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1 APOSTILA DA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E MATERIAIS DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE UMUARAMA 2009

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APOSTILA DA DISCIPLINA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E MATERIAIS DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE

UMUARAMA

2009

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1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO Na pré história já acontecia a industrialização quando o homem polia a pedra para transformá-la em ferramentas. O artesão foi o primeiro a produzir organizadamente. Com o passar do tempo o artesão foi sendo substituído pela indústria. Neste caso podemos citar a evolução da produção em pequenas para grandes escalas, como a produção em série e utilizando cada vez mais a tecnologia para produzir mais com menos recurso, ou seja, buscando sempre maior produtividade para ter mais competitividade de mercado. A cultura de melhoria contínua através de técnicas sofisticadas sempre ocorreu através do tempo. A industrialização são atividades que levam a transformação de um bem tangível para outro com maior utilidade. Com a revolução industrial surge a necessidade de padronização em massa, a preocupação era produzir o máximo. O Japão após a Segunda Guerra Mundial desenvolvem estratégias empresariais, voltada para exportação e conquistar o mercado mundial. O americano estava atrelado em quantidade de produção e o Japonês se preocupava em atender em qualidade. As empresas foram obrigadas a ouvir o mercado e saber o que o mercado quer. Isto define e revoluciona todo o processo industrial onde as empresa começam a traçar estratégias competitivas, como: inovação, flexibilidade, custo competitivo, qualidade, produtividade.

2 - O PLANEJAMENTO EMPRESARIAL Auxilia no andamento eficaz da empresa, diz respeito ä capacidade de planejar as atividades, principalmente no sentido de fazer agora para chegar depois ao lugar ou situação desejada. Fatores para o planejamento da micro e pequena empresa

- Facilidades em adequar as novas situações - Relacionar diretamente com os clientes - Expansão de mercado - Diferencial da empresa - Recursos disponível - Sazonalidade - Parcerias com outras empresas - Tecnologia e informática

Benefícios do planejamento

- Maior produtividade - Melhora o direcionamento da empresa - Antecede fatos importantes - Reduz a margem de erro

Etapas do planejamento

- Reconhecimento da situação atual - Definição da situação ideal desejada - Identificação do que falta para chegar lá - Levantamento de solução possíveis - Escolha da melhor solução - Organização dos recursos e atividade para executar - Implantação ou ação - Controle ou acompanhamento

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3 ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO

As empresas buscam um melhor posicionamento competitivo nos mercados mundiais, mas principalmente quanto se trata de micro e pequenas empresas, a preocupação é a sua sobrevivência, e para isto deve ter todas as informações necessárias para antever os acontecimentos. 3.1 CONCEITO DA ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO Área da administração que cuida dos recursos físicos e materiais que realizam o processo produtivo. Seu objetivo é alcançar a eficiência e eficácia com efetividade, sendo seus fatores e recursos: Fatores:

� Insumos – matéria-prima qualificada e mais barata; � Trabalho – mão-de-obra adequada, reciclada e atualizada; � Capital – dinheiro (investimento);

3.2 SETORES DA PRODUÇÃO e SETORES DA ECONOMIA SETORES DA PRODUÇÃO

O setor primário (no Brasil), ou sector primário (em Portugal), é o conjunto de atividades econômicas que produzem matéria-prima. Isto implica geralmente a transformação de recursos naturais em produtos primários. Muitos produtos do setor primário são considerados como matérias-primas levadas para outras indústrias, a fim de se transformarem em produtos industrializados. Os negócios importantes neste setor incluem agricultura, agronegócio, a pesca, a silvicultura e toda a mineração e indústrias pedreiras.

As indústrias fabris em sentido diversificado, que agregam, embalam, empacotam, purificam ou processam as matérias-primas dos produtores primários, normalmente se consideram parte deste setor, especialmente se a matéria-prima é inadequada para a venda, ou difícil de transportar a longas distâncias. émbora o tráfego atualmente está um caos, vale a pena produzir alimentos para a subsistencia e comercializar. Segundo a nomenclatura econômica, o "setor primário" está dividido em seis atividades econômicas:

• Agricultura - Pecuária - Extrativismo vegetal - Caça - Pesca - Mineração

O setor secundário é o setor da economia que transforma produtos naturais produzidos pelo setor primário em produtos de consumo, ou em máquinas industriais (produtos a serem utilizados por outros estabelecimentos do setor secundário).

Geralmente apresenta porcentagens bastante relevantes nas sociedades desenvolvidas. É nesse setor, que podemos dizer que a matéria-prima é transformada em um produto manufaturado. A indústria e a construção civil são, portanto, atividades desse setor. Existe grande utilização do factor capital.

O setor terciário (no Brasil) ou sector terciário (em Portugal), também conhecido como setor serviços, no contexto da economia, envolve a comercialização de produtos em geral, e o oferecimento de serviços comerciais, pessoais ou comunitários, a terceiros.

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Definição O setor terciário é definido pela exclusão dos dois outros setores[1]. Os serviços são definidos na literatura econômica convencional como "bens intangíveis".

O setor terciário é o setor da economia que envolve a prestação de serviços às empresas, bem como aos consumidores finais. Os serviços podem envolver o transporte, distribuição e venda de mercadorias do produtor para um consumidor que pode acontecer no comércio atacadista ou varejista, ou podem envolver a prestação de um serviço, como o antiparasitas ou entretenimento. Os produtos podem ser transformados no processo de prestação de um serviço, como acontece no restaurante ou em equipamentos da indústria de reparação. No entanto, o foco é sobre as pessoas interagindo com as pessoas e de servindo ao consumidor, mais do que a transformação de bens físicos.

As últimas décadas foram marcadas por importantíssimas conquistas científicas e fantásticas inovações tecnológicas, que acabaram por provocar profundas transformações no estilo de vida das pessoas. Diante dessa conjuntura as empresas, que vendem excelência, trataram de reinventar as suas estruturas.

SETORES

Ao Primeiro Setor, representado pelo Governo, cabe a missão de dar oportunidades (iguais) para que a população tenha acesso a serviços públicos de excelente qualidade, como uma das formas de eliminar o perverso abismo que separa a ilha dos ricos do oceano dos pobres. A política de desenvolvimento econômico deve privilegiar a geração de empregos e a melhoria da distribuição de renda, como pré-requisitos para que o país melhore a sua classificação no ranking mundial do IDH - índice de desenvolvimento humano.

Na iniciativa privada vamos encontrar o Segundo Setor, que tem no lucro a sua singular motivação. Estatísticas divulgadas pela imprensa comprovam que o índice de mortalidade de pequenas empresas tem sido excessivamente elevado. Entre as causas desses tropeços destacam-se falhas de planejamento e de pesquisas de mercado, recursos financeiros insuficientes para capital de giro, inexperiência em gestão empresarial e relacionamento insatisfatório junto à clientela. Apostar na melhoria contínua do processo é uma das mais inteligentes estratégias gerenciais.

No Terceiro Setor encontram-se os mais diversos tipos de instituições sem fins lucrativos e os investimentos em projetos sociais desenvolvidos pela iniciativa privada. Este setor,que movimenta bilhões de dólares mundialmente e gera milhões de empregos,tem como objetivo maior tornar a sociedade mais justa economicamente e mais igualitária socialmente. A importância do tema nos leva à uma reflexão sobre o editorial da revista "Falando de Qualidade" (edição de 04/2004): "Tem como base de sustentação a ética, que se expressa por meio dos princípios e valores adotados pela organização,pois não adianta remunerar mal os funcionários, corromper a área de compras dos clientes, pagar propinas aos fiscais do governo e, de outro lado, desenvolver programas junto a entidades sociais da comunidade. Esse comportamento não segue uma linha de coerência entre o discurso e a ação."

O Quarto Setor, sinônimo da economia informal, sobrevive através de criativos artifícios para fugir das garras do leão do imposto de renda. Com passaporte multinacional, o setor não tem preconceito, não discrimina e não provoca exclusão social, profissional, racial, eleitoral, empresarial ou digital.

Recursos:

� De materiais (adm. De produção); � Financeiros (adm. Financeiro); � Humanos (adm. De pessoal); � Mercadológicos (adm. Mercadológica); � Administrativo (adm. Geral);

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3.3 - ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Segundo Chiavenato, pg. 208, o desenho ou estrutura organizacional decorre da diferenciação de atividade dentro da empresa. Ou seja, a empresa é dividida em departamento, áreas no qual cada uma tem suas atividades sendo representada por um organograma.

organograma

Obs. “Aplicar aquilo que conhecemos e buscar aquilo que não conhecemos.” - Base do Administrador. 3.4 - CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS / SERVIÇOS Área produtiva é classificada em produção de bens tangíveis e intangíveis: Bens tangíveis: De consumo Duráveis (geladeira) Semiduráveis (roupas) Perecíveis (alimentos) De produção Equipamentos industriais Bens intangíveis ou serviços Prestadores de serviços 3.5 COMPONENTES DOS PRODUTOS / SERVIÇOS A. Embalagem: madeira, plástico, vidro, etc...

- Tem as funções técnicas sobre o produto; - Tem as funções logísticas sobre o transporte e armazenagem; - Tem as funções de comunicação, ou seja, as orientações ao consumidor;

B. Qualidade: interna e externa C. Custo: custo de produção, custo de armazenagem/estocagem e custo de distribuição.

- Custo de produção – direto e indireto: Direto – materiais (insumos) e mão-de-obra (direta); Indireto – despesas gerais de produção e despesas de mão-de-obra indireta; - Custo de armazenagem / estocagem: Aluguel de deposito / salário;

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Seguro / despesas financeiras; Máquina / equipamentos de movimentação; - Custo de distribuição: Transporte.

3.6 DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS / SERVIÇOS Estudo e pesquisa, criação, adaptação, melhorias na empresa. Levar em consideração os seguintes passos

para desenvolvimento de novos produtos: geração da idéia, especificações funcionais, seleção do produto, projeto preliminar, construção do protótipo, testes, projeto final, introdução e avaliação. 3.7 - SISTEMA DE PRODUÇÃO O sistema produtivo pode ser exemplificado da seguinte forma: Processo Produtivo Almoxarifado Produção Almoxarifado/ Entrada de matérias-primas máquinas, mão-de-obra depósito de Saídas Materiais e equipamentos prods acabados Fornecedores Clientes Produção Sob encomenda em lotes contínua pedido volume volume 3.8 - O IMPACTO NA TECNOLOGIA DO CONHECIMENTO E EQUIPAMENTO Implementação da informática na empresa com intuito de dinamizar e otimizar tempo nas informações de dados. Tecnologia no processo produtivo trazendo otimização de recursos, buscando maior eficiência na produção como rapidez, qualidade, segurança e produção. Nas áreas do: Conhecimento:

- Mão-de-obra não qualificada; - Mão-de-obra qualificada; - Mão-de-obra especializada;

Equipamento:

- Com tecnologia – intensiva; - Com média tecnologia;

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3.9 - CAPACIDADE INSTALADA E CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Capacidade instalada - é a capacidade máxima que a empresa comporta produzir. Capacidade de produção - é a capacidade instalada com os recursos: materiais, humanos e financeiros. *obs. Para calcular esta capacidade terá que levar em consideração os seguintes itens: Medidas de tempo: Homens hora de trabalho; Carga horária da maquina; Tempo de atendimento; 3.10 - LOCALIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES

� Proximidade Da Mão-De-Obra; � Proximidade Da Matéria-Prima – Fornecedor; � Proximidade do mercado consumidor; � Facilidade do transporte; � Infra-estrutura; � Tamanho do local; � Incentivos fiscais;

3.11 - LAYOUT / ARRANJO FÍSICO É a disposição física dos equipamentos, pessoas e materiais da melhor maneira, mais adequada ao processo produtivo. Importância de um bom arranjo físico

De acordo com Petrônio G. Martins e Fernando P. Laugeni (1998 – pg 108) “a sequência lógica a ser seguida para o layout é: localização da unidade industrial, determinação da capacidade, layout da empresa. Os tipos de layout são: por processo ou funcional; em linha; celular; por posição fixa e combinados.

