apostila higiene, saúde e segurança do trabalho
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TEMA: Higiene, Saúde e Segurança do Trabalho.
1 - Objetivo:
O objetivo principal deste tema é o de transmitir e ensinar as principais noções básicas
e fundamentais relativas ao assunto, bem como, preparar e motivar todos os alunos a
engajarem-se na busca de melhorias contínuas da Higiene, Saúde e Segurança do Trabalho,
de modo a progredirmos sempre na busca de resultados melhores, de modo a alcançarmos
patamares de excelência nesta área tão relevante ao desenvolvimento técnico e social de
nosso país.
Assim sendo, dentro do período de tempo previsto e disponível do calendário escolar,
buscaremos obter uma visão global e uma introdução da Higiene e Segurança do Trabalho,
de modo a alicerçarmos uma base para uma atuação responsável e construtiva nesta
especialidade tão importante em nossa vida profissional.
Observação: - Neste tema além da exposição em aulas, utilizaremos também métodos de
aprendizado participativos tais como:
Trabalhos de pesquisa individuais e coletivos;
Consultas à literatura técnica específica;
Consultas e Pesquisas na Internet;
Demais meios didáticos possíveis.
Pois como todos nós sabemos:
“O trabalho dignifica o homem” e “O conhecimento o enobrece”
Autor desconhecido!
2 – Programação do Tema:
Para atingirmos os objetivos anteriormente colocados, abordaremos e
transcorreremos os seguintes assuntos ligados a Segurança e Higiene e do Trabalho:
Visão Histórica, sistêmica e holística da Segurança do Trabalho;
Estatísticas de Acidentes do Trabalho no Brasil e no Mundo;
Principais Leis que regem a Higiene e Segurança do Trabalho no Brasil;
Panorama da Situação da Segurança do Trabalho no Brasil e no Mundo;
Normas Regulamentadora aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de
1978;
Normas Técnicas, inclusive as relativas a Engenharia Elétrica que envolva a
Segurança do Trabalho;
Principais Órgãos Oficiais existentes relacionados a Segurança do Trabalho;
Entidades não Governamentais;
Termos técnicos, siglas e abreviações mais utilizadas;
Riscos Ambientais e Profissionais;
Análises de Riscos e principais Técnicas Utilizadas;
Situações de Emergências;
Gestão de Riscos e Emergências;
Combate a Incêndio;
Segurança em Instalações Elétricas;
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes –CIPA;
Equipamentos de Proteção Individual – EPIs;
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
SESMT – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho;
PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional;
Estrutura e Organização da Área de Segurança do Trabalho;
Sistemas de Gestão de SST;
OSHAS 18001 e BS 8800;
Demais aspectos importantes relativos ao tema.
3 – Introdução ao tema, visão histórica, sistêmica e holística do assunto:
3.1 – Resumo Histórico: - Origem, nascimento e oficialização da Segurança e a Higiene no
Trabalho:
Muito embora o trabalho organizado no mundo civilizado tenha surgido a milhares de
anos, como podemos ver testemunhados em diversas obras históricos, tais como, as
Pirâmides do Egito antigo, a Acrópole de Atenas, o Coliseu de Roma, a Muralha da China,
além de muitas outras Construções Medievais de grande porte, tais como as Catedrais,
Castelos, Monumentos e Túmulos, verificamos, contudo que, ao longo da história, parece
não ter havido uma organização e preocupação maior das Nações e Povos daquelas épocas,
com os aspectos referentes a Segurança de todos estes trabalhadores anônimos e 2
desconhecidos que se empenharam em promover toda a construção do nosso Mundo
Civilizado.
Cumpre lembrar ainda que grande parte destas obras monumentais utilizou Mão de
Obra escrava.
Na história do mundo, seguindo a linha do tempo a partir das épocas remotas,
verificamos que nos séculos XVIII e XIX, ocorreram importantes eventos e descobrimentos
científicos que culminaram com o surgimento da consagrada Revolução Industrial, a qual,
apoiou-se na evolução técnica decorrente do advento das Novas Tecnologias.
Exemplo disto foi à descoberta e o desenvolvimento das Máquinas a Vapor, dos
Motores de Combustão Interna, dos Motores Elétricos, dos Barcos a Vapor, dos Trens e
Ferrovias, além de diversas máquinas para produção em larga escala, como as máquinas de
Tecelagem e diversos outros inventos.
Em conseqüência de todos estes acontecimentos históricos ocorridos neste nosso
“Admirável Mundo Novo” tiveram o desenvolvimento acelerado da tecnologia e da economia,
modernizando e modificando radicalmente toda uma antiga Civilização.
Todo este desenvolvimento tecnológico, entretanto infelizmente não se fez
acompanhar do correspondente desenvolvimento e equilíbrio sociais, ocasionando assim
muitos e graves problemas sociais.
O agravamento da situação social deu-se principalmente pelo deslocamento em
massa dos trabalhadores e da população envolvida que passaram do trabalho na agricultura
e no campo para o trabalho nas diversas Indústrias que surgiram, tais como, as Indústrias de
Tecelagem, Confecções, de Bebidas e Alimentícias, de Veículos de transporte terrestre,
naval e aéreo Indústrias Químicas e Metalúrgicas, Siderúrgicas, da Construção Civil e outras
tantas existentes.
Além disto, a maioria dos trabalhadores daquela época não possuía formação,
conhecimento, preparo, treinamento e experiências adequadas e suficientes para as
transformações tão intensas que ocorreram.
Naquelas épocas passadas as condições de trabalho conseqüentemente eram
bastante precárias e inseguras.
Documentários antigos mostrando as condições de trabalho existentes nos EUA,
Inglaterra e demais países da Europa, no final do século XIX e início do século XX, como os
que são apresentados no GNT, Discovery, National Geographic e outros canais de TV a 3
Cabo, além de diversos artigos publicados em livros e enciclopédias, impressionam pelos
fatos e cenas apresentadas.
Respeitáveis obras literárias (Victor Hugo, A. J. Cronin, Steinbeck e outros) também
atestaram as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos os trabalhadores,
como por exemplo, os das Minas de Carvão na Inglaterra, das Fábricas e Usinas, dos Portos
e Estaleiros e os da Construção Civil em todo o mundo.
Recentemente, a TV Globo, na novela “Esperança”, líder em audiência, também
abordou estas questões sociais ocorridas no Brasil.
Não faltam exemplos das condições de trabalho deploráveis que existiram nas épocas
passadas, as quais infelizmente ocorrem ainda na época atual, pois apesar de avanços
tecnológicos e sociais ocorridos no mundo, ainda hoje em dia encontramos casos de
displicência, abusos e situações ilegais relativas ao Trabalho, como provam as notícias
divulgadas e as estatísticas de Acidentes do Trabalho publicadas.
Tendo em vista então ao grande número de acidentes desastrosos ocorridos naquelas
épocas passadas, bem como, pela divulgação feita através dos diversos meios de
comunicação, além da decorrente pressão da opinião pública, medidas organizadas de
proteção ao trabalhador finalmente começaram a ser tomadas no mundo.
Mesmo assim com toda da evolução tecnológica dos tempos atuais, por incrível que
pareça, encontramos ainda hoje em dia casos de Trabalho Infantil e Trabalho Escravo!
Em continuidade a este breve histórico, cronológica e resumidamente indicamos
alguns fatos e acontecimentos de maior relevância relacionados com a Segurança do
Trabalho:
Ano de 1911:
Começa-se a implementar com maior amplitude o tratamento médico industrial;
Anos de 1919 até 1921:
Fundação da Organização Internacional do Trabalho – OIT, em 1919, em Genebra, na
Suíça;
O Tratado de Versalhes que selou o fim da Primeira Grande Guerra Mundial incluiu
em seu bojo ações para melhorias das condições de trabalho no mundo.
Surgimentos oficiais de Ações Coordenadas e abrangentes ligadas a Segurança e
Higiene do Trabalho, ocorridas no ano de 1.921, quando a OIT organizou um Comitê para o
Estudo de Assuntos referentes a Segurança e a Higiene no Trabalho.4
Nesta época o Comitê da OIT estabelecido em Genebra na Suíça, estudando as
condições de trabalho e vida dos trabalhadores no mundo, tomou uma decisão histórica
recomendando e tornando obrigatória a constituição de Comissões, compostas de
representantes do empregador e dos empregados, com o objetivo de zelar pela prevenção
dos acidentes do trabalho, quando as empresas tivessem 25 ou mais empregados.
No Brasil simultaneamente surge a primeira Lei sobre Acidentes do Trabalho, a de n o
3.724 de 15 de janeiro de 1919.
Ano de 1934:
Tempos depois, em 10 de julho de 1934 foi promulgada a segunda Lei de Acidentes
do Trabalho através do Decreto n o 24.637.
Ano de 1943:
Criação da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT conforme o Decreto Lei nº 5.452
de 01.05.1943.
Ano de 1944:
Oficialmente instituída a criação da CIPA - Comissão Interna Para Prevenção de
Acidentes, no Brasil:
Getúlio Vargas, um dos políticos de maior expressão em nossa História, conhecido
como o “Pai dos Trabalhadores”, 21 anos após a recomendação feita pela OIT, promulgou
em 10.11.1944, o Decreto – Lei nº 7.036, fixando a obrigatoriedade da criação de Comitês
de Segurança em Empresas que tivessem 100 ou mais empregados. Este decreto ficou
conhecido como Nova Lei de Prevenção de Acidentes.
Ano de 1953:
Em 27.11.1953 a Portaria 155 oficializava a sigla CIPA – Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes.
3.2 – Etapas intermediárias ocorridas no Brasil:
Ano de 1967:
Em 26.02.1967, no Governo do Presidente Costa e Silva, o Decreto-Lei n o 229
modificou o texto do Capítulo V, título II, da CLT, o qual dispunha de assuntos de Segurança
e de Higiene no Trabalho.
Com esta modificação, o artigo 164 da CLT, que tratava de assuntos referentes a
CIPA foi alterado e ficou conforme o seguinte texto:
5
Art. 164 – As empresas que, a critério da autoridade competente em matéria de
Segurança e Higiene no Trabalho, estiverem enquadradas em condições estabelecidas nas
normas expedidas pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho,
deverão manter obrigatoriamente, o Serviço Especializado em Segurança e em Higiene do
Trabalho e constituir Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPAS.
§ 1. º O Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho definirá as
características do pessoal especializado em Segurança e Higiene do Trabalho, quanto às
atribuições, à qualificação e a proporção relacionada ao número de empregados das
empresas compreendidas no presente artigo.
§ 2. º As Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAS) serão compostas
de representantes de empregadores e empregados e funcionarão segundo normas fixadas
pelo Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho.
Ano de 1968:
Portaria 3.456: - Em 29 de novembro de 1968, a Portaria 3.456 reduziu o número de
100 para 50 empregados como o limite em que se torna obrigatório à criação das CIPAS em
cada Empresa.
Ano 2000 :
Ainda hoje, apesar de toda a legislação criada e existente, o desenvolvimento
tecnológico continua defasado do desenvolvimento econômico e social, causando em
conseqüência o desemprego em massa, a má distribuição da mão de obra e da renda, fatos
estes que combinados com os programas educacionais, da saúde e habitacionais ainda
deficientes, atingem e prejudicam principalmente as trabalhadores e as classes sociais
menos favorecidas.
Assim sendo, o grande desafio a ser vencido em nossa Sociedade continua sendo o
de progredirmos em harmonia e equilíbrio, buscando o desenvolvimento tecnológico
acompanhado do desenvolvimento econômico, social e da cidadania de modo a
melhorarmos as condições de vida, da educação, da saúde, da habitação e do trabalho no
Brasil e no mundo.
Como descreve Alvin Tofler em seu livro “A terceira onda”, no Brasil temos presentes
simultaneamente as 3 ondas básicas de desenvolvimento que ocorreram nas principais
nações do mundo:
O desenvolvimento Agrícola;6
O desenvolvimento Industrial;
E o desenvolvimento da Tecnologia da Informação.
Temos assim grandes contrastes, existindo empresas com um alto grau de
desenvolvimento técnico e social, cujos resultados em termos da Segurança no Trabalho são
excelentes, ao lado de empresas tecnicamente e socialmente não adequadamente
estruturadas, sem a mínima responsabilidade social, cujos trabalhadores sofrem as
conseqüências, pagando com a sua saúde e a com a sua vida.
Em vista disto ocorrem os resultados tão ruins relativamente aos principais índices de
Segurança do Trabalho, a ponto do Brasil situar-se atualmente entre as 15 piores nações em
termos de Segurança do Trabalho no mundo.
Esta situação, todavia não deve nos desestimular, mas sim motivar na busca de um
desenvolvimento mais equilibrado, com ações modificadoras que revertam este quadro
desfavorável para uma situação mais compatível comparativamente as nações econômica e
socialmente mais desenvolvidas.
Isto requer de todos nós atitudes reconhecidas como as chaves de sucesso no
alcance de objetivos maiores e marcas de excelência em termos de Segurança e Qualidade
de Vida, tais como:
Ideais maiores;
Ciência, Ética e Humanismo;
Constância de propósitos;
Organização;
Planejamento permanente;
Comunicação;
Treinamento constante;
Coordenação;
Decisão;
Execução.
3.3 – Situação Atual em termos das Leis, Normas, Portarias e Regulamentações:
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- A regulamentação referente a Segurança e Medicina do Trabalho atualmente são
regidas pelas seguintes Leis, Normas e Portarias abaixo colocadas, entre outras diversas
tantas existentes:
Constituição Federal de 1988;
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, Capítulo V - Segurança e Medicina do
Trabalho, (Decreto Lei nº 5.452 de 01.05.1943, atualizada pela Lei nº 6.514, de 22
de janeiro de 1977);
Lei nº 6.514, de 22 de janeiro de 1977 (D.O.U. 23.12.1977);
Normas Regulamentadora (NR), aprovadas pela Portaria n0 3.214, de 08 de junho
de 1978;
Normas Regulamentadora Rurais (NRR), aprovadas pela Portaria nº 3.067, de 12
de abril de 1988;
Decreto nº 4.085 de 15 de janeiro de 2002 o qual promulgou a Convenção nº 174
da OIT, bem como, a Recomendação nº 181 sobre a Prevenção de Acidentes
Industriais Maiores;
Demais Portarias, Decretos e Leis vigentes constantes da Legislação
Complementar.
* Responsabilidades Civil e Criminal por Acidente do Trabalho:
Sob o aspecto das Responsabilidades Civil e Criminal por Acidente do Trabalho
temos, (vide em anexo):
Responsabilidade Civil:
Art. 30, da Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro;
Art. 157 da CLT;
Artigos 159, 1521, 1522, 1524 do Código Civil;
Súmula 229 do Supremo Tribunal Federal;
Decreto nº 2172/97, art. 160.
Responsabilidade Criminal:
Artigos 15, 121, 129, 132, do Código Penal;
Decreto nº 2172/97, art. 157, §1.
4 – Segurança no Trabalho, aspectos Políticos, Sociais, Educativos, Econômicos, Dados
Estatísticos:
8
4.1 - Instituições Governamentais e Entidades não Governamentais ligadas a Segurança e
Medicina do Trabalho:
É de a máxima importância termos uma visão global das várias Instituições
Governamentais e não Governamentais e das diversas Entidades que atuam e interagem
nas questões relacionadas a Segurança e Medicina do Trabalho, no Brasil e no mundo,
inclusive no que tange as recomendações mais recentemente indicadas, bem como, das
tendências que podemos verificar no panorama mundial da Segurança do Trabalho.
Governo no Brasil:
MINISTÉRIOS:
Da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Ministro:
Casa Civil da Presidência da República
Ministra:
Das Cidades
Ministro:
Da Ciência e Tecnologia
Ministro:
Das Comunicações
Ministro:
Controladoria-Geral da União
Ministro Chefe:
9
República Federativa do Brasil
Poder Executivo Poder Legislativo
Poder Judiciário
Da Cultura
Ministro:
Da Defesa (Comandos: Exército, Marinha e Aeronáutica)
Ministro:
Do Desenvolvimento Agrário
Ministro:
Do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
Ministro:
Do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Ministro:
Da Educação
Ministro:
Do Esporte
Ministro:
Da Fazenda
Ministro:
Da Integração Nacional
Ministro:
Da Justiça
Ministro:
Do Meio Ambiente
Ministro:
De Minas e Energia
Ministro:
Do Planejamento, Orçamento e Gestão
Ministro:
Da Previdência Social
Ministro:
Das Relações Exteriores
Ministro:
Da Saúde
Ministro: 10
Do Trabalho e Emprego
Ministro:
Dos Transportes
Ministro:
Do Turismo
Ministro:
Observação:
Para um melhor conhecimento e entendimento da matéria, é muito importante
conhecermos e acessarmos os seguintes Órgãos Governamentais e Não Governamentais
em seus respectivos sites, como por exemplo, os seguintes:
Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (http://www.mte.gov.br/) e seus Órgãos
Regionais do MTb;
Ministério da Previdência Social - http://www.mpas.gov.br/;
Ministério da Saúde – http://www.saude.gov.br/;
Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho - SSST órgão de âmbito nacional
competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades
relacionadas com a Segurança e medicina do trabalho;
Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho – SSMT;
Delegacias Regionais do Trabalho – DRT, nos limites de sua jurisdição, órgão
regional competente para executar as atividades relacionadas com a segurança e
medicina do trabalho;
Órgãos Federais, Estaduais e Municipais: - Podem ainda ser delegadas a outros
Órgãos Federais, estaduais e municipais, mediante convênio autorizado pelo
Ministro do Trabalho, atribuições de fiscalização e/ou orientação às empresas,
quanto ao cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e
medicina do trabalho.
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST (Órgão do MTE);
MPT;
Fundacentro – Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do
Trabalho (http://www.fundacentro.gov.br/;
IBGE http://www.ibge.gov.br/ Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Brasil;11
OMS/OPAS – Organização Mundial da Saúde (http://www.opas.org.br/);
OIT – Organização Internacional do Trabalho (http://www.oitbrasil.org.br/);
SOBES – Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança
http://www.sobes.org.br/;
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (http://www.abnt.org.br);
ANAMT – Associação Nacional de Medicina do Trabalho
(http://www.anamt.org.br/;
ABMT – Associação Brasileira de Medicina do Trabalho;
ABPA – Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes
(http://www.abpa.org.br/);
ABHO – Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais
(http://www.abho.com.br/);
FENATEST - Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho;
CREA – SP (http:// www.creasp.org);
Abraphiset - Associação Brasileira dos Profissionais de Higiene e Seg. do
Trabalho - Http://www.abraphiset.com.br/;
Anent - Associação Nacional de Enfermagem do Trabalho -
Http://www.anent.org.br/;
Anest - Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho
-Http://www.anest.cjb.net/;
SAUDE E TRABALHO ON LINE;
Várias outras entidades nacionais e internacionais, cujos “Links” são encontrados
nos diversos “Sites” e Portais de Segurança e Medicina do Trabalho que existem.
4.2 – Dados Estatísticos relativos aos Acidentes do Trabalho no Brasil e no mundo:
O Acompanhamento periódico dos dados Estatísticos referentes à Segurança do
Trabalho é da máxima importância para analisarmos e verificarmos em que situação nos
encontramos e quais as ações necessárias de serem tomadas, no que se refere as medidas
para melhoria das Condições de Saúde e Segurança no Trabalho.
A título de exemplos, transcrevemos abaixo alguns dados estatísticos e informações
pesquisadas:
Ano de 1965:12
Conforme pgs. 946 e 947 do livro “Instalações Elétricas, Antonio Bossi e Ezio Sesto,
Hemus Editora Ltda” em 1965, conforme dados Instituto Nacional para Seguros contra
Acidentes do Trabalho – INAIL foram denunciados 1.084.886 acidentes do trabalho, dos
quais 2.657 foram mortais, acidentes estes ocorridos nos diversos setores industriais.
Destes acidentes ocorridos, 1.189 (44,7 %) se referiam aos acidentes em Instalações
Elétricas.
Os dados acima não incluem acidentes domésticos.
Período de 1970 até 2003 (33 anos):
Conforme estatísticas da Previdência Social, no período de 33 anos, a média anual
dos acidentes com lesão foram da ordem de 400.000, sendo que dentre estes, 4.000 foram
de acidentes fatais.
Ano
AEmpregados Segurados
BAcidentes
Registrados
C= Bx100/AIncidência
(%)
DN° de
Óbitos
E´ =N° de
Óbitospor
100.000trabalhadores
E= Dx1000/BCoeficiente
de
Letalidade
(por 1000)
13
1970 7.284.022 1.220.110 16,75 2.232 30,6 1,831975 12.996.187 1.916.187 14,74 4.001 30,8 2,091980 18.686.355 1.464.211 7,84 4.824 25,8 3,291985 20.106.355 1.077.861 5,36 4.384 21,8 4,061990 22.755.875 693.672 3,05 5.355 23,5 7,721991 22.792.858 640.790 2,81 4.523 19,8 7,061992 22.272.843 532.514 2,40 3.666 16,5 6,881993 23.165.027 426.960 1,84 3.689 15,9 8,641994 23.667.241 388.304 1,71 3.129 13,2 8,051995 23.755.736 424.137 1,79 3.967 16,7 9,351996 23.838.312 395.455 1,66 4.488 18,8 11,351997 24.140.428 421.343 1,75 3.469 14,4 8,231998 24.491.635 414.341 1,69 3.793 15,5 9,151999 24.993.265 387.820 1,55 3.896 15,6 10,05
2000 (*) 26.228.629 363.868 1,39 3.094 11,8 8,52001 (*) 26.966.897 340.251 1,26 2.753 10,2 8,12002 (*) 28.683.913 393.071 1,35 2.968 10,1 7,5
2003(**)
29.544.927 390.180 1,25 2.582 9,0 6,6
20042005
Observação:
- Os dados indicados na Tabela supracitada acima são retirados de estatísticas oficiais;
- Nota-se haver uma incoerência de resultados no que se refere às curvas dos índices de
Incidência e o do Coeficiente de Letalidade, respectivamente colunas “C” e “E”;
- (*) Sujeito a revisão;
- (**) Dados preliminares.
Ano de 1.995
Mortos por 1.000 Acidentes de Trabalho (Coeficiente de
Letalidade, E = Dx1000/B).
EUA = 0,95.
14
Portugal = 1,10.
Espanha = 2,07.
México = 2,97.
Brasil = 3.967*1.000 / 424.137 = 9,35 (conforme os
dados da tabela supracitada).
Nicarágua = 9,81.
o Informações complementares:
Conforme artigo recentemente publicado em “A TRIBUNA”, por ocasião do IX
Encontro Nacional de Segurança, Saúde e Meio Ambiente, realizado em 2002 em Santos no
Mendes Convention Center, no Brasil de 1971 até 2000 (período de 30 anos), tivemos o
seguinte quadro:
- Perderam a Vida mais de 120.000 trabalhadores, ou seja, em média 4.000
trabalhadores por ano;
- Cerca de 300.000 ficaram inválidos, com uma média de 10.000 trabalhadores
inválidos por ano;
- Ocorrência de mais de 30.000.000 de acidentes do trabalho registrados neste
período de período 30 anos, ou seja, em média 1.000.000 de acidentes por ano;
- Com um índice de 12,6 acidentes para cada 100.000 trabalhadores, índice este
comparativamente bastante acima dos índices dos demais países, tais como os
seguintes:
o 7,6 registrados na França;
o 5,5 na Alemanha;
o 4,2 na Finlândia;
o 2,7 na Suécia.
Dados recentemente divulgados pelo Ministério do Trabalho indicam que o Brasil está
entre as 15 nações com maior número de acidentes do trabalho no mundo.
