apontamentos de economia política ii - fduc

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  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    Resumo 3. Aula Prtica EP II

    2. Parte

    Do Capitalismo de Concorrncia ao Capitalismo Monopolista de Estado

    I Capitalismo de Concorrncia (p. 213 das Lies)

    1. Livre e intensa concorrncia

    a) absoluta liberdade de iniciativa

    b) Ningum domina o mercado Soberania do Consumidor; Mercado de

    concorrncia pura e perfeita:

    2. Livre acesso indstria: Eficincia social do Sistema Capitalista; Eficincia produtiva

    produo a custos mais baixos possveis

    3. No possvel fixar preos O PREO FORMA-SE EXOGENAMENTE: mercado

    EFICINCIA PRODUTIVA

    EFICINCIA SOCIAL

    4. No interveno do Estado

    Estado um simples estado guarda nocturnoESTADO MINMO

    5. Sntese

    Do ponto de vista do Direito:

    1)

    oprincpio democrtico,

    2)

    oprincpio liberal,

    3) oprincpio do direito,

    4)

    Os direitos fundamentais destinam-se a garantir aos indivduos a defesa contra a

    agresso do estado;

    5) Daqueles princpios decorre tambm a reserva da lei, o princpio da legalidade da

    administrao, a separao dos poderes (o parlamento faz as leis e o Executivo

    executa-as).

    Do ponto de vista da economia

    6)

    o estado e o direito separados da economia,

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    7) a perenidade da ordem social sada das revolues burguesas, pondo -se fim

    histria

    O estado de direito liberal teve dois momentos

    a)

    O estado de direito (o estado de direito liberal) serviu a burguesia na luta contra o

    estado aristocrtico-absolutista,

    b) Num 2. momento foi tambm instrumento ao servio da burguesia para, tentar

    consolidar e perpetuar a sua posio de classe dominante,

    II Capitalismo Monopolista (p. 269 das Lies)

    Oligopolizao

    Consequncias:

    1. Menor concorrncia;

    2. o PREO j no um dado autnomo (formado exogenamente)

    3. a indstria atractiva mas de difcil acesso

    CAUSAS:

    1. Concorrncia:

    2. Progresso tcnico: 2. Revoluo Industrial obriga e favorece

    3. Alargamento dos mercados

    Recrudescimento do colonialismo + unificao dos mercados internos

    4. Verificao de crises cclicas de sobreproduo

    5.

    Capital bancrio (instituies bancrias): Centralizao de capitais e

    Concesso de crdito

    a primeira negao da propiedade privada

    6. Industrializao tardia : ambiente de concentrao:

    Consequncias deste processo:

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    1. Carcter social/colectivo do processo produtivo grandes unidades

    produtivas dezenas, centenas de trabalhadores

    2. Reafirmao de carcter social dos meios de produo

    Difuso das Sociedades por aces: capital social fragmentado

    3. Exportao de capitais privados e recrudescimento do colonialismo

    Segunda Globalizao (p. 283 das Lies): EXPORTAO DE CAPITAIS

    PRIVADOS

    Diviso do trabalho escala mundial: cada grupo de pases especializa-se num

    determinado sector da actividade produtiva (Unificao do mercado mundial)

    A internacionalizao do capital e do mercado mundial lanaram as bases da

    hierarquia que hoje caracteriza o sistema mundial do capitalismo: pases

    industrializados / pases dominados / pases subdesenvolvidos e de

    desenvolvimento impedido.

    O subdesenvolvimento consequncia do colonialismo imperialista: fruto da

    histria do Capitalismo.

    IIICAPITALISMO MONOPOLISTA DE ESTADO (1. GUERRA MUNDIAL)

    P.297DAS LIES

    Aparecimento do ESTADO ECONMICO que , muitas vezes, o principal agente

    econmico.

    I - Enquadramento histrico

    a) Primeira Guerra Mundial:

    b) As dcadas de 1930 e 1930

    c) Segunda Guerra Mundial (p. 250 das Lies)

    d) A Constituio de Weimar: O compromisso poltico

    1)

    Sectores de notria utilidade social(a produo e distribuio da energia).

    2) A nacionalizao.

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    3) Recusa do confisco puro e simples da propriedade privada a diferena

    entre o estado social e o estado socialista(garante sempre indemnizao).

    4) ideia de programao econmica, planificao urbanstica e ordenamento

    do territrio.

    5) Nascem os direitos sociais: o direito habitao, o direito educao, o

    direito sade.

    6)

    Nasce a liberdade de organizao sindical, reconhecida como direito

    fundamental dos trabalhadores.

    7) Consagra a funo social da propriedade: A propriedade obriga. A

    propriedade no tem s um limite negativo, mas tem comandos positivos(cf.

    com p. igualdade).

    8)

    princpio da cogesto atravs do qual se garantiaa participao dos

    trabalhadores na gesto das empresas colaborao de classes.

    IICaracterizao geral

    1. Concentrao horizontal/ heterognea: produo de produtos distintos

    a) Conglomerado: bens perfeitamente distintos entre si (ex: tijolos e brinquedos)

    b) Concentrao funcional semi-heterognea: consiste na produo de bens

    rivais; rivalidade sem sucedaneidade

    c) Concentrao vertical complementar

    2. Concentrao vertical/ diversificao geogrfica da produo

    diversificao geogrfica da produo

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    4. Aula Prtica EP II

    1. Estado Social

    o progresso tcnico + o aumento da dimenso das empresas + concentrao do

    capital;

    o fortalecimento do movimento operrio + agravamento da luta de classes

    o aparecimento de ideologias negadoras do capitalismo + vitria da primeira

    revoluo proletria anti-capitalista.

    Coloca em causa da tese liberal da mo invi svele das leis naturais do mercado

    Com isso, tambm esvaziada a tese de que Estado deveria estar separado da

    sociedade e da economia

    imps-se a necessidade de conf iar ao estado (ao estado capital ista) novas funes, no

    plano da economia e no plano social.

    Emergncia do ESTADO SOCIAL

    O Estado passa a ter uma funo dejustia social.

    A mo visvel do direitocomeava a substituir a mo invisvel da economia (na qual,

    por sua vez, a mo visvel dos grandes grupos econmicos vinha substituindo a velha

    mo invisvel de Adam Smih).

    Implicou uma maior autonomia da instncia poltica + domnio do polti co sobre o

    econmico

    A Burguesia aceitou solues de compromisso que implicaram a integrao, na nova

    ordem jurdica do capitalismo, de princpios contrrios aos valores (verdadeiros

    dogmas) da ordem liberal.

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    o dir eito social surgiu, no quadro do estado social, como um dir ei to de compromisso.

    conceito de estado social a adaptao das estruturas sociais e polticas da sociedade

    capitalista poca histrica que vivemos; uma evoluo na continuidade,objectivo:

    (i) suavizar as contradies do sistema,

    (ii) anestesiar os contestatrios,

    (iii) afastar os riscos de rupturas revolucionrias.

    A economia uma preocupao do estadoe o terreno da aco poltica.

