anuário de bolsistas 2014
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Nossos maNteNedores
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Seja muito
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Seja muito
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Sempre ficamos muito felizes quando recebemos a nova
turma de jovens bolsistas da Fundação Estudar. Felizes
porque saímos inspirados, renovados, e certos de que
juntos podemos, sim, transformar o Brasil — que tem muito
mais solução do que problema por aí.
Estamos acostumados a ver pessoas recuando quando se
deparam com qualquer obstáculo, e esperando que alguém
possa fazer alguma coisa a respeito. Pois aqui você vai encontrar
exatamente o contrário.
Prepare-se para conhecer jovens que vão muito além do
brilhantismo intelectual. Jovens que têm uma vontade enorme
de fazer coisas relevantes para melhorar o Brasil. Jovens que
não se abatem facilmente com as inúmeras dificuldades que
encontram pelo caminho. Aqui você vai conhecer melhor um
pouco do nosso futuro.
Um pequeno grupo de jovens que representa a mudança
positiva que vem pela frente no nosso país. Gente que quer
deixar um legado. Gente que quer olhar para trás e ter orgulho
do que fez — orgulho do que faz! Gente que pensa no outro e
carrega a generosidade dentro do peito.
Através dessa comunidade, iniciamos uma corrente do bem na
qual, de um em um, ajudamos a melhorar o Brasil.
Seja bem-vindo à comunidade de talentos da Fundação Estudar!
Nossa
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Nossa
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D esde 1991, o Programa de Bolsas da Fundação Estudar é o
carro-chefe de todo nosso trabalho e representa o dna da
cultura que queremos disseminar no Brasil.
Selecionamos os jovens mais brilhantes do país oferecendo uma
bolsa de estudo para cursarem as melhores universidades do
mundo, voltarem para o Brasil e botarem pra fazer por aqui!
De um lado, o jovem selecionado tem a oportunidade de receber
uma bolsa de estudo e participar de uma comunidade de líderes
que vão ajudá-lo em seu desenvolvimento pessoal e profissional.
De outro, esperamos que esse jovem ofereça esse mesmo apoio
que hoje recebe para mais jovens. E, dessa maneira, a roda gira
e criamos o ciclo virtuoso de passar adiante a generosidade um
dia recebida.
Temos certeza que muitos deles serão grandes referências em
suas áreas de atuação, ajudando a gerar empregos, inovações e
políticas públicas que melhorem a vida de milhões de pessoas.
E o mais importante: que sirvam de exemplo para inspirar uma
nova geração de brasileiros a despertar o seu próprio potencial!
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distribuição de candidatos pelo brasil
AM483
MS315
MT284
RO197
AC55
TO111
PA564
AP42
RR25
BA1163
MA380
CE1312
PI212
MG2767
GO1072
SP5742
PR1003
RS1066
SC478
RN232
ES408
RJ2133
PB336
AL244SE
136
PE846
DF 570
Programade bolsas 2014A seleção do Programa
de Bolsas é um processo rigoroso
que exige dos candidatos auto-
-conhecimento, trajetória de
impacto, e sede de realização
e transformação do Brasil.
O Programa de Bolsas recebeu,
só em mais de mil
inscritos de todo o país, dos
quais jovens talentos foram
selecionados — de graduação
e de pós-graduação.
total de inscritos
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Distribuição De canDiDatos por gênero
Distribuição De canDiDatos por etapa e tipo de bolsa
Pós-graduação Graduação
entrevistas com ex-bolsistas
entrevistas individuais
dinâmicas
provas
inscritos
comitêde leitura
entrevistafinal
aprovados 8
entrevistas com ex-bolsistas
entrevistas individuais
dinâmicas
provas
inscritos
comitêde leitura
entrevistafinal
aprovados20
feminino masculino57% 43%
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“Invista sempre — e acima de tudo —
nas pessoas. […] O ingrediente número
um de seu molho secreto é uma
obsessão em conseguir as pessoas certas,
investir nelas, desafiá-las […] e vê-las
experimentar a alegria de realizar um
grande sonho.”
Jim Collins, relatando um de seus aprendizados
com a jornada de Beto Sicupira, Jorge Paulo Lemann
e Marcel Telles
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C ada um dos 28 novos bolsistas possui, em suas histórias,
exemplos claros de por que hoje são parte dessa
comunidade de transformadores.
De jovens que já estão a frente de seu próprio negócio, até
aqueles que sonham em revolucionar a saúde ou mesmo
empreender dentro do governo, enxergamos, nesse seleto
grupo, os futuros líderes do amanhã, a nova cara de quem está
melhorando o Brasil.
Depois de 7 etapas intensas de seleção, queremos dar as boas-
-vindas a esses jovens talentos!
Aproveite as próximas páginas para conhecer um pouco mais
sobre a trajetória de vida desses jovens que nos fascinaram ao
longo desses últimos meses.
Boa leitura e boa inspiração!
áreas de interesse
Nova turmade bolsistas2014
Terceiro setor e projetos sociais
Ciênciae tecnologia
Educação
Empreendedorismo
Mercado financeiro
Gestãoempresarial
Liderançafeminina
Direito
Governo egestão pública
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Cada um dos 28 novos bolsistas possui, em suas histórias,
exemplos claros de por que hoje são parte dessa
comunidade de transformadores.
De jovens que já estão a frente de seu próprio negócio, até
aqueles que sonham em revolucionar a saúde ou mesmo
empreender dentro do governo, enxergamos, nesse seleto
grupo, os futuros líderes do amanhã, a nova cara de quem está
melhorando o Brasil.
Depois de 7 etapas intensas de seleção, queremos dar as boas-
vindas a esses jovens talentos!
Aproveite as próximas páginas para conhecer um pouco mais
sobre a trajetória de vida desses jovens que nos fascinaram ao
longo desse processo seletivo.
Boa leitura e boa inspiração!
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C om uma prateleira lotada de prêmios e
medalhas, experiências internacionais de
peso e trabalho voluntário no currículo,
Alexandre Perozim tem tudo para deixar um
importante legado para a Matemática no Brasil.
Desde cedo o jovem se destacou na área de
exatas, tendo ganhado medalha de prata e bronze
na Olimpíada Brasileira de Matemática, ouro
e prata na Olimpíada Paulista de Matemática,
menção honrosa na Olimpíada de Matemática do
Pacífico Asiático, ouro e prata na Olimpíada de
Matemática de Rio Preto e bronze na Olimpíada
Rioplatense de Matemática. Também ganhou
medalha de ouro no Concurso Canguru sem
Fronteiras por quatro anos consecutivos e
medalha de ouro na Olimpíada Brasileira
de Astronomia por três anos consecutivos.
Recentemente, suas principais conquistas foram a
medalha de bronze na Olimpíada de Matemática
do Pacífico Asiático e bronze na Olimpíada
Internacional de Matemática.
Alexandre ainda foi finalista do prêmio Viagem do
Conhecimento, da National Geographic, e recebeu
bolsa de estudos por mérito acadêmico no Colégio
Carlos Chagas Filho em 2011/2012. Natural de
São José do Rio Preto [sp], durante o Ensino Médio
convenceu seus pais a ser transferido para o
colégio Etapa, em São Paulo, por acreditar que
teria mais oportunidades de crescimento e uma
melhor preparação para as Olimpíadas.
Além de todas essas conquistas, Alexandre
realizou atividades como trabalho voluntário
no projeto voa!, curso de Combinatória i no
mestrado do impa, preparação especial para
competições internacionais em 2013 e um curso
de Teoria dos Números na Stanford University,
sendo recomendado pelo professor como o
melhor aluno do curso. Cada um desses exemplos
demonstra que algo muito maior está por vir.
Foi aprovado no vestibular do ime e da usp e
também nas universidades Caltech, Columbia,
Cornell, Princeton, Stanford, Yale. Dentre estas
opções, decidiu cursar um diploma duplo em
Matemática e Economia em Princeton. Seu
sonho é se tornar um professor universitário e
pesquisador capaz de inspirar e qualificar seus
alunos para fazer a diferença, além de trazer uma
contribuição consistente para a Matemática.
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A llison Hirata tem um histórico de
desempenho excelente, no Ensino Médio
e na graduação, espírito empreendedor e
uma vontade enorme de transformar a educação,
inspirando as futuras gerações.
Fez o Ensino Fundamental e Médio através de
bolsa no Colégio Bandeirantes, em São Paulo.
Com uma motivação extraordinária, durante
o Ensino Médio, teve o melhor desempenho do
colégio, além de ter ganhado medalhas de bronze
e prata na Olimpíada Brasileira de Física. Passou
em primeiro lugar no vestibular da fuvest em
2005 e cursou Engenharia Mecânica na usp, com
a melhor média de conclusão em 2010.
Ainda na faculdade, passou dois anos na École
Centrale de Lille, através de bolsa de excelência
acadêmica. Também durante a graduação,
criou o B8 Projetos Educacionais, uma ong
que identifica, orienta e incentiva talentos do
Ensino Fundamental e Médio a conquistar a
excelência através de Olimpíadas Científicas
nacionais e internacionais, tendo levado mais de
50 estudantes para o exterior com o objetivo de
competir em diferentes premiações.
Foi estagiário da ge, onde recebeu um prêmio
internacional da empresa por seu desempenho
na implantação de um sistema global de crm
para Vendas e Marketing. Também trabalhou
na Booz&Company como senior consultant, e,
como empreendedor, ajudou a desenvolver uma
plataforma online de aulas particulares. Em
setembro de 2014, inicia um Joint-Degree em mba
e Master of Education na Stanford University.
“Meu sonho é fazer com que todos os brasileiros
tenham não apenas as condições como também
a motivação para perseguir uma educação de
qualidade. O desenvolvimento de olimpíadas
científicas no Brasil é apenas uma das tentativas
de alcançar esse objetivo”, diz o jovem.
Para chegar a esse objetivo, Allison diz que precisa
entender a fundo o setor público de educação
para saber o que pode ser feito concretamente
em termos de gestão, legislação, otimização de
processos e parcerias com o setor privado. Como
legado pretende ter feito parte da formação de
uma geração futura de líderes brasileiros.