Além disto, o prejuízo anual no Brasil devido a indenizações e tratamentos médicos
decorrentes dos acidentes do trabalho a que ocorrem é da ordem de R$ 20 bilhões. Esta
15
cifra seria suficiente para construção de 1 (um) milhão de casas populares ou de 70.000
escolas. (Ver artigo publicado em A Tribuna de 26.01.2003).
De outro lado, informe da Organização Internacional do Trabalho – OIT divulgado em
Genebra na Suíça no dia Internacional do Trabalho mostra que as doenças e acidentes
relacionados ao trabalho no mundo provocam a cada ano 2 milhões de óbitos, ou seja, cerca
de 5.480 mortes por dia onerando a economia global em pelo menos US$ 1,25 trilhões
equivalente a 4% do Produto Interno Bruto do mundo. (Ver artigo publicado em A Tribuna
de 02/05/2003).
4.3 – Principais Indicadores de Desempenho utilizados na Segurança do Trabalho, Taxa de
Freqüência e Taxa de Gravidade:
Relativamente aos dados estatísticos é muito importante que se determine, analise e
acompanhe periodicamente as Taxas de Freqüência, e Taxas de Gravidade.
Observação:
A NB 18 (ABNT, 1975), sugere a elaboração e acompanhamento dos seguintes
Indicadores:
- Taxas de Freqüência (total, com perda de tempo e sem perda de tempo);
Ou seja:
Taxa de Freqüência = nº total de acidentes * 1.000.000 / nº total de h. h. trabalhadas.
- Taxa de Gravidade;
Ou seja:
Taxa de Gravidade = nº total de dias perdidos * 1.000 / nº total de h. h. trabalhadas.
Observações:
- O numerador da Taxa de Freqüência é expresso pelo Número Total de Acidentes
ocorridos no período de avaliação;
16
- O numerador da Taxa de Gravidade é expresso pelo Número Total de Dias
Perdidos mais os Dias Computados devido aos acidentes no período de avaliação;
- O denominador das duas expressões anteriores, Taxas de Freqüência e de
Gravidade é expresso em horas trabalhadas em um determinado período de
tempo, ou seja, mensalmente, anualmente, etc.
Veja exemplo de cálculo nas pgs. 58,59 e 60 do livro “Prevenção de Acidentes nas
Indústrias”, W. R. Peixoto, Ediouro.
- Outras medidas de avaliação da gravidade (número médio de dias perdidos em
conseqüência de incapacidade temporária total, número médio de dias perdidos em
conseqüência de incapacidade permanente e tempo médio computado).
Sob este aspecto é interessante que se consulte sempre as estatísticas e dados do
Ministério da Previdência e Assistência Social – MPAS, bem como, do Ministério do Trabalho
e Emprego – MTE - (http:// www.mte.gov.br/);
É muito importante estabelecer e conhecer a relação das causas e efeitos, para os
vários tipos de acidentes ocorridos, inclusive caracterizando os tipos das instalações e das
substâncias perigosas envolvidas. Isto nos possibilitará agir de forma mais direcionada e
eficaz na solução dos problemas de segurança existentes.
Assim sendo nas duas tabelas abaixo colocadas encontramos dados de Acidentes de
Grande Porte ocorridos no mundo, envolvendo Produtos Químicos diversos, inclusive
combustíveis e explosivos, bem como, suas principais causas e perdas de vidas decorrentes
(Foram registrados os acidentes com mais de 20 mortes).
É importante que conheçamos estas informações para que haja uma conscientização
do alto poder de destruição revelado por estes acidentes.
Semelhantemente aos acidentes ocorridos no ramo Químico, abaixo indicados,
ocorreram também acidentes de gravidade e conseqüências em diversos outros ramos de
atividades perigosas existentes no mundo, os quais também precisam ser pesquisados e
conhecidos.
ANEXO I: - Tabela 1 - Acidentes químicos ampliados em nível global com mais de 20
óbitos do início do século até 1969.
Data País Tipo de Acidente / Substância Mortes
1917 Escócia Explosão de Navio / Explosivos militares 1.80017
1921 Alemanha Explosão em Fábrica / de Nitrato e >500
1926 EUA Explosão em Depósito de Munições / Trinitrotoluol 21
EUA Vazamento de Tanques / Cloro 40
1929 EUA Incêndio com gases Tóxicos em / Nitrogênio, e Monóxido
de Carbono 119
1930 Bélgica Gases Tóxicos na Atmosfera / Fluoreto de Hidrogênio,
Ácido e Dióxido Sulfúrico 92
1933 Alemanha Explosão em Fundição / Gás 65
1934 China Incêndio em Gasômetro / Gás 42
1935 Alemanha Explosão em Fábrica de Explosivos / Dinitroluok,
Trinitrotoluol
1939 Romênia Vazamento em Indústria Química / Cloro 60
1942 Bélgica Explosão / Nitrato de Amônia 60-80
1943 Alemanha Explosão de Caminhão em ind. / Butadieno e 60-80
1944 EUA Explosão de Nuvem de Gás / GLN 130
1947 França Explosão de Navio Cargueiro / Nitrato de Amônia 21
EUA Explosão de Caminhão em Ind. / Éter Dimetílio 209
Alemanha Explosão em Metalúrgica / Poeira de
Carvão 50
1950 México Vazamento em Fábrica / Sulfeto de Hidrogênio 22
1959 EUA Explosão de Caminhão em Rod. / Gás Líquido de Petróleo 26
1966 França Explosão em Refinaria / Propano e Butano 21
1968 Alemanha Explosão em Indústria / Cloreto de 24
Japão Contaminação da água por uma / Cádmio 100
Fonte: Freita; C. M. de et al [1995]
Tabela 2 - Acidentes químicos ampliados em nível global com mais de 20 óbitos de 1970 até 1984.
Data País Tipo de Acidente / Substância Mortes
1970 Japão Explosão / Gás 92
1972 EUA Explosão de Coqueria / Propano 21
Japão Vazamento em 6 indústrias / Desconhecido 76
18
Brasil Explosão em Refinaria / Propano e 38
1973 EUA Incêndio em / GLP 40
1974 Inglaterra Flixborough / Vazamento seguido de Explosão em / Ciclohexano 28
1976 Finlândia Explosão / Explosivos 43
1977 Coréia Sul Explosão de Trem / Explosivos 56
Colômbia Vazamento em Indústria de / Amônia, Nitrato e carbamide
1978 Espanha Acidente de Transporte Rodoviário / Propileno 216
México Explosão / Butano 100
México Explosão de Gasoduto / Gás 58
Explosão de um Vagão Tanque / GLP 25
1979 U.R.S.S. Acidente em Fábrica Prod. Químico 300
Irlanda Explosão de tanque de Óleo / Óleo 55
China Naufrágio de um Navio de / Óleo 72
EUA Explosão e Incêndio em Tanque / Óleo Cru 32
1980 Índia Explosão em 2 Fábricas / Explosivos 40+80
Irã Explosão em Depósito de Explosivos / Nitroglicerina 80
Espanha Explosão / Explosivos 51
Tailândia Explosão de Armamentos / Explosivos 54
1981 Venezuela Explosão / Hidrocarbureto 145
México Descarrilamento de Trem / Cloro 28
1982 Canadá Naufrágio em Navio de Óleo / Óleo 84
EUA Incêndio em Navio de Óleo / Óleo 51
Noruega Naufrágio de Navio de / Óleo 123
Espanha Explosão / Explosivos 51
Tailândia Explosão de Munições / Explosivos 54
Venezuela Explosão / Hidrocarbonos 145
1983 Brasil Explosão de Trem / Diesel e 45
1984 Brasil Explosão de Oleoduto / Petróleo (Vila Socó – Cubatão) 508
Brasil Explosão em Plataforma de Petróleo / Petróleo 40
México Explosão de Reservatório / Gás Líquido de 550
Índia Bophal / Vazamento em Indústria Química / Isocianato de Metila >2.500
19
Paquistão Explosão de Gasoduto / Gás Natural 60
Romênia Explosão em Fábrica 100
Índia Transporte Rodoviário / Petróleo 60
Fonte: Freita; C. M. de et al [1995].
LISTAGEM DOS ACIDENTES AMPLIADOS / MAIORES OCORRIDOS ( * ) : (*) - Ver adiante a Convenção OIT 174 e o Decreto Lei 4085 de 15 de janeiro de 2002.
1921 - Alemanha, Oppau, explosão, 561 mortes
1943 – Alemanha, Ludwigshaffen, explosão, 245 mortes
1944 - EUA, Cleveland, incêndio, 136 mortes
1947 - EUA, Texas, explosão barco, 3.000 feridos e 552 mortes
1966 - França, Feyzin, bola de fogo, 81 feridos e 18 mortes
1972 - Brasil, Duque de Caxias, bola de fogo, 53 feridos e 39 mortes
1974 – Inglaterra, Flixborough, explosão, 104 feridos e 28 mortes
1975 - Holanda, Beek, explosão, 14 mortes
1976 – Itália, Seveso, vazamento, intoxicação e dano ao meio ambiente
1978 - Espanha, San Carlos, explosão, 200 feridos e 206 mortes
1983 - Egito, rio Nilo, explosão de carga de GLP, 317 mortes
1984 - Brasil, Cubatão, Vila Socó, fogo, 500 evacuados e 93 mortes
1984-Índia, Bhopal, explosão, 200.000 intoxicados e agressão ao Meio Amb. 4.000 mortes
1984 - México, cidade do México, explosão, 6.400 feridos e 650 mortes
1984 - México, San Juan, explosão de tanque de GLP, 550 mortes
1986 - URSS, Chernobyl URSS, Chernobyl
1987 - Seul, Correa, explosão, 59 feridos e 9 mortes
1988 - EUA, Houston, explosão, 23 mortes
1989 - EUA, Alaska, vazamento de 40 ton de petróleo, 100.000 aves mortas
1990 - Nagothane, Índia, explosão, 35 feridos e 35 mortes
1991 - Sungei Buloh, Malásia, incêndio, 60 feridos e 40 mortes
1991 - Dhaka, Bangladesh, explosão, 39 feridos e 7 mortes
1991 - Bagkok, Thailandia, explosão, mais de 200 feridos e 5 mortes
1993 - Hubei, China, explosão, 52 feridos 63 mortes
20
1993 - Tailândia, fogo em fábrica de foguetes
2000 - Guizhou, China, explosão de gás Metano em um mina de carvão
2001 - Brasil, plataforma de petróleo, incêndio e dano ao meio ambiente, com 11 mortes
2001 - Zasiadko, Ucrânia, explosão em mina de carvão, mais de 17 feridos e 36 mortes
Observação: Das ocorrências e dos exemplos acima colocados constatamos o perigo, o
risco e o alto grau de destruição dos acidentes com:
Vazamentos de produtos inflamáveis e/ou produtos tóxicos;
Das explosões;
Dos naufrágios;
Dos curtos-circuitos;
Das descargas atmosféricas;
Dos incêndios;
Das ocorrências semelhantes às acima colocadas.
5 - Higiene e Segurança do Trabalho em geral, inclusive Segurança em Instalações Elétricas:
5.1 - Áreas de Conhecimentos envolvidas:
A Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho inclui uma gama de conhecimentos
bastante variada e extensa, envolvendo atividades das mais diversas áreas e
especializações existentes, as quais interagem entre si, como por exemplo, as seguintes:
Administração; Biologia; Comunicação; Construção Civil; Construção e Montagem;
Direito; Economia; Educação; Energia; Enfermagem; Engenharia; Ergonomia; Estatística;
Família; Finanças; Física; Gestão; História; Matemática; Medicina; Organização; Pesquisas;
Planejamento; Política; Petroquímica; Processos Industriais; Psicologia; Química; Recursos
Humanos; Saúde; Sociologia; Tecnologia; Transporte; E diversos outros ramos de atividade
existentes em nossa Sociedade e Economia.
Observações:
É por isto que se diz que a Higiene, Segurança e a Medicina do Trabalho tem uma
natureza multifacetada;
Além disto, para o bom conhecimento da Segurança do Trabalho é necessário que se
tenha, além de todos os conhecimentos técnicos envolvidos, uma visão histórica,
holística e sistêmica dos acontecimentos;
21
É importante, por exemplo:
* Pensarmos globalmente e atuarmos localmente (por razões econômicas);
* Conhecermos o todo, desde o chão de fábrica até a presidência da Empresa;
* Trabalharmos com constância de propósitos;
* Trabalharmos de maneira organizada, planejada e em equipe;
* Acessarmos e nos comunicarmos com todas as áreas da empresa e pessoal
envolvido.
5.2 – Quadro I - Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE da NR 4 –
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho:
A visão e o conhecimento dos diversos e diferentes campos de atividades econômicas
e sociais existentes no país, os quais demandam e utilizam o trabalho das pessoas e o
respectivo Grau de Risco é de suma importância.
Para iniciar é muito útil então conhecermos e consultarmos o Quadro I -
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE da Norma Regulamentadora
– NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho, cujo resumo colocamos abaixo:
Quadro I – Classificação Nacional das Atividades Econômicas – CNAE
(Tabela parcial e resumida, vide NR-4, Quadro I).
A – AGRICULTURA, PECUÁRIA, SILVICULTURA E EXPLORAÇÃO FLORESTAL.
Código Atividades Grau de Risco
01AGRICULTURA, PECUÁRIA E SERVIÇOS RELACIONADOS COM ESSAS
ATIVIDADES.
01.1 Produção de Lavouras Temporárias
01.13-9 Cultivo de cana-de-açúcar 3
22
01.15-5 Cultivo de soja 3
01.2 Horticultura e Produtos de Viveiro
01.21-0 Cultivo de hortaliças, legumes e especiarias hortícolas. 3
01.3 Produção de Lavouras Permanentes
01.31-7 Cultivo de frutas cítricas 3
01.32-5 Cultivo de café 3
01.4 Pecuária
01.41-4 Criação de bovinos 3
01.44-9 Criação de suínos 3
01.45-7 Criação de aves 3
01.5 Produção Mista: Lavoura e Pecuária
01.50-3 Produção mista: lavoura e pecuária 3
01.6Atividades de Serviços Relacionada com a Agricultura e
Pecuária, Exceto Atividades Veterinárias.
01.61-9 Atividades de serviços relacionados com a agricultura 3
01.62-7Atividades de serviços relacionados com a pecuária,
exceto atividades veterinárias.3
2SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E SERVIÇOS
RELACIONADOS COM ESTAS ATIVIDADES.
02.1Silvicultura, Exploração Florestal e Serviços Relacionados com estas
Atividades.
02.11-9 Silvicultura 3
02.12-7 Exploração florestal. 3
B - PESCA.
5PESCA, AQÜICULTURA E ATIVIDADE DOS SERVIÇOS
RELACIONADOS COM ESTAS ATIVIDADES.
05.1Pesca, Agricultura e Atividades dos Serviços Relacionados com estas
Atividades.
05.11-8 Pesca 3
C - INDÚSTRIAS EXTRATIVAS.
23
10 EXTRAÇÃO DE CARVÃO MINERAL 4
10.04 Extração De Carvão Mineral. 4
11 EXTRAÇÃO DE PETRÓLEO E SERVIÇOS CORRELATOS
11.1 Extração de Petróleo e Gás Natural
11.10-04 Extração de petróleo e Gás Natural 4
11.2Serviços Relacionados com a Extração de Petróleo e Gás - Exceto a
prospecção realizada por terceiros
11.20-7Serviços relacionados com a extração de petróleo e gás -
Exceto a prospecção realizada por terceiros4
13 EXTRAÇÃO DE MINERAIS METÁLICOS.
13.1 Extração de Minério de Ferro
13.10-2 Extração de minério de ferro 4
13.2 Extração de Minérios Metálicos Não-Ferrosos
13.21-8 Extração de minério de alumínio 4
13.23-4 Extração de minério de manganês 4
13.25-0 Extração de minerais radioativos 4
14 EXTRAÇÃO DE MINERAIS NÃO-METÁLICOS
14.1 Extração de Pedra, Areia e Argila.
14.10-9 Extração de pedra, areia e Argila. 4
14.2 Extração De Outros Minerais Não-Metálicos
14.22-2 Extração e refino de sal marinho e sal-gema 4
14.29-0 Extração de outros minerais Não-Metálicos 4
D - INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO.
15 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS E BEBIDAS
15.1 Abate e Preparação de Produtos de Carne e de Pescado
15.11-3 Abate de reses, preparação de produtos de carne. 3
15.12-1Abate de aves e outros pequenos animais e preparação
de produtos de carne.3
15.14-8Preparação e preservação do pescado e fabricação de
Conservas de peixes, crustáceos e moluscos.3
24
15.2Processamento, Preservação e Produção de Conservas
de Frutas, Legumes e Outros Vegetais.
15.23-7 Produção de sucos de frutas e de legumes 3
15.3 Produção de Óleos e Gorduras Vegetais e Animais
15.31-8 Produção de óleos vegetais em bruto 3
15.32-6 Refino de óleos vegetais 3
15.4 Laticínios
15.41-5 Preparação do leite 3
15.42-3 Fabricação de produtos do laticínio 3
15.51-2Beneficiamento de arroz e fabricação de produtos do
arroz3
15.52-0 Moagem de trigo e fabricação de derivados 3
15.53-9 Fabricação de farinha de mandioca e derivados 3
15.6 Fabricação e Refino de Açúcar
15.61-0 Usinas de açúcar 3
15.62-8 Refino e moagem de açúcar 3
15.7 Torrefação e Moagem de Café
15.71-7 3 Torrefação e moagem de Café 3
15.8 Fabricação de Outros Produtos Alimentícios
15.81-4Fabricação de produtos de padaria, confeitaria e
pastelaria.3
15.82-2 Fabricação de biscoitos e bolachas 3
15.84-9 Fabricação de massas alimentícias 3
15.89-0 Fabricação de outros produtos alimentícios 3
15.9 Fabricação de Bebidas
15.92-0 Fabricação de vinho 3
15.93-8 Fabricação de malte, cervejas e chopes. 3
15.95-4 Fabricação de refrigerantes e refrescos 3
16 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DO FUMO
16.0 Fabricação de Produtos do Fumo
25
16.00-4 Fabricação de produtos do fumo 3
17 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS TÊXTEIS
17.1 Beneficiamento de Fibras Têxteis Naturais
17.11-6 Beneficiamento de algodão 3
17.19-1 Beneficiamento de outras fibras têxteis naturais 3
17.2 Fiação
17.21-6 Fiação de algodão 3
17.22-1 Fiação de outras fibras têxteis naturais 3
17.23-0 Fiação de fibras artificiais ou sintéticas 3
17.3 Tecelagem - Inclusive Fiação e Tecelagem
17.31-0 Tecelagem de algodão 3
17.32-9 Tecelagem de fios de fibras têxteis naturais 3
17.5Serviços de Acabamento em Fios, Tecidos e Artigos
Têxteis.
17.6Fabricação de Artefatos Têxteis a Partir de Tecidos –
Inclusive Vestuário - e de Outros Artigos Têxteis.
Observações:
Vide na NR – 4: Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT, o Quadro I acima referido onde encontramos uma listagem completa
de todos os ramos de Atividades Econômicas, inclusive com o seu respectivo Grau de
Risco em uma escala de 1 (um) a 4 (quatro).
Complementando esta linha de conhecimento o passo seguinte é o de conhecermos os
diversos processos industriais existentes, como os da Refinação de Petróleo,
Siderúrgicos, Metalúrgicos, Químicos, Petroquímicos, Extração de Minérios, Mecânica
Pesada, Transporte e diversos outros. Na literatura técnica encontramos muitas obras
publicadas.
5.3 – Acidentes no Trabalho:
Diariamente, conforme divulgado pelos diversos meios de comunicação, tais como:
jornais, revistas especializadas e pela televisão, encontramos notícias, umas abrangentes,
26
com estatísticas da situação em geral, outras mais breves, relatando as ocorrências de
Acidentes no Trabalho no Brasil e no mundo.
Estas notícias descrevem e nos revelam os altos índices de Acidentes do Trabalho
ocorridos no Brasil, índices estes bem acima dos índices das demais nações evoluídas do
mundo.
Estes acidentes além de vitimarem a parte mais fraca da cadeia produtiva, ou seja, os
trabalhadores e suas famílias causam prejuízos de grande monta à Previdência Social e à
Saúde do nosso país.
5.4 – Definição Legal do Acidente no Trabalho:
* Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;
Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.
Art.19:
Acidente do Trabalho: é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta
Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Art.20:
Consideram-se Acidentes do Trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:
I - Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício
do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II - Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de
condições especiais, em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente,
constante da relação mencionada no inciso I.
§1o Não são consideradas como doença do trabalho:
a) Doença degenerativa;
b) A inerente a grupo etário;
c) Que não produza incapacidade laborativa;
27
d) A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se
desenvolva, salvo comprovação de que resultante de exposição ou contato direto
determinado pela natureza do trabalho.
§2o Em caso excepcional constatando-se que a doença não incluída na relação
prevista nos incisos I e II deste o artigo resultou das condições especiais em que o trabalho
executado e com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la
acidente do trabalho.
Art.21:
Equipara-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I - O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
II - O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
conseqüência de:
a) - Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro
de trabalho;
b) - Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada
com o trabalho;
c) - Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro
de trabalho;
d) - Ato de pessoa privada do uso da razão;
e) - Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior.
III - A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de
sua atividade;
IV - O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) - Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) - Na prestação espontânea de qualquer serviço a empresa para evitar-Ihe prejuízo
ou proporcionar proveito;
28
c) - Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por
esta, dentro de seus planos, para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) - No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§1o Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é
considerado no exercício do trabalho.
§2o Não é considerado agravamento ou complicação de acidente do trabalho a lesão
que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às conseqüências
do anterior.
5.5 – Causas Verificadas, Análise das Causas e Classificação das Causas dos Acidentes do
Trabalho:
A Análise das Causas dos Acidentes do Trabalho consta de estudos que nos levam ao
conhecimento de como e por que os acidentes ocorreram, facilitando a compreensão das
suas causas e possibilitando assim a atuação e a implantação de medidas preventivas que
protejam e impeçam a ocorrência de novos acidentes.
De um modo restrito as causas dos acidentes do trabalho são classificadas como:
I - ATOS INSEGUROS:
Os atos inseguros são geralmente definidos como causas de acidentes do trabalho
que residem exclusivamente no fator humano, isto é, aqueles que decorrem da execução de
tarefas de forma contrária as normas de segurança.
Como por exemplo:
o Falta de atenção;
o Excesso de autoconfiança;
o E outros atos.
* Causas:
As causas dos atos inseguras por sua vez podem ser devidas:
A - Inadaptação entre o Homem e a Função;
B - Fatores Constitucionais:
o Idade, Sexo, Percepção, entre outros.
29
C - Fatores Circunstanciais:
o Problemas familiares, abalos emocionais;
o Discussão com colegas, alcoolismo, doenças, entre outros.
D - Desconhecimento dos Riscos da Função e/ou Formas de Evitá-los:
É comum um operário praticar atos inseguros por não ter conhecimento
adequado sobre a forma recomendada de executar a operação, ou mesmo, por
desconhecer os riscos a que está sujeito.
Cabe aos técnicos e encarregados orientá-lo sobre as formas recomendadas
e mais seguras de se realizar determinadas tarefas de risco envolvidas na função.
II - CONDIÇÕES INSEGURAS:
São aquelas condições que, presente no local de trabalho, colocam em risco
a integridade física e mental do trabalhador, devido à possibilidade de o mesmo
acidentar. Tais condições apresentam e como deficiências técnicas.
Exemplo: Máquinas sem proteção, fiação elétrica exposta, piso defeituoso,
entre outros.
