apostila de direito pena

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APOSTILA DE DIREITO PENAL – 3º PERÍODO 1º BIMESTRE 25.07.2011 Conceito de Direito Penal: É um ramo do direito que se preocupa em definir quais são as condutas que são consideradas crimes, que culmina em uma sanção. Função do Direito Penal: proteger bens jurídicos; manter a ordem, exercendo o controle social. 27.07.2011 Controle Social: O Direito Penal sempre esteve presente em qualquer sociedade. // Impor uma sanção/ pena para uma conduta. Ubi societas ibi crimen” = Onde há sociedade há crime. Há dois tipos de controle social na sociedade: Controle social formal : através do Estado. Controle social informal (mais eficaz) : Família (ex: castigo para o filho que pegou um celular); Escola ( suspender aluno por cola); Igreja. *Antigamente o Direito Penal era considerado repressivo, depois com novas condutas a pena vai ser considerado uma intimidação, ou seja, o direito penal será considerado preventivo. A teoria mais aceita diz que o Direito Penal deve reeducar o “criminoso”. Ressocialização -> teoria moderna/ preventivo + ressocializador. Características: -Preventivo -Normativo : a norma como objeto - Valorativo : estabelece uma escala própria de valor para definir as normas.

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essa apostila tem tudo sobre direito penal parte geral

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APOSTILA DE DIREITO PENAL 3 PERODO

APOSTILA DE DIREITO PENAL 3 PERODO1 BIMESTRE

25.07.2011 Conceito de Direito Penal: um ramo do direito que se preocupa em definir quais so as condutas que so consideradas crimes, que culmina em uma sano.Funo do Direito Penal: proteger bens jurdicos; manter a ordem, exercendo o controle social.

27.07.2011Controle Social: O Direito Penal sempre esteve presente em qualquer sociedade. // Impor uma sano/ pena para uma conduta.Ubi societas ibi crimen = Onde h sociedade h crime.H dois tipos de controle social na sociedade: Controle social formal: atravs do Estado. Controle social informal (mais eficaz) : Famlia (ex: castigo para o filho que pegou um celular); Escola ( suspender aluno por cola); Igreja.*Antigamente o Direito Penal era considerado repressivo, depois com novas condutas a pena vai ser considerado uma intimidao, ou seja, o direito penal ser considerado preventivo. A teoria mais aceita diz que o Direito Penal deve reeducar o criminoso.Ressocializao -> teoria moderna/ preventivo + ressocializador.Caractersticas: -Preventivo-Normativo: a norma como objeto- Valorativo: estabelece uma escala prpria de valor para definir as normas.- Finalista: tem o fim/objetivo que a proteo dos bens jurdicos e o controle social.- Fragmentrio: no tutela todas as condutas indesejadas pelo homem.-Imperativo: impe a voc uma conduta// ex.: matar algum crime, conduz a conduta (ao/omisso) de no matar.-Sancionatrio: impe sanes/penas as condutas consideradas criminosas.

Fontes do Direito Penal:-Materiais; substancias ou produo: quer saber quem que produz as normas (ex.: Unio). CF, art. 22. Estado pode produzir, caso a unio por meio da lei complementar incumbir tal funo.-Formais; conhecimento ou cognio (duas): Imediatas: a lei (federal) em obedincia ao principio da reserva legal (art. 5, parag. 39, CF)(art. 1, CP),ou seja, no h crime/pena sem ser prescrita antes como tal por meio da lei. Mediatas: so os costumes, os princpios gerais do direito, a jurisprudncia, doutrina e tratados internacionais.

01.08.2011Princpio do Direito PenalO sistema jurdico-normativo: Princpios Regras-Os dois so espcies das normas jurdicas- Os princpios so a expresso primeira de valores fundamentais expressos pelo ordenamento jurdico, fornecendo a inspirao para as demais normas- Andr Estefam-Os princpios hierarquicamente superiores as regras, constituem sua base e sua razo mais maleveis do que as regras (interpretao)-Conflito entre regras: soluo radical.// Conflito entre princpios: ponderao, qual for de maior valor.- E quando h conflito entre regras e princpios? PRINCPIOS.

Princpio da exclusiva proteo de bens jurdicos.No pode proteger bens ilegtimos. Esse princpio no compete ao direito penal.Tutelar valores puramente morais, ticos, ou religiosos Interveno mnimaO direito Penal ser apenas aplicado quando estritamente necessrio, mantendo-se subsidirio e fragmentrio.O uso excessivo do Direito Penal condena o sistema penal a uma funo meramente simblica, banalizando o direito penal. (perdendo sua eficcia).SubsidiaridadeS atua em abstrato (tipifica comportamentos) quando ineficazes os outros ramos do Direito.Direito Penal derradeira trincheira o combate do crime (Paulo Jos).FragmentariedadeO Direito Penal s intervm no caso concreto quando relevante for a leso ou perigo.

Originando Insignificncia / BagatelaAtipicidade condutaO que insignificante? (segundo STF e STJ)-mnima ofensividade da conduta-nenhuma periculosidade da ao-reduzindo grau de reprovabilidade-inexpressiva leso jurdicaCritrio de avaliao de valor:Segundo o STF de acordo com realidade econmica do pas. Aplica-se aos crimes com administrao pblica.

03.08.2011Princpio exteriorizao ou materializaoO Estado s pode incriminar de acordo com os fatos, no o autor.Direito Penal do fato diferente do Direito Penal do autor.Antigamente se punia a vadiagem, sendo essa contraveno bastante criticada.

Princpio da ofensividade ou lesividadeH delito s quando houver leso efetiva ou perigo de leso.Com base nesse princpio o STF no reconhece crime na parte de arma desmuniciada.Algumas doutrinas dizem ser inconstitucionais os crimes perigo abstrato, diferente dos crimes de perigo concreto.

Princpio da responsabilidade pessoalProbe o Direito Penal pelo fato de outem. Impede-se a punio por fato alheio. Ex: sano a todos os scios da empresa// sano a todos os presos por queima de colches.

Princpio da responsabilidade subjetivaAgente s ser responsabilizado quando o fato for querido (dolo direto)-Crime : Doloso: quer o resultado (direto) Culposo: assume o risco (eventual); causou o resultado por negligencia, impercia, imprudncia.Obs: Imprudncia :falta de cuidado, desateno consigo mesma e, principalmente, descuidado com os outros. Impercia: Falta de habilidade ou conhecimento para realizar a contento determinado ato. Negligncia : Descuido baseado na indolncia, desleixo em relao ao ato praticado.

Eventual: previsto e aceitoCulpa consciente: previsto mas no aceitoCulpa inconsciente: fato previsvelEvita-se a RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA, tem que haver culpa ou dolo.*Responsabilidade penal objetiva: significa que o agente responder pela conduta, ainda que tenha agido com ausncia de dolo ou culpa, em relao ao resultado, contrariando, assim, a doutrina do Direito Penal, fundada na responsabilidade pessoal e na culpabilidade. Ex: infraes penais lesivas ao meio ambiente.

08.08.2011Princpio da culpabilidadeNo pode ser aplicada uma pena em que no haja naquela conduta uma culpabilidade, ou seja, um grau de reprovabilidade daquela conduta por parte da sociedade. Ex: deficiente mental causa um dano ao veculoPode causar uma medida de segurana, como a sano.O Direito Penal s prev pena para aquelas pessoas que tem capacidade.Evita-se a RESPONSABILIDADE PENAL OBJETIVA.

Princpio da Igualdade ou IsonomiaPossui guarida constitucional previsto no art. 5, CF. Fala-se mais da igualdade material Ex.: presdios femininos.

Princpio da presuno de inocncia.Art. 5, LVII CFNingum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatriaPara alguns doutrinadores o verdadeiro nome deveria ser Presuno de no culpa.

Princpio da dignidade da pessoa humana.Art. 1, III- CF. o destaque no plano normativo constitucional. Nossos direitos devem ser mantidos mesmo aps a priso, como exemplo, o da dignidade da pessoa humana, sendo a ausncia dela um ato inconstitucionalEm conseqncia disso surge o Princpio da Humanidade.No Brasil h a proibio de penas cruis. As penas de privao deveriam ser feita de forma resocializadora.A forma como feita a priso aqui no Brasil agride esse princpio *Princpio da individualizao de pena: A pena no pode ser padronizada. A cada delinqente cabe a exata medida punitiva pelo que fez. No se pode igualar os desiguais.Regime Disciplinar Diferenciado (RDD): quando uma pessoa no demonstra resultados resocializador. A pessoa fica num local pequeno isolado. Esse regime fere o princpio da dignidade humana. s pessoas que dentro da priso por crimes dolosos, subverso ordem interna e externa, alto crime de segurana. (art 52, da Lei de execuo penal).

Princpio da Alteridade ou TranscendentalidadeClans Roxin: O Direito Penal s pode interferir em conduta que lesem bens de terceiros. Ex: tentativa de suicdio- no crime Auxlio ao suicdio- crimeUso de drogas?? Condutas em conseqncia do uso da droga??

Princpio da adequao socialWelzel: O Direito Penal no deve interferir em condutas socialmente aceitasAto obsceno em pblico crime -> no especificado o que seria ato obsceno. O que obsceno para um no para outroJogo do Bicho?? A reprovao da sociedade pequena.

Princpio do Non(NE) bis in idemNingum pode punido/processado duas vezes ou mais pelo mesmo crime/fatoUm fato no pode ser considerado duas vezes. Ex.: art 121, parag. 4 = homicdio, a vtima sendo menor que 14 anos a pena ser aumentada Art 61 = agravantes genricasPara chegar pena final: 1. Fixa pena base2. Caso de aumento de pena3. Caso de agravantes genricasOu seja, ao considerar o 2 e 3 no caso de homicdio de um menor de 14 anos ocorrer bis in idem.

Princpio da proporcionalidadeA Declarao dos Diretos Humanos- 1789A pena deve ser proporcional da gravidade da condutaCrimes hediondos: maior reprovaoCrimes de menor potencial ofensivo: a pena no superior a 2 anosServe como um limite do poder estatal.