B ernardo Penteado consegue ser
bem-sucedido em diversas atividades.
Velejador, poliglota e pianista, vai estudar
Engenharia nos eua e voltar ao Brasil para investir
em energias sustentáveis.
Com rendimento acadêmico excelente, participou
de olimpíadas de Matemática, Química e Física e
ganhou honras acadêmicas em várias escolas por
onde passou. Foi aprovado na puc -Rio com bolsa
por mérito e participou de atividades de pesquisa
em energia renovável. Mas decidiu estudar fora e
escolheu a University of Pennsylvania para cursar
sua graduação em Engenharia.
Bernardo também tem sucesso como atleta
profissional, tendo ganhado várias competições
como velejador: medalha de ouro no Campeonato
Estadual e no Campeonato Brasileiro de Optimist
Júnior, prata na Copa da Juventude e bronze nos
campeonatos Sul -americano e Brasileiro de vela.
Seu faro social o levou a perceber que havia
muitos jovens velejadores sem recursos e uma
minoria com boas condições financeiras, porém
que precisava de companhia para praticar o
esporte, então criou o projeto “Sailing Forward”,
que une os dois grupos.
Bernardo vê uma grande semelhança entre o
esporte e a engenharia. “Velejar é um esporte
físico e mental, você tem que controlar o formato
da vela para ter um melhor desempenho, tem que
entender de regulagem e saber conduzir unindo
aerodinâmica e hidrodinâmica”, diz.
Pianista, possui repertório que inclui obras de
Poulenc, Debussy, Chopin e Bach, apresentando-
-as em recitais anuais. Atualmente, se prepara
para tirar certificado de piano pela Royal School
of Music, em Londres.
Na engenharia, seu interesse específico é no
ramo de energia sustentável. “O gasto energético
é a melhor medida de desigualdade econômica”,
sugere. “As energias renováveis são mais
distribuídas. Se você deixar as pessoas mais
autônomas com energia, muita gente teria acesso
e poderiam produzir a sua”. Dentro de energias
renováveis, seu foco é na solar, tendo feito um
curso na puc para aprender a construir um
painel solar.
N ascido em São Bernardo do Campo
[sp], berço da indústria automotiva do
Brasil, e neto de dois ex-funcionários da
Volkswagen, Caio Dimov é um apaixonado por
carros que pretende ajudar a transformar o setor
em um ramo mais sustentável e eficiente através
do empreendedorismo.
Durante o Ensino Médio, Caio foi bolsista
no Colégio Singular e finalista em algumas
olimpíadas acadêmicas, além de ter recebido
o prêmio de melhor aluno do ano duas vezes.
Cursou Engenharia Mecânica na usp e fez um
curso de extensão em design automotivo pela
Faculdade de Belas Artes. Quando estudante,
tornou-se membro da sae Brasil e da aea
(Associação de Engenharia Automotiva).
Com 27 anos, já ganhou uma série de prêmios
na área automotiva: o Student Leadership Award
da General Motors pace Office e o Student Travel
Bursary Award da fisita (Federação Internacional
dos Engenheiros Automotivos), além de ser
campeão da categoria estudantil do Congresso
sae 2006 (Sociedade de Engenharia Automotiva).
Caio começou sua carreira na área de gestão
de projetos da Promon, depois mudou-se para
Detroit, trabalhando na área de produtos da
Continental ag. Atuou de 2009 a 2014 na Roland
Berger Strategy Consultants, em projetos nos
setores de Energia e Indústria Automotiva,
focando em estratégia de vendas, distribuição e
entrada de mercado.
O grande sonho de Caio é empreender dentro
da indústria brasileira de automóveis, buscando
revolucionar a mobilidade urbana do país através
de novos conceitos de energia limpa.
Acredita no potencial brasileiro de possuir uma
matriz energética mais limpa e sustentável, com
carros elétricos movidos a energia limpa. “Temos
que melhorar a sustentabilidade dos carros no
Brasil, diminuir o trânsito e proteger o meio
ambiente. Veja o exemplo da Tesla, por que não
podemos fazer algo similar no Brasil?”, questiona.
O jovem que cresceu imerso nessa indústria,
agora, com todo o conhecimento que adquiriu e o
que ainda aprenderá durante o mmm, quer deixar
a sua marca no setor.
depoimeNto de
Lycia
Bolsista de 1998
N ão há nada mais importante para a continuidade da Estudar que
a seleção da nova geração de bolsistas que carregará a tocha para
representar e expandir seu impacto em anos futuros. Já houve grande
evolução nos mais de 20 anos da Fundação Estudar, desde o processo de
seleção mais rigoroso e abrangente ao número de candidatos que cresceu
exponencialmente. Mas o que me impressionou no processo de 2014 foi
o calibre dos bolsistas selecionados, que demonstraram um potencial de
realização indiscutível, certamente conquistas que difi cilmente se encontraria
10 anos atrás em jovens da mesma faixa etária.
É bom também ver a diversifi cação de interesses da nova geração, que
demonstra mais interesse em desenvolvimento tecnológico e administração
pública. Infraestrutura e educação inadequados são apenas dois dos assuntos
que impedem o desenvolvimento no Brasil. Em sua maioria, são temas
que estão na esfera governamental, que tem carência de cérebros e braços
capacitados para atingir resultados mais efi cazes. Já o setor tecnológico é
responsável por um dos maiores índices de criação de emprego nos Estados
Unidos. O Brasil ainda precisa aprender a criar Microsoft’s e Google’s. Precisa
também entrar na corrida de pesquisa científi ca, ainda perdemos de lavada
em número de patentes. Por isso, foi gratifi cante ver candidatos com interesse
voltados para atuação nessas áreas, alguns com startups de tecnologia, outros
com interesse em pesquisa científi ca, outros trabalhando em entidades
governamentais com sucesso.
Sempre achei que ser bolsista é mais do que construir algo para si próprio.
Representa juntar-se a um grupo que tem capacidade de impactar o futuro do
Brasil e acelerar o seu desenvolvimento. Ajudar a Estudar a selecionar quem
carregará essa bandeira no futuro, a nova safra de bolsistas que fará coisas
melhores e maiores é de extrema importância, por isso recomendo que mais
ex-bolsistas participem. É importante, e de quebra, também divertido e uma
grande oportunidade de interagir com outros ex-bolsistas.
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E duardo Vasconcellos é um engenheiro
formado pela usp com grande vontade de
inovar e transformar o Brasil.
Eduardo passou por dificuldades financeiras e
ajudou a família a se manter desde pequeno. Tem
sua mãe como exemplo, pois quando as finanças
da família iam mal, ela se tornou empreendedora
e reverteu a situação. “Exemplos são os maiores
poderes de influência para o Brasil”, diz.
Durante a graduação em Engenharia Mecânica
na usp, foi finalista e recebeu medalha de
bronze na competição estudantil de robótica,
menção honrosa do Desafio Santander de
Empreendedorismo em 2007 e novamente em 2008.
Eduardo tem a habilidade de agregar pessoas em
prol de um mesmo objetivo. Prova disso é que
ele fundou o Fundo Amigos da Poli, o primeiro
endowment de uma universidade no país. No
fundo patrimonial criado, egressos da Poli ajudam
financeiramente projetos de estudantes.
O Amigos da Poli foi o primeiro legado que
Eduardo deixou no Brasil, pois influenciou
universidades de várias partes do país. Hoje, há
outros dez endowments do mesmo tipo no país e
já existe no Congresso um projeto de lei para dar
incentivos financeiros aos fundos.
Depois de formado, entrou para o programa
de trainee do Itaú -Unibanco. Lidou com
investimentos internacionais, por um tempo,
na M Square e, até junho de 2014, trabalhou na
pragma. Lá conseguiu desenvolver mais o seu
lado empreendedor, focando principalmente em
private equity e impact investing.
Em 2014, o plano de Eduardo é se especializar
em empreendedorismo e investimentos fazendo
um mba na Stanford University. “Quero trabalhar
na intersecção entre empreendedorismo,
investimento e tecnologia”, afirma.
Seu sonho é ser capaz de criar uma grande
empresa que gere lucro e se preocupe com o
impacto social. “Quero criar uma empresa que
gere capital social, ambiental e financeiro e que
consiga desenvolver sua atividade enquanto
melhora a sociedade em que está inserida”, diz.
F abio Arai é um colecionador de medalhas
apaixonado por física e astronomia. Com
apenas 18 anos, já teve várias experiências
internacionais trabalhando com robótica e física,
e pretende se envolver na nasa durante sua
graduação em Engenharia ou Física na Caltech.
Durante seus estudos, Fabio conquistou mais
de 30 medalhas em olimpíadas científicas, em
especial na de Física, sua maior paixão. Também
obteve grande destaque nas Olimpíadas de
Astronomia, o que lhe despertou vontade de um
dia trabalhar na nasa.
Com apenas 14 anos, foi escolhido para o
acampamento Idea Math Summer Program,
pelo colégio Etapa. Também idTech Camps, id
Programming Academy no mit, onde chamou
atenção indo um passo além do que o exigido.
O desafio era criar um robô que andasse em linha
reta, e Fabio surpreendeu, construindo também
um braço que permitisse carregar objetos como
uma espécie de guindaste. Mais tarde, voltou aos
eua para passar um mês trabalhando em um
laboratório de física em ótica e nanotecnologia
em um projeto na Texas Tech University.
Após concluir o Ensino Médio, deu tutoriais de
física e astronomia no seu antigo colégio. Para
superar a timidez, bastou-lhe um show de
sua banda de garagem, na qual era vocalista e
guitarrista. Foi aprovado em várias universidades
no exterior, como por exemplo Caltech, Princeton,
Berkeley, Columbia e Duke.
Escolheu a Caltech pela forte ligação à nasa, com
seu Laboratório de Propulsão a Jato, responsável
pelas missões não tripuladas da organização.
“Quero trabalhar na nasa, nos projetos espaciais,
e trazer esse conhecimento ao Brasil, que, como
uma das nações emergentes, tem bastante
potencial, mas precisa avançar muito”, diz.