Etapas para a elaboração do layout:

- Determinar a quantidade a produzir - Planejar o todo e depois as partes - Planejar o ideal e depois o prático - Seguir a sequência: local – layout global – layout detalhado - Calcular o número de máquinas - Selecionar e elaborar o tipo de layout considerando o processo e as máquinas - Planejar o edifício - Desenvolver instrumentos que permitam a clara visualização do layout - Utilizar a experiência de todos - Verificar o layout e avaliar a solução - “Vender” o layout - Implantar -

- Layout por produto – é a disposição que demonstra as operações do produto; Entrada Saída

Matéria-prima Corte Prega

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- Layout por processo – é a disposição que demonstra as etapas, seções de cada processo;

Seção Seção Seção Entrada A B C Saída

3.12 - PLANEJAMENTO E CONTROLE DE PRODUÇÃO Tem a finalidade aumentar a eficiência e eficácia da produção. Planeja, organiza, direciona e controla op desempenho produtivo. São quatro as fases de Planejamento e Controle de Produção (P.C.P.). - Projeto de Produção:

- Quantidade e características das maquinas e equipamentos; - Quantidade de pessoal disponível – inventario das pessoas, cargos e funções em cada área; - Volume de estoques e tipos de matéria-prima – inventario de estoques; - Métodos e procedimentos de trabalho – cálculos;

- Coleta de informações: - Movimentação / fluxograma da produção – capacidade produtiva; - Horário de trabalho – cronograma; - Volume necessário – estoque (compra, venda, produção p/ alcançar as metas); - Tempo padrão / tarefas;

- Planejamento de Produção: Capacidade de produção

- Previsão plano de de vendas produção Nível de Estoque

- Implementação do plano;

- Execução do Plano de execução – emissão de ordens que deverão ser executadas: (ordem de

produção, montagem, serviço, compra); - Controle de Produção – acompanhar, avaliar e regular as atividades produtivas; tem a finalidade de correção e prevenção das falhas, avaliando a produção composta por:

- Estabelecimento de padrões: padrão de quantidade, padrão de qualidade, padrão de tempo e padrão de custos;

Seções

A

B

JAN FEV MAR ABR MAI

C

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i. Padrão de quantidade: volume de produção, nível de estoque, nível de horas trabalhadas.

ii. Padrão de qualidade: controle de qualidade de matérias-primas / produtos acabados, especificação de produtos.

iii. Padrão de tempo: tempo padrão, tempo médio de estocagem, padrões de rendimento. iv. Padrão de custos: ver anterior

- Avaliação e comparação de dados – Benchmarketing (melhor resultado).

- Manutenção É a técnica utilizada para aumentar e aproveitar melhor a vida de máquinas e

equipamentos. Há dois tipos de manutenção: preventiva e corretiva.

- A manutenção preventiva estabelece parada periódicas para que sejam realizadas trocas de peças gastas, apertos, assegurando um funcionamento perfeito do maquinário ou equipamento.

- Manutenção corretiva – quando repara os defeitos após problemas já ocorrido

Principais objetivos do planejamento e controle da produção são:

- Atender a clientela dentro dos prazos e quantidade negociadas - Reduzir Custos - Fornecer informações sobre o que, quando e quanto comprar de matérias-primas e insumos - Assegurar a plena utilização da capacidade instalada e do pessoal disponível - Aumentar a rapidez de circulação do material, evitando a formação de estoques intermediários

desnecessários, reduzindo assim o prazo de produção - Para planejar melhor a produção é preciso conhecer todos os fatores que estão no processo

produtivo como materiais, pessoas, qualidade desejada, capacidade de produção dos equipamentos, prazo de entrega, pedidos existentes e outros. Estabelecer sequência nas operações, elaborar um programa de produção

O controle da produção são os registros das atividades exercidas e comparando o que foi planejado e o realizado. Produtividade Significa produzir o máximo possível com as pessoas, máquinas e materiais com menor recurso possível, podendo ser representado também pela fórmula:

Produtividade = número de peças produzidas(Valor produzido)___________ esforço e recurso utilizado p/ produzir(Valor Consumido) Quadro da pagina 3 da obra Controle da Qualidade Total - TQC de Vicente Falconi Campos - 1992. Pessoas treinadas e motivadas aumentam em muito a produtividade, reduzindo sobremaneira os acidentes e o custo final do produto. 3.13 - ESTOQUES A avaliação de estoques parece ter sido a primeira das aplicações gerenciais da Contabilidade de Custos é geralmente aceito que os problemas de avaliação de estoques estão na própria origem da Contabilidade de Custos – foi para resolvê-las que procedimentos típicos de análise e apuração de custos começaram a ser desenvolvidos.

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3.13.1 - CONCEITO DE ESTOQUE

O termo "estoque" designa o "conjunto" dos itens materiais de propriedade da empresa que:

• São mantidos para venda futura;

• Encontra-se em processo de produção; ou

• São correntemente consumidos no processo de produção de produtos ou serviços a serem vendidos.

Ativos considerados estoques:

• Mercadorias para comércio ou produtos acabados (matéria-prima e mercadorias mantidas para venda);

• materiais para produção (materiais comprado com a intenção de incorporá-los ao produto final através do processo produtivo);

• materiais em estoque não destinados à produção normal, chamados também de indiretos, auxiliares ou não produtivos (itens fisicamente não incorporados ao produto final, como ferramentas, material de limpeza e segurança);

• produtos em processo de fabricação ou elaboração (que inclui material direto, mão-de-obra direta e custos gerais de fabricação) – devem refletir o custo atual dos produtos em processo;

• custo das importações em andamento referente a itens de estoque.

As empresas comerciais – tendo como função a revenda de bens adquiridos prontos de seus fornecedores- têm avaliação de seus estoques simplificada.

Os estoques limitam-se, em geral, ao estoque de produtos destinados à comercialização e ao estoque de materiais diversos ou auxiliares que, referindo-se a itens adquiridos prontos, tem o seu custo disponível nos documentos de aquisição, restando, apenas para a devida avaliação do estoque, aplicar, sobre esse custo, o método de apuração definido na legislação em vigor.

As empresas industriais, por sua vez, transformando matérias-primas e acoplando componentes para compor o produto final, apresenta, além dos estoques encontrados nas empresas comerciais, os estoques de matérias-primas para produção e os estoques de produtos em processamento, cujos itens, uma vez concluídos, são transferidos para o estoque de produtos acabados, correspondente ao estoque de bens para venda das empresas comerciais.

3.13.2 – CLASSIFICAÇÃO E NÍVEIS DE ESTOQUE A empresa precisa conhecer seus estoques e obter as informações necessárias p/ saber o estoque ideal para um item. Para que isso ocorra há necessidade de pelo menos dois itens: fichário de estoque e classificação A, B, C.

- Fichário de Estoque Banco de dados sobre os materiais, um conjunto de informações contendo: identificação (nome, número, especificações), controle (lote mínimo, demanda, preço unitário), rotação (pedido de reposição, recebimento e retiradas do material), saldo existente (pedido e reserva).

- Classificação A,B, C, Dividir o estoque em três classes: Classe A- 15 a 20%- representa 80% valor do estoque. Classe B- 40%- representa 15% valor do estoque. Classe C- 40%- representa 05% valor do estoque.

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Classificação de estoques mais importantes Recomenda-se controlar aqueles mais importantes, que consomem um grande volume de recursos. Para identificar quais os produtos a serem controlados, subdivide-se em três classes de ítens, A, B e C. Classe A – os mais importantes, consomem grande volume de recursos. Classe B – Corresponde a quantidade média de ítens e com um valor expressivo. Classe C – Representam grande quantidade de controle , mas com pouco volume de recursos. Níveis de estoque Deve-se levar em consideração vários aspectos:

- Tempo de reposição: emissão do pedido, preparação do pedido, transporte - Estoque Mínimo - Estoque Máximo

3.13.3 – PRINCIPAIS TIPOS DE ESTOQUE - Matéria prima - Materiais de expediente e limpeza - Peças e componentes - Produtos em processo de elaboração - Produtos acabados - Mercadorias - Ferramentais - Embalagens

3.13.4 - MÉTODOS HABITUAIS DE CODIFICAÇÃO DE ESTOQUE O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, simplificação, especialização, normatização, padronização e codificação de todos os materiais componentes do estoque da empresa, para existir um controle eficiente dos estoques. No método mais usual, as mercadorias ou produtos são classificados da seguinte maneira: 1.GRUPO 1.1 SUB GRUPO 1.1.1 ESPECIFICAÇÃO EX. 1.1.1 CANETA AZUL GRUPO 1 – MATERIAL DE ESCRITORIO SUB-GRUPO 1.1 CANETA ESPECIFICAÇÃO 1.1.1 MARCA/COR 3.13.5 - CONTROLE DE ESTOQUE As informações deverão estar sendo monitoradas para ajudar nas decisões, nestes controles também deve verificar a rotatividade dos produtos, para isto é calcular rotatividade = consumo médio : estoque médio. Podendo ser diário, semanal, quinzenal, mensal, bimestral, anual conforme a necessidade da empresa.

3.13.6 - OBJETIVO PRINCIPAL DO CUSTEIO DOS ESTOQUE E A SELEÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO.

O maior objetivo do custeio do estoque é a determinação de custos adequados às vendas, de forma que o lucro apropriado seja calculado.

Em adição ao fator lucro, existe um número de outros fatores que influenciam as decisões relativas à seleção dos métodos de custeio de estoque.

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A lista destes fatores, excluindo a definição de lucro, incluiria:

• aceitação do método pelas autoridades do Imposto de Renda;

• a parte prática da determinação do custo;

• objetividade do método;

• utilidade do método para decisões gerenciais.

3.13.7 - AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES

O princípio contábil de Custo de Aquisição determina que se incluam no custo dos materiais, além do preço, todos os outros custos decorrentes da compra, e que se deduzam todos os descontos e bonificações eventuais recebidas.

O método de avaliação escolhido afetará o total do lucro a ser reportado para um determinado período contábil. Permanecendo inalterados outros fatores, quanto maior for o estoque final avaliado, maior será o lucro reportado, ou menor será o prejuízo. Quanto menor o estoque final, menor será o lucro reportado, ou maior será o prejuízo.

Considerando que vários fatores podem fazer variar o preço de aquisição dos materiais entre duas ou mais compras (inflação, custo do transporte, procura de mercado, outro fornecedor, etc.), surge o problema de selecionar o método que se deve adotar para avaliar os estoques.

Os métodos mais comuns são:

• Custo médio;

• Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS);

• Último a entrar, primeiro a sair (UEPS).

Custo Médio

Este método, também chamado de método da média ponderada ou média móvel, baseia-se na aplicação dos custos médios em lugar dos custos efetivos. O método de avaliação do estoque ao custo médio é aceito pelo Fisco e usado amplamente.

Para ilustrar numericamente, suponha-se que uma empresa, no início do mês de março, possua um estoque (inicial) de 20 unidades de certa mercadoria avaliada a R$ 20 cada uma, ou seja, um total de R$ 400 de Estoque Inicial. A movimentação dessa mesma mercadoria em março é a seguinte:

Data Operação

5/mar. compra de 30 unidades a $ 30 cada

11/mar. Venda de 10 unidades

17/mar. Venda de 20 unidades

23/mar. compra de 30 unidades a $ 35 cada

29/mar. Venda de 10 unidades

Suponha as seguintes informações:

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• As 10 unidades vendidas dia 11/mar. saíram do lote comprado dia 5/mar.;

• As 20 unidades vendidas dia 17/mar. saíram do estoque inicial;

• As 20 unidades vendidas dia 29/mar. saíram do lote comprado dia 23/mar.

Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS)

Com base nesse critério, dá-se saída no custo da seguinte maneira: o primeiro que entra é o primeiro que sai (PEPS). À medida que ocorrem as vendas, vamos dando baixas no estoque a partir das primeiras compras, o que eqüivaleria ao raciocínio de que vendemos/compramos primeiro as primeiras unidades compradas/produzidas, ou seja, a primeira unidade a entrar no estoque é a primeira a ser utilizada no processo de produção o ou a ser vendida.

Dentro desse procedimento, o estoque é representado pelos mais recentes preços pagos apresentando, dessa forma, uma relação bastante significativa com o custo de reposição. Obviamente, com a adoção desse método, o efeito da flutuação dos preços sobre os resultados é significativo, as saídas são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das principais razões pelas quais alguns contadores mostra-se contrários a esse método. Entretanto, não é objeto do o procedimento em si, e sim o conceito do resultado (lucro).

As vantagens do método são:

• Os itens usados são retirados do estoque e a baixa é dada nos controles de maneira lógica e sistemática;

• O resultado obtido espelha o custo real dos itens específicos usados nas saídas;

• O movimento estabelecido para os materiais, de forma contínua e ordenada, representa uma condição necessária para o perfeito controle dos materiais, especialmente quando estes estão sujeitos a deterioração, decomposição, mudança de qualidade, etc. Primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS).

Último a entrar, primeiro a sair (UEPS)

O UEPS (último a entrar, primeiro a sair) é um método de avaliar estoque muito discutido. O custo do estoque é determinado como se as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas) (primeiro a sair). Supõe-se, portanto, que o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo destas unidades. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o custo dos itens vendidos/saídos tende a refletir o custo dos itens mais recentemente comprados (comprados ou produzidos, e assim, os preços mais recentes). Também permite reduzir os lucros líquidos relatados por uma importância que, se colocada à disposição dos acionistas, poderia prejudicar as operações futuras da empresa.

