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Curso de elaboração de

projetos

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Curso de elaboração de

projetos

Elaboração

Msc. Mesalas Santos e Msc. Ivan Masafret

Aracaju /SE

2010

Page 3: Apostila do curso de elaboracao de projetos

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Elaboração de projetos

“Projeto é um empreendimento planejado que consiste num conjunto de atividades inter-

relacionadas e coordenadas, com o fim de alcançar objetivos específicos dentro dos limites de

um orçamento e de um período de tempo dados”. (PROCHONW, Schaffer, 1999 apud ONU,

1984)

Introdução ao curso

Nos dias de hoje, ter uma boa idéia não basta. Precisamos saber como

apresentar essa idéia as varias opções de financiamento disponíveis.

Boas idéias, bem planejadas, levam a um bom desenvolvimento e ao sucesso

do projeto.

Por outro lado, boas idéias, não planejadas...

Entendemos por elaboração de um projeto a coleta e a organização de todo um

conjunto de informações, apresentado em linguagem escrita, de modo que, de posse

desse documento, não restem duvidas das intenções do projeto.

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AULA 1

Temas trabalhados na aula:

Apresentação do módulo;

Apresentação sobre projetos (diversos segmentos);

Ênfase na construção de projetos de modelos participativos e Troca de

experiências

Objetivos: Construir a noção de projetos sociais participativos para que estes sejam

multiplicadores, ou seja, ao longo da sua execução gerem novas necessidades,

objetivos e, conseqüentemente, novos projetos.

Antes de pensarmos qualquer coisa a respeito de projetos, temos que refletir e tentar

responder pelo menos quatro questões cruciais. São elas:

1- O QUE É um projeto

2- PRA QUE SERVE um projeto

3- QUEM FAZ um projeto

4- PRA QUEM é feito o projeto

A proposta é que individualmente reflitamos sobre estes quatro pontos e

tentemos responder da forma mais clara e objetiva o que pensamos sobre isto.

Parece a principio uma tarefa fácil e óbvia, no entanto, sempre temos algo a mais para

aprender.

E para aprendermos de uma forma mais abrangente e participativa nada

melhor que trocarmos saberes e impressões, para isto devemos nos dividir em grupos

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e fazer o exercício de ouvir e falar, para assim em grupo elaborarmos uma única

proposta sobre o que é um projeto, para que serve, que faz e para quem.

PRIMEIRAS NOÇÕES SOBRE O PROJETO

O projeto é uma resposta a um problema real, desta forma, a elaboração de um

projeto é antes de mais nada, uma tentativa para a solução de um problema,

transformando IDÉIAS em AÇÕES, de forma organizada e possível.

O que estamos chamando aqui de projeto, nada mais é que a materialização de

necessidades de forma organizada, racionalizada e padronizadas por normas.

Assim nosso projeto terá a forma e a importância de um documento.

Entendemos que o projeto é um empreendimento planejado que consiste no

conjunto de atividades inter-relacionadas e coordenadas, com o fim de alcançar

objetivos específicos dentro de limites de espaço, tempo e orçamentos. Ai estão os

principais elementos de um projeto: problemas, idéias de solução, ações, pessoas,

dinheiro.

Então nosso problema, transformado em um projeto com formas de um

documento é nada mais nada menos que o resultado obtido ao se “projetar” no papel

tudo o que é necessário para o desenvolvimento de um conjunto de atividades a serem

executadas: quais são os objetivos, quais meios serão utilizados para atingi-los, quais

recursos serão necessários, onde serão obtidos e como serão avaliados os resultados.

Um bom projeto também coloca as ideias em uma ordem linear. Colabora para

que elas fiquem mais claras (as suas ideias e as de quem irá ler ou financiar o seu

projeto...); estabelece um plano gerencial, aquele que vai acompanhar você em todas

as etapas do projeto, guiando a execução. Assim você estará mais confiante para

realizar as etapas em seqüência.

Todo projeto por mais diferente um do outro, tem essencialmente algumas

regras e pontos em comum que devem ser seguidos. Podemos citar alguns para

ilustrar esta introdução:

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Identificação

Problema

Objetivo

A organização do projeto em um documento nos auxilia a sistematizar o trabalho em

etapas a serem cumpridas, compartilhar a imagem do que se quer alcançar, identificar

as principais deficiências, a superar e apontar possíveis falhas durante a execução das

atividades previstas.

Exercícios complementares:

Se junte a um grupo de pessoas que tenham experiência ou interesse na mesma área que

você. Responda as seguintes questões:

De onde veio a ideia de seu projeto?

Quais foram os motivos que o levaram a enxergar a necessidade de implantação deste

projeto?

Quem seu projeto irá beneficiar?

Quais os tipos de desdobramentos ou possibilidades que poderão advir dele?

Pensando nestas coisas você começa a esboçar um perfil para seu projeto, um

caminho que vai se tornar mais claro a medida que vão se desenhando outros

elementos internos.

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AULA 2: CONSTRUÇÃO DO PROBLEMA DO PROJETO E INTRODUÇÃO

Objetivos: Destacar as motivações, os problemas, a importância das parcerias na

criação e elaboração de um projeto, sobretudo observando os critérios de avaliação

descritos nos editais.