10.08.2011Princpio da Razoabilidade um controlador da proporcionalidade. Ex: a Lei de Talio era proporcional, mas no era razovel. Ou seja, o princpio vai controlar a proporcionalidade.Afronta a esse princpio: falsificao de produtos medicinais tem pena altssima. Mas a falsificao de cosmtico foi includa nessa categoria, ento quem falsifica batom recebe a mesma pena de quem falsificou um remdio, o que no proporcional.Outra : considerado estupro tanto ter relao sexual obrigando a pessoa como beijar algum lacivamente (violentamente) contra a sua vontadePrincpio da confianaUma pessoa no pode ser punida quando age corretamente na confiana de que o outro tambm agir assim. Ex: uma enfermeira que d medicamento errado para o mdico que esta realizando uma cirurgia, levando morte do paciente. O mdico no pode ser responsabilizado, apenas a enfermeira.Obs: se no h dolo sem culpa no h crime.Princpio da Legalidade -> Reserva Legal No h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia condenao legal.Clusula Ptrea: so limitaes materiais ao poder de reforma da constituio de um estado. Limite do poder punitivo do Estado: o estado s pode punir condutas consideradas crimes por lei.Esse princpio funciona como segurana jurdica para a pessoa ser punida s quando cometer uma conduta tida por lei. A lei tem que ser anterior conduta permitida.Desdobramentos do princpio da legalidade:a) Anterioridade da leib) Lei com sentido forma (ordinria) -> reserva legal ps: medida provisria, decreto, portaria e etc. jamais poder criar crime.c) As leis penais devem ser interpretadas restritivamente ps: pode-se usar analogia in bonam partem (em favor, para beneficiar) -> S PARA ISSO!d) Lei tenha contedo determinado: Tipos penais devem ser claros para evitar que saem dadas interpretaes diferentes a determinadas condutas.Princpio da taxatividadeAs leis devem ser claras.Obs: Diferena em prima legalidade e prima reserva legal.Na prima reserva legal, a lei esta prevendo que esse crime, tem que ser a lei em sentido formal.Lei penal do tempo/Direito intertemporalLei pode retroagir desde que seja para beneficiar o ruTempos regit actum: uma lei penal, em razo da sua atividade rege os fatos ocorridos durante a sua vigncia.Entretanto temos como exceo nos tempos a extratividade (lei penal que rege os fatos j ocorridos)Regra: atividade -> durante sua vignciaExceo: Extratividade(fora do perodo de vigncia) -> retroatividade (antes da vigncia) ->ultratividade (posterior vigncia)Assim, as leis penais podem ser ativos e extrativos.At 2006, em relao as drogas tnhamos a lei 6368/76 dizia que quem porta droga para consumo pessoal, prvia priso. Em 2006, surgiu a lei 11343/06 que aboliu a pena de prisoQuem foi preso por causa disso poder ser solto porque a lei retroage para benefcio do ru -> retroatividade: antes da vigncia s quando beneficiar o ruArt 2, CP

15.08.2011Princpio da extratividadePermite aplicao de uma norma fora do seu tempo de vignciaSubdiviso: Retroatividade: a lei retroage para atingir condutas abres de sua vigncia. Ex: a lei de drogas Ultratividade

RetroatividadeLei de Drogas: 6368/76 : priso 11343/06: aboliu esta penaLei Penal mais benfica: beneficio ao ruNovatio Legis in Melluis: a lei mais nova continua declarando a conduta como crime, porm a pena mais branda/benfica. Ex: porte de drogas.Abolitio criminis: a lei mais nova declare aquela conduta no, mas como crime. Ex: adutrio.Lei penal mais grave-> prejudicar: a lei mais nova declara pena mais grave/malfica. Novatio Legis in pejusNovatio legis incuminadora: ela prever uma conduta como crime que anteriormente no era considerada. Ex: assedio sexual.-Acompanhado pelo advogado para poder utilizar a lei mais benfica* O Juiz pode combinar uma nova com uma mais velha (lei)? Polmica, alguns doutrinadores acha errado, pois estaria criando uma terceira norma, legislando. Porm o STF acredita que possvel, pois seria um exerccio de interpretao integrativa. Ou seja, no h vetao nessa combinaoUltratividadeLeis penais: destinada a uma determinada poca. Excepcionais-> ex: poca de guerra. Nasce com perodo de vigncia indeterminado, a norma tem vigor enquanto durar o fato. Temporrias-> ex: eleio. Nasce com perodo de vigncia determinado.A lei pode ser utilizada aps sua poca de vigncia, pois a conduta foi realizada na poca de vigncia, mas no foi descoberta. Isso pode ser utilizado mesmo em prejuzo ao ru.-Os doutrinadores, penalistas consideram esse princpio da ultratividade como inconstitucional. Enquanto outro considera constitucional, pois permite a eficcia da norma.Ler os art. 1, 2,3 e 4 do CPEx: Guto deu um tiro numa pessoa e a pena nesse perodo de 10 anos, porem a vitima s foi falecer depois quando j tava em vigor outra lei com pena menor. Adota o tempo da conduta/ao ou o resultado? DVIDA, para isso h 3 teoriasTeorias: Atividade: considera tempo do crime o tempo da ao Resultado: considera tempo do crime o tempo do resultado. Mista ou ubiqidade: considera tempo do crime o tempo da ao ou resultado.No Brasil adotamos a teoria da atividade, pois naquele tempo que foi exteorizado a condutaEx: 07/09/94 -> editada a lei de crimes hediondos.05/09/94 -> conduta de tiro ftil08/09/94 -> morreu a vtimaA pessoa responder por crimes hediondos? No, pois no perodo da conduta a lei de crimes hediondos no vigia, porem se a lei fosse mais benfica a lei de crimes hediondos pode retroagir. Ex:Crimes permanentes -seqestro-A lei de homicdio: a conduta consumada na hora da conduta-Sequestro: a ofensa tem um perodo de consumao. Enquanto durar a ofensa ao bem, dura enquanto durar o crime.Sequestro: Guto inicia seqestro com 17 anos (regido pelo ECA) Termina o seqestro com 18 anos (regido pelo CP)Qual utilizar? Nos crimes permanentes prevalece a norma do fim da conduta, mesmo que seja malfico.Ex: Crimes continuados- habituaisAquele crime que em razo das circunstncias eles acontecem de forma que seja um mesmo crime com diferentes vitimas.Ex: assalto no posto do Calhau- norma antiga [...]Assalto no posto do Bequimo- norma novaQual utilizar? A mais nova, mesmo que seja em malefcio do ruCritica: fere o princpio da retroatividade.Para o STF: a lei mais nova.-Para que seja considerado crime continuado deve ser realizado vrias vezesHabitual: praticado 1 vez no crime, para ser crime tem que acontecer vrias vezes. Ex: falso mdico.Continuado: praticado varias vezes.

17.08.2011*Conflito Aparente de Normas:- duas ou mais normas sobre o mesmo assunto aparentemente aplicveis ao mesmo fato um conflito, porque mais de uma pretende regular o fato. aparente porque com efeito s uma ser aplicada-Soluo: princpios. Princpio da EspecialidadeEspecial uma norma que possui todos elementos da geral e mais alguns.Ex: homicdioArt. 121-matar algum; infanticdio.Outro art.- matar sob influencia do estado puerperal o prprio filhoO infanticdio tem tudo do homicdio e mais: prprio filho+logo aps o parto+estado puerperalEx: trafico internacional drogas-> a espcie X crime de contrabando-> gneroEx: estupro X constrangimentoArt. 146 : constranger algum mediante violao ou grave ameaa fazer o que a lei no manda -> estuproArt. 213: constranger algum mediante violao ou grave ameaa a ter conjuno carnal.*A lei especial prevalece sobre a geral, podendo ser mais grave ou mais branda.Princpio da SubsidiariedadeSubsidiria a norma que descreve um grau menor de violao do bem jurdico.Descreve parte de um delito maior a norma que descreve o todo (norma primaria), a que descreve a parte subsdiaria.S sero aplicados quando uma conduta no for considerada mais grave.A norma primaria absorve a subsdiria, ou seja, a subsdiaria cabe dentro da primaria -Ela no especial, mais ampla.Ex: Crime de ameaa (art. 147) cabe dentro do constrangimento ilegal (art. 146)Ex: Sequestro cabe dentro da extorso mediante seqestro.*A norma primria prevalece sobre a subsidiaria, que passa a funcionar como um soldado de reserva (Hungria).Espcie: Expressa ou explcita: sempre vem expressa na pena (maior) Tcita ou implcita: verifica-se diante do caso concreto.Diferena entre subsdiriedade e especialidade (FOI DADA PELA PROFESSORA, haha)Ex: 2 caixas de presenteEspecialidade: laos diferentesSubsdiariedade: tamanhos diferentesPrincpio da ConsunoUm fato mais amplo e mais grave absorve o menor, que funciona como meio/direoEx: direo perigosa e homicdio culposoO primeiro ser absorvido evitando-se o bis in idemEx: Subtrao de cadver (fim) e violao de sepultura (meio). Para subtrair o cadver necessariamente tem-se a violao da sepultura. Por qual responder? Os dois? No, apenas por subtrao de cadver, se responde pelo crime fim*Hipteses de consunoa) crimes progressivo: o agente objetiva o resultado mais grave mas comete outros crimes para alcan-lo. Ex: homicdio e leso corporal; furto e invaso de domicilio.b) crime complexo: composto de dois crimes. Ex: roubo e homicdio =latrocnio. Os demais crimes sero absorvidos.Latrocnio: derivado do crime de roubo o crime-fim , onde o homicdio o crime-meio, ou seja, mata-se para roubarc) progresso criminosa: agente deseja alcanar um fato e depois de conseguir prossegue.Ex: algum quer leso e depois resolve homicdio. S responde pelo homicdio, a leso ser ante factum impunvelEx: Furtar e depois destruir. Agente aps realizar um crime pratica novo ataque.Diferena deste com a subsidiaridade: a subsidiariedade h comparao de normas enquanto a consuno h comparao do caso concreto.Princpio da AlternatividadeNem todos os doutrinadores considera como princpio.A norma descreve vrias formas de realizao do crime. A realizao de uma ou todas: crime nico.Tipos mistos alternativosEx: impedir ou perturbar cerimnia religiosa.Crtica: no h conflito entre normas.

22.08.2011Princpio da Territorialidade -> para resolver conflitoAplica-se a lei do local onde ocorreu o crime, no importa a nacionalidade do agente ou bem jurdico.Art. 5, CF 1.Para os efeitos penais, consideram-se comoextenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-mar. 2. tambm aplicvel a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no territrio nacional ou em voo no espao areo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.Assim, em embarcaes...Se o brasil adotou a Territorialidade precisa-se identificar o lugar do crime, que est, assim como o tempo do crime o momento que aconteceu.Art. 6, CP definiu o lugar do crime. Teoria da ubiquidade.Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.Se no Brasil ocorreu s conduta e resultado fora: Lei Brasileira.Se a conduta ocorreu fora e o resultado no Brasil: Lei Brasileira.Hungria: basta uma pincelada da execuo do crime no Brasil para aplicar a Lei Brasileira.Obs: S se aplica a Lei Brasileira se no territrio ocorrer o inicio da execuo ou resultado.Atos preparatrios, cogitao, exaurimento no interessa ao Brasil.