    O estado (e o direito) um papel de relevo na regulao do equilbrio do sistema social,

    Falhas do capital ismo

    Tem na base a aceitao de que o sistema econmico capitalista no se regula por si

    prprioe muito menos pode livrar o sistema social das tenses e desequilbrios que

    tm origem na economia.

    Historicamente:

    1. Depois da 1 Guerra Mundial, marcado por uma profunda crise econmica, por

    violentos conflitos de classe, pela subverso do estado de direito liberal e dos

    princpios da democracia, mas tambm, contraditoriamente, por alguns avanos

    no reconhecimento de certos direitos dos trabalhadores

    2. A ruptura s podia ser evitada (adiada) a partir do estado, no do estado

    liberal, mas do estado social.

    Mudar alguma coisa para que tudo continue na mesma!

    A economia deixou de ser um dadoda ordem natural, para se tornar num objecto

    susceptvel de conformao pelas polti cas pblicas.

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    Estado social = Estado Econmico

    Objectivo: reunir as condies de funcionamento de uma economia bem

    sucedida.

    Meios garantir um certo grau de justia social, um certo grau de satisfao de

    determinadas necessidades sociais,

    Finalidadeatenuar os conflitos de classeestabilidade sociedades capitalistas

    estado econmico (i) estado-empresrio, (ii) estado redistribuidor do rendimento,

    (iii) estado responsvel pelo bem-estar dos cidados.

    Implicou mudanas naestrutura organizatria

    : o Executivo prevalece sobre

    Legislativo e da Administrao perante a lei (v.g. os contratos de investimento, a

    iseno de impostos concedida pelo Administrao, a concesso de subsdios a fundo

    perdido, os apoios em espcie so hoje prticas correntes que ilustram esta ideia).

    Razo: a planificao da economia exige uma continuidadeda orientao poltica

    +

    capacidade tcnica incompatvel com a anarquia parlamentar e a incompetncia

    dos deputados.

    estado tecnocrti coocupa o lugar do estado democrti co

    Uma elite que confiscou a democracia, diminuindo a capacidade de interveno

    poltica das classes trabalhadoras e das suas organizaes e limitando mesmo a

    autonomia poltica dos estados nacionais dos pases mais dbeis.

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    Sntese do Estado Social:

    a) responsabilidade social do estado enquanto responsabilidade social

    colectiva(de toda a comunidade):

    b) o estado social assume-se como um estado acima das classese dos conflitos

    sociais

    c) procura apaz sociale a garantia a todos os cidados dos meios necessrios

    a uma vida digna,

    d) Para o efeito fornece os bens ou servios indispensveis a tal desiderato

    (educao, sade, habitao, assistncia social, etc.);

    e)

    o estado social prope-se oferecer a todos oportunidades iguaisde acesso ao

    bem-estar, nomeadamente atravs de polticas de redistribuio do

    rendimento em favor dos mais pobres e de investimentos pblicos em

    equipamentos sociais adequados (habitao, creches e escolas de ensino

    bsico, v.g.);

    f)

    o estado social deve proporcionar a todos os indivduos e a todos os grupos

    sociais a possibilidade de participar no poder social.

    1. 7.O estado nazi-f ascista e a soluo corporati va.

    O estado social weimarianopropunha-se realizar os seus objectivos no respeito

    pelas regras da democracia poltica e pelos princpios democrticos.

    No entanto, nos pases de economia mais debilitada (como era a economia alem nessa

    altura, ainda por cima sobrecarregada com o peso das indemnizaes de guerra impostas

    pelo Tratado de Versalhes) e nos pases pobres e atrasados (Itlia, Espanha, Portugal e

    outros pases do sul da Europa), afectados tambm pela profunda e prolongada crise

    econmica, que se generalizara a todo o mundo capitalista, as condies econmicas e

    sociais no permitiam resposta fcil s reivindicaes dos trabalhadores e dos seus

    sindicatos.

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    Contestao social

    +

    Espectro do Comunismo

    o estado capitalista assumiu ento a forma de estado fascista, anti-liberal, anti-

    democrata e anti-socialista, apesar de gostar de se apresentar como estado social.

    A ideia (de raiz bismarckiana) a de que s o estado autoritrio poderia realizar a

    reforma social, ainda que custa da democracia poltica

    o fascismo (o nacional-socialismo) era anti-capitalista, procurando superar o

    capitalismo e o comunismo com base na cooperao entr e as classesem busca do

    bem comum

    corporativismo interveno organizada do estado nazi-fascista na economia, com o

    objectivo de ultrapassar as contradies do capitalismo como a luta de classes, de modo

    a evitar o fim do capitalismo, resolvendo duas questes (i) o govermo da economiae

    (ii) a questo social.

    (i) Governo da Economia: governo privado da economia

    A situao era de controlo da economia pelas grandes estruturas empresariais

    A soluo do corporativismoe do estado fascistafoi a de promover uma

    estreita aliana entre o poder fascista e os grandes grupos empresariaisaos quais foi entregue a direco das estruturas corporativas

    As estruturas corporativas tinham um estatuto de direito pblico e

    assumiram a tarefa de organizar e controlar a economia.

    J o faziam, mas, agora, era com o aval do estado, proclamando-se que este

    governo privado da economia (estaplanificao corporativa da economia)estava ao servio do bem comum.

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    (ii) Questo social

    Era uma tema central da doutrina social da igreja catlica, que defendia que

    o estado s deveria intervir na economia se os indivduos e as suas

    comunidades no pudessem servir correctamente o bem comum

    (princpio da subsidiariedade);

    advogava, por outro lado, o regresso ao esprito das corporaes

    medievais, atravs da instituio de associaes profissionais no seio das

    quais patres e trabalhadores deveriam unir-se na prossecuo do interesse

    colectivo.

    Estas preocupaes e estas propostas tiveram eco no iderio corporativo e

    caracterizaram a prtica dos estados corporativos.

    a) O estado fascista foi anti-liberal.

    O indivduo dilui-se nos corpos sociais (a famlia, a corporao, o

    estado);

    concepo orgnica da sociedade VS. Concepo atomstica da

    sociedade(o somatrio de indivduos isolados)

    contratualismo VS. institucionalismo: o estatuto definido e imposto

    pelo estado ou pela entidade hierarquicamente superior (fhrerprinzip)

    substitui a soluo contratual.

    b)Economia privada vs. Economia entra na esfera politica

    as corporaes foram pensadas como rgos simultaneamente

    reguladores da economia e detentores do poder poltico, ultrapassando

    assim o dogma liberal da separao entre o estado e a economia;

    o estado assume o direito (e o dever) de intervir na economia, para a

    promoo do bem comum

    concorrncia VS. planificao corporativa.

