apostila curso at uniletra rev0 2009

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Alex Rocha Moreira

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Page 1: Apostila Curso at Uniletra Rev0 2009

Alex Rocha Moreira<MORMAX>

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CURSO - ANÁLISE TÉCNICA

ANÁLISE TÉCNICA E ANÁLISE FUNDAMENTALISTA .................................................. 6

ANÁLISE FUNDAMENTALISTA.......................................................................................................7CARACTERÍSTICAS DA ANÁLISE FUNDAMENTALISTA....................................................................7ANÁLISE TÉCNICA.........................................................................................................................7CARACTERÍSTICAS DA ANÁLISE TÉCNICA......................................................................................7A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA..........................................................................................8ORIGENS DA ANÁLISE TÉCNICA.....................................................................................................8

CONCEITOS BÁSICOS ............................................................................................................. 8

O QUE É UMA AÇÃO?.....................................................................................................................8TIPOS DE AÇÃO...............................................................................................................................8O QUE SIGNIFICA CÓDIGO DO ATIVO?.............................................................................................9O QUE SÃO PROVENTOS?..............................................................................................................9DIVIDENDOS..................................................................................................................................10JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO....................................................................................................10BONIFICAÇÃO................................................................................................................................10SUBSCRIÇÃO.................................................................................................................................10

BOVESPA E ÓRGÃOS DE REGULAMENTAÇÃO. ............................................................ 11

BOVESPA......................................................................................................................................11CVM (COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS)........................................................................11CBLC (COMPANHIA BRASILEIRA DE LIQUIDAÇÃO E CUSTÓDIA)...........................................11CORRETORAS...............................................................................................................................11

INDICADORES E ÍNDICES DO MERCADO ....................................................................... 11

VALE A PENA INVESTIR EM AÇÕES? ............................................................................... 12

O QUE É NECESSÁRIO PARA INVESTIR EM AÇÕES? .................................................. 14

QUESTÕES OPERACIONAIS ................................................................................................ 16

CALL DE ABERTURA E FECHAMENTO.........................................................................................16JANELA DE COTAÇÃO..................................................................................................................17LIVRO DE OFERTAS (PEDRA)......................................................................................................17

TIPOS DE ORDENS .................................................................................................................. 18

ORDEM À MERCADO....................................................................................................................18ORDEM LIMITADA.......................................................................................................................18ORDEM DO TIPO START..............................................................................................................18ORDEM DO TIPO STOP LIMITADA..............................................................................................18ORDEM STOP SIMULTÂNEO........................................................................................................19ORDEM STOP MÓVEL..................................................................................................................19

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CURSO - ANÁLISE TÉCNICA

NOÇÕES BÁSICAS ................................................................................................................... 20

GRÁFICOS....................................................................................................................................20GRÁFICO DE BARRAS....................................................................................................................20GRÁFICO DE CANDLESTICKS..........................................................................................................20

ESCALA DOS GRÁFICOS ...................................................................................................... 21

ARITMÉTICA X LOGARÍTMICA...................................................................................................21

FASES DOS MOVIMENTOS ................................................................................................... 22

AS TRÊS FASES DOS MOVIMENTOS............................................................................................22FASES DO MERCADO DE ALTA.....................................................................................................22FASES DO MERCADO DE BAIXA....................................................................................................22

SUPORTES E RESISTÊNCIAS ............................................................................................... 23

SUPORTES.....................................................................................................................................23RESISTÊNCIAS..............................................................................................................................24SUPORTES E RESISTÊNCIAS INTERMEDIÁRIOS..........................................................................26

TOPOS E FUNDOS ................................................................................................................... 27

LTAS E LTBS..............................................................................................................................28CANAIS.........................................................................................................................................29

TEORIA DE DOW ..................................................................................................................... 30

OS ÍNDICES DESCONTAM TUDO..................................................................................................30AS TENDÊNCIAS...........................................................................................................................30UMA TENDÊNCIA É VÁLIDA ATÉ QUE SEJA REVERTIDA...........................................................31A TENDÊNCIA DEVE SER CONFIRMADA POR DOIS ÍNDICES.......................................................32O VOLUME DEVE CONFIRMAR A TENDÊNCIA............................................................................32

PADRÕES GRÁFICOS ............................................................................................................. 33

PORQUE OS PADRÕES ACONTECEM?..........................................................................................33PADRÕES DE CONTINUAÇÃO.......................................................................................................33TRIÂNGULOS.................................................................................................................................33TRIÂNGULO ASCENDENTE............................................................................................................33TRIÂNGULO DESCENDENTE..........................................................................................................33TRIÂNGULO SIMÉTRICO................................................................................................................34RETÂNGULOS................................................................................................................................35CUNHAS........................................................................................................................................35BANDEIRAS E FLÂMULAS.............................................................................................................36PADRÕES DE REVERSÃO.............................................................................................................36OMBRO CABEÇA OMBRO (OCO)..................................................................................................36TOPOS E FUNDOS DUPLOS E TRIPLOS...........................................................................................38

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CURSO - ANÁLISE TÉCNICA

ESTATÍSTICAS DOS PADRÕES......................................................................................................39

A IMPORTÂNCIA DO VOLUME ........................................................................................... 39

CANDLESTICKS ........................................................................................................................ 40

BACKGROUND HISTÓRICO..........................................................................................................40CONSTRUÇÃO DOS CANDLES.......................................................................................................40

PADRÕES DE REVERSÃO ..................................................................................................... 41

HAMMER AND HANGING MAN LINES..........................................................................................41BEARISH AND BULLISH ENGULFING..........................................................................................41DARK CLOUD COVER..................................................................................................................42PIERCING PATTERN.....................................................................................................................43STARS...........................................................................................................................................44O DOJI...........................................................................................................................................44MORNING STAR...........................................................................................................................45EVENING STAR.............................................................................................................................45ABANDONED BABY.......................................................................................................................46SHOOTING STAR...........................................................................................................................46INVERTED HAMMER....................................................................................................................47SPINNING TOPS............................................................................................................................48HARAMI........................................................................................................................................48

INDICADORES ......................................................................................................................... 49

MOVING AVERAGES....................................................................................................................49QUANDO E COMO UTILIZAR MÉDIAS MÓVEIS?............................................................................50MÉDIAS MÓVEIS COMO SUPORTE E RESISTÊNCIA.......................................................................50QUE TIPO DE MÉDIA UTILIZAR?...................................................................................................52MACD (MOVING AVERAGE CONVERGENCE AND DIVERGENCE)...............................................53STOCHASTIC OSCILATOR..............................................................................................................54MOMENTUM INDICATOR...............................................................................................................56RATE OF CHANGE INDICATOR......................................................................................................56

RSI - RELATIVE STRENGTH INDEX .................................................................................. 58

DETERMINANDO AS FAIXAS DO RSI.............................................................................................59DIVERGÊNCIAS............................................................................................................................59TRADING BANDS...........................................................................................................................60

FIBONACCI ................................................................................................................................ 62

EXTENSÕES DE FIBONACCI.........................................................................................................64RETRAÇÕES DE FIOBONACCI......................................................................................................65RETRAÇÕES DE FIOBONACCI......................................................................................................65

MONEY MANAGEMENT ....................................................................................................... 68

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CURSO - ANÁLISE TÉCNICA

PERCENTUAIS NÃO SÃO SIMÉTRICOS.........................................................................................68EXEMPLO DE GERENCIAMENTO EM UMA OPERAÇÃO:..............................................................69REINVESTIMENTO TOTAL / PARCIAL..........................................................................................70

CONTROLE ESTATÍSTICO ................................................................................................... 71

TRIBUTAÇÃO ........................................................................................................................... 71

ISENÇÃO DA TRIBUTAÇÃO...........................................................................................................71DEDUÇÕES....................................................................................................................................71COMPENSAÇÃO DE PERDAS........................................................................................................72IMPOSTO DE RENDA NA FONTE.................................................................................................72COMPENSAÇÃO DO IR EM CASOS DE DAY TRADE....................................................................72PRAZO PARA PAGAMENTO DO IR...............................................................................................72DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL...............................................................................................72

SOFTWARES: ........................................................................................................................... 73

METASTOCK................................................................................................................................73THE DOWNLOADER.....................................................................................................................74

BASE DE DADOS ...................................................................................................................... 75

SUGESTÕES DE LEITURA: ................................................................................................... 76

Links Úteis ................................................................................................................................... 77

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CURSO - ANÁLISE TÉCNICA

Análise Técnica e Análise Fundamentalista

Não há nenhuma razão para que uma pessoa não obtenha um lucro substancial no mercado financeiro; mas existem várias razões para que este investidor perca dinheiro. Diante desta possibilidade os investidores necessitam de ferramentas para auxiliá-los a tomar a decisão correta.

Existem basicamente duas metodologias com abordagens distintas que podem auxiliar o investidor na tomada de decisão, são elas:

Análise Fundamentalista Análise Técnica

Ambas as escolas estudam o comportamento do mercado e auxiliam o investidor na escolha das ações e no melhor momento para comprar ou vender. Basicamente as duas escolas procuram resolver o mesmo problema: a decisão de compra ou venda, mas com abordagens diferentes. Enquanto a análise fundamentalista estuda as causas do movimento dos preços e a análise técnica estuda o efeito, ou o comportamento dos preços.

Apesar de serem metodologias com abordagens diferentes, usualmente utiliza-se a abordagem fundamentalista para identificar oportunidades de investimentos e a abordagem técnica para definir o momento mais apropriado para a entrada e saída.

Recentemente uma pesquisa conduzida pela InfoMoney junto a 2.045 usuários do site www.infomoney.com.br confirmou que, dos usuários pesquisados que analisam o mercado de ações, 49% utilizam conceitos tanto de análise fundamentalista como técnica. Para 29% a análise técnica prevalece, enquanto 22% apontaram sua preferência pela análise fundamentalista. O importante é entender que as metodologias não são excludentes, pelo contrário, aplicadas em conjunto têm condição de aprimorar a acuidade e por sua vez, a rentabilidade do investidor.

Uma forma cada vez mais comum de combinar as duas análises é a filtragem dos papéis por critérios de análise fundamentalista e a definição do timing de compra ou venda dos papéis com base nos critérios da análise técnica. Na prática isso se traduz pela escolha de ações de empresas sólidas, de bons fundamentos e perspectivas positivas de acordo com a análise fundamentalista e com base nesta “short list” de ações selecionadas, o investidor aplica os diversos conceitos de análise técnica, como análise de tendências, linhas de suporte e resistência, linhas de tendência, Candlesticks e o uso de indicadores técnicos, com o objetivo de determinar o melhor momento para entrar ou sair de cada papel.

Nos estados unidos, esta combinação recebe o nome de “technofundamental trading”, e permite ao investidor aplicar simultaneamente conceitos das duas escolas, buscando, sobretudo, identificar quando as duas metodologias indicam o ativo correto para compra ou venda.

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CURSO - ANÁLISE TÉCNICA

Análise Fundamentalista

É um tipo de análise de mercado que, como o próprio nome já diz, baseia-se nos fundamentos da empresa.

Tem por finalidade tentar medir o valor intrínseco de um ativo, ou seja, determinar um valor adequado que reflita a situação da empresa no presente e as possibilidades de aumento do valor das suas ações no futuro.

Determinar o valor intrínseco de uma ação consiste em avaliar fatores difíceis de quantificar, tais como: o cenário econômico em que a empresa e o setor ao qual pertencem estão envolvidos, o posicionamento da empresa no mercado, o balanço da empresa com seus indicadores da saúde econômica, as margens de lucro, fluxo de caixa, demonstrativo das mutações do patrimônio líquido, balanço social, entre outros.

Características da Análise Fundamentalista

As ferramentas que os fundamentalistas utilizam para fazer suas análises são, na maioria das vezes, indicadores como:

-Preço / Lucro -Preço / Fluxo de Caixa Operacional -Preço/Lucro+Depreciação (x) -Lucro/Preço (%) -Valor Patrimonial por ação ($) -Preço / Valor Patrimonial (X)

-Dividend Yield (%) -Pay out (%) -Dividendo pago por ação ($) -Price Sales Ratio (X) -Firm Value ($)

Análise Técnica

A análise técnica ou análise gráfica é uma abordagem que utiliza gráficos, como ferramenta principal para determinar o melhor momento e preço, para iniciar ou encerrar uma operação.

Em complemento à utilização de gráficos, a análise técnica inclui também ma série de teorias sobre como acontecem os movimentos do mercado.

“Análise técnica, de uma maneira simples, é uma abordagem que permite ao seu praticante avaliar qual o melhor momento (timing) para se iniciar/encerrar uma operação ou, ainda, quando ficar fora do mercado. Para tanto, utiliza gráficos e teorias formuladas sobre sua dinâmica e, mais recentemente, estudos matemático-estatísticos complementares.”

Márcio Noronha

Características da Análise Técnica

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CURSO - ANÁLISE TÉCNICA

A análise técnica tem por princípio a análise de dados como preço e volume gerados pelas transações, na busca de padrões. Na verdade a análise técnica visa identificar a ação dos componentes emocionais presentes no mercado para tomar sempre um posicionamento favorável à tendência dos preços. A identificação da tendência dos preções é fundamental para a determinação de targets ou projeções de preço.

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ANÁLISE TÉCNICA

A importância da Análise Técnica

A análise técnica funciona porque o mercado corresponde à soma dos desejos, medos e expectativas das pessoas. O valor de um ativo reflete o encontro entre os que acreditam que o ativo irá se valorizar (compra) versus aqueles que pensam o contrário (venda). Essas manifestações são apresentadas graficamente através das cotações.

As pessoas costumeiramente lembram-se dos valores ou patamares de preço em que ganharam ou perderam dinheiro, formando intuitivamente, zonas de preços chamadas regiões de suporte ou resistência, como veremos mais adiante. De modo semelhante, as tendências são formadas e a análise técnica oferece ferramentas que possibilitam identificar e medir a força da tendência e mesmo sua provável extensão.

Outro fator importante é a crescente popularidade da análise técnica. Conforme ela ganha mais adeptos, mais pessoas passam a utilizar suas teorias e a perceber, simultaneamente, padrões de compra e venda o que acaba por impulsionar o movimento dos preços.

Origens da Análise Técnica

As origens da análise técnica moderna estão nos trabalhos de Charles Dow no início do século XX. Dow, junto com Edward D. Jones, publicava um informativo financeiro que mais tarde se tornaria o "The Wall Street Journal", que é ainda hoje, uma das principais fontes de informação do mercado americano.

Através do jornal, Dow apresentava suas observações sobre o comportamento do mercado. O conjunto desses textos seria posteriormente compilado, gerando o que pode ser considerado o início da análise técnica: “A Teoria de Dow”.

Os postulados que compõem “A Teoria de Dow” são a “espinha dorsal” da Análise Técnica e serão abordados em detalhe mais adiante, mas antes é importante que o leitos se familiarize com conceitos básicos do mercado de renda variável, no nosso caso, o mercado de ações.

Conceitos Básicos

O que é uma ação?