5.6 – Demais causas desfavoráveis as quais não podem ser ignoradas:
Além das causas primárias das ocorrências ligadas aos Acidentes do
Trabalho como as acima colocadas podem identificar outros fatores que
favoreceram a ocorrência e o incremento dos acidentes do trabalho, os quais não
podem ser ignorados:
Exemplo disto ocorreu no Brasil na década de 90:
Conjunturas Econômicas bastante desfavoráveis, como as ocorridas no
Brasil na década de 90, em conseqüência de períodos de crises da política e
economia mundial.
Estas condições repercutiram negativamente em nossa economia,
estimulando o emprego de políticas econômicas não adequadas, impostas pelos
credores internacionais.
Como por exemplo, tivemos os casos de diversas privatizações realizadas
no Brasil, as quais foram bastante desvantajosas para o nosso país, como as que
30
ocorreram com a Cia. Vale do Rio Doce, com as Concessionárias de Telefonia e de
Energia Elétrica e de Gás Natural.
Estas privatizações, além causarem o desemprego em massa, causaram
também o advento de políticas de terceirização da mão de obra, executadas
precariamente.
A terceirização por sua vez quase sempre veio acompanhada pela perda dos
direitos por parte dos trabalhadores, bem como, da diminuição do poder de
negociação dos Sindicatos, os quais tinham antes condições de lutar e defender os
direitos dos trabalhadores e atualmente encontram-se enfraquecidos, dado os
elevados índices de desemprego ainda existentes em nosso pais.
Sem generalizar, com raras exceções, podemos constatar que os índices de
acidentes do trabalho são mais elevado aonde o trabalho foi terceirizado.
Muitos trabalhadores terceirizados inclusive acabam trabalhando de modo
informal, não por sua própria escolha, mas devido às necessidades e circunstâncias
impostas por um mercado globalizado, competitivo, predatório e socialmente
desestruturadas.
Neste caso quando os acidentes ocorrem com dado a esta informalidade,
acontece na maioria das vezes da CAT – Comunicado de Acidente do Trabalho não
ser emitida, o que acaba distorcendo as estatísticas de acidentes de trabalho,
prejudicando muito os trabalhadores.
Além disto, à política da “globalização” dos mercados, tida como o “supra-
sumo” da economia mundial, revelou-se agora em sua face oculta e mais cruel, ou
seja, a da competividade desigual, a qual favorece sobretudo as potências
economicamente mais fortes, em detrimento dos povos e economias das Nações
emergentes e em desenvolvimento.
Isto tem levado ao agravamento do quadro econômico e social dos países
em desenvolvimento, como no caso do Brasil, contribuindo para a estagnação da
economia, terceirização da mão de obra e desemprego em massa, causando
graves problemas sociais, como a falta de moradias, a crise da saúde pública, da
educação, além da falta de infra-estrutura no país.
Conseqüentemente, além do aumento dos índices de acidentes do trabalho,
aumentaram também os índices da violência e da criminalidade no Brasil.31
Condições Inseguras do Trabalho: - Conforme acima referido as condições
inseguras de trabalho são causadas na maioria das vezes por instalações
irregulares e/ou obsoletas desrespeitando as recomendações ditadas pelas
Normas Técnicas vigentes de instalações, bem como, desobedecendo as
exigências das Normas Regulamentadora, além de procedimentos impróprios
executados na operação, na produção e na manutenção.
Estas condições inseguras por sua vez, em grande parte são causadas pela
falta de investimentos que permitam a execução de manutenção adequada, de
melhorias e de modernização das instalações.
Falta de uma fiscalização mais intensa, severa, contínua, preventiva e efetiva
por parte dos Órgãos Públicos e Privados e pelos Sindicatos e o conseqüente
descaso e desrespeito às leis específicas relativas Segurança no Trabalho por
parte de empresas sem estrutura e sem qualquer compromisso social.
Freqüentemente atua-se mais nas conseqüências do que na prevenção, na
educação e na eliminação das causas dos Acidentes do Trabalho:
Despreparo educacional e profissional que atinge grande parte dos
Trabalhadores, principalmente os de menor qualificação e renda, despreparo
este, causado por conjunturas políticas, econômicas, social, trabalhista,
educacional e da saúde ainda deficientes para as necessidades de nosso país.
Alguns países desenvolvidos, por exemplo, tomam medidas mais adequadas
no caso da ocorrência do desemprego:
Ocorrendo o desemprego os trabalhadores recebem, além do seguro
desemprego, também cursos de especialização e de atualização profissional que os
habilitam e capacitam a voltar mais rapidamente ao mercado de trabalho.
Morosidade da Justiça no que se refere à apuração, julgamento, e punição dos
responsáveis pelos acidentes do trabalho ocorridos, bem como, a indenização
de direito a ser recebida pelos trabalhadores e suas famílias, situações estas
que, para não prejudicar o trabalhador, não deveriam tardar para serem
resolvidas.
5.7 – Normas e Princípios Básicos da Segurança do Trabalho:
No Brasil os princípios básicos da Segurança do Trabalho são ditados e
orientados pelas Normas Regulamentadora – NR.32
A partir das NR podemos e devemos nos guiar, verificando as diversas
situações de riscos que ocorrem nas instalações de uma empresa.
As Normas Regulamentadora – NR por sua vez apóiam-se e se relacionam
com as Normas Técnicas oficiais, estabelecidas pelos órgãos competentes, como
as da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas e das demais Normas
Técnicas existentes no mundo, tais como a ISO, a ASTM, a API, a ASME, a DIN, a
BS a NF e todas as demais.
No que tange a Eletricidade, a Norma Regulamentadora a ser seguida é a
NR – 10 – Instalações e Serviços em Eletricidade, a qual deve ser complementada
pelas diversas Normas Técnicas específicas para a Eletricidade, tais como:
o NBR 5410 - Instalações de baixa tensão;
o NBR 14039:03 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a
36,2 kV;
o NBR 5414 / Instalações Elétricas de Alta Tensão;
o E demais normas.
É muito importante também que sejam seguidas às recomendações técnicas
relativas a Segurança da Instalação e a Segurança do Trabalhador encontradas
nos livros técnicos que regem o assunto, nos manuais técnicos das instalações e de
seus componentes, nos treinamentos específicos, entre outras.
A experiência acumulada das pessoas, das firmas que trabalham com
seriedade e competência e das técnicas utilizadas em Concessionárias de Serviço
Público é de suma importância também.
Outro meio atual e de extrema valia que deve ser sempre levado em conta
são as informações disponíveis em Páginas e Endereços da INTERNET dedicados
a Segurança e Saúde no Trabalho.
Para obtê-las devemos acessar principalmente os “Sites” das Universidades,
das Entidades Governamentais e não Governamentais e de Empresas
comprometidas com a SEGURANÇA, HIGIENE e MEDICINA do TRABALHO.
5. 8 – Principais Conceitos e Objetivos em Higiene e Segurança do Trabalho:
SAÚDE OCUPACIONAL - SO:
* Funções Básicas:
33
Essencialmente, a vida do Homem transcorre, na sua maior parte, em dois
tipos de ambientes:
o O ambiente ocupacional ou local de trabalho;
o O ambiente de sua comunidade.
Cada um destes ambientes possui suas características próprias e atua sobre
o organismo humano, o qual procura adaptar-se às forças, aos agentes e às
tensões.
Este processo de adaptação é muito lento e limitado, diante das rápidas e
constantes mudanças do meio físico e do sistema de vida, o que acaba por
provocar o aparecimento das doenças.
Os ambientes ocupacionais, onde o trabalhador permanece, praticamente
1/3 de cada um de seus dias, têm sido sempre considerados como potencialmente
mais nocivos à saúde, do que o ambiente da comunidade.
O ambiente industrial, por exemplo, é na maioria das vezes bastante artificial.
Nele são operadas máquinas perigosas; estão presentes agentes químicos
potencialmente tóxicos; podendo haver excesso de ruído; temperaturas elevadas e
fontes de radiação, etc. e em muitas ocasiões estas exposições atingem também a
comunidade, através da poluição da água, do ar e do solo; criando graves
problemas de saúde pública.
Por elementar direito de sua condição humana, tal como foi reconhecido pela
ONU (Organização das Nações Unidas), o governo de cada país têm o dever de
zelar pela saúde dos seus trabalhadores.
A responsabilidade pela vida e saúde de um trabalhador deve recair sobre o
trinômio ESTADO – EMPRESA – TRABALHADOR, seja porque o estado terá
gastado para a recuperação do indivíduo (quando possível) ou para a sua
manutenção ou de seus dependentes, quando da morte ou invalidez, seja porque a
empresa perde seu investimento em qualificação e material ou porque o próprio
trabalhador incapacitado terá seu futuro (e de seus dependentes) muitas vezes
comprometido.
* Conceitos:
SAÚDE OCUPACIONAL - SO:
34
Conforme a OIT – Organização Internacional do Trabalho e a OMS – Organização
Mundial da Saúde, a Saúde Ocupacional é o ramo da saúde que tem por objetivos:
A Promoção e Manutenção no mais alto grau do bem-estar físico, mental e social dos
trabalhadores em todas suas ocupações;
A Prevenção, entre os trabalhadores, das doenças ocupacionais causadas pelas
condições inadequadas e inseguras do trabalho;
A Proteção dos trabalhadores em seu labor, dos riscos resultantes de fatores adversos à
saúde;
A Colocação e Conservação dos trabalhadores em ambientes ocupacionais adaptados a
suas aptidões fisiológicas e psicológicas;
* Em resumo:
A Adaptação do Trabalho ao Homem e de cada Homem ao seu próprio Trabalho.
MEDICINA OCUPACIONAL:
É o campo da Medicina relacionado com:
A avaliação, manutenção, recuperação e melhoria da saúde do trabalhador, através da
aplicação de princípios da Medicina Preventiva, da Medicina de Emergência, da
Reabilitação e Medicina do Ambiente;
A promoção de uma produtiva e satisfatória interação do trabalhador com seu trabalho,
através de aplicação de princípios do comportamento humano;
A ativa apreciação das necessidades e responsabilidades sociais, econômicas e
administrativas do trabalhador e da Comunidade trabalhadora.
HIGIENE INDUSTRIAL (Segundo a “American Industrial Hygiene Association”):
“É a ciência e a arte devotadas ao reconhecimento, avaliação e controle daqueles
fatores ou condicionantes ambientais, provenientes do ambiente de trabalho, que podem
causar doenças, danos à saúde e ao bem-estar, ou desconforto significativo e ineficiência
entre trabalhadores ou entres os habitantes da Comunidade".
SEGURANÇA OCUPACIONAL (Segundo o “National Safety Council”):
“A Segurança Ocupacional visa à Prevenção dos Acidentes".
FUNÇÕES BÁSICAS DA SAÚDE OCUPACIONAL:
* Em Higiene do Trabalho:
1 - Adoção das características físicas dos ambientes no que se refere à iluminação,
ventilação, conforto térmico e conforto acústico, radiação, entre outras.35
2 - Adoção de normas higiênicas sobre os poluentes do ambiente atmosférico,
encontrados na empresa.
3 - Estabelecimento das características toxicológicas de todos os materiais, produtos
químicos, subprodutos e resíduos da empresa, assinalando a classe de proteção necessária
que deve ser utilizada.
4 - Estudo das condições da empresa, e de cada processo ou operação que
apresentem risco para a saúde dos trabalhadores.
5 - Determinação quantitativa e qualitativa dos poluentes e outros agentes de doenças
profissionais.
6 - Estabelecimento da relação que poderia haver entre o ambiente de trabalho e seus
efeitos sobre a saúde do trabalhador.
7 - Estabelecimento de sistemas ou métodos de controle para eliminar ou minimizar as
condições perigosas conhecidas.
8 - Estabelecimento de medidas que conduzam a uma periódica avaliação da
efetividade dos métodos de controle utilizados.
9 - Participação nas Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA).
10 - Estabelecimento e manutenção dos sistemas de controle para evitar a poluição
das águas, do ar e do solo da comunidade.
11 - Estabelecimento das medidas que concorrem a uma melhor manutenção,
ampliação e modificação das facilidades sanitárias em uso pelos trabalhadores.
* Em Segurança do Trabalho:
1 - Manutenção de um registro de acidentes com as estatísticas atualizadas, adotando um
tipo de relatório dos acidentes que ocorrem, calculando os respectivos índices de freqüência
e gravidade.
2 - Estabelecimento de um sistema de inspeção para a execução das recomendações.
3 - Investigação, discussão e informação dos acidentes ocorridos, para evitar a repetição.
4 - Estudo permanente das condições de trabalho que oferecem maior risco de acidentes,
para decidir de que forma devem corrigir.
5 - Programação educativa para criação de uma consciência de segurança entre os
trabalhadores.
6 - Estabelecimento de um programa preventivo e de controle no caso de incêndio.
36
7 - Programa de treinamento dos trabalhadores em primeiros socorros.
8 - Estabelecimento das medidas para realizar a administração e manutenção dos
equipamentos de proteção individual (EPI).
9 - Estabelecimento dos programas de sinalização, dinâmica de cores e manutenção (Ordem
e Limpeza).
10 - Estímulos aos trabalhadores para a apresentação de sugestões para melhoramento da
segurança, premiando as idéias práticas, estabelecendo, além disso, um programa de
prêmios de incentivo por recordes de segurança, e castigos, se houver recorrência de
violação a determinada norma.
11 - Divulgação, através de literatura, painéis, cartazes, avisos, etc sobre segurança.
12 - Participação nas comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA).
13 - Estabelecimento de regulamentos de segurança de acordo com o tipo de industria, e
adequados às exigências legais.
* Em Medicina do Trabalho:
1 - Exames Médicos Ocupacionais.
2 - Seleção e colocação dos trabalhadores de acordo com suas aptidões físicas e
emocionais.
3 - Supervisão das facilidades de primeiros socorros e normas para o ensinamento dos
mesmos.
4 - Participação no programa de educação sanitária.
5 - Manipulação dos casos de compensação segundo a lei.
6 - Diagnóstico e tratamento de casos de acidentes ocupacionais e não ocupacionais.
7 - Programas de imunização, e alimentação.
8 - Manutenção e estudos das estatísticas de absenteísmo e outras.
9 - Participação das comissões internas de prevenção de acidentes.
10 - Aconselhamentos à gerência da empresa em todo assunto relacionando com a saúde
dos trabalhadores.
5. 9 – Ergonomia:
Este tema é tratado pela Norma Regulamentadora NR-17.
Além disto, no Capítulo 2, Conhecimentos Técnicos, pgs. 36 até 41 do livro:
Segurança do Trabalho & Gestão Ambiental, Editora Atlas, Antonio Nunes Barbosa Filho,
37
2001, referenciado em nossa Bibliografia, temos colocado os principais conceitos envolvidos
neste termo.
Etimologicamente, Ergonomia deriva da língua Grega “Ergos” significando Trabalho e
“Nomos” significando Leis, sendo, portanto Ergonomia o Estudo das Leis que regem o
Trabalho.
Conforme o livro supracitado, este termo foi utilizado pela primeira vez em 1.857 na
publicação intitulada “Ensaios de Ergonomia” escrito por Woitej Yastembowky, de
nacionalidade Polonesa.
Em 1.949 na Inglaterra foi criada uma entidade pioneira nesta área denominada
“Ergonomics Research Society” com o propósito de estudar o relacionamento entre o
Homem e seu Trabalho, bem como, a solução dos problemas resultantes dessa relação.
Em 1.957 nos EUA foi criada a “Human Factors Society”.
Em 1.961 ainda nos EUA foi criada ainda a “International Ergonomics Association -
IEA”.
Em 1.970, em Estrasburgo, na Áustria, realizou-se o I Congresso Internacional de
Ergonomia, no qual foi definido o objeto da mesma como sendo o seguinte:
“Elaborar, com a contribuição das diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo
de conhecimentos que, com uma perspectiva de aplicação, deve desembocar em uma
melhor adaptação ao homem dos meios tecnológicos de produção e dos ambientes de
trabalho”.
No Brasil em 1.983 foi criada a Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO,
entidade congregando profissionais interessados na temática, a qual, bi-anualmente realiza
Encontros para promoção da Ergonomia em todo Brasil.
Também no Brasil em 1.998 foi lançado o Núcleo de Ergonomia Aplicada do Recife
(NEAR) cujo site na Internet é encontrado no endereço (www.ufpe.br/near).
5.10 – Termos Técnicos Específicos, Entidades, Siglas e Abreviaturas Utilizadas na
Segurança Do Trabalho:
Em Segurança do Trabalho, além de diversos termos técnicos específicos, é muito
comum o uso de abreviaturas e siglas, como algumas das principais abaixo colocadas:
- ASO: - Atestado de Saúde Ocupacional (Ver NR – 7, item 7.4.4 );
- AT: - Acidente do Trabalho;
- APA: - Área de Proteção Ambiental;38
- BS 8800: - A Norma BS 8800, é uma norma de origem inglesa (“British
Standards”), que originalmente era numerada como BS 8750.
Trata-se de uma norma direcionada para os Sistemas de Gestão da Segurança e
Saúde no Trabalho - SST, sendo considerada o que há de mais atual em todo o mundo para
a implantação de sistemas eficazes de gerenciamento das questões relacionadas à
prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
Para a área de saúde e segurança do trabalho esta norma tem a mesma importância
que as Normas ISO 9.000 tem para a área de Qualidade Total e ISO 14.000 tem para a área
de Gestão Ambiental.
- CA: - Certificado de Aprovação de Equipamentos de Proteção Individual
(Secretaria de Inspeção do trabalho) - (Ver NR – 6, item 6.8.1 e 2).
- CAI: - Certificado de Aprovação de Instalação cf. NR-2.
- CAT: - Comunicado de Acidente do Trabalho.
Observação: - O CAT deve ser emitido e encaminhado no prazo de 1 (um) dia útil.
- Ver NR – 5, item 5.16. n.
- Causa – É a origem de caráter humano ou material relacionado com o evento
catastrófico (acidente ou falha), resultante da materialização de um risco,
provocando danos.
- Cerests - Centros de Referência em Saúde do Trabalhador.
- CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes: - (Ver NR – 5 ):
A CIPA originou-se de uma recomendação da OIT (Organização Internacional
do Trabalho) em 1921 e transformando-se em determinação legal no Brasil em 1944
(Decreto-Lei nº 7.036, artigo 82).
Os empregadores, cujo número de empregados seja superior a 100, deverão
providenciar a organização em seus estabelecimentos de comissões internas, com
representantes dos empregados, com o fim de estimular o interesse pelas questões de
prevenção de acidentes, apresentar sugestões quanto à orientação e fiscalização das
medidas de proteção ao trabalhador, realizar palestras instrutivas, propor a instituição
de concursos e prêmios e tomar outras providências para a educar o empregado na
prática de prevenir acidentes.
- CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas cf. NR 4 e 5.
39
- Convenção nº 174 da OIT complementada pela Recomendação nº 181, conf.
Decreto nº 4.085 de 15 de janeiro de 2002:
Refere-se à Prevenção de Acidentes Industriais Maiores de acordo com a
Convenção da Organização Internacional do Trabalho, editada em 1993, que tem por
objeto a prevenção de acidentes industriais maiores que envolvam substâncias
perigosas e a limitação das conseqüências desses acidentes.
A Convenção aplica-se a instalações sujeitas a riscos de acidentes maiores ou
ampliadas, não se aplicando, todavia aos casos de:
A) Instalações nucleares e usinas que processem substâncias
radioativas, à exceção dos setores dessas instalações nos quais se manipulam
substâncias não radioativas;
B) Instalações militares;
C) Transporte fora da instalação distinto do transporte por tubulações.
Nota: O Brasil ratificou a OIT nº 174 em 02 de agosto de 2001.
- CONTRU: - Departamento de Controle de Uso de Imóveis.
- COSAT: - Coordenador de Saúde do Trabalho (Órgão do Ministério da Saúde)
- DANO:
Lesão Física e/ou prejuízo que provoca prejuízo à saúde, ao meio ambiente ou
à propriedade.
- DANOS (“DAMAGE”) – É a gravidade (severidade) da perda humana, material,
ambiental ou financeira, que pode resultar, caso o controle sobre um risco seja
perdido.
Um operário desprotegido pode cair de uma viga a 3 m de altura, e sofrer um
dano físico, por exemplo, uma fratura na perna. Se a viga estivesse a 90 m de altura,
ele, com certeza, estaria morto. O risco (possibilidade) e o perigo (exposição) de
queda são os mesmos. Entretanto, a diferença reside na gravidade do dano que
poderia ocorrer com a queda.
- DI - Declaração de Instalações cf. (Ver NR – 2).
- DORT: - Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho;
- Efeito Aditivo:
De acordo com a NBR 14725, é o efeito quantitativamente igual a soma dos
efeitos produzidos individualmente de dois ou mais agentes tóxicos.40
- Efeito de Potenciação:
De acordo com a NBR 14725, é o efeito que ocorre quando um agente tóxico
tem seu efeito aumentado por agir simultaneamente com um agente não tóxico.
- Efeito Toxicologicamente Sinérgico:
De acordo com a NBR 14725:2001, é o efeito quantitativamente maior que a
soma dos efeitos produzidos individualmente de dois ou mais agentes tóxicos. O efeito
é maior que o efeito aditivo.
- E.P.C. - Equipamento de Proteção Coletiva.
São exemplos de EPC:
Chuveiros de Emergências, detectores de tensão, varas de manobra, entre
outros.
- E.P.I. - Equipamento de Proteção Individual: (Ver NR – 6).
São alguns exemplos de EPI:
Capacete;
Óculos de segurança;
Luvas (de raspa, látex, hexanol, contra choque elétrico, entre outros...);
Aventais (PVC, vaqueta, entre outros...);
Botas e /ou sapatos de segurança com biqueira de aço;
Protetores auriculares;
Máscaras protetoras (Combitox);
Mascaras contra gases;
Cintos de Segurança;
Entre outros.
- Emergência: - Sinistro ou risco iminente que requeira ação imediata.
- Ergonomia: (Ver NR – 17).
Etimologicamente Ergonomia deriva da língua Grega “Ergos” significando
Trabalho e “Nomos” significando Leis, sendo, portanto Ergonomia o Estudo das Leis
que regem o Trabalho.
- FICHA DE EMERGÊNCIA:
Esta ficha informa sobre as características físico-químicas básicas do produto
químico e/ou resíduo e as providências que devem ser tomadas em caso de acidente,
derramamento, envolvimento de pessoas, etc. A mesma deve sempre acompanhar o 41
transporte de produtos químicos conforme Decreto Lei 96.044 de 18 de maio de 1988,
Capítulo II, Seção VI (Da Documentação) - Artigo 22, e deve ser confeccionada de
acordo com as NBR-7503/7504 e 8285.
- FISPQ – Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos:
De acordo com a NBR 14725, esta ficha fornece informações sobre vários
aspectos desses produtos químicos (substâncias ou preparados) quanto à proteção, à
Segurança, à saúde e ao meio ambiente. A FISPQ fornece, para esses aspectos,
conhecimento básico sobre os produtos químicos, recomendações sobre medidas de
proteção e ações em situação de emergência. Em alguns países a mesma é
denominada de “Material Safety Data Sheet” – MSDS.
- FMEA: é uma abreviação do nome inglês, "Fail Mode & Effect Analysis" ou AMFE
(Análise de Modos de Falhas e Efeitos) e deve ser aplicada para sistemas ou
falhas simples.
Esta técnica permite analisar como podem ocorrer as falhas de um
equipamento ou sistema, estimando as taxas de falha, determinar os efeitos
recorrentes e estabelecer mudanças para aumentar sua confiabilidade operacional de
modo adequado e seguro.