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    c) direco corporati va da economiafoi entregue ao grande capital,

    os sindicatos foram corporativizados epartidos de esquerda empurrados

    para a clandestinidade.

    d) Anti-democrata:

    proibiu o sufrgio universal e os partidos polticos,

    anulou a liberdade de reunio e de associao, a liberdade de

    manifestao e a liberdade de expresso;

    negou a igualdade entre os homens, exaltou o nacionalismo e o

    racismo.

    e) Anti-socialista

    congelou todos os direitos econmicos e sociais;

    anulou as polticas pblicas tendentes a efectivar esses direitos;

    matou as classes por decreto;

    proibiu a luta de classes (proibio dos sindicatos livres e do

    direito de greve);

    no ps em causa a propriedade privada nem a liberdade de

    empresa.

    a soluo de compromisso consagrada na Constituio de Weimar esgotou-se

    dramaticamente com a ascenso do Partido Nacional-Socialista e o fim da

    Repblica de Weimar.

    Em Maro de 1933, Hitler nomeado chanceler.

    Foram dissolvidos os sindicatos existentes, substitudos por organizaes

    conjuntas de empresrios e de trabalhadores (Deutsche Arbeitsfront) com

    funes distintas das que historicamente cabem aos sindicatos: formao

    profissional, doutrinao poltica, organizao dos tempos livres.

    cartelizao obrigatria.

    Criao de associaes profissionais (Reichsgruppen), s quais se

    atribuem amplos poderes de regulamentao e direco do respectivo

    sector, podendo ir at ao encerramento das empresas que no cumpris-

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    sem os regulamentos promulgados pelo Reichsgruppe ou julgadas

    excedentes.

    eram as grandes empresas monopolistas que dirigiam as associaes

    profissionais, atravs das quais passou a ser controlada, em estreita

    ligao com o estado nazi, toda a economia alem.

    O nazismo foi uma a soluo friamente construda pelo grande capital para, naquelas

    condies concretas, resolver os problemas da economia e da sociedade capitalistas.

    o nazi-fascismo representou a forma extrema da ditadura do grande capital

    monopolista,

    a Segunda Grande Guerra tem, pois, origem nas contradies e conflitos de interesses

    entre os capitalismos nacionais europeus.

    Anlise Comparada Constituio de Weimar / Corporativismo:

    (i) Questo social ?

    Liberdade de organizao sindical (DF) Proibio sindicatos

    proibiu a luta de classes (proibio

    dos sindicatos livres e do direito de greve);

    direitos sociais: o direito habitao, o

    direito educao, o direito sade.

    Negao dos direitos sociais individuais

    congelou todos os direitos

    econmicos e sociais;

    anulou as polticas pblicas

    tendentes a efectivar esses direitos;

    proibiu o sufrgio universal e os

    partidos polticos,

    anulou a liberdade de reunio e de

    associao, a liberdade de manifestao e a

    liberdade de expresso;

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    negou a igualdade entre os homens,

    exaltou o nacionalismo e o racismo.

    funo social da propriedade: A

    propriedade obriga.A propriedade no

    tem s um limite negativo, mas tem

    comandos positivos (cf. com p.

    igualdade).

    no ps em causa a propriedade

    privada nem a liberdade de empresa.

    princpio da cogesto atravs do qual

    se garantiaa participao dos

    trabalhadores na gesto das empresas

    colaborao de classes

    Prossecuo interesse colectivo atravs de

    associaes profissionais

    concepo orgnica da sociedade

    contratualismo

    Concepo atomstica da sociedade (o

    somatrio de indivduos isolados)

    institucionalismo: o estatuto definido e

    imposto pelo estado ou pela entidade

    hierarquicamente superior (fhrerprinzip)

    substitui a soluo contratual.

    (ii) Governo da Economia?

    Governo social da economia

    Governo Privado da economia: o estado sdeveria intervir na economia se os

    indivduos e as suas comunidades no

    pudessem servir correctamente o bem

    comum

    Sectores de notria utilidade social (a

    produo e distribuio da energia).controlo da economia pelas grandes

    estruturas empresariais

    nacionalizaodas empresas susceptveisPromoo de aliana entre o poder fascista

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    de socializao surge como um dos

    instrumentos utilizveis para colocar sob a

    alada do estado aqueles bens econmicos

    de utilidade social e ainda as empresas que

    laboram emsituao de monoplio.

    e os grandes grupos empresariais aos quais

    foi entregue a direco das estruturas

    corporativas

    Recusa do confisco puro e simples da

    propriedade privada a diferena entre

    o estado social e o estado socialista

    (garante sempre indemnizao).

    As estruturas corporativas tinham um

    estatuto de direito pblico e assumiram a

    tarefa de organizar e controlar a

    economia.

    funo social da propriedade: A

    propriedade obriga. A propriedade no

    tem s um limite negativo, mas tem

    comandos positivos(cf. com p. igualdade).

    J o faziam, mas, agora, era com o aval do

    estado, proclamando-se que este governo

    privado da economia (esta planificao

    corporativa da economia) estava ao

    servio do bem comum.

    Economia entra na esfera poltica

    assumindo que a interveno do estado na

    economia deve visar no apenas a

    racionalizao da economia, mas a

    transformao do sistema econmico,

    integrando a economia na esfera da

    poltica, fazendo da economia um

    problema polti co, lanando deste modo

    as bases da passagem do estado de direito

    ao estado social .

    Nasceu aqui, o direito pblico da

    economia

    Concorrncia

    Economia entra na esfera politica

    as corporaes foram pensadas como

    rgos simultaneamente reguladores da

    economia e detentores do poder poltico,

    ultrapassando assim o dogma liberal da

    separao entre o estado e a economia;

    o estado assume o direito (e o dever) de

    intervir na economia, para a promoo do

    bem comum

    planificao corporativa.

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    Resumo da 4. Aula Prtica EP II

    1. Estado Social

    Coloca em causa da tese liberal da mo invi svel e das leis naturais do

    mercado

    Com isso, tambm esvaziada a tese de que Estado deveria estarseparado da

    sociedade e da economia

    imps-se a necessidade de confiar ao estado (ao estado capitalista) novas

    funes, no plano da economia e no plano social.

    Emergncia do ESTADO SOCIAL

    Implicou uma maior autonomia da instncia poltica + domnio do polti co sobre o

    econmico

    o dir eito social surgiu, no quadro do estado social, como um dir ei to de compromisso.

    conceito de estado social a adaptao das estruturas sociais e polticas da sociedade

    capitalista poca histrica que vivemos; uma evoluo na continuidade,

    objectivo:

    (i) suavizar as contradies do sistema,

    (ii) anestesiar os contestatrios,

    (iii) afastar os riscos de rupturas revolucionrias.

    A economia uma preocupao do estadoe o terreno da aco poltica.

    O estado (e o direito) um papel de relevo na regulao do equilbrio do sistema social,

    Falhas do capital ismo

    Tem na base a aceitao de que o sistema econmico capitalista no se regula por si

    prprioe muito menos pode livrar o sistema social das tenses e desequilbrios que

    tm origem na economia.

    Historicamente: evitar rupturas revolucionrias no ps I Guerra; Mudar algumacoisa para que tudo continue na mesma!

    A economia deixou de ser um dadoda ordem natural, para se tornar num objecto

    susceptvel de conformao pelas polti cas pblicas.

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

    16/40

    Estado social = Estado Econmico

    Objectivo: reunir as condies de funcionamento de uma economia bem

    sucedida.