Fabio quer mostrar a outros jovens que é possível
realizar sonhos aparentemente impossíveis, a
partir de dedicação e foco. “Ciência e tecnologia
são as coisas que mais movem o mundo, então
quero mostrar que o caminho da ciência também
pode trazer desenvolvimento”, afirma.
F elipe tem vontade de transformar o Brasil
através do saneamento e da construção.
Durante sua infância morou em casa de
telha de amianto na Baixada, no Rio de Janeiro. O
pai e o avô trabalhavam na feira e vendiam picolé
no trem, mas seu pai resolveu mudar seu destino
e entrou no Exército, o que levou a família a Tefé,
no Amazonas.
Por mais humilde que fosse sua casa no Rio de
Janeiro, Felipe ficou chocado com a pobreza no
interior da Amazônia. Quando conheceu a casa
da empregada doméstica que trabalhava para a
família, Dona Maria, ficou assustado com as casas
de palafitas. “Quando fazia calor na baixada, a
casa de amianto era um forno. Mas era muito
melhor do que as casas das pessoas de Tefé, que
eram palafitas”, diz.
Passou dois anos em Tefé estudando à distância
no Colégio Militar, dependendo exclusivamente
de seu comprometimento e autodisciplina. Voltou
ao Rio de Janeiro para continuar os estudos no
Colégio Militar, sendo o melhor aluno da turma e
recebendo uma série de honrarias, como legião de
honra, oficial aluno e comandante da infantaria.
Chegou a ser aprovado em Medicina na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas
viu que não era o que queria, então foi estudar
Engenharia de Fortificação e Construção no
Instituto Militar de Engenharia. Lá, envolveu-se
na entidade Integração ime, um projeto que
aproxima os alunos ao mercado de trabalho, e
na agremiação de alunos da faculdade. Movido
pelo seu lado social, Felipe também atuou como
voluntário da ong Teto e foi embaixador do
movimento Choice, disseminando o conceito de
negócios de impacto social na sua universidade.
Na ong Teto, foi voluntário no setor de recursos,
atuando com diferentes projetos, desde captação
de doações na rua (“levando muito vidro fechado
na cara”, como diz), até parceria com empresas e
crowdfunding para construção de casas. “Eu tenho
um sonho de criar um negócio social focado
em construção para classe c e d na parte de
saneamento”, afirma. Em 2014, planeja fazer um
intercâmbio de seis meses na França, no qual
trabalhará em um laboratório de saneamento na
École des Ponts. Os aprendizados do intercâmbio
aliados à sua graduação em Engenharia serão o
alicerce para a construção do seu sonho.
G iuliana Reis sonha grande, mas acima
de tudo, executa à altura. Sonha em ser
ceo de uma grande empresa de varejo e
acredita que seu mba na University of Chicago vai
ajudá -la a se tornar uma empreendedora em série.
Formada em Administração pelo Insper, foi
destaque no Quadro de Honra — 10% dos alunos
com melhor rendimento — durante todo o curso.
Também é ceo da Tripda, uma plataforma online
para pedir ou oferecer carona, startup parte da
incubadora Rocket Internet.
Seus pais têm origens humildes e decidiram
vender todos os bens para estudar inglês em
Harvard em 1994, a fim de conseguir melhores
oportunidades profissionais. Giuliana tinha quatro
anos e custou a entender oportunidades de
adquirir conhecimento precisam ser valorizadas.
“O impacto do estudo na vida dos meus pais ficou
muito claro, podia faltar comida no prato, mas
não faltava um caderno. E meu pai sempre me
disse: nunca esqueça suas origens”, diz.
Giuliana tem experiência em bancos de
investimento — trabalhou por um ano no Banco
Fator como estagiária e, depois, analista júnior e
por um ano e meio no br Partners, onde obteve
uma promoção após os quatro meses iniciais,
passando de analista júnior para plena.
Passou por um problema sério de saúde no final
de 2012, por conta de um coágulo no pulmão.
Apesar do diagnóstico dos médicos que previam
apenas 5% de chance de sobreviver, ela conseguiu
se recuperar. Desde então, focou seus esforços
no trabalho voluntário na United Way Brazil, no
qual auxiliou 90 jovens com idades entre 15 e 18
anos no estilo “menor aprendiz”, ensinando-os
a se portar em situação profissional, e, mais
recentemente, abriu a empresa Tripda.
Giuliana acredita na máxima “não faça a escolha
correta, faça da sua escolha a correta”, assim
diz que consegue aproveitar verdadeiramente
as oportunidades e enxergar as barreiras como
oportunidade de crescimento. “Ideias são muito
baratas. Execução é tudo que importa”, diz. Sua
inspiração é o criador da Virgin, Richard Branson,
um empreendedor em série como ela deseja ser.
J ovem empreendedor, Henrique é um dos
fundadores do Pagar.me, junto a Pedro
Franceschi, outro bolsista da Fundação
Estudar. Os dois estão esperando a empresa se
solidificar para iniciar sua graduação em Ciência
da Computação na Stanford University. “Quero
aprender tudo que eu posso do Vale do Silício para
trazer ao Brasil”, diz.
Durante boa parte do Ensino Fundamental e
Médio, Henrique mudou de cidades com sua
família, chegando a estudar em 11 escolas
diferentes. Ainda no Ensino Fundamental, fez
dois intercâmbios para aprender outras línguas,
um no Canadá e outro na Alemanha. Em Berlim,
trabalhou na startup Views, onde montou o
aplicativo iOS da empresa.
Mas foi nos eua onde Henrique mais se destacou
na tecnologia: foi ganhador do Hackathon
Hackday.co, prêmio americano de R$ 100.000,
com o aplicativo de relacionamentos AskMeOut,
uma espécie de “avô do Tinder”. Durante esse
experimento, percebeu uma oportunidade no
mercado de pagamentos pela Internet, a primeira
faísca da criação do Pagar.me. Também fundou
o Estudar nos eua, que conta com mais de 6.000
usuários e recebeu uma doação de R$ 30.000 da
Fundação Lemann.
Com o conhecimento que adquiriu, foi palestrante
no avcc, convidado da maior feira de venture
capital das Américas. Ainda no Ensino Médio, foi
diretor da ong Escola Aberta Alpha, com uma
iniciativa inovadora. Tendo sempre estudado em
escolas particulares, Henrique se matriculou em
uma escola pública como um “agente infiltrado”
para motivar alunos e promover projetos
como aulas de programação, preparação e
conscientização para universidades no exterior e
aulas para olimpíadas.
Seu sonho é criar a primeira multinacional
brasileira de tecnologia cujos produtos serão
usados em todo o mundo. “Independentemente
das dificuldades que existem no país, quero deixar
de legado que isso tudo é possível de ultrapassar
e por causa disso temos mais oportunidade ao
nosso favor”.
A partir de suas conquistas e medalhas,
Henrique Vaz inspirou-se para criar
o projeto voa! (Vontade Olímpica de
Aprender), cujo propósito é treinar estudantes a
fim de participarem de Olimpíadas.
Estudou no colégio Etapa como bolsista e já
ganhou mais de 30 medalhas em diferentes
competições, principalmente na área da
Matemática. “Minha visão de mundo mudou
consideravelmente depois das olimpíadas, a
Matemática fez a racionalidade virar um traço
do meu dna”, diz. Quis que outros estudantes
tivessem a vida alterada positivamente como
ele, então participou do osi (Olímpicos de Santa
Isabel, iniciativa de um bolsista da Fundação
Estudar) como voluntário convidado, o que lhe
deu a ideia de criar o voa!.
Seu envolvimento com trabalho voluntário vem
de cedo. Quando tinha 11 anos, começou a se
vestir de Papai Noel para atividades de caridade
no Rotary, do qual sua mãe fazia parte. Henrique
diz ver a mãe como um modelo de generosidade,
e espelha-se no diretor do Etapa, Edmilson Motta,
como um exemplo de racionalidade.
Como fundador do voa!, ganhou um Certificado
de Honra oferecido pelo Rotary Club International
como reconhecimento pelo seu grande impacto.
Durante o Ensino Médio, cursou matérias
de mestrado no impa, onde tirou nota “a” em
Combinatória. Hoje, dá aulas de matemática
e português no cursinho preparatório, mas
está tentando deixar o projeto ainda mais
independente de sua gerência para poder cursar
Economia e Ciências Políticas em Harvard.
Henrique deseja criar um projeto de educação
maior que o voa!, mas ainda não tem certeza que
projeto será esse. Seu maior sonho é ser ministro
da Educação, para gerar o máximo de impacto
possível na vida das pessoas. “Você precisa estar
ligado ao governo de alguma maneira para atingir
um número alto de pessoas que precisam de
ajuda”, afirma.
Apesar dos 18 anos, já teve experiências de
trabalho, não apenas como líder do voa!, mas
como convidado pelo líder da imo (International
Mathematical Olympiad) para participar de
Summer Program nos eua, onde apresentou a
proposta do voa! e a expandiu para outros alunos.
J aqueline foi capaz de mudar completamente
o curso da sua vida com muita força de
vontade, persistência e amor à aviação.
Seus pais eram humildes e sua mãe faleceu quando
tinha 16 anos, o que lhe exigiu auxiliar o pai a
cuidar da casa. Na infância, foi matriculada em
escola pública, onde se dedicava com fervor. “Fiz
as coisas darem certo na minha vida por esforço
próprio. Fui atrás porque acreditava que algum dia
aquilo poderia dar certo”, conta.
No Ensino Médio, enquanto trabalhava para
ajudar a sustentar a casa, decidiu que queria
estudar Engenharia Aeronáutica no ita, para qual
se preparou com afinco. Não passou de primeira,
então deixou a casa do pai para estudar para o
vestibular em São José dos Campos [sp]. Durante
esse tempo, dormia apenas seis horas por noite,
estudava 10 horas por dia e ainda frequentava o
cursinho Poliedro. Levou 4 anos difíceis para ser
aprovada e começar os estudos na universidade
dos seus sonhos.
Após essa primeira conquista, não contentou-se
em parar por aí. Além dos estudos, resolveu
dedicar-se à empresa júnior, na qual gerenciou
e fechou um projeto no seu primeiro mês,
destacando -se logo na sua entrada.