O método UEPS não alcança a realização do objetivo básico, porque são debitados contra a receita os custos mais recentes de aquisições e não o custo total de reposição de todos os itens utilizados.

As vantagens e desvantagens do método UEPS são:

• É uma forma de se custear os itens consumidos de maneira sistemática e realista;

• Nas indústrias sujeitas a flutuações de preços, o método tende a minimizar os lucros das operações;

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• Em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras mais recentes são apropriados mais rapidamente às produções reduzindo o lucro;

• O argumento mais generalizado em favor do UEPS é o de que procura determinar se a empresa apurou, ou não, adequadamente, deus custos correntes em face da sua receita corrente. De acordo com o UEPS, o estoque é avaliado em termos do nível de preço da época, em que o UEPS foi introduzido.

Outros Métodos

• Custo de mercado na data de entrega para consumo – itens de estoque padronizados e comercializados em Bolsas de Mercadorias, tais como algodão, café, trigo cru, etc., são, às vezes, apropriados à produção pelo preço de cotação na Bolsa na data de entrega para consumo. Este procedimento substitui o custo de compra pelo custo de reposição e tem a virtude de apropriar os itens pelo custo corrente, que é, sem dúvida, mais significativo.

• Custo de mercado ou reposição – através de um sistema pelo qual os ganhos ou perdas, na avaliação de estoques, sejam registrados separadamente dos lucros operacionais, a administração será informada sobre os efeitos da variação dos preços nos lucros da empresa e sobre o valor de mercado corrente, útil na área de planejamento e na de tomada de decisão. Um elemento-chave desse sistema é o valor de mercado (custo de reposição) dos itens de estoque. O objetivo principal do custo de reposição é determinar o custo de compra atual de um bem que pode estar no estoque há diversos meses, devendo prevalecer para fins de determinação inicial do preço de venda.

3.14 - CONTROLE DE QUALIDADE Programa do 5 S De acordo com Vicente Falconi Campos (1992 – p 173) “O 5S é um programa para todas as pessoas da empresa, do presidente até os operadores. O programa deve ser liberado pela alta administração da empresa e é baseado em educação, treinamento e prática em grupo.” Ferramenta de trabalho com os conceitos de qualidade que inicia com pequenas atitudes e que tem resultado rápido, fácil de aplicar e tem aceitação de todos os empregados. Por isto é utilizado em muitas empresas com muito êxito. Muitas empresas iniciam o processo de qualidade com certificação da ISO 9000 com a implantação dos 5 sensos: 1) Senso de utilização – Seiri Descarte dos supérfluos, eliminar todas as coisas que não tem utilidade, vendendo, jogando fora, doando, etc. 2) Senso de ordenação – Seiton Organização da empresa – lugar certo para a coisa certa, evita acidente, rapidez na localização de objetos, é a arrumação de tudo. 3) Senso de Limpeza – Seisou Ambiente limpo, seguro, sadio para todos 4) Senso de Saúde – Seiketsu Manter todos empregados com a integridade física e mental, para isto programas de medicina no trabalho, combate a Lér, Aids, Cipas - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, Sipat – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho. Programas que tem adesão e comprometimento de todos na segurança, dentro e fora da empresa. 5) Senso de auto-disciplina – Shitsuke Independência de cada colaborador em realizar os sensos individualmente, sabendo diferenciar o certo do errado, o justo do injusto, o companheirismo, a criatividade em participar e ajudar a empresa conseguir seus objetivos.

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Programas de melhorias da qualidade: Motivação; Treinamento; Melhorias / métodos; Aplicações de técnicas;

C.C.Q. (Circulo de Controle de Qualidade): Pequeno grupo p/ estudar, desenvolver e aplicar as normas; Programa Zero Defeito: Envolvimento; Reuniões; Atualizar os colaboradores (empregados); Detectar / analisar; Técnicas de C.Q. (Controle de Qualidade): Estatísticas;

- Tipos de C.Q. (Controle de Qualidade): 100%; Amostra; O controle de qualidade Todo consumidor, ao adquirir o seu produto ou serviço, deseja duas coisas:

- Qualidade do produto/serviço - satisfaça as suas expectativas quanto a durabilidade, eficiência. - Preço - seja o menor possível.

O controle de qualidade facilita você prever e eliminar os defeitos. Tem como benefício: aumento do prestígio de sua empresa no mercado, redução de seus custos de retrabalho (fabricar outro) e reprodução da devolução de peças com defeito. De acordo com Antonio Robles Jr (1.996, p.101) “As premissas estratégicas para a utilização plena do Sistema de Custos da Qualidade são três: 1) para cada falha, sempre haverá uma causa, 2) as causas são evitáveis e 3) a prevenção sempre é mais barata”. 3.15 - ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Materiais necessários, na hora certa, no dia certo, na quantidade certa. Utilizam os conceitos básicos em:

� Administração de Materiais: é o planejamento e controle de materiais, das compras, recepção, transporte, estocagem, movimentação; é a administração dos fluxos dos materiais.

Classificamos em cinco etapas. - 1ª Etapa - em matéria-prima / insumos básicos p/ produção; - 2ª Etapa - materiais em processamento – processo produtivo; - 3ª Etapa - materiais semi-acabados (produtos parcialmente acabados); - 4ª Etapa - materiais acabados prontos p/ anexar (falta embalar, agregar valor); - 5ª Etapa - produtos acabados – prontos para consumo;

� Conceito de Suprimento: aquisição e movimentação de materiais a disposição – é a programação das necessidades para suprir, fornecer os produtos p/ o processo produtivo.

� Conceito de Compras: é a localização dos fornecedores, aquisição e pagamento de acordo com as

necessidades. O ciclo de compra é:

- Análise das ordens de compra; - Localização e seleção dos fornecedores; - Negociação com o fornecedor; - Acompanhamento e recebimento dos materiais;

Funções e importância do responsável pela compra Por ser uma atividade responsável pela maior fatia do Capital de Giro de uma empresa, comprar bem é tão importante quanto produzir e vender. As funções são:

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- Conhecer o mercado - Conhecer o nível de estoque - Manter atualizado o cadastro de fornecedores - Estar em sintonia com as áreas de produção, vendas e finanças da empresa.

Preços – pesquise, compare e negocie sempre para reduzir os custos dos produtos, ter um bom preço para o cliente e vender com certa margem de lucro. Qualidade – conheça as exigências de seus clientes e compare o que melhor se adapte a eles; procure melhorar os produtos, evite desperdícios; conferir os produtos nos detalhes e especificações;. Quantidade – Conheça os estoques mínimos e máximos, compre mais vezes em menos quantidade, evite ao máximo estoques. Prazo de pagamento – o prazo de pagamento deverá ser superior ao giro dos estoques e maior que o prazo de recebimento das vendas. Seleção de fornecedores – tenha no seu fornecedor um parceiro, onde atende os requisitos de prazo, valor, confiabilidade e qualidade.

� Conceito de Logística: coordena a estocagem, o transporte, o inventário das informações e entrega de produtos acabados.

O ciclo da administração de materiais é ilustrado abaixo

Fig 4.1 Petrônio G Martins e Fernando P. Laugeni - Administração de produção A necessidade do cliente deverá ser analisado e atendido pelo estoque existente ou pela reposição da compra. O recebimento e armazenamento deverá estar sendo conferido e controlado pela área responsável, observando a qualidade. A distribuição dos materiais deverá ser considerada os seguintes fatores: local, prazo, custo, em condições de qualidade. 3.16 – SEGURANÇA NO TRABALHO A prevenção de acidentes, cujo objetivo principal é resguardar a vida e saúde do homem, deve ser preocupação não só do empresário, mas de todos na empresa. É preciso identificar as situações de riscos de acidentes (atos e ambientes inseguros). Implantando programas de caça aos riscos, com bonificações, prêmios. Cumprir e fazer cumprir as exigências de segurança estabelecida nas normas.

RECEBIMENTO

REPOSIÇÃO DOS MATERIAIS

ANÁLISE

ARMAZENAGEM

LOGÍSTICA (DISTRIBUIÇÃO)

ADM MATERIAIS

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4 - LOGÍSTICA EMPRESARIAL

4.1 - LOGÍSTICA COMO FERRAMENTA COMPETITIVA

O meio empresarial está vivenciando uma fase em que a competitividade esta cada vez mais acirrada nos diversos segmentos de mercado, isto devido a globalização econômica que tem se acompanhado.

Neste ambiente as empresas têm buscado alternativas para manter sua competitividade através de dois tipos básicos de vantagem competitiva: menor custo e diferenciação nos serviços.

Portanto, não basta às empresas tentarem se sustentar apenas na marca de seu produto, a qualidade também é um ponto muito importante. Qualidade entendida não apenas do produto, mas qualidade também no nível de serviço oferecido aos clientes, isto faz com que surja canais alternativos tal como a logística com o intuito de auxiliar a empresa tornar-se competitiva.

Para que a logística possa obter êxito é necessário considerar um fator muito importante que é a capacitação e o treinamento. Deve haver a capacitação de profissionais nesta área para que estes possam desenvolver e aplicar programas de treinamento aos funcionários destas empresas. Mas, para alcançar o objetivo proposto, é necessário haver o comprometimento e a conscientização por parte das pessoas envolvidas no processo.

No que se trata de pesquisas e publicações científicas, encontram-se vários estudos que tratam de problemas logísticos funcionais, como roteirização e dimensionamento de frota de veículos, localização, dimensionamento e layout de armazéns, seleção de fornecedores etc. Em contra partida são escassos estudos direcionados à integração das atividades logísticas na empresa, à quantificação e definição do nível de serviços aos clientes, transportadores e à integração de todos estes fatores dentro da cadeia logística.

Em outras palavras, a execução das atividades relativas à movimentação de materiais e ao fluxo de informações, é feita de forma segmentada. Este enfoque fracionado incutido nas empresas traz algumas conseqüências nocivas:

� Ciclos logísticos de maior duração. � Custos logísticos elevados. � Nível de serviço ao cliente aquém do desejado. Aliado ao tratamento fracionado dado às atividades logísticas, deve-se destacar a falta de profissionais

que dominem e possuam habilidades para planejar, executar e analisar todas as atividades de forma integrada. A logística busca o elo de ligação entre o mercado e a atividade operacional da empresa, estendendo-

se sobre toda a organização desde a aquisição da matéria-prima até a distribuição do produto ao seu cliente. O eficiente gerenciamento da cadeia logística pode ser alcançado através da logística integrada, a qual

consiste no reagrupamento das atividades logísticas em um único processo, onde se busca a máxima coordenação entre as atividades logísticas, desde a entrada da matéria-prima, produção até a entrega do produto acabado. 4.2 - O AMBIENTE EMPRESARIAL

As empresas desenvolvem suas atividades no meio de um macroambiente com a qual elas interagem, o qual condiciona de forma considerável seu funcionamento.

O êxito destas empresas dependerá da sua capacidade em encontrar um ponto de equilíbrio dinâmico e permanente. O ambiente não permanece estático ele está em constante mutação de época para época. Se fosse estabelecida uma comparação com um processo hidrodinâmico para caracterizar o macroambiente, poderia se distinguir uma mudança de caráter laminar e outra de turbulento (quadro 1).

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Características Ritmo da mudança

Laminar Turbulento Demanda Crescente e sustentada Variável e restrita

Custos materiais Baixos Altos

Custos financeiros Baixos Altos

Previsões Confiáveis Pouco confiáveis

Modelo empresarial Produtividade Culto à Quantidade

Competitividade Culto do serviço ao cliente

Quadro 1 – Macroambiente Empresarial O primeiro caso consiste em um tipo de mudança em que as trajetórias do que está em movimento se

mantêm estáveis com o decorrer do tempo. As previsões são confiáveis, a demanda é sustentada e o foco passa a ser o volume.

No segundo tipo de mudança, de caráter turbulento, as trajetórias das mudanças não se mantêm estáveis. A demanda é variável, as previsões tornam-se pouco confiáveis e, por isso, a necessidade de realizar mais previsões, já que é essencial antecipar-se às mudanças que irão ocorrer para poder reagir com maior rapidez.

Estas características da mudança do macroambiente condicionam a forma de gerenciar as empresas. Para que uma empresa possa sobreviver em um ambiente turbulento, precisa oferecer resultados – em quantidade, variedade, qualidade, preços, prazos – compatíveis com as necessidades e expectativas dos clientes (fig. 1). Nesse contexto, a logística pode tornar-se um diferencial competitivo para a empresa.

