendncias que podemos verificar no panorama mundial da Segurana do Trabalho.

Governo no Brasil:

MINISTRIOS:

Da Agricultura, Pecuria e AbastecimentoMinistro: Casa Civil da Presidncia da RepblicaMinistra:Das Cidades

Ministro:Da Cincia e Tecnologia Ministro:Das Comunicaes Ministro:Controladoria-Geral da Unio Ministro Chefe:Da Cultura Ministro: Da Defesa (Comandos: Exrcito, Marinha e Aeronutica)

Ministro: Do Desenvolvimento Agrrio Ministro: Do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior Ministro: Do Desenvolvimento Social e Combate FomeMinistro: Da Educao

Ministro: Do Esporte Ministro: Da Fazenda Ministro: Da Integrao Nacional Ministro: Da Justia Ministro: Do Meio AmbienteMinistro:De Minas e Energia Ministro:

Do Planejamento, Oramento e GestoMinistro:

Da Previdncia Social Ministro:

Das Relaes Exteriores Ministro: Da Sade Ministro: Do Trabalho e EmpregoMinistro: Dos Transportes Ministro:Do TurismoMinistro: Observao:

Para um melhor conhecimento e entendimento da matria, muito importante conhecermos e acessarmos os seguintes rgos Governamentais e No Governamentais em seus respectivos sites, como por exemplo, os seguintes:

Ministrio do Trabalho e Emprego MTE (http://www.mte.gov.br/) e seus rgos Regionais do MTb; Ministrio da Previdncia Social - http://www.mpas.gov.br/;

Ministrio da Sade http://www.saude.gov.br/;

Secretaria de Segurana e Sade no Trabalho - SSST rgo de mbito nacional competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a Segurana e medicina do trabalho;

Secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho SSMT;

Delegacias Regionais do Trabalho DRT, nos limites de sua jurisdio, rgo regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurana e medicina do trabalho;

rgos Federais, Estaduais e Municipais: - Podem ainda ser delegadas a outros rgos Federais, estaduais e municipais, mediante convnio autorizado pelo Ministro do Trabalho, atribuies de fiscalizao e/ou orientao s empresas, quanto ao cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurana e medicina do trabalho.

Departamento de Segurana e Sade no Trabalho DSST (rgo do MTE);

MPT;

Fundacentro Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurana do Trabalho (http://www.fundacentro.gov.br/;

IBGE http://www.ibge.gov.br/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Brasil;

OMS/OPAS Organizao Mundial da Sade (http://www.opas.org.br/);

OIT Organizao Internacional do Trabalho (http://www.oitbrasil.org.br/); SOBES Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurana http://www.sobes.org.br/;

ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas (http://www.abnt.org.br); ANAMT Associao Nacional de Medicina do Trabalho (http://www.anamt.org.br/;

ABMT Associao Brasileira de Medicina do Trabalho;

ABPA Associao Brasileira para Preveno de Acidentes (http://www.abpa.org.br/);

ABHO Associao Brasileira de Higienistas Ocupacionais (http://www.abho.com.br/);

FENATEST - Federao Nacional dos Tcnicos de Segurana do Trabalho;

CREA SP (http://www.creasp.org); Abraphiset - Associao Brasileira dos Profissionais de Higiene e Seg. do Trabalho - Http://www.abraphiset.com.br/;

Anent - Associao Nacional de Enfermagem do Trabalho - Http://www.anent.org.br/;

Anest - Associao Nacional de Engenharia de Segurana do Trabalho -Http://www.anest.cjb.net/;

SAUDE E TRABALHO ON LINE;

Vrias outras entidades nacionais e internacionais, cujos Links so encontrados nos diversos Sites e Portais de Segurana e Medicina do Trabalho que existem.

4.2 Dados Estatsticos relativos aos Acidentes do Trabalho no Brasil e no mundo:

O Acompanhamento peridico dos dados Estatsticos referentes Segurana do Trabalho da mxima importncia para analisarmos e verificarmos em que situao nos encontramos e quais as aes necessrias de serem tomadas, no que se refere as medidas para melhoria das Condies de Sade e Segurana no Trabalho.

A ttulo de exemplos, transcrevemos abaixo alguns dados estatsticos e informaes pesquisadas:

Ano de 1965:

Conforme pgs. 946 e 947 do livro Instalaes Eltricas, Antonio Bossi e Ezio Sesto, Hemus Editora Ltda em 1965, conforme dados Instituto Nacional para Seguros contra Acidentes do Trabalho INAIL foram denunciados 1.084.886 acidentes do trabalho, dos quais 2.657 foram mortais, acidentes estes ocorridos nos diversos setores industriais.

Destes acidentes ocorridos, 1.189 (44,7 %) se referiam aos acidentes em Instalaes Eltricas.

Os dados acima no incluem acidentes domsticos. Perodo de 1970 at 2003 (33 anos):

Conforme estatsticas da Previdncia Social, no perodo de 33 anos, a mdia anual dos acidentes com leso foram da ordem de 400.000, sendo que dentre estes, 4.000 foram de acidentes fatais.

AnoA

Empregados Segurados

B

Acidentes RegistradosC= Bx100/A

Incidncia

(%)

D

N de bitosE =

N de

bitos

por

100.000

trabalhadoresE= Dx1000/B

Coeficiente

de

Letalidade

(por 1000)

19707.284.0221.220.11016,752.23230,61,83

197512.996.1871.916.18714,744.00130,82,09

198018.686.3551.464.2117,844.82425,83,29

198520.106.3551.077.8615,364.38421,84,06

199022.755.875693.6723,055.35523,57,72

199122.792.858640.7902,814.52319,87,06

199222.272.843532.5142,403.66616,56,88

199323.165.027426.9601,843.68915,98,64

199423.667.241388.3041,713.12913,28,05

199523.755.736424.1371,793.96716,79,35

199623.838.312395.4551,664.48818,811,35

199724.140.428421.3431,753.46914,48,23

199824.491.635414.3411,693.79315,59,15

199924.993.265387.8201,553.89615,610,05

2000 (*)26.228.629363.8681,393.09411,88,5

2001 (*)26.966.897340.2511,262.75310,28,1

2002 (*)28.683.913393.0711,352.96810,17,5

2003

(**)29.544.927390.1801,252.5829,06,6

2004

2005

Observao:

Os dados indicados na Tabela supracitada acima so retirados de estatsticas oficiais;

Nota-se haver uma incoerncia de resultados no que se refere s curvas dos ndices de Incidncia e o do Coeficiente de Letalidade, respectivamente colunas C e E;

(*) Sujeito a reviso;

(**) Dados preliminares.Ano de 1.995Mortos por 1.000 Acidentes de Trabalho (Coeficiente de Letalidade, E = Dx1000/B).

EUA = 0,95.

Portugal = 1,10.

Espanha = 2,07.

Mxico = 2,97.

Brasil = 3.967*1.000 / 424.137 = 9,35 (conforme os dados da tabela supracitada).

Nicargua = 9,81.

Informaes complementares:

Conforme artigo recentemente publicado em A TRIBUNA, por ocasio do IX Encontro Nacional de Segurana, Sade e Meio Ambiente, realizado em 2002 em Santos no Mendes Convention Center, no Brasil de 1971 at 2000 (perodo de 30 anos), tivemos o seguinte quadro:

Perderam a Vida mais de 120.000 trabalhadores, ou seja, em mdia 4.000 trabalhadores por ano;

Cerca de 300.000 ficaram invlidos, com uma mdia de 10.000 trabalhadores invlidos por ano;

Ocorrncia de mais de 30.000.000 de acidentes do trabalho registrados neste perodo de perodo 30 anos, ou seja, em mdia 1.000.000 de acidentes por ano;

Com um ndice de 12,6 acidentes para cada 100.000 trabalhadores, ndice este comparativamente bastante acima dos ndices dos demais pases, tais como os seguintes:

7,6 registrados na Frana;

5,5 na Alemanha;

4,2 na Finlndia;

2,7 na Sucia.

Dados recentemente divulgados pelo Ministrio do Trabalho indicam que o Brasil est entre as 15 naes com maior nmero de acidentes do trabalho no mundo.

Alm disto, o prejuzo anual no Brasil devido a indenizaes e tratamentos mdicos decorrentes dos acidentes do trabalho a que ocorrem da ordem de R$ 20 bilhes. Esta cifra seria suficiente para construo de 1 (um) milho de casas populares ou de 70.000 escolas. (Ver artigo publicado em A Tribuna de 26.01.2003).

De outro lado, informe da Organizao Internacional do Trabalho OIT divulgado em Genebra na Sua no dia Internacional do Trabalho mostra que as doenas e acidentes relacionados ao trabalho no mundo provocam a cada ano 2 milhes de bitos, ou seja, cerca de 5.480 mortes por dia onerando a economia global em pelo menos US$ 1,25 trilhes equivalente a 4% do Produto Interno Bruto do mundo. (Ver artigo publicado em A Tribuna de 02/05/2003).

4.3 Principais Indicadores de Desempenho utilizados na Segurana do Trabalho, Taxa de Freqncia e Taxa de Gravidade:

Relativamente aos dados estatsticos muito importante que se determine, analise e acompanhe periodicamente as Taxas de Freqncia, e Taxas de Gravidade.