- FUNDACENTRO: - http://www.fundacentro.gov.br/
Fundação Jorge Duprat de Segurança e Medicina do Trabalho.
- HAZOP: é uma abreviação do nome inglês, "Hazard and Operability Study". Os
principais objetivos são identificar todos os desvios operacionais possíveis do
processo e também identificar todos os perigos e/ou riscos associados a esses
desvios operacionais.
Esta técnica é utilizada quando precisamos estudar as possíveis maneiras de
ocorrências de perigos e problemas operacionais através da utilização de grupos de
trabalho.
- IRB: - Instituto de Resseguros do Brasil: - Foi criado em 1939, graças ao então
presidente Getúlio Vargas. Naquela época, a atividade de resseguro no País era
feita Quase totalmente no Exterior, de forma direta ou por intermédio de
companhias estrangeiras que operavam no Brasil. A necessidade de favorecer o
aumento da capacidade seguradora das sociedades nacionais, para a retenção de
42
maior volume de negócios em nossa economia, tornava urgente a organização de
uma entidade nacional de resseguro.
Nasceu assim o IRB, uma sociedade de economia mista, jurisdicionada ao
Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio, com o objetivo de regular o
cosseguro, o resseguro e a retrocessão, além de promover o desenvolvimento das
operações de Seguros no País.
- LT CAT - Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalhado;
- LER: - Lesão por Esforços Repetitivos;
- Mapa de Riscos:
Documento explicitado na NR – 5, Das Atribuições, conf. o item 5.16, bem como,
pela Portaria Número 25 de 29/12/1994. (Ver pgs. 60 e 575 do livro Segurança e
Medicina do Trabalho da Editora Atlas).
O Mapa de Risco quando bem executado é um instrumento da maior valia.
- NIOSH - National Institute for Occupational Safety and Health at Work (EUA).
- NFPA – “National Fire Protection Association” ((http://www.nfpa.org.br/); –
Associação Nacional de Proteção a Incêndios sediada nos U. S. A.).
- NR: - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho ( Ver Portaria
- Nº 3.214 de 08.07.1978).
- OIT: - Organização Internacional do Trabalho (http://www.oitbrasil.org.br/);
- OMS: - Organização Mundial da Saúde.
- Convenção OIT 174 e Decreto 4085 de 15 de janeiro de 2002 o qual Promulga a
Convenção no 174 da OIT e a Recomendação no 181 sobre a Prevenção de
Acidentes Industriais Maiores.
- OSHA – “Occupational Safety and Health Administration”: - Organização
Americana de Segurança e Saúde do Trabalho. A OSHA dedica-se a prevenir
acidentes, doenças e mortes relacionadas ao trabalho. Foi criada em 1971, está
vinculada ao “U.S. Department of Labor” e tem sua sede em Washington, DC.
- OSHAS 18001 – “Occupational Safety and Health Assessment Series”: - “Norma”
publicada pela BSI – British Standards Institution que entrou em vigor em
15/04/1999 com a finalidade da certificação de Sistemas de Gestão da SST.
- PAINEL DE SEGURANÇA:
43
São placas retangulares (dimensões: 30 cm de altura x 40 cm de comprimento),na cor
laranja onde são alocados os números de identificação de risco (4 campos na cor preta) na
parte superior e o número da ONU (Organização das Nações Unidas) na parte inferior com 4
algarismos na cor preta. Líquido Inflamável que em contato com a água libera gases
inflamáveis Metildiclorossilano.
- PAIR: - Perda Auditiva Induzida pelo Ruído;
- PCA: - Programa de Conservação Auditiva.
- PCMAT: (Ver NR – 18).
Programa das Condições de Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção Civil.
- PCMSO: (Ver NR – 7).
Plano de Controle Médico e Saúde Ocupacional.
- Perigo (“Danger”) - Expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a
sua materialização em danos.
- POO: - Programa de Prevenção Oftalmológico-Ocupacional.
- PPAI: - Programa de Prevenção à AIDS.
- PPAL: - Programa de Prevenção ao Alcoolismo.
- PPD: - Programa de Prevenção às Drogas.
- PPR: - Programa de Proteção Respiratória.
- PPRA: (Ver NR – 9) - Plano de Prevenção de Riscos Ambientais.
- PPS: - Programa de Prevenção do “Stress”.
- Preparado: - De acordo com a NBR 14725, é uma mistura ou solução composta de
duas ou mais substâncias.
- RAO: - Registro e Análise de Ocorrências.
- RENAST – Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (órgão do
Ministério da Saúde).
- RIMA: - Relatório de Impacto Ambiental;
- Risco (“Hazard”):
Uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para causar
danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões as pessoas, danos a equipamentos
e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo, ou redução da
44
capacidade de produção. Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos
adversos.
- Risco: - Possibilidade de perda material ou humana.
- Risco (“Risk”) – Expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um
período específico de tempo ou número de ciclos operacionais.
Incerteza quanta à ocorrência de um determinado evento.
Chance de perda que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou série de
acidentes.
- RÓTULOS DE RISCO:
Estes são etiquetas, na forma de losango, que estampam os símbolos e/ou
expressões emolduradas, referentes à natureza, manuseio ou identificação do produto.
Devem ser afixados em local de fácil visualização, no lado externo do caminhão,
conjuntamente com o respectivo painel de segurança.
- SESMT: (Ver NR – 4 e 27).
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
- SEST: - Serviço Especializado em Segurança e Saúde no Trabalho Coletivo;
- Sinistro: - Ocorrência de prejuízo ou dano, causado por incêndio ou acidente, em
algum bem.
- SIPAT: (Ver NR – 5).
Semana Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho. Uma das atribuições da
CIPA é promovê-la anualmente, em conjunto com o SESMT(Serviços Especializados em
Segurança e Medicina do Trabalho).
- SIT: - Secretaria de Inspeção do Trabalho.
- Segurança: - É freqüentemente definida como isenção de riscos. Entretanto, é
praticamente impossível a eliminação completa de todos os riscos. Segurança é,
portanto, um compromisso acerca de uma relativa proteção de exposição a riscos.
É o antônimo de perigo.
- SSO – Segurança e Saúde Ocupacional.
- SST – Segurança e Saúde no Trabalho.
- SUS – Sistema Único de Saúde.
- SUSEP: A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e fiscalização dos
mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. 45
Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda foi criada pelo Decreto-lei nº 73, de
21 de novembro de 1966, que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros
Privados, do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP,
o IRB Brasil Resseguros S.A. – IRB Brasil Re, as sociedades autorizadas a operar
em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e
os corretores habilitados. Com a edição da Medida Provisória nº 1940-17, de
06.01.2000, o CNSP teve sua composição alterada.
- Perdas: - É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarcimento
por Seguro ou outros meios.
- Sinistro: - É o prejuízo sofrido por uma organização, sem garantia de ressarcimento
por Seguro ou outros meios.
- Incidente: - Qualquer evento ou fato negativo com potencial para provocar danos.
É também chamado de quase-acidente.
6 – Procedimentos principais utilizados na Segurança do Trabalho – Breve verificação:
A título de exemplo, segue abaixo uma breve verificação relativa a Segurança do
Trabalho:
Acidente do Trabalho; Auditoria; Cálculos relativos a Taxa Freqüência – T F e da Taxa
de Gravidade T G; Campanhas de Segurança; Causas dos Acidentes do Trabalho; CIPA (NR
5); EPC –Equipamentos de Proteção Coletiva; EPI – Equipamentos de Proteção Individual
(NR 6); Gestão de Emergências; Gestão de Riscos; Inspeções de Segurança; Investigações
dos Acidentes do Trabalho; Normas Regulamentadora – NR; Normas Técnicas nacionais e
internacionais; PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (NR 7}; PPRA
– Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (NR 9); Prevenção e Combate a Incêndios
(NR 23 ); Primeiros Socorros; Riscos Ambientais e Profissionais; Segurança em Instalações
Elétricas (NR 10); Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT
(NR 4); SST – Segurança e Saúde no Trabalho; Técnicas de Análise de Riscos de Acidente
do Trabalho; Treinamento de pessoal; Demais assuntos.
7 - LEIS, PORTARIAS E NORMAS:
(Ver item 3.3 na pg. 7 - Situação Atual em termos das Leis, Normas, Portarias e
Regulamentações).
Observação: - Resumidamente transcreveremos aqui somente os títulos e subtítulos. O
texto integral deve ser pesquisado.46
Lei nº 6.514, de 22 de janeiro de 1977 - (D.O.U. - 23.12.1977):
- Esta lei altera o Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, relativo
à Segurança e Medicina do trabalho e dá outras providências.
O Presidente da república. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º O Capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,
aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1 0 de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte
redação (simplificada):
Capítulo V - DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO.
Seção I - Disposições Gerais.
Art. 154 até art.159.
Seção II - Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição.
Art. 160 e 161.
Seção III - Dos Órgãos de Segurança e da Medicina do trabalho nas empresas.
Art.162 até art. 165.
Seção IV - Do Equipamento de Proteção Individual.
Art. 166 e 167.
Seção V - Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho.
Art. 168 e 169.
Seção VI - Das Edificações.
Art. 170 até art. 174.
Seção VII - Da Iluminação.
Art. 175.
Seção VIII - Do Conforto Térmico.
Art. 176 até art. 178.
Seção IX - Das Instalações Elétricas:
Art. 179 - O Ministério do Trabalho disporá sobre as condições de segurança e as
medidas especiais a serem observadas relativamente às instalações elétricas, em qualquer
das fases de produção, transmissão, distribuição ou consumo de energia.
Art. 180 - Somente profissional qualificado poderá instalar, operar, inspecionar ou
reparar instalações elétricas.
47
Art. 181 - Os que trabalharem em serviços de eletricidade ou instalações elétricas
devem estar familiarizados com os métodos de socorro a acidentados por choque elétrico.
Seção X - Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
Art. 182 e art. 183.
Seção XI - Das Máquinas e Equipamentos.
Art. 184 até art. 186.
Seção XII - Das Caldeiras, Fornos e recipientes sob Pressão.
Art. 187 e art. 188.
Seção XIII - Das Atividades Insalubres ou Perigosas.
Art. 189 até art. 197.
Seção XIV - Da Prevenção da fadiga.
Art. 198 e art. 199.
Seção XV - Das Outras Medidas Especiais de Proteção.
Art. 200.
Seção XVI - Das Penalidades.
Art. 201 e art. 2 até art. 5.
.
.
. Ernesto Geisel
Observação: - Vejam os textos completos nas páginas em anexo ou nas páginas 11 até 19
do livro Segurança e Medicina do Trabalho – São Paulo - Editora Atlas S. A. - 2003 ou em
demais obras já publicadas.
8 - NORMAS REGULAMENTADORAS – N R´s aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 08 de
junho de 1978 e informações complementares:
As Normas Regulamentadora – NR são fundamentais e obrigatórias para o exercício da
Higiene e Segurança do Trabalho.
As Normas Regulamentadora – NR complementadas com a aplicação das Normas Técnicas
correspondentes servem para nortear as principais ações preventivas e de fiscalização
indicadas nos assuntos da Higiene e Segurança do Trabalho nas Empresas.
8.1 – Transcrição da Portaria nº 3.214 de 08.06.1978 a qual regulamenta as Normas
Regulamentadora – NR:
Ministério do Trabalho – Gabinete do Ministro48
Portaria nº 3.214 de 8 .06.1978:
Aprova as Normas Regulamentadora – NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação
das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho.
O MINISTRO DO ESTADO, no uso de suas atribuições legais, considerando o
disposto no artigo 200, da Consolidação das Leis do Trabalho, com redação dada pela Lei n 0 6.514 , de 22 de dezembro de 1977,
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar as Normas Regulamentadora - NR - do Capítulo V, Título II, da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho:
Normas regulamentadora:
- NR – 1 / Disposições gerais;
- NR – 2 / Inspeção prévia;
- NR – 3 / Embargo e interdição;
- NR – 4 / Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT;
- NR – 5 / Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA;
- NR – 6 / Equipamento de Proteção Individual – EPI;
- NR – 7 / Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional;
- NR – 8 / Edificações;
- NR – 9 / Programa de Prevenção de Riscos Ambientais;
- NR – 10 / Instalações e Serviços de Eletricidade;
- NR – 11 / Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais;
- NR – 12 / Máquinas e Equipamentos;
- NR – 13 / Caldeiras e Vasos de Pressão;
- NR – 14 / Fornos;
- NR – 15 / Atividades e Operações Insalubres;
- NR – 16/ Atividades e Operações Perigosas;
- NR – 17 / Ergonomia;
- NR – 18 / Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;
- NR – 19 / Explosivos;
- NR – 20 / Líquidos Combustíveis e Inflamáveis;
- NR – 21 / Trabalho a Céu Aberto;
- NR – 22 / Trabalho Subterrâneos;49
- NR – 23 / Proteção contra Incêndios;
- NR – 24 / Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho;
- NR – 25 / Resíduos Industriais;
- NR – 26/ Sinalização de Segurança;
- NR – 27 / Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério
do Trabalho;
- NR – 28 / Fiscalização e Penalidades;
- NR – 29 / Segurança e Saúde no Trabalho Portuário (Elaborada posteriormente
conf. Port. nº 53 de 17.12.1997).
Art. 2º As alterações posteriores, decorrentes da experiência e necessidade, serão
baixadas pela Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho.
Art. 2º Revigorado pela Portaria nº 3.144, de 2.5.1989.
Art. 3º Ficam revogadas as Portarias MTIC. . . . . . . . .
Art. 4º As dúvidas suscitadas e os casos omissos serão decididos pela Secretaria de
Segurança e Medicina do Trabalho.
Art. 4º Revigorado pela Portaria nº 3.144 de 2.5.1989.
Art. 5º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação.
Arnaldo Prieto.
Observação: - Nos anos seguintes de 1978 em diante as Normas Regulamentadora foram
sendo ampliadas, modificadas e complementadas com o acréscimo de novas NR conforme
abaixo colocado:
8.2 – Resumo das Normas Regulamentadora - NR e informações complementares:
A seguir, de uma forma introdutória, colocamos um resumo geral das NR.
Posteriormente algumas das principais NR serão estudadas mais detalhadamente,
principalmente aquelas de aplicação mais generalizada.
Observações:
Outro ponto a salientar é de que estas normas são revisadas periodicamente. Nestas
ocasiões as mesmas são colocadas para consulta pública antes de serem recolocadas;
A fiscalização dos estabelecimentos pelos órgãos competentes é feita com base nas
Normas Regulamentadora – NR;
50
As Normas Regulamentadora – NR em seus textos fazem sempre referência às Normas
Técnicas da ABNT vigentes, ou na possível falta destas, às Normas Técnicas Internacionais;
Deste fato concluímos que ao utiliza-las e emprega-las necessitamos sempre de dispor
também das Normas Técnicas correspondentes.
NR – 1 - Disposições Gerais:
Determina que as Normas Regulamentadora, relativas à Segurança e Medicina do
Trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpridas por todas as empresas privadas e
públicas, desde que possuam empregados celetistas.
Determina, também, que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSST
é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e supervisionar todas as atividades
inerentes.
Dá competência às DRT regionais, determina as responsabilidades do empregador e
a responsabilidade dos empregados.
NR – 2 - Inspeção Prévia:
Determina que todo estabelecimento novo deverá solicitar aprovação de suas
instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o CAI -
Certificado de Aprovação de Instalações, por meio de modelo pré-estabelecido.
NR – 2 - Embargo ou Interdição:
A DRT poderá interditar/embargar o estabelecimento, as máquinas, setor de serviços
se os mesmos demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo
técnico, e/ou exigir providências a serem adotadas para prevenção de acidentes do trabalho
e doenças profissionais.
Caso haja interdição ou embargo em um determinado setor, os empregados
receberão os salários como se estivessem trabalhando.
NR – 4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho – SESMT:
A implantação do SESMT depende da gradação do risco da atividade principal da
empresa conforme os dados da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE
(Ver Quadro I) e do número total de empregados do estabelecimento (Ver Quadro II).
Dependendo desses elementos o SESMT deverá ser composto por um Engenheiro de
Segurança do Trabalho, um Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de
51
Enfermagem do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, todos empregados da
empresa.
Atualmente, esta Norma está sendo revista pela Comissão Tripartite Paritária
Permanente. A nova NR4 - Sistema Integrado de Prevenção de Riscos do Trabalho, pela
Portaria n º 10, de 6 de abril de 2000.
As novas determinações referem-se aos serviços terceirizados, o SEST próprio, o
SEST coletivo e a obrigatoriedade de todo estabelecimento, mesmo com um empregado, ser
obrigado a participar do programa.
NR – 5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA:
Todas empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, instituições
beneficentes, cooperativas, clubes, desde que possuam empregados celetistas, dependendo
do grau de risco da empresa e do número mínimo de 20 empregados, são obrigadas a
constituir a CIPA e a manter em regular funcionamento.
Os trabalhos desenvolvidos pela CIPA são da maior importância para a segurança
dos trabalhadores.
O dimensionamento da CIPA é feito conforme o Quadro I – Dimensionamento da
CIPA, além da utilização do Quadro II – Agrupamento de setores econômicos pela
Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE, e do Quadro III – Relação da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, com correspondente
agrupamento para dimensionamento da CIPA, anexados a NR –5.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do
trabalhador;
A CIPA será composta de representantes da empregador e representantes dos
empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da NR – 5 - CIPA,
ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos
específicos;
Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados.
Os representantes dos empregados titulares e suplentes serão eleitos em escrutínio secreto,
do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados
52
interessados, com mandato de um ano e direito a uma reeleição e mais um ano de
estabilidade.
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido;
As reuniões extraordinárias deverão ser realizadas quando:
a) houver denúncia de situação de risco grave e iminente que determine aplicação de
medidas corretivas de emergência;
b) ocorrer acidente do trabalho grave ou fatal;
c) houver solicitação expressa de uma das representações.
As principais atribuições da CIPA serão as seguintes:
a) Identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos (*) com a
participação do maior número de trabalhadores, com acessória do SESMT, onde houver;
b) Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de
problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) Realizar, periodicamente, verificações no ambiente e condições de trabalho visando
a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos
trabalhadores;
e) Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu
plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo
empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho
relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina
ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos
trabalhadores;
53
i) Colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros
programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadora, bem como
cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no
trabalho;
l) Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da
análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos
problemas identificados;
m) Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham
interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
n) Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana
Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
p) Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção
da AIDS.
(*) Mapa de Riscos:
Ver definições e conceitos na NR – 5, CIPA, Das Atribuições, conf. o item 5.16, bem
como, Portaria Número 25 de 29/12/1994. (Ver pgs. 60 e 575 do livro Segurança e Medicina
do Trabalho da Editora Atlas).
A Tabela I desta Portaria classifica os principais tipos de riscos ocupacionais
existentes em grupos de acordo com a natureza dos mesmos, inclusive com a padronização
de cores para utilização no Mapa de Risco.
De acordo com a NR-5, quais os principais objetivos visados na execução do Mapa de
Riscos são os seguintes:
A – Reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da situação de
segurança e saúde no trabalho na empresa;
B – Possibilitar, durante as sua elaboração, a troca e divulgação de informações entre
os trabalhadores, bem como, estimular sua participação nas atividades de prevenção.
Principais Etapas na elaboração de um Mapa de Risco:
54
A – Conhecimento dos Processos de Trabalho (Trabalhadores, instrumentos,
materiais, atividades e ambiente);
B – Identificação dos Riscos existentes;
C – Identificação das Medidas de Prevenção e sua Eficácia;
D – Identificação dos Indicadores de Saúde;
E – Conhecimento dos Levantamentos Ambientais realizados;
F – Elaboração do Mapa de Riscos, sobre o “layout” da Empresa e Sinalização das
Áreas de Riscos.
Mapa de Riscos vem a ser um mapa constituído de uma vista em planta do ambiente
de trabalho, na qual estão indicados, através de círculos coloridos, os diversos tipos de
riscos existentes naquele ambiente do trabalho. Ele deve ser colocado num quadro e num
lugar bem a vista de todos aqueles que trabalham naquele ambiente.
O Mapa de Risco objetiva indicar todos os riscos existentes no ambiente de trabalho,
de modo a orientar, prevenir e a evitar possíveis Acidentes do Trabalho.
Os círculos coloridos indicando os riscos variam de tamanho, sendo tanto maior
quanto maior a gravidade do risco indicado.
No mapa de riscos o usam-se as seguintes cores convencionais:
Verde representa os riscos físicos;
Vermelho os riscos químicos;
Marrom os riscos biológicos;
Amarelo os riscos ergonômicos;
Azul os riscos mecânicos.
NR – 6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI:
Os EPI, Equipamentos de Proteção Individual são empregados na proteção da saúde
e integridade física do trabalhador.
As Empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados, gratuitamente,
Equipamentos de Proteção Individual – EPI adequados aos riscos e em perfeito estado de
conservação e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
55
A – Sempre que as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou não
oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou de doenças
profissionais e do trabalho;
B – Enquanto as medidas de proteção coletivas estivem sendo implantadas;
C – para atender as situações de emergência.
Todo equipamento deve ter o CA - Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho
e Emprego e a Empresa que importa EPI também deverá ser registrada junto ao
Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, existindo para esse fim todo um processo
administrativo.
Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional e respeitando-se o disposto
no item 6.2, da NR – 6, o empregador deve fornecer aos trabalhadores os seguintes EPI:
I - Proteção para a cabeça:
a) protetores faciais destinados à proteção dos olhos e da face contra lesões
ocasionadas por partículas, respingos, vapores de produtos químicos e radiações luminosas
intensas;
b) óculos de segurança para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos,
provenientes de impacto de partículas;
c) óculos de segurança, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritação
nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos e metais em fusão;
d) óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos,
provenientes de poeiras;
e) óculos de segurança para trabalhos que possam causar irritação nos olhos e outras
lesões decorrentes da ação de radiações perigosas;
f) máscaras para soldadores nos trabalhos de soldagem e corte ao arco elétrico;
g) capacetes de segurança para proteção do crânio nos trabalhos sujeitos a:
1. agentes meteorológicos (trabalhos a céu aberto);
2. impactos provenientes de quedas, projeção de objetos ou outros;
3. queimaduras ou choque elétrico.
II - Proteção para os membros superiores:
Luvas e/ou mangas de proteção e/ou cremes protetores devem ser usados em
trabalhos em que haja perigo de lesão provocada por:
56
1. materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
2. produtos químicos corrosivos, cáusticos, tóxicos, alergênicos, oleosos, graxos,
solventes orgânicos e derivados de petróleo;
3. materiais ou objetos aquecidos;
4. choque elétrico;
5. radiações perigosas;
6. frio;
7. agentes biológicos.
III - Proteção para os membros inferiores:
a) calçados de proteção contra riscos de origem mecânica;
b) calçados impermeáveis para trabalhos realizados em lugares úmidos, lamacentos
ou encharcados;
c) calçados impermeáveis e resistentes a agentes químicos agressivos;
d) calçados de proteção contra riscos de origem térmica;
e) calçados de proteção contra radiações perigosas;
f) calçados de proteção contra agentes biológicos agressivos;
g) calçados de proteção contra riscos de origem elétrica;
h) perneiras de proteção contra riscos de origem mecânica;
i) perneiras de proteção contra riscos de origem térmica;
j) perneiras de proteção contra radiações perigosas.
IV - Proteção contra quedas com diferença de nível:
a) cinto de segurança para trabalho em altura superior a 2 (dois) metros em que haja
risco de queda;
b) cadeira suspensa para trabalho em alturas em que haja necessidade de
deslocamento vertical, quando a natureza do trabalho assim o indicar;
c) trava-queda de segurança acoplada ao cinto de segurança ligado a um cabo de
segurança independente, para os trabalhos realizados com movimentação vertical em
andaimes suspensos de qualquer tipo.