Princpio da nacionalidade ativaAplica-se a lei da nacionalidade do sujeito ativo, no importa a nacionalidade da vtima ou local do crime. Se o agente for um chins, aplica-se a lei da China-Aplica-se a lei nacional ao cidado que comete crime no estrangeiro independentemente da nacionalidade do sujeito passivoPrincpio da nacionalidade passivaAplica-se a lei da nacionalidade do sujeito passivo somente quando atinge direito de um concidado. No importa o lugar do crime.- Exige que o fato praticado pelo nacional no estrangeiro atinja um bem jurdico do seu prprio Estado ou de um concidadoPrincpio da defesa ou realAplica-se a lei da nacionalidade do sujeito passivo ou do bem jurdico lesado, no importa o lugar do crime ou nacionalidade do agente.Princpio da justia penal universalO agente fica sujeito lei do pas onde for encontrado, no importa o lugar do crime e nacionalidade dos sujeitos.- Preconiza o poder de cada Estado de punir qualquer crime, seja qual for a nacionalidade do delinqente e da vtima, ou local de sua prtica.Princpio da representao subsidiariedade ou da bandeiraA lei penal nacional ser aplicada a crimes praticados em:-aeronaves e embarcaes privadas-quando no estrangeiro e a no so julgadosQual o Brasil adotou?Como regra: P. da TerritorialidadeArt 5, CP-Territorialidade absoluta? NO, tem excees. Trata-se de territorialidade relativa ou temperada sem prejuzos de convenes, tratados, regras de direito internacional. So as excees a exemplo da imunidade diplomtica.Trs exemplos de lei penal: Crimes cometidos no Brasil: aplica-se a lei brasileira (princpio da Territorialidade) Crimes cometidos fora do Brasil: aplica-se tambm a lei brasileira (princpio da Extraterritorialidade). Crimes cometidos no Brasil, mas a estrangeira que aplicada: imunidade diplomtica (princpio da Intraterritorialidade).*Princpio da Intraterritorialidade: h crimes que ocorrem no Brasil e a eles no podemos (ou no iremos) aplicar a lei penal brasileira. Incide, nesse caso, ou o Direito de um pas estrangeiro ( o caso dos embaixadores, ou do crime ocorrido dentro de embarcao ou aeronave pblica estrangeira) ou o Direito internacional penal (TPI). Ou seja, um crime ocorrido no Brasil vai ter incidncia um Direito penal que no nosso, que ser aplicado por juiz estrangeiro de acordo com o devido processo do respectivo pas.Resumindo: O Brasil adotou a territorialidade excepcionada pela extra e intraterritorialidade.Mas o que territrio nacional?-Espao fsico e espao jurdico Espao fsico: a superfcie terrestre (solo e subsolo), as guas territoriais (fluvias, lacustre) e o espao areo.Espao jurdico: por fico, equiparao, flutuante ou extensoArt 5, parag 1 e 2, CP.As embarcaes ou aeronaves publicas a servio do governo so consideradas extenso do territrio nacional, onde quer que se encontrem, no importa a nacionalidade dos sujeitos, se esto sobrevoando ou atracados no Brasil, sempre sero territrio nacional, logo lei brasileira.As embarcaes privadas ou mercantes s so consideradas extenso territrio nacional se corresponde ao alto-mar, fora da aplica-se a lei estrangeira.E as embaixadas? No so extenso do territrio que representam, mas so inviolveis. Ex: embaixada brasileira em Lisboa na extenso do territrio brasileiro.Se o Brasil considera como extenso seu territrio as suas embarcaes aeronaves publicas, deve respeitar isso em relao a outros pases. A isso se chama Princpio da Reciprocidade (art.5, parag. 2). Assim, em embarcaes e aeronaves publicas estrangeiras no se aplica a lei brasileira, interpretao contrrio sensu.Obs: Em alto-mar, nenhum pas exerce sua soberaniaSe o Brasil adotou o P. da Territorialidade, em regra. Depois conceituou o que considera territrio nacional.Imprescindvel definir o que entende-se lugar do crime? Assim, se o agente atira em algum no Uruguai e este s vem a morrer no Brasil o crime foi cometido no territrio nacional.Lugar do CrimeHungria: Basta uma pincelada para execuo do crime no Brasil para aplicao da lei brasileiraObs: s aplica a lei brasileira se no territrio fsico ou jurdico a conduta ocorrer ou inicio ou execuo ou resultado. Atos preparatrios, cogitao exaurimento no interessa o Brasil. Logo no se aplica nossa lei se o navio particular sai de Portugal para Argentina e de passagem pela gua brasileira ocorre um crime no seu interior. Lei brasileira, pelo art. 6 CP- SIM. Pelo tratado internacional, o principio da passagem inocente, a lei brasileira no ser aplicada, pois no amplamente praticada pelo Brasil, apenas estendido para aeronaves.ExtraterritorialidadeO alcance da lei brasileira aplicadas em crimes ocorridos fora do Brasil. Em regra, um pas no pode impor suas regras a outro pas. Existem fatos excepcionais em que a lei brasileira os alcana ainda que tenha ocorrido fora do Brasil. Oriunda de direito internacional costumeiro ou convencional. Isto porque existe regra permissiva (direito internacional)Extraterritorialidade Incondicionada Art. 7, I, CP.a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repblica; Princpio da defesa ou do real.b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito Federal, de Estado, de Territrio, de Municpio, de empresa pblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao instituda pelo Poder Pblico; Preocupado com a nacionalidade do bem jurdico.Princpio da defesa ou do real.c) contra a administrao pblica, por quem est a seu servio; Se for praticado por quem estava a servio da administrao pblica.d) de genocdio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;O Brasil faz parte do tratado internacional que se compromete a punir o genocdio.Corrente predominante: Justia Penal Universal.Nesses casos, possvel que o agente responda por dois processos pelo mesmo crime. Um no exterior e outro no brasil. 1 - Nos casos do inciso I, o agente punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.No se configura uma violao do NE BIS IN IDEM, porque se trata de exceo para fazer valer nossa soberania, mas o legislador amenizou:Art. 8, CP - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela computada, quando idnticas.Se as penas forem diferentes, se tiver que cumprir pena de privao de liberdade em um pas e pagamento de multa em outro haver atenuao da multa. Evitando o NE BIS IN IDEM.Extraterritorialidade condicionada Art. 7, II, CP.a) que, por tratado ou conveno, o Brasil se obrigou a reprimir; Ex: trfico de drogasPrincpiob) praticados por brasileiro; Princpio da nacionalidade ativa: Aplica-se a lei da nacionalidade do sujeito ativo.c) praticados em aeronaves ou embarcaes brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em territrio estrangeiro e a no sejam julgados.Princpio da representao, subsidiariedade ou da bandeira. A nossa lei subsidiria.CONDIES: 2 - Nos casos do inciso II, a aplicao da lei brasileira depende do concurso das seguintes condies: a) entrar o agente no territrio nacional; b) ser o fato punvel tambm no pas em que foi praticado; c) estar o crime includo entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradio; d) no ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou no ter a cumprido a pena; e) no ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, no estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorvel.Extraterritorialidade hipercondicionada: 3 - A lei brasileira aplica-se tambm ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condies previstas no pargrafo anterior: a) no foi pedida ou foi negada a extradio; b) houve requisio do Ministro da Justia.Intraterritorialidade ou validade da lei penal em relao s pessoasImunidadesExistem pessoas que so imunes nossa lei, e no fere o principio na isonomia?Art. 5, CFH pessoas que em razo de suas funes ou de regras internacionais desfrutam de imunidade, um privilgio, mas de necessria prerrogativa funcional.Embaixadas no so extenses do territrio que representam, so inviolveis. No se pode entrar em uma embaixada sem autorizao, no admitem buscas ou qualquer medida de natureza penal, salvo se tiver autorizao dada pelo prprio pas.Imunidade Diplomtica: So de direito pblico internacional (Conveno de Viena/65).A Os chefes de governo ou estado estrangeiro, sua famlia e membros da comitiva;B O embaixador e sua famlia;C Os funcionrios do corpo diplomtico e sua famlia;D Os funcionrios das organizaes internacionais (ONU), quando em servio.Imune: no ficam sujeitos s consequncias jurdicas da lei brasileira, mas s da lei do seu pas, abrange qualquer crime, seja comum ou funcional. O cnsul somente s funcionais, mais restrita.A imunidade diplomtica no impede investigao policial, e no pode ser renunciada pelo diplomata, pois no garantia pessoal, mas do cargo. Pode ser eliminada pelo estado de origem. No se estende aos empregados particulares, ainda que sejam do mesmo pas.Se algum que no goze de imunidade cometer um crime dentro da embaixada, ser processado conforme a lei brasileira.Art. 53, CFLimites da imunidade parlamentar

Princpio da defesa ou realArt. 7, CP, inc I, b)contra o patrimnio ou f pblica da Unio, do DF, de Estado, de territrio, de municpio, de empresa publica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao instituda pelo poder publicoc) contra a administrao pblica, por quem est a seu serviod) de genocdio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil.Qual princpio adotado?1 Corrente: Justia Penal Universal, ou seja, o agente fica sujeito lei penal do pas onde for encontrado.2 Corrente: s aplico a lei brasileira se o genocdio atingir interesses do Brasil. Ex: genocdio contra brasileiros24.08.20113 Corrente: Princpio da nacionalidade ativa -> est erradoOu seja, qualquer nacionalidadeA doutrina tem se inclinado para a 1 corrente, devido a importncia que os tribunais superiores esto dando aos tratados internacionais.Temos nestas 4 alneas a exterioridade incondicionadaA lei penal brasileira aplicada ao caso ainda que o agente j tenha sido julgado, absorvido ou cumprido a pena do estrangeiroArt 7, parag. 1, CP Art. 8, CP Se na Argentina for condenado a 10 anos e no Brasil, paga 10 anos na Argentina e mais 5 no Brasil. Se no estrangeiro foi condenado a recluso e no Brasil a multa, a multa ser atenuada.Art. 7, CP, inc. II os crimesa) Que por tratado ou conveno, o Brasil obrigou a reprimir*Principio da Justia Penal Universal b) praticados por brasileiros *Principio da Nacionalidade Ativa c)praticado em aeronaves [...] *Principio da Representao Subsidiariedade ou da BandeiraNesta alnea c a nossa lei subsdiaria. Nete inc II est presente a extraterritorialidade condicionada. -A lei penal brasileira para alcanar fatos corridos fora do Brasil depende de algumas condies-Analisemos tais condies, ou seja, quando a lei brasileira aplicada a um brasileiro que praticou um crime na Sucia. a) entrar o agente no territrio nacionalNo precisa permanecer. Colocou o p em territrio brasileiro e saiu em seguida j o bastante para a lei alcan-lo, mas tem que haver o concurso das outras condies. So cumulativas.b) Ser o fato punvel tambm no pas em que foi praticado se o fato crime s aqui e no estrangeiro onde foi praticado no, a nossa lei no o alcana . ex: bigamiac) Estar o crime includo entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradioTemos que ver na lei de extradio quais so esses crimes. Ex: homicdio .d) No ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou no ter ai cumprido a penaSe foi absolvido ou si j cumpriu a pena a lei brasileira no o alcana.e) No ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, no estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorvelA lei brasileira no alcana, s preenchidas todas as condies que a lei brasileira alcanar;Art. 7, parag 3Qual principio adotado?Para Luis Flvio Gomes: Nacionalidade Passiva-Mas a nacionalidade passiva no brasileiro contra brasileiroMais 2 condies:a) No foi pedida ou foi negada a extradiob) Houve requisio do Ministro da Justia- Por isso classificada como extraterritorialidade hipercondicionada.

Validade da Lei Penal em relao s pessoas- imunidadesExistem pessoa que so imunes nossa Lei? No fere o principio da isonomia? (art 5, CF)-H pessoas que em razo de suas funes ou de regras internacionais desfrutam de imunidades, no se trata de uma garantia pessoa, um privilgio, mas de uma necessria prerrogativa funcional.

Imunidade Diplomtica.So imunidades de D. Publico Internacional de que desfrutam:a) Os chefes de governo ou Estado estrangeiro, sua famlia e membros da comitivab) A embaixada e sua famliac) Os funcionrios do corpo diplomtico e sua famliad) Os funcionrios das organizaes internacionais (ONU), quando em servio.O que significa imune? No devem obedincia lei brasileira?Devem obedincia SIM, apenas no ficam sujeitos s conseqncias jurdicas da lei brasileira, mas as da lei do seu pas. Essa imunidade abrange qualquer crime, seja comum ou funcional. Consul tem imunidade mais estrita, apenas aos crimes funcionais (praticados no exerccio da funo ou em razo dela). Imunidade diplomtica no impede investigao policial. No se pode ser renunciada pelo diplomata, pois no garantia pessoal, mas do cargo. Pode ser eliminada pelo Estado de origem, j aconteceu no caso de um diplomata que nos EUA, bbado, matou algum no transito. O pas retirou sua imunidade e foi processado conforme a lei americana.Embaixada inviolvel, no haver inviolabilidade se o crime for cometido por estranho legao.No se estende aos empregados particulares ainda que sejam da mesma nacionalidade.