Observao:

A NB 18 (ABNT, 1975), sugere a elaborao e acompanhamento dos seguintes Indicadores:

Taxas de Freqncia (total, com perda de tempo e sem perda de tempo);

Ou seja:

Taxa de Freqncia = n total de acidentes * 1.000.000 / n total de h. h. trabalhadas.

Taxa de Gravidade;

Ou seja:

Taxa de Gravidade = n total de dias perdidos * 1.000 / n total de h. h. trabalhadas.

Observaes:

O numerador da Taxa de Freqncia expresso pelo Nmero Total de Acidentes ocorridos no perodo de avaliao;

O numerador da Taxa de Gravidade expresso pelo Nmero Total de Dias Perdidos mais os Dias Computados devido aos acidentes no perodo de avaliao;

O denominador das duas expresses anteriores, Taxas de Freqncia e de Gravidade expresso em horas trabalhadas em um determinado perodo de tempo, ou seja, mensalmente, anualmente, etc.

Veja exemplo de clculo nas pgs. 58,59 e 60 do livro Preveno de Acidentes nas Indstrias, W. R. Peixoto, Ediouro.

Outras medidas de avaliao da gravidade (nmero mdio de dias perdidos em conseqncia de incapacidade temporria total, nmero mdio de dias perdidos em conseqncia de incapacidade permanente e tempo mdio computado).Sob este aspecto interessante que se consulte sempre as estatsticas e dados do Ministrio da Previdncia e Assistncia Social MPAS, bem como, do Ministrio do Trabalho e Emprego MTE - (http://www.mte.gov.br/); muito importante estabelecer e conhecer a relao das causas e efeitos, para os vrios tipos de acidentes ocorridos, inclusive caracterizando os tipos das instalaes e das substncias perigosas envolvidas. Isto nos possibilitar agir de forma mais direcionada e eficaz na soluo dos problemas de segurana existentes.

Assim sendo nas duas tabelas abaixo colocadas encontramos dados de Acidentes de Grande Porte ocorridos no mundo, envolvendo Produtos Qumicos diversos, inclusive combustveis e explosivos, bem como, suas principais causas e perdas de vidas decorrentes (Foram registrados os acidentes com mais de 20 mortes).

importante que conheamos estas informaes para que haja uma conscientizao do alto poder de destruio revelado por estes acidentes.

Semelhantemente aos acidentes ocorridos no ramo Qumico, abaixo indicados, ocorreram tambm acidentes de gravidade e conseqncias em diversos outros ramos de atividades perigosas existentes no mundo, os quais tambm precisam ser pesquisados e conhecidos.

ANEXO I: - Tabela 1 - Acidentes qumicos ampliados em nvel global com mais de 20 bitos do incio do sculo at 1969.

Data Pas

Tipo de Acidente / Substncia

Mortes

1917 Esccia Exploso de Navio / Explosivos militares

1.800

1921 Alemanha Exploso em Fbrica / de Nitrato e

>500

1926 EUA

Exploso em Depsito de Munies / Trinitrotoluol

21

EUA

Vazamento de Tanques / Cloro

40

1929 EUA

Incndio com gases Txicos em / Nitrognio, e Monxido

de Carbono

119

1930 Blgica Gases Txicos na Atmosfera / Fluoreto de Hidrognio,

cido e Dixido Sulfrico

92

1933 Alemanha Exploso em Fundio / Gs

65

1934 China

Incndio em Gasmetro / Gs

42

1935 Alemanha Exploso em Fbrica de Explosivos / Dinitroluok,

Trinitrotoluol

1939 Romnia Vazamento em Indstria Qumica / Cloro

60

1942 Blgica Exploso / Nitrato de Amnia

60-80

1943 Alemanha Exploso de Caminho em ind. / Butadieno e

60-80

1944 EUA

Exploso de Nuvem de Gs / GLN

130

1947 Frana Exploso de Navio Cargueiro / Nitrato de Amnia

21

EUA

Exploso de Caminho em Ind. / ter Dimetlio

209

Alemanha Exploso em Metalrgica / Poeira de

Carvo

50

1950 Mxico Vazamento em Fbrica / Sulfeto de Hidrognio

22

1959 EUA

Exploso de Caminho em Rod. / Gs Lquido de Petrleo 26

1966 Frana Exploso em Refinaria / Propano e Butano

21

1968 Alemanha Exploso em Indstria / Cloreto de

24

Japo Contaminao da gua por uma / Cdmio

100

Fonte: Freita; C. M. de et al [1995]

Tabela 2 - Acidentes qumicos ampliados em nvel global com mais de 20 bitos de 1970 at 1984.

Data Pas

Tipo de Acidente / Substncia

Mortes

1970 Japo Exploso / Gs

92

1972 EUA

Exploso de Coqueria / Propano

21

Japo Vazamento em 6 indstrias / Desconhecido 76

Brasil

Exploso em Refinaria / Propano e

38

1973 EUA

Incndio em / GLP

40

1974 Inglaterra Flixborough / Vazamento seguido de Exploso em / Ciclohexano 28

1976 Finlndia Exploso / Explosivos

43

1977 Coria Sul Exploso de Trem / Explosivos

56

Colmbia Vazamento em Indstria de / Amnia, Nitrato e carbamide

1978 Espanha Acidente de Transporte Rodovirio / Propileno

216

Mxico Exploso / Butano

100

Mxico Exploso de Gasoduto / Gs

58

Exploso de um Vago Tanque / GLP

25

1979 U.R.S.S. Acidente em Fbrica Prod. Qumico

300

Irlanda Exploso de tanque de leo / leo

55

China Naufrgio de um Navio de / leo

72

EUA

Exploso e Incndio em Tanque / leo Cru

32

1980 ndia

Exploso em 2 Fbricas / Explosivos

40+80

Ir

Exploso em Depsito de Explosivos / Nitroglicerina

80

Espanha Exploso / Explosivos

51

Tailndia Exploso de Armamentos / Explosivos

54

1981 Venezuela Exploso / Hidrocarbureto

145

Mxico Descarrilamento de Trem / Cloro

28

1982 Canad Naufrgio em Navio de leo / leo

84

EUA Incndio em Navio de leo / leo

51

Noruega Naufrgio de Navio de / leo

123

Espanha Exploso / Explosivos

51

Tailndia Exploso de Munies / Explosivos

54

Venezuela Exploso / Hidrocarbonos

145

1983 Brasil Exploso de Trem / Diesel e

45

1984 Brasil Exploso de Oleoduto / Petrleo (Vila Soc Cubato) 508

Brasil

Exploso em Plataforma de Petrleo / Petrleo

40

Mxico Exploso de Reservatrio / Gs Lquido de

550

ndia Bophal / Vazamento em Indstria Qumica / Isocianato de Metila >2.500

Paquisto Exploso de Gasoduto / Gs Natural

60

Romnia Exploso em Fbrica

100

ndia

Transporte Rodovirio / Petrleo

60

Fonte: Freita; C. M. de et al [1995].

LISTAGEM DOS ACIDENTES AMPLIADOS / MAIORES OCORRIDOS ( *) :

(*) - Ver adiante a Conveno OIT 174 e o Decreto Lei 4085 de 15 de janeiro de 2002.1921 - Alemanha, Oppau, exploso, 561 mortes

1943 Alemanha, Ludwigshaffen, exploso, 245 mortes

1944 - EUA, Cleveland, incndio, 136 mortes

1947 - EUA, Texas, exploso barco, 3.000 feridos e 552 mortes

1966 - Frana, Feyzin, bola de fogo, 81 feridos e 18 mortes

1972 - Brasil, Duque de Caxias, bola de fogo, 53 feridos e 39 mortes

1974 Inglaterra, Flixborough, exploso, 104 feridos e 28 mortes

1975 - Holanda, Beek, exploso, 14 mortes

1976 Itlia, Seveso, vazamento, intoxicao e dano ao meio ambiente

1978 - Espanha, San Carlos, exploso, 200 feridos e 206 mortes

1983 - Egito, rio Nilo, exploso de carga de GLP, 317 mortes

1984 - Brasil, Cubato, Vila Soc, fogo, 500 evacuados e 93 mortes

1984-ndia, Bhopal, exploso, 200.000 intoxicados e agresso ao Meio Amb. 4.000 mortes

1984 - Mxico, cidade do Mxico, exploso, 6.400 feridos e 650 mortes

1984 - Mxico, San Juan, exploso de tanque de GLP, 550 mortes

1986 - URSS, Chernobyl URSS, Chernobyl

1987 - Seul, Correa, exploso, 59 feridos e 9 mortes

1988 - EUA, Houston, exploso, 23 mortes

1989 - EUA, Alaska, vazamento de 40 ton de petrleo, 100.000 aves mortas

1990 - Nagothane, ndia, exploso, 35 feridos e 35 mortes

1991 - Sungei Buloh, Malsia, incndio, 60 feridos e 40 mortes

1991 - Dhaka, Bangladesh, exploso, 39 feridos e 7 mortes

1991 - Bagkok, Thailandia, exploso, mais de 200 feridos e 5 mortes

1993 - Hubei, China, exploso, 52 feridos 63 mortes

1993 - Tailndia, fogo em fbrica de foguetes

2000 - Guizhou, China, exploso de gs Metano em um mina de carvo

2001 - Brasil, plataforma de petrleo, incndio e dano ao meio ambiente, com 11 mortes

2001 - Zasiadko, Ucrnia, exploso em mina de carvo, mais de 17 feridos e 36 mortes

Observao: Das ocorrncias e dos exemplos acima colocados constatamos o perigo, o risco e o alto grau de destruio dos acidentes com:

Vazamentos de produtos inflamveis e/ou produtos txicos;

Das exploses;

Dos naufrgios;

Dos curtos-circuitos;

Das descargas atmosfricas;

Dos incndios;

Das ocorrncias semelhantes s acima colocadas.