V - Proteção auditiva
Protetores auriculares para trabalhos realizados em locais em que o nível de ruído
seja superior ao estabelecido na NR 15, Anexos I e II.
57
VI - Proteção respiratória, para exposições a agentes ambientais em concentrações
prejudiciais à saúde do trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR 15:
a) respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produção de poeiras;
b) máscaras para trabalhos de limpeza por abrasão, através de jateamento de areia;
c) respiradores e máscaras de filtro químico para exposição a agentes químicos
prejudiciais à saúde;
d) aparelhos de isolamento (autônomos ou de adução de ar), para locais de trabalho
onde o teor de oxigênio seja inferior a 18 (dezoito) por cento em volume.
VII - Proteção do tronco:
Aventais, jaquetas, capas e outras vestimentas especiais de proteção para trabalhos
em que haja perigo de lesões provocadas por:
1. riscos de origem térmica;
2. riscos de origem radioativa;
3. riscos de origem mecânica;
4. agentes químicos;
5. agentes meteorológicos;
6. umidade proveniente de operações de lixamento a água ou outras operações de
lavagem.
VIII - Proteção do corpo inteiro:
Aparelhos de isolamento (autônomos ou de adução de ar) para locais de trabalho
onde haja exposição a agentes químicos, absorvíveis pela pele, pelas vias respiratórias e
digestivas, prejudiciais à saúde.
IX - Proteção da pele:
Cremes protetores
Os cremes protetores só poderão ser postos à venda ou utilizados como
equipamentos de proteção individual, mediante o Certificado de Aprovação - CA do Ministério
do Trabalho, para o que serão enquadrados nos seguintes grupos:
a) Grupo 1 - água-resistente - são aqueles que, quando aplicados à pele do usuário,
não são facilmente removíveis com água;
b) Grupo 2 - óleo-resistente - são aqueles que, quando aplicados à pele do usuário,
não são facilmente removíveis na presença de óleos ou substâncias apolares;
58
c) Grupo 3 - cremes especiais - são aqueles com indicações e usos definidos e bem
especificados pelo fabricante.
EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA COLETIVOS (EPC);
· Vara de manobra isolada; · Conjunto de aterramento temporário; · Detectores de
tensão; · Cones e bandeirolas de sinalização; · Escadas com isolamento próprias para
trabalho com eletricidade.
NR – 7 - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO:
Este programa trata dos exames médicos obrigatórios para as empresas.
São eles:
Exame admisisional;
Exame periódico;
Exame de retorno ao trabalho;
Exame de mudança de função;
Exame demissional;
Exames complementares.
Dependendo do grau de risco da empresa, ou empresas que trabalhem com agentes
químicos, ruídos, radiações ionizantes, benzeno etc., a critério do médico do trabalho e
dependendo dos quadros na própria NR7, bem como, na NR15, existirão exames específicos
para cada risco que o trabalho possa gerar.
NR – 8 - Edificações:
Esta norma define os parâmetros para as edificações, observando-se a proteção
contra a chuva, insolação excessiva ou falta de insolação. Deve-se observar também as
legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.
NR – 9 - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA:
Esta norma objetiva a preservação da saúde e integridade do trabalhador, através da
antecipação, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes, ou que venham a existir
no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção ao Meio Ambiente e aos Recursos
Naturais.
Leva-se em conta os Agentes:
FÍSICOS;
QUÍMICOS;
BIOLÓGICOS;59
Além desses agentes, destacamos também:
RISCOS ERGONÔMICOS;
RISCOS DE ACIDENTES.
É importante manter esses dados no PPRA, a fim de as empresas não sofrerem ações
de natureza civil por danos causados ao trabalhador, mantendo-se atualizados os Laudos
Técnicos e o Perfil Profissiográfico Previdenciário.
O objetivo visado pela mesma é o da preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente do trabalho,
tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
As etapas a serem seguidas no desenvolvimento do PPRA são as seguintes:
A – Antecipação e reconhecimento dos riscos;
B – Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
C – Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
D – Implantação de medidas de controle e avaliação da sua eficácia;
E – Monitoramento da exposição aos riscos;
F – Registro e divulgação dos dados.
No desenvolvimento do PPRA, em termos de apoio às atividades a serem executadas,
normalmente se utilizam os recursos do SESMT – Serviços Especializados em Engenharia
de Segurança e de Medicina do Trabalho, ou então, o apoio de pessoa ou de equipes de
pessoas qualificadas, que a critério do empregador sejam capazes de desenvolver os
trabalhos relativos a todas as etapas de realização previstas no PPRA.
NR – 10 - Instalações e Serviços de Eletricidade:
Trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham em
instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução, operação,
manutenção, reforma e ampliação, incluindo terceiros e usuários.
A NR 10 foi recentemente atualizada e modificada após um período de consulta
pública, sendo então alterada conforme a Portaria 598 de 07 / 12 / 2004 .
Observação:
60
Complementando estas informações, ver no item 9 adiante colocado, maiores
detalhes sobre a Segurança em Instalações e Serviços de Eletricidade, conf. a NR – 10 e
demais Normas Técnicas:
NR – 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais:
Destina-se a Operação de Elevadores, Guindastes, Transportadores Industriais e
Máquinas Transportadoras.
NR – 12 - Máquinas e Equipamentos:
Determina as instalações e áreas de trabalho; distâncias mínimas entre as máquinas e
os equipamentos; dispositivos de acionamento, partida e parada das máquinas e
equipamentos.
Contém Anexos para o uso de moto-serras, Cilindros de Massa entre outros.
No Estado de São Paulo, as empresas devem observar a Convenção Coletiva para
Melhoria das Condições de Trabalho em Prensas e Equipamentos Similares, Injetoras de
Plásticos e Tratamento Galvânico de Superfícies nas Indústrias Metalúrgicas no Estado de
São Paulo, assinada em 29.11.02, em vigência a partir de 28.01.03.
TRABALHO SEGURO COM MÁQUINAS – LISTA DE VERIFICAÇÃO – FATORES
IMPORTANTES:
1 – As conexões elétricas estão seguras e a máquina está aterrada?
A chave de acionamento é blindada?
2 – Existe proteção na transmissão de força (polias e correias, engrenagens,
correntes)?
3 – Existe proteção mecânica no ponto de operação (barreira de acesso)?
4 – Existe proteção mecânica no ponto de operação (cortinas de luz ou similar)?
5 – Existe comando bi-manual (no caso de prensas em geral)?
6 – Não se usam luvas na operação de máquinas com partes móveis?
7 – As distâncias entre máquinas respeitam a Norma Regulamentadora nº 12?
8 – Existem botões para parada de emergência ao alcance do operador nas máquinas
grandes e em várias posições de operação?
9 – Existe prevenção do efeito estroboscópio (as partes móveis parecem lentas ou
paradas sob iluminação fluorescente)?
10 – As manutenções e intervenções em geral só ocorrem dentro do princípio de
energia zero (desativar a eletricidade, o ar comprimido, a pressão hidráulica, travar 61
movimentos, partes suspensas, entre outras), com os comandos etiquetados e bloqueados
fisicamente?
11 – Em caso de dúvida consulte sempre o pessoal especializado e as normas
regulamentadora e técnicas.
Além da lista supra é de suma importância conhecermos e aplicarmos também as
Normas Técnicas de Instalações de Máquinas mais recentemente publicadas, tais como as
seguintes:
ABNT NBR 14152, 14153 e 14154;
ABNT NBR 13930.
Observação: - Para maior conhecimento e aprofundamento da tecnologia ref. as
Instalações de Máquinas, entre as diversas obras disponíveis ver artigo publicado na Revista
C & I – Controle & Instrumentação de abril de 2003, pg. 80 – Tecnologia de Segurança
Humana em MÁQUINAS.
NR – 12 - Caldeiras e Vasos de Pressão:
São de competência do Engenheiro especializado nas atividades referentes ao projeto
de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de
inspeção periódica das caldeiras e vasos de pressão.
A Norma exige treinamento específico para os seus operadores, contendo várias
classificações e categorias, nas especialidades, devidas, principalmente, ao seu elevado
grau de risco.
Saliente-se também que as Caldeiras e Vasos de Pressão e suas instalações
demandam bastante cuidado tendo em vista os riscos de Incêndios e de Explosões.
Considerando a NR – 13, Caldeiras e Vasos de Pressão, quais as principais exigências e
recomendações de segurança são as seguintes:
Obediência a todas as exigências e recomendações de segurança especificadas na
NR –13, bem como, nas Normas Técnicas referentes às Caldeiras e Vasos de Pressão
instalados, a exemplo dos seguintes:
Projeto da instalação deve ser feito por firma ou escritório de engenharia com
profissionais devidamente habilitados e credenciados para execução e instalações
caldeiras a vapor, no que concerne ao atendimento desta NR-13 e das Normas
Técnicas de Instalação, bem como, na obediência aos aspectos de segurança,
62
saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentados, convenções e
disposições legais aplicáveis.
As Caldeiras e Vasos de Pressão devem ser fabricados e fornecidos por
empresas devidamente habilitadas e credenciadas para fabricação e fornecimento
da Caldeira ou Vaso de Pressão a ser instalado;
As Caldeiras e Vasos de Pressão instalados devem ter fixado em seu corpo Placas
de Identificação com todas as informações requeridas nas normas;
Na operação e funcionamento da Caldeira ou Vaso de Pressão não ultrapassar
jamais a Pressão Máxima de Trabalho Permitida – PMTP ou a Pressão Máxima de
Trabalho Admissível – PMTA;
Além disto nunca operar e trabalhar com a Caldeira em condições de risco tais
como no caso de mau funcionamento ou falta na falta dos seguintes componentes:
a) Válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou
inferior a PMTA;
b) Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado;
c) Equipamentos de alimentação de água, independente do sistema principal, em
caso caldeiras combustível sólido;
d) Sistema de indicação e controle do nível de água ou outro sistema que evite o
superaquecimento por alimentação deficiente.
Possuir, no estabelecimento onde estiver instalada, o Prontuário atualizado da
Caldeira ou Vaso de Pressão, o Registro de Segurança, o Projeto da Instalação, o
Projetos de Alteração ou Reparos executados e os Relatórios de Inspeção emitidos
por Inspetores credenciados no Ministério do Trabalho;
Possuir "Manual de Operação" atualizado, em língua portuguesa, em local de fácil
acesso aos operadores, contendo no mínimo;
A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser implementados,
quando necessários para compatibilizar suas propriedades físico-químicas com os
parâmetros de operação da caldeira;
Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de
operador de caldeira, credenciado e registrado sendo que o não - atendimento a
esta exigência caracteriza condição de risco grave e iminente;
63
Executar as inspeções de segurança e a manutenção das caldeiras e seus
acessórios, bem como dos vasos de pressão dentro dos prazos estabelecidos nas
normas;
As inspeções de segurança e a manutenção das caldeiras e seus acessórios, bem
como, dos vasos de pressão, deverão seguir sempre todas as recomendações
técnicas especificadas na NR –13 e demais normas técnicas oficiais.
NR – 14 - Fornos:
Define os parâmetros para a instalação de fornos:
Deve-se observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.
Além disto considerar que as fontes de aquecimento dos fornos podem ser obtidas
pela queima de combustíveis, pela eletricidade ou pela recuperação de gases quentes e
que, portanto devem ser tomados todos os cuidados seguidas as recomendados a respeito
das mesmas.
NR – 15 - Atividades e Operações Insalubres:
Considerada atividade insalubre, a exemplo da NR16 - Atividades Perigosas, quando
ocorre além dos limites de tolerância, isto é intensidade, natureza e tempo de exposição ao
agente, que não causará dano a saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
As atividades insalubres estão contidas nos anexos da Norma e são considerados os
agentes: Ruído contínuo ou permanente; Ruído de Impacto; Tolerância para Exposição ao
Calor; Radiações Ionizantes; Agentes Químicos e Poeiras Minerais.
Tanto a NR15 quanto a NR16 dependem de perícia, a cargo do médico ou do
engenheiro do trabalho, devidamente credenciado junto ao Ministério do Trabalho e
Emprego.
NR – 16 - Atividades e Operações Perigosas:
Também considerada quando ocorre além dos limites de tolerância.
São as atividades perigosas àquelas ligadas a Explosivos, Inflamáveis e Energia
Elétrica.
NR – 17 - Ergonomia:
Esta norma estabelece os parâmetros que permitam a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiológicas, máquinas, ambiente, comunicações dos
elementos do sistema, informações, processamento, tomada de decisões, organização e
conseqüências do trabalho.64
Observe-se que as LER - Lesões por Esforços Repetitivos, hoje denominada DORT -
Doença Osteomuscular, relacionada ao trabalho constituem o principal grupo de problemas à
saúde, reconhecidos pela sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o
termo LER, constante hoje das relações de doenças profissionais da Previdência.
NR – 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção –
PCMAT:
O Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção -
PCMAT equivale ao “PPRA” da Construção Civil.Resume-se no elenco de providências a
serem executadas, em função do cronograma de uma obra, levando-se em conta os riscos
de acidentes e doenças do trabalho e as suas respectivas medidas de segurança.
NR–19 - Explosivos:
Determina parâmetros para o depósito, manuseio e armazenagem de explosivos.
NR–20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis:
Define os parâmetros para o armazenamento de combustíveis e inflamáveis.
NR–21 -Trabalho a céu aberto:
Define o tipo de proteção aos trabalhadores que trabalham sem abrigo, contra
intempéries (insolação, condições sanitárias, água entre outros).
NR–22 - Trabalhos subterrâneos:
Destina-se aos trabalhos em minerações subterrâneas ou a céu aberto, garimpos,
beneficiamento de minerais e pesquisa mineral.
Nesses trabalhos é necessário ter um médico especialista em condições hiperbáricas.
Esta atividade possui várias outras legislações complementares.
NR–23 - Proteção contra Incêndios:
Todas as empresas devem possuir proteção contra incêndio; saídas para retirada de
pessoal em serviço e/ou público; pessoal treinado e equipamentos. As empresas devem
observar as normas do Corpo de Bombeiros sobre o assunto.
DADOS COMPLEMENTARES:
RELAÇÃO DE ALGUNS DOS GRANDES INCÊNDIOS OCORRIDOS NO BRASIL:
Incêndios e Explosões são tipos de acidentes com grande potencial de destruição e
mortes conforme visto nas tabelas anteriormente colocadas com a relação dos Acidentes
Maiores ou Ampliados.
65
Daí a extrema importância do conhecimento e emprego das técnicas de Combate a
Incêndios disponíveis atualmente.
Na Internet estão disponíveis diversos endereços e “Links” que devem ser
consultados:
Secretaria Nacional de Defesa Civil: http: //www.defesacivil.sp.gov.br/
Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo: http://www.polmil.sp.gov.br;
Defesa Cível do Estado de São Paulo: http://www.defesacivil.sp.gov.br/
Prefeitura de São Paulo:
http://www6.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/habitacao/cartilha_prevencao/0001
ABNT: CB–24, Comitê Brasileiro de Segurança contra Incêndio:
http://www.abnt.org.br/revisao_cb24.htm
NFPA – “National Fire Protection Association” – em portugues:
http://www.nfpa.org/itemDetail.asp?
Ano Edifício Cidade Mortos Feridos1961 Penitenciaria Taubaté 152 -1966 Circo Niterói 350 -1972 Andraus São Paulo 16 3001974 Joelma São Paulo 187 4001981 Grande Avenida São Paulo 17 521996 Plaza Shopping Osasco 42 400
A partir do incêndio do Joelma (1974), com a morte de 187 pessoas, começou a haver
maior conscientização e preocupação da população e de todos os órgãos, com a Prevenção
de uma forma mais ampla, desde a especificação de materiais aos sistemas de proteção, até
com os Treinamentos de Brigadas de Incêndio, inclusive, com locais apropriados para estes
treinamentos, que atendessem as exigências ambientais da CETESB.
A implantação destes centros de Treinamentos para Brigadas de Incêndio, tem
contribuindo para que as estatísticas de grandes incêndios sejam reduzidas ou neutralizadas,
apesar do crescimento urbano e industrial.
Também houve uma maior conscientização prevencionista, a qual tem sido reforçada
por uma atuação maior dos legisladores, com Leis e Normas mais específicas.
LEGISLAÇÕES:
No âmbito federal: A Brigada de Incêndio está prevista na Lei nº 6.514 de 1977, que
dá as diretrizes sobre Segurança e Medicina do Trabalho, regulamentada pela Portaria nº
3.214/78, através da NR 23.
66
No âmbito estadual: O programa de Brigada de Incêndio está previsto no Decreto
Estadual nº 46.076 de 31.08.01, que regulamenta a segurança contra incêndio nas
edificações de áreas de risco no Estado de São Paulo, em vigor a partir de 23 de Abril de
2002, que contempla a I.T (Instrução Técnica) 17 que passou a integrar os parâmetros para
o programa de Brigadas de Incêndio previstos na NBR nº 14.276/99 e para os Campos de
Treinamento de Combate a Incêndio a NBR 14.277/99.
No âmbito municipal: Cada Prefeitura através do seu CONTRU (Departamento de
Controle de Uso de Imóveis), que atua na prevenção e fiscalização de instalações e sistemas
de segurança de edificações do município, tem aplicado normas e exigências próprias.
No âmbito securitário: O legislador, através do Instituto de Resseguros do Brasil
(IRB) e da Circular 006/92 da SUSEP, também contempla diretrizes que se satisfeitas,
através da tarifação de seguros de Incêndio do Brasil (TSIB), bonifica o prêmio pela
implantação de Brigadas de Incêndio, pois estas reduzem drasticamente riscos e
conseqüentemente o custo dos seguros.
No âmbito Civil e Criminal: Vale aqui destacar: que o investimento preventivo na
segurança e na manutenção minimiza possível ação judicial de responsabilidade Civil e/ou
Criminal.
CERTIFICAÇÃO:
Em 1970 é instalada a Comissão Brasileira de Proteção Contra Incêndio, como
responsável dentro da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – pela
normalização do setor e que a partir de 1990 foi reformulada como Comitê Brasileiro de
Segurança contra Incêndio, recebendo a denominação de CB-24, com sede no Comando do
Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo.
Portanto o CB-24 é o órgão responsável dentro da ABNT pelo planejamento,
coordenação e controle das atividades de elaboração de Normas relacionadas com os
assuntos de Segurança contra Incêndio.
CLASSES DE FOGO E EXTINTORES RECOMENDADOS DE SE USAR:
Classes de IncêndioTipos de material Combustível / área onde ocorre o
incêndio.
AMadeira, tapetes, papéis, cortinas, tecidos, borracha,
couro.
67
BGasolina, óleo, acetileno, éter, graxas, gás de iluminação,
resina, ceras, gás de petróleo, querosene, álcool.
C
Eletricidade: Usinas Termoelétricas, Subestações, Casas
de Força, Casas de Máquinas, Eletrodomésticos,
transformadores.
DMetais pirofóricos: magnésio, alumínio, titânio, zircônio,
entre outros.
Tipos de Extintores Portáteis recomendados de serem utilizados:
X => Principal; (X) => Condicionalmente.
Classes de Incêndio
A B C D
Água pressurizada ou água-gás X
Espuma X X
CO 2 (Dióxido de Carbono) (X) X X
Químico Seco X X
Químico Seco ABC ou especial X
Sistemas de Combate a Incêndios:
Os Sistemas de Combate a Incêndios são projetados e instalados com os seguintes
objetivos principais:
Garantir a segurança das pessoas e de uma edificação em um nível adequado nos casos
de ocorrência de um incêndio;
Possibilitar a saída em tempo hábil das pessoas em condições seguras, evitando perdas
de vida;
Facilitar as ações de combate ao fogo;
Minimizar as possibilidades de propagação do fogo;
Facilitar as ações de socorro;
Minimizar os danos ao patrimônio em casos de incêndios.
Principais tipos de Sistemas de Combate a Incêndios existentes:
Sistemas de Extintores de Incêndios;
Sistemas de Hidrantes;
Sistemas de Escadas de Segurança;
68
Sistemas de Iluminação de Emergência;
Sistemas de Detecção e alarmes de Incêndio;
Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas;
Sistemas de Sinalização de Segurança contra Incêndios;
Sistemas de “Sprinklers”;
Sistemas de Compartimentação;
Sistemas de Contenção para instalações de Reservatórios de Combustíveis;
Sistemas de Esvaziamento rápido para instalações de Fluídos Térmicos Orgânicos;
Brigadas Contra Incêndios;
Bombeiros;
Sistemas de Proteção para Resistência Estrutural;
Sistemas Fixos de CO 2 e de Gases para Extinção do Fogo;
Sistemas de Espuma e de Resfriamento.
Os tipos de Sistemas acima referidos devem ser compatíveis com o tipo de instalação
a que se destinam e inclusive para a Carga de Incêndio prevista e calculada.
NR–24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho:
Todo estabelecimento deve atender as denominações desta norma, que o próprio
nome contempla. Cabe a CIPA e/ou ao SESMT, se houver, a observância desta norma.
Deve-se observar, também, nas Convenções Coletivas de Trabalho de sua categoria se
existe algum item sobre o assunto.
NR–25 - Resíduos Industriais:
Trata da eliminação dos resíduos gasosos, sólidos, líquidos de alta toxidade,
periculosidade, risco biológico, radioativo, a exemplo do césio em Goiás. Remete às
disposições contidas na NR15 e legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e
municipal.
NR–26 - Sinalização de Segurança:
Determina as cores na segurança do trabalho como forma de prevenção evitando a
distração, confusão e fadiga do trabalhador, bem como cuidados especiais quanto a produtos
e locais perigosos.
NR–27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança no Ministério do
Trabalho e Emprego:
69
Todo técnico de segurança deve ser portador de certificado de conclusão do 2º grau
de Técnico de Segurança e Saúde no Trabalho, com currículo do Ministério do Trabalho e
Emprego, devidamente registrado através das DRT regionais.
NR–28 - Fiscalização e Penalidades:
Toda norma regulamentadora possui uma gradação de multas, para cada item das
normas. Estas gradações são divididas por número de empregados, risco na segurança e
risco em medicina do trabalho.
O agente da fiscalização, baseado em critérios técnicos, autua o estabelecimento, faz
a notificação, concede prazo para a regularização e/ou defesa.
Quando constatar situações graves e/ou iminentes ao risco à saúde e à integridade
física do trabalhador propõe à autoridade regional a imediata interdição do estabelecimento.
NR–29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário:
Tem por objetivo Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças
profissionais, facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcançar as melhores condições
possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nesta
NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra,
assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e
instalações portuárias de uso privativo e retro-portuárias, situadas dentro ou fora da área do
porto organizado. A sua existência jurídica está assegurada em nível de legislação ordinária,
através da Medida Provisória nº 1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da CLT, o Decreto nº
99.534, de 19/09/90 que promulga a Convenção nº 152 da OIT.
NR–30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário.
(NR em fase de Consulta Pública):
Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de
mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na
navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas
e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e portuário. A
observância desta Norma Regulamentadora não desobriga as empresas do cumprimento de
70
outras disposições legais com relação à matéria e outras oriundas de convenções, acordos e
contratos coletivos de trabalho.
NR–31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde nos Trabalhos em
Espaços Confinados. (NR em fase de Consulta Pública):
Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços
confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a
garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores.
Espaço confinado é qualquer área não projetada para ocupação humana que possua
ventilação deficiente para remover contaminantes, bem como a falta de controle da
concentração de oxigênio presente no ambiente.
NR–32 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho em
Estabelecimentos de Assistência à Saúde. (NR em fase de Consulta Pública):
Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de
medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores em estabelecimentos de
assistência à saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência
à saúde em geral.
