anuário iel 200 maiores empresas no espírito santo 2014

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Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

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4 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

editorial

Marcos guerra é presidente do Sistema Findes

Informação e competitividade

C ompetitividade e informação andam sempre lado a lado. Aproveitar oportunidades significa, antes de tudo, planejar bem para tomar a decisão correta. O nosso Estado é hoje

um dos mais promissores do Brasil: novos setores produtivos têm desembarcado em terras capixabas, enquanto as maiores empresas do país ampliam seus investimentos no Espírito Santo – a exemplo de Petrobras, Vale, ArcelorMittal e Samarco. Buscando subsidiar com informações robustas aqueles que desejam conhecer o nosso potencial, o Sistema Findes tem o orgulho de apresentar a 18ª edição do Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo.

Mais uma vez disponível em plataformas digitais e em versão bilíngue, a publicação conta com artigos de especialistas das mais diversas áreas, com avaliações precisas sobre infraestrutura, energia, educação, gestão, inovação e marketing, entre muitos outros temas. O Anuário celebra os 45 anos de história do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), responsável pela rigorosa metodologia que elabora a lista das 200 maiores empresas capixabas. Reconhecido pela experiência na formação de bons gestores, o IEL-ES se forta-lece cada vez mais como provedor de boas práticas, consolidando o Anuário entre as publicações mais respeitadas do Espírito Santo.

O material que o leitor encontrará nas páginas a seguir é essencial para quem deseja compreender o bom momento da nossa economia – apesar do processo de desindustrialização que vive a indús-tria nacional – e se planejar para as novas demandas. O Espírito Santo mais uma vez tem se destacado pela capacidade de reação diante dos desafios. No primeiro semestre deste ano, enquanto o Produto Interno Bruto brasileiro recuou 0,6%, o PIB capixaba avançou 1,1%, corroborando a perspectiva otimista de crescimento na produção física industrial local que defen-demos nos últimos anos.

O bom desempenho é resultado da ampliação dos investimentos já existentes, em especial nas cadeias de minério de ferro e aço, das inaugurações relevantes – incluídos os novos shoppings, que movi-mentam o varejo – e da chegada de novos empreendimentos, principalmente no interior do Estado. A implantação de novas indústrias – como Estaleiro Jurong, Volare/Marcopolo, Bertolini, Manabi, Itatiaia, Bertolini, Paranapanema, Placas Brasil, Imetame Logística e Itaoca Offshore – vem movimen-tando novas cadeias produtivas em nossa economia, gerando empregos, oportunidades de negócios e distribuição de renda. O incre-mento das indústrias de maior valor agregado, como as dos segmentos naval, automobilís-tico e de móveis de aço, incentiva também a chegada de outras empresas para atender às novas demandas, beneficiando aqueles que atuam como fornecedores diretos das indústrias âncoras.

Pensando nisso, o Sistema Findes anunciou neste ano o maior plano de investimentos de sua história, com foco na formação de profis-sionais atualizados com o que há de melhor nas indústrias. Paralelamente, temos dialo-gado com os sindicatos filiados para buscar soluções das demandas setoriais e discutir casos bem-sucedidos de inovação realizados dentro e fora do país. O caminho da compe-titividade implica também pensar em novas formas de produzir e alcançar melhores resul-tados. Dessa maneira, desejamos que esta publicação seja um instrumento de pesquisa e reflexão, com base no bom exemplo das grandes corporações que compõem nosso Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo.

Uma boa leitura a todos!

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6 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

ÍNDIce

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FeDeração Das INDústrIas Do estaDo Do espÍrIto saNto (FINDes)

presidente: Marcos Guerra

1º vice-presidente: Gibson Barcelos ReggianiVice-presidentes: Aristoteles Passos Costa Neto, Benízio Lázaro,

Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi, Elder Elias Giordano Marim, Egidio Malanquini, Houberdam Pessotti, Leonardo Souza Rogerio de Castro, Manoel de Souza Pimenta Neto e Sebastião Constantino Dadalto

1º diretor administrativo: Elcio Alves2º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura3º diretor administrativo: José Augusto Rocha 1º diretor financeiro: Tharcício Pedro Botti2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo3º diretor financeiro: Flavio Sergio Andrade Bertollo

Diretores: Almir José Gaburro, Atilio Guidini, Elias Cucco Dias, Emerson de Menezes Marely, Ennio Modenesi Pereira II, Jose Carlos Bergamin, José Carlos Chamon, Luiz Alberto de Souza Carvalho, Luiz Carlos Azevedo de Almeida, Luiz Henrique Toniato, Loreto Zanotto, Mariluce Polido Dias, Neviton Helmer Gasparini, Ocimar Sfalsin, Ortêmio Locatelli Filho, Ricardo Ribeiro Barbosa, Samuel Mendonça, Sérgio Rodrigues da Costa, Silésio Resende de Barros, Tullio Samorini e Vladimir Rossi

proDução tÉcNIca – INstItuto euValDo loDI (Iel-es)Diretor regional: Marcos guerra Diretor para assuntos do Iel-es: aristoteles passos costa Netosuperintendente: Fábio ribeiro Dias

equipe técnica: Fernando gomes pereira – gerente da unidade de Negócios e projetos e equipe Marcus Vinícius tavares cabral – especialista emanuel Junqueira de Mattos – consultor antônio Fernando Dória porto – Diretor-executivo do Ideies e equipe

equipe de apoio: carla Mara pereira Franco – gerente da unidade de gestão estratégica e operações e equipe

Marketing: cintia coelho Dias – gerente da unidade de Marketing do sistema Findes e equipe

relações com o Mercado: simone Dttmann sarti – gerente da unidade de relacionamento com o Mercado do sistema Findes e equipe

contatos: (27) 3334 5721 [email protected]

Designer da Marca 200 Maiores: cristina Xavier

Jornalista responsável: Breno arêas (MtB-es 2933)

endereço: av. Nossa senhora da penha, 2.053, ed. Findes, 2º andar, santa lúcia Vitória (es), cep: 29056-913 Tel: (27) 3334-5754 • Fax: (27) 3225-7958 [email protected]

produção editorial:

www.nexteditorial.com.br (27) 2123-6500

coordenação editorial: Mário Fernando souza

coordenação de produção: cláudia luzes

coordenação de conteúdos: Márcia rodrigues

textos: ana lúcia ayub, camila Ferreira, Flávia Martins, lui lima Machado, Nádia Baptista, rafael Moura, sânnie rocha e thiago lourenço

arte da capa: genison Kobe

editoração: Michel sabarense e thiara Nascimento

apoio: Dayanne lopes

tradução: lorena caetano

Fotos: arquivo Next editorial, Jackson gonçalves, leonel albuquerque, renato cabrini e shutterstock

revisão: andréia pegoretti produção gráfica:

www.grafitusa.com.br tel: (27) 3434-2200

Ano XVIII - Nº 18 - Novembro/2014 - Publicação anual - Venda proibida

Editorial04 Informação e competitividade

Marcos guerra

ARTIGOSDesenvolvimento Econômico e Social10 Investimentos no Espírito Santo: oportunidades de norte a sul

renato casagrande

Indústria14 A indústria e o futuro do Brasil

robson Braga de andrade16 A importância do empresariado na economia

aristóteles passos costa Neto 18 Economia desacelera, indústria também

José a. Martins

Economia20 Desafios do Brasil na economia global

Marcos troyjo

Gestão e Espiritualidade24 Espiritualidade: a alma dos negócios

sidemberg rodrigues

Logística e Infraestrutura26 O gargalo que impede nosso crescimento econômico

Waldemar rocha Junior

Justiça e Desenvolvimento28 A rotina do atraso

pedro Valls Feu rosa

Educação 30 Fortalecer a educação profissional é fortalecer o Brasil

rafael lucchesi

Política e Cidadania 34 O futuro passa pela educação

paulo Hartung

Gerenciamento de Projetos 40 Planejamento estratégico e gerenciamento

de projetos: pilar para o sucesso corporativo Marcus gregório serrano

Indústria 44 Pessoas, um diferencial para o

desenvolvimento industrial Maurício Max

Inovação46 Inovação requer investimentos e ecossistema favorável

paulo Mól

ECONOMIA CAPIxABA48 abertura - cenário e perspectivas56 petróleo e gás60 rochas62 papel e celulose64 logística e Infraestrutura68 Mineração e siderurgia72 energia74 construção civil e pesada78 serviços80 Metalmecânico

PESquISA IEL-ES84 Metodologia86 empresário Destaque88 executivo Destaque90 empresa Destaque92 prêmio Iel em gestão 201494 Prêmio IEL/ABRH

DESTAquES EMPRESARIAIS96 Vale100 coimex102 soeta104 eletromil106 samarco108 garoto112 sicoob114 sesi-es118 senai-es122 45 anos do Iel

RANkING 200 MAIORES EMPRESAS NO ESPíRITO SANTO130 Introdução131 o que você encontra neste encarte132 análise emanuel Junqueira 136 Metodologia138 Informações gerais, análises e estatísticas 171 análise Ideies

INSTITuCIONAL190 sistema Findes

ECONOMIA CAPIxABA (CONTINuAçãO)198 agroindústria202 alimentos e Bebidas204 saúde208 comércio Varejista210 Mercado Financeiro214 comércio exterior216 turismo220 Móveis224 Vestuário228 educação232 Inovação234 Química e embalagens236 Meio ambiente e sustentabilidade238 Indústria criativa240 políticas públicas

ARTIGOS (CONTINuAçãO)Inovação244 Gestão da inovação

Fernando de lellis garcia Bertolucci

Indústria246 Indústria naval no Espírito Santo

luciana aboudib sandri

Desenvolvimento Econômico e Social250 Um desenvolvimento que não acontece por acaso

Nery Vicente Milani De rossi

Gestão Empresarial 252 Sustentabilidade: tempo de construção

ricardo Vescovi

Indústria254 A sustentabilidade está no DNA da Fibria

Marcelo castelli 258 Questões estruturais impedem avanços na competitividade

Benjamin M. Baptista Filho262 Energia para o desenvolvimento

sustentável do Espírito Santo Miguel Dias amaro

Economia264 Cooperativismo e desenvolvimento

Bento Venturim

Desenvolvimento Econômico e Social268 As micro e pequenas empresas

e o desenvolvimento do Espírito Santo José eugênio Vieira

Marketing270 Nada mais será igual ao que se conhece

carlos piazza

Justiça e Desenvolvimento274 A influência do Poder Judiciário

no desenvolvimento econômico e social Domingos taufner

Inovação278 Os desafios da inovação no Espírito Santo

ruy Quadros

Justiça e Desenvolvimento284 Reforma tributária

gibson Barcelos reggiani

RANkING OF THE 200 BIGGEST COMPANIES IN ESPíRITO SANTO287 Somente na versão em inglês286 Índice de anunciantes

Selo do papel

Texto do Selo

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Investimentos no Espírito Santo: oportunidades de norte a sul

artigo | DESENvOlvImENtO ECONÔmICO E SOCIAl

U ma das melhores oportunidades de investimentos do Brasil. Essa é a visão dos empresários nacionais e estrangeiros em relação ao Espírito Santo, e que os inspira na busca de oportunidades para

montar ou ampliar seus negócios em terras capixabas. Os números são os mais positivos possíveis:

atualmente, contamos com o maior investi-mento privado per capita do Brasil e, para os próximos cinco anos, estão previstos mais de R$ 100 bilhões em investimentos do setor privado, nos mais diversos segmentos industriais, incluindo automotivo, naval, mineração, celulose, móveis e linha branca, petróleo e gás, entre outros. As razões para isso são várias: vão desde a locali-zação privilegiada do Estado às políticas de atração com regras claras e estáveis, passando ainda pelo incentivo à diversificação da economia e descen-tralização do desenvolvimento.

Essa política de diversificação e descentralização econômica é uma das alavancas do crescimento sustentável, da geração de renda e da melhoria da qualidade de vida da população capixaba, pois se configura como um forte atrativo para novos investimentos adequados às características próprias de cada região, aumentando as oportu-nidades oferecidas aos cidadãos.

Hoje, além da diversificação e da interiorização da economia, o Estado vive um ciclo de desenvol-vimento baseado na inovação, na capacitação e na agregação de valor aos bens e serviços aqui produzidos. Assim, muito mais do que o inves-timento em si, o Espírito Santo gera riquezas e oportunidades, dinamizando a economia e a vida da sociedade capixaba.

A Secretaria de Desenvolvimento acompanha, atualmente, uma carteira com cerca de 180 pro-jetos privados, cujos investimentos previstos estão acima de R$ 100 bilhões para os próximos cinco anos, gerando cerca de 80 mil empregos. São projetos que provocarão mudanças na rea-lidade das microrregiões onde serão implantados, gerando desenvolvimento ao seu redor, movimen-tando e incrementando as atividades econômicas. Muitos desses investimentos já estão consolidados em terras capixabas, a exemplo da fábrica da Itatiaia, indústria de móveis para cozinha e linha branca, inaugurada em junho de 2013 em Sooretama;

da fábrica de motores da WEG; da Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em operação em Linhares; do Terminal Aquaviário de Barro do Riacho, em Aracruz; além de altos investi-mentos na área de exploração e produção de petróleo e gás, entre outros.

Temos também a fábrica de móveis da Bertolini, de pré-operação no município de Colatina; a Marcopolo, que está construindo uma planta para produzir ônibus da linha Volare, em São Mateus; e o Estaleiro Jurong, com obras avançadas para início de atividades ainda em 2014, em Aracruz. Podemos citar ainda o início de operação da oitava usina

reNato casagraNDeé governador do Estado do Espírito Santo

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“Hoje, além da diversificação e da interiorização da economia, o Estado vive um ciclo de desenvolvimento baseado na inovação, na capacitação e na agregação de valor aos bens e serviços aqui produzidos”

de pelotização da Vale, na Grande Vitória, e da quarta da Samarco, no município de Anchieta; além de outros investimentos com projetos em diversas fases de maturação, como o Complexo Gás-Químico a ser construído pela Petrobras e do Porto da Manabi, em Linhares; do Terminal Industrial Imetame, vizinho ao Estaleiro Jurong, das bases de apoio às operações marítimas de petróleo Itaoca Offshore e C-Port Brasil, da americana Edson Chouest, no muni-cípio de Itapemirim; o do Porto Central, em Presidente Kennedy, entre vários outros. Todos são exemplos de projetos que se consolidaram nos últimos três anos, sinalizando o acerto

das práticas adotadas no Estado na atração e desenvolvimento de novos projetos.

Além dos projetos industriais, é importante ressaltar que o Espírito Santo está se trans-formando numa grande plataforma logística. O Governo Federal já anunciou a construção da Ferrovia Litorânea (EF-118), que ligará Vitória ao Rio de Janeiro e a toda a Região Sudeste. A Ferrovia Litorânea será interligada à EF-354, que vem do Centro-Oeste brasileiro até o norte fluminense, possibilitando o escoamento de grãos produzidos naquela região e do minério proveniente de Minas Gerais. Permitirá, também, o envio para a região central do Brasil

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dos fertilizantes que serão produzidos no Complexo Gás-Químico, que a Petrobras instalará em Linhares.

Além das ferrovias, as duas principais rodovias federais que cortam o Espírito Santo serão dupli-cadas, a partir de concessões à iniciativa privada; e o Governo do Estado já trabalha na restauração e na construção de novas rodovias estaduais, for-mando uma grande malha que simplificará os deslocamentos. Além do Aeroporto de Vitória, novamente em fase de avaliações, o Estado também será servido por mais quatro aero-portos regionais: em São Mateus, Linhares, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim.

Tudo isso, somado aos sete projetos portu-ários em processo de implantação e à nossa posição geográfica estratégica, fará do Espírito Santo um dos principais expoentes logísticos do Brasil, fortalecendo nossa economia e con-tribuindo para a descentralização do desenvol-vimento capixaba.

Muito além de desenvolvimento econômico sustentável, o Estado também gera desenvol-vimento social, oferecendo a seus habitantes

meios de melhor aproveitar as oportuni-dades geradas pelos investimentos privados. Isso, aliado aos investimentos públicos que estão sendo feitos, tem possibilitado uma mudança social na realidade do Espírito Santo. Para isso, o Governo do Estado atua e investe, juntamente com instituições de ensino, o Sistema Findes – por meio do Sesi/Senai - e outras enti-dades, na capacitação dos jovens capixabas.

A Rede Formar busca melhorar a educação técnica de nível médio. O programa, em suas diferentes modalidades de oferta, reúne as redes de ensino federal, estadual e privada e articula-se com as políticas nacionais, a exemplo do Pro-grama Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), como forma de potencia-lizar os esforços na formação técnica.

Com essas ações se pretende tornar o Espírito Santo cada vez mais eficiente e o empresa-riado capixaba ainda mais competitivo, capaz de atender demandas no Estado, no Brasil e no mundo, gerando desenvolvimento susten-tável, fonte de melhoria da qualidade de vida do povo capixaba.

artigo | DESENvOlvImENtO ECONÔmICO E SOCIAl

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A indústria e o futuro do Brasil

artigo | indústria

a indústria é imprescindível para o país crescer mais. Ela é fonte para o desenvolvimento de novas tecnologias, para a inovação e para a geração de renda, e oferece os melhores empregos.

Além disso, o setor é responsável por movimentar uma cadeia de ativi-dades e fornecedores. Entendemos que a economia é cíclica e que alguns percalços fazem parte da rotina empreendedora. Mas podemos melhorar o ambiente de negócios no Brasil, por meio de mudanças estruturais para retomar o crescimento das empresas de maneira sólida. As transformações da economia mundial, a crise internacional e os problemas internos impõem desafios importantes.

Estamos em um período de expectativas sobre as ações que serão desenvolvidas a partir de 2015. Acreditamos que o novo Governo terá condições de colocar o país de volta na rota do crescimento, promovendo mais igualdade e bem-estar para os cidadãos. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) já contribuiu com o futuro presidente. Elaboramos 42 propostas concretas e factíveis para os candidatos à Presi-dência da República. As sugestões, construídas em conjunto com as federações das indústrias dos estados e com as associações setoriais, vão de melhora do sistema educacional a avanços no sistema trabalhista, passando por redução da burocracia. Se fortalecermos esses fatores, vamos ajudar a criar o ambiente necessário para ampliar a competitividade das empresas brasileiras e aumentar a participação do país no mercado internacional.

A cada dia, mostramos a nossa capacidade de superar barreiras e de sermos mais criativos. Tivemos avanços econômicos no Brasil na última década, assim como nos demais países do grupo chamado Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que permitiram que ganhássemos espaço na mesa de decisões sobre os destinos da economia mundial. Apesar desse avanço, o Brasil tem a 14ª mais alta carga tributária do mundo, que corres-ponde a 36,2% do PIB. Além disso, enfren-tamos a concorrência com os importados. O Brasil necessita estabelecer uma forma própria de fazer a economia se expandir. É fundamental ter uma política de comércio exterior moderna, que reflita as novas formas de organização da indústria, como as cadeias

globais de valor. Para isso, o país precisa negociar acordos comerciais com mercados dinâmicos, com economias complementares e avançar simultaneamente na criação de melhores condições internas para os negócios.

Necessitamos, também, avançar na reforma tributária, modernizar a legislação trabalhista, investir mais em infraestrutura, aumentar as taxas de investimento e melhorar a educação. Sabemos que, para aumentar a

Robson bRaga de andRade é presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI)

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“As dificuldades devem ser combatidas com um planejamento de longo prazo, proporcionado por uma ação estratégica e pragmática”

produtividade do trabalhador brasileiro, é de suma importância a melhora da qualidade do ensino. A indústria precisa estar preparada para enfrentar os novos desafios que se apresentam, em razão das transformações tecnológicas e dos sistemas de produção globais.

As dificuldades devem ser combatidas com um planejamento de longo prazo, propor-cionado por uma ação estratégica e pragmática. É sabido que o tamanho do país e da população

impõe desafios maiores, mas também permite soluções abundantes. A nossa disponibilidade de recursos naturais é incomparável. Além disso, o brasileiro é um dos povos mais empreende-dores do mundo. Por isso, acreditamos na nossa capacidade. Devemos trabalhar ainda mais para que a indústria alcance um patamar sólido, contribua fortemente para a qualidade de vida da população brasileira e construa um futuro mais promissor para as próximas gerações.

Foto: agência FiEP

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A importância do empresariado na economia

artigo | INDÚStRIA

o Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo tornou-se uma importante publicação para a sociedade capixaba, na qual analistas e estudiosos dispõem de um rico banco de dados como

fonte de informações econômico-financeiras, de conceito e credibilidade indiscutíveis. Ele representa um retrato fiel das empresas, cuja realidade econômico-financeira, captada no ano anterior, demonstra a performance das principais companhias que operam em nosso Estado.

O trabalho de construção de cada edição do Anuário gera uma enorme expectativa para se conhecer quem é quem em nossa economia. Essa informação, muitas vezes, surpreende a todos. Afinal, cada ano tem sido um exercício de muita criatividade e superação de desafios de toda ordem para o setor empresarial.

Temos a convicção de que estamos vivendo um momento de muitas incertezas em nosso país. Esse sentimento é movido pelos desafios que enfrentamos diariamente, mas também é provocado por uma cadeia de indicadores econômicos preocupantes, frequentemente disponibilizados pela mídia especializada. Tais incertezas comprometem a estabilidade da economia e geram inseguranças que acabam inibindo o investimento privado.

Na área da construção civil, por exemplo, onde exerço minha atividade empresarial, tenho acompanhado os indicadores setoriais envolvendo toda a cadeia produtiva e posso afirmar que estamos todos muito atentos ao momento pelo qual passa a nossa economia. Esse acompanhamento tem norteado o plane-jamento estratégico de nossas empresas.

O setor da construção civil é considerado o motor da economia, pois está envolvido em praticamente todos os projetos em desenvol-vimento. Estamos presentes na construção de instalações industriais, comerciais e de ser-viços, e em todos os investimentos públicos de infraestrutura ligados a mobilidade, saúde, educação e telecomunicações. Enfim, podemos dizer que somos um bom termômetro para ava-liação da performance de uma dada economia.

Quando a atividade econômica está em crescimento, a construção civil vai muito bem, dando respostas rápidas com geração de empregos e renda. Todavia, também somos

os primeiros a apresentar sinais de encolhi-mento quando a economia apresenta sin-tomas de fragilidade.

Apesar dessa constatação, não podemos esmorecer; ao contrário, temos que trans-mitir aos colegas empreendedores sentimento

arIstoteles passos costa Neto é engenheiro eletricista formado pela PUC-RJ. Presidente do Sinduscon-ES, vice-presidente da Findes e diretor para Assuntos do IEL

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“O setor da construção civil é considerado o motor da economia, pois está envolvido em praticamente todos os projetos em desenvolvimento”

de força e entusiasmo, motivando-os para o enfrentamento dos diversos desafios, pois nós, lideres empresariais, temos a missão institu-cional de, por meio de nossas entidades de classe, trabalhar pela construção de um ambiente favo-rável ao investimento privado.

Essa responsabilidade, que visa a fomentar um processo de desenvolvimento sustentável, compreende uma série de ações articuladas com os diversos agentes públicos e privados. Todo esforço envolvendo a participação de empresários e gestores públicos objetiva ener-gizar os nossos companheiros com otimismo e disposição para enfrentar os desafios que nos são impostos a todo instante.

Em nosso Estado, vemos o incansável tra-balho desenvolvido pelas federações empre-sariais e seus vários sindicatos patronais na busca disto que nós chamamos de ambiente favorável. Cada uma, em sua área de atuação, procura viabilizar condições para a susten-tabilidade de suas empresas associadas. O Sistema Findes, por exemplo, tem tido um papel importante, com ações voltadas para educação profissional, saúde e segurança dos trabalhadores. Mas destaco como extremamente relevante o processo de interiorização da economia como importante vetor de desenvolvimento regional. Está provado que a interiorização da economia se faz necessariamente com a implantação de indústrias e, em seguida, chegam comércio e serviços, e o desenvolvimento urbano se estabelece, com geração de empregos, renda e qualidade de vida.

Não se forma um núcleo urbano sem uma economia sustentável, onde não haja emprego, renda e consumidor. A indústria promove isso, gerando imediatamente, a partir de sua ati-vidade de produção, empregos e renda. Daí vem a necessidade de moradia, de serviços de edu-cação, comércio, enfim, tudo o que demanda um novo núcleo urbano.

Essa avaliação de conjuntura está sempre presente em nossas preocupações. Procuramos, através das ações que envolvem treinamento, capacitação, captação de investimentos e polí-ticas públicas adequadas, desenvolver nossas empresas e empresários, tornando o nosso mercado competente e competitivo diante das adversidades de uma economia cada vez mais globalizada.

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Economia desacelera, indústria também

artigo | INDÚStRIA

t odos os segmentos que compõem o Produto Interno Bruto (PIB) – comércio, serviços, indústria – estão pessimistas com a performance da economia, com exceção do complexo agrope-

cuário, que esboça um excelente preparo físico.No final de 2013, quando o PIB atingiu 2,3%

e depois foi corrigido para 2,5%, os analistas estavam projetando um ano de 2014 um pouco pior, em função de juros elevados (Selic), alta taxa de inflação, defasagem do câmbio, infraestrutura patinando e não realização de investimentos. As projeções mostravam uma mediana do mercado, em janeiro, em 1,99%.

À medida que o ano foi avançando, o mercado não sentiu ações fortes do governo central para impulsionar a economia. Os resul-tados de uma estratégia equivocada do Governo Federal, em 2012, no sentido de privilegiar o consumo, em vez de privilegiar o investimento, impactaram em alta inflação e juros Selic com tendência crescente.

As medidas anticíclicas, como Plano Brasil Maior, PAC Mobilidade, PAC Equipamentos e outros planos, produziram grandes déficits fiscais, em função das desonerações e renúncias fiscais que o Governo proporcionou.

O mercado interno tornou-se fortemente comprador, mas os preços subiram, a inflação cresceu, o Banco Central aumentou a taxa de juros para combater a inflação, famílias se endividaram pelas facilidades dos créditos abundantes, surgiu aumento de inadimplência e, com isso, houve a reviravolta: os bancos passaram a restringir fortemente as linhas de crédito, a economia foi esfriando, o consumo reduzindo-se, a indústria encolheu, e os seg-mentos de construção, serviços e comércio também foram atingidos.

Veio então a queda de confiança dos empre-sários na economia, conforme quadro do Insper:

Quando cai o Índice de Confiança dos empre-sários, os investimentos começam a não se efe-tivar e, sem investimentos, o PIB vai minguando. Isso, em linhas gerais, foi o que aconteceu e é o que estamos sentindo.

O quadro intitulado “Pessimismo” mostra como a expectativa do PIB despencou:

A indústria foi talvez o segmento mais afetado. Mês a mês vem caindo, mostrando uma queda de 1,4% em junho, com relação a maio, e uma retração no ano de 2,6%. Em 2014, todos os componentes da produção industrial, como sendo bens de capital (-8,3%), bens inter-mediários (-2,2%), bens de consumo duráveis (-8,6%) e insumos típicos da construção civil (-5,2%), estão mostrando índices negativos de

JosÉ a. MartINs é vice-presidente de Relações Institucionais da Marcopolo S/A

Índice de confiança em pontos

Da indústria

Jul 2013

122

100

120119

84

99

124

115108106

Jul 2014

Do setor de serviçosDa construção Do comércio

IC - PmN (Índice de Confiança - Pequenas e médias Empresas)

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“Quando cai o Índice de Confiança dos empresários, os investimentos começam a não se efetivar e, sem investimentos, o PIB vai minguando”

performance, com exceção de bens de consumo não duráveis, que mostram ainda um pequeno crescimento, de +0,3%.

O Governo Federal, visando a recompor essa situação preocupante, lançou um plano de grande alcance, intitulado “Medidas de Política Industrial” cujas premissas são:

Objetivos:• Fortalecer a indústria no novo ciclo de desen-

volvimento econômico;• Estimular aumentos de produtividade e da

competitividade;• Promover a inovação e a mordernização;• Aumentar a inserção da indútria brasileira

nos mercados externos;• Garantir emprego e renda aos trabalhadores

na indútria.

Medidas tributárias:• Desoneração da folha de pagamentos;• Desoneração tributárias;• Reintegra permanente;• Refis remodelado.

Essas ações deverão recompor a trajetória des-cendente da economia, porém seus resultados não são de curto prazo. Mas já se sente que a inflação vem cedendo e deve fechar o ano na meta.

Investimentos pesados em infraestrutura estão sendo realizados, as concessões de estradas, ferrovias, aeroportos, portos, etc, estão avan-çando, porém a expectativa é que tudo isso só comece a gerar resultados a partir do final de 2015 e em 2016, não antes.

Nosso pensamento é que o Governo Federal agora encontrou o caminho certo, e o futuro vai mostrar o efeito dessas medidas amplas, que impac-tarão positivamente o PIB, não ainda em 2015, mas de 2016 em diante.

A essa altura, é preciso varrer o pessimismo e continuar investindo, através de inovação e pro-dutividade, para poder tornar nossas empresas mais competitivas.

O otimismo eufórico pode destruir, porém o pessimismo excessivo apaga as grandes oportuni-dades que exatamente surgem quando o mercado está em crise.

Não se esqueça de que, apesar de tudo, o Brasil ainda ostenta o grau de investimento concedido pelas agências de rating (Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch) e mostra fundamentos macro-econômicos absolutamente sólidos e confiáveis.

Neste exato momento, é preciso lembrar o sábio pensamento de Fernando Pessoa:

“Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

pessimismo

2,0

1,7

1,4

1,1

0,8

0,5

1,9

02/jan 24/02 23/04 17/06 08/06

1,67 1,65

1,20

0,81

IC - PmN (Índice de Confiança - Pequenas e médias Empresas)

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Desafios do Brasil na economia global

artigo | ECONOmIA

o principal desafio para o Brasil, bem como para grande parte dos mercados emergentes, é relançar suas estratégias de cres-cimento, dando uma ênfase menor ao capitalismo de Estado e

mais espaço ao setor privado. O caso dos BRICS ilustra bem esse ponto. O empreendedorismo está relacionado ao tipo de estratégia econômica que cada um desses países vem adotando nos últimos anos. Na China, isso significou especialmente empresas exportadoras e uma obsessão na conquista de mercados externos. Na Rússia, a aposta tem sido na ideia de que a fase de economia em transição que o país atravessa levará a uma orientação para setores inten-sivos em tecnologia. A Rússia tem os melhores padrões educacionais e o maior contingente de cientistas como percentual da população dentre todos os BRICS. Na Índia, a ênfase é na verticalização da especialização naqueles setores em que os indianos dispõem de vanta-gens competitivas, como nas indústrias de TI, farmacêuticos e têxteis.

Já o empreendedorismo brasileiro está muito marcado pela presença maciça do Governo na economia. O Brasil tem uma “substituição de importações 2.0” e é uma das economias mais fechadas do mundo. Isso é um importante dilema para o país. O grande empregador é o Governo, em seus vários níveis administrativos. Combatemos o mal presente do desem-prego com a hipertrofia dos quadros estatais, com a carga tributária desproporcional às contrapartidas de serviços básicos. Com juros ainda muito altos. O Brasil precisa urgente-mente mudar seu padrão de crescimento. Os principais desafios nacionais vão para muito além de sediar megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo ou a Olimpíada. Nossa per-cepção do ponto de vista externo está muito rela-cionada ao ambiente de negócios, que continua muito cartorial, permeado por despachantes, atravessadores e hiper-regulações absolutamente desnecessárias à geração de prosperidade.

O Brasil também precisa internacionalizar-se mais. Estar mais “vertebrado” à economia global. E, nisso, o papel a ser desempenhado

pelo Estado é central. É dizer, o Governo é parte da solução e parte do problema. A opção pelo mercado interno por parte do Brasil tem sido cantada em prosa e verso como a grande

Marcos troyJo é economista e cientista político

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Desafios do Brasil na economia global

“Combatemos o mal presente do desemprego com a hipertrofia dos quadros estatais, com a carga tributária desproporcional às contrapartidas de serviços básicos”

responsável pela maneira quase incólume como o país passou pela crise deflagrada em setembro de 2008. Isso levou alguns a concluírem que é um erro a internacionalização da economia brasileira.

Que não importa a pequena ênfase que o Brasil confere à conquista de mercados externos. Ora, nada mais errado. A China também atra-vessou a crise de cabeça erguida e ostenta 60% de seu PIB relacionados ao comércio exterior.

Muitos acreditam que a baixa participação do Brasil no comércio mundial (pouco mais de 1% de tudo que se compra e vende no mundo) e do comércio exterior no Brasil (em torno de cerca de 20% do PIB) é fruto do protecionismo dos países mais ricos. No entanto, há questões prévias, ainda mais importantes que o resultado dessas negociações. Por exemplo: o Brasil quer fazer do comércio exterior sua principal via de inserção na economia global? Será que dese-jamos que o comércio exterior se torne nossa ferramenta privilegiada para a construção de poupança nacional e de recursos para investir? Temos, portanto, que substituir noções sim-plistas, como a ideia de que “o mercado mundial pode ser interessante para o Brasil se barreiras protecionistas forem eliminadas”, por questões como “qual nossa estratégia de promoção comercial, mesmo num mundo protecionista?”

Sabemos que dois dos mais importantes vetores destes novos tempos são os mega-acordos comerciais e as redes globais de produção. O Brasil tem de enveredar por esse caminho. As lições da história econômica das últimas décadas ensinam claramente que aqueles países que buscaram a internacionalização tiveram mais êxito do que os atrelados dogmaticamente a seu mercado interno. Cabe ao Brasil aprender essa lição. Portanto, para o próximo presidente, além das reformas trabalhista, previdenciária e tributária, há um “quarteto” de prioridades: a facilitação da legislação interna para abertura de empresas de vocação exportadora; a ênfase nos aspectos logísticos de projetos a serem contemplados pelas PPPs (parcerias público--privadas); a formação de recursos humanos especializados, no âmbito do setor privado, para a promoção comercial no exterior e a atração de IEDs (investimentos estrangeiros diretos); e o fortalecimento da presença das micro

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e pequenas empresas mediante consórcios exportadores. Eis os passos essenciais para o fortalecimento do status econômico do Brasil.

Os desafios são, assim, de uma dupla natureza. Em primeiro plano, a gestão coti-diana, e todo o cuidado com um período em que, a partir de 2015, ocorrerão ajustes e potencial-mente o início de reformas. Ajustes em preços praticados por estatais, acomodação para baixo do preço dos ativos imobiliários e, eventual-mente, um papel mais retraído do Governo na

formação da demanda. Além disso, há todo o imperativo das reformas trabalhista, fiscal e de facilitação dos negócios, que têm de deslanchar não importa quem seja eleito em outubro.

Já num nível mais amplo está se delineando um quadro mundial que chamo de “regloba-lização”. Esse panorama será marcado pelo fortalecimento e expansão das redes globais de produção e pela continuada expansão econômica da China, não apenas em termos geográficos, mas também no que diz respeito a bens de alto valor agregado. Há também, infelizmente, uma espécie de “volta da geopolítica”. O que tem acontecido no âmbito da tensão Rússia--Ucrânia, ou mesmo na disputa de fronteiras marítimas entre Japão e China, afeta a todos globalmente. Por fim, vamos continuar a ver a emergência de uma “nova era do talento”, em que o capital humano será valorizado em níveis sem precedentes.

artigo | ECONOmIA

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Espiritualidade: a alma dos negócios

artigo | GEStãO E ESPIRItUAlIDADE

S empre acreditei que ser espiritual é ser definitivo. E que, em termos de empresas, ser espiritual é ser lucrativo! Nunca me enganei. Desde 1989, quando ainda era um especialista em informá-

tica, propagava a necessidade de se considerar um componente espiritual nas gestões, para que se tornassem plenas. Senti muita pressão contrária, porque o mundo sempre foi eminentemente econômico, o que pouco ou nada oferecia de perspectiva a qualquer novo olhar que ousasse propor inovação ao universo gestor, que não dissesse respeito diretamente ao lucro. E, no espiritual, o lucro é indireto. E nunca menos! Mas os embates foram grandes. Em fóruns abertos, como o que estive em São Paulo nos anos 1980, promovido pelo Instituto de Direito das Empresas e do Trabalho (Idet), cheguei a ter sarcasmo velado e até mesmo explícito escárnio por parte de executivos na plateia.

Hoje, com os sinais dos tempos mais clara-mente anunciados e também diante do incômodo entrave à expansão do capitalismo, não tenho dado conta da quantidade de convites para abordar esse tema em palestras magnas de eventos que variam da logística às finanças; da tecnologia à ciência. Outra coisa: redescobriu-se no século 21 que o ser humano é o principal ativo de qualquer organização.

Por ter razão, emoção e uma alma que har-moniza tudo isso, não tardou para se constatar que a dimensão espiritual pode ter influência direta no comportamento e, por conseguinte, no entusiasmo, na produtividade individual e na excelência coletiva. Pronto! Chancelada como algo favorável ao lucro, só mesmo quem deseja retrocesso ou falência pode ignorar que a união entre gestão e espiritualidade é a alma do negócio hoje em dia.

Como isso pode ser feito? Por meio da comu-nicação. Um bom começo pode ser incluindo a espiritualidade dentro do escopo do conceito de sustentabilidade, como algumas empresas e cursos de MBA e mestrado já estão fazendo. Independentemente da forma como se deseja implementar, requer a difusão de um ideal através de estratégias que devem levar em conta a estrutura comunicacional e a natureza da empresa, de modo a se obter efetividade no estímulo con-tínuo de comportamentos e atitudes mais sen-síveis e complementares.

Qual o resultado? A inspiração das pessoas! A palavra “espiritual” traz Deus embutido em sua semântica. Gestores e empregados têm suas

visões expandidas em uma perspectiva teles-cópica, que os faz ir mais longe, porque isso renova suas convicções e os encoraja a traçar metas grandiosas em suas vidas e no trabalho. Daí, muito mais entusiasmo e segurança relacional. Parcerias sublimam-se em alianças.

A esperança que decorre de uma base com-posta de confiança e suavidade nas relações frutifica na vontade altruísta de se construir pontes, em vez de muros. Tanto em nível pessoal quanto profissional. Os empregados passam a ver novos horizontes nas oportunidades, porque se descobrem complementares em uma rede de possibilidades, onde cada membro se sente individualmente participante de uma

sIDeMBerg roDrIgues é presidente do Conselho Temático de Responsabilidade Social da Findes e gerente de Comunicação e Relações Institucionais da ArcelorMittal Tubarão

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“Os empregados passam a ver novos horizontes nas oportunidades, porque se descobrem complementares em uma rede de possibilidades, onde cada membro se sente individualmente participante de uma fraternidade institucional e universal”

fraternidade institucional e universal. O senso de pertencimento à empresa coloca a imaginação a serviço da inovação. As equipes não concorrem, mas cooperam. O bom ambiente, teleguiado pela força invisível do bem e do pensamento positivo, acolhe a saúde organizacional; favorece menos acidentes, porque se terá consciência sistêmica e foco regulando a atenção; além de fazer predo-minar o que falta hoje, tanto às empresas quanto à vida de tantos: a satisfação.

O espiritual é a maximização do sentido, que faz ocupações transformarem-se em missões; faz o senso de propriedade transmutar-se em senso de finalidade, ampliando o espectro de prazeres na grandiosidade existencial. É a força cons-

trutiva e transversal que equaliza parâmetros comportamentais, processuais, tecnológicos, sistêmicos e atitudinais, modulando o conjunto na sintonia do equilíbrio.

Complexo, porque depende de todos e de cada um. Imprescindível, porque os sinais estão óbvios. Possível, porque é tão filosófico quanto pragmático. Visivelmente considerada como prio-ridade por aqueles que já perceberam que a com-petitividade foi diluída na complementaridade. Na nova ordem anunciada, só cabem ideais fra-ternais, amorosos, colaborativos e o que mais ins-pirar o pensar coletivo, independentemente da forma de gestão. No mais, deve ser espiritual o que se pretender lucrativo. E definitivo!

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O gargalo que impede nosso crescimento econômico

artigo | lOGÍStICA E INFRAEStRUtURA

e ntende-se por infraestrutura todo um conjunto de facilidades que serve de base para o desenvolvimento e o crescimento do país. Dessa maneira, podemos pensar nos sistemas de educação,

saúde, moradia, abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica e também na logística, incluindo o transporte, em todas as suas formas (rodoviário, ferroviário, aéreo, portos e hidrovias, e ainda, ampliando o conceito, incluir a mobilidade urbana). Uma infraestrutura deficiente carece de ações e investimentos, que podem ser do Governo, mas não se restringem a ele – que, no entanto, precisa promover o ambiente adequado e legal para a participação da iniciativa privada.

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) elaborou um detalhado estudo sobre as condições do transporte e da logística de todo o país, divulgando o Plano CNT de Trans-porte e Logística 2014, que tem por objetivo orientar, tanto o Governo quanto a iniciativa privada, sobre as ações e os investimentos que devem ser feitos, considerando que o setor foi esquecido por décadas.

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, entre 148 países o Brasil ocupa a posição 114 em qualidade de infraestrutura, 120 em qualidade de estradas, 103 em ferrovias, 131 em portos e 123 no aéreo. Precisa dizer mais?

Estradas insuficientes e deficientes, a maioria não pavimentada, com manutenção precária, portos carentes de investimentos em dragagem e acessos, apenas para citar alguns dos muitos problemas, aliados à burocracia e carga tribu-tária, incluindo os encargos trabalhistas, con-tribuem para elevar o custo de bens e serviços que, no final, acabam nas prateleiras dos super-mercados, nos balcões das lojas e pousam nas nossas mesas, depois de corroer nosso bolso.

Vitória, nossa querida capital, já sofre o reflexo do elevado número de veículos que circulam em suas ruas, que são as mesmas, com poucas mudanças nos últimos 20 anos, fruto de uma política equivocada que privilegia o carro, esque-cendo-se de um transporte público de qualidade para ser usado por todas as classes econômicas.

Parece que nos acostumamos (ou aco-modamos?) ao trânsito caótico nas pontes que dão acesso da ilha ao continente, tanto Cariacica quanto Vila Velha, e também

na BR-101 e na Rodovia Norte-Sul, acessos para a região de Laranjeiras e bairros vizinhos, cuja população cresce a cada dia com os lan-çamentos imobiliários.

Os bondes foram retirados das grandes cidades brasileiras porque desenvolviam apenas 20 km/hora. Algumas cidades brasileiras ainda os mantêm como atração turística apenas, não como transporte público regular, diferen-temente de algumas capitais europeias, que usam os bondes (trams) como eficiente veículo de mobilidade urbana. E pensar que a velo-cidade média dos carros na Grande Vitória é

WalDeMar rocHa JuNIor é presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar)

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O gargalo que impede nosso crescimento econômico

“Rodovias em péssima conservação causam mais custos de manutenção de carros e caminhões, gastos de combustível e pneus, avarias e defeitos”

E como tudo isso impacta a vida do cidadão comum? Não se trata apenas dos aborrecimentos, que não são poucos, num trânsito caótico, rodovias mal pavimentadas, e do atraso para se chegar a um compromisso. Rodovias em péssima conservação causam mais custos de manutenção de carros e caminhões, gastos de combustível e pneus, avarias e defeitos. Portos sem dragagem de aprofundamento e manutenção impedem os navios de trazer, ou levar, mais mercadorias, aumentando o valor dos fretes.

Os países mais desenvolvidos investem na infraestrutura logística, sabedores de que a eficiência nesse setor é fundamental para o crescimento da economia como um todo, para a sensação de bem-estar dos seus moradores, para a redução dos preços de bens e serviços. As pessoas, na sua maioria, identificam essas deficiências quando frequentam rodoviárias e aeroportos, pelos serviços prestados aquém do desejado. Percebem também pelo balanço dos ônibus nas estradas, pelas horas paradas no trânsito no trajeto casa-trabalho-escola, ou quando querem realizar uma simples viagem de Vitória a Salvador, e poucas são as opções de voos diretos, tendo que fazer escala em São Paulo, Brasília ou outra capital. No entanto, esses mesmos cidadãos não sabem qual a parcela disso no pão que compram para o café da manhã, nas compras do supermercado, ou nos serviços prestados pelas companhias telefônicas e pro-vedores de internet (comunicação e tecnologia da informação também são partes importantes da infraestrutura).

Finalmente, gostaria de compartilhar que são muitos os fóruns de debates, painéis, seminários e simpósios que acontecem por todo o país, não sendo novidade o que se discute sobre infraestrutura. É uma doença de diagnóstico conhecido. O remédio também! Está na hora, ou já passou, de se tratar esse assunto com a seriedade merecida; de os investimentos serem, de fato, aplicados, pelo poder público naquilo que lhe compete, ou pela iniciativa privada. Mãos à obra.

de apenas 16 km/hora (é o que marca o painel do meu carro).

Ainda mencionando o interessante Plano de Transporte e Logística da CNT, já citado neste texto, é estimado investimento mínimo de R$ 1,6 bilhão para melhorar a logística e o transporte no nosso Estado. O estudo mostra a necessidade de implantação do transporte aqua-viário, melhorias nas vias urbanas, abertura do corredor expresso (BRT) e construção de ter-minais de passageiros. Para todo o Estado do Espírito Santo, o investimento mínimo previsto nesse estudo é de R$ 11,8 bilhões.

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A rotina do atraso

artigo | JUStIçA E DESENvOlvImENtO

“t odo mundo fala de progresso, mas ninguém sai da rotina”. Essa frase, atribuída ao jornalista francês Émile de Girardin, bem que poderia ser aplicada ao Brasil que estamos

deixando para as gerações seguintes. Nunca se falou tanto em progresso, desenvolvimento e modernidade – e paradoxalmente nunca se viu tamanha inércia, omissão e fatalismo.

Começo pelo sistema tributário. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), possuímos o sistema mais complexo do mundo, com 62 tributos. Para disciplinar a cobrança deles foram editadas, nos últimos 16 anos, 127.338 normas federais, 813.735 esta-duais e 2.374.874 municipais. Calculou-se que aqui no Brasil uma norma tributária é editada a cada 40 minutos, em média.

Toda esta rotina burocrática causa grandes prejuízos para o nosso país. Nossas empresas, por exemplo, gastam em média 2.600 horas por ano só para gerenciar o pagamento de impostos, contra apenas 332 horas da média dos demais países. A burocracia tributária – e só ela – consome 1,7% da receita das empresas que atuam no Brasil, e o próprio Governo gasta 1,3% de tudo que arrecada apenas para manter sua gigantesca estrutura de cobrança e fiscalização – contra apenas 0,4% dos Estados Unidos, 0,3% do Japão e 0,1% da Noruega.

Esses números indicam, e de forma clara, a necessidade urgente de se compa-tibilizar o nosso sistema tributário com os portais do século XXI. Porém, surpreenden-temente, vítimas de uma rotina perversa, muitas vezes defendida por interesses cartoriais, vamos deixando isso para depois, e só ficamos falando do progresso.

Há também o sistema legal como um todo. Calculou-se que a lentidão na aplicação das leis causa ao Brasil um prejuízo anual de US$ 100 bilhões. Constatou-se, em pesquisa realizada junto a 800 empresas, que se a efi-ciência do nosso sistema legal fosse elevada aos padrões dos países mais desenvolvidos, o volume de investimentos aumentaria 10,4%, a produção seria elevada em 13,7%, e a oferta de empregos seria 9,4% maior que a atual.

Indo do macro ao micro, e só para fins de exemplo, cito a rotina do escrever cartas para si próprio, tão comum em nosso sistema judiciário. Imagine um juiz que esteja respondendo por dois juizados e que, despachando no primeiro deles, precisa de uma informação que esteja no segundo. Lá vai ele escrever uma carta para si próprio, solicitando que ele informe para ele mesmo alguma coisa. No dia seguinte, e já no outro juizado, esse juiz gentilmente deferirá o que ele havia pedido para si próprio, e ainda devolverá a carta dele para ele mesmo agradecendo a atenção dispensada e colocando-se à disposição dele para quando de si próprio ele precisar.

Enquanto tudo isso acontece, de cada 100 crimes cometidos no nosso país, apenas dois resultam em condenação. Em São Paulo, 66% das vítimas de crimes não vão sequer

peDro Valls Feu rosa é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)

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“A burocracia tributária – e só ela – consome 1,7% da receita das empresas que atuam no Brasil, e o próprio Governo gasta 1,3% de tudo que arrecada apenas para manter sua gigantesca estrutura de cobrança e fiscalização”

reclamar perante alguma autoridade – pre-ferem buscar conforto psicológico em pen-samentos do tipo “é assim mesmo, eu que dei bobeira”.

Cito mais números: o crime “rouba” cerca de 10% do PIB brasileiro, e gastamos incríveis R$ 21 bilhões a cada ano apenas no aten-dimento das vítimas. No Rio de Janeiro o comércio gasta anualmente R$ 2,8 bilhões para se defender da violência. Achou muito? Os bancos gastam US$ 1 bilhão só nessa rubrica. Pois bem: como dinheiro não suporta desaforo, 52,2% das 1.642 empresas con-sultadas pelo Banco Mundial em recente pesquisa declararam cautela no que toca a investir no Brasil.

Há, inclusive, o caso emblemático de uma grande fábrica de lâmpadas que empregava 2.000 brasileiros. Em função dos constantes

tiroteios na região, o primeiro passo foi reduzir o número de funcionários – 1.000 brasileiros perderam o emprego. O segundo passo foi fechar a unidade de produção. Em resumo: isso tudo gera desemprego e atrasa o desenvolvimento.

Diante destes dados salta aos olhos a neces-sidade urgente de racionalizarmos nosso sistema legal, compatibilizando-o com este início de milênio. Mas que nada! Ressalvadas pequenas alterações pontuais, conseguidas à custa de incontáveis horas de debates e dis-cussões, vamos tocando nossa rotina modor-renta, fruto de um imobilismo ampliado por alguns poucos interesses corporativos. Renun-ciamos à ordem e ficamos apenas sonhando com o progresso.

E que dizer do nosso sistema político/elei-toral? No total, 43% dos eleitores brasileiros dizem ter conhecimento de compra de votos. Nas eleições de 2006, 8 milhões de compa-triotas nossos confessaram a um instituto de pesquisa terem se vendido a troco de uma merreca qualquer.

Enquanto isso, a Controladoria-Geral da União identificou irregularidades em pra-ticamente 90% dos municípios brasileiros, e calculou-se que a bandalha traga anualmente R$ 26 bilhões do nosso país.

A situação chegou a um ponto tal que pre-cisamos de uma lei para banir da vida pública pessoas processadas criminalmente. Aos resul-tados disso: após pesquisa realizada em 18 países da América Latina, a ONU constatou que o Brasil ficou em 15º lugar quanto ao nível de adesão da população à democracia. Isso é sério. Muito sério.

Seria de se esperar, também aqui, que a gravidade desse quadro impulsionasse mudanças verdadeiras – porém, exauridas as boas intenções, teme-se que estas acabem sucumbindo ao imobilismo apascentado por alguns interesses paroquiais.

Não sei por qual motivo, mas subitamente lembrei-me de um pensamento de José Martí: “O maior inimigo do progresso é o hábito”...

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Fortalecer a educação profissional é fortalecer o Brasil

artigo | EDUCAçãO

o ano de 2014 pode ser considerado um marco importante para a educação profissional no Brasil. É o ano em que se conso-lidou o principal programa de Estado para fortalecer o acesso

ao ensino técnico (com 8 milhões de matrículas) e em que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a maior instituição de formação profissional do país, alcançou a marca de 4 milhões de matrículas anuais. Não há mais dúvida de que o Brasil compreendeu que preparar melhor seus cidadãos e suas cidadãs para o mundo do trabalho é um dos caminhos para crescer, tanto do ponto de vista econômico, quanto do social.

Empresas com profissionais mais bem pre-parados ganham em capacidade de inovar e agregar valor a seus produtos. Dessa forma, melhoram seu desempenho na disputa com outros mercados e, mais fortes, conseguem oferecer empregos de melhor qualidade.

Na perspectiva dos trabalhadores, a educação profissional é uma oportunidade de alinhar sua formação às necessidades do setor produtivo. É por isso que ela facilita o ingresso de forma mais rápida e qualificada no mercado de tra-balho. Tal característica faz do ensino técnico um importante caminho para os jovens.

Conquistar um emprego e manter-se empregado é, em média, três vezes mais difícil para os jovens do que para a população adulta. Dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE) mostram que a taxa de deso-cupação é três vezes maior entre quem tem de 18 a 24 anos do que entre quem já passou dos 25. Uma realidade diferente da vivenciada por quem opta pela educação profissional.

Estudos realizados pelo Senai mostram que, em média, 70% dos que concluem o curso técnico de nível médio nas escolas da instituição conseguem emprego no primeiro ano depois de formados. A maioria deles se ocupa em áreas relacionadas à de seu estudo, e sua renda média supera os dois salários mínimos e meio.

Esses resultados não acontecem por acaso. Especialistas em mercado de trabalho defendem que a educação é o requisito mais importante

para a determinação da renda do trabalho. Ou seja: melhores condições de trabalho, dentro da formalidade, e mais bem remu-neradas estão relacionadas a mais anos de estudo e melhor qualificação.

As nações que detêm alto conhecimento tecnológico já perceberam isso. Dados da Organização para a Cooperação e o Desen-volvimento Econômico (OCDE) apontam que, entre os países mais industrializados, 35% dos jovens optam pela educação profis-sional. Na Finlândia, esse percentual chega a 50% e, na França, a 58%.

A educação tem um papel decisivo no crescimento econômico. Os índices educa-cionais pesam cada vez mais na avaliação do grau de desenvolvimento das nações. Mas é preciso apostar em um modelo de educação que favoreça o desenvolvimento econômico e social, que atenda às necessidades de cres-cimento do país.

O modelo educacional do Brasil até hoje se distanciou daqueles adotados pelas grandes potências do mundo exatamente por estar

raFael luccHesI é diretor de Educaçãoe Tecnologia daConfederação Nacionalda Indústria (CNI)e diretor-geral doServiço Nacionalde AprendizagemIndustrial (Senai)

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Fortalecer a educação profissional é fortalecer o Brasil

“A educação tem um papel decisivo no crescimento econômico. Os índices educacionais pesam cada vez mais na avaliação do grau de desenvolvimento das nações”

muito centrado na educação regular, em vez de no ensino profissional. No índice citado acima, o Brasil não chega aos 10% dos jovens.

Já estamos no caminho de corrigir essa distorção. O que conseguimos em 2014 em relação ao preenchimento de vagas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e nas ins-tituições de formação profissional mostra que não podemos mais recuar. Os estu-dantes, os trabalhadores e o setor pro-dutivo brasileiros estavam sedentos por qualificação profissional. É nesse ambiente que conseguiremos entrar em um círculo virtuoso: profissionais mais qualificados propiciam aumento na produtividade, e empresas mais produtivas geram empregos de melhor qualidade.

Foto: Agência FIEP

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O futuro passa pela educação

artigo | POlÍtICA E CIDADANIA

C om os dois pés bem plantados no presente, meu olhar é para o horizonte. Como a maioria dos capixabas, tenho fé em nossas capacidades e potencialidades e acredito plenamente no trabalho

como motor das transformações que precisamos fazer para garantir uma vida digna para as atuais e próximas gerações de capixabas.

Tenho plena consciência dos entraves e difi-culdades atuais ao nosso desenvolvimento. Mas reafirmo minha absoluta convicção de que o Espírito Santo tem muitas potencialidades. Potenciais que, se bem trabalhados e correta-mente utilizados, podem gerar oportunidades para melhorar a vida do nosso povo e levar pros-peridade a cada cantinho das terras capixabas.

Essa janela de oportunidades ocorre prin-cipalmente em razão do negócio do petróleo e gás. Uma oportunidade que devemos apro-veitar com sabedoria e visão estratégica, pois, para chegarmos até aqui, foram séculos de obstáculos e desafios internos e externos à nossa fronteira.

Num primeiro momento de nossa história de ocupação colonial europeia, os principais dínamos do desenvolvimento foram os jesuítas. Com sua empreitada religiosa de catequização, eles ergueram os mais importantes polos de crescimento da colônia. Com sua expulsão, em 1759, o Espírito Santo vê desaparecer por decreto uma das principais forças de seu desen-volvimento. Também por decreto se vê impedido de ocupar a totalidade de seu território, tendo em vista a proteção das riquezas de Minas Gerais.

O longo período de desterro, em que fomos governados por “estrangeiros” à capitania/pro-víncia, só começará a ser efetivamente vencido com as políticas imigrantistas do Império Bra-sileiro. Em 1847 se instala a primeira colônia imperial no Estado, em Santa Isabel. Essa ocu-pação, que se estende ao longo da segunda metade do século XIX, incrementa a produção cafeeira, que sustentará por quase um século a economia capixaba. Isso, apesar dos projetos de industrialização pensados ou iniciados na virada do século XIX para o XX, tendo como prota-gonistas Muniz Freire e Jerônimo Monteiro.

Em meados do século XX, “os frágeis ramos dos cafezais”, nas palavras do ex-governador

Jones dos Santos Neves, já não podiam mais sustentar o sistema produtivo capixaba. O colapso da economia de base cafeeira, com a erradicação de milhões de pés de café, empurra o Espírito Santo à era dos grandes projetos industriais, num exercício nacional de conexão da economia brasileira com o planeta. Em certa medida, estivemos na van-guarda de inserção do país no cenário global de negócios. Portos e logística, agroindústria de base fabril-exportadora, urbanização ace-lerada – esses foram os pilares da industria-lização tardia em terras capixabas.

Se essa decisão político-econômica foi capaz de nos inserir no cenário planetário da produção e do comércio, dando-nos

paulo HartuNg é economista, ex-governador e governador eleito do Estado do Espírito Santo 2015-2018

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“Queremos e devemos ampliar a nossa base produtiva, agregando-lhe competitividade com investimentos em infraestrutura socioeconômica”

fôlego para a afirmação de uma identidade econômica em nível nacional e internacional, ela também foi responsável por um desar-ranjo socioeconômico nas terras capixabas. Experimentamos um modelo de desenvolvi-mento geograficamente concentrado, gerador de êxodo rural, sem as devidas retaguardas de políticas sociais e urbanas.

Muitas das questões que hoje enfrentamos, inclusive algumas daquelas que oferecem desafios ao desenvolvimento atual, resultam de um modelo de crescimento marcado por lacunas de planejamento e ação em áreas estra-tégicas. Daí a formulação e a implementação, a partir de 2003, de um novo modelo de desen-volvimento para o Espírito Santo. Fundado na

confiabilidade e estabilidade político-institu-cional, e mobilizado pelo negócio do petróleo e gás, o terceiro ciclo de nossa economia foi inau-gurado buscando-se desconcentrar o desenvolvi-mento, numa perspectiva socialmente inclusiva e ambientalmente sustentável.

Ao planejarmos e implementarmos esse para-digma, visamos a um desenvolvimento capixaba que levasse prosperidade a todos os capixabas, sendo a educação o maior investimento nessa direção. E falando em educação, retomo a conversa sobre petróleo e gás iniciada nos pri-meiros parágrafos. E o faço de forma proposital, pois enxergo que o melhor que podemos fazer das oportunidades geradas por esse novo negócio é investir em educação.

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Como se sabe, o negócio do petróleo e gás é um oportunidade ímpar, mas ele não é solução pronta e acabada para nada. É preciso sabe-doria para bem aplicar os recursos advindos de royalties e participações especiais. Os maus exemplos, as experiências de uso equivocado do dinheiro desse negócio, são fartos, aqui no Brasil e mundo afora, como se pode ver na Vene-zuela, na Líbia, na Arábia Saudita.

O bom exemplo, que precisamos voltar a seguir, é o da Noruega, que sequer gasta tudo o que provém da indústria do petróleo e gás. Os noruegueses mantêm um fundo

para garantir desenvolvimento sem o petróleo, já que se trata de uma riqueza finita, não reno-vável. Nunca foi e nem é o caso de copiar a Noruega. Mas é o caso de voltarmos a nos inspirar nesse bom exemplo, pois precisamos nos preparar para o pós-petróleo. E a agenda mais importante, do meu ponto de vista, é a formação de nossos jovens.

A educação de qualidade, a formação de capital humano, a instrução para a inovação e a produção de tecnologia é que garantirão a sustentabilidade de um novo tempo em terras capixabas, sendo mesmo o fundamento da pro-dutividade e da prosperidade.

Queremos e devemos ampliar a nossa base produtiva, agregando-lhe competitividade com investimentos em infraestrutura socioe-conômica. Mas também podemos e devemos nos tornar produtores e exportadores de saber e de conhecimento. Nesse sentido, a educação deve ser a base do projeto de desenvolvimento econômico capixaba, no presente e no futuro.

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Planejamento estratégico e gerenciamento de projetos: pilar para o sucesso corporativo

artigo | GERENCIAmENtO DE PROJEtOS

a perenidade e o sucesso das organizações, sejam elas públicas ou privadas, dependem de muitos fatores. O diferencial competi-tivo pode surgir de ações como a realização de boas parcerias,

o lançamento de novos produtos, a execução de um criativo plano de marketing, a otimização de processos ou o investimento em tecnologia da informação. Todas essas iniciativas (projetos), bem como muitas outras, podem ser geradoras de diferencial competitivo.

Esses projetos têm dois fatores em comum: devem ter sido definidos a partir de um processo de planejamento estratégico; e precisam ser pla-nejados e acompanhados, tanto durante sua exe-cução, quanto na avaliação de sua efetividade.

O processo de planejamento estratégico con-siste em uma avaliação criteriosa, por parte da alta administração, de informações a respeito da organização e também do ambiente externo. Ou seja, devem ser avaliadas suas forças e fraquezas (condições internas), bem como as oportunidades ou ameaças (condições externas). Com base nessas avaliações (entre outras), pode-se desenhar qual futuro se deseja alcançar, definindo-se então obje-tivos estratégicos que serão perseguidos e que a levarão a esse futuro almejado.

Um exemplo de ferramenta que permite a formulação e organização desses objetivos é o BSC (Balanced Scorecard), modelo proposto em 1992 pelos professores Robert Kaplan e David Norton, da Harvard Business School. Nele, os objetivos são definidos de acordo com quatro perspectivas: Aprendizado e Crescimento; Processos Internos; Cliente e Mercado; e Financeira. Ao se estabelecer objetivos de forma balanceada (daí o nome “balanced” do modelo), temos então uma visão daquilo que é necessário alcançar para garantir o sucesso.