Por definição, uma Ação pode ser descrita da seguinte maneira:

“Ação: Valor mobiliário correspondente a uma fração do capital social de uma companhia ou, ainda, um título representativo de propriedade da

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ANÁLISE TÉCNICA

menor parcela do capital de uma empresa.”

Tipos de ação

Existem basicamente dois tipos de ação, as ações PN e as ações ON.

Ação PN ou Preferencial Nominativa: Tem preferência na distribuição de proventos da empresa e pode ou não ter direito a voto na assembléia dos acionistas. Se a empresa não distribuir dividendos em três exercícios sociais, as preferenciais adquirem direito a voto.

Ação ON ou Ordinária Nominativa: Tem direito a voto por definição de lei e participa da distribuição de lucros após as preferenciais.

Existe ainda uma classificação das ações por advento de sua liquidez (capacidade de um título, ação ou outro tipo de bem, ser convertido em dinheiro). Quanto maior a capacidade de converter o ativo em dinheiro, maior é a liquidez do ativo.

Quanto à liquidez, as ações podem ser de primeira, segunda ou terceira linha:

De primeira linha (Blue Chips): São ações de grande liquidez e procura e em geral de empresas tradicionais, de grande porte e excelente reputação.

De segunda linha: São ações um pouco menos líquidas, de empresas de boa qualidade, mas de maior risco. Em geral, são de empresas de grande e médio porte.

De terceira linha: São ações com pequena liquidez, Em geral de companhias de porte médio e pequeno, porém não necessariamente de menor qualidade.

Na Bovespa, as ações são agrupadas por lotes de 1, 100, 1.000, 10.000 ou 100.000, que são chamados de lotes padrão. As cotações dos referidos lotes podem, ainda, ser por lote de mil ou unitária. (Isso causa uma confusão inicial que solucionaremos mais a frente).

O que significa código do ativo?

O código do ativo serve para identificá-lo perante a Bolsa e a CVM. Normalmente é constituído por quatro letras e um número. As letras fazem referência ao nome da empresa e o número subseqüente indica:

3 - ON 4 - PN 5 - PNA 6 - PNB

7 – PNC 10 - Recibo 11 – UNT (unit)

Vale Lembrar que as UNT ou Units são composições de ações como podemos observar no quadro abaixo.

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ANÁLISE TÉCNICA

Nome de Pregão

Código

Composição

ALL AMER LATALLL11

1 ação ON + 4 ações PN

ANHANGUERAAEDU11

1 ação ON + 6 ações PN

KROTONKROT11

1 ação ON + 6 ações PN

SANTOS BRPSTBP11

1 ação ON + 4 ações PN

SEBSEBB11

1 ação ON + 6 ações PN

SUL AMERICASULA11

1 ação ON + 2 ações PN

TERNA PARTTRNA11

1 ação ON + 2 ações PN

UNIBANCOUBBR11

1 ação do Unibanco PN + 1 ação do Unibanco Holdings PNB

Fig. 0 - Relação de UNITS negociadas na Bovespa

O que são proventos?

Provento é um benefício que o acionista tem por advento de deter em custódia, as ações de uma determinada empresa. Existem proventos pagos em dinheiro e proventos no qual o benefício ao acionista se dá em forma de ações:

Dividendos / Juros sobre o capital próprio (dinheiro) Subscrições / Bonificações (na forma de ações)

Dividendos

Representa o recebimento de uma parcela do lucro que a empresa apurou num determinado exercício contábil. Por lei (“Lei das Sociedades Anônimas”) toda empresa com capital social aberto listada em bolsa deve distribuir pelo menos 25% do lucro apurado no exercício contábil aos acionistas.

Para a empresa, os dividendos são distribuídos a partir do lucro líquido, ou seja, após o pagamento de impostos. Para o acionista que recebe o dividendo isso é bom, pois o dividendo é líquido e livre de impostos.  

Juros sobre capital próprio

Difere da distribuição de dividendos, pois não é isenta de tributação, entretanto, o pagamento de 15% de imposto de renda na fonte ainda sim, pode ser melhor que o recebimento de dividendos.Para a empresa, o uso de JCP é vantajoso do ponto de vista fiscal, pois permite que a empresa remunere seus acionistas até o valor da taxa de juros de longo prazo (TJLP), considerado como despesa financeira, reduzindo

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ANÁLISE TÉCNICA

assim o lucro tributável e diminuindo o IR a ser pago pela empresa.

A grande vantagem é que a empresa pagaria impostos maiores sobre o lucro, na faixa de 25%, do que os acionistas, que pagam 15% sobre os JCP. Assim, ela pode oferecer JCP, que mesmo após o pagamento de IR, podem ser maiores do que seriam na forma de dividendos, em função da diferença nas alíquotas de tributação. Aos acionistas, cabe apenas ter a atenção necessária para averiguar se o valor anunciado para pagamento de JCP é o bruto (sem impostos) ou líquido (já descontando os impostos).

Bonificação

A bonificação não é, na grande maioria das vezes, um provento em dinheiro, mas sim em ações. A bonificação representa uma distribuição gratuita de novas ações, geralmente em função de aumento de capital ou incorporação de reservas. É importante destacar que, ao contrário dos dividendos e JCP, onde existe um efetivo desembolso de dinheiro, no caso de bonificações as cotações das ações podem se ajustar.

Por exemplo:Se a empresa anunciar uma bonificação de 100%, ou seja, uma nova ação para cada possuída, sem uma contrapartida em termos de aumento do efetivo valor da empresa, o preço das ações tende a se ajustar.

Se o valor da empresa era de R$ 1 bilhão e ela tinha 500 milhões de ações a R$ 2,00 cada, dar uma bonificação de 100% em geral leva o preço das ações a R$ 1,00, já que são agora um milhão de ações de uma empresa que continua valendo R$ 1 bilhão. 

Subscrição

A subscrição representa um direito que os acionistas têm de adquirir novas ações a custo e preço determinado. A subscrição pode surgir como um benefício aos acionistas. Caso o preço de subscrição seja inferior ao preço de mercado, de forma que estará sendo dada uma espécie de "desconto" para os acionistas. Caso o preço seja equivalente ou superior ao de mercado, isso muitas vezes não representa uma vantagem, já que não existe condição diferenciada em relação a quem ainda não possui ações da empresa.

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ANÁLISE TÉCNICA

Bovespa e órgãos de regulamentação.

Bovespa

A Bovespa (bolsa de valores de SP) é o maior centro de negociação de ações da América Latina e, devido ao expressivo volume de operações, todas as operações são fiscalizadas para sua maior transparência.

Organizadas como sociedades civis, com funções de interesse público, as bolsas atuam como órgãos auxiliares da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) na fiscalização do mercado (em especial de seus membros, as Sociedades Corretoras) e tem ampla autonomia na sua esfera de responsabilidade.

CVM (Comissão de Valores Mobiliários)

A Comissão de Valores Mobiliários foi criada em 1976 para, juntamente com o Conselho Monetário Nacional, estabelecer as normas e diretrizes de funcionamento do mercado de valores mobiliários. Têm sob sua jurisdição as Bolsas de Valores e Sociedades Corretoras, Bancos de Investimento, Sociedades Distribuidoras, Companhias Abertas, Agentes Autônomos de Investimento, Auditores Independentes, Consultores e Analistas de Valores Mobiliários além dos Gestores de Recursos.

CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia)

A Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia foi criada em 1997 em resposta às necessidades do mercado brasileiro de estabelecer uma estrutura moderna de liquidação dos títulos e valores negociados. A CBLC é uma Clearing ou Depositária, que oferece serviços de custódia, compensação, liquidação e gerenciamento de riscos.

Corretoras

As Sociedades Corretoras de Valores são instituições financeiras membros das bolsas de valores, credenciadas pelo Banco Central, pela CVM e pelas próprias bolsas e estão habilitadas, entre outras atividades, a negociar valores mobiliários com exclusividade no pregão das bolsas. Todas as operações que ocorrem na bolsa de valores (seja de CPF ou CNPJ) têm necessariamente que ocorrer através de um intermediador, no nosso caso, as Corretoras.

Indicadores e Índices do Mercado

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ANÁLISE TÉCNICA

É muito comum que os iniciantes do mercado financeiro referiram-se ao “I”bovespa, na verdade querendo referir-se à Bovespa. Bovespa é a Bolsa de Valores, e Ibovespa é o índice ou carteira teórica formada pelas principais ações do mercado brasileiro, que serve de referencial para o comportamento da bolsa.

Mas na Bovespa, além do Ibovespa, existe ainda uma série de outros índices como:

- Índice FGV 100: Carteira teórica criada pela Fundação Getúlio Vargas, formado pelas 100 maiores empresas privadas não financeiras do mercado.

- Índice Futuro: Mercado onde se faz seguro (hedge) ou se especula com o comportamento futuro do índice Bovespa.

Vale a pena investir em ações?

Fig. 1 – Histórico de Evolução da BRKM5 (Braskem)

O gráfico acima é um gráfico de periodicidade diária da evolução dos preços da empresa Braskem PN, que custava

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ANÁLISE TÉCNICA

7,67 no início de 2003 e que no início de 2005 chegou a custar 136,00.

Fazendo uma conta simples tivemos uma valorização de aproximadamente 1673,14%.

Considerando que um investidor tivesse efetuado uma operação de compra no início de 2003 de um total de R$ 10.000,00 (dez mil reais), e que apenas permanecesse comprado durante todo o período citado (“buy and hold), desmontando a operação em 2005, teria conseguido apurar a monta de aproximadamente R$ 167.314,00 (cento e sessenta e sete mil trezentos e quatorze reais).

Com a utilização da análise técnica, aprendemos a identificar pontos de entrada e saída para maximizar os lucros, evitando os momentos de depreciação. Alguém com conhecimento mais apurado certamente poderia, neste caso, ter tido uma rentabilidade ainda maior.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 1.1 – Histórico de Evolução da BRKM5 (Braskem)

Fazendo uma conta simples poderíamos ter tido algo em torno de 847,84 % na primeira operação e 240,00% na segunda operação, gerando uma rentabilidade total de 2.229,98 %.

Ou seja: alguém que tivesse entrado no mercado com R$ 10.000,00 (dez mil reais) estaria agora com R$ 232.998,00 (duzentos e trinta e dois mil novecentos e noventa e oito reais).

É claro que este é um exemplo e que não é tão simples para um investidor qualquer identificar os papéis, e os momentos certos de compra e venda.

Por isso é importante estudarmos a Análise Técnica.

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ANÁLISE TÉCNICA

O que é necessário para investir em ações?

Organização

Mantenha sempre um “diário de bordo” atualizado, com os gráficos, pontos de entrada e saída, targets e relação risco/retorno de cada operação.

Disciplina

“Plan your trade and trade your plan”, planeje suas operações e siga à risca o que se propôs a executar.

Tolerância ao risco

O mercado acionário é um mercado de renda “VARIÁVEL” e o participante tem que estar ciente disto.

Sensibilidade

Infelizmente a sensibilidade só é adquirida com tempo de operação. Para que o ganho de sensibilidade não seja “doloroso”, com uma série de perdas financeiras, estude bastante antes de ingressar no mercado efetivamente, faça simulações (“paper trade”) de suas operações, até que tenha adquirido a tão esperada sensibilidade.

Flexibilidade

Seja flexível em aceitar outras teorias e abra sua mente a tudo e a todos. Elimine conceitos errôneos que porventura tenha assimilado anteriormente. Discuta seus posicionamentos, mas tome por orientação suas próprias conclusões.

Capital inicial

O capital sugerido para começar é de aproximadamente R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Com este valor já é possível comprar um lote padrão da maioria dos papéis negociados na Bovespa, entretanto como veremos mais adiante, quanto menor o capital inicial, mais difícil atravessar a “arrebentação”.

Microcomputador, Internet e Softwares.

O ideal é ter um micro de geração recente, rodando um sistema operacional estável (Windows Vista ou XP), com pelo menos 512 MB de memória, além de um bom monitor.

A conexão à internet deve oferecer o máximo de estabilidade possível. O aconselhável é que se tenha pelo menos 256 Kbps.

Os softwares são extremamente necessários, pois são ferramenta de trabalho e serão abordados em profundidade mais à frente.

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ANÁLISE TÉCNICA

Corretora

A corretora deve ser escolhida com muito critério, pois suas ferramentas operacionais podem facilitar o dia a dia do trader. As corretoras oferecem uma grande variedade de serviços a custos variados e a relação custo x benefício deve ser considerada antes respectiva contratação dos serviços.

Entre os serviços oferecidos pelas corretoras estão: a possibilidade de utilização de ordens de Stop de venda, Stop móvel, start para compras, limites operacionais, streamers, plataformas operacionais (home broker), aplicativos, informativos, entre outros.

Em Vitória podemos contar com a Uniletra Corretora, que está preparada para atender o público capixaba com uma estrutura moderna e eficiente, além de possuir um grupo de colaboradores especializados e preparados para tal.

Telefone: (027) 4009-0456

Site: www.uniletra.com.br

Endereço: R. Joaquim Lírio, 820, The Point Plaza, conj. 10/11, Praia do Canto, Vitória/ES

CEP: 29055-460

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ANÁLISE TÉCNICA

A Uniletra Corretora atua oferecendo suporte às operações de investimento no mercado financeiro e acionário nacional, com opções de:

Investimentos em Ações Opções Mercado à Termo Futuros Swaps

Para abrir a sua conta na Uniletra Corretora, basta acessar o link: http://www.uniletra.com.br/cadastro/ ou entrar em contato com a equipe de atendimento através do telefone (027) 4009-0456 para ter acesso ao Sistema de Cadastro.

O processo de abertura de conta é normalmente simples, assemelhando-se ao de abertura de uma conta bancária convencional, sendo necessário o preenchimento dos devidos formulários e o envio dos seguintes documentos:

Cópia autenticada do documento comprobatório (indicado no cadastro)

Cópia autenticada do RG Cópia autenticada do CPF Comprovante de residência atual.

Questões operacionais

Call de abertura e fechamento

A pré-abertura é um processo semelhante ao leilão, que ocorre durante os 15 (quinze) minutos que antecedem a abertura dos negócios. Neste processo são incluídas ordens, que poderão formar o preço de abertura, seguindo o mesmo princípio da formação de preço do leilão, mas nenhum negócio é fechado antes da abertura do pregão. Se, nos dois minutos que antecedem o encerramento da pré-abertura, for incluída uma ordem que altere os valores de preço e quantidade teórica, automaticamente, será gerado um leilão.

O call de fechamento ocorre durante os 5 (cinco) minutos que antecedem o encerramento do pregão. Neste processo todas as ações que compõe o Índice Ibovespa entram em leilão.

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ANÁLISE TÉCNICA

Janela de cotação

Fig. 2 – Janela de Cotação da TNLP4 (Telemar PN)

Esta é uma janela de cotação padrão. Todas as corretoras que tem o serviço Home Broker, disponibilizam algum recurso similar à esta janela de cotações. A partir desta janela, pode-se emitir ordens, acompanhar o preço e ter acesso a uma série de informações importantes como máxima, mínima, livro de ofertas, book de negócios, etc.