5 - Higiene e Segurana do Trabalho em geral, inclusive Segurana em Instalaes Eltricas:

5.1 - reas de Conhecimentos envolvidas:

A Higiene, Segurana e Medicina do Trabalho inclui uma gama de conhecimentos bastante variada e extensa, envolvendo atividades das mais diversas reas e especializaes existentes, as quais interagem entre si, como por exemplo, as seguintes:

Administrao; Biologia; Comunicao; Construo Civil; Construo e Montagem; Direito; Economia; Educao; Energia; Enfermagem; Engenharia; Ergonomia; Estatstica; Famlia; Finanas; Fsica; Gesto; Histria; Matemtica; Medicina; Organizao; Pesquisas; Planejamento; Poltica; Petroqumica; Processos Industriais; Psicologia; Qumica; Recursos Humanos; Sade; Sociologia; Tecnologia; Transporte; E diversos outros ramos de atividade existentes em nossa Sociedade e Economia.

Observaes:

por isto que se diz que a Higiene, Segurana e a Medicina do Trabalho tem uma natureza multifacetada; Alm disto, para o bom conhecimento da Segurana do Trabalho necessrio que se tenha, alm de todos os conhecimentos tcnicos envolvidos, uma viso histrica, holstica e sistmica dos acontecimentos;

importante, por exemplo:

* Pensarmos globalmente e atuarmos localmente (por razes econmicas);

* Conhecermos o todo, desde o cho de fbrica at a presidncia da Empresa;

* Trabalharmos com constncia de propsitos;

* Trabalharmos de maneira organizada, planejada e em equipe;

* Acessarmos e nos comunicarmos com todas as reas da empresa e pessoal envolvido.

5.2 Quadro I - Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE da NR 4 Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho:

A viso e o conhecimento dos diversos e diferentes campos de atividades econmicas e sociais existentes no pas, os quais demandam e utilizam o trabalho das pessoas e o respectivo Grau de Risco de suma importncia.

Para iniciar muito til ento conhecermos e consultarmos o Quadro I - Classificao Nacional de Atividades Econmicas CNAE da Norma Regulamentadora NR 4 Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho, cujo resumo colocamos abaixo:

Quadro I Classificao Nacional das Atividades Econmicas CNAE

(Tabela parcial e resumida, vide NR-4, Quadro I).

A AGRICULTURA, PECURIA, SILVICULTURA E EXPLORAO FLORESTAL.

CdigoAtividadesGrau de Risco

01AGRICULTURA, PECURIA E SERVIOS RELACIONADOS COM ESSAS ATIVIDADES.

01.1Produo de Lavouras Temporrias

01.13-9Cultivo de cana-de-acar3

01.15-5Cultivo de soja3

01.2Horticultura e Produtos de Viveiro

01.21-0Cultivo de hortalias, legumes e especiarias hortcolas.3

01.3Produo de Lavouras Permanentes

01.31-7Cultivo de frutas ctricas3

01.32-5Cultivo de caf3

01.4Pecuria

01.41-4Criao de bovinos3

01.44-9Criao de sunos3

01.45-7Criao de aves3

01.5Produo Mista: Lavoura e Pecuria

01.50-3Produo mista: lavoura e pecuria3

01.6Atividades de Servios Relacionada com a Agricultura e Pecuria, Exceto Atividades Veterinrias.

01.61-9Atividades de servios relacionados com a agricultura3

01.62-7Atividades de servios relacionados com a pecuria, exceto atividades veterinrias.3

2SILVICULTURA, EXPLORAO FLORESTAL E SERVIOS RELACIONADOS COM ESTAS ATIVIDADES.

02.1Silvicultura, Explorao Florestal e Servios Relacionados com estas Atividades.

02.11-9Silvicultura3

02.12-7Explorao florestal.3

B -PESCA.

5PESCA, AQICULTURA E ATIVIDADE DOS SERVIOS RELACIONADOS COM ESTAS ATIVIDADES.

05.1Pesca, Agricultura e Atividades dos Servios Relacionados com estas Atividades.

05.11-8Pesca3

C -INDSTRIAS EXTRATIVAS.

10EXTRAO DE CARVO MINERAL4

10.04Extrao De Carvo Mineral.4

11EXTRAO DE PETRLEO E SERVIOS CORRELATOS

11.1Extrao de Petrleo e Gs Natural

11.10-04Extrao de petrleo e Gs Natural4

11.2Servios Relacionados com a Extrao de Petrleo e Gs - Exceto a prospeco realizada por terceiros

11.20-7Servios relacionados com a extrao de petrleo e gs - Exceto a prospeco realizada por terceiros4

13EXTRAO DE MINERAIS METLICOS.

13.1Extrao de Minrio de Ferro

13.10-2Extrao de minrio de ferro4

13.2Extrao de Minrios Metlicos No-Ferrosos

13.21-8Extrao de minrio de alumnio4

13.23-4Extrao de minrio de mangans4

13.25-0Extrao de minerais radioativos4

14EXTRAO DE MINERAIS NO-METLICOS

14.1Extrao de Pedra, Areia e Argila.

14.10-9Extrao de pedra, areia e Argila.4

14.2Extrao De Outros Minerais No-Metlicos

14.22-2Extrao e refino de sal marinho e sal-gema4

14.29-0Extrao de outros minerais No-Metlicos4

D -INDSTRIA DE TRANSFORMAO.

15FABRICAO DE PRODUTOS ALIMENTCIOS E BEBIDAS

15.1Abate e Preparao de Produtos de Carne e de Pescado

15.11-3Abate de reses, preparao de produtos de carne.3

15.12-1Abate de aves e outros pequenos animais e preparao de produtos de carne.3

15.14-8Preparao e preservao do pescado e fabricao de Conservas de peixes, crustceos e moluscos.3

15.2Processamento, Preservao e Produo de Conservas de Frutas, Legumes e Outros Vegetais.

15.23-7Produo de sucos de frutas e de legumes3

15.3Produo de leos e Gorduras Vegetais e Animais

15.31-8Produo de leos vegetais em bruto3

15.32-6Refino de leos vegetais3

15.4Laticnios

15.41-5Preparao do leite3

15.42-3Fabricao de produtos do laticnio3

15.51-2Beneficiamento de arroz e fabricao de produtos do arroz3

15.52-0Moagem de trigo e fabricao de derivados3

15.53-9Fabricao de farinha de mandioca e derivados3

15.6Fabricao e Refino de Acar

15.61-0Usinas de acar3

15.62-8Refino e moagem de acar3

15.7Torrefao e Moagem de Caf

15.71-7 3Torrefao e moagem de Caf3

15.8Fabricao de Outros Produtos Alimentcios

15.81-4Fabricao de produtos de padaria, confeitaria e pastelaria.3

15.82-2Fabricao de biscoitos e bolachas3

15.84-9Fabricao de massas alimentcias3

15.89-0Fabricao de outros produtos alimentcios3

15.9Fabricao de Bebidas

15.92-0Fabricao de vinho3

15.93-8Fabricao de malte, cervejas e chopes.3

15.95-4Fabricao de refrigerantes e refrescos3

16FABRICAO DE PRODUTOS DO FUMO

16.0Fabricao de Produtos do Fumo

16.00-4Fabricao de produtos do fumo3

17FABRICAO DE PRODUTOS TXTEIS

17.1Beneficiamento de Fibras Txteis Naturais

17.11-6Beneficiamento de algodo3

17.19-1Beneficiamento de outras fibras txteis naturais3

17.2Fiao

17.21-6Fiao de algodo3

17.22-1Fiao de outras fibras txteis naturais3

17.23-0Fiao de fibras artificiais ou sintticas3

17.3Tecelagem - Inclusive Fiao e Tecelagem

17.31-0Tecelagem de algodo3

17.32-9Tecelagem de fios de fibras txteis naturais3

17.5Servios de Acabamento em Fios, Tecidos e Artigos Txteis.

17.6Fabricao de Artefatos Txteis a Partir de Tecidos Inclusive Vesturio - e de Outros Artigos Txteis.

Observaes:

Vide na NR 4: Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho - SESMT, o Quadro I acima referido onde encontramos uma listagem completa de todos os ramos de Atividades Econmicas, inclusive com o seu respectivo Grau de Risco em uma escala de 1 (um) a 4 (quatro).

Complementando esta linha de conhecimento o passo seguinte o de conhecermos os diversos processos industriais existentes, como os da Refinao de Petrleo, Siderrgicos, Metalrgicos, Qumicos, Petroqumicos, Extrao de Minrios, Mecnica Pesada, Transporte e diversos outros. Na literatura tcnica encontramos muitas obras publicadas.5.3 Acidentes no Trabalho:Diariamente, conforme divulgado pelos diversos meios de comunicao, tais como: jornais, revistas especializadas e pela televiso, encontramos notcias, umas abrangentes, com estatsticas da situao em geral, outras mais breves, relatando as ocorrncias de Acidentes no Trabalho no Brasil e no mundo.