Fig. 1 – Modelo de competitividade Para atingir esses resultados a empresa sofre pressões do ambiente externo com a qual ela mantem inter-relação, como: políticas do governo, infra-estrutura, religioso, cultural, ecológico, jurídico, sanitário, financeiro. 4.3 - EVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA Ela é uma atividade muito antiga, porém experimentou uma grande evolução principalmente nas últimas décadas, como exemplos têm a II Guerra Mundial e mais recentemente na Guerra do Golfo em 1991. A evolução da logística pode ser dividida em três períodos distintos:

Inputs

Quantidade

Sistema Produtivo

Outputs

Variedade

Preços

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1) Antes de 1950 Diferentes áreas eram responsáveis pelas atividades logísticas. • Transporte era responsabilidade da gerência de produção • Estoque era responsabilidade de marketing, finanças ou produção. • Processamento de pedido era responsabilidade finanças ou produção.

2) Entre 1950-1970

• Ambiente propício para as novidades na área administrativa ocasionando uma decolagem tanto a nível prático como teórico.

• Ênfase na importância da distribuição física por parte de professores e estudiosos americanos. • Mudanças na distribuição física - entregas mais rápidas e minimização de custo de estocagem. • Adoção de modelos matemáticos e programação linear, teoria de controle de estoques e simulação

para solucionar problemas logísticos. 3) Entre 1970-1990

• Os princípios básicos amplamente estabelecidos começam a proporcionar benefícios as empresas. • Preocupação na geração de lucros e não no controle de custos.

• Competição mundial dos bens manufaturados, a falta de matérias-primas, elevação do preço do petróleo e aumento da inflação, filosofia direcionada a gestão dos suprimentos em vez do estímulo à demanda.

O tratamento das atividades logísticas nas empresas pode ser classificado em várias fases, de acordo com o grau de inter-relação existente entre os diversos agentes da cadeia. Esse relacionamento inicia-se na fase em que a empresa trata os problemas logísticos somente em sua óptica interna, passa em seguida pelos primeiros rumos à integração empresa-cliente, progride posteriormente em direção ao tratamento integrado empresas-fornecedores e atinge a fase da logística integrada 4.4 - FLUXOS LOGÍSTICOS Os fluxos logísticos podem ser definidos como o mapeamento de todo o processo de atendimento ao cliente, através de um fluxograma. O processo de atendimento ao cliente vai desde a emissão do pedido, administração de vendas, PCP, suprimento, fabricação, armazenagem até a distribuição física.

A redução do “lead-time” deste processo trás benefícios e um melhor serviço, proporcionando assim uma real vantagem competitiva.

São três os fluxos logísticos: � Fluxo material - é o mapeamento através de fluxograma, de como fluem as matérias-primas, produtos

em processo e produtos acabados pelas diversas áreas por onde passam. � Fluxo de Informações - são todas as informações adjuntas ao fluxo material e onde são processadas,

também descritas por meio de fluxograma. O fluxo informativo é que comanda o Fluxo Material. � Fluxo financeiro - também descrito em um fluxograma, demonstra como são feitos os pagamentos e

cobranças que possibilitam a movimentação fluxo material. 4.5 - CONCEITUAÇÃO DE LOGÍSTICA O termo logística origina-se no verbo loger que significa alojar. Adotada como estratégia militar, era responsável pelo: planejamento, transporte, armazenamento e abastecimento das tropas no campo de batalha.

Logística pode ser conceituada como sendo a atividade responsável pela aquisição, movimentação, armazenamento, produção e distribuição de produtos até o seu cliente final, através dos fluxos que os coloca em movimento.

De acordo a maior organização profissional de logística no mundo The Council of Logistic Management dos Estados Unidos, logística é o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e armazenagem eficiente e efetivo de matérias-primas, estoques em processo, produtos finais, serviços e a

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correspondente informação desde o ponto de origem até o ponto de consumo, incluindo movimentos de entrada de saída, internos e externos, para os propósitos e tendo em conta os requerimentos dos cliente.

A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, por meio de planejamento, organização e controles efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.

A logística, portanto, engloba desde a cadeia de suprimentos (supply chain) até a distribuição física, procurando administrar eficientemente o fluxo material, financeiro e de informações que os coloca em movimento. A missão do profissional da área de logística, é portanto, colocar os bens e serviços certos, no lugar certo, na hora certa, na quantidade certa e nas condições desejadas, ao menor custo. A logística empresarial pode ser representada pela seguinte relação:

Logística empresarial = suprimento físico + logística de produção + distribuição física

A logística está presente nos diversos tipos de empresa e para cada o desenho esta tem funções

distintas.

� Empresas transformadoras de matéria-prima em insumos para outras indústrias - dedicam especial atenção à Logística de suprimento, pois é nessa fase de seu sistema industrial que se concentram os maiores problemas. A distribuição de seus produtos é uma operação relativamente mais simples, pois são adquiridos em quantidades maiores, entregues em menor número de destinos.

� Empresas atacadistas – se caracteriza pelo fato de que os produtos são idênticos aos insumos, uma

vez que não há fabricação, mas apenas comercialização em larga escala.

� Empresas transportadoras – possui semelhanças com os atacadistas. Recebem mercadorias diversas numa ponta, e as transportam para destinos diversos. O tempo de armazenagem é mínimo, apenas durante o curto período necessário para efetuar a triagem e o despacho.

Certas empresas se especializam em carga fracionada ou parcelada. Nesse caso, o processo de coleta e distribuição adquire aspecto distinto em termos de frota (tipo de veículo), roteiros, operações nos depósitos.

� Empresas varejistas – se caracterizam por receber mercadorias concentrada em grandes lotes,

proveniente diretamente das indústrias ou de atacadistas, e distribuição pulverizada, atendendo aos inúmeros clientes que adquirem os produtos nas suas lojas. O processo de distribuição de produtos aos clientes é bastante complexo porque, muitas vezes, envolve veículos especiais, problemas de roteirização, etc., além de excessivo número de itens para processar, documentar e coordenar.

� Banco – apesar da automação bancária, a maior parte das transações implica na emissão de

documentos. O próprio cheque, quando é depositado numa conta corrente, deve chegar à agência do emitente para conferir assinatura, etc. Dessa forma, a operação bancária exige, com muita freqüência, o transporte de documentos que deve atender as restrições rígidas de temo (os cheques, compensados de uma agência devem chegar com tempo suficiente para serem verificados e retornados à compensação no caso de não terem fundos, quando a assinatura não confere, etc.).

Em Logística, tanto o suprimento quanto a distribuição são igualmente importantes. A maior ênfase num ou noutro dependerá das características de cada empresa.

A logística para alcançar seus objetivos desempenha atividades primárias e de apoio.

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4.5.1 - ATIVIDADES PRIMÁRIAS As atividades primárias são essências para a coordenação e realização da tarefa logística:

� Transportes: • É a atividade logística mais importante, pois nenhuma empresa moderna pode operar sem

movimentar suas matérias-primas ou produtos. • Encontra problemas financeiros quando há a ocorrência de greves e aumento no preço dos

combustíveis, ocasionando atrasos na entrega e deterioração dos produtos. • Adiciona valor de lugar ao produto. • Existem vários modais utilizados para movimentar produtos, tais como: rodoviário, ferroviário

e aeroviário. • Envolve decisões quanto a escolha de modal, roteirização e utilização da capacidade do

veículo. � Manutenção de estoques:

• Agem como amortecedores entre oferta e demanda. • Agrega valor de tempo ao produto. • Produtos mais próximos aos consumidores e/ou fábricas. • Manutenção de baixos estoques provendo disponibilidade de produtos aos clientes.

� Processamento de pedidos: • Elemento crítico em termos de tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. • Refere-se a coleta, verificação e transmissão de informações sobre vendas. • Atividade que inicializa a movimentação de produto e entrega de serviços. •

Este conjunto de atividades formam o ciclo crítico de atividades logísticas, conforme exposto na figura abaixo.

PROCESSAMENTO DOS PEDIDOS DOS CLIENTES (TRANSMISSÃO)

TRANSPORTE

MANUTENÇÃO DE ESTOQUE

Fig. 4 – Relação entre as atividades logísticas primárias para atender clientes – Ciclo Crítico 4.5.2 - ATIVIDADES DE APOIO

As atividades primárias necessitam de uma série de atividades adicionais que lhes dão apoio. As atividades de apoio são:

� Armazenagem: administração do espaço necessário para manutenção de estoques. Localização, dimensão da área, layout, recuperação do estoque, projeto de docas ou baias de atracação e configuração do armazém.

CLIENTE

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� Manuseio de materiais: é uma atividade relacionada a armazenagem. Refere-se à movimentação do produto no armazém. São problemas importantes: seleção do equipamento de movimentação, procedimentos para formação de pedidos e balanceamento da carga de trabalho (formação de pedidos).

� Embalagem de proteção: a embalagem de proteção do produto tem o objetivo de garantir a movimentação sem quebras, além do que também propiciam o manuseio e armazenagem de forma eficiente.

� Obtenção: Trata do fluxo de entrada (suprimento). Refere-se a seleção das fontes de suprimentos, quantidades a serem adquiridas, programação de compras e a forma pela qual o produto é comprado.

� Programação do produto: A programação trata do fluxo de saída (distribuição). Que quantidades devem ser produzidas e quando e onde devem ser fabricadas.

� Manutenção de informação: essências para o correto planejamento e controle logístico. Fornece informações importantes sobre custo e desempenho.

Fig. 5 – Relações entre as atividades logísticas primárias e de apoio e o nível de serviço planejado. 4.6. A LOGÍSTICA COMO SISTEMA 4.6.1 - ENFOQUE SISTÊMICO DE LOGÍSTICA Sistema pode ser definido como um conjunto de partes coordenadas que interagem entre si para realizar um conjunto de finalidades. Na logística, o enfoque sistêmico é vital. Os setores que se inter-relacionam dentro de uma empresa, quando um problema logístico surge, são vários e possuem visões diferentes: marketing, produção, comercialização, transporte, finanças etc. Portanto, os conceitos de Teoria de Sistemas constituem uma das bases fundamentais da Logística Aplicada.

Nível De

Serviço

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Fig. 6 – Visão geral das atividades logísticas dentro das atividades tradicionais da empresa. Segundo o enfoque sistêmico é muito importante a identificação com clareza das relações de causa e efeito entre os elementos que constituem o sistema. A logística numa visão moderna procura rearranjar as atividades existentes na firma de modo que o gerenciamento seja facilitado. Na fig. 6 a logística ocupa posição intermediária entre produção e marketing, ela procura criar atividades de interface que facilitem a otimização entre os elementos que formam o sistema. Exemplo: a formação de preços ou embalagens são exemplos de atividades administradas conjuntamente por logística e marketing. A formação de preço tem componentes tanto geográficos como competitivos. Já compras e programação de produção são exemplos de áreas de interface entre logística e produção. A produção deve adquirir bens a custo e qualidade aceitáveis, enquanto a logística se preocupa com a localização das fontes de suprimentos e os tempos para abastecimento. O setor de compras toma estas decisões. A programação da produção toma decisões similares. Ela se interessa pela seqüência e tamanho dos lotes de produção a serem fabricados, enquanto a logística novamente se preocupa com a localização e os tempos da produção. Os sistemas apresentam diversas características dentre as quais podem ser destacadas sete.

� O sistema é formado por componentes que interagem. Os sistemas, sejam eles mais ou menos complexos, são formados por componentes que se inter-relacionam entre si e com o meio ambiente. Os componentes que formam parte de um sistema – seus subsistemas – não são apenas colocados juntos, numa simples justaposição de elementos um ao lado do outro. Ao contrário, quanto mais complexo o sistema, maior a interação entre eles: o funcionamento de um deles resulta, quase sempre, na participação orquestrada dos demais, ou de boa parte deles.

� Quando o sistema está otimizado, os componentes também o estão.

A EMPRESA Interface Interface Produção/logística Marketing/logística

PRODUÇÃO

Atividades típicas: • Controle de

qualidade • Planejamento

detalhado • Manuseio

interno • Manutenção de

equipamento

LOGÍSTICA

Atividades típicas:

• Manutenção de

estoques • Processamento

de pedidos • Armazenagem • Manuseio

de Materiais

Atividades de interface:

• Padrões de

níveis de serviço

• Formação de preço

• Embalagem • Localização

de depósitos

Atividades de interface:

• Programaçã

o de produção

• Localização industrial

• Compras

MARKETING

Atividades típicas:

• Promoção/

propaganda • Pesquisa de

mercado • Administraçã

o da força de vendas

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Não se pode analisar de modo isolado cada componente do sistema e otimizá-lo separadamente, como se os outros componentes e o conjunto não existissem. Isso levaria a resultados errôneos e sem conseqüências práticas.