Imunidades ParlamentaresDuas espcies: absoluta e relativaAbsoluta: Sinnimos: material, real, substancial, inviolabilidade, indenidade (zaffaroni)Previso legal: art. 53, caput, CF.STF amplia as conseqncias para as reas: administrativa e poltica.Limite da imunidade material: O parlamentar no tem carta branca, deve haver um nexo entre a funo de congressista e suas palavras, opinies e voto.A imunidade no existe s dentro do caso legislativo.Quando a ofensa ocorrer no seu interior o nexo funcional presumido, quando ocorrer fora depende de provas .Relativa: Tambm chamada de imunidade formal1) Imunidade quanto ao foro-foro competente o STF (art. 53, parag. 1, CF).2) Imunidade quanto priso- os congressistas no podero ser presos, salvo se em flagrante (autorizao da casa respectiva) (art. 53, parag. 2, CF). 3) Imunidade quanto ao processo -O STF comunica casa que pode sustar o andamento. (art.53, parag. 3,4 e 5, CF). 4) Imunidade quanto produo de prova - No obrigados a testemunhar sobre informaes que obtiverem em razo do mandato. (art. 53, parag. 6, CF).Observaes:Deputados e senadores que se licenciam para exercer cargo no executivo perdem ambas imunidades (STF).Deputados estaduais imunes. Princpio da simetria. Prerrogativa do foro do TJ.Vereadores s gozam das imunidades absolutas, e mesmo assim restrita ao municpio em que exercem a vereana.Const. Estadual pode prever prerrogativa do foro(TJ), os nicos que tm so Rio e Piau.Essas imunidades so irrenunciveis.

31.08.2011Teoria do CrimeSistema Dualista/Binrio: utilizado no Brasil para poder definir quais condutas so crimes ou no.-o sistema dualista define a infrao penal (gnero) em duas espcies. - crime (espcie) -contravenes penais (espcie)A diferena entre elas no ontolgica, pois tm a mesma definio: violao norma penal. Ento a diferena axiolgica, esta no grau.Diferena entre crime (pena at 30 anos) X contrav. Penal (pena at 5 anos) = grau axiolgica (gravidade/leso), no ontolgica (no conceitual).Vias de fato: no um crime, mas uma contrav. Penal Ex: empurro (contrav.) -> leso corporal (crime)Contrav. Penal : uma conduta que no considerada crime, mas no permitida pelo sistema penal. No tem pena de recluso ou deteno.Pena de contravenes: priso simples e/ou multa.Pena de crime: privativas da liberdade (recluso ou deteno), restritivas (prestao de servio a comunidade) e multa.Crime (conceito):-Formal: toda conduta que estiver em lei definida como crime, estipulando uma pena-Material: busca a essncia da conduta, para que uma conduta ser considerada crime.Crime: - fato humano- propsito (dolo)/ descuido (culpa)- resultado: leso ou perigo- bens jurdicos.- Analtico : elementos estruturais do crime -No Brasil: 3 teorias -Teoria Bipartite ou Bipartida: crime um fato: tpico e ilcito (ou antijurdico) - Teoria Tripartite: Crime/fato: tpico, ilcito(antijurdico) e culpvel. - Teoria Quatripartite: crime: tpico, ilcito (antijurdico), culpvel e punvel.Tpico: tem como elementos: conduta, resultado, nexo causalidade, tipicidade (formal e material).Conduta: 7 teorias1- Clssica ou Causalista- sec. XIX/XX- positivismo-o que vale o que ta escrito, no vale a interpretao do jurista-conduta descrita (lei) como crime-no analisa culpa ou dolo-interessa o resultado 2- Finalista (Brasil) 1920 1930 Hans Welzel Comportamento humano Violento Dirigido a um fim Modifica o mundo exterior Brasil Art. 18 -questiona-se o desvalor da conduta (reprovao da conduta)Ex: homicdio: matou o home que abusou a filha ou matou o homem que devia 10 reais (motivo ftil).- todo comportamento humano consc. e voluntrio dirigido a uma finalidade, devendo-se analisar dolo e culpa.- Art. 18, CP3- Social da ao-conduta criminosa: todo comportamento voluntrio dirigido a um fim socialmente relevante, ainda dirigido a um fim socialmente relevante, ainda que haja dolo ou culpa a conduta ser atpica se ela no tiver relevncia.Ex: Um soco: praticado em um esporte (boxe) e na rua. - O Brasil no adotou essa teoria expressamente, porem o juiz deve levar em considerao, a partir da sua valorao se relevante ou no.O risco dela que no so considerada crime as condutas socialmente aceitas, e ficaria a cargo do juiz e entraria no subjetivismo atentando contra a segurana jurdica.4- Funcionalistas- qual real funo do direito penal- criado pelo penalista alemo- Claus Roxim- todo comportamento humano voluntario, relevante e intolervel que expem a dano ou perigo os bens jurdicos.5- Funcionalismo Sistmico- Gnter Jackoles- todo comportamento humano voluntario causador de um resultado do que viola o sistema, frustrando as expectativas normativas- No adota o Princpio da InsignificnciaAS OUTRAS 2 TEORIAS RESTANTES A PROFESSORA NO DEU!!Jurdico-penalCiberntico

05.09.2011Crime: tpico (conduta, resultado, nexo causalidade e tipicidade), ilcito, culpvel.

CAUSAS EXCLUDENTES CONDUTA:-Causas excludentes de crime:* Caso fortuito e fora maior Alguns doutrinadores dizem que so sinnimos; outros dizem que caso fortuito provocado pelo homem e fora maior, pela natureza.* Coao fsica irresistvel* Atos reflexos* Hipnose - Sonambulismo

EPCIES DE CONDUTA: Dolosa Vontade livre e consciente de querer pratica uma conduta dirigida a um fim.- Teoria da vontade: Vontade livre e consciente de querer o resultado;- Teoria da representao: A pessoa prevendo o resultado prossegue na conduta acreditando que nada acontecer;- Teoria do assentimento: A pessoa prevendo o resultado prossegue assumindo o risco de produzir o resultado.Art. 18 - Diz-se o crime: Crime doloso I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;Assim, o Brasil adota duas teorias: da vontade e do assentimento.Elementos do Dolo* Conscincia Elemento intelectual do crime:* Vontade Elemento volitivo.Espcies de Dolo* Dolo direto O agente quer um determinado resultado;* Dolo indireto A vontade do agente no dirigida a um determinado.- Eventual O agente prevendo o resultado, no evita que este acontea (Dane-se);- Alternativo O agente deseja indistintamente dois ou mais resultados. Quando no consegue alcanar o crime mais grave, responder sempre pelo outro mais grave.* Dolo de dano relaciona-se a crime de dano, efetivamente a conduta encerra-se em dano: sequestro, e outros.*Dolo de Perigo Antecipao ao dano, criminalizando a conduta de perigo: porte de arma, incndio.* Dolo Cumulativo O agente quer dois ou mais resultados Progresso Criminosa.* Dolo Genrico Que a Doutrina mais atual chama somente de Dolo. Art. 148 - Privar algum de sua liberdade, mediante sequestro ou crcere privado.Art. 121- Matar algum.* Dolo Especfico Que a Doutrina mais atual chama de Fim Especial de Agir; Elemento Subjetivo Especial do Tipo ou Injusto Normalmente vem associado com expresses, como: com o fim; para isso; com o objetivo; com intuito... Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condio ou preo do resgate.Art. 288- Associarem-se mais de trs pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes.* Dolo Antecedente Vontade de querer cometer o crime. Existe antes da conduta.Ideia, deciso, preparao, execuo.* Dolo Concomitante Existe no desenrolar da conduta. Acontece ao mesmo tempo da conduta. Ex: Sequestro. * Dolo Subsequente Vem depois da conduta.Ex: Peculato mediante erro de outrem.Teorias do dolo:-Teoria da vontade: vontade livre e consciente de querer um resultado.-Teoria da representao: prevendo resultado e prossegue na conduta.-Teoria do assentimento: prev o resultado e prossegue na conduta, assumindo o risco.

DOLOSO: - cumulativo: querendo 2 resultado, progresso criminosa.- quis resultado: direto -> 1 grau: determinado, fim especfico 2 grau: abrange da conduta principal a conduta secundaria.-assumir o risco de produzi-lo: indireto-> eventual: no quis resultado mas assumiu risco.Alternativo: prev 2 ou mais resultados e assume o risco de produzir qualquer um deles.-Dolo genrico: no requer uma finalidade especifica, agente tem que querer praticar os elementos do crime -Dolo especfico: existncia do fim especifico. - fim especial agiu - elemento subjetivo especial tipo - elemento subjetivo especial injustoDolo deste crime consiste na vontade livre e consciente de querer, acrescido de elemento subjetivo especial injusto que seria com o fim de cometer crimes.(ESSES 5 TIPOS DE DOLO A SEGUIR A PROFESSORA APENAS CITOU).-Dolo dano: agente quer ou assume o risco, leso de um bem jurdico penalmente tutelado. ex: leso corporal : conscincia e vontade de ofender a sade corporal de outrem-Dolo perigo: o agente quer ou assume o risco, expor a perigo leso a bem jurdico. Ex: exposio de algum a contgio de molstia venrea -Dolo antecedente: o que subsiste desde o inicio da execuo do crime. Esse dolo suficiente para fixar a responsabilidade criminal do agente. -Dolo concomitante: o que subsiste durante todo o desenrolar dos atos executrios. -Dolo subsquente: ocorre quando o agente, tendo empreendido uma ao com intuito honesto, passa, em seguida, a proceder com m-f e pratica um crime. Ex: indivduo vem a saber que a cdula com que em boa-f pagou o seu credor falsa, e no cuida de substitui-la, mantendo-se reticente.

12.09.2011Crime Tpico (conduta, resultado, nexo causal, tipicidade) Ilcito/antijurdico Culpvel

CULPOSO Art. 18, II, CP.Culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudncia, negligncia ou impercia.Conduta voluntria, consciente, no querida, mas prevista ou previsvel. Com inobservncia do dever objetivo de cuidado (conduta que a maioria da sociedade tem).Embora no queira o resultado, o agente prev, porm no acredita na ocorrncia.- Espcies* Culpa Consciente O agente no quer o resultado, mas o prev e prossegue na conduta, acreditando que nada ocorrer.* Culpa Inconsciente O agente no quer o resultado, embora previsvel, no previu, agiu em negligncia.-Art. 121, 4- Art. 25- espcies: culpa concorrente: duas ou mais pessoas contriburam cupavelmente no ato, compensao. * Negligncia Culpa omissiva.* Imprudncia Culpa Ativa, concomitante.* Impercia Falta de aptido para o exerccio da funo.