Normas Regulamentadora Rurais:
Conforme Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, a qual institui Normas Reguladora do
Trabalho Rural, bem como, a Portaria nº 3.067 de 12 de abril de 1.988.
NRR-1 - Disposições Gerais:
Estabelece os deveres dos empregados e empregadores rurais no tocante à
prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A sua existência jurídica é
assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973.
NRR-2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural -
SEPATR:
Estabelece a obrigatoriedade para que as empresas rurais, em função do número de
empregados que possuam, organizem e mantenham em funcionamento serviços
especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, visando à prevenção de acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais no meio rural. A sua existência jurídica é assegurada por
meio do artigo 13 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973.71
NRR-3 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural -
CIPATR:
Estabelece para o empregador rural, a obrigatoriedade de organizar e manter em
funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. A sua existência jurídica
é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973.
NRR-4 - Equipamento de Proteção Individual - EPI:
Estabelece a obrigatoriedade para que os empregadores rurais forneçam,
gratuitamente, a seus empregados Equipamentos de Proteção Individual adequados ao risco
e em perfeito estado de conservação, a fim de protege-los dos infortúnios laborais. A sua
existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei n o 5.889, de 8 de junho de
1973.
NRR-5 - Produtos Químicos:
Estabelece os preceitos de Segurança e Medicina do Trabalho Rural a serem
observados no manuseio de produtos químicos, visando à prevenção de acidentes do
trabalho e doenças ocupacionais. A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo
13 da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973.
8.3 – Estrutura de pessoal necessária para compor a Gerência de Segurança em uma
Empresa:
A estrutura de pessoal de uma Diretoria, Gerência ou Departamento de Segurança
das Empresas varia de acordo com as características das mesmas, tais como, do grau de
risco do porte da empresa, do histórico além dos padrões internos e políticos de cada
empresa.
As empresas estruturadas têm assim a possibilidade de planejar e trabalhar de modo
preventivo, alicerçando seus trabalhos nas áreas da Organização, da Tecnologia e na de
Recursos Humanos, com a execução de ações tais como:
Treinamento de pessoal em técnicas de prevenção de acidentes;
Análises de riscos;
Gerenciamento dos riscos;
Gerenciamento das emergências;
E diversas outras atividades importantes voltadas para a Segurança e a Medicina do
Trabalho.
72
Contudo a obrigatoriedade do cumprimento ao estabelecido nas diversas Normas
Regulamentadora acima mencionadas, direta ou indiretamente impõem uma estrutura
mínima de pessoal qualificado.
Esta estrutura de Segurança do Trabalho, além da política de Segurança seguida
pelas Empresas é de fundamental importância para que os bons resultados sejam obtidos.
Exemplos:
A NR-4 / Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT,
conforme seja o Grau de Risco e o número de empregados no estabelecimento, exige o
emprego do seguinte quadro de pessoal (Vide Quadros I e II anexos a NR – 4):
a) Engenheiro de Segurança do Trabalho - engenheiro ou arquiteto portador de certificado
de conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em
nível de pós-graduação;
b) Médico do Trabalho - médico portador de certificado de conclusão de curso de
especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de
certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou
denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do
Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que mantenha
curso de graduação em Medicina;
c) Enfermeiro do Trabalho - enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de
especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por
universidade ou faculdade que mantenha curso de graduação em enfermagem;
d) Auxiliar de Enfermagem do Trabalho - auxiliar de enfermagem ou técnico de
enfermagem portador de certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de
enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada reconhecida e autorizada
pelo Ministério da Educação;
e) Técnico de Segurança do Trabalho: técnico portador de comprovação de registro
profissional expedido pelo Ministério do Trabalho.
De outro lado a NR-5 / Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA exige a
constituição de uma comissão formada por representantes dos empregadores e
representantes dos empregados, dimensionada de acordo com as características das
empresas (Vide Quadros I, II e III anexos a NR – 5).
73
A NR-7 / Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional por sua vez cuida da
execução dos diversos tipos de exames médicos a serem feitos para efeito do
acompanhamento da saúde dos trabalhadores.
A NR-9 / Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais cuida do controle dos riscos
ambientais que podem causar a ocorrência de acidentes do trabalho, acidentes ampliados
e que podem também provocar as doenças profissionais e as doenças do trabalho.
A NR – 23 / Proteção contra Incêndios por sua vez, exige que hajam pessoas adestradas
no uso correto dos equipamentos de combate a incêndios.
Em geral o atendimento as exigências das diversas Normas Regulamentadora
demanda o emprego de um pessoal técnico e qualificado em uma vasta gama de
especialidades profissionais.
Por exemplo, ver o caso da NR – 13 Caldeiras e Vasos de Pressão, entre outros
diversos.
9 – Seguranças em Instalações e Serviços de Eletricidade, NR – 10 e demais
Normas Técnicas:
As Normas Regulamentadora apontadas no item anterior aplicam-se ao exercício legal
da matéria no que se refere a Segurança e Medicina do Trabalho. Para sua aplicação,
todavia, conforme demonstra seu próprio conteúdo, faz-se necessário a consulta das Normas
Técnicas específicas, nacionais (ABNT) e/ou internacionais (ISO, NEC, ASME, NFPA, API,
ASTM, BS, OHSAS, NIOSH e outras) de acordo com os diversos itens e matérias indicadas.
9.1 – Aspectos técnicos ligados a novos Projetos, Fabricação, Montagem, Operação e
Manutenção:
Relacionamos abaixo algumas das principais Normas Técnicas, e procedimentos
utilizados nos Projetos, nas Instalações, na Operação e na Manutenção de Instalações
Elétricas em geral, especificamente os ligados a Segurança e Proteção das pessoas e das
Instalações, tais como:
NB - 3 / 60 Execução de Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
NB - 79 / 67 Execução de Instalações Elétricas de Alta Tensão;
NBR – 5410 / 1990 / Instalações Elétricas de Baixa Tensão;
NBR 14039:03 - Instalações elétricas de média tensão de 1,0 kV a 36,2 kV;
NBR – 5414 / Instalações Elétricas de Alta Tensão;
NBR – 5418 / Instalações Elétricas em Atmosferas Explosivas;74
NBR – 5419 / Proteção de Edificações contra Descargas Elétricas Atmosféricas;
NBR 5363 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – Invólucros à
prova de explosão – Tipo de Proteção “d” - Especificação;
NBR 5420 – Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – Invólucros com
Pressurização ou Diluição Contínua – Tipo de Proteção “p” Especificação;
NBR 8370 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas - Terminologia;
NBR 8447 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas de Segurança
Intrínseca Tipo de Proteção “i” - Especificação;
NBR 9518 / 97 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas – Requisitos
gerais – Especificação;
NBR 9883 - Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas de Segurança
Aumentada – Tipo de Proteção “e” - Especificação;
NBR - 14039 / Instalações Elétricas de média Tensão;
NBR 14153 – Segurança Humana em Máquinas.
Além das normas acima referidas faz-se necessário, de acordo com o assunto e a
necessidade, consultar também diversas outras Normas Técnicas.
A título de exemplo, ver as normas relacionadas no livro Instalações Elétricas, Antonio
Bossi e Ezio Sesto, Hemus Editora Ltda, nas pgs. de Apresentação à Edição Brasileira, além
de diversos outros livros técnicos publicados.
O Conhecimento Técnico e a Tecnologia utilizada por Fornecedores de Equipamentos,
Empresas de Engenharia de Segurança do Trabalho e Medicina do Trabalho,
Concessionárias de Serviços Públicos, Associações e Organizações existentes no Brasil e
no mundo deverá ser considerada e assimilada. Trata-se da aquisição do “know-how” e dos
Conhecimentos Técnicos acumulados pelas Empresas, Fabricantes de Equipamentos,
Universidades, Centros de Pesquisas, os quais são da mais alta valia em termos da técnica e
da segurança.
Por exemplo:
9.2 – GUIA DE SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS CONF.
RECOMENDAÇÕES DA COPEL http://www.copel.com/pagcopel.nsf
Nas recomendações da COPEL abaixo colocadas temos os procedimentos de
segurança para manutenção em sistemas elétricos em baixa tensão (BT) e alta tensão (AT).
I. NORMAS ABNT, NR e COPEL:75
Normas Brasileiras que regulamentam a segurança no trabalho, em instalações
elétricas:
Associação Brasileira de Normas Técnicas - www.abnt.org.br;
Ministério do Trabalho e Emprego - www.mte.gov.br;
Normas Técnicas da COPEL - www.copel.com.br
NR–6 - Equipamento de Proteção Individual - EPI (1006.000-7):
Para os fins de aplicação desta norma, considera-se Equipamento de Proteção
Individual - EPI todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira,
destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
NR–10 - Instalações e Serviços em Eletricidade:
Esta norma, recentemente revisada, fixa as condições mínimas exigíveis para garantir
a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas
etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma, ampliação e a
segurança de usuários e terceiros.
NBR–5410 - Instalações Elétricas de Baixa Tensão:
Esta norma fixa as condições a que devem satisfazer as instalações elétricas de baixa
tensão, a fim de garantir seu funcionamento adequado, a segurança de pessoas e animais
domésticos e a conservação dos bens.
NBR–14039 - Instalações Elétricas de Alta Tensão
Esta norma fixa as condições exigíveis para o projeto e a execução de instalações
elétricas de alta tensão, com tensão nominal de 1,0 kV a 36,2 kV, à freqüência industrial, de
modo a garantir segurança e continuidade de serviço.
II. EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA RECOMENDADOS:
Para garantia de segurança dos profissionais envolvidos no projeto, a COPEL
recomenda a aquisição dos seguintes equipamentos:
a) EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA INDIVIDUAL – EPI utilizados em
eletricidade:
Capacete de segurança com isolamento para eletricidade;
Meia bota isolada;
Óculos de segurança incolor e com proteção contra raios ultravioletas;
Roupas de algodão;
Luvas de borracha isolantes BT e AT;76
Luvas de pelica para proteção das luvas de borracha;
Luvas de raspa para trabalhos rústicos;
Cinturão de segurança com talabarte para trabalhos em grandes alturas.
b) EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA COLETIVOS – EPC:
Vara de manobra isolada;
Conjunto de aterramento temporário;
Detector de tensão;
Cones e bandeirolas de sinalização;
Escadas com isolamento próprias para trabalho com eletricidade.
Saiba mais sobre equipamentos de segurança:
Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica - www.abinee.org.br
Associação Nacional da Indústria de Materiais de Segurança e Proteção ao Trabalho -
www.animaseg.com.br
III. PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS PARA MANUTENÇÃO:
A) Introdução:
Execute as manutenções somente com pessoal capacitado.
Efetue a análise de risco da tarefa com os envolvidos e exija a utilização de
equipamentos de proteção e ferramentas adequadas.
Nos desligamentos programados ou não programados, o responsável pelo trabalho
deve tomar as providências necessárias à segurança da equipe e de terceiros.
Sempre registre as alterações implementadas no sistema e mantenha os operadores
dos equipamentos informados.
Evite adaptações ou alterações das características originais dos equipamentos
elétricos.
B) Procedimentos:
A COPEL recomenda os seguintes procedimentos para isolamento da área na qual
será executada a intervenção:
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES EXECUÇÃO DA TAREFA:
1. Quando necessário solicite à COPEL que a COPEL faça o desligamento da unidade (a
ligação telefônica é gratuita);
2. Trave mecanicamente, através de cadeado, as chaves seccionadoras;
3. Retire dos cartuchos das chaves fusíveis;77
4. Bloqueie o religamento remoto de disjuntores;
5. Sinalize o poste com placas de advertência: “ATENÇÃO NÃO OPERE ESTE
EQUIPAMENTO”;
6. Isole o local com cordas, bandeirolas e cones para delimitar a área;
7. Delimite as distâncias mínimas de segurança entre os locais de trabalho e partes
energizadas com sinalização apropriada, levando em consideração o quadro abaixo:
Tensão Nominal (kV) Distância Mínima (metros)
13,8 0,60
34,5 1,00
69,0 1,10
138,0 1,80
230,0 2,00
8. Teste a linha ou rede com o uso de detector de tensão:
Observação: - Antes de efetuar testes elétricos ou abertura de equipamentos elétricos para
manutenção, verifique que a umidade relativa do ar esteja inferior a 70%;
9. Instale o conjunto de aterramento temporário na BT e na AT;
10. Esteja certo de que todos compreendam o planejamento, e saibam exatamente seu papel
dentro do processo;
11. Utilize ferramentas em perfeitas condições de uso e em quantidade suficientes;
12. Evite improvisações. Lembre-se que o planejamento serve para evitar problemas durante
a execução do trabalho;
13. Faça supervisão constante;
14. Faça uma inspeção nas instalações;
CONCLUSÃO DOS SERVIÇOS:
15. Afaste todas as pessoas das partes que deverão ser energizadas;
16. Retire os aterramentos temporários;
17. Retire placas de sinalização;
18. Recoloque os cartuchos;
19. Faça o religamento, ou solicite que a COPEL o faça;
20. Retire a sinalização;
21. Após a conclusão dos serviços, recolha sobras de materiais que ficarem pelo chão,
evitando que outras pessoas os utilizem inadvertidamente;78
IV. Dicas:
Saiba mais sobre equipamentos de segurança:
Para saber mais sobre segurança na manutenção de instalações elétricas, acesse o
“Site” www.copel.com.br ou entre em contato com o COPEL.
10 - PERIGOS, RISCOS E EMERGÊNCIAS, GESTÃO DE RISCO E DE
EMERGÊNCIAS:
10.1 – Conceitos:
Ao considerarmos os diversos aspectos abrangidos pela Segurança do Trabalho
imediatamente nos lembramos dos conceitos dos Perigos existentes, dos Riscos, e das
Emergências que ocorrem.
Lembramo-nos principalmente das ocorrências de maior gravidade intituladas de
ACIDENTES AMPLIADOS / MAIORES.
Sobre estes aspectos não podemos esquecer do alcance e da importância dos
seguintes fatores:
Da extrema valia que tem o Instinto de Conservação das Pessoas, o qual adquire e
traz desde as mais remotas épocas da existência humana;
Da importância de exercermos o Espírito de Cidadania, do Profissionalismo e da
Auto-estima.
Não podemos nos esquecer, todavia que no mundo atual somente uma parte dos
riscos existentes já foi assimilada e absorvida pelo Instinto de Conservação das pessoas.
Por exemplo:
Sabemos dos riscos e perigos envolvendo os seguintes casos:
O risco do Trabalho nas alturas e o risco da queda;
Os riscos de incêndios e de explosões;
O perigo de lesões por objetos ou ferramentas de corte;
O risco do afogamento das pessoas;
Riscos de Inundações e dos deslizamentos de terras;
Avalanches;
Terremotos;
Naufrágios;
O risco dos raios nas tempestades;79
E muitas diversas outras situações da vida.
Ocorre, porém que, ao lado destes riscos e perigos mais conhecidos, existem riscos
menos conhecidos e dominados, principalmente os relativos as novas e mais recentes
tecnologias, os quais devem ser estudados e aprofundados.
Só como exemplo, podemos nos lembrar aqui das seguintes casos:
Da Eletricidade;
Dos Combustíveis;
Dos Meios de Transporte;
Da Aviação;
Da Energia Atômica;
Da Bio – Tecnologia;
E demais outras tantas Tecnologias historicamente recentes.
Relativamente a estas Tecnologias historicamente mais recentes, sob o ponto de vista
racional, até podemos ter informações atualizadas a respeito, mas mesmo assim, o
desenvolvimento de um instinto de autoconservação e segurança, na maioria das pessoas,
pode ainda não ter sido assimilada por completo, no que se refere aos riscos derivados
destas novas tecnologias, de modo que, ficasse estabelecida uma autodefesa primária,
natural e instintiva com reações de conservação rápidas e instantâneas.
Assim, é de máxima importância proporcionar e executarmos os Programas de
Treinamento, necessários, bem como, o aperfeiçoamento contínuo dos trabalhadores e de
todos profissionais que atuam nas Empresas existentes, de modo que, haja uma grande
conscientização de todo o trabalho e dos meios de proteção necessários, no que se refere à
execução dos trabalhos com Segurança e Qualidade.
PRINCÍPIOS DE GESTÃO DE RISCOS:
(Consultar o livro de Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes, Editora Atlas
S.A., Benedito Cardella, 1.999).
Relativamente à ocorrência dos acidentes, existe um consenso com base na
experiência acumulada dos especialistas quanto à validade dos seguintes princípios:
1 – Nas organizações e sociedades, o acidente é um fenômeno de natureza multifacetada,
que resulta de interações complexas entre fatores físicos, químicos, biológicos, ergonômicos,
psicológicos, sociais e culturais;
2 – Todos os acidentes podem ser evitados;80
3 – Um indivíduo sozinho não consegue controlar os riscos envolvidos na sua atividade;
4 – Os acidentes ocorrem porque a mente se envolve tanto com o trabalho que se esquece
do corpo.
Aspectos humanos, técnicos, educacionais e sociais:
Para os que já vivenciaram de perto situações reais envolvendo Acidentes do
Trabalho de maior gravidade, não é difícil a compreensão das conseqüências tristes e
adversas que ocorrem com a perda de vida do trabalhador e o sofrimento para seus filhos,
esposa e toda a sua família.
No que se refere à Eletricidade, por exemplo, numa Instalação Industrial, em
contrapartida com a movimentação mecânica e dos ruídos diversos presentes nos processos
industriais, os quais estimulam a ficar de alerta, nas Instalações Elétricas, o que mais
desperta a nossa atenção é a movimentação relativamente silenciosa dos motores elétricos.
No entanto, apesar do silêncio, o perigo de choques elétricos, curtos-circuitos,
incêndios e explosões estão bastantes presentes nas Subestações, nas Salas de Despacho,
nas Cabines de Distribuição, nos CCM, nos Painéis Elétricos, nos Quadros de Força, entre
outros.
Aos visitantes ou a alguém que não conheça ou trabalhe numa determinada
instalação, que com a permissão e acompanhado de técnicos habilitados, visitar estas partes
de uma Instalação Elétrica, além do uso dos EPI e EPC necessários, recomenda-se se
manter sempre a distância dos diversos componentes e até a mesmo colocar as duas mãos
no bolso, de modo a não tocar em nada.
É muito útil também o uso e o efeito provocado pelos Cartazes Admoestadores
bastante utilizados em Instalações Elétricas, como o da Caveira com as duas Tíbias
cruzadas, com os dizeres “PERIGO DE MORTE”, o qual normalmente está colocado nas
portas dos diversos painéis elétricos e cabines de força.
Consideremos também os demais avisos e alertas por escrito, como “Proibido a
Entrada de Pessoas não Autorizadas” ou aquele outro utilizando o símbolo de um Raio, para
chamar a atenção das pessoas que se aproximam das partes de uma Instalação Elétrica,
bem como, as demarcações de área, as quais servem para nos alertar dos perigos que
rondam aquela instalação.
Mesmo com todo o treinamento, o impacto emocional destes símbolos é bastante
profundo, servindo como alerta.81
As Instalações Elétricas, comparativamente as demais partes das instalações
industriais, seus componentes são bastante silenciosos e estáticos, de modo que, o risco de
certa forma poderia passar despercebido para o trabalhador comum sem um treinamento
específico, daí a importância do uso dos EPI e dos EPC além do emprego dos símbolos
acima referidos, dos avisos colocados e de toda a precaução envolvida.
Naturalmente isto só não é o bastante. É preciso também que as instalações sejam
executadas seguindo-se as recomendações indicadas nas Normas Técnicas e das Normas
Regulamentadora existentes.
Em qualquer caso, sejam os de Instalações Elétricas mais simples até os de
Instalações Elétricas mais complexas, é da maior importância um enfoque especial de todos
os aspectos ligados a Segurança dos Trabalhadores e de todas as pessoas possíveis ao
redor.
Para que tenhamos sucesso nos assuntos ligados as Seguranças além de todo o
estudo e formação envolvidos necessitam também do apoio por parte da hierarquia, além de
toda dedicação e motivação.
Testemunhos dados em reuniões e congressos realizados relatam e enfocam sempre
este lado da questão.
Um risco poderá estar presente, mas deverá haver um baixo nível de perigo, devido às
precauções tomadas para minimizá-lo.
Assim, um banco de transformadores de alta tensão possui um risco inerente de
eletrocussão, uma vez que esteja energizado.
Haverá um alto nível de perigo se o banco estiver desprotegido, no meio de uma área
de pessoas.
O mesmo risco estará presente quando os transformadores estiverem trancados num
cubículo sob o piso. Entretanto, o risco será menor para o pessoal.
Vários outros conceitos e exemplos ligados à segurança podem ser citados:
Incidentes;
Acidentes;
Riscos;
Exposição;
Perigo;
Causas;82
Fatos;
Efeitos;
Natureza;
Falhas humanas;
Falhas de instalação;
Danos humanos;
Danos materiais;
Danos financeiros.
RISCO ou “HAZARD”: - Uma condição ou situação (de uma variável) com potencial
para causar danos.
RISCO: Probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo definido ou
ciclos operacionais - “RISK”.
PERIGO: - Parâmetro que caracteriza uma relativa exposição a um risco. É a
exposição que favorece a “materialização” do risco como causa de um fato catastrófico
(acidente) e dos danos resultantes - “DANGER”.
De outra maneira:
SITUAÇÃO RISCO VARIÁVEL CONDIÇÃO
Trabalho com
chapas aquecidas QueimadurasTemperatura da
Chapa
Temperatura da chapa
muito maior que a
temperatura da pele.
Trabalho em alturaQueda Fatal Altura de Trabalho
Altura de trabalho muito
maior que a altura do
indivíduo.
Trabalho em
ambiente ruidoso
Redução da
Capacidade
Auditiva
Dose de Ruído
Diária
Dose maior que 1 ou
100%
83
PERIGO = ____________________________ MEDIDAS DE CONTROLE
RISCO
Exemplo:
Situação: Trabalho de limpeza e desengraxamento de peças com solventes.
Neste caso:
Risco: Intoxicação.
MEDIDAS DE CONTROLE QUANTO
À EXPOSIÇÃO AO RISCO:PERÍGO:
Nenhuma Alto
Uso de máscara filtrante (EPI) Moderado a baixo
Limitação do Tempo de exposição (se viável) Baixo
Automatização do processo (não há necessidade do
operador no recinto).
Praticamente nulo
Como podemos verificar no exemplo acima colocado em função das possíveis
medidas tomadas o perigo diminui.
Resumidamente então:
Risco Perigo ou Possibilidade de perigo.
O Risco de eventos perigosos é função de 2 fatores:
Da Freqüência com que estes eventos ocorrem e das Conseqüências destes eventos, tais
como:
Ocorrência de Danos materiais;
Ocorrência de vítimas, com lesões e/ou mortes.
As ações para minimização dos riscos demandam tempo e, portanto exigem estudos e
planejamento constantes.
Portanto temos:
* Risco = f (Freqüência x Conseqüência).
10.2 - Emergência Ocorrência de qualquer Situação perigosa ou Situação crítica:
Nas situações de emergência os fatores de riscos emergem do campo virtual
passando para a situação real e gerando danos e perdas, algumas vezes fatais.
84
Quando ocorre uma Emergência geralmente temos a ocorrência de uma cadeia de
eventos indesejáveis.
O primeiro evento desta cadeia é chamado evento iniciador ou demanda.
O Controle da emergência compreende das seguintes etapas:
Detecção; Mobilização; Intervenção.
Na intervenção por sua vez teremos as seguintes ações:
Recomposição da Contenção; Combate; e Defesa.