Uma vez definidos os objetivos, a organização se vê diante de um grande desafio: quais projetos devem ser executados para que se alcancem os objetivos estratégicos? Definir uma carteira de projetos alinhada aos objetivos é vital para que a organização concentre esforços naquilo que é estratégico e gera diferencial competitivo.

Toda e qualquer empresa tem limitações (recursos humanos, financeiros, espaço físico, etc.)

para executar suas atividades. Assim, precisa-se selecionar e priorizar as ações, visto que não será possível realizar “tudo ao mesmo tempo agora”. Porém, pesquisas têm comprovado que as organizações ainda possuem clara necessidade de aprimoramento dos processos de definição, seleção e priorização de projetos.

O PMI – Project Management Institute, maior associação sem fins lucrativos do mundo para a profissão de gerenciamento de pro-jetos, conduz uma iniciativa global chamada PMSURVEY.ORG. Trata-se de uma pesquisa

Marcus gregórIo serraNo é presidente do PMI ES, diretor-executivo da Macrogestão Consultoria e Ensino, consultor e professor

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“Definir uma carteira de projetos alinhada aos objetivos é vital para que a organização concentre esforços naquilo que é estratégico e gera diferencial competitivo”

anual, organizada voluntariamente pelos chapters (seções regionais) do PMI de diversos países. A pesquisa atual (2013) contou com 676 par-ticipantes, provenientes de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, França, México, Estados Unidos e Uruguai, representando diversos segmento da economia, como tecno-logia da informação, Governo, terceiro setor, educação, mineração, siderurgia, telecomuni-cações, petróleo e gás, dentre outros.

Alguns dados permitem uma avaliação dos desafios atuais para a manutenção do

alinhamento entre a estratégia e os projetos. Conforme o gráfico 1, percebe-se que 19% das organizações não conseguem garantir alinha-mento algum entre a estratégia definida e os projetos correntes, ora por não haver uma clara comunicação da estratégia, ora por não haver sequer planejamento estratégico. Por outro lado, 39% das organizações mantêm algum alinhamento, mas existem projetos sendo rea-lizados que não contribuem para a estratégia. Apenas 42% indicam que sempre há alinha-mento entre estratégia e projetos.

Já o gráfico 2 acende um grave sinal de alerta de que as organizações precisam ama-durecer seus processos para garantir que os projetos representem a visão estratégica. Quando se fala no nível de utilização de processos formais para seleção e priorização do portfólio (projetos que compõem a carteira da organi-zação e que deveriam entregar tudo aquilo que representa a estratégia definida), 40% dos res-pondentes da pesquisa indicam não ter nenhum tipo de iniciativa para seleção e priorização, desvinculando assim os projetos da estratégia, gerando disputas e conflitos.

Em sua 5ª Edição, o Guia PMBOK® (Um Guia do Conhecimento em Gerencia-mento de Projetos, principal publicação do PMI), define projeto como “um esforço temporário

Fonte: pmsurvey.org - 2013

alinhamento entre estratégia e projetos

Estão sempre alinhados ao planejamento estratégico

Nem sempre alinhados ao planejamento estratégico

Não há alinhamento algum, pois o planejamento estratégico não é comunicado

Não há alinhamento algum, pois o planejamento estratégico não existe

10%

39%

42%

9%

Gráfico 1

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seleção e priorização de projetos

Não existe processo estruturado. Projetos não estão sempre conectados à estratégia e a priorização gera disputas

Gráfico 2

Existe processo estruturado, com critérios claros e definidos, tanto para seleção quanto para priorização

Existe um processo estruturado, com critérios claros e fefinidos, mas apenas para priorização

Existe um processo estruturado, com critérios claros e definidos, mas apenas para seleção

40%

24%

20%

16%

empreendido para criar um produto, serviço ou resultado único.” Dessa forma, projetos são indutores de mudanças e são eles que traduzem a estratégia em ações e resultados reais. E como cumprem esse importante papel, devem ser geren-ciados de forma eficiente, objetivando sempre ser concluídos no prazo definido, nos custos aprovados e atendendo a critérios de qualidade determinados. Porém, ressalta-se aqui a neces-sidade de não apenas “fazer certo os projetos”, mas sim de “fazer os projetos certos”!

Concluindo, é imperativo que as organizações pautem-se em práticas sistematizadas e discipli-nadas para garantir o alinhamento entre estra-tégia e projetos. Isso passa pela definição de critérios claros para a seleção e priorização de projetos, bem como pela disciplina ao usar os métodos propostos. Mudar as prioridades ao sabor de quaisquer ventos é um dos maiores erros que um executivo pode cometer ao gerenciar seu portfólio de projetos. Deve haver real compro-misso com os métodos disponíveis, avaliando continuamente os benefícios gerados pelos pro-jetos e seu apoio ao cumprimento da estratégia. Fonte: pmsurvey.org - 2013

artigo | GERENCIAmENtO DE PROJEtOS

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Pessoas, um diferencial para o desenvolvimento industrial

artigo | INDÚStRIA

a tualmente o fator humano é um grande diferencial das empresas para garantir a competitividade e a possibilidade de crescimento dos negócios. De fato, pessoas estão por trás do sucesso de

empresas de todos os portes e de todos os setores. Se no setor de serviços o atendimento ao cliente

evidencia claramente a importância de investir na qualificação e no bem-estar dos empregados, nas indústrias podemos ver que, ao investir no capital humano, estamos buscando também, além de qua-lificação e bem-estar, a inovação e a melhoria con-tínua dos processos.

Afinal, máquinas não têm ideias, não resolvem problemas, não agarram e muito menos criam opor-tunidades. Somente pessoas proativas e motivadas podem fazer a diferença. Com o desenvolvimento e o aumento do acesso à tecnologia, o maquinário das indústrias tende a se igualar, fazendo com que empresas possam produzir com qualidade seme-lhante, competindo pelo mesmo mercado. É o modo como as pessoas trabalham e interagem nas ati-vidades do dia a dia que pode fazer a diferença.

O investimento em capital humano é um dos critérios – ao lado de instituições sólidas, infraestrutura, sofisticação do mercado e dos negócios – considerados fundamentais para a inovação em qualquer atividade. Com empresas e governos inves-tindo nesses parâmetros, é possível transformar a educação, o conhecimento, a pesquisa e a criati-vidade em inovação, ampliando a competitividade do país no cenário mundial.

Sabemos hoje que as organizações constituem o ambiente no qual as pessoas passam a maior parte de seu tempo realizando atividades em troca de algo. E apenas uma boa remuneração não é suficiente para reter e motivar os empregados ou atrair mão de obra qualificada. É necessário um ambiente onde as pessoas se comprometam de fato com os resultados, que tenham real senti-mento de “dono” em relação às atividades que exercem. Para isso, é preciso oferecer oportunidades de qualificação profissional, promover atitudes para um ambiente saudável e seguro, reconhecer bons desempenhos e promover desafios suficientes para gerar oportunidades de crescimento e reali-zação profissional e pessoal.

O ambiente de trabalho deve ser cada vez mais atrativo. Na Vale, temos empreendido esforços nessa transformação aplicando ações dos sistemas de gestão de Saúde e Segurança e de Meio Ambiente, do Programa Vale de Qualidade de Vida, revitalizando os espaços físicos com o Vale em Cores, apoiando iniciativas de trabalho voluntário e incrementando diálogos sociais com públicos externos e o nível de visi-tação à nossa área operacional, entre outras.

O Brasil tem um grande desafio rumo ao crescimento econômico sustentável e deve estimular e contar com a contribuição das empresas. Para suportar a nova condição eco-nômica do país, recursos financeiros e tecnoló-gicos não bastam. Investir em talentos passou a ser fator de competitividade para o desen-volvimento. É preciso desenvolver mais com-petências para obtermos mais produtividade. Nesse sentido a Vale tem implementado um robusto plano de carreiras e e sucessões. Nele, a partir da definição clara das responsabilidades e competências necessárias para cada cargo, é identificado o potencial de carreira no curto e médio prazos e traçado o perfil de compe-tências de cada profissional, que é avaliado por gestores, clientes e colegas de trabalho,

MaurÍcIo MaX é diretor de Pelotização da Vale

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para, então, elaborar um plano de desenvolvi-mento individual.

Países como China e Coreia, que obtiveram forte crescimento econômico e tecnológico nas últimas décadas, incluíram educação e formação profissional como itens estraté-gicos de desenvolvimento de longo prazo. E o empresariado tem uma contribuição importante para dar ao país em relação ao desenvolvimento profissional. Contribuição essa que terá efeitos diretos nos negócios de cada empresa que se dispuser a investir, e também um resultado mais amplo para o cenário econômico do país. O Senai tem exercido um papel importante no Espírito Santo e no Brasil no auxílio à formação pro-fissional de acordo com o perfil demandado pela indústria, que, por sua vez, já foca há um longo tempo em programas para formação básica e técnica dos trabalhadores.

Hoje vemos organizações voltadas para o futuro, preparando-se para garantir competitividade e crescimento no mercado por meio do investi-mento em seu capital humano. Por isso é tão importante a gestão de pessoas dentro das orga-nizações, atuando em toda a estrutura, desde o nível de produção até a presidência, gerenciando os

“O investimento em capital humano é um dos critérios considerados fundamentais para a inovação em qualquer atividade”

talentos, o conhecimento produzido no ambiente de trabalho e o capital humano disponível.

As indústrias vêm acompanhando o movi-mento de reestruturação e flexibilização dos formatos organizacionais, incentivando seus líderes a assumirem novos papéis, com foco voltado não apenas para a gestão de processos, mas também para a construção de espaços de trabalho mais leves, democráticos, apoiadores, distributivos de poder e realizadores de obje-tivos mútuos. Uma maior aproximação entre a educação formal dos meios acadêmicos e do meio produtivo gera uma possibilidade maior de aceleração das transformações tão necessárias para o futuro do nosso país.

O que está por trás de toda essa mudança é a necessidade de administrar as pessoas mais de perto. De aproximar todos os empregados da alta direção e do planejamento estratégico das empresas. De perceber as pessoas, permitindo que elas realmente trabalhem com o coração e com a inteligência, e não apenas com os músculos ou com os hábitos. Sobretudo, que participem da empresa não como recursos diretos de pro-dução, mas como pessoas criativas, inteligentes, responsáveis, que podem dar contribuições pro-veitosas e necessárias ao sucesso empresarial.

Foto: Agência vale

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Inovação requer investimentos e ecossistema favorável

artigo | INOvAçãO

i novação é o que permite conquistar novos mercados, elevar a empre-gabilidade, o poder de compra e a qualidade de vida da sociedade. A capacidade de inovar é fundamental para as estratégias empre-

sariais, a fim de alcançar lucros mais elevados, que se convertem em investimentos, crescimento econômico e mais oportunidades para o país. São muitas as transformações que reforçam esse papel. A internet e a globalização dos mercados permitem a rápida difusão do conheci-mento, de tecnologias, de novos produtos e abrem as portas a pequenos empresários, novos empreendedores, inventores, cientistas, designers. Mais do que nunca, esses atores dispõem dos meios para inventar, divulgar e comercializar suas criações. A participação de todos faz-se fundamental para que práticas inovadoras ocorram cada vez em maior escala e de maneira sustentada.

A experiência internacional demonstra que não há crescimento econômico sustentável sem o uso criativo do conhecimento orientado para novos produtos, serviços e processos. Isso reforça a necessidade de as empresas brasileiras intensifi-carem o desenvolvimento de seus núcleos de ino-vação. Nesse sentido, é preciso aumentar a inovação nos produtos e serviços, ampliar a produtividade e a inserção das pequenas e médias empresas nas exportações, fortalecer a proteção da propriedade intelectual e de leis comerciais, reduzir os custos de produção, ampliar acordos comerciais/acesso a mercados e aumentar a participação do país na rede de acordos internacionais de comércio, investimento e de tributação.

Avançar nessa pauta é tarefa árdua. Entender e aplicar esses conceitos, atuar como facilitador para criar ambientes favoráveis na empresa, identificar oportunidades, priorizar ideias e projetos, localizar fontes de fomento e realizar o planeja-mento da inovação e sua inserção na gestão estra-tégica da organização são competências essenciais para as lideranças empresariais.

A inovação deve perpassar toda a organização. A integração e o trabalho conjunto de áreas dis-tintas são fundamentais para o sucesso de um sistema de gestão voltado a novos desenvolvi-mentos. Os líderes devem criar formas de esti-mular e capacitar os colaboradores na busca de soluções criativas e alternativas para que os profissionais possam contribuir e participar do processo. Tais ações proporcionam a melhoria do ambiente de trabalho e da produtividade.

Para implementar a gestão da inovação numa organização de forma sistematizada – com resultados mensuráveis – é necessário definir uma estrutura organizacional, como ter clareza sobre as variáveis que afetam seu potencial inovador, identificar pontos fortes e necessi-dades de melhoria.

Essa análise deve considerar o fluxo do pro-cesso decisório da empresa, o alinhamento e o posicionamento estratégicos em relação à inovação e às práticas de gestão utilizadas. Estabelecer a segmentação de mercado,

paulo Mól é superintendente do IEL Nacional

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“Inovar é uma questão de sobrevivência para as empresas que desejam se destacar no cenário econômico”

metas de crescimento e o papel da inovação como suporte à estratégia da empresa são questões-chave a serem contempladas.

Uma vez implementado o planejamento, a utilização de indicadores para avaliar os resultados na empresa permitirá a análise do desempenho do processo e subsidiará a equipe de gestores na tomada de decisões embasadas em conhecimento da situação atual e ten-dências futuras. Inovar é um processo que exige abertura ao erro, desde que reforce o aprendizado. Fomentar um ecossistema na empresa que

permita o erro em função da busca de um dife-rencial competitivo requer mudanças no para-digma cultural dos empresários.

Para contribuir com a inovação na indústria brasileira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) coordena a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) – movimento que conta com o entusiasmo e protagonismo de mais de 100 lide-ranças empresariais e autoridades do Governo. Atualmente, a MEI é um exemplo bem-sucedido de diálogo privado-público por meio da cons-trução conjunta de soluções para impulsionar a inovação e torná-la um tema permanente nas empresas brasileiras. Na MEI, as soluções em gestão da inovação são promovidas em con-junto com 26 Núcleos de Inovação dos Estados, que visam a incentivar as empresas a ino-varem por meio de consultorias, capacitações, elaborações de planos de inovação e projetos para captação de recursos.

Além disso, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), oferece o Inova Talentos – programa criado para incentivar projetos inovadores e capacitar jovens talentos por meio de desafios empresariais.

Trajetórias inovadoras trazem bons resultados, e isso é incontestável. Servem, por exemplo, para abrir ou consolidar mercados. A redução de custos, do consumo de matérias-primas ou de energia, diminuição de desperdícios e tempo de produção ou de setup de plantas indus-triais são resultados econômicos tangíveis. Ganhos em termos de sustentabilidade são rele-vantes, quer pelo compromisso de cada empresa com os desafios globais do meio ambiente, quer pela valorização que clientes ou sociedade em geral dão a este posicionamento.

Inovar é uma questão de sobrevivência para as empresas que desejam se destacar no cenário eco-nômico. Os brasileiros possuem grande potencial inovador por natureza. O desafio é fazer com que essas capacidades sejam absorvidas, organizadas e multiplicadas no mercado nacional e interna-cional de forma sistemática.

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aBertUra | CENÁRIO E PERSPECtIvAS

e m meio a um cenário de alta da inflação e baixo crescimento, a economia vem encolhendo em 2014, caracterizando

um quadro definido pelos economistas como recessão técnica. Para a classe empresarial,

os primeiros sete meses do ano apresen-taram muitas oscilações, emitindo sinais de cautela. No Brasil, a produção indus-trial acumula recuo de 2,8% de janeiro a julho, sendo que este último mês registrou

Estagnação da economia preocupa a indústriaA instabilidade do mercado está se refletindo de modo negativo no índice de confiança dos empresários capixabas, o que prejudica os investimentos

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e indústria de transformação (-4,5%), enquanto o setor extrativo assinalou o impacto positivo mais relevante (+ 3,4%).

O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, estima que o setor produtivo vai ter um bom crescimento, alavancado pelas ampliações de plantas industriais já existentes e pelos projetos que serão implantados em várias regiões do Estado. “Acredito que vamos fechar o ano com um desempenho acima da média nacional e que esse crescimento vai continuar em 2015. As ampliações da 8ª Usina da Vale,

uma pequena alta de 0,7% frente a junho, depois de cinco meses seguidos de retração. Na avaliação de especialistas, o resultado ainda não deve representar o início de uma tendência de recuperação para o setor.

Já o segmento industrial capixaba, após sucessivas quedas durante o ano, em julho avançou 3,6% frente ao mês anterior, mas no acumulado do ano – de janeiro a julho – conti-nuou assinalando redução (-0,2%) ante igual período de 2013. As principais contribuições negativas vieram das atividades de metalurgia básica (-10,1%), produtos alimentícios (-8,3%)

Mesmo com a inércia da economia,

a expectativa é de que o Estado feche o ano com

desempenho acima da média nacional

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da 4ª Usina da Samarco, a reativação do alto-forno da ArcelorMittal e o início de opera-ção da Bertolini (Itatiaia), do Estaleiro Jurong e da Weg Motores vão agregar muito à produ-ção industrial do Estado”, afirmou.

No segmento de rochas, as expectativas para o Espírito Santo eram de franco crescimento no início de 2014, mas uma retração no mercado externo a partir do segundo semestre levou o segmento a reavaliar as perspectivas. Além do mercado norte-americano, outros países também diminuíram a demanda pelas rochas capixabas.

“Acredito que não vamos fechar o ano de 2014 com saldo negativo, mas devemos ter um retorno menor que em 2013”, avaliou o presi-dente do Sindirochas do Espírito Santo, Samuel Mendonça. Nos primeiros sete meses do ano, até julho, a atividade movimentou US$ 603 milhões, uma expansão de 4,16% em relação ao mesmo período do ano passado.

Cai a confiança dos empresários na economia

A instabilidade do mercado já provoca expectativas negativas no meio empreendedor. No país, a confiança do empresário caiu 7,7 pontos em setembro, em comparação ao mesmo mês de 2013. A falta de confiança já perdura por seis meses seguidos, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Ante agosto de 2014, o índice ficou no mesmo nível. O levanta-mento mostra que a falta de confiança é genera-lizada em todos os portes de empresas e que a queda no índice é resultado da percepção de piora nas condições da economia e das empre-sas, o que compromete a atividade industrial e prejudica os investimentos.

No Espírito Santo, apesar de o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) ter apresentado uma elevação de 5,4 pontos em setembro em relação ao mês anterior, a tendência tem sido de queda e, na compara-ção com setembro de 2013, cujo indicador era de 55,1 pontos, o Icei mostrou um recuo de 5,0 pontos, segundo o Instituto de

“Acredito que o Espírito Santo vai fechar o ano com um desempenho acima da média nacional e que esse crescimento vai continuar em 2015” Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes

Nove anos após o início das obras de ampliação e modernização do aeroporto de Vitória, o projeto não decolou, e o Governo Federal vai começar um novo processo da estaca zero

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Desenvolvimento Educacional e Industrial do ES (Ideies). Abaixo de 50 pontos, o índice representa falta de confiança no crescimento da economia, tanto em termos atuais como para os próximos seis meses.

“O que elevou a confiança no mês de setembro foi a crença que o empresário está sentindo no seu próprio negócio, que é levada a produ-zir mais nessa época do ano para suprir o comércio, mas as expectativas em relação à economia e ao Estado continuam pessimistas para os próximos seis meses. O baixo cresci-mento da economia nacional, a inflação alta e o endividamento das famílias estão se

refletindo de modo negativo na confiança dos empresários”, destacou o diretor-executivo do Ideies, Doria Porto.

O Produto Interno Bruto (PIB) nacional dá sinais de que vai ficar bem abaixo do que o inicialmente esperado. Segundo o relatório Focus, do Banco Central, em setembro os economis-tas reduziram a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2014 para 0,29%, percentual menor ainda do que a estimativa anterior, de 0,30%, e bem abaixo do PIB de 2013, cujo avanço já foi tímido, de 2,3%. Ao longo do ano, essa foi a 18ª redução feita pelo BC nas projeções para o PIB de 2014. Os novos números já impactam as perspec-tivas para 2015, cuja estimativa caiu de 1,1% para 1,04%. As previsões do relatório para a produção da indústria nacional também não são animadoras: retração de 1,95% no ano e provável expansão de apenas 1,50% em 2015.

Em contrapartida, no Espírito Santo o PIB estadual cresceu 1,1% de janeiro a junho em relação ao mesmo período de 2013, demons-trando uma recuperação da economia capixaba no primeiro semestre, segundo o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). O bom desempenho do segundo trimestre reverteu o comportamento negativo registrado no trimestre anterior.

Novos investimentosApesar do cenário, o Espírito Santo tem uma

carteira de projetos com investimentos previs-tos de R$ 113 bilhões até 2017, o que mostra a capacidade do Estado em atrair empreendimentos

“O baixo crescimento da economia nacional, a inflação alta e o endividamento das famílias estão se refletindo de modo negativo no índice de confiança dos empresários capixabas” - Doria Porto, diretor-executivo do Ideies

A implantação do Estaleiro Jurong em Aracruz, que está em fase final de construção e entrará em operação no final deste ano, vai consolidar o polo naval do Estado

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Foto: Divulgação

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que dinamizam a economia, de acordo com o IJSN. Desse total, o setor de infraestrutura possui a maior participação, com 55,2% dos projetos (R$ 62,3 milhões). O destaque fica por conta do segmento energia (R$ 41,8 milhões), especialmente nas áreas de petróleo e gás. Em seguida, está a indústria, com 29,7%.

Na área de petróleo e gás, há investimen-tos previstos para até 2020, com R$ 60 bilhões distribuídos em 90 projetos no setor energé-tico, de acordo com informações do Governo do Estado. Entre as companhias que estarão à frente dos novos negócios encontram-se Imetame, Vipetro, Shell, Statoil (Noruega), Balmoral (Escócia), Petrobras e Prysmian.

Mesmo com o cenário de retração na economia, na avaliação do secretário de Estado de Desenvol-vimento, Nery De Rossi, o Espírito Santo conti-nua competitivo para atrair novos investimentos. “Desafios sempre irão existir, mas contamos com regras claras e um ambiente institucional estável, além de os 28 municípios no norte do Estado estarem inseridos na região da Sudene e de sermos a ponte de ligação entre as regiões Sudeste e Nordeste, um mercado em ascensão, o que nos permite pensar na descentralização e na diversificação da economia”, afirma.

“Além dos contratos de competitividade e dos incentivos do Invest-ES, que já atraiu 140 investimentos, superiores a R$ 11 bilhões, vários empreendimentos vão agregar valor econômico, atrair novas empresas e fortale-cer as cadeias produtivas locais”, aposta Rossi. Ele cita o Estaleiro Jurong, de Aracruz, a fábrica de ônibus da Marcopolo e a indústria de móveis da Bertolini, já em fase final de instalação, além da Weg Motores, a Itatiaia e o Terminal de GLP da Petrobras, em Barra do Riacho, que já estão em operação. “Só o segmento de petróleo e gás garantirá ao Estado mais de 500 mil barris de óleo por dia nos próximos cinco anos. Além das bases consolidadas, estamos avançando para atividades complementares, como a indústria naval, o que coloca o Estado numa nova etapa de desenvolvimento”, conclui.

O Sistema Findes tem atuado desde a prospec-ção dos novos empreendimentos até a articula-ção junto ao poder público, contribuindo para a diversificação do perfil da produção capixaba e para a consolidação de um novo ciclo industrial. Uma das metas agora é incentivar a indústria

local a trabalhar com conteúdo tecnológico de maior valor agregado, para que a economia não fique tão dependente das commodities.

“As commodities vão continuar sendo importantes para a economia do Estado, mas temos que buscar um outro tipo de indústria para atender ao mercado nacional e ao internacional. A vinda de novas plantas, que fazem uso mais intensivo da tecnolo-gia - como a Weg, a Itatiaia, a Marcopolo e o Estaleiro Jurong -, agrega mais valor aos produtos, atrai novas empresas fornecedoras e, com isso, gera mais oportunidades e novos negócios para as indústrias capixabas”, afirmou o presidente da Findes, Marcos Guerra.

Um problema a ser resolvido é a carência de mão de obra qualificada para as empresas que chegam e para aquelas já instaladas no Estado. Para isso, o Sistema Findes vai reali-zar investimentos no valor de R$ 150 milhões, dos quais mais de 80% são voltados à educa-ção profissional. Até 2017, segundo levanta-mento da Federação das Indústrias, serão abertos 44,5 mil novos postos de trabalho com a vinda dos futuros empreendimentos. Os recursos do Sistema Findes já estão sendo aplicados para o aumento de matrículas no Senai, no Sesi e no IEL-ES. Serão mais de um milhão de vagas em diversos cursos até 2017, distribuídos por todas as regiões do Estado.

“Já temos bases consolidadas e estamos avançando para atividades complementares, como a indústria naval, o que coloca o Estado numa nova etapa de desenvolvimento” Nery De Rossi, secretário de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo

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Espírito Santo mais forte e competitivoAtento aos novos investimentos, Sistema Findes anuncia a criação do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás para capacitar mais empresas no segmento

eCoNomia | PEtRólEO E GÁS

F erramenta para dar visibilidade à indús-tria e capacitá-la, o Fórum Capixaba de Petróleo e Gás foi anunciado em feve-

reiro deste ano para integrar 19 entidades do Espírito Santo na discussão sobre o fomento da cadeia de produção, que receberá investimentos bilionários na região nos próximos anos.

A iniciativa tem a Federação das Indústrias do Estado (Findes) em seu Comitê Executivo, formado também pelo Governo do Espírito Santo, representado pela Secretaria de Estado de Desen-volvimento (Sedes), e pela Petrobras.

O Fórum se torna um importante mecanismo diante dos vultosos investimentos da cadeia capixaba de petróleo-gás. No norte do Estado, será construído em Urussuquara (São Mateus) o terminal portuário Petrocity, que deve começar a operar no fim de 2015. Ele receberá aporte finan-ceiro de R$ 1 bilhão para trabalhar no reparo de plataformas e embarcações de apoio offshore, entre outros serviços. Em ritmo acelerado de construção, o Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) já é uma realidade, e seu projeto está orçado em R$ 800 milhões.

Já no sul, estão com licenças ambientais garan-tidas, em Itapemirim, a base de apoio logístico da Edison Chouest – com investimentos de R$ 400 milhões e previsão de entrada em opera-ção em dois anos –, e o terminal marítimo de apoio da Itaoca Offshore, cujo projeto é de R$ 450 milhões, representando outros reforços à cadeia.

Diante dessa realidade, a palavra-chave do Fórum, de acordo com o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, é “capacitar”. “Precisamos capacitar as indústrias para atender ao segmento. Vale desde as tarefas mais comple-xas até, por exemplo, servir alimentos para plata-formas. As oportunidades vão surgindo, e nós estamos nos preparando”, garantiu Guerra.

Para melhor se estruturar, o Fórum Capixaba definiu alguns pilares de atuação, compilados em sua “Agenda Estratégica” (veja as propos-tas na tabela ao final). Entre os objetivos do grupo, estão o incentivo ao desenvolvimento de novos produtos e serviços que atendam ao setor; a geração de oportunidades para as empresas

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locais; e o fortalecimento da imagem do Estado para atração de investimentos.

Nestes últimos quesitos, já em agosto, uma comitiva de 12 empresários, sob a coorde-nação do Centro Internacional de Negócios (CIN-ES) do Sistema Findes, foi à Noruega parti-cipar da feira Offshore Northern Seas. A viagem

serviu para resgatar parcerias entre noruegueses e empresariado local. O Espírito Santo também contou com maciça divulgação durante a feira Rio Oil and Gas, principal evento de petró-leo e gás da América Latina, ocorrida entre 15 e 18 de setembro.

mais investimentosOs investimentos direcionados pela Petrobras

para o Espírito Santo nos próximos anos regis-traram crescimento. Se no Plano de Negócios 2013-2017 havia a previsão de aportes de US$ 14,4 bilhões, o Plano 2014-2018 projeta US$ 16,2 bilhões, de acordo com o gerente-geral de Exploração e Produção (E&P) da estatal no Espírito Santo, José Luiz Marcusso. Os inves-timentos futuros tiveram projeção de aumento pela inserção, no Plano, de duas plataformas de petróleo: ES Águas Profundas e Sul Parque das Baleias, que ainda serão implementadas.

Com produção média de 350 mil barris de petróleo/dia, o Estado capixaba deve chegar à produção diária de meio milhão de barris por dia até o final de 2014, especialmente pela efici-ência da plataforma P-58, última a entrar em

Petrobras vai investir US$ 16,2 bilhões em

petróleo e gás no Estado até 2018

É o valor estimado para investir no Complexo Gás-Químico UFN-Iv em linhares

R$ 5 bilhões

agenda estratégica para o Desenvolvimento da cadeia petróleo-gás

O Fórum Capixaba de Petróleo e Gás definiu cinco pilares para consolidar o segmento no Espírito Santo:

• Elaboração de agenda integrada de participação em eventos (responsabilidade da Sedes);

• Programa de Promoção de Joint ventures: ambientes favoráveis à criação de joint ventures por meio de transferência de tecnologia (responsabilidade do IEl-ES);

• Polo de Inovação em Petróleo e Gás: promoção de pesquisa e inovação em processos (responsabilidade do Ifes);

• Programa de Atendimento a Demandas tecnológicas: ampliação de negócios às empresas capixabas por meio de empresas-âncoras (responsabilidade do IEl-ES e do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores [PDF]);

• Observatório de Formação e Qualificação: ações de capacitação e identificação de novas demandas (responsabilidade do Senai).

Foto: Agência Petrobrás

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operação, em março de 2014. Ela tem capaci-dade para extrair 180 mil barris de petróleo/dia.

Quanto ao Brasil, a estatal prevê investir, até 2018, US$ 220,6 bilhões, sendo US$ 153,9 bilhões para Exploração e Produção; US$ 38,7 bilhões para Abastecimento; US$ 10,1 bilhões para Gás e Energia; US$ 9,7 bilhões para Internacional;

US$ 2,7 bilhões para Distribuição; US$ 2,3 bilhões para Biocombustíveis; US$ 2,2 bilhões para Engenharia, Tecnologia e Materiais; e mais US$ 1 bilhão em outras áreas.

Subsidiária da Petrobras, a Transpetro comemo-rou o bom desempenho do Terminal Aquavi-ário de Barra do Riacho (TABR), em Aracruz, no primeiro semestre de 2014, que quadruplicou o carregamento de carretas com gás liquefeito de petróleo (GLP).

A unidade, que em novembro de 2013 era responsável por 22% do abastecimento do mercado local, hoje, concentra toda a movimen-tação capixaba de GLP por via rodoviária. Desde o início do ano, o TABR tem movimen-tado, mensalmente, cerca de 12 mil toneladas do produto. São, em média, 530 carretas por mês.

Em Linhares, está entre os planos da estatal a implantação do Complexo Gás-Químico UFN-IV, cujo projeto está em elaboração. Com estima-tiva de mais de R$ 5 bilhões em investimen-tos, o empreendimento ficou de fora, desta vez, do Plano 2014/2018.

Fórum Capixaba de Petróleo e

Gás vai dar maior competitividade às indústrias no

Espírito Santo

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eCoNomia | ROCHAS ORNAmENtAIS

N o início de 2014, a expectativa para o setor de rochas no Espírito Santo era de franco crescimento. O parque

industrial capixaba se planejou para um aumento na demanda, vinda principalmente do mercado externo. “As empresas capixabas se prepararam para alcançar uma alta produção. Foram investidos milhões em teares multi-fios, novas politrizes e novas linhas de resina. Hoje, há empresários que afirmam conseguir finalizar o beneficiamento de um bloco em um dia, o que, sem investir pesado em tecno-logia, é pouco provável”, explicou o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça.

Até meados de julho, os investimentos valeram a pena, e os empresários do segmento esperavam repetir o sucesso de 2013, quando, de acordo com dados do Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas), o Espírito Santo exportou quase 2 milhões de toneladas de pedras, o que representa 70% do total embarcado pelo Brasil e 27% a mais que o alcançado no ano anterior.

No entanto, uma retração no mercado externo levou o setor a reavaliar as expec-tativas. “No primeiro semestre, o Espírito Santo foi responsável por 79% das expor-tações brasileiras de rochas ornamentais. Era esperado um bom resultado no segundo semestre, mas dificilmente alcançaremos os números de 2013”, afirmou Mendonça, que atribui o retorno abaixo do esperado a um recuo do mercado externo. “No início do ano, os Estados Unidos, nosso principal cliente, estavam abertos aos negócios e com disponibilidade para comprar. Mas no segundo semestre o mercado norte-americano esfriou e foi acompanhado pelo restante do mundo”.

Além da redução na quantidade exportada no segundo semestre de 2014, a atividade também registrou uma importante queda no valor médio de comercialização de pedras, só que, dessa vez, desde o início do ano. Em julho, o preço médio da tonelada de rocha bruta exportada pelo Brasil já acumulava uma queda

Apesar do mercado ruim, Espírito Santo

mantém a posição de maior exportador de rochas ornamentais do Brasil. Até julho,

79% das vendas externas saíram de território capixaba

Preocupação no setor de rochasRetração do mercado no segundo semestre surpreende empresariado

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O Espírito Santo mantém a posição de maior exportador de rochas ornamentais do Brasil, acumulando mais de 90% dos investimentos do parque industrial brasileiro desse segmento. Hoje, cerca de 3.500 empresas - que atuam desde a extração/produção de rochas ornamentais até a sua exportação – estão instaladas em terras capixabas. Segundo dados do Centrorochas, dentre as 40 maiores companhias exportado-ras do Estado, 14 atuam nesse mercado, que ocupa o terceiro lugar na balança comercial local. Informações divulgadas pelo Governo do Estado dão conta de que a exploração de pedras ornamentais é o terceiro maior gerador de receita para o Espírito Santo e responde por 7% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba.

Por sua importância, o Espírito Santo foi escolhido para receber o primeiro núcleo regional do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O núcleo, que já desenvolvia pesquisas no Estado desde 2007, teve sua sede própria inaugurada em agosto, na cidade de Cachoeiro de Itapemirim. O objetivo é desenvolver pesquisas tecnológi-cas na área mineral, além de oferecer serviços técnicos ao setor.

As projeções para 2015, segundo Mendonça, são complicadas. “É difícil fazer projeção nessa área. Os empresários apenas acreditam no mercado e fazem o que acham que tem que ser feito. O setor está se organizando para conseguir fazer uma análise de futuro, proje-ção de demandas... mas, por enquanto, traba-lhamos na intuição”.

Mas o presidente dá uma dica: “Nosso cresci-mento depende de uma mudança nas ações de marketing das empresas. É necessário divul-gar mais os produtos para o consumidor final, como os arquitetos, que são quem vai deter-minar a compra. Dessa forma, estimulamos o consumo e provocamos o desejo de compra. Esse investimento, inclusive, deve se voltar para o mercado externo”, finalizou.

Foi o total exportado pelo Espírito Santo até julho deste ano

US$ 603 milhões

de quase 50% em relação a 2013. O Espírito Santo sentiu esse recuo de forma mais severa. Naquele mês, quando o mercado brasileiro regis-trava, em média, um valor 2,26% menor que no mesmo período de 2013, as rochas capixa-bas estavam 4,28% mais baratas.

A baixa no preço, segundo Mendonça, está relacionada, justamente, ao cenário apresen-tado no início desta reportagem: o aumento da capacidade produtiva, conseguido a partir dos altos investimentos na modernização acelerada do parque industrial. “Houve uma explosão na oferta, e o mercado não absorveu. Com a grande quantidade de material de boa qualidade à disposição, os produtores tiveram que reduzir os preços para garantir o fecha-mento de negócios e não ficar com estoque parado. Hoje, isso preocupa”, explicou.

Ao fechar as contas, o que afasta o setor de um 2014 com resultados no vermelho é o superá-vit no volume de vendas do primeiro semestre. Apesar de venderem mais barato, os produtores capixabas conseguiram repor os investimentos e manter a balança positiva. Segundo informa-ções retiradas da base de dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e repassadas pelo Sindirochas, até julho o Estado vendeu, para o mercado externo, 1,12 milhão de toneladas de rochas ornamentais, 6,6% a mais que o exportado no mesmo período de 2013. Traduzindo em valores, as vendas totali-zaram US$ 603 milhões no período, 4,16% a mais que o acumulado no primeiro semestre do ano passado.

Mesmo com os dados do segundo semes-tre ainda não consolidados, o presidente do Sindirochas avalia o cenário: “Não fechamos 2014 com saldo negativo, mas sem dúvida, teremos um retorno menor que em 2013”.

Cenário capixabaAinda que com resultados abaixo do esperado,

o Estado se reafirma como liderança no setor.

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Mercado internacional empolga indústria da celulosevendas para o exterior crescem e preços se elevam

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o bom cenário de vendas para o mercado internacional tem deixado otimistas as indústrias de celulose e de papel em

todo o país e também no Espírito Santo.Nos sete primeiros meses de 2014, as expor-

tações de celulose, painéis de madeira e papel somaram US$ 4,346 bilhões, um aumento de 4,3% na comparação com igual intervalo de 2013, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ). A tendência é de crescimento até o fim do ano. Historicamente, o segundo semestre é de demandas melhores em todo o mundo.

Lucro líquido da Fibria no segundo

trimestre foi de R$ 631 milhões

Na Ásia, as compras estão em um bom ritmo, e na Europa os negócios começam a melhorar.

Um dos fatores do avanço foi o anúncio de fechamento de fábricas de celulose na Europa, como a espanhola Ence, que resultará na saída do mercado de cerca de 600 mil toneladas por ano da matéria-prima, o que pode elevar os preços no curtíssimo prazo. Na avaliação da consultoria financeira Goldman Sachs, é possível que as cotações encerrem o ano com um aumento de US$ 40 por tonelada em relação aos níveis atuais (US$ 726 por

Foto: Divulgação/Fibria

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tonelada na Europa) – US$ 20 por tonelada a partir de outubro e outros US$ 20 por tonelada em dezembro.

O volume de celulose exportado pela Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, que tem no Estado (em Aracruz) a sua maior fábrica, refletiu a expansão da demanda: cresceu 13,6% no período levan-tado pela IBÁ, com 6,065 milhões de tonela-das vendidas e receita de US$ 3,092 bilhões. A unidade de Aracruz produz 2.340 milhões de toneladas do produto ao ano. As vendas são direcionadas especialmente à Europa (46%) e à Ásia (26%).

No segundo trimestre deste ano, a Fibria teve lucro líquido de R$ 631 milhões, muito acima dos R$ 19 milhões registrados no primeiro trimestre, recuperando-se do preju-ízo de R$ 593 milhões ocorrido no segundo trimestre de 2013.

O presidente do Sindicato da Indústria de Papel e Celulose do Espírito Santo (Sindipapel), José Braulio Bassini, acredita que há ainda mais potencial para a empresa se destacar e conquis-tar outros mercados internacionais.

Com esse bom desempenho da Fibria, uma cadeia de produção se beneficia. No primeiro semestre de 2014, a produção de celulose representou 57,5% das exporta-ções do agronegócio capixaba. Boa parte da matéria-prima vem de florestas plantadas, que servem de alternativa de renda a produ-tores rurais em 68 municípios.

A partir dos lucros, a Fibria aponta para novos investimentos no Estado. Há a inten-ção de criar uma fábrica de biocombustível e de ampliar o Portocel.

Os setores de celulose e papel empregam no Estado cerca de 10 mil trabalhadores, de acordo com estimativa do Sindipapel.

incentivo ao papelO setor de papel no Espírito Santo vai

se fortalecer ainda mais com a chegada da Carta Fabril a Aracruz. De acordo com o

secretário de Desenvolvimento local, Antônio Eugênio Cunha, a companhia iniciará a terra-planagem até dezembro. O ato de licença municipal de instalação foi concedido no último dia 14 de agosto.

A proximidade com a Fibria foi um dos motivos que levaram a fabricante a se insta-lar na cidade. Ela vai investir na produção de papel tissue – de uso pessoal, como guarda-napos e papel higiênico – e terá no Espírito Santo a maior fábrica desse material no mundo, instalada numa área de 60 hectares. O investi-mento é estimado em US$ 1 bilhão até 2024. A primeira etapa de operação deve ser iniciada até 2015, segundo previsão da empresa.

Para o presidente da Findes, Marcos Guerra, há inúmeros benefícios com a instalação da Carta Fabril no Espírito Santo. “A matéria-prima (celulose) está bem do lado. A transa-ção de ICMS vai ser muito boa. Ela vai vender produtos elaborados e tem tudo para dar certo.”

trabalham nas empresas de celulose e papel no Espírito Santo

10 mil

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eCoNomia | lOGÍStICA E INFRAEStRUtURA

o s problemas de infraestrutura logís-tica continuam sendo um grande desafio, e estradas precárias, portos e

aeroportos ineficientes, entre outras questões, geram uma conta cara para a economia brasi-leira. Segundo pesquisa do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), o custo logístico equi-vale a 11,5% do PIB nacional, algo em torno de US$ 500 bilhões. Os dados, divulgados em outubro de 2013, referem-se ao ano de 2012.

Um dos maiores problemas da agenda de infra-estrutura é o atraso das obras, que compromete o desenvolvimento do país. Recente pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que em apenas seis obras atrasadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o prejuízo é de R$ 28 bilhões. Uma das obras

analisadas é a do Aeroporto de Vitória, que gerou um prejuízo de R$ 179,5 milhões.

A ‘novela’, que se arrasta desde 2005, teve início com a paralisação da obra, em 2008, por suspeitas de irregularidades. Um novo projeto foi encaminhado para análise do Tribunal de Contas de União, e, após muitas marchas e contramarchas, este ano os minis-tros determinaram uma nova licitação para o caso. O edital para a escolha da empresa foi publicado em julho e a abertura das propos-tas, que inicialmente tinha sido marcada para 8 de outubro, foi adiada para o dia 20 de novem-bro, a pedido das próprias empresas que parti-ciparão da licitação.

Segundo o estudo da CNI, o aeroporto opera com uma das maiores taxas de

As obras no Porto de Vitória devem

aumentar a sua capacidade de 8 milhões para

12 milhões de toneladas por ano

Logística: gargalos limitam desenvolvimento do EstadoAusência de estrutura eficiente para escoamento de cargas é um dos principais entraves a um maior dinamismo da economia capixaba

Foto: Elizabeth Nader

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Que equivalem a 11,5% do PIB nacional, é o valor do custo logístico do país devido às deficiências em infraestrutura

US$ 500 bilhões

ocupação entre os 20 principais terminais desse modal do país. Mesmo com algumas melhorias realizadas, funciona acima de sua capacidade. “Esperamos que não haja mais atrasos, pois já pagamos uma conta muito alta. O Estado é um dos que menos recebem inves-timentos do Governo Federal. Em 2013, segundo dados da Receita Federal, o Estado pagou R$ 18,5 bilhões em impostos à União, e desse valor só 36,6% retornaram em inves-timentos – a 19ª pior taxa de retorno entre os estados brasileiros”, disse o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra.

Sobrevida ao Porto de VitóriaAs deficiências se estendem para a infraestru-

tura portuária. Hoje, navios cada vez maiores fazem o transporte transcontinental, e o Porto de Vitória não tem capacidade para recebê-los – problema que afeta também outros portos brasileiros –, fazendo o Espírito Santo perder mercado para o Rio de Janeiro (35% da expor-tação de café e 30% da de granito) e para portos de outros estados, além de linhas de navega-ções internacionais.

Para dar sobrevida ao porto, a Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) investiu R$ 500 milhões em obras no mar e em terra, mudando a profundidade e a largura do canal de acesso, o que propiciará que a carga dos navios passe de 40 mil para 70 mil toneladas e aumentará a capacidade do porto de 8 milhões para 12 milhões de toneladas por ano. As obras, que terminam em dezembro, devem contribuir para que as exportações de mármore e granito voltem a ser realizadas pelo Porto de Vitória. Atualmente, esses embarques são feitos pelos portos de Ubu e do Rio.

A ampliação dará sobrevida ao terminal até que seja construído o porto de águas profundas. “Aí, sim, teremos o Espírito Santo em plena competitividade para receber as grandes embarca-ções mundiais”, afirmou o presidente da Codesa, Clóvis Lascosque. Segundo ele, estudos desenvol-vidos pela companhia apontam Vila Velha como o melhor local para a construção do superporto. “Em dezembro de 2013 concluímos e entregamos o estudo à Secretaria de Portos e aguardamos um sinal verde para que possamos prosseguir com

os estudos ou definir o modelo a ser adotado, que pode ser uma parceria público-privada”, diz.

rodovias As rodovias federais no Espírito Santo têm

parte do problema equacionado com a dupli-cação da BR-101, que está sendo realizada pela concessionária ECO 101. Já o trecho da BR-262 (ES-MG) não conquistou o interesse dos investi-dores no leilão promovido em setembro de 2013, e o Governo Federal anunciou que a via será dupli-cada com verbas públicas. “A via é de fundamental importância para escoar a produção do Estado. Esperamos que o Governo faça todos os esforços para a sua conclusão, para que não se compro-meta ainda mais o nosso sistema logístico”, disse o presidente do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) do Sistema Findes, Constantino Dadalto.

Na esfera estadual, o Governo promete entregar em 2015 a obra completa da Rodovia Leste-Oeste, que ligará Cariacica a Vila Velha, e que havia sido prometida para 2008. O atraso elevou seu custo de R$ 70 milhões para R$ 180 milhões. A estrada vai reduzir em 20 minutos o percurso entre as BR-262/BR-101 e a Rodovia Darly Santos e será uma importante ligação com o Terminal Portuário de Capuaba, resultando num menor custo do frete e em maior competitividade das operações portuárias.

Já a construção da ferrovia entre Vila Velha, Campos e Rio de Janeiro, que irá viabilizar uma alternativa para escoar vários tipos de carga, é um projeto que não avançou porque nenhum leilão foi realizado ainda no Programa de Inves-timentos em Logística (PIL) do Governo Federal. Em 2013, o Executivo teve que revisar as regras de concessão por determinação do TCU, que as considerou juridicamente frágeis.

integração de projetosPara solucionar os gargalos logísticos, o Estado

vem apostando na integração de projetos com o Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável (Proedes), que contempla investi-mentos acima de R$ 3 bilhões, a serem execu-tados a longo prazo. Além de intervenções em 39 vias do modal rodoviário, o programa articula os investimentos da iniciativa privada e do Governo Federal, como o Porto Norte Capixaba (Manabi), em Linhares, o Estaleiro Jurong Aracruz

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(EJA) e os projetos para criar quatro aeroportos regionais no Estado. O Aeroporto de Linhares é o que se encontra em estágio mais avançado, com o estudo de viabilidade técnica concluído. Após análise da Secretaria de Aviação Civil, será elaborado o edital para licitar a obra. Mas os de Colatina, Cachoeiro e São Mateus ainda estão em fase de estudo preliminar.

O problema da logística não é novo e não vai ser solucionado a curto prazo. Mas os empre-sários alegam no estudo da CNI que os prejuí-zos com o atraso nas construções poderiam ser evitados se não ocorressem obstáculos como má qualidade dos projetos usados para a execução do orçamento e posterior licitação das obras; demora na obtenção de licenças ambientais e nas desapropriações; e má gestão das interven-ções, fatos recorrentes no país.

Para o presidente da Federação das Empre-sas de Transportes do Espírito Santo (Fetrans-portes), José Antonio Fiorot, os investimentos em projetos integrados são, de fato, importantes para o desenvolvimento do Estado e de todo o país, mas as obras precisam estar (bem) plane-jadas para que os resultados sejam alcançados. “Essas obras exigem eficiência na sua condução, com estudos e projetos bem elaborados, mão de obra qualificada e compromisso do poder público – sem atrasos com a burocracia e com as licenças ambientais, as grandes vilãs dos entraves. Se esses fatores não estiverem alinhados, corremos o risco de perder os investimentos”, afirmou.

O prejuízo pelo atraso das obras do Aeroporto de Vitória, que se arrastam desde 2005, já é de R$ 179,5 milhões

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eCoNomia | mINERAçãO E SIDERURGIA

S e 2013 foi um ano incerto para a indústria de siderurgia e mineração, 2014 representou a retomada de fôlego

do setor. De acordo com dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), o segmento extrativo foi responsável por puxar para cima o Produto Interno Bruto (PIB) capixaba, devido ao aumento da produção de minérios de ferro pelo-tizados ou sintetizados. O incremento deve-se, principalmente, ao início do funcionamento de novas usinas da Vale e da Samarco Mineração.

SamarcoEm abril, a inauguração da Quarta Pelotização

representou um salto na capacidade produtiva da empresa. A execução incluiu obras no Espírito Santo e em Minas Gerais. Em terras capixabas, o projeto contemplou a construção da Quarta Usina de Pelotização e a ampliação da capaci-dade do Terminal Portuário de Ubu.

A Quarta Usina conta com o maior forno de pelotização do mundo, com 204 metros, e tem capacidade de produzir 8,25 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano, incrementando em 37% a capacidade nominal da Samarco. A previsão é de que a companhia atinja esse patamar em 2015, produzindo 30,5 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano.

“A ampliação da capacidade de produção conso-lida a posição da Samarco como uma das maiores exportadoras do Brasil e a coloca entre as princi-pais fornecedoras de pelotas de minério de ferro do mundo”, ressaltou o diretor-presidente da corpo-ração, Ricardo Vescovi.

De acordo com o Relatório de Produção do primeiro semestre de 2014 da Vale – uma das acionistas da Samarco – a nova usina produziu 1,1 milhão de toneladas de pelotas no segundo trimes-tre deste ano, elevando a produção da planta de Ubu em 34,7% com relação ao primeiro trimestre.

A produção das quatro unidades de pelotiza-ção da Samarco no segundo trimestre, juntas, foi de 3,1 milhões de toneladas.

ValeNo primeiro semestre de 2014, a Vale

aplicou US$ 941,5 milhões no Estado, um aumento de 4% em relação a igual período do ano passado. Em agosto, após alguns meses operando em fase de testes, sua oitava usina de pelotização no Complexo de Tubarão,

Indústria do minério alavanca PIB capixabamineração alcança novos patamares positivos de produção

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mercado”, afirmou o diretor de Pelotização da Vale, Maurício Max.

No Brasil, a mineradora mantém 11 usinas de pelotização, sendo o Espírito Santo o maior polo exportador de pelotas do mundo. No primeiro semestre de 2014, as estuturas de Tubarão alcan-çaram 11,6 milhões de toneladas de pelotas, mais de 50% da produção da empresa no Brasil, que foi de 19,8 milhões de toneladas no semestre.

SiderurgiaEnquanto a indústria da mineração experi-

menta um momento de expansão, a siderur-gia ainda prevê um cenário de dificuldades, pelo menos até o primeiro semestre de 2015. Em agosto, o Instituto Aço Brasil (IABr) revisou para baixo estimativas sobre vendas e produção do setor neste ano, com tendência de queda de 2,5% na produção de aço bruto em 2014. O otimismo fica por conta das exportações, cuja expectativa de crescimento passou de 2,3% para 3,9%.

O número positivo é possível graças à reativação do Alto-Forno 3 da ArcelorMittal Tubarão, em julho deste ano. A unidade, locali-zada na Serra, teve suas atividades suspensas em 2012 para manutenção e, desde então, prosseguia paralisada, por causa da situação global de excesso na produção de aço.

O Alto-Forno 3 tem capacidade nominal de 2,8 milhões de toneladas por ano e possibilitou que a planta de Tubarão retomasse a capaci-dade de operação total, de 7 milhões de tonela-das por ano, reduzida desde a crise mundial de 2008. A produção da estrutura é destinada, principalmente, ao abastecimento da AM/NS Calvert, laminadora localizada no Estado do Alabama (EUA), adquirida pela ArcelorMittal, em parceria com a Nippon Steel & Sumitomo, no final de 2013.

Câmara SetorialQuando se fala em mineração, é importante

lembrar que o setor não é composto apenas por grandes companhias. Para apoiar os pequenos e médios empresários, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) instalou, em março deste ano, a Câmara Setorial das

Foi o valor investido pela vale no ES no primeiro semestre do ano

US$ 941,5 milhões

em Vitória, entrou em ramp up. Com capacidade para produzir 7 milhões de toneladas de pelotas por ano, a Usina 8 vai elevar para 36,2 milhões de toneladas a capacidade anual de produção do complexo, um aumento de 24%.

“Com investimento de mais de US$ 1,3 bilhão, a unidade é a maior do Complexo de Tubarão. Esse investimento consolida o Estado como o maior exportador de pelotas de ferro do mundo, garantindo nosso atendimento à demanda do

Produção de pelotas de minério de ferro

retoma crescimento no Estado

Foto: Agência vale

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Indústrias de Mineração, que busca melhorar a eficiência, logística e competitividade das empre-sas de pequeno e médio porte do segmento, possi-bilitando seu desenvolvimento no Espírito Santo.

A Câmara é composta por três entidades patronais: Sindicato da Indústria de Extração de Pedreiras e Areia de Vitória (Sindipedreiras); Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais,

Cal e Calcários do Estado do Espírito Santo (Sindirochas); e Sindicato das Indústrias de Cerâmica do Estado do Espírito Santo (Sindicer).

“Os problemas registrados pelas pequenas e médias empresas do setor são os mesmos, sejam elas de extração de rochas, areia ou produção de cerâmica, e giram em torno da burocracia para regularização das atividades. Hoje, quase 100% delas enfrentam entraves burocráticos. A insta-lação de uma empresa nesse ramo demanda, no mínimo, dois anos de processo”, afirmou o vice-presidente do órgão, Evandro Simonassi.

Como primeiro passo, a Câmara tem mantido o diálogo com o Governo do Estado e o Departa-mento Nacional de Produtos Minerais (DNPM), do Governo Federal, em busca de reduzir a burocracia e agilizar o processo de liberação para a atividade de extração mineral.

O Alto-Forno 3 tem a capacidade nominal de 2,8 milhões de toneladas por ano

eCoNomia | mINERAçãO E SIDERURGIAFoto: Divulgação Arcelormittal tubarão

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eCoNomia | ENERGIA

r isco de racionamento, reajuste tarifário elevado, acionamento de termelé-tricas. Em resumo, 2014 foi um ano

para se refletir a respeito do abastecimento ener-gético do Brasil e também do Espírito Santo. No final de 2013, a expectativa era de que o crescimento do Estado estava garantido, com a implantação de novas empresas impulsionadas por um fornecimento seguro e estável de energia. No entanto, ao fechar 2014, o que se nota é que as metas previstas não foram alcançadas em sua totalidade, e a segurança energética ainda não é realidade.

Das duas linhas de transmissão previstas para começar a operar em 2014, apenas uma foi concluída. Em setembro, a linha Mesquita-Viana iniciou sua fase de testes e deve estar pronta para entrar em franca operação a partir de novembro. Com 248 km de extensão e capacidade de 500kV, a estrutura representa reforço no abaste-cimento do Espírito Santo.

“O Espírito Santo ocupa uma posição de ponta no sistema de transmissão energia, mas hoje estamos em situação favorável. Com esta, são três linhas abastecendo o Estado, o que nos deixa confortáveis. A situação

No início do ano, o Conerg avaliou como muito alto o risco de corte

no fornecimento de energia para o Estado. Em 2015,

segundo o órgão, o risco deve persistir

Crescimento pode ser prejudicado por escassez de energiaNorte do Estado, que tem atraído grandes investimentos, ainda enfrenta dificuldades com o abastecimento de energia elétrica

Foto: Divulgação EDP

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capacidade de 230 kV. No entanto, sua construção ainda não foi concluída.

“As empresas não podem se instalar porque não conseguem fazer conexão com as linhas de transmissão de energia. Antes, as linhas existentes atendiam à demanda da região, mas houve a atração de novos investimentos sem que houvesse um planejamento energético adequado. Agora, é necessário desenvolver proje-tos de emergência para atender, minimamente, à demanda das novas empresas”, explicou Borges.

O Conerg, junto com as Diretorias Regio-nais da Findes atuantes no norte do Estado, vem desenvolvendo ações que modifiquem esse cenário. O diretor adjunto da Findes em Linhares e região, Wilmar Barros Barbosa, expli-cou que duas empresas sucroalcooleiras já têm projetos para fornecer energia advinda do bagaço da cana-de-açúcar, e que o principal desafio é conseguir a construção de linhas que permitam a distribuição dessa energia.

“A única fonte geradora no norte do Estado é a termelétrica de Linhares. Nós somos o ponto final para as linhas que vêm de outros estados e, se amanhã houver baixa produção, o primeiro a correr risco de desabastecimento é o norte. Temos que trabalhar alternativas para isso, e a cogeração é uma boa opção. É a indústria gerando energia para a própria indústria”, disse Wilmar.

Petróleo e gásJá quando o assunto é a exploração e produ-

ção de petróleo e gás, o Espírito Santo vai muito bem: ocupa o posto de segundo maior produtor do Brasil, com 100 mil barris/dia – um quinto do total nacional – apenas na exploração da camada pré-sal, e o número ainda deve subir. Em julho, durante comemorações do recorde de 500 mil barris/dia extraídos do pré-sal, a Petro-bras anunciou novos investimentos no litoral capixaba, que devem elevar a capacidade produ-tiva do Estado para 180 mil barris/dia até 2018. Não foi informado, no entanto, o montante a ser aplicado nas bacias do Espírito Santo. Com os investimentos, a produção de gás do Estado, que alcança a casa de 150 metros cúbicos, também deve registrar alta.

barris. É a produção diária prevista para o ES até 2018 com investimentos da Petrobras

180 mil

melhorou em um contexto geral, porque chegou mais energia, mas continuamos acompanhando os problemas vividos por todo o Brasil com relação à energia”, afirmou o presidente do Conselho Temático de Energia (Conerg) da Findes, Nélio Rodrigues Borges.

o eS e a crise energética nacionalEm abril deste ano, o Conerg emitiu uma

nota técnica alertando sobre o iminente risco de desabastecimento. Na época, o Conselho afirmou que o “risco-apagão”, como chamou a possibilidade de falta de energia para o Espírito Santo, alcançou 40%, quando o normal é que o índice fique em torno de 5%.

O cenário de crise, então, permeava todo o país. Para evitar o racionamento, o Governo Federal optou pelo acionamento das termelétricas, que manteve o abastecimento, mas a um preço alto. O valor do megawatt/hora chegou a R$ 822,33 no mercado de curto prazo e pesou no bolso dos consumidores. A EDP Escelsa, que atende 94% dos domicí-lios capixabas, reajustou sua tarifa em 22,74%, com autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – um dos três maiores repasses tarifários do Brasil.

“O cenário continua o mesmo da nota técnica, porque não houve mudança nos parâmetros da hidrologia. Os reservatórios continuam com níveis baixos, e todas as térmicas estão ativadas. A perspectiva é que o risco-apagão continue elevado para o ano que vem, e a insegurança energética é um empecilho para o crescimento econômico”, afirmou Borges.

NorteSegundo o representante do Conerg, o norte

do Estado já vem enfrentando essa realidade. Cerca de 100 projetos empresariais deixaram de ser instalados porque a distribuição de energia na região norte não atenderia à demanda projetada, ocasionada pela estratégia estadual de interio-rização do crescimento. O fornecimento extra de energia seria garantido pela linha Masca-renhas-Linhares, com extensão de 99 km e

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eCoNomia | CONStRUçãO CIvIl E PESADA

P ara a indústria da construção civil, a lembrança de 2014 não será nada positiva. Isso porque houve queda no

volume de negócios, com a produção imobiliária reduzindo o número de unidades habitacionais e

comerciais. Dados do 25º Censo Imobiliário do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon-ES), divulgado em maio de 2014, mostram que havia 30.552 unidades em construção, enquanto no relatório

Construção Civil registra queda no volume de negócios e no empregoEntre julho de 2012 e julho de 2014, o número de postos de trabalho gerados pela atividade caiu 10,6%

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A falta de perspectivas para os novos negócios marcou o período. “A fragilidade da economia refletiu-se na insegurança da população para inves-timentos, o que reduziu a velocidade de vendas de imóveis. Na área de prestação de serviços, tivemos uma diminuição forte nos investimen-tos industriais”, aponta Passos.

Quanto às tendências para o mercado imobi-liário capixaba nos próximos anos, o presidente do Sinduscon-ES avalia que o setor caminha para o equilíbrio entre oferta e demanda, motivado pelo forte crescimento nos últimos anos, que também contou com muita euforia. “Atualmente estamos trabalhando para alcançar o equilíbrio, e para, termos a estabilidade necessária ao mercado. Somente assim poderemos ver a retomada das atividades em ritmo adequado ao tamanho de nosso mercado. Acreditamos que 2015 será um ano um pouco melhor, mas talvez no segundo semestre”, estima Passos.

Construção pesadaDe acordo com o Sindicato da Indústria da

Construção Pesada do Espírito Santo (Sindicopes), o ano foi de retração na demanda para as 40 empresas que atuam no setor. Com o segmento privado, houve redução significativa na contratação, devido ao término das obras de ampliação da Vale e da Samarco, além da finalização da primeira etapa da duplicação da BR-101, pela concessionária Eco 101, restando em andamento apenas a construção do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA). Já no setor público, houve forte queda no faturamento, segundo informa o presidente do Sindicopes, José Carlos Chamon.

Para o dirigente, isso aconteceu “devido a procedimentos adotados pelos órgãos de controle, que têm criado entraves de conceito, como interpretações subjetivas, deixando tanto a fiscalização quanto as empresas inseguras para

A redução de investimentos dos

setores público e privado fez cair a demanda

das 40 empresas que atuam na atividade da

construção pesada

É o índice de queda no número de unidades em construção no Espírito Santo entre novembro de 2013 e maio de 2014

2,5%

anterior, de novembro de 2013, eram 31.343, uma queda de 2,5%.

“As empresas de obras públicas apresenta-ram dificuldades financeiras, e o segmento de obras industriais não teve perspectivas de novos negócios. Um dado que comprova isso está no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desem-pregados), que registra um pico de emprego da construção civil no Espírito Santo em julho de 2012, com 64.621 trabalhadores. Em julho de 2014, ou seja, dois anos depois, esse número era de 57.768. Uma queda impressionante, de 10,60%”, analisa o presidente do Sinduscon-ES, Aristóteles Passos Costa Neto.