Para se chegar a sistemas bem projetados, é necessário que seus subsistemas também estejam otimizados, porém não de forma autônoma, e sim considerando as inter-relações entre eles. � Todo sistema tem pelo menos um objetivo.

Os sistemas de alguma forma têm um ou mais objetivos bem definidos, pois o homem, antes de mais nada, precisa definir claramente o que ele pretende com a sua criação. No que se refere aos problemas logísticos, a definição dos objetivos, geralmente implica na compatibilização de metas conflitantes entre diversos setores, como por exemplo : venda x produção.

� A avaliação do desempenho de um sistema exige medida(s) de rendimento. As medidas de rendimentos são úteis para nos indicar em que estágio estamos no processo evolutivo, ou se já alcançamos nosso objetivo. Como medidas de rendimento temos: nível de serviço, produtividade, qualidade, eficácia, eficiência, etc..

� Sistemas criados pelos homens requerem planejamento. Como a aplicação do enfoque sistêmico não é fácil, deve ser desenvolvido um planejamento, seguindo as seguintes etapas: 1. Identificar claramente os componentes (subsistemas), formando uma estrutura adequada à

análise. 2. Considerar cada componente como um sistema. 3. Estabelecer com clareza o objetivo pretendido. 4. Estabelecer as medidas de rendimento do sistema e definir as variáveis que irão representá-las. 5. Criar alternativas viáveis, envolvendo processos e/ou tecnologias diferentes e cobrindo uma

gama ampla de rendimento. 6. Analisar as implicações de cada alternativa em cada um dos componentes (subsistemas). 7. Otimizar os subsistemas de forma integrada. 8. Calcular o rendimento e o custo, para cada alternativa, de cada componente ou subsistema. 9. Integrar os subsistemas de cada uma das alternativas de forma a gerar soluções consistentes

para o sistema. 10. Avaliar as alternativas por meio da relação custo/benefício, custo/nível de rendimento ou outra

metodologia de avaliação econômica. 11.

� A manutenção do nível de desempenho requer controle permanente. Não basta planejar e implantar bem um sistema. Para garantir seu bom funcionamento sem perder o seu objetivo e nível de serviço é necessário estabelecer formas de controle. Para se efetuar o controle, há a necessidade de garantir os objetivos pretendidos, não se pode deixar os objetivos mudarem conforme as circunstâncias vão se apresentando. Deve-se atuar sobre as variáveis que influem no rendimento, nos custos e na interação do sistema com o ambiente externo. Em termos práticos são estabelecidos controle de qualidade, controle de custos, controle dos prazos de entrega, controle jurídico. Estes controles servirão como feedback (retroalimentação) no sistema, o quais permitem que se façam correções de rumo, de forma a garantir os objetivos desejados.

� Interação do sistema com o ambiente. Tudo aquilo em que o responsável pelo sistema (gerente) não pode interferir, faz parte do ambiente (mundo externo). O ambiente limita o desenvolvimento livre de um determinado sistema por meio de restrições, normas, premissas etc. Há restrições reais e fictícias, sendo que as fictícias muito perigosas pois impedem muitas vezes a evolução e o progresso. O homem sistêmico, trabalhando na área de logística, deve sempre

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considerar as restrições externas como fictícias, enquanto estivem no papel, na cabeça ou na boca dos outros. Esta postura, de supor fictícia até que se prove em contrário é saudável. As pressões contrárias que se seguirão, devidamente discutidas e esplanadas, fazem com que o responsável pelo sistema perceba com segurança as fronteiras do possível, encontrando os verdadeiros limites das restrições.

4.6.2 - NÍVEL DE SERVIÇO LOGÍSTICO

O nível de serviço logístico é a qualidade com que o fluxo de bens e serviços é gerenciado. De acordo com especialistas, o nível de serviço refere-se especificamente à cadeia de atividades que

atendem as vendas, em geral inicia na recepção do pedido e termina na entrega do produto ao cliente, sendo que em alguns casos, continua com serviços ou manutenção do equipamento ou outros tipos de apoio técnico.

O nível de serviço está composto dos seguintes fatores: prazo de entrega, avarias na carga, extravios e reclamações diversas, sendo que cada um destes fatores pode ser medido através de um indicador.

Há três grupos que estão ligados diretamente ao controle da logística os quais são classificados de acordo com a venda do produto. Estes são:

� Elementos de pré-transação: refere-se a políticas ou programas adotados pela empresa (por escrito) para a realização de um serviço.

� Elementos de transação: são elementos que estão diretamente relacionados aos resultados obtidos com a entrega do produto ao cliente.

� Elementos de pós-transação: correspondem aos serviços realizados após a entrega do produto que se encontra em uso pelo cliente

A reunião de todos estes elementos forma o nível de serviço, e os clientes reagem a todo este conjunto. Se uma empresa não oferecer um bom nível de serviço ao seu cliente, provavelmente perderá uma grande fatia do mercado.

A figura 7 representa os elementos do nível de serviço.

Fig. 7 – Elementos do nível de serviço logístico.

NÍVEL DE SERVIÇOS

ELEMENTOS DE

PRÉ-TRANSAÇÃO

• Política posta por

escrito • Política nas mãos do

cliente • Estrutura

organizacional • Flexibilidade do

sistema • Serviços Técnicos

ELEMENTOS DE

TRANSAÇÃO

• Nível de estoque • Habilidade no trato

de atrasos • Elementos do ciclo

de pedido • Tempo • Transbordo • Precisão • Conveniência do

pedido • Substitubilidade do • produto

ELEMENTOS DE

PÓS-

TRANSAÇÃO

• Instalação,

garantias, reparos, peças de reposição

• Rastreamento do produto

• Queixas e reclamações dos clientes

• Embalagem • Reposição

temporária do

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Um fator muito importante a ser observado é que a medida que a empresa aumenta o seu nível de

serviço o seu custo logístico também tende a aumentar, pois parte-se do pressuposto que melhores níveis de serviços custam mais caros, figura 8.

Portanto, deve-se estabelecer patamares de nível de serviço que suportem o serviço logístico, identificando-se quais os elementos que determinam o serviço e estabelecer medidas que permitam a administração e planejamento deste serviço.

A partir de pesquisas e teorias disponíveis, foi comprovado que as vendas tender a aumentar ser o serviço for melhorado além daquele oferecido por fornecedores concorrentes. Nota-se na figura 8 que a curva tem três estágios distintos: limiar, retornos decrescentes e declínio. Cada estágio mostra que melhorias no nível de serviço não trazem os mesmos ganhos de vendas.

Fig. 8 – Relação geral entre nível de serviço da distribuição física e vendas

4.6.3 - CUSTOS LOGÍSTICOS O gerenciamento, controle e minimização dos custos logísticos têm se mostrado cada vez mais

necessário se a empresa quiser competir no mercado. Um dos grandes desafios da logística está no gerenciamento do binômio custo/nível de serviço. Isto se deve ao fato de que os clientes têm exigido diariamente melhores níveis de serviço, entretanto

sem querer pagar a mais por isso. Assim o fator preço tem sido o ponto mais importante em relação ao nível de serviço o qual é considerado como fator secundário, além de que este deve ser capaz de agregar valor aos seus clientes.

Os seguintes serviços de acordo com a necessidades e características de cada cliente podem agregar valor:

a) Redução no prazo de entrega de um produto. b) Disponibilidade de produtos. c) Confiabilidade na entrega (tempo, n.º de entrega). d) Entrega do pedido na hora certa. e) Maior facilidade de colocação do pedido.

LIMIAR RETORNOS DECRESCENTES

DECLÍNI

Nível de serviço da distribuição física aumenta (relativo ao melhor nível de serviço da competição)

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Para atenderem a todas estas exigências e manterem-se competitivas no mercado as empresas têm segmentado seus canais de distribuição e atendimento.

Os principais custos logísticos são: a) Transporte: roteirização, frota própria ou de terceiros, número e capacidade de veículos e modo de

transporte. b) Armazenagem e movimentação: número de armazéns, localização, tamanho, mecanização e

automação próprios e ou de terceiros. c) Processamento de pedidos: automação, informação. d) Estocagem: estoque básico, estoque de segurança, freqüência de compras, tamanho do pedido. e) Custo de produção: programação da produção. f) Serviço ao cliente: custo da venda perdida. Assim, a administração integrada de custos logísticos pressupõe “trade-offs”, ou seja, custos

individuais não otimizados para permitir a redução do Custo Total. 4.6.4. LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS

4.6.4.1 - SISTEMA LOGÍSTICO DE SUPRIMENTOS (ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS)

A logística de suprimento se refere a relação fornecedor-empresa. Os suprimentos são o primeiro passo na cadeia logística e também a maior distância até o consumidor, por isso é a mais afetada pelas variações do mercado e o mais difícil de sincronizar com a demanda dos consumidores. Suprimentos são a fonte de todas as matérias-primas, embalagens, componentes e outros insumos para preencher as necessidades de conversão da logística de produção. Trata do fluxo de produtos para a firma ao invés de a partir dela. Muitas atividades de administração de materiais são compartilhadas com a distribuição física.

Para reduzir os tempos de fornecimento de materiais, receber produtos de melhor qualidade, reduzir os estoques tanto na empresa quanto no fornecedor, ter produtos disponíveis sempre que necessário, planejar de forma precisa a produção, é vital integrar os processos da empresa com os fornecedores e estabelecer relações estreitas e duradouras.

A logística de suprimentos é um subsistema dentro da indústria e seus principais componentes são: a) Aquisição da matéria-prima no seu ponto de origem e preparo da mesma para o transporte. b) Deslocamento da matéria-prima desde a jazida até o local de manufatura, que corresponde ao

transporte da mesma. c) Estocagem da matéria-prima na fábrica, aguardando que os produtos sejam manufaturados.

As atividades identificadas no canal de suprimento podem ser consideradas fundamentais para a administração de materiais, pois elas afetam principalmente a economia e a eficácia do movimento de materiais.

As tarefas mais importantes são: � Inicialização e transmissão das ordens (pedidos) de compras, � Transporte dos carregamentos até o local da fábrica. � Manutenção dos estoques na planta. . Dentre os problemas encontrados na logística de suprimentos podem ser citados a diversificação da

aquisição de matéria-prima. Muitas vezes não é ideal para a indústria ter apenas um fornecedor, por questões estratégicas.

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Fig. 10 - Descrição do canal de suprimento físico 4.6.4.2 – OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A importância da boa administração de materiais pode ser mais bem apreciada quando os bens necessários não estão disponíveis no momento correto para atender as necessidades de produção ou operação.

Boa administração significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de operação. Ou seja, o objetivo da administração de materiais é prover o material certo, no local certo, no instante correto, em condição utilizável ao menor custo possível. A administração de materiais atende a poucos clientes sendo que as vezes um único, enquanto que a distribuição física atende a muitos. O cliente da administração de materiais é o sistema de operações. Existem duas maneiras de providenciar os suprimentos:

� Suprimentos para produção. � Suprimentos para estoque.

Suprimento para Estoque Estoques agem como amortecedores entre suprimento e demanda ou, neste caso, entre suprimento e

necessidade de produção. São benéficos ao sistema de suprimento porque garantem: � Maior disponibilidade de componentes para a produção. � Diminuem o tempo para manter a disponibilidade desejada. � Podem reduzir custos de transporte. Para item ser mantido economicamente em estoque, ao invés de ser comprado sob encomenda, deve

geralmente seguir as seguintes características: � Ser comprado em quantidades maiores ou iguais a um lote mínimo. � A tabela de preços do fornecedor deve ter desconto por volume.

Compras

� Estoque Produção � Estoque Revenda.

� Preparação da ordem de entrega

� Colocação do pedido � Seleção fontes de suprimento:

Prazo, preço, qualidade � Acompanhar pedidos

� CIF � FOB

Recepção e inspeção

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� Ser de valor relativamente baixo. � Ser econômico comprá-lo juntamente com outros itens. � Poder ser usado numa larga variedade de modelos ou produtos. � Ter tabelas de fretes ou requisitos de manuseio que facilitem a compra em grandes lotes. � Ter algo grau de incerteza na entrega ou na continuidade do suprimento.

Suprimento para a produção Manter em estoque todo material necessário para a produção pode ser ineficiente. Se em algum dos materiais tiver alto valor individual e puder ser utilizado apenas num número limitado de modelo e produtos, encomendá-lo diretamente para atender às necessidades de produção torna-se o modo mais econômico de realizar seu suprimento. Estes materiais fluem em quantidades pequenas comparadas com os volumes daqueles comprados para estoques e precisam de maior atenção por parte da administração, como aumentar comunicações ou acelerar os pedidos. A idéia de “puxar” peças, materiais e subconjuntos através do canal de suprimento à medida que haja necessidade operacional, é comum em empresas industriais. Um nome freqüentemente utilizado para esta técnica é planejamento ou cálculo de necessidades.