PRETERDOLOSO ou PRETERINTENCIONAL art. 19, CP.Pelo resultado que agrava especialmente a pena, s responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.A pessoa age com dolo no crime antecedente e em culpa no crime consequenteEx: Leso corporal seguida de morte; Estupro seguido de morte.Art. 213, CP 2 Se da conduta resulta morte:Pena - recluso, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.CONDUTA COMISSIVAA conduta requer uma ao, ou seja, uma conduta ativa. Quando o agente faz alguma coisa que estava proibido.Ex: Art. 213. Constranger algum, mediante violncia ou grave ameaa, a ter conjuno carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso matar algum.

CONDUTA OMISSIVAQuando deixa de tomar determinados cuidados, ou deixa fazer alguma coisa a que estava obrigado. Ex: deixar de prestar socorro.-Omissivos imprprios (tambm chamados de comissivos por omisso e Crimes Esprios): s determinadas pessoas podem praticar (art. 13, CP -> tem o dever de agir). Garantidores ou garante. Assumir a responsabilidade. 2 - A omisso penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: a) tenha por lei obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia; b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrncia do resultado.- so aqueles em que, para sua configurao, preciso que o agente possua um dever de agir para evitar o resultado. Esse dever de agir no atribudo a qualquer pessoa, mas to-somente quelas que gozem do status de garantidoras da no-ocorrncia do resultado.- Omissivos prprios: o ncleo do tipo requer um no fazer- So os que objetivamente so descritos com uma conduta negativa, de no fazer o que a lei determina, consistindo a omisso na transgresso da norma jurdica e no sendo necessrio qualquer resultado posterior. Para a existncia do crime basta que o autor se omita quando deve agir.

ERRO NO DIREITO PENALFalsa percepo da realidade, um descompasso entre o que um agente queria e o que realizou.# Espcies de erro: erro de tipo e erro de proibioErro de tipoRecai sobre um ou mais elementos do tipo penal.Ex: Transportar drogas em autorizao; Ter conjuno carnal com menor de 14 anos; portar arma sem autorizao; subtrair coisa alheia mvel. Objetivamente h crime, mas para que seja assim considerada, deve ser levada em considerao a subjetivamente. Quando que ele se livra de qualquer responsabilidade?-Responsabiliza o agente de forma diferente.-Recai sobre a realidade, a pessoa se confunde diante dos fatos, confunde sobre os elementos do crime.

-Classificao de tipo:Erro de tipo essencial: Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punio por crime culposo, se previsto em lei.Ocorre o erro essencial quando ele recai sobre elementares, qualificadoras, causas de aumento de pena e agravantes, ficando-as excludas se o erro foi escusvel. Portanto, nesta forma, o agente no tem plena conscincia ou nenhuma de que esta praticando uma conduta tpica. Pode ser escusvel/incencvel (quando o resultado ocorre, mesmo que o agente tenha praticado toda diligencia necessria) e vencvel/inescusvel (quando o agente, no caso concreto, em no agindo com a cautela necessria e esperada, acaba atuando abruptamente cometendo o crime que poderia ter sido evitado. ex.: a pessoa ao sair pra caar a noite acaba atirando acreditando ser um animal e na hora era uma pessoa).Quando o erro de tipo essencial inevitvel exclui o dolo e a culpa.O crime culposo decorrente de erro tambm chamado de culpa imprpria ou por assimilao.

Erro de tipo acidental: O erro acidental, que recai sobre circunstncias secundrias do crime, no to importantes do tipo penal. No impede o conhecimento sobre o carter ilcito da conduta, o que por consectrio lgico no obsta a responsabilizao do agente, devendo responder pelo crime. Podendo ser erro sobre o objeto (atinge um objeto material que no deseja, responde pelo crime cometido), pessoa (atinge a pessoa errada, responde pelo crime desejado), execuo (falha na execuo atingindo um terceiro, responde pelo crime desejado), nexo causal (algum da uma facada na outra, acreditando que esteja morta tenta esconder um corpo jogando em um precipcio porem a vitima s vai morrer na queda e no na facada, responde por homicdio e no ocultao de cadver ), bem jurdico (atinge outro bem jurdico, sem ser o desejado, ex: algum tenta com uma pedra atingir uma janela porm atinge a cabea de algum, responde por dano culposo, absorvendo a tentativa de dano) e por fim erro causado por terceiro (erro que terceiro determinou, o crime, responde que levou o terceiro a cometer o crime).Diferente do erro do tipo essencial h dolo.1. Quanto pessoa:Guto querendo matar o pai matou um estranho. (Matar ascendentes e descendentes tem a pena aumentada).Pai a vtima virtual e o estranho, a efetiva.Guto responder pela vtima pretendida, e no pela vtima efetiva. Teoria finalista. Art. 20. 3 - O erro quanto pessoa contra a qual o crime praticado no isenta de pena. No se consideram, neste caso, as condies ou qualidades da vtima, seno as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.2. Erro na execuo (Aberratio Ictus ou erro da pontaria): Tambm responde pela vtima pretendida e no pela efetiva.3. Ato objeto: Responde pelo bem lesado, no considerando o pretendido. uma criao doutrinria, no constando no cdigo.4. Resultado Diverso do Pretendido (aberratio diminuis): Art. 75, CP.5. Erro sobre o nexo causal (aberratio causa):SimplesHomicdio QualificadoPrivilegiado6. Provocado Por Terceiro Art. 20, 2, CP.Autoria mediata.7. Descriminante Putativa*. So condutas que praticadas, ainda que tipificado o crime, no so imputadas, desde que inevitveis. Art. 20, 1, CP.* Do latim Putare que significa errar.Erro de proibioVoc se engana sobre erro daquela conduta.- Assim dispe o art. 21, caput, CP: "O desconhecimento da lei inescusvel. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitvel, isenta de pena; se evitvel, poder diminuir a pena de um sexto a um tero".-A ignorncia sobre a existncia da lei no exime a responsabilidade.- o erro de proibio erro do agente que acredita ser sua conduta admissvel no direito, quando, na verdade ela proibida. Sem discusso, o autor, aqui, sabe o que tipicamente faz, porm, desconhece sua ilegalidade. Conclumos, ento, que o erro de proibio recai sobre a conscincia de ilicitude do fato.- o erro de proibio um juzo contrrio aos preceitos emanados pela sociedade, que chegam ao conhecimento de outrem na forma de usos e costumes, da escolaridade, da tradio, famlia, etc.- No erro de proibio, o erro se diferencia da ignorncia ou da m compreenso legal. Pode-se ignorar a lei e ao mesmo tempo conhecer a norma.

14.09.2011Erro: no responder por crime nenhum ou ento ser responsabilizado mas com pena reduzida.Erro de tipo: essencial (art. 20) e acidental- Essencial: erro sobre elemento do crime exclui o dolo mas permite a sua punio por crime. -culposo: - prevista em lei - Avaliado o tipo de erro (intensidade): inescusvel/vencvel/evitvel: exclui o dolo mas no a culpa. Foi negligencia. Inevitvel/invencvel/escusvel: exclui o dolo e a culpa ou seja, exclui toda a responsabilidade. Ex: caador.-Acidental: erro que recai a dados perifricos 1) erro sobre objeto 2) erro sobre pessoa (considera a vitima pretendida) 3) erro na execuo (considera a vitima pretendida): aberratio ictus, art. 13 - resultado diverso do pretendido, aberratio criminis= quer dizer desvio do crime. Obs :A aberratio criminis muito se assemelha a aberratio ictus. O fator diferencial que na aberratio criminis, ocorre resultado diverso, ou seja, crime diverso. H, portanto, ofensa a bem jurdico diverso. 4) erro sobre nexo causal: aberratio causae, responde pelo resultado do crime. 5) erro provocado por terceiro: suponha-se que o mdico, desejando matar o paciente, entrega enfermeira uma injeo contendo veneno, afirma que se trata de um anestsico e fez com que ela aplique". Conclui-se que a enfermeira no agiu dolosamente, mas por um erro que terceiro determinou, neste caso apenas o mdico responde pelo crime de homicdio.

A PROFESSORA NO DEU AS DIVISES DO ERRO DE PROIBIO, MAS VOU COLOCAR AQUI!! -Erro de proibio direto: Este erro abrange a situao do autor desconhecer a existncia da norma proibitiva, ou, se o conhecimento obtiver, considera a norma no vigente ou a interpreta de forma errnea, conseqentemente, no reputa aplicvel a norma proibitiva. -Erro de proibio indireto: Neste caso, o autor possui o conhecimento da existncia da norma proibitiva, porm acredita que, em caso concreto, existe uma causa que, justificada em juzo, autoriza a conduta tpica. - Erro de proibio escusvel: Aqui no se deve reprovar a conduta do autor, pois, este no se encontra em situao de conhecimento do injusto do fato. Sendo assim, o erro de proibio invencvel deve ser, sempre, desculpvel. - Erro de proibio inescusvel: Neste caso, o agente tambm desconhece o injusto do fato, porm, possui por completo a condio de chegar conscincia da ilicitude do fato por conta prpria. Aqui o agente responde pelo crime doloso e h somente a possibilidade de atenuao da pena.

Descriminantes Putativas: alguns detalhes que exclui o crimeArt. 20, parag. 1: isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstncias, supe situao de fato que, se existisse, tornaria a ao legtima. No h iseno de pena quando o erro deriva de culpa e o fato punvel como crime culposo.Descriminantes: - legtima defesa - estrito cumprimento do dever legal -exerccio regular do direito -estado necessidadePutativa: putare- engano -erro (A PROFESSORA NO DEU ESSA PARTE, MAS PRA FACILITAR O ENTENDIMENTO TA AI)- Putativo (do latim putare) significa algo que se supe verdadeiro, embora, na verdade, no o seja. H uma incongruncia ou contradio entre representao ftica do agente e a situao objetiva ou real. No momento da conduta, o autor imagina ser esta no-ilcita, pois h a suposio de da existncia de uma situao falsa, fora da realidade ftica. No entanto, se tal situao existisse, a conduta do agente tornar-se-ia lcita.- Portanto, dois pontos extremos so as chaves para a compreenso das descriminantes putativas: o mundo real e o mundo imaginrio. As condutas praticadas na realidade das coisas apresentam sua ilicitude. Porm, no plano das idias, as mesmas teriam seu carter lcito."descriminante putativa uma causa excludente de ilicitude erroneamente imaginada pelo agente. Ela no existe na realidade, mas o agente pensa que sim, porque est errado"- 3 hipteses de erro nas descriminantes putativas: a) erro sobre os pressupostos fticos (supor situaes de fato) b) limites da causa de justificao c) existncia da causa de justificao (supor estar autorizado). 2 BIMESTRE19.09.2011Erro de ProibioNo h uma confuso mental. No se confunde com o desconhecimento da lei, seja parcialmente.Crime: fato tpico (conduta, resultado, nexo causal e tipicidade).

Resultado1) Teoria Naturalstica: uma alterao fsica do mundo exterior. Segundo essa teoria, o resultado nada mais que uma modificao que o agente provocou no mundo externo.2) Teoria Jurdica/Normativa: descreve o resultado como toda leso ou perigo de leso. O resultado a leso ao bem jurdico. bem simples, curto e grosso: lesou o bem, ou colocou-o em perigo de leso, a est o resultado. Se no h resultado, no h crime. diferente da Teoria Naturalista, em que pode haver crime mesmo sem resultado

Classificao dos crimes resultado:1) Materiais: resultado pretendido >consuma o resultado. (ex: estupro)2) Formais: consumam independente de o agente conseguir o resultado pretendido. Se alcan-lo, considerado escaurimento (fim do crime). (ex: corrupo passiva)3) Mera conduta: No pretende o resultado, naturalstico.