    Meios garantir um certo grau de justia social, um certo grau de satisfao de

    determinadas necessidades sociais,

    Finalidadeatenuar os conflitos de classeestabilidade sociedades capitalistas

    Implicou mudanas na estrutura organi zatri a

    capacidade tcnica incompatvel com a anarquia parlamentar e a incompetncia

    dos deputados.

    estado tecnocrti coocupa o lugar do estado democrti co

    Uma elite que confiscou a democracia

    1. 7.O estado nazi-f ascista e a soluo corporati va.

    Em certos paes, as condies econmicas e sociais no permitiam resposta fcil s

    reivindicaes dos trabalhadores e dos seus sindicatos.

    Contestao social+Espectro do Comunismo

    o estado capitalista assumiu ento a forma de estado fascista, anti-liberal, anti-

    democrata e anti-socialista, apesar de gostar de se apresentar como estado social.Aideia (de raiz bismarckiana) a de que s o estado autoritrio poderia realizar a

    reforma social, ainda que custa da democracia poltica

    o fascismo (o nacional-socialismo) era anti-capitalista, procurando superar o

    capitalismo e o comunismo com base na cooperao entr e as classes em busca do

    bem comum

    corporativismo interveno organizada do estado nazi-fascista na economia, com o

    objectivo de ultrapassar as contradies do capitalismo como a luta de classes, de modo

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    a evitar o fim do capitalismo, resolvendo duas questes (i) o govermo da economiae

    (ii) a questo social.

    Governo da Economia: governo privado da economia: promover uma estreita

    aliana entre o poder fascista e os grandes grupos empresariais aos quais foientregue a direco das estruturas corporativas

    (iii) Questo social: o regresso ao esprito das corporaes medievais,

    (iv) O estado fascista foi anti-liberal.

    concepo orgnica da sociedade VS. Concepo atomstica da

    sociedade(o somatrio de indivduos isolados)(v) Economia privada vs. Economia entra na esfera politica

    concorrncia VS. planificao corporativa.

    (vi) direco corporati va da economiafoi entregue ao grande capital,

    (vii) Anti-democrata:

    (viii) Anti-socialista

    a soluo de compromisso consagrada na Constituio de Weimar esgotou-se

    dramaticamente com a ascenso do Partido Nacional-Socialista e o fim da

    Repblica de Weimar.

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    5. Aula Prtica EP II

    4.7- A Segunda Guerra Mundial. O capitalismo contemporneo.

    a Alemanha lana-se conquista de espao vital

    Aumento de produo nos sectores mais directamente ligados s necessidades blicas.

    planificao econmica de guerra

    Nos EUA e Inglaterra, os receios com as contigncias do conflito impediam os privaods

    de investir e foram os Estados a faz-lo, com fundos pblicos.

    No fim da guerra:

    os EUA emergem como potncia hegemnica do mundo capitalista, nos planos

    econmico e militar;

    em vrios pases do centro e do leste da Europa e na China instauram-seregimes socialistas;

    a URSS afirmou-se como segunda superpotncia, nos planos poltico,

    econmico e militar;

    iniciou-se a guerra friae a corrida aos armamentos.

    +

    A vitria do livrecambismo.

    os EUA e os pases desenvolvidos queriam criar um clima de liberdade nas trocas

    internacionais;

    Acordos de Bretton Woods sistema monetrio internacional, o Fundo

    Monetrio Internacional e o Banco Mundia)

    no GATT (General Agreement on Trade and Tariffs)

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    serviu de modo particular os interesses dos EUA, com uma indstria

    sobredimensionada que no poderia confinar-se nos limites do seu espao

    nacional.

    O dlar emergiu o nico meio de pagamentos internacionais, porque, nascondies do final da Guerra, era a nica moeda convertvel em ouro

    Crtica marxista: o livrecambismotem sido utilizado como um instrumento ao servio

    dos pases dominantes e dos interesses dominantes

    Isso acentuou-se com o modelo de agncia reguladora do livre comrcio internacional

    a OMC(Organizao Mundial doComrcio),

    Autores marxistas defendem que as relaes comerciais internacionais devem inspirar-

    se nos princpios da solidariedade e do desenvolvimento sustentvel e no

    reconhecimento do direito dos povos autosuficncia alimentar.

    (os valores do comrcio mundial aumentam sem cessar, mas as desigualdades e a

    excluso social aumentam a um ritmo ainda maior)

    4.7.2 Novos aspectos da concentrao capitalista

    A concentrao continua presente na dinmica do capitalismo:

    a) A partir de 1930, as grandes empresas aparecem com frequncia

    comprometidas num processo de diversificao a produo pela mesma

    empresa de bens com diferentes utilidades, dificilmente substituveis uns pelos

    outros:

    diversificao o resultado da integrao das fases produtivas(vertical

    ou horizontal)

    torna as empresas menos favorveis a crises ciclicas

    b)

    A partir de 1950, assistiu-se ao desenvolvimento e predominncia dasgrandes empresaspreferem umapoltica de entendimentocom as rivais

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    cartelizao

    c)

    A concentrao ganha hoje relevncia especial na perspectiva dos grupos de

    sociedades:

    formas de integrao(concentrao vertical),

    a concentrao horizontal:

    o concentrao homognea respeitante a empresas que produzem

    bens homogneos ou sucedneos prximos, que fabricam o mesmo

    produto).

    o concentrao heterogneareunio, no mesmo grupo, de empresas

    que fabricamprodutos diferentes

    j no se justitifica pelas economias de Escala, mas antes visa evitar as

    consequncias da concorrncia multiplio, visa eliminar o aspecto

    negativo da especializao (dependncia de um mercado)

    d) a concentrao funcionale o conglomerado:

    concentrao funcional associao entre empresas que fabricam

    produtos diferentes, mas que so susceptveis de preencher a mesma

    funo (ou so complementares do ponto de vista de uma mesma

    funo (A concentrao funcional pode, portanto, entender-se como

    semi-heterogneaou complementar)

    conglomeradoexistncia de uma nica direco econmica, a par de uma

    diversificao multilateral(produo e venda de bens que, na perspectiva do

    produtor, no tm que apresentar entre si qualquer relao de ordem tcnica

    e que, na perspectiva do consumidor, no so directamente substituveis nem

    complementares). Este processo de concentrao opera essencialmente

    atravs de sucessivas aquisies de empresas j existentesnos vrios sectores

    de actividade econmica.

    e) diversificao geogrfica da produo, como consequncia da expanso das empresas

    multinacionais pela empresa-me a partir da propriedade directa de empresas no

    estrangeiro, de simples tomadas de participao mi-noritrias, da concesso de

    licenas de fabrico, etc.

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    internacionalizao do prprio processo produtivo, estabelecendo uma

    diviso interna-cional do trabalho medida dos seus interesses,

    fraccionando o processo produtivo e localizando em regies ou pases

    diversos cada uma das fases do processo produtivo.

    2.3. A exportao de capitais pblicos. O Plano Marshall. A ajuda ligada.

    A exportao de capitais pblicos, sobretudo com des-tino aos pases

    subdesenvolvidos, no quadro do que os autores chamam neo-colonialismo, uma

    das novidades do imediato aps-guerra. Trata-se de emprstimos e financiamentos

    de vria ordem concedidos em regra no mbito de programas de auxlio aos pases

    subdesenvolvidos (ajuda ao desenvolvimento).

