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APLICAÇÃO DA TEORIA DAS RESTRIÇÕES EM UMA PRODUÇÃO INDUSTRIAL FARMACÊUTICA: UM ESTUDO DE CASO Victor Gomes Simao (PPSIG/UFF ) [email protected] Livia Leal Goncalves Daflon (UCAM ) [email protected] Rodrigo Goyannes Gusmao Caiado (PPSIG/UFF ) [email protected] Pedro Henrique Ribeiro Vaz (PPGAd/UFF ) [email protected] A constante busca pela excelência operacional tem feito com que as organizações desenvolvam maneiras de otimizar seus processos, reduzir os custos, elevar a margem de lucro, reduzindo cada vez mais os seus investimentos. A aplicação da Teorria das Restrições (TOC) tem sido amplamente utilizada no ambiente produtivo por apresentar resultados consideráveis, que impactam positivamente na eficiência das linhas de produção e consequentemente, nas saídas dos processos. Este trabalho é baseado em um estudo de caso realizado em uma planta fabril farmacêutica, cenário da produção de soluções parenterais de grande volume. O processo de esterilização de ampolas foi considerado o mais crítico por impactar diretamente na eficiência das linhas de envasamento e por apresentar a principal restrição do sistema, estudada através da medida dos tempos de ciclo. Foram propostos ajustes para facilitar o fluxo estabelecido, proporcionando reduções no tempo de ciclo e aumento da eficiência das linhas de envasamento. Da mesma maneira, a partir do entendimento do processo e melhor alocação dos recursos, pôde-se concluir que a aplicação da Teoria das Filas favorece o escoamento do fluxo da produção e que contribui de maneira significativa para o balanceamento do sistema. Palavras-chave: Teoria das Restrições, Tempo de Ciclo, Eficiência XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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APLICAÇÃO DA TEORIA DAS

RESTRIÇÕES EM UMA PRODUÇÃO

INDUSTRIAL FARMACÊUTICA: UM

ESTUDO DE CASO

Victor Gomes Simao (PPSIG/UFF )

[email protected]

Livia Leal Goncalves Daflon (UCAM )

[email protected]

Rodrigo Goyannes Gusmao Caiado (PPSIG/UFF )

[email protected]

Pedro Henrique Ribeiro Vaz (PPGAd/UFF )

[email protected]

A constante busca pela excelência operacional tem feito com que as

organizações desenvolvam maneiras de otimizar seus processos,

reduzir os custos, elevar a margem de lucro, reduzindo cada vez mais

os seus investimentos. A aplicação da Teorria das Restrições (TOC)

tem sido amplamente utilizada no ambiente produtivo por apresentar

resultados consideráveis, que impactam positivamente na eficiência

das linhas de produção e consequentemente, nas saídas dos processos.

Este trabalho é baseado em um estudo de caso realizado em uma

planta fabril farmacêutica, cenário da produção de soluções

parenterais de grande volume. O processo de esterilização de ampolas

foi considerado o mais crítico por impactar diretamente na eficiência

das linhas de envasamento e por apresentar a principal restrição do

sistema, estudada através da medida dos tempos de ciclo. Foram

propostos ajustes para facilitar o fluxo estabelecido, proporcionando

reduções no tempo de ciclo e aumento da eficiência das linhas de

envasamento. Da mesma maneira, a partir do entendimento do

processo e melhor alocação dos recursos, pôde-se concluir que a

aplicação da Teoria das Filas favorece o escoamento do fluxo da

produção e que contribui de maneira significativa para o

balanceamento do sistema.

Palavras-chave: Teoria das Restrições, Tempo de Ciclo, Eficiência

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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1. Introdução

O atual cenário de extrema competitividade entre as empresas, decorrente da globalização,

torna necessário a busca pela excelência no âmbito empresarial em aspectos como custo,

inovação, flexibilidade, qualidade e atendimento. Esta adequação originou diversas formas de

gestão que culminaram em técnicas, teorias e princípios, que passaram a considerar o sistema

produtivo a partir de uma visão integrada e sistêmica, tendo como objetivo os retornos

econômicos, determinantes para os resultados e sobrevivência das empresas.

A Teoria das Restrições – TOC (Theory of Constraints) tem fundamental importância nas

áreas de Administração e Engenharia de Produção, por sua atuação ampla enquanto

ferramenta de estratégia empresarial, contabilidade de custos, planejamento e controle da

produção e gestão de projetos (GOLDRATT e COX, 1984).