Crime dano: efetuado a conduta ilicitaCrime perigo: - concreto: perigo deve ser demonstrado -> pericia - abstrato: perigo presumido pelo legislador -> no precisa de periciaNexo CausalidadeNexo causal o vnculo existente entre a conduta do agente e o resultado por ela produzido; examinar o nexo de causalidade descobrir quais condutas, positivas ou negativas, deram causa ao resultado previsto em lei. Assim, para se dizer que algum causou um determinado fato, faz-se necessrio estabelecer a ligao entre a sua conduta e o resultado gerado, isto , verificar se de sua ao ou omisso adveio o resultado.Nexo da conduta e resultadoTeoria Equivalncia dos antecedentes causais ou conditio > FREIOSine quo non- Segundo a qual quaisquer das condutas que compem a totalidade dos antecedentes causa do resultado, como, por exemplo, a venda lcita da arma pelo comerciante que no tinha idia do propsito homicida do criminoso do comprador. Essa teoria costuma ser lembrada pela frase a causa da causa tambm causa do que foi causado. Contudo, recebe crticas por permitir o regresso ao infinito j que, em ltima anlise, at mesmo o inventor da arma seria causador do evento, visto que, se arma no existisse, tiros no haveria.Teoria da imputao objetiva: -Roxin -Causalidade objetiva -Nexo normativo, risco permitido ou proibido -Dolo ou culpa

26.09.2011Relao CausalidadeConcursas: pluralidade de causas, quando concorrem para um resultado. Absolutamente independentes (no h relao): - pr-existente: ex: A d veneno. B d um tiro. Morre efetiva foi o veneno, B responde por tentativa de homicdio- concomitante: acontece no mesmo momento. Ex: A d um tiro na mo e B da um tiro no corao.- superveniente: ex: A da um veneno, com isso a pessoa no pode se mover e cai um lustre na cabea dela. Morreu pela queda do lustre, ento h responde por tentativa de homicdio.Relativamente independentes:- pr-existente: A mata B de facada -> responde por homicdio consumado. B hemoflico (j existia -> morre da hemofilia- concomitante: Tiro -> homicdio consumado. Assusta e morre.- superveniente: -Art. 13, 1: - por si s: exclui imputao efetiva, sai da linha de desdobramento. Ex: Tiro -> leva uma pessoa ao hospital. No hospital o teto cai. A pessoa morre pela queda do teto. ->tentativa consumado - no por si s: Ex: A pessoa leva um tiro, e levado ao hospital. No hospital pega infeco e morre. -> homicdio consumado, pois caso no tivesse tirado o tiro (local aberto), no teria levado a infeco.

28.09.2011Crime: tpico (conduta, resultado, nexo causal, tipicidade), ilcito (antijurdico) e culpvel.

Tipicidade a relao de subsuno de uma conduta (fato concreto) a um tipo penal (previsto em abstrato).- Fato tpico, em um conceito formal, a descrio de uma conduta considerada proibida, para qual se estabelece uma sano. Um fato tpico aquele que se adequa a essa descrio.

Atpica: no subsume a nenhum tipo penal

EVOLUO DO CONCEITO1) Tipicidade formal: No primeiro momento. Subsuno da conduta ao tipo penal2) Tipicidade material: necessrio que haja uma tipicidade material (relevante leso ou perigo do bem jurdico)3) Tipicidade formal +tipicidade material+tipicidade conglobante (Zaffaroni)- A teoria da tipicidade conglobante do jurista argentino Eugenio Ral Zaffaroni, visa explicar a tipicidade (elemento integrante do fato tpico) para o direito penal. Essa teoria basicamente entende que o estado no pode considerar como tpica uma conduta que fomentada ou tolerada pela Estado. Em outras palavras, o que permitido, fomentado ou determinado por uma norma no pode estar proibido por outra. O juzo de tipicidade deve ser concretizado de acordo com o sistema normativo considerado em sua globalidade. Se uma norma permite, fomenta ou determina uma conduta no pode estar proibido por outra.

Tipicidade formal: adequao tpica por subordinao imediata ou mediata-Direta: o ajuste entre a conduta e a norma se d de forma direta, clara. Ex: art 121- Indireta: o ajuste da conduta depende de outra norma. Ex: mandar matarObs: No se deve confundir o tipo com a tipicidade. O tipo a frmula que pertence lei, enquanto a tipicidade pertence conduta.* Teoria do Domnio Final: uma teoria intermediria entre as teorias objetiva e subjetiva. considerada teoria objetivo-subjetiva. Podemos dizer que domnio do fato no pode ser considerado um conceito certo e determinado, de modo que as circunstncias do caso possam indicar quem o real dominador do fato, tambm chamado de senhor do fato. Autor aquele que detm o controle final do fato.

Ilicitude ou antijuridicidadeA legtima defesa considerada uma conduta tipo permissivo.

Ilicito: tem tpico contrario ao direito.

Excludentes de Ilucitude:- Causas de justificao, tambm conhecidos como: Tipos permissivos.Art. 23 - No h crime quando o agente pratica o fato:

Estado de Necessidade de Legitima defesa estrito cumprimento do dever legal exerccio regular do direito

10.10.2011Estado de NecessidadeArt. 24: Considera-se em estado de necessidade quem prtica o fato para salvar de perigo atual, que no provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito prprio ou alheio, cujo sacrifcio, nas circunstncias, no era razovel exigir-se.Requisitos objetivos: esto no art. 24, topos no tipo penal

2 Teorias:Diferenciadora: Se o bem salvo for mais importante que o bem sacrificado (s vai ter estado de necessidade). Se o bem sacrificado for maior que o bem poupado est-se diante de um estado de necessidade por exculpante.Unitria: A natureza jurdica do estado de necessidade excludente de ilicitude quando o bem sacrificado for igual ou de maior valor do bem poupado (Estado de necessidade justificante). O Brasil adota esta no seu Cdigo Penal.

Elementos Objetivos do Estado de Necessidade1) Perigo atual: pode advir de fenmenos da natureza, provocado por homem, ou animal;2) Que no provocou por sua vontade;Culposamente ou Dolosamente: uma corrente diz que existindo uma ou outra no h amparo de estado de necessidade; outra diz que s no doloso.3) nico meio;Se houver outra possibilidade, e escolheu-se o mais fcil no estado de necessidade.4) Direito prprio ou alheio;5) No era razovel exigir.Analisa a proporcionalidade do bem afetado.

Elementos Subjetivos do Estado de NecessidadeVoc tem que saber que est agindo em estado de necessidade.No esto presente no tipo penal, art. 24 (objetivos). Plena conscincia em que age em Estado de Necessidade.

Legtima defesaArt. 25, CP; Entende-se em legtima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessrio, repele injusta agresso, atual ou iminente, o direito seu ou de outrem.A reao deve ser a partir de uma agresso.Perigo (estado de necessidade) # Agresso (legitima defesa)Agresso (humana/animal) = ataque # provao.A provocao tem reflexos no crime, a pena pode ser diminuda, porem no se enquadra na legitima defesa. (Injusta provao).

26.10.2011

Legitima DefesaArt.25Objetivos:-Tem que haver uma agresso injusta ao bem jurdico, a pessoa ou a terceiros. No pode ser provocao, pois isso pode agravar ou diminuir a pena.- Tem que ser feita por ao humana, diferente do estado de necessidade que pode vir de uma ao da natureza, humana e animal.- atualidade ou eminncia da ao. Atualidade a ao esta acontecendo. Eminente est para acontecer.- Agresso tem que ser eminente, ou seja, ao esta para acontecer ou acontecendo. Os indicio do ato mostra que ir acontecer, todo percurso j se consumou.Obs.: Pode haver da legitima defesa contra animal, caso o dono do animal esteja utilizando o co como arma, o estingando a atacar. Considerado agresso, e aparado pelo dinheiro, foi utilizado pelo homem como uma arma.-Direito seu ou de outrem, garante a integridade fsica ou jurdica. -Os meios utilizados s podem ser os atos necessrios para a defesa. Exemplo melhor se usar uma barra de ferro no lugar de um revolver para se defender de uma facada, se escolher o revolver no estar aparado pela legitima defesa. S quando tiver o suporte de dois meios de defesa. Mas tem que fazer uma avaliao apesar de saber o que tem que se passar, por uma situao difcil.-Moderao: se usar o excesso no ato, a pessoa responder pelo excesso do ato. Tem que haver uma anlise delicada.

Subjetivo: eu tenho que saber que to agindo em legtima defesa.Obs: Se a inteno da pessoa era matar B desde o inicio, e da um tiro nas costas dela. No percebendo que o ato evitou que est matasse outra no pode alegar legitima defesa. No est aparado pela legitima defesa, pois eu no sabia que naquele tiro eu estava agindo em defesa de outra pessoa. Caso soubesse, estaria aparado pela legitima defesa.

Nos dois casos a seguir no possui um contedo especfico presente no CP

Exerccio Regular de Direito-Normal Penal em branco, no tem um assunto especifico -Praticar uma conduta permitida por lei em exerccio de um direito.- Uma pessoa que pratica uma conduta permitida por lei, no responde por crime nenhum. - Esbulhado Possessrio: quando um direito de um dono de terra tem para defender a prpria propriedade. Independentemente do que foi feito. Contem no CC. Vale resultar que tem que ter moderao.Ex: uma pessoa ver sua propriedade sendo invadida, o direito civil permite reagir. Usa os meios ao seu alcance para defesa. Nesse caso no respondo por leso corporal. Estou aparado pelo direito.TEM QUE TER MODERAO!! NO IR ALM, OS EXECESSOS SEMPRE SERO RESPONDIDOS!

Estrito Cumprimento de um Dever Legal-Normal Penal em branco.-Em regra, quem exerce so os agentes pblicos. Entretanto um que no agente pblico pode estar amparado pelo estrito cumprimento de um dever legal- quando a pessoa tem o dever de cumprir um determinado ato, mesmo que tenha que fazer aes que seriam considerados crimes. Que exerce esse poder legal agente pblico. Ex: policial fazer busca e apreenso em uma casa, em busca de drogas. No invaso.Obs: Normal Penal em branco aquela cujo o contedo se extrai de outras normas jurdicas.Exemplo: o crime de trafico de drogas, o legislador no disse o que droga. necessrio ver a portaria da vigilncia sanitria, l contm o que droga ilcita.Ex: peculato, apropria-se o funcionrio pblico de algo que tenha posse. Estagirio considerado funcionrio pblico? Temos que recorrer a outro artigo para saber quem considerado funcionrio pblico.