Livro de ofertas (Pedra)

Fig. 2.1 – Livro de ofertas TNLP4 (Telemar PN)

Esta é a lista de ofertas, comumente chamada de “Pedra”. Nela estão listadas por preço e ordem de chegada, as ofertas de compra e venda de um determinado papel.

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ANÁLISE TÉCNICA

Tipos de ordens

Ordem à mercado

É uma ordem onde o investidor determina apenas a quantidade de ações que deseja comprar ou vender. Ao enviar uma ordem deste tipo para a “pedra”, ela será executa nos melhores preços disponíveis naquele momento até que a quantidade total seja atendida.

Ordem Limitada

É o tipo de ordem onde o investidor limita o atendimento da ordem à um preço máximo que deseja pagar por uma compra ou o preço mínimo que deseja receber numa venda. Em alguns casos a ordem limitada pode ser executada a um preço mais favorável, dependendo das circunstâncias de mercado. As ordens inseridas através do Home-Broker , por determinação da Bovespa, são sempre do tipo Limitada.

Ordem do Tipo Start

A ordem Start é uma ordem de compra enviada à Bolsa quando o preço da ação atingir ou ultrapassar o preço determinado pelo cliente como preço de disparo da ordem.

Por exemplo:Se um investidor deseja comprar uma ação apenas após a confirmação do rompimento de uma resistência, poderá determinar o valor de disparo da ordem bem como o preço limite a pagar pela ação. Suponha que uma ação esteja sendo negociada a R$ 20,00 e sua resistência é R$ 21,50. O investidor quer comprar a ação apenas se ocorrer um negócio no preço ou acima do preço de disparo previamente instituído. Dessa forma, ele poderá colocar a ordem Start com o preço de Start a R$ 21,51 e o preço limite a R$ 21,60.Para algumas corretoras, a ordem com Start não é VAC (válida até o cancelamento), ou seja, tem prazo de validade específico. Terminado este período, a ordem deve ser registrada novamente, caso ainda não tenha sido executada.

Ordem do Tipo Stop Limitada

As ordens do tipo Stop são extremamente importantes na montagem de uma operação, pois podem limitar as perdas de uma operação. É uma ordem de venda inserida no sistema da Bovespa através de um mecanismo onde os critérios de validação da ordem são previamente estabelecidos pelo cliente. A ordem do tipo Stop Limitada pode funcionar como uma ferramenta de proteção para o investidor, já que a ordem é enviada à Bolsa quando o preço da ação ultrapassa o preço determinado pelo cliente como preço de disparo da ordem.

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ANÁLISE TÉCNICA

Por exemplo:Se um investidor comprar uma ação a R$ 2,00 e quiser limitar sua perda a 10%, ele poderá colocar uma ordem Stop limitada a R$ 1,80. Quando o preço do último negócio for igual ou menor a R$ 1,80, será disparada uma ordem de venda limitada a R$ 1,80. O preço de disparo pode ser diferente do preço limite de execução.

Por exemplo:O investidor pode estabelecer o preço de disparo da ordem como sendo de R$ 1,80, mas com execução limitada a R$ 1,70 ou qualquer outro preço.

Lembre-se que mesmo que sua ordem esteja limitada a R$ 1,70 o preço de execução poderá ser superior caso haja um comprador a preço melhor no momento da execução.

Em algumas corretoras, a ordem de Stop não é VAC (válida até o cancelamento), ou seja, tem prazo de validade determinado. Findo o referido prazo, a ordem deve ser novamente registrada, caso ainda não tenha sido executada.

Ordem Stop Simultâneo

A ordem Stop simultâneo é uma ordem de venda onde o investidor define dois parâmetros para o disparo da ordem. Isso significa que a ordem pode "Stopar" um prejuízo ou "Stopar" um lucro. Por exemplo:Supondo que o investidor comprou uma ação a R$ 20,00 reais e deseja limitar seu prejuízo vendendo-a a R$ 19,00 e realizar seu lucro vendendo-a a R$ 22,00, caso ela chegue a este patamar. Ele colocará a ordem de Stop simultâneo definindo os dois preços de disparo da ordem além do preço limite da ordem que seguirá para a Bolsa. Ao ser atingido um dos dois parâmetros, a ordem segue apenas uma vez. Ou seja, mesmo que o segundo parâmetro venha a ser atingido futuramente, a ordem já terá seguido para a Bolsa, tornando, portanto a ordem Stop desativada.

Ordem Stop Móvel

Também conhecido como trailing Stop, o Stop móvel é, como o nome sugere, uma ordem Stop que se move, mas somente para cima.

Os parâmetros do Stop Móvel são:

Preço Stop – é o preço de disparo inicial. Sua ordem de venda será disparada imediatamente ao atingir este preço.

Preço de Venda – é o preço real que você deseja vender seu papel caso o Stop seja disparado.

Início do Móvel – é o preço a partir do qual o incremento em seu Stop começará. Deve ser uma cotação superior a cotação atual do papel.

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ANÁLISE TÉCNICA

Ajuste Inicial – é o valor que será adicionado aos parâmetros de seu Stop assim que a mobilidade do mesmo for iniciada. O valor mínimo deve ser de R$ 0,01.

Exemplo:

Suponha que você tenha comprado uma ação a R$ 100,00 e tenha interesse em colocar uma ordem de Stop móvel para minimizar seu risco. Inicialmente, você não deseja perder mais do que R$ 5,00 por ação, por exemplo. Logo, poderíamos colocar o Preço Stop em R$ 96,00 e o Preço de Venda em R$ 95,00. Porém, você quer que a partir de R$ 105,00 o Stop se ajuste para um valor superior. Ou seja, você deseja que a diferença entre o máximo da cotação após você ter colocado o Stop Móvel seja sempre de R$ 5,00 assim que ela atingir os R$ 105,00. Suponha que após você ter comprado a ação, a cotação atingiu os R$ 105,00. Imediatamente ao atingir este preço, seu Stop será movido R$ 5,00 para cima a fim de efetuar o Ajuste Inicial especificado por você e manter a diferença em reais a partir deste ponto, i.e., o novo Preço Stop será de R$ 101,00 e o novo Preço de Venda será de R$ 100,00. Se a cotação da ação cair para R$ 103,00, seu Stop não será alterado e o Preço Stop continuará sendo R$ 101,00 e o Preço de Venda continuará sendo R$ 100,00. Se a cotação subir para R$ 107,00, seu Stop será movido novamente a fim de manter a diferença entre a última cotação e seu Stop móvel, i.e., o novo Preço Stop será de R$ 103,00 e o novo Preço de Venda será de R$ 102,00. Note que a diferença é SEMPRE mantida a partir do valor de Início do Móvel entre o Preço de Venda e o preço máximo do papel após sua compra ser efetuada.

Vale lembrar que o envio de uma ordem não garante a execução da mesma. Todas as ordens enviadas estão sujeitas às condições de mercado para sua execução.

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ANÁLISE TÉCNICA

Noções Básicas

Gráficos

É uma representação pictográfica da variação dos preços das ações ao logo do tempo, podendo ser representado de várias formas. Entre as mais comuns estão o Gráfico de Barras, o Gráfico de Candles:

Gráfico de Barras

Cada barra representa o movimento dos preços em um período de tempo, que pode ser: um mês, uma semana, um dia, quinze minutos, um minuto, etc.

Na barra o tique esquerdo representa o preço de abertura, o direito, o de fechamento e as extensões, os valores de máximas e mínimas dos

preços.

As periodicidades mais comuns são 5, 15 e 60 minutos, diária, semanal e mensal.

Fig. 3 – Exemplo de uma Barra

O tamanho da barra (distância entre o máximo e o mínimo) nos mostra o tamanho da batalha entre compradores e vendedores e pode ser chamado de “range”. Uma barra pequena ou média, normalmente, demonstra um mercado calmo, sem volatilidade.

Normalmente, o preço de abertura é definido por investidores que se baseiam em notícias, colocando suas ordens logo na abertura do pregão. Por outro lado, o preço de fechamento é definido pelos investidores profissionais, que acompanham as cotações durante todo o pregão, para no final, efetuar seu posicionamento. Naturalmente, o preço de fechamento é o preço mais importante do dia pois, normalmente envolve a maior quantidade de dinheiro por unidade de tempo.

Gráfico de Candlesticks

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ANÁLISE TÉCNICA

Da mesma forma como

acontece com as barras cada candle corresponde à formação de um movimento relativo à periodicidade analisada. (Um estudo bastante aprofundado sobre Candlesticks será apresentado mais à frente).

Fig. 3.1 – Exemplo de uma Candlesticks

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ANÁLISE TÉCNICA

Escala dos Gráficos

Aritmética x Logarítmica.

Precisamos nos atentar à forma correta como devemos visualizar as informações. Para ativos com baixo valor de cotação, precisamos necessariamente utilizar escala logarítmica para eliminarmos distorções. No caso dos ativos que tem um valor muito baixo, a variação percentual de cada centavo é maior, sendo necessária a utilização de uma escala semilog ou semi-logarítimica (logarítmica apenas no eixo Y).

Fig. 4 – Evolução da NETC4 (Globo Cabo PN) em Gráfico com escala aritmética

Fig. 4.1 – Evolução da NETC4 (Globo Cabo PN) em Gráfico com escala semilog

Como podemos observar na comparação entre os gráficos acima, os valores estavam completamente distorcidos,

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ANÁLISE TÉCNICA

eliminando qualquer possibilidade de se executar uma análise técnica correta. Gráficos Logarítmicos são mais indicados para ativos com baixo valor individual, pois pequenas variações de preço representam grandes variações percentuais.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fases dos Movimentos

As Três Fases dos Movimentos

Charles Dow fez uma série de observações sobre os movimentos de preços, tanto de alta como de baixa, caracterizando aspectos psicológicos marcantes de cada fase:

Fases do Mercado de Alta

Fase 1: No início da alta o mercado começa a ser propulsionado por investidores mais qualificados, que percebem logo que novos ventos estão soprando. Enquanto isso, a grande maioria ainda acredita que o pior ainda está por vir, o que permite aos investidores de elite comprar os títulos a preços muito mais acessíveis. As notícias apresentadas pela mídia refletem as expectativas negativas da maioria.

Fase 2: A segunda parte é uma aceleração mais acentuada do movimento. A pressão compradora aumenta significativamente. As ofertas de venda começam a ficar cada vez mais escassas.

Fase 3: A terceira fase é marcada por grandes altas. Os participantes do mercado, de maneira geral, estão cada vez mais seguros de seus lucros e os investidores mais bem preparados começam a vender suas posições. A grande massa de investidores está em clima de euforia que se realimenta diariamente nos noticiários. Está aberta a possibilidade para a fase 1 do mercado de baixa.

Fases do Mercado de Baixa

Fase 1: Nesta fase os profissionais e investidores de elite vendem seus ativos, iniciando a retração.

Fase 2: É uma etapa marcada por um grande

nervosismo, os investidores percebem o equívoco e tentam se desfazer de suas posições.

Fase 3: Com as grandes perdas e ativos muito

desvalorizados a pressão vendedora se dissipa, oportunidades para uma nova alta começam a surgir.

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ANÁLISE TÉCNICA

Suportes e Resistências

Suportes

Suportes são níveis de preços onde as compras feitas pelos investidores são fortes o suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo de queda, gerando um ponto de retorno;

Fig. 5 – Nível de Suporte AMBV4 (AmBev PN) Gráfico de Barras

O movimento de exploração de níveis abaixo das linhas de suporte é denominado “spring”, e pode ser interpretado como um movimento provocado pela ponta de venda para testar a força do suporte.

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ANÁLISE TÉCNICA

Resistências

Resistências são níveis de preços onde as vendas feitas pelos investidores são fortes o suficiente para interromper durante algum tempo e, possivelmente, reverter um processo de subida, gerando um ponto de retorno.

Fig. 5.1 – Nível de resistência VCPA4 (Votorantim PN) – Gráfico de Barras

Para rompimento de suportes, resistências e linhas de tendência, vale o princípio da inversão (também chamado de Princípio da Inversão de Polaridade). Como o nome sugere, o princípio está relacionado com a inversão de papéis, ou seja, uma resistência passa a funcionar como suporte e vice-versa.

De maneira simples, suponha que determinada região de preços é uma resistência. Se este patamar de preços for superado, ele tende a tornar-se uma zona de maior pressão compradora, ou seja, um suporte. O raciocínio oposto também é válido: se uma região de suporte for perdida, ela passará a funcionar como uma resistência.

Os pontos 2 e 3 são chamados por alguns autores de “Scouting Party”, ou ainda “upthrust”, por terem passado além da resistência e recuado ainda na mesma

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ANÁLISE TÉCNICA

periodicidade seria o equivalente a um “reconhecimento de terreno”, por parte da ponta de compra.

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ANÁLISE TÉCNICA

Analisemos um exemplo do princípio no índice Bovespa logo abaixo:

Fig. 5.2 – Princípio da Inversão de polaridade – IBOV

(Índice Bovespa)

A linha azul é, inicialmente, um suporte, tendo funcionado diversas vezes como um local de reação do mercado. Entretanto, o suporte acabou por ser perdido transformando-se em uma linha de resistência. Trata-se da ação do princípio da inversão.

Normalmente, quando as resistências são rompidas há uma ligeira arrancada nos preços, fixando o valor de rompimento como referência de suporte. Entretanto, na maioria das vezes, os preços retroagem para testar este suporte, num movimento comumente chamado de “pull back” para testar a validade daquela faixa de valores como suporte. O mesmo acontece na perda de um suporte importante.

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ANÁLISE TÉCNICA

Suportes e Resistências intermediários

Existem situações onde nos deparamos com vários níveis de suportes e resistências. Estes pontos são considerados suportes e resistências intermediários e são muito menos significativos.

Fig. 5.3 – Trading Range em ARCZ6 (Aracruz PNB) – Gráfico de Barras

Há ainda fatores que intensificam suportes e resistências. São eles:

Quanto mais longa uma área de suporte ou resistência - sua duração no tempo ou o número de vezes que foi atingida - mais forte ela é;

Quanto maior a amplitude de uma área de congestão, mais forte ela é;

Quanto maior o volume das operações numa área de suporte/ resistência, mais forte ela é.

Suportes e resistências são criados em momentos de alternância dos estados emocionais do mercado, no ciclo ganância – indecisão – medo – indecisão – ganância. Nada mais são do que pontos psicológicos do mercado, formados pela memória da massa de investidores, quando lembram que determinado ativo ao atingir um determinado preço, iniciou um processo de reversão, então, posicionam suas

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ANÁLISE TÉCNICA

ordens de compra nesta faixa de preço, formando aí um SUPORTE. Do mesmo modo, lembram que a ação passou a cair quando atingiu determinado valor e decidem coletivamente, colocar ordens de venda neste ponto, formando uma resistência.

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ANÁLISE TÉCNICA

Topos e fundos

Normalmente os preços não andam em linha reta. Cada ponto de inflexão durante a trajetória dos preços pode ser chamado de topo ou fundo.