Escolha de Fornecedores

Para se realizar a escolha de seus fornecedores é necessário estabelecer um banco de dados de

fornecedores de classe mundial. Para estabelecer este banco de dados podem ser utilizadas as seguintes fontes: consultoria de especialistas nos diversos ramos de indústria, federações de indústria, órgãos de classe, câmaras de comércio dos diversos países, consulados, referências de outras empresas etc.

Uma equipe composta de membros de diversas áreas da empresa (suprimentos, engenharia, planejamento, custos e logística) vai definir a lista final de fornecedores de classe mundial, sejam eles locais ou do exterior. Eles serão selecionados segundo critérios estabelecidos pela equipe. Os critérios são:

� Preço, prazo, quantidade e qualidade. � Localização geográfica (próxima ao mercado) � Garantia e assistência técnica. Um método adotado para a seleção do fornecedor é a medição do desempenho.

De acordo com Ching, estabelece-se pesos para cada critério a ser analisado variando de acordo com o grau de importância do item conforme as características de cada empresa. O resultado é uma média ponderada. O resultado dessa avaliação vai mostrar se o fornecedor está em condições de seguir fornecendo o material ou se deve ser rejeitado e descontinua seu fornecimento.

A título de exemplo, imaginemos que uma empresa tenha escolhido os seguintes critérios e aplicado os respectivos pesos para cada um deles:

� Qualidade: peso 3; � Prazo de entrega: peso 3; � Quantidade: peso 2; � Preço: peso 2; � Total: peso 10. Ao final de um período de tempo, o desempenho do fornecedor foi mensurado da seguinte maneira: � Qualidade : 98% de lotes aprovados x peso 3 = 2,94; � Prazo de entrega: 95% de lotes entregues na hora certa x peso 3 = 2,85; � Quantidade: 100% lotes entregues na quantidade certa x peso 2 = 2,00; � Preço: 95% das vezes competitivo x peso 2 = 1,90; � Total: 9,69.

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A tabela de graduação dos resultados dessa empresa mostra o seguinte: Resultado de 0 a 7 - reprovado Resultado de 7,1 a 8 - aprovado Resultado de 8,1 a 9 - qualificado Resultado de 9,1 a 10 - certificado Este fornecedor, portanto, pelos resultados obtidos, teria condições de seguir fornecendo material

para a empresa.

Produto Logístico Uma empresa pode oferecer dois tipos básicos de produto: bens ou serviços. O produto serviço é composto de intangíveis como: conveniência, distinção e qualidade. Se o produto

oferecido for um bem físico, ele tem atributos físicos, tais como: peso, volume, forma os quais têm influência no custo logístico.

Os produtos podem ser classificados em bens de consumo e bens industriais. Os bens de consumo são dirigidos aos consumidores finais e estes podem ser: de conveniência, de

comparação e de uso especial. Os bens industriais são dirigidos a indivíduos ou organizações que os utilizam para produzir outros

produtos ou serviços. Os bens industriais podem ser: matérias-primas, edifícios, equipamentos, material de escritório ou serviços administrativos.

Outro fator muito importante a ser considerado é o ciclo de vida do produto (fig. 11) que passa por quatro estágios: introdução, crescimento, maturidade e declínio. A cada fase haverá uma estratégia de distribuição distinta, e isto deve ser acompanhado e ajustado com máxima eficiência.

Fig. 11 - Curva do ciclo de vida do produto.

O conhecimento do ciclo de vida permite: antecipar as necessidades de distribuição e o planejamento com maior brevidade possível.

São características do produto, que influenciam a estratégia de distribuição os seguintes atributos: a) Peso-volume (densidade). Este atributo está diretamente relacionado aos custos de transporte e

armazenagem. Para produtos densos os custos de armazenagem e transporte tendem a serem baixos, enquanto que, para produtos pouco densos a capacidade volumétrica do modal de transporte é preenchida antes de seus limites de carregamento em peso ser atingido. Ex.: pisos cerâmicos.

b) Relação valor-peso. O valor do produto que está sendo movimentado e estocado é um fator muito

importante para o desenvolvimento de uma estratégia logística. Custos de estoques são particularmente susceptíveis ao valor. Quando expressamos o valor com relação ao peso , algumas compensações óbvias de custos emergem e auxiliam a planejar o sistema logístico.

Tempo

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c) Substitubilidade. um produto é substituível quando o comprador não percebe muita diferença entre

o produto de uma empresa e de seus concorrentes, caso do “commodities”. A logística não tem controle sobre a substitubilidade do produto e trata esta situação como vendas

perdidas, através de alternativas como: transporte, estocagem ou ambas.

d) Características de riscos (periculosidade). são consideradas características de risco: valor, perecibilidade, flamabilidade, tendência à explosão e facilidade de roubo. Tanto os custos de transporte como de estoque são maiores em termos tanto absolutos como em termos de porcentagem do preço de venda, conforme pode se observa na fig. 15. Estas características implicam em várias restrições ao sistema de distribuição.

Embalagem do produto “Elemento que protege o que vende, além de vender o que protege”. A embalagem tem por objetivo oferecer aos produtores uma forma que garanta sua integridade, facilite a armazenagem e manuseio, ao menor custo possível.

O embalamento do produto pode ter os seguintes objetivos: a) Facilitar o manuseio e armazenagem. b) Promover melhor utilização do equipamento de transporte. c) Proteger o produto. d) Promover a venda do produto. e) Alterar a densidade do produto. f) Facilitar uso do produto. g) Prover valor de reutilização para o consumidor.

Nem todos estes objetivos podem ser atingidos mediante a administração logística, porém alterações na densidade do produto e em sua embalagem protetora pode fazer diferença.

O custo da embalagem pode ser compensado em forma de fretes, custos de estoques menores e menor número de quebras.

4. 7 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA DE PRODUTOS 4.7.1 - O SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO FÍSICA

A distribuição física torna-se cada vez mais importante na solução de problemas logísticos, é o ramo da logística que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos finais da firma.

Hoje as empresas têm buscado trabalhar com uma menor quantidade de produtos em estoque visando à diminuição no custo de armazenagem procurando agilizar o manuseio, transporte e distribuição de seus produtos.

No caso brasileiro é comum encontrar problemas mais ou menos sérios na distribuição física de produtos. Este problemas envolvem desde o planejamento (frota, depósitos, coleta, transferência, distribuição, etc.) e projetos dos sistemas até sua operação e controle.

4.7.2 - CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Existem basicamente dois tipos de mercados: a) Usuários finais: são aqueles que usam o produto para satisfazer suas necessidades ou para criar novos produtos.

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b) Usuários intermediários: não consomem o produto, revendem-no para outros consumidores finais. Ex.: distribuidores, varejistas e usuários finais.

As cadeias de distribuições são canais através dos quais os produtos chegam ao mercado de consumo, e podem ser:

• Fábrica - consumidor. • Fábrica – centro de distribuição – consumidor. • Fábrica – atacado - consumidor. • Fábrica – varejista – consumidor. • Fábrica – atacadista – varejista – consumidor. • Fábrica – centro de distribuição – atacadista – varejista – consumidor. • Fábrica – operador logístico – consumidor. • Fábrica – operador logístico – atacadista – varejista – consumidor. • Venda por catálogo ou correspondência.

4.7.3 - ESCOLHA DO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO

Ao escolher a forma de distribuição a ser utilizada deve-se considerar: 1) Qual serviço de transporte deve ser utilizado para movimentar os produtos a partir da fábrica? E a

partir do armazém? 2) Quais procedimentos de controles a serem utilizados para os itens de inventário. 3) Localização dos depósitos, suas dimensões e quantidades. 4) Quais arranjos para comunicação de pedidos devem existir? E quantas pós-pedido são necessárias? 5) Qual nível de serviço deve ser providenciado para cada item de produto? Estas e outras questões devem ser respondidas antes do sistema estar funcionando eficientemente.

4.7.4 - ADMINISTRAÇÃO EM TRÊS NÍVEIS A administração da distribuição física é desenvolvida em três níveis: 1. Estratégico: Como deve ser o nosso sistema de distribuição?

• É o desenho do sistema de distribuição em termos mais gerais. • Responsabilidade da alta administração.

2. Tático: Como o sistema pode ser utilizado da melhor maneira possível?

• É como utilizar os recursos através do planejamento a curto prazo. • Responsabilidade da média gerência.

3. Operacional: Vamos fazer as mercadorias sair. • Refere-se as operações tarefas diárias que o gerente de distribuição e funcionários devem

desempenhar para garantir que os produtos fluam através do canal de distribuição até o último cliente. Para lidar com o problemas existentes na distribuição física é necessária a compreensão de três conceitos básicos.

• Responsabilidade pessoal de supervisão.

4.8 – O CICLO DE PEDIDO O ciclo de pedido é o tempo transcorrido entre a colocação de pedido do cliente até a sua entrega.

Cada evento do ciclo requer um intervalo de tempo para seu término. A soma dos tempos individuais representa o tempo total para o cliente receber seu pedido. Os elementos individuais do ciclo de pedido são controlados pelo pessoal de logística através de escolha e projeto dos métodos de transmissão das ordens, dos níveis de estoque, dos procedimentos de processamento de pedidos e dos modos de entrega. Como estes são diretamente controlados pelos profissional de logística e como o tempo de ciclo é

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medido pelo cliente, eles devem ser considerados fundamentais para estabelecer e controlar o nível de serviço logístico. Outros fatores como freqüência de visitas de vendedores, restrições de tamanho de lote, condições de compra e habilidade para consolidação de pedidos, também podem ser importantes na consideração do nível de serviço, além do ciclo de pedido.

4.8.1 - O SUBSISTEMA ARMAZÉM

Os depósitos e armazéns são importantes, devido ser difícil realizar uma previsão de demanda que seja precisa. Eles funcionam como um ponto de transição de um fluxo para outro, da manufatura a transferência, ou transferência a distribuição física.

O armazém é visto como uma componente do sistema logístico global. É o local onde se realizam as atividades de apoio da logística.

Ele é formado pelos seguintes componentes:

Transmissão do pedido

FÁBRICA Processamento e montagem do pedido a partir do estoque ou produção caso não haja estoque

CLIENTE Varejista Distribuidor

Pedido

do cliente

Entrega dos itens faltantes

Entrega

ARMAZÉM Processamento e montagem do pedido

Transmissão do pedido

Transmissão dos

itens em falta

Tempo total do ciclo de pedido

Processamento e Montagem do

pedido

a. Consolidação do pedido b. Transmissão do pedido ao depósito

a. Preparação do manifesto b. Liberação do crédito c. Montagem do pedido no depósito

a. Se item em falta, tempo adicional para conseguir estoque da

Tempo para aquisição

de estoque

a.Tempo de entrega a partir do depósito. b. Tempo de entrega a partir da fábrica. c. Processamento da entrega no cliente

Tempo de Entrega

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� Recebimento: refere-se ao processo de descarregamento, conferência e encaminhamento das mercadorias ao ponto de armazenagem.

� Movimentação: é o deslocamento interno da mercadoria dentro do armazém até o ponto onde esta ficará armazenada.

� Armazenagem: a armazenagem forma parte deste sistema e pode ter duração de curto período de tempo a longo período de tempo.

� Preparação de pedidos: local específico do armazém onde as mercadorias que estavam armazenadas são acondicionadas em caixas, pallets, contêineres ou qualquer outro tipo de invólucro. Nos invólucros deve haver no lado externo a identificação do destinatário, para serem encaminhados a plataforma de embarque.

� Embarque: refere-se ao embarque propriamente dito da mercadoria pronta para ser distribuída ou transportada em plataforma apropriada.

� Circulação externa e estacionamento: são áreas reservadas dentro da própria empresa para a carga/descarga de mercadorias.

4.8.2 – RAZÕES DE SE ADOTAR ARMAZÉM Existem quatro razões básicas para uma empresa utilizar um espaço físico destinado a armazenagem.

1. Reduzir custos de transporte e produção: ao obter a redução de custos de transportes pela compensação nos custos de produção e estocagem, os custos totais de fornecimento e distribuição dos produtos podem ser diminuídos.

2. Coordenação de suprimentos e demanda: Caso de empresas que têm produção sazonal com demanda por produtos razoavelmente constantes enfrentam o problema de coordenar seu suprimento com a necessidade de produtos. Problemas causados por oscilações nos preços de commodities também podem gerar necessidade de armazenagem.