CULPABILIDADE: o juzo/grau de reprovao social que recai sobre a conduta do autor do crime.- A culpabilidade para a Teoria Bipartite no critrio. Se baseia no ato tpico e ilcito, ento o doente metal culpado, mas no responde.- A culpabilidade pressuposto necessrio para aplicao da penaNa Teoria Bipartite a culpabilidade um dos critrios chaves.- Doente mental cometeu um crime, para teoria tripartite no houve crime, pois faltou o elemento culpabilidade, pois no houve reprovabilidade. Para a Bipartite sim, pois preenche todos o requisitos (tipicidade e ilicitude), o que vai acontecer que ele no vai ser punvel, porque para ela a culpabilidade pressuposto da punio-Elementos da Culpabilidade: Imputabilidade: Capacidade mental Maturidade- A conduta s crime se tiver imputabilidade que ter capacidade mental, entendo o ato ilcito, e possurem maturidade. Quem no tem inteiramente essa capacidade mental, ou falta de maturidade sero as inimputveis com isso so ausentes de pena.-Os semi-imputaveis so pessoas que embora possuam perturbantes mentais no eram inteiramente incapazes. Respondem pelo crime com a pena diminuda de 1/3 q 2/3Obs: Embriagus, art. 28- Se a embriagues de caso fortuito ou fora maior ele isento de culpabilidade. Quando fora maior pode ser exemplo, obrigaro a pessoa a beber at que fique inteiramente incapaz de fazer com que a pessoa cometa algo.-Se a pessoa por mesmo motivo de fora maior, mas a pessoa no est inteiramente incapaz, s ter a pena diminuda.-Os demais casos no ocorrem diminuio ou no responder.A EMBRIAGUS NO RETIRA A IMPUTABILIDADE DA PESSOAObs: Os menores de idade e os inteiramente incapazes, por ter doena mental no respondem por no ter maturidadeEMOO E PAIXAO NO EXCLUEM CRIME (art. 128, I). -A EMOO costuma-se definir como uma perturbao afetiva de breve durao, mas de forma intensa, que surge de curto-circuito, como reao a determinados atos circundantes e que, ao romper os freios inibitrios do indivduo, predomina sobre seu comportamento (ira, alegria, medo, coragem). J a PAIXO, como estado psquico similar, tem carter duradouro e intenso ( amor, cime, dio).-O art. 28, I, declara expressamente que a emoo e a paixo no eliminam a capacidade de entender o carter ilcito do fato. Excluem-se os casos patolgicos.-A emoo e a paixo pode atenuar a pena do homicdio e da leso corporal (sob o domnio de violenta emoo).

INTER CRIMINIS> Interna Cogitao> Preparao Fase Externa Direito Penal no interfere.- Atos preparatriosEx: Aquisio de revolver preparao do cativeiro- Em geral > Execuo Fase Externa- Atos executrios: inicio da agressoO agente comea a realizar o ncleo do tipoNo homicdio isto vem a ser o TiroH interferncia do direito penal.> Consumao Fase externaCrime consumadoA conduta criminosa se realiza

EXAURIMENTO No integra o Inter Criminis que se encerra com a consumao.Vai alm da consumao. J afetou o bem jurdico e continua a faz-lo. Tambm chamado de crime esgotado ou crime exaurido.Aps a consumao subsistem outros efeitos lesivos.Ex: recebimento do valor no crime de sequestro.Influi na dosimetria da pena.

TENTATIVAArt. 14, II, CPIniciada a execuo, mas o crime no se consume por circunstncias alheias vontade do agente. A punio da tentativa consiste na pena do crime consumado diminua de 1/3 a 2/3.TRANSIO DOS ATOS PREPARATRIOS PARA EXECUTRIOSUm dos mais rduos problemas, pois no fcil estabelecer este momento de transio. Para tanto existem algumas Teorias por critrios:Critrio Material A execuo se inicia quando a conduta coloca em risco o bem jurdicoCritrio Formal-Objetivo S h inicio da execuo quando o agente pratica alguma conduta que se amolda ao ncleo do tipo.O primeiro demasiadamente amplo e o segundo excessivamente restrito. No h soluo.

ESPECEIES DE TENTATIVA

BRANCA - Ou incruenta O objeto material no atingido. VERMELHA Ou cruenta O objeto material atingido, mas o crime no se consume. PERFEITA Acabada ou Crime falho O agente esgota todos os meios que tinha, mas no consegue consumar o ato. Pode ser cruenta ou incruenta IMPERFEITA inacabada ou tentativa propriamente dita - O agente NO esgota todos os meios que tinha, mas no consegue consumar o ato.

CRIMES QUE NO ADMITEM TENTATIVATem a ver com o carter Plurissubsistente do delito aquela que passa por vrias etapas, possuem o Inter Criminis. Se alguma delas no se completar se torna tentativa.- Crimes Culposos: como o resultado no querido seria contraditrio admitir-se incio da execuo.- Crime Preterdoloso: Crime que h dolo no antecedente e culpa no consequente.- Crimes Unissubsistentes: Conduta realizada mediante um nico ato (orais)

DESISTNCIA VOLUNTRIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ Art.15, CPO agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execuo ou impede que o resultado se produza, s responde pelos atos j praticados.Na desistncia voluntria a pessoa inicia a execuo, mas desiste voluntariamente, tem meios para prosseguir, no esgotou o Inter Criminis. Requisitos: Voluntariedade e Eficcia Efeitos: Responde pelos atos praticados se tpicos.Na tentativa a pessoa quer consumar o crime, mas no pode por algum impecilho.No arrependimento Eficaz o sujeito esgota todos os meios disponveis, arrepende-se e evita o resultado. Requisitos: Voluntariedade e Eficcia Efeitos: Responde pelos atos praticados se tpicos.

ARREPENDIMENTO POSTERIOR Art. 16, CPNos crimes cometidos sem violncia ou grave ameaa pessoa, reparado o dano ou restituda a coisa, at o recebimento da denncia ou da queixa, por ato voluntrio do agente, a pena ser reduzida de um a dois teros.

Requisitos: Reparao integral do dano ou restituio intacta da coisa.

CRIME IMPOSSVEL - Art.17, CPNo se pune a tentativa quando, por ineficcia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, impossvel consumar-se o crime.

CONCURSO DE PESSOAS Art. 29, CP (Teoria Monista Quem concorre para um crime, responder pelo mesmo crime Regra no Brasil)Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 1 - Se a participao for de menor importncia, a pena pode ser diminuda de um sexto a um tero. 2 - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe- aplicada a pena deste; essa pena ser aumentada at metade, na hiptese de ter sido previsvel o resultado mais grave.Um crime pode ser cometido por uma ou mais pessoas. Assim podemos perceber a existncia de uma classificao.Unissubjetivo ou Monossubjetivo (ou de concurso eventual) so aqueles que podem ser praticados por apenas um sujeito, entretanto, admite-se a coautoria e a participao.Plurissubjetivo (ou de concurso necessrio) so aqueles que exigem dois ou mais agentes para a prtica do delito em virtude de sua conceituao tpica. Eles subdividem-se em trs espcies de acordo com o modus operandi: - crimes de condutas paralelas: quando h colaborao nas aes dos sujeitos, - crimes de condutas convergentes: onde as condutas encontram-se somente aps o incio da execuo do delito, pois partem de pontos opostos e;- crimes de condutas contrapostas: onde as condutas desenvolvem-se umas contra as outras.Requisitos para o Concurso de Pessoas1 - Pluralidade de condutas2 - Relevncia causal de conduta3 - Vnculo subjetivo (Liame Subjetivo) Acordo que tem haver com o nexo de causalidade. Quando no h o liame subjetivo, chama-se de autorias colaterais.4 - A colaborao tem que ser anterior ou durante o crime, e no aps.5 - Homogeneidade do elemento subjetivo todos os agentes devem agir do mesmo jeito. Todos com dolo ou com Culpa. Se uns agirem com culpa e outros com dolo, no h Concurso de Pessoas.O Brasil tambm adotou a Teoria Pluralista como exceo. Para julgar alguns casos, por exemplo, os de corrupo ativa e passiva. Mesmo que duas ou mais pessoas concorram para o crime, respondero por crimes diferentes.

Autor Aquele que cometeu o ncleo (verbo) do tipo.Co-Autor Aquele que comete o ncleo com o Autor.Partcipe Quem no cometeu o ncleo do tipo, mas participa. Quem de alguma forma concorre para o crime. Moral Quem incentiva. Material Quem fornece os mecanismos.Segundo a Teoria de Hans Welzel o mandante tem o domnio do fato, e chamado de autor mediato.

PENANo direito brasileiro existem vrias espcies de pena. As principais so:- Privativas de Liberdade- Recluso aplicada para os crimes mais graves.- Deteno para os crimes mais brandos.- Priso Simples.Regime de Cumprimento de Pena:A execuo dessa pena muito dinmica, e adota um sistema progressivo.Regime Fechado Cumprem em penitencirias, depois de1/6 da pena, pode trabalhar.Regime Semiaberto Cumprem penas em Colnias que podem ser agrcolas ou industriais. Pode sair para trabalhar, inclusive fora da colnia e sem vigilncia. Nesse regime, tm direito a cinco sadas por ano, de at sete dias, para visitar a famlia. No confundir com o induto. Induto como o de natal perdo de pena.Regime Aberto O apenado no precisa dormir na colnia, mas precisa dormir na casa do albergado, onde no pode ter grades, muro alto. Precisa necessariamente ter um emprego.O trabalho que o apenado executa remunerado, e a cada trs dias trabalhados, se abate um dia da pena.Depois de 1/6 de pena cumprido, com bom comportamento, receber benefcios, ou seja, passar para o prximo regime. A recluso, necessariamente inicia o cumprimento da pena no regime fechado, na deteno no regime semiaberto.Quando a pena superior a 8 (oito) anos inicia a pena em regime fechado, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos no regime semiaberto e menos 4 (anos) regime aberto. - Art. 33, CP.

DETRAO E REMIORemio: Doze horas de estudo, abona um dia de abatimento de pena.Detrao: Quando a pessoa fica presa antes do julgamento sero computados na pena cominada na sentena.

SURSIS Art. 77, CP Quando o crime no for superior a dois anos pode acontecer o SURSIS (Suspenso condicional da pena). Pode variar de 2 a 4 anos. necessrio que apenado cumpra alguns requisitos: no reincidncia de crime, doloso, culpabilidade e outros.Por conta da lei 9.099/95 pouco se usa o SURSIS atualmente.LIVRAMENTO CONDICIONAL Art. 83, CP. Quando o apenado, prximo do fim de sua pena, poder ter o LIVRAMENTO CONDICIONAL, com algumas condies. No caso do no cumprimento sua pena retorna ao estado anterior. Geralmente o LIVRAMENTO CONDICIONAL coincide com o regime aberto. Se o condenado no for reincidente em crime doloso e cumprida 1/3 da pena.Privativa de liberdade IGUAL ou SUPERIOR a 2 (dois) anos.

- Restritivas de Direito Conhecidas como penas alternativas.No h privao de liberdade. Criadas em decorrncia da falncia da pena de priso, pois o problema da priso a prpria priso.Lei 9.714/98 Alterou a parte geral do CP. Substituio das privativas de liberdade por restritivas de direito.Requisitos:tempo Crimes dolosos igual ou inferior a 4 (quatro) anos. Crimes culposos qualquer que seja a pena. Subjetivos No reincidente em crime doloso Culpabilidade

Penas Prestao Pecuniria Art. 45, 1. Critrios para valorao Art. 59, CP. 2 - pode ser convertida em prestao de outra natureza. Perda de bens e valores Art. 45, 3. O pagamento vai para o FUNPEN, Fundo Penitencirio Nacional. Na medida do prejuzo causado ou ganho obtido, o que for maior. Prestao de servios comunidade ou entidades pblicas Art. 46, CP. Aplica-se a penas superiores a seis meses de privao de liberdade. Uma hora por dia pelo tempo que duraria a pena de recluso. Pelo descumprimento pode retorna recluso. Interdio temporria de direitos Art. 47, CP. As penas de interdio temporria de direitos so: I - proibio do exerccio de cargo, funo ou atividade pblica, bem como de mandato eletivo; II - proibio do exerccio de profisso, atividade ou ofcio que dependam de habilitao especial, de licena ou autorizao do poder pblico; III - suspenso de autorizao ou de habilitao para dirigir veculo; IV - proibio de frequentar determinados lugares;V proibio de inscrever-se em concurso, avaliao ou exames pblicos. Limitao de final de semana - Art. 48, CP - A limitao de fim de semana consiste na obrigao de permanecer, aos sbados e domingos, por 5 (cinco) horas dirias, em casa de albergado ou outro estabelecimento adequado. Pargrafo nico - Durante a permanncia podero ser ministrados ao condenado cursos e palestras ou atribudas atividades educativas.