Estas notcias descrevem e nos revelam os altos ndices de Acidentes do Trabalho ocorridos no Brasil, ndices estes bem acima dos ndices das demais naes evoludas do mundo.

Estes acidentes alm de vitimarem a parte mais fraca da cadeia produtiva, ou seja, os trabalhadores e suas famlias causam prejuzos de grande monta Previdncia Social e Sade do nosso pas.

5.4 Definio Legal do Acidente no Trabalho:

* Lei n 8.213, de 24 de julho de 1991;Dispe sobre os Planos de Benefcios da Previdncia Social e d outras providncias.

Art.19:Acidente do Trabalho: o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa ou pelo exerccio do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho. Art.20:

Consideram-se Acidentes do Trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades mrbidas:

I - Doena profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo Ministrio do Trabalho e da Previdncia Social;

II - Doena do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais, em que o trabalho realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relao mencionada no inciso I.

1o No so consideradas como doena do trabalho:

a) Doena degenerativa;

b) A inerente a grupo etrio;

c) Que no produza incapacidade laborativa;

d) A doena endmica adquirida por segurado habitante de regio em que ela se desenvolva, salvo comprovao de que resultante de exposio ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

2o Em caso excepcional constatando-se que a doena no includa na relao prevista nos incisos I e II deste o artigo resultou das condies especiais em que o trabalho executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdncia Social deve consider-la acidente do trabalho. Art.21:

Equipara-se tambm ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:

I - O acidente ligado ao trabalho que, embora no tenha sido a causa nica, haja contribudo diretamente para a morte do segurado, para reduo ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido leso que exija ateno mdica para a sua recuperao;

II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horrio do trabalho, em conseqncia de:

a) - Ato de agresso, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;

b) - Ofensa fsica intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho;

c) - Ato de imprudncia, de negligncia ou de impercia de terceiro ou de companheiro de trabalho;

d) - Ato de pessoa privada do uso da razo;

e) - Desabamento, inundao, incndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de fora maior.III - A doena proveniente de contaminao acidental do empregado no exerccio de sua atividade;

IV - O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horrio de trabalho:

a) - Na execuo de ordem ou na realizao de servio sob a autoridade da empresa;

b) - Na prestao espontnea de qualquer servio a empresa para evitar-Ihe prejuzo ou proporcionar proveito;

c) - Em viagem a servio da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos, para melhor capacitao da mo-de-obra, independentemente do meio de locomoo utilizado, inclusive veculo de propriedade do segurado;

d) - No percurso da residncia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoo, inclusive veculo de propriedade do segurado.1o Nos perodos destinados a refeio ou descanso, ou por ocasio da satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado considerado no exerccio do trabalho.

2o No considerado agravamento ou complicao de acidente do trabalho a leso que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha s conseqncias do anterior.5.5 Causas Verificadas, Anlise das Causas e Classificao das Causas dos Acidentes do Trabalho:A Anlise das Causas dos Acidentes do Trabalho consta de estudos que nos levam ao conhecimento de como e por que os acidentes ocorreram, facilitando a compreenso das suas causas e possibilitando assim a atuao e a implantao de medidas preventivas que protejam e impeam a ocorrncia de novos acidentes.

De um modo restrito as causas dos acidentes do trabalho so classificadas como:

I - ATOS INSEGUROS:

Os atos inseguros so geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto , aqueles que decorrem da execuo de tarefas de forma contrria as normas de segurana.

Como por exemplo:

Falta de ateno;

Excesso de autoconfiana;

E outros atos.

* Causas:

As causas dos atos inseguras por sua vez podem ser devidas:

A - Inadaptao entre o Homem e a Funo;

B - Fatores Constitucionais: Idade, Sexo, Percepo, entre outros.

C - Fatores Circunstanciais: Problemas familiares, abalos emocionais;

Discusso com colegas, alcoolismo, doenas, entre outros.

D - Desconhecimento dos Riscos da Funo e/ou Formas de Evit-los: comum um operrio praticar atos inseguros por no ter conhecimento adequado sobre a forma recomendada de executar a operao, ou mesmo, por desconhecer os riscos a que est sujeito.

Cabe aos tcnicos e encarregados orient-lo sobre as formas recomendadas e mais seguras de se realizar determinadas tarefas de risco envolvidas na funo.

II - CONDIES INSEGURAS:

So aquelas condies que, presente no local de trabalho, colocam em risco a integridade fsica e mental do trabalhador, devido possibilidade de o mesmo acidentar. Tais condies apresentam e como deficincias tcnicas.

Exemplo: Mquinas sem proteo, fiao eltrica exposta, piso defeituoso, entre outros.

5.6 Demais causas desfavorveis as quais no podem ser ignoradas:

Alm das causas primrias das ocorrncias ligadas aos Acidentes do Trabalho como as acima colocadas podem identificar outros fatores que favoreceram a ocorrncia e o incremento dos acidentes do trabalho, os quais no podem ser ignorados:

Exemplo disto ocorreu no Brasil na dcada de 90:

Conjunturas Econmicas bastante desfavorveis, como as ocorridas no Brasil na dcada de 90, em conseqncia de perodos de crises da poltica e economia mundial.

Estas condies repercutiram negativamente em nossa economia, estimulando o emprego de polticas econmicas no adequadas, impostas pelos credores internacionais.

Como por exemplo, tivemos os casos de diversas privatizaes realizadas no Brasil, as quais foram bastante desvantajosas para o nosso pas, como as que ocorreram com a Cia. Vale do Rio Doce, com as Concessionrias de Telefonia e de Energia Eltrica e de Gs Natural.

Estas privatizaes, alm causarem o desemprego em massa, causaram tambm o advento de polticas de terceirizao da mo de obra, executadas precariamente.

A terceirizao por sua vez quase sempre veio acompanhada pela perda dos direitos por parte dos trabalhadores, bem como, da diminuio do poder de negociao dos Sindicatos, os quais tinham antes condies de lutar e defender os direitos dos trabalhadores e atualmente encontram-se enfraquecidos, dado os elevados ndices de desemprego ainda existentes em nosso pais.

Sem generalizar, com raras excees, podemos constatar que os ndices de acidentes do trabalho so mais elevado aonde o trabalho foi terceirizado.

Muitos trabalhadores terceirizados inclusive acabam trabalhando de modo informal, no por sua prpria escolha, mas devido s necessidades e circunstncias impostas por um mercado globalizado, competitivo, predatrio e socialmente desestruturadas.

Neste caso quando os acidentes ocorrem com dado a esta informalidade, acontece na maioria das vezes da CAT Comunicado de Acidente do Trabalho no ser emitida, o que acaba distorcendo as estatsticas de acidentes de trabalho, prejudicando muito os trabalhadores.

Alm disto, poltica da globalizao dos mercados, tida como o supra-sumo da economia mundial, revelou-se agora em sua face oculta e mais cruel, ou seja, a da competividade desigual, a qual favorece sobretudo as potncias economicamente mais fortes, em detrimento dos povos e economias das Naes emergentes e em desenvolvimento.

Isto tem levado ao agravamento do quadro econmico e social dos pases em desenvolvimento, como no caso do Brasil, contribuindo para a estagnao da economia, terceirizao da mo de obra e desemprego em massa, causando graves problemas sociais, como a falta de moradias, a crise da sade pblica, da educao, alm da falta de infra-estrutura no pas.

Conseqentemente, alm do aumento dos ndices de acidentes do trabalho, aumentaram tambm os ndices da violncia e da criminalidade no Brasil.

Condies Inseguras do Trabalho: - Conforme acima referido as condies inseguras de trabalho so causadas na maioria das vezes por instalaes irregulares e/ou obsoletas desrespeitando as recomendaes ditadas pelas Normas Tcnicas vigentes de instalaes, bem como, desobedecendo as exigncias das Normas Regulamentadora, alm de procedimentos imprprios executados na operao, na produo e na manuteno.

Estas condies inseguras por sua vez, em grande parte so causadas pela falta de investimentos que permitam a execuo de manuteno adequada, de melhorias e de modernizao das instalaes.

Falta de uma fiscalizao mais intensa, severa, contnua, preventiva e efetiva por parte dos rgos Pblicos e Privados e pelos Sindicatos e o conseqente descaso e desrespeito s leis especficas relativas Segurana no Trabalho por parte de empresas sem estrutura e sem qualquer compromisso social.

Freqentemente atua-se mais nas conseqncias do que na preveno, na educao e na eliminao das causas dos Acidentes do Trabalho:

Despreparo educacional e profissional que atinge grande parte dos Trabalhadores, principalmente os de menor qualificao e renda, despreparo este, causado por conjunturas polticas, econmicas, social, trabalhista, educacional e da sade ainda deficientes para as necessidades de nosso pas.

Alguns pases desenvolvidos, por exemplo, tomam medidas mais adequadas no caso da ocorrncia do desemprego:

Ocorrendo o desemprego os trabalhadores recebem, alm do seguro desemprego, tambm cursos de especializao e de atualizao profissional que os habilitam e capacitam a voltar mais rapidamente ao mercado de trabalho.