3. Necessidades da produção: a armazenagem pode fazer parte do processo de produção. Depósitos servem além de guardar os produtos durante a fase de manufatura, também servem para assegurar a mercadoria até a sua venda, caso de produtos como queijos, vinhos etc.

4. Considerações de marketing: Para a área de marketing a disponibilidade do produto no mercado é importante. Permitem entregas mais rápidas, consequentemente melhor nível de serviço, disponibilidade com efeito positivo nas vendas.

4.8.3 – LOCALIZAÇÃO DOS ARMAZÉNS A localização dos armazéns deve ser realizada em dois níveis. Primeiro nível, localização geográfica, verificar a existência de outros armazéns do sistema logístico. Segundo nível , especificação da localização do armazém, se num bairro ou distrito industrial do município. Para decidir a localização é envolvido uma série de julgamentos, arte e intuição. Para tanto se deve seguir uma lista de fatores que possam auxiliar no julgamento do melhor local.

� Leis de zoneamento. � Atitude da comunidade e do governo local com relação ao depósito. � Custos para desenvolver e conformar o terreno. � Custos de construção. � Disponibilidade de acesso a serviços de transporte. � Potencial para expansão. � Disponibilidade, salários, ambiente e produtividade da mão-de-obra local. � Taxas relativas ao local e à operação do armazém. � Segurança do local (fogo, furto, inundação, etc.).

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� Valor promocional do local. � Taxas de seguro e disponibilidade de financiamento. � Congestionamento de tráfego nas redondezas do local.

4.8.4 – DIMENSIONAMENTO DE UM ARMAZÉM Após determinada a localização do armazém, o próximo passo é determinar o espaço necessário do edifício. Se o inventário deve ser estocado inteiramente num espaço alugado, não é necessário nenhum dimensionamento. Se todo estoque deve ser guardado numa facilidade própria ou alugada, então o espaço requerido deverá atender o nível máximo de estoque para uma temporada. Caso seja utilizado espaço alugado com facilidades próprias, o problema será como utilizar o espaço alugado para atender as necessidades de picos de armazenagem. Isto ocasiona a utilização eficiente para as facilidades próprias ou alugadas e uso de espaço alugado em armazéns de terceiros apenas quando necessário. O dimensionamento ideal do prédio será aquele que dá o custo mínimo para a combinação dos dois tipos de espaço físico. 4.8.5 - FUNÇÕES DE UM ARMAZÉM

Um armazém tem como principais funções: � Armazenagem: refere-se a guarda do estoque de produtos por períodos de tempos que podem ser

ou longos ou curtos em dependência da reação do mercado. � Consolidação: processo de agrupar diversas cargas parciais provenientes de pontos de origens

diversos para formar um carregamento maior. � Desconsolidação (transferência e transbordo): é o desagrupamento de grandes carregamentos

em pequenos lotes para serem encaminhas aos diferentes clientes. � Agrupamento: um uso especializado para depósitos é o agrupamento de itens de produto.

Algumas empresas com linha extensa de produtos podem fabricá-las integralmente em cada uma de suas plantas industriais. Os clientes geralmente compram a linha completa. Podem-se obter economias de produção pela especialização de cada fábrica na manufatura de uma parte da linha de produtos, e entregando a produção num depósito, em vez de diretamente aos clientes. No depósito os itens são agrupados conforme os pedidos realizados. O custo adicional pode ser compensado pelos menores custos de manufatura, resultantes dos maiores lotes de produção para menos itens em cada planta.

4.8.6 – TIPOS DE DEPÓSITOS

Uma empresa que necessita de espaço físico para armazenar seus produtos pode optar pela adoção dos seguintes tipos de depósitos. São elas: depósito próprio, alugar espaço físico, alugar o depósito e estocar em trânsito. Cada alternativa oferece diferentes níveis de custo, risco e envolvimento gerencial.

� Espaço físico próprio: a maior parte das indústrias e das organizações de serviço possuem espaço físico próprio para armazenagem em alguma forma. Vantagens: armazenagem mais barata, maior grau de controle sobre as operações de armazenagem, possessão do terreno, espaço pode ser convertido para outro uso, o espaço pode servir como base para um escritório de vendas e outros, produtos que requerem pessoal ou equipamento especializado.

� Aluguel de espaço de terceiros: armazéns públicos operam de maneira semelhante aos transportadores regulares. As taxas de armazenagem são geralmente cotadas para períodos curtos. Existem muitos tipos de armazéns públicos que oferecem amplo leque de serviços. Dentre os quais podem ser citados cinco: 1. Armazéns de “commodities”: são aqueles que limitam seus serviços a certos grupos de

mercadorias-padrão. Especializam-se no manuseio e armazenagem de produtos como madeira, algodão, tabaco e cereais.

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2. Armazéns para granéis: especializados no manuseio e armazenagem de produtos granelizados como: produtos químicos, petróleo, etc.

3. Armazéns frigorificados: depósitos refrigerados que servem para guardar perecíveis além de alguns produtos químicos e farmacêuticos.

4. Armazéns para utilidades domésticas e mobiliário: especializados no manuseio e armazenagem de bens de uso doméstico e mobiliário. Principais clientes: empresas que distribuem miudezas de uso caseiro.

5. Armazéns de mercadorias em geral: estes manuseiam diverso leque de itens, não exigindo as facilidades ou equipamentos especializados dos tipos anteriores.

� Aluguel de facilidades: representa um estágio intermediário entre o aluguel de espaço físico num depósito público (medida de curto prazo) e o compromisso de longo prazo representado por um depósito próprio. Tem como vantagem a possibilidade de obter menores taxas do proprietário do espaço físico.

� Estoque em trânsito: refere-se ao tempo no qual as mercadorias permanecem nos veículos de transporte durante sua entrega. Este tipo de armazenagem requer coordenação precisa com a escolha do modal de transporte. Alternativa atrativa para empresas que tratam com estoques sazonais e transportes por longas distâncias.

4.8.7 – RECEBIMENTO DA MERCADORIA

No recebimento são observados os seguintes objetivos: � Retirada da carga do veículo. � Conferência da mercadoria. � Fazer triagem, marcando a zona, região ou box relacionados com o destino.

Devem ser consideradas os seguintes aspectos no estudo desse subsistema: 1. Características da carga a ser descarregada. 2. O equipamento e o pessoal necessário para efetuar a descarga de um veículo padrão. 3. O número, arranjo e dimensões das posições (ou berços) de acostagem dos caminhões na doca de

descarga. 4. A área na doca necessária para conferência, triagem e marcação da mercadoria recebida.

4.8.8 – MANUSEIO DA CARGA

No manuseio da carga, ou seja, na operação de carga/descarga é importante observar o grau e tipo de utilização. A utilização tem como objetivo agrupar e arrumar a carga em unidades maiores, como se fossem um paralelepípedo de forma a agilizar o processo.

Os produtos de acordo com suas características podem ser acondicionados em: invólucros diversificados (caixas de madeira ou papelão, sacas, tambores); pallets ou estrados; contêineres.

Os pallets são estrados de madeira ou de plástico sobre os quais se arruma a carga, dotados de abertura na parte inferior para acesso dos garfos das empilhadeiras.

Há muitos tipos de pallets, variando dimensões, material com que é fabricado e forma.

Na fig. 19 (a) é mostrado um pallet com duas entradas e , na fig. 19 (b) é mostrado um pallet com quatro entradas.

(a) (b)

Fig. 19 - Tipos de pallets

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A maioria dos pallets em uso são reutilizáveis. Para isso, devem retornar à origem, ao fim do processo, isto apresenta alguns inconvenientes. O primeiro problema é o custo do transporte do estrado vazio, ao retornar ao ponto inicial da cadeia logística. O segundo ponto negativo é a dificuldade de coordenar e controlar a devolução dos pallets vazios quando os mesmos são entregues a terceiros junto com a mercadoria.

O conceito de pallets pode ser associado ao de contêiner ou contentor, que é uma caixa protetora onde a carga é arrumada e transportada. Na fig. 20 (a) é mostrado um pallet contentor aberto e na fig. 20 (b) um fechado, este tipo de pallet permite acondicionar mercadorias que não se sustentam quando empilhadas sozinhas.

(a) (b)

Um aspecto importante no uso do pallet é a arrumação da carga no estrado. Uma preocupação básica é garantir a estabilidade do conjunto, procurando ao mesmo tempo aproveitar ao máximo a capacidade do estrado e facilitar a arrumação do mesmo.

Outra forma de unitização muito utilizada hoje é o contêiner. Trata-se de uma caixa fechada, normalmente de aço ou alumínio, dentro da qual a carga é arrumada. Oferece vantagem no manuseio, possibilita um elevado grau de segurança (roubos e extravios, redução dos níveis de quebra). De custo elevado, utilizadas mais nas operações de importação e exportação de produtos de maior valor agregado.

4.8.9 – DOCA PARA RECEBIMENTO OU DESPACHO DE MERCADORIAS

A doca é constituída geralmente por uma plataforma elevada (cerca de 1,20m do solo), onde os caminhões encostam de ré, a um ângulo de 90 graus ou 45 graus.

4.8.10 – INTEGRAÇÃO DO RECEBIMENTO E DO DESPACHO A expedição de mercadorias é o processo inverso do recebimento. Nem sempre há uma divisão física entre essas duas áreas.

A vantagem de se juntar na mesma doca a recepção e a expedição de mercadorias é: � Melhor aproveitamento das posições de acostagem de caminhões. � Melhora as condições da fila de espera, reduzindo os tempos médios e os valores extremos. � Separa completamente os fluxos de chegada e de expedição dentro do armazém. Desvantagem: � Diminuição da extensão da plataforma, pois nem sempre o fluxo de entrada de mercadorias

coincide com o fluxo de saídas. � Incompatibilização entre tamanho de veículos e altura da plataforma.

Fig. 20 - Pallet contentor

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4.8.11 – LAYOUT DAS ÁREAS DE RECEBIMENTO E EXPEDIÇÃO

Ao se desenvolver o layout das áreas de recebimento e expedição do armazém, é importante analisar inicialmente as plataformas para acostagem dos veículos.

As acostagens podem ser perpendiculares à plataforma (ângulo de 90 graus), ou diagonalmente, num ângulo de 45 graus ou outro qualquer.

Na acostagem a 90 graus, a borda da plataforma é formada por uma linha contínua. Este tipo de solução pode ser utilizado para carga/descarga através da traseira do caminhão.

Quando se tratar de caminhões abertos, o processo de carga/descarga pode ser realizado tanto pela parte traseira, com pelas laterais.

A acostagem de 45 graus permite acesso tanto pela traseira quanto pela lateral do veículo. No caso de operação com veículos abertos, esse duplo acesso pode agilizar o processo de carga/descarga, principalmente quando usadas empilhadeiras. 4.8.12 – O PROCESSO DE DESCARGA DOS VEÍCULOS A escolha do processo de descarga depende das características da carga e da disponibilidade de equipamentos e instalações fixas no depósito (principalmente plataformas). O método mais simples de descarga é o manual, que pode ser feita de formas diversas, tais como:

a) Cada homem da equipe entra no veículo (plataforma elevada) apanha uma quantidade de carga sobre a cabeça ou nos braços, deslocando a mercadoria até a área de recepção. Nesse ponto coloca a mercadoria no piso, num pallet ou num carrinho conforme o caso.

b) É formada uma seqüência linear de indivíduos espaçados uniformemente, desde o interior do veículo até a área de recepção. O primeiro homem da equipe apanha uma quantidade da carga, passando-a ao segundo, e assim sucessivamente. O último homem coloca a carga no ponto designado para recepção da mercadoria.

A escolha de um ou outro método dependerá da quantidade de pessoas disponíveis e das características da carga. A seleção do método deve ser baseado num estudo de tempos, em função do tipo de carga, da distância a percorrer, etc. Outra forma de descarregar o veículo é através de equipamentos. Unidades pesadas, indivisíveis, podem ser descarregadas por meio de guinchos, guindastes ou pontes rolantes. O processo mecânico mais utilizado para mercadorias unitizáveis se baseia na empilhadeira. Arrumando-se as caixas em pallets, procura-se formar conjuntos coesos, com arestas ortogonais e uniformes, facilitando assim o manuseio por parte das empilhadeiras e aumentando o rendimento da operação. 4.8.13 - O SISTEMA DE TRANSPORTE

O sistema de transporte pode ser definido como o conjunto de atividades, recursos e instalações necessárias à movimentação de pessoas, bens ou serviços.

Os principais modais de transportes são identificados a seguir.

Modais de Transporte • Transporte unimodal: caracteriza-se pela utilização de um único modal de transporte na

movimentação da carga. � Modo Rodoviário: é o modal mais utilizado no Brasil e atinge praticamente todos os pontos do

território nacional. Utilizado no transporte de produtos manufaturados, alimentos, bebidas, móveis e utensílios, etc.