- Multa

31.10.2011Potencial Conscincia da ilucitude- a avaliao do conhecimento de pessoa sobre se sabia ou no do ato de ser ilicitude. Pode ter culpa ou no. No haver culpa. Havendo uma pouca conscincia da ilucitude. Mas caso tenha uma potencia conscincia da ilicitude, este pode ser feito. Neste caso ou a pessoa pode ter interpretado mal a lei ou no conhecer a lei.Ex 1: Pai rude, do interior, para educar o filho pode leva-lo a leso corporal => ser que ele tem culpabilidade? Tem potncia conscincia da ilicitude? NO TEM ESSE CONHECIMENTO => quer apenas educar, para o bem do filho.Ou seja, tem que levar em conta a condio social!Ex 2: Meu pai que mora na capital com instrues? SIMEx 3: Alemo (do interior da Alemanha) no Brasil, fumando maconha, no tem instruo?*No confundir o desconhecimento da lei. No caso, h uma m interpretao da lei => ERRO DE PROIBIO!

Exigibilidade de conduta diversa-Para que haja crime necessrio que se possa exigir da pessoa uma conduta diferente.Ex: Professo manda Helosine matar Francimildes, caso no quebrava a sua bicicleta. Helosine diante disso, obedeceSer que essa conduta seria aceita? Ou se exigiria outra conduta dela? Helosine responde por crime =>H culpabilidade, reprovabilidade.Suas excludentes: Coao irresistvel: ou sua vida ou a dela art. 22 - so causas legais. - coao: Moral ou Fsica (vcios corporais) > voluntariedade Obedincia hierrquica: agentes pblicos, art. 22. - delegado (superior hierrquico) aos investigadores => Manda aplicar um corretivo em algum. DEPENDE DA ORDEM! - Se a ordem for manifestao ilegal ao subordinado no deve cumprir. Caso cumpra, responde o autor e o executor. Sendo a pena do autor aumentada e o executor diminuda.

NESSES CASOS NO H EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.PUNIDO O AUTOR DA ORDEM.

Ex::Professora manda Helosine matar Francimildes, e da para ela uma arma em sua mo. Helosine disse que no, diante disso a professora coloca a mo de Helosine por baixo e atira. No se fala de coao irresistvel, pois no ouve voluntariedade.

*Obedincia Hierarquica: quando a ordem no for manifestao ilegal- Colocar algema. O policial no tem esse conhecimento e confia na ordem do delegado. Responde apenas o autor

Ex: aborto de feto anencefalo => causa de excludente de exigibilidade. Ta amparado

*Paixo e Emoo no exclui a culpabilidade CONCLUSO DO ESTADO DO CRIME !

CONCURSO DE PESSOAOs crimes se dividem em:- Monos subjetivos: aqueles que podem ser praticada por uma nica pessoa. Ex.: Homicdio-Pluris subjetivos: no podem ser cometidos por mais de uma pessoa. Ex: quadrilha ou bando, art. 288.

TEORIAS: caso=> 3 bandidos (quadrilha) planejam um roubo, porm 1 comete a conduta tpica, os 2 ficam vigiando1) Monista: art. 29, CP. Teoria adota pelo no CP em regra. Todos respondem pelo mesmo crime. Porm pode analisar a sua participao, a culpabilidade da conduta na aplicao da pena-exceo: aborto e corrupo- Aborto: namorado influencia => participao, enfia o remdio => co-autoria -Corrupo: Multa de Transito: oferece dinheiro e o guarda aceita. A pessoa que oferece responde por corrupo ativa, a pessoa que aceita corrupo passiva 2) Pluralista: Ainda que 2 pessoas pratiquem a mesma conduta crime, conduta ilegal. Os dois respondem por crimes diferentes. Foi recepcionada no CP nos casos de exceo 3) Dualista: No precisa ver porque no adotada pelo nosso CP

-Todo crime possui um ncleo, chamado de ncleo do tipoEx: art. 121- homicdio, art. 155-furto

Co-autoria: quando mais de uma pessoa praticam o ncleo do tipo. A culpabilidade igualParticipao: contribuiu para o crime mas no praticou o ncleo do tipo. A culpabilidade menor.

07.11.2011

Requisitos -pluralidade de condutas - relevncia causal da conduta - vnculo (liame subjetivo) - colaborao anterior ou durante a conduta - homogeneidade do elemento subjetivo

Concurso de Pessoas:

Autor Conceito amplo: no existe diferena entre os dois. So todas aquelas pessoas que concorrem para execuo do crime. Conceito restrito: o autor realiza o ncleo do tipo, e o co-autor participaCo-autor da execuo.

Partcipe: colaborao de menor importncia, pode ser tanto de forma moral ou fsica/material.

*Outro tipo de autoria:Autoria Mediata: da Teoria do Dominio Final do Fato (Hans Welzel)Aquela pessoa no praticou o ncleo do crime/execuo do crime, porm vai responder como autora e na partcipe. Ex 1: o mandante do crime, pois ele possui o domnio da situao.Ex 2: utilizar um doente mental para realizar aquele crime pois no tem coragem.

Autoria Colateral: 2 pessoas inimigas de outra. Em um mesmo momento decidem mat-lo, no h concorrncia de pessoa, pois no h vinculo, no foi algo combinado. Diante disso ir ser verificado quem realmente matou, 1 ir responder por homicdio e o outro por tentativa de homicdio.

Art. 29, p.p.: S ser crime se tiver sido consumado/tentado

Comunicabilidade das circunstncias e elementares

Elementar: - dados essncias na estrutura do crime - crime de infanticdio: matar sob influencia do estado puerperal o prprio filho. Elementar: sob influencia do estado puerperal

Vem expresso em uma frase ou expresso. Se retirada do crime faz uma enorme diferena. tal importante na estrutura do crime que se retirada muda o crime, ou nem mais crime.

Circunstncia: - Dados acessrios, no fazem parte do (caput) do crime Ex: crime de homicdio Caput: matar algum - motivo de relevante valor social, violenta emoo => pena diminuda. - motivo ftil => pena aumentada

Ex: Marido com amigo combinam de ir para casa beber, ao chegar o marido pega a mulher na cama com outro. O marido comea a bater na mulher e o amigo ajuda. A mulher morre. O marido e o amigo respondem por homicdio em concurso de pessoaAnalise: Marido: efeito de forte emoo => diminui a pena Amigo: no estava com efeito de forte emoo => no diminui a pena

Art. 30: No se comunicam ( se estendem) carter pessoal Salvo: elementares.

Ex: Peculato: Apropriar-se o funcionrio publico (elementar) de objeto que tenha a posse Apropriao indbita: apropria-se de objeto que tem a posse. Ex: caso Bruna ajuda a professora a apropria-se de um notebook.

09.11.2011

Concurso de crimes: comete 2 ou mais crimes.Art. 69 e 70, CPEx: Homicdio de 2 pessoas, duas vitimas diferentes. Estupro e roubo, dois crimes diferentes.

Concurso Material: - art. 69, CP: mais de uma ao ilcita ou omisso. Pratica de dois ou mais crimes idnticos ou no. - aplica-se as penas cumulativamente, cumulo material.

Obs: Os psicopatas na analise da pena, o total a pena foi 100 anos, porem no Brasil pode no Max. 30 anos, porem os benefcios sero contados pela pena de 100 anos e no de 30.

Concurso Formal: - art. 70Prprio: 1 ao ou omisso, pratica de 1 ou mais crimes idnticos ou no.Pena: se for idnticos, conta-se a pena de 1 s crime, sendo ele aumentado de 1/6 1/2 Se for diferente, conta-se a pena mais grave e aumenta de 1/6-1/2 da menos grave.Pena: exasperao penal, utilizao de 1 crime, sendo ela aumentada.Imprprio: pena cumulativa, pois foi querido os dois crimes. No existe crime culposo nesse caso.

Ex: Diferena do Proprio X Improprio => crime doloso-Homicidio: 2 pessoas, 1 bala, queria matar apenas 1. Vai ser crime doloso pra um e crime culposo para outro-Homicidio: 2 pessoas, 1 bala, queria matas os 2.

Iter crimes (caminho de um crime)Crime Consumado X Tentado: exauridoArt. 14, diz-se o crime:I- Consumado, quando nele se renem todos os elementos de sua definio legal.II- Tentado, quando iniciada a execuo no se consuma, por circunstancia alheia a vontade do agente.

Tentado X Desistncia voluntria

Fases do crime: 1) Cogitao (pensando, deciso), tem crimes em que no existe essa fase2)Preparao (comprar, preparar para execuo do crime), tambm h crimes em que no existe essa fase3)Execuo, crime consumado/tentado

1) Cogitao: fase interna, irrelevante para o direito penal. H reprovao moral. Pode vigiar mas no pode instaurar um inqurito.2) Preparao: a deciso sai da mente e inicia-se a preparao. O direito penal no interfere. Obs: ameaa conta, arma, posse ilegal de arma- conta, veneno-no conta3) Execuo: uma das questes mais rduas.- Qual essa passagem da preparao para execuo?Qual o momento da consumao? 3 teorias (ex:roubo)1)Momento em que se apropria-se.2)Sai da esfera de vigilncia da pessoa3)Quando se tem a posse tranqila.

-Suma importncia: NO H MOMENTO EXATO, para saber se a conduta vai ser punvel ou no.

Doutrina:

Critrios: Material Formal-objetivo Geral

1) Material: quando pratico qualquer ato que pe em risco o bem jurdicoDEMASIADO AMPLO2) Formal-Objetivo: tem inicio a partir de alguma conduta que se amolde ao verbo.DEMASIADO RESTRITO3) Geral: inicia a partir dos atos imediatamente anteriores consumaoResumindo: consuma-se o crime quando presentes elementos definidos tipo

Exaurimento do crime: mais crime formal, crime exaurido

*Corrupo passivaExaurimento: recebimento do dinheiro- Vai um pouco alm do crime, o crime j se consumou-Qual a conseqncia?*func. Public- solicitou mas no recebeu => pena diminudaFunc public- solicitou e recebeu => pena aumentada

CRITRIO DO JUIZ!

14.11.2011

Espcies de Tentativa

- Perfeita ou crime falho: Ex: A querendo matar B acerta, mas no mata.Esgota todo iter criminis*Tentativa Cruenta: a vtima atingida.-Imperfeita: o agente no consegue ir at o final por circunstncia alheias sua vontade. Ex: algum interrompe*Tentativa Incruenta: a vtima no atingida

Punibilidade da Tentativa-Pena do crime consuma