Morosidade da Justia no que se refere apurao, julgamento, e punio dos responsveis pelos acidentes do trabalho ocorridos, bem como, a indenizao de direito a ser recebida pelos trabalhadores e suas famlias, situaes estas que, para no prejudicar o trabalhador, no deveriam tardar para serem resolvidas.

5.7 Normas e Princpios Bsicos da Segurana do Trabalho:

No Brasil os princpios bsicos da Segurana do Trabalho so ditados e orientados pelas Normas Regulamentadora NR.

A partir das NR podemos e devemos nos guiar, verificando as diversas situaes de riscos que ocorrem nas instalaes de uma empresa.

As Normas Regulamentadora NR por sua vez apiam-se e se relacionam com as Normas Tcnicas oficiais, estabelecidas pelos rgos competentes, como as da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas e das demais Normas Tcnicas existentes no mundo, tais como a ISO, a ASTM, a API, a ASME, a DIN, a BS a NF e todas as demais.

No que tange a Eletricidade, a Norma Regulamentadora a ser seguida a NR 10 Instalaes e Servios em Eletricidade, a qual deve ser complementada pelas diversas Normas Tcnicas especficas para a Eletricidade, tais como:

NBR 5410 - Instalaes de baixa tenso;

NBR 14039:03 - Instalaes eltricas de mdia tenso de 1,0 kV a 36,2 kV;

NBR 5414 / Instalaes Eltricas de Alta Tenso;

E demais normas.

muito importante tambm que sejam seguidas s recomendaes tcnicas relativas a Segurana da Instalao e a Segurana do Trabalhador encontradas nos livros tcnicos que regem o assunto, nos manuais tcnicos das instalaes e de seus componentes, nos treinamentos especficos, entre outras.

A experincia acumulada das pessoas, das firmas que trabalham com seriedade e competncia e das tcnicas utilizadas em Concessionrias de Servio Pblico de suma importncia tambm.

Outro meio atual e de extrema valia que deve ser sempre levado em conta so as informaes disponveis em Pginas e Endereos da INTERNET dedicados a Segurana e Sade no Trabalho.

Para obt-las devemos acessar principalmente os Sites das Universidades, das Entidades Governamentais e no Governamentais e de Empresas comprometidas com a SEGURANA, HIGIENE e MEDICINA do TRABALHO.

5. 8 Principais Conceitos e Objetivos em Higiene e Segurana do Trabalho:

SADE OCUPACIONAL - SO:

* Funes Bsicas:

Essencialmente, a vida do Homem transcorre, na sua maior parte, em dois tipos de ambientes:

O ambiente ocupacional ou local de trabalho;

O ambiente de sua comunidade.

Cada um destes ambientes possui suas caractersticas prprias e atua sobre o organismo humano, o qual procura adaptar-se s foras, aos agentes e s tenses.

Este processo de adaptao muito lento e limitado, diante das rpidas e constantes mudanas do meio fsico e do sistema de vida, o que acaba por provocar o aparecimento das doenas.

Os ambientes ocupacionais, onde o trabalhador permanece, praticamente 1/3 de cada um de seus dias, tm sido sempre considerados como potencialmente mais nocivos sade, do que o ambiente da comunidade.

O ambiente industrial, por exemplo, na maioria das vezes bastante artificial. Nele so operadas mquinas perigosas; esto presentes agentes qumicos potencialmente txicos; podendo haver excesso de rudo; temperaturas elevadas e fontes de radiao, etc. e em muitas ocasies estas exposies atingem tambm a comunidade, atravs da poluio da gua, do ar e do solo; criando graves problemas de sade pblica.

Por elementar direito de sua condio humana, tal como foi reconhecido pela ONU (Organizao das Naes Unidas), o governo de cada pas tm o dever de zelar pela sade dos seus trabalhadores.

A responsabilidade pela vida e sade de um trabalhador deve recair sobre o trinmio ESTADO EMPRESA TRABALHADOR, seja porque o estado ter gastado para a recuperao do indivduo (quando possvel) ou para a sua manuteno ou de seus dependentes, quando da morte ou invalidez, seja porque a empresa perde seu investimento em qualificao e material ou porque o prprio trabalhador incapacitado ter seu futuro (e de seus dependentes) muitas vezes comprometido.

* Conceitos:

SADE OCUPACIONAL - SO:

Conforme a OIT Organizao Internacional do Trabalho e a OMS Organizao Mundial da Sade, a Sade Ocupacional o ramo da sade que tem por objetivos:

A Promoo e Manuteno no mais alto grau do bem-estar fsico, mental e social dos trabalhadores em todas suas ocupaes;

A Preveno, entre os trabalhadores, das doenas ocupacionais causadas pelas condies inadequadas e inseguras do trabalho;

A Proteo dos trabalhadores em seu labor, dos riscos resultantes de fatores adversos sade;

A Colocao e Conservao dos trabalhadores em ambientes ocupacionais adaptados a suas aptides fisiolgicas e psicolgicas;

* Em resumo:

A Adaptao do Trabalho ao Homem e de cada Homem ao seu prprio Trabalho.

MEDICINA OCUPACIONAL:

o campo da Medicina relacionado com:

A avaliao, manuteno, recuperao e melhoria da sade do trabalhador, atravs da aplicao de princpios da Medicina Preventiva, da Medicina de Emergncia, da Reabilitao e Medicina do Ambiente;

A promoo de uma produtiva e satisfatria interao do trabalhador com seu trabalho, atravs de aplicao de princpios do comportamento humano;

A ativa apreciao das necessidades e responsabilidades sociais, econmicas e administrativas do trabalhador e da Comunidade trabalhadora.

HIGIENE INDUSTRIAL (Segundo a American Industrial Hygiene Association):

a cincia e a arte devotadas ao reconhecimento, avaliao e controle daqueles fatores ou condicionantes ambientais, provenientes do ambiente de trabalho, que podem causar doenas, danos sade e ao bem-estar, ou desconforto significativo e ineficincia entre trabalhadores ou entres os habitantes da Comunidade".

SEGURANA OCUPACIONAL (Segundo o National Safety Council):

A Segurana Ocupacional visa Preveno dos Acidentes".

FUNES BSICAS DA SADE OCUPACIONAL:* Em Higiene do Trabalho:1 - Adoo das caractersticas fsicas dos ambientes no que se refere iluminao, ventilao, conforto trmico e conforto acstico, radiao, entre outras.

2 - Adoo de normas higinicas sobre os poluentes do ambiente atmosfrico, encontrados na empresa.

3 - Estabelecimento das caractersticas toxicolgicas de todos os materiais, produtos qumicos, subprodutos e resduos da empresa, assinalando a classe de proteo necessria que deve ser utilizada.

4 - Estudo das condies da empresa, e de cada processo ou operao que apresentem risco para a sade dos trabalhadores.

5 - Determinao quantitativa e qualitativa dos poluentes e outros agentes de doenas profissionais.

6 - Estabelecimento da relao que poderia haver entre o ambiente de trabalho e seus efeitos sobre a sade do trabalhador.

7 - Estabelecimento de sistemas ou mtodos de controle para eliminar ou minimizar as condies perigosas conhecidas.

8 - Estabelecimento de medidas que conduzam a uma peridica avaliao da efetividade dos mtodos de controle utilizados.

9 - Participao nas Comisses Internas de Preveno de Acidentes (CIPA).

10 - Estabelecimento e manuteno dos sistemas de controle para evitar a poluio das guas, do ar e do solo da comunidade.

11 - Estabelecimento das medidas que concorrem a uma melhor manuteno, ampliao e modificao das facilidades sanitrias em uso pelos trabalhadores.* Em Segurana do Trabalho:

1 - Manuteno de um registro de acidentes com as estatsticas atualizadas, adotando um tipo de relatrio dos acidentes que ocorrem, calculando os respectivos ndices de freqncia e gravidade.

2 - Estabelecimento de um sistema de inspeo para a execuo das recomendaes.

3 - Investigao, discusso e informao dos acidentes ocorridos, para evitar a repetio.

4 - Estudo permanente das condies de trabalho que oferecem maior risco de acidentes, para decidir de que forma devem corrigir.

5 - Programao educativa para criao de uma conscincia de segurana entre os trabalhadores.

6 - Estabelecimento de um programa preventivo e de controle no caso de incndio.

7 - Programa de treinamento dos trabalhadores em primeiros socorros.

8 - Estabelecimento das medidas para realizar a administrao e manuteno dos equipamentos de proteo individual (EPI).

9 - Estabelecimento dos programas de sinalizao, dinmica de cores e manuteno (Ordem e Limpeza).

10 - Estmulos aos trabalhadores para a apresentao de sugestes para melhoramento da segurana, premiando as idias prticas, estabelecendo, alm disso, um programa de prmios de incentivo por recordes de segurana, e castigos, se houver recorrncia de violao a determinada norma.

11 - Divulgao, atravs de literatura, painis, cartazes, avisos, etc sobre segurana.

12 - Participao nas comisses internas de preveno de acidentes (CIPA).

13 - Estabelecimento de regulamentos de segurana de acordo com o tipo de industria, e adequados s exigncias legais.* Em Medicina do Trabalho:

1 - Exames Mdicos Ocupacionais.

2 - Seleo e colocao dos trabalhadores de acordo com suas aptides fsicas e emocionais.