Tema da aula: Construção do Problema do Projeto (árvore de problemas / chuva de ideias),

público alvo e área de abrangência do projeto e Introdução (descrição do objeto).

2.1 CONSTRUÇÃO DO PROBLEMA DO PROJETO (ÁRVORE DE PROBLEMAS)

a) ÁRVORE DE PROBLEMAS – Iniciando a construção das ideias

Como identificar um problema?

Através:

– De uma detalhada observação da realidade

– De um levantamento dos antecedentes

– Da aplicação de questionários ou entrevistas

A elaboração de um projeto se dá introduzindo o que pretendemos resolver, ou

transformar. Geralmente é um dos elementos que contribui mais diretamente na

aprovação do projeto pela(s) entidade(s) financiadora(s). Aqui deve ficar claro que o

projeto é uma resposta a um determinado problema percebido e identificado pela

comunidade ou pela entidade proponente.

Deve-se descrever com detalhes a região onde vai ser implantado o projeto, o

diagnóstico do problema que o projeto se propõe a solucionar, a descrição dos

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antecedentes do problema, relatando os esforços já realizados ou em curso para

resolvê-lo.

A construção de uma árvore de problemas é um recurso pedagógico que facilita

a visualização das causas e conseqüências de um determinado problema. Assim,

realizar esse exercício durante o curso pode auxiliar os participantes a compreender a

lógica que rege a organização das informações disponíveis acerca dos problemas

identificados e priorizados.

Um problema é uma situação negativa ou um déficit que se quer resolver. Dentre

aqueles listados, deve-se escolher um, considerado importante e possível de ser

solucionado no âmbito do projeto. Escolhido aquele que vai ser o problema central,

parte-se para a construção da árvore de problemas:

Coloca-se no centro do papel, em um quadrinho, o problema central – Este será

o tronco da árvore;

Acima do problema central, coloque outros problemas, dele derivados, que são

os efeitos ou consequências, que formam a copa da árvore;

Abaixo do problema central são colocados quadrinhos com os problemas que

representam as causas, razões ou fatores geradores do problema central. Formam as

raízes da árvore. É justamente aí que o projeto deve atuar.

Obs.:

Escolha sempre uma situação negativa para a árvore de problemas ("leitura" não

é um problema, mas a “dificuldade de leitura”);

Não inclua a solução na formulação do problema central, pois um problema não

é ausência de solução, mas uma situação negativa Ex: (“Falta de reforço para

aprendizagem da leitura e escrita” = “dificuldade de leitura e escrita”);

Não trabalhe com problemas muito genéricos (“violência”); “traduza” o que está

sendo entendido como violência;

O projeto agirá sempre nas causas;

A árvore é lida de baixo pra cima (e construída ao inverso).

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Causa 1

Consequencia 1

Consequencia 3

Consequencia 4

Consequencia 2

Causa 2

Causa 3

Exercícios complementares:

1. Identifique os problemas que afetam o seu bairro, a sua população.

2. Estabeleça uma ordem de prioridades dos problemas identificados.

3. Selecione um dos problemas priorizados e desenvolva um processo de revisão de

conhecimentos e discussão em grupo acerca das possíveis explicações para sua

ocorrência, magnitude e distribuição territorial.

Calma, antes de qualquer coisa precisamos saber o que estamos fazendo,

para que e como iremos proceder. Por isso um projeto é muito mais fácil

de ser elaborado se for feito não por um, e sim um grupo com os mesmos

interesses, juntos para construir as ideias e enxergar possíveis problemas

na elaboração.

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Quando conhecemos uma pessoa é imprescindível que nos apresentemos,

como nosso projeto não pode ser diferente: logo a apresentação é a primeira coisa que

trataremos aqui.

2.1PÚBLICO-ALVO:

Você já pensou em quem é seu público alvo, ou seja, para quem o seu projeto

cultural está direcionado?

Hoje em dia, com tantos segmentos de consumo na sociedade, não vale dizer

que seu projeto é para “todo público em geral”. Um projeto para todo mundo pode não

ser para ninguém, pois as chances de identificação entre público-alvo e objetivo ficam

reduzidas.

Quando pensar no direcionamento do seu projeto, observe que seu público

possui características como faixa etária, nível de escolaridade, usos e costumes,

hábitos diurnos ou noturnos e mesmo classe social.

Atenção: As características do projeto ou mesmo a trajetória do proponente podem já

ter ou indicar um determinado público, que já possua um envolvimento com a ação ou

atividade cultural proposta ou, ao contrário, a desconheça ou não tenha acesso e

possa dela se beneficiar de alguma forma.

Como fazer: Alguns aspectos podem auxiliar na definição do público: onde o projeto

será desenvolvido, a linguagem a que se refere (artes visuais, dança, musica, teatro,

etc), sua proposta (experimental, popular, massiva, erudita, etc), entre outros.

Exercício complementar:

1) Identifique, em tópicos, o(s) público(s) ao qual o projeto se destina, presumindo,

sempre que possível, uma quantidade direta e indireta do público a ser atingido.