Ao longo desse projeto, percebeu uma abertura
para otimização da manutenção de aeronaves, e
pensa em investir nessa área no futuro. Nos finais
de semana, ainda usa seu tempo livre para fazer
três cursos de idiomas. Alguns de seus objetivos
futuros são: cursar parte da graduação na França,
ser presidente da empresa júnior na qual trabalha
e, posteriormente, abrir sua própria empresa.
Determinação é a palavra que define Jaqueline.
“Eu não me limitava a enxergar o mundo que eu
via”, diz. Seu sonho grande é criar uma empresa
movida pela meritocracia, mas com solidariedade,
e ajudar os alunos de escola pública com
dificuldade financeira para que eles não precisem
passar por todas as provações que passou.
Um dos meus momentos favoritos do ano é a época de entrevistas do
processo de seleção da Fundação Estudar. Para mim, um bolsista da
década de 90, além de ser uma viagem no tempo, é uma experiência
muito instigante. O nível de preparo e maturidade dos candidatos é
impressionante, acima dos da minha época. Encontrar pessoas tão jovens
que já realizaram tanto é inspirador. A gente sai das entrevistas energizado,
motivado para fazer mais e melhor. Quando encerramos uma rodada de
entrevistas agradecendo pela presença dos candidatos, costumamos dizer que
todos já são vencedores por terem chegado até aquela etapa e que terão um
futuro brilhante. Acredito realmente nisso.
Apesar de ser um processo que envolve muitos candidatos, damos muita
atenção a cada caso. Estudamos cada história de vida e conversamos
muito entre nós para emitir uma opinião. As discussões muitas vezes
são acaloradas. A Fundação Estudar tem nos apoiado cada vez mais com
informações sobre cada candidato, aprimorando a cada ano nossos processos
e experimentando novas ferramentas. A etapa final de entrevistas deste ano
teve momentos simplesmente eletrizantes.
Nesse processo, um dos grandes desafios para nós entrevistadores é driblar
o discurso ensaiado e conhecer melhor cada candidato. Hoje em dia, com o
fácil acesso à informação e o grau de preparo dos jovens, frequentemente
nos deparamos com respostas pasteurizadas, feitas “sob medida” para a
Fundação Estudar. Nesse ponto, afirmo com convicção que os candidatos
mais espontâneos e autênticos sempre têm a preferência dos entrevistadores.
Comecei dizendo que a experiência é muito instigante. Explico. Quando
passamos dias entrevistando jovens cheios de energia, testando sua
coerência, falando de projetos futuros e sonhos, somos levados a um exercício
de reflexão e autocrítica: e nós, bolsistas “das antigas”, estamos vivendo de
acordo com os valores e princípios da Fundação Estudar? Estamos sonhando
grande? Somos agentes multiplicadores de excelência? Estamos ajudando a
construir um país melhor? Já tomei decisões fundamentais na minha vida
com base nesse exercício de reflexão.
depoimeNto de
Elsen
Bolsista de 1996
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A inda criança, com 7 anos de idade, João
Alkmim decidiu que queria ser empresário.
Desde então, perseguiu seu sonho com
empenho e já criou uma série de empresas.
Seu espírito empreendedor tem dna. “Meu avô
perdeu o emprego e minha família passou
dificuldades, mas minha avó deu a volta por cima
criando uma empresa de roupa, e ela sustentou
toda a família sozinha”.
Aos 15 anos, trocou uma viagem à Disney pelo
dinheiro e o investiu em uma plantação de 120
árvores mogno, que só poderá colher quando tiver
33 anos. Ainda antes dos 18, vendeu equipamentos
para praticar taekwondo, criou uma agência de
turismo para jovens e uma franqueadora para
lavagem a seco de carros.
João também criou uma rede de empreendedores
e fundou uma empresa de serviços online para
médicos chamada Vita, além do ECCOlógica, uma
startup de educação que visa facilitar a interação
e aprendizado entre aluno e professor através de
tablets. Criou e estruturou também a equipe de
p&d da empresa Ética Soluções Integrais, tendo
inovado por meio dessa nova área, diversificando
os negócios pelo “e-lab”, com aplicativos em mais
de 24 países no mundo.
Com o projeto da ECCOlógica, entrou na
competição do Prêmio Jovens Inspiradores 2013, e
foi o finalista mais jovem da edição, com 18 anos.
Hoje, aos 19, acaba de se mudar para São Paulo e
transferir sua graduação em Administração para
o Insper, após ter iniciado o curso na Universidade
Federal de Uberlândia.
João Gabriel é formado como coach, tendo feito,
inclusive, um curso sobre o assunto com Dalai
Lama, na Índia. “O que me faz acordar todos os
dias e falar para mim mesmo que é possível é a
capacidade do ser humano de transformar o meio
em que ele vive”, diz.
“Quero transformar o Brasil em um país de
primeiro mundo”, afirma. Por isso, decidiu se
mudar para São Paulo a fim de aproveitar todas
as oportunidades que a cidade oferece. Deixou a
casa dos pais em Uberlândia com uma frase que
emocionou seus pais: “se estou saindo de casa é
para conquistar tudo o que eu quero”.
O empreendedorismo sempre fez parte da
vida de João Lima, membro de uma família
que possui várias empresas. Seu pai é
dono de uma rede de farmácias e seu objetivo é
revolucionar os planos de medicamentos no Brasil
através do negócio da família.
João é formado em Ciências Econômicas no
ibmec-mg, com um duplo diploma na École de
Management de Normandie, na França, em
Administração de Empresas. Também fez um
curso de extensão no Yunus espm Social Business
Centre, o que lhe rendeu um International
Certificate in Social Business. A partir de agosto
de 2014, iniciará um mba in Health Care
Management, na University of Pennsylvania.
Com trajetória também na área de investimentos,
trabalhou em uma boutique de m&a e foi aprovado
no processo de trainee do Itaú Unibanco, tendo
recebido condecoração por estar entre os top
10 trainees. Desde 2013, trabalha com gestão de
investimentos na rb Capital.
Seu objetivo no mba é aprender o que é o seguro
americano de medicamento para ajustá-lo ao
modelo brasileiro. Para ele, o Brasil ainda não
está preparado para ter um mercado de seguro
de medicamentos, mas ele vê uma imensa
oportunidade no setor, visto que nos Estados
Unidos há 40 milhões de usuários do plano de
saúde que inclui medicamentos, e a rede de seu
pai comporta 30 mil usuários, o que considera um
bom começo.
Ele pretende fazer uma plataforma brasileira de
seguros de medicamento com foco nas famílias
de baixa renda e, para isso, quer também
aprender a lidar com o sus. “Quero acabar com a
desigualdade de oportunidades”, diz.
João já cuidou do controle financeiro e do
marketing de um restaurante de sua mãe, passou
um ano viajando o Brasil com o pai para conhecer
as operações e os produtos da rede de farmácias
— que começou na Bahia (origem da família) e
foi expandida para outras regiões — e fez uma
reestruturação societária na empresa. Nessas
experiências, concluiu que gosta mesmo é de
empreender. Seu sonho é voltar à empresa não
como o filho do dono, mas um convidado ideal
para assumir o negócio.
K awoana é pesquisadora desde cedo, e tem
uma enorme curiosidade aliada a uma
busca incessante pela excelência. Ainda
no segundo ano do Ensino Médio, percebeu que
outras plantas não cresciam na área próxima a
uma plantação de eucaliptos no terreno da escola.
Então lhe ocorreu criar um herbicida com folhas
de eucalipto que inibia o crescimento de ervas
daninhas mas não prejudicava plantações de soja,
tão comuns na região — e foi premiada.
Sua atual pesquisa gira em torno da criação
de um tecido diferenciado com propriedades
antimicrobiana e isolante térmica que evite
infecções cutâneas, aumente o fluxo sanguíneo e
tenha efeito cicatrizante. A ideia é usar o tecido
como curativo em pós-operatórios e também
como uma espécie de meia para diabéticos a fim
de evitar amputações. A inspiração para criar
o tecido veio de sua avó que passou por uma
amputação e na recuperação sofreu complicações
frequentes em pessoas diabéticas.
O esforço e o talento de Kawoana na área foram
reconhecidos em uma série de prêmios, como
o 4º lugar na Feira Internacional Intel isef em
Ciências Médicas e da Saúde (International
Science and Engineering Fair), 1° lugar no Prêmio
mercosul de Ciência e Tecnologia, na categoria
Iniciação Científica – 2010, 1° lugar em Medicina
na Mostratec (Mostra Internacional de Ciência
e Tecnologia), 1° lugar na área de Ciências da
Saúde na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia
— febrace, e 1° lugar em Rigor Científico na
febrace, Prêmio Jovem Cientista. Além disso, foi
selecionada para representar o Brasil na Dr. Bessie
Lawrence International Summer Science Institute,
do Weizmann Institute em Israel.
Duas inspirações para a estudante de Medicina são
Oswaldo Cruz e Miguel Nicolelis. Kawoana quer
usar a Medicina para pesquisar e empreender, e seu
sonho é ser dona de uma empresa de tecnologia
que produza artefatos para a área da saúde. “Eu
quero ser um exemplo de excelência e de alguém
que usou o conhecimento para transformar vidas”,
diz a jovem de 22 anos. Se continuar no ritmo em
que já está, Kawoana tem todas as ferramentas
para tornar seu sonho realidade.
L igia Stocche deixou claro desde cedo que tem
um enorme potencial de agregar e ajudar
pessoas, além de uma dedicação única e
uma paixão forte pela ciência.
Durante o Ensino Fundamental e Médio em
Ribeirão Preto [sp], foi premiada em competições
de sapateado, fez cursos ligados a Oceanografia,
atuou como monitora de alunos mais novos e
envolveu-se também com trabalhos sociais.
Em 2010, iniciou a graduação de Engenharia de
Materiais na ufscar, onde manteve a melhor
média do curso todos os semestres. Organizou a
Semana da Engenharia de Materiais desde 2012
e trabalhou no Laboratório de Produtos Naturais
da ufscar, além de ter participado de eventos
científicos e de duas iniciativas com a temática de
educação e gestão pública, sob a orientação do ex-
bolsista da Fundação Estudar Daniel Vargas.