3 - Superviso das facilidades de primeiros socorros e normas para o ensinamento dos mesmos.

4 - Participao no programa de educao sanitria.

5 - Manipulao dos casos de compensao segundo a lei.

6 - Diagnstico e tratamento de casos de acidentes ocupacionais e no ocupacionais.

7 - Programas de imunizao, e alimentao.

8 - Manuteno e estudos das estatsticas de absentesmo e outras.

9 - Participao das comisses internas de preveno de acidentes.

10 - Aconselhamentos gerncia da empresa em todo assunto relacionando com a sade dos trabalhadores.

5. 9 Ergonomia:Este tema tratado pela Norma Regulamentadora NR-17.

Alm disto, no Captulo 2, Conhecimentos Tcnicos, pgs. 36 at 41 do livro: Segurana do Trabalho & Gesto Ambiental, Editora Atlas, Antonio Nunes Barbosa Filho, 2001, referenciado em nossa Bibliografia, temos colocado os principais conceitos envolvidos neste termo.

Etimologicamente, Ergonomia deriva da lngua Grega Ergos significando Trabalho e Nomos significando Leis, sendo, portanto Ergonomia o Estudo das Leis que regem o Trabalho.

Conforme o livro supracitado, este termo foi utilizado pela primeira vez em 1.857 na publicao intitulada Ensaios de Ergonomia escrito por Woitej Yastembowky, de nacionalidade Polonesa.

Em 1.949 na Inglaterra foi criada uma entidade pioneira nesta rea denominada Ergonomics Research Society com o propsito de estudar o relacionamento entre o Homem e seu Trabalho, bem como, a soluo dos problemas resultantes dessa relao.

Em 1.957 nos EUA foi criada a Human Factors Society.

Em 1.961 ainda nos EUA foi criada ainda a International Ergonomics Association - IEA.

Em 1.970, em Estrasburgo, na ustria, realizou-se o I Congresso Internacional de Ergonomia, no qual foi definido o objeto da mesma como sendo o seguinte:

Elaborar, com a contribuio das diversas disciplinas cientficas que a compem, um corpo de conhecimentos que, com uma perspectiva de aplicao, deve desembocar em uma melhor adaptao ao homem dos meios tecnolgicos de produo e dos ambientes de trabalho.

No Brasil em 1.983 foi criada a Associao Brasileira de Ergonomia ABERGO, entidade congregando profissionais interessados na temtica, a qual, bi-anualmente realiza Encontros para promoo da Ergonomia em todo Brasil.

Tambm no Brasil em 1.998 foi lanado o Ncleo de Ergonomia Aplicada do Recife (NEAR) cujo site na Internet encontrado no endereo (www.ufpe.br/near).

5.10 Termos Tcnicos Especficos, Entidades, Siglas e Abreviaturas Utilizadas na Segurana Do Trabalho:

Em Segurana do Trabalho, alm de diversos termos tcnicos especficos, muito comum o uso de abreviaturas e siglas, como algumas das principais abaixo colocadas:

ASO: - Atestado de Sade Ocupacional (Ver NR 7, item 7.4.4 );

AT: - Acidente do Trabalho;

APA: - rea de Proteo Ambiental;

BS 8800: - A Norma BS 8800, uma norma de origem inglesa (British Standards), que originalmente era numerada como BS 8750.

Trata-se de uma norma direcionada para os Sistemas de Gesto da Segurana e Sade no Trabalho - SST, sendo considerada o que h de mais atual em todo o mundo para a implantao de sistemas eficazes de gerenciamento das questes relacionadas preveno de acidentes e doenas ocupacionais.

Para a rea de sade e segurana do trabalho esta norma tem a mesma importncia que as Normas ISO 9.000 tem para a rea de Qualidade Total e ISO 14.000 tem para a rea de Gesto Ambiental.

CA: - Certificado de Aprovao de Equipamentos de Proteo Individual (Secretaria de Inspeo do trabalho) - (Ver NR 6, item 6.8.1 e 2). CAI: - Certificado de Aprovao de Instalao cf. NR-2.

CAT: - Comunicado de Acidente do Trabalho.

Observao: - O CAT deve ser emitido e encaminhado no prazo de 1 (um) dia til.

Ver NR 5, item 5.16. n.

Causa a origem de carter humano ou material relacionado com o evento catastrfico (acidente ou falha), resultante da materializao de um risco, provocando danos.

Cerests - Centros de Referncia em Sade do Trabalhador.

CIPA - Comisso Interna de Preveno de Acidentes: - (Ver NR 5 ):

A CIPA originou-se de uma recomendao da OIT (Organizao Internacional do Trabalho) em 1921 e transformando-se em determinao legal no Brasil em 1944 (Decreto-Lei n 7.036, artigo 82).

Os empregadores, cujo nmero de empregados seja superior a 100, devero providenciar a organizao em seus estabelecimentos de comisses internas, com representantes dos empregados, com o fim de estimular o interesse pelas questes de preveno de acidentes, apresentar sugestes quanto orientao e fiscalizao das medidas de proteo ao trabalhador, realizar palestras instrutivas, propor a instituio de concursos e prmios e tomar outras providncias para a educar o empregado na prtica de prevenir acidentes.

CNAE - Classificao Nacional de Atividades Econmicas cf. NR 4 e 5.

Conveno n 174 da OIT complementada pela Recomendao n 181, conf. Decreto n 4.085 de 15 de janeiro de 2002:

Refere-se Preveno de Acidentes Industriais Maiores de acordo com a Conveno da Organizao Internacional do Trabalho, editada em 1993, que tem por objeto a preveno de acidentes industriais maiores que envolvam substncias perigosas e a limitao das conseqncias desses acidentes.

A Conveno aplica-se a instalaes sujeitas a riscos de acidentes maiores ou ampliadas, no se aplicando, todavia aos casos de:

A) Instalaes nucleares e usinas que processem substncias radioativas, exceo dos setores dessas instalaes nos quais se manipulam substncias no radioativas;

B) Instalaes militares;

C) Transporte fora da instalao distinto do transporte por tubulaes.

Nota: O Brasil ratificou a OIT n 174 em 02 de agosto de 2001.

CONTRU: - Departamento de Controle de Uso de Imveis.

COSAT: - Coordenador de Sade do Trabalho (rgo do Ministrio da Sade)

DANO:

Leso Fsica e/ou prejuzo que provoca prejuzo sade, ao meio ambiente ou propriedade.

DANOS (DAMAGE) a gravidade (severidade) da perda humana, material, ambiental ou financeira, que pode resultar, caso o controle sobre um risco seja perdido.

Um operrio desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de altura, e sofrer um dano fsico, por exemplo, uma fratura na perna. Se a viga estivesse a 90 m de altura, ele, com certeza, estaria morto. O risco (possibilidade) e o perigo (exposio) de queda so os mesmos. Entretanto, a diferena reside na gravidade do dano que poderia ocorrer com a queda.

DI - Declarao de Instalaes cf. (Ver NR 2).

DORT: - Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho;

Efeito Aditivo:

De acordo com a NBR 14725, o efeito quantitativamente igual a soma dos efeitos produzidos individualmente de dois ou mais agentes txicos.

Efeito de Potenciao:

De acordo com a NBR 14725, o efeito que ocorre quando um agente txico tem seu efeito aumentado por agir simultaneamente com um agente no txico.

Efeito Toxicologicamente Sinrgico:

De acordo com a NBR 14725:2001, o efeito quantitativamente maior que a soma dos efeitos produzidos individualmente de dois ou mais agentes txicos. O efeito maior que o efeito aditivo.

E.P.C. - Equipamento de Proteo Coletiva.

So exemplos de EPC:

Chuveiros de Emergncias, detectores de tenso, varas de manobra, entre outros.

E.P.I. - Equipamento de Proteo Individual: (Ver NR 6).

So alguns exemplos de EPI:

Capacete;

culos de segurana;

Luvas (de raspa, ltex, hexanol, contra choque eltrico, entre outros...);

Aventais (PVC, vaqueta, entre outros...);

Botas e /ou sapatos de segurana com biqueira de ao;

Protetores auriculares;

Mscaras protetoras (Combitox);

Mascaras contra gases;

Cintos de Segurana;

Entre outros.

Emergncia: - Sinistro ou risco iminente que requeira ao imediata.

Ergonomia: (Ver NR 17).

Etimologicamente Ergonomia deriva da lngua Grega Ergos significando Trabalho e Nomos significando Leis, sendo, portanto Ergonomia o Estudo das Leis que regem o Trabalho.

FICHA DE EMERGNCIA:

Esta ficha informa sobre as caractersticas fsico-qumicas bsicas do produto qumico e/ou resduo e as providncias que devem ser tomadas em caso de acidente, derramamento, envolvimento de pessoas, etc. A mesma deve sempre acompanhar o transporte de produtos qumicos conforme Decreto Lei 96.044 de 18 de maio de 1988, Captulo II, Seo VI (Da Documentao) - Artigo 22, e deve ser confeccionada de acordo com as NBR-7503/7504 e 8285.