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2.2 DADOS DO PROPONENTE

Dados do Proponente, ou seja, do representante legal do projeto. Caso seu

projeto seja premiado, é esta pessoa, empresa ou instituição, que ficará responsável

por receber o recurso financeiro, garantir a execução do projeto e prestar contas ao

término do mesmo, através de relatório.

Apresentação da equipe técnica/ docentes e técnicos envolvidos no

projeto: mencionar os nomes completos, a formação profissional, a instituição a que

está vinculado, o cargo ou a função que exerce e as responsabilidades na elaboração e

execução do projeto. Se bolsista, informar a carga horária semanal que disponibilizará

para a execução do projeto e incluir termo de compromisso. Solicitar o visto de todos

os integrantes da equipe que participaram da elaboração do projeto e que irão atuar na

sua execução. Repetir quantos formulários forem necessários.

2.3 TÍTULO

Deve dar uma ideia clara e concisa do(s) objetivo(s) do projeto

2.4 APRESENTAÇÃO (INTRODUÇÃO)

A Introdução é a parte inicial do texto, e da mesma deverá constar a formulação

e delimitação do assunto tratado, bem como os objetivos da pesquisa. Tem por

finalidade fornecer os antecedentes que justificam o trabalho, assim como enfocar o

assunto a ser abordado. Por se tratar de projetos uma abordagem crítica sobre os

principais aspectos que justificam a execução da pesquisa deverá ser incluída nessa

parte inicial do texto. Dessa forma, a Introdução e justificativa são uma seção com

certo grau de liberdade, pois além de situar o tema no cenário tem a função adicional

de despertar o interesse pelo assunto.

Na apresentação é preciso descrever o objeto do projeto.

Esse item deve esclarecer que o projeto responde a uma determinada demanda

percebida e identificada pela pessoa, comunidade ou entidade que o empreende.

A sugestão é apresentar um diagnóstico que reúna elementos capazes de

enfatizar a relevância dessa demanda, tais como: dados sobre a região e a população

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atendida, suas necessidades sociais, a acessibilidade a atividades culturais, os

antecedentes e outros esforços já implementados.

As perguntas abaixo também podem ajudar a elaborar essa etapa:

Qual a importância dessa demanda/questão para a comunidade?

Que benefícios serão alcançados pelo público-alvo do projeto?

Em um projeto de democratização cultural, a demanda geralmente está na baixa

incidência de práticas culturais entre a população, o que se mede pela escassez de

equipamentos (teatros, cinemas, museus etc.), pela baixa acessibilidade a eles, pela

oferta restrita de opções culturais na região, ou, simplesmente, pela falta de

conhecimento e informação a respeito das opções ali presentes.

Atenção: O objeto é, em última instância, uma “ação ou atividade cultural” e, por isso,

acontece em um lugar, em determinado período, é realizado por uma pessoa ou um

grupo de pessoas, por determinadas razões.

Como fazer: A apresentação ou descrição é uma síntese do projeto. Comece com um

histórico do projeto (da ação ou atividade a ser realizada), descreva como surgiu a

idéia de realizá-lo, qual a sua importância, número de pessoas envolvidas, principais

objetivos, a qual público se destina e, finalmente, em que período e local ocorrerá.

Tudo de maneira bem clara e resumida.

A elaboração de um projeto se dá introduzindo o que pretendemos resolver, ou

transformar. Aqui deve ficar claro que o projeto é uma resposta a um determinado

problema percebido e identificado pela comunidade ou pela entidade proponente. Deve

descrever com detalhes a região onde vai ser implantado o projeto, o diagnóstico do

problema que o projeto se propõe a solucionar, a descrição dos antecedentes do

problema, relatando os esforços já realizados ou em curso para resolvê-lo.

Exercício complementar:

1) A partir dos problemas listados, escolha um que considere prioritário e

desenvolva uma apresentação (introdução).

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AULA 3: ESTABELECER OS OBJETIVOS DO PROJETO

Objetivo: Construir com os participantes o adequado planejamento, execução e

controle dos projetos, discutindo estratégias e estruturas que favoreçam o alcance aos

objetivos finais dos mesmos.

Estabelecer o objetivo do projeto é a tarefa mais árdua e fundamental, pois é a

partir dele que você vai se debruçar a desenvolver os outros tópicos, sendo o objetivo

do seu projeto a linha mestra que guiará a definição dos seus conceitos, dos seus

prazos, enfim de todos os dimensionamentos do projeto.

Objetivo é o que se pretende com a ação, aonde se quer chegar. Você pode

detalhar em objetivo geral e objetivos específicos, sendo os específicos quase que

desdobramentos (inter-relacionados) do objetivo geral; não se acanhe se seu projeto

não os tiver, pois muitas vezes, eles estão associados a muitas variáveis, como ao

grau de maturação da ideia e a experiência pessoal do proponente pela observação de

outros projetos já implantados.

Exemplificando:

Na recém restaurada tapeçaria de Burle Marx, no paço Municipal de Sto. Andre ,

descrevemos o objetivo geral do projeto como sendo a valorização do acervo artístico

municipal e a democratização do acesso do público; os objetivos específicos são a

própria restauração da tapeçaria e a facilitação da visitação através da abertura de

horários e visitas monitoradas.