Os topos configuram-se quando em um avanço dos preços (pelo menos dois ou três fechamentos a preços sucessivamente superiores), há falha em atingir novas máximas e fechamos abaixo do fechamento do dia anterior. Os fundos configuram-se inversamente análogos aos topos.

Existem topos e fundos primários e secundários. A noção de topos e fundos primários e secundários, de certa forma, é subjetiva. Eles serão definidos com precisão quando forem classificados de acordo com a sua periodicidade.

Os topos mais importantes (principais) são aqueles cujo ponto de inversão ocorreu após um movimento mais prolongado numa determinada direção e os menos importantes (secundários) são aqueles que inverteram a direção do preço por um curto período de tempo e que na seqüência formam um movimento mais amplo, cuja inversão no extremo cria um topo ou fundo principal.

Quando os preços apresentam uma sequência de topos e fundos ascendentes, dizemos que existe uma tendência de alta. Quando a sequência é de topos e fundos descendentes, damos o nome de tendência de baixa e quando não há uma tendência definida, chamados de congestão lateral.

Tendência de alta:As tendências de alta são constituídas por uma sucessão de topos e fundos cada vez mais altos (ziguezagues ascendentes)

Tendência de baixa:As tendências de baixa são constituídas por uma sucessão de topos e fundos cada vez menores (ziguezagues descendentes).

Tendências laterais:As tendências laterais são constituídas por topos e fundos nas mesmas faixas de valores, formadas por ziguezagues laterais. (constituindo congestões).

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ANÁLISE TÉCNICA

LTAs e LTBs

Linhas de tendência de alta e baixa, nada mais são que linhas interligando fundos ascendentes (LTA) e topos descendentes (LTB) para facilitar a visualização das tendências.

Fig. 6 – LTA (Linha de Tendência de Alta) em PETR4 (Petrobrás PN) – Gráfico de Candles

As linhas de tendência são fundamentais na análise técnica, pois além de evidenciarem a tendência, a sua angulação pode demonstrar a velocidade com que os preços mover-se-ão no tempo.

Logicamente, as de menor angulação, são mais seguras. Por isso a mudança na angulação de uma LTA / LTB sugere, em algumas táticas operacionais, o reposicionamento dos Stops.

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ANÁLISE TÉCNICA

Canais

Comprovadamente, na maior parte do tempo, o mercado não está subindo nem descendo, está congestionado lateralmente. Isto acontece porque os movimentos que provocam o deslocamento efetivo do preço acontecem sempre de maneira rápida. Os canais acontecem quando o preço opera contido entre uma linha de suporte e uma linha de resistência.

Fig. 7 – Exemplo de canal genérico

Uma vantagem dos canais que se formam entre as linhas de tendência é que eles oferecem um ponto de entrada e um ponto de saída (os dois limites do canal). Um canal pode ser:

Horizontal Ascendente Descendente

O exemplo a seguir mostra um canal ascendente no índice Bovespa. Observe que na região da linha do limite inferior foram gerados bons pontos de compra, enquanto que na região da linha do limite superior foram oferecidas oportunidades de saídas (venda).

Fig. 7.1 – Exemplo de canal de alta IBOV (Índice Bovespa) – Gráfico de Barras 15’

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ANÁLISE TÉCNICA

É importante enfatizar que quanto maior o canal, tanto em amplitude quanto em extensão, mais importante ele se torna.

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ANÁLISE TÉCNICA

Teoria de Dow

Os Índices descontam tudo

Os índices representam a ação conjunta de inúmeros investidores, desde os mais bem informados (que contam com as melhores informações e previsões), e insiders, até os muito inexperientes.As variações diárias dos preços de um índice, portanto, já têm incluídas (descontadas) no seu valor os eventos que irão acontecer e que são desconhecidos pela maioria dos investidores.Dessa forma, todo o fator que afeta a relação de oferta/demanda está refletida no preço do mercado. Entretanto, existem os eventos que são imprevisíveis e que as pessoas não têm como saber, como calamidades naturais, catástrofes mundiais, etc. Esses são os chamados "atos divinos" , quando acontecem podem gerar fortes oscilações iniciais, mas acabam sendo absorvidos pelo mercado.

Resumo do Princípio:Todo o fator que afeta a oferta x demanda está refletido no índice. O Índice já possui em seu valor (já descontou) eventos futuros que a imensa maioria não conhece. Acontecimentos completamente inesperados são rapidamente avaliados e seus possíveis efeitos absorvidos.

As Tendências

Explica que os preços se movem em Tendências Primárias, Secundárias e Terciárias.

A secundária corrige a primária e a terciária a secundária.

Fig. 8 – Comportamento das tendências

Não existem regras para a determinação da duração das tendências, entretanto, é possível observar na maioria dos mercados, que as grandes tendências (primárias) podem

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ANÁLISE TÉCNICA

durar de 1 a 2 anos. As tendências intermediárias (secundárias) podem durar de 3 semanas a alguns meses, e as tendências terciárias geralmente duram até 3 semanas.

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ANÁLISE TÉCNICA

No exemplo abaixo podemos observar as principais tendências durante o deslocamento dos preços da Bradespar PN no ano de 2003.

Fig. 8.1 – Classificação das tendências – BRAP4 (Bradespar PN) – Gráfico Diário

Uma Tendência é Válida até que seja

RevertidaFig. 8.2 – Perda de LTA – IBOV (Indice Bovespa) –

Gráfico de Candles 15’

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ANÁLISE TÉCNICA

Embora pareça óbvio, este princípio é importante. O mercado não vai cair apenas porque atingiu um nível "alto demais" ou subir porque "já caiu demais". Uma das técnicas mais simples utilizadas é a identificação de falhas ao formar um topo mais alto (em uma tendência de alta) ou um fundo mais baixo (em uma tendência de baixa).

A tendência deve ser confirmada por dois índices

O princípio da confirmação afirma que para uma reversão de tendência ou rompimento de nível de suporte/resistência ser válido, o fato deve ocorrer em dois índices de composições distintas. Assim, um índice confirma o outro, demonstrando que não se trata de uma oscilação isolada de uma determinada ação ou setor.

Fig. 8.3 – Exemplo genérico de confirmação de índices

Este tipo de confirmação abre espaço para movimentos “macro”, onde o mercado se desloca como um todo. Para ilustrar o princípio da confirmação suponha dois índices (A e B) de composições diferentes. Em nosso exemplo, o índice A rompe um determinado patamar de resistência, mas o movimento não ocorre com o índice B. Só num segundo momento os dois romperam a linha de resistência, segundo em um movimento positivo.

Um investidor que avalia apenas um único índice pode concluir que existem boas oportunidades de compra logo após o rompimento. Contudo, o que acontece é uma retração, pois o mercado não estava tão forte como demonstrou a falha de rompimento por parte de B.

Essa é a essência do princípio da confirmação. Dois índices são usados para que um pronuncie uma "segunda opinião" sobre o outro, de modo a validar o que está acontecendo ou indicar uma armadilha. No caso brasileiro, esses dois índices poderiam ser, por exemplo, o índice Bovespa e o IBX.

O Volume deve confirmar a tendência

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ANÁLISE TÉCNICA

Este princípio é bastante simples. Na teoria de Dow, o volume está relacionado com as tendências da seguinte maneira:

Tendência de Alta: Em uma tendência principal de alta é esperado que o volume aumente com a valorização dos ativos e diminua nas reações de desvalorização. Qualquer variação diferente do colocado acima representa uma divergência baixista.

Tendência de Baixa: Em uma tendência principal de baixa é esperado que o volume aumente com a desvalorização dos ativos e diminua nas reações de valorização. Qualquer variação diferente do colocado acima representa uma divergência altista.

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ANÁLISE TÉCNICA

Padrões Gráficos

Porque os padrões acontecem?

Através dos anos os analistas têm realizado diversos estudos sobre os gráficos e suas formações. Através destes estudos, foram identificados e classificados, padrões que surgem repetidamente ao longo do tempo. A explicação para a existência de padrões está relacionada ao fato de compradores e vendedores agirem de acordo com suas crenças e impulsos, tomando decisões de acordo com o momento, mas, como no mercado, as circunstâncias se repetem as alterações entre as forças de oferta e demanda tendem a se repetir também, levando os investidores à uma movimentação padronizada em determinados momentos.

Padrões de continuação

Triângulos

Triângulos são classificados como padrões de continuação de tendência. Estes padrões são formados quando a flutuação dos preços começa a atingir amplitudes cada vez menores conforme o tempo passa. Existem três tipos básicos de triângulos, os Ascendentes, os Descendentes e os Simétricos.

Triângulo Ascendente

O triângulo ascendente possui o lado superior horizontal e o inferior como uma linha ascendente. O rompimento normalmente indica a continuação da tendência. Uma das técnicas para utilizar o triângulo ascendente como instrumento de

operação é aguardar pelo rompimento da linha horizontal com alto volume, nessa situação os analistas esperam por uma alta de pelo menos a altura do lado mais largo do triângulo.

Fig. 9 – Projeção em Triângulo Ascendente

Triângulo Descendente

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ANÁLISE TÉCNICA

O triângulo descendente é o inverso, tende a ser um sinal de queda. A linha horizontal fica na parte inferior enquanto que uma linha de tendência inclinada para baixo se forma. Como no caso ascendente, espera-se que os preços percorram uma

distância equivalente ao tamanho do lado mais largo da formação.

Fig. 9.1 – Projeção em Triângulo Descendente

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ANÁLISE TÉCNICA

Triângulo Simétrico

No triângulo simétrico os preços máximos e mínimos das flutuações atingem amplitudes cada vez menores. É uma formação típica de indecisão e a sua tendência está mais relacionada com a continuação da tendência corrente do que com reversão.

Fig. 9.2 – Projeção em Triângulo Simétrico e suas

características

Outras Características dos Triângulos:

Durante a formação do padrão os triângulos, geralmente, apresentam diminuição constante do volume, havendo um aumento significativo apenas na região de corte (rompimento), o que é um sinal bastante importante. No que diz respeito a duração do padrão, em um nível diário, o triângulo demora algo em torno de 3 ou 4 semanas para se formar e raramente mais do que 90 dias. Entretanto, sempre é bom ressaltar que essa é uma expectativa e não a ação que o mercado vai efetivamente tomar.

O triângulo é um padrão de continuação de tendência, mas é importante lembrar que existe um índice de falha e que, não necessariamente, um triângulo simétrico vai romper para cima. O rompimento pode ser para qualquer direção, o mais importante é saber se posicionar de acordo com o movimento posterior.

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ANÁLISE TÉCNICA

Retângulos

É um dos padrões mais comuns, e demonstra um embate entre os compradores e os vendedores. A sua perfuração deve ser validada pelo aumento do volume. Perfurações sem volume, geralmente são falsas.

Fig. 9.3 – Projeções em Retângulos

Cunhas

As cunhas são formações em que os preços variam entre duas linhas. Ao contrário dos triângulos essas linhas são ascendentes ou descendentes.

Fig. 9.4 – Projeção em Cunhas Ascendentes e Descendentes

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ANÁLISE TÉCNICA

Bandeiras e Flâmulas

Bandeiras e flâmulas são padrões de continuação de tendência. Ambas possuem características semelhantes:

São formações, em geral, de curta duração (1 a 3 semanas) que surgem com mais freqüência em fases de subidas ou de quedas mais bruscas. O volume durante a formação tende a se reduzir, aumentando novamente no ponto de corte. A diferença fundamental entre uma bandeira e uma flâmula é o formato do padrão corretivo da formação. Observe nas figuras abaixo que a bandeira é semelhante a um retângulo (podendo ter inclinação), enquanto que a flâmula é uma bandeira pontiaguda, lembrando bastante um triângulo.

Fig. 9.5 – Projeção das Flâmulas e Bandeiras

Normalmente as flâmulas e bandeiras atingem e, na maioria das vezes ultrapassam o seu target. O calculo do target é feito projetando-se o tamanho do mastro, no seu rompimento, tanto para bandeiras, quanto para flâmulas.

Padrões de Reversão

Ombro Cabeça Ombro (OCO)

O Ombro – Cabeça – Ombro é um dos mais importantes padrões de reversão de tendência, pois normalmente provoca a reversão de tendências primárias. O mercado forma um primeiro topo (ombro) e retorna à linha base,

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ANÁLISE TÉCNICA

chamada Neckline (linha de pescoço). Desse ponto, uma alta acontece superando o topo anterior e formando a cabeça. Até esse momento o mercado sugere a continuação da alta. Os preços, a partir da cabeça, retornam uma vez mais até a linha de pescoço, sobem novamente, desta vez sob baixo volume de negócios, dando origem ao segundo ombro com tamanho muito semelhante ao primeiro. A perda da linha de pescoço é o momento crítico do padrão. Fig. 9.6 – Projeção no padrão OCO

Os OCO’s indicam reversão de tendência. O padrão da figura acima é um OCO de baixa, mas também existem OCO’s de alta como na figura abaixo.

Uma das características mais interessantes do padrão cabeça e ombros é o alvo de preços que a formação sugere. Mede-se a altura da cabeça até a linha de

pescoço e projeta-se essa mesma altura a partir da linha de pescoço na direção de rompimento. A linha vermelha na figura ao lado, mostra, até onde o OCO sugere que os preços subam.

Fig. 9.7 – Projeção no padrão OCO Invertido

No exemplo a seguir temos um gráfico do índice Bovespa na periodicidade diária, mostrando um OCO de reversão de topo. Perceba o comportamento dos volumes negociados em cada uma das etapas do padrão e, como os preços alcançam o target.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 9.8 – Exemplo OCO – IBOV (Índice Bovespa) – Gráfico Linha

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ANÁLISE TÉCNICA

Topos e Fundos Duplos e Triplos

Topos duplos

Topos duplos sinalizam o final de um mercado de alta. Eles são formados quando os preços sobem até atingir um determinado nível, geralmente com volume aumentando durante o percurso e ao atingir esse nível começam um processo de retração com o volume diminuindo. Após a retração, uma nova alta inicia-se até voltar ao nível de preços atingido anteriormente ou bem próximo disso. O volume nesta segunda "viagem" poderá, inclusive, ser menor do que o volume gerado na formação do primeiro topo.

Na figura ao lado a linha vermelha representa duas vezes a altura do topo a partir de sua linha base. O tamanho da linha indica um

preço-alvo para o movimento após a reversão. Para uma maior validade, muitas vezes os analistas apreciam certa separação entre os topos de pelo menos duas ou três semanas.

Fig. 9.9 – Topo Duplo

Fundos Duplos

Os fundos duplos possuem as mesmas características que os topos duplos. Claro que se trata do inverso, ou seja, um padrão que indica reversão para uma tendência de alta.

São válidos os mesmos conceitos em relação ao nível-alvo dos preços após a formação e o tempo de duração. Conforme os

fundos vão se formando existe, normalmente, um aumento de volume associado, diminuindo na reação de volta até a linha base.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 9.10 – Topo Duplo

Os topos duplos sinalizam venda, enquanto que os fundos indicam compras. Alguns fatores aumentam a confiabilidade do padrão como o fato de os topos/fundos serem formados em zonas de resistências/suportes importantes.