Todas estas ações demandam preparativos, treinamentos, testes e provas, os quais
devem ser executados preventivamente e regularmente de modo a prepararmos as equipes
para as possíveis emergências que porventura venham a ocorrer.
O sucesso do combate e do controle das emergências dependerá da precisão das
ações tomadas e da rapidez com que as mesmas são executadas.
10.3 – Segurança Situação livre de perigo
Segurança = função inversamente proporcional ao Risco = f (1 / Risco).
11 – Técnicas de Identificação de Perigos, de Análise e de Avaliação dos Riscos:
11.1 – INTRODUÇÃO.
11.2 – TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS.
11.2.1 – TÉCNICA DE INCIDENTES CRÍTICOS – TIC.
11.2.2 – WHAT-IF (WI).
11.2.3 – “BRAINSTORMING”.
11.2.4 – “CHECK LIST” – Lista de verificações.
11.3 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCOS.
11.3.1 – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS - APR.
11.3.2 – ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS - AMFE.
11.3.3 – ANÁLISE DE OPERABILIDADE DE PERIGOS - HAZOP.
11.4 – TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO DE RISCOS.
11.4.1 – ANÁLISE DE ÁRVORE DE EVENTOS – AAE.
11.4.2 – ANÁLISE POR DIAGRAMA DE BLOCOS – ADB.
11.4.3 – ANÁLISE DE CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS – ACC.
11.4.4 – ANÁLISE DE ÁRVORE DE FALHAS – AAF.
11.4.5 – MANAGEMENT OVERSIGHT AND RISK TREE – MORT.
11.4.6 – ANÁLISE COMPARATIVA.85
11.4.7 – ANÁLISE PELA MATRIZ DAS INTERAÇÕES.
11.4.8 – INSPEÇÃO PLANEJADA.
11.4.9 – REGISTRO E ANÁLISE DE OCORRÊNCIAS – RAO.
11.1 – INTRODUÇÃO:
Para termos uma visão geral do contexto, resumidamente é colocado abaixo o quadro
da situação mundial no período compreendido entre o término da 2ª Guerra Mundial,
passando pela Guerra Fria e pela Corrida Espacial e chegando aos tempos mais recentes,
por ocasião da queda do muro de Berlim e do aparecimento da Política de Globalização dos
mercados.
Nesta época os graves acidentes ocorridos no mundo tiveram impacto sobre a opinião
pública, levando os governos e as empresas a buscarem meios mais eficientes de proteção e
segurança. (Ver quadros de acidentes maiores ou ampliados, tais como os acidentes
aeroespaciais, os acidentes em Usina Nucleares, os acidentes em Industrias Químicas,
como o ocorrido em Bhopal e outros tantos, conforme dados anteriormente tabelados).
Os governos, a opinião pública e as entidades ligadas à tecnologia, as indústrias e a
segurança do trabalho mobilizaram-se então objetivando o aumento da segurança das
instalações industriais e a diminuição dos acidentes maiores ou ampliados.
Houve a necessidade de melhorar e desenvolver novos instrumentos para a solução
dos problemas ligados à segurança, como as Técnicas de Identificação de Perigos, de
Análise e de Avaliação dos Riscos, bem como, de Sistemas de Gestão da Qualidade e Meio
Ambiente.
Portanto, foram desenvolvidas ferramentas de Análise dos Perigos, de Riscos e de
Acidentes, para obtermos melhores e maiores níveis de segurança total em áreas como a da
aeronáutica, aeroespacial e nuclear.
Os conceitos de perigo, de risco, de confiabilidade, de modos de falha, MTBF (Tempo
médio entre falhas), bem como, as técnicas e metodologias aplicadas pela Segurança de
Sistemas, antes utilizadas principalmente nas áreas militar e espacial, evoluíram e
progrediram a partir da década de 70 para aplicação nas áreas industriais e de serviços
públicos, alavancando e auxiliando na solução dos problemas da engenharia, da produção
industrial, da segurança no trabalho e do meio ambiente.
Simultaneamente o desenvolvimento alcançado pela industrialização acelerada e pela
competividade na busca dos mercados internos e dos globalizados, por sua vez estimulou o 86
desenvolvimento de novas políticas industriais de produtividade, qualidade, meio ambiente e
segurança do trabalho tais como:
Aparecimento de novas tecnologias, como por exemplo, a Instrumentação, a
Eletrônica e a Informática;
Aparecimento de Máquinas e instalações cada vez mais grandiosas e sofisticadas;
Necessidade de treinamento adequado do pessoal e dos trabalhadores no que se
refere a Segurança;
Necessidade de equipes e estruturas adequadas de Segurança e Medicina do
Trabalho;
Necessidade de Fiscalização suficiente para evitar os acidentes inclusive os
maiores ou ampliados;
Necessidade de realizar novas instalações devido a obsolescência dos
equipamentos e processos existentes;
Complementando este quadro, Políticas de Responsabilidade Social aplicadas nos
países desenvolvidos deram maior atenção ao trabalhador, principal bem de uma
organização, buscando maior segurança, eficiência e produtividade dos processos
industriais além da melhoria de qualidade de seus produtos.
Surgiram daí novos métodos de trabalho, ações de melhorias e políticas, tais como as
seguintes:
Políticas de Qualidade como as Normas ISO 9.000;
Preservação do Meio Ambiente como as Normas ISO 14.000;
Maior ênfase e preocupação com Segurança dos Processos Industriais e maior
desenvolvimento da Engenharia de Segurança de Sistemas;
Maior desenvolvimento da Engenharia de Controle de Perdas;
Convenção OIT 174 e Decreto 4085 de 15 de janeiro de 2002 o qual Promulga a
Convenção no 174 da OIT e a Recomendação no 181 sobre a Prevenção de
Acidentes Industriais Maiores;
Normas BS 8.800;
Normas OHSAS 1800;
Demais ações de melhorias.
Observações:
87
As técnicas a seguir colocadas auxiliaram bastante na obtenção de melhorias para
a Segurança dos Processos e Segurança do Trabalho;
No Livro intitulado “Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes” - Editora
Atlas S.A. de Benedito Cardella, 1.999, indicado em nossa bibliografia,
encontramos informações valiosas sobre as estas técnicas;
Além livro acima referido é encontrado outros livros, do mais alto nível técnico,
publicados em língua portuguesa.
Pesquisando-se através de mecanismos de buscas como o da “Google”, “Altavista”
e diversos outros, encontramos também artigos de excelente qualidade no que se
refere às Técnicas de Identificação de Perigos, de Análise e de Avaliação dos
Riscos.
A melhor forma de aprendizado destas técnicas, todavia é pelo estudo e
participação de suas aplicações, sempre que houver oportunidade ou necessidade
do serviço.
A aplicação destas técnicas exige o planejamento das etapas de execução, a
preparação dos materiais e dados, como desenhos, especificações de materiais e
componentes, a disponibilização dos catálogos de equipamentos e componentes,
bem como, a definição das pessoas que serão envolvidas no trabalho, formulários
e folhas adequadas para registro de dados levantados, um calendário de reuniões,
além de demais materiais de apoio necessários como computador, impressora,
máquinas fotográficas, filmadoras, projetor e entre outros.
11.2 - Técnicas de Identificação de Perigos - Resumo:
Observações:
Para consulta ao texto integral ver o Artigo: - TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE
PERIGOS, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE RISCOS: Acessar:
http://www.eps.ufsc.br/disserta96/anete/index/indx_ane.htm;
Consultar também:
"Técnicas Modernas de Gerência de Riscos" e do livro "Introdução à Engenharia de
Segurança de Sistemas", de autoria de Francesco De Cicco e Mario Luiz Fantazzini:
http://www.qsp.org.br/manual_sst.shtml;
Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes, Editora Atlas S.A. , Benedito Cardella,
1.999 : http://www.edatlas.com.br/Atlas/portal/homePortal.ctrl.aspx.88
11.2.1 - Técnica de Incidentes Críticos (TIC):
A Técnica de Incidentes Críticos, também conhecida como "Confissionário" ou como
"Incident Recall", é uma técnica de identificação de perigos, qualitativa, de aplicação na fase
operacional de sistemas, cujos procedimentos envolvem o pessoal das empresas, em todos
os graus de conhecimento.
Esta técnica tem como objetivo a detecção de “Incidentes Críticos” ou “Quase
Acidentes”, além de auxiliar na correção e tratamento dos riscos correspondentes.
Este método possibilita a identificação de falhas e condições inseguras que contribuem para
a ocorrência dos acidentes com lesões reais e potenciais.
O processo demanda uma amostragem aleatória de observadores-participantes,
selecionados dentro de uma população de pessoas envolvidas, os quais orientados por uma
equipe de apoio passam a lembrar, recordar e registrar impressões e dados de acidentes já
ocorridos.
Os observadores-participantes devem ser selecionados dentre os principais
departamentos da empresa, procurando representar as diversas operações da mesma
dentro das diferentes categorias de risco.
Um entrevistador interroga os observadores-participantes e os incita a lembrar,
recordar e descrever os incidentes críticos, tanto no que se refere aos atos inseguros que
tenham cometido ou observado, como no que se refere as condições inseguras que tenham
ocorrido.
Os observadores-participantes devem ser estimulados a descrever os incidentes
críticos ocorridos, quantos possam recordar, sendo necessário para tal colocar os mesmos à
vontade procurando, evitando-se, entretanto possíveis divagações.
A disponibilização de um apoio técnico, operacional e psicológico será de maior
utilidade durante a aplicação desta técnica.
A TIC é de grande valia, principalmente nos casos em que se deseja identificar
perigos, sem a utilização de técnicas mais sofisticadas, bem como, quando restrição do
tempo disponível para implantação das medidas de segurança cabíveis.
Os incidentes pertinentes, descritos pelos entrevistados, deverão então ser transcritos
e classificados em categorias de risco, definindo-se a partir daí uma relação das áreas-
problema, bem como, permitindo uma priorização das ações no que se refere a distribuição
89
dos recursos disponíveis, tanto para correção das situações existentes como para prevenção
de possíveis problemas futuros.
Esta técnica deve ser periodicamente aplicada, reciclando-se os observadores -
participantes de modo a detectarem-se novas áreas – problemas, bem como, para verificar a
eficiência das medidas que foram implementadas.
Observação:
A TIC é útil também na prevenção de acidentes, pois além de servir para analisar os
incidentes críticos já ocorridos, permite também a identificação e exame de possíveis
acidentes em potencial, antes que os mesmos venham a ocorrer, ou seja, ao invés de
somente verificar os acidentes ocorridos, permite também evitar a ocorrência de novos
acidentes, prevenindo assim possíveis danos à propriedade, bem como, possíveis
ocorrências de lesões de pessoal.
11.2.2 – WHAT IF - WI (O que...? Se...):
A técnica do “What-If” é utilizada para uma análise geral, qualitativa.
Sua aplicação é bastante útil e simples para uma abordagem inicial dos problemas,
bem como, para o levantamento dos riscos existentes, tanto nas fases de projeto, como na
fase pré - operacional, além da fase do processo, não sendo a sua utilização limitada
unicamente ao processo.
A finalidade do “What-If” é testar possíveis omissões ocorridas nos projetos,
procedimentos e normas, bem como, para aferir o comportamento e a capacitação do
pessoal em seu ambiente de trabalho, com o objetivo de proceder a identificação e
tratamento de riscos.
A técnica do “What-If” se desenvolve através da realização de Reuniões de
Questionamento entre duas equipes. Os questionamentos devem englobar os
procedimentos, as instalações, e os processos em cada situação a ser analisada.
A equipe questionadora é a conhecedora e familiarizada com o sistema a ser
analisado, devendo a mesma formular uma série de questões com antecedência, com a
finalidade de guiar os trabalhos.
Para a aplicação o “What-If” utiliza-se sistemáticas técnico-administrativas que incluem
princípios de dinâmica de grupo. A utilização periódica do procedimento é o que garante o
bom resultado do mesmo no que se refere ao levantamento dos riscos e revisão dos
processos.90
Da aplicação do “What-If” resulta uma revisão de um largo espectro de riscos, bem
como a geração de possíveis soluções para os problemas levantados, além disso, se
estabelece um consenso entre as diversas áreas de atuação, como as da produção,
processo e segurança, quanto à forma mais segura de operacionalizar a planta.
Além do mais os relatórios de procedimentos fornecem também um material de fácil
entendimento servindo como fonte de treinamento e base para futuras revisões.
Recomenda-se quando da sua aplicação da técnica:
a) A formação do comitê de revisão e a montagem das equipes com seus integrantes;
b) Planejamento prévio das atividades e pontos a serem abordados na aplicação da
técnica;
c) Reunião Organizacional com a finalidade de discutir procedimentos, programação
de novas reuniões, definição de metas para as tarefas e informação aos integrantes sobre o
funcionamento do sistema sob análise;
d) Reunião de revisão de processo para os integrantes ainda não familiarizados com o
sistema em estudo;
e) Reunião de formulação das questões: O QUE? SE...”. Começando do início do
processo e continuando ao longo do mesmo, etapa por etapa, até alcançar o produto
acabado colocado na planta do cliente;
f) Reunião de respostas às questões (formulação consensual): - Em seqüência à
reunião de formulação das questões, cabe a responsabilidade individual para o
desenvolvimento de respostas escritas às questões. As respostas serão analisadas durante
a reunião de resposta às questões, sendo cada resposta categorizada como: - resposta
aceita pelo grupo tal como submetida; - resposta aceita após discussão e/ou modificação; -
aceitação postergada, em dependência de investigação adicional. O consenso grupal é o
ponto chave desta etapa, onde a análise de riscos tende a se fortalecer;
g) Relatório de revisão dos riscos do processo: o objetivo é documentar os riscos
identificados na revisão, bem como registrar as ações recomendadas para eliminação ou
controle dos mesmos.
11.3 – Técnicas de Análise de Riscos:
11.3.1 – Análise Preliminar de Riscos (APR) – “Preliminary Hazard Analysis” (PHA) ou
também chamada de Análise Preliminar de Perigos (APP).
91
A Análise Preliminar de Riscos (APR) consiste do estudo, durante a fase de
concepção ou desenvolvimento preliminar de um novo projeto ou sistema, com a finalidade
de se determinar os possíveis riscos que poderão ocorrer na sua fase operacional.
A APR é utilizada, portanto para uma análise inicial "qualitativa", desenvolvida na fase
de projeto e desenvolvimento de qualquer processo, produto ou sistema, tendo especial
importância na investigação de sistemas novos de alta inovação e/ou pouco conhecidos, ou
seja, quando a experiência em riscos na sua operação é deficiente. Apesar das
características básicas de análise inicial, é muito útil de se utilizar como uma ferramenta de
revisão geral de segurança em sistemas já operacionais, revelando aspectos que às vezes
passariam despercebidos.
A APR teve seu desenvolvimento inicial na área militar.
A APR não é uma técnica profunda de análise de riscos e geralmente precede a
aplicação de outras técnicas mais detalhadas de análise, já que seu objetivo principal é
determinar os riscos e as medidas preventivas antes da fase operacional.
No estágio em que é aplicado pode ainda ocorrer outros detalhes finais de projeto e,
que neste caso, a falta de informações quanto aos procedimentos será ainda maior, já que
os mesmos são geralmente definidos posteriormente.
Os princípios e metodologias da APR consistem em proceder-se uma revisão geral
dos aspectos de segurança de forma padronizada:
Descrevendo todos os riscos e fazendo sua caracterização;
A partir da descrição dos riscos são identificados as causas (agentes) e efeitos
(conseqüências) dos mesmos, o que permitirá a busca e elaboração de ações e medidas
de prevenção ou correção das possíveis falhas detectadas;
A priorização das ações é determinada pela caracterização dos riscos, ou seja, quanto
mais prejudicial ou maior for o risco, mais rapidamente deve ser solucionado.
Desta forma, a APR tem sua importância maior no que se refere à determinação de
uma série de medidas de controle e prevenção de riscos, desde o início operacional do
sistema, permitindo revisões de projeto em tempo hábil, com maior segurança, além de
definir responsabilidades no que se refere ao controle de riscos, conforme abaixo:
a) Revisão de problemas conhecidos: - Consiste na busca de analogia ou similaridade
com outros sistemas, para determinação de riscos que poderão estar presentes no sistema
que está sendo desenvolvido, tomando como base à experiência passada;92
b) Revisão da missão a que se destina: - Atentar para os objetivos, exigências de
desempenho, principais funções e procedimentos, ambientes onde se darão as operações,
etc.. Enfim, consiste em estabelecer os limites de atuação e delimitar o sistema que a missão
irá abranger: a que se destina; o que e quem envolvem e; come será desenvolvida;
c) Determinação dos riscos principais: - Identificar os riscos potenciais com potencialidade
para causar lesões diretas e imediatas, perda de função (valor), danos a equipamentos e
perda de materiais;
d) Determinação dos riscos iniciais e contribuintes: - Elaborar séries de riscos,
determinando para cada risco principal detectado, os riscos iniciais e contribuintes
associados;
e) Revisão dos meios de eliminação ou controle de riscos: - Elaborar um “brainstorming”
para levantamento dos meios passíveis de eliminação e controle de riscos, a fim de
estabelecer as melhores opções, desde que compatíveis com as exigências do sistema;
f) Analisar os métodos de restrição de danos: - Pesquisar os métodos possíveis que
sejam mais eficientes para restrição geral, ou seja, para a limitação dos danos gerados caso
ocorra perda de controle sobre os riscos;
g) Indicação de quem será responsável pela execução das ações corretivas e/ou
preventivas: - Indicar claramente os responsáveis pela execução de ações preventivas e/ou
corretivas, designando também, para cada unidade, as atividades a desenvolver.
A APR tem grande utilidade no seu campo de atuação, porém, como já foi colocado,
necessita às vezes de ser complementada por técnicas mais detalhadas e apuradas. Em
sistemas que sejam já bastante conhecidos, cuja experiência acumulada conduz a um
grande número de informações sobre riscos, esta técnica pode ser utilizada de modo auxiliar.
11.3.2 - Análise de Modos de Falha e Efeitos (AMFE) – “Failure Modes and Effects Analysis”
(FMEA):
A Análise de Modos de Falha e Efeitos é uma análise detalhada, podendo ser feita de forma
qualitativa ou quantitativa, que permite analisar as maneiras pelas quais um equipamento ou
sistema pode falhar e os efeitos que poderão advir, estimando ainda as taxas de falha e
propiciando o estabelecimento de mudanças e alternativas que possibilitem a diminuição das
probabilidades de falha, aumentando a confiabilidade do sistema.
Lembramos que a confiabilidade é definida como a probabilidade de uma ação ser concluída
com sucesso dentro de um tempo específico e sob condições específicas.93
A AMFE foi desenvolvida por engenheiros de confiabilidade para permitir aos mesmos,
determinar a confiabilidade de produtos mais complexos. Por exemplo, um carro, um avião,
uma máquina de produção, etc.
Para isto é necessário conhecer como e em qual freqüência cada componente do produto
pode falhar. Posteriormente a análise é estendida ao produto no seu todo, para avaliação
dos efeitos das falhas ocorridas em seus componentes.
Apesar de sua utilização ser geral, a AMFE é mais aplicável às Indústrias de Processos,
principalmente quando o sistema ou instalação em estudo possui instrumentos de controle,
de modo poder levantar necessidades adicionais e defeitos de projeto.
Além disto, estudam-se e determinam-se possíveis alternativas mais seguras de projeto e de
instalação de modo que o sistema e a instalação possa superar possíveis falhas dos seus
componentes críticos, permitindo no mínimo uma parada ordenada da instalação.
Por exemplo: - O caso de funcionamento de uma Central Termelétrica, dos seus sistemas, e
de seus equipamentos.
A técnica auxilia ainda na determinação e encadeamento dos procedimentos para
contingências operacionais, quando o sistema é colocado em risco e a probabilidade de erro
devido à ações não estruturadas é alta, dependendo da ação correta dos operadores.
A AMFE é realizada primeiramente de forma qualitativa, quer na revisão sistemática dos
modos de falha dos componentes, quer na determinação de seus efeitos em outros
componentes e ainda na determinação dos componentes cujas falhas têm efeito crítico na
operação do sistema, sempre procurando garantir danos mínimos ao sistema como um todo.
Posteriormente, pode-se proceder à análise quantitativa para estabelecer a confiabilidade ou
probabilidade de falha do sistema ou subsistema, através do cálculo de probabilidades de
falhas de montagens, subsistemas e sistemas, a partir das probabilidades individuais de
falha de seus componentes, bem como na determinação de como poderiam ser reduzidas
estas probabilidades, inclusive pelo uso de componentes com confiabilidade alta ou pela
verificação de redundâncias de componentes do projeto.
Para proceder ao desenvolvimento da AMFE ou de qualquer outra técnica, é primordial que
se conheça e compreenda o sistema em que se está trabalhando e qual a função e objetivos
do mesmo, bem como, as restrições sob as quais se irá operar, além dos limites que podem
representar sucesso ou falha. O bom conhecimento do sistema em que se atua é o primeiro
94
passo para o sucesso na aplicação de qualquer técnica, seja ela de identificação de perigos,
de análise ou de avaliação dos riscos.
Conhecido o sistema e suas particularidades podem-se dar seguimento a análise, cabendo à
empresa idealizar o modelo que melhor se adapte a ela.
Método de aplicação indicado:
a) Dividir o sistema em subsistemas que podem ser efetivamente controlados;
b) Traçar diagramas de blocos funcionais do sistema e subsistemas, para determinar os
inter-relacionamentos existentes;
c) Preparar um “Check - List” dos componentes de cada subsistema e sua função
específica;
d) Determinar através da análise de projetos e diagramas, os modos possíveis de falha
que possam afetar outros componentes. Os modos básicos de falha devem ser
agrupados em quatro categorias:
I - Falha em operar no instante prescrito;
II - Falha em cessar de operar no instante prescrito;
III - Operação prematura;
IV - Falha em operação.
e) Indicar os efeitos de cada falha sobre outros componentes e como esta afeta a
operação do mesmo;
f) Estimar a gravidade de cada falha específica de acordo com as categorias de risco,
conforme o quadro 4.1., para possibilitar a priorização de alternativas;
g) Indicar os métodos usados para detecção de cada falha específica;
h) Formular possíveis ações de compensação e reparos que podem ser adotadas para
eliminar ou controlar cada falha específica e seus efeitos;
i) Determinar as probabilidades de ocorrência de cada falha específica para possibilitar
a análise quantitativa.
Como acima descrito, a AMFE analisa de forma geral os modos de falha de um
produto. Porém, em um produto podem existir certos componentes ou conjunto deles que
sejam especificamente críticos para a utilidade a que se destina o produto ou mesmo para a
segurança do operador.
Portanto, a estes componentes críticos deve ser dada atenção especial, sendo os
mesmos analisados mais detalhadamente do que os demais.95
A análise, similar a AMFE, que se preocupa com a análise detalhada destes
componentes críticos é conhecida como FMECA – “Failure Modes and Criticality Analysis”.
Tanto a AMFE como a FMECA são bastante eficientes quando aplicadas a sistemas
mais simples e de falhas mais singelas, porém, quando a complexidade é maior, recomenda-
se o uso de outras técnicas, como por exemplo, a Análise de Árvore de Falhas.
11.3.3 – Análise de Operabilidade e de Perigos – “HAZard and OPerability Studies”
(HAZOP:
O estudo de identificação de perigos e operabilidade é conhecido como HAZOP, é
uma técnica de análise qualitativa desenvolvida com a finalidade de examinar as linhas de
processos diversos, como por exemplo, em uma refinaria de petróleo, ou em uma indústria
química, identificando os perigos e prevenindo a ocorrência de possíveis falhas.