Assim, objetivo geral é o que se pretende como objetivo final, mesmo

que em longo prazo, podendo inclusive ultrapassar o período de

execução do projeto; objetivos específicos são ações que você

pretende realizar para chegar lá.

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3.1 OBJETIVO GERAL E ESPECÍFICOS

A especificação do objetivo responde as questões: PARA QUE? e PARA

QUEM? A formulação do objetivo de um projeto pode considerar de alguma maneira a

reformulação futura, positiva das atuais condições negativas do problema.

Os objetivos devem ser formulados sempre como a solução de um problema e o

aproveitamento de uma oportunidade. Estes objetivos são mais genéricos e não podem

ser assegurados somente pelo sucesso do projeto, dependem de outras

condicionantes.

É importante distinguir dois tipos de objetivos:

Objetivo Geral: Corresponde ao produto final que o projeto quer atingir. Deve

expressar o que se quer alcançar na região a longo prazo, ultrapassando inclusive o

tempo de duração do projeto. O projeto não pode ser visto como fim em si mesmo, mas

como um meio para alcançar um fim maior.

Objetivos específicos: Corresponde às ações que se propõe a executar

dentro de um determinado período de tempo. Também podem ser chamados de

resultados esperados e devem se realizar até o final do projeto.

O que é: Indicação dos resultados que se pretende atingir, dos produtos finais a

serem elaborados, bem como dos benefícios da ação ou atividade cultural, se

possível a curto, médio e longo prazo.

Como fazer: Faça um pequeno parágrafo com o objetivo geral e organize em tópicos

os específicos. Os objetivos específicos geralmente iniciam com um verbo e devem

ser claros e sucintos.

Muita atenção: O objetivo geral corresponde ao produto final do projeto. Já os

objetivos específicos se configuram como ações que contribuirão para alcance e para

complementar o objetivo geral.

Perguntas norteadoras:

O que pretende com o projeto?

Para que foi pensado e proposto?

Quais são os benefícios culturais, sociais e econômicos derivados do projeto?

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Exemplificando:

Um projeto de democratização cultural tem por objetivo, no longo prazo, a

formação de indivíduos - crianças, jovens e/ou adultos - mais aptos para a vida e para

a construção de uma nova realidade. Seus objetivos específicos se concentram na

realização das atividades propostas como meio para essa finalidade maior. Alguns

exemplos são a realização de uma oficina de artes, a viabilização do acesso de uma

determinada população a um espetáculo de dança, a capacitação de professores para

atuarem como mediadores, entre muitos outros.

3.2 METAS

A metas, que muitas vezes são confundidas com os objetivos específicos, são

os resultados parciais a serem atingidos e neste caso podem e devem ser bastante

concretos expressando quantidades e qualidades dos objetivos, ou QUANTO será

feito. A definição de metas com elementos quantitativos e qualitativos é conveniente

para avaliar os avanços.

Ao escrevermos uma meta, devemos nos perguntar: o que queremos? Para que

o queremos? Quando o queremos?

Quando a meta se refere a um determinado setor da população ou a um

determinado tipo de organização, devemos descrevê-los adequadamente. Por

exemplo, devemos informar a quantidade de pessoas que queremos atingir, o sexo, a

idade e outras informações que esclareçam a quem estamos nos referindo.

Cada objetivo específico deve ter uma ou mais metas. Quanto melhor

dimensionada estiver uma meta, mais fácil será definir os indicadores que permitirão

evidenciar seu alcance. As metas detalham os objetivos específicos do projeto. Nesse

sentido, devem ser concretas, expressando quantidades e qualidades que permitam

avaliar, posteriormente, a efetividade do projeto.

Uma meta dimensionada de maneira coerente ajuda a definir os indicadores que

permitirão, ao final do projeto, evidenciar o alcance da atuação. Em um projeto de

democratização cultural, as metas podem definir, por exemplo, qual setor da população

será atendido, quantas pessoas serão beneficiadas, por quanto tempo cada pessoa

estará envolvida nas atividades, com que grau de participação, entre outros.

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Obs: Nem todas as instituições financiadoras exigem a descrição de objetivos

específicos e metas separadamente. Algumas exigem uma forma ou outra.

3.3 AÇÕES E ATIVIDADES

Para alcançar seus objetivos, gerais ou específicos, é necessário propor ações

para seu projeto; de que ações você precisa “lançar mão” para alcançar o objetivo tal?

Cada ação é desmembrada em atividades, cuja seqüência é você quem vai definir.

Aparentemente numa peça de teatro, por exemplo, a compra de tecidos para

confecção de figurino uma das ultimas coisas a serem feitas, após toda a montagem do

espetáculo e ensaios; no entanto se for decidido que o figurino é fator determinante

durante os ensaios, será necessário sua compra bem antes de todo espetáculo estar

pronto. Neste caso, a atividade da compra de tecidos foi prioritária dentro da ação de

produção do espetáculo.