    O Plano Marshallo primeiro programa:

    era programa de auxlio indstria americana, como forma de utilizar a

    capacidade produtiva que havia ganho dimenso durante a guerra.

    um instrumento da guerra fria, procurando assegurar a manuteno do

    capitalismo na Europa Ocidental sob a hegemonia econmica e poltica dos

    EUA.

    Estes programas servem para assegurar a manuteno das condies de domnio

    econmico-poltico dos pases exportadores de capitais sobre os pases

    beneficirios desse auxlio.

    A teorizao de Rostow (1957), segundo o qual os objectivos da poltica exterior dos

    Estados Unidos poderiam ser melhor alcanados mediante uma bem orientada ajuda

    externa aos pases subdesenvolvidos.

    O auxlio serve a manuteno e o reforo do poderio dos pases dominantes, e

    fazem, sobretudo, uma subveno sua prpria indstria

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    ajuda ligada (ou ajuda vinculada) obriga o pas beneficirio a aceitar certas

    condies impostas pelo pas que concede o auxlio, ou, pelo FMI e pelo Banco

    Mundial

    ex: a obrigao de gastar as verbas na aquisio de bens produzidos no pasdominante,obrigaes de ordem poltica:

    privatizaes, facilidades ao investimento estrangeiro,

    no tributao dos rendimentos do capital, liberalizao do comrcio e dos

    movimentos de capitais,

    flexibilizao da legislao laboral, domesticao dos sindicatos,

    2.4. As nacionalizaes. Significado do sector pblico empresarial.

    Antes da Guerra, no houve, como era reinvidicado, nacionalizaes nos sectores

    industriais mais importantes.

    A partir de 1945, sim:

    a) a reconstruo do ps-guerra tinha que ser empreendido por uma instncia

    central que controlasse o aforro disponvel e decidisse sobre a prioridade dos

    investimentos:

    nacionalizao da banca e dos seguros.

    transferncia para o estado dos sectores estratgicos (energia, transportes,

    minas, construo na-val, siderurgia, etc.)

    b) revoluo tecnolgica (energia nuclear, da automao, da electrnica,

    indstria espacial)a cincia era uma fora produtiva.c) exigncia das foras de esquerda fortalecidas pela sua participao nos

    movimentos da Resistnciaobjectivos de transformao econmica e social.

    Ex: Checoslovquia, Polnia, Jugoslvia, Reino Unido, Frana. Nos pases que

    haviam de integrar a comunidade comunista, s as pequenas e mdias

    empresas no foram nacionalizadas.

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    d) Autodeterminao pases do 3. mundo: soberania sobre os recursos e sobre

    as empresas (muitas vezes estrangeiras) que os controlam ideia que foi

    integrada nos textos da ONU.

    Pensava-se que as nacionalizaes podiam dar lugar a uma economia no

    capitalista, uma economia ao servio do homem (Teixeira Ribeiro), seriam o

    primeiro degrau do capitalismo?

    Mas a orientao adoptada traduziu-se em colocar o sector empresarial do

    estado ao servio dos lucros privados, numa soluo de capitalismo de estado.

    Nova forma jurdica da propriedade capitalista: apropriedade estadual(a propriedade

    do estado capitalista) a par dapropriedade individual e dapropriedade corporativa.

    2. 5.A planif icao pblica da economia nos pases capital istas.

    Averso ideia (de raiz marxista) de planificao (vs. Liberdade de empresa)

    Estado capitalista:

    Adquiriu empresas em dificuldades;

    tornou-se proprietrio de empresas fornecedoras de matrias-primas (sector

    mineiro, v.g.) ou de servios diversos (energia, transportes) de que as grandes

    empresas privadas so os principais clientes (beneficiando, de condies e

    tarifas particularmente favorveis).

    Controlou uma parte importante do sector bancrio

    +

    As necessidades da reconstruo dos pases destrudos pela Guerra,

    a constituio de um sector empresarial do estado,

    os xitos dos planos quinquenais na URSS

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    existncia de mecanismos e de estruturas de planificao pblica da economia nesses

    mesmos pases.

    a)A planificao ao nvel das grandes empresas privadas

    As empresas comearam a faz-lo antes do Estado.

    i) Revoluo tecnolgica: utilizao de novas tecnologias altamente evoludas

    e dispendiosas (s viveis para elevados volumes de produo)

    necessidade de tempoe de capital planif icao da actividade

    O mercado deixou de ser seguro: necessrio antecipar o

    comportamento do mercado: estudos de pros-peco de mercados

    (internos e externos), da elaborao de prottipos, da previso acerca da

    rentabilidade do investimento projectado, da localizao das unidades de

    produo, da anlise da situao no que toca existncia das matrias-

    primas necessrias, da mo-de-obra especializada e das disponibilidades

    financeiras; organizar os circuitos de distribuio de modo a garantir o

    conveniente escoamento da produo.

    preciso reduzir ao mnimo as incertezas

    A evoluo tecnolgica foi, pois, a causa primeira da introduo da

    planif icao econmicaao nvel das grandes em-presas.

    ii) Monopolismo: s com as grandes empresas e o poder (quase-)monopolista

    possvel elaborar planos exequveis s estas empresas podem manipular o

    mercado

    Fazer desaparecer as as influncias do mercado.

    Evitar as flutuaes da oferta e da procurar

    Ex: controlo da utilizao das patentes de inveno, atravs da

    publicidade e das tcnicas de vendas,

    as empresas monopolistas conseguem colocar no merca-do a

    espcie de produtos que mais lhes interessa produzir e nas

    quantidades mais convenientes.

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    b)Os primrdi os da planif icao pblica.

    economias militarizadas repartir concertadamente entre os principaismonoplios as matrias-primas e os recursos disponveis, bem como as

    encomendas do estado.

    A guerra levou o estado para o campo da economia.

    Era necessrio que o estadoplanificasseas suas polticas, em articulao com as

    grandes empresas, obrigadas a planificar a sua prpria actividade, medida que

    progredia a tecnologia e a concentrao do capital.

    administrao concertadae de economia concertada. Keynes fala de uma inteligncia directiva que deixe a iniciativa e as empresas

    privadas livres de obstculos.

    Crise dos anos 30: oPlano Tardieu(1929) e oPlano Marquet(1934), em Frana.

    oNew Deal; cartelizao obrigatria na Alemanha.

    O corporativismo confia s corporaes a orientao da economia, o nvel dos

    preos e dos rendimentosplanificao corporativa.

    2. GG: progresso tecnolgico + concentrao capitalista + nacionalizaes

    O estado-produtor tem que planificar a sua actividade

    necessidades de reconstruo planos nacionais de reconstruo e

    desenvolvimento

    Plano Marshallexigia dos pases beneficirios a elaborao e a coordenao de

    projectos de aplicao dos fundos (uma espcie de planificao).

    desenvolvimento do comrcio internacional interveno planificada do

    estado, no sentido de efectuar previses, de recolher e organizar informaes,

    de modo a comple-mentar a programao privada, em correspondncia com as

    exigncias da nova dimenso da economia.

    competio entre o capitalismo e o socialismo(xito dos planos quinquenais

    soviticos)

    c) O signi f icado da plani f icao indi cativa.