Foto: Guilherme Rosa

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tomar decisões, principalmente nas alterações contratuais, para adequação de projetos, jazidas, entre outros, com considerável demora na libera-ção de aditivos, onerando significativamente os contratos, pelo alongamento de seus prazos de execução, além das questões envolvendo licenciamentos ambientais”.

O setor iniciou o ano registrando um aumento na demanda, após as fortes chuvas que caíram no Estado em dezembro de 2013. “Os danos foram maiores nas rodovias munici-pais. O impacto nas rodovias estaduais foi pequeno, devido à boa conservação dos siste-mas de drenagem. As maiores intervenções foram em contenção de encostas, com demanda considerável para o setor”, ressalta Chamon.

No entanto, ao longo do primeiro semestre, os feriados e a realização da Copa do Mundo quebraram o ritmo da produção. Já no segundo semestre houve a realização das eleições, que normalmente impactam a atividade positi-vamente. “O Governo Estadual tem puxado os investimentos no setor praticamente de forma isolada no Estado, enquanto o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) tem aplicado valores bem tímidos. A dificuldade existe na execução dos investi-mentos por questões de ordem burocrática”, explica o presidente do Sindicopes.

A burocracia é exatamente o principal entrave que, na visão de José Carlos Chamon, “está levando à falência do segmento na prestação de serviços públicos”. Ele entende que “a situa-ção é séria em todo o Brasil, mas em especial no Espírito Santo, onde existem questões conceitu-ais de procedimentos administrativos, tanto dos contratantes quanto dos órgãos de controle”.

De acordo com Chamon, a insegurança jurídica é a grande responsável por gerar prejuízos ao setor, pelos desequilíbrios nos contratos, em função das dificuldades com o cumprimento dos prazos de execução. “O alongamento dos prazos, por deficiência nos projetos, insegurança nas altera-ções, está deixando um rastro de desequilíbrio econômico e financeiro em todos os contratos. As regras têm de ser mais bem adequadas às necessidades de execução. A premissa dos órgãos de controle hoje é que todos os contratos têm dolo ao Erário. Criou-se a cultura do terror, e quem está sofrendo as consequências são as empresas e a população”, analisa.

No balanço, José Carlos Chamon diz que 2014 não é um ano para se comemorar, pelo contrá-rio; o setor só tem reclamações. “A demanda dos sindicatos laborais está além do aceitável; os custos e os responsabilidades sociais estão aumentando, e os preços de venda dos serviços, diminuindo”, conclui.

Para o Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Espírito Santo (Sindicopes), o ano foi de retração na demanda para as 40 empresas que atuam no setor

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Setor que cresce e gera empregosEmbora em ritmo mais lento e a taxas menores que no ano passado, o setor de serviços continua crescendo e empurrando o saldo positivo de empregos no Brasil e no Espírito Santo

eCoNomia | SERvIçOS

d iante de um cenário de incertezas na economia, o setor de serviços vem crescendo, embora em taxas

que diminuíram ao longo do ano mas que, ainda assim, preservaram sua força também na geração de empregos.

A receita do setor no país fechou o primeiro semes-tre com crescimento nominal de 4,6% em julho, na comparação com o mesmo mês de 2013, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e é inferior às taxas de junho e maio.

A PMS é o primeiro indicador mensal que inves-tiga o setor no Brasil e abrange as atividades do segmento não financeiro, exceto de saúde, educa-ção e administração pública. No acumulado do semestre, a receita cresceu 7%, chegando a 7,6% no acumulado em 12 meses. Esses índices também foram os menores desde o início da série.

Comparando os meses de julho deste ano e do ano passado, as taxas de crescimento das ativida-des que compõem o setor terciário foram: 5,4% nos “serviços prestados às famílias”; 2,1% nos “serviços de informação e comunicação”; 7% nos “serviços profissionais, administrativos e complementares”; 4,6% nos “transportes, serviços auxiliares dos trans-portes e correio”; e 8,3% em “outros serviços”.

As áreas de informação e comunicação, que abrangem os serviços de telecomunicações e de tecnologia da informação (TI), foram as que menos se elevaram no período (2,1%), contribuindo com os resultados menores de julho, enquanto o índice de junho chegou a 5,7%. A atividade é a que tem maior peso, representando 35,7% da formação do indicador global da PMS.

Já o segmento “outros serviços”, embora com um peso menor na composição relativa do índice,

aumentou sua importância, com um avanço de 1,8% em junho para 10,9% em julho. Os “serviços prestados às famílias”, que incluem alojamento e alimentação, acumularam cresci-mento de 10,6% no primeiro semestre, com varia-ção nominal de 5,4% em julho.

Em julho, o segmento de “transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio” também registrou expansão, de 4,6% na compa-ração com o mesmo mês de 2013 – percen-tual, no entanto, inferior aos de junho (4,7%) e maio (7,5%).

Dentre as atividades do segmento, três apresen-taram resultados positivos em julho: “trans-porte terrestre” (4,3%), “transporte aquaviário” (2,3%) e “armazenagem, serviços auxiliares de transportes e correio”, com 8,4%. Já apenas o transporte aéreo apresentou queda, de -2,5%. Segundo análise do IBGE a redução deveu-se a uma queda no turismo de negócios no período.

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Das 27 unidades da Federação, 19 apresen-taram variação positiva na comparação com julho de 2013, enquanto o Espírito Santo teve a maior variação nominal negativa, com -6,4%. O acumulado no semestre no Estado apontou um crescimento do setor de serviços de apenas 0,9%. Já o crescimento nos 12 meses, entre julho de 2013 e julho de 2014, chegou a 2,8%.

Vagas no espírito Santo

Mesmo com crescimento menor que a média nacional, o setor de serviços tem papel crucial na geração de empregos no Estado. Segundo a Federação do Comércio, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES), as empresas ligadas aos sindicatos que a compõem empre-gam 60% da mão de obra.

No Espírito Santo, enquanto a indústria fechou em agosto um período de 12 meses com saldo de 2.977 vagas e um crescimento de 2,34% nos

empregos, no setor de serviços o saldo foi de 8.481 vagas, fechando o período com incremento de 2,54% na empregabilidade.

oportunidades

O secretário de Estado de Desenvolvimento, Nery de Rossi, destacou que o setor de serviços é beneficiado com a atração de novos investimen-tos para o Espírito Santo. “Por meio da implan-tação de novas indústrias, gera-se ao redor uma demanda por serviços. Para cada emprego direto criado em uma indústria, criam-se três a quatro indiretos, a maioria em serviços terceirizados, como alimentação e vigilância, por exemplo”, explicou.

Rossi ressaltou que a descentralização dos empreendimentos, com investimentos sendo reali-zados em diferentes regiões capixabas, fortalece ainda mais esta área. “A chegada de novas empre-sas exige qualificação e melhora o nível salarial dessas regiões. Além disso, muitos desses serviços acabam sendo prestados por micro e pequenas empresas (MPEs). A atração de grandes indús-trias deixa um rastro de oportunidades. E quere-mos que essas comunidades se apropriem dessas oportunidades”, ressaltou.

Apesar da desaceleração do crescimento do setor de serviços, o diretor-presidente da Aderes, Valdemar Fonseca dos Santos, acredita que as perspectivas são boas. “A atuação das MPEs é muito intensa nos bairros. E a pesquisa apontou que 82,5% desses empresários estão otimistas quanto ao futuro, mesmo com todo o cenário de incertezas na economia que estamos vivendo. Isso porque nos bairros o comércio é intenso, há muita demanda pela contratação de serviços corriqueiros, como de beleza, reparos etc. Para eles, o mercado está aquecido, pois as classes D e E, hoje, têm maior poder aquisitivo e acesso a servi-ços antes exclusivos das classes B e C”, explicou.

Ele frisou que a busca por qualificação também tem ampliado o mercado, tanto para o varejo quanto para os serviços. “Fizemos 46 mil capacitações em 2014. O empresariado tem se capacitado, e isso já começa a se refle-tir na queda da mortalidade das empresas. Há 10 anos, essa mortalidade era de 70%, entre os dois e três primeiros anos da empresa. Hoje, está em torno de 50%. Ainda é um índice alto, mas tem caído, por causa da melhoria na gestão e no planejamento”, ressaltou.

Setor de “serviços às famílias”, como

alojamento e alimentação, foi um

dos que apresentaram maior crescimento no país no primeiro semestre deste ano

Foi o crescimento da receita do setor de serviços no país no primeiro semestre deste ano

7%

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eCoNomia | mEtAlmECâNICO

S etor produtivo tradicional do Espírito Santo, a área da metalmecânica vai ganhar novo fôlego para os próximos

anos. Além da cadeia petróleo-gás, a formação de novos polos industriais no Estado possibi-litará que empresas e profissionais capixabas possam se dedicar a empreendimentos de porte, que têm demandas contínuas, propiciando a geração de novas oportunidades de trabalho e de negócios.

Essa é a visão do presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo (Sindifer), Manoel Pimenta, que se mostra animado com a magnitude da emprei-tada. “Agora é a oportunidade de os empresários reavaliarem seus processos produtivos e analisarem

seus potenciais de criatividade. Estamos sofrendo com a concorrência asiática. Devemos treinar as pessoas e trabalhar em todas as frentes”, destacou.

Numa breve avaliação sobre a situação atual e futura da atividade, Pimenta é otimista com relação ao horizonte de curto prazo. “Não tivemos nem alegrias nem tristezas em 2014. Criamos 500 empregos até junho. Mas tenho certeza que 2015 será um ano bem melhor. Se conseguirmos abrir 2 mil postos de trabalho, será um ano de muita alegria”, pontuou o presidente do Sindifer.

O segmento metalmecânico capixaba reúne mais de 1.500 empresas, com mais de 44 mil empregos diretos e faturamento superior a R$ 8 bilhões por ano.

Transformações revolucionárias no ESFormação de polos automobilístico e naval criará novas oportunidades para o empresariado e os trabalhadores da indústria metalmecânica

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É o número de empregos diretos que o setor da metalmecânica possui

44 mil

Trabalhador do setor

metalmecânico: perspectivas

positivas para 2015 em novos polos no

Espírito Santo

Fôlego em 2014Embora muitos setores da indústria

considerem o ano de 2014 como perdido, Manoel Pimenta ressaltou que os indicadores no Espírito Santo relacionados à metalmecânica são positivos, apesar das dificuldades, por dois motivos. O primeiro deles foi o religamento do Alto Forno 3 da ArcelorMittal Tubarão, que estava parado desde julho de 2012.

O outro fator favorável foi a entrada em operação da Usina 8 da Vale. Com potência para fabricar 7 milhões de toneladas de pelotas por ano, a usina vai aumentar em 24% a capacidade de produção do complexo, que vai passar para 36,2 milhões de toneladas de pelotas por ano.

Para Manoel Pimenta, as dificuldades encon-tradas em 2014 pelo setor da metalmecânica, especialmente pelas empresas que se dedicam às estruturas metálicas de caldeiraria, vão servir como boas lições para que haja uma reviravolta favorável ao empresariado.

No entanto, o presidente do Sindifer consi-dera que os governos municipais, estaduais e federal deveriam dar maior apoio à melhora do cenário e à aceleração do crescimento promovendo o investimento em inovação. “Isso tem feito toda a diferença na China. Mas o que deve mesmo ocorrer é a mudança da política. A indústria está com baixa parti-cipação no PIB (Produto Interno Bruto). O que precisa ser levado em conta é que é a indústria quem gera os empregos de maior qualidade”, finalizou.

Também o secretário de Estado de Desen-volvimento, Nery De Rossi, avalia o presente e o futuro dessa área como positivos. Para ele, a criação de um polo naval, em Aracruz, e de um polo automobilístico, entre Linhares e São Mateus, vai auxiliar o crescimento da região norte capixaba e demandar muitos traba-lhadores. “A instalação dessas plantas vai gerar forte demanda para o setor metalmecânico, de forma contínua”, destacou.

Um dos exemplos citados por De Rossi, a catarinense Librelato vai construir uma fábrica de implementos rodoviários em Linhares, com investimentos estimados de R$ 40 milhões.

Já a Volare, empresa do Grupo Marcopolo especializada na montagem de micro-ônibus, anunciou, durante o lançamento da pedra fundamental da planta em São Mateus, em abril de 2014, que de 10 a 15 empresas devem se instalar na região. As operações devem começar em 2016; será a fábrica mais moderna do grupo no mundo.

Segundo o secretário, ao lado do polo automobilístico, também a indústria naval, inaugurada em Aracruz com a instalação do Estaleiro Jurong e ainda com o terminal da capixaba Imetame, tem dado às empresas de metalmecânica a oportunidade de prestar servi-ços e aumentarem sua competitividade.

A empresa de Singapura já havia feito reuniões junto a Governo, representantes do setor e Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) para firmar parcerias com o intuito de privilegiar as indústrias e a mão de obra local.

O segmento deve ganhar fôlego também com a implantação do polo tecnológico a ser erguido nas proximidades do campus de Manguinhos, na Serra, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). A iniciativa é federal, o protocolo de intenção

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já foi assinado, e a área da metalmecânica é uma das contempladas.

Negócios somam mais de r$ 50 milhões

A força do setor metalmecânico capixaba fica evidente a cada ano, com a realização da Mec Show - Feira da Metalmecânica,

Energia e Automação, realizada desde 2008. Mais de 17 mil visitantes de 17 estados brasi-leiros circularam pela aguardada edição 2014 do evento, que ocorreu de 22 a 25 julho, no Carapina Centro de Eventos, na Serra. Os negócios e contratos futuros estimados ultra-passaram a marca de R$ 50 milhões para os próximos 12 meses.

Visitantes internacionais, de países como Estados Unidos, Canadá, Portugal e Itália, vieram ao evento motivados, principalmente, para contatos no setor de petróleo e gás natural. A feira de 2015 já está confirmada e será reali-zada entre os dias 28 e 31 de julho.

Em 2014, o prêmio Mec Inova, promovido pelo Sindifer e pelo Centro Capixaba de Desen-volvimento Metalmecânico (Cdmec), agracia-ram a empresa capixaba Frioar em 1º lugar. Ela se preparou durante 14 meses para desenvol-ver um equipamento inédito, um supercondi-cionador de ar de 700 kg, capaz de resfriar, em pouco tempo, espaços de confinamento dos jatos militares, como a asa. O produto foi adquirido pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer).

Estande da Findes na Mec Show: mais de 17 mil visitantes passaram pela feira, cujos negócios movimentaram mais de R$ 50 milhões

eCoNomia | mEtAlmECâNICO

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mais uma vez, o anuário IEL 200 Maiores Empresas no ES, traz a eleição do Empresário, da Empresa e do Executivo

Destaque. Esse processo de escolha foi realizado via internet, com participação de um público representativo, formado por empresas, forne-cedores do Prodfor, órgãos de apoio e fomento, diretores, conselheiros, executivos e gerentes do Sistema Findes, membros dos Conselhos Temáticos e da Assessoria Técnica da Findes, Federação do Comércio, jornalistas e editores dos principais veículos de comunicação do estado do Espírito Santo e outros formadores de opinião.

A eleição ocorre em duas fases:• Primeira etapa: Eleição por meio de livre

votação dos pré-candidatos a Empresário, Execu-tivo e Empresa Destaque 2014;

• Segunda etapa: Consistiu na efetiva eleição do Empresário, do Executivo e da Empresa Desta-que 2014, a partir dos três mais votados em cada categoria na primeira fase.

Para essa finalidade, foram adotados os seguin-tes conceitos:

• Empresário Capixaba Destaque: empresá-rio capixaba que mais se destacou no ano de 2014.

• Empresa Destaque em Operação no ES: empresa em operação no Espírito Santo que mais se destacou em 2014.

• Executivo Destaque: principal execu-tivo de empresa em operação no ES, que mais se destacou em 2014 na condição de dirigente.

Todo o processo e o sistema de eleição foram desenvolvidos e acompanhados pela equipe do IEL-ES, em ambiente web, por meio de uma inter-face para o usuário (eleitores) e uma área restrita para os administradores do sistema, atendendo aos requisitos de segurança e performance, que permitem a cada destinatário votar apenas uma única vez.

Os e-mails foram disparados por dispositivos do sistema, a partir das informações alimenta-das no banco de dados pela equipe do IEL-ES. O conteúdo do texto esclareceu que a forma de votação indicava um link para acesso ao site da eleição, em que o sistema gerava um código de forma aleatória, não permitindo nova indicação.

A votação ocorreu nos meses de setem-bro e outubro de 2014. Após esse período, foram gerados os relatórios com os resulta-dos da apuração.

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Empresário, Executivo e Empresa Destaques 2014

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odiretor de Relações Institucionais do Grupo Águia Branca e membro do Conselho de Administração,

Luiz Wagner Chieppe, 64 anos, foi eleito o Empresário Destaque 2014 graças à sua traje-tória de sucesso na organização. Graduado em Ciência Contábeis, ele possui 43 anos de expe-riência profissional e já atuou em diferentes frentes de negócios na empresa, que possui sede administrativa em Vitória (ES).

Em 1971, com apenas 21 anos, o empresário iniciou sua trajetória no grupo, quando ainda funcionava na Avenida Lindenberg (na época rodovia), em Vila Velha. Dois anos depois, então com 23, foi convidado a administrar a recém--comprada Viação Penedo, voltada ao transporte urbano de Vitória. Em 1974, foi para a cidade de Itabuna, na Bahia, onde atuou na Expresso São Jorge, adquirida pela Águia Branca quando tinha apenas 12 ônibus.

No período entre 1974 a 1992, Wagner dirigiu e promoveu a expansão do grupo na Bahia, onde também presidiu a Federação das Empre-sas de Transporte da Bahia e Sergipe (Fetrabase). Depois de 20 anos de atuação naquele estado, em 1993 ele retorna a Vitória e assume a Diretoria da Águia Branca Cargas, cargo que ocupou até 2004, quando foi nomeado para exercer a Diretoria de Relações Institucionais do Grupo.

A trajetória do empresário caminha em paralelo com a própria história do Grupo Águia Branca, que teve origem em 1946 e que tem passado por um crescimento contínuo nesses 68 anos de existência. Atualmente, é constituído por uma holding e

12 empresas que geraram um volume de negócios de R$ 4,6 bilhões em 2013.

“Em 2014, nosso faturamento deve ser de 5,2 bilhões, com a geração de 15 mil empre-gos. Já em 2015, nossa perspectiva de cresci-mento é de 10% a 12%”, afirma Chieppe, para quem a premiação é fruto de mais de quatro décadas de dedicação aos negócios da companhia e de sua atuação em movimen-tos voltados para a classe empresarial. “Parte desse reconhecimento vem de nossa atuação em entidades de classes, cujo propó-sito é lutar pelo desenvolvimento sustentá-vel do Espírito Santo e por uma sociedade melhor e mais justa. Isso nos estimula a continuar nesse caminho”, diz ele.

Em paralelo à carreira profissional, o empresário foi, por dois mandatos, presidente da Federação das Empresas de Transportes do Estado do Espírito Santo (Fetransportes). Atualmente, é o presidente do movimento empresarial Espírito Santo em Ação e diretor da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Além disso, coordena o Fórum de Entidades e Federações (FEF), que reúne as principais entidades de classe do Estado.

Sua carreira empresarial já lhe valeu outros prêmios. Ele já foi homenageado como Empresário Destaque pelo IEL-ES em 2012 e foi agraciado pela Confedera-ção Nacional do Transporte com a Ordem do Mérito do Transporte Brasileiro - Medalha Juscelino Kubitschek nos anos de 2011 e 2013, no grau de Grande Oficial.

PeSqUiSa 2014 | EmPRESÁRIO DEStAQUE

Luiz Wagner ChieppeO empresário construiu uma carreira de sucesso num dos maiores conglomerados empresariais do país

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Nascido em Vitória, no Espírito Santo, Ricardo Vescovi de Aragão, 44 anos, é graduado em Engenharia Metalúrgica

pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e pós-graduado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Após passar por várias áreas da Samarco Mineração, desde 2012 exerce o cargo de diretor-presidente.

O executivo ingressou na Samarco em fevereiro de 1993, como engenheiro de Processo nas opera-ções da Unidade de Ponta Ubu, em Anchieta. Sua trajetória na empresa inclui a chefia do Departamento de Pelotização, a gerência da Produção e as gerências gerais de Marketing e Operações de Pelotização, além da diretoria de Operações e Sustentabilidade. Entre os cursos que realizou estão “Skills, Tools and Competen-cies” pela Fundação Dom Cabral (FDC), “Kellogg School of Management”, nos Estados Unidos; “Insead”, na França, e “Orchestrating Winning Perfor-mance” pelo IMD, na Suíça.

Colecionador de vários prêmios ao longo da carreira, este ano ele foi eleito o “Executivo Destaque 2014”. Para Vescovi, ser reconhecido por meio de uma instituição tão importante para o Espírito Santo, como o IEL, representa o reflexo da aprovação da sociedade. “São indicações que nos mostram que estamos seguindo no rumo certo, enfrentando novos desafios a cada dia, mas com o olhar voltado para o futuro e em busca de resultados que nos impulsionem sempre”, diz ele.

Vescovi tem mostrado que a experiência adqui-rida ao longo de sua vida profissional tem sido

fundamental para o crescimento da mineradora. Durante sua gestão, inaugu-rou a quarta usina de pelotização e adotou um modelo que prioriza o desenvolvi-mento sustentável e o relacionamento de confiança com seus clientes, colabora-dores e a sociedade. A expansão aumen-tou em 37% a capacidade de produção da Samarco, que passa a ser de 30,5 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano.

Para alcançar a cultura de excelência e o desenvolvimento de um ambiente favorá-vel à criatividade, a Samarco utiliza as metodologias Lean Seis Sigma e Kaizen, que contribuem para a redução de varia-ção de processos, a redução dos custos e o aumento de produtividade. Somente em 2013, foram implantados 93 projetos Lean Seis Sigma e 514 Kaizens, que conta-ram com a participação de 913 emprega-dos, o que gerou retorno financeiro de R$ 196 milhões para a empresa, além de diversos benefícios voltados à segurança, ao meio ambiente e à qualidade.

Sua atuação na Samarco já lhe rendeu diversos prêmios, entre eles o troféu Amigo da Indústria da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a homena-gem concedida no Prêmio Líder Empresa-rial, promovido pela Rede Vitória, ambos em 2014, e a Medalha da Inconfidência (2013), a mais alta condecoração concedida pelo Governo de Minas Gerais.

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Ricardo Vescovi de AragãoEngenheiro metalúrgico, Ricardo vescovi atua há 21 anos na Samarco, onde passou por várias áreas até chegar à presidência

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a Lorenge S.A. começou sua história em 1980, quando os filhos mais velhos dos Lorenzon migraram de

Marilândia, no interior do Estado, para Vitória, a fim de estudar e conquistar uma profissão. Por meio de reuniões familiares, lideradas pelo patriarca camponês Vicente Lorenzon, foi firmado o primeiro trabalho de cons-trução de um sobrado em Jardim Camburi. Nascia, assim, a história do Grupo, que foi eleito novamente a Empresa Destaque pela pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES).

Agora, três décadas depois, a construtora se destaca entre as de maior crescimento no país. Os números recentes mostram isso. Em 2013, o faturamento superou os R$ 304 milhões. Hoje a companhia atua nos segmentos de prédios residenciais, corporativos, shopping centers e condo--hotel, com um total de 7 mil imóveis entregues em terras capixabas. Já em 2014, a previsão é de fechar com R$ 412 milhões de faturamento, um crescimento de 36% em relação ao ano passado.

Para o presidente da Lorenge, José Élcio Lorenzon, a conquista dessa premiação é resultado de um trabalho sério e responsável ao longo dos anos e graças à solidez e credibilidade da empresa. “A Lorenge sempre busca as melhores práticas de mercado e a excelência em termos de governança corporativa para manter os bons procedimentos administrativos”, comenta.

Com o passar do tempo, a empresa buscou novos sócios e transformou o negócio em sociedade

anônima (S.A), com práticas consolidadas de gover-nança corporativa. De acordo com Élcio Lorenzon, essa boa performance estimula a Lorenge S.A. a seguir sua trajetória com metas de crescimento arroja-das e desenvolvimentistas, ampliando cada vez mais sua área de atuação. “As ações realizadas nos últimos anos tiveram como pilares nosso valores, que primam pela transparência e respeito ao público. Além disso, estamos em constante desenvolvimento e trabalha-mos para implantar soluções práticas e inovadoras que acompanham as tendências do mercado”, explica.

A empresa opera hoje em oito cidades do Espírito Santo e este ano está expandindo seus negócios para as cidades de Campos dos Goyatacazes e Macaé, no Rio de Janeiro, cujos emprendimentos totali-zam R$ 385 milhões no valor geral de vendas. “A expansão é um fator natural no processo de desenvolvimento empresarial e como estratégia de crescimento, vislumbramos novas oportunida-des externas e outros mercados fora do território capixaba”, diz Lorenzon.

Outra decisão estratégica para 2014 é que a construtora passará a destinar a maior parte de seus projetos para as classes A e B, saindo dos empreendimentos de categoria econômica. “Queremos nos aperfeiçoar para atender a um público específico, por isso os próximos projetos contem-plam produtos de alto padrão. Esse novo posiciona-mento é resultado de uma análise de mercado, que aponta para a demanda por esse perfil de empre-endimento, em especial nas regiões onde eles serão construídos”, explica o empresário.

Lorenge: expansão e novos desafios no mercado

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Um sistema de gestão baseado em plane-jamento estratégico e alinhado com os melhores resultados para a satisfação

total do cliente. Foi com esse resultado que a Pred Engenharia conseguiu se consolidar no mercado de engenharia de manutenção, com forte atuação na prestação de serviços de planejamento sobre o ciclo de vida de equipamentos industriais.

Fundada há 21 anos e com sede no bairro Jardim Camburi, em Vitória, a empresa desenvolveu em 2002 um software que oferece um pacote de soluções integradas para gestão industrial, batizado de S3i. Em 2006, implementou um modelo próprio de gestão de manutenção e conseguiu expandir seus negócios por todo o Brasil e outros países da América Latina.

O método associa conceitos de gestão de qualidade e de manutenção preditiva, visando ao aumento da produtividade. “As ações são baseadas em fatos e dados obtidos de forma segura, siste-mática e periódica, diretamente dos equipamen-tos na linha de produção, o que reduz os custos e aumenta a produtividade”, diz o diretor da Pred Engenharia, Ozório Rezende Correia Filho. Com a solução, a empresa conseguiu reduzir os custos de manutenção de seus clientes em torno de 25%, segundo ele. “São ganhos representativos, uma vez que o custo para manter as máquinas

industriais funcionando gira em torno de 20% a 40% do custo total da produção”, explica.

Em 2011, a convite da Vale, a empresa, que conta com 21 funcionários, entrou no programa de encadeamento produtivo do “Sebrae Mais”, e novas oportunidades de melhorias e inova-ção surgiram. O planejamento estratégico foi revisto, com investimentos em melhorias de processos. “Foi um divisor de águas. Mudamos a nossa missão e ganhamos visibilidade”, define Rezende. Entre 2012 e 2013 o fatura-mento da Pred Engenharia aumentou 78%, e a carteira de clientes cresceu 15%. “No período, mantivemos 90% do número de contratos, com 93 empresas que já eram nossas clientes”, diz o empresário.

Para se manter competitiva no mercado, a companhia investe cerca de 8% do seu fatura-mento bruto em pesquisa e desenvolvimento, e costurou alianças estratégicas com empresas gigantes mundiais de tecnologia. “O próximo passo é consolidar a empresa para se transfor-mar numa franquia”, diz Rezende.

Além de vencedora do Prêmio IEL em Gestão, a empresa é certificada pelo Prodfor, foi vence-dora nas categorias “serviço” e “inovação” da etapa Espírito Santo do Prêmio Micro e Pequena Empresa (MPE) Brasil do Sebrae, em 2013.

PrÊmio iel em geStÃo 2014

A Pred Engenharia investiu em processos

de gestão e conquistou o Prêmio

IEL em Gestão Empresarial 2014

Pred Engenharia se sobressai em Gestão Empresarial

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o sucesso de uma organização não depende exclusivamente de um bom produto ou de um alto capital. Cada vez mais, a adequada

gestão de pessoas e, por consequência, a valorização do capital humano corporativo estão reconhecidamente entre os principais investimentos das empresas preocu-padas com a qualidade de vida e a retenção de talentos como fatores que contribuem diretamente para o seu desenvolvimento.

A partir de 2015, a primeira edição do “Prêmio IEL/ABRH - Melhor Empresa para se Trabalhar no Espírito Santo” será concedida pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) e pela Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Espírito Santo (ABRH), que estabeleceram uma parceria para identificar as organizações que mostram grande preocupação com os seus funcionários e que têm boas práticas em programas de gestão de pessoas. As inscrições serão abertas para todas as empresas do Estado a partir de janeiro de 2015.

A pesquisa vai avaliar cases de referência nas áreas de clima organizacional, desenvolvimento de colabora-dores e aperfeiçoamento dos líderes, e serão avaliados critérios como grau de satisfação dos funcionários e grau de engajamento da equipe.

“Um prêmio desse porte representa um reconhe-cimento para as empresas. E esse reconhecimento da sociedade, dos clientes, e, sobretudo, dos funcionários, elegendo-a como a melhor empresa para se trabalhar no Espírito Santo, sem dúvida, irá colocá-la num patamar diferenciado no mercado, o que despertará o interesse de muitos profissionais. Uma equipe feliz, que se sente valorizada e reconhecida e atendida em suas expecta-tivas, certamente, é a grande responsável pelos resul-tados de qualquer organização”, explica Fábio Dias, superintendente do IEL-ES.

Para a psicóloga e presidente da ABRH-ES, Danielle Quintanilha, o prêmio vem marcar o momento que o mundo dos negócios está vivendo. “Diante da compe-titividade acirrada, não bastam somente a alta tecno-logia e os investimentos nos processos produtivos. É necessário inovação, para possibilitar o aumento de produtividade, item essencial nesse cenário. Para isso, a gestão de pessoas ganha uma dimensão muito maior. O prêmio surge, então, como um instrumento de orien-tação para as empresas capixabas, contribuindo para o desenvolvimento das pessoas e das organizações, o que certamente impactará em empresas mais produtivas e rentáveis e funcionários mais realizados e saudáveis em seus ambientes de trabalho”, disse.

PrÊmio iel/aBrH | mElHOR EmPRESA PARA SE tRABAlHAR NO ES

Nova premiação vai destacar a melhor empresa para se trabalhar no Espírito SantoPrêmio levará em conta as boas práticas em gestão de pessoas, identificando, também, o grau de satisfação dos funcionários

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Destaque empresarial

Vale

a Vale concentra suas atividades no Estado no Complexo de Tubarão, em Vitória, com 14 quilômetros quadra-

dos de área física. No local funcionam as direto-rias de Pelotização, de Operações Portuárias e de Operações Logísticas da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Cerca de 20 mil pessoas, entre empregados próprios, contratados, clientes e forne-cedores, circulam diariamente pela área opera-cional da empresa no Espírito Santo.

Este ano a companhia deu início à operação de sua oitava usina de pelotização no Complexo de Tubarão. Com capacidade para produzir 7 milhões de toneladas de pelotas por ano, a unidade vai aumentar em 24% a capacidade de produção do complexo, que vai passar para 36,2 milhões de toneladas de pelotas por ano.

Investimento de mais de US$ 1,3 bilhão, a Usina 8 é a maior de Tubarão e um dos maiores investimentos privados do Espírito Santo.

Sua instalação gerou negócios de US$ 566,6 milhões com empresas do Estado, que respon-deram por 60% de todos os contratos assinados durante a obra.

O projeto da usina empregou diretamente mais de 12.200 pessoas durante sua implantação. Nove entre cada 10 dos postos de trabalho gerados foram ocupados por moradores do Espírito Santo. Cerca de 300 empregados próprios atuam na operação da usina, que também gera outras 30 vagas permanentes para empre-gados de empresas terceirizadas. Por se tratar de mão de obra técnica, que requer qualifica-ção, as contratações próprias foram realizadas há mais de um ano. Além de contratar profis-sionais experientes do Estado, a Vale também investiu na capacitação dos mais jovens, por meio de parceria com o Senai que incluiu formação teórica e técnica, além de treinamento nas demais usinas já em funcionamento.

Vale: Usina 8, novo trem e modernização do portoA operação da oitava usina de pelotização, a chegada do novo trem de passageiros e o investimento na modernização do Porto de tubarão marcaram as atividades da vale no Espírito Santo em 2014

Fotos: Vale

Investimento de mais de US$ 1,3 bilhão, a

Usina 8 é a maior do Complexo de Tubarão

e um dos maiores projetos privados do

Espírito Santo

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Com sistemas automatizados que garantem eficiência na produção, segurança aos operado-res e cuidado com o meio ambiente, a Usina 8 entra em operação como uma das mais modernas plantas de pelotização do mundo.

A Usina 8 e seu pátio de estocagem de pelotas foram projetados com os mais avançados contro-les ambientais, testados e aprovados em diver-sos países e já implantados nos últimos anos no Complexo de Tubarão. Trata-se de preci-pitadores eletrostáticos, supressores de pó, barreiras de vento (wind fences), enclausuramento de casas de transferências de correias e sistemas que permitem o reuso de água e garantem a eficá-cia da gestão ambiental das operações da Vale em Tubarão. Além disso, o forno da usina está preparado para operar 100% com gás natural e apresenta uma eficiência energética 15% superior às plantas tradicionais.

Novo trem de passageiros

Também este ano a Vale deu início à operação do novo Trem de Passageiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Única empresa do país a oferecer, diariamente, o transporte ferroviário de passageiros em longa distância, a mineradora anunciou um investimento de US$ 80,2 milhões para a compra de novos vagões.

Fabricados na Romênia, os vagões obedecem a padrões europeus de qualidade. São ao todo 56 novos carros, sendo 10 executivos e 30 econô-micos, além de carros restaurante, lanchonete, gerador e cadeirante (destinado a pessoas com dificuldade de locomoção).

Cada carro executivo tem capacidade para transportar 57 passageiros. Já nos econômicos há 75 lugares. Em ambas as classes os carros são clima-tizados e contam com tomadas elétricas individuais nas poltronas para possibilitar o carregamento de equipamentos eletrônicos, como notebooks e telefones celulares.

Os novos carros também são equipados com monitores de vídeo para oferecer uma opção de entretenimento aos passageiros durante a viagem. Além disso, toda a composição conta com detector de fumaça, aumentando a segurança dos usuários.

Os carros da classe executiva contam com sistema de som e iluminação individualiza-dos para dar maior conforto e comodidade aos

viajantes. Outro diferencial são as poltronas, mais confortáveis.

Considerada uma das ferrovias mais produtivas do Brasil e uma das mais moder-nas do mundo graças aos investimentos em recursos humanos e em modernas tecnolo-gias EFVM completou, em 2014, 110 anos de operação. Por seus 905 quilômetros de extensão passam diariamente pelo menos 60 tipos de produtos, entre minério de ferro, aço, soja, carvão e calcário, entre outros, o que repre-senta 40% de toda a carga ferroviária do país.

modernização do Porto de tubarão

O Porto de Tubarão, considerado o mais eficiente do mundo em termos de giro de pátio (eficiência na movimentação de minério e pelotas nos pátios de estocagem), também está recebendo investimentos. Nos próximos cinco anos, o porto passará por um plano de investimentos voltados à modernização das suas instalações. O trabalho, que envolve um montante de R$ 1,8 bilhão, compreende desde a revitalização do sistema elétrico dos seus terminais marítimos, até a substituição de máquinas de pátio.

Trata-se do maior exportador de minério de ferro e pelotas do mundo. Inaugurado no dia 1º de abril de 1966, o Porto de Tubarão recebe cerca de 1.200 navios por ano, entre eles os maiores graneleiros do mundo, os Valemax, com capacidade para 400 mil toneladas

O Porto de Tubarão, considerado o

mais eficiente do mundo, também está recebendo

investimentos para modernização de suas instalações

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Destaque empresarial

De 2,9 milhões em 1966 para as atuais 120 milhões de toneladas de minério e pelotas por ano, o modal portuário teve participação decisiva no escoamento da crescente produção da Vale ao longo dos anos e marcou seu lugar na história da empresa, do Espírito Santo e do Brasil. Sempre à frente do seu tempo, o Porto de Tubarão, quando inaugurado, tinha capacidade fora do comum para a época. Podia receber navios de 150 mil toneladas, embora a maioria da frota da época tivesse, no máximo, 60 mil toneladas.

O porto foi a mola propulsora das ativida-des da Vale no Espírito Santo e o trampolim para que o Estado, cuja economia era centrada no café, pudesse diversificar suas atividades atuando em outros atrativos industriais e comer-ciais. Com a instalação das usinas de pelotiza-ção, o porto se transformou em Complexo de Tubarão. Hoje, Tubarão é o maior complexo exportador de pelotas do mundo.

Também fazem parte do Complexo Portuário de Tubarão o Terminal de Praia Mole (TPM), que atua na movimentação de carvão mineral, coque e manganês; o Terminal de Granéis Líqui-dos, que é operado pela Petrobras na movimen-tação de combustíveis; e o Terminal de Produtos Diversos (TPD), responsável pela movimenta-ção de grãos e fertilizantes.

responsabilidade socioambiental

Até o primeiro semestre deste ano, a Vale investiu US$ 941,5 milhões no Espírito Santo.

Recursos destinados a iniciativas socioambien-tais somaram US$ 22,8 milhões nos primeiros seis meses deste ano.

A Vale mantém importantes ativos socioam-bientais no Espírito Santo, como o Museu Vale, o Parque Botânico Vale, a Reserva Natural Vale, o Trem de Passageiros e a Estação Conhecimento, que fomentam o desenvolvimento ambiental, social e cultural do Estado por meio do acesso à cultura, ao lazer e ao conhecimento.

Nos últimos anos a empresa investiu cerca de R$ 700 milhões na modernização e implantação de novos equipamentos de proteção ambiental no Complexo de Tubarão. O objetivo é investir cada vez mais em ações e alternativas voltadas a controlar e a reduzir o impacto das opera-ções e, assim, contribuir de forma ainda mais efetiva para a qualidade de vida dos moradores da Grande Vitória.

Um bom exemplo do investimento social é a Estação Conhecimento, na Serra, com três anos de atuação e que tem o objetivo de colaborar na formação integral de crianças e jovens por meio do esporte, do convívio social, da cultura, da profissionalização e do empreendedorismo. Cerca de 1500 crianças adolescentes são atendi-dos pelo projeto.

Em Vila Velha, o Museu Vale desenvolve há 16 anos programas de arte-educação e capacita-ção de jovens atrelados às exposições que recebe e já se tornou referência para a arte contempo-rânea no Brasil.

Fabricados na Romênia, os novos vagões da EFVM

obedecem a padrões europeus de qualidade. São

ao todo 56 novos vagões, todos climatizados

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Destaque empresarial

CoimeX

N ascido em Itaguaçu (ES) em 1927, Otacílio Coser cresceu em meio aos cafezais da região e com apenas 17 anos

estabeleceu-se na capital, Vitória. Em 1949 criou a Sinal Corretagem de Café, já demonstrando seu apurado olhar empreendedor que o transformaria em um dos mais notáveis empresários capixabas. No mesmo ano foi um dos fundadores do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV) e em 1952 criou a exportadora Otacílio Coser & Cia, mais tarde Coser Café.

Sempre atento às oportunidades criadas com a evolução urbana e econômica do Estado, Otacílio fundou em 1953 a Sociedade Imobiliária Nova América, que implantou o loteamento Cobilândia. Em 1955, comprou a Vitoriawagen, que seria a maior concessionária Volkswagen do Espírito Santo, abrindo importante frente de atuação nesse setor.

Na década seguinte, diante da crise da cafeicultura que afetou seriamente o Estado, Otacílio saiu em busca de alternativas. Em 1970 apoiou a implementação do Fundo de Desen-volvimento das Atividades Portuárias (Fundap), mecanismo de fomento para intensificar a utiliza-ção da infraestrutura portuária, até então focada em exportações. No ano posterior criou a primeira empresa a operar pelo Fundap, a Blomaco, que se notabilizou pela importação de cobre.

Pouco depois, o Grupo iniciou uma série de investimentos agroindustriais. Com a Agrosuco, inaugurada em 1973, tentou iniciar o plantio e a industrialização do abacaxi. O empreendimento não seguiu adiante, mas representou a introdução da cultura no Estado. Em 1980 também inves-tiu na instalação de uma usina de álcool em São Mateus, a Almasa.

Grupo Coimex: há 65 anos impulsionando o desenvolvimento do Espírito SantoFundado por Otacílio Coser há 65 anos, o Grupo Coimex nasceu no Espírito Santo e sempre contribuiu para a evolução da economia e da infraestrutura do Estado

Fotos: Coimex

A Tegma é uma das empresas

do segmento de logística do grupo Coimex. Foi criada

em 1998 e abriu seu capital em 2007

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A grande evolução do Grupo, porém, foi na área de comércio internacional. Em 1976 foi adquirida a Companhia Importadora e Expor-tadora, a Coimex, empresa que legou o nome ao Grupo, dando origem à Coimex Trading. A empresa estendeu sua atuação para São Paulo e Rio de Janeiro, com a implanta-ção de infraestrutura voltada à logística de distribuição, como a Coimex Armazéns Gerais, em 1989, mais tarde integrada à Coimex Logística Integrada (CLI).

Na década de 1990 a Coimex deu um impor-tante salto em seu desenvolvimento. Com a abertura comercial promovida pelo governo Collor, a empresa convenceu as indústrias automobilísticas de que o Fundap conferia ao Espírito Santo um diferencial competitivo em relação aos maiores portos do país para as operações de importação de veículos. De fato, em 1994 mais de 80% dos veículos importados no Brasil chegaram por lá – e por meio da Coimex.

O resultado foi um crescimento sem prece-dentes que levou o Grupo, que já contava com a atuação da segunda geração dos Coser, a iniciar um processo de profissionalização e de redefi-nição estratégica, resultando na estruturação da holding Coimex Empreendimentos e Participa-ções, a CoimexPar, em 2000.

Enquanto isso, o Grupo investiu em empre-endimentos de maior envergadura. Em 1998 era criada a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), com o objetivo de construir em Santos, litoral de São Paulo, o maior complexo portuário privado do país. No ano seguinte foi adquirida participação na Rodosol – Concessionária Rodovia do Sol S/A.

Na área de logística, em 1996, o Grupo integrou a Companhia Portuária de Vila Velha (CPVV), que se destacou a partir dos anos 2000 como porto offshore. Em 1998 a Coimex constituiu a Tegma Gestão Logística, especializada no trans-porte de veículos zero quilômetro. Em 2002 parti-cipou da composição da Companhia Energética de Petrolina (CEP), em Pernambuco, uma das mais modernas usinas do país.

Esse ciclo de grandes investimentos só foi inter-rompido pela crise econômica global de 2008, que afetou os resultados do comércio exterior, levando o Grupo a concluir que era necessário centrar-se em negócios que tivessem forte geração de caixa, não sendo viável permanecer num segmento que apresentava enorme volatilidade de preços e não oferecia margens compatíveis. Assim, em 2009 as atividades da Coimex Trading foram finalizadas, e começaram a ser vendidos outros ativos não estratégicos, como as concessionárias de veícu-los, embora fosse mantida a Coimex Adminis-tração de Consórcios – Consórcio Viwa, líder no mercado capixaba. A empresa ingres-saria no segmento de imóveis, atividade que ganhou força a partir de 2006, sob a Coimex Capital Empreendimentos Imobiliários. Em 2013, com a Eco 101, o Grupo reforçou sua presença no segmento de concessão rodoviária, detendo parcela do capital da concessionária que adminis-tra o trecho da BR 101 que corta o Espírito Santo.

Hoje a CoimexPar se consolidou como uma holding de investimentos, totalmente profissio-nalizada e apoiada num modelo exemplar de governança. Buscando manter a sinergia e a identidade dos investimentos do Grupo, tanto em relação às empresas das quais detém o controle acionário como àquelas em que tem participa-ção, a Coimex chega aos 65 anos como um dos maiores grupos empresariais do Espírito Santo, sua terra natal, onde até hoje mantém parcela expressiva de seus investimentos.

Alinhada ao processo de profissionalização do Grupo Coimex, a Fundação Otacílio Coser foi criada em 1999, visando a promover a substituição da filantropia tradicional pelo investimento social privado. A Fundação atua apoiada no tripé formado pelo princípio de Desenvolvimento de Base (programas e projetos que promovam o desenvolvimento do potencial e a autonomia dos públicos visados), Educação e voluntariado Corporativo.

Em 2003 a Fundação foi certificada como Instituição de Utilidade Pública no âmbito federal e municipal. Até 2014 seus projetos e programas já beneficiaram cerca de 100 mil pessoas, entre crianças, jovens e adultos nos estados do Espírito Santo e de São Paulo.

Fundação Otacílio Coser

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Destaque empresarial

Soeta

m esmo jovens, os sócios do Soeta Restau-rante – uma empresária e dois chefs de cozinha – têm um currículo de peso.

Os três reuniram toda a experiência que acumu-laram trabalhando nos melhores restaurantes do país e do mundo para investir no Espírito Santo.

A chef capixaba Bárbara Verzola tinha certeza de que, após longa experiência em restaurantes estrelados nacionais e internacionais, acabaria voltando à terra natal para colocar em prática sua grande paixão. O chef equatoriano Pablo Pavón, que também tem um currículo extenso pelas melhores cozinhas do planeta, também

embarcou nessa viagem, e os dois abriram, junto a administradora Marly Farah, o Soeta – o primeiro restaurante de alta gastronomia do Estado.

A meta, na época, era apresentar ao mercado capixaba um serviço de excelência e transformar o estabelecimento em referência no segmento, com projeção nacional. Os desafios foram além da questão comercial. “Nós estudamos muito o mercado do Espírito Santo e nos adaptamos a ele. Da abertura do restaurante pra cá, tivemos que seduzir o cliente e mostrar que o Soeta é uma proposta possível para os capixabas”, explica Marly Farah.

Soeta Restaurante: talento em transformar o simples em genialInaugurado oficialmente em 2010, o Soeta é fruto da idealização dos sócios marly Farah, Bárbara verzola e Pablo Pavón. Em menos de cinco anos, o restaurante capixaba já figura entre os melhores do país

O restaurante já é convidativo pela fachada.

Uma bucólica casa na Praia do Canto, em Vitória,

ganhou ares sofisticados.

Fotos: Tadeu Brunelli

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E tem dado certo. Com reconhecimento dos clientes e da mídia especializada, o Soeta continuou investindo no negócio e, antes de completar os primeiros cinco anos de existência, o restaurante já é sucesso de crítica e campeão em premiações Brasil afora.

A casa foi considerada pelo Guia 4 Rodas a “Melhor Novidade do Brasil”. Isso em 2011, em seu segundo ano, quando dava os primei-ros passos. Desde então, foi campeã de todas as edições da Veja Espírito Santo, nas catego-rias “Melhor Restaurante da Grande Vitória” e “Chefs do Ano”.

E não é para menos. O emprendimento é de dois chefs de cozinha que trabalharam juntos no então melhor restaurante do mundo: o extinto El Bulli, na Costa Brava espanhola, cuja cozinha arrebatou várias estrelas do Guia Michelin, o prêmio máximo da culinária mundial.

Com um currículo desse, quem disse que precisa sair do Espírito Santo para ter uma experi-ência única em um restaurante de alta gastrono-mia? Aliados a Marly Farah, os chefs fizeram mais: colocaram Vitória na rota do público, dos críticos e dos guias gastronômicos brasileiros. Hoje, o Soeta é considerado um dos melhores restaurantes de cozinha contemporânea do Brasil.

esperteza de corujaSoeta, no dialeto vêneto, significa coruja.

E ela pode ser vista em cada cantinho do espaço, que fica na Praia do Canto, em Vitória. Foi com sabedoria digna das corujas, criatividade e senso de oportunidade que o Soeta conseguiu deslanchar no mercado abrindo um leque extenso de negócios e se tornando uma empresa de sucesso.

A inovação constante se tornou necessidade, principalmente diante da crise no segmento gastro-nômico capixaba. A partir desse cenário, para que a empresa fosse viável economicamente, os sócios estruturaram uma maratona de estratégias para seguir inovando e proporcionando novas experiên-cias a seu público.

Já no segundo ano de funcionamento, o restau-rante abriu as portas, durante o dia, para almoço executivo, cursos e eventos em seu espaço reservado.

Criou ainda o festival “Soeta Recebe”, quando a casa recebe também aos chefs nacionais, para que desembarquem em Vitória e mostrem o melhor de sua cozinha. É uma oportunidade única de apre-sentar aos capixabas o que há de mais atual na cena gastronômica brasileira.

Foi assim, se reinventando, que o Soeta, coruja capixaba, conseguiu estabelecer o negócio no mercado do Espírito Santo e alçar voos ainda mais altos. Evolução da espécie.

Na foto (da esquerda para à direita) Pablo

Pavón, Marly Farah e Barbara Verzola

Especializado em alta gastronomia, o Soeta aposta em pratos que lembram obras de arte

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Destaque empresarial

eletromil

C om otimismo e apaixonado pelo Estado do Espírito Santo, Joatham Flores apostou no segmento de materiais

elétricos, onde atuou por 15 anos como repre-sentante comercial, até abrir seu próprio negócio em 1984, a Eletromil, e de imediato criou seu slogan, “Pensou em material elétrico? Eletromil!”. Seu conceito de comércio estabelece que na loja não pode faltar produto, o cliente precisa encontrar o que precisa, e a negociação

e a entrega precisam fluir rapidamente, o que resulta na satisfação do cliente.

Natural de Nova Venécia, vindo de família humilde, mudou-se para Vitória aos 20 anos de idade, e desde então este capixaba não parou de crescer. Hoje dirige o Grupo Eletromil, com faturamento anual de R$ 140 milhões. Acompanha de perto o crescimento e o desen-volvimento de nosso Estado, onde acredita que ainda há oportunidades potenciais.

Eletromil, um grupo com muita energiaA Eletromil Comercial ltda é especializada em materiais elétricos, com amplo estoque para pronta-entrega e estacionamento fácil. montagem especializada de quadros e painéis elétricos, com atendimento personalizado e 30 anos de tradição no mercado

Grupo Eletromil, comemora 30

anos de sucesso

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A trajetória nestes 30 anos de atividade teve vários obstáculos, principalmente os planos econô-micos. Contudo, com a criação do plano Real, a economia se estabilizou, e o planejamento fluiu. As dificuldades vividas no passado ajudaram a construir o futuro, pois todas as experiências são válidas para o amadurecimento e desenvol-vimento das novas estratégias.

eletrotintasEm 1988, o empreendedor criou a Eletro-

tintas, loja varejista especializada em tintas imobiliárias, com filial em Vitória e Vila Velha.

dismilEm 1996, inaugurou a Dismil e foi nomeado

distribuidor exclusivo para o Estado do Espírito Santo da marca Suvinil, atendendo à Grande Vitória e ao interior, com frota própria.

avanti iluminaçãoEm 1998, Flores montou junto com sua esposa,

Rita de Cássia, a Avanti Iluminação, especia-lizada em iluminação decorativa e comercial. Com uma excelente equipe dedicada e criativa, a loja é referência no Estado.

expansão e conquista de novos mercados - andaluz

Ainda faltava algo mais de impacto para dar maior sustentabilidade à Eletromil. Daí, o empre-sário montou sua própria fábrica em agosto de 2000, a Andaluz Indústria Metalúrgica Ltda, que desenvolve produtos metálicos e termo-plásticos no segmento de materiais elétricos com boa participação nos mercados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e na Bahia.

Filial no rio de JaneiroVisando à maior visibilidade comercial,

em 2013 a Eletromil abriu filial no Rio de Janeiro, em Bonsucesso, onde é o coração das lojas do segmento.

Hoje o Grupo emprega 500 pessoas diretas, com política de recursos humanos que valoriza a boa remuneração e com mínima rotatividade de pessoal. Joatham quer uma empresa dura-doura, e é por isso que se empenha em construir uma cultura de satisfação no ambiente interno e boa reputação externa da marca Eletromil. Além disso, preocupa-se dentro do ambiente corporativo em ter a pessoa certa no lugar certo.

empresa familiarJoatham Flores, de 63 anos, é casado, pai de

três filhos e avô de sete netos, e graduado em Administração de Empresas. Como nada se faz sozinho, ele conseguiu unir boa parte da família, trabalhando nas empresas em diversos setores. Hoje já está implantando o plano de sucessão com o mesmo pensamento: investir e acreditar no potencial do Estado do Espírito Santo.

Joatham Flores, diretor do

Grupo Eletromil

Controle em família: (da esquerda para

à direita) Cleyder Marcos, Glaicon Luppi e André Flores

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Destaque empresarial

SamarCo

i naugurada em abril de 2014, a Quarta Pelotização da Samarco marcou o início de uma nova fase na história da empresa,

ampliando em 37% sua capacidade de produ-ção, que passa a ser de 30,5 milhões de tonela-das de pelotas de minério de ferro por ano. A nova expansão foi um dos maiores projetos privados do país neste ano, com investimentos de R$ 6,4 bilhões, em 35 meses de obras que mobiliza-ram até 13 mil trabalhadores simultaneamente, no Espírito Santo, na unidade de Ubu, em Anchieta, e em Minas Gerais, na unidade de Germano, localizada em Ouro Preto e Mariana.

A conclusão do projeto é um marco na traje-tória da Samarco, que há 37 anos produz pelotas de minério de ferro de alta qualidade, forneci-das a clientes em mais de 20 países do mundo. Hoje, a empresa se consolida como uma das

maiores exportadoras do Brasil e entre as princi-pais fornecedoras mundiais de pelotas. “A entrega da Quarta Pelotização marca a construção de uma nova história, escrita a muitas mãos. A Samarco devolve à sociedade o resultado de uma história de confiança. Com vistas ao futuro, a empresa atua agora em um novo patamar, considerando as novas oportunidades que certamente surgi-rão com sua nova capacidade de produção, a ser atingida plenamente em 2015”, afirma Ricardo Vescovi, diretor-presidente da Samarco.

A implantação da quarta usina de pelotiza-ção da Samarco, com capacidade de produzir 8,25 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano, faz parte de um projeto que incluiu também a construção de um terceiro concentra-dor, com capacidade de 9,5 milhões de toneladas por ano, na unidade de Germano, e do terceiro

Quarta Pelotização da Samarco consolida a empresa entre as maiores exportadoras do BrasilA conclusão do projeto amplia em 37% a capacidade de produção da mineradora

Foto: Jefferson Rocio

Vista noturna da Quarta Usina na unidade de Ubu,

em Anchieta, ES. O projeto de expansão é um marco

na história da Samarco

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mineroduto da Samarco, ao lado dos outros dois já existentes. Com 400 quilômetros de extensão, passa por 25 municípios mineiros e capixabas e tem capacidade para transportar 20 milhões de toneladas de polpa de minério de ferro por ano, ligando as duas unidades da empresa. O Terminal Portuário de Ubu, em Anchieta, também passou por adaptações durante o projeto e teve sua capaci-dade de movimentação de carga aumentada de 23 milhões para até 33 milhões de toneladas por ano, garantindo todo o escoamento do novo volume de produção da Samarco.

Crescimento com envolvimento“Para a Samarco, a Quarta Pelotização repre-

sentou mais do que um projeto de expansão. Foi a oportunidade de mostrar que é possível planejar e realizar ações de crescimento integra-das, que contem com a participação e a aprovação dos diferentes setores da sociedade. A empresa inicia sua nova fase produtiva com a percepção de valor gerado e compartilhado”, explica Vescovi.

Do valor total investido no projeto, R$ 1,8 bilhão correspondem a compras reali-zadas somente no Espírito Santo. Entre 2005 e 2013, foram gerados pela Samarco cerca de R$ 7,4 bilhões em tributos. A partir da opera-ção da Quarta Pelotização, entre 2014 e 2018, essa cifra deverá alcançar cerca de R$ 12 bilhões.

Um dos exemplos das ações que permiti-ram à Samarco compartilhar seu momento de crescimento com as comunidades dos territó-rios onde atua é o Programa de Investimento Social e Institucional, que contou com a aplicação de R$ 8,6 milhões. Com o apoio da Samarco, foram desenvolvidos 72 projetos, nas cerca de 60 comunidades participantes, em 25 municí-pios, com foco em educação e geração de renda. Além disso, o programa destinou recursos para a compra de equipamentos, escolhidos pelas próprias prefeituras, como caminhões, tratores, carros, ambulâncias, equipamentos hospitalares, entre outros, doados a 23 municípios capixabas e mineiros envolvidos no empreendimento, em 2012 e 2013.

Já por meio do Programa de Desenvolvi-mento Profissional, a Quarta Pelotização investiu R$ 5 milhões em cursos criados para preparar tecnicamente a mão de obra local para o mercado de trabalho, formando 1,4 mil pessoas no Espírito Santo e também em Minas Gerais. Durante os cursos, como os de eletricista montador, ajusta-

dor mecânico, encanador industrial, mecânico montador de máquinas industriais, soldador, entre outros, os participantes receberam bolsa de estudo, material didático, lanche e uniforme. Muitos desses profissionais foram admitidos nos quadros da Samarco e de empresas contratadas para a execução das obras. Além disso, após a conclusão do projeto, a Samarco criou aproximadamente 1.100 novos empregos, entre diretos e indiretos, nos dois estados onde atua.

A execução da Quarta Pelotização também permi-tiu à Samarco realizar um levantamento inédito e mostrar os efeitos do projeto para os estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. De forma pioneira, a compa-nhia monitorou, por meio de indicadores socioeco-nômicos, as possíveis interferências do projeto nos sete municípios de influência direta nas unidades de Ubu (Anchieta, Guarapari e Piúma) e Germano (Catas Altas, Mariana, Ouro Preto e Santa Bárbara). O processo foi participativo e compartilhado entre lideranças da Samarco, sociedade civil, iniciativa privada e poder público.

Dentre as ações voluntárias relacionadas ao projeto, vale destacar, ainda, a carboneutralização, ou seja, a compensação integral das emissões de gases de efeito estufa durante a fase de obras (prevista em 150 mil toneladas de CO

2 equivalente). Em três anos, o P4P recebeu investimento de R$ 1,7 milhão para a carbo-neutralização. Esse foi o primeiro grande projeto de expansão no Brasil totalmente carboneutro. Para isso, foram adotadas medidas de compensação como o plantio de seringueiras e de espécies nativas da Mata Atlântica, além da reabilitação de áreas protegidas. A Samarco investiu, ainda, R$ 250 milhões em ações ambientais ao longo de todo o seu projeto de expansão.

No Espírito Santo, outra inovação do projeto Quarta Pelotização foi a assinatura do termo de compromisso socioambiental (TCSA) no qual a Samarco aplicou mais de R$ 12 milhões para a execução das ações definidas. O acordo foi firmado entre a Samarco, o Estado do Espírito Santo, com interveniência técnica do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), o Ministério Público e os municípios de Anchieta, Guarapari e Piúma. No contexto do TCSA foram elaborado o Plano de Uso e Ocupação da Rede Hoteleira e o Plano Integrado de Prevenção, Controle e Fiscalização de Áreas Ocupadas e/ou em Risco de Ocupação, e estão sendo realizados inves-timentos em infraestrutura, que incluem as obras do Hospital Municipal de Piúma, a construção da Unidade de Saúde de Jabaraí e a pavimentação do bairro Porto Grande, em Guarapari, e a edificação da Casa do Cidadão, em Anchieta.

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Destaque empresarial

garoto

H á 85 anos nascia em Vila Velha uma pequena fábrica de balas, vendidas em pontos de bonde: a brasileiríssima

Chocolates Garoto. Em uma trajetória de sucesso, a marca celebra o grande crescimento atribuído principalmente à proximidade com seus consu-midores, responsáveis inclusive pela escolha do nome da empresa.

Em clima de comemoração, a Garoto lançou uma série de novidades que traduzem seu compro-misso com o Espírito Santo e com seus consu-midores. Após um ano de estudos, a empresa desenvolveu novos produtos e investiu para renovar a sua fórmula de chocolate ao leite, que com adição de mais cacau, tornou os produ-tos ainda mais saborosos. “Relançamos a marca após um projeto que envolveu análises com o consumidor. Nosso chocolate ao leite recebeu mais cacau. Mesmo com o preço desse insumo em alta, decidimos fazer isso”, afirma o gerente de Negócios e Marketing, Leandro Cervi.

A nova receita traz um sabor com características sensoriais únicas e compõe os produtos da Linha de Tabletes Familiares (150g) e Linha Chocolateria. A marca, que investe constantemente em inova-ção, desenvolveu a nova receita, com um claro perfil de cacau, baseada em pesquisas e testes realizados com consumidores de chocolate ao leite.

Outra saborosa novidade da Garoto em 2014 é o seu primeiro chocolate aerado, o Aero, marca já conhecida ao redor do mundo. O produto chegou ao Brasil em setembro, em versão chocolate ao leite, com um exclusivo sistema de produção que garante uma aeração única e proporciona um sabor delicado com textura leve. O Aero insere a empresa em um dos segmentos que mais crescem no mercado brasileiro de chocolates: o de chocolates aerados.

Outra novidade é a reformulação da Caixa de Bombons Sortidos Garoto – a famosa Caixa Amarela, da qual são vendidas mais de 100 milhões de unidades ao ano. O produto conta com dois novos bombons maciços de chocolate ao leite -

Um Garoto de 85 anosA empresa celebra oito décadas e meia de forte presença na vida dos brasileiros com novos produtos, melhorias em marcas consagradas e lançamento de selo comemorativo

Fotos: Arquivo Garoto

Com uma história que começou no final da

década de 1920, a empresa é uma das

mais antigas e tradicionais do

Espírito Santo

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sabor preferido dos consumidores. Além disso, o Baton ganhou 65% a mais de leite em sua composição, tornando-o ainda mais saboroso e com textura mais cremosa.

Já a linha de uso culinário da Garoto, barras e chocolate em pó para transformadores de chocolate foi batizada de Chocolateria e também está com fórmula que leva mais cacau em sua composição. Os produtos estão com novos rótulos, que resga-tam a icônica imagem do Garoto e a fachada histórica da fábrica. A embalagem traz a infor-mação “Chocolateria. Espírito Santo, Brasil. Desde 1929”. Segundo Leandro Cervi, é um orgulho para a marca ter a história ligada ao Espírito Santo.