Reflita sobre todas as ações e atividades de seu projeto, preveja as aquisições

necessárias e estabeleça prazos convenientes.

Plano de Atividades do proponente: relacionar (e indicar como será

executada) cada uma das ações/atividades necessárias para execução do projeto.

Todas as ações/atividades, independentemente de envolver ou não custos, devem ser

relacionadas, preferencialmente em ordem cronológica e subdivididas em grupos.

Desdobramentos do projeto: indicar os efeitos multiplicadores

(desdobramentos) que são esperados a partir da execução do projeto, no contexto do

desenvolvimento da capacidade de produção de conhecimentos por parte do corpo

docente e discente envolvido direta e indiretamente com o projeto e/ ou avanços nos

processos pedagógicos.

Exercícios complementares:

1) Desenvolva alguns objetivos relacionados com o seu projeto.

2) Escolha um destes para ser o geral. Em seguida, desenvolva em grupo quais

são os objetivos específicos?

3) Trace as metas dos objetivos desenvolvidos anteriormente.

4) Elabore um Plano de Atividades acerca dos seus objetivos e metas.

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AULA 4: CRONOGRAMA E CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Objetivos: Situar no tempo as ações ou procedimentos necessários para a realização

do projeto.

O cronograma responde a pergunta: QUANDO

Os projetos são temporalmente bem definidos quando possuem datas de início e

término preestabelecidas. As atividades que serão desenvolvidas devem se inserir

neste lapso de tempo. O cronograma é a disposição gráfica das épocas em que as

atividades vão se dar e permite uma rápida visualização da seqüência em que devem

acontecer.

Todo projeto tem um ciclo de vida. O planejamento do cronograma para este

ciclo de vida se dá em dois planos; deve ser pensado um cronograma de “produção” de

projeto, ou seja, em que configuração de tempo e espaço você irá dar os passos de

produção para colocar seu projeto m pé; em outro cronograma deve ser pensado com

respeito à realização do projeto em si: a partir do momento da estréia, da abertura ou

do lançamento do seu projeto, em quanto tempo ele se dará, qual será o tempo de

existência dele? Exemplificando, se seu projeto tratar de uma pintura graffiti, quanto

tempo vai levar a pintura e quanto tempo ela vai permanecer exposta?

Como a pesquisa se desenvolve em várias etapas, é necessário fazer a previsão

do tempo necessário para se passar de uma fase para outra. Como, também,

determinadas fases são desenvolvidas simultaneamente, é necessário ter a indicação

de quando isto ocorre. Para tanto, convém definir um cronograma que indique com

clareza o tempo de execução previsto para as diversas fases, bem como os momentos

em que estas se interpõem. Este cronograma, numa representação bastante prática

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(conhecida como gráfico de Gannt), é constituído por linhas, que indicam as fases da

pesquisa, e por colunas, que indicam o tempo previsto.

Page 19: Apostila do curso de elaboracao de projetos

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EXEMPLO:

ETAPAS DO

LEVANTAMENTO

DIAS

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Especificação

dos Objetivos

Revisão

Bibliográfica

Seleção dos

Pesquisadores

Coleta de

Dados

Análise e

Interpretação

dos dados

Redação do

Relatório

Tabela 1: Cronograma de pesquisa.

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É CLARO QUE O CRONOGRAMA DE PESQUISA CORRESPONDE APENAS A UMA ESTIMATIVA DO

TEMPO. POR UMA SÉRIE DE FATORES IMPREVISTOS, OS PRAZOS PODEM DEIXAR DE SER

OBSERVADOS.

Atenção: Algumas ações são comuns a vários projetos, como: reserva do local de

realização do projeto, impressão das peças gráficas, divulgação, inscrições, ensaios,

montagem, estréia, pagamento de serviços e profissionais, prestação de contas, entre

outros. Em algumas ocasiões os editais e mecanismos de financiamento indicam um

período de execução, o que significa que não se pode propor um cronograma que o

extrapole.

Como fazer: O cronograma é conseqüência da “estratégia de ação”. Desenhe uma tabela

contendo as etapas do projeto e seu período de execução (semana, quinzena ou mês). O

cronograma geralmente está dividido em pré-produção, produção e pós-produção, que

significam, respectivamente, o momento prévio da execução do projeto, a sua execução

de fato e o momento posterior.

Perguntas norteadoras:

• Em que período as ações/etapas do projeto serão realizadas?

• Quanto tempo durará cada etapa?

Todas essas informações serão importantes e irão auxiliá-los no gerenciamento do

seu projeto, a partir de um sequenciamento das atividades

Exercícios Complementares:

1) Selecione alguns projetos e procure identificar o tempo despendido em cada uma

das fases.

2) Identifique fatores que podem determinar atrasos no cronograma de um projeto.

3) Relacione conseqüências desfavoráveis que podem advir da não-observância do

cronograma do projeto.

Page 21: Apostila do curso de elaboracao de projetos

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CAPTAÇÃO DE RECURSOS

Objetivos: compreender os mecanismos para captação de recursos.