Pela TOC a eliminação das restrições de um processo produtivo é a prova de que é possível

desafiar cada vez mais a capacidade dos processos, seja através da proposta de melhorias ou

de resolução de problemas.

Atualmente, os conceitos e ferramentas da Teoria das Restrições estão voltados para os

processos de melhoria contínua das empresas. Este artigo apresenta um estudo de caso que

tem por objetivo propor uma melhoria de processo no sistema de produção em uma planta

fabril de produtos farmacêuticos. Busca-se melhorar a sua eficiência, promovendo o

balanceamento e o equilíbrio do fluxo produtivo, através da localização dos gargalos ou

restrições que limitam a capacidade do processo e identificação de métodos que minimizem o

peso das restrições do sistema, a fim de manter o fluxo do processo ininterrupto e sem perda

de capacidade. Como consequência, espera-se um aumento da disponibilidade de recursos

para a manutenção da operação de uma linha, evitando assim, a redução da sua eficiência. A

abordagem da formação das filas também foi alvo deste trabalho.

O fator motivador desta pesquisa é o desbalanceamento constatado no processo produtivo da

etapa de esterilização de ampolas, reconhecida como o gargalo do sistema no estudo de caso

em questão.

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Pretende-se com a reorganização das atividades que compõem esse sistema, possibilitar a

manutenção da capacidade, aumento da eficiência das linhas de produção e balanceamento do

fluxo, evitando a formação de filas para concluir o ciclo de forma mais rápida.

2. Referencial teórico

2.1. Capacidade de um processo

Conforme a literatura pesquisada, verificou-se que o termo “capacidade produtiva” pode

apresentar diferentes conceitos como: o volume máximo do potencial de atividade de

agregação de valor que pode ser atingido por uma unidade produtiva, sob condições normais

de operação (CORRÊA e CORRÊA, 2004); o teto de carga que uma unidade operacional

pode suportar (STEVENSON, 2001); o maior nível de produção que uma empresa pode

manter dentro de uma estrutura de programação de trabalho realista, levando em conta um

período de inatividade normal e supondo uma disponibilidade suficiente de entradas para

operar a maquinaria e o equipamento existente (GAITHER e FRAZIER, 2002); a quantidade

máxima de produtos e/ou serviços que podem ser produzidos num determinado tempo

(MOREIRA, 2004).

Além disso, a capacidade se subdivide em ramos e pode ser classificada da seguinte forma:

(a) capacidade instalada: é a capacidade total (máxima) de um processo produtivo,

desconsiderando erros de planejamento e programação e paradas para manutenções; (b)

capacidade disponível ou de projeto: considera a capacidade máxima de um sistema produtivo

durante um turno de trabalho, desconsiderando as perdas envolvidas, ou seja, sob condições

ideais de operação; (c) capacidade efetiva ou de carga: todo o planejamento de paradas para

set-ups, manutenções preventivas, trocas de turno impactarão na capacidade da linha.

A partir daí, surge o conceito de utilização da linha, sendo que conforme Lustosa, Mesquita,

Quelhas e Oliveira (2008), a utilização é a razão direta entre a capacidade esperada ou a

capacidade efetiva e a capacidade projetada.

2.2. Capacidade Realizada

A capacidade realizada é a capacidade real, ou seja, demonstra o quanto foi possível produzir,

apesar dos imprevistos ocorridos ao longo da produção. Apresenta-se como a subtração da

capacidade efetiva e as perdas inesperadas do processo: manutenções corretivas, falta de

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matéria – prima, ausência de pessoal, falta de energia ou produtos com má qualidade. As

restrições de capacidade podem ser evidenciadas quando algumas partes do sistema

funcionam abaixo da sua capacidade e outras, em sua capacidade máxima (LUSTOSA et al,

2008).

2.3. Eficiência

Hillier e Lieberman (2013) afirmam que grandes ineficiências ocorrem por outros tipos de

espera, o que significa que deixar máquinas à espera para serem reparadas pode resultar em

perdas na produção.

Conforme Subramaniam, Husin, Yusop e Hamidon (2009), Eficiência Global dos

Equipamentos é uma prática para monitorar e melhorar a eficiência de processos de

fabricação, como máquinas, células, linhas de montagem, etc. Já para Hansen (2006) indica a

real eficácia do processo no tempo que o equipamento está programado para operar. Percebe-

se que ambos os conceitos integram a visão de que a eficiência do equipamento está

diretamente relacionada à um processo estável e passível de melhorias.