FISPQ Ficha de Informaes de Segurana de Produtos Qumicos:

De acordo com a NBR 14725, esta ficha fornece informaes sobre vrios aspectos desses produtos qumicos (substncias ou preparados) quanto proteo, Segurana, sade e ao meio ambiente. A FISPQ fornece, para esses aspectos, conhecimento bsico sobre os produtos qumicos, recomendaes sobre medidas de proteo e aes em situao de emergncia. Em alguns pases a mesma denominada de Material Safety Data Sheet MSDS.

FMEA: uma abreviao do nome ingls, "Fail Mode & Effect Analysis" ou AMFE (Anlise de Modos de Falhas e Efeitos) e deve ser aplicada para sistemas ou falhas simples.

Esta tcnica permite analisar como podem ocorrer as falhas de um equipamento ou sistema, estimando as taxas de falha, determinar os efeitos recorrentes e estabelecer mudanas para aumentar sua confiabilidade operacional de modo adequado e seguro.

FUNDACENTRO: - http://www.fundacentro.gov.br/Fundao Jorge Duprat de Segurana e Medicina do Trabalho.

HAZOP: uma abreviao do nome ingls, "Hazard and Operability Study". Os principais objetivos so identificar todos os desvios operacionais possveis do processo e tambm identificar todos os perigos e/ou riscos associados a esses desvios operacionais.

Esta tcnica utilizada quando precisamos estudar as possveis maneiras de ocorrncias de perigos e problemas operacionais atravs da utilizao de grupos de trabalho.

IRB: - Instituto de Resseguros do Brasil: - Foi criado em 1939, graas ao ento presidente Getlio Vargas. Naquela poca, a atividade de resseguro no Pas era feita Quase totalmente no Exterior, de forma direta ou por intermdio de companhias estrangeiras que operavam no Brasil. A necessidade de favorecer o aumento da capacidade seguradora das sociedades nacionais, para a reteno de maior volume de negcios em nossa economia, tornava urgente a organizao de uma entidade nacional de resseguro.

Nasceu assim o IRB, uma sociedade de economia mista, jurisdicionada ao Ministrio do Trabalho, da Indstria e do Comrcio, com o objetivo de regular o cosseguro, o resseguro e a retrocesso, alm de promover o desenvolvimento das operaes de Seguros no Pas.

LT CAT - Laudo Tcnico das Condies Ambientais do Trabalhado;

LER: - Leso por Esforos Repetitivos;

Mapa de Riscos:

Documento explicitado na NR 5, Das Atribuies, conf. o item 5.16, bem como, pela Portaria Nmero 25 de 29/12/1994. (Ver pgs. 60 e 575 do livro Segurana e Medicina do Trabalho da Editora Atlas).

O Mapa de Risco quando bem executado um instrumento da maior valia.

NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health at Work (EUA).

NFPA National Fire Protection Association ((http://www.nfpa.org.br/); Associao Nacional de Proteo a Incndios sediada nos U. S. A.).

NR: - Norma Regulamentadora de Segurana e Sade no Trabalho ( Ver Portaria

N 3.214 de 08.07.1978).

OIT: - Organizao Internacional do Trabalho (http://www.oitbrasil.org.br/); OMS: - Organizao Mundial da Sade.

Conveno OIT 174 e Decreto 4085 de 15 de janeiro de 2002 o qual Promulga a Conveno no 174 da OIT e a Recomendao no 181 sobre a Preveno de Acidentes Industriais Maiores.

OSHA Occupational Safety and Health Administration: - Organizao Americana de Segurana e Sade do Trabalho. A OSHA dedica-se a prevenir acidentes, doenas e mortes relacionadas ao trabalho. Foi criada em 1971, est vinculada ao U.S. Department of Labor e tem sua sede em Washington, DC.

OSHAS 18001 Occupational Safety and Health Assessment Series: - Norma publicada pela BSI British Standards Institution que entrou em vigor em 15/04/1999 com a finalidade da certificao de Sistemas de Gesto da SST.

PAINEL DE SEGURANA:

So placas retangulares (dimenses: 30 cm de altura x 40 cm de comprimento),na cor laranja onde so alocados os nmeros de identificao de risco (4 campos na cor preta) na parte superior e o nmero da ONU (Organizao das Naes Unidas) na parte inferior com 4 algarismos na cor preta. Lquido Inflamvel que em contato com a gua libera gases inflamveis Metildiclorossilano.

PAIR: - Perda Auditiva Induzida pelo Rudo;

PCA: - Programa de Conservao Auditiva.

PCMAT: (Ver NR 18).

Programa das Condies de Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo Civil.

PCMSO: (Ver NR 7).Plano de Controle Mdico e Sade Ocupacional.

Perigo (Danger) - Expressa uma exposio relativa a um risco, que favorece a sua materializao em danos.

POO: - Programa de Preveno Oftalmolgico-Ocupacional.

PPAI: - Programa de Preveno AIDS.

PPAL: - Programa de Preveno ao Alcoolismo.

PPD: - Programa de Preveno s Drogas.

PPR: - Programa de Proteo Respiratria.

PPRA: (Ver NR 9) - Plano de Preveno de Riscos Ambientais.

PPS: - Programa de Preveno do Stress.

Preparado: - De acordo com a NBR 14725, uma mistura ou soluo composta de duas ou mais substncias.

RAO: - Registro e Anlise de Ocorrncias.

RENAST Rede Nacional de Ateno Integral Sade do Trabalhador (rgo do Ministrio da Sade).

RIMA: - Relatrio de Impacto Ambiental;

Risco (Hazard):

Uma ou mais condies de uma varivel com o potencial necessrio para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como leses as pessoas, danos a equipamentos e instalaes, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou reduo da capacidade de produo. Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos adversos.

Risco: - Possibilidade de perda material ou humana. Risco (Risk) Expressa uma probabilidade de possveis danos dentro de um perodo especfico de tempo ou nmero de ciclos operacionais. Incerteza quanta ocorrncia de um determinado evento. Chance de perda que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou srie de acidentes.

RTULOS DE RISCO:

Estes so etiquetas, na forma de losango, que estampam os smbolos e/ou expresses emolduradas, referentes natureza, manuseio ou identificao do produto. Devem ser afixados em local de fcil visualizao, no lado externo do caminho, conjuntamente com o respectivo painel de segurana.

SESMT: (Ver NR 4 e 27).

Servios Especializados em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho.

SEST: - Servio Especializado em Segurana e Sade no Trabalho Coletivo;

Sinistro: - Ocorrncia de prejuzo ou dano, causado por incndio ou acidente, em algum bem.

SIPAT: (Ver NR 5).

Semana Interna de Preveno de Acidentes no Trabalho. Uma das atribuies da CIPA promov-la anualmente, em conjunto com o SESMT(Servios Especializados em Segurana e Medicina do Trabalho).

SIT: - Secretaria de Inspeo do Trabalho.

Segurana: - freqentemente definida como iseno de riscos. Entretanto, praticamente impossvel a eliminao completa de todos os riscos. Segurana , portanto, um compromisso acerca de uma relativa proteo de exposio a riscos. o antnimo de perigo.

SSO Segurana e Sade Ocupacional.

SST Segurana e Sade no Trabalho.

SUS Sistema nico de Sade.

SUSEP: A SUSEP o rgo responsvel pelo controle e fiscalizao dos mercados de seguro, previdncia privada aberta, capitalizao e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministrio da Fazenda foi criada pelo Decreto-lei n 73, de 21 de novembro de 1966, que tambm instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP, o IRB Brasil Resseguros S.A. IRB Brasil Re, as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizao, as entidades de previdncia privada aberta e os corretores habilitados. Com a edio da Medida Provisria n 1940-17, de 06.01.2000, o CNSP teve sua composio alterada.

Perdas: - o prejuzo sofrido por uma organizao, sem garantia de ressarcimento por Seguro ou outros meios.

Sinistro: - o prejuzo sofrido por uma organizao, sem garantia de ressarcimento por Seguro ou outros meios.

Incidente: - Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos. tambm chamado de quase-acidente.

6 Procedimentos principais utilizados na Segurana do Trabalho Breve verificao:

A ttulo de exemplo, segue abaixo uma breve verificao relativa a Segurana do Trabalho:

Acidente do Trabalho; Auditoria; Clculos relativos a Taxa Freqncia T F e da Taxa de Gravidade T G; Campanhas de Segurana; Causas dos Acidentes do Trabalho; CIPA (NR 5); EPC Equipamentos de Proteo Coletiva; EPI Equipamentos de Proteo Individual (NR 6); Gesto de Emergncias; Gesto de Riscos; Inspees de Segurana; Investigaes dos Acidentes do Trabalho; Normas Regulamentadora NR; Normas Tcnicas nacionais e internacionais; PCMSO Programa de Controle Mdico e Sade Ocupacional (NR 7}; PPRA Programas de Preveno de Riscos Ambientais (NR 9); Preveno e Combate a Incndios (NR 23 ); Primeiros Socorros; Riscos Ambientais e Profissionais; Segurana em Instalaes Eltricas (NR 10); Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho SESMT (NR 4); SST Segurana e Sade no Trabalho; Tcnicas de Anlise de Riscos de Acidente do Trabalho; Treinamento de pessoal; Demais assuntos.

7 - LEIS, PORTARIAS E NORMAS:

(Ver item 3.3 na pg. 7 - Situao Atual em termos das Leis, Normas, Portarias e Regulamentaes).

Observao: - Resumidamente transcreveremos aqui somente os ttulos e subttulos. O texto integral deve ser pesquisado.