Selo comemorativoComo parte das celebrações dos 85 da empre-

sa, a Garoto, em parceria com os Correios, lançou selo e carimbo comemorativos. O selo reproduz a famosa imagem do “Garoto”, ícone da empresa desde 1933.

• 1929 Fundação da Garoto, em vila velha (ES)

• 1948 lançamento do leite mel (atual Baton) e do bombom Opereta

• 1949 lançamento do bombom Serenata de Amor

• 1959 lançamento da Caixa de Bombons Sortidos primeira no mercado brasileiro

• 1968 lançamento dos tabletes de Chocolate

• 1973 Início das exportações

• 1976 leite e mel é rebatizado e passa a se chamar Baton

• 1981 lançamento do bombom It Coco

• 1982 lançamento do bombom Caribe

• 1993 lançamento do chocolate talento

• 1999 lançamento do bombom Surreal e do Baton branco

• 2002 Aquisição da Chocolates Garoto pelo grupo Nestlé Brasil

• 2007 lançamento dos sorvetes e picolés da marca Garoto

• 2013 Patrocínio à Copa das Confederações da Fifa 2013

• 2014 Patrocínio à Copa do mundo da FIFA 2014tm, lançamento de portfólio comemorativo, reformulação do Baton, entre outros

uma história de sucesso

Projeto Salas de Leitura leva

oportunidade de leitura para alunos

e comunidades

responsabilidade socialA Chocolates Garoto atua com um conceito

de responsabilidade social baseado na plataforma CSV (Creating Shared Value), de criação de valor compartilhado. Conheça algumas ações:

Salas de Leitura: Uma das mais bem-sucedi-das ações, o projeto “Vamos Todos Ler – Sala de Leitura” está sendo ampliado. Ainda neste ano de 2014, na capital, Vitória, serão inauguradas 16 Salas de Leitura. A partir do projeto, são montadas minibibliotecas, com mil livros cada, doados pela Garoto e disponibilizados

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Destaque empresarial

para estudantes e comunidades, gratuitamente. A iniciativa tem parceria da Secretaria de Educa-ção de Vitória e do Instituto Oldemburg de Desen-volvimento. Desde 2004, já foram implantadas 127 Salas de Leitura por todo o Espírito Santo.

Programa Nestlé Nutrir Crianças Saudá-veis: Colaboradores voluntários da Choco-lates Garoto também desenvolvem o projeto Nutrir na Escola Municipal Naydes Brandão, localizada nos arredores da fábrica. Pais e alunos aprendem sobre alimentação saudável nas Folias Culinárias desenvolvidas na instituição.

Dez Milhas Garoto: Outro importante projeto da marca – esse reconhecido não só no Brasil, mas no mundo – é a Dez Milhas Garoto que, a cada ano, reúne número recorde de participantes. A última edição, realizada em agosto, contou com a adesão de 8 mil corredores de várias idades e nacionalidades. Criada para comemorar os 60 anos da Garoto, a Dez Milhas, assim como a empresa, também registra vários marcos importantes em sua histó-ria. Inicialmente chamada de Corrida Rústica, teve sua primeira prova realizada em 17 de setembro de 1989, com 735 corredores. Em 1991, passou pela primeira vez pela Terceira Ponte e, quando completou 10 anos, passou a receber a participação de estrangeiros. Em 1999, a prova adotou a utilização de chips para o controle de resultados e, em 2002, nasceu a Corrida Garotada, então com 300 crianças participantes.

Corrida Garotada: Este ano, contou com um diferencial importante: Durante 30 dias antes da corrida, profissionais realizaram visitas em escolas do ensino público e privado da Grande Vitória para incentivar o bem-estar e a prática esportiva. A proposta foi promover minicircuitos esportivos nessas instituições, que impactaram mais de dois mil professores de educação física e alunos com a celebração da Garoto, por meio de ações que dissemina-ram saúde e alegria. O resultado foi um sucesso. Mil jovens, entre 10 e 17 anos, participaram da 13ª Corrida Garotada, divididos em masculino e feminino e por idade, e correram 800 metros ou três quilômetros, de acordo com a categoria. As famílias foram incentivadas a torcer pelas crianças e recebê-los na linha de chegada.

Vencedores do Esporte: O projeto de incentivo ao esporte é apoiado pela Chocola-tes Garoto e realizado em parceria com o Insti-tuto Viva Vida. Neste segundo semestre de 2014, 21 atletas do projeto foram para o Rio de Janeiro para participar do Circuito Brasileiro de Bodyboarding. O número foi um recorde para a institui-ção que, pela primeira vez, pode levar vários esportistas de alto nível para represen-tar o Estado em um campeonato nacional. Viabilizado desde maio do ano passado, o programa movimenta, ao todo, cerca de 150 atletas de divisões de base, sendo 100 no basquete e 50 no bodyboar-ding. A iniciativa é inédita no Estado e promove a inclusão social por meio do esporte.

A Terceira Ponte faz parte do percurso dos corredores da prova Dez Milhas Garoto

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Destaque empresarial

SiCooB

o Sicoob é uma cooperativa finan-ceira aberta a empresas e a pessoas físicas que dispõe dos mesmos servi-

ços e produtos oferecidos pelos bancos tradi-cionais. Para pessoas jurídicas, a instituição oferece serviços como antecipação de recebíveis, soluções de recebimentos, conta salário, finan-ciamento, seguros, investimentos, domicílio bancário e folha de pagamento, entre outros.

Terceira maior rede em pontos de atendi-mento do Espírito Santo, a cooperativa compar-tilha os resultados com seus associados, que são donos do negócio. Os recursos disponi-bilizados aos clientes são utilizados no Estado, assim, a instituição promove o desenvolvimento na região em que está inserida.

“O Sicoob é uma instituição financeira reconhe-cida e valorizada por toda a sociedade capixaba, e tem o diferencial de estar sempre próximo ao seu público, pronto para atendê-lo com produtos e serviços bancários eficientes e personalizados”, afirma o presidente do Sicoob-ES, Bento Venturim.

inovações tecnológicasNo que diz respeito à tecnologia, a entidade

vai além do habitual e procura sempre inovar seus serviços e trazer melhorias, gerando comodi-dade aos seus associados. Toda movimentação pode ser realizada por internet, tablet e celular, e a cooperativa ainda dispõe de aplicativos que facilitam as atividades.

Premiado diversas vezes por suas inovações, a instituição tornou a tecnologia de ponta uma aliada para que possa oferecer sempre um serviço qualificado e de excelência. O aplicativo Mobile

Banking do Sicoob é o que possui a melhor avalia-ção dos usuários dos sistemas Android e do iOS da categoria. Pela plataforma, o associado tem acesso à sua conta ou à da sua empresa e pode realizar transações diretamente do seu aparelho móvel, além de conseguir imprimir e exportar extratos e comprovantes a qualquer momento.

Dentre as soluções tecnológicas oferecidas para pessoas jurídicas está o Sicoobnet Empresarial, que permite movimentar as contas de maneira simples e segura pela internet. Já com o programa de Cobrança Sicoob, o associado evita maiores preocupações com cobranças, que fica como tarefa da cooperativa. Ainda voltado para esse público, o Sicoob oferece o Débito Direto Autorizado (DDA), que é ecologicamente correto e dispensa o uso de boletos impressos para pagar contas. Pelo DDA, o pagamento ocorre através de acesso eletrônico, agilizando o serviço e facilitando sua adminis-tração, que pode ser feita por internet, celular ou caixas eletrônicos do Sicoob.

97% dos associados recomendam o Sicoob

O reconhecimento do trabalho realizado pelo Sicoob é cada vez maior. O índice geral de satisfação entre os associados no Espírito Santo é de 82%, de acordo com a última pesquisa realizada pelo Insti-tuto Futura, entre outubro de 2013 e janeiro último. No levantamento, 97% dos entrevistados afirmaram que recomendariam a cooperativa. De acordo com Bento Venturim, “o resultado é reflexo do trabalho sério e de credibilidade que a equipe da instituição vem realizando, aliado à prestação de um atendi-mento diferenciado aos associados.”

Sicoob oferece inovação tecnológica

e atrativos para empresas

Comodidade e segurança: movimentação pode ser feita em celulares, tablets e computadores

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Destaque empresarial

SeSi

as exigências atuais do mercado corporativo têm refletido diretamente na qualidade de vida de seus trabalhadores, pois estimula

uma busca por alto rendimento e melhores resul-tados pessoais, o que em contrapartida, se reflete em comportamentos que trazem risco à saúde como: tabagismo, estresse, consumo de álcool e outros, aumentando assim o índice de presen-teísmo, absenteísmo e o número de acidentes/incidentes no trabalho, comprometendo a produ-tividade e obtenção de lucro. O local de trabalho é um importante espaço para o desenvolvimento de intervenções ambientais e educacionais social-mente responsáveis, visando a mudanças dos comportamentos de risco a saúde.

Objetivando proporcionar ações que estimu-lem a adoção de um estilo de vida saudável no ambiente laboral o Sesi-ES oferece atividades nas áreas de educação, saúde e segurança, esporte, lazer, cultura e responsabilidade social empre-sarial com o intuito de auxiliar na detecção e controle de fatores que influenciam na baixa produtividade do trabalhador quando atrelada a questões relacionadas ao estresse da atividade laboral e na ausência deste por motivo de doença.

O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, destaca a importância do Sesi-ES para as indús-trias, por meio da prestação de serviços educativos e preventivos, que melhoram as relações internas e o bem-estar dos funcionários. “Anualmente,

Sesi-ES promove qualidade de vida nas indústrias do EstadoAções em áreas como educação, saúde e segurança, esporte, lazer, cultura e responsabilidade social empresarial elevam o bem-estar dos trabalhadores da indústria

Educação, Saúde e Segurança no Trabalho,

Esporte, Lazer, Cultura e Responsabilidade Social

Empresarial: pilares trabalhados pelo Sesi-ES

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mais de 800 mil atendimentos nessas áreas são realizados, com foco na prevenção e na melhora da qualidade de vida”, frisou ele.

Atualmente, o Sesi-ES tem diversas ações desenvolvidas pelo Departamento de Qualidade de Vida. A superintendente do Sesi-ES, Solange Siqueira, destaca, por exemplo, o Mais Saúde, por meio do qual uma equipe de enfermagem realiza o levantamento das condições gerais de saúde dos empregados das indústrias que aderem ao programa e identifica grupos de risco, trabalhando com temas pertinentes individual e coletivamente, por meio de palestras e campa-nhas, além de apoiar o RH das empresas no desenvolvimento de mais ações. Em sua opinião, “o Mais Saúde é especialmente importante por identificar as principais causas de afastamento do trabalho, entre elas, os transtornos mentais, sobretudo estresse, e por orientar a empresa nas ações mais eficazes para revertê-las”.

“O Programa Mais Saúde presta consultoria às empresas industriais que praticam o Modelo Sesi em Segurança e Saúde no Trabalho, com visitas periódicas à empresa, com objetivo de auxiliá-la no atendimento de saúde, conscienti-zando os trabalhadores quanto às ações necessá-rias ao seu bem-estar físico, social e emocional. O programa oferece aos trabalhadores consultas de enfermagem, orientações de saúde e palestras informativas, auxílio ao médico coordenador na implantação do PCMSO, além de suprir o RH da empresa de informações valiosas sobre as condições de saúde de seus trabalhadores, conservando o sigilo ético”, destacou o gerente do Departamento de Qualidade de Vida do Sesi-ES, Marcos Alex Silva.

Ainda nessa área, outra opção ao alcance das indústrias é o Sesi Desafio Saúde, que atua dentro das empresas, diretamente junto ao traba-lhador. “É um projeto que visa a oferecer aos trabalhadores das indústrias do Espírito Santo ações para mudanças de hábitos relacionados a alimentação e atividade física, além de orien-tações fisioterapêuticas - postural e funcional -, objetivando melhorar seu estilo de vida e incentivar a adoção de hábitos saudáveis. A equipe do programa compõe-se de especia-listas em educação física, nutrição e fisioterapia, e desenvolve as seguintes atividades: avaliações física, nutricional, funcional e postural; consul-

toria e prescrição de atividades; orientações e acompanhamentos; além de palestras motiva-cionais e informativas e ações físico-esportivas, em grupo e individuais”, disse Marcos Alex.

Projeto inovador ganha destaque nacional

O Sesi-ES oferece ainda às empresas capixa-bas uma ação pioneira, que obteve recente-mente o primeiro lugar nacional no Edital de Inovação do Sesi/Senai. É o projeto Indús-tria Positiva, que busca desenvolver serviços integrados de segurança, saúde e qualidade de vida, com base em um diagnóstico completo com dados da indústria e dos trabalhadores, que tem como premissa identificar e avaliar indicadores considerados “negativos” e atuar na alteração destes para “positivos”, propondo soluções específicas e realizando ações custo-mizadas, possibilitando a melhoria da quali-dade de vida dos trabalhadores e o aumento da produtividade e competitividade da empresa.

“O projeto surgiu a partir da demanda das indústrias capixabas pelo acompanhamento das condições de saúde e qualidade de vida de seus empregados e, consequentemente, de suas empresas. Seu objetivo principal é ofertar soluções integradas, a partir do desenvolvimento de competências específicas”, explicou José Carlos Bergamin, diretor para Assuntos do Sesi-ES.

“O programa contribui para reduzir os afastamentos do trabalho provocados por doenças, que hoje representam em torno de 11% do custo da indústria”, destaca Solange Siqueira. O Sesi-ES acompanha de perto a questão do estresse e a promoção da quali-dade de vida, realizando pesquisas e programas específicos. “Estamos buscando a elabora-ção de um indicador de qualidade de vida que avalie os funcionários das empresas”, revela o empresário Alejandro Duenas,

• Indústria Positiva • Desafio Mais Saúde• Programa Mais Saúde• Ginástica na Empresa • Indústria Segura

• DSEV• Corrida do Trabalhador• Teatro Socioeducativo• Orquestra Camerata

Ações de destaque do Sesi

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Destaque empresarial

da empresa Agrosabor Industrial Ltda, onde é aplicado o projeto piloto.

O Sesi-ES oferece ainda o programa Sesi Ginástica na Empresa, que atende atualmente cerca de 23.500 trabalhadores com a realização de sessões de ginástica laboral comandadas por educadores físicos dentro das indústrias, contri-buindo para a mudança do estilo de vida e, consequentemente, para a melhoria das condi-ções de saúde dos trabalhadores uma vez que a atividade física constante e moderada tem efeitos benéficos na condição geral de quem a pratica, podendo reduzir a ansiedade e melho-rar a autoestima e a autoconfiança.

Cultura ao alcance de todosA melhoria do ambiente de trabalho e da

autoestima do trabalhador, além da redução do estresse, também passa pela cultura. Pensando nisso, o Sesi-ES realiza ações como o Teatro Socioeducativo, que em 2014 está comple-tando 20 anos de atividades. São apresenta-ções teatrais curtas, feitas dentro do ambiente da empresa, levando entretenimento e conhe-cimento por meio da arte cênica. Ao todo mais de 60 mil trabalhadores por ano assistem às esquetes, que abordam temas como estresse, relacionamento interpessoal, álcool e drogas, entre outros. “É um veículo de diálogo que facilita a comunicação entre empresas e funcionários utilizando a linguagem cênica, que possibilita emoções, reflexões, diversão e abordagem de uma

infinidade de conflitos, tornando-se uma poderosa ferramenta para envolver o trabalhador e tratar os diversos temas relacionados à sua rotina na empresa, no que tange a segurança e saúde do trabalhador”, explica Marcos Alex. A arte musical também se faz presente para a indústria e a comunidade por meio das apresentações da Orquestra Camerata Sesi, que permitem o acesso à música erudita a todas as classes sociais.

Para Solange Siqueira, trabalhar em um local onde o ambiente é alegre e o serviço dá prazer significa encontrar um antídoto para o estresse e uma ajuda importante para o empregado equili-brar os aspectos pessoal e profissional da sua vida. “A empresa deve fazer esforços para melhorar a condição de trabalho e o bem-estar coletivo de seus trabalhadores. Com certeza ela terá retorno positivo, com as pessoas tornando-se mais proati-vas em suas funções e papéis profissionais”, disse a superintendente do Sesi-ES.

Mas como as empresas do Estado podem ter acesso a todos esses serviços? O Sistema Findes coloca à disposição a sua equipe de Relações com o Mercado – profissionais que visitam as indús-trias e, juntamente com a equipe técnica, identifi-cam as demandas e mobilizam todas as unidades operacionais do Sesi para promover programas de qualidade de vida. Com tantas ações, o Serviço Social da Indústria do Espírito Santo se coloca como grande aliado das empresas capixabas, que podem cuidar ainda melhor do seu maior patrimônio: o capital humano.

Apresentações teatrais, feitas no ambiente da empresa, levam entretenimento e conhecimento por meio da arte cênica

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Destaque empresarial

SeNai

r econhecido por sua atuação na capaci-tação da mão de obra para o setor industrial capixaba, o Serviço Nacio-

nal de Aprendizagem Industrial (Senai-ES) é referência no apoio ao desenvolvimento da indústria capixaba em qualificação profissional. E por meio do Senai Soluções em Tecnologia e Inovação, a entidade oferece também asses-soria ao setor produtivo.

A iniciativa presta diversos serviços e consulto-rias para as indústrias capixabas, visando a suprir as principais demandas em tecnologia, assesso-rias específicas, inovação e pesquisa aplicada para alavancar a competitividade.

“O Senai cumpre um papel essencial no desen-volvimento da indústria. Cientes disso, nós do Sistema Findes atuamos em mais de 80% dos municípios capixabas, levando educação e quali-ficação profissional a todas as regiões do Estado, seja em unidades fixas, móveis ou em parceria com os municípios. Estamos realizando obras de modernização e ampliação, em um investimento que supera os R$ 150 milhões, o maior da histó-ria do Sistema Indústria. Estão previstas novas

unidades em Cachoeiro de Itapemirim e Anchieta, um núcleo integrado em Nova Venécia, a dupli-cação da unidade na Serra, o primeiro Instituto Senai de Tecnologia do Estado, uma obra inova-dora, entre muitas outras ações. Com os inves-timentos, o Senai estará ainda mais preparado para formar mão de obra qualificada, gerando profissionais que, além de operar equipamentos de alta tecnologia, serão capazes de inovar, pensar novos processos produtivos e contribuir para o crescimento industrial”, declara Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes.

As consultorias e assessorias apresentam ferramentas que podem ser personalizadas de acordo com a estrutura de cada negócio, gerando respostas efetivas para toda a organi-zação. As soluções baseiam-se em diagnósticos e orientações técnicas e tecnológicas, customi-zadas para cada cliente.

“As ações de educação e consultoria do Senai-ES estão intrinsecamente ligadas aos valores da insti-tuição. Atuamos para servir à indústria capixaba. Um dos diferenciais do Senai Soluções é a compe-tência do nosso corpo técnico, composto por

Senai-ES investe em soluções para tornar a indústria mais competitivaEntidade oferece serviços de assessoria, consultoria e diagnóstico para empresas

Consultorias do processo produtivo

oferecidas pelo Senai Soluções ajudam a

otimizar e melhorar processos e produtos

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Senai Soluções em Tecnologia e Inovação

• Consultoria em teCnologia do ProCesso Produtivo

segmento das indústrias do vestuário/ConfeCçãodesign têxtil1. Processo produtivo e Lean Manufacturing2. Desenvolvimento de Novos Produtos3. Desenvolvimento de Modelagens4. Digitalização e Gradação de Moldes5. Encaixe e Plotagem de Risco Marcador6. Plotagem de Risco Marcador

segmento industrial de alimentos e BeBidasalimentos e BeBidas1. Elaboração de projetos para produção de Alimentos e Bebidas2. Elaboração e Adequação de Layout3. Desenvolvimento de embalagens para alimentos

(parceria com Design de produto)4. Rotulagem de Alimentos e Bebidas5. Implantação de Boas Práticas de Fabricação, pelo programa de

Alimentos Seguros6. Implantação do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de

Controle - APPCC, pelo Programa de Alimentos Seguro7. Auditoria para declaração de conformidade em Boas Práticas de

Fabricação – BPF, pelo programa de Alimentos Seguros8. Auditoria para declaração de conformidade em Análise de

Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) pelo programa de Alimentos Seguros

9. Orientação Técnica para obtenção dos selos de inspeção Municipal, Estadual e Federal (SIM, SIE e SIF)

10. Assessoria para Registro de Produto: Assessoria para registro e/ou dispensa de registro de produtos alimentícios junto à ANVISA e ao MAPA

11. Pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos e processos.12. Capacitação em Boas Práticas de Fabricação, pelo programa de

Alimentos Seguros segmento industrial em geralefiCiênCia energétiCa1. Diagnósticos Energéticos2. Análise Tarifária

3. Elaboração de Laudos para solicitação de crédito do ICMS da energia4. Otimização de Processos, dentre outros serviços

meio amBiente1. Planos de Controle Ambiental2. Diagnósticos Ambientais3. Plano de Educação Ambiental4. Plano de Gerenciamento de Resíduos5. Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental6. Pesquisa e Desenvolvimento - Aplicada e Experimental

ProCesso Produtivo1. Processo Produtivo e Lean Manufacturing

design gráfiCo1. Desenvolvimento de Embalagem2. Desenvolvimento e Criação de Logomarcas3. Desenvolvimento e Criação de Websites

Pesquisa, desenvolvimento e inovação1. PD&I de produto2. PD&I de processo

• metrologia

segmento industrial em geralCaliBração1. Calibração de Instrumentos de Medição e Geração

de Grandeza Elétrica

segmento industrial da Construção Civil1. Ensaios de Cerâmica Vermelha2. Ensaios de Concreto3. Ensaios de Cimento4. Ensaios de Agregados

www.sistemafindes.org.br Telefones: (27) 3334-5200 • 3334-5201 • 3334-5202

mais informações

consultores certificados pelo Senai Nacio-nal”, afirmou a diretora regional do Senai-ES, Solange Siqueira.

Tecnologia do processo produtivoAs consultorias em tecnologia do processo

produtivo adequam-se às demandas de cada segmento, com o objetivo de elevar a competi-tividade dos produtos e a qualidade dos processos

das indústrias do Espírito Santo. As atividades oferecidas abrangem trabalhos de diagnóstico, orientação e assessoria técnica, voltados à implan-tação, otimização e melhoria de procedimentos e produtos.

A solução é, em geral, implementada de forma customizada à realidade de cada empresa. “Sua aplicação é focada nas áreas de produção e gestão, sempre voltadas para as atividades-meio

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Destaque empresarial

dos processos da indústria. Entre os resultados alcançados, estão elevação da produtividade, redução de custos e desperdícios, e melhoria dos processos; além do avanço da confiabilidade dos produtos e processos”, destacou o gerente do Senai Soluções, Eugênio Carrijo.

As indústrias do segmento de vestuário e confecções, por exemplo, encontram no Senai Soluções serviços como assessoria no desen-volvimento de novos produtos e modelagens, digitalização e gradação de moldes, entre outros. Já para as indústrias de alimentos e bebidas, a entidade disponibiliza em seu portfólio servi-ços como elaboração e adequação de layout, desenvolvimento de embalagens para alimen-tos, além de orientações técnicas para registro de produtos alimentícios junto a órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A instituição também realiza pesquisa, desen-volvimento e inovação de produtos e processos.

ações de eficiência energéticaO Programa de Eficiência Energética do Senai

Soluções atende micro e pequenas, médias e grandes empresas que buscam o uso racional da energia. Inicialmente, é realizado o diagnós-tico de equipamentos e processos, para identifi-car onde estão os pontos de possíveis melhorias. Esse diagnóstico energético inclui análise tarifária, elaboração de laudos para solicitação de crédito do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS) da energia, otimização de processos, dentre outros serviços.

“Por meio da consultoria, auxiliamos as indús-trias na identificação do potencial de economia previsto, avaliando as diversas áreas e propondo

melhorias nos processos analisados. O objetivo é promover a melhor gestão dos custos, de modo a otimizar os valores contratados junto à concessio-nária de energia local e tornar gerenciáveis todas as grandezas medidas ou faturadas pela concessionária, eliminando possíveis multas e otimizando o processo de produção da empresa”, esclareceu Carrijo.

meio ambienteServiços de meio ambiente para as indústrias

também fazem parte do portfólio do Senai Soluções. Essas atividades incluem o desenvolvimento de proje-tos de adequação tecnológica para o tratamento de emissões atmosféricas, efluentes líquidos e resíduos sólidos. Todos são elaborados de forma personalizada e atendendo à legislação ambiental vigente.

Desenvolvidos por profissionais devida-mente capacitados, os trabalhos compreendem, por exemplo, planos de controle ambiental (PCAs), diagnósticos ambientais, planos de educação ambien-tal, estudos e relatórios de impacto ambiental e planos de gerenciamento de resíduos. “As soluções de meio ambiente oferecidas pelo Senai permitem à empresa atender às necessidades ambientais, reduzindo, reciclando, reutilizando e tratando os resíduos sólidos, efluentes e emissões atmosféri-cas, com o intuito de tornar o processo industrial sustentável e ecologicamente viável. Essa assessoria permite, também, redução dos custos e dos possí-veis impactos ambientais na disposição final dos resíduos sólidos”, ressaltou o gerente.

“A empresa passa a desenvolver suas atividades de maneira segura, eximindo-se dos possíveis riscos de degradação de ecossistemas, e trabalhando de acordo com as leis ambientais”, destacou Benízio Lázaro, diretor para Assuntos do Senai-ES.

Educação e consultoria são áreas de atuação do Senai, que busca capacitar mão de obra para a indústria capixaba

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45 anos iel-es

o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade do Sistema Federação das Indústrias (Findes), sempre esteve na

vanguarda quando o tema é melhorar a gestão das empresas e dotar as pessoas das compe-tências necessárias às reais necessidades do

mercado. Quando iniciou sua trajetória no Espírito Santo, no dia 4 de setembro de 1969, o Instituto trouxe consigo uma proposta que se tornaria extremamente necessária para o contínuo crescimento industrial: o de levar o mundo acadêmico para as fábricas,

IEL-ES: 45 anos contribuindo para o aumento da competitividade das empresas capixabasSão 45 anos de qualidade nos serviços prestados, oferecendo variadas soluções para as empresas capixabas

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“ O Instituto Euvaldo Lodi completa 45 anos de uma rica história em defesa da indústria capixaba. O IEL-ES atua em diferentes níveis, formando

bons estagiários, qualificando profissionais, estimulando o espírito inovador e atualizando os empreendedores com o que há de mais moderno em gestão eficiente e sustentável. Há 18 anos, o Instituto desenvolve também o anuário IEL 200

Maiores Empresas no Espírito Santo, publicação respeitada por sua rigorosa metodologia. Sempre trabalhando em favor do desenvolvimento econômico do Estado, o IEL soube se posicionar nos últimos 45 anos, atuando de forma propositiva, apontando caminhos que possam melhorar nossos resultados e ampliar as oportunidades para os empreendedores capixabas.” Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes

apostando na interação entre as instituições de ensino superior e o empresariado local, por meio da promoção de práticas como o estágio supervisionado. Nascia ali um novo caminho para a modernização gerencial no Estado e começava-se a pavimentar uma estrada que facilitaria o acesso à inovação.

Durante anos, promover essa interação foi o grande foco do Instituto. Porém, com os desafios impostos pelo mercado cada mais global e competitivo, o trabalho do IEL se estendeu para outras duas vertentes impor-tantes que são: Educação Empresarial/Executiva e Soluções Empresariais a porta de suas diversas consultorias.

Hoje o IEL-ES trabalha em três vertentes. A primeira se propõe oferecer a inserção de

“ O Instituto Euvaldo Lodi – IEL chega aos 45 anos com excelência na construção de pontes sólidas entre a Universidade e o mundo empresarial. Nesse período,

cumpriu importantes funções de assessoria no recrutamento de mão de obra especializada para o setor industrial e no treinamento de profissionais. Mas não ficou por aí. Sempre em busca de soluções e caminhos para garantir mais eficiência e qualidade

à gestão das empresas, o Instituto foi incorporando novas atribuições. E, nesse passo, assumiu papel importante no intercâmbio de experiências empresariais, dando suporte essencial ao trabalho de promoção do desenvolvimento que realizamos no Governo do Espírito Santo. Quero agradecer ao apoio que recebemos durante a nossa gestão e parabenizar a todos que participam diariamente do aprimoramento do IEL-ES. É trabalhando em parceria com entidades assim que poderemos dar mais competitividade e sustentabilidade à nossa economia e seguir em frente na construção de uma sociedade mais próspera e mais igualitária.” - Renato Casagrande, governador do Espírito Santo

trabalhadores no mercado por meio de está-gios supervisionados.

Além disso, também são oferecidos cursos de pós-graduação e MBA para profissionais que queiram se aperfeiçoar. Os cursos são realizados em parceria com as principais facul-dades do Espírito Santo.

Para a capacitação de executivos e empre-sários, o IEL promove programas em parceria com as maiores escolas internacionais de negócios situados em países como Alemanha, França e Estados Unidos, entre outros.

Equipe IEL-ES comemora

45 anos de trajetória

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45 anos iel-es

De outro lado, o IEL-ES também prepara os gestores das empresas com seminários e cursos gerenciais de curta e média duração, para que eles passem a exercer uma gestão mais profissional, promovendo assim a otimi-zação dos recursos nas suas organizações.

Por fim, o Instituto também trabalha para desenvolver as empresas, oferecendo diversas consultorias que permitem melhorar os

processos de produção, logística ou outras neces-sidades que a indústria apresente para continuar se fortalecendo. Entre as soluções disponíveis estão diagnóstico empresarial, auditoria interna de sistemas de gestão, planejamento estratégico e mapeamento e racionalização de processos, e diversas soluções customizadas atendendo a real necessidade da empresa.

O superintendente do IEL no Espírito Santo, Fábio Dias, explica: “Com isso, a entidade consegue atender às necessidades de evolução das empresas de modo abran-gente, preparando os profissionais para solucionar eventuais problemas e melhorar a gestão. Ao atualizar o empresário ou executivo que esteja em posição estratégica de novas informações sobre o mercado em que está inserido, por meio da sua linha de educação executiva, o IEL também contribui consideravelmente para que estas empresas possam ser cada vez mais competitivas. Por fim, ainda contribuímos para a profis-sionalização da gestão, garantindo novas práticas e soluções. Ou seja, nós conse-guimos atender todos os aspectos que uma empresa necessita para se manter no mercado”, comenta Dias.

Inovação, aliás, é palavra de ordem para o IEL-ES, ciente de que é ela um componente

“ O IEL, há 45 anos, se dedica a dar à indústria capixaba o suporte adequado na formação e na capacitação de

pessoas, principalmente os gestores das empresas. Podemos hoje, com segurança, afirmar que sua missão institucional vem sendo alcançada com pleno êxito, além de ter ampliado e muito seu portfólio

de serviços. Essa performance é produto de um trabalho contínuo de identificação das demandas do setor industrial, num processo de permanente atualização e conhecimento do setores como um todo. Essa capacidade adquirida é fruto da competência e das iniciativas inovadoras das gestões executivas que passaram pelo IEL. Necessário se faz creditar esse sucesso, também e principalmente, a todas as gestões da Federação das Indústrias que souberam apoiar e estimular a equipe do IEL no alcance de indicadores tão positivos.” - Aristoteles Passos Costa Neto, presidente do Sinduscon-ES, vice-presidente da Findes e diretor para Assuntos do IEL

(Da esquerda para direita) Aristoteles Passos, vice-presidente da Findes e diretor para Assuntos

do IEL, Aridelmo Teixeira, diretor da Fucape, Marcos Guerra, presidente do Sistema Findes, e Fábio Dias, superintendente do IEL firmam

parceria para realizar MBA em Estratégia e Inovação para Lideranças Empresariais

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“ Ao longo de seus 45 anos de existência, o IEL tem cumprido com louvor seu objetivo de promover a interação entre a indústria e as instituições de ensino. O estabelecimento de parcerias importantes e o foco na capacitação empresarial, no aperfeiçoamento da gestão, e a oferta de

programas de estágios e bolsas educacionais contribuem ainda mais para reforçar sua importância para o setor. O diálogo permanente com o setor empresarial torna o IEL uma das mais importantes entidades brasileiras no suporte ao desenvolvimento da indústria, contribuindo para que as empresas possam superar os desafios e identificar oportunidades de crescimento e diversificação de forma

sustentável.” - Maurício Max, diretor de Pelotização da Vale

fundamental para que as empresas se mante-nham competitivas num mercado cada vez mais exigente. “A inovação não é apenas aquela radical, em que você cria um produto ou solução que não existe no mercado. Há também aquela que é incremental, ou seja, quando são agregados valores ao seu processo produtivo, ao seu produto, design, marketing, enfim algo inovador que possa ser percebido pelo seu cliente e que garanta o resultado espe-rado e sobretudo tornar a sua empresa perene por mais tempo no mercado ”, explica Dias.

Para ele, é aí que entra o papel do IEL-ES. “Os empresários precisam despertar em si essa visão estratégica e procurar fomentar isso em suas equipes. Uma empresa só se torna efetivamente inovadora, se a cultura inovadora permear todos os setores da orga-nização ”, ressalta.

Uma das estratégias para fomentar essa questão é o programa nacional Inova Talentos, uma parceria do IEL com o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que está abrindo as portas de inúmeras empresas para estudantes e recém--formados que buscam a oportunidade de mostrar o seu conhecimento para inovar. O objetivo é ampliar o quadro de profissionais em atividades de inovação no setor brasileiro.

O programa prevê que cada bolsista tenha até 12 meses para desenvolver o projeto e receba bolsa mensal entre R$ 1,5 mil (graduação) e R$ 3 mil (mestrado), além de capacitação, coaching e tutoria de profissional da empresa contratante. A cada projeto submetido, permite-se requi-sitar até três bolsistas, e as empresas podem submeter múltiplos projetos. As vagas são abertas e publicadas para consulta e inscrição dos candidatos no portal do Inova Talentos (www.portaldaindustria.com.br/iel/canal/inova-talentos).

Fábio Dias destaca que: “Um dos motivos de orgulho do IEL-ES é ser o responsável pela coordenação executiva do maior e melhor programa de desenvolvimento de fornece-dores do Brasil, que é o Prodfor”.

“Trabalhamos para que as empresas capixabas se tornem cada vez mais competitivas, oferecendo as melhores condições e recursos para que os negócios e as pessoas continuem crescendo” - Fábio Dias, superintendente do IEL no Espírito Santo

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45 anos iel-es

“ O IEL-ES completa neste ano 45 anos com excelentes trabalhos realizados em favor do setor produtivo capixaba, principalmente para as pequenas e médias indústrias.

O IEL-ES se tornou referência estadual e nacional em capacitação de empresários e executivos, implantação de sistemas de gestão da qualidade e desenvolvimento de fornecedores, além da interação entre o saber e fazer pelo estágio supervisionado.

Tenho o maior orgulho de ter participado da gestão superior do Instituto, na condição de superintendente, por 19 anos, de 1991 até 2010, quando fui eleito diretor técnico do Sebrae/ES, e fico muito feliz por saber que tudo o que foi construído pela equipe do IEL-ES nesse período foi continuado inclusive com melhorias.”- Benildo Denadai, diretor técnico do Sebrae e ex- superintendente do IEL

Criado em 1997, o Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) é uma ação conjunta de 11 das maiores indústrias estabelecidas no Espírito Santo, para promover a capa-citação dos fornecedores locais, por meio da certificação de seus sistemas de gestão. De acordo com o superintendente do IEL, mais de 600 empresas fornecedoras já foram capacitadas e certificadas pelo Programa.

Empresas de grande porte do país parti-cipam como mantenedoras do Prodfor. São elas ArcelorMittal Cariacica, ArcelorMittal Tubarão, Canexus, Chocolates Garoto, Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), Fibria, Espírito Santo Centrais Elétricas (EDP Escelsa), Petrobras, Samarco Mineração, Technip e Vale. Além da coorde-nação técnica do IEL-ES, elas contam com a parceria institucional do Sebrae e o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).

Todas essas ações realizadas pelo IEL-ES visam ao crescimento da indústria local. Mas o benefício não fica apenas com o empresariado. Afinal, uma indústria forte gera emprego, renda e move a economia do país em direção ao desenvolvimento. “Trabalhamos para que as empresas capixabas se tornem cada vez mais competitivas, oferecendo as melhores condições e recursos para que os negócios e as pessoas continuem crescendo”, ressalta Dias.

Para ele a principal conquista do Instituto em todos esses anos é o reconhecimento da sociedade capixaba e brasileira. “O IEL-ES é uma referência na agenda de inovação, desen-volvimento empresarial e de fornecedores”, afirma. Esse reconhecimento fortalece o IEL-ES em seu desafio de manter o foco no seu maior objetivo e continuar na posição que sempre manteve: a vanguarda.

“ O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) completa seus 45 anos preparando as empresas capixabas para um ambiente de alta competitividade, oferecendo soluções

em gestão corporativa, educação empresarial e desenvolvimento de carreiras. Trata-se, portanto, do segmento do Sistema Indústria que lida com os níveis de qualificação profissional, buscando atender às demandas mais atuais de um mercado

competitivo e envolto em um ambiente de constante renovação. Parabéns ao IEL-ES pelos seus 45 anos!” - Solange Siqueira, superintendente do Sesi-ES e diretora regional do Senai-ES

“ O IEL, originalmente criado com o objetivo de intermediar programas de estágio para a indústria, ao longo do tempo foi expandindo e aperfeiçoando sua linha de atuação.

Hoje podemos afirmar que é uma entidade de atuação multifacetada, tendo como principais linhas de atuação o desenvolvimento gerencial e a aproximação cliente-fornecedor para o setor industrial. Nesta última linha, ao longo dos últimos 16 anos, temos contado

com a parceria do IEL-ES no Programa de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores (Prodfor) por meio da gestão executiva do projeto bem como a transferência da metodologia de certificação aos fornecedores indicados. Esta ação por si só já se constituiu em case de sucesso, tendo sido objeto de teses de mestrado e doutorado, além de vários reconhecimentos nacionais e internacionais, modelo este que está sendo replicado a outras unidades da Federação. Hoje temos o conforto e a tranquilidade de contar com uma Instituição do quilate do IEL-ES na condução de um programa dessa magnitude que tantos resultados já trouxe para o Estado do Espírito Santo. Acreditamos que o IEL-ES representa um forte apoio no que tange ao desenvolvimento de lideranças empresariais e no estreitamento da comunicação dentro do setor industrial.” - Paulo Edson, gerente de suprimentos e estoques da Fibria e coordenador geral do Prodfor em 2014

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S enhores leitores, mesmo após 18 anos, não externar nossa alegria e satisfação por termos concluído e entregue mais uma edição do anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito

Santo seria um contrassenso.Como nas oportunidades anteriores, manti-

vemos o compromisso com a qualidade, o rigor técnico e a ampliação do número de empresas pes-quisadas, superando o sucesso das edições passadas.

O IEL-ES, autor deste estudo, sente-se honrado e orgulhoso em produzir e disponibilizar esta publicação, consolidada com credibilidade ante a empresários, academia, técnicos e meio político do Estado. Graças à participação de nossas empresas e seus empreendedores, grandes motivadores para a realização deste importante projeto, o anuário “IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo” analisa, desde 1997, o setor produtivo capixaba e divulga seu desempenho.

A publicação traz matérias diversas de economia, gestão, inovação e tecnologia, além de artigos corre-latos, com discussões e abordagens atuais. Todo este conteúdo poderá ser acessado na forma impressa, como também pela digital, por meio da internet, em formato de flippingbook e aplicativos para tablet (versões iOS e Android), gratuitamente.

Importante ressaltar que este ano lançamos o Prêmio IEL – ABRH Melhor Empresa Para Se Trabalhar no Espírito Santo. Essa categoria visa a estimular a participação de empresas a apresen-tarem seus cases de sucesso na gestão de pessoas.

Com a excelente receptividade que tivemos no ano passado com o caderno de análises do Ins-tituto de Desenvolvimento Educacional e Indus-trial do Espírito Santo – Ideies, entidade do Sistema Findes, promovemos sua reedição, elevando o valor agregado das informações.

Não menos importante, os balanços e resul-tados desta edição traduzem-se em indicadores relevantes para investimentos e análises de desen-volvimento de mercados, regiões, tornando o anuário em uma importante fonte de dados sobre o Estado do Espírito Santo.

A consolidação dos cálculos contábeis das empresas participantes fornecem quadros relevantes e refletem vários aspectos da economia capixaba.

As 200 Maiores Empresas no Espírito Santo apresentaram, em 2013, uma Receita Opera-

FáBIo DIas é superintendente do IEL-ES

cional Bruta (ROB) de R$ 103,1 bilhões, 32% superior à apurada na classificação da ROB 2012. Por outro lado, somente no Estado, registramos 11.845 empregos a mais em relação à pesquisa passada. Foram 101.507 empregos diretos gerados pelas 200 Maiores em 2013.

O levantamento feito junto a grupos empresariais capixabas apontou mais uma vez os 10 maiores por Patrimônio Líquido. Esses grupos são compostos por 79 empresas que obtiveram, em conjunto, um patrimônio líquido de R$ 5,6 bilhões em 2013, uma média de R$ 71,1 milhões por empresa.

Tais dados apurados pela pesquisa e atri-buídos ao Espírito Santo são muito significativos e refletem o perfil das companhias e de nossa economia e as influências de um mercado cada vez mais globalizado e suscetível a crises, con-forme conteúdos divulgados no transcorrer dos últimos anos. Análises mais profundas destes e de outros números poderão ser apreciados na publicação.

Este empreendimento de sucesso só conseguiu se consolidar em razão do profissionalismo, da perseverança e do processo de melhoria con-tínua nele implementado por nossa equipe, com a participação de grupos empresariais e empresas dos setores produtivos da economia capixaba, assim como dos colaboradores externos, com suas análises e impressões sobre os variados temas rela-cionados na publicação.

Acreditamos que o resultado total de geração de conhecimento advindo das informações que aqui encontramos compõe a visão e o entendimento sobre os aspectos econômicos nacionais e inter-nacionais, demonstrado com elementos cada vez mais relevantes para o entendimento da conjuntura, de nossas vocações e potencialidades, transfor-mando o anuário “IEL 200 Maiores Empresas” em um referencial sobre o Estado do Espírito Santo.

Somos gratos a todos os que contribuíram para a concretização deste projeto. Este agradeci-mento vai aos empresários e executivos capixabas pela liberação de informações de seus negócios, como também aos parceiros e anunciantes que viabilizaram financeiramente o veículo, permitindo, mais uma vez, a possibilidade da divulgação da atividade empreendedora do Estado do Espírito Santo.

raNkiNg | INtRODUçãO

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As 200 maiores Empresas no Espírito Santo classificadas pela Receita Operacional Bruta, com informações econômicas e financeiras.

Informações consolidadas dos setores industrial, comercial e de serviços e por atividade.

As 20 empresas com melhor desempenho, segundo diversos indicadores econômicos, financeiros e sociais.

A melhor Empresa dentre as 200 maiores.

As 100 maiores Empresas Privadas com controle de capital capixaba, classificadas pela Receita Operacional líquida.

Ranking dos 10 maiores Grupos Empresariais, segundo o critério de Patrimônio líquido, contendo algumas informações econômicas e financeiras consolidadas.

As 10 maiores empresas, segundo os setores: alimentos, comércio atacadista, comércio varejista, concessionárias de veículos, construção, serviços financeiros e seguros, atendimento hospitalar, serviços de importação e exportação e transportes.

O QUE vOCÊ ENCONtRA NEStE ENCARtE | raNkiNg

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132 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

o ano de 2013 foi de estagnação no desempenho das empresas se comparado a 2012. Apesar da desaceleração na economia, observamos um aumento no investimento e na contratação

de colaboradores, o que ainda não impactou o lucro líquido, que perma-neceu inalterado em relação ao ano anterior.

A análise integrada de indicadores levou em consideração a evolução entre os anos de 2012 e 2013 das empresas relacionados no ranking desse ano. Foram excluídas da análise as que informaram somente a receita operacional bruta, 13 empresas no total, o que representa pouco mais de 6% das listadas no ranking.

A receita operacional líquida (ROL) das 187 empresas que divulgaram essa informa-ção cresceu 7,1% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o lucro líquido permaneceu estável, indicando que a alta de preços e/ou do volume de vendas foi suficiente apenas para cobrir os crescentes custos operacionais. Importante ressal-tar que a estabilidade no lucro, quando compa-rado ao ano anterior, desconsidera a inflação do período.

O cenário de estagnação nos resultados não impediu que as empresas aumentassem seus investimentos em 13,9%, refletidos no ativo total. A elevação foi financiado em sua maioria com capital de terceiros, que subiu 16,4%, em detri-mento do capital próprio, com um crescimento de apenas 8,5%, sempre em relação ao ano de 2012. Além do aumento do investimento, foram criados 5.284 novos postos de trabalhos, ampliação de 7,7% em relação ao ano anterior.

O impulso do investimento e dos postos de trabalho indica um incremento na capacidade produtiva das empresas que compõem o ranking, apesar da aparente estagnação da economia no ano de 2013.

O capital investido nas empresas aumentou, pelo terceiro ano consecutivo. No entanto, houve queda na intenção dos gestores em elevar os investimentos executados, sendo que a maioria (62%) indicou que pretende manter (55%) ou reduzir (7%) os investimentos realizados durante o biênio 2014/2015.

Esse resultado pode ser consequência da percepção de que a economia capixaba, quando comparada com o ano anterior, melhorou

raNkiNg | ANÁlISE

Na espera por dias melhores

eMaNuel JuNQueIra é doutor em Contabilidade e Controladoria pela Universidade de São Paulo, professor adjunto da Universidade Federal do Espírito Santo e consultor associado do IEL-ES

apenas para 21,4% dos gestores respondentes. A análise pessimista da economia capixaba contrasta com o otimismo em relação à capaci-dade competitiva das empresas, que para 56% dos gestores melhorou em relação ao ano anterior.

A análise global da avaliação dos gestores permite inferir que os efeitos da crise interna poderiam ser piores se a capacidade de competi-ção não tivesse melhorado ao longo dos últimos anos, lembrando que esse número sempre esteve acima de 50% nas pesquisas desde 2011.

Considerando a expectativa de que 2015 será um ano difícil e com baixo crescimento, recomenda-se uma maior atenção à necessidade

Comparativo da evolução dos principais itens do balanço e da demonstração do resultado

ROl lucro líq. Pl Ativo Passivo Exigível

R$ 4

8,6

bi

R$ 5

1,4 b

i

R$ 4

,5 b

i

R$ 4

,5 b

i

R$ 19

,3 b

i

R$ 2

0,9

bi

R$ 6

0,0

bi

R$ 6

8,4

bi

R$ 4

0,7 b

i

R$ 4

7,4 b

i

2012 2013

| Gráfico 1

DecIsões De INVestIMeNto 2011 2012 2013

pretendo reduzir os investimentos 5% 9% 7%

pretendo manter os investimentos 51% 48% 55%

pretendo aumentar os investimentos 44% 43% 38%

Decisões de investimento | tabela 1

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de aumentar a produtividade das empresas, o que pode melhorar a relação entre os custos opera-cionais e o resultado. Recomenda-se nesse caso o investimento em treinamento e capacitação dos colaboradores e também do incentivo à inovação.

o governo como principal acionista

O montante de impostos incidentes sobre os produtos e serviços comercializados manteve-se estável em relação ao ano anterior, com uma

aValIação De DeseMpeNHo Dos gestores 2012 2013

a empresa não possui avaliação formal 45% 32%

a empresa considera somente o resultado financeiro 6% 6%

a empresa considera o resultado financeiro e medidas não-financeiras na avaliação do desempenho

49% 62%

Forma de avaliação do desempenho dos gestores

| tabela 2

Comparativo da evolução dos impostos e do lucro líquido

2010 2011 2012 2013

Imposto sobre vendas lucro líquido

| Gráfico 2

R$ 5

,1 bi

R$ 5

,1 bi

R$ 4

,0 b

i R$

6,0

bi

R$ 4

,5 b

iR$

6,9

bi

R$ 4

,5 b

iR$

6,8

bi

pequena redução de 1,4% no montante pago, que totalizou R$ 6,8 bilhões. Considerando que esses valores não contemplam os impostos e as contribuições incidentes sobre o lucro e a folha de pagamento, o Governo, em suas diferentes esferas, continua sendo “o principal acionista” das empresas capixabas.

avaliação e remuneração dos gestores

Uma preocupação na análise das empresas diz respeito à forma como o desempenho dos gesto-res é avaliada, considerando que uma avaliação adequada deve contemplar uma visão de curto prazo, normalmente expressa no desempenho

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econômico-financeiro, somada a uma visão de longo prazo, que contempla as medidas qualita-tivas (não financeiras) e contribui para a análise da capacidade da empresa em continuar a gerar resultados positivos no futuro.

Quando comparado com o ano de 2012, observa-se um aumento de 49% para 62% no percentual de empresas que utilizam medidas balanceadas para avaliação dos gestores. Outro dado positivo é a redução de 45% para 32% no percentual de empresas que não têm avaliação formal de desempenho dos gestores.

A falta desse item parece estar associada à gestão familiar. De fato, apenas 26% das empresas que não possuem avaliação formal

prátIcas coNtáBeIs 2011 2012 2013

apresentou informações contábeis comparativas 95% 96% 96%

calculou a vida útil dos ativos imobilizados para alocação do valor depreciável 33% 41% 35%

Divulgou as práticas contábeis adotadas para avaliar estoques 38% 44% 40%

realizou teste de redução ao valor recuperável de ativos imobilizados (impairment) 30% 26% 26%

Ajustou recebimento e/ou pagamentos ao valor justo 24% 34% 23%

Mensurou os ativos intangíveis pelo custo menos amortização acumulada e qualquer perda acumulada por redução ao valor recuperável

26% 30% 28%

realizou provisão com descrição da natureza da obrigação, valor esperado e as datas de quaisquer pagamentos resultantes 39% 49% 42%

adoção de práticas contábeis | tabela 4

tIpo De reMuNeração 2012 2013

totalmente fixa, independente do desempenho do gestor 59% 53%

totalmente variável, em função do desempenho do gestor 1% 1%

uma parcela fixa e outra variável, em função do desempenho do gestor 40% 46%

Forma de remuneração dos gestores

| tabela 3

são administradas por profissionais contratados para esse fim. As demais declararam ser administradas pelo acionista/cotista principal. Considerando a importância da avaliação dos gestores para o aprendizado e o crescimento organizacional, entendemos que as empresas que são gerenciadas pela família também devem realizar esse tipo de avaliação.

Quanto à forma de remuneração dos gesto-res, apesar do aumento do número de empre-sas que oferece a seus gestores também uma parcela variável em função do desempenho, de 40% para 46%, a maioria das responden-tes (53%) continua a pagar-lhes com valores fixos, independente do desempenho obtido.

Ao adotar uma política de remuneração fixa, as empresas estão perdendo a oportunidade de utili-zar um instrumento eficaz no alinhamento dos objetivos organizacionais com os interesses dos seus colaboradores. Interessante ainda ressaltar que 50% das empresas que declararam possuir avaliação formal de desempenho não utilizam esse tipo de estudo para alinhar as metas estabe-lecidas com a remuneração de seus gestores.

adoção das novas Normas Brasileiras de Contabilidade

Mais uma vez este ano, realizou-se um levantamento para avaliar a adoção de pronun-ciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O resul-tado, quando comparado ao ano anterior, indica uma pequena redução na adoção dos mesmos. Essa retração pode ser atribuída à inclusão/exclusão de empresas em relação aos anos anteriores ou à percepção de que a relação custo-benefício da adoção não é compensató-ria para a organização.

É importante ressaltar que essas práticas contábeis têm por objetivo melhorar a evidencia-ção e, consequentemente, a tomada de decisão por parte dos usuários da informação contábil. No entanto, os resultados indicam que essas informações ainda são pouco utilizadas pelas empresas pesquisadas.

Práticas gerenciaisNeste ano, foram incluídas no levantamento

questões relacionadas às práticas de gestão das empresas, com o objetivo de identificar se aquelas

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Principais práticas gerenciais não adotadas pelas empresas

Dem. contábeis

adaptadas

Orçamento

Planejamento estratégico

Benchmarking interno

Benchmarking externo

Lucratividade do cliente

BSC ou medidas

balanceadas

Ciclo de vida produto

Lucro residual

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%

| Gráfico 3

10%

13%

15%

34%

36%

38%

52%

54%

61%

consideradas fundamentais para a gestão das organizações estavam sendo adotadas.

Com relação à preparação de suas atividades, 15% das empresas informaram não possuir o planejamento estratégico, e 13% não possuem o orçamento. A ausência dessas práticas preju-dica os planejamentos de longo e curto prazo, o que dificulta avaliar se a empresa está no rumo desejado pelos seus controladores. Com relação ao acompanhamento frequente do desempe-nho econômico-financeiro, chama a atenção o fato de 10% das empresas não utilizarem as demonstrações contábeis básicas (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado e Demonstração do Fluxo de Caixa) adaptadas para auxiliar os gestores no acompanhamento da evolução patrimonial das organizações.

Outra ferramenta importante para esse processo é o balancedscorecard ou qualquer outro instrumento de avaliação balanceada que inclua medidas financeiras e não finan-ceiras de avaliação de desempenho. Nesse caso, 52% das empresas indicaram não possuir esse tipo de recurso, o que prejudica uma adequada avaliação com foco para o longo prazo.

A adoção das chamadas “melhores práticas de gestão” pode contribuir para procedimentos de sucesso que são implementados internamente ou por outras empresas, do mesmo setor ou de segmentos diferentes. No entanto, 36% afirma-ram não fazer uma análise de benchmarking externo, e 34% sequer analisam a possibilidade de adoção de práticas de sucesso implantadas em outros setores ou unidades da empresa.

A análise da lucratividade do cliente permite avaliar aqueles que são mais lucrativos e, por isso, devem ter as vendas estimuladas, bem como os que não geram um retorno adequado e que devem ser substituídos por outros mais lucrativos. Apesar da importância dessa análise, 38% dos gestores afirmaram não adotar essa prática em suas empresas.

O estudo do ciclo de vida do produto permite identificar os itens que estão com a demanda em crescimento, aqueles que atingiram a maturidade e os que estão com as vendas em declínio e poderão ser descontinuados pela falta de demanda futura. De posse dessa informação, é possível identificar a necessidade de substituição de produtos e servi-

ços, a capacidade de geração de fluxo de caixa com os produtos e serviços existentes, o estágio do ciclo de vida do mix de produtos e serviços, dentre outras importantes análises.

Ainda na análise do conjunto de práticas gerenciais que podem ser adotadas pelas empre-sas melhorando a informação para auxiliar nas decisões, o lucro residual e o EVA ®, que são indicadores importantes para avaliar a adequada remuneração do capital investido, não são utilizados por 61% das empresas. Esses indicadores são calculados reduzindo, do lucro obtido, o custo ponderado do capital investido (próprio e de terceiros) e permi-tem identificar se a empresa está criando ou destruindo valor para o acionista.

O cenário descrito pelos gestores indica uma expectativa de que 2015 será um ano difícil para as empresas. No entanto, a manutenção dos empregos e o aumento dos investimen-tos são um sinal claro de que o empresariado capixaba está disposto a enfrentar mais esse desafio. Mais uma vez, chamamos a atenção para a necessidade de avanços no modelo de gestão das empresas, com a adoção de práticas gerenciais que possam melhorar a qualidade da informação utilizada para a tomada de decisão.

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136 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

receita operacional Bruta Receita proveniente do total das vendas de bens e serviços prestados pela empresa.

variação da receita operacional Bruta Apresenta a evolução da receita bruta de vendas, em percentual.

receita operacional líquidaÉ calculada pela diferença entre o valor das vendas, deduzidas das devoluções e abatimentos, e os impostos sobre vendas.

variação da receita operacional líquida Apresenta a evolução da receita líquida de vendas, em percentual.

ebitdaAbreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest, taxes, Depreciation and Amortization, que significa lucro antes de descontar os juros, os impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização. Em essência, corresponde ao caixa gerado pela operação da empresa.

variação do ebitda Apresenta a evolução do Ebitda, em percentual.

lucro líquido do exercícioÉ o resultado do exercício, apurado de acordo com as regras legais, depois de descontados o Imposto de Renda e a Contribuição Social Sobre o lucro.

variação do lucro líquido do exercício Apresenta a evolução do lucro líquido, em percentual

Patrimônio líquidoÉ a soma do capital, das reservas e dos ajustes de avaliação patrimonial, menos a soma do capital a integralizar, das ações em tesouraria e dos prejuízos acumulados. mede a riqueza da empresa.

rentabilidade das vendas É calculada pela divisão entre o lucro líquido e a receita líquida.

rentabilidade do Patrimônio líquidomede o retorno do investimento para os proprietários. Resulta da divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido.

liquidez CorrenteÉ a divisão do ativo circulante pelo passivo circulante e indica a capacidade da empresa em honrar seus compromissos no curto prazo.

endividamento geralÉ a soma das dívidas de curto e longo prazos. O resultado é mostrado em porcentagem, em relação ao ativo total, e representa a participação de recursos financiados por terceiros na operação da empresa.

endividamento de longo PrazoIndica o quanto a empresa está comprometida com dívidas de longo prazo. É expresso em porcentagem, em relação ao ativo total.

empregados no espírito santo Número de funcionários em 31 de dezembro de 2012.

INDIcaDor coNceIto

a edição 2014 da pesquisa sobre as maiores empresas no Espírito Santo foi realizada a partir de mais de

4.500 contatos e da avaliação de dados de aproximadamente 270 empresas, além dos grupos empresariais do Estado.

Foram analisados os números referentes às operações efetuadas no Espírito Santo das empre-sas e dos grupos que enviaram suas demonstra-ções contábeis ou responderam ao questionário eletrônico até o dia 11 de setembro de 2014.

O universo do levantamento inclui socie-dades anônimas de capital aberto e fechado, cooperativas, entidades sem fins lucrativos e sociedades limitadas.

As mudanças promovidas pelo anuário desde 2011 foram mantidas, pois esta iniciativa busca adequá-lo às práticas contábeis verificadas junto

às organizações e em conformidade aos pronun-ciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e às normas contábeis em vigor. No entanto, ainda mantivemos a classificação do Ranking das 200 Maiores Empresas tendo por base a Receita Operacional Bruta (ROB), incluindo a informação da Receita Operacional Líquida (ROL) para as corporações que divul-garam essa informação.

Da mesma forma que nos anos anterio-res, foram considerados os dados de todas as participantes para o estabelecimento dos rankings setoriais, das 20 maiores segundo os principais indicadores e das 10 maiores por atividade. Dessa forma, uma empresa que não está classificada entre as 200 Maiores poderá fazer parte de um ranking específico, como o de Liquidez Corrente (LC), por exemplo.

raNkiNg | mEtODOlOGIA

Conceitos metodológicos

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Page 137: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

137anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Esse método permite às empresas, independente de seu porte, serem classificadas pelo seu desem-penho segundo os critérios dos indicadores utili-zados pela Revista.

Para elaborar o ranking das 200 Maiores, foi adotado o critério da Receita Operacional Bruta, um indicador da contribuição da companhia para a sociedade em termos receita gerada com a venda de produtos e serviços.

Além da receita bruta, são fornecidas informa-ções como Receita Líquida, Ebitda, Lucro Líquido, Patrimônio Líquido e Número de Empregados no Espírito Santo. Não menos importante, os indica-dores para análise econômico-financeira também são apresentados, como: Rentabilidade do Patri-mônio Líquido, Liquidez Corrente, Endividamento Geral e Endividamento de Longo Prazo.

Além dessas informações, a Revista apresenta diversas outras listas de empresas, organizadas por “setor da economia”, “empresas capixabas”, consolidadas por atividade, dentre outras.

Lembramos ainda que, para a versão do anuário em português e inglês, os valores foram convertidos em moeda americana, consi-derando o dólar comercial de venda médio do ano de 2013, que fechou em R$ 2,1605, segundo dados do Banco Central do Brasil (http://www4.bcb.gov.br/pec/taxas/port/ptaxnpesq.asp?id=txcotacao).

Destacamos ainda que eventuais diferen-ças de valores poderão ser encontradas, mas são frutos de arredondamentos promo-vidos pelo sistema utilizado e não tiveram influências sobre os resultados apurados.

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138 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

o anuário 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerado uma das mais importantes publicações de avaliação da

economia capixaba, tem ao longo dos últimos 18 anos disponibilizado informações sobre o desem-penho econômico financeiro das companhias e grupos empresariais instalados no Estado.

Esta edição apresenta os resultados referentes ao ano de 2013, analisados a partir dos dados contá-beis e financeiros fornecidos pelas empresas, como receita operacional bruta, lucro líquido do exercí-cio, patrimônio líquido, número de empregados, rentabilidade, liquidez, dentre outros.

No estabelecimento do ranking das 200 Maiores pela Receita Operacional Bruta (ROB) foram utili-zadas as seguintes informações:

• Empresas com sede fiscal no Espírito Santo, que tiveram o total de suas recei-tas apropriadas;

• Para empresas com sede fiscal em outro estado, apropriou-se o percentual da receita gerada no Espírito Santo, tendo por base a informação fornecida pelo gestor responsável;

• Para empresas com sede fiscal em outro estado, somente foram consideradas as demais informações quando elas eram específicas da(s) unidade(s) localizada(s) no Espírito Santo ou quando sua receita foi totalmente gerada no Estado;

Dessa forma, empresas cuja sede fiscal é em outro estado e que não comunicaram indicadores contábeis específicos das operações executadas no Espírito Santo estão com dados assinala-dos como “N/D” (não disponível) nas tabelas. O mesmo ocorre para as demais empresas que deixaram de informar alguma das informa-ções solicitadas.

A Receita Operacional Bruta das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo apresen-tou, em 2013, um total de R$ 103,1 bilhões gerados no Estado, um aumento de aproxima-damente 32% na comparação com ano de 2012. O total de colaboradores diretos no ES no final de 2013 era de 101.507, um avanço de aproxi-madamente 13,2% em relação ao ano anterior. O lucro líquido permaneceu praticamente estável, com uma redução de pouco mais de 3%, o mesmo ocorrendo com o patrimônio líquido, com elevação de aproximadamente 5%

Quando comparados com 2012, embora esses números indiquem uma possível recuperação no potencial de geração de resultados futuros, com a ampliação do número de funcionários e do investimento, é preciso ressalvar a diferença entre as companhias que compuseram os dois indicadores, pois a composição do ranking das 200 Maiores em 2013 difere desta mesma compo-sição em 2012.