Ainda durante a graduação, foi visiting student
em Harvard e mit, onde cursou disciplinas
de graduação e pós, e participou de pesquisa
científica e do grupo de extensão Engineering
Without Borders. Ainda em Harvard, foi assistente
de pesquisa de uma doutoranda, com quem
estudou a fabricação de microcápsulas sensíveis.
Desde de agosto de 2014, está envolvida no
manifesto educacional Mapa do Buraco, o qual
visa informar e mobilizar a população jovem sobre
a importância da educação pública brasileira.
Hoje, trabalha em um projeto de iniciação
científica junto à ufscar, com financiamento da
fapesp, voltado ao desenvolvimento de embalagens
plásticas biodegradáveis de baixo custo. Seu
plano é fazer um doutorado e um pós-doutorado,
especializando-se em nanotecnologia. “Acho
fascinante a ideia de criar um dispositivo que é
capaz de entregar medicação nos lugares certos do
corpo humano, detectar células ‘ruins’. Para fazer
isso, tem que ser nano”, diz.
Com a certeza de que a engenharia de materiais
combinada à biologia é capaz de grandes feitos,
sonha em desenvolver um nano dispositivo
biocompatível, capaz de curar uma doença. “A
longo prazo, quero me tornar uma pesquisadora
importante e renomada, com diversas pesquisas
na minha área e quero ter fortalecido a área de
nano e biomateriais no Brasil”, diz.
L uana Lara brilha onde deposita seus esforços.
Bailarina do Teatro Bolshoi desde 2011, foi
selecionada para apresentar “O Lago dos
Cisnes” em Salzburgo, na Áustria. Apesar dos
méritos na dança, quer se dedicar à ciência
porque quer impactar mais diretamente a vida
das pessoas e deixar um grande legado.
Nos estudos, recebeu medalha de bronze na
Olimpíada Regional de Matemática (2012) e
ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia e
Astronáutica (2013). Também obteve a melhor
média da história do Colégio Tupy, em Joinville,
para onde se mudou em 2011 para ser bailarina.
Para manter as excelentes notas e continuar no
balé, Luana abriu mão de qualquer distração
durante a semana. Seu dia começava às 7h,
quando entrava na escola, onde ficava até 12h30.
Por volta das 13h, já estava pronta para dançar no
Bolshoi, onde treinava até as 21h. Chegando em
casa, ainda revisava o que aprendera no colégio e
só depois ia dormir. “Sempre sonhei muito alto e
sempre batalhei muito. Quando eu me apaixono
por uma coisa, eu me dedico realmente, mergulho
de cabeça e vou até meu limite”, conta.
O interesse pela Engenharia vem da família de
engenheiros e da vontade de impactar a vida
das pessoas, o que descobriu em um serviço
voluntário. Fez um curso de férias na usp, onde
estudou Engenharia Mecatrônica, e foi quando
teve a certeza de que queria trabalhar com
robótica. Lá ela também se destacou: foi o
primeiro lugar da turma.
Luana garante que ciências e balé têm tudo a
ver. “Os dois exigem paixão e racionalidade. No
balé, as regras e a parte teórica dos passos são
muito exatas, mas tem a parte artística. Nas
ciências, tem a parte exata das leis da física, da
matemática, mas tem também a paixão pela
tema”, explica.
A bailarina está certa de que o balé vai ajudá-la na
Engenharia por causa da disciplina e esforço, além
do seu plano de aplicar a leveza de movimentos
orgânicos de uma bailarina aos robôs. “Quero
trabalhar com robótica para deixar a vida mais
cômoda, mas também quero inspirar as pessoas,
mostrar que tudo é possível, basta que se
esforcem”, diz.
L ucas mostrou sua iniciativa e sua habilidade
para a conexão de pessoas ainda durante
o Ensino Fundamental e Médio no Colégio
Pitágoras, em Belo Horizonte: foi diretor do grêmio
do colégio e participou de cinco simulações da
onu para Ensino Médio.
Sempre muito ativo, Lucas ingressou no curso
de Direito da Universidade Federal de Minas
Gerais, onde ganhou, em conjunto com sua
equipe, o prêmio da ilsa Best all-around chapter e
foi semifinalista em uma competição de Direito
Internacional na Flórida.
Ainda na universidade, organizou a Conferência
Latino Americana de Direito e Relações
Internacionais (coladri) e fundou o Grupo de
Estudos em Direito Internacional Ambiental.
Lucas estagiou na área de desenvolvimento
de mercados na onu, conectando pequenos
produtores de países em desenvolvimento para
inserção no mercado internacional. Também
realizou uma pesquisa no Centro de Estudos
Brasileiros da omc sobre a incompatibilidade entre
a legislação brasileira de defesa comercial e os
acordos da organização.
No campo profissional, foi trainee no Itaú
Unibanco em 2011, e atualmente é advogado
sênior, gerindo produtos internacionais e atuando
com regulação internacional. Em 2013, fez parte
da equipe vencedora do International Law Office
Latin America Counsel Award na área de serviços
financeiros. No Itaú Unibanco, cofundou o projeto
de corporate venture do banco.
Lucas foi ainda semi-finalista do prêmio Jovens
Inspiradores 2012 da Fundação Estudar e é
idealizador, fundador e Diretor Presidente do
Amigos da Vetusta, uma associação responsável
por fundo de endowment e rede de alumni da
faculdade de Direito da ufmg. Também atua no
terceiro setor com uma revista semestral sobre
culturas do Oriente Médio e Extremo Oriente
distribuída em Belo Horizonte e São Paulo.
O sonho de Lucas é criar instituições
e plataformas que prosperem e criem
oportunidades para a sociedade. Pretende
continuar construindo o Amigos da Vetusta e
contribuir para a melhoria do ecossistema de
empreendedorismo no Brasil, aproximando start
ups do Itaú Unibanco.
L ucas Nóbrega é apaixonado por Medicina e
negócios ao mesmo tempo, o que o levou a
trilhar um caminho de empreendedor na
área da saúde.
O lado empreendedor remonta à sua infância
na fl oricultura de seus pais, em São Carlos [sp],
memórias que ele lembra com carinho. “Desde
pequeno eu ajudo meus pais na Amor e Flor.
Como sempre foi um negócio pequeno, eles me
deixavam ajudar, e eu embalava violetas, o que
me marcou muito”, conta.
Ganhou uma série de medalhas em diferentes
olimpíadas: ouro na Olimpíada Brasileira de
Astronomia, prata na Olimpíada de Biotecnologia
da usp e bronze na Olimpíada Brasileira de
Ciências. Lucas foi aprovado em sétimo lugar
no curso de Medicina na usp. Na Faculdade de
Medicina, ganhou o prêmio Oswaldo Cruz por um
trabalho científi co que realizou.
O que ajudou Lucas a decidir seu destino
foi estudar fora. Ele recebeu uma bolsa de
intercâmbio de pesquisa por um ano na Harvard
School of Public Health. Enquanto esteve lá, foi
fundador do usp-Harvard Alumni e fi nalista do
Prêmio Medical Services 2014 da Sanofi Aventis com
o projeto Lupah.org, um aplicativo que indica
e avalia atendimento na área de saúde pública.
Lucas tem muito orgulho desse aplicativo porque
o vê como uma ferramenta para a maioria dos
brasileiros, usuários do sus. “Meu sonho é tornar a
saúde mais efi ciente”, diz.
Ainda nos eua, Lucas fez cursos de
empreendedorismo ligados à sua área no mit e
no Babson College. Mesmo sem estar formado, fez
um curso de pós-graduação chamado Innovation
Teams — Commercializing science, também no
mit. Na prática, os alunos de pós-graduação
da universidade acolhiam o projeto de um
pesquisador e aprendiam a comercializá-lo. “Tem
tudo a ver com o que eu gosto de fazer: colocar a
mão na massa e empreender na área de saúde”,
diz Lucas, orgulhoso.
Em 2013, Lucas retornou a Harvard como Research
Fellow para dar continuidade aos trabalhos de
2011, e hoje trabalha como plantonista no hospital
universitário. Sua ideia é empreender na área da
saúde para tornar a Medicina mais efi ciente.
Lucas
graduação Medicina
uNIversIdadede são paulo
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L
N ão há nada que me ligue mais à Fundação Estudar do que a paixão
por pessoas e a crença de que é através delas que conseguiremos
alcançar o nível de desenvolvimento que o nosso país precisa. Por isso,
participar do processo de seleção de bolsistas como avaliadora estava nos
meus planos há alguns anos, mas demorei um pouco pra dividir esta vontade
com o pessoal da Estudar. Havia me esquecido de algo que ouvi do Rodrigo
Anunciato (bolsista de 1997) há alguns anos: “Quer participar mais? É só
aparecer lá”.
Este ano, gostaria de ter participado de mais painéis, mas já deu para
perceber que a vida de avaliador não é mole não. Fui surpreendida com a
seleção da equipe da Fundação Estudar, candidatos de alto nível e com muita
vontade de transformar o Brasil e de fazer parte desta comunidade tão rica.
Saio dessa experiência mais inspirada, não só pela vontade dos candidatos,
mas também pelas histórias e pelo comprometimento dos avaliadores mais
experientes e de toda a equipe da Estudar.
Aos que pensam em ser avaliadores, apareçam! Este ano foram mais de 20
mil inscritos no processo e para que a comunidade cresça e aumente a sua
capacidade de impacto, o engajamento dos mais antigos é essencial. Para os
novos 28 de 2014, sejam bem-vindos! A comunidade está aberta e com mais
iniciativas do que nunca para recebê-los, aproveitem!
depoimeNto de
Tatiana
Bolsista de 2007
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L ucas Saurin sempre foi um aluno muito
aplicado no Colégio Militar e, agora, focado
em infraestrutura e planejamento urbano,
quer trabalhar para melhorar a vida das pessoas
em todo o Brasil.