Todos os conceitos vistos para topos e fundos duplos são também válidos para topos e fundos triplos, a única diferença é que são padrões muito mais raros e com um topo ou fundo a mais do que nos casos estudados.

Estatísticas dos padrões

Fig. 10 – Tabela de Estatística dos principais Padrões

A importância do Volume

Algumas observações sobre o volume na formação dos padrões não pode ser desprezadas.

O volume de negócios na análise de gráfico intraday não tem o mesmo significado na análise dos gráficos diário e semanal. Toda a informação advinda de uma periodicidade mais longa tem muito mais valor em termos de análise técnica.

Sempre que uma ação apresentar aumento significativo de volume com o preço estável, é

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ANÁLISE TÉCNICA

porque alguma corretora está trabalhando o papel, e isso deve chamar a atenção do trader.

Aumento repentino e acentuado no volume de negócios de um determinado ativo é sinal de que grandes corretoras atuaram e isso não acontece por acaso, as chances de uma movimentação maior são grandes.

A diminuição do volume de negócios no final de uma congestão significativa, também é sinal de que uma mudança brusca nos preços está prestes a acontecer.

Se não há volume de negócios, é porque não houve acordo entre compradores e vendedores, demonstrado desinteresse em negociar naquele patamar de preços.

Uma queda no preço acompanhada de grande volume de negócios é sinal de comprovação da queda e é provável que o ativo siga em queda perdendo os seus suportes imediatos, o que devera acentuar ainda mais o seu processo de queda, pois uma série de ordens on Stop serão disparadas.

Sempre que houver um rompimento de uma resistência (seja ela formada por: mm, limites de triângulos, retângulos, bandeiras, flâmulas, cunhas etc.), observe se ocorreu com aumento significativo no volume, o acréscimo de volume nos rompimentos, confirmam o mesmo, justificando o posicionamento.

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ANÁLISE TÉCNICA

Candlesticks

Background Histórico

Mais ou menos entre 1500 e 1700 o Japão uniu 60 províncias constituindo uma nação. Mesmo com a guerra incessante entre os “daymio’s” (senhores feudais), tentando controlar seus territórios, o comércio prosperava. Os primeiros 100 anos foram chamados de “sengoku jidai”, ou literalmente “era do país em guerra” e três extraordinários generais: Nobunaga Oda, Hideyoshi Toyotomi, e Ieyasu Tokugawa, unificaram o país por 40 anos. Por este motivo, todas as terminologias dos Candlesticks são associadas à guerra, por exemplo: “counter attack lines” (linhas de contra ataque).

A estabilidade gerada pela unificação (ou centralização) do país, criou muitas oportunidades comerciais e com isso a economia agrária cresceu, alavancando negócios no século 17 e, em pouco tempo, o mercado japonês envolvia vários sistemas locais de mercados isolados. O sistema social era formado por quatro segmentos: os soldados, os fazendeiros, os artistas e os mercadores.

O mercado de arroz foi institucionalizado e em pouco tempo os preços começaram a ser barganhados. Os cupons de arroz foram os primeiros contratos futuros negociados no mundo, chamados “rice cupons” ou “empty rice”, foram contratos ativamente negociados na época. Neste contexto, surgiu um homem, que em pouco tempo foi reconhecido por seus dons e considerado um “deus dos mercados”, seu nome era Munehisa Homma. Homma mantinha uma base de dados de variações anuais dos preços de arroz e das condições climáticas. Homma acabou virando consultor do governo, por sua habilidade em prever o movimento dos mercados, depois de 100 trades vitoriosos consecutivos.

Construção dos Candles

Fig. 11 – Formação Básica dos Candlesticks

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ANÁLISE TÉCNICA

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ANÁLISE TÉCNICA

Padrões de Reversão

Hammer and Hanging man lines

São padrões idênticos se avaliarmos do pondo de vista pictográfico, entretanto, diferem quanto à localização da ocorrência.

Martelos acontecem nos fundos e enforcados acontecem nos topos.

Fig. 11.2 – Martelo

O tamanho da sombra deve ter de duas a quatro vezes o tamanho do corpo, e preferencialmente não devem ter sombra superior.Fig. 11.1 – Enforcado

Alguns fatores ainda intensificam o padrão. Quanto melhor a relação entre o corpo e a sombra, ou seja, quanto menor o corpo e maior a sombra, mais forte é o padrão. Martelos brancos e enforcados negros tem uma resposta melhor.

Bearish and Bullish Engulfing

O engolfo é uma combinação de dois Candles de cores deferentes que acontecem nas condições abaixo:

O mercado deve estar em tendência (de alta ou de baixa).

A segunda vela deve envolver completamente a primeira.

A segunda vela deve ter a cor oposta à cor da primeira.

Entretanto, se em uma subida uma vela negra for ”engolfada” por outra vela negra pode indicar reversão de topo, a recíproca também é verdadeira.

Fig. 11.4 – Engolfo de alta

Existem ainda alguns fatores importantes que devem ser observado, pois aumentam a credibilidade do padrão:

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ANÁLISE TÉCNICA

A discrepância entre as velas. A inclinação da tendência. Muito volume no segundo dia do engolfo. A vela maior engloba além da antecessora, velas

anteriores.Fig. 11.3 – Engolfo de Baixa

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ANÁLISE TÉCNICA

Dark Cloud Cover

Características do padrão:

O primeiro dia deste padrão produz um corpo de alta forte. No segundo dia, os preços abrem acima da máxima do dia anterior (gap) com os “bulls” no comando. Entretanto, no fim do segundo dia, o mercado fecha próximo à mínima e penetra bem no corpo do candle do primeiro dia. Quanto maior a penetração no corpo de alta do primeiro dia, maior a chance de um topo estar ocorrendo. Se o corpo negro do segundo dia não fechar abaixo da metade do corpo branco do primeiro dia devemos

aguardar uma confirmação baixista.

Fig. 11.5 – Teto de Nuvens Negras

Significado do dark cloud cover:

O mercado está em tendência de alta. Um “marubuzu” (grande vela cheia e sem sombras) é seguida por um gap de abertura no dia seguinte, até então os “bulls” (compradores) tem controle total da situação. Entretanto o “rally” não continua! Na verdade o mercado fecha próximo ou na mínima penetrando bem no corpo do dia anterior. Nesta situação, os comprados irão repensar suas posições e aqueles que estavam esperando para vender, tem agora uma ótima posição pra colocarem seus “Stops” - na máxima do segundo dia do “dark cloud cover”

Alguns fatores ainda intensificam a importância do dark cloud cover:

Quanto maior a penetração do fechamento do segundo dia em relação ao primeiro dia, maior será a chance de que um topo esteja ocorrendo. Pense no “dark cloud cover” como um eclipse solar parcial e o padrão de engolfo como um eclipse solar total. Logo, o engolfo é um indicativo de topo mais forte que o “dark cloud cover”. Se um corpo branco de alta ocorre após o “dark cloud cover” e fecha acima da máxima do segundo dia do “dark cloud cover”, pode significar que o padrão deve ser desprezado, pois novo rali poderá acontecer. O tamanho e características da primeira vela (“marubuzu” de alta), e ainda se o corpo do segundo dia do “dark cloud cover” abre acima de uma forte resistência e falha em vencê-la, isto estará provando que os

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ANÁLISE TÉCNICA

“bulls” estão perdendo o controle e intensifica a importância do padrão.

Se na abertura do segundo dia, após um “gap” de alta, ocorre um aumento expressivo de volume por uma compra desordenada e, mesmo assim, a pressão vendedora supera as compras fechando abaixo dos 50% da longa vela branca anterior, pode significar que muitos novos compradores decidiram embarcar. Provavelmente não vai demorar muito para que esta multidão de novos comprados (e também comprados mais antigos) perceba que a maré já virou. Este alto volume pode ser explicado pelo “buying blow off", onde o mercado tinha ações para oferecer “sells off”, neste caso o grande número de “open interest” pode ser um aviso. OBS: Como este padrão é relativamente comum, devemos nos ater às suas características e grau de intensidade para não nos equivocarmos quanto à identificação do padrão.

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ANÁLISE TÉCNICA

Piercing pattern

Características do padrão Piercing Pattern:

É um padrão de reversão de fundos composto de dois “Candles” em uma tendência de baixa: um “candle” negro seguido por um “candle” de alta, com “gap“ de baixa.O padrão de “piercing” que é “bullish” é análogo ao padrão de engolfo “bullish”, só que com menor intensidade. No “piercing pattern”, quanto maior a penetração no corpo negro do primeiro dia, maior a chance de ocorrer uma reversão.

Significado do Piercing Pattern:

O mercado está em queda. O “candle” negro, “bearish”, só reforça esta visão. No dia seguinte o mercado abre mais abaixo, inclusive com “gap”. Os “bears” estão vendo o mercado confiante. Mas repentinamente o mercado se recupera, e fecha bem mais alto do que no dia anterior. Os “bears” certamente vão repensar suas posições. Aqueles que estavam esperando para comprar vêem uma boa oportunidade e assim o mercado pode reverter sua tendência.

Fig. 11.6 – Padrão de penetração

Variações do Piercing Pattern:

On neck In neck Thrusting Line

Fig. 11.6.1 – Variações do Padrão de penetração

As formações “on neck”, “in neck” e “thrusting

line”, que são variações do padrão “piercing pattern”, não devem ser interpretadas como padrões de reversão de fundo, pois na verdade,

não atingiram uma condição mínima para considerarmos a condição altista (que seria o fechamento acima da metade da vela de baixa anterior).

No caso do “dark cloud cover”, que é o padrão de reversão de topo analogamente inverso, a regra é mais flexível, ou seja, um fechamento abaixo da metade da vela de alta anterior tem implicações negativas e deve ser considerado.

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ANÁLISE TÉCNICA

Stars

Uma estrela é um candle com corpo bem pequeno que usualmente tem um gap em relação ao candle que a precede. Interessante que não haja interseção entre o corpo da estrela e do candle anterior. São padrões de formação que ocorrem normalmente em topos ou fundos. A cor do corpo da estrela não tem importância, uma vez que o encerramento estará necessariamente muito próximo do valor de abertura.

Como em qualquer padrão de reversão, as estrelas são sinais de reversão mais forte nos topos do que nos fundos e representa sempre a indecisão do mercado, ou seja, um empate na guerra entre os comprados e os vendidos. Quanto menor o corpo da estrela e maiores as sombras da estrela, maior a indecisão.A estrela normalmente é um sinal de que a tendência precedente está acabando.Fig. 11.7 – Estrela

Existem alguns tipos de padrão formados por estrelas, como por exemplo:

Morning Star Evening Star Morning and Evening Doji Stars Shooting Star and Inverted Hammer The Inverted Hammer

O Doji

O que é um Doji?

Doji é uma estrela que tem o fechamento igual, ou praticamente igual à abertura. Representa a indecisão do mercado.

Como determinar a importância de um Doji?

Uma boa maneira de determinar é olhar para as velas precedentes ao

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ANÁLISE TÉCNICA

doji. Caso as velas tenham pequenos “real bodies”, a significância do doji é botada em cheque.

OBS: Dojis, como as demais sinalizações são mais poderosas em topos, que em fundos. Normalmente, quando está em um topo, reverte o movimento, e quando está em um fundo interrompe completamente o movimento. Pode reverter ou congestionar.

Fig. 11.8 – Tipos de Doji

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Morning star

Morning star é um padrão de reversão de fundo e bastam estes dois candles para formar o padrão. Para confirmar é interessante que o terceiro dia seja um longo candle de alta, que penetra bem ou até supera a extensão do longo corpo de queda do primeiro dia.

Características que reforçam o padrão:

Uma estrela da manhã ideal deve ter um gap em relação ao candle anterior e o seguinte, mas o gap inicial entre o candle de queda e a estrela é o mais importante. O segundo gap, entre a estrela e o candle de alta, não é tão importante e é raro.A cor do corpo da estrela, se de alta ou de queda, não tem nenhuma importância, desde que o corpo seja pequeno.

Cenário da morning star:

O mercado está em tendência de queda e vemos uma longa vela negra, os bears estão no comando então, um candle de corpo pequeno surge. Isto significa que os vendedores estão perdendo a capacidade de jogar o mercado mais para baixo. No próximo dia, o longo candle de alta prova que os bulls assumiram o controle.

Fig. 11.9 – Estrela da Manhã

Evening star

Este padrão é composto por três candles: um marobuzu seguido de uma estrela e um candle de baixa. Necessita de confirmação com um candle de queda que não tenha feito máxima maior que a máxima do dia da estrela. O quendle de queda preferencialmente deve penetrar bastante no corpo do primeiro candle. Geralmente existe um gap entre o primeiro candle e a estrela, podendo ou não, ocorrer o segundo gap, que é ideal, mas raro. A cor do

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candle da estrela não importa pois necessariamente o fechamento e a abertura devem ser valores próximos. Importante mesmo é que é a penetração da terceira vela em relação à primeira vela seja a maior possível.

Outras características que reforçam o padrão são: o tamanho dos gaps entre as velas, o grau de penetração no corpo do primeiro candle, o comportamento do volume, que normalmente é baixo no dia do primeiro dia e alto no terceiro dia, mostrando uma redução da força compradora e um aumento da força vendedora, e por último a sua ocorrência em cima de uma forte resistência.

Fig. 11.10 – Estrela da Tarde

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ANÁLISE TÉCNICA

Existem ainda as morning and evening doji stars que são padrões similares aos anteriores com uma particularidade adicional: A estrela que forma o padrão é um Doji. Naturalmente são padrões mais fortes que os citados anteriormente. De qualquer forma, para todos os tipos de estrelas da manhã e da tarde, vale fazer uma analogia com as luzes do semáforo, sendo que a estrela é o “amarelo”.

Abandoned baby

O bebê abandonado, pode ser um padrão de reversão de topo ou fundo. É um tipo de morning and evening doji stars aonde além do doji na composição da formação, não há intercessão, nem mesmo entre as sombras. Este sinal é muito raro, mas extremamente confiável como um sinal de topo.

Fig. 11.11 – Bebê Abandonado de alta

Shooting star

Uma shooting star é um dos padrões de reverão de topo mais confiáveis que existe e é também muito freqüente. É composto basicamente por dois Candles e, como nas outras estrelas, não importa a cor da vela, e sim que tenha uma longa sombra superior. A shooting star nos diz que o mercado abriu próximo à mínima, depois fez um forte rally e finalmente enfraqueceu fechando próximo à abertura. Em outras palavras, o rally não pôde

ser sustentado. Uma shooting star ideal tem um gap de alta entre o candle anterior e o corpo da shooting star, entretanto este gap não é imprescindível. Outra característica importante é que a shooting star ideal

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também não deve ter sombra inferior, entretanto uma pequena sombra é tolerável.

Fig. 11.12 – Estrela Cadente

Reforçam O Padrão Shooting Star:

Incremento de volume no dia da shooting star ou ao menos nos dias anterior e posterior a shooting star.