A distribuição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo por Mesorregião (IBGE),

raNkiNg | INFORmAçõES GERAIS

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139anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Distribuição das 200 Maiores Empresas por região e município

ceNtral 157

alfredo chaves 1

anchieta 2

cariacica 18

guarapari 1

santa Maria de Jetibá 2

serra 46

Venda Nova do Imigrante 2

Viana 8

Vila Velha 13

Vitória 64

lItoral Norte 20

aracruz 5

conceição da Barra 1

linhares 13

Montanha 1

Noroeste 14

colatina 11

Nova Venécia 1

são gabriel da palha 2

sul 9

atílio Vivacqua 1

cachoeiro de Itapemirim 7

Itapemirim 1

total 200

regiões e Municípios Nº de Empresas

Distribuição da Receita Bruta e Pessoal Empregado das 200 Maiores Empresas no ES por Região

central 92.958.907 90,18%

litoral Norte 6.617.667 6,41%

Noroeste 2.587.248 2,51%

sul 925.463 0,9%

total 103.089.285 100,0%

regiãoreceita Bruta

(r$ em milhares)% roB

mostra mais uma vez a concentração das empre-sas na região central do Estado, abrangendo a região metropolitana e adjacências.

A região central do Estado concentrou 157 empresas (78,5%), uma redução de 1,26% em relação ao ano anterior. Destas, 64 se encon-tram em Vitória, 46 na Serra, 18 em Cariacica, e 13 em Vila Velha. Já a região litoral norte mostrou uma queda de 4,76%, represen-tando 10% das empresas (20), sendo Linha-res o município com maior concentração (13). A região Noroeste concentra 14 empresas, ou seja, 7%, sendo 11 delas em Colatina. Na região sul não houve alterações,permanecendo 4,5%, com um total de nove empresas. Cachoeiro de Itapemirim ainda se destaca, com sete empresas.

Em relação à distribuição da receita operacio-nal bruta, a região central concentrou 90,18% do total das 200 Maiores (R$ 92,9 bilhões), a região litoral norte, 6,41% (R$ 6,6 bilhões), a região noroeste, 2,51% (R$ 2,5 bilhões), e a região sul, 0,9% (R$ 925 milhões).

Distribuição das 200 Maiores(Empresas por Região)

Central

litoral Norte

Noroeste

Sul

78,50%

10,00%

7,00%

4,50%

Distribuição da Receita Bruta por Região

Central

litoral Norte

Noroeste

Sul

6,41%0,90%

2,51%

90,18%

A pesquisa também revelou que das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, 81% possuem controle de capital capixaba e 19% têm controle acionário em outros estados e países. Além disso, entre as empresas participantes da pesquisa, 91% apresentam sua sede fiscal no Estado.

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140 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Ranking segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo (valores em R$ milhares)

RANKING DAS 200 MAIORES EMPRESAS

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 7.157 1

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 8.177 2

2.731.397 3,2% 15.031.891 3.758.049 37,9% 72,7% 0,9 75,0% 59,7% 1.260 3

-33.904 -1274,6% 2.996.698 437.242 -0,6% -7,8% 0,9 85,4% 8,8% 271 4

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 5.074 5

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 938 6

40.783 -30,0% 937.400 128.773 1,8% 31,7% 1,1 86,3% 4,6% 5 7

134.009 -15,5% 2.372.139 687.191 6,6% 19,5% 0,7 71,0% 37,3% 953 8

53.161 -16,2% 945.687 192.002 2,5% 27,7% 1,5 79,7% 21,3% 12 9

-5.124 -111,3% 1.094.760 161.028 -0,4% -3,2% 1,0 85,3% 17,8% N/D 10

41.127 5,9% 469.865 170.029 2,6% 24,2% 1,8 63,8% 10,5% N/D 11

109.944 43,9% 14.040.945 967.684 6,3% 11,4% 0,8 93,1% 20,5% 2.377 12

-361.497 -1350,2% 436.012 58.546 -28,1% -617,5% 1,5 86,6% 32,3% 126 13

-5.714 -148,0% 402.890 23.371 -0,5% -24,4% 1,0 94,2% 0,1% 7 14

18.847 -13,0% 409.395 58.296 1,9% 32,3% 1,1 85,8% 0,5% 16 15

22.159 135,1% 603.501 146.124 2,0% 15,2% 1,8 75,8% 32,7% 353 16

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 1.589 17

61.826 22,1% 994.580 245.740 6,1% 25,2% 1,2 75,3% 51,8% 2.692 18

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 28 19

19.761 67,1% 227.300 67.910 2,5% 29,1% 1,0 70,1% 26,4% 330 20

-6.338 -170,8% 157.612 40.319 -0,8% -15,7% 1,0 74,4% 29,0% 367 21

11.749 159,4% 376.965 87.801 1,5% 13,4% 1,0 76,7% 27,4% 2.110 22

23.680 54,5% 264.509 108.861 3,6% 21,8% 1,6 58,8% 19,0% 1.408 23

-25.146 -1823,3% 241.519 20.938 -4,2% -120,1% 1,2 91,3% 16,8% 437 24

12.749 188,4% 616.367 32.559 2,4% 39,2% 1,7 94,7% 38,7% 488 25

70.748 -7,2% 2.358.741 1.718.808 12,7% 4,1% 1,5 27,1% 20,7% 1.530 26

19.011 222,3% 379.666 235.554 3,3% 8,1% 1,5 N/D N/D 141 27

11.575 52,2% 159.408 34.133 2,5% 33,9% 1,3 78,6% 5,3% 291 28

12.038 -13,5% 139.952 91.008 2,6% 13,2% 1,5 35,0% 0,8% 2.549 29

-764 -212,7% 96.640 4.341 -0,2% -17,6% 1,0 95,5% 0,0% 3 30

32.518 277,7% 242.922 133.722 10,2% 24,3% 1,0 45,0% 1,7% 2.597 31

49.478 21,9% 381.615 325.284 14,1% 15,2% 5,4 14,8% 3,2% 337 32

4.354 -67,9% 473.632 173.632 1,1% 2,5% 1,3 63,3% 28,7% N/D 33

77.050 85,3% 664.165 252.500 25,3% 30,5% 1,7 62,0% 21,3% 1.600 34

-21.422 -130,4% 188.092 34.897 -6,0% -61,4% N/D N/D 6,5% 96 35

944 103,2% 70.135 17.023 0,3% 5,5% 1,0 75,7% 0,0% 1.341 36

17.624 70,0% 160.947 140.761 7,1% 12,5% 5,9 12,5% 0,7% 663 37

80.322 32,0% 372.665 324.988 28,2% 24,7% 1,9 12,8% 0,5% 335 38

4.100 -54,9% 79.776 36.321 1,3% 11,3% 1,3 54,5% 6,2% 343 39

1.459 -80,5% 125.728 52.990 0,5% 2,8% 1,1 57,9% 19,8% 378 40

1 petroBras - uo - es * Indústria Extração de Petróleo e Gás Natural 24.469.787 10,9% N/D N/D N/D N/D

2 Vale Indústria mineração 9.787.565 5,5% N/D N/D N/D N/D

3 saMarco MINeração Indústria mineração 7.240.165 9,5% 7.204.417 10,0% 3.869.900 8,9%

4 HerINger Indústria Química e Petroquímica 5.502.808 2,0% 5.427.935 1,8% 267.895 8,6%

5 arcelorMIttal BrasIl Indústria Siderurgia e metalurgia 3.748.360 4,6% N/D N/D N/D N/D

6 FIBrIa celulose Indústria Papel e Celulose 3.527.231 33,9% N/D N/D N/D N/D

7 cotIa Serviços Serv. Importação e Exportação 2.967.299 7,0% 2.328.637 12,4% 60.688 -35,8%

8 escelsa Serviços Eletricidade e Gás 2.933.837 -4,2% 2.027.508 6,4% 365.333 4,3%

9 cIsa traDINg Serviços Serv. Importação e Exportação 2.792.833 -0,8% 2.157.544 5,5% 66.447 -30,5%

10 cHocolates garoto Indústria Alimentos 1.927.414 -3,8% 1.349.160 -8,0% -5.696 -109,0%

11 trop coMÉrcIo eXterIor Serviços Serv. Importação e Exportação 1.870.535 21,8% 1.555.471 24,6% N/D N/D

12 BaNestes Serviços Serv. Financeiros e Seguros 1.797.688 11,9% 1.743.919 12,1% N/D N/D

13 arcelorMIttal tuBarão coMercIal Comércio Atacadista Comércio Atacadista 1.780.439 18,7% 1.286.112 20,4% -24.621 -362,3%

14 coluMBIa traDINg Serviços Serv. Importação e Exportação 1.444.799 -10,8% 1.188.191 -8,7% -508 -102,1%

15 sertraDINg (Br) Serviços Serv. Importação e Exportação 1.166.567 24,1% 968.496 19,3% 39.693 -1,0%

16 taNgará FooDs Indústria Alimentos 1.158.047 -17,1% 1.081.022 -18,0% 65.321 245,9%

17 BaNco Do BrasIl Serviços Serv. Financeiros e Seguros 1.143.886 9,5% N/D N/D N/D N/D

18 VIX logÍstIca Serviços transporte 1.137.939 27,4% 1.014.652 27,6% 214.025 15,1%

19 Br DIstrIBuIDora Comércio Atacadista Comércio Atacadista 975.252 -3,5% N/D N/D N/D N/D

20 HortIFrutI Comércio varejista Comércio varejista 846.070 23,7% 782.446 25,4% 57.706 59,8%

21 KuruMá VeÍculos Comércio varejista Concessionária de veículos 826.701 10,9% 794.631 9,8% -6.338 -193,9%

22 uNIMeD VItórIa Serviços Plano de Saúde 811.407 -0,3% 806.147 -0,1% 27.847 88,3%

23 FrIsa FrIgorÍFIco Indústria Alimentos 698.833 15,9% 655.994 17,0% 52.355 39,1%

24 VItórIa DIesel Comércio varejista Concessionária de veículos 683.425 -4,3% 596.013 -2,6% -24.495 -746,2%

25 eXcIM Indústria Fabricação de Produtos têxteis 650.106 -8,0% 541.098 0,8% 18.520 300,3%

26 cesaN Indústria Cap. trat. e Distrib. de Água 592.475 13,4% 555.639 12,3% 179.174 25,7%

27 uNIcaFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 583.457 -7,5% 580.381 -7,4% 48.334 163,2%

28 uNIlIDer Comércio Atacadista Comércio Atacadista 578.998 16,1% 463.085 14,2% N/D N/D

29 superMercaDo casagraNDe Comércio varejista Comércio varejista 531.361 11,3% 470.540 13,7% 18.352 -13,1%

30 saVIXX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 483.246 -13,5% 392.745 -6,1% 349 5716,7%

31 Weg lINHares Indústria Fabr de maq. mat. Elétricos 443.750 103,4% 319.718 103,8% 41.188 263,8%

32 perFIlaDos rIo Doce Indústria Siderurgia e metalurgia 436.938 4,2% 349.787 4,1% N/D N/D

33 trIstão Comércio Atacadista Comércio Atacadista 415.421 7,3% 407.429 8,0% N/D N/D

34 loreNge Indústria Construção 398.644 31,4% 304.423 29,8% 89.165 47,0%

35 custóDIo ForZZa Comércio Atacadista Comércio Atacadista 378.512 -26,8% 357.453 -26,5% -21.422 -130,4%

36 superMercaDo perIM Comércio varejista Comércio varejista 372.253 -9,4% 328.815 -7,2% N/D N/D

37 FortleV Indústria Fabr. de Borracha e de mat. Plástico 355.364 32,6% 247.863 32,1% 23.466 141,4%

38 rDg proDutos sIDeúrgIcos Comércio Atacadista Comércio Atacadista 350.024 6,2% 285.325 6,6% N/D N/D

39 poDIuM VeÍculos Comércio varejista Concessionária de veículos 321.406 -4,9% 319.874 -4,6% 7.133 -42,3%

40 cVc Comércio varejista Concessionária de veículos 320.073 -6,8% 287.562 -4,5% 1.459 -83,2%

lucro lÍQ. eX.

Var. lucro lÍQ. eX. 13/12%

atIVo total patrIM. lÍQuIDo

reNtaBIlIDaDe Das VeNDas

reNtaBIlIDaDe Do patrIM. lÍQ.

lIQuIDeZ correNte

eNDIVIDaMeNto geral

eNDIVIDaMeNto De loNgo praZo

eMpregaDos es 2013

classIF. 2013

classIF. 2013

eMpresa setor atIVIDaDerec. op. Bruta

Var. roB. 13/12 %

rec. op. lÍQ.

Var. rol. 13/12 %

eBItDa Var.

eBItDa 13/12 %

* Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP

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141anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 7.157 1

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 8.177 2

2.731.397 3,2% 15.031.891 3.758.049 37,9% 72,7% 0,9 75,0% 59,7% 1.260 3

-33.904 -1274,6% 2.996.698 437.242 -0,6% -7,8% 0,9 85,4% 8,8% 271 4

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 5.074 5

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 938 6

40.783 -30,0% 937.400 128.773 1,8% 31,7% 1,1 86,3% 4,6% 5 7

134.009 -15,5% 2.372.139 687.191 6,6% 19,5% 0,7 71,0% 37,3% 953 8

53.161 -16,2% 945.687 192.002 2,5% 27,7% 1,5 79,7% 21,3% 12 9

-5.124 -111,3% 1.094.760 161.028 -0,4% -3,2% 1,0 85,3% 17,8% N/D 10

41.127 5,9% 469.865 170.029 2,6% 24,2% 1,8 63,8% 10,5% N/D 11

109.944 43,9% 14.040.945 967.684 6,3% 11,4% 0,8 93,1% 20,5% 2.377 12

-361.497 -1350,2% 436.012 58.546 -28,1% -617,5% 1,5 86,6% 32,3% 126 13

-5.714 -148,0% 402.890 23.371 -0,5% -24,4% 1,0 94,2% 0,1% 7 14

18.847 -13,0% 409.395 58.296 1,9% 32,3% 1,1 85,8% 0,5% 16 15

22.159 135,1% 603.501 146.124 2,0% 15,2% 1,8 75,8% 32,7% 353 16

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 1.589 17

61.826 22,1% 994.580 245.740 6,1% 25,2% 1,2 75,3% 51,8% 2.692 18

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 28 19

19.761 67,1% 227.300 67.910 2,5% 29,1% 1,0 70,1% 26,4% 330 20

-6.338 -170,8% 157.612 40.319 -0,8% -15,7% 1,0 74,4% 29,0% 367 21

11.749 159,4% 376.965 87.801 1,5% 13,4% 1,0 76,7% 27,4% 2.110 22

23.680 54,5% 264.509 108.861 3,6% 21,8% 1,6 58,8% 19,0% 1.408 23

-25.146 -1823,3% 241.519 20.938 -4,2% -120,1% 1,2 91,3% 16,8% 437 24

12.749 188,4% 616.367 32.559 2,4% 39,2% 1,7 94,7% 38,7% 488 25

70.748 -7,2% 2.358.741 1.718.808 12,7% 4,1% 1,5 27,1% 20,7% 1.530 26

19.011 222,3% 379.666 235.554 3,3% 8,1% 1,5 N/D N/D 141 27

11.575 52,2% 159.408 34.133 2,5% 33,9% 1,3 78,6% 5,3% 291 28

12.038 -13,5% 139.952 91.008 2,6% 13,2% 1,5 35,0% 0,8% 2.549 29

-764 -212,7% 96.640 4.341 -0,2% -17,6% 1,0 95,5% 0,0% 3 30

32.518 277,7% 242.922 133.722 10,2% 24,3% 1,0 45,0% 1,7% 2.597 31

49.478 21,9% 381.615 325.284 14,1% 15,2% 5,4 14,8% 3,2% 337 32

4.354 -67,9% 473.632 173.632 1,1% 2,5% 1,3 63,3% 28,7% N/D 33

77.050 85,3% 664.165 252.500 25,3% 30,5% 1,7 62,0% 21,3% 1.600 34

-21.422 -130,4% 188.092 34.897 -6,0% -61,4% N/D N/D 6,5% 96 35

944 103,2% 70.135 17.023 0,3% 5,5% 1,0 75,7% 0,0% 1.341 36

17.624 70,0% 160.947 140.761 7,1% 12,5% 5,9 12,5% 0,7% 663 37

80.322 32,0% 372.665 324.988 28,2% 24,7% 1,9 12,8% 0,5% 335 38

4.100 -54,9% 79.776 36.321 1,3% 11,3% 1,3 54,5% 6,2% 343 39

1.459 -80,5% 125.728 52.990 0,5% 2,8% 1,1 57,9% 19,8% 378 40

1 petroBras - uo - es * Indústria Extração de Petróleo e Gás Natural 24.469.787 10,9% N/D N/D N/D N/D

2 Vale Indústria mineração 9.787.565 5,5% N/D N/D N/D N/D

3 saMarco MINeração Indústria mineração 7.240.165 9,5% 7.204.417 10,0% 3.869.900 8,9%

4 HerINger Indústria Química e Petroquímica 5.502.808 2,0% 5.427.935 1,8% 267.895 8,6%

5 arcelorMIttal BrasIl Indústria Siderurgia e metalurgia 3.748.360 4,6% N/D N/D N/D N/D

6 FIBrIa celulose Indústria Papel e Celulose 3.527.231 33,9% N/D N/D N/D N/D

7 cotIa Serviços Serv. Importação e Exportação 2.967.299 7,0% 2.328.637 12,4% 60.688 -35,8%

8 escelsa Serviços Eletricidade e Gás 2.933.837 -4,2% 2.027.508 6,4% 365.333 4,3%

9 cIsa traDINg Serviços Serv. Importação e Exportação 2.792.833 -0,8% 2.157.544 5,5% 66.447 -30,5%

10 cHocolates garoto Indústria Alimentos 1.927.414 -3,8% 1.349.160 -8,0% -5.696 -109,0%

11 trop coMÉrcIo eXterIor Serviços Serv. Importação e Exportação 1.870.535 21,8% 1.555.471 24,6% N/D N/D

12 BaNestes Serviços Serv. Financeiros e Seguros 1.797.688 11,9% 1.743.919 12,1% N/D N/D

13 arcelorMIttal tuBarão coMercIal Comércio Atacadista Comércio Atacadista 1.780.439 18,7% 1.286.112 20,4% -24.621 -362,3%

14 coluMBIa traDINg Serviços Serv. Importação e Exportação 1.444.799 -10,8% 1.188.191 -8,7% -508 -102,1%

15 sertraDINg (Br) Serviços Serv. Importação e Exportação 1.166.567 24,1% 968.496 19,3% 39.693 -1,0%

16 taNgará FooDs Indústria Alimentos 1.158.047 -17,1% 1.081.022 -18,0% 65.321 245,9%

17 BaNco Do BrasIl Serviços Serv. Financeiros e Seguros 1.143.886 9,5% N/D N/D N/D N/D

18 VIX logÍstIca Serviços transporte 1.137.939 27,4% 1.014.652 27,6% 214.025 15,1%

19 Br DIstrIBuIDora Comércio Atacadista Comércio Atacadista 975.252 -3,5% N/D N/D N/D N/D

20 HortIFrutI Comércio varejista Comércio varejista 846.070 23,7% 782.446 25,4% 57.706 59,8%

21 KuruMá VeÍculos Comércio varejista Concessionária de veículos 826.701 10,9% 794.631 9,8% -6.338 -193,9%

22 uNIMeD VItórIa Serviços Plano de Saúde 811.407 -0,3% 806.147 -0,1% 27.847 88,3%

23 FrIsa FrIgorÍFIco Indústria Alimentos 698.833 15,9% 655.994 17,0% 52.355 39,1%

24 VItórIa DIesel Comércio varejista Concessionária de veículos 683.425 -4,3% 596.013 -2,6% -24.495 -746,2%

25 eXcIM Indústria Fabricação de Produtos têxteis 650.106 -8,0% 541.098 0,8% 18.520 300,3%

26 cesaN Indústria Cap. trat. e Distrib. de Água 592.475 13,4% 555.639 12,3% 179.174 25,7%

27 uNIcaFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 583.457 -7,5% 580.381 -7,4% 48.334 163,2%

28 uNIlIDer Comércio Atacadista Comércio Atacadista 578.998 16,1% 463.085 14,2% N/D N/D

29 superMercaDo casagraNDe Comércio varejista Comércio varejista 531.361 11,3% 470.540 13,7% 18.352 -13,1%

30 saVIXX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 483.246 -13,5% 392.745 -6,1% 349 5716,7%

31 Weg lINHares Indústria Fabr de maq. mat. Elétricos 443.750 103,4% 319.718 103,8% 41.188 263,8%

32 perFIlaDos rIo Doce Indústria Siderurgia e metalurgia 436.938 4,2% 349.787 4,1% N/D N/D

33 trIstão Comércio Atacadista Comércio Atacadista 415.421 7,3% 407.429 8,0% N/D N/D

34 loreNge Indústria Construção 398.644 31,4% 304.423 29,8% 89.165 47,0%

35 custóDIo ForZZa Comércio Atacadista Comércio Atacadista 378.512 -26,8% 357.453 -26,5% -21.422 -130,4%

36 superMercaDo perIM Comércio varejista Comércio varejista 372.253 -9,4% 328.815 -7,2% N/D N/D

37 FortleV Indústria Fabr. de Borracha e de mat. Plástico 355.364 32,6% 247.863 32,1% 23.466 141,4%

38 rDg proDutos sIDeúrgIcos Comércio Atacadista Comércio Atacadista 350.024 6,2% 285.325 6,6% N/D N/D

39 poDIuM VeÍculos Comércio varejista Concessionária de veículos 321.406 -4,9% 319.874 -4,6% 7.133 -42,3%

40 cVc Comércio varejista Concessionária de veículos 320.073 -6,8% 287.562 -4,5% 1.459 -83,2%

lucro lÍQ. eX.

Var. lucro lÍQ. eX. 13/12%

atIVo total patrIM. lÍQuIDo

reNtaBIlIDaDe Das VeNDas

reNtaBIlIDaDe Do patrIM. lÍQ.

lIQuIDeZ correNte

eNDIVIDaMeNto geral

eNDIVIDaMeNto De loNgo praZo

eMpregaDos es 2013

classIF. 2013

classIF. 2013

eMpresa setor atIVIDaDerec. op. Bruta

Var. roB. 13/12 %

rec. op. lÍQ.

Var. rol. 13/12 %

eBItDa Var.

eBItDa 13/12 %

A Petrobras conquistou o título de maior empresa em solo capixaba. A estatal, que tem sede fiscal no Rio de Janeiro, ficou em 1º lugar em 2013, com uma receita operacional bruta de R$ 24,469

bilhões. Após dois anos consecutivos de queda, a petrolífera conseguiu reverter e fechou 2013 com lucro líquido de R$ 23,570 bilhões. O montante representa 11,3% sobre 2012, impulsionado pelos

reajustes de combustíveis. Para o gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção do Espírito Santo (UO-ES), José Luiz Marcusso, o resultado é motivo de orgulho.

“ Em 2013, a produção da Petrobras no Estado foi de 305 mil barris de óleo por dia – um novo recorde e 6,7% superior ao ano anterior. Foi, também, um ano de preparação para o futuro,

pois garantimos participação em todos os 12 blocos exploratórios ofertados pela ANP no Estado e recebemos a plataforma P-58, que iniciou a produção em março de 2014 e já contribui para um novo

aumento da produção de óleo e gás do Espírito Santo neste ano”, afirma.

Geral.indb 141 04/11/2014 14:48:24

Page 142: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

142 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

13.261 -33,7% 503.950 344.664 5,4% 3,8% 1,5 31,6% 20,4% 1.464 41

-2.489 -383,6% 92.872 40.987 -0,9% -6,1% 1,8 55,9% 2,6% 62 42

38.680 49,7% 240.760 164.419 14,4% 23,5% 2,0 50,3% 20,7% 582 43

220 312,9% 151.659 16.711 0,1% 1,3% 1,0 89,0% 0,2% 219 44

24.178 48,8% 229.770 109.089 12,3% 22,2% 3,3 52,5% 35,3% 475 45

19 -99,5% 114.588 8.142 0,0% 0,2% 1,1 92,9% 2,5% 4 46

2.620 -9,2% 89.029 34.972 1,2% 7,5% 1,2 60,7% 15,5% 465 47

7.140 -57,7% 125.495 42.551 4,0% 16,8% 3,1 66,1% 48,6% N/D 48

18.893 -58,0% 27.842 18.893 7,8% 100,0% 0,5 32,1% 0,0% N/D 49

606 102,5% N/D 15.959 0,3% 3,8% 0,8 N/D N/D 225 50

11.621 80,8% 144.505 63.635 5,1% 18,3% 1,4 56,0% 7,3% 463 51

3.542 -5,7% 84.715 53.909 2,1% 6,6% 3,1 36,4% 7,5% 234 52

4.546 55,6% 88.597 15.012 2,2% 30,3% 1,1 68,7% 8,9% 2.559 53

16.623 108,9% 162.208 81.453 9,3% 20,4% 1,6 49,8% 18,3% 351 54

15.607 -60,9% 173.164 121.297 10,8% 12,9% 1,2 30,0% 11,1% 319 55

716 6,2% 78.191 975 0,5% 73,4% 1,0 98,8% 39,3% N/D 56

2.486 16,5% 46.745 8.294 1,3% 30,0% 1,2 82,3% 16,2% 233 57

2.474 154,3% 75.196 5.994 1,7% 41,3% 1,1 92,0% 5,5% 13 58

5.831 168,3% 330.322 181.110 3,3% 3,2% 0,8 45,2% 22,0% 410 59

13.400 23,8% 134.861 83.716 9,2% 16,0% 4,0 37,9% 25,0% 187 60

8.787 53,5% 85.706 22.742 5,7% 38,6% 1,8 73,5% 39,4% 42 61

3.627 -59,9% 74.665 37.447 2,1% 9,7% 1,1 49,8% 17,1% 252 62

24.587 -40,1% 204.938 84.201 15,5% 29,2% 1,4 58,9% 37,1% 416 63

9.327 46,9% 101.846 40.306 5,9% 23,1% 1,1 60,4% 28,7% 1.359 64

322 114,1% 76.513 22.600 0,2% 1,4% 1,3 70,5% 26,1% 672 65

5.373 -62,2% 181.728 69.453 3,4% 7,7% 1,2 61,8% 14,7% 330 66

8.787 114,7% 30.962 6.500 5,8% 135,2% 1,1 78,8% 5,8% 675 67

83.487 -15,9% 454.324 405.822 60,8% 20,6% 3,2 10,7% 0,2% 0 68

23.485 9,0% 87.787 61.525 17,7% 38,2% 2,0 29,9% 10,1% 168 69

735 -32,4% 43.833 11.997 0,5% 6,1% 1,3 72,6% 10,4% 187 70

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 98 71

12.666 0,8% 229.292 96.549 9,1% 13,1% 1,0 57,9% 2,6% 99 72

21.744 2,9% 176.949 132.655 16,1% 16,4% 2,1 25,0% 4,2% 1.344 73

10.800 12,5% 74.547 58.547 10,3% 18,4% 2,4 21,5% 0,1% 478 74

2.377 4306,3% 30.780 4.663 2,0% 51,0% 1,1 84,9% 10,8% 996 75

-4.256 -278,6% 68.484 23.064 -3,6% -18,5% 1,0 66,3% 23,1% 452 76

1.576 N/D 15.393 1.764 1,3% 89,4% 1,0 88,5% 6,1% N/D 77

114.062 28,3% 808.505 755.697 99,2% 15,1% 6,3 6,5% 0,2% 0 78

3.758 11,5% 64.094 30.988 3,4% 12,1% 2,4 51,7% 21,9% 111 79

6.932 16,5% 181.250 68.499 6,3% 10,1% 1,7 62,2% 20,9% 158 80

18.043 31,3% 126.420 94.601 17,3% 19,1% 1,5 25,2% 10,2% 295 81

4.726 -46,6% 21.401 3.985 4,4% 118,6% 1,1 81,4% 3,3% 1.212 82

-2.669 -444,9% 92.043 5.002 -3,0% -53,4% 0,8 94,6% 7,3% 0 83

6.843 -21,8% 402.234 273.885 6,9% 2,5% 2,8 31,9% 23,7% 345 84

4.385 2178,5% 49.069 10.619 4,2% 41,3% 0,7 78,4% 13,9% 279 85

4.959 152,2% 325.777 100.966 5,1% 4,9% 1,0 69,0% 54,0% 669 86

6.053 673,7% 72.289 12.281 5,7% 49,3% 1,0 83,0% 50,4% 639 87

107.411 908,0% 188.484 112.389 101,9% 95,6% 2,4 40,4% 23,9% 285 88

907 -38,8% 233.466 3.952 1,1% 23,0% 1,2 98,3% 20,3% 47 89

8.518 18,5% 124.999 47.864 8,4% 17,8% 2,9 61,7% 29,6% 685 90

24.811 21,1% 600.871 140.238 99,0% 17,7% 1,0 76,7% 3,1% 149 91

459 -21,6% 32.016 13.977 0,5% 3,3% 1,5 56,3% 10,4% 594 92

28.537 211,1% 1.608.290 1.562.071 31,7% 1,8% 2,1 2,9% 1,1% 0 93

33.348 678,8% 1.560.422 257.474 57,0% 13,0% 2,1 83,5% 65,7% 194 94

14.968 29,5% 103.588 46.407 17,1% 32,3% 1,6 55,2% 19,2% 418 95

41 águIa BraNca Serviços transporte 309.382 5,4% 243.380 3,7% 21.951 -26,5%

42 NIccHIo soBrINHo caFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 301.522 6,3% 284.749 8,2% -2.489 -277,6%

43 BraMetal Indústria Siderurgia e metalurgia 298.712 16,1% 269.508 16,7% 43.221 35,5%

44 cooaBrIel Comércio Atacadista Comércio Atacadista 259.826 -13,5% 241.397 -13,5% N/D N/D

45 BIaNcogres Indústria Fabr. de minerais Não metálicos 257.146 29,2% 196.265 29,5% 61.579 82,8%

46 terra NoVa Comércio Atacadista Comércio Atacadista 247.521 -12,1% 187.446 -6,2% 1.371 -78,7%

47 selIta Indústria Alimentos 244.443 15,3% 224.123 15,7% 2.625 -9,1%

48 MIZu Indústria Fabricação de Cimento 242.828 10,1% 177.499 10,1% N/D N/D

49 correIos Serviços telecomunicações 240.998 9,0% 240.752 9,5% N/D N/D

50 são BerNarDo saúDe Serviços Plano de Saúde 239.241 6,9% 237.218 7,3% 5.381 126,2%

51 coopeaVI Comércio varejista Comércio varejista 237.294 27,5% 229.873 27,4% 14.379 81,5%

52 ceDIsa Comércio Atacadista Comércio atacadista 219.858 17,6% 168.557 18,9% 5.478 -5,0%

53 aeBes Serviços Atendimento hospitalar 208.468 108,1% 207.898 111,7% 4.546 55,6%

54 aMBItec Serviços Coleta, trat. E dist. Residuos 207.270 14,6% 179.404 14,2% 22.843 109,7%

55 eMpresa luZ e Força saNta MarIa Serviços Eletricidade e gás 194.624 -4,2% 144.221 4,7% N/D N/D

56 MercocaMp Serviços Serv. Importação e exportação 192.863 -46,0% 150.667 -43,4% N/D N/D

57 saMp es Serviços Plano de saude 191.930 57,7% 189.197 57,9% 3.748 17,0%

58 Full coMeX Serviços Serv. Importação e exportação 191.197 -14,5% 145.440 -12,3% 2.881 165,3%

59 BuaIZ alIMeNtos Indústria Alimentos 189.845 20,3% 178.166 24,9% 11.578 96,3%

60 elKeM Indústria Química e petroquímica 188.781 11,4% 145.261 10,4% 19.510 6,0%

61 QuIMetal Serviços Serv. Importação e Exportação 186.987 55,3% 155.436 67,8% 11.164 81,5%

62 coNcreVIt Indústria Construção 180.142 1,6% 169.595 1,0% 14.532 -15,4%

63 tVV Serviços Gestão de Portos e terminais 176.303 -10,3% 158.527 -9,7% 43.900 -37,7%

64 HospItal MerIDIoNal Serviços Atendimento Hospitalar 166.109 17,0% 157.106 16,9% 17.985 53,8%

65 uNIMeD sul capIXaBa Serviços Plano de Saúde 166.079 16,8% 163.808 16,7% 1.109 150,2%

66 realcaFÉ Indústria Alimentos 165.638 2,8% 158.856 2,7% 18.730 -37,4%

67 eXtraFrutI Comércio Atacadista Comércio Atacadista 153.780 29,6% 152.745 30,0% N/D N/D

68 KoBrasco Serviços Arrendamento de Ativos 151.293 -33,0% 137.298 -34,6% 126.142 -15,3%

69 cpVV Serviços Gestão de Portos e terminais 150.159 10,0% 132.530 10,3% 36.486 9,8%

70 Vessa Comércio varejista Concessionária de veículos 146.057 11,5% 137.382 10,7% 1.209 -28,6%

71 tracBel Comércio varejista Comércio varejista 143.760 13,4% N/D N/D N/D N/D

72 BaNestes seguros Serviços Serv. Financeiros e Seguros 143.173 11,7% 139.697 11,4% 18.519 -3,4%

73 HospItal saNta rIta Serviços Atendimento Hospitalar 141.541 13,4% 135.295 14,2% 21.744 2,9%

74 VIMINas Indústria Fab. Prod. minerais Não metálicos 139.932 17,0% 104.659 18,9% 14.620 11,3%

75 superMercaDos saNto aNtÔNIo Comércio varejista Comércio varejista 132.907 12,5% 119.605 15,6% 5.071 119,1%

76 VeNeZa Indústria Alimentos 128.260 17,8% 119.783 16,1% -817 -117,5%

77 MaFrIcal Indústria Alimentos 127.589 N/D 124.694 N/D N/D N/D

78 NIBrasco Serviços Arrendamento de Ativos 126.704 -43,9% 114.984 -29,1% 157.467 22,3%

79 VeNac Comércio varejista Concessionária de veículos 122.599 81,1% 111.069 78,9% 4.778 19,8%

80 coseNtINo latINa Indústria Fab. Prod. minerais Não metálicos 120.726 27,5% 110.421 30,1% 19.375 59,7%

81 portocel Serviços Gestão de Portos e terminais 117.400 6,4% 104.202 6,5% 26.647 9,8%

82 spassu Serviços tecnologia da Informação 117.246 -12,0% 107.911 -14,2% 6.103 -54,5%

83 clac Serviços Serv. Importação e Exportação 114.317 -39,2% 89.479 -38,3% N/D N/D

84 porto De VItórIa Serviços Gestão de Portos e terminais 110.768 1,7% 98.993 0,9% 18.242 12,6%

85 DaMare Indústria Alimentos 110.634 51,9% 104.254 53,8% 11.484 65,2%

86 usINa paINeIras Indústria Alimentos 110.107 -8,0% 97.982 -4,1% N/D N/D

87 KIFraNgo Indústria Alimentos 109.084 25,0% 105.658 23,1% 11.262 112,9%

88 alcoN Indústria Química e Petroquímica 108.488 15,3% 105.382 17,5% 11.460 3,8%

89 VIla porto Comércio Atacadista Comércio Atacadista 107.377 13,4% 82.261 17,7% -1.401 43,9%

90 Morar coNstrutora Indústria Construção 106.357 35,9% 101.610 35,9% 16.074 59,4%

91 sIcooB leste capIXaBa Serviços Serv. Financeiros e Seguros 101.375 21,9% 25.053 21,1% 26.948 39,7%

92 aBaV Indústria Alimentos 101.257 23,0% 91.830 21,9% N/D N/D

93 sol coQuerIa Indústria Siderurgia e metalurgia 99.099 -16,0% 89.932 -14,9% 88.972 7,8%

94 BaNDes Serviços Serv. Financeiros e Seguros 97.142 24,0% 58.490 43,2% 15.302 27,1%

95 MarBrasa Indústria Fabr. de minerais Não metálicos 96.925 16,1% 87.561 15,8% 18.985 37,7%

lucro lÍQ. eX.

Var. lucro lÍQ. eX. 13/12%

atIVo total patrIM. lÍQuIDo

reNtaBIlIDaDe Das VeNDas

reNtaBIlIDaDe Do patrIM. lÍQ.

lIQuIDeZ correNte

eNDIVIDaMeNto geral

eNDIVIDaMeNto De loNgo praZo

eMpregaDos es 2013

classIF. 2013

classIF. 2013

eMpresa setor atIVIDaDerec. op. Bruta

Var. roB. 13/12 %

rec. op. lÍQ.

Var. rol. 13/12 %

eBItDa Var.

eBItDa 13/12 %

raNkiNg daS 200 maioreS emPreSaS

Geral.indb 142 04/11/2014 14:48:25

Page 143: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

143anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

13.261 -33,7% 503.950 344.664 5,4% 3,8% 1,5 31,6% 20,4% 1.464 41

-2.489 -383,6% 92.872 40.987 -0,9% -6,1% 1,8 55,9% 2,6% 62 42

38.680 49,7% 240.760 164.419 14,4% 23,5% 2,0 50,3% 20,7% 582 43

220 312,9% 151.659 16.711 0,1% 1,3% 1,0 89,0% 0,2% 219 44

24.178 48,8% 229.770 109.089 12,3% 22,2% 3,3 52,5% 35,3% 475 45

19 -99,5% 114.588 8.142 0,0% 0,2% 1,1 92,9% 2,5% 4 46

2.620 -9,2% 89.029 34.972 1,2% 7,5% 1,2 60,7% 15,5% 465 47

7.140 -57,7% 125.495 42.551 4,0% 16,8% 3,1 66,1% 48,6% N/D 48

18.893 -58,0% 27.842 18.893 7,8% 100,0% 0,5 32,1% 0,0% N/D 49

606 102,5% N/D 15.959 0,3% 3,8% 0,8 N/D N/D 225 50

11.621 80,8% 144.505 63.635 5,1% 18,3% 1,4 56,0% 7,3% 463 51

3.542 -5,7% 84.715 53.909 2,1% 6,6% 3,1 36,4% 7,5% 234 52

4.546 55,6% 88.597 15.012 2,2% 30,3% 1,1 68,7% 8,9% 2.559 53

16.623 108,9% 162.208 81.453 9,3% 20,4% 1,6 49,8% 18,3% 351 54

15.607 -60,9% 173.164 121.297 10,8% 12,9% 1,2 30,0% 11,1% 319 55

716 6,2% 78.191 975 0,5% 73,4% 1,0 98,8% 39,3% N/D 56

2.486 16,5% 46.745 8.294 1,3% 30,0% 1,2 82,3% 16,2% 233 57

2.474 154,3% 75.196 5.994 1,7% 41,3% 1,1 92,0% 5,5% 13 58

5.831 168,3% 330.322 181.110 3,3% 3,2% 0,8 45,2% 22,0% 410 59

13.400 23,8% 134.861 83.716 9,2% 16,0% 4,0 37,9% 25,0% 187 60

8.787 53,5% 85.706 22.742 5,7% 38,6% 1,8 73,5% 39,4% 42 61

3.627 -59,9% 74.665 37.447 2,1% 9,7% 1,1 49,8% 17,1% 252 62

24.587 -40,1% 204.938 84.201 15,5% 29,2% 1,4 58,9% 37,1% 416 63

9.327 46,9% 101.846 40.306 5,9% 23,1% 1,1 60,4% 28,7% 1.359 64

322 114,1% 76.513 22.600 0,2% 1,4% 1,3 70,5% 26,1% 672 65

5.373 -62,2% 181.728 69.453 3,4% 7,7% 1,2 61,8% 14,7% 330 66

8.787 114,7% 30.962 6.500 5,8% 135,2% 1,1 78,8% 5,8% 675 67

83.487 -15,9% 454.324 405.822 60,8% 20,6% 3,2 10,7% 0,2% 0 68

23.485 9,0% 87.787 61.525 17,7% 38,2% 2,0 29,9% 10,1% 168 69

735 -32,4% 43.833 11.997 0,5% 6,1% 1,3 72,6% 10,4% 187 70

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 98 71

12.666 0,8% 229.292 96.549 9,1% 13,1% 1,0 57,9% 2,6% 99 72

21.744 2,9% 176.949 132.655 16,1% 16,4% 2,1 25,0% 4,2% 1.344 73

10.800 12,5% 74.547 58.547 10,3% 18,4% 2,4 21,5% 0,1% 478 74

2.377 4306,3% 30.780 4.663 2,0% 51,0% 1,1 84,9% 10,8% 996 75

-4.256 -278,6% 68.484 23.064 -3,6% -18,5% 1,0 66,3% 23,1% 452 76

1.576 N/D 15.393 1.764 1,3% 89,4% 1,0 88,5% 6,1% N/D 77

114.062 28,3% 808.505 755.697 99,2% 15,1% 6,3 6,5% 0,2% 0 78

3.758 11,5% 64.094 30.988 3,4% 12,1% 2,4 51,7% 21,9% 111 79

6.932 16,5% 181.250 68.499 6,3% 10,1% 1,7 62,2% 20,9% 158 80

18.043 31,3% 126.420 94.601 17,3% 19,1% 1,5 25,2% 10,2% 295 81

4.726 -46,6% 21.401 3.985 4,4% 118,6% 1,1 81,4% 3,3% 1.212 82

-2.669 -444,9% 92.043 5.002 -3,0% -53,4% 0,8 94,6% 7,3% 0 83

6.843 -21,8% 402.234 273.885 6,9% 2,5% 2,8 31,9% 23,7% 345 84

4.385 2178,5% 49.069 10.619 4,2% 41,3% 0,7 78,4% 13,9% 279 85

4.959 152,2% 325.777 100.966 5,1% 4,9% 1,0 69,0% 54,0% 669 86

6.053 673,7% 72.289 12.281 5,7% 49,3% 1,0 83,0% 50,4% 639 87

107.411 908,0% 188.484 112.389 101,9% 95,6% 2,4 40,4% 23,9% 285 88

907 -38,8% 233.466 3.952 1,1% 23,0% 1,2 98,3% 20,3% 47 89

8.518 18,5% 124.999 47.864 8,4% 17,8% 2,9 61,7% 29,6% 685 90

24.811 21,1% 600.871 140.238 99,0% 17,7% 1,0 76,7% 3,1% 149 91

459 -21,6% 32.016 13.977 0,5% 3,3% 1,5 56,3% 10,4% 594 92

28.537 211,1% 1.608.290 1.562.071 31,7% 1,8% 2,1 2,9% 1,1% 0 93

33.348 678,8% 1.560.422 257.474 57,0% 13,0% 2,1 83,5% 65,7% 194 94

14.968 29,5% 103.588 46.407 17,1% 32,3% 1,6 55,2% 19,2% 418 95

41 águIa BraNca Serviços transporte 309.382 5,4% 243.380 3,7% 21.951 -26,5%

42 NIccHIo soBrINHo caFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 301.522 6,3% 284.749 8,2% -2.489 -277,6%

43 BraMetal Indústria Siderurgia e metalurgia 298.712 16,1% 269.508 16,7% 43.221 35,5%

44 cooaBrIel Comércio Atacadista Comércio Atacadista 259.826 -13,5% 241.397 -13,5% N/D N/D

45 BIaNcogres Indústria Fabr. de minerais Não metálicos 257.146 29,2% 196.265 29,5% 61.579 82,8%

46 terra NoVa Comércio Atacadista Comércio Atacadista 247.521 -12,1% 187.446 -6,2% 1.371 -78,7%

47 selIta Indústria Alimentos 244.443 15,3% 224.123 15,7% 2.625 -9,1%

48 MIZu Indústria Fabricação de Cimento 242.828 10,1% 177.499 10,1% N/D N/D

49 correIos Serviços telecomunicações 240.998 9,0% 240.752 9,5% N/D N/D

50 são BerNarDo saúDe Serviços Plano de Saúde 239.241 6,9% 237.218 7,3% 5.381 126,2%

51 coopeaVI Comércio varejista Comércio varejista 237.294 27,5% 229.873 27,4% 14.379 81,5%

52 ceDIsa Comércio Atacadista Comércio atacadista 219.858 17,6% 168.557 18,9% 5.478 -5,0%

53 aeBes Serviços Atendimento hospitalar 208.468 108,1% 207.898 111,7% 4.546 55,6%

54 aMBItec Serviços Coleta, trat. E dist. Residuos 207.270 14,6% 179.404 14,2% 22.843 109,7%

55 eMpresa luZ e Força saNta MarIa Serviços Eletricidade e gás 194.624 -4,2% 144.221 4,7% N/D N/D

56 MercocaMp Serviços Serv. Importação e exportação 192.863 -46,0% 150.667 -43,4% N/D N/D

57 saMp es Serviços Plano de saude 191.930 57,7% 189.197 57,9% 3.748 17,0%

58 Full coMeX Serviços Serv. Importação e exportação 191.197 -14,5% 145.440 -12,3% 2.881 165,3%

59 BuaIZ alIMeNtos Indústria Alimentos 189.845 20,3% 178.166 24,9% 11.578 96,3%

60 elKeM Indústria Química e petroquímica 188.781 11,4% 145.261 10,4% 19.510 6,0%

61 QuIMetal Serviços Serv. Importação e Exportação 186.987 55,3% 155.436 67,8% 11.164 81,5%

62 coNcreVIt Indústria Construção 180.142 1,6% 169.595 1,0% 14.532 -15,4%

63 tVV Serviços Gestão de Portos e terminais 176.303 -10,3% 158.527 -9,7% 43.900 -37,7%

64 HospItal MerIDIoNal Serviços Atendimento Hospitalar 166.109 17,0% 157.106 16,9% 17.985 53,8%

65 uNIMeD sul capIXaBa Serviços Plano de Saúde 166.079 16,8% 163.808 16,7% 1.109 150,2%

66 realcaFÉ Indústria Alimentos 165.638 2,8% 158.856 2,7% 18.730 -37,4%

67 eXtraFrutI Comércio Atacadista Comércio Atacadista 153.780 29,6% 152.745 30,0% N/D N/D

68 KoBrasco Serviços Arrendamento de Ativos 151.293 -33,0% 137.298 -34,6% 126.142 -15,3%

69 cpVV Serviços Gestão de Portos e terminais 150.159 10,0% 132.530 10,3% 36.486 9,8%

70 Vessa Comércio varejista Concessionária de veículos 146.057 11,5% 137.382 10,7% 1.209 -28,6%

71 tracBel Comércio varejista Comércio varejista 143.760 13,4% N/D N/D N/D N/D

72 BaNestes seguros Serviços Serv. Financeiros e Seguros 143.173 11,7% 139.697 11,4% 18.519 -3,4%

73 HospItal saNta rIta Serviços Atendimento Hospitalar 141.541 13,4% 135.295 14,2% 21.744 2,9%

74 VIMINas Indústria Fab. Prod. minerais Não metálicos 139.932 17,0% 104.659 18,9% 14.620 11,3%

75 superMercaDos saNto aNtÔNIo Comércio varejista Comércio varejista 132.907 12,5% 119.605 15,6% 5.071 119,1%

76 VeNeZa Indústria Alimentos 128.260 17,8% 119.783 16,1% -817 -117,5%

77 MaFrIcal Indústria Alimentos 127.589 N/D 124.694 N/D N/D N/D

78 NIBrasco Serviços Arrendamento de Ativos 126.704 -43,9% 114.984 -29,1% 157.467 22,3%

79 VeNac Comércio varejista Concessionária de veículos 122.599 81,1% 111.069 78,9% 4.778 19,8%

80 coseNtINo latINa Indústria Fab. Prod. minerais Não metálicos 120.726 27,5% 110.421 30,1% 19.375 59,7%

81 portocel Serviços Gestão de Portos e terminais 117.400 6,4% 104.202 6,5% 26.647 9,8%

82 spassu Serviços tecnologia da Informação 117.246 -12,0% 107.911 -14,2% 6.103 -54,5%

83 clac Serviços Serv. Importação e Exportação 114.317 -39,2% 89.479 -38,3% N/D N/D

84 porto De VItórIa Serviços Gestão de Portos e terminais 110.768 1,7% 98.993 0,9% 18.242 12,6%

85 DaMare Indústria Alimentos 110.634 51,9% 104.254 53,8% 11.484 65,2%

86 usINa paINeIras Indústria Alimentos 110.107 -8,0% 97.982 -4,1% N/D N/D

87 KIFraNgo Indústria Alimentos 109.084 25,0% 105.658 23,1% 11.262 112,9%

88 alcoN Indústria Química e Petroquímica 108.488 15,3% 105.382 17,5% 11.460 3,8%

89 VIla porto Comércio Atacadista Comércio Atacadista 107.377 13,4% 82.261 17,7% -1.401 43,9%

90 Morar coNstrutora Indústria Construção 106.357 35,9% 101.610 35,9% 16.074 59,4%

91 sIcooB leste capIXaBa Serviços Serv. Financeiros e Seguros 101.375 21,9% 25.053 21,1% 26.948 39,7%

92 aBaV Indústria Alimentos 101.257 23,0% 91.830 21,9% N/D N/D

93 sol coQuerIa Indústria Siderurgia e metalurgia 99.099 -16,0% 89.932 -14,9% 88.972 7,8%

94 BaNDes Serviços Serv. Financeiros e Seguros 97.142 24,0% 58.490 43,2% 15.302 27,1%

95 MarBrasa Indústria Fabr. de minerais Não metálicos 96.925 16,1% 87.561 15,8% 18.985 37,7%

lucro lÍQ. eX.

Var. lucro lÍQ. eX. 13/12%

atIVo total patrIM. lÍQuIDo

reNtaBIlIDaDe Das VeNDas

reNtaBIlIDaDe Do patrIM. lÍQ.

lIQuIDeZ correNte

eNDIVIDaMeNto geral

eNDIVIDaMeNto De loNgo praZo

eMpregaDos es 2013

classIF. 2013

classIF. 2013

eMpresa setor atIVIDaDerec. op. Bruta

Var. roB. 13/12 %

rec. op. lÍQ.

Var. rol. 13/12 %

eBItDa Var.

eBItDa 13/12 %

Geral.indb 143 04/11/2014 14:48:26

Page 144: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

144 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

50 -97,9% 19.558 6.011 0,1% 0,8% 1,0 69,3% 0,0% 149 96

2.940 -53,0% 116.120 76.403 3,3% 3,8% 1,7 34,2% 12,6% 1.519 97

616 -52,6% 35.216 11.927 0,9% 5,2% 1,3 66,1% 16,3% 372 98

15.191 -3,1% 98.341 84.834 17,5% 17,9% 6,6 13,7% 1,6% 337 99

557 154,8% 54.305 16.935 0,8% 3,3% 1,4 68,8% 0,1% 1 100

8.484 177,3% 72.143 56.667 11,2% 15,0% 4,0 21,5% 6,6% 115 101

1.496 -18,8% 43.520 21.174 2,1% 7,1% 2,0 51,3% 12,6% 269 102

31.898 64,2% 39.141 26.481 41,2% 120,5% 1,0 32,3% 0,2% N/D 103

87.012 -16,9% 623.668 622.166 99,5% 14,0% 28,1 0,2% 0,0% N/D 104

N/D N/D #vAlOR! N/D N/D N/D N/D N/D N/D 1.263 105

N/D N/D #vAlOR! N/D N/D N/D N/D N/D N/D 1.272 106

-177 -283,0% 16.106 4.752 -0,2% -3,7% 0,9 70,5% 6,5% 49 107

776 298,3% 136.283 65.520 1,0% 1,2% 1,0 51,9% 25,3% 1.115 108

-2.143 20,4% 46.423 5.836 -3,1% -36,7% 1,0 87,4% 12,8% 266 109

3.208 36,8% 70.459 26.801 4,2% 12,0% 0,7 62,0% 21,6% 1.035 110

4.453 121,4% 40.883 20.917 7,0% 21,3% 1,9 48,8% 17,0% 252 111

18.622 27,8% 493.824 117.522 98,7% 15,8% 1,0 76,2% 2,5% 192 112

7.567 2985,0% 25.934 13.297 11,1% 56,9% 1,2 48,7% 0,0% 232 113

880 -70,0% 101.451 34.808 1,2% 2,5% 1,4 65,7% 37,3% 680 114

4.221 632,8% 45.307 17.453 7,5% 24,2% 1,6 61,5% 31,2% 323 115

31 131,2% 48.945 8.117 0,0% 0,4% 1,0 83,4% 36,6% 329 116

8.263 8,1% 53.251 44.502 12,2% 18,6% 6,6 16,4% 1,4% 3.147 117

37 108,8% 12.779 5.621 0,1% 0,7% 1,4 56,0% 0,4% 553 118

4.150 72,3% 42.894 9.344 6,7% 44,4% 1,1 78,2% 15,4% 131 119

-455 -121,8% 36.564 9.887 -0,8% -4,6% 1,3 73,0% 21,3% N/D 120

-5.398 62,4% 82.351 1.999 -11,0% -270,0% 2,5 104,1% 70,2% N/D 121

25.639 31,2% 437.965 113.044 98,8% 22,7% 1,0 74,2% 7,6% 142 122

12.733 -29,5% 460.296 109.580 98,0% 11,6% 1,1 76,2% 2,7% 160 123

-2.916 46,8% 32.919 15.651 -4,8% -18,6% 1,2 52,5% 14,4% 717 124

-430 -535,4% 16.962 6.387 -0,6% -6,7% 1,8 62,3% 17,7% 67 125

13.218 -45,8% 73.075 54.184 21,3% 24,4% 0,5 25,9% 15,2% 260 126

22.541 61,1% 82.686 57.966 35,4% 38,9% 2,7 29,9% 0,7% 100 127

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 168 128

6.079 -0,6% 87.634 64.903 11,4% 9,4% 1,4 25,9% 17,9% 198 129

5.211 117,6% 40.631 22.038 9,1% 23,6% 1,8 45,8% 30,3% 516 130

13.537 -87,1% 462.862 380.345 21,1% 3,6% 10,2 17,8% 15,6% 0 131

-28 94,0% 29.960 8.337 0,0% -0,3% 1,0 72,2% 0,0% 37 132

1.635 132,2% 191.378 77.671 2,7% 2,1% 0,7 59,4% 47,3% 784 133

24.702 -23,5% 350.051 275.235 46,2% 9,0% 6,8 21,4% 17,5% 0 134

4.469 -18,2% 12.503 9.583 8,9% 46,6% 2,7 N/D N/D 137 135

274 -36,7% 12.429 3.237 0,5% 8,5% 1,5 73,9% 18,8% 29 136

1.089 -53,4% 29.609 18.144 2,1% 6,0% 3,1 38,7% 16,9% 729 137

2.425 3,4% 50.584 27.692 4,6% 8,8% 1,7 45,3% 24,5% 945 138

1.598 43,3% 22.220 1.510 3,7% 105,8% 2,8 93,2% 58,0% 2 139

1.020 197,3% 10.216 3.240 2,3% 31,5% 1,8 68,3% 13,3% 1 140

27.654 13,6% 315.733 285.552 53,3% 9,7% 0,8 9,6% 4,7% 315 141

51 209,7% 36.115 8.000 0,1% 0,6% 1,0 77,8% 36,2% 247 142

-2.123 -1905,3% 98.608 29.160 -4,2% -7,3% 1,8 70,4% 31,3% N/D 143

9.416 -4,7% 341.967 65.592 97,5% 14,4% 1,1 80,8% 16,2% 148 144

7.090 0,4% 29.825 21.036 15,4% 33,7% 3,5 29,5% 6,5% 137 145

4.662 17,6% 582.948 70.336 100,2% 6,6% 0,7 87,9% 0,2% 69 146

2.397 163,1% 50.722 7.583 5,1% 31,6% 1,9 85,0% 52,7% 1.530 147

691 -27,5% 20.239 648 1,8% 106,7% 1,9 96,8% 45,7% 7 148

11.553 48,2% 85.562 49.748 24,6% 23,2% 10,5 41,9% 32,9% 173 149

9.771 28,1% 97.970 76.520 22,4% 12,8% 4,4 21,9% 2,0% 599 150

96 preMIuM VeÍculos Comércio varejista Concessionária de veículos 96.595 -25,1% 94.085 -25,5% 65 -98,1%

97 uNIMar Serviços transporte 96.386 5,8% 89.032 5,8% 18.664 5,3%

98 rIMo MoVeIs Indústria Fabricação de móveis 94.101 6,2% 71.806 6,5% 3.311 -36,6%

99 tV gaZeta Serviços Informação e Comunicação 93.924 6,4% 86.930 7,7% 15.084 -2,9%

100 INspectIoN Comércio Atacadista Comércio Atacadista 91.511 -48,5% 74.043 -44,8% 908 200,9%

101 DIaço Comércio Atacadista Comércio Atacadista 90.905 18,6% 75.415 21,2% 9.090 49,2%

102 Metalosa Indústria Fabricação de Produtos de metal 89.002 11,6% 71.092 12,7% 3.035 -3,7%

103 uNIVIX Serviços Educação 88.570 28,0% 77.483 30,7% N/D N/D

104 caraIVa Serviços Admin. de Empresas do Grupo 87.445 -18,2% 87.445 -18,2% 87.012 -17,1%

105 corpus saNeaMeNto e oBras Serviços Coleta, trat. e Dist. Resíduos 83.841 5,0% N/D N/D N/D N/D

106 Jsl Serviços transporte 83.171 20,5% N/D N/D N/D N/D

107 HIro Motors Comércio varejista Concessionária de veículos 82.778 2,9% 81.356 2,5% 772 -23,7%

108 VItórIa apart HospItal Serviços Atendimento Hospitalar 82.743 4,8% 78.136 4,7% 7.365 9,0%

109 paNaN MoVeIs Indústria Fabricação de móveis 82.650 0,9% 68.913 5,6% 829 1343,2%

110 HospItal VIla VelHa Serviços Atendimento Hospitalar 81.248 13,0% 77.007 13,0% 18.837 5,2%

111 acp MoVeIs Indústria Fabricação de móveis 80.007 35,3% 63.706 40,8% 4.533 124,7%

112 sIcooB sul serraNo Serviços Serv. Financeiros e Seguros 79.798 21,7% 18.864 29,2% 18.585 73,0%

113 elsoNs Comércio Atacadista Comércio Atacadista 79.543 37,1% 67.912 38,1% N/D N/D

114 HospItal MetropolItaNo Serviços Atendimento Hospitalar 79.214 20,0% 72.099 15,3% 9.583 -9,2%

115 FIBrasa suDeste Indústria Fabr. de Borracha e de mat. Plástico 78.594 29,6% 56.513 26,3% 3.457 130,0%

116 uNIMeD Noroeste capIXaBa Serviços Plano de Saúde 77.846 15,0% 76.147 14,7% N/D N/D

117 serDel Serviços Serv. de limpeza e Conservação 77.465 0,9% 67.515 0,9% 9.353 5,4%

118 superMercaDo porto NoVo Comércio varejista Comércio varejista 76.708 8,0% 70.448 12,2% 632 330,3%

119 IsH tecNologIa Serviços tecnologia da Informação 75.735 29,1% 62.206 22,5% 10.759 90,5%

120 VaMtec VItórIa Indústria Siderurgia e metalurgia 73.878 49,9% 60.184 46,1% N/D N/D

121 cN auto Comércio varejista Concessionária de veículos 72.578 -0,9% 49.248 12,0% N/D N/D

122 sIcooB sul Serviços Serv. Financeiros e Seguros 72.537 21,0% 25.960 31,1% 25.648 41,0%

123 sIcooB Norte Serviços Serv. Financeiros e Seguros 70.641 13,5% 12.989 -29,1% 14.455 -20,8%

124 a gaZeta Serviços Informação e Comunicação 70.166 0,2% 61.212 -1,0% -2.916 46,8%

125 pleNa VeÍculos Comércio varejista Concessionária de veículos 69.196 -18,4% 68.538 -18,6% 164 -72,3%

126 roDosol Serviços Concessionária de Rodovias 68.075 -11,9% 61.974 -12,1% 22.732 -37,8%

127 Decolores MárMore e graNItos Indústria Fab. Prod. minerais Não metálicos 66.524 43,4% 63.746 45,1% 26.999 45,7%

128 paraNasa Indústria Construção 66.337 -36,6% N/D N/D N/D N/D

129 terca Serviços logística 66.158 -7,3% 53.511 -6,6% 9.075 4,0%

130 espIral eNgeNHarIa Serviços loc. maq. e Equip. Construção 65.411 3,5% 57.341 -2,7% 14.695 11,3%

131 HIspaNoBrás Serviços Arrendamento de Ativos 64.302 -71,5% 64.302 -90,7% 51.778 -69,4%

132 VItórIa Motors Comércio varejista Concessionária de veículos 63.543 -0,3% 61.756 -0,4% -28 -102,1%

133 lasa Indústria Química e Petroquímica 62.458 53,3% 59.601 54,5% N/D N/D

134 ItaBrasco Serviços Arrendamento de Ativos 58.942 -73,9% 53.439 -14,7% 28.859 -93,9%

135 atacaDo são paulo Comércio Atacadista Comércio Atacadista 57.858 5,9% 50.307 6,0% 4.191 -38,1%

136 VItórIa Motors cHrysler Comércio varejista Concessionária de veículos 56.988 24,2% 56.073 24,2% 380 -29,8%

137 MatrIcIal Indústria Construção 56.805 38,9% 52.484 39,7% N/D N/D

138 VIação JoaNa D´arc Serviços transporte 56.360 14,3% 52.490 14,6% 3.743 4,2%

139 saNta FÉ traDINg Serviços Serv. Importação e Exportação 55.991 22,9% 42.606 17,5% N/D N/D

140 tHorK traDINg Serviços Serv. Importação e Exportação 55.488 184,7% 44.843 186,6% 1.921 299,1%

141 sHoppINg VItórIa Serviços Admin. de Shopping Center 54.662 6,4% 51.896 6,2% 33.702 6,9%

142 uNIMeD Norte capIXaBa Serviços Plano de Saúde 54.035 -6,0% 44.752 -22,1% 189 -90,4%

143 cHeIM traNsportes Serviços transporte 53.920 -20,1% 50.265 -19,2% -2.607 -2,8%

144 sIcooB ceNtro-serraNo Serviços Serv. Financeiros e Seguros 53.758 26,6% 9.655 -3,7% 10.789 17,3%

145 eletroMIl Comércio Atacadista Comércio Atacadista 53.217 13,6% 46.171 15,4% 8.649 7,6%

146 sIcooB ceNtral es Serviços Serv. Financeiros e Seguros 52.960 -7,1% 4.652 17,0% 1.248 22,1%

147 VIgserV Serviços vigilância e Segurança 51.229 -7,2% 46.979 -7,4% N/D N/D

148 FaMeX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 48.441 -1,0% 38.892 4,1% 88 202,0%

149 coNstrutora Épura Indústria Construção 48.281 9,5% 46.872 10,0% 13.567 37,5%

150 eNge urB Serviços Coleta, trat. e Dist. Resíduos 47.295 9,4% 43.704 12,0% 14.019 9,0%

lucro lÍQ. eX.