No Ensino Fundamental, Lucas ganhou prêmios
consecutivos para alunos com média acima de
8 em todas as matérias, ganhou duas vezes o
prêmio para os alunos classificados entre os
primeiros 10% de sua série, além de ter sido
vencedor de Concurso de Redação.
No Ensino Médio, ganhou medalha de prata
Aplicação e Estudo por ser o 2º colocado geral
do Colégio no 3º Ano, além de de ter sido o
Comandante-Aluno da Artilharia durante
os 3 anos. Como atividades extracurriculares,
participou do mirin (Modelo Intercolegial de
Relações Internacionais da puc-Rio) e ganhou
menção honrosa como Melhor Participação do
Comitê (Conselho Europeu).
No ime, onde estuda Engenharia de Fortificação e
Construção, já foi membro da ime Júnior, empresa
júnior de Engenharia, e é o atual Presidente da
Integração ime, organização que aproxima os
estudantes do mercado de trabalho, trazendo
novas oportunidades para eles. “Sempre procurei
ir atrás do potencial que eu tinha. Minha
iniciativa de sempre dar meu máximo fez eu me
desenvolver”, conta.
Lucas já trabalhou como gerente, realizando
projetos de consultoria em Engenharia. Seu
sonho é fazer algo impactante em infraestrutura,
principalmente na questão da mobilidade urbana,
algo que mude o cotidiano das pessoas.
“O que me move é fazer as coisas pelos outros. Ter
o coração nas outras pessoas, cuidar pelo outro
de uma forma generosa e sem pedir algo em troca.
Quero que meu trabalho possa proporcionar uma
maior igualdade, principalmente na questão
social”, conta ele.
Seu diferencial, em suas próprias palavras, é
a dedicação extrema e o amor pelo que faz.
“Quando eu entro em algum projeto, eu trabalho
muito nele e não tem hora, nem lugar, o que for
preciso a gente corre atrás”, diz Lucas.
L uiz Castelo Branco é um colecionador de
medalhas em olimpíadas acadêmicas que
busca criar um celeiro de talentos na região
Nordeste a partir da criação de seu próprio fundo
de investimentos.
Luiz sempre se destacou nas escolas em que
estudou em Teresina [pi], tendo recebido vários
prêmios como melhor aluno. Nas olimpíadas
acadêmicas, conquistou um total de 32 medalhas,
entre elas bronze nas Olimpíadas Brasileiras de
Matemática, Química, Astronomia e Física, e por
várias vezes ouro e prata na Olimpíada Piauiense
de Matemática.
Foi aprovado em Medicina em duas universidades
locais, o sonho de sua família e de qualquer
estudante de Teresina. Mas, no primeiro semestre
viu que não era esse o seu sonho, e começou a
estudar para ingressar no ita.
Como não havia curso preparatório para o ita em
Teresina, teve de convencer a família a deixá -lo
se mudar para Fortaleza, onde morou de favor e
estudou com bolsa. Depois de muito estudo, foi
aprovado no curso de Engenharia no ita.
Vendo a diferença de nível preparatório entre
as duas cidades, levou todo seu material do
cursinho para Teresina, deu palestras nas escolas
e conseguiu montar turmas preparatórias e
convencer o coordenador local a tornar a cidade
um lugar de aplicação de prova. Como resultado
de seu esforço, quatro teresinenses foram
aprovados no ita no ano passado, o que parecia
inatingível antes de sua atuação.
No ita, participou do ita Jr. como consultor e da
Associação Acadêmica Santos Dumont (aasd)
como presidente. Na ong aasd, transforma
projetos práticos de alunos do ita em realidade,
reescrevendo-os e reestruturando-os para que
deslanchem e obtenham relevância internacional.
Luiz almeja retornar para o Nordeste e continuar
fazendo o que já faz: desenvolver o potencial
de talentos. “O meu maior sonho é criar uma
empresa conectando as oportunidades do
Nordeste ao mercado fi nanceiro do Sudeste, cuja
cultura seja focada no desenvolvimento de seus
funcionários”, afi rma.
Luiz Castelo
graduação Engenharia Mecânica Aeronáutica
INstItuto tecNológIcode aeroNáutIca
Lucas
graduação Engenharia de Fortifi cação e Construção
INstItuto mIlItarde eNgeNharIa
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M arcela Trópia transpira política. Enquanto
muitos jovens não se interessam pelo
tema, ela não tem o menor pudor
de bater no peito e afirmar que é candidata a
vereadora e perguntar a quem está conversando
em quem pretende votar.
Secretária-geral da Juventude do psdb em Belo
Horizonte, Marcela está decidida a se candidatar
a seu primeiro cargo eletivo já em 2016,
concorrendo a vereadora de bh. Seu interesse pela
política começou quando participou do Grêmio
Estudantil do Colégio Magnum Cidade Nova, e
agora, uma de suas bandeiras é estimular outros
estudantes a também participarem de grêmios
estudantis. Marcela já ajudou a fundar vários
grêmios em Belo Horizonte e produziu um guia
que explica como criar um, ajudando a expandir
esta iniciativa para mais regiões.
Também no Ensino Médio, filiou-se ao psdb e já
teve duas gestões na juventude do partido. Foi
delegada na Conferência Nacional de Juventude,
realizada em Brasília-df, pelo Governo Federal.
Também ocupou a diretoria da pasta de mulheres
na juventude do psdb e preocupa-se muito com a
causa do empoderamento feminino no mercado
de trabalho.
Comunicativa, pró-ativa e dinâmica, Marcela
é uma líder. “Desde cedo consegui diferenciar
muito bem o que é ser líder e o que é ser chefe”,
diz. Missão é uma palavra muito relevante no
vocabulário de Marcela. “Eu tenho como missão
na minha vida tornar Belo Horizonte a melhor
cidade do Brasil e Minas Gerais o melhor estado
em termos econômicos, sociais e sustentáveis”,
afirma com paixão.
Por ora, o foco de Marcela está totalmente
voltado aos jovens e à vida cultural de Belo
Horizonte. Membro da Rede de Ação Política pela
Sustentabilidade (raps), ela quer aproveitar a
cidade e utilizar o espaço público, promovendo
mais atividades na cidade. Tem habilidade para
criar pontes e atrair jovens para a política: em
quatro anos, ajudou a multiplicar o número de
juventudes do psdb no estado de 30 para 300.
M arcelo Cabral tem muita convicção e
capacidade de tornar o Brasil um país
melhor através de políticas públicas, que
é a área do mestrado que inicia este ano.
Formado em Administração Pública pela
Fundação Getúlio Vargas (fgv), fez estágio na
Integration Consulting, onde permaneceu por
quase 3 anos, sendo promovido em três ocasiões,
chegando a analista sênior.
Percebeu que gostaria de trabalhar no governo,
e foi aprovado em primeiro lugar dentre 6.066
candidatos no concurso de Especialista em
Políticas Públicas e Gestão Governamental, do
Governo Federal. Depois, passou pela Casa Civil,
Ministério do Planejamento e Ministério do
Desenvolvimento Social, onde atuou até agosto de
2014 como Diretor de Gestão e Acompanhamento
do Plano Brasil Sem Miséria, tendo implementado
a ação Brasil Carinhoso, uma iniciativa para
aumentar o acesso e a qualidade de educação e
saúde na primeira infância.
Marcelo sempre quis trabalhar com políticas
sociais, e tem como objetivo melhorar a gestão
pública. “Não há organização mais complexa
do que o Estado. O desafio de melhorar a gestão
pública e o resultado das políticas públicas é um
processo incremental”, diz.
Uma de suas metas é ganhar mais solidez no
âmbito das políticas públicas para realizar seu
sonho de ser uma referência como gestor de
políticas sociais. “Acredito muito no Brasil, acho
que temos condições de fazer um país bom em 15
anos, e esse é meu sonho, ter uma geração bem
educada e com suas necessidades atendidas”, diz.
Marcelo diz acreditar no Brasil e ter fé em uma
mudança geracional. Com uma filha bebê, sonha
com um país onde ele possa confiar educação,
saúde e serviços públicos de qualidade para sua
menina. “Eu trabalho e continuarei trabalhando
com políticas públicas de redução de pobreza e
desigualdade. Temos uma parcela da população
que precisa da atenção do Estado para o país
alcançar o patamar que queremos”, diz, confiante.
Desde cedo, computadores são coisa séria
para Pedro Franceschi. Com oito anos,
começou a programar e se apaixonou
pelo mundo da computação. “Já passei mais
tempo da minha vida programando do que não
programando”, brinca o jovem de 17 anos.
A peripécia inicial de Pedro como hacker foi criar
a primeira ferramenta para desbloquear o iPhone
3g quando tinha 13 anos. “Eu queria mais do que o
iPhone podia me oferecer”, conta.
Mas Pedro fi cou mais conhecido no mundo da
computação aos 14 anos, quando traduziu a Siri,
assistente pessoal do iPhone, para o português,
sendo o primeiro hacker no mundo a fazê-lo. Sem
conhecimento jurídico, Pedro postou um tutorial
de como traduzir a Siri através de técnicas de
intercepção de comunicação, o que levou à
tradução da assistente a 12 idiomas diferentes e
quase lhe rendeu um processo internacional por
quebra de patente da Apple.
Pedro aprendeu o recado e passou a ter mais
cuidado ao se aventurar como desenvolvedor.
Considerando que poderia aprimorar as
funcionalidades do iPad, criou o que considera
seu projeto mais ambicioso em software, o Quasar,
que permite que aplicativos rodem em múltiplas
janelas do iPad. Foi seu primeiro negócio, e ele viu
resultados rapidamente, com 20.000 usuários e
bastante dinheiro fl uindo.
Quando Pedro tinha aproximadamente 14 anos,
foi convidado a trabalhar na SyncMobile, como
desenvolvedor de software. Em seguida trabalhou
na m4u, como desenvolvedor líder. Hoje, seu foco é
o Pagar.me, empresa que levantou us$ 500.000 em
venture capital e da qual é cofundador.
Pedro já parece ter nascido no Vale do Silício, e
tem uma visão muito avançada de negócios para
sua idade. “No Brasil, você tem uma mentalidade
de ganhar dinheiro antes de construir algo
grande. Um dos segredos do Vale do Silício é ter
a mentalidade de que o dinheiro não vem logo
no início. Quando a ideia é grande, a conta fecha
sempre”, diz.