O fato de ela acontecer próxima ou em cima de uma forte resistência.

Quanto maior for a sombra superior em relação ao corpo, mais intenso é o padrão.

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ANÁLISE TÉCNICA

Inverted hammer

Este padrão, como a Shooting star, possui corpo pequeno e uma longa sombra superior. O Inverted Hammer e a Shootting Star, apesar de parecidos do ponto de vista pictográfico, tem características diferentes, pois:

Shooting Star é um padrão de reversão de topo. O Inverted Hammer é um padrão de reversão de

fundo.

Assim como o martelo regular, o martelo invertido é um sinal bullish após uma queda, ainda que de menor intensidade. A cor do corpo do martelo invertido não faz diferença, ainda que preferencialmente seja branco. É importante esperar por uma confirmação da reversão no dia seguinte. Se ocorrer um gap de alta em relação ao martelo invertido e o próximo candle, esta será uma forte confirmação da possível reversão de tendência. O martelo invertido é mais raro que o martelo regular e tem menos intensidade como

padrão de reversão.

Outras características que reforçam o padrão são:Incremento de volume no dia do martelo invertido ou ao menos, nos dias anteriores e posteriores ao padrão, sua ocorrência próximo ou em cima de um forte suporte e, naturalmente, o fato de acontecer um gap de alta entre o martelo invertido e o próximo candle. (quanto maior este gap melhor). O tamanho do corpo em relação à sua sombra.

Fig. 11.13 – Martelo Invertido

Cenário:

Porque o martelo invertido requer confirmação no dia seguinte, ao contrário do martelo regular?

A variação de preços que forma o martelo invertido parece ser bearish na sua essência. O mercado abre próximo ou na mínima e depois sobe em um rally. Mas os bulls não têm forças para sustentar o mercado lá em cima e os preços desabam e fecham próximos à mínima do dia.

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ANÁLISE TÉCNICA

Parece demonstrar fraqueza, mas se o próximo candle abre acima do corpo do martelo invertido, significa que aqueles que venderam na abertura ou fechamento do martelo invertido estão perdendo dinheiro. Quanto mais tempo o mercado se sustentar acima do corpo do martelo invertido no dia seguinte, maior a chance que estes vendidos cubram suas operações impulsionando o mercado ainda mais para cima.

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ANÁLISE TÉCNICA

Spinning Tops

Características das Spinning Tops:

São Candles de corpo pequeno e normalmente com sombras inferiores e superiores, geralmente tem o significado de consolidação quando não há tendência e potencial sinal de reversão quando em tendência. São muito similares ao doji, ou seja, quanto mais a abertura se aproxima do fechamento, mais o spinning top, se

parece com o doji.

Fig. 11.14 – Spinning Top

Harami

O padrão Harami consiste de um candle de corpo pequeno que está totalmente contido dentro de um candle anterior. Harami é uma palavra antiga em japonês que significa gravidez.

O harami é praticamente o contrário do padrão de engolfo e não é usualmente um padrão de reversão tão significativo como, por exemplo, o martelo, o enforcado ou o próprio padrão de engolfo.

Pense sempre no Harami como uma “freada” da tendência corrente. Ele representa uma disparidade na saúde do mercado.Existe uma forma especial de Harami, que possui intensidade maior, que é o Harami Cross citado logo abaixo.

Fig. 11.15 – Harami de Fundo

Depois de uma tendência de alta ou baixa, um candle longo é seguido por um pequeno candle de indecisão. Isto mostra que a força precedente diminuiu (ao

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ANÁLISE TÉCNICA

menos naquele instante), ensejando uma possível reversão de tendência.

Importante que haja incremento de volume nos dias do harami, especialmente no dia do pequeno candle. O fato de o padrão acontecer próximo ou em cima de um forte suporte ou forte resistência e a relação entre o tamanho do corpo das velas que formam o padrão também dará uma idéia da intensidade da configuração.

Fig. 11.16 – Harami Cross

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Indicadores

Indicadores são ferramentas auxiliares que ajudam na identificação de tendências e pontos de retorno, além de fornecer uma ótima idéia quanto ao balanço entre compradores e vendedores.

O grande problema dos indicadores é que muito freqüentemente eles se contradizem. Isso acontece porque alguns indicadores funcionam melhor em tendência, e outros em mercados laterais. Os que dão boas indicações de pontos de retorno funcionam bem em mercados laterais, enquanto os outros funcionam melhor identificando tendências.

Seguidores de tendência: médias móveis, MACD, Directional System, On Balance Volume, Accumulation / Distribution, entre outros.

Osciladores: Force Índex, Relative Strength Index, Elder Ray, Williams %R, Chanel Index, Stochastic, Momentum, Rate of Change.

Existem ainda outras classes de indicadores, por exemplo: Os Broad Market Indicators, indicadores de Clímax, como a LAD (linha de avanço e declínio) que indicam o comportamento do mercado como um todo, ou os Indicadores de consenso, que tentam medir o consenso do mercado e a intensidade da opinião dos comprados e vendidos no mercado, utilizando o conceito de psicologia de massas. Ex: New-High, New-Low, Bullish Consensus, Commitments of Traders.

Moving Averages

Médias móveis são indicadores seguidores de tendências (lagging indicator).

Existem diversos tipos de médias móveis. As mais comuns são:

Aritméticas (ou simples) Exponenciais Ponderadas Welles Wilder.

Uma média mostra o valor médio de uma amostra de determinado dado. Uma média móvel aritmética (MMA) é uma extensão desse conceito, representando o valor médio, normalmente dos preços de fechamento, em um período de tempo.

Onde:

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ANÁLISE TÉCNICA

Vn representa o preço em t=n.N é a janela de tempo ou periodicidade da média.

Fig. 12 – Fórmula Média Móvel Simples

Ao lado, temos a

fórmula da média móvel exponencial (MME). Preço representa o fechamento do dia de hoje e MMEontem é o valor anterior da média móvel exponencial e K dependente da periodicidade N.Fig. 12.1 – Fórmula Média Móvel Exponencial

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ANÁLISE TÉCNICA

Ao contrário da média simples, na exponencial os dados mais novos possuem uma importância superior. Além disso, os valores mais antigos não são diretamente descartados quando passam a constar fora da janela de cálculo. Eles mantêm uma participação no valor da média exponencial que vai ficando cada vez menor com o tempo.

Quando e como utilizar Médias Móveis?

Por ser um indicador seguidor de tendência, Médias Móveis devem ser utilizadas “em tendência”. Quando o mercado segue congestionado, movendo-se lateralmente, as médias móveis geram muitos sinais falsos.

Devemos observar a inclinação das médias móveis, pois elas nos dão pistas significativas sobre a predominância do mercado. Uma inclinação positiva indica mercado predominantemente comprador e uma inclinação negativa, indica o inverso.

Médias Móveis Como Suporte e Resistência

A média móvel é uma representação suave da tendência, uma vez que ela filtra oscilações menores. A média é uma região de suporte/resistência natural e uma de suas principais técnicas de utilização é formação de posição nas proximidades da média em uma tendência de alta. Nessa

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ANÁLISE TÉCNICA

região o mercado tende a buscar forças para uma nova subida. Fig. 12.2 – Média Móvel funcionando como suporte e resistência

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ANÁLISE TÉCNICA

Outro método de utilização das médias móveis é através de cruzamentos entre o preço e a média móvel.

Para avaliar a validade do cruzamento, alguns traders definem que o rompimento é verdadeiro quando os preços superam por um percentual a média (por exemplo, 3%). Outros preferem aguardar 1 ou mais fechamentos na nova região, se o mercado consegue manter-se acima/abaixo após o cruzamento o sinal ganha força.

Além do cruzamento dos preços outra técnica usada é o cruzamento entre duas médias, uma longa e outra mais curta.

Fig. 12.3 – Médias de periodicidades distintas - BBDC4 (Bradesco PN)

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ANÁLISE TÉCNICA

Que Tipo de Média Utilizar?

A resposta para esta pergunta não é simples, muito menos há um consenso entre analistas sobre qual é a média mais conveniente.

Em seu livro "Techical Analysis Explained" Martin Pring apresenta dados estatísticos que mostram uma maior efetividade das médias aritméticas sobre as exponenciais no mercado acionário americano entre 1968 e 1987. Os critérios utilizados para esse estudo estão além do escopo deste artigo.

Alexander Elder, em seus clássicos "Trading for a Living" e "Come Into My Trading Room" defende o uso preferencial de médias exponenciais. O principal argumento apresentado por Elder é que a média simples é muito sensível às variações do mercado, pois seu valor recebe uma influência dupla quando um novo dado chega: a inclusão do novo preço e o descarte do mais antigo. Em uma média exponencial o efeito dos preços antigos permanece e vai desaparecendo com o tempo, além disso, o dado mais recente possui um peso maior, fazendo com que a média reflita de maneira mais adequada o humor atual do mercado.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 12.4 – Médias de mesma periodicidade - AVPL3 (Avipal)

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ANÁLISE TÉCNICA

MACD (Moving Average Convergence and Divergence)

O MACD é um indicador desenvolvido por Gerald Appel, que tem sua construção baseada em três médias móveis, sendo as mais utilizadas as:

Média móvel exponencial de 26 dias do preço. Média móvel exponencial de 12 dias do preço. Média móvel exponencial de 9 dias do próprio MACD

Alguns traders utilizam ainda um conjunto diferente de médias para a criação do MACD. Outra escolha popular é o 5 – 34 – 7.

Por ser composto de médias móveis, o MACD detém as mesmas qualificações, ou seja, é um lagging indicator, e por sua vez, reage lentamente às reversões, introduzindo um atraso de fase.

Fig. 13 – MACD Histograma e MACD Linha – TAMR5 (Telemar Norte Leste)

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ANÁLISE TÉCNICA

Sinal de compra: Um sinal de compra é gerado sempre que o MACD cruza para cima sua linha de sinalização. Sinal de venda: É gerado sempre que o MACD cruza para baixo sua linha de sinalização.

A região da linha zero do MACD representa uma área de equilíbrio entre oferta e demanda. À medida que o indicador se afasta dessa região (seja para cima ou para baixo) maior é a quantidade de compras ou vendas sobre o ativo ou índice. Ao realizarmos uma inspeção histórica dos pontos máximos e mínimos que o MACD atingiu ao longo do tempo, podemos ter uma boa idéia se estamos alcançando uma posição de compra ou venda excessiva, o que facilita a ocorrência de movimentos corretivos. Assim, se um sinal de compra (venda) surgir próximo a uma região de venda (compra) excessiva, temos um indicativo mais confiável do que se manifestado em áreas próximas ao nível zero.

Apesar de ser um indicador lento, ou atrasado, é um indicador que detecta divergências, gerando sinais bastante confiáveis.

Stochastic Oscilator

Também derivado do momento, o Stochastic é um oscilador sobre comprado/sobre vendido. Desenvolvido por George Lane, este indicador mede a relação entre o preço de fechamento, a máxima e o menor preço para o período sob consideração.

O Stochastic mede a relação de cada preço de fechamento à mais recente alta ou baixa do período.

O Stochastic Oscilator, considera duas linhas a linha %K e a linha %D.

%K é a parcela rápida do

Stochastic Oscilator.

Ctod = Fechamento de hoje.Ln = Menor mínima do período Hn= Maior máxima do período

Fig. 14 – Fórmula do Estocástico

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ANÁLISE TÉCNICA

Quanto menor a periodicidade, maior a quantidade de sinalizações de compra e venda, entretanto, a leitura fica sujeita a muito ruído. Se aumentarmos a periodicidade escolhida, capturamos movimentos mais significativos, mas, perdemos movimentos intermediários.

A forma mais utilizada pela maioria dos participantes, por ser default nos softwares, é uma derivação do Stochastic original, sendo a parcela rápida %K exatamente igual à parcela %D anterior, e a nova parcela %D uma média móvel de “X” períodos do novo %K. Ou seja, o sistema é suavizado pela segunda vez.

Exemplo de programação:

5-period %K Stochastic Oscillator with 3-period slowing:(sum( C - llv(L,5), 3 ) / sum(hhv(H,5) - llv(L,5), 3) ) * 1003-period %D of the %K in the preceding formula.mov( stoch(5,3), 3, S )

Fig. 14.1 – Estocástico com periodicidades distintas – IBOV (Índice Bovespa)

Outra alternativa para a utilização do Stochastic Oscilator, proposta por John F. Clayburg, é o Dual Stochastic.

Mov( Stoch(7,3), 3, S ) / Mov( Stoch(45,3), 3, S )

Sinais de compra:FastD 45 abaixo de 30FastD 7 abaixo de 15 e virar para cima

Sinais de venda:FastD 45 acima de 70FastD 7 acima de 85 e virar para baixo

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 14.2 – Dual Stochastic – ARCZ6 (Aracruz PNB)

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ANÁLISE TÉCNICA

Momentum Indicator

Mede a mudança do preço de fechamento versus tempo, medindo a variação absoluta do preço, calculando o preço presente menos o preço do N-período anterior.

Rate of change indicator

Derivado do momento mede a mudança relativa do preço pela razão entre o preço presente e o preço de N - períodos atrás

Fig. 15 – Rate of Change e Momentum

Como podemos observar no gráfico acima, quando a “janela” de cálculo, avançou no tempo e desconsiderou o candle “A”, tanto o Rate of Change quanto o Momentum sofreram grandes variações, representadas graficamente pela extensão “E”.

Posteriormente, quando a janela desconsiderou o candle “B”, os indicadores voltaram a sofrer grandes variações, representados pela extensão “F”.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 15.1 – Rate of Change e Momentum

Pra tentar amenizar este problema, podemos aumentar a periodicidade dos indicadores, entretanto, ocorre que a distorção continua presente, mas agora aparece atenuada e relativamente atrasada:

Agora podemos ver claramente que o RSI elimina completamente as distorções apresentadas pelos indicadores anteriores.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 15.2 – RSI (10) e RSI(9) sem distorções

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ANÁLISE TÉCNICA

RSI - Relative Strength Index

Desenvolvido e publicado por J.Welles Wilder Jr. em seu livro “New concepts in technical trading systems” em 1978, é um dos mais fundamentais indicadores utilizados na determinação de tendências e de objetivo de preços. Podendo ser utilizado em todas as periodicidades e em todos os mercados, o RSI, é um oscilador que fica sempre compreendido na faixa entre 0 e 100, e isso facilita na determinação de regiões ou níveis sobre-compradas e sobre-vendidas.

A maior parte das discussões em torno da utilização do RSI gira em torno da periodicidade a se usar. Quanto maior a periodicidade do RSI, menor serão suas oscilações e menores serão as amplitudes atingidas. As periodicidades mais utilizadas são 14 dias para gráficos diários e 9 para gráficos intraday.

Muito importante na utilização do RSI, é que são necessários pelo menos 90 sessões na periodicidade analisada para que os dados tenham validade, caso contrário, não teremos dados para avaliar com precisão a tendência. Apesar de ser um leading indicator (indicador de liderança, adiantado), antecipando movimentos, isoladamente, não serve como gatilho de operações.