2.4. Disponibilidade

Segundo a norma ABNT NBR 5462 (1994), disponibilidade é a capacidade de um item estar

em condições de executar certa função em um dado instante ou durante um intervalo de tempo

determinado. Para Subramaniam et al. (2009), a disponibilidade pode ser obtida pela razão

entre a taxa do tempo de operação e o tempo de operação planejado.

É importante estabelecer a relação entre a capacidade e a eficiência de uma linha de produção,

pois conhecer o quanto é possível produzir é relevante para saber o quanto se pode ganhar. O

não tratamento dos gargalos existentes compromete diretamente a eficiência das linhas e

prejudica todas as programações e planejamentos (SUBRAMANIAM et al., 2009).

2.5. Teoria das Restrições (TOC)

A teoria das restrições é reconhecida como uma forma de compreender e gerir as

organizações de forma sistêmica. Para o completo entendimento do conceito de restrições, é

preciso considerar os cenários que antecedem o processo crítico (gargalo), através de

avaliação minuciosa que abrange aspectos como tempo e capacidade. A restrição está

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relacionada diretamente com a retenção e acúmulo de itens a serem processados

(GOLDRATT e COX, 1984).

Com base nos conceitos da produção otimizada, Slack, Chambers e Johnston (2009)

definiram que o mais conhecido é o da teoria das restrições, que foi desenvolvida para focar a

atenção na restrição de capacidade ou gargalo da produção.

Quando relacionada ao planejamento e controle da produção, a TOC apresenta a programação

tambor-pulmão-corda (TPC), que Sullivan et.al. (2007) define como o método de

programação e gerenciamento de operações que imprime ritmo à produção fazendo com que o

seu funcionamento ocorra de forma contínua, equilibrando tempo, recursos, mão-de-obra e

favorecendo o gerenciamento do fluxo e confere a eficácia necessária para puxar o sistema,

minimizando ou eliminando a formação de restrições. Os componentes do sistema TPC estão

representados graficamente na Figura 1 e podem ser definidos da seguinte forma, segundo

SULLIVAN et al (2007) :

a) O tambor identifica a restrição ou recurso com restrição de capacidade, que processa o

trabalho em uma sequencia específica baseada no prazo de entrega solicitado pelo

cliente, bem como na capacidade finita de recursos.

b) Os pulmões de tempo protegem a programação contra as variabilidades.

c) A corda é o mecanismo para inibir a liberação de matérias-primas e compatibilizar o

consumo na restrição.

Segundo Goldratt e Cox (1984), o gargalo deve ser o ponto de controle de todo o processo,

sendo assim, um mecanismo fundamental para definir qual ponto será controlado e que

determinará o ritmo do processo. A partir disso, alguma forma de comunicação entre o

gargalo e o input do processo é necessária para assegurar que as atividades anteriores ao

gargalo não produzam a mais (SLACK et al, 2009).

2.6. Tecnologia de Produção Otimizada (OPT)

Para Goldratt e Cox (1984), o OPT representa um software de programação de produção que

teve como primeira versão, um kanban automatizado em produções repetitivas. Com isso,

constatou-se que apenas os gargalos (restrições) deveriam ser programados permitindo, desta

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forma, a ociosidade em processos anteriores e a manutenção do ritmo da produção (COX III e

SCHLEIER Jr., 2013).

Os princípios da Tecnologia da Produção Otimizada (OPT) focam, portanto, nos gargalos de

produção. SLACK et al (2009) cita e explica que é mais importante reduzir o tempo de

atravessamento do que alcançar um equilíbrio irreal de capacidade entre estágios e processos.

Segundo LUSTOSA et al (2008) como vantagens, destaca-se que o OPT permite a redução do

lead time e dos estoques pelo balanceamento entre as etapas do processo e como desvantagens

destaca-se a centralização da tomada de decisões, o que pode dificultar um maior

comprometimento da força de trabalho com os objetivos da empresa. A partir disso,

determinar o gargalo é uma tarefa complexa em virtude das variáveis de cada processo e se o

gargalo não for bem determinado, o desempenho do sistema ficará comprometido.

Para equilibrar e auxiliar o uso racional das restrições, a TOC aborda cinco princípios básicos

que determinam como qualquer operação de produção deve ser gerenciada: identificar (ou

escolher) a restrição do sistema; decidir como explorar a restrição do sistema ao máximo;

subordinar todo o resto à decisão anterior; elevar a restrição do sistema. Se a restrição tiver

sido eliminada, voltar ao primeiro passo, mas não permitir que a inércia torne-se a restrição do

sistema (GOLDRATT, 1990).