Pedro
graduação Ciência da Computação
staNforduNIversIty
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A lém de um histórico de boas notas e o
gosto pela música, Pedro Hermann entende
de economia, robótica e, aos 20 anos, já fez
cursos de curta duração em Harvard, Stanford,
usp e Universidade de Oslo.
Durante o Ensino Fundamental e Médio, em
um tradicional colégio particular de Petrópolis,
recebeu prêmios de melhor aluno da turma todos
os anos, participou do programa Miniempresa
da Junior Achievement e conquistou medalhas
nas Olimpíadas Brasileiras de Astronomia e
Astronáutica (Bronze em 2010 e Ouro em 2011).
Além disso, fala inglês, alemão e francês.
Em 2011, ingressou no curso de Economia da
puc-Rio, classificando-se na terceira colocação, o
que lhe garantiu uma bolsa integral. Uma vez na
universidade, envolveu-se em diversas atividades
extracurriculares. Participou do Programa de
Educação Tutorial, foi bolsista de iniciação
científica e monitor de disciplina. Entre junho e
julho de 2014, visto seu interesse a respeito dos
países escandinavos, participou com bolsa integral
de um curso de seis semanas na Universidade de
Oslo, onde focou seus estudos em assuntos como
desenvolvimento, políticas públicas e previdência
social. Em agosto deste ano, Pedro parte para um
intercâmbio em Berkeley.
O que torna Pedro único é seu interesse por áreas
a princípio pouco correlatas e sua capacidade para
conectá-las. Toca violão e piano há 14 anos e já
cogitou ser maestro, o que acredita ter tudo a ver
com coordenar pessoas para “tocar em harmonia”.
Mas a influência de familiares economistas o fez
sonhar com a carreira desde a infância.
Pedro também tem interesse em causas sociais:
é voluntário desde 2011 da ong Solidaridad en
Marcha (somar), onde dá aulas de computação;
é presidente do enactus puc-Rio, organização
estudantil voltada a negócios sociais e é
cofundador de uma plataforma online de
financiamento coletivo, chamada “O Formigueiro”,
com foco em projetos voltados à educação pública.
Pedro pretende fazer um mestrado e, em seguida,
trabalhar no mercado financeiro para aprender,
a exemplo de Armínio Fraga e Raghuram Rajan,
como o dinheiro circula. Seu sonho grande é se
tornar presidente do Banco Central do Brasil.
Um excelente profi ssional com ótima
formação acadêmica, Rafael Martines trilha
uma carreira meteórica na Bain&Company,
uma das mais relevantes empresas de consultoria
estratégica no mundo.
Durante sua graduação em Administração Pública
na Fundação Getulio Vargas [sp], envolveu-se com
o movimento de empresas juniores. Alcançou
o cargo de Diretor Administrativo -Financeiro
e Presidente da Brasil Júnior, ajudando na
reestruturação da confederação, que enfrentava
grandes desafi os até então. Havia um risco da
confederação nacional ser fechada, mas Rafael e
seu time conseguiram inverter o quadro e hoje o
grupo está em franco crescimento.
Rafael fundou o Vetor Brasil, onde é responsável
pelos projetos de Gestão Fiscal. Desde 2008,
quando fi zeram um projeto de desenvolvimento
para a cidade de Araguaçu [to], o Vetor elabora
planos que impactam a gestão e o atendimento à
população em municípios do interior do Brasil.
Atualmente, está em licença da Bain&Company
para fazer mia (Masters of International Affairs)
e mba na Columbia University. Rafael fez seu
summer internship na Secretaria de Finanças da
Prefeitura de São Paulo, com a estruturação de
fundo de investimentos para destravar grandes
projetos da prefeitura. Enquanto isso, na
Bain&Company, é case teamleader, sendo o gerente
mais novo no escritório de São Paulo.
Rafael tem interesse no setor público, tendo
trabalhado para a Petrobras, Copasa, governo
de Angola e também para clientes privados
nos setores de infraestrutura, agronegócios
e indústrias de base. Seu sonho a priori é ser
ministro de alguma pasta ligada a economia,
especialmente a do Desenvolvimento. Deseja um
setor público mais meritocrático, além de mudar
a matriz econômica do Brasil para permitir que o
país tenha um nível de renda maior.
Rafael reconhece como um diferencial seu a
característica de trabalhar duro. “Gosto de sair
com as pessoas, organizo churrascos na minha
casa, mas se preciso trabalhar a mais, vou até
onde for necessário”, diz.
Rafael
pós-graduação Dual degreemba/master of International Affairs
columbIa uNIversIty
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R oger é um ponto fora da curva. Seu esforço
possibilitou que ele transformasse sua vida
e de sua família e compensasse o Ensino
Médio de menor qualidade a que teve acesso em
escola pública do interior do Maranhão.
Quando decidiu que queria passar no vestibular
do ita, estudava três turnos por dia, fazia cursos
olímpicos, além de outros extras que pudessem
ajudá-lo, como o de técnico em eletrotécnica.
Mas Roger continuava distante do seu sonho, e
viu que não conseguiria a almejada aprovação
sem fazer um curso preparatório para o ita em
Fortaleza. A partir da ajuda do coordenador do
curso preparatório, ex-professores e empresários
de sua cidade, conseguiu se mudar para Fortaleza
com a família. Roger aproveitou a oportunidade,
foi aprovado em 1º lugar em medicina na ufc,
1º lugar em engenharia civil na ufrj, aprovado no
ime e 2º lugar nacional no ita.
Entre o Ensino Médio e a aprovação, Roger
conquistou dezenas de medalhas em olimpíadas
científicas e e foi convidado a participar das
seletivas para a Olimpíada Iberoamericana de
Matemática, para a Olimpíada Internacional de
Matemática (imo) ainda sendo o 1º maranhense
convidado às seletivas para a Olimpíada
Internacional de Física (ipho).
Agora, cursando Engenharia Aeronáutica no
ita, Roger quer transferir sua graduação para
o mit. “Meu sonho é buscar as ferramentas de
excelência no mit e voltar ao Brasil para ajudar no
desenvolvimento de tecnologia”.
Roger se espelha no fundador do ita: “Ele mudou
a tecnologia no Brasil, além de estimular a criação
de empresas por iteanos (como a Embraer)
que geram milhares de empregos a brasileiros
enquanto criam e exportam tecnologia nacional,
deixando um enorme legado”, diz.
O maranhense quer dar retorno ao apoio de
sua família e todos os que o ajudaram, além de
dar oportunidades a outras pessoas como ele.
E já começou a fazer isso: além de conseguir
bolsa de estudos para seu irmão e outros cinco
conterrâneos na escola em Fortaleza, participa de
iniciativas sociais em um bairro carente próximo
ao ita e ainda dá aulas em um cursinho.
R ogério se destaca em diversas frentes
ao mesmo tempo, como por exemplo
Engenharia, Estatística e Linguística, graças
à sua infinita curiosidade e à disciplina que
aprendeu na natação.
Aluno de Engenharia Mecatrônica da usp, mantém
a melhor média do curso desde que ingressou, em
2011. É fluente em inglês e alemão e fala ainda
francês, espanhol e mandarim.
Em 2013, fez intercâmbio na Cornell University,
nos eua, através do programa Ciência sem
Fronteiras. Lá, ele criou um robô que luta sumô
e se destacou entre os alunos americanos na
pontuação final — a média de Cornell ficava
entre 0 e 4, e Rogerio tirou 4,08. Durante o
intercâmbio, ele também trabalhou com biologia
sintética, modificando o dna de células, e criou
uma empresa do zero, fazendo pesquisas de
mercado e criando um produto para vender na
internet. Ainda nos eua, fez pesquisa no campo da
energia eólica, com um projeto sobre a influência
da geometria de prédios no fluxo de ventos no
ambiente urbano e como isso afeta a capacidade
de captação dessa energia.
Mas o destaque não é novidade na sua vida, ele
tirou o primeiro lugar em seu colégio de Ensino
Médio, Visconde de Porto Seguro, ficou em terceiro
lugar geral no vestibular da Poli e levou medalha
de ouro da Olimpíada Brasileira de Física.
Durante o verão de 2013, foi estagiário da área
de finanças na Amgen Inc., a maior empresa de
biotecnologia do mundo, onde trabalhou com
otimização de contratos de marketing com
empresas de publicidade, desenvolvendo análise
estatística que levou a uma proposta de corte de
us$ 8 milhões de orçamento, e 60% de decréscimo
no tempo requerido para a análise dos dados.
Rogério diz que a motivação vem principalmente
de seu pai, que superou as dificuldades e se
tornou cirurgião formado pela usp. “Admiro o
esforço e persistência do meu pai, e isso me
motiva a tentar ir ainda mais longe”, diz. Ele
tem experiência na startup dos pais, Bonavision,
que desenvolve equipamentos para deficientes
visuais. Mas quer ter sua própria empresa na
área da biomedicina, não sem antes ter alguma
experiência no mercado financeiro.
V íctor Domene sempre sonhou grande
e desde a infância já era uma criança
ambiciosa: “Quando minha mãe me
perguntava o que eu queria ser quando crescer,
eu respondia: Bill Gates”.
Sempre foi fã de computadores e gostava de
desmontá-los por curiosidade. “Sempre queimava
muita placa mãe bisbilhotando”, conta.
Filho de uma dona de casa e um dono de banca
de jornais que mais tarde se tornou auxiliar
administrativo, Víctor fez quase todo o Ensino
Fundamental em escola pública, sendo sempre o
aluno com maior média.
Víctor entrou no Projeto Alicerce do Ismart
(Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer
Talentos), que lhe concedeu bolsa de estudos no
Colégio Bandeirantes. Com o devido estímulo,
ganhou uma série de medalhas, por exemplo a de
ouro na Olimpíada Brasileira de Física (2013), ouro
na Olimpíada Brasileira de Informática (2012).