Var. lucro lÍQ. eX. 13/12%

atIVo total patrIM. lÍQuIDo

reNtaBIlIDaDe Das VeNDas

reNtaBIlIDaDe Do patrIM. lÍQ.

lIQuIDeZ correNte

eNDIVIDaMeNto geral

eNDIVIDaMeNto De loNgo praZo

eMpregaDos es 2013

classIF. 2013

classIF. 2013

eMpresa setor atIVIDaDerec. op. Bruta

Var. roB. 13/12 %

rec. op. lÍQ.

Var. rol. 13/12 %

eBItDa Var.

eBItDa 13/12 %

raNkiNg daS 200 maioreS emPreSaS

Geral.indb 144 04/11/2014 14:48:27

Page 145: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

145anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

50 -97,9% 19.558 6.011 0,1% 0,8% 1,0 69,3% 0,0% 149 96

2.940 -53,0% 116.120 76.403 3,3% 3,8% 1,7 34,2% 12,6% 1.519 97

616 -52,6% 35.216 11.927 0,9% 5,2% 1,3 66,1% 16,3% 372 98

15.191 -3,1% 98.341 84.834 17,5% 17,9% 6,6 13,7% 1,6% 337 99

557 154,8% 54.305 16.935 0,8% 3,3% 1,4 68,8% 0,1% 1 100

8.484 177,3% 72.143 56.667 11,2% 15,0% 4,0 21,5% 6,6% 115 101

1.496 -18,8% 43.520 21.174 2,1% 7,1% 2,0 51,3% 12,6% 269 102

31.898 64,2% 39.141 26.481 41,2% 120,5% 1,0 32,3% 0,2% N/D 103

87.012 -16,9% 623.668 622.166 99,5% 14,0% 28,1 0,2% 0,0% N/D 104

N/D N/D #vAlOR! N/D N/D N/D N/D N/D N/D 1.263 105

N/D N/D #vAlOR! N/D N/D N/D N/D N/D N/D 1.272 106

-177 -283,0% 16.106 4.752 -0,2% -3,7% 0,9 70,5% 6,5% 49 107

776 298,3% 136.283 65.520 1,0% 1,2% 1,0 51,9% 25,3% 1.115 108

-2.143 20,4% 46.423 5.836 -3,1% -36,7% 1,0 87,4% 12,8% 266 109

3.208 36,8% 70.459 26.801 4,2% 12,0% 0,7 62,0% 21,6% 1.035 110

4.453 121,4% 40.883 20.917 7,0% 21,3% 1,9 48,8% 17,0% 252 111

18.622 27,8% 493.824 117.522 98,7% 15,8% 1,0 76,2% 2,5% 192 112

7.567 2985,0% 25.934 13.297 11,1% 56,9% 1,2 48,7% 0,0% 232 113

880 -70,0% 101.451 34.808 1,2% 2,5% 1,4 65,7% 37,3% 680 114

4.221 632,8% 45.307 17.453 7,5% 24,2% 1,6 61,5% 31,2% 323 115

31 131,2% 48.945 8.117 0,0% 0,4% 1,0 83,4% 36,6% 329 116

8.263 8,1% 53.251 44.502 12,2% 18,6% 6,6 16,4% 1,4% 3.147 117

37 108,8% 12.779 5.621 0,1% 0,7% 1,4 56,0% 0,4% 553 118

4.150 72,3% 42.894 9.344 6,7% 44,4% 1,1 78,2% 15,4% 131 119

-455 -121,8% 36.564 9.887 -0,8% -4,6% 1,3 73,0% 21,3% N/D 120

-5.398 62,4% 82.351 1.999 -11,0% -270,0% 2,5 104,1% 70,2% N/D 121

25.639 31,2% 437.965 113.044 98,8% 22,7% 1,0 74,2% 7,6% 142 122

12.733 -29,5% 460.296 109.580 98,0% 11,6% 1,1 76,2% 2,7% 160 123

-2.916 46,8% 32.919 15.651 -4,8% -18,6% 1,2 52,5% 14,4% 717 124

-430 -535,4% 16.962 6.387 -0,6% -6,7% 1,8 62,3% 17,7% 67 125

13.218 -45,8% 73.075 54.184 21,3% 24,4% 0,5 25,9% 15,2% 260 126

22.541 61,1% 82.686 57.966 35,4% 38,9% 2,7 29,9% 0,7% 100 127

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 168 128

6.079 -0,6% 87.634 64.903 11,4% 9,4% 1,4 25,9% 17,9% 198 129

5.211 117,6% 40.631 22.038 9,1% 23,6% 1,8 45,8% 30,3% 516 130

13.537 -87,1% 462.862 380.345 21,1% 3,6% 10,2 17,8% 15,6% 0 131

-28 94,0% 29.960 8.337 0,0% -0,3% 1,0 72,2% 0,0% 37 132

1.635 132,2% 191.378 77.671 2,7% 2,1% 0,7 59,4% 47,3% 784 133

24.702 -23,5% 350.051 275.235 46,2% 9,0% 6,8 21,4% 17,5% 0 134

4.469 -18,2% 12.503 9.583 8,9% 46,6% 2,7 N/D N/D 137 135

274 -36,7% 12.429 3.237 0,5% 8,5% 1,5 73,9% 18,8% 29 136

1.089 -53,4% 29.609 18.144 2,1% 6,0% 3,1 38,7% 16,9% 729 137

2.425 3,4% 50.584 27.692 4,6% 8,8% 1,7 45,3% 24,5% 945 138

1.598 43,3% 22.220 1.510 3,7% 105,8% 2,8 93,2% 58,0% 2 139

1.020 197,3% 10.216 3.240 2,3% 31,5% 1,8 68,3% 13,3% 1 140

27.654 13,6% 315.733 285.552 53,3% 9,7% 0,8 9,6% 4,7% 315 141

51 209,7% 36.115 8.000 0,1% 0,6% 1,0 77,8% 36,2% 247 142

-2.123 -1905,3% 98.608 29.160 -4,2% -7,3% 1,8 70,4% 31,3% N/D 143

9.416 -4,7% 341.967 65.592 97,5% 14,4% 1,1 80,8% 16,2% 148 144

7.090 0,4% 29.825 21.036 15,4% 33,7% 3,5 29,5% 6,5% 137 145

4.662 17,6% 582.948 70.336 100,2% 6,6% 0,7 87,9% 0,2% 69 146

2.397 163,1% 50.722 7.583 5,1% 31,6% 1,9 85,0% 52,7% 1.530 147

691 -27,5% 20.239 648 1,8% 106,7% 1,9 96,8% 45,7% 7 148

11.553 48,2% 85.562 49.748 24,6% 23,2% 10,5 41,9% 32,9% 173 149

9.771 28,1% 97.970 76.520 22,4% 12,8% 4,4 21,9% 2,0% 599 150

96 preMIuM VeÍculos Comércio varejista Concessionária de veículos 96.595 -25,1% 94.085 -25,5% 65 -98,1%

97 uNIMar Serviços transporte 96.386 5,8% 89.032 5,8% 18.664 5,3%

98 rIMo MoVeIs Indústria Fabricação de móveis 94.101 6,2% 71.806 6,5% 3.311 -36,6%

99 tV gaZeta Serviços Informação e Comunicação 93.924 6,4% 86.930 7,7% 15.084 -2,9%

100 INspectIoN Comércio Atacadista Comércio Atacadista 91.511 -48,5% 74.043 -44,8% 908 200,9%

101 DIaço Comércio Atacadista Comércio Atacadista 90.905 18,6% 75.415 21,2% 9.090 49,2%

102 Metalosa Indústria Fabricação de Produtos de metal 89.002 11,6% 71.092 12,7% 3.035 -3,7%

103 uNIVIX Serviços Educação 88.570 28,0% 77.483 30,7% N/D N/D

104 caraIVa Serviços Admin. de Empresas do Grupo 87.445 -18,2% 87.445 -18,2% 87.012 -17,1%

105 corpus saNeaMeNto e oBras Serviços Coleta, trat. e Dist. Resíduos 83.841 5,0% N/D N/D N/D N/D

106 Jsl Serviços transporte 83.171 20,5% N/D N/D N/D N/D

107 HIro Motors Comércio varejista Concessionária de veículos 82.778 2,9% 81.356 2,5% 772 -23,7%

108 VItórIa apart HospItal Serviços Atendimento Hospitalar 82.743 4,8% 78.136 4,7% 7.365 9,0%

109 paNaN MoVeIs Indústria Fabricação de móveis 82.650 0,9% 68.913 5,6% 829 1343,2%

110 HospItal VIla VelHa Serviços Atendimento Hospitalar 81.248 13,0% 77.007 13,0% 18.837 5,2%

111 acp MoVeIs Indústria Fabricação de móveis 80.007 35,3% 63.706 40,8% 4.533 124,7%

112 sIcooB sul serraNo Serviços Serv. Financeiros e Seguros 79.798 21,7% 18.864 29,2% 18.585 73,0%

113 elsoNs Comércio Atacadista Comércio Atacadista 79.543 37,1% 67.912 38,1% N/D N/D

114 HospItal MetropolItaNo Serviços Atendimento Hospitalar 79.214 20,0% 72.099 15,3% 9.583 -9,2%

115 FIBrasa suDeste Indústria Fabr. de Borracha e de mat. Plástico 78.594 29,6% 56.513 26,3% 3.457 130,0%

116 uNIMeD Noroeste capIXaBa Serviços Plano de Saúde 77.846 15,0% 76.147 14,7% N/D N/D

117 serDel Serviços Serv. de limpeza e Conservação 77.465 0,9% 67.515 0,9% 9.353 5,4%

118 superMercaDo porto NoVo Comércio varejista Comércio varejista 76.708 8,0% 70.448 12,2% 632 330,3%

119 IsH tecNologIa Serviços tecnologia da Informação 75.735 29,1% 62.206 22,5% 10.759 90,5%

120 VaMtec VItórIa Indústria Siderurgia e metalurgia 73.878 49,9% 60.184 46,1% N/D N/D

121 cN auto Comércio varejista Concessionária de veículos 72.578 -0,9% 49.248 12,0% N/D N/D

122 sIcooB sul Serviços Serv. Financeiros e Seguros 72.537 21,0% 25.960 31,1% 25.648 41,0%

123 sIcooB Norte Serviços Serv. Financeiros e Seguros 70.641 13,5% 12.989 -29,1% 14.455 -20,8%

124 a gaZeta Serviços Informação e Comunicação 70.166 0,2% 61.212 -1,0% -2.916 46,8%

125 pleNa VeÍculos Comércio varejista Concessionária de veículos 69.196 -18,4% 68.538 -18,6% 164 -72,3%

126 roDosol Serviços Concessionária de Rodovias 68.075 -11,9% 61.974 -12,1% 22.732 -37,8%

127 Decolores MárMore e graNItos Indústria Fab. Prod. minerais Não metálicos 66.524 43,4% 63.746 45,1% 26.999 45,7%

128 paraNasa Indústria Construção 66.337 -36,6% N/D N/D N/D N/D

129 terca Serviços logística 66.158 -7,3% 53.511 -6,6% 9.075 4,0%

130 espIral eNgeNHarIa Serviços loc. maq. e Equip. Construção 65.411 3,5% 57.341 -2,7% 14.695 11,3%

131 HIspaNoBrás Serviços Arrendamento de Ativos 64.302 -71,5% 64.302 -90,7% 51.778 -69,4%

132 VItórIa Motors Comércio varejista Concessionária de veículos 63.543 -0,3% 61.756 -0,4% -28 -102,1%

133 lasa Indústria Química e Petroquímica 62.458 53,3% 59.601 54,5% N/D N/D

134 ItaBrasco Serviços Arrendamento de Ativos 58.942 -73,9% 53.439 -14,7% 28.859 -93,9%

135 atacaDo são paulo Comércio Atacadista Comércio Atacadista 57.858 5,9% 50.307 6,0% 4.191 -38,1%

136 VItórIa Motors cHrysler Comércio varejista Concessionária de veículos 56.988 24,2% 56.073 24,2% 380 -29,8%

137 MatrIcIal Indústria Construção 56.805 38,9% 52.484 39,7% N/D N/D

138 VIação JoaNa D´arc Serviços transporte 56.360 14,3% 52.490 14,6% 3.743 4,2%

139 saNta FÉ traDINg Serviços Serv. Importação e Exportação 55.991 22,9% 42.606 17,5% N/D N/D

140 tHorK traDINg Serviços Serv. Importação e Exportação 55.488 184,7% 44.843 186,6% 1.921 299,1%

141 sHoppINg VItórIa Serviços Admin. de Shopping Center 54.662 6,4% 51.896 6,2% 33.702 6,9%

142 uNIMeD Norte capIXaBa Serviços Plano de Saúde 54.035 -6,0% 44.752 -22,1% 189 -90,4%

143 cHeIM traNsportes Serviços transporte 53.920 -20,1% 50.265 -19,2% -2.607 -2,8%

144 sIcooB ceNtro-serraNo Serviços Serv. Financeiros e Seguros 53.758 26,6% 9.655 -3,7% 10.789 17,3%

145 eletroMIl Comércio Atacadista Comércio Atacadista 53.217 13,6% 46.171 15,4% 8.649 7,6%

146 sIcooB ceNtral es Serviços Serv. Financeiros e Seguros 52.960 -7,1% 4.652 17,0% 1.248 22,1%

147 VIgserV Serviços vigilância e Segurança 51.229 -7,2% 46.979 -7,4% N/D N/D

148 FaMeX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 48.441 -1,0% 38.892 4,1% 88 202,0%

149 coNstrutora Épura Indústria Construção 48.281 9,5% 46.872 10,0% 13.567 37,5%

150 eNge urB Serviços Coleta, trat. e Dist. Resíduos 47.295 9,4% 43.704 12,0% 14.019 9,0%

lucro lÍQ. eX.

Var. lucro lÍQ. eX. 13/12%

atIVo total patrIM. lÍQuIDo

reNtaBIlIDaDe Das VeNDas

reNtaBIlIDaDe Do patrIM. lÍQ.

lIQuIDeZ correNte

eNDIVIDaMeNto geral

eNDIVIDaMeNto De loNgo praZo

eMpregaDos es 2013

classIF. 2013

classIF. 2013

eMpresa setor atIVIDaDerec. op. Bruta

Var. roB. 13/12 %

rec. op. lÍQ.

Var. rol. 13/12 %

eBItDa Var.

eBItDa 13/12 %

Geral.indb 145 04/11/2014 14:48:27

Page 146: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

146 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

7.150 -8,9% 53.250 29.557 15,7% 24,2% 1,9 44,5% 32,1% 331 151

1.065 -14,9% 15.546 9.885 2,8% 10,8% 2,3 36,4% 0,0% 184 152

8.288 132,5% 113.198 59.604 21,2% 13,9% 5,8 47,3% 41,0% 90 153

-3.979 -661,3% 19.037 -1.214 -11,7% 327,8% 1,2 106,4% 39,7% 126 154

295 266,2% 9.812 2.071 0,7% 14,2% 1,1 78,9% 4,3% N/D 155

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 1.029 156

-198 -132,6% 18.144 4.610 -0,6% -4,3% 1,3 74,6% 46,2% 596 157

378 -44,1% 55.740 28.658 1,1% 1,3% N/D N/D 25,9% 348 158

2.829 251,3% 30.760 10.182 7,7% 27,8% 1,9 66,9% 30,6% 78 159

20.472 15,4% 59.499 56.714 59,4% 36,1% 10,0 4,7% 0,0% 109 160

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 196 161

3.212 -34,0% 9.330 N/D 9,8% N/D 1,0 100,0% 0,0% 650 162

13.418 118,5% 75.076 46.161 41,2% 29,1% 3,2 37,9% 25,4% 437 163

-831 -109,2% 54.894 23.087 -2,3% -3,6% 1,6 N/D N/D 15 164

630 -66,3% 19.034 9.936 2,3% 6,3% 1,6 47,8% 12,6% 132 165

9.109 150,2% 12.948 6.695 27,5% 136,1% 1,7 48,3% 3,4% 374 166

-2.297 21,1% 23.247 6.270 -8,9% -36,6% 1,4 73,0% 10,4% 76 167

-3.285 -62,9% 87.525 4.100 -10,1% -80,1% 1,3 95,3% 90,5% 212 168

2.347 -74,6% 41.517 11.779 7,0% 19,9% 1,2 71,6% 23,6% 16 169

6.290 8,6% 198.541 38.082 98,0% 16,5% 0,8 80,8% 1,1% 74 170

13.233 20,0% 84.559 58.126 45,3% 22,8% 2,2 31,3% 12,9% 87 171

58 104,7% 21.043 -419 0,2% -13,9% 0,6 102,0% 85,8% 579 172

2.537 163,1% 18.970 3.852 10,3% 65,9% 9,4 79,7% 71,6% N/D 173

5.356 429,1% 67.115 32.363 18,7% 16,5% 0,2 51,8% 43,3% 648 174

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 278 175

-2.180 -440,8% 11.385 -404 -9,2% 540,0% 1,0 104,2% 47,7% 193 176

756 -29,2% 5.943 3.611 2,7% 20,9% 2,6 39,2% 5,6% 25 177

553 2,0% 30.386 7.612 3,1% 7,3% 1,5 74,9% 25,5% N/D 178

92 -1,7% 41.956 9.310 0,4% 1,0% 1,0 77,8% 0,0% N/D 179

-8 -100,2% 10.178 3.305 0,0% -0,2% 0,9 67,5% 25,8% N/D 180

-754 54,7% 12.724 4.920 -3,3% -15,3% 1,1 61,3% 35,1% 119 181

587 -48,8% 71.690 -33.313 2,3% -1,8% 1,8 146,5% 128,5% 75 182

852 -56,5% 14.743 5.287 3,9% 16,1% 1,3 64,1% 8,0% 35 183

2.215 -59,3% 25.588 19.790 10,1% 11,2% 1,9 22,7% 2,8% 175 184

12.535 -5,8% 171.319 107.381 48,6% 11,7% 1,7 37,3% 31,2% N/D 185

-19.441 -1223,3% 68.880 54.162 -73,1% -35,9% 0,8 21,4% 0,0% 197 186

5.269 6,6% 153.063 35.221 97,3% 15,0% 1,0 77,0% 7,6% 66 187

803 139,7% 11.216 4.725 3,3% 17,0% 1,9 57,9% 21,6% 301 188

19.173 50,2% 3.128 145 81,3% 13222,6% 3,0 95,4% 65,8% 18 189

224 -80,5% 17.463 2.392 1,1% 9,4% N/D 86,3% 39,9% 784 190

731 1783,9% 12.308 10.334 3,4% 7,1% 4,1 16,0% 0,0% 21 191

-348 -123,9% 11.816 3.863 -1,7% -9,0% 1,2 67,3% 24,3% 215 192

-620 57,6% 19.425 10.459 -3,3% -5,9% 1,5 46,2% 5,4% 115 193

-1.020 -15,1% 7.538 10.917 -9,8% -9,3% 1,2 58,5% 5,4% N/D 194

390 17,7% 3.789 2.610 2,1% 14,9% 2,3 N/D N/D 34 195

2.380 -28,0% 27.832 15.548 14,9% 15,3% 4,1 44,1% 39,5% N/D 196

1.963 -18,6% 20.817 14.699 11,6% 13,4% 2,6 29,4% 19,2% 174 197

-130 -119,8% 18.008 8.911 -0,9% -1,5% 0,9 50,5% 36,3% N/D 198

-6.760 19,6% 23.520 3.361 -50,7% -201,1% 0,3 85,7% 25,9% N/D 199

-2.353 149,5% 12.880 -5.934 -15,9% 39,7% 0,6 127,8% 76,2% 185 200

151 reDe VItórIa De coMuNIcações Serviços Informação e Comunicação 47.221 1,3% 45.465 2,3% 9.873 -1,6%

152 polItINtas Comércio varejista Comércio varejista 46.285 15,2% 38.070 16,1% N/D N/D

153 aNDraDe MárMores e graNItos Indústria Fabr. de minerais Não metálicos 41.501 16,6% 39.060 17,8% 9.693 85,8%

154 csV BeNetecH BrasIl Serviços manut., Repar. e Inst. de máq. e Equip. 40.658 -4,5% 34.116 -4,2% -572 -118,0%

155 saMeDIl Serviços Plano de Saúde 40.588 62,2% 39.803 62,9% N/D N/D

156 plaNtão serVIços De VIgIlÂNcIa Serviços vigilância e Segurança 39.759 5,4% N/D N/D N/D N/D

157 graNVItur Serviços transporte 37.876 7,2% 34.890 7,1% -246 -125,3%

158 são BerNarDo apart HospItal Serviços Atendimento Hospitalar 37.491 7,5% 35.373 11,1% -3.503 -739,1%

159 uNIMeD pIraQueaçu Serviços Plano de Saúde 36.888 1,4% 36.518 1,1% 3.898 182,2%

160 uNIpetro Serviços loc. maq. e Equip. Construção 36.862 16,2% 34.473 16,4% 24.334 20,4%

161 Braspress Serviços transporte 36.143 -0,9% N/D N/D N/D N/D

162 reDe BrIstol Serviços Alojamento e Alimentação 36.061 -10,0% 32.864 -10,1% 4.568 -32,5%

163 pW BrasIl Indústria Confec. de vestuário e Acessórios 35.923 2,8% 32.587 3,6% 17.148 79,5%

164 Marca caFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 35.833 -23,9% 35.831 -23,8% -661 -104,8%

165 cIMol MoVeIs Indústria Fabricação de móveis 35.519 -15,3% 27.155 -4,0% N/D N/D

166 coFrIl Indústria Alimentos 35.295 1308,6% 33.156 39,6% 10.171 132,0%

167 gs INterNacIoNal Comércio Atacadista Comércio Atacadista 34.201 4,5% 25.716 15,5% -1.291 54,7%

168 ceturB-gV Serviços transporte 33.682 2,0% 32.438 2,1% N/D N/D

169 caFeNorte Comércio Atacadista Comércio Atacadista 33.564 73,6% 33.564 73,6% 8.307 -70,3%

170 sIcooB creDIrocHas Serviços Serv. Financeiros e Seguros 32.296 22,3% 6.417 9,3% 4.853 10,8%

171 aNDraDe INDústrIa e MINeração Indústria Extração de minerais Não metálicos 32.171 26,4% 29.243 25,1% 14.257 21,5%

172 VIação taBuaZeIro Serviços transporte 31.093 -1,7% 29.086 -1,5% 225 118,1%

173 Frota coMÉrcIo eXterIor Comércio Atacadista Comércio Atacadista 30.909 11,2% 24.569 19,9% N/D N/D

174 VIação graNDe VItórIa Serviços transporte 30.699 -1,5% 28.710 -1,3% -3.819 -65,0%

175 tegMa Serviços logística 29.198 -59,2% N/D N/D N/D N/D

176 eMBalI Indústria Fabr. de Borracha e de mat. Plástico 28.945 5,5% 23.602 6,0% -888 -200,6%

177 coopgraNÉIs Serviços transporte 28.611 -7,5% 28.048 -7,4% 756 -30,1%

178 BeBIDas regIaNNI Indústria Fabricação de Bebidas 28.598 -5,0% 17.687 -4,4% N/D N/D

179 lIsa Serviços logística 28.247 -5,1% 21.506 -0,1% N/D N/D

180 peterFrut agrÍcola Comércio Atacadista Comércio Atacadista 27.546 -10,7% 26.413 -11,9% N/D N/D

181 traNscaMpo Serviços transporte 27.323 -5,3% 22.628 -4,4% N/D N/D

182 BrasIl eXportação Indústria Fabr. de minerais Não metálicos 27.234 -17,8% 26.044 -20,1% 864 -56,7%

183 solução epI Comércio Atacadista Comércio Atacadista 27.229 413,6% 21.758 -5,0% N/D N/D

184 sIlotec Serviços logística 26.929 -31,7% 22.023 -31,7% N/D N/D

185 saNta FÉ Serviços Eletricidade e Gás 26.784 -3,3% 25.806 -3,3% 20.415 -4,4%

186 eco 101 Serviços Concessionária de Rodovias 26.581 N/D 26.581 N/D -32.664 -736,0%

187 sIcooB sul lItorÂNeo Serviços Serv. Financeiros e Seguros 25.715 14,4% 5.418 8,8% 3.507 22,3%

188 HospItal praIa Da costa Serviços Atendimento Hospitalar 25.625 17,9% 24.522 18,4% N/D N/D

189 sIcooB corretora De seguros Serviços Serv. Financeiros e Seguros 25.242 46,1% 23.572 46,2% 21.937 49,3%

190 serVINel Serviços vigilância e Segurança 23.203 6,1% 19.894 5,8% N/D N/D

191 ButerI coMÉrcIo e represeNtações Comércio Atacadista Comércio Atacadista 22.693 12,5% 21.209 13,5% 1.447 95,5%

192 HospItal são FraNcIsco Serviços Atendimento Hospitalar 22.008 8,3% 20.755 7,9% N/D N/D

193 BrIcK eNgeNHarIa e coMÉrcIo Indústria Construção 20.254 28,8% 18.545 26,6% N/D N/D

194 sIMeX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 20.106 -18,2% 10.455 -26,6% N/D N/D

195 FrIsa coMercIal Comércio varejista Alimentos 19.169 0,4% 18.534 7,6% 619 21,0%

196 soBrIta Indústria Extração de minerais Não metálicos 17.854 -3,9% 15.972 -3,4% N/D N/D

197 ucl - FaculDaDe Do ceNtro leste Serviços Educação 17.082 12,4% 16.983 11,7% 3.200 -4,3%

198 graFItusa Serviços Informação e Comunicação 16.667 2,3% 14.881 2,4% N/D N/D

199 VIpasa Indústria Papel e Celulose 16.182 35,2% 13.333 53,3% N/D N/D

200 aNDaluZ Indústria metalurgia 15.947 36,3% 14.782 38,9% -2.353 -149,5%

lucro lÍQ. eX.

Var. lucro lÍQ. eX. 13/12%

atIVo total patrIM. lÍQuIDo

reNtaBIlIDaDe Das VeNDas

reNtaBIlIDaDe Do patrIM. lÍQ.

lIQuIDeZ correNte

eNDIVIDaMeNto geral

eNDIVIDaMeNto De loNgo praZo

eMpregaDos es 2013

classIF. 2013

classIF. 2013

eMpresa setor atIVIDaDerec. op. Bruta

Var. roB. 13/12 %

rec. op. lÍQ.

Var. rol. 13/12 %

eBItDa Var.

eBItDa 13/12 %

raNkiNg daS 200 maioreS emPreSaS

Geral.indb 146 04/11/2014 14:48:29

Page 147: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

147anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

7.150 -8,9% 53.250 29.557 15,7% 24,2% 1,9 44,5% 32,1% 331 151

1.065 -14,9% 15.546 9.885 2,8% 10,8% 2,3 36,4% 0,0% 184 152

8.288 132,5% 113.198 59.604 21,2% 13,9% 5,8 47,3% 41,0% 90 153

-3.979 -661,3% 19.037 -1.214 -11,7% 327,8% 1,2 106,4% 39,7% 126 154

295 266,2% 9.812 2.071 0,7% 14,2% 1,1 78,9% 4,3% N/D 155

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 1.029 156

-198 -132,6% 18.144 4.610 -0,6% -4,3% 1,3 74,6% 46,2% 596 157

378 -44,1% 55.740 28.658 1,1% 1,3% N/D N/D 25,9% 348 158

2.829 251,3% 30.760 10.182 7,7% 27,8% 1,9 66,9% 30,6% 78 159

20.472 15,4% 59.499 56.714 59,4% 36,1% 10,0 4,7% 0,0% 109 160

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 196 161

3.212 -34,0% 9.330 N/D 9,8% N/D 1,0 100,0% 0,0% 650 162

13.418 118,5% 75.076 46.161 41,2% 29,1% 3,2 37,9% 25,4% 437 163

-831 -109,2% 54.894 23.087 -2,3% -3,6% 1,6 N/D N/D 15 164

630 -66,3% 19.034 9.936 2,3% 6,3% 1,6 47,8% 12,6% 132 165

9.109 150,2% 12.948 6.695 27,5% 136,1% 1,7 48,3% 3,4% 374 166

-2.297 21,1% 23.247 6.270 -8,9% -36,6% 1,4 73,0% 10,4% 76 167

-3.285 -62,9% 87.525 4.100 -10,1% -80,1% 1,3 95,3% 90,5% 212 168

2.347 -74,6% 41.517 11.779 7,0% 19,9% 1,2 71,6% 23,6% 16 169

6.290 8,6% 198.541 38.082 98,0% 16,5% 0,8 80,8% 1,1% 74 170

13.233 20,0% 84.559 58.126 45,3% 22,8% 2,2 31,3% 12,9% 87 171

58 104,7% 21.043 -419 0,2% -13,9% 0,6 102,0% 85,8% 579 172

2.537 163,1% 18.970 3.852 10,3% 65,9% 9,4 79,7% 71,6% N/D 173

5.356 429,1% 67.115 32.363 18,7% 16,5% 0,2 51,8% 43,3% 648 174

N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D N/D 278 175

-2.180 -440,8% 11.385 -404 -9,2% 540,0% 1,0 104,2% 47,7% 193 176

756 -29,2% 5.943 3.611 2,7% 20,9% 2,6 39,2% 5,6% 25 177

553 2,0% 30.386 7.612 3,1% 7,3% 1,5 74,9% 25,5% N/D 178

92 -1,7% 41.956 9.310 0,4% 1,0% 1,0 77,8% 0,0% N/D 179

-8 -100,2% 10.178 3.305 0,0% -0,2% 0,9 67,5% 25,8% N/D 180

-754 54,7% 12.724 4.920 -3,3% -15,3% 1,1 61,3% 35,1% 119 181

587 -48,8% 71.690 -33.313 2,3% -1,8% 1,8 146,5% 128,5% 75 182

852 -56,5% 14.743 5.287 3,9% 16,1% 1,3 64,1% 8,0% 35 183

2.215 -59,3% 25.588 19.790 10,1% 11,2% 1,9 22,7% 2,8% 175 184

12.535 -5,8% 171.319 107.381 48,6% 11,7% 1,7 37,3% 31,2% N/D 185

-19.441 -1223,3% 68.880 54.162 -73,1% -35,9% 0,8 21,4% 0,0% 197 186

5.269 6,6% 153.063 35.221 97,3% 15,0% 1,0 77,0% 7,6% 66 187

803 139,7% 11.216 4.725 3,3% 17,0% 1,9 57,9% 21,6% 301 188

19.173 50,2% 3.128 145 81,3% 13222,6% 3,0 95,4% 65,8% 18 189

224 -80,5% 17.463 2.392 1,1% 9,4% N/D 86,3% 39,9% 784 190

731 1783,9% 12.308 10.334 3,4% 7,1% 4,1 16,0% 0,0% 21 191

-348 -123,9% 11.816 3.863 -1,7% -9,0% 1,2 67,3% 24,3% 215 192

-620 57,6% 19.425 10.459 -3,3% -5,9% 1,5 46,2% 5,4% 115 193

-1.020 -15,1% 7.538 10.917 -9,8% -9,3% 1,2 58,5% 5,4% N/D 194

390 17,7% 3.789 2.610 2,1% 14,9% 2,3 N/D N/D 34 195

2.380 -28,0% 27.832 15.548 14,9% 15,3% 4,1 44,1% 39,5% N/D 196

1.963 -18,6% 20.817 14.699 11,6% 13,4% 2,6 29,4% 19,2% 174 197

-130 -119,8% 18.008 8.911 -0,9% -1,5% 0,9 50,5% 36,3% N/D 198

-6.760 19,6% 23.520 3.361 -50,7% -201,1% 0,3 85,7% 25,9% N/D 199

-2.353 149,5% 12.880 -5.934 -15,9% 39,7% 0,6 127,8% 76,2% 185 200

151 reDe VItórIa De coMuNIcações Serviços Informação e Comunicação 47.221 1,3% 45.465 2,3% 9.873 -1,6%

152 polItINtas Comércio varejista Comércio varejista 46.285 15,2% 38.070 16,1% N/D N/D

153 aNDraDe MárMores e graNItos Indústria Fabr. de minerais Não metálicos 41.501 16,6% 39.060 17,8% 9.693 85,8%

154 csV BeNetecH BrasIl Serviços manut., Repar. e Inst. de máq. e Equip. 40.658 -4,5% 34.116 -4,2% -572 -118,0%

155 saMeDIl Serviços Plano de Saúde 40.588 62,2% 39.803 62,9% N/D N/D

156 plaNtão serVIços De VIgIlÂNcIa Serviços vigilância e Segurança 39.759 5,4% N/D N/D N/D N/D

157 graNVItur Serviços transporte 37.876 7,2% 34.890 7,1% -246 -125,3%

158 são BerNarDo apart HospItal Serviços Atendimento Hospitalar 37.491 7,5% 35.373 11,1% -3.503 -739,1%

159 uNIMeD pIraQueaçu Serviços Plano de Saúde 36.888 1,4% 36.518 1,1% 3.898 182,2%

160 uNIpetro Serviços loc. maq. e Equip. Construção 36.862 16,2% 34.473 16,4% 24.334 20,4%

161 Braspress Serviços transporte 36.143 -0,9% N/D N/D N/D N/D

162 reDe BrIstol Serviços Alojamento e Alimentação 36.061 -10,0% 32.864 -10,1% 4.568 -32,5%

163 pW BrasIl Indústria Confec. de vestuário e Acessórios 35.923 2,8% 32.587 3,6% 17.148 79,5%

164 Marca caFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 35.833 -23,9% 35.831 -23,8% -661 -104,8%

165 cIMol MoVeIs Indústria Fabricação de móveis 35.519 -15,3% 27.155 -4,0% N/D N/D

166 coFrIl Indústria Alimentos 35.295 1308,6% 33.156 39,6% 10.171 132,0%

167 gs INterNacIoNal Comércio Atacadista Comércio Atacadista 34.201 4,5% 25.716 15,5% -1.291 54,7%

168 ceturB-gV Serviços transporte 33.682 2,0% 32.438 2,1% N/D N/D

169 caFeNorte Comércio Atacadista Comércio Atacadista 33.564 73,6% 33.564 73,6% 8.307 -70,3%

170 sIcooB creDIrocHas Serviços Serv. Financeiros e Seguros 32.296 22,3% 6.417 9,3% 4.853 10,8%

171 aNDraDe INDústrIa e MINeração Indústria Extração de minerais Não metálicos 32.171 26,4% 29.243 25,1% 14.257 21,5%

172 VIação taBuaZeIro Serviços transporte 31.093 -1,7% 29.086 -1,5% 225 118,1%

173 Frota coMÉrcIo eXterIor Comércio Atacadista Comércio Atacadista 30.909 11,2% 24.569 19,9% N/D N/D

174 VIação graNDe VItórIa Serviços transporte 30.699 -1,5% 28.710 -1,3% -3.819 -65,0%

175 tegMa Serviços logística 29.198 -59,2% N/D N/D N/D N/D

176 eMBalI Indústria Fabr. de Borracha e de mat. Plástico 28.945 5,5% 23.602 6,0% -888 -200,6%

177 coopgraNÉIs Serviços transporte 28.611 -7,5% 28.048 -7,4% 756 -30,1%

178 BeBIDas regIaNNI Indústria Fabricação de Bebidas 28.598 -5,0% 17.687 -4,4% N/D N/D

179 lIsa Serviços logística 28.247 -5,1% 21.506 -0,1% N/D N/D

180 peterFrut agrÍcola Comércio Atacadista Comércio Atacadista 27.546 -10,7% 26.413 -11,9% N/D N/D

181 traNscaMpo Serviços transporte 27.323 -5,3% 22.628 -4,4% N/D N/D

182 BrasIl eXportação Indústria Fabr. de minerais Não metálicos 27.234 -17,8% 26.044 -20,1% 864 -56,7%

183 solução epI Comércio Atacadista Comércio Atacadista 27.229 413,6% 21.758 -5,0% N/D N/D

184 sIlotec Serviços logística 26.929 -31,7% 22.023 -31,7% N/D N/D

185 saNta FÉ Serviços Eletricidade e Gás 26.784 -3,3% 25.806 -3,3% 20.415 -4,4%

186 eco 101 Serviços Concessionária de Rodovias 26.581 N/D 26.581 N/D -32.664 -736,0%

187 sIcooB sul lItorÂNeo Serviços Serv. Financeiros e Seguros 25.715 14,4% 5.418 8,8% 3.507 22,3%

188 HospItal praIa Da costa Serviços Atendimento Hospitalar 25.625 17,9% 24.522 18,4% N/D N/D

189 sIcooB corretora De seguros Serviços Serv. Financeiros e Seguros 25.242 46,1% 23.572 46,2% 21.937 49,3%

190 serVINel Serviços vigilância e Segurança 23.203 6,1% 19.894 5,8% N/D N/D

191 ButerI coMÉrcIo e represeNtações Comércio Atacadista Comércio Atacadista 22.693 12,5% 21.209 13,5% 1.447 95,5%

192 HospItal são FraNcIsco Serviços Atendimento Hospitalar 22.008 8,3% 20.755 7,9% N/D N/D

193 BrIcK eNgeNHarIa e coMÉrcIo Indústria Construção 20.254 28,8% 18.545 26,6% N/D N/D

194 sIMeX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 20.106 -18,2% 10.455 -26,6% N/D N/D

195 FrIsa coMercIal Comércio varejista Alimentos 19.169 0,4% 18.534 7,6% 619 21,0%

196 soBrIta Indústria Extração de minerais Não metálicos 17.854 -3,9% 15.972 -3,4% N/D N/D

197 ucl - FaculDaDe Do ceNtro leste Serviços Educação 17.082 12,4% 16.983 11,7% 3.200 -4,3%

198 graFItusa Serviços Informação e Comunicação 16.667 2,3% 14.881 2,4% N/D N/D

199 VIpasa Indústria Papel e Celulose 16.182 35,2% 13.333 53,3% N/D N/D

200 aNDaluZ Indústria metalurgia 15.947 36,3% 14.782 38,9% -2.353 -149,5%

lucro lÍQ. eX.

Var. lucro lÍQ. eX. 13/12%

atIVo total patrIM. lÍQuIDo

reNtaBIlIDaDe Das VeNDas

reNtaBIlIDaDe Do patrIM. lÍQ.

lIQuIDeZ correNte

eNDIVIDaMeNto geral

eNDIVIDaMeNto De loNgo praZo

eMpregaDos es 2013

classIF. 2013

classIF. 2013

eMpresa setor atIVIDaDerec. op. Bruta

Var. roB. 13/12 %

rec. op. lÍQ.

Var. rol. 13/12 %

eBItDa Var.

eBItDa 13/12 %

Geral.indb 147 04/11/2014 14:48:29

Page 148: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

148 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

d as empresas componentes do ranking das 200 Maiores de 2013, 46,5% são do setor de prestação de

serviços e tiveram uma participação no fatu-ramento de 24,4%, sendo responsáveis por 44,7% dos empregos diretos.

O setor industrial representa 29,0% das empre-sas do ranking, com 63,2% do faturamento bruto e 43,7% do total de empregos diretos.

Já o setor comercial é o que teve o menor peso, com 24,5% das empresas e um fatura-mento de 12,4% do total. O percentual de empregos diretos foi de 11,6% do total.

Como em anos anteriores, não houve regis-tros de companhias do setor agropecuário na lista das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2013.

As informações consolidadas dos segmento somaram uma receita bruta de aproximada-

raNkiNg | PARtICIPAçãO SEtORIAl DAS EmPRESAS

Faturamento e empregados por setor

Serviço

46,5%

% Empresas % ROB % Empregados

24,4%

63,2%

44,7% 43,7%

11,6%12,4%

29,0%24,5%

Indústria Comércio

mente R$ 103,1 bilhões e um efetivo de 101.507 trabalhadores em 2013.

Geral.indb 148 04/11/2014 14:48:31

Page 149: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

149anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Ranking Segundo Receita Operacional Bruta no Espírito Santo ( valores em R$ milhares)CONSOLIDAÇÃO DAS 200 MAIORES EMPRESAS

serVIços 93 25.135.211 19.545.761 1.841.965 1.313.488 33.703.620 8.771.214 45.417

aDMIN. De eMpresas Do grupo 1 87.445 87.445 87.012 87.012 623.668 622.166 N/D

aDMIN. De sHoppINg ceNter 1 54.662 51.896 33.702 27.654 315.733 285.552 315

aloJaMeNto e alIMeNtação 1 36.061 32.864 4.568 3.212 9.330 N/D 650

arreNDaMeNto De atIVos 4 401.240 370.022 364.247 235.788 2.075.742 1.817.100 0

ateNDIMeNto HospItalar 9 844.449 808.190 76.556 41.314 754.357 352.349 8.956

coleta, trat. e DIst. resÍDuos 3 338.405 223.108 36.862 26.394 260.179 157.973 2.213

coNcessIoNárIa De roDoVIas 2 94.656 88.556 -9.933 -6.223 141.955 108.347 457

eDucação 2 105.652 94.467 3.200 33.862 59.958 41.180 174

eletrIcIDaDe e gás 3 3.155.245 2.197.535 385.748 162.151 2.716.622 915.869 1.272

gestão De portos e terMINaIs 4 554.630 494.252 125.275 72.957 821.378 514.213 1.224

INForMação e coMuNIcação 4 227.978 208.489 22.041 19.294 202.518 138.953 1.385

loc. MaQ. e eQuIp. coNstrução 2 102.273 91.814 39.029 25.682 100.131 78.752 625

logÍstIca 4 150.533 97.041 9.075 8.387 155.178 94.003 651

MaN., reparação e INstalação De MaQ. e eQuIpaMeNtos 1 40.658 34.116 -572 -3.979 19.037 -1.214 126

plaNo De saúDe 8 1.618.015 1.593.590 42.171 18.370 625.854 163.025 3.894

serV. De lIMpeZa e coNserVação 1 77.465 67.515 9.353 8.263 53.251 44.502 3.147

serV. FINaNceIros e seguros 13 3.696.211 2.074.687 161.790 282.571 19.103.263 2.011.468 5.277

serV. IMportação e eXportação 11 11.038.876 8.826.811 182.286 160.129 3.528.807 611.934 98

tecNologIa Da INForMação 2 192.981 170.117 16.863 8.875 64.295 13.329 1.343

telecoMuNIcações 1 240.998 240.752 N/D 18.893 27.842 18.893 N/D

traNsporte 13 1.962.586 1.625.621 252.693 80.261 1.976.336 772.845 10.267

VIgIlÂNcIa e seguraNça 3 114.191 66.873 N/D 2.621 68.185 9.975 3.343

INDústrIa 58 65.197.540 21.706.178 5.069.103 3.370.857 29.806.015 10.464.717 44.335

alIMeNtos 13 5.106.447 4.324.678 177.014 76.824 3.139.826 870.914 5.973

cap. trat. e DIstrIB. De água 1 592.475 555.639 179.174 70.748 2.358.741 1.718.808 1.530

coNFecção De artIgos Do VestuárIo e acessórIos 1 35.923 32.587 17.148 13.418 75.076 46.161 437

coNstrução 7 876.819 693.529 133.338 101.218 998.424 416.161 3.722

eXtração De MINeraIs Não MetálIcos 2 50.025 45.215 14.257 15.613 112.391 73.674 87

eXtração De petróleo e gás Natural 1 24.469.787 N/D N/D N/D N/D N/D 7.157

FaB. proD. MINeraIs Não MetálIcos 3 327.182 278.826 60.994 40.273 338.484 185.013 736

FaBrIcação De BeBIDas 1 28.598 17.687 N/D 553 30.386 7.612 N/D

FaBrIcação De cIMeNto 1 242.828 177.499 N/D 7.140 125.495 42.551 N/D

FaBrIcação De MáQuINas, aparelHos e MaterIaIs elÉtrIcos 1 443.750 319.718 41.188 32.518 242.922 133.722 2.597

FaBrIcação De MóVeIs 4 292.277 231.580 8.673 3.557 141.556 48.616 1.022

FaBrIcação De proDutos De BorracHa e De MaterIal plástIco 3 462.903 327.978 26.035 19.666 217.639 157.810 1.179

FaBrIcação De proDutos De Metal 1 89.002 71.092 3.035 1.496 43.520 21.174 269

FaBrIcação De proDutos De MINeraIs Não MetálIcos 4 422.806 348.929 91.121 48.020 518.247 181.787 1.058

FaBrIcação De proDutos tÊXteIs 1 650.106 541.098 18.520 12.749 616.367 32.559 488

MetalurgIa 1 15.947 14.782 -2.353 -2.353 12.880 -5.934 185

MINeração 2 17.027.730 7.204.417 3.869.900 2.731.397 15.031.891 3.758.049 9.437

papel e celulose 2 3.543.413 13.333 N/D -6.760 23.520 3.361 938

QuÍMIca e petroQuÍMIca 4 5.862.535 5.738.178 298.865 88.542 3.511.421 711.018 1.527

sIDerurgIa e MetalurgIa 5 4.656.987 769.411 132.193 116.240 2.267.229 2.061.661 5.993

coMÉrcIo 49 12.756.533 10.157.859 118.183 -205.177 4.747.436 1.675.917 11.755

alIMeNtos 1 19.169 18.534 619 390 3.789 2.610 34

coMÉrcIo atacaDIsta 28 7.488.786 5.441.940 36.326 -226.268 3.212.722 1.189.287 3.053

coMÉrcIo VareJIsta 8 2.386.638 2.039.798 96.140 47.842 640.998 259.745 6.514

coNcessIoNárIa De VeÍculos 12 2.861.940 2.657.587 -14.902 -27.141 889.927 224.275 2.154

total Das 200 eMpresas 200 103.089.284 51.409.798 7.029.251 4.479.168 68.257.071 20.911.848 101.507

SETOR/ATIVIDADENº De

eMpresasrec. op. Bruta

rec. op. lÍQ. eBItDa lucro lÍQ.

eX.atIVo total

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

Geral.indb 149 04/11/2014 14:48:32

Page 150: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

150 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

raNkiNg | PARtICIPAçãO SEtORIAl - 20 mAIORES POR SEtOR

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - Em R$ milhares

AS 20 MAIORES EMPRESAS INDUSTRIAIS

1 1 petroBras - uo - es * Extração de Petróleo e Gás Natural 24.469.787 10,9% N/D N/D N/D N/D 7.157

2 2 Vale mineração 9.787.565 5,5% N/D N/D N/D N/D 8.177

3 3 saMarco MINeração mineração 7.240.165 9,5% 7.204.417 10,0% 2.731.397 3.758.049 1.260

4 4 HerINger Quiímica e Petroquímica 5.502.808 2,0% 5.427.935 1,8% -33.904 437.242 271

5 5 arcelorMIttal BrasIl Siderurgia e metalurgia 3.748.360 4,6% N/D N/D N/D N/D 5.074

6 6 FIBrIa celulose Papel e Celulose 3.527.231 33,9% N/D N/D N/D N/D 938

7 10 cHocolates garoto Alimentos 1.927.414 -3,8% 1.349.160 -8,0% -5.124 161.028 N/D

8 16 taNgará FooDs Alimentos 1.158.047 -17,1% 1.081.022 -18,0% 22.159 146.124 353

9 23 FrIsa FrIgorÍFIco Alimentos 698.833 15,9% 655.994 17,0% 23.680 108.861 1.408

10 25 eXcIM Fabricação de Produtos têxteis 650.106 -8,0% 541.098 0,8% 12.749 32.559 488

11 26 cesaN Cap. trat. e Distrib. de Água 592.475 13,4% 555.639 12,3% 70.748 1.718.808 1.530

12 31 Weg lINHares Fabr. de máquinas, Apar. e mat. Elétricos 443.750 103,4% 319.718 103,8% 32.518 133.722 2.597

13 32 perFIlaDos rIo Doce Siderurgia e metalurgia 436.938 4,2% 349.787 4,1% 49.478 325.284 337

14 34 loreNge Construção 398.644 31,4% 304.423 29,8% 77.050 252.500 1.600

15 37 FortleV Fabr. de Prod. de Borracha e de mat. Plástico 355.364 32,6% 247.863 32,1% 17.624 140.761 663

16 43 BraMetal Siderurgia e metalurgia 298.712 16,1% 269.508 16,7% 38.680 164.419 582

17 45 BIaNcogres Fabr. de Prod. de minerais Não metálicos 257.146 29,2% 196.265 29,5% 24.178 109.089 475

18 47 selIta Alimentos 244.443 15,3% 224.123 15,7% 2.620 34.972 465

19 48 MIZu Fabricação de Cimento 242.828 10,1% 177.499 10,1% 7.140 42.551 N/D

20 59 BuaIZ alIMeNtos Alimentos 189.845 20,3% 178.166 24,9% 5.831 181.110 410

posIçãoclassIF.

2013eMpresa atIVIDaDe

rec. op. Bruta 2013

Var. roB. 2013/2012

%

rec. op. lÍQ. 2013

Var. rol. 2013/2012

%

lucro lÍQ. eX. 2013

patrIM. lÍQuIDo

2013

eMpregaDos es 2013

* Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP

Geral.indb 150 04/11/2014 14:48:34

Page 151: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

151anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES – Em R$ milhares

AS 20 MAIORES EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS

1 7 cotIa Serv. Importação e Exportação 2.967.299 7,0% 2.328.637 12,4% 40.783 128.773 5

2 8 escelsa Eletricidade e Gás 2.933.837 -4,2% 2.027.508 6,4% 134.009 687.191 953

3 9 cIsa traDINg Serv. Importação e Exportação 2.792.833 -0,8% 2.157.544 5,5% 53.161 192.002 12

4 11 trop coMÉrcIo eXterIor Serv. Importação e Exportação 1.870.535 21,8% 1.555.471 24,6% 41.127 170.029 N/D

5 12 BaNestes Serv. Financeiros e Seguros 1.797.688 11,9% 1.743.919 12,1% 109.944 967.684 2.377

6 14 coluMBIa traDINg Serv. Importação e Exportação 1.444.799 -10,8% 1.188.191 -8,7% -5.714 23.371 7

7 15 sertraDINg (Br) Serv. Importação e Exportação 1.166.567 24,1% 968.496 19,3% 18.847 58.296 16

8 17 BaNco Do BrasIl Serv. Financeiros e Seguros 1.143.886 9,5% N/D N/D N/D N/D 1.589

9 18 VIX logÍstIca transporte 1.137.939 27,4% 1.014.652 27,6% 61.826 245.740 2.692

10 22 uNIMeD VItórIa Plano de Saúde 811.407 -0,3% 806.147 -0,1% 11.749 87.801 2.110

11 41 águIa BraNca transporte 309.382 5,4% 243.380 3,7% 13.261 344.664 1.464

12 49 correIos telecomunicações 240.998 9,0% 240.752 9,5% 18.893 18.893 N/D

13 50 são BerNarDo saúDe Plano de Saúde 239.241 6,9% 237.218 7,3% 606 15.959 225

14 53 aeBes Atendimento Hospitalar 208.468 108,1% 207.898 111,7% 4.546 15.012 2.559

15 54 aMBItec Coleta, trat. e Dist. Resíduos 207.270 14,6% 179.404 14,2% 16.623 81.453 351

16 55 eMpr. luZ e Força saNta MarIa Eletricidade e Gás 194.624 -4,2% 144.221 4,7% 15.607 121.297 319

17 56 MercocaMp Serv. Importação e Exportação 192.863 -46,0% 150.667 -43,4% 716 975 N/D

18 57 saMp es Plano de Saúde 191.930 57,7% 189.197 57,9% 2.486 8.294 233

19 58 Full coMeX Serv. Importação e Exportação 191.197 -14,5% 145.440 -12,3% 2.474 5.994 13

20 61 QuIMetal Serv. Importação e Exportação 186.987 55,3% 155.436 67,8% 8.787 22.742 42

posIçãoclassIF.

2013eMpresa atIVIDaDe

rec. op. Bruta 2013

Var. roB. 2013/2012

%

rec. op. lIQ. 2013

Var. rol. 2013/2012

%

lucro lIQ. eX. 2013

patrIM. lÍQuIDo

2013

eMpregaDos es 2013

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES – Em R$ milhares

AS 20 MAIORES EMPRESAS COMERCIAIS

1 13 arcelorMIttal tuBarão coMercIal Comércio Atacadista 1.780.439 18,7% 1.286.112 20,4% -361.497 58.546 126

2 19 Br DIstrIBuIDora Comércio Atacadista 975.252 -3,5% N/D N/D N/D N/D 28

3 20 HortIFrutI Comércio varejista 846.070 23,7% 782.446 25,4% 19.761 67.910 330

4 21 KuruMá VeÍculos Concessionária de veículos 826.701 10,9% 794.631 9,8% -6.338 40.319 367

5 24 VItórIa DIesel Concessionária de veículos 683.425 -4,3% 596.013 -2,6% -25.146 20.938 437

6 27 uNIcaFÉ Comércio Atacadista 583.457 -7,5% 580.381 -7,4% 19.011 235.554 141

7 28 uNIlIDer Comércio Atacadista 578.998 16,1% 463.085 14,2% 11.575 34.133 291

8 29 superMercaDo casagraNDe Comércio varejista 531.361 11,3% 470.540 13,7% 12.038 91.008 2.549

9 30 saVIXX Comércio Atacadista 483.246 -13,5% 392.745 -6,1% -764 4.341 3

10 33 trIstão Comércio Atacadista 415.421 7,3% 407.429 8,0% 4.354 173.632 N/D

11 35 custóDIo ForZZa Comércio Atacadista 378.512 -26,8% 357.453 -26,5% -21.422 34.897 96

12 36 superMercaDo perIM Comércio varejista 372.253 -9,4% 328.815 -7,2% 944 17.023 1.341

13 38 rDg proDutos sIDerúrgIcos Comércio Atacadista 350.024 6,2% 285.325 6,6% 80.322 324.988 335

14 39 poDIuM VeÍculos Concessionária de veículos 321.406 -4,9% 319.874 -4,6% 4.100 36.321 343

15 40 cVc Concessionária de veículos 320.073 -6,8% 287.562 -4,5% 1.459 52.990 378

16 42 NIccHIo soBrINHo caFÉ Comércio Atacadista 301.522 6,3% 284.749 8,2% -2.489 40.987 62

17 44 cooaBrIel Comércio Atacadista 259.826 -13,5% 241.397 -13,5% 220 16.711 219

18 46 terra NoVa Comércio Atacadista 247.521 -12,1% 187.446 -6,2% 19 8.142 4

19 51 coopeaVI Comércio varejista 237.294 27,5% 229.873 27,4% 11.621 63.635 463

20 52 ceDIsa Comércio Atacadista 219.858 17,6% 168.557 18,9% 3.542 53.909 234

posIçãoclassIF.

2013eMpresa atIVIDaDe

rec. op. Bruta 2013

Var. roB. 2013/2012

%

rec. op. lIQ. 2013

Var. rol. 2013/2012

%

lucro lIQ. eX. 2013

patrIM. lÍQuIDo 2013

empregados es 2013

Geral.indb 151 04/11/2014 14:48:36

Page 152: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

152 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

raNkiNg | AS mAIORES EmPRESAS SEGUNDO PRINCIPAIS INDICADORES

a pesquisa 200 Maiores Empresas no Espírito Santo também permite ao IEL classificar as empresas em rankings elaborados de acordo com

os principais indicadores econômicos e financeiros, desta-cando os 20 melhores desempenhos em cada um deles. Para a elaboração dos rankings, são consideradas todas as empresas participantes, independentemente de estarem ou não classificadas entre as 200 Maiores pela Receita Operacional Bruta.

as 20 maiores receitas Brutas As 20 maiores ROBs totalizaram um faturamento de

R$ 78,2 bilhões, aproximadamente 75,9% do faturamento das 200 Maiores Empresas, percentual ligeiramente superior ao do ano anterior, que foi de 75,2%, indicando uma estabili-dade nessa participação. O crescimento da ROB das 20 maiores empresas foi de 8,0%, percentual superior ao crescimento das demais empresas do ranking, que ficou em torno de 4,3%.

as 20 maiores segundo o Patrimônio líquido

Quanto ao critério de patrimônio líquido, as 20 maiores empresas somaram R$ 14,4 bilhões, representando 68,7% do montante de capital próprio das maiores empresas em 2013 e um aumento de aproximadamente 10% em relação ao PL das 20 maiores empresas do ano anterior.

os 20 melhores lucros líquidosCom relação ao lucro líquido, as 20 maiores empresas

somaram R$ 4,1 bilhões, representando 90,4% do montante de lucro líquido das 200 Maiores em 2013 e um valor R$ 100 milhões superior ao obtido no ano anterior.

as 20 maiores empregadorasAs 20 empresas com maior número de empregados

possuíam, no final de 2013, 53.123 trabalhadores diretos. Esse número corresponde a um aumento de 18,4% em relação ao de 2012 e a 52,3% do total de empregos diretos das 200 Maiores Empresas de 2013.

os 20 maiores Crescimentos da receita operacional líquida

O faturamento líquido das 20 melhores empresas nesse indicador representou 66,3% da ROL das 200 Maiores Empresas, 0,7 ponto percentual superior ao do ano anterior. A ROL das 200 Maiores cresceu 5,7% em relação ao ano anterior. Quando analisadas de forma segregada, observa-se um crescimento superior das 20 melhores empresas nesse índice, com 6,9% de avanço em relação às demais empre-sas, com alta de 3,6%.

as 20 melhores em liquidez CorrenteNa apuração das melhores empresas por liquidez corrente,

observa-se o predomínio de empresas do setor de serviço, com 16 empresas, e quatro empresas do setor comercial. Nenhuma empresa industrial entrou nesse ranking.

as 20 de melhor rentabilidade do Patrimônio líquido

A rentabilidade média das 20 melhores empresas nesse indicador foi de pouco mais de 120%. Quando compa-rada às demais empresas participantes do ranking, essa rentabilidade é 118 pontos percentuais superior. Essa discrepância decorre do grande número de companhias que apresentaram prejuízo em 2013 (33 empresas).

as 20 melhores em rentabilidade das Vendas

As 20 maiores em rentabilidade das vendas tiveram como melhor performance o resultado de 655,5%, e o 20º melhor desempenho, registrando 19,6%. Entre as empresas neste ranking, destaca-se o setor de servi-ços, com participação de 14 empresas entre as 20. Quatro empresas são do setor industrial e duas são do setor comercial.

as 20 melhores na apuração do lucro líquido por empregado

O lucro médio por empregado das 20 maiores empre-sas foi de R$ 1,2 milhão. Se considerarmos o resultado das demais empresas do ranking das 200 Maiores, observa-se um resultado negativo de R$ 5,1 mil por empregado, decorrente do prejuízo no período de 25 empresas participantes.

as 20 melhores em receita líquida por empregado

A ROL média por empregado das 20 maiores empresas foi de R$ 63,5 milhões, valor significativamente superior às demais empresas que divulgaram essa informação (138 no total), que apresentaram uma ROL por empre-gado de apenas R$ 441 mil.

os 20 maiores ativosOs 20 maiores ativos totais somaram R$ 49,5 bilhões.

Isso representa cerca de 72,4% do apurado junto às 200 Maiores Empresas no ES. Quando analisado conjun-tamente com o lucro líquido, observa-se que essas empre-sas ficaram com 90,4% do lucro líquido gerado pelas 200 Maiores, indicando uma rentabilidade do ativo signi-ficativamente superior às demais empresas do ranking.