2.7. Tempo de Ciclo

Conforme Alvarez e Antunes Jr. (2001), a duração de um ciclo é dada pelo período

transcorrido entre a repetição de um mesmo evento que caracteriza o início ou fim desse ciclo.

Para Stevenson (2001) o tempo de ciclo (TC) é o tempo máximo permitido em cada estação

de trabalho para a realização das tarefas, antes do deslocamento do trabalho para a estação

seguinte, estabelecendo a velocidade de produção de uma linha. Já para Rother e Shook

(1998), TC é o tempo transcorrido entre a saída de uma peça e a saída da seguinte, em

segundos. Desta forma, pode-se representar o tempo de ciclo de acordo com a Figura 1.

Figura 1 - Tempo de ciclo para uma linha ou célula de produção

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Fonte: Adaptado de Alvarez e Antunes Jr. (2001)

2.8. Teoria das filas

Segundo Hillier e Lieberman (2013), a teoria das filas é o estudo da espera, sendo que é

possível relacionar o tempo de espera, ineficiência e restrições de um sistema já que, em

função do processamento lento e ausência de folga, podem ser geradas filas.

A teoria das filas, por meio de análises matemáticas, revela um ponto de equilíbrio que

satisfaça o cliente (ou linha de produção) e seja viável economicamente para o provedor do

serviço (MORAES, SILVA e REZENDE, 2011).

Conforme Hillier e Lieberman (2013), uma fonte de entradas gera os clientes que necessitam

de atendimento ao longo do tempo e logo que entram no sistema, estes pegam uma fila. Em

certos momentos, um integrante da fila é selecionado para o atendimento por uma regra

conhecida como disciplina da fila. O atendimento necessário é então realizado para o cliente,

após o qual ele deixa o sistema de filas.

A caracterização das filas é dada pelo número máximo de clientes permitidos que ela pode

conter e para caracterizar a disciplina de uma fila, elege-se um critério para o atendimento,

isto é, a ordem ou prioridade para que os componentes da fila sejam processados.

Normalmente, para modelos de filas adota-se o critério dos primeiros a chegar são os

primeiros a ser atendidos, a menos que se afirme de outra forma (HILLIER e LIEBERMAN,

2013).

3. Método de pesquisa

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A metodologia aplicada nesse trabalho foi a de estudo de caso. Segundo Godoi et al. (2010),

“a principal diferença entre o estudo de caso e outras possibilidades de pesquisa é o foco de

atenção do pesquisador que busca a compreensão de um particular caso, em sua

idiossincrasia, em sua complexidade”. Por isso, essa metodologia foi a escolhida para o caso.

Este trabalho foi estruturado em duas partes. A primeira parte consiste em uma revisão

bibliográfica dos temas pertinentes ao Planejamento e Controle da Produção, que foram

utilizados para realizar o Estudo de Caso, aplicado em uma indústria do setor farmacêutico.

Para a realização desta etapa foi realizada uma pesquisa bibliográfica, onde as visões de

diferentes autores sobre a Teoria das Restrições, Capacidade Produtiva, Eficiência e Teoria

das Filas foram apresentadas e analisadas.

A segunda parte consiste em uma pesquisa descritiva, realizada através de um estudo de caso,

com o objetivo de descrever as características de determinado fenômeno e das relações entre

as variáveis do mesmo. O estudo de caso foi desenvolvido através de observações in loco para

a coleta de dados, através de medições dos tempos de produção, tempos de ciclo e tempo de

operação dos processos de envasamento, esterilização, rotulagem e embalagem de recipientes.

Assim, o desenvolvimento deste artigo se deteve na avaliação do tempo de ciclo dos

processos, considerando a capacidade operacional máxima de cada equipamento e os recursos

disponíveis. Os custos referentes às paradas de máquina também foram avaliados, de forma a

expor não só a perda de capacidade, como também o valor perdido dentro da organização. A

avaliação contemplou o período de um mês, entre agosto de 2015 e setembro de 2015.

4. Estudo de caso

O presente estudo ocorreu em uma Indústria Farmacêutica que atua na produção de Soluções

Parenterais de Grande Volume, cujos requisitos de fabricação envolvem um severo controle

de qualidade através de normas regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância

Sanitária (ANVISA).