Também foi bolsista nos projetos Opportunity
Grants (Education usa) e Personal Prep
(Fundação Estudar) e ganhou o Prêmio Estudar
Ciência (Fundação Estudar) para alunos de
Ensino Médio envolvidos em olimpíadas.
Ainda no Colégio Bandeirantes, fazia resumos
das disciplinas em linguagem jovem e começou
a distribuí-los no grupo dos alunos no Facebook,
atingindo 300 downloads no mesmo dia. Essa
iniciativa lhe rendeu entrevistas em vários
jornais, chegando a ir ao programa do Jô Soares.
Mais tarde, criou o site HelpVest.com.br para
download irrestrito de seus resumos. Nesse meio
tempo, Víctor ainda foi voluntário da ong VIDAS,
de inclusão social de crianças com defi ciência
através de artes.
Víctor gostaria que outros ex-colegas dedicados
do ensino público tivessem as mesmas
oportunidades que teve. Por isso, sonha em
retribuir. “Pretendo voltar ao Brasil para poder
realmente a diferença juntando educação com
tecnologia”, diz.
Víctor
graduação Ciência da ComputaçãoEngenharia Elétrica
harvard uNIversIty
Rogério
graduação Engenharia Mecatrônica
uNIversIdade de são paulo
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depoimeNto de
Makoto
Bolsista de 2003
P arabéns a todos os novos bolsistas! Para dar as boas-vindas, vou falar
sobre flores. Flores? Sim, mais especificamente, violetas. Dentro da
Fundação Estudar, atuo como bolsista voluntário no Programa de Bolsas,
um processo seletivo altamente competitivo. Uma das etapas desse processo
é o painel de entrevistas com ex-bolsistas. Eu chegarei às violetas em breve.
A maioria dos candidatos que chegam a essa etapa, se não todos eles,
conquistaram marcos excepcionais muito cedo nas suas vidas — o que me
faz pensar sobre o que eu estava fazendo quando tinha a idade deles. Eles
têm históricos acadêmicos impecáveis e, ao mesmo tempo, são incrivelmente
conscientes sobre a importância de serem “sociais” (eles não são nerds).
Finalmente, no papel de pai de duas meninas, Sophie (7) e Isadora (4), o
trabalho duro e as realizações desses candidatos são uma ótima fonte de
inspiração no planejamento da formação e desenvolvimento de minhas filhas.
Então, o que há de errado com eles e o que as violetas têm a ver com isso?
Bem, quando eles chegam para a entrevista já se prepararam e planejaram
suas respostas. Na verdade, esse é o ponto, eles estão tão preparados que se
torna muito difícil conhecer quem realmente são. Afinal, o que realmente
importa no final do dia é o que eles serão no futuro.
Em uma entrevista que fiz recentemente, estava à minha frente um jovem
extremamente bem-sucedido, o qual eu podia dizer claramente que, além
de obter sucesso, seria um milionário no futuro. Porém, eu não conseguia
entender verdadeiramente quem ele era por dentro. Portanto, eu compartilhei
com ele um evento que mudou a minha vida, na esperança de que ele se
abrisse e me ajudasse a entendê-lo melhor. E aqui entram as violetas.
Minha mãe costumava plantar violetas em casa. Quanto a mim, eu era um
jovem, ambicioso, um tanto arrogante e muito confiante da minha habilidade
de vencer na vida, não muito diferente de muitos dos candidatos do Programa
de Bolsas. As violetas da minha mãe, apesar de todo o seu esforço, nunca
deram a ela uma flor sequer em retribuição. Um dia, enquanto ela cuidava
de suas violetas, eu perguntei: “Por que raios você faz isso? Por que você
desperdiça tanto tempo com essas plantas se elas jamais floresceram?”
Ela, então, olhou-me e disse: “Alguma vez você fez algo bom para alguém sem
esperar algo em troca?” Sem saber, com essa pergunta, minha mãe me ajudou
a formar os meus princípios e mudar para sempre a minha vida. Ela me
ensinou a buscar significado em tudo que faço, a fazer coisas em benefício do
próximo e, o mais importante, a fazer o certo sem esperar nada em retorno.
Então, fica aqui um conselho e uma pergunta. Conselho: quando você for para
uma entrevista, prepare-se, porém, acima de tudo, seja quem você realmente
é. Pergunta: qual é a sua violeta, ou, em outras palavras, como o essay épico
do application para o mba de Stanford: o que mais importa para você?
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Bolsistas quequitaram bolsasagosto–2013 a agosto–2014
antonia beatriz mendes de almeida [2008]
mba – University of Pennsylvania
daniel braga sterenberg [2001]
mba – Massachusetts Institute of Technology
daniel de moares branco [2006]
mba – University of Pennsylvania
diego werneck arguelhes [2007]
llm – Yale University
frederico ferreira [2009]
mba – University of Pennsylvania
gilberto augusto de moraes almeida [2003]
Graduação em Economia – Insper
joão eduardo de paula machado [2009]
Graduação em Engenharia – Cornell University
joão miranda de oliveira r. brandão [2007]
Graduação em Economia – Insper
jorge azer maluf neto [2009]
mba – Stanford University
pablo marcello baquero [2011]
llm – Harvard University
renan de paula pereira henrique [2011]
Graduação em Engenharia – Instituto Militar
de Engenharia
renato duarte franco de moraes [2008]
llm – University of Cambridge
vitor da silva alves [2010]
mba – University of Chicago
Patrocinadorespessoas Jurídicas agosto–2013 a agosto–2014
mantenedores
Ambev
BTG Pactual
Falconi Consultores de Resultados
diamante [doações acima de r$150.000,00]
Fundação Brava
Fundação Lemann
Itaú-Unibanco
Cosan
platina [doações entre r$50.001,00 - 150.000,00]
Itaú BBA
GP Investments
Instituto Votorantim
ouro [doações entre r$30.001,00 - 50.000,00]
Fundação Arymax
PDG
Rede D’Or
Localiza
Cremer
Burger King
Heinz
Omega Energia
BRF
Endeavor
ALL - América Latina Logistica
Pearson Education
TV Globo
prata [doações entre r$15.001,00 - 30.000,00]
Bain & Company
Kroton Educacional
Arpex Capital
B2W Digital
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Globo Comunicação e Participações
BR Malls
Andrade Gutierrez
The Boston Consulting Group
Parceiros operacionais 2013–2014
- América Latina Logística
Artemisia
Atmo Digital
Brasil Júnior
British Council
Centro Universitário
Colégio Militar de Brasília
Colégio Militar de Porto Alegre
Colégio Motivo
Colégio Santo Antônio
Cultura Inglesa
Deloitte Touche Tohmatsu Auditores
Independentes
Dux Institute
Estácio
Ezlearn
Faculdade Martha Falcão
FK Partners
Grupo Abril
Grupo Máquina
Pessoas físicasagosto–2013 a agosto–2014
Bernardo Vieira Hees
Carlos Alves Brito
Claudio José Carvalho de Andrade
Verônica Allen de Serra
Andre Street
Cauê Costa Moreira Amaral
Denis Benchimol Minev
Luciana de Oliveira Hall
Marcelo Santos Barbosa
Mateus Affonso Bandeira
Ricardo Marques Garcias
Ricardo Silva Araujo
Thiago Picolo
Victor Bicalho
Wolff Klabin
Adelmo Hideyoshi Inamura
André Reginato
Cláudio Maurício Freddo
Elsen Christian de Carvalho Carmo
Florian Bartunek
Guilherme Bokel Catta Preta
André Queiroz
Antônio Vicente La Camera
Bruno Borges de Castro
Camila de Oliveira Gonçalves
Carlos Vasconcellos
Felipe Aragão Pires
Francisco Loffredi Rodolfo
Guilherme Sousa
Ricardo Mollica Jourdan
Rodrigo Vilardo Vella
Susan Lyons
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Marcus Fontes
Mauricio Lafer Chaves
Max Fontes
Priscila Lebels Sza�r
Renato Mazzola
Rodrigo Ferraz Pimenta da Cunha
Rosiane Pecora
Stephanie Mayorkis Betenson
Time Ailton Cunha
Amauri Bordini
Anamaíra Spaggiari
Bruna Bambini
Caetano Carezzato
Carolina Lyrio
Cássio Paixão
Cecilia Araújo
Daniel Quinta
Danilo de Paulo
Douglas Melo
Erika Fernandes
Fabio Tran
Izabella Mattar
Laila Parada-Worby
Larissa Leal
Luciana Fortes
Marcio Tomiyoshi
Mariana Gonçalves
Mariel Vieira
Mateo Corby
Renata Moraes
Renata Mattos
Rodrigo Teles
Stephanie Crispino
Thaylan Toth
Tiago Pizzolo
Tiago Mitraud
Vanessa Milost
William Kang
ComitêExecutivo Florian Bartunek
Marcelo Barbosa
Renato Mazzola
Rodrigo Anunciato
Conselho André Esteves
Anna Victoria Lemann
Antonio Bonchristiano
Beto Sicupira
Cecília Sicupira
Florian Bartunek
João Castro Neves
Jorge Paulo Lemann
Marcel Telles
Marcelo Barbosa
Mateus Bandeira
Paulo Cezar Aragão
Renato Mazzola
Rodrigo Anunciato
Grupo REDE +
Ibmec - mg
Ink
Insper
Isabela Abram Coaching Practice
Livraria da Vila
Maxin tv
MBA Empresarial
Outback Steakhouse
Organização Educacional Farias Brito
See You At College
Sirin & Haguiara
Strategy Manager
UniCEUB
Universidade de Brasília
Vieira, Rezende, Barbosa e Guerreiro Advogados
Vella Pugliese Buosi e Guidoni - Advogados
Virid
World Study
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Este relatório foi impresso no papel couché fosco
150 e 230 g/m2 em julho de 2014, pela Gráfica Valillo.
Foram utilizados os tipos pmn Caecilia e Roboto.
Fotografias de Silvio Tanaka. Ilustrações de Berkay Sargin,
Cédric Villain, Charlene Chen, Lemon Liu, Ndagire Eve,
ocha Visual Information Unit, Raashid. A.
e Stephen Borengasser, disponibilizadas pela plataforma
colaborativa NounProject.
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