Lei n 6.514, de 22 de janeiro de 1977 - (D.O.U. - 23.12.1977):

- Esta lei altera o Captulo V do Ttulo II da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, relativo Segurana e Medicina do trabalho e d outras providncias.

O Presidente da repblica. Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1 O Captulo V do Ttulo II da Consolidao das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-lei n 5.452, de 1 0 de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte redao (simplificada):

Captulo V - DA SEGURANA E DA MEDICINA DO TRABALHO.Seo I - Disposies Gerais.

Art. 154 at art.159.

Seo II - Da Inspeo Prvia e do Embargo ou Interdio.

Art. 160 e 161.

Seo III - Dos rgos de Segurana e da Medicina do trabalho nas empresas.

Art.162 at art. 165.

Seo IV - Do Equipamento de Proteo Individual.

Art. 166 e 167.

Seo V - Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho.Art. 168 e 169.

Seo VI - Das Edificaes.Art. 170 at art. 174.

Seo VII - Da Iluminao.Art. 175.

Seo VIII - Do Conforto Trmico.Art. 176 at art. 178.

Seo IX - Das Instalaes Eltricas:

Art. 179 - O Ministrio do Trabalho dispor sobre as condies de segurana e as medidas especiais a serem observadas relativamente s instalaes eltricas, em qualquer das fases de produo, transmisso, distribuio ou consumo de energia.

Art. 180 - Somente profissional qualificado poder instalar, operar, inspecionar ou reparar instalaes eltricas.

Art. 181 - Os que trabalharem em servios de eletricidade ou instalaes eltricas devem estar familiarizados com os mtodos de socorro a acidentados por choque eltrico.

Seo X - Da Movimentao, Armazenagem e Manuseio de Materiais.Art. 182 e art. 183.

Seo XI - Das Mquinas e Equipamentos.Art. 184 at art. 186.

Seo XII - Das Caldeiras, Fornos e recipientes sob Presso.Art. 187 e art. 188.

Seo XIII - Das Atividades Insalubres ou Perigosas.Art. 189 at art. 197.

Seo XIV - Da Preveno da fadiga.

Art. 198 e art. 199.

Seo XV - Das Outras Medidas Especiais de Proteo.

Art. 200.

Seo XVI - Das Penalidades.

Art. 201 e art. 2 at art. 5.

.

.

.

Ernesto Geisel

Observao: - Vejam os textos completos nas pginas em anexo ou nas pginas 11 at 19 do livro Segurana e Medicina do Trabalho So Paulo - Editora Atlas S. A. - 2003 ou em demais obras j publicadas.

8 - NORMAS REGULAMENTADORAS N Rs aprovadas pela Portaria n 3.214, de 08 de junho de 1978 e informaes complementares:

As Normas Regulamentadora NR so fundamentais e obrigatrias para o exerccio da Higiene e Segurana do Trabalho.

As Normas Regulamentadora NR complementadas com a aplicao das Normas Tcnicas correspondentes servem para nortear as principais aes preventivas e de fiscalizao indicadas nos assuntos da Higiene e Segurana do Trabalho nas Empresas.

8.1 Transcrio da Portaria n 3.214 de 08.06.1978 a qual regulamenta as Normas Regulamentadora NR:

Ministrio do Trabalho Gabinete do Ministro

Portaria n 3.214 de 8 .06.1978:

Aprova as Normas Regulamentadora NR - do Captulo V, Ttulo II, da Consolidao das Leis do Trabalho, relativas Segurana e Medicina do Trabalho.

O MINISTRO DO ESTADO, no uso de suas atribuies legais, considerando o disposto no artigo 200, da Consolidao das Leis do Trabalho, com redao dada pela Lei n 0 6.514 , de 22 de dezembro de 1977,

RESOLVE:

Art. 1 Aprovar as Normas Regulamentadora - NR - do Captulo V, Ttulo II, da Consolidao das Leis do Trabalho, relativas Segurana e Medicina do Trabalho:

Normas regulamentadora:

NR 1 / Disposies gerais;

NR 2 / Inspeo prvia;

NR 3 / Embargo e interdio;

NR 4 / Servio Especializado em Segurana e Medicina do Trabalho - SESMT;

NR 5 / Comisso Interna de Preveno de Acidentes CIPA;

NR 6 / Equipamento de Proteo Individual EPI;

NR 7 / Programa de Controle Mdico de Sade Ocupacional;

NR 8 / Edificaes;

NR 9 / Programa de Preveno de Riscos Ambientais;

NR 10 / Instalaes e Servios de Eletricidade;

NR 11 / Transporte, Movimentao, Armazenagem e Manuseio de Materiais;

NR 12 / Mquinas e Equipamentos;

NR 13 / Caldeiras e Vasos de Presso;

NR 14 / Fornos;

NR 15 / Atividades e Operaes Insalubres;

NR 16/ Atividades e Operaes Perigosas;

NR 17 / Ergonomia;

NR 18 / Condies e Meio Ambiente de Trabalho na Indstria da Construo;

NR 19 / Explosivos;

NR 20 / Lquidos Combustveis e Inflamveis;

NR 21 / Trabalho a Cu Aberto;

NR 22 / Trabalho Subterrneos;

NR 23 / Proteo contra Incndios;

NR 24 / Condies Sanitrias e de Conforto nos Locais de Trabalho;

NR 25 / Resduos Industriais;

NR 26/ Sinalizao de Segurana;

NR 27 / Registro Profissional do Tcnico de Segurana do Trabalho no Ministrio do Trabalho;

NR 28 / Fiscalizao e Penalidades;

NR 29 / Segurana e Sade no Trabalho Porturio (Elaborada posteriormente conf. Port. n 53 de 17.12.1997).

Art. 2 As alteraes posteriores, decorrentes da experincia e necessidade, sero baixadas pela Secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho.

Art. 2 Revigorado pela Portaria n 3.144, de 2.5.1989.

Art. 3 Ficam revogadas as Portarias MTIC. . . . . . . . .

Art. 4 As dvidas suscitadas e os casos omissos sero decididos pela Secretaria de Segurana e Medicina do Trabalho.

Art. 4 Revigorado pela Portaria n 3.144 de 2.5.1989.

Art. 5 Esta Portaria entrar em vigor na data de sua publicao.

Arnaldo Prieto.

Observao: - Nos anos seguintes de 1978 em diante as Normas Regulamentadora foram sendo ampliadas, modificadas e complementadas com o acrscimo de novas NR conforme abaixo colocado:

8.2 Resumo das Normas Regulamentadora - NR e informaes complementares:

A seguir, de uma forma introdutria, colocamos um resumo geral das NR. Posteriormente algumas das principais NR sero estudadas mais detalhadamente, principalmente aquelas de aplicao mais generalizada.

Observaes:

Outro ponto a salientar de que estas normas so revisadas periodicamente. Nestas ocasies as mesmas so colocadas para consulta pblica antes de serem recolocadas;

A fiscalizao dos estabelecimentos pelos rgos competentes feita com base nas Normas Regulamentadora NR;

As Normas Regulamentadora NR em seus textos fazem sempre referncia s Normas Tcnicas da ABNT vigentes, ou na possvel falta destas, s Normas Tcnicas Internacionais; Deste fato conclumos que ao utiliza-las e emprega-las necessitamos sempre de dispor tambm das Normas Tcnicas correspondentes.NR 1 - Disposies Gerais:

Determina que as Normas Regulamentadora, relativas Segurana e Medicina do Trabalho, obrigatoriamente, devero ser cumpridas por todas as empresas privadas e pblicas, desde que possuam empregados celetistas.

Determina, tambm, que o Departamento de Segurana e Sade no Trabalho DSST o rgo competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades inerentes.

D competncia s DRT regionais, determina as responsabilidades do empregador e a responsabilidade dos empregados.

NR 2 - Inspeo Prvia:

Determina que todo estabelecimento novo dever solicitar aprovao de suas instalaes ao rgo regional do Ministrio do Trabalho e Emprego, que emitir o CAI - Certificado de Aprovao de Instalaes, por meio de modelo pr-estabelecido.

NR 2 - Embargo ou Interdio:

A DRT poder interditar/embargar o estabelecimento, as mquinas, setor de servios se os mesmos demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo tcnico, e/ou exigir providncias a serem adotadas para preveno de acidentes do trabalho e doenas profissionais.

Caso haja interdio ou embargo em um determinado setor, os empregados recebero os salrios como se estivessem trabalhando.

NR 4 - Servios Especializados em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho SESMT:A implantao do SESMT depende da gradao do risco da atividade principal da empresa conforme os dados da Classificao Nacional de Atividades Econmicas - CNAE (Ver Quadro I) e do nmero total de empregados do estabelecimento (Ver Quadro II).

Dependendo desses elementos o SESMT dever ser composto por um Engenheiro de Segurana do Trabalho, um Mdico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Tcnico de Segurana do Trabalho, todos empregados da empresa.

Atualmente, esta Norma est sendo revista pela Comisso Tripartite Paritria Permanente. A nova NR4 - Sistema Integrado de Preveno de Riscos do Trabalho, pela Portaria n 10, de 6 de abril de 2000.

As novas determinaes referem-se aos servios terceirizados, o SEST prprio, o SEST coletivo e a obrigatoriedade de todo esta