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    reduzir as incertezas do mercado, destruindo-o como mecanismo de direco e

    comando da economia (= s empresas)

    As empresas e os sectores de actividade econmica so mais interdependentes.

    Crtica marxista: trata-se de concertar entre si os planos dos grandes grupos

    monopolistas,

    Nos pases de economia capitalista, a planificao no foi uma opo livre dos

    economistas ou dos polticos, antes foi uma exigncia da concentrao

    monopolista.

    Medidas estatais contribuem para que as empresas monopolistas possam

    praticar preos fixados margem das condies que seriam ditadas pelo jogo da

    oferta e da procura (poltica de salrios; fixao das taxas de juro, etc.).

    O estado rene e divulga informaes;

    Promove a adequada preparao de mo-de-obra

    Procurando assegurar a necessria coerncia no desenvolvimento das chamadas

    infra-estruturas sociais (planos de urbanizao, parques industriais, estradas,

    portos, vias frreas, etc.).

    H uma economia contratual sistema de compromissos colectivos entre os

    vrios grupos monopolistas e entre estes e o estado, assentes em princpios de

    boa f idnticos aos que regulam as relaes contratuais privadas ( a

    administrao contratual), algo que vai alm do mero dilogo entre o sector

    privado e o estado, que caracterizaria a economia concertada.

    O plano um redutor da incerteza: uma garantia de segurana das grandes

    empresas, evitando antagonismos e engarrafamentos deproduo entre grupos

    capitalistas rivais.

    d) Planif icao i ndicativa e planif icao imperativa.

    A planificao surge associada tecnocracia: o desenvolvimento um

    problema tcnico, e bons tcnicos podem usar a planificao como um

    instrumento.

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    planificao indicativano pode ser um instrumento imperativo de direco

    do processo econmico: em sistema capitalista, o estado no pode imporos seus

    planos, porque h liberdade de empresa. Por isso, o estado s pode usar meios

    indirectos: benefcios fiscais, crdito bonificado, de subsdios a fundo perdido,

    de programas de construo de infra-estruturas e de formao de mo-de-obra,

    a planificao tem que ser realista: respeitar e favorecer os interesses dos

    grandes grupos monopolistas.

    plano imperativo prprio do do socialismo, onde a economia se desenvolve

    de forma consciente e, por isso, as unidades de produo so obrigadas

    legalmente a cumprir o plano (havendo sanes para o no-cumprimento);

    o plano estabelecerqual a parte do rendimento da colectividade que ir ser

    destinada ao consumoe a parte a aforrar, bem como o destino a dar ao aforro

    em investimentosnos vrios sectores da produo.

    A partir de 1965 a planificao socialista deixou de ser quantitativa e o lucro foi

    adoptado como ndice de cumprimento do plano

    Aas reformas socialistas no autorizam dizer que a planificao se aproximou da

    que se fazia nos pases capitalistas.

    Por outro lado, a planificao pblica nos pases capitalistas no poder

    considerar-se como um elemento de socialismo.

    e) O significado do mercado.

    Preos fogem s regras do mercado visible hand

    + concentrao; + evoluo tcnicas de produo e de distribuio

    Planificao Vs. Mercado: decadncia do mercado; fim soberania do consumidor; j

    no o mercado que determina o volume da produo e a estrutura dos preos

    Price takers(dependncia dos preos do mercado)

    VS.

    Price makerscom mark up (taxa pr-estabelecida)

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    Fim do mercado: , tambm, o fim do mecanismo dos preos que assegurava a

    realizao automtica da racionalidade econmica.

    Monopolizao: podem impor preos aos consumidores, no tm que temer aconcorrncia (porque o acesso indstria difcil).

    Crtica marxista: deixou de funcionar eficazmente o mecanismo de auto-adaptao

    vulgarmente citado como o maior mrito do capitalismo: j no h uma realizao

    automtica da racionalidade econmica para a sociedade no seu conjunto.

    Sociedade de consumo: podem fixar preos. A sociedade de consumono passa de um

    alibi da sociedade de produo com mira no lucro:

    Fabricam preos;

    Fabricam os consumidores que lhes interessam,

    Produzem a procura de que carecem para esgotar as quantidades que lhes

    convm produzir e oferecer,

    Criam necessidades e estimulam o desejo de consumir (ex: obsolescncia

    programada)

    O Estado tem uma crescente procura pblica

    parcerias pblico-privadas,

    preos fixados margem do mercado (preos administrados). Ex: bens de

    primeira necessidade, taxas reduzidas do IVA

    fixao do salrio

    influncia na fixao das taxas de juro.

    Que sentido poder ter, ento, falar-se de economias de mercado a respeito das

    economias que se orientam por este mo-delo capitalista?

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    Porque (i) a iniciati va da produo pertence s empresas capitalistas, (ii) que

    produzem com vista obteno de lucros, valorizao do capital, (iii) e no

    com vista satisfao das necessidades individuais ou colectivas.

    as empresasproduzem para o mercado,produzem para vender.

    no conseguiram ultrapassam as contradies inerentes ao seu carcter

    anrquico:

    (i)

    abundncia e na facilidade de obteno de certos bens e servios que

    no ocupam os primeiros postos numa escala racional de prioridades

    (v.g., automveis, televises, espect-culos desportivos, viagens de

    turismo, armamentos, etc.),

    VS.

    (ii)

    penria de outros bens de primeira necessidade luz de uma escala de

    prioridades inspirada por uma outra racionalidade (habitao, higiene e

    sade pblica, educao e cultura, vesturio e at bens de alimentao)

    +

    (iii) permanncia das crises cclicas, do desemprego, da inflao.

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    3. A revoluo keynesiana. O estado-providncia.

    Keynes mostrou que a Grande Depresso no poderia explicar-se em termos

    monetrios, defendendo que so as foras reais da economia(os planos do governo,

    dos empresrios e dos consumidores), e no a oferta de moeda, os factores

    determinantes do comportamento do nvel dos preos:

    A crise :

    o colapso no investimento privado e/ou

    escassez de oportunidades de investimento e/ou

    excessivo esprito de economia por parte do pblico

    Keynes adoptou o modelo marxista DMD: quem tem dinheiro acumulado

    vai comprar mercadorias, incluindo a fora de trabalho assalariada, para

    produzir mercadorias que se destinam a ser vendidas par obter mais dinheiro.

    As economias que funcionam segundo a lgica do lucroe no segundo a lgica

    da satisfao das necessidades.

    necessrio que existe desemprego involuntrio, que nasce daprocura efectiva

    dessa mercadoria.

    Para combater a instabilidade natural das economias capitalistas, era

    necessrio assumir a economia como um problema poltico de curto prazo e

    para tanto proponha uma poltica financeira de controlo das receitas e das

    despesas do estado: polticas de redistribuio do rendimento.