O sistema produtivo compreende um ciclo, composto pela entrada (recipientes envasadas),

processamento (esterilização por autoclave) e saída (recipientes esterilizados). Os recursos

utilizados para acondicionar esses recipientes durante todo o processo são chamados carros,

que são subdivididos em bandejas. Estes tornam-se apenas disponíveis novamente quando

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liberam recipientes para o processo de Rotulagem e, fechando o ciclo, retroalimentam o setor

de envasamento de recipientes. A falta destes carros em virtude de um desbalanceamento do

fluxo no processo gargalo, ocasiona a redução da eficiência das linhas de Envasamento. O

processo pode ser identificado na Figura 2.

Figura 2 – Etapas do processo estudado

Fonte: Elaborado pelos autores

O ciclo de produção é decomposto pelas atividades na Figura 3, onde também demarcadas a

etapas a serem analisadas.

Figura 3 - Relações entre os processos de preparo de soluções, envasamento, esterilização e rotulagem de

ampolas

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Fonte: Elaborado pelos autores

Essa linha produz ampolas de 100ml, 250ml, 500ml e 1.000ml e as fases de formação das

ampolas são demonstradas na Figura 4.

Figura 4 - Formação da ampola por sistema fechado através da técnica “sopro-enchimento-selagem”

Fonte: Adaptado de: http://www.horizonph.com

Este sistema é denominado “sopro-enchimento-selagem” e possui três etapas conforme

descrição a seguir:

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a) Sopro: tem por início, o processo de extrusão. Um silo recebe o material plástico

Polietileno de Baixa Densidade (PEBD), que passará pelas zonas de aquecimento do

canhão e cabeçote da máquina e formará o parison (PEBD derretido e maleável que

forma uma espécie de canudo). Ele penetra entre o molde das ampolas e, através da

injeção de ar comprimido, executa a formação da ampola ao molde;

b) Enchimento: após esta etapa, com o molde no mesmo local, a ampola recebe o bico de

envase, responsável por preencher a ampola com a quantidade de solução ideal para

ser administrada;

c) Selagem: após o enchimento, há o fechamento da cabeça da ampola, garantindo que a

mesma deixe a máquina de envasamento sem contato algum com o ambiente externo.

A análise do cenário atual irá concentrar-se na linha de Envasamento de 100ml. O motivo da

escolha deve-se ao fato desta linha ser a que mais possui carros disponíveis para serem

envasados. Além disso, o tempo de formação de cada carro para esta apresentação é de 0,66h,

o maior dentre todas as apresentações, conforme a tabela 1.

Tabela 1 – Tempo de formação de um carro versus quantidade de carros disponíveis

Fonte: Elaborado pelos autores

Através da análise da tabela 1, percebe-se que, além de os recursos estarem em completo

desequilíbrio, a apresentação de 1000ml, ao contrário da de 100ml, é a que forma mais

rapidamente um carro e é a que menos recursos tem. De maneira rápida, pode-se calcular o

tempo total de envasamento que cada apresentação é capaz de manter, desconsiderando o

retorno dos carros descarregados do setor de Rotulagem de Ampolas:

100ml : 0,66 x 45 = 29,7 h

250ml : 0,58 x 24 = 13,92 h

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500ml : 0,33 x 39 = 12,87 h

1000ml : 0,32 x 23 = 7,36 h

De maneira comparativa, a apresentação de 1000ml também foi estudada, para possibilitar a

percepção do impacto da melhoria proposta, uma vez que em relação ao tempo total de

envasamento, 100ml e 1000ml são extremos opostos. Isto é, envasa-se um lote de 1000ml

mais rapidamente do que um lote de 100ml. A produção contínua de ambas as apresentações é

igualmente importante para o atendimento da demanda da empresa.

Deve-se ressaltar que as apresentações são direcionadas exclusivamente para autoclaves

distintos. O autoclave D é o único onde é possível esterilizar todas as apresentações e,

portanto, a única opção para favorecer o balanceamento do fluxo. Entretanto, a apresentação

de 100ml é exclusivamente esterilizada neste autoclave. No caso do 1000ml , o autoclave de

escolha é o autoclave B.

É conveniente ressaltar que, para haver o processo de esterilização, todos os autoclaves

precisam passar por um processo prévio de qualificação térmica , onde são submetidos a

estudos de penetração e distribuição de calor para garantir a eficácia do processo. Estes

estudos são feitos para cada apresentação. Sendo assim, o direcionamento da esterilização é

dado inicialmente pela qualificação. Durante a rotina, a utilização do autoclave D é

direcionada para a apresentação de 100ml e não há nenhum critério que determine a

esterilização das demais apresentações neste local. As mesmas são esterilizadas inicialmente

nos autoclaves direcionados, mas no autoclave D, o direcionamento é aleatório , sempre que

há alguma folga ou ausência de carros de 100ml para serem esterilizados.