Geral.indb 152 04/11/2014 14:48:36

Page 153: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

153anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Classificação das Empresas pelo Número de Empregados no ES

Classificação das Empresas pelo lucro líquido do Exercício sobre o Patrimônio líquido - %

AS 20 MAIORES EMPREGADORAS

AS 20 MAIORES RENTABILIDADES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

1 2 Vale Indústria 8.177

2 1 petroBras - uo - es * Indústria 7.157

3 5 arcelorMIttal BrasIl Indústria 5.074

4 117 serDel Serviços 3.147

5 18 VIX logÍstIca Serviços 2.692

6 31 Weg lINHares Indústria 2.597

7 53 aeBes Serviços 2.559

8 29 superMercaDo casagraNDe Comércio varejista 2.549

9 12 BaNestes Serviços 2.377

10 22 uNIMeD VItórIa Serviços 2.110

11 34 loreNge Indústria 1.600

12 17 BaNco Do BrasIl Serviços 1.589

13 26 cesaN Indústria 1.530

14 147 VIgserV Serviços 1.530

15 97 uNIMar Serviços 1.519

16 41 águIa BraNca Serviços 1.464

17 23 FrIsa FrIgorÍFIco Indústria 1.408

18 64 HospItal MerIDIoNal Serviços 1.359

19 73 HospItal saNta rIta Serviços 1.344

20 36 superMercaDo perIM Comércio varejista 1.341

1 176 eMBalI Indústria 540,0%

2 154 csV BeNetecH BrasIl Serviços 327,8%

3 166 coFrIl Indústria 136,1%

4 67 eXtraFrutI Comércio Atacadista 135,2%

5 103 uNIVIX Serviços 120,5%

6 82 spassu Serviços 118,6%

7 148 FaMeX Comércio Atacadista 106,7%

8 139 saNta FÉ traDINg Serviços 105,8%

9 49 correIos Serviços 100,0%

10 88 alcoN Indústria 95,6%

11 77 MaFrIcal Indústria 89,4%

12 56 MercocaMp Comércio Atacadista 73,4%

13 3 saMarco MINeração Indústria 72,7%

14 173 Frota coMÉrcIo eXterIor Comércio Atacadista 65,9%

15 113 elsoNs Comércio Atacadista 56,9%

16 204 aVaNtI Comércio varejista 54,9%

17 234 solução, MaNuteNção e serVIços Serviços 52,1%

18 211 MIlaNeZ & MIlaNeZe Serviços 51,2%

19 75 superMercaDos saNto aNtÔNIo Comércio varejista 51,0%

20 219 caMpo coNstrutora Indústria 49,3%

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

eMpregaDos es 2013

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

reNtaB. Do pl

Classificação das Empresas por Patrimônio líquido - em R$ milhares

AS 20 MAIORES PELO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

1 3 saMarco MINeração Indústria 3.758.049

2 26 cesaN Indústria 1.718.808

3 93 sol coQuerIa Indústria 1.562.071

4 12 BaNestes Serviços 967.684

5 78 NIBrasco Serviços 755.697

6 8 escelsa Serviços 687.191

7 104 caraIVa Serviços 622.166

8 213 caMpo partIcIpações IMoBIlIárIas Serviços 479.438

9 4 HerINger Indústria 437.242

10 68 KoBrasco Serviços 405.822

11 131 HIspaNoBrás Serviços 380.345

12 41 águIa BraNca Serviços 344.664

13 32 perFIlaDos rIo Doce Indústria 325.284

14 38 rDg proDutos sIDerúrgIcos Comércio Atacadista 324.988

15 141 sHoppINg VItórIa Serviços 285.552

16 134 ItaBrasco Serviços 275.235

17 84 porto De VItórIa Serviços 273.885

18 94 BaNDes Serviços 257.474

19 34 loreNge Indústria 252.500

20 18 VIX logÍstIca Serviços 245.740

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

patrIM. lÍQ. 2013

Classificação das Empresas pelo Ebitda - em R$ milhares (lucro antes dos juros, impostos sobre o lucro, depreciação, amortização e exaustão)

AS 20 MAIORES PELO EBITDA

1 3 saMarco MINeração Indústria 3.869.900

2 8 escelsa Serviços 365.333

3 4 HerINger Indústria 267.895

4 18 VIX logÍstIca Serviços 214.025

5 26 cesaN Indústria 179.174

6 78 NIBrasco Serviços 157.467

7 68 KoBrasco Serviços 126.142

8 34 loreNge Indústria 89.165

9 93 sol coQuerIa Indústria 88.972

10 104 caraIVa Serviços 87.012

11 9 cIsa traDINg Serviços 66.447

12 16 taNgará FooDs Indústria 65.321

13 45 BIaNcogres Indústria 61.579

14 7 cotIa Serviços 60.688

15 20 HortIFrutI Comércio varejista 57.706

16 23 FrIsa FrIgorÍFIco Indústria 52.355

17 131 HIspaNoBrás Serviços 51.778

18 27 uNIcaFÉ Comércio Atacadista 48.334

19 63 tVV Serviços 43.900

20 43 BraMetal Indústria 43.221

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

eBItDa 2013

* Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP

Geral.indb 153 04/11/2014 14:48:38

Page 154: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

154 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Classificação das Empresas pelo lucro líquido - em R$ milharesAS 20 MAIS LUCRATIVAS

Classificação das Empresas pelo Índice de liquidez Corrente (Ativo Circulante sobre Passivo Circulante)

AS 20 DE MAIOR LIQUIDEZ CORRENTE

1 3 saMarco MINeração Indústria 2.731.397

2 8 escelsa Serviços 134.009

3 78 NIBrasco Serviços 114.062

4 12 BaNestes Serviços 109.944

5 88 alcoN Indústria 107.411

6 213 caMpo partIcIpações IMoBIlIárIas Serviços 90.417

7 104 caraIVa Serviços 87.012

8 68 KoBrasco Serviços 83.487

9 38 rDg proDutos sIDerúrgIcos Comércio Atacadista 80.322

10 34 loreNge Indústria 77.050

11 26 cesaN Indústria 70.748

12 18 VIX logÍstIca Serviços 61.826

13 9 cIsa traDINg Serviços 53.161

14 32 perFIlaDos rIo Doce Indústria 49.478

15 11 trop coMÉrcIo eXterIor Serviços 41.127

16 7 cotIa Serviços 40.783

17 43 BraMetal s.a Indústria 38.680

18 94 BaNDes Serviços 33.348

19 31 Weg lINHares eQuIp. elÉtrIcos Indústria 32.518

20 103 uNIVIX Serviços 31.898

1 222 rIo Do FraDe Serviços 250,5

2 234 solução, MaNuteNção e serVIços Serviços 72,7

3 104 caraIVa Serviços 28,1

4 227 Vestsul calçaDos Indústria 25,7

5 217 terVap Indústria 19,5

6 238 aZul turIsMo Serviços 19,3

7 224 VeNtorIM partIcIpações Serviços 16,3

8 232 IVc Comércio Atacadista 14,6

9 201 rHoDes Serviços 13,3

10 203 IMpacto eNgeNHarIa Indústria 13,1

11 149 coNstrutora Épura Indústria 10,5

12 131 HIspaNoBrás Serviços 10,2

13 160 uNIpetro Serviços 10,0

14 236 aFFINIty Serviços 9,4

15 173 Frota coMÉrcIo eXterIor Comércio Atacadista 9,4

16 223 coty BraZIl Comércio Atacadista 7,5

17 212 ceNtralFer Serviços 6,9

18 134 ItaBrasco Serviços 6,8

19 99 tV gaZeta Serviços 6,6

20 117 serDel Serviços 6,6

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

lucro lÍQ. 2013

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

lIQuIDeZ correNte

Classificação das Empresas pelo Ativo total - em R$ milharesOS 20 MAIORES ATIVOS

1 3 saMarco MINeração Indústria 15.031.891

2 12 BaNestes Serviços 14.040945

3 4 HerINger Indústria 2.996.698

4 8 escelsa Serviços 2.372.139

5 26 cesaN Indústria 2.358.741

6 93 sol coQuerIa Indústria 1.608.290

7 94 BaNDes Serviços 1.560.422

8 10 cHocolates garoto Indústria 1.094.760

9 18 VIX logÍstIca Serviços 994.580

10 9 cIsa traDINg Serviços 945.687

11 7 cotIa Serviços 937.400

12 78 NIBrasco Serviços 808.505

13 34 loreNge Indústria 664.165

14 104 caraIVa Serviços 623.668

15 25 eXcIM Indústria 616.367

16 16 taNgará FooDs Indústria 603.501

17 91 sIcooB leste capIXaBa Serviços 600.871

18 146 sIcooB ceNtral es Serviços 582.948

19 213 caMpo partIcIpações IMoBIlIárIas Serviços 506.109

20 41 águIa BraNca Serviços 503.950

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

atIVo total 2013

Classificação das Empresas pelo crescimento % da Receita Bruta

OS 20 MAIORES CRESCIMENTOS DA RECEITA BRUTA

1 166 coFrIl Indústria 1.308,6%

2 232 IVc Comércio Atacadista 866,4%

3 183 solução epI Comércio Atacadista 413,6%

4 218 VaMtec serVIços Serviços 360,4%

5 140 tHorK traDINg Serviços 184,7%

6 53 aeBes Serviços 108,1%

7 222 rIo Do FraDe Serviços 105,7%

8 31 Weg lINHares Indústria 103,4%

9 224 VeNtorIM partIcIpações Serviços 84,2%

10 79 VeNac Comércio varejista 81,1%

11 169 caFÉ Norte Comércio Atacadista 73,6%

12 230 saNta lúcIa partIcIpações Serviços 71,2%

13 155 saMeDIl Serviços 62,2%

14 57 saMp es Serviços 57,7%

15 61 QuIMetal Serviços 55,3%

16 219 caMpo coNstrutora Indústria 54,2%

17 133 lasa Indústria 53,3%

18 85 DaMare Indústria 51,9%

19 120 VaMtec VItórIa Indústria 49,9%

20 189 sIcooB corretora De seguros Serviços 46,1%

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

Var. roB 2013/2012

%

raNkiNg | AS mAIORES EmPRESAS SEGUNDO PRINCIPAIS INDICADORES

Geral.indb 154 04/11/2014 14:48:38

Page 155: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

155anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Classificação das Empresas pelo crescimento % da Receita líquida

OS 20 MAIORES CRESCIMENTOS DA RECEITA LÍQUIDA

1 232 IVc Comércio Atacadista 4.572,7%

2 218 VaMtec serVIços Serviços 348,4%

3 140 tHorK traDINg Serviços 186,6%

4 53 aeBes Serviços 111,7%

5 222 rIo Do FraDe Serviços 105,7%

6 31 Weg lINHares Indústria 103,8%

7 79 VeNac Comércio varejista 78,9%

8 230 saNta lúcIa partIcIpações Serviços 74,4%

9 169 caFÉ Norte Comércio Atacadista 73,6%

10 61 QuIMetal Serviços 67,8%

11 155 saMeDIl Serviços 62,9%

12 57 saMp es Serviços 57,9%

13 133 lasa Indústria 54,5%

14 219 caMpo coNstrutora Indústria 54,2%

15 85 DaMare Indústria 53,8%

16 199 VIpasa Indústria 53,3%

17 189 sIcooB corretora De seguros Serviços 46,2%

18 120 VaMtec VItórIa Indústria 46,1%

19 127 Decolores MárMores e graNItos Indústria 45,1%

20 203 IMpacto eNgeNHarIa Indústria 44,6%

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

Var rol 2013/2012

%

Classificação das Empresas pelo lucro líquido por Empregado - em R$ milhares

OS 20 MAIORES LUCROS POR EMPREGADO

1 7 cotIa Serviços 8.157

2 9 cIsa traDINg Serviços 4.430

3 239 BaNestes DtVM Serviços 2.188

4 3 saMarco MINeração Indústria 2.168

5 15 sertraDINg (Br) Comércio Atacadista 1.178

6 189 sIcooB corretora De seguros Serviços 1.065

7 140 tHorK traDINg Serviços 1.020

8 139 saNta FÉ traDINg Serviços 799

9 100 INspectIoN Comércio Atacadista 557

10 88 alcoN Indústria 377

11 206 eletrosolDa Comércio Atacadista 271

12 38 rDg proDutos sIDerúrgIcos Comércio Atacadista 240

13 201 RHODES S/A Serviços 236

14 127 Decolores MárMores e graNItos Indústria 225

15 61 QuIMetal Serviços 209

16 58 Full coMeX Serviços 190

17 160 uNIpetro Serviços 188

18 122 sIcooB sul Serviços 181

19 217 terVap Indústria 175

20 94 BaNDes Serviços 172

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

LUCRO LIQ. P/ eMpregaDo

Classificação das Empresas pela Receita líquida por Empregado - em R$ milhares

AS 20 DE MAIOR PRODUTIVIDADE POR EMPREGADO

1 7 cotIa Serviços 465.727

2 9 cIsa traDINg Serviços 179.795

3 14 coluMBIa traDINg Serviços 169.742

4 30 saVIXX Comércio Atacadista 130.915

5 100 INspectIoN Comércio Atacadista 74.043

6 15 sertraDINg (Br) Comércio Atacadista 60.531

7 46 terra NoVa Comércio Atacadista 46.861

8 140 tHorK traDINg Serviços 44.843

9 139 saNta FÉ traDINg Serviços 21.303

10 4 HerINger Indústria 20.029

11 58 Full coMeX Serviços 11.188

12 13 arcelorMIttal tuBarão coMercIal Comércio Atacadista 10.207

13 3 saMarco MINeração Indústria 5.718

14 148 FaMeX Comércio Atacadista 5.556

15 42 NIccHIo soBrINHo caFÉ Comércio Atacadista 4.593

16 27 uNIcaFÉ Comércio Atacadista 4.116

17 35 custoDIo ForZZa Comércio Atacadista 3.723

18 61 QuIMetal Serviços 3.701

19 16 taNgará FooDs Indústria 3.062

20 164 Marca caFÉ Comércio Atacadista 2.389

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

rol. por eMpregaDo

Classificação das Empresas pela margem líquida das vendas - em %

AS 20 MAIORES RENTABILIDADES DAS VENDAS

1 213 caMpo partIcIpações IMoBIlIárIas Serviços 1.278,5%

2 222 rIo Do FraDe Serviços 1.046,2%

3 238 aZul turIsMo Serviços 912,5%

4 217 terVap Indústria 491,2%

5 88 alcoN Indústria 101,9%

6 146 sIcooB ceNtral es Serviços 100,2%

7 104 caraIVa Serviços 99,5%

8 78 NIBrasco Serviços 99,2%

9 91 sIcooB leste capIXaBa Serviços 99,0%

10 122 sIcooB sul Serviços 98,8%

11 112 sIcooB sul serraNo Serviços 98,7%

12 123 sIcooB Norte Serviços 98,0%

13 170 sIcooB creDIrocHas Serviços 98,0%

14 144 sIcooB ceNtro-serraNo Serviços 97,5%

15 187 sIcooB sul lItorÂNeo Serviços 97,3%

16 224 VeNtorIM partIcIpações Serviços 87,1%

17 236 aFFINIty Serviços 83,0%

18 189 sIcooB corretora De seguros Serviços 81,3%

19 218 VaMtec serVIços Serviços 77,9%

20 230 saNta lúcIa partIcIpações Serviços 75,1%

posIçãoclassIF.

2013eMpresa setor

reNtaB. Das VeNDas

Geral.indb 155 04/11/2014 14:48:39

Page 156: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

156 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

raNkiNg | AS mAIORES EmPRESAS POR SEtOR

o s rankings setoriais apresentam as 10 Maiores Empresas no Espírito Santo que enviaram suas informa-

ções para análise na pesquisa do anuário. Dessa forma, é possível que empresas não listadas entre as 200 Maiores Empresas façam parte dos rankings setoriais. Isso ocorrerá quando a receita operacional bruta anual estiver entre as 10 maiores da organização, mas não for suficiente para inclusão da segmento no ranking geral.

Consideramos importante ressaltar que a ausência de eventuais empresas de destaque nas classificações setoriais deve-se ao não interesse em participar da pesquisa.

Relativos a 2013, os seguintes rankings foram elaborados:

• As Dez Maiores Indústrias de Alimen-tos: Obtiveram um faturamento bruto de R$ 4,9 bi no ES, montante 2,2% inferior ao registrado por essas empresas em 2012. Oito delas informaram o número de colaboradores, totalizando 4.366 empre-gados e um faturamento por empregado de R$ 642,6 mil, apenas 0,2% menor do que no ano anterior.

• As Dez Maiores Indústrias de Construção: Apresentaram uma receita bruta de R$ 908 milhões, uma redução

de 10%, na comparação com 2012. O número de colaboradores totalizou 4.025, com um faturamento médio por empre-gado de R$ 225,6 mil.

• As Dez Maiores Empresas de Comér-cio Atacadista: Totalizaram um fatura-mento de R$ 6,1 bilhões, 1,5% superior ao apurado em 2012 e que representa um faturamento médio de R$ 4,4 milhões por empregado, quando consideramos as nove empresas que divulgaram essa informação.O total de postos de traba-lho foi de 1.301 em 2013.

• As Dez Maiores Empresas de Comércio Varejista: Totalizaram um faturamento de R$ 2,4 bilhões e um efetivo de 6.599 colaboradores. O faturamento médio por empregado foi de R$ 365,6mil, um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior.

• As Dez Maiores Empresas Concessioná-rias de Veículos: Totalizaram um fatura-mento de R$ 2,7 bilhões e um efetivo de 2.088 colaboradores, quando consideramos as nove empresas que divulgaram essa informação. Quando comparados com o ano anterior, a ROB desse segmento teve um pequeno aumento de 1,2% e um faturamento por empregado de R$ 1,3 milhão.

Geral.indb 156 04/11/2014 14:48:40

Page 157: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

157anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

• As Dez Maiores Empresas de Servi-ços Financeiros e Seguros: Totaliza-ram uma receita bruta de R$ 3,6 bilhões, gerando 5.119 empregos diretos no Espírito Santo, indicando um aumento de 11,9% no faturamento e uma receita bruta média por empregado de R$ 705,8 mil.

• As Dez Maiores Empresas de Impor-tação e Exportação: Contabilizaram R$ 10,9 bilhões de ROB, um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior. O faturamento médio por empregado foi de R$ 92 milhões, para as oito empre-sas que divulgaram essa informação, com 97 colaboradores.

• As Dez Maiores Empresas de Trans-porte: Somaram uma receita operacional

bruta de R$ 1,9 bilhão e contribuí-ram com 9.475 postos de trabalho. Observa-se um aumento de aproxi-madamente 17,2% na receita quando comparado ao ano de 2012. O fatura-mento médio por empregado foi de R$ 168,9 mil.

• As Dez Maiores Empresas de Atendimento Hospitalar: Somaram uma receita operacional bruta de R$ 857 milhões e contri-buíram com 9.108 postos de traba-lho, representando um faturamento médio por empregado de R$ 94,1 mil. Quando comparado com o ano de 2012, houve um aumento de 27,3% no faturamento bruto dessas empresas.

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS DE COMÉRCIO ATACADISTA

1 13 arcelorMIttal tuBarão coMercIal 1.780.439 18,7% 1.286.112 20,4% -361.497 58.546 126

2 19 Br DIstrIBuIDora 975.252 -3,5% N/D N/D N/D N/D 28

3 27 uNIcaFÉ 583.457 -7,5% 580.381 -7,4% 19.011 235.554 141

4 28 uNIlIDer 578.998 16,1% 463.085 14,2% 11.575 34.133 291

5 30 saVIXX 483.246 -13,5% 392.745 -6,1% -764 4.341 3

6 33 trIstão 415.421 7,3% 407.429 8,0% 4.354 173.632 N/D

7 35 custóDIo ForZZa 378.512 -26,8% 357.453 -26,5% -21.422 34.897 96

8 38 rDg proDutos sIDerúrgIcos 350.024 6,2% 285.325 6,6% 80.322 324.988 335

9 42 NIccHIo soBrINHo caFÉ 301.522 6,3% 284.749 8,2% -2.489 40.987 62

10 44 cooaBrIel 259.826 -13,5% 241.397 -13,5% 220 16.711 219

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

%

lucro lÍQ. eX.

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

A ArcelorMittal Tubarão alcançou o primeiro lugar no setor de comércio atacadista entre as 10 maiores empresas do Estado em 2013, com um faturamento bruto de R$ 1,780 bilhão. Em 2013, o grupo ArcelorMittal obteve um lucro líquido de R$ 379,7 milhões no Brasil, revertendo, assim, um prejuízo de R$ 878,2 milhões registrado em 2012. Parte da melhora operacional da siderúrgica veio com o fortalecimento de seus negócios no país e com o crescimento mais acentuado da demanda por aço no ano passado. O presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, acredita que, independente da perspectiva pela qual se olha a performance de uma empresa, deve-se considerar que bons resultados dependem fundamentalmente de seu principal ativo: o ser humano.

“ Com isso, questões como saúde, segurança, satisfação profissional, equilíbrio emocional, estrutura familiar e congêneres, nos levam a crer que uma gestão holística, que priorize a excelência em todos os processos organizacionais, parece o melhor caminho para uma instituição que se pretende sustentável”, explica.

Geral.indb 157 04/11/2014 14:48:43

Page 158: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

158 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS DE SERV. DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

1 7 cotIa 2.967.299 7,0% 2.328.637 12,4% 40.783 128.773 5

2 9 cIsa traDINg 2.792.833 -0,8% 2.157.544 5,5% 53.161 192.002 12

3 11 trop coMÉrcIo eXterIor 1.870.535 21,8% 1.555.471 24,6% 41.127 170.029 N/D

4 14 coluMBIa traDINg 1.444.799 -10,8% 1.188.191 -8,7% -5.714 23.371 7

5 15 sertraDINg (Br) 1.166.567 24,1% 968.496 19,3% 18.847 58.296 16

6 56 MercocaMp 192.863 -46,0% 150.667 -43,4% 716 975 N/D

7 58 Full coMeX 191.197 -14,5% 145.440 -12,3% 2.474 5.994 13

8 61 QuIMetal 186.987 55,3% 155.436 67,8% 8.787 22.742 42

9 83 clac 114.317 -39,2% 89.479 -38,3% -2.669 5.002 0

10 139 saNta FÉ traDINg 55.991 22,9% 42.606 17,5% 1.598 1.510 2

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

%

lucro lÍQ. eX.

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

A Cotia, que alcançou o primeiro lugar com uma receita operacional bruta de R$ 2,967 bilhões, nasceu em 1976 com o objetivo de exportar carne de um frigorífico da cidade de Cotia, no interior de

São Paulo, para a Nigéria, na África. Com o tempo, os sócios decidiram focar as atividades do grupo na exportação, em logística internacional e doméstica e na prestação de serviço na importação, passando

a operar com uma grande variedade de produtos, de medicamentos e aeronaves a automóveis e equipamentos agroindustriais. Hoje, é uma das maiores empresas de comércio exterior do Brasil.

“ O ano foi de grandes desafios, com mudanças importantes na legislação tributária, mas conseguimos superá-los e alcançar bons resultados. O ambiente favorável propiciado pelo Espírito Santo, com apoio

às empresas aí instaladas, também contribui para o crescimento das indústrias”, afirma o presidente da companhia, Eduardo Albernaz.

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS DE ALIMENTOS

1 10 cHocolates garoto 1.927.414 -3,8% 1.349.160 -8,0% -5.124 161.028 N/D

2 16 taNgará FooDs 1.158.047 -17,1% 1.081.022 -18,0% 22.159 146.124 353

3 23 FrIsa FrIgorÍFIco 698.833 15,9% 655.994 17,0% 23.680 108.861 1.408

4 47 selIta 244.443 15,3% 224.123 15,7% 2.620 34.972 465

5 59 BuaIZ alIMeNtos 189.845 20,3% 178.166 24,9% 5.831 181.110 410

6 66 realcaFÉ 165.638 2,8% 158.856 2,7% 5.373 69.453 330

7 76 VeNeZa 128.260 17,8% 119.783 16,1% -4.256 23.064 452

8 77 MaFrIcal 127.589 N/D 124.694 N/D 1.576 1.764 N/D

9 85 DaMare 110.634 51,9% 104.254 53,8% 4.385 10.619 279

10 86 usINa paINeIras 110.107 -8,0% 97.982 -4,1% 4.959 100.966 669

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

%

lucro lÍQ. eX.

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

A maior fábrica de chocolates da América Latina foi destaque no setor de alimentos, com uma receita bruta de R$ 1,927 bilhão em 2013. Com uma linha de mais de 100 produtos comercializados em todo o Brasil, a Garoto fechou contrato com a Fédération Internationale de Football Association (Fifa) e com a Confereração Brasileira de Futebol (CBF) no ano passado para ser o chocolate oficial da Copa do Mundo e da seleção brasileira em 2014 e anunciou que o investimento em marketing, incluindo patrocínios, ativações e mídia, chegaria a R$ 200 milhões. Por ser um dos patrocinadores oficiais do torneio, a empresa aproveitou a ocasião com ovos temáticos e réplicas de chocolate da Taça e estipulou como meta elevar a participação do mercado para até 26% em 2014. Em 2013, fechou com share de 22,5%. Dentre suas atividades de comunicação destacam-se as 10 Milhas Garoto, uma das maiores provas de corrida de rua do Brasil, e a criação da fanpage no Facebook no ano passado, chegando a conquistar a marca de 10 milhões de fãs com ações de interatividade entre os consumidores.

Geral.indb 158 04/11/2014 14:48:43

Page 159: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

159anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS DE COMÉRCIO VAREJISTA

1 20 HortIFrutI 846.070 23,7% 782.446 25,4% 19.761 67.910 330

2 29 superMercaDo casagraNDe 531.361 11,3% 470.540 13,7% 12.038 91.008 2549

3 36 superMercaDo perIM 372.253 -9,4% 328.815 -7,2% 944 17.023 1341

4 51 coopeaVI 237.294 27,5% 229.873 27,4% 11.621 63.635 463

5 71 tracBel 143.760 13,4% N/D N/D N/D N/D 98

6 75 superMercaDo saNto aNtÔNIo 132.907 12,5% 119.605 15,6% 2.377 4.663 996

7 118 superMercaDo porto NoVo 76.708 8,0% 70.448 12,2% 37 5.621 553

8 152 polItINtas 46.285 15,2% 38.070 16,1% 1.065 9.885 184

9 204 aVaNtI 13.920 17,3% 11.340 16,4% 3.207 5.840 39

10 207 eletrotINtas 12.573 5,0% 11.435 2,7% 327 2.906 46

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

%lucro lÍQ. eX.

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS DE VEÍCULOS

1 21 KuruMá VeÍculos 826.701 10,9% 794.631 9,8% -6.338 40.319 367

2 24 VItórIa DIesel 683.425 -4,3% 596.013 -2,6% -25.146 20.938 437

3 39 poDIuM VeÍculos 321.406 -4,9% 319.874 -4,6% 4.100 36.321 343

4 40 cVc 320.073 -6,8% 287.562 -4,5% 1.459 52.990 378

5 70 Vessa 146.057 11,5% 137.382 10,7% 735 11.997 187

6 79 VeNac 122.599 81,1% 111.069 78,9% 3.758 30.988 111

7 96 preMIuM VeÍculos 96.595 -25,1% 94.085 -25,5% 50 6.011 149

8 107 HIro Motors 82.778 2,9% 81.356 2,5% -177 4.752 49

9 121 cN auto 72.578 -0,9% 49.248 12,0% -5.398 1.999 N/D

10 125 pleNa VeÍculos 69.196 -18,4% 68.538 -18,6% -430 6.387 67

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

%lucro lÍQ. eX.

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

O Hortifruti alcançou o primeiro lugar na categoria Comércio Varejista. Nos últimos cinco anos, a companhia se reestruturou, adotou políticas de governança corporativa e vendeu, em 2010, 30% do seu capital para o FIB Brasil, fundo administrado pela BR Investimentos. Apesar do crescimento, a empresa se mantém fiel ao estilo feira livre, e diariamente os 220 caminhões próprios abastecem as 28 lojas do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.

“ Há 25 anos trabalhamos para crescer no mercado, com o diferencial de excelência na qualidade dos produtos e serviços.” Gilberto Lopes, sócio.

“ Esse reconhecimento reflete o constante processo de expansão da rede, marcada pela entrada do Fundo de Investimentos Bozano e pela abertura de novas lojas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro,

já vislumbrando outros mercados.” Tadeu Fachetti, sócio.

A Kurumá Veículos, do Grupo Águia Branca, alcança a 1ª posição dentre as 10 maiores empresas concessionárias de veículos, segundo a receita operacional bruta em 2013, que foi de R$ 826,7 milhões,

um crescimento de 10,9% em relação a 2012. Atualmente, o grupo possui 15 concessionárias Toyota, presentes nos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro, sob a marca Kurumá, e em Minas Gerais,

sob a marca Osaka. O diretor da unidade de comércio do Grupo, Riguel Chieppe, agradece o resultado.

“ O Grupo Águia Branca e a Toyota têm uma caminhada de mais de 20 anos no Espírito Santo. Fomos uma das cinco primeiras capitais a comercializar a marca no Brasil e nesse período trabalhamos

para oferecer um padrão de serviços e atendimento alinhados com a qualidade dos produtos Toyota. Agradecemos a confiança e o reconhecimento do consumidor capixaba, que nos deu a

oportunidade de atendê-lo e nos permitiu chegar até aqui.”

Geral.indb 159 04/11/2014 14:48:44

Page 160: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

160 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO

1 34 loreNge 398.644 31,4% 304.423 29,8% 77.050 252.500 1.600

2 62 coNcreVIt 180.142 1,6% 169.595 1,0% 3.627 37.447 252

3 90 Morar coNstrutora 106.357 35,9% 101.610 35,9% 8.518 47.864 685

4 128 paraNasa 66.337 -36,6% N/D N/D N/D N/D 168

5 137 MatrIcIal 56.805 38,9% 52.484 39,7% 1.089 18.144 729

6 149 coNstrutora Épura 48.281 9,5% 46.872 10,0% 11.553 49.748 173

7 193 BrIcK eNgeNHarIa e coMÉrcIo 20.254 28,8% 18.545 26,6% -620 10.459 115

8 203 IMpacto eNgeNHarIa 14.140 42,3% 13.805 44,6% 3.225 10.215 56

9 208 staN 12.335 1,5% 10.981 -4,1% 2.710 8.213 128

10 217 terVap 4.888 -30,8% 4.242 -32,1% 20.837 236.738 119

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

%lucro lÍQ. eX.

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS DE TRANSPORTES

1 18 VIX logÍstIca 1.137.939 27,4% 1.014.652 27,6% 61.826 245.740 2.692

2 41 águIa BraNca 309.382 5,4% 243.380 3,7% 13.261 344.664 1.464

3 97 uNIMar 96.386 5,8% 89.032 5,8% 2.940 76.403 1.519

4 106 Jsl 83.171 20,5% N/D N/D N/D N/D 1.272

5 138 VIação JoaNa D´arc 56.360 14,3% 52.490 14,6% 2.425 27.692 945

6 143 cHeIM traNsportes 53.920 -20,1% 50.265 -19,2% -2.123 29.160 N/D

7 157 graNVItur 37.876 7,2% 34.890 7,1% -198 4.610 596

8 161 Braspress 36.143 -0,9% N/D N/D N/D N/D 196

9 168 ceturB-gV 33.682 2,0% 32.438 2,1% -3.285 4.100 212

10 172 VIação taBuaZeIro 31.093 -1,7% 29.086 -1,5% 58 -419 579

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

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eMpregaDos es 2013

Com mais de 30 anos no mercado imobiliário capixaba, a Lorenge é hoje uma das principais construtoras do Estado e conta com 7 mil imóveis entregues em terras capixabas, atuando em oito cidades do Espírito Santo. Este ano, está expandindo seus negócios para as cidades de Campos dos Goyatacazes e Macaé, no Rio de Janeiro. Outra estratégia para 2014 é sair dos empreendimentos de categoria econômica e passar a destinar a maior parte de seus projetos às classes A e B. O presidente da companhia, José Élcio Lorenzon, credita a premiação ao trabalho da equipe, que está focada no crescimento real e sustentável da empresa.

“ O reconhecimento só é possível graças à solidez e credibilidade da empresa, que possui grande experiência de mercado e que não abre mão de seus valores”, afirma.

A Vix Logística é classificada como a maior empresa de transportes. A receita bruta totalizou R$ 1,1 bilhão em 2013, um acréscimo de 27,4% em comparação a 2012. Com base no Espírito

Santo e contando com 2.692 empregados, a Vix, controlada pelo grupo Águia Branca, tem atuação no segmento rodoviário e possui quatro linhas: transporte de veículos, fretamento de ônibus,

transporte de peças, e gestão e aluguel de frota. Para o diretor-geral, Kaumer Chieppe, o resultado endossa o crescimento da empresa, baseado na sustentabilidade e na qualidade dos serviços.

“ Hoje, estamos presentes em todo o território brasileiro e na Argentina. No Espírito Santo, temos atividades em diversos segmentos de mercado e atuamos com foco na segurança, respeito, ética e

inovação, privilegiando o relacionamento com os nossos colaboradores, clientes e sociedade”, ressaltou.

Geral.indb 160 04/11/2014 14:48:45

Page 161: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

161anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS DE ATENDIMENTO HOSPITALAR

1 53 aeBes 208.468 108,1% 207.898 111,7% 4.546 15.012 2.559

2 64 HospItal MerIDIoNal 166.109 17,0% 157.106 16,9% 9.327 40.306 1.359

3 73 HospItal saNta rIta 141.541 13,4% 135.295 14,2% 21.744 132.655 1.344

4 108 VItórIa apart HospItal 82.743 4,8% 78.136 4,7% 776 65.520 1.115

5 110 HospItal VIla VelHa 81.248 13,0% 77.007 13,0% 3.208 26.801 1.035

6 114 HospItal MetropolItaNo 79.214 20,0% 72.099 15,3% 880 34.808 680

7 158 são BerNarDo apart HospItal 37.491 7,5% 35.373 11,1% 378 28.658 348

8 188 HospItal praIa Da costa 25.625 17,9% 24.522 18,4% 803 4.725 301

9 192 HospItal são FraNcIsco 22.008 8,3% 20.755 7,9% -348 3.863 215

10 205 HospItal são luIZ 12.694 2,3% 12.142 2,2% -1.402 987 152

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

%lucro lÍQ. eX.

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

Segundo a Receita Operacional Bruta (ROB) no ES - em R$ milhares

AS 10 MAIORES EMPRESAS DE SERVIÇOS FINANCEIROS E SEGUROS

1 12 BaNestes 1.797.688 11,9% 1.743.919 12,1% 109.944 967.684 2.377

2 17 BaNco Do BrasIl 1.143.886 9,5% N/D N/D N/D N/D 1.589

3 72 BaNestes seguros 143.173 11,7% 139.697 11,4% 12.666 96.549 99

4 91 sIcooB leste capIXaBa 101.375 21,9% 25.053 21,1% 24.811 140.238 149

5 94 BaNDes 97.142 24,0% 58.490 43,2% 33.348 257.474 194

6 112 sIcooB sul serraNo 79.798 21,7% 18.864 29,2% 18.622 117.522 192

7 122 sIcooB sul 72.537 21,0% 25.960 31,1% 25.639 113.044 142

8 123 sIcooB Norte 70.641 13,5% 12.989 -29,1% 12.733 109.580 160

9 144 sIcooB ceNtro-serraNo 53.758 26,6% 9.655 -3,7% 9.416 65.592 148

10 146 sIcooB ceNtral es 52.960 -7,1% 4.652 17,0% 4.662 70.336 69

posIção classIF. 2013 eMpresarec. op. Bruta

Var. roB. 2013/2012

%rec. op. lÍQ.

Var. rol. 2013/2012

%lucro lÍQ. eX.

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

O destaque em atendimento hospitalar saltou do sexto lugar em 2012 para a primeira posição em 2013. Com 41 anos de experiência em gestão de saúde, o Hospital Evangélico é gerido pela Associação Evangélica Beneficente Espírito-Santense (Aebes), entidade civil sem fins lucrativos e de caráter filantrópico, que além de prestar serviços de pronto-socorro, ambulatório e hospital dia, conta com 260 leitos e é a única, do SUS, dotada de equipamento de hemodinâmica que realiza cateterismo e angioplastia 24 horas por dia.

“ A classificação do 1º lugar significa que a missão da Aebes foi ampliada nas atividades de promoção da saúde, da educação e da assistência espiritual à população, sem qualquer distinção. O resultado é fruto da prestação de serviços de três unidades hospitalares geridas pela Aebes”, comemora o presidente da Associação, Sebastião Vicente de Oliveira.

O Banestes ocupa o primeiro lugar no ranking entre as 10 empresas com melhor desempenho no setor de serviços financeiros e seguros, segundo a Receita Operacional Bruta, que foi de R$ 1,797

bilhão em 2013, um crescimento de 11,9% em relação a 2012. A evolução foi em função do aumento das receitas com operações de crédito e da gestão e controle das despesas administrativas.

Para o presidente da instituição, Guilherme Dias, o anuário das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo traduz a vitalidade e a diversificação da economia capixaba.

“ Com muito orgulho, o Banestes apresenta evolução positiva nos seus indicadores de desempenho operacional e econômico-financeiro, mantendo sua condição de líder regional no segmento

bancário e de seguros, competindo com as maiores instituições financeiras com atuação no mercado brasileiro”, afirma.

Geral.indb 161 04/11/2014 14:48:46

Page 162: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

162 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

A MELHOR EMPRESAPontuação pelo melhor desempenho econômico-financeiro

1 Cofril Indústria 4,80

2 Rio do Frade Serviços 3,70

3 Embali Indústria 3,50

4 CSv Benetech Brasil Serviços 3,15

5 Extrafruti Com. atacadista 2,45

6 IvC Com. atacadista 2,40

7 Univix Serviços 2,10

8 Caraiva Serviços 2,00

9 tervap Serviços 1,90

10 Solução, manut. e Serv. Serviços 1,80

classIF. eMpresa setor poNtuação

C omo um dos mais importantes veículos de informação da economia capixaba, de gestão empresarial e divul-

gação das empresas, o anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, ao longo dos anos de sua edição, tem buscado manter o seu padrão técnico e a melhoria contínua da qualidade.

Mudanças metodológicas têm sido imple-mentadas de forma a tornar os dados e resulta-dos da pesquisa mais consistentes e alinhados aos interesses da comunidade empresarial. Assim, o IEL apresenta pelo oitavo ano consecutivo, o prêmio “A Melhor Empresa no Espírito Santo”, entre as 200 constantes no ranking.

raNkiNg | A mElHOR EmPRESA NO ESPÍRItO SANtO Em 2013

CoFril

metodologiaA metodologia consiste em atribuir pontos pelo

desempenho das empresas em cada indicador – 10 para o primeiro lugar, 9 para o segundo, e assim sucessivamente até a 10ª companhia, que recebe um ponto. Em seguida, os pontos são multipli-cados por um peso atribuído a cada indicador.

Importante esclarecer que “A Melhor Empresa em 2013” em nada se assemelha a uma escolha fundamentada em competências na atuação em seus respectivos mercados. Além disso, a classi-ficação não é segregada por setor de atividade.

Embora o objetivo seja analisar de forma integrada os índices das empresas, o conjunto de indicadores e seus respectivos pesos são deter-minados de maneira subjetiva.

Os indicadores de desempenho e seus respec-tivos pesos são os seguintes:

Crescimento das Vendas Brutas – Peso 20

Indica se a participação da empresa no mercado aumentou ou diminuiu e sua capaci-dade de, crescendo, gerar novos empregos. Pode ser utilizado no estabelecimento de metas de crescimento da companhia para os próxi-mos períodos.

Foto: Divulgação Cofril

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Page 163: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

163anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

rentabilidade das Vendas – Peso 10

Mede o percentual das vendas líquidas que permanecem na empresa como lucro do período, ou seja, é o percentual da receita operacional líquida que restou para a empresa, depois de deduzidos todos os custos e despesas. A análise indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100,00 vendidos.

rentabilidade do Patrimônio líquido – Peso 35

Mede a remuneração do capital investido pelos proprietários, sendo resultado da efici-ência da empresa na gestão dos negócios. O cálculo da rentabilidade do patrimônio líquido permite saber quanto a administração, por meio de uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutura, seja esta financiada com capital próprio ou de terceiros. Essa rentabili-dade deve ser comparada a taxas de mercado, para avaliar se a firma oferece rentabilidade superior ou inferior a essas opções.

A rentabilidade do patrimônio líquido é utili-zada como critério de desempate entre as empre-sas que apresentam o mesmo número de pontos no desempenho geral.

lucratividade por empregado – Peso 15

Mede a lucratividade gerada por empregado e a contribuição média de cada um para o lucro obtido pela empresa.

liquidez Corrente – Peso 20Importante indicador da saúde finan-

ceira da empresa, apontando a segurança com que ela está operando no curto prazo. Quanto maior a liquidez corrente, melhor se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. Representa o quanto de recursos se dispõe no curto prazo para se liquidarem as dívidas também de curto prazo. Assim, quanto maior o valor apurado, melhor será a solvência da organização.

Para os casos de desempate, o critério é o indica-dor de maior peso. Nesse caso, a Rentabilidade do Patrimônio Líquido.

Segundo os critérios acima definidos, “A Melhor Empresa no Espírito Santo em 2013” é o Frigorífico Cofril Ltda, que atingiu 4,8 pontos.

Perfil da empresa

razão social: Frigorífico Cofril ltda

Nome fantasia: Cofril

atividade: Alimentos

pessoal empregado no es: 374

Faturamento: R$ 35,295 milhões

Crescimento das vendas 2013/2012: 1.308,6%

rentabilidade das vendas: 27,5%

rentabilidade do patrimônio líquido: 136,1%

liquidez corrente: 1,7

No mercado desde 1987, a Cofril é destaque em produtos derivados, principalmente de suínos. Com um faturamento de R$ 35,29 milhões, o frigorífico emprega 374 pessoas e alcançou uma rentabilidade nas vendas de 27,5% em 2013 em relação ao ano de 2012. A empresa conta com um abatedouro de suínos e bovinos e uma indústria de embutidos em Cachoeiro de Itapemirim. Para o presidente da Cofril, José Carlos Correa Cardoso, o dinamismo da companhia vem sendo amparado em pilares fundamentais, como qualidade dos produtos, respeito às parcerias e ética nas relações.

“ É muito trabalho. Investimos constantemente na estrutura física adequada, com aprimoramento dos equipamentos e cuidado com o meio ambiente, e na motivação da mão de obra. A inovação periódica dos produtos, aliada a um atendimento eficaz dos clientes, faz com que a receptividade do mercado seja crescente e coloque a empresa como líder no seu segmento”, diz ele.

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Page 164: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

164 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

No ranking de maior empresa privada com controle de capital capixaba, o primeiro lugar ficou com a Cisa Trading. Com patrimônio líquido de R$ 192 milhões e

277 funcionários em todo o Brasil, a empresa é a quinta maior entre todas as importadoras do país, atrás somente de gigantes como Petrobras, Samsung, Brasken e

Toyota, segundo ranking do Ministério do Desenvolvimento. Sua atuação abrange áreas que vão da importação de aeronaves executivas à logística de distribuição de cosméticos

e produtos farmacêuticos. O presidente da companhia, Antonio Pargana, comemora os resultados alcançados em 2013.

“ A Cisa Tranding movimentou mais de R$ 8,1 bilhões em operações para mais de 200 clientes, líderes de mercado em diversos setores. Também foram aprovados

investimentos em duas novas empresas, a Cisa Rental, que se dedicará ao aluguel de equipamentos, e a Steel Warehouse Cisa, que processará bobinas de aço”, diz.

raNkiNg | AS 100 mAIORES EmPRESAS PRIvADAS COm CONtROlE DE CAPItAl CAPIxABA

o ranking das “100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba” é estabelecido a partir

da Receita Operacional Líquida (ROL) das empresas e tem por objetivo apresentar a contri-buição para o desenvolvimento do Espírito Santo das empresas privadas capixabas, defi-nidas como tal a partir dos seguintes critérios:

1 - Controle acionário e origem do capital privado estadual;

2 - Localização da matriz/sede fiscal no Espírito Santo;

3 - Empresa originalmente constituída no Espírito Santo;

4 - Registro de unidade operacional no Espírito Santo.

Na análise dos resultados desse ranking, obser-vou-se que as 100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba estavam distribuí-das da seguinte forma: 36% no setor de serviços; 31% no industrial; e 33% no comercial.

A receita operacional líquida total foi de R$ 25,4 bilhões, 7,6% maior que a obtida no ano de 2012. Entre os setores, a ROL foi distribuída da seguinte forma: 43,5% no setor de serviços; 23,2% no setor industrial e 33,3% no setor comercial.

O número total de colaboradores foi de 50.587, 5,6% superior ao ano anterior, e distribuído da seguinte forma: 50,4% no setor de serviços; 27,9% no industrial e 21,7% no comercial.

O total de capital próprio investido aumentou 10,5% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 6,8 bilhões distribuídos da seguinte forma: 44,2% no setor de serviços; 33,7% no setor industrial; e 22,1% no setor comercial.

Apesar do ano difícil, as 100 maiores empresas participantes do ranking de 2013 conseguiram aumentar o lucro em 15,8%, totalizando R$ 1,1 bilhão.

Participação setorial no ranking 100 ES

Serviço Indústria Comércio

Nº de empresas ROl Empregados

36%

43,5

%

23,2%

33,3%

50,4%

27,9%

21,7%

31% 33

%45

,1%

40,9%

14%

lucro líquido

44,2%

33,7%

22,1%

Pl

Geral.indb 164 04/11/2014 14:48:49

Page 165: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

165anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Segundo a Receita Operacional Líquida (ROL) no ES - Em R$ milharesAS 100 MAIORES EMPRESAS CAPIXABAS

POSIÇÃOCLASSIF.

2013EMPRESA SETOR

REC. OP. LÍQUIDA

VAR. ROL. 2013/2012

%

LUCRO LÍQ. EX.

PATRIM. LÍQUIDO

RENTAB. DAS

VENDAS

RENTAB. DO PL

LIQUIDEZ CORRENTE

EMPREGADOS ES 2013

1 9 CISA TRADING Serviços 2.157.544 5,5% 53.161 192.002 2,5% 27,7% 1,5 12

2 11 TROP COMÉRCIO EXTERIOR Serviços 1.555.471 24,6% 41.127 170.029 2,6% 24,2% 1,8 N/D

3 10 CHOCOLATES GAROTO Indústria 1.349.160 -8,0% -5.124 161.028 -0,4% -3,2% 1,0 N/D

4 14 COLUMBIA TRADING Serviços 1.188.191 -8,7% -5.714 23.371 -0,5% -24,4% 1,0 7

5 18 VIX LOGÍSTICA Serviços 1.014.652 27,6% 61.826 245.740 6,1% 25,2% 1,2 2.692

6 15 SERTRADING (BR) Serviços 968.496 19,3% 18.847 58.296 1,9% 32,3% 1,1 16

7 22 UNIMED VITÓRIA Serviços 806.147 -0,1% 11.749 87.801 1,5% 13,4% 1,0 2.110

8 21 KURUMÁ VEÍCULOS Comércio Varejista 794.631 9,8% -6.338 40.319 -0,8% -15,7% 1,0 367

9 20 HORTIFRUTI Comércio Varejista 782.446 25,4% 19.761 67.910 2,5% 29,1% 1,0 330

10 23 FRISA FRIGORÍFICO Indústria 655.994 17,0% 23.680 108.861 3,6% 21,8% 1,6 1.408

11 24 VITÓRIA DIESEL Comércio Varejista 596.013 -2,6% -25.146 20.938 -4,2% -120,1% 1,2 437

12 27 UNICAFÉ Comércio Atacadista 580.381 -7,4% 19.011 235.554 3,3% 8,1% 1,5 141

13 29 SUPERMERCADO CASAGRANDE Comércio Varejista 470.540 13,7% 12.038 91.008 2,6% 13,2% 1,5 2.549

14 28 UNILIDER Comércio Atacadista 463.085 14,2% 11.575 34.133 2,5% 33,9% 1,3 291

15 33 TRISTÃO Comércio Atacadista 407.429 8,0% 4.354 173.632 1,1% 2,5% 1,3 N/D

16 30 SAVIXX Comércio Atacadista 392.745 -6,1% -764 4.341 -0,2% -17,6% 1,0 3

17 35 CUSTÓDIO FORZZA Comércio Atacadista 357.453 -26,5% -21.422 34.897 -6,0% -61,4% N/D 96

18 32 PERFILADOS RIO DOCE Indústria 349.787 4,1% 49.478 325.284 14,1% 15,2% 5,4 337

19 36 SUPERMERCADO PERIM Comércio Varejista 328.815 -7,2% 944 17.023 0,3% 5,5% 1,0 1.341

20 39 PODIUM VEÍCULOS Comércio Varejista 319.874 -4,6% 4.100 36.321 1,3% 11,3% 1,3 343

21 34 LORENGE Indústria 304.423 29,8% 77.050 252.500 25,3% 30,5% 1,7 1.600

22 40 CVC Comércio Varejista 287.562 -4,5% 1.459 52.990 0,5% 2,8% 1,1 378

23 38 RDG PRODUTOS SIDERÚRGICOS Comércio Atacadista 285.325 6,6% 80.322 324.988 28,2% 24,7% 1,9 335

24 42 NICCHIO SOBRINHO CAFÉ Comércio Atacadista 284.749 8,2% -2.489 40.987 -0,9% -6,1% 1,8 62

25 43 BRAMETAL Indústria 269.508 16,7% 38.680 164.419 14,4% 23,5% 2,0 582

26 37 FORTLEV Indústria 247.863 32,1% 17.624 140.761 7,1% 12,5% 5,9 663

27 41 ÁGUIA BRANCA Serviços 243.380 3,7% 13.261 344.664 5,4% 3,8% 1,5 1.464

28 44 COOABRIEL Comércio Atacadista 241.397 -13,5% 220 16.711 0,1% 1,3% 1,0 219

29 50 SÃO BERNARDO SAÚDE Serviços 237.218 7,3% 606 15.959 0,3% 3,8% 0,8 225

30 51 COOPEAVI Comércio Varejista 229.873 27,4% 11.621 63.635 5,1% 18,3% 1,4 463

31 47 SELITA Indústria 224.123 15,7% 2.620 34.972 1,2% 7,5% 1,2 465

32 53 AEBES Serviços 207.898 111,7% 4.546 15.012 2,2% 30,3% 1,1 2.559

33 45 BIANCOGRES Indústria 196.265 29,5% 24.178 109.089 12,3% 22,2% 3,3 475

34 57 SAMP ES Serviços 189.197 57,9% 2.486 8.294 1,3% 30,0% 1,2 233

35 46 TERRA NOVA Comércio Atacadista 187.446 -6,2% 19 8.142 0,0% 0,2% 1,1 4

36 59 BUAIZ ALIMENTOS Indústria 178.166 24,9% 5.831 181.110 3,3% 3,2% 0,8 410

37 48 MIZU Indústria 177.499 10,1% 7.140 42.551 4,0% 16,8% 3,1 N/D

38 62 CONCREVIT Indústria 169.595 1,0% 3.627 37.447 2,1% 9,7% 1,1 252

39 52 CEDISA Comércio Atacadista 168.557 18,9% 3.542 53.909 2,1% 6,6% 3,1 234

40 65 UNIMED SUL CAPIXABA Serviços 163.808 16,7% 322 22.600 0,2% 1,4% 1,3 672

41 66 REALCAFÉ Indústria 158.856 2,7% 5.373 69.453 3,4% 7,7% 1,2 330

42 64 HOSPITAL MERIDIONAL Serviços 157.106 16,9% 9.327 40.306 5,9% 23,1% 1,1 1.359

43 61 QUIMETAL Serviços 155.436 67,8% 8.787 22.742 5,7% 38,6% 1,8 42

44 67 EXTRAFRUTI Comércio Atacadista 152.745 30,0% 8.787 6.500 5,8% 135,2% 1,1 675

45 56 MERCOCAMP Serviços 150.667 -43,4% 716 975 0,5% 73,4% 1,0 N/D

46 58 FULL COMEX Serviços 145.440 -12,3% 2.474 5.994 1,7% 41,3% 1,1 13

47 55 EMP. LUZ E FORÇA SANT. MARIA Serviços 144.221 4,7% 15.607 121.297 10,8% 12,9% 1,2 319

48 70 VESSA Comércio Varejista 137.382 10,7% 735 11.997 0,5% 6,1% 1,3 187

49 73 HOSPITAL STA. RITA Serviços 135.295 14,2% 21.744 132.655 16,1% 16,4% 2,1 1.344

50 69 CPVV Serviços 132.530 10,3% 23.485 61.525 17,7% 38,2% 2,0 168

200 Maiores 2014_Ranking 100 Maiores Empresas Privadas_THI.indd 165 04/11/2014 17:35:28

Page 166: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

166 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Segundo a Receita Operacional Líquida (ROL) no ES - Em R$ milharesAS 100 MAIORES EMPRESAS CAPIXABAS

51 77 MAFRICAL Indústria 124.694 N/D 1.576 1.764 1,3% 89,4% 1,0 N/D

52 76 VENEZA Indústria 119.783 16,1% -4.256 23.064 -3,6% -18,5% 1,0 452

53 75 SUPERMERC. SANTO ANTÔNIO Comércio Varejista 119.605 15,6% 2.377 4.663 2,0% 51,0% 1,1 996

54 79 VENAC Comércio Varejista 111.069 78,9% 3.758 30.988 3,4% 12,1% 2,4 111

55 82 SPASSU Serviços 107.911 -14,2% 4.726 3.985 4,4% 118,6% 1,1 1.212

56 87 KIFRANGO Indústria 105.658 23,1% 6.053 12.281 5,7% 49,3% 1,0 639

57 88 ALCON Indústria 105.382 17,5% 107.411 112.389 101,9% 95,6% 2,4 285

58 74 VIMINAS Indústria 104.659 18,9% 10.800 58.547 10,3% 18,4% 2,4 478

59 85 DAMARE Indústria 104.254 53,8% 4.385 10.619 4,2% 41,3% 0,7 279

60 90 MORAR CONSTRUTORA Indústria 101.610 35,9% 8.518 47.864 8,4% 17,8% 2,9 685

61 86 USINA PAINEIRAS Indústria 97.982 -4,1% 4.959 100.966 5,1% 4,9% 1,0 669

62 96 PREMIUM VEÍCULOS Comércio Varejista 94.085 -25,5% 50 6.011 0,1% 0,8% 1,0 149

63 92 ABAV Indústria 91.830 21,9% 459 13.977 0,5% 3,3% 1,5 594

64 83 CLAC Serviços 89.479 -38,3% -2.669 5.002 -3,0% -53,4% 0,8 0

65 97 UNIMAR Serviços 89.032 5,8% 2.940 76.403 3,3% 3,8% 1,7 1.519

66 95 MARBRASA Indústria 87.561 15,8% 14.968 46.407 17,1% 32,3% 1,6 418

67 104 CARAIVA Serviços 87.445 -18,2% 87.012 622.166 99,5% 14,0% 28,1 N/D

68 99 TV GAZETA Serviços 86.930 7,7% 15.191 84.834 17,5% 17,9% 6,6 337

69 89 VILA PORTO Comércio Atacadista 82.261 17,7% 907 3.952 1,1% 23,0% 1,2 47

70 107 HIRO MOTORS Comércio Varejista 81.356 2,5% -177 4.752 -0,2% -3,7% 0,9 49

71 108 VITÓRIA APART HOSPITAL Serviços 78.136 4,7% 776 65.520 1,0% 1,2% 1,0 1.115

72 103 UNIVIX Serviços 77.483 30,7% 31.898 26.481 41,2% 120,5% 1,0 N/D

73 110 HOSPITAL VILA VELHA Serviços 77.007 13,0% 3.208 26.801 4,2% 12,0% 0,7 1.035

74 116 UNIMED NOROESTE Serviços 76.147 14,7% 31 8.117 0,0% 0,4% 1,0 329

75 101 DIAÇO Comércio Atacadista 75.415 21,2% 8.484 56.667 11,2% 15,0% 4,0 115

76 100 INSPECTION Comércio Atacadista 74.043 -44,8% 557 16.935 0,8% 3,3% 1,4 1

77 114 HOSPITAL METROPOLITANO Serviços 72.099 15,3% 880 34.808 1,2% 2,5% 1,4 680

78 98 RIMO MOVÉIS Indústria 71.806 6,5% 616 11.927 0,9% 5,2% 1,3 372

79 102 METALOSA Indústria 71.092 12,7% 1.496 21.174 2,1% 7,1% 2,0 269

80 118 SUPERMERCADO PORTO NOVO Comércio Varejista 70.448 12,2% 37 5.621 0,1% 0,7% 1,4 553

81 109 PANAN MÓVEIS Indústria 68.913 5,6% -2.143 5.836 -3,1% -36,7% 1,0 266

82 125 PLENA VEÍCULOS Comércio Varejista 68.538 -18,6% -430 6.387 -0,6% -6,7% 1,8 67

83 113 ELSONS Comércio Atacadista 67.912 38,1% 7.567 13.297 11,1% 56,9% 1,2 232

84 117 SERDEL Serviços 67.515 0,9% 8.263 44.502 12,2% 18,6% 6,6 3.147

85 127 DECOLORES MÁRM. E GRAN. Indústria 63.746 45,1% 22.541 57.966 35,4% 38,9% 2,7 100

86 111 ACP MOVÉIS Indústria 63.706 40,8% 4.453 20.917 7,0% 21,3% 1,9 252

87 119 ISH TECNOLOGIA Serviços 62.206 22,5% 4.150 9.344 6,7% 44,4% 1,1 131

88 126 RODOSOL Serviços 61.974 -12,1% 13.218 54.184 21,3% 24,4% 0,5 260

89 132 VITÓRIA MOTORS Comércio Varejista 61.756 -0,4% -28 8.337 0,0% -0,3% 1,0 37

90 124 A GAZETA Serviços 61.212 -1,0% -2.916 15.651 -4,8% -18,6% 1,2 717

91 120 VAMTEC VITÓRIA Indústria 60.184 46,1% -455 9.887 -0,8% -4,6% 1,3 N/D

92 133 LASA Indústria 59.601 54,5% 1.635 77.671 2,7% 2,1% 0,7 784

93 130 ESPIRAL ENGENHARIA Serviços 57.341 -2,7% 5.211 22.038 9,1% 23,6% 1,8 516

94 115 FIBRASA SUDESTE Indústria 56.513 26,3% 4.221 17.453 7,5% 24,2% 1,6 323

95 136 VITÓRIA MOTORS CHRYSLER Comércio Varejista 56.073 24,2% 274 3.237 0,5% 8,5% 1,5 29

96 138 VIAÇÃO JOANA D´ARC Serviços 52.490 14,6% 2.425 27.692 4,6% 8,8% 1,7 945

97 137 MATRICIAL Indústria 52.484 39,7% 1.089 18.144 2,1% 6,0% 3,1 729

98 141 SHOPPING VITÓRIA Serviços 51.896 6,2% 27.654 285.552 53,3% 9,7% 0,8 315

99 135 ATACADO SÃO PAULO Comércio Atacadista 50.307 6,0% 4.469 9.583 8,9% 46,6% 2,7 137

100 143 CHEIM TRANSPORTES Serviços 50.265 -19,2% -2.123 29.160 -4,2% -7,3% 1,8 N/D

POSIÇÃOCLASSIF.

2013EMPRESA SETOR

REC. OP. LÍQUIDA

VAR. ROL. 2013/2012

%

LUCRO LÍQ. EX.

PATRIM. LÍQUIDO

RENTAB. DAS

VENDAS

RENTAB. DO PL

LIQUIDEZ CORRENTE

EMPREGADOS ES 2013

200 Maiores 2014_Ranking 100 Maiores Empresas Privadas_THI.indd 166 04/11/2014 17:35:30

Page 167: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

167anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Ranking segundo Receita Operacional líquida no Espírito Santo (valores em R$ milhares)

CONSOLIDAÇÃO DAS 100 MAIORES EMPRESAS PRIVADAS COM CONTROLE DE CAPITAL CAPIXABA

serVIços 36 11.059.266 726.605 484.230 7.149.573 3.011.505 25.493

aDMIN. De eMpresas Do grupo 1 87.445 87.012 87.012 623.668 622.166 N/D

aDMIN. De sHoppINg ceNter 1 51.896 33.702 27.654 315.733 285.552 315

ateNDIMeNto HospItalar 6 727.540 80.060 40.481 675.585 315.103 8.092

coNcessIoNárIa De roDoVIas 1 61.974 22.732 13.218 73.075 54.184 260

eDucação 1 77.483 N/D 31.898 39.141 26.481 N/D

eletrIcIDaDe e gás 1 144.221 N/D 15.607 173.164 121.297 319

gestão De portos e terMINaIs 1 132.530 36.486 23.485 87.787 61.525 168

INForMação e coMuNIcação 2 148.142 12.168 12.275 131.260 100.485 1.054

loc. MaQ. e eQuIp. coNstrução 1 57.341 14.695 5.211 40.631 22.038 516

plaNo De saúDe 5 1.472.518 38.084 15.195 549.168 142.772 3.569

serV. De lIMpeZa e coNserVação 1 67.515 9.353 8.263 53.251 44.502 3.147

serV. IMportação e eXportação 8 6.410.724 119.677 116.729 2.558.972 478.411 90

tecNologIa Da INForMação 2 170.117 16.863 8.875 64.295 13.329 1.343

traNsporte 5 1.449.820 255.776 78.328 1.763.842 723.660 6.620

INDústrIa 31 5.892.697 436.789 438.484 5.443.998 2.296.327 14.116

alIMeNtos 11 3.210.500 101.521 45.555 2.523.376 718.094 5.246

coNstrução 4 628.112 119.771 90.285 893.437 355.955 3.266

FaB. proD. MINeraIs Não MetálIcos 2 168.405 41.619 33.341 157.233 116.514 578

FaBrIcação De cIMeNto 1 177.499 N/D 7.140 125.495 42.551 N/D

FaBrIcação De MóVeIs 3 204.424 8.673 2.926 122.522 38.681 890

FaB. De proDutos De BorracHa e De MaterIal plástIco 2 304.376 26.923 21.845 206.254 158.213 986

FaBrIcação De proDutos De Metal 1 71.092 3.035 1.496 43.520 21.174 269

FaBrIcação De proDutos De MINeraIs Não MetálIcos 2 283.825 80.564 39.146 333.358 155.496 893

QuÍMIca e petroQuÍMIca 2 164.983 11.460 109.046 379.862 190.060 1.069

sIDerurgIa e MetalurgIa 3 679.479 43.221 87.703 658.939 499.590 919

coMÉrcIo 33 8.481.317 125.647 150.172 2.202.777 1.506.362 10.978

coMÉrcIo atacaDIsta 16 3.871.250 44.408 125.138 2.543.250 1.034.226 2.592

coMÉrcIo VareJIsta 6 2.001.728 96.140 46.777 625.451 249.860 6.232

coNcessIoNárIa De VeIculos 11 2.608.339 -14.902 -21.743 807.576 222.276 2.154

total Das 100 eMpresas 100 25.433.281 1.289.041 1.072.887 14.796.348 6.814.194 50.587

SETOR/ATIVIDADENº De

eMpresasrec. op. lÍQuIDa

eBItDalucro lÍQ.

eX.atIVo total

patrIM. lÍQuIDo

eMpregaDos es 2013

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m antendo o procedimento adotado nos anos anteriores, esta 14ª edição traz o ranking dos 10 Maiores

Grupos Empresariais no Espírito Santo, composta por aquelas organizações que possuíam duas ou mais empresas indepen-dentes, formalmente constituídas sob o mesmo controle acionário, cujo capital de origem capixaba seja superior a 50%.

O ranking foi elaborado a partir do envio das informações econômico-financeiras pelos grupos empresariais, utilizando-se o patrimô-nio líquido como critério para classificação. Dados complementares são adicionados para refletir a importância desses grupos para a econo-mia do Estado.

raNkiNg | RANKING DOS 10 mAIORES GRUPOS EmPRESARIAIS

Em 2013, os 10 maiores grupos empresariais somaram 79 empresas, com um patrimônio líquido de R$ 5,6 bilhões, valor 14,5% superior ao verifi-cado no ano de 2012, e que representa um aumento significativo do investimento com recursos próprios por esses Grupos.