    Keynes sublinhou a importncia do estado e a necessidade do alargamento

    das suas funes: o juzo sobre os investimentos no pode ser deixado s aos

    privados (socializao do investimento)

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    Keynes adopta Malthus: para assegurar mais estabilidade s economias capitalistas,de modo a evitar sobressaltos como o da Grande Depresso, necessrio:

    que os desempregados no percam todo o seu poder de compra(da o subsdio

    de desemprego),

    que os doentes e invlidos recebam algum dinheiro para gastar (subsdios de

    doena e de invalidez),

    que os idosos no percam o seu rendimento quando deixam de trabalhar (da o

    regime de aposentao, com a correspondente penso de reforma).

    Assegurar o consumo de massa com o consumo das massas

    a) Alargamento das funes do estado (a salvao keynesiana)

    Estado intervm no financiamento da acumulao e produo privadas;

    Estado chama a si os sectores deficitrios

    Estado facilita instalao de indstrias novas (incentivos fiscais e facilidades

    de crdito)

    Estado financia investigao

    Estado toma polticas anti-cclicas

    b) Consumos sociais

    So as despesas necessrias ao conveniente desenvolvimento das foras

    produtivas:

    redistribuio do rendimento

    Beneficiam as empresas ao aumentarprocura solvvel

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    4. Os processos de integrao econmica regional. Destaque para as

    Comunidades Europeias e a Unio Europeia.

    processo de integrao econmica europeu:

    1948: constituio do Benelux (unio aduaneira entre a Blgica, a

    Holanda e o Luxemburgo).

    1950: Comunidade Europeia do Carvo e do Ao (CECA). Objectivo:

    colocar o carvo e do ao sob a gesto de uma autoridade comum.

    1957: Tratado de Roma, que criou a Comunidade Econmica Europeia

    (vulgarmente conhecida por Mercado Comum), simultaneamente com a

    criao da Comunidade Europeia da Energia Atmica (Euratom), a

    terceira das comunidades europeias.

    Era umazona de comrcio livre(fim das restries livre circulao de

    bens) e uma unio aduaneira (uma fronteira alfandegria comum)

    Alteraes ao Tratado de Roma:

    o em 1986, pelo Acto nico Europeu (que veio promover a

    implantao efectiva, at 31.12.1992, do mercado interno nico de

    mercadorias, capitais, servios e pessoas);

    o em 1992, pelo Tratado de Maastricht(que criou a Unio Europeiae

    decidiu instituir a Unio Econmica e Monetria, assente na criao

    do BancoCentral Europeu, na adopo de uma poltica monetria e

    cambial nicase na adopo do euro como moeda nicados treze

    pases que j aderiram ao Eurosistema);

    o em 1997, pelo Tratado de Amesterdo;

    o ainda em 1997, os estados da zona euro estabeleceram o Pacto de

    Estabilidade e Crescimento;

    o em 2000, pelo Tratado de Nice(que reorganizou os poderes polticos

    no seio da UE, tendo em vista o futuro alargamento);

    o

    margem deste Tratado foi aprovada a Carta dos DireitosFundamentais.

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    o Em 2007, o Tratado de Lisboa (tratado reformador) tenta reformar a

    UE para funcionar de acrodo com o alargamento a 27.

    O processo de integrao econmica dos pases da CEE, tem constitudo, porisso mesmo, um poderoso factor de concentrao, em especial aps a instituio do

    mercado interno nico (1986) e a adopo do euro como moeda nica (1999).

    As normas do Tratado de Roma no contrariam a concentrao, pretendendo

    apenas evitar os abusos da posio dominantepor parte das grandes empresas, com o

    objectivo de garantir uma concorrncia livre e no falseada.

    A pretenso a de criar unificao poltica.

    Na frica salientam-se:

    Unio rabe do Magrebe:.

    Comunidade Econmica da frica Ocidental (West African Economic

    Community):

    Comunidade Econmica dos Estados da frica Ocidental (Economic

    Community of West African States - ECOWAS):

    Comunidade Econmica dos Estados da frica Central (Economic

    Community of Central African States - ECCAS

    Unio Aduaneira e Econmica da frica Central (Union Douanire et

    conomique de lAfrique Centrale - UDEAC)

    Zona de Comrcio Preferencial da frica Oriental e da frica Austral

    (Preferential Trade Area PTA)

    Comunidade para o Desenvolvimento da frica Austral (Southern

    African Development Community SADC):

    Unio Aduaneira da frica Austral (Southern African Customs Union

    SACU):

    Na Amrica, referiremos:

    Mercado Comum da Amrica Central

    Mercado Comum das Carabas (Caribbean Community and Common

    Market CARICOM):

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    Associao Latino-Americana de Livre-Comrcio e Associao Latino-

    Americana de Integrao (LAFTA e LAIA/ALADI)

    Mercosul

    Associao de Livre-Comrcio da Amrica do Norte (North AmericanFree Trade Association - NAFTA)

    5.Os trinta anos gloriosos

    Com base nos ensinamentos de Keynes, at final da dcada de 1960, como um menu for policy

    choice:

    se se queria combater o desemprego e promover o emprego, bastava aceitar um

    pouco mais de inflao, aquecendo a economia atravs de polticasexpansionistas;

    se se queria travar a inflao, havia que aceitar um pouco mais de desemprego,

    arrefecendo a economia atravs de polticas contraccionsitas.

    Na Europa, esta poltica assegurou, durante os trinta anos gloriosos(1945-1975), um

    bom ritmo de crescimento econmico sem oscilaes significativas da actividade

    econmica, com baixas taxas de desemprego e taxas aceitveis de inflao.

    No decurso da revoluo keynesiana, o capitalismo social aproximou-se do

    socialismo democrtico (ou vice-versa), reduzido este ltimo a um indefinido

    socialismo do possvel, renunciando socializao dos principais meios de produo.

    No plano poltico, nasce a social-democracia (de origem alem) que faz deste

    socialismo possvel uma forma de aceder ao governo; eram gestores leais do

    capitalismo.

    Alguns chegaram a sonhar com um capitalismo post-cclico, acreditando que o

    capitalismo tinha esconjurado as suas contradies e tinha afastado o risco do

    socialismo como sistema econmico e social que sair do prprio capitalismo,segundo as suas prprias leis de movimento.

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    7. -A contra-revoluo monetarista.

    No incio da dcada de 1970:

    subida dos preos (inflao crescente), uma taxa de desemprego relativamente elevada

    taxas decrescentes (por vezes nulas ou mesmo negativas) de crescimento

    do PNB

    estagflao

    Nixon 1971: deixou de se garantir a convertibilidade do dlar

    Adoptou-se um sistema de cmbios flutuantes

    Incio da contra-revoluo monetarista.