Recursos são todos os bens, insumos e serviços utilizados na realização das

atividades do projeto. Equipamentos, suprimentos, salários da equipe, benefícios

trabalhistas dos funcionários, viagens, consultores externos etc. Captar significa reunir

todos os tipos de recursos necessários para viabilizar o projeto: verba, produtos, serviços,

trabalhos voluntários, entre outros.

Fontes de captação de recursos

Uma das maiores preocupações dos gestores de projetos culturais normalmente é

sobre como e onde captar recursos. O primeiro passo é entender e identificar quais são

as possíveis fontes de recursos disponíveis para projetos culturais. O ideal é combinar

diversas fontes, evitando que seu projeto dependa de apenas uma delas. Segue aqui um

descritivo das principais fontes a serem buscadas:

1. Governo

2. Indivíduos

3. Fundações e agências

4. Geração de renda própria

5. Parcerias e articulações

6. Patrocínios empresariais

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Plano de Contrapartida

Deve indicar, com precisão, ações e atividades culturais a serem realizadas pelo

proponente e demais envolvidos no projeto a título de contrapartida social. Quando levar

um projeto a uma empresa, é fundamental apresentar um plano de contrapartidas.

Contrapartida é aquilo que o projeto oferece à empresa em troca do patrocínio. As

contrapartidas vão desde a exposição da marca em materiais de comunicação até uma

cota de ingressos para as apresentações, ou um espaço exclusivo para venda de

produtos em um evento.

O grande objetivo de um plano de contrapartidas é apresentar ao patrocinador a

visibilidade e as oportunidades de comunicação e relacionamento que o projeto pode

oferecer a ele. Para isso, o ideal é identificar e avaliar todas as ações e peças de

comunicação em que o nome do patrocinador poderá aparecer, assim como as

possibilidades que ele terá de se beneficiar a partir do projeto patrocinado, seja

convidando clientes e funcionários para a participação, seja promovendo parte do evento

dentro da empresa e assim por diante. A marca sempre deve estar em destaque para que

o patrocinador se sinta atraído pela contrapartida. Um conjunto de contrapartidas deve

estar sempre associado a uma cota de patrocínio.

Atenção: As ações e/ou atividades culturais indicadas devem estar articuladas com o

projeto proposto e com as diretrizes da política cultural da instância a qual o projeto

solicita financiamento.

Toda ação ou atividade cultural incide em um contexto econômico, social e político. Por

esta razão, o proponente deverá pensar em como atuar neste contexto, tendo como

princípio o compromisso cidadão.

Como fazer: Proponha ações ou atividades que estimulem a participação do

público no projeto proposto ou que complementem ou potencializem

Page 23: Apostila do curso de elaboracao de projetos

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Plano de Comunicação

Seu patrocinador poderá exigir um plano de comunicação. Este, invariavelmente,

contém logotipos e marcas do patrocinador, em inserções previamente combinadas em

detalhes prevendo ajustes de tamanho e localização nas peças publicitárias.

Indica em quais veículos de comunicação o projeto será divulgado. Em outras

palavras, o plano descreve que tipo de publicidade, assessoria de imprensa e/ou

marketing estão previstos. É possível formular um plano de comunicação alternativo, mais

barato e eficiente, se o proponente conhecer o seu público. Nesse sentido, o bom

planejamento das comunicações é considerado essencial para alcançar o sucesso nos

projetos.

Para a elaboração de um plano de comunicação de boa qualidade, é importante o

levantamento de alguns itens, tais como:

1 Os envolvidos no projeto; 2 Quais informações são importantes para cada parte envolvida; 3 Qual a melhor forma de comunicar a informação. Exemplos: relatórios, reuniões formais, reuniões informais, e-mails; 4 Periodicidade da comunicação; 5 Responsável pela transmissão da comunicação.

É necessário que seja seguido um Roteiro de um Plano de Comunicação com as

seguintes etapas:

Análise das forças externas: Deve ser feita uma breve análise das condições

econômicas, legislação sócio culturais, climas político, ideológico, governamental e

psicológico e todas as tendências que possam influenciar a empresa e projeto.

Identificação do público-alvo: Envolvendo não apenas a determinação de quem

são as pessoas com as quais queremo nos comunicar, mas também uma

avaliação de todo o conjunto de crenças e atitudes destas pessoas e da imagem

que têm a organização.

Determinação dos objetivos da comunicação: Definir o que se pretende atingir

com a comunicação para cada um dos públicos selecionados. Este objetivo deverá

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estar integrado na missão da organização, nos seus objetivos globais e na sua

estratégia de desenvolvimento.

Elaboração da mensagem: Qual a mensagem (e respectivo conteúdo) que se

pretende fazer passar de forma a atingir os objetivos pretendidos. Conteúdo,

estrutura e formato.

Seleção dos meios de comunicação: Quem deve ser o emissor da mensagem,

quais deverão ser os suportes e canais de comunicação para transmitir

eficazmente a mensagem e qual deverá ser o momento para a sua transmissão.

Podendo a comunicação ser pessoal, por telefone, por e-mail - ou através de

mídias (propaganda, relações públicas, marketing direto), eventos e outras

atividades. Todo meio de comunicação tem um benefício e um custo diferente.