Atualmente, a metodologia é aplicada também para equipamentos de processos,
inclusive seus sistemas diversos.
O método HAZOP é principalmente indicado quando da implantação de novos
processos, na fase de projeto ou em modificações de processos já existentes.
O ideal na realização do HAZOP é que o estudo seja desenvolvido antes da fase de
detalhamento e construção do projeto, evitando com isso a necessidade de se executar
modificações de projeto, quer no detalhamento ou ainda durante a instalação, quando o
resultado do HAZOP for mais bem conhecido, ou seja, evitando-se assim a revisões de
projetos em etapas mais adiantadas as quais tornam-se cada vez mais caras de serem
feitas.
Vale ressaltar que o HAZOP pode ser aplicado em projetos e modificações de menor
porte como de grande porte.
Às vezes, muitos acidentes ocorrem porque se subestima os efeitos secundários de
pequenos detalhes ou de modificações de projeto ou de instalações em funcionamento, as
quais à primeira vista parecem insignificantes, sendo quase impossíveis estes diagnósticos,
antes de se fazer uma análise completa e saber se existem efeitos secundários graves e
difíceis de prever.
Além disso, o caráter de trabalho em equipe que o HAZOP apresenta, onde pessoas
de funções diferentes dentro da organização trabalham em conjunto e em equipe, faz com
que a criatividade individual seja estimulada, os esquecimentos evitados e a compreensão
dos problemas das diferentes áreas e interfaces do sistema seja alcançada.96
Uma pessoa competente, trabalhando sozinha, estará sujeita a erros por desconhecer
os aspectos alheios a sua área de trabalho. Assim, o desenvolvimento do HAZOP alia a
experiência e competência individual às vantagens indiscutíveis do trabalho em equipe.
Em termos gerais, pode-se dizer que o HAZOP é bastante semelhante a AMFE,
contudo, a análise realizada no HAZOP é feita através de palavras-chaves que guiam o
raciocínio dos grupos de estudos multidisciplinares, fixando a atenção nos perigos mais
significativos para o sistema.
As palavras - chaves ou palavras - guias são aplicadas às variáveis identificadas no
processo (pressão, temperatura, fluxo, composição, nível, entre outras) gerando os desvios,
que nada mais são do que os perigos a serem examinados.
A técnica HAZOP permite que as pessoas liberem sua imaginação, pensando em
todos os modos pelo qual um evento indesejado ou problema operacional possa ocorrer.
Para evitar que algum detalhe seja omitido, a reflexão deve ser executada de maneira
sistemática, analisando cada circuito, linha por linha, para cada tipo de desvio passível de
ocorrer nos parâmetros de funcionamento. Para cada linha analisada são aplicadas as séries
de palavras - guias, identificando os desvios que podem ocorrer caso a condição proposta
pela palavra - guia ocorra.
Identificadas às palavras - guias e os desvios respectivos a partir para a elaboração
das alternativas cabíveis para que o problema não ocorra, ou seja, mínimo.
Convém, no entanto, analisar as alternativas quanto ao custo e operacionalidade.
No HAZOP a operabilidade é tão importante quanto à identificação dos perigos.
Geralmente neste tipo de estudo são detectados mais problemas do tipo operacional
do que perigos propriamente ditos.
Isto não é um ponto negativo, ao contrário, aumenta sua importância do método, pois
a diminuição dos riscos está bastante ligada a eliminação de problemas operacionais.
A eliminação dos problemas operacionais recai numa conseqüente diminuição do erro
humano, decrescendo assim o nível de risco.
É impossível, porém a eliminação dos perigos, sem antes conhecê-los, o que pode ser
obtido pela aplicação do método HAZOP.
11.4 – Técnicas de Avaliação de Riscos:
11.4.1 – Análise de Árvore de Eventos (AAE) – “Event Tree Analysis” (ETA):
97
A Análise da Árvore de Eventos (AAE) é um método lógico-indutivo para identificar as
várias e possíveis conseqüências resultantes de certo evento indesejado inicial.
Esta técnica procura determinar as freqüências e conseqüências decorrentes dos
eventos indesejáveis, utilizando encadeamentos lógicos em cada etapa de atuação do
sistema.
Nas aplicações de análise de risco, o evento inicial da árvore de eventos é, em geral,
a falha de um componente ou subsistema, sendo os eventos subseqüentes determinados
pelas características do sistema.
Para o traçado da árvore de eventos as seguintes etapas devem ser seguidas:
a) Definir o evento inicial que pode conduzir ao acidente;
b) Definir os sistemas de segurança (ações) que podem amortecer o efeito do evento
inicial;
c) Combinar em uma árvore lógica de decisões as várias seqüências de
acontecimentos que podem surgir a partir do evento inicial;
d) Uma vez construída a árvore de eventos, calcularem as probabilidades associadas
a cada ramo do sistema que conduz a alguma falha (acidente).
A árvore de eventos deve ser lida da esquerda para a direita. Na esquerda começa-se
com o evento inicial e segue-se com os demais eventos seqüenciais. A linha superior é NÃO
e significa que o evento não ocorre, a linha inferior é SIM e significa que o evento realmente
ocorre.
11.4.2 - Análise por Diagrama de Blocos (ADB):
Na análise por diagrama de blocos se utiliza um fluxograma em blocos do sistema,
calculando as probabilidades de sucesso ou falha do mesmo, pela análise das
probabilidades de sucesso ou falha de cada bloco.
A técnica é útil para identificar o comportamento lógico de um sistema constituído por
poucos componentes.
Dependendo do sistema a análise pode ser feita em série ou em paralelo.
Definidas as probabilidades de falha, pode-se determinar o risco de cada sistema,
juntando com estas, as perdas previstas devido à ocorrência das mesmas.
98
11.4.3 – Análise de Causas e Conseqüências (ACC):
Já na Análise das Causas e Conseqüências (AAC) de falhas se utilizam as mesmas
técnicas de construção da AAE e da Análise da Árvore de Falhas (AAF) que será vista
detalhadamente a seguir.
O procedimento para construção de um diagrama de conseqüências se inicia por um
evento inicial. Posteriormente cada evento desenvolvido é questionado:
Em que condições o evento induz os outros eventos?
Quais as alternativas ou condições que levam os diferentes eventos?
Que outros componentes o evento afeta?
Ele afeta mais do que um componente?
Quais os outros eventos que este evento causa?
A técnica segue a lógica que liga as causas as suas conseqüências.
A Árvore de Falhas enfoca as causas e a Árvore de Eventos mostra as conseqüências
ambas seguindo a seqüência natural das ocorrências.
Isto permite avaliar qualitativa e quantitativamente as conseqüências dos eventos
catastróficos de ampla repercussão como os Acidentes Maiores ou Acidentes Ampliados e
verificar a vulnerabilidade do meio ambiente, da comunidade e de terceiros em geral.
O processo começa pela escolha de um evento crítico, partindo-se para um lado, com
a descrição das conseqüências e do outro lado determinando e descrevendo as causas.
A estruturação, a exemplo da árvore de falhas, também é feita utilizando-se uma
simbologia.
1.4.4 – Análise de Árvore de Falhas (AAF) – “Fault Tree Analysis” (FTA):
A Análise da Árvore de Falhas - AAF foi primeiramente concebida por H.A.Watson dos
Laboratórios Bell Telephone em 1961, a pedido da Força Aérea Americana para avaliação do
sistema de controle do Míssil Balístico Minuteman.
A AAF é um método excelente para o estudo dos fatores que poderiam causar um
evento indesejável (falha) e encontra sua melhor aplicação no estudo de situações
complexas. Ela determina as freqüências de eventos indesejáveis (topo) a partir da
combinação lógica das falhas dos diversos componentes do sistema.
O principal conceito na AAF é a transformação de um sistema físico em um diagrama
lógico estruturado (a árvore de falhas), onde são especificadas as causas que levam a
ocorrência de um específico evento indesejado de interesse, chamado evento topo.99
O evento indesejado recebe o nome de evento topo por uma razão bem lógica, já que
na montagem da árvore de falhas o mesmo é colocado no nível mais alto. A partir deste nível
o sistema é dissecado de cima para baixo, enumerando todas as causas ou combinações
delas que levam ao evento indesejado. Os eventos do nível inferior recebem o nome de
eventos básicos ou primários, pois são eles que dão origem a todos os eventos de nível mais
alto.
A AAF é uma técnica dedutiva que se focaliza em um acidente particular e fornece um
método para determinar as causas deste acidente, é um modelo gráfico que dispõe várias
combinações de falhas de equipamentos e erros humanos que possam resultar em um
acidente. Consideram o método como "uma técnica de pensamento-reverso, ou seja, o
analista começa com um acidente ou evento indesejável que deve ser evitado e identifica as
causas imediatas do evento, cada uma examinada até que o analista tenha identificado as
causas básicas de cada evento".
Portanto, é certo supor que a árvore de falhas é um diagrama que mostra a inter-
relação lógica entre estas causas básicas e o acidente.
A diagramação lógica da árvore de falhas é feita utilizando-se símbolos e comportas
lógicas, indicando o relacionamento entre os eventos considerados. As duas unidades
básicas ou comportas lógicas envolvidas são os operadores "E" e "OU", que indicam o
relacionamento casual entre eventos dos níveis inferiores que levam ao evento topo. As
combinações seqüenciais destes eventos formam os diversos ramos da árvore.
A AAF pode ser executada em quatro etapas básicas:
Definição do Sistema;
Construção da Árvore de Falhas;
Avaliação qualitativa e;
Avaliação quantitativa.
Embora tenha sido desenvolvida com o principal intuito de determinar probabilidades,
como técnica quantitativa, é muito usada também por seu aspecto qualitativo porque, desta
forma e de maneira sistemática, os vários fatores, em qualquer situação a ser investigada,
podem ser visualizados. Nos resultados da análise quantitativa são necessárias certas
situações, contudo, para proceder à análise quantitativa, deve ser realizada primeiramente a
análise qualitativa, sendo que muitos analistas crêem que deste modo, obter resultados
quantitativos não requer muitos esforços adicionais.100
Assim, a avaliação qualitativa pode ser usada para analisar e determinar que
combinações de falhas de componentes, erros operacionais ou outros defeitos podem causar
o evento topo. Já a avaliação quantitativa é utilizada para determinar a probabilidade de falha
no sistema pelo conhecimento das probabilidades de ocorrência de cada evento em
particular.
Desta forma, o método de AAF pode ser desenvolvido através das seguintes etapas:
a) Seleção do evento indesejável ou falha, cuja probabilidade de ocorrência deve ser
determinada;
b) Revisão dos fatores intervenientes: no ambiente, nos dados do projeto, e nas
exigências do sistema, entre outros, determinando as condições, eventos particulares ou
falhas que possam vir a contribuir para ocorrência do evento topo selecionado;
c) Montagem, através da diagramação sistemática, dos eventos contribuintes e falhas
levantadas nas etapas anteriores, mostrando o inter-relacionamento entre estes eventos e
falhas, em relação ao evento topo. O processo inicia com os eventos que poderiam,
diretamente, causar tal fato, formando o primeiro nível - o nível básico. À medida que se
retrocede, passo a passo, até o evento topo, são adicionadas as combinações de eventos e
falhas contribuintes. Desenhada a árvore de falhas, o relacionamento entre os eventos é feito
através das comportas lógicas;
d) Através de Álgebra Booleana são desenvolvidas as expressões matemáticas
adequadas, que representam as entradas da árvore de falhas. Cada comporta lógica tem
implícita uma operação matemática, podendo ser traduzidas, em última análise, por ações de
adição ou multiplicação;
e) Determinação da probabilidade de falha de cada componente, ou seja, a
probabilidade de ocorrência do evento topo será investigada pela combinação das
probabilidades de ocorrência dos eventos que lhe deram origem.
Notas: Simbologia lógica de uma árvore de falhas:
a) Para proceder ao estudo quantitativo da AAF, é necessário conhecer e
relembrar algumas definições da Álgebra de Boole, a qual foi desenvolvida
pelo matemático George Boole para o estudo da lógica.101
b) Suas regras e expressões em símbolos matemáticos permitem simplificar
problemas complexos. É principalmente usada em áreas de computadores e
outras montagens eletromecânicas e também em análise de probabilidades,
em estudos que envolvem decisões e mais recentemente, em segurança de
sistemas.
A AAF não necessariamente precisa ser levada até a análise quantitativa, entretanto,
mesmo ao se aplicar o procedimento de simples diagramação da árvore, é possível a
obtenção de um grande número de informações e conhecimento muito mais completo do
sistema ou situação em estudo, propiciando uma visão bastante clara da questão e das
possibilidades imediatas de ação no que se refere à correção e prevenção de condições
indesejadas.
O uso da árvore de falhas pode trazer, ainda, outras vantagens e facilidades, quais
sejam: a determinação da seqüência mais crítica ou provável de eventos, dentre os ramos da
árvore, que levam ao evento topo; a identificação de falhas singulares ou localizadas
importantes no processo; o descobrimento de elementos sensores (alternativas de solução)
cujo desenvolvimento possa reduzir a probabilidade do contratempo em estudo. Geralmente,
existem certas seqüências de eventos centenas de vezes mais prováveis na ocorrência do
evento topo do que outras e, portanto, é relativamente fácil encontrar a principal combinação
ou combinações de eventos que precisam ser prevenidas, para que a probabilidade de
ocorrência do evento topo diminua.
Além dos aspectos citados, a AAF encontra aplicação para inúmeros outros usos,
como: solução de problemas diversos de manutenção, cálculo de confiabilidade, investigação
de acidentes, decisões administrativas, estimativas de riscos, entre outros.
11.4.5 – “Management Oversight and Risk Tree” (MORT):
O método conhecido como MORT é uma técnica que usa um raciocínio semelhante ao
da AAF, desenvolvendo uma árvore lógica, só que com a particularidade de ser aplicado à
estrutura organizacional e gerencial da empresa, ilustrando erros ou ações inadequadas de
administração.
O método pode ser também usado para esquematizar ações administrativas que
possam ter contribuído para um acidente, o qual já tenha ocorrido. Nesta árvore cada evento
é uma ação do operador ou administrador, sendo que as falhas de equipamentos ou
condições ambientais não são consideradas.102
12 – PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais:
Fundamenta-se na NR – 9: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
Para um melhor conhecimento da matéria, no tema incluímos trabalho de pesquisa
sobre a NR – 9, bem como, alguns artigos e apresentações a respeito deste assunto.
13 – PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional:
Fundamenta-se na NR – 7: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional que
estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por parte dos empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico
de Saúde Ocupacional – PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do
conjunto dos seus trabalhadores. Sobre este assunto um médico será convidado para
proferir uma palestra sobre o referido tema.
14 – Programas de redução dos Acidentes do Trabalho em uma Empresa – Diretrizes
recomendadas:
Para a implantação um Programa de redução dos Acidentes do Trabalho em uma
Empresa, as principais diretrizes recomendadas de se realizar são as seguintes:
Verificar as Condições de Trabalho e as Situações de Riscos e Perigos em potencial, com
base nas Leis existentes (Lei 6.514 de 22.12.1977 e Portaria nº 3.214 de 08. 06.1978);
Verificar o funcionamento regular da CIPA conforme recomendações da NR - 5;
Levantar o histórico dos acidentes já ocorridos na Empresa;
Verificar as condições de funcionamento do Serviço de Segurança da Empresa;
Verificar os meios de Combate a Incêndio (Existência de Corpo de Bombeiros da
Empresa, ou de uma Brigada contra Incêndios, conforme seja as situações de risco
levantadas);
Registrar, analisar e computar cada acidente ocorrido;
Avaliar as diversas Áreas de Trabalho levantando os Riscos de Acidentes existentes;
Comparar os Riscos existentes com o Risco Tolerado;
Analisar todos os Processos de Trabalho;
Elaborar os Procedimentos de Segurança e Prevenção de Acidentes para realização dos
trabalhos onde existam riscos em potencial;
Elaborar Planos de Higiene e Segurança do Trabalho;
Tratar e resolver todas as situações de Risco;
Programar Treinamento de Segurança e capacitar todo o pessoal;103
Sinalizar todas as Áreas de Riscos;
Fornecer todos os EPI e EPC necessários;
Realizar Investimentos para Melhoria da Segurança e Higiene do Trabalho;
Promover Campanhas de Segurança;
Aplicar as recomendações, orientações e princípios referentes a Segurança e Saúde no
Trabalho – SST, conforme orientações oficiais dos Ministérios do Trabalho e Emprego, da
Saúde, do Instituto Nacional de Seguridade Social além das recomendações de órgãos
internacionais reconhecidos como a OIT, a OMS, a BS 8800, a OSHAS e demais
organizações internacionais de alto nível.
15 – Bibliografia recomendada:
Para o estudo da Higiene, Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho as fontes
de estudos e informações abrangem um campo bastante extenso de publicações e trabalhos.
Ocorre, entretanto que muitas das obras já publicadas, na maioria das vezes, não são
encontradas com facilidade nas livrarias comuns. Para serem adquiridas, precisamos quase
sempre encomenda-las.
Desta forma a consulta direta as bibliotecas, inclusive as virtuais, é de maior valor e
utilidade.
Neste contexto, para o estudo da matéria, além dos livros é da máxima importância e
utilidade consultarem a Internet e as revistas periódicas, onde encontramos informações,
dados e artigos, contendo uma gama extensa de trabalhos, com testemunhos sobre os mais
diversos temas, os quais precisam ser conhecidos, pois contribuem muito para o
aprofundamento e amadurecimento dos conhecimentos ligados a Higiene, a Engenharia de
Segurança e a Medicina do Trabalho.
Assim sendo, sem intenção de excluir as obras clássicas do maior valor, relacionamos
abaixo algumas das normas, obras, artigos e endereços disponíveis que são de grande valia
para o aprendizado da matéria:
Normas Regulamentadora: - Acessar o Ministério do Trabalho e Emprego:
http://www.mte.gov.br/;
Segurança e Medicina do Trabalho, Editora Atlas S.A. - 55ª Edição (2004) - 2ª Tiragem:
http://www.edatlas.com.br/Atlas/portal/homePortal.ctrl.aspx;
Segurança no Trabalho e Prevenção de Acidentes, Editora Atlas S.A. , Benedito Cardella,
1.999 : http://www.edatlas.com.br/Atlas/portal/homePortal.ctrl.aspx;104
Segurança do Trabalho & Gestão Ambiental, Editora Atlas, Antonio Nunes Barbosa Filho,
2001: http://www.edatlas.com.br/Atlas/portal/homePortal.ctrl.aspx;
Normas Regulamentadora Comentadas, Giovanni Moraes de Araujo, 4 a edição – 2003:
http://www.submarino.com.br/books.asp;
"Técnicas Modernas de Gerência de Riscos" e do livro "Introdução à Engenharia de
Segurança de Sistemas", de autoria de Francesco De Cicco e Mario Luiz Fantazzini:
http://www.qsp.org.br/manual_sst.shtml;
Segurança em Eletricidade – Jorge Santos Reis & Roberto de Freitas – Fundacentro:
http://www.fundacentro.gov.br/;
Manual de Instalações Elétricas em Indústrias Químicas, Petroquímicas e de Petróleo, Dácio
de Miranda Jordão, Qualitymark Editora:
http://www.ieles.com.br/downloads/catalogo_qualitymark.xls;
Instalações Elétricas Industriais, João Mamede Filho, Livros Técnicos e Científicos
Editora S.A.: http://www.submarino.com.br/books;
Instalações Elétricas, Antonio Bossi e Ezio Sesto, Hemus Editora Ltda;
Manual de Higiene e Segurança do Trabalho – Ed. Ateneu;
Prevenção de Acidentes nas Indústrias, W. R. Peixoto, Ediouro;
Curso de Eletrotécnica, Chester L. Dawes, Editora Globo;
Artigo: - TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS, ANÁLISE E AVALIAÇÃO DE
RISCOS: - Acessar: http://www.eps.ufsc.br/disserta96/anete/index/indx_ane.htm;
Artigo: - Gerenciamento de Riscos, Prof. Marcos Aurelio Pchek Laureano - Ultima Alteração:
20/05/2004; Acessar: http://www.ppgia.pucpr.br/~laureano/puc_2004/gst/;
Informações sobre a legislação específica da Engenharia de Segurança e demais assuntos
da área: - Consultar página da SOBES - Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança:
http://www.sobes.org.br;
Universidade Santa Cecília – UNISANTA – Higiene e Segurança no Trabalho; - Ver página
http://www.unisanta.br/alunos/sites/index.asp;
Area Seg ; - Ver página: http://www.areaseg.com/;
Segurança e trabalho “Online”; - Ver página: http://www.saudeetrabalho.com.br/;
ABPA – Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes; - Ver página:
http://www.abpa.org.br/;
Grupo CIPA – Portal de Segurança: - Ver página: http://www.cipanet.com.br/;105
Revista Proteção; - Ver página: http://www.protecao.com.br/;
A Associação Brasileira dos Profissionais de Segurança e Saúde no Trabalho e do Meio
Ambiente – ABRAPHISET; - Ver página: http://www.abraphiset.com.br/;
DIESAT - Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de
Trabalho; - Ver página: http://www.diesat.org.br/;
SEGRAC Núcleo de Pesquisa em Engenharia de Segurança, Gerenciamento de Riscos e
Acessibilidade na Universidade Federal do Rio de Janeiro: - Ver página:
http://www.all.com.br/ufrj/capa.html;
Ambientec.com; - Ver página: http://www.ambientec.com/index.htm;
Agência Européia para a Segurança e a Saúde no Trabalho; - Ver página:
http://europe.osha.eu.int/index.php?lang=pt;
Prossiga (Bibliotecas Virtuais Temáticas); - Ver página: http://www.prossiga.br/bvtematicas/;
GT Bibliotecas Virtuais Brasileiras; Ver página: http://www.cg.org.br/gt/gtbv/gtbv.htm;
Universidade de São Paulo – Sistema Integrado de Bibliotecas: Ver página:
http://www.sibi.usp.br/aleph/por/;
Companhia de Energia Elétrica do Paraná – COPEL; Ver página:
http://www.copel.com/pagcopel.nsf.
16 – Anexos diversos:
Para melhor aproveitamento e conhecimento da matéria os Apontamentos de Classe
acima colocados devem ser complementados com Artigos Técnicos e informações diversas
disponibilizados em nossa página de Segurança e Higiene no Trabalho no Site da
UNISANTA:
O Objetivo da área de engenharia de segurança do trabalho é atuar na prevenção de
acidentes do trabalho no intuito de preservar a integridade física dos trabalhadores, bem
como, a proteção das instalações contra sinistros, no que se refere à questão da segurança
e da higiene do trabalho. Seu objetivo básico envolve a prevenção de riscos e de acidentes
nas atividades de trabalho visando a defesa da integridade da pessoa humana.
Ínicio
Programação do curso
Apostila do Curso
Material de apoio
Links106
Contato
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Pajaro
Material de Apoio
Nova Lista perguntas e respostas 15.11.2005
Apontamentos de classe
Legislação
Instituições nacionais
Incêndios e explosões
Analise dos acidentes no trabalho
Estatísticas de Acidentes do Trabalho no Brasil
CAPÍTULO V - Técnicas de Análises de Riscos
Investigar de Acidentes - Porque e Como
Diretrizes para programas de segurança e saúde
Lista de Perguntas e Respostas (18/11/04)
A Atuação do MPT na Defesa do Meio Ambiente de Trabalho
Diretrizes para programas de segurança e saúde
NR01
NR02
NR03
NR04
NR05
NR06
NR07
NR09
NR10
NR13
NR15
NR16
NR17
NR18
NR19 107
NR20
NR23
NR26
NR27
NR28
NR29
NR30
NR31
NR32
NR33.
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