    7.1. A noo de desemprego voluntrio.

    Os monetaristas vieram recuperar a velha lei de Say, defendendo a

    impossibilidade de crises gerais e duradouras nas economias de mercado, porque os

    mecanismos de mercado asseguram espontaneamente o equilbrio em todos os

    mercados.

    a tese de que o desemprego sempre desemprego voluntrio. Desde logo porque,

    se o mercado de trabalho funcionar sem entraves, quando a oferta de mo-de-obra for superior sua

    procura o preo da mo-de-obra (salrio) baixar at que os empregadores voltem a considerar rentvel

    contratar mais trabalhadores. Nestas condies, as economias tenderiam para uma determinada taxa

    natural de desemprego, que traduziria o equilbrio entre a oferta e a procura de fora de trabalho,

    qualquer que fosse a taxa de inflao.

    Por outras palavras: quem no tiver emprego poder sempre encontrar um posto

    de trabalho, se aceitar um salrio mais baixo que o corrente. Se o no aceitar porque

    prefere continuar sem emprego, optando por procurar um novo posto de trabalho

    (voluntary searching for a better job).

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    7.3. O neoliberalismo: a liquidao do sistema pblico de segurana social.

    as polticas que buscam realizar a justia social distributiva so sempreencaradas como um atentado contra a liberdade individual.

    Negam-se aspolticas de redistribuio do rendimento

    7.4. Da neutralidade da poltica econmica morte da poltica econmica.

    confiana absoluta no mercado livre e no mecanismo dos preos

    neutralidade da poltica econmica passa-se, quase sem soluo de

    continuidade, defesa da morte da poltica econmica, porque esta seria

    desnecessria, perniciosa e sem sentido.

    velho mito liberal da separao estado/economia e estado/sociedade

    8. A construo europeia: a Europa neoliberal.

    Reino Unido:Private Finance Initiative

    Fim do modelo social europeu?

    harmonizao do direito social no sentido do progresso: nivelamento por baixo

    8.1. A ausncia de uma poltica de emprego.

    8.2. A poltica relativa aos servios pblicos.

    onda de privatizaes de empresas pblicas, mesmo na rea dos

    servios pblicos

    o estado prestava directamente estes servios (atravs de

    estabelecimentos da prpria administrao pblica, de servios

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    municipalizados, de empresas pblicas, muitas vezes em regime de

    monoplio), gratuitamente em alguns casos, cobrando em outros casos

    um preo inferior aopreo de mercado. Este conjunto de servios ficava,

    pois, margem do mercado, por se entender que a satisfao, nestascondies, de determinadas necessidades colectivas bsicas um

    pressuposto essencial para garantir a todos o prprio exerccio dos

    direitos e liberdades fundamentais.

    Primado da concorrncia

    8.3. As privatizaes. O estado regulador.

    entidades reguladoras independentes

    economia de mercado regulada,

    Para corrigirfalhas de mercado, como nas situaes de monoplio natural, em

    que a concorrncia no praticvel por no se justificar mais do que um

    operador ( o caso, por exemplo, das redes de transporte ferrovirio e das

    redes de transporte e de distribuio de electricidade, de gs, de gua potvel,

    de saneamento)

    sempre que seja necessrio garantir o respeito, por parte das empresas

    privadas, de certas obrigaes de servio pblico

    Finalmente, sempre que seja necessrio proteger os consumidores ou tentar

    evitar ou reduzir os chamados custos sociais do desenvolvimento(o caso mais

    tpico o dos danos ambientais resultantes de uma economia cujo mbil o

    lucro).

    teses neoliberais do esvaziamento do estadoe da morte da poltica.

    estado oligrquico-tecnocrtico

    independnciadessas personalidades.

    organismos tcnicos,politicamente neutros

    dfice democrtico.

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    8.4. Do estado regulador ao estado garantidor.

    estado garantidor: tem apenas de garantir que os servios sejam prestados e

    colocados disposio dos cidados (clientes). Que sejam empresas pblicas (ouservios pblicos) ou empresas privadas a faz-lo , a esta luz, perfeitamente

    indiferente.

    9. Uma nota sobre a globalizao

    9.1. Ideia geral

    Amartya Sen, que a globalizao um mundo em que o sol nunca se pe no imprio

    da Coca-Cola.

    a ideologia do pensamento nico, a ideologia da massificao dos padres de

    consumo, dos padres de felicidade, a ideologia que impe a sociedade de consumo

    como paradigma de desenvolvimento, a ideologia que pretende anular as culturas e as

    identidades nacionais.

    poltica de globalizaodo que um processo espontneo e inevitvel (incontornvel,

    como moda dizer-se).

    Tornou-se possvel graas aos desenvolvimentos operados nos sistemas de transporte

    (que tornaram quase negligencivel o custo do transporte por unidade de produto,

    reduzindo a pouco a resistncia ao transporte) e nas tecnologias da informao

    esbatimento do papel do estado na economia e com a anulao do estado nacional.

    os protagonistas quase exclusivos so os grandes conglomerados transnacionais,

    dom nio do capital financeiro (capitalismo de casino): mercado nico de capitais

    escala mundial (no seio do qual rege oprincpio da liberdade de circulao de capitais,

    caracterizado pela desintermediao, a descompartimentao e a desregulamentao

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    9.2. A liberdade de circulao de capitais

    acelerao da mobilidade geogrfica dos capitais

    o montante das transaces financeiras internacionais hoje 50 vezes superior aovalor do comrcio mundial; no tem qualquer relao com a actividade produtiva ou o

    comrcio.

    9.3. A primazia dos mercados financeiros: afinanceirizao da economia.

    produtos derivados

    9.4. Os parasos fiscais.

    9.5. A Organizao Mundial do Comrcio (OMC)

    a institucionalizao do liberalismo mais extremo

    alargou o seu mbito agricultura, aos txteis, aos servios e rea da

    propriedade intelectual e cientfica

    os pases mais fracos deixaram de beneficiar das vantagens de um processo de

    negociao multilateral permanente (que era a essncia do GATT) para ficarem

    sujeitos s deliberaes de uma instituio reguladora do comrcio mundial na

    qual os pases dominantes tendero a ganhar um peso decisivo

    A OMC coloca acima de tudo a liberdade das trocas comerciais

    VS.

    soberania alimentar, i., auto-suficincia alimentar no que toca aos produtos

    bsicos.

    9.6. A nova economia da sociedade do conhecimento e da informao.

    o controlo da produo cientfica e tecnolgica tem vindo a revelar-se como o principal

    factor do domnio neo-colonialista

  • 7/21/2019 Apontamentos de Economia Poltica II - FDUC

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    9.7. Perspectivas.

    o facto de haver pessoas que passam fome - e que morrem de fome... - s pode

    explicar-se pelafalta de direitose no pelafalta de bens.

    O problema fundamental que se nos coloca no , pois, o da escassez (dado

    fundamental e incontornvel da vida para a teoria marginalista), mas o da

    organizao da sociedade.

    A cincia econmica tem de assumir-se de novo como economia poltica, como

    um ramo da filosofia social

    o capitalismo ter surgido e se ter desenvolvido como a civilizao das

    desigualdades,

    este desenvolvimento das foras produtivas (entre as quais avulta o prprio

    homem e o seu saber) carea apenas de novas relaes sociais de produo, de

    um novo modo de organizar a vida colectiva, para que a humanidade possa

    saltar do reino da necessidadepara o reino da liberdade(Marx)