Avaliação dos resultados do sistema de comunicação: Medição do impacto que

o plano de comunicação gerou no seu público-alvo, quanto custou, o que poderia

ser melhorado e efetuar os ajustes necessários, explorando ao máximo a

potencialidade desta ferramenta do marketing.

Após a elaboração do Plano de Comunicação é importante a sua divulgação para os envolvidos com a finalidade de que todos fiquem cientes e comprometidos com a

sua execução.

O próximo passo é executar na prática o que foi planejado no Plano de

Comunicações. Sobre este item, seguem algumas práticas adotadas em desenvolvimento

de projetos e que obtiveram bons resultados.

Pontos de controle com a equipe técnica

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São reuniões presenciais e periódicas, realizadas com toda a equipe para

identificar principais pendências, sugestões e problemas do período.

Reuniões para informar sobre o Andamento do Projeto

São reuniões presenciais que podem envolver vários perfis diferentes de usuários

que podem estar reunidos ao mesmo tempo ou não, dependendo do interesse de cada

grupo. É comum a participação nestas reuniões dos patrocinadores do projeto, usuários

finais, envolvidos de departamentos parceiros, dentre outros. O interesse nas informações

destas reuniões pode envolver o conhecimento dos problemas que o projeto enfrenta em

termos de prazo, custo e escopo.

LEMBREM-SE que, dependendo do alcance do projeto é necessário terceirizar serviços

como, por exemplo, a divulgação, por meio de uma agência especializada em assessoria

de imprensa. Portanto, mesmo que você opte por realizar as etapas do projeto por conta,

lembre-se de que alguém deverá criar as peças antes delas irem para a gráfica para

impressão.

Exercícios Complementares:

1) Identifique, com base no perfil do seu projeto, as possíveis entidades que servirão

para captar recursos.

2) Se tiver mais de um parceiro (patrocínio), faça o plano de cotas.

3) Individualmente, elaborem um rápido Plano de Comunicação que contemple a

necessidade do seu projeto.

4) Em seguida, juntem-se (máximo de 04 pessoas) por afinidade de temática e

elaborem um Plano de Comunicação único.

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AULA 5: ORÇAMENTO

Objetivos: Indicar todos os recursos financeiros necessários à execução do projeto, com

valores unitários e totais.

Temas desenvolvidos:

Plano de Aplicação;

Recursos Materiais;

Recursos Humanos;

Recursos Financeiros;

Anexos.

Para se ter uma estimativa dos gastos com a pesquisa, convém que seja elaborado

um orçamento. Para ser adequado, o orçamento deverá considerar os custos referentes a

cada fase da pesquisa, segundo itens de despesa. Estes itens, por sua vez, podem ser

agrupados em duas grandes categorias: custos de pessoal e custos de material.

Os custos de pessoal são geralmente calculados segundo o trabalho dos

colaboradores em dias, exceto no caso de consultores, cujos trabalhos frequentemente

são remunerados de acordo com as horas despendidas.

O orçamento é um resumo ou cronograma financeiro do projeto, no qual se indica

com o que e quando serão gastos os recursos e de que fontes virão os recursos.

Facilmente pode-se observar que existem diferentes tipos de despesas que podem ser

agrupadas de forma homogênea como, por exemplo: material de consumo; custos

administrativos, equipe permanente; serviços de terceiros; diárias e hospedagem;

veículos, máquinas e equipamentos; obras e instalações. No orçamento as despesas

devem ser descritas de forma agrupada, no entanto, as organizações financiadoras

exigem que se faça uma descrição detalhada de todos os custos, que é chamada

memória de cálculo.

O orçamento deve ser elaborado em bases realistas, ou seja, considerar, com

precisão possível, os vários gastos. Entretanto, convém acrescer ao orçamento um

suplemento para despesas imprevistas.

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A elaboração de um orçamento deve permitir a previsão e o controle dos gastos

que o projeto terá. Nessa perspectiva, responde à questão: quanto? O orçamento deve

servir como um resumo financeiro do projeto no qual se indica quanto será gasto para sua

realização e como. É uma ferramenta importante na gestão do projeto para o

acompanhamento das despesas previstas e realizadas. Geralmente, agrupam-se os

custos em blocos de despesas: material de consumo; administração; equipe; serviços de

terceiros; cachês; aluguel de espaço e equipamentos; alimentação e hospedagem;

transporte; divulgação; instalações e infra-estrutura, entre outros. Isso facilita a

organização e o controle dos gastos.

As tabelas seguintes exemplificam a elaboração de um orçamento com base nos

diversos itens da despesa prevista. A primeira envolve os custos de pessoal e a segunda

os custos de material.

Exemplo 1:

FASES VALOR

1. PLANEJAMENTO Material de escritório Livros Mapas Xerocópias Telefone

2. COLETA DE DADOS Material para impressão Aquisição de cd e dvd Filmes Xerocópias Taxas para correio, telefones, fretes etc. Manutenção de veiculo para transporte

3. ANÁLISE, INTERPRETAÇÃO E APRESENTAÇÃO Material Para Impressão

Tabela 2: Cálculo dos custos de material para projetos. Fonte: GIL, 1991.