Este modo de transporte serve rotas de curta distância de produtos acabados ou semi-acabados, a sua carga média de transporte também é menor devido à capacidade. As vantagens no uso de caminhões são:

• Serviço porta-a-porta.

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• Freqüência e disponibilidade dos serviços. • Velocidade e conveniência no transporte porta-a-porta.

� Modo Ferroviário: É basicamente um transportador lento de matérias-primas (graneis, carvão, cereais, automóveis, etc) ou manufaturados de baixo valor agregado para longas distâncias. • Formas de serviços: transportador regular e privado. • Transporte lento, carga cheia (completa), usado para longas distâncias.

� Transporte hidroviário: este serviço tem sua abrangência limitada por diversas razões. Utilizado

principalmente no transporte de graneis e produtos de baixo valor. • Velocidade, mais lento que o ferroviário. • Condições climáticas influenciam disponibilidade e confiabilidade • usuário deve estar localizado em suas margens ou utilizar outro modal de transporte

combinadamente. • Custos de perdas e danos são baixos comparado com outros modais.

� Transporte aeroviário: apesar do transporte área ter um custo elevado, a sua utilização tem

aumentado devido a rapidez de entrega que ele possibilita nas entregas a longa distância. Mais utilizado no transporte de produtos de algo valor específico ou que tenham exigências de entrega expressa. Exemplo: eletrônicos, flores, jóias, etc. • Velocidade grande em longas distâncias. • Disponibilidade e confiabilidade são boas sob condições normais de operação. • Vantajoso em termos de perdas e danos.

� Transporte por dutos: o transporte dutoviário oferece um rol muito limitado de serviços e capacidades. Utilizado mais para o transporte de produtos líquidos ou gasosos, tais como: gás natural, petróleo bruto e derivados. • Sua movimentação é bastante lenta, porém contínua (24 horas por dia e sete dias da semana). • É o mais confiável de todos, existem poucas interrupções para causar variabilidade nos tempos

de entrega e as perdas e danos em dutos são baixíssimos. • Transporte Multimodal ou Combinado

Caracteriza-se pela utilização de mais de um modal de transporte. Ocorrendo a movimentação dos

produtos através da livre troca de equipamentos entre os diversos modais. Existem 10 combinações de transporte muldimodal: � Ferro-rodoviário. � Ferro-hidroviário. � Ferro-aeroviário. � Ferro-dutoviário. � Rodo-aéreo. � Rodo-hidroviário. � Rodo-dutoviário. � Hidro-dutoviário. � Hidro-aéreo. � Aero-dutoviário.

Dentro das alternativas de equipamentos mais populares no transporte multimodal está o contêiner em segundo lugar vêm os pallets.

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4.8.14 - TRANSFERÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO (ENTREGA)

Há dois tipos de transporte de produtos: a transferência que é o deslocamento de produtos entre um

ponto de origem e um ponto de consumo. A distribuição ou entrega, é deslocamento de produtos a partir de um único ponto da rede (armazém,

CD), que servem vários destinos em uma única viagem. Existe casos em que há a coleta dos produtos a partir de fontes diversas (fábrica, depósitos), levando-os para um depósito central e a entrega se faz de forma a atender um único cliente por viagem.

Em geral o veículo realiza um roteiro de entregas, visitando vários clientes numa viagem, a partir de um armazém ou centro de distribuição.

Os roteiros de entregas podem ser: � Regionais – quando servem cidades de uma certa região. � Urbanos – quando o veículo visita uma determinada parte da cidade.

O processo de coleta de mercadorias é o inverso ao da entrega: a partir de dois ou mais pontos de origem são apanhados os produtos, que vão para um depósito ou armazém para triagem, transferência e/ou distribuição.

O Transporte e o Meio Externo

A interação com o ambiente influencia o transporte tanto na origem como no destino, e portanto, requerem atenção especial, tais como:

� Atrasos na viagem: os atrasos na viagem podem ser ocasionados por: quebra de veículos, consolidação da carga, problemas climáticos, greves e paralisações, etc.

� Oscilações nos prazos de entrega: decorrentes de oscilações nos roteiros de entregas; deficiências na programação ou demora na recepção de mercadorias; deficiências nas operações do depósito, armazém ou centro de distribuição.

� Políticas de estoque: à medida que as características do subsistema transporte varia, ocorre alterações nos níveis de estoque.

� Avarias na carga e na descarga: É nas pontas (carga e descarga) que esse tipo de problema ocorre, decorrente da manipulação da mercadoria. Os problemas podem ser reduzidos através do uso de veículos adequados, unitização da carga (pallets e contêineres), melhor capacitação do pessoal , uso de equipamentos apropriados. etc.

� Necessidade de equipamentos especiais para carga e descarga: Certos tipos de produtos requerem equipamentos especiais para seu manuseio na carga e descarga. A escolha de equipamentos adequados para o transporte de produtos específicos é de grande importância para se atingir um nível de serviço satisfatório no que se refere ao sistema logístico.

Escolha do Modal de transporte

A decisão da escolha do modal a ser adotado pela empresa deve levar em consideração os seguintes pontos:

� Produto fabricado pela empresa: que tipo de produto a empresa fabrica, é um produto de alto valor agregado ou de baixo valor agregado?

� Periodicidade de entrega: com qual o prazo de entrega eu trabalho com os meus clientes? � Localização geográfica do cliente: onde estão localizados os meus principais clientes? � Avarias na carga: que tipo de avaria poderia ser causado ao meu produto se eu escolhesse um

modal errado? � Frota própria ou de terceiro: é mais vantajoso manter uma frota própria para realizar a entrega dos

produtos ou contratar alguma empresa especializada na área? No caso da contratação de terceiros com quem posso obter referências sobre seu serviço?

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� Custo de transporte: qual a melhor alternativa em custo? Nem sempre a que tem o menor custo é efetivamente a melhor alternativa.

� Capacidade do modal: qual a capacidade máxima que pode ser transportada em cada modal. � Que distância será percorrida e qual será o tempo de ciclo gasto neste percurso?

Administração de Tráfego

A administração de tráfego ou de transportes tem como responsabilidade garantir, todos os dias, que as operações de transporte sejam executas eficaz e eficientemente.

Para atingir seus objetivos é necessária a seleção do transportador que pode ser através de terceiros ou por frota própria.

Os principais pontos a serem considerados para a escolha são: custo, desempenho e flexibilidade do serviço.

Administração do transporte contratado de terceiros

Ao optar pela administração do transporte através de terceiros é importante considerar os seguintes pontos:

� Negociação de fretes: na negociação dos fretes existem quatro ocasiões típicas onde fretes menores podem ser negociados com a transportadora.

Quando existe competição com outros modos, quando os produtos são semelhantes (o frete é negociado em termos de peso, volume, fragilidade e risco) e quando existe maior volume de carga

(permite diminuição nas taxas de frete). � Auditoria da cobrança de fretes: deve-se estar atento e fazer conferência de faturas de fretes para

verificar se não houve alteração no valor do frete contratado. A auditoria inclui a verificação de pagamentos duplicados para transportadores, para evitar o pagamento em duplicidade no ponto de origem e no ponto de entrega.

� Monitoração e serviço expresso: a monitoração é um serviço oferecido por transportadores regulares para seus usuários que através de redes de computadores permitem localizar e informar a situação do veículo em trânsito. 0 Serviço expresso é utilizado quando há a necessidade de se movimentar um carregamento mais rapidamente no canal de suprimento ou distribuição física.

� Pequenas cargas: a consolidação de pequenas cargas é uma alternativa utilizada para redução do frete.

Transporte Próprio

Uma empresa pode adquirir meios de transportes através da compra ou do leasing (aluguel) de equipamentos. O gerente de tráfego tem como preocupação decisões referente a utilização da frota que fazem parte do dia-a-dia, tais como: rota ou plano de viagem, roteirização e programação de veículos, despacho de veículos, seqüenciação de roteiros, balanceamento de viagens com e sem carga.

� Plano ou rota de viagem: montar o melhor plano ou rota de viagem é um trabalho que pode ser realizado manualmente (se não envolver muitas rotas viáveis) ou através de técnicas matemáticos programáveis em computadores.

• Os pontos de parada ou entrega são previamente conhecidos. • Utilização do método do caminho mais curto, através de cálculo manual ou por meio de

computadores. • Outro ponto importante é que a rota pode envolver vários pontos de origens e destinos. • Determinação do número de veículos envolvidos, sua capacidades • Pontos de parada para coleta ou entrega em cada roteiro por um dado veículo. • Seqüência de paradas de entrega e coleta.

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Na figura 21, roteiros que formem um desenho de uma pétala de margarida (os roteiros adjacentes não se tocam e nenhuma das rotas têm caminhos que se cruzam) representam um roteamento ideal, no caso de o volume de carga parada ser apenas pequena parte da capacidade do veículo.

Fig. 21 – Padrão tipo “gota” para roteiros ótimos.

� Despacho de veículos: os volumes e as paradas não são conhecidas antes de determinar a programação. Atividades como táxis, veículos dos correios que fazem entrega e coleta e viaturas policiais. Problema, capacidade de direcionar os veículos à medida que a demanda ocorre. Uma maneira de fazê-lo é dirigir os veículos à parada mais próxima adequada às suas necessidades.

� Seqüenciamento de roteiros: possibilita minimizar o tempo ocioso no programa e a quantidade de veículos necessária.

� Balanceamento de viagens com e sem carga: é a concientização da melhor utilização do modal utilizando a viagem de retorno, evitando viagens de ida sem retorno de carga.

4.8.15 – CUSTOS DE TRANSPORTES Uma primeira divisão dos custos se dá em função de sua relação com a operação. São elementos que formam o custo do transporte rodoviário de cargas:

a) Custos diretos e indiretos Custos diretos são aqueles que se relacionam diretamente com a função produtiva a qual, no caso, se confunde com a função de transportar. São eles:

• Depreciação do veículo. • Remuneração do capital. • Salário e gratificações de motoristas e ajudantes. • Cobertura de risco (seguro ou auto-seguro). • Combustível. • Lubrificação. • Pneus. • Licenciamento.

Todas essas despesas estão diretamente relacionadas com a atividade produtiva, ou seja, com a operação propriamente dita. Existem atividades que não se relacionam diretamente com a produção/operação. Por exemplo, a contabilidade da empresa, o setor de pessoal, a administração de uma maneira geral. Os custos dessas atividades são denominados de custos indiretos, variam de empresa para empresa em relação a vários fatores, tais como: tamanho, estrutura empresarial, etc.

DEPÓSITO

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Cerca de 85%, ou mais, do custo operacional do transporte rodoviário de carga corresponde aos custos diretos, com os custos indiretos respondendo pelos restantes 15% (ou menos).

b) Custos variáveis Os custos variáveis podem ser subdivididos em custos fixos e variáveis. No caso do transporte

rodoviário de carga a variável operacional de referência é a distância percorrida do veículo, medida através da quilometragem registrada no hodômetro.

Os custos variáveis são os seguintes: • Combustível • Lubrificação • Manutenção • Pneus

c) Custos fixos.

Os custos fixos são: • Depreciação • Remuneração do capital • Salários e obrigações do motorista e ajudante • Cobertura do risco

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMPOS, Vicente Falconi. Controle da Qualidade Total. Ed Fundação Christiano Ottoni. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais. Ed Altas, 4 ed. 1995, 289 p. MARTINS, Petrônio G.; Laugeni Fernando P. Administração da Produção. Ed Saraiva, 1998, 443 p. ROBLES, Antonio Jr. Custos da Qualidade. Ed. Atlas, 1996, 135 p. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de materiais. Ed Atlas, 1996. CHIAVENATO, Idalberto. Administração de produção. Ed Atlas, 1996. CHIAVENTATO, Idalberto. Administração, Teoria, Processo e Prática. Ed. McGraw-Hill.1987, 381 p. SLACK, Nigel. Administração da produção. Ed. Atlas. 1997, 726 p. www.aslog.org.br www.tecnologistica.com.br www.abml.org.br www.pessoal.onda.com.br/razzolini www.transportes.gov.br

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Quais são as funções da embalagem em relação as produto. O que ? Quais as funções do responsável pela compra dentro da empresa e qual sua importância? Quais os benefícios do planejamento empresarial? Em relação a CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS / SERVIÇOS, Área produtiva é classificada em produção de bens tangíveis e intangíveis. Os bem tangíveis dividem-se em bens de consumo e de produção. Relacione os bens de consumo abaixo: Bens de consumo durável: Bens de consumo semidurável: Bens de consumo alimentos: Bens de produção: ( ) geladeira ( ) ������������������� ��������������������������