Mas o que está por trás do RSI?

O cálculo do IFR se procede da seguinte maneira:

Fig. 16 – Fórmula do Índice de Força Relativa

Onde:

"A" representa a média dos incrementos dos preços dos dias de alta do período analisado;

"B" representa a média dos decrementos de preços dos dias de baixa do período analisado.

É fácil verificar porque ele se torna “sobre vendido” (IFR < 20). Isto ocorre porque a razão A/B cai abaixo de 1/4 (0,25). Ou seja, quando a média das variações diárias baixistas B excede quatro vezes a média das variações diárias altistas A (B > 4A).

Ademais, toda vez que o IFR invade fortemente a região 0-20 ("oversold"), ele o faz porque, progressivamente, B tornou-se bem maior que A.

E isso só ocorre devido a uma prevalência de baixas

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ANÁLISE TÉCNICA

durante o período de cálculo. Durante as quedas mais agressivas e prolongadas, os ativos vão “circulando” e novos participantes entram no mercado a preços mais baixos, “renovando” as perspectivas, por isso, normalmente os impulsos positivos dos preços que efetuam reversão com níveis muito baixos de Índice de Força Relativa (RSI) tendem a ser mais vigorosos e consistentes.

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ANÁLISE TÉCNICA

Determinando as faixas do RSI

Na maioria das literaturas que fazem menção ao RSI, todas indicam 30 e 70 como regiões de sobre vendido e sobre comprado, mas é importante salientar que em tendências muito fortes, até mesmo o RSI fica relutante nestas regiões, e que nestas situações, é mais prudente adotar 20 – 80 como as regiões efetivas.

Na verdade pontos de compra e ou venda são gerados quando há divergências no RSI, ou seja:

O RSI falha em atingir novas mínimas, mas o preço continua caindo, ou o inverso.

Em mercados “bullish” o RSI deve encontrar dificuldade aos 40 e resistência real aos 80, e em mercados “bearish”, o RSI deve encontrar dificuldade aos 60 e suporte efetivo aos 20.

Mais informações sobre RSI e a sua utilização em conjunto com outros indicadores podem ser encontradas no livro “A Traders Guide to Developing A Mind to Win” by John Hayden.

Divergências

Divergências apesar de muito conhecidas no meio da análise técnica, possuem propriedades pouco exploradas. As divergências têm o poder de avisar com antecedência uma reversão ou simplesmente gerar sinais claros para encurtar os Stops devido ao enfraquecimento da tendência atual.

Divergência altista: uma divergência altista ocorre quando os preços fazem um novo fundo mais baixo que o anterior, enquanto que o indicador falha ao fazer um fundo mais baixo.

Divergência baixista: uma divergência baixista ocorre quando os preços fazem um novo topo mais alto que o anterior, enquanto que o indicador falha ao fazer um topo mais alto.

Uma divergência é um sinal importante, ao qual devemos prestar muita atenção, pois uma boa oportunidade de entrada ou de saída pode estar se aproximando.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 16.1 –Divergência baixista no IBOV – Gráfico de Candles

Fig. 16.2 – Divergência altista MACD – ACES3 (Acesita ON)

Trading Bands

Trading Bands são linhas plotadas em volta do preço formando um envelope. A utilização destas ferramentas serve para analisarmos a ação dos preços nas bordas do

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ANÁLISE TÉCNICA

envelope. A primeira referência a este tipo de artifício foi encontrada na literatura técnica:

“The Profit Magic of Stock Transaction Timing”, de J.M. Hurst's.

As Trading Bands mais conhecidas e de utilização mais comuns são as Bollinger Bands que na verdade são uma evolução de anos e anos de utilização e

aperfeiçoamento de outras Trading Bands.

Diferentemente de como pensam alguns, as Bollinger Bands, ou simplesmente BB’s, não dão indicação alguma com relação à direção dos preços. É um indicador que mede o comportamento do preço com relação à volatilidade que o ativo vem apresentando nos últimos períodos de negociação.

Fig. 17 – O início das Trading Bands

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ANÁLISE TÉCNICA

De onde surgiram as BBs?

Inicialmente as bandas eram canais que modulavam o deslocamento do preço no tempo, traçadas a mão e que uniam apenas os fundos e topos de menor e maior importância.

No final dos anos 70 aprimoraram as bandas, implementando médias móveis deslocadas em certo número de pontos ou um percentual fixo pra cima ou pra baixo.

Fig. 17.1 – A Evolução Trading Bands

Posteriormente Mark Chaking, na tentativa de desenvolver uma banda em que a largura (ou distância) entre as bandas fosse determinada pelo próprio mercado, e não aleatoriamente pelo próprio usuário, determinou que a largura das bandas deveria ser tal que contivesse pelo menos 85 % dos dados passados dentro das bandas.

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ANÁLISE TÉCNICA

Com a evolução das operações com índices e opções, Bollinger desenvolver uma Trading Band que associasse ao envelope ou invólucro algo que fizesse menção à volatilidade, instituindo as Bollinger Bands, que conseguem capturar e agir rapidamente aos grandes movimentos do mercado.

Fig. 17.2 – A Evolução Trading Bands

Basicamente as BB’s são plotadas duas vezes o desvio padrão acima e abaixo de uma média móvel simples. Os dados utilizados pra calcular o desvio padrão são os mesmos da média móvel. Na verdade você estará usando desvios padrões móveis plotados acima e abaixo de uma média

móvel. Basicamente o resultado é que quando as BB’s estão muito estreitas indicam redução de volatilidade e que em breve um movimento brusco se revelará como pode ser visto abaixo, no gráfico de Tractbel, em novembro de 2003.

Fig. 17.3 – A fórmula das BB

Fig. 17.4 – Bandas de Bollinger – TBLE3 (Tractbel ON)

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ANÁLISE TÉCNICA

Fibonacci

Há muitos anos, Frederico II, Imperador romano e rei da Sicília, lançou um questionamento, que Fibonacci respondeu criando uma das mais incríveis séries numéricas existentes.

Partindo de um casal de coelhos colocados dentro de uma área fechada, pergunta-se:

Quantos pares de coelhos teremos em um ano se sabemos que cada par gera um novo par a cada mês a partir do segundo mês?

Para que se tenha uma idéia, em 50 meses teríamos mais 20 bilhões de coelhos.

Fig. 18 – Evolução da Série de Fibonacci

Esta série tem várias inter-relações interessantes, como por exemplo:

Cada número da série é igual à soma de seus dois antecessores.

A soma de quaisquer 10 números em seqüência é sempre divisível por 11.

São tantas as relações que escreveríamos um livro se fossemos citar cada uma delas.

Qualquer elemento da série de Fibonacci pode ser encontrado pela equação de Binet, descrita ao lado:

Fig. 18.1 – Fórmula de Binet

Como podemos observar, indícios da série de Fibonacci são encontrados na natureza, nas obras humanas como a pirâmide de Gizeh.

Outras observações de relações já foram evidenciadas, como na distribuição da face humana, na distribuição dos membros (braços e pernas), e até

mesmo no DNA.

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MêsPares

adultosNovos pares

Total de pares

0 1 - 11 1 - 12 1 1 23 2 1 34 3 2 55 5 3 86 8 5 137 13 8 21

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 18.2 – Fibonacci na natureza

Fig. 18.4 – Fibonacci na obra humana

Para a Análise Técnica, o maior legado de Fibonacci, foram as chamadas “Fibonacci Ratios” ou razões de Fibonacci.

Dentre as razões de Fibonacci, 0,618 é chamada “Golden Ratio”, ou razão dourada.

Esta razão dá origem à seção dourada, ao retângulo dourado e ao espiral

logarítmico.

A utilização das relações ou “razões de Fibonacci” no mercado financeiro são muito variadas, compreendendo as escalas:

Do preço Do tempo Do conjunto (preço e tempo)

Fig. 18.5 – Espiral Dourada

Normalmente na forma de extensões, retrações, arcos, fans, ou ainda na forma de “time goal days”

A aplicação de Fibonacci no preço é a mais comumente utilizada e se dá em razão da necessidade em estimarmos retrações ou extensões do movimento dos preços.

A partir do momento em que temos a formação de um topo, ou fundo, temos condição de traçar a retração, ou

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ANÁLISE TÉCNICA

extensão do movimento, para saber os níveis de suporte ou resistência que o preço encontrará na retração ou extensão do movimento.

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ANÁLISE TÉCNICA

Extensões de Fibonacci

Extensões são calculadas a partir de um movimento entre fundo e topo. O mais comum é a utilização do primeiro movimento (chamado Pivot) para cálculo da extensão. Neste caso, o movimento compreendido entre os pontos “0” e “1”, de modo que o preço

“target” seja 1.618 vezes a diferença entre os pontos “1” e “0”

Fig. 18.6 – Extensão de Fibonacci

Outra forma de calcular o target da extensão é a utilização do movimento compreendido entre os pontos “0” e “3” de forma que nosso target seria então 0.618 do movimento selecionado.

Fig. 18.7 – Extensão

As extensões podem também ser utilizadas nos movimentos corretivos de modo a determinar a extensão da correção de um determinado pivot de baixa. Como pôde ser observada, a aplicação é

analogamente idêntica, tanto para extensões de avanço, quanto para extensões de recuo.

Fig. 18.8 – Extensão de queda

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ANÁLISE TÉCNICA

A melhor maneira de determinar a zona alvo dos preços após o avanço do terceiro impulso, é a combinação das duas extensões, como pode ser visto no gráfico de PETR4 (Petrobrás).

Fig. 18.9 – Combinação de extensões de Fibonacci PETR4 (Petrobrás PN).

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ANÁLISE TÉCNICA

Retrações de Fiobonacci

As retrações mais comuns são 38%, 50%, 62%.

As retrações representam um porcentual de correção dos preços em relação a um movimento selecionado.

De uma maneira geral, quando um movimento de três impulsos é esperado, quão maiores forem as correções maior é o potencial de lucro, pois as extensões não tem relação direta com o tamanho da correção e sim, com o movimento de alta precedente ( no caso de uma tendência de alta).

Fig. 18.10 – Relação entre a projeção e a retração do mesmo movimento.

Como podemos observar neste gráfico do dólar futuro, existem retrações ou correções percentuais do movimento de alta inicial, que foram muito significativos, e que podem servir como pontos de entrada.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fig. 18.11 – Retração de um movimento de alta DOLFUT (Dólar Futuro)

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ANÁLISE TÉCNICA

Interessante como as relações com a seqüência de Fibonacci aplicadas à Análise Técnica funcionam tanto no eixo do preço, quanto no eixo do tempo.

Nestas figuras, podemos observar como é possível determinar TGD (Time goal days) aplicando a relação 1,618 sobre a diferença dos topos ou fundos mais significativos, a partir de B.

TGD = B + 1,618*(B-A).

Fig. 18.12 – Fibonacci no tempo

Fig. 18.13 – Fibonacci no tempo ARCZ6 (Aracruz PNB) –

Candles Diário/03

A utilização de Time Goal Days pode ser otimizada por técnicas de “Swing Filters”, que definem o mínimo swing de

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ANÁLISE TÉCNICA

preços necessários para considerarmos uma alternância de movimentos, entretanto, o curso básico não contempla esta abordagem.

Ainda em se tratando da relação entre os números de Fibonacci no tempo, existem autores que citam a alternância entre topos e fundos pela própria série de Fibonacci.

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ANÁLISE TÉCNICA

Fibonacci Fans

Fig. 18.14 – Fibonacci “Pá de Ventilador”

Fibonacci Arcs:

Fig. 18.15 – Fibonacci em Arcos

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ANÁLISE TÉCNICA

Money Management

Porque a maior parte das pessoas não ganha dinheiro nas bolsas de valores?

As pessoas fracassam na bolsa de valores por diversos motivos, como por exemplo: desequilíbrio emocional, alto custo operacional, ingenuidade, entre outros. Apesar desta infinidade de agravantes a grande maioria fracassa simplesmente por ignorar preceitos básicos de gerenciamento. Neste capítulo, vamos levantar alguns aspectos quanto ao gerenciamento das operações.

Percentuais não são simétricos.

Um papel que custa 20 reais cai 5 reais, caiu 25%, e agora custa 15 reais. Se voltar a subir os mesmos 25% não chegará aos 20 reais iniciais, chegará apenas a 18,75. Para que voltasse aos 20 reais iniciais seria necessário que subisse 33,3%.

A tabela abaixo, chamada de lost/recovery, mostra quanto é necessário, em termos percentuais, para que tenhamos de volta o capital inicial.

Por isso é importante que um acompanhamento rigoroso das operações seja feito.

Se ao longo das operações o investidor não consegue uma curva de capital estável, certamente seu controle de risco operacional está falho, e o fracasso será apenas uma questão de tempo. As perdas existem e, controladamente devem ser admitidas.

“Quem perde grande fracassa rápido”.

Fig. 19 – Tablea Lost / Recovery

Para evitar riscos acima do permitido é válido que um percentual máximo admissível de perda seja estipulado. Alguns traders assumem nunca expor mais de 2% do seu capital em uma operação, sendo o limite máximo admissível de nunca mais que 6% do seu capital total. Na verdade os valores limite devem ser estipulados por cada um levando em consideração o perfil individual e a forma como pretende abordar e agir no mercado.

Para que não ocorram grandes perdas, é necessário que estejamos atentos a uma série de fatores que serão expostos a seguir.

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(%) Lost

(%) Recovery

10% 11,11%20% 25,00%30% 42,85%40% 66,66%50% 100%60% 150%70% 233%80% 400%90% 900%

100% BROKE

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ANÁLISE TÉCNICA

Antes de iniciarmos uma operação devemos ter todos os valores estipulados.

Valor máximo de entrada Valor mínimo de saída Custo operacional de aquisição Custo operacional de alienação Valor de Stop. Valor de “0 x 0”

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ANÁLISE TÉCNICA

Exemplo de gerenciamento em uma operação:

Para comprar 4.000.000 de telemar (TMAR5) em 29/04/2005 a R$ 20,00 seria necessário um capital de R$ 80.043,99. Quantidade * Preço / Cotação = Valor Bruto 4.000.000 * 20,00 / 1000 = 80.000,00

Taxa de liquidação = 0,008%Emolumentos = 0,027%

80.000,00 * 0,00008 = R$ 6,480.006,40 * 0,00027 = R$ 21,60Corretagem = 15,99Custo operacional = R$ 43,99 / Custo da aquisição por

grupamento = R$ 20,01 Fig. 19.1 – Exemplo de Planilha de Controle

O valor da corretagem deve ser determinante na escolha da corretora, pois, pode ser a diferença entre ganhar ou perder dinheiro!

Como pagamos taxas e corretagens no ingresso e na saída de cada operação, é importante calcular também o custo da alienação por grupamento. O custo da alienação por grupamento dependerá do valor da venda das ações. As taxas e corretagens agem como uma incrível resistência drenando lucros ou ampliando perdas.