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EXEMPLO 2:

ITENS DE CUSTO Equipe de pesquisa Consultores Datilógrafos Entrevistadores Proc. dados Outros

1° membro 2° membro

3° membro

1 Planejamento 1.1 Salários 1.2 Honorários

2 Coleta de dados 2.1 Salários 2.2 Honorários 2.3 Diárias e

Transporte

3 Análise, interpretação e apresentação

3.1 Salários 3.2 Honorários

Tabela 3: Cálculo de custos de pessoal para projetos de pesquisa. Fonte: GIL, 1991.

Deve ficar claro que esta lista de itens não pretende ser completa. Pode até mesmo ocorrer que seja inadequada para determinados projetos de pesquisa.

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Orçamento bem construído e que demonstre precisão nos números é, certamente,

um forte ponto de venda. Além de demonstrar domínio por parte do produtor, sugere

correção na apropriação dos custos, evitando a sensação de orçamento inflacionado ou

que conste de itens inexistentes. No orçamento são estabelecidos ainda parcerias, apoios

ou cotas de participação (co-patrocínio).

PLANO DE APLICAÇÃO

Consiste na programação do Orçamento.

A elaboração de um bom orçamento requer planejamento, pesquisa, tempo e paciência;

Precisamos determinar:

a) Planejamento de recursos (humanos, materiais, serviços de terceiros)

b) Estimativa de custos parciais

c) Elaboração do orçamento global

Ou seja:

É a relação de tudo que será necessário para a realização de um projeto;

É necessário conhecer especificidades dos recursos, quantidades e custo unitário de

cada item;

É a relação de custos totais.

Detalhamento de Custos

Estimar os custos detalhadamente no projeto, por itens de despesa, conforme a

estratégia de ação previamente indicada, apresentando valores unitários e o total previsto,

a quantidade e os valores financeiros correspondentes. Indicar, em moeda corrente, os

recursos financeiros oferecidos, a título de contrapartida para o desenvolvimento do

projeto. Quando se tratar de recursos humanos ou físicos (equipamentos, terrenos,

instalações, etc.) especificar que recursos são estes, quantidade e deve-se estimá-los

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financeiramente. Em caso de eventos que cobrem taxa de inscrição, a receita prevista

deve estar inserida na planilha de custos.

Atenção: A maioria dos editais possui uma cota limite de financiamento. Caso o

projeto extrapole o valor determinado, deverá comprovar a existência de outras

fontes de financiamento. Neste caso, divida os totais em valor solicitado ao edital e

valor total do projeto.

Como fazer: O orçamento também deve ser apresentado em forma de tabela, por

itens e não em texto. Sugere-se que o orçamento pelo menos indique: item, valor

unitário, quantidade e valor total. O valor total do projeto é a multiplicação de todos

os itens anteriores. Remeta-se às ações indicadas no cronograma e veja quais

gastos estão implícitos em cada uma delas. Geralmente os projetos prevêem

recursos para: pessoal e serviços; infra-estrutura e montagem; material de

consumo; material gráfico; custos administrativos; comunicação e divulgação;

impostos e taxas.

Perguntas norteadoras:

Qual o custo de cada etapa do cronograma?

Quais valores unitários e totais?

Quais são as fontes previstas?

Quanto será solicitado a cada fonte?

Qual o valor total do projeto?

Exercício Complementar:

1) Crie em equipe um orçamento que deva permitir a previsão e o controle dos gastos

que o projeto terá.

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GLOSSÁRIO

Atores: todos os envolvidos/interessados no processo de desenvolvimento, podendo ser

entidades de classe, instituições públicas e privadas, sociedade civil organizada, pessoas

responsáveis, entre outros.

Cronograma: representação da previsão da execução de um trabalho, na qual se

indicam os prazos em que se deverão executar as suas diversas etapas.

Meta: objetivo quantificado, visa o ideal, resultado da execução do projeto.

Metodologia: conjunto de técnicas e processos utilizados para ultrapassar a

subjetividade do autor.

Planejamento: trabalho de preparação para qualquer empreendimento, segundo roteiro e

métodos determinados. Elaboração, por etapas, com bases técnicas, de planos,

programas e projetos com objetivos definidos. Processo que leva ao estabelecimento de

um conjunto coordenado de ações.

Plano: documento abrangente e com menor grau detalhamento, que possibilita a visão

geral. Resume o conjunto de ações e propostas a serem levadas a cabo durante o

processo de planejamento.

Programa: conjunto de projetos semelhantes ou complementares. Tem uma visão de

articulação entre várias alternativas/estratégias.

Projeto: aborda um elemento específico do turismo e o estuda de forma detalhada. É

qualquer propósito de ação definido e organizado, de forma racional que permite

determinar os custos e benefícios de um investimento.

Qualitativo: que exprime qualidade.

Quantitativo: relativo aos números, valores e dados.

Sustentável: ao ser concebido respeita os limites e atende às necessidades das

questões política, ambiental, sócio-cultural e econômica, de forma a garantir a integridade

de cada um desses aspectos e sem comprometer a possibilidade do usufruto dos

recursos no futuro.