Para calcular o tempo de ciclo, foram consideradas as etapas apresentadas nas Figuras 5 e 6.

Figura 5 – Ciclo da Apresentação de 100ml

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Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 6 – Ciclo da Apresentação de 1000ml

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Fonte: Elaborado pelos autores

Desta forma, o tempo de ciclo deste processo será representado pelo somatório de todos os

tempos e o resultado será compreendido pelo tempo em que um carro estará disponível para

sustentar o envasamento da apresentação de 100ml. Os esquemas podem ser visualizados

através do Gráfico de Gantt (Figuras 7 e 8), onde estão representados, inclusive, o tempo de

ociosidade do autoclave D para a esterilização da apresentação de 100ml.

Figura 7 – Gráfico de Gantt para a formação de uma carga de 100ml e formação da carga seguinte (tempo em

horas)

Fonte: Elaborado pelos autores

Figura 8 – Gráfico de Gantt para a formação de uma carga de 1000ml e a formação da carga seguinte (tempo em

horas)

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Fonte: Elaborado pelos autores

Após análise, através dos Gráficos de Gantt, verifica-se que o tempo de ociosidade da

autoclave D é de 1,52h. O tempo de ciclo para 100ml é de 12,73 h , enquanto que o de

1.000ml é de 9,44h.

5. Conclusões

A partir do estudo de caso realizado, foi possível identificar que a aplicação dos conceitos da

Teoria das Restrições é capaz de promover melhorias na eficiência da linha de envasamento

de ampolas de 1000ml através da otimização do fluxo de esterilização, considerado o gargalo

de todo o processo estudado.

Esta conclusão foi obtida a partir da comparação entre os tempos de ciclo de envasamento,

esterilização e rotulagem de ampolas das apresentações de 100ml e 1000ml, nos autoclaves B

e D. A esterilização da apresentação de 1000ml, totalmente direcionada no autoclave B, não

mostra-se vantajosa para a eficiência da linha de envase, pois todos os recursos disponíveis

para o envasamento esgotam-se antes do retorno do 1º carro vazio, capaz de manter o

processo de envasamento em operação. Desta forma, qualquer melhoria no tempo de retorno

de um carro vazio promove um aumento na eficiência da linha. Neste caso, aplica-se o

conceito de produção puxada, pois as ampolas produzidas no processo anterior são forçadas a

atravessar o processo gargalo, reduzindo a formação de estoques intermediários que

prejudicam a manutenção da eficiência da linha.

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Com a opção de esterilizar também a apresentação de 1000ml no autoclave D, aproveitando o

seu tempo de ociosidade, abre-se uma oportunidade para otimizar o processo e reduzir o

tempo de retorno de um carro vazio de 1000ml. O processo de envasamento é mantido por

mais tempo, pela redução do tempo de parada, proporcionando o aumento da eficiência. No

cenário apresentado, o ganho de 1,02h equivale à produção de 2000 unidades de ampolas de

1000ml e ao relacionar o custo referente à este tempo, tem-se o valor de R$ 1.800,00.

Já em relação à abundância de carros para a apresentação de 100ml, é possível observar que a

formação de filas de carros desta apresentação proporciona o escoamento da esterilização das

demais através do autoclave D, favorecendo o equilíbrio do fluxo de esterilização. Cabe

ressaltar que neste caso, tentar eliminar a fila de carros de 100ml não é vantajoso pois o

envase desta apresentação consegue se sustentar por mais tempo sem haver a necessidade de

esterilizar um carro sequer. Portanto, a esterilização de outras apresentações deve ser

priorizada para que o balanceamento no fluxo das demais também ocorra.

Ao final deste estudo pode-se evidenciar que o uso das ferramentas de Gestão da Produção,

TOC e Teoria das Filas pode contribuir sobremaneira para alcançar uma maior eficiência dos

processos produtivos na empresa, através do balanceamento e o equilíbrio do fluxo produtivo.

Proporciona assim a eliminação dos casos mais críticos de estoques intermediários através da

melhor gestão dos gargalos, de modo que eles trabalhem sempre com o aproveitamento da sua

capacidade máxima.

Como propostas de pesquisas futuras, sugere-se que seja investigado o impacto das ações

tomadas nas outras linhas de produção da empresa, objeto de estudo deste trabalho, visando

tornar suas operações gerais mais eficientes e garantindo a sustentabilidade dos negócios da

organização.

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