Observem que apesar do custo operacional ser menor, para um capital investido menor, o custo da aquisição por grupamento, é muito mais pesado.

Na compra de 100 SZPQ4 por R$ 8,00 reais, o custo da aquisição por lote seria de R$ 8, 16, considerando a corretagem de 15,99. O que não podemos esquecer que R$ 0,16 (dezesseis centavos) representam 2% em cima de R$ 8,00 (oito reais).

Fig. 19.2 – Exemplo de Planilha de Controle

Neste exemplo o valor “zero X zero” para a operação de TMAR5 é de R$ 20, 02, ou seja, apenas R$ 0,02 (dois centavos de real) acima do nosso preço de compra, o que representa 0,1% de prejuízo de entrada. Isso facilita o posicionamento de um Stop de lucro posteriormente.

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ANÁLISE TÉCNICA

Quando olhamos SZPQ4 na “pedra” a R$ 8,00 (oito reais) e colocamos uma ordem de compra neste valor, na verdade estamos pagando R$ 8,16 (oito reais e dezesseis centavos) pela aquisição do lote, o agravante é que ainda temos que considerar o custo da alienação. Nosso preço de “0 X 0”, neste caso é R$ 8,33 (oito reais e trinta e três centavos) e isso significa que temos que considerar que estamos inicialmente no prejuízo de 4,12 %!

Vale a pena executar esta operação?Talvez seja melhor procurar outra operação com um risco menos elevado.

Reinvestimento total / parcial

É provado que 10-20% do sucesso de um acúmulo de riqueza ao longo do tempo em operações no mercado financeiro se devem aos melhores momentos de comprar e vender e os outros 80-90% se deve a uma adequada gestão de capital e risco.

Vejamos a seguinte simulação:

Situação 1 - Reinvestimento total.

Suponhamos que o seu capital inicial seja de R$100,00 reais, e que você faça um reinvestimento na totalidade do capital para todas as operações executadas. Suponhamos também que a seqüência de operações tenha sido:

Capital inicial: R$100 reais (Reinvestimento total)Operação Ganho / Perda Ganho / Perda Capital Total1º trade 40% Lucro R$ 40,00 R$ 140,002º trade 40% Lucro R$ 56,00 R$ 196,003º Trade 40% Lucro R$ 78,40 R$ 274,404º Trade 40% Perda - R$ 109,76 R$ 164,645º Trade 40% Perda - R$ 65,85 R$ 98,78Prejuízo de 1,12%

Situação 2 – Reinvestimento parcial

Suponhamos agora uma segunda situação, onde exporemos apenas parte do capital em risco. Em nosso exemplo vamos expor apenas 16% de nosso capital ao risco.

Capital inicial: R$100 reais (Reinvestimento parcial)Operação Ganho / Perda Ganho / Perda Capital Total Fração Exposta1º trade 40% Lucro R$ 6,40 R$ 106,4 R$ 17,022º trade 40% Lucro R$ 6,80 R$ 113,20 R$ 18,113º Trade 40% Lucro R$ 7,24 R$ 120,44 R$ 19,274º Trade 40% Perda - R$ 7,70 R$ 112,73 R$ 18,035º Trade 40% Perda - R$ 7,21 R$ 105,51Lucro de 5.51%

Existem várias formas de quantificar o tamanho da posição ideal a ser utilizada no próximo trade, tomando como base no risco que se quer correr, o histórico de ganhos/perdas do

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ANÁLISE TÉCNICA

investidor, no intuito de conseguir um crescimento geométrico do capital de investimento.Utilizar mais do que o valor ideal significa que cedo ou tarde o investidor irá quebrar e, utilizar menos que valor adequado não trará ganhos a passos geométricos. Sem algum tipo de gerenciamento desse tipo torna-se impossível o acúmulo de patrimônio em ambientes de risco.

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ANÁLISE TÉCNICA

Controle Estatístico

Conhecer as próprias fraquezas e características é importante para a identificação de falhas.

Para saber o montante de dinheiro a ser investido em uma determinada ação, é preciso multiplicar o preço pela quantidade e dividir pelo tipo da cotação.É muito importante para um trader fazer um acompanhamento estatístico de suas operações.

É interessante ter controle sobre:

M% Win = Porcentagem de trades positivos. MGT = média de ganho por trade. MPT = média de perdas por trade. Drawdown

Para melhorar o desempenho, o ideal é:

Aumentar o M%Win, tentando melhorar a seleção dos papéis.Aumentar o MGT, melhorando a operacionalização dos trades. (melhores pontos de entrada / saída)Diminuir os MPT, apertando Stops no momento certo.

Tributação

A tributação em renda variável tem o tratamento tributário dependendo da modalidade da operação, podendo ser: mercados à vista, de opções, futuro e a termo.

Alíquota de incidência do IR aplicável às operações do mercado de renda variável sobre os ganhos líquidos auferidos em operações realizadas em bolsas de valores de futuros, e assemelhadas, inclusive day trade, serão tributados às seguintes alíquotas:

Vinte por cento, no caso de operação day trade; Quinze por cento, nas operações realizadas nos

mercados à vista, a termo, de opções e de futuros.

Isenção da tributação

Estão isentos do imposto de renda os ganhos líquidos auferidos por pessoa física em operações no mercado à vista de ações negociadas em bolsas de valores, cujo valor das alienações realizadas em cada mês seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 para o conjunto de ações.

Deduções

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ANÁLISE TÉCNICA

As despesas efetivamente pagas constantes em notas de corretagem para a realização de operações de compra ou venda (corretagens, taxas de custódia etc.) podem ser consideradas na apuração do ganho líquido, sendo acrescidas ao preço de compra e deduzidas do preço de venda dos ativos ou contratos negociados.

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ANÁLISE TÉCNICA

Compensação de Perdas

Para fins de apuração e pagamento do imposto mensal sobre os ganhos líquidos, as perdas incorridas nas operações de renda variável nos mercados à vista, de opções, futuros, a termos e assemelhados, poderão ser compensadas com os ganhos líquidos auferidos, no próprio mês ou nos meses subseqüentes, em outras operações realizadas em qualquer das modalidades operacionais previstas naqueles mercados, exceto no caso de perdas em operações de day trade, que somente serão compensadas com ganhos auferidos em operações da mesma espécie (day trade). Não se pode compensar resultados negativos de um mês com ganhos auferidos em meses anteriores, pois a base de cálculo do imposto é apurada mensalmente. O resultado negativo ou perda apurado em dezembro pode ser compensado com o ganho auferido em qualquer mês do exercício seguinte e não há restrição quanto ao mês ou ano de sua utilização, exceto com operações day trade.

Atenção: As perdas incorridas em operações iniciadas e encerradas no mesmo dia (day trade) somente são compensáveis com os ganhos líquidos auferidos nessas operações, em uma ou mais modalidades operacionais.

Imposto de Renda Na Fonte

As operações liquidadas a partir de 1º de janeiro de 2005, realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros, e assemelhadas, estão sujeitas à incidência do imposto de renda na fonte à alíquota de 0,005% (cinco milésimos por cento).

Os rendimentos auferidos em operações day trade sujeitam-se à incidência do imposto de renda na fonte. A alíquota é de 1%.

Compensação do IR em casos de Day Trade

O valor do imposto retido na fonte sobre as operações day trade pode ser deduzido do imposto incidente sobre os ganhos no mês ou em meses posteriores, se, até o mês de dezembro do ano-calendário da retenção, houver saldo de imposto retido. O valor do imposto retido na fonte sobre operações day trade somente pode ser compensado até o mês de dezembro do ano-calendário da retenção.

Prazo para pagamento do IR

O imposto de renda deve ser pago até o último dia útil do mês subseqüente àquele em que os ganhos houverem sido apurados. O código a ser utilizado no Darf para pagamento desse tributo é 6015.

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ANÁLISE TÉCNICA

Declaração de ajuste anual

Os ganhos líquidos são apurados e tributados, mês a mês, em separado, e não integram a base de cálculo do imposto de renda na Declaração de Ajuste Anual. Da mesma forma, o imposto pago não pode ser deduzido do devido na declaração.

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ANÁLISE TÉCNICA

Softwares:

Metastock

Fig. 21 – LayOut - MetaSotck 8.0 Pro

MS é o software oferecido pela Equis para análise técnica de mercado.

Tendo um número muito grande de ferramentas e sendo altamente customizável, representa uma excelente ferramenta para os usuários mais avançados.

Apresentando ainda um ambiente de programação em linguagem própria e amigável, para desenvolvimento de exploradores, fórmulas e back testing.

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ANÁLISE TÉCNICA

Exemplo de programação:

Bollinger Bands

Upper Band: mov( C,20,S ) + ( 2 * ( std( C,20 ) ) )

Lower Band: mov( C,20,S ) - ( 2 * ( std( C,20 ) ) )

Middle Band: mov( C,20,S )

%B: ( ( C+2 * std( C,20 ) - mov( C,20,S ) ) / ( 4 * std( C,20 ) ) ) * 100

Band width: ( ( mov( C,20,S) + ( 2 * ( std( C,20 ) ) ) )- ( mov( C,20,S) - ( 2 * ( std( C,20 ) ) ) ) ) / mov( C,20,S)

(Bem como uma série de outros indicadores, as Bandas de Bollinger já constam no conjunto default de indicadores do MetaStock, não sendo necessário programá-las)

Ainda possui elementos integrados (system tester) que possibilitam backtesting.

The Downloader

Fig. 21.1 – LayOut - The Downloader

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ANÁLISE TÉCNICA

Base de dados

A base de dados é extraída dos BDIs da Bovespa. Qualquer um tem acesso ao BDI da Bovespa através do site da própria Bovespa (www.bovespa.com.br), entretanto os “vendors” recebem da BOVESPA os dados em uma formatação adequada para a utilização como base de dados.

Manter uma base de dados própria é extremamente trabalhoso, pois diariamente ocorrem fatos relevantes que geram a necessidade de realizar ajustes na base de dados, por isso, a maioria dos fornecedores de bases de dados cobra pelo serviço de distribuição das mesmas.

O conjunto de arquivos que forma uma base de dados depende do software que irá utilizar a base de dados.

Para utilização do MetaStock por exemplo, a base de dados deve conter uma série de arquivos *.dat, *.dop, organizados por um cabeçalho (Master) e um terminador (Emaster).

As atualizações diárias geralmente são dispostas em arquivos texto da maneira descrita a seguir:

IBOV,050310,28510.00,028681.00,028049.00,028567.00,2143189052,1ACES3,050310,000000044.00,000000044.20,000000043.80,000000044.00,000000000009700,1ACES4,050310,000000045.42,000000046.50,000000044.80,000000046.20,000000000385900,1EALT4,050310,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000000000,1AVIL3,050310,000000398.00,000000398.00,000000398.00,000000398.00,000000004150000,1ILMD3,050310,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000000000,1ILMD4,050310,000000002.90,000000002.90,000000002.80,000000002.85,000000031000000,1AELP3,050310,000000030.70,000000031.48,000000030.40,000000031.48,000000004500000,1AESL3,050310,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000000000,1AESL4,050310,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000000000,1GETI3,050310,000000041.91,000000041.91,000000040.50,000000041.82,000000004500000,1GETI4,050310,000000041.00,000000041.99,000000041.00,000000041.99,000000001100000,1BSGR3,050310,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000.00,000000000000000,1

Caso a atualização diária seja feita manualmente, é necessária a utilização do Equis Downloader para colocar a atualização do dia, de cada ativo em seu respectivo diretório.

A base de dados inicial bem como o arquivo de atualização diária pode ser baixada gratuitamente no site www.analistademercado.com.br, entretanto enfatizamos a

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necessidade da manutenção e utilização de uma base de dados confiável para que as análises não sejam comprometidas.

Existem hoje no mercado, serviços pagos de excelente qualidade e ótimo custo/benefício, como por exemplo, o quotebr (site - www.quotebr.com) que fornece o software MSBDI que atualiza automaticamente a base de dados, dispensando a utilização do Equis Downloader, por um custo aproximado de R$ 60,00 / ano.

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Sugestões de leitura:

Análise Técnica - Teoria, Ferramentas e Estratégias Márcio Noronha.

Reminiscências de Um Especulador Financeiro - Édwin Lefévre

Axiomas de Zurique - Max Gunter Come Into My Trading Room - Alexander Elder Encyclopedia of Chart Patterns - Bulkowski The Master Swing Trader - Alan Farley Fibonacci Ratios with patter recognition - Larry

Passavento Fibonacci Aplications and Strategies for Traders -

Robert Fisher Understanding Fibonacci Numbers - Edward Dobson The Disciplined Trader - Mark Douglas Technical Analysis from A to Z. - Achelis, Steven B. Stock Market Trading Systems. - Appel, Gerald and

Hitschler, Fred. The Moving Average Convergence-Divergence

Method. - Appel, Gerald Volume Cycles in the Stock Market. - Arms, Richard

W., Jr. The Complete Investment Book. - Bookstaber,

Richard. The New Technical Trader. - Chande, Tushar S and

Stanley Kroll. Technical Analysis of Stock Trends. - Edwards,

Robert D. and Magee, John. New Strategy of Daily Stock Market Timing

Maximum Profit - Granville, Joseph E. Commodity Trading Systems and Methods. -

Kaufman, Perry J. Technical Trader's Guide to Computer Analysis of

the Futures Market. - Lebeau, Charles, and David Lucas.

Using the Volume Reversal Survey in Market Analysis. - Leibovit, Mark A.

Filtered Waves-Basic Theory. - Merrill, Arthur A. Technical Analysis of the Futures Markets. Japanese Candlestick Charting Techniques. - Nison,

Steven. Beyond Candlesticks. - Nison, Steven. Trading the Regression Channel. - Raff, Gilbert. Technical Analysis Explained. - Pring, Martin J. New Concepts in Technical Trading Systems. -

Wilder, J. Welles. The Dow Theory - Robert Rhea Technical Analysis of Stock Trends - Robert D.

Edwards e John Magee The Trading Game: Playing by the Numbers to Make

Millions - Ryan Jones Portfolio Management Formulas - Ralph Vince The Mathematics of M. Management: Risk Analysis

Techniques for Traders - Ralph Vince The New Money Management - Ralph Vince Trade Your Way to Financial Freedom

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Safe Strategies for Financial Freedom - Van K. Tharp, D.R. Barton, Steve Sjuggerud, Van Tharp, D.R. Barton

Todos podem ser encontrados em: http://www.traderslibrary.com

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Links Úteis

Aplicativos e Base de dados:

http://www.advfn.comhttp://www.ae.com.brhttp://www.analistademercado.com.brhttp://www.apligraf.com.brhttp://www.blanksys.com.br/http://www.bloomberg.com.brhttp://www.bullicastelo.comhttp://www.cedrofinances.com.brhttp://www.cma.com.brhttp://www.downloadquotes.comhttp://www.enfoque.com.brhttp://www.equis.comhttp://www.nelogica.com.brhttp://www.projecao.com.br http://www.tradergrafico.com.brhttp://www.tradezone.com.br/tz/

Corretoras e Home Brokers:

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