A receita operacional bruta (ROB) dos maiores grupos empresariais do Estado foi de R$ 7,2 bilhões em 2013, queda de 18,7% em relação à ROB desses grupos em 2012. Desse total, 64,9% foram gerados no Espírito Santo, totalizando R$ 4,7 bilhões, um montante 14,8% inferior ao registrado no ano anterior. A maior retração nas vendas foi observada nas operações realizadas fora do Estado, com queda de 25,1%, sempre em relação ao ano anterior.

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TOTAL 79 - 5.624.618 - 4.665.949 - 7.194.751 - 13.888 30.973 640.888

Apesar do recuo observado no faturamento das empresas componentes dos grupos empresariais, o total de empregos gerados por esses parcipantes participantes do ranking de 2013 chegou a 30.973, um avanço de 3,5% em relação ao ano anterior. Desse total, 13.888 empregados estão no Espírito Santo, o que representa 44,8%.

A produtividade por empregado é um importante indicador de competitividade organizacional. A produ-tividade dos grupos no Estado apresentou uma retra-ção de 18,0%, com um faturamento médio de R$ 336 mil por funcionário. Incluindo-se as operações reali-zadas fora do território capixaba, a baixa foi de 21,5%, com um faturamento médio de R$ 232,3 mil por funcionário, resultado da manutenção dos empregos, embora tenha havido queda no faturamento dos grupos participantes.

(Valores em R$ milhares)

OS DEZ MAIORES GRUPOS EMPRESARIAIS, SEGUNDO O PATRIMÔNIO LÍQUIDO

1 INCOSPAL 12 SERRA 1.623.995 15,2% 377.395 87,70% 430.325 -26,82% 2.550 2.987 231.098

2 ÁGUIA BRANCA 12 VITÓRIA 929.043 9,2% 1.426.967 41,40% 3.446.781 -5,33% 4.955 14.270 44.646

3 RDG AÇOS DO BRASIL 7 SERRA 674.425 14,8% 819.077 98,00% 835.793 4,46% 893 949 88.058

4 SICOOB 9 VITÓRIA 597.630 33,7% 551.474 100,00% 551.474 14,79% 1.053 1.053 109.551

5 COIMEX 9 VITÓRIA 571.770 7,3% 2.849 100,00% 2.849 -99,82% 770 6.266 44.387

6 GRUPO BUIAZ 11 VITÓRIA 534.618 27,5% 304.587 100,00% 304.587 4,88% 980 980 37.325

7 FRISA 6 COLATINA 251.970 10,4% 632.718 69,00% 916.982 10,93% 1.761 3.006 38.470

8 GRUPO TRISTÃO 2 VIANA 173.632 2,0% 394.650 95,00% 415.421 7,34% 388 426 8.580

9 GRUPO ANDRADE 9 SERRA 151.170 18,3% 77.797 87,00% 89.422 21,17% 215 265 31.169

10 FIBRASA 2 SERRA 116.366 -15,7% 78.436 39,00% 201.118 19,89% 323 771 7.604

POSIÇÃO GRUPO Nº EMPRESAS MUNICÍPIO PATRIM. LIQ.VAR PL

2013/2012REC. BRUTA

NO ES% ROB NO ES

RECEITA BRUTA TOTAL

VAR ROB 2013/2012

Nº EMPREG.

NO ES

Nº EMPREG.

TOTAL

LUCRO LIQ.

EXERC.

Apesar da elevação da produtividade das empre-sas dos grupos, seguindo a tendência de queda verificada ano anterior, o lucro líquido do exercício de 2013 sofreu um decréscimo de 26,6%, somando R$ 640,8 milhões. Essa redução pode ser resul-tado do aumento das taxas de juros e da recor-rente pressão inflacionária, que provocou altas nos custos de produção e nas despesas adminis-trativas e de vendas, e que não foram totalmente repassadas para o consumidor final.

Observa-se, da mesma forma que em anos anteriores, que os empresários capixa-bas estão mantendo os postos de trabalho, apesar da redução dos lucros das empresas. Essa estratégia pode ser modificada caso não ocorra uma recuperação da economia do país nos próximos anos.

O Grupo Incospal conquistou o título do maior grupo empresarial do Estado, obtendo em 2013 um patrimônio líquido de R$ 1,63 bilhão. As empresas que compõem o conglomerado atuam em segmentos diversificados como importação e exportação, logística, comunicação, construção e operação portuária, concessão rodoviária, engenharia de obras pesadas, entre outros. O Grupo é composto por 12 empresas, que empregam 2.550 pessoas no Espírito Santo. Em 2014, entrou no segmento de shopping center e inaugurou o Shopping Vila Velha, em parceria com a empresa Littig, que será administrado pela BR Mall.

“ O prêmio significa o reconhecimento a um trabalho que começou há mais de 30 anos e que foi construído em cima de três pilares: a visão de que não se pode crescer a não ser através de parcerias; o reconhecimento ao talento e ao esforço da equipe e a visão de que é importante diversificar, pois é através de uma diversificação bem planejada que se

consegue ultrapassar com segurança os períodos de turbulência da economia”, diz o presidente do Grupo Incospal, Fernando Camargo.

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ranking | análise ideies

a edição das “200 Maiores Empresas no Espírito Santo” contempla, pelo segundo ano consecutivo, a análise

do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) referente à distribuição da quantidade de empresas e das respectivas receitas operacionais brutas pelas regionais do Sistema Findes, com a Região Metropolitana da Grande Vitória concen-trando o maior número de empresas (149), correspondendo a 82,5% da receita total.

Quanto à concentração nessa Região, vale destacar, mais uma vez, que uma das princi-pais prioridades do Sistema Findes é a interio-rização do desenvolvimento, razão pela qual instituiu oito Diretorias Regionais que atuam no sentido de buscar novos investimentos indus-triais que permitam um crescimento econômico mais equilibrado no Espírito Santo.

Também é analisado o peso relativo das 20 maiores empresas quanto à Receita Opera-cional Bruta (ROB) e à quantidade de empre-gados no total das 200 Maiores Empresas no Estado e das 20 maiores dos setores industrial, comercial e de serviços. O estudo traz ainda a

egIDIo MalaNQuINI é diretor para Assuntos do Ideies e vice-presidente da Findes

As 200 maiores em focoparticipação do total de empregos das 200 Maiores Empresas em relação aos empregos no Espírito Santo apurados na Rais/MTE.

A edição de 2014 destaca que a receita operacio-nal bruta das 20 maiores empresas em 2013 repre-senta 75,9% do total da receita das 200 Maiores e a quantidade de empregos de 18 delas (duas não deram essa informação) corresponde a 30,9% do total de empregos do ranking geral.

A análise apresenta também os resultados da pesquisa de clima realizada com as 200 Maiores Empresas desta edição, obtendo respostas de 150 delas. O objetivo da pesquisa foi avaliar o potencial do Espírito Santo e o clima dos empre-sários capixabas em relação à economia em diversos aspectos, sendo alguns deles compa-rados aos resultados apresentados na pesquisa de clima feita no ano anterior.

Por último, agradeço a Doria Porto, diretor-executivo do Ideies, e a toda a equipe da entidade pelo trabalho realizado para esta edição das “200 Maiores Empresas no Espírito Santo”.

Boa leitura!

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C onsiderando que uma das priori-dades do Sistema Findes é colaborar para a interiorização do desenvolvi-

mento econômico capixaba, a Findes instituiu oito Diretorias Regionais, distribuindo os municípios sob a lógica do desenvolvimento econômico (por esse motivo não são as mesmas microrregiões administrativas do

200 Maiores Empresas sob o ponto de vista das Diretorias Regionais da Findes

Estado), cujas sedes estão localizadas em locais estratégicos para o setor industrial: Anchieta, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, Nova Venécia, São Mateus e Venda Nova do Imigrante (ver figura 1).

Essas Regionais oferecem toda a estrutura para atender aos sindicatos do setor produ-tivo e suas principais demandas. Além delas,

Diretoria de Linhares

Diretoria de Colatina

Diretoria de Aracruz

Diretoria de Anchieta

Diretoria de Cachoeiro de Itapemirim

Diretoria de Venda Nova do Imigrante

Diretoria de São Mateus

Diretoria de Nova Venécia

Fonte: Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo - IdeiesElaboração: Ideies / mKt Findes

RMGV - Região Metropolitana da Grande Vitória, com exceção de Fundão e Guarapari

Diretorias Regionais da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo | Figura 1

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ranking | análise ideies

a Região Metropolitana da Grande Vitória (incluindo Santa Leopoldina e excluindo Guara-pari e Fundão) atende às demandas, à repre-sentação e à defesa de interesses de todas as indústrias do Estado do Espírito Santo.

Neste estudo, as listadas no ranking das “200 Maiores Empresas”, inicialmente, foram distribuídas por município do Espírito Santo, conforme sua localização, e posteriormente, pela Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) e pelas Diretorias Regionais da Findes (DRFs), com o objetivo de conhecer o desem-penho de cada região, a partir da receita opera-cional bruta e do número de empresas na sua área de atuação.

A atuação de cada Diretoria Regional do Sistema Findes abrange os seguintes municípios:

• Região Metropolitana da Grande Vitória: Cariacica, Santa Leopoldina, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.

• Diretoria Regional da Findes em Anchieta: Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Iconha e Piúma.

• Diretoria Regional da Findes em Aracruz: Aracruz, Fundão, Ibiraçu, João Neiva e Santa Teresa.

• Diretoria Regional da Findes em Cachoeiro de Itapemirim: Alegre, Apiacá, Atílio

Vivácqua, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Itapemirim, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muqui, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta.

• Diretoria Regional da Findes em Colatina: Águia Branca, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Colatina, Governador Lindenberg, Itaguaçu, Itarana, Mantenópolis, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã e Vila Valério.

• Diretoria Regional da Findes em Linhares: Linhares, Rio Bananal e Sooretama.

• Diretoria Regional da Findes em Nova Venécia: Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Ecoporanga, Nova Venécia e Vila Pavão.

• Diretoria Regional da Findes em São Mateus: Conceição da Barra, Jaguaré, Monta-nha, Mucurici, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo e São Mateus.

• Diretoria Regional da Findes em Venda Nova do Imigrante: Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição do Castelo, Domin-gos Martins, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Muniz Freire, Santa Maria de Jetibá e Venda Nova do Imigrante.

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Distribuição das 200 Maiores Empresas segundo Diretorias Regionais da Findes e municípios | tabela

DIretorIas regIoNaIs Da FINDes e MuNIcÍpIos

geral INDústrIa coMÉrcIo serVIço

Nº eMpresas roB* Nº eMpresas roB* Nº eMpresas roB* Nº eMpresas roB*

rMgV1 149 R$ 85.095.386 33 R$ 50.788.542 40 R$ 10.771.802 76 r$ 23.535.043

Cariacica 18 R$ 3.010.946 4 R$ 393.481 7 R$ 1.970.357 7 R$ 647.107

Serra 46 R$ 9.139.005 16 R$ 6.082.542 10 R$ 2.043.477 20 R$ 1.012.986

viana 8 R$ 6.358.023 5 R$ 5.740.460 3 R$ 617.562 - -

vila velha 13 R$ 5.040.680 3 R$ 3.133.742 4 R$ 1.209.144 6 R$ 697.794

vitória 64 R$ 61.546.733 5 R$ 35.438.316 16 R$ 4.931.261 43 R$ 21.177.156

DrF2 em anchieta 4 r$ 7.465.124 2 r$ 7.306.502 1 r$ 132.907 1 r$ 25.715

Alfredo Chaves 1 R$ 25.715 - - - - 1 R$ 25.715

Anchieta 2 R$ 7.306.502 2 R$ 7.306.502 - - - -

Guarapari 1 R$ 132.907 - - 1 R$ 132.907 - -

DrF em aracruz 5 r$ 3.971.959 1 r$ 3.527.231 - - 4 R$ 444.728

Aracruz 5 R$ 3.971.959 1 R$ 3.527.231 - - 4 R$ 444.728

DrF em cachoeiro de Itapemirim 9 r$ 925.463 6 r$ 654.551 - - 3 r$ 270.912

Atilio vivácqua 1 R$ 101.257 1 R$ 101.257 - - - -

Cachoeiro de Itapemirim 7 R$ 714.099 4 R$ 443.187 - - 3 R$ 270.912

Itapemirim 1 R$ 110.107 1 R$ 110.107 - - - -

DrF em colatina 13 R$ 2.458.989 3 R$ 823.758 4 R$ 959.028 6 r$ 676.203

Colatina 11 R$ 2.128.522 3 R$ 823.758 3 R$ 699.203 5 R$ 605.562

São Gabriel da Palha 2 R$ 330.466 - - 1 R$ 259.826 1 R$ 70.641

DrF em linhares 13 R$ 2.426.586 9 r$ 1.643.219 2 r$ 627.956 2 r$ 155.411

linhares 13 R$ 2.426.586 9 R$ 1.643.219 2 R$ 627.956 2 R$ 155.411

DrF em Nova Venécia 1 R$ 128.260 1 R$ 128.260 - - - -

Nova venécia 1 R$ 128.260 1 R$ 128.260 - - - -

DrF em são Mateus 2 r$ 219.122 2 r$ 219.122 - - - -

Conceição da Barra 1 R$ 108.488 1 R$ 108.488 - - - -

montanha 1 R$ 110.634 1 R$ 110.634 - - - -

DrF em Venda Nova do Imigrante 4 R$ 398.396 - - 2 R$ 264.840 2 r$ 133.556

Santa maria de Jetibá 2 R$ 291.052 - - 1 R$ 237.294 1 R$ 53.758

venda Nova do Imigrante 2 R$ 107.344 - - 1 R$ 27.546 1 R$ 79.798

total geral 200 R$ 103.089.285 57 R$ 65.091.184 49 r$ 12.756.533 94 R$ 25.241.568

*Receita Operacional Bruta em R$ milhares1 Região metropolitana da Grande vitória2 Diretoria Regional da Findes

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

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ranking | análise ideies

De acordo com a tabela 1, a Grande Vitória é a regional da Findes que concentra o número de empresas com a maior receita operacional bruta total entre as 200 Maiores (R$ 85 bilhões), corresponde a 82,5%. Também é a Regional que possui o maior número de empre-sas (149), ou seja, 74,5%. Vitória é o destaque principal nessa área: a ROB das empresas locali-zadas no município (64) soma R$ 61,5 bilhões.

Em contrapartida, os números apurados nesta edição apresentam que a interiorização do desen-volvimento aumentou, visto que o número de empresas concentradas na RMGV reduziu em relação ao ano anterior. Em 2012, eram 153 empresas significando uma redução em 2,7%.

Em seguida, destaca-se a Diretoria Regio-nal da Findes em Anchieta: as quatro empre-sas (2%) no município possuem uma ROB de R$ 7,4 bilhões, ou 7,2% da receita total. Vale destacar ainda o desempenho das Regionais da Findes em Aracruz, Colatina e Linhares, respectivamente, com receitas de R$ 3,9 bilhões, R$ 2,4 bilhões e R$ 2,4 bilhões, e com cinco, 13 e 13 empresas.

Na avaliação por setor econômico, as 57 empresas industriais do ranking repre-sentam 63,1% da receita operacional bruta. As 94 prestadoras de serviço se destacam em seguida com 24,5% da ROB e por fim as 49 empresas comerciais, com 12,4% (ver gráfico 1). Os resultados da ROB total apresentado na revista 200 Maiores Edição de 2013 (com dados de 2012) evidenciam que as indústrias tiveram

Número de empresas e participação na ROB total (%), por setor

| Gráfico 1

Indústria Comércio Serviço

57 empresas 63,1% da ROB

94 empresas 24,5% da ROB

49 empresas 12,4% da ROB

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Evolução da participação por setor na ROB 2012 x 2013

| Gráfico 2

Indústria Comércio Serviço

50%

30,1%

19,9%

ROB 2012 ROB 2013

12,4%

24,5%

63,1%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES – Edição 2013 e 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Número de empresas industriais e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes

| Gráfico 3

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

33 empresas 78% da ROB

1 empresa 5,4% da ROB

6 empresas 1% da ROB

3 empresas 1,3% da ROB

9 empresas 2,5% da ROB

1 empresa 0,2% da ROB

2 empresas 0,3% da ROB

RmGv

DRF2 em Anchieta

DRF em Aracruz

DRF em Cachoeiro de Itapemirim

DRF em Colatina

DRF em linhares

DRF em Nova venécia

DRF em São mateus

2 empresas 11,2% da ROB

crescimento na sua participação, para 13,1 pontos percentuais em 2013 (ver gráfico 2).

indústriaDas 200 Maiores Empresas no Espírito Santo,

o gráfico 3 mostra como as 57 empresas indus-triais estão distribuídas. Na Região Metropo-litana da Grande Vitória estão localizadas 33 organizações, com receita operacional bruta de R$ 50,7 bilhões. Já a Diretoria Regional de Anchieta registra apenas duas empresas, repre-sentando 11,2% da ROB total dos negócios industriais (R$ 7,3 bilhões). Merecem desta-que, também, as empresas localizadas na área de abrangência da Diretoria de Aracruz e Linhares: ROB de R$ 3,5 bilhões e R$ 1,6 bilhão respectivamente.

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ComércioNo setor do comércio, as 40 empresas na área de abrangência

da Região Metropolitana da Grande Vitória representam 84,4% da ROB total deste setor (R$ 10,7 bilhões). Destacam-se, também, a Diretoria Regional de Colatina – suas quatro empresas represen-tam 7,5% da ROB total (R$ 959 milhões) – e a Regional de Linha-res – suas duas empresas alcançam 4,9% da ROB total deste setor (R$ 627 milhões) (ver gráfico 4).

ServiçoAs prestadoras de serviço também apresentam maior

peso na Região Metropolitana, sendo 76 empresas representando 93,2% da ROB total deste setor (R$ 23,5 bilhões) conforme o ranking da revista 200 Maiores Empresas no Espírito Santo (ver gráfico 5).

Número de empresas comerciais e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes

Número de empresas prestadoras de serviço e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes | Gráfico 4

| Gráfico 5

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

40 empresas 84,4% da ROB

1 empresa 1% da ROB

4 empresas 7,5% da ROB

2 empresas 4,9% da ROB 2 empresas

2,1% da ROBRmGv

DRF2 em Anchieta

DRF em Colatina

DRF em linhares

DRF em venda Nova do Imigrante

76 empresas 93,2% da ROB

1 empresa 0,1% da ROB

4 empresas 1,8% da ROB

3 empresas 1,1% da ROB

6 empresas 2,7% da ROB 2 empresas

0,6% da ROB

2 empresas 0,5% da ROB

RmGv

DRF2 em Anchieta

DRF em Aracruz

DRF em Cachoeiro de Itapemirim

DRF em Colatina

DRF em linhares

DRF em venda Nova do Imigrante

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ranking | análise ideies

a s 200 Maiores Empresas no Espírito Santo empregaram 11% do total de trabalhadores do Estado

em 2013, conforme levantamentos reali-zados com base na Rais/MTE de 2013 e na pesquisa “200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2013 – edição 2014” (ver gráfico 6). No ano anterior a participação foi de 10%, considerando a Rais de 2012.

Empregos das 200 Maiores Empresas em relação aos empregos do Espírito Santo

A comparação da soma de empregos gerados pelas 200 Maiores Empresas em 2013 com o do total de empregos do Espírito Santo (Rais/MTE 2013) por setor, mostrou que as empre-sas industriais do ranking abrangeram 22,3%

Participação do número de empregados das 200 Maiores Empresas no total de empregados da economia capixaba

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES em 2013 - edição 2014 e Rais 2013/mtEElaboração: Ideies/Sistema Findes

200 maiores Empresas 11%

Demais empresas 89%

| Gráfico 6

Participação do número de empregados das 200 Maiores Empresas no total de empregados da economia capixaba segundo setores

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES em 2013 - edição 2014 e Rais 2013/mtEElaboração: Ideies/Sistema Findes

| Gráfico 7

8,4%

6,7%22,3%

Empresas Industriais Empresas Comerciais

Empresas de Serviço

do total de empregos da indústria capixaba. Os postos de trabalho ofertados pelas empre-sas comerciais classificadas no estudo repre-sentaram 6,7% do total desse setor no Estado, enquanto as empresas do setor serviço contri-buíram com 8,4% dos empregos desse setor no Espírito Santo (ver gráfico 7). Na edição do ano anterior, considerando o ranking das 200 Maiores Empresas de 2012 e a Rais de 2012, as participações foram: indústria (17,7%), comércio (6,2%) e serviços (8,3%).

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Page 179: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

179anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

o estudo “200 Maiores Empresas no Espírito Santo” possibilita vários tipos de análises, sendo esta com o objetivo de evidenciar a participação das 20 maiores

empresas do ranking no total das 200 Maiores no Espírito Santo em 2013 e, a participação das 20 maiores dos setores industrial, comercial e de serviço, sob a ótica da receita operacional bruta e do pessoal empregado, que são extremamente relevantes para a avaliação do cenário econômico.

Um panorama setorial das 20 maiores em relação às 200 Maiores no Espírito Santo

20 maiores empresas do ranking geral

Receita Operacional BrutaNa análise das 20 maiores empresas do ranking das 200

Maiores Empresas no Espírito Santo, constatou-se que somente elas abarcaram a parcela significativa de 75,9% do total da receita operacional bruta, percentual maior que o de 2012 (69,5%), ficando as outras 180 com os 24,1% restantes (ver gráfico 8). Essas empresas estão divididas entre os setores industrial (oito empresas), comercial (três) e de serviços (nove). A maioria da receita bruta pertenceu às companhias do setor industrial (72,6%), que em quantidade de estabelecimentos alcançou 40% das 20 maiores em 2013. O setor de serviços participou com 22,8% do total da receita bruta das 20 maiores empresas no Estado, apesar de ter contado com mais empresas (nove ou 45% das 20 maiores). Já o setor comercial abrangeu 15% das 20 maiores empresas (três) e participou com apenas 4,6% da receita bruta dessas 20 maiores (ver tabela 2).

quantidade e participação (%) das empresas por setor no Ranking das 200 Maiores Empresas no ES e das 20 Maiores Empresas

| tabela 2

setor200 MaIores eMpresas 20 MaIores Do raNKINg geral

QuaNt. De eMpresas

partIcIpação (%)QuaNt. De eMpresas

partIcIpação (%)

partIcIpação Na roB (%)

Indústria 57 28,5 8 40,0 72,6

Comércio 49 24,5 3 15,0 4,6

Serviço 94 47,0 9 45,0 22,8

total 200 100,0 20 100,0 100,0

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES – Edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Participação da ROB das 20 maiores empresas no total da ROB das 200 Maiores Empresas no ES

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Demais Empresas 24,1%

20 maiores Empresas 75,9%

| Gráfico 8

Participação do número de empregados das 18 maiores empresas no total de empregados das 200 Maiores Empresas no ES

18 maiores Empresas 30,9%

DemaisEmpresas 69,1%

| Gráfico 9

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014 - Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 2 das 20 maiores empresas e 22 das 200 maiores não divulgaram essa informação

Pessoal EmpregadoEmbora as 20 primeiras empresas do

ranking das 200 Maiores tenham concen-trado a maioria da receita bruta total em 2013,

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180 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

ranking | análise ideies

o mesmo não ocorreu em relação aos empregos, pois o total de postos de trabalho ofertados pelos 18 estabelecimentos que forneceram essa informação correspondeu a 30,9% das vagas do ranking geral (ver gráfico 9). Considerando que 178 empresas do ranking comunicaram o dado de pessoal empregado, significa que as demais empresas classificadas (160) ofertaram os 69,1% dos empregos apurados nas 200 Maiores Empre-sas. Em 2012, a participação das 18 maiores empresas (duas também não forneceram a infor-mação) no total de empregos do ranking foi inferior a de 2013 (28,9%).

20 maiores empresas no espírito Santo

INDúSTRIA

Receita Operacional BrutaAs 20 maiores empresas industriais totalizaram

95,5% da receita operacional bruta (ROB) das 57 contempladas nas 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2013, o que indica que as companhias industriais contantes do estudo (37) perfizeram apenas 4,5% (ver gráfico 10).

Em relação à ROB total das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, a participação das 20 maiores empresas industriais equivaleu a 60,3%, deixando os 39,7% restantes para serem distribu-ídos entre comércio, serviço e as demais indús-trias classificadas entre as 200 Maiores Empresas (ver gráfico 11). No ano anterior, as 20 maiores

empresas industriais compuseram um percen-tual menor da receita das 200 Maiores (46,8%). Mas no ranking geral, o setor industrial contri-buiu em 2012 com um maior número de estabe-lecimentos (59).

Participação da receita operacional bruta (ROB) das 20 maiores empresas industriais no total da ROB das 200 Maiores Empresas no ES

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

| Gráfico 11

20 maiores Empresas Industriais 60,3%

Demais Empresas39,7%

Participação da receita operacional bruta (ROB) das 20 maiores empresas industriais no total da ROB das empresas industriais contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Demais Empresas Industriais 4,5%

| Gráfico 10

20 maiores Empresas Industriais 95,5%

Pessoal EmpregadoQuanto ao total de empregos das 20 maiores

empresas industriais, observou-se que 18 delas forneceram essa informação e que das 57 indús-trias contempladas no ranking das 200 Maiores, 50 informaram a quantidade de pessoal empregado.

Participação do número de empregados das 18* maiores empresas industriais no total de empregados das empresas industriais contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes*Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 7 entre as 57 indústrias do ranking não divulgaram essa informação.

| Gráfico 12

18 maiores Empresas Industriais77,4%

Demais Empresas Industriais 22,6%

Geral.indb 180 04/11/2014 14:49:02

Page 181: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

181anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Dessa forma, a participação das 18 maiores empre-sas industriais em relação ao total de empregados das 50 empresas industriais do ranking foi de 77,4% em 2013, o que significa que as demais empresas industriais (32) perfizeram 22,6% de participação (ver gráfico 12).

A participação das 18 maiores empresas indus-triais no total de empregos do ranking das 200 Maiores no Espírito Santo foi de 33,3%. A maioria dos empregos, 66,7%, foi absorvida pelos setores de comércio e serviço e pelas demais empresas indus-triais classificadas entre as 178 maiores que forne-ceram essa informação, conforme se observa no gráfico 13. A participação dessas 18 empresas em 2013 foi superior à participação das 18 empresas do ano de 2012 (27,9%).

comerciais na receita total de 2013 foi inferior à das 20 maiores empresas comerciais contempladas no ranking do ano anterior (17,1%). Já o total de empresas comerciais no ranking das 200 Maiores em 2012 foi superior (54 empresas).

Pessoal EmpregadoNa análise das 20 maiores empresas do setor

comercial, 19 forneceram dado de pessoal empre-gado e do total de 49 empresas comerciais conti-das no ranking das 200 Maiores, essa informação

20 maiores Empresas Industriais 95,5%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014 - Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 22 empresas do ranking geral não divulgaram essa informação

Participação do número de empregados das 18* maiores empresas industriais no total de empregados das 200 Maiores Empresas no ES

Demais Empresas66,7%

| Gráfico 13

-

18 maiores Empresas Industriais 33,3%

20 maiores Empresas Industriais 95,5%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas comerciais no total da ROB das empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES

| Gráfico 14

20 maiores Empresas de Comércio 84,0%

Demais Empresas de Comércio 16,0%

20 maiores Empresas Industriais 95,5%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas comerciais no total das 200 Maiores Empresas no ES

| Gráfico 15

Demais Empresas 89,6%

20 maiores Empresas Comerciais 10,4%

COMÉRCIO

Receita Operacional BrutaAs 20 maiores empresas do setor comercial parti-

ciparam com 84,0% da receita operacional bruta das 49 empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores, o que indica que as restantes (29) totali-zaram uma participação de 16,0% (ver gráfico 14).

No tocante à receita das 200 Maiores no Espírito Santo, as 20 maiores do setor comercial partici-param com 10,4%, ficando a maioria da receita (89,6%) distribuída entre indústria e serviço e pelas demais empresas do setor comercial classificadas entre as 200 Maiores Empresas (ver gráfico 15). Assim, a participação das 20 maiores empresas

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Page 182: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

182 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

ranking | análise ideies

foi cedida por 44 empresas. Assim, a participação das 19 no total de empregos das 44 foi de 65,9%. Isso significa que as demais empresas do setor que cederam essa informação (25) totalizaram 34,1% dos empregos do setor (ver gráfico 16).

Essas 19 empresas participaram ainda com 7,6% do total de empregos do ranking das 200 Maiores. A grande maioria dos empregos, 92,4%, foi absorvida pelos setores industrial e de serviço e pelo restante das empresas do setor comercial classificadas entre as 178 maiores empresas que forneceram essa informação (ver gráfico 17). O percentual de participação este

20 maiores Empresas Industriais 95,5%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 5 das 49 empresas comerciais do ranking não divulgaram essa informação

Participação do número de empregados das 19* maiores empresas comerciais no total de empregados das empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES

| Gráfico 16

19 maiores Empresas Comerciais 65,9%

Demais Empresas Comerciais 34,1%

20 maiores Empresas Industriais 95,5%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014 - Elaboração: Ideies/Sistema Findes*Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 22 do Ranking geral não divulgaram essa informação

Participação do número de empregados das 19* maiores empresas comerciais no total de empregados das 200 Maiores Empresas no ES

| Gráfico 17

Demais Empresas 92,4%

19 maiores Empresas Comerciais 7,6%

ano não foi muito diferente de 2012, quando as 19 empresas participaram com 7,5% dos empregos do ranking geral.

SERVIçO

Receita Operacional BrutaA participação das 20 maiores empresas de serviço

no total da receita operacional bruta das empresas do setor serviço contempladas nas 200 Maiores em 2013 foi de 80,1%. Considerando que este setor foi contemplado com 94 empresas no estudo, as outras 74 empresas de serviços participaram com apenas 19,9% (ver gráfico 18).

20 maiores Empresas Industriais 95,5%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas de serviços no total da ROB das empresas de serviços contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES

| Gráfico 18

20 maiores Empresas de Serviços 80,1%

Demais Empresas de Serviços 19,9%

Em relação à receita operacional bruta das 200 Maiores em 2013, a participação das 20 maiores do setor serviço foi de 19,6%, ficando 80,4% dividi-dos entre empresas industriais, comerciais e pelas demais empresas de serviços que constam das 200 Maiores Empresas (ver gráfico 19). Em 2012, as 20 maiores do setor serviços tiveram uma maior participação na receita total das 200 Maiores (24,6%). Entretanto, contaram no ranking geral com um menor número de empresas (87).

Pessoal EmpregadoDas 20 maiores empresas do setor serviços,

17 forneceram o total de postos de trabalho. Considerando que das empresas do setor serviços classi-ficadas no ranking das 200 Maiores, 84 informaram

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Page 183: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

183anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

esse dado, a participação dos empregos dessas 17 maiores empresas foi de 32,5% desse total. Assim, todas as demais empresas que infor-maram o dado (67) participaram com 67,5% (ver gráfico 20).

Essas 17 empresas participaram ainda com 14,7% do total de empregos das 178 maiores empresas no Espírito Santo que forneceram essa informa-ção. Os 85,3% dos empregos do ranking de 2013 ficaram distribuídos entre os setores industrial e comercial, além do restante das empresas de serviços (ver gráfico 21). O percentual de 2013 ficou próximo ao de 2012, quando as 16 empresas das 20 maiores que cederam esse dado, participaram com 15,2% no ranking geral.

Participação do número de empregados das 17* maiores empresas de serviços no total de empregados das empresas de serviços contempladas nas 200 Maiores Empresas no ES

| Gráfico 20

Demais Empresas de Serviços67,5%

17 maiores Empresas de Serviços 32,5%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 3 das 20 maiores empresas de serviços e 10 das 94 de serviços do ranking não divulgaram essa informação

Participação do número de empregados das 17* maiores empresas de serviços no total de empregados das 200 Maiores Empresas no ES

| Gráfico 21

Demais Empresas 85,3%

17 maiores Empresas de Serviços 14,7%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes *Considerando que 3 das 20 maiores empresas de serviços e 22 do ranking geral não divulgaram essa informação

20 maiores Empresas Industriais 95,5%

Fonte: Revista 200 maiores Empresas no ES - edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas de serviços no total da ROB das 200 Maiores Empresas no ES

Demais Empresas 80,4%

20 maiores Empresas de Serviços 19,6%

| Gráfico 19

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Page 184: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

184 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

ranking | análise ideies

a revista das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerada uma importante publicação de avaliação da

economia capixaba, tem proporcionado dados e informações valiosas acerca das empresas e dos grupos empresariais instalados no Estado.

O Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) analisa pelo segundo ano consecutivo os resultados da pesquisa de clima realizada com as 200 Maiores, obtendo respostas de 150 empresas nesta edição. O objetivo é avaliar o potencial de crescimento do Espírito Santo e o clima de negócios na percepção dos empresários capixabas em relação à economia em diversos aspectos, sendo alguns deles compa-rados aos resultados apresentados na pesquisa realizada nos anos anteriores.

É importante ressaltar que foram adotados os seguintes critérios para análise das notas atribuí-das pelas empresas respondentes (de 0 a 10):

• Notas baixas: 0 a 4 pontos• Notas médias: 5 a 7 pontos• Notas altas: 8 a 10 pontos

avaliação do potencial do espírito Santo e perspectivas para a economia capixaba

Para melhor compreender a percepção das empresas com relação ao Espírito Santo apresenta-se a seguir a avaliação do potencial do Estado realizada pelos empresários das 200 Maiores – edição 2014.

Os gráficos 1 e 2 mostram a opinião das empre-sas no que se refere à localização geográfica do

Pesquisa de Clima

Localização geográfica avaliação em 2014

| Gráfico 1

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

41,3%

20,7%25,3%

8,7%

3,3%0,7% 0,0%0,0%

0 a 3 4 5 6 7 8 9 10

Evolução da avaliação com nota 10 para localização geográfica 2012 a 2014

| Gráfico 2

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

35,7%

2012 2013 2014

37,8%

41,3%

Estado, onde 41,3% delas avaliaram com nota máxima (10) esse quesito, em 2014, representando um aumento de 5,6 pontos percentuais em relação aos últimos dois anos.

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Page 185: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

185anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Infraestrutura logística avaliação em 2014

| Gráfico 5

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Baixo médio Alto

RodoviaPortos Aeroporto

34%

50,7%46,7% 36%

58%46%

15,3% 7,3% 6,0%

Portos - evolução das avaliações 2012 a 2014

| Gráfico 6

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

2012 2013 2014

50%

32%

18%

36%

12%

51% 51%

34%

15%

Baixo médio Alto

Rodovias - evolução das avaliações 2012 a 2014

| Gráfico 7

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

2012 2013 2014

55%

42%

3% 3% 7%

33%

62% 47%

46%

Baixo médio Alto

Aeroporto - evolução das avaliações 2012 a 2014

| Gráfico 8

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

2012 2013 2014

67%

29%

4% 6% 6%

24% 36%

70%58%

Baixo médio Alto

O gráfico 3 demonstra a percepção geral das empresas com relação à infraestrutura logística do Espírito Santo. As notas medianas destaca-ram-se em relação às demais (60,7% das empre-sas classificaram com notas 5, 6 e 7). Apesar de o resultado de 2014 não ter se destacado com notas altas (8, 9 e 10), o gráfico 4 apresenta dados positivos quando comparado com as avaliações realizadas em 2012 e 2013, significando uma redução em 10,7 pontos percentuais em 2014 nas avaliações de média classificação.

Infraestrutura logística avaliação em 2014

| Gráfico 3

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Baixa média Alta

11,3%

28%

60,7%

Infraestrutura Logística: evolução da avaliação demédia classificação 2012 a 2014

| Gráfico 4

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

71,4%

2012 2013 2014

60,9% 60,7%

Redução em pontos percentuais na classificação da infraestrutura logística com notas médias (5, 6 e 7) de 2012 para 2014(Gráfico 4)

10,7

A infraestrutura logística, quando detalhada em portos, rodovias e aeroportos, obteve os resul-tados indicados no gráfico 5. As avaliações do quesito “Aeroporto “destacaram-se por um percen-tual expressivo de empresas que o classificou com baixa qualidade (58,0%). “Portos” e “Rodovias” obtiveram maior percentual na avaliação de média qualidade (50,7% e 46,7% das empresas).

Os gráficos 6, 7 e 8 apresentam a evolu-ção das avaliações dos empresários no que diz respeito à infraestrutura logística nos anos de

Geral.indb 185 04/11/2014 14:49:04

Page 186: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

186 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

ranking | análise ideies

qualificação da mão de obra avaliação de 2014

| Gráfico 9

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Baixo médio Alto

71%14%

15%

Evolução da avaliação de alta qualidade para mão de obra capixaba 2012 a 2014

| Gráfico 10

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

2012 2013 2014

18%

16%

14%

Política de incentivos fiscais avaliação de 2014

| Gráfico 11

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Baixo médio Alto

29%23%

48%

2012 a 2014. As avaliações dos “Portos” manti-veram a mesma média nos três anos. Já as “Rodovias” apresentaram em 2014 uma inversão das classificações de baixa e média qualidade, quando as avaliações médias ficaram superio-res as avaliações baixas (47% dos empresários classificaram os portos em média qualidade). Por fim, “Aeroporto” obteve uma redução na avaliação de baixa qualidade passando de 70% em 2013 para 58% em 2014.

A qualificação da mão de obra destacou-se novamente nas avaliações de média qualidade, conforme representado no gráfico 9 (71% das empresas classificam a mão obra capixaba como

Avaliaram a mão de obra capixaba como de média qualidade(Gráfico 9)

71%

na avaliação da mão de obra de alta qualidade do Espírito Santo de 2012 a 2014).

Quanto às políticas de incentivos fiscais para contribuir com o desenvolvimento capixaba, 48% das empresas respondentes avaliaram com nota média as atuais políticas existentes (ver gráfico 11). Entretanto, ao analisar as melhorias nas políticas de incentivos fiscais

de média qualidade, no ano de 2014). Apenas 14% das empresas responderam que a qualificação é de alta qualidade no Espírito Santo, uma situa-ção preocupante já que o gráfico 10 apresenta que, para os empresários, a mão de obra capixaba de alta qualidade do Estado tem reduzido nos últimos dois anos (queda de 4 pontos percentuais

Geral.indb 186 04/11/2014 14:49:05

Page 187: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2014

187anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Expectativas da empresa para 2015

| Gráfico 15

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

muito Confiante 64%

Confiante 19%

Deve permanecer 13%

Pessimista 1%

muito pessimista 3%

Comparativo da empresa 2013 x 2014

| Gráfico 16

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Não se alteraram 34% melhoraram

7%

Pioraram muito 1%

melhoraram muito 48%

Pioraram 10%

muito confiantes no crescimento da empresa para o próximo ano(Gráfico 15)

64%

Comparativo da economia 2013 x 2014

| Gráfico 14

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Não se alteraram 48%

melhoraram19%

Pioraram muito 2%

melhoraram muito 1%

Pioraram 30%

Expectativas da economia para 2015

| Gráfico 13

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

muito Confiante 45%Confiante

45%

Deve permanecer 2%

Pessimista 1%

muito pessimista 7%

nos últimos anos, é possível perceber que as mudanças já vêm demonstrando resultados positivos segundo os empresários capixabas, pois houve um aumento na satisfação em 6 pontos percentuais ao observar as notas altas conforme apresentado no gráfico 12.

2015. Esse otimismo é reflexo do resultado do ano anterior, pois para 48% dos empresários as condições gerais da empresa melhoraram muito (ver gráficos 15 e 16).

Política de Incentivos Fiscais: evolução da avaliação de alta classificação 2012 a 2014

| Gráfico 12

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

2012 2013 2014

23%

25%29%

Aumento em pontos percentuais na avaliação com nota alta para política de incentivos fiscais existentes(Gráfico 12)

6,0

Questionadas sobre as condições gerais da econo-mia capixaba, as empresas demonstraram grande otimismo, visto que 90% avaliaram que estão confiantes ou muito confiantes nesse cenário para o próximo ano (45% para cada um dos dois itens (ver gráfico 13).

O resultado de 2014 em relação ao ano anterior (para 48% das empresas, não se alteraram; para outros 30% pioraram) não desmotivou as empre-sas capixabas (ver gráfico 14).

Quando questionadas sobre as condições gerais em relação à sua empresa, as avaliações demonstraram grande otimismo: 64% avaliaram que estão muito confiantes no crescimento de sua empresa para o próximo ano. Apenas 1% e 3% das empresas estão “pessimistas” e “muito pessimistas”, respectivamente, para o ano de

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ranking | análise ideies

Poder político no cenário nacional avaliação em 2014

| Gráfico 17

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edição 2014Elaboração: Ideies/Sistema Findes

Baixo médio Alto

7%

53%39%

Poder Político no Cenário Nacional: evolução da avaliação de baixa influência 2012 a 2014

| Gráfico 18

Fonte: Pesquisa de Clima/Revista 200 maiores Empresas no ES – edições 2012 a 2014 Elaboração: Ideies/Sistema Findes

2012 2013 2014

42%51%

53%

Por fim, ao avaliar o poder político do Espírito Santo em relação ao cenário nacional, a maior parte (53%) apontou que o Estado possui uma baixa influ-ência, conforme apresentado no gráfico 17.

ConclusãoA pesquisa de clima permite ter uma

estimativa do ponto de vista dos empresários capixabas em relações às condições gerais da economia do Estado. As empresas puderam observar diversos fatores, como infraestru-tura e mão de obra capixaba, explicitando seu grau de satisfação por meio das atribui-ções de notas entre zero a dez.

Os resultados apresentados demons-traram que apesar das condições favorá-veis que, o Espírito Santo apresenta devido sua localização geográfica, o Estado tem deixado a desejar com a infraestru-tura logística, principalmente no quesito “Aeroporto” que amargou uma avaliação negativa por maior parte dos empresários. Outra avaliação negativa foi em relação à qualidade da mão de obra capixaba, que regrediu nos últimos dois anos, pois os empresários acreditam que a força de trabalho de alta qualidade está escassa no mercado local. Os empresários também apontaram que o Espírito Santo tem baixo poder político, no entanto acreditam que o nível de influência aumentou entre os anos de 2012 a 2014.

Por outro lado, as empresas avaliaram que há outros pontos que estão melhorando: a pesquisa comprovou um aumento na satisfa-ção das políticas de incentivos fiscais existen-tes. Os empresários demonstraram também expectativas positivas para o próximo ano em relação à economia capixaba, visto que 64% das empresas estão muito confiantes para o crescimento do seu negócio em 2015.

Para os empresários capixabas, cada vez mais o Estado tem perdido poder político, já que nos últimos dois anos a avaliação de baixa influência aumen-tou em 11,0 pontos percentuais (ver gráfico 18).

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institucional | sistema findes

Sistema Findes: comprometimento com a indústria capixabaAções integradas buscam o desenvolvimento da indústria capixaba e o fortalecimento da economia no Espírito Santo

t rabalhar pelo desenvolvimento social e econômico no Espírito Santo, repre-sentando e defendendo os interesses

das cerca de 18 mil indústrias capixabas. Esse é o principal objetivo e a razão de existir do Sistema Findes.

A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), composta por 31 sindi-catos, é a entidade máxima de representação e principal interlocutora do setor produtivo capixaba, que hoje é responsável por 38,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado e pela geração de cerca de 240 mil postos de trabalho.

Além de fazer a representação institucional, política e estratégica de todos os segmentos industriais capixabas junto aos poderes consti-tuídos e aos setores organizados da sociedade, a entidade é responsável por diversas iniciativas que buscam interiorizar o desenvolvimento e qualificar mão de obra em todo o Estado.

As ações da instituição contribuem para o crescimento e a modernização do parque produtivo do Espírito Santo, para a formula-ção da política industrial do Estado, e ainda fazem a ponte entre os sindicatos filiados e outros campos sociais e empresariais.

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escola Móvel

Para levar às cidades que não possuem unidades do Sesi/Senai uma estrutura capaz de oferecer todo o seu portfólio de cursos e produtos, o Sistema Findes iniciou em 2013 o projeto Escola móvel. Definida como ambiente de ensino e de prestação de serviços que atua como oficina volante, a escola torna disponíveis diversas opções de formação e capacitação profissional, de acordo com a demanda industrial da região. A unidade é montada com módulos educacionais articuláveis, que formam salas de aula e laboratórios que permanecem ativos em uma localidade até que as formações estejam completadas, sendo depois montada em outro município. Em 2014, somente em Governador lindenberg, foram mais de 600 matrículas realizadas num período de oito meses. A Escola móvel formou, no município, 38 turmas em cursos de educação para o trabalho do Sesi, qualificação profissional do Senai e formação gerencial do IEl. Os cursos vão desde mecânicos, costureiros, eletricistas e operadores até formação de líderes.

que têm sido os pilares de nossa gestão”, afirmou o presidente do Sistema Findes, o industrial colatinense Marcos Guerra.

Os bons resultados e as metas alcançadas culmi-naram na reeleição de Guerra para a presidência do Sistema, em 2014, com 100% dos votos válidos.

A entidade tem atuado juntos aos poderes públicos e grupos de investidores para diversi-ficar a indústria capixaba e diminuir a depen-dência em relação às commodities.

as entidades do SistemaOito entidades que trabalham de forma

integrada pelo desenvolvimento da indústria capixaba compõem o Sistema Findes. Juntos,

No que diz respeito à defesa dos interes-ses da indústria, a Federação atua, ainda, nas áreas de infraestrutura, relações de trabalho, legislativa, comércio exterior, inovação tecnológica, meio ambiente, responsabilidade social e micro e pequenas empresas, elaborando e executando também programas de fortale-cimento da base sindical e do associativismo.

A atual gestão dirige os rumos da organiza-ção desde 2011. Nos últimos três anos, concen-trou esforços na tarefa de ampliar, manter e aumentar a qualidade da educação regular e profissional que o Sistema Findes oferece ao industriário e à sociedade capixaba em geral. Além disso, promoveu ações que incentivam o associativismo, direcionadas a atrair novos sindicatos filiados.

A estratégia implementada objetiva a forma-ção de mão de obra qualificada, a produção de maior valor agregado no Estado, o aumento da competitividade da indústria, a identificação das vocações industriais nas regiões, o crescimento da indústria no interior, o fortalecimento da união e da representatividade dos sindicatos e a participação dos empresários no processo de definição dos investimentos públicos.

“Nestes três anos à frente da Federação das Indústrias, trabalhamos a integração dos sindica-tos e das entidades empresariais com foco num mesmo objetivo: o desenvolvimento sustentá-vel e a competitividade da indústria capixaba. Também são feitas ações de interiorização em prol de uma indústria diversificada e com maior valor agregado, educação, associativismo, relacionamento institucional e investimentos,

Nova diretoria do Sistema Findes

para o triênio 2014-2017

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institucional | sistema findes

a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes); o Centro da Indústria do Espírito Santo (Cindes); o Serviço Social da Indústria (Sesi-ES); o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-ES); o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES); o Instituto de Desenvolvimento Educa-cional e Industrial do Espírito Santo (Ideies); Instituto Rota Imperial (IRI); e o Condomínio do Edifício Findes (Conef) promovem ações de forma coordenada e articulada, com o objetivo de garantir uma posição de destaque para a indústria do Estado nos níveis político, econô-mico e social.

Cada entidade representa um setor de interesse estratégico do industrial capixaba e oferece serviços diferenciados nas diversas áreas de negócios do Sistema Findes: educação básica e qualificação profissional, difusão tecnológica, desenvolvimento industrial, saúde e segurança do trabalhador, lazer e cultura, além da repre-sentação institucional.

Atuando pelos interesses da indústria capixaba, o Sistema Findes cumpre, em consequência, a tarefa de impulsionador do desenvolvimento da economia do Estado. Presente no Espírito Santo há 56 anos, a instituição desempenha papel importante na construção de um futuro melhor para as próximas gerações de capixabas.

atuação regionalizadaCom o objetivo de colaborar com a interiori-

zação do desenvolvimento econômico capixaba, uma das prioridades entre as suas ações, o Sistema Findes instituiu as Diretorias e Núcleos Regionais. Além de representarem institucionalmente a Federação no interior do Estado, as Diretorias funcionam como ponto de apoio do industrial nas macrorregiões do Espírito Santo. Encontram-se distribuídas nos municí-pios de Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Aracruz, Colatina, Linhares, São Mateus e Nova Venécia, conside-rados estratégicos do ponto de vista industrial.

Em cada uma das oito Diretorias ou Núcleos Regionais da Findes, os sindicatos dos setores produtivos obtêm toda a estrutura e conforto necessários para suas principais demandas. São espaços para a realização de reuniões e encontros que promovam a atividade indus-trial de cada região. Por meio delas, o Sistema

Findes pode acompanhar de perto o processo de desenvolvimento econômico dessas regiões. Outro objetivo dessas Diretorias é a integração com os demais segmentos econômicos (comér-cio e serviços), trazendo os empresários para a discussão e a construção coletiva da economia local, ajudando a distribuir o desenvolvimento sustentável para todo o território capixaba.

diretorias para assuntos específicos

O atual presidente, em seu primeiro ano de gestão, criou oito Diretorias para Assuntos Específicos. O objetivo era mapear mais de perto as necessidades das principais áreas temáticas que são foco de especial atenção da entidade: tributos; meio ambiente; micro e pequenas indús-trias; desenvolvimento da indústria capixaba; capacitação humana; representação sindical; marketing e comunicação; e inovação.

Essa estratégia de gestão, participativa nas decisões e segmentada nas ações, permite avançar em várias frentes, com a finalidade de conferir um novo perfil à indústria capixaba, com maior agregação de valor aos produtos, gestões mais eficientes e empresas mais compe-titivas, aptas a buscar novas oportunidades e expandir os investimentos.

SesiSesi-ES oferece soluções sociais para as indús-

trias capixabas, seus trabalhadores e depen-dentes. Suas ações estão focadas em quatro

agências de treinamento Municipal

Para viabilizar a formação em municípios onde não há unidade fixa do Sesi/Senai/IEl, o Sistema Findes atua por meio das Agências de treinamento municipais (Atms). Desde 2013, foram inauguradas sete unidades: em Ibiraçu; no Sambão do Povo, vitória; em São Gabriel da Palha; em Guaçuí; em Santa teresa; em Itaguaçu e em Itarana. Em pouco mais de um ano, o número de matrículas realizadas em cursos de qualificação e aperfeiçoamento profissional supera os 1,1 mil. Esses cursos têm como objetivo formar trabalhadores dotados das competências requeridas pelo mercado e qualificá-los para o exercício de uma ocupação, além de proporcionar a complementação de competências e habilidades daqueles que já estão no mercado.

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áreas de negócios: Educação; Lazer e Cultura; Segurança e Saúde do Trabalho; e Responsa-bilidade Social Empresarial.

A entidade atua por meio de 14 unidades, distribuídas em sete municípios capixabas, localizadas nas regiões de maior concentra-ção de indústrias: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Linhares, Colatina, Anchieta, São Mateus e Cachoeiro de Itapemirim.

Na educação básica, o Sesi-ES oferece desde a educação infantil até o ensino médio articu-lado com a educação profissional (Ebep), além do Projeto Intensivo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e da educação de jovens e adultos (EJA). Somente no primeiro semestre de 2014, a Rede Sesi de Ensino do Espírito Santo contabilizou mais de 12,4 mil matrículas.

Um dos grandes diferenciais e atrativos da instituição é que, além de seguir as Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais nos anos do ensino fundamental, ainda trabalha junto aos alunos princípios como a importância da saúde, da alimentação saudável, da qualidade de vida, da cultura e do exercício da cidadania. Os alunos do Sesi-ES têm à disposição, ainda, atividades especiais, como, por exemplo, os proje-tos ligados à robótica. Equipes de estudantes participam de torneios regionais, nacionais e

internacionais, com tecnologias desenvolvidas em sala de aula.

SenaiPara superar o desafio da escassez de mão de

obra qualificada, o Sistema Findes tem investido em educação, não de forma paliativa, mas perma-nente. A entidade responsável por capacitar os profissionais de que o setor industrial capixaba necessita é o Senai-ES. A atenção às novas tecno-logias, aprimoramento e o aumento da oferta de serviços técnicos e tecnológicos e de educa-ção profissional fizeram com que o Senai-ES se tornasse referência no apoio ao desenvolvi-mento da indústria do Estado. Somente em 2014, a entidade deve oferecer 156 mil matrí-culas, em cursos variados.

Hoje, são nove unidades operacionais, locali-zadas em Vitória, Vila Velha, Serra, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Anchieta e Aracruz. Nelas, o Senai-ES atua na capacitação e na qualificação de recursos humanos, na prestação de serviços, na asses-soria ao setor produtivo, nos serviços de labora-tório e informação tecnológica. A atuação do Senai-ES se estende para além das estruturas físicas: por meio do Programa de Ações Móveis,

Com projeto inovador, equipe do Sesi de Cachoeiro de Itapemirim participou de torneio nacional de robótica em 2014

Senai inaugurou este ano em São Mateus um Módulo de Treinamento de Trabalhos em Altura, com uma torre de 13 metros

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institucional | sistema findes

a entidade leva o conhecimento aos locais mais distantes do Estado.

As unidades da entidade localizadas na Grande Vitória estão sendo contempladas com investi-mentos de cerca de R$ 34 milhões, destinados não só para as reformas, mas também para a aquisição de novas máquinas e equipamentos. Esses espaços passarão, ainda, por moderniza-ção das salas de aula.

senai centromoda

No começo de 2014, o Sistema Findes inaugurou o Senai Centromoda Colatina. O complexo, com 775 m2, possui um modelo inovador de minifábrica têxtil que simula o ambiente industrial e onde os alunos poderão aprender como de fato atuarão no ambiente de trabalho real. “O Senai Centromoda é um novo conceito de educação profissional, que desperta o prazer de estar em sala de aula. Precisamos gerar satisfação nos estudantes, formando pessoas criativas e inovadoras. É esse o tipo de profissional que queremos para o Espírito Santo”, ressaltou o presidente marcos Guerra.

ielDar suporte ao desenvolvimento da indústria,

contribuindo para a superação de gargalos e a identificação de oportunidades para as empre-sas. Esse é um dos papéis desempenhados pelo IEL-ES, instituto do Sistema Findes que atua, ainda, para promover soluções em conhecimento, gestão e inovação, contribuindo para a melho-ria da competitividade das empresas capixabas.

Suas ações têm foco na educação executiva e no aperfeiçoamento da gestão. Promovem o desenvolvimento das competências individuais, realizando cursos abertos e in company de curta duração, cursos gerenciais de média duração, seminários, palestras técnicas e diagnóstico das necessidades de treinamento para as empresas. Somam-se aos serviços oferecidos pelo IEL-ES cursos de pós-graduação e programas de estágios. E, em 2014, um novo serviço foi adicionado ao portfólio da entidade: programas de recruta-mento e seleção.

iNStitUCioNal | SIStEmA FINDES

Inaugurado em 2014, Senai Centromoda em Colatina possui 775 m2 e simula ambiente industrial

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instituto rota imperial – iriO IRI foi criado para fomentar o desenvol-

vimento turístico e a economia dos municí-pios situados no trajeto da Rota Imperial. No Espírito Santo, 14 cidades fazem parte da Rota, que liga Ouro Preto, em Minas Gerais, à capital capixaba, Vitória.

Dia De associar-se

Criado pela Findes em 2012, o projeto “Dia DE Associar-se” propiciou um crescimento de 10% (3.458) no número de indústrias associadas, somente na comparação com agosto de 2011, período anterior à promoção dos eventos. A proposta é realizar eventos e outras ações em torno do fortalecimento do associativismo industrial em diversos municípios do Estado, sempre com o apoio de outras instituições, como o Governo do Estado, prefeituras, Sebrae-ES e instituições bancárias. O formato do “Dia DE Associar-se” foi eleito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) como exemplo a ser adotado nas demais federações na promoção do associativismo.

Em 2014, o projeto passou por uma reformulação, transformando-se no “Dia DE Associar-se Regional”. O foco, agora, será trabalhar temas mais próximos da realidade local dos municípios do interior e apresentar os serviços oferecidos pelo Sistema Findes, além de despertar empresários sobre a importância de se associar e aproximar os associados, viabilizando suas potencialidades econômicas e os desafios enfrentados pelas indústrias de cada região. O evento levará palestras motivacionais e contará com a presença de representantes do Sebrae-ES e dos bancos estaduais, que apresentarão seus serviços e as linhas de crédito disponíveis para o setor produtivo, respectivamente.

ideiesO Ideies também apoia o Sistema Findes na

defesa de interesses da indústria, desenvolvendo posicionamentos e estudos estratégicos setoriais, com foco em inteligência competitiva, voltados para o fortalecimento do setor industrial capixaba e para a interiorização do desenvolvimento.

A entidade é responsável pela elaboração de pesquisas e análises econômicas que tratam do desempenho do setor industrial, levantando dados, identificando problemas enfrentados pela indústria capixaba e apontando soluções.

Centro de apoio aos SindicatosO CAS assessora o atendimento às deman-

das internas e externas dos sindicatos filiados ao Sistema Findes, disponibilizando profissio-nais das áreas de administração, marketing, eventos, direito, contabilidade, arrecadação e associativismo.

Centro internacional de NegóciosO CIN-ES tem como objetivo oferecer servi-

ços de inteligência comercial, atendimento, promoção comercial e capacitação em comércio exterior e negócios internacionais, por meio de ações direcionadas às micro, pequenas e médias indústrias capixabas.

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institucional | sistema findes

A Rota Imperial Capixaba começa no Palácio Anchieta - Marco Zero - e vai até Iúna, na região do Caparaó. O caminho está demarcado e sinali-zado com 385 totens - chamados de marcos.

O Sistema Findes é o responsável pela gestão do Instituto Rota Imperial, com o apoio do Minis-tério do Turismo e em parceria com os governos estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais.

investimentos de r$ 150 milhõesNo início de 2014, o Sistema Findes

anunciou o maior plano de investimentos de sua história: R$ 150 milhões, dos quais 84% estão voltados para educação e qualificação.

Até 2017, pela primeira vez, os investimentos da entidade deixarão de estar concentrados apenas na Grande Vitória, e serão distribuí-dos pelo interior do Estado. Os recursos serão aplicados nos municípios de Linhares, Colatina, Anchieta, São Mateus, Aracruz, Nova Venécia, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Vila Velha, Serra, Cariacica e Vitória.

O Plano de Investimentos do Sistema Findes tem visão estratégica de futuro e foi realizado de acordo com a demanda de cada região, apontando o tamanho da mão de obra neces-sária para trabalhar nas localidades e que tipo de profissionais serão requisitados e que hoje não existem em quantidade suficiente para atender à demanda.

Ao investir na qualificação dessas pessoas, o Sistema Findes propiciará novas oportunida-des de trabalho, já que a prioridade de contra-tação será para quem morar na região. Para a elaboração do plano, de forma inédita, todas as Diretorias Regionais da Federação foram ouvidas democraticamente. Foi realizado, junto a elas, um levantamento das necessidades de suas áreas junto aos sindicatos e às indústrias locais. Os investimentos podem mudar a face das cidades e o panorama da indústria capixaba, provocando impactos econômicos e sociais positivos ao interior do Espírito Santo.

Os recursos serão destinados a ações diver-sas, com destaque para reforma, moderniza-ção tecnológica, ampliação e criação de novas unidades para o Senai, o Sesi e o IEL.

Em maio, foi inaugurado na sede do Sistema Findes o primeiro Impostômetro do Estado, que desde então tem revelado o rápido crescimento da carga tributária

O Sistema Findes vai investir R$ 16,6 milhões em um novo Centro Integrado Sesi/Senai/IEL em Cachoeiro de Itapemirim

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Ano próspero para o café do EstadoConab estima que o Espírito Santo tenha aumento de 9,86% na produção de café em relação ao ano passado, enquanto a safra nacional deve cair 8,16%

eCoNomia | AGROINDÚStRIA

o ano para a agroindústria do Espírito Santo tem sido de comemoração. A projeção é que 2014 se encerre com

números positivos para a produção e expor-tação. A terceira estimativa de colheita do ano, apresentada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia 16 de setembro, aponta que as lavouras capixabas de café, principal produto do agronegócio do Estado, irão produzir 12,8 milhões de sacas – 9,86% a mais do que no ano passado. A confirmação desse desempenho superará a safra 2012 – a maior da história, quando na estadual foram obtidas 12,5 milhões de sacas.

Segundo a Conab, do total do Espírito Santo, serão 9,95 milhões de sacas de café

Mesmo com a redução na produção de café

arábica, o conilon elevou a produção total

do Estado em 2014

conilon (77,44% da produção) e 2,89 milhões de sacas de café arábica (22,56%). Comparando com os números de 2013, o resul-tado do conilon será 21,18% superior, enquanto a do arábica será inferior em 16,82%.

“O Espírito Santo se consolida como o grande produtor nacional de conilon, com três de cada quatro sacas produzidas pelo Brasil sendo colhidas pelos cafeicultores capixabas. Quanto ao arábica, que teve seu ano de safra baixa devido à característica cíclica dessa espécie de café das nossas montanhas, deve-se regis-trar a busca contínua da evolução da qualidade pelos cafeicultores, mesmo num ano em que o clima não favoreceu a obtenção de grandes volumes de cafés especiais, que garantem uma

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de sacas. É a estimativa de produção de café no Estado em 2014

12,849 milhões

Fonte: Conab/Seag

Celulose e café continuam sendo os itens mais importantes do agronegócio capixaba no comércio exterior, pois respondem por quase 90% do total comercializado. Fazem parte da lista também produtos como pimenta-do-reino, chocolates, derivados lácteos, carne bovina, mamão, gengibre, peixes ornamentais e macadâ-mia, entre outros.

De janeiro a julho, as exportações de celulose atingiram US$ 640 milhões, uma alta de 2% em relação ao mesmo período do ano passado. O café, produto agrícola que está presente na maioria das propriedades rurais do Estado, atingiu um montante de US$ 374,6 milhões, incluindo todas as formas de exportação, como grãos verdes, café solúvel e torrado.

“Os preços médios internacionais dos cafés continuam em níveis inferiores àqueles pratica-dos no ano passado, mas ampliamos muito o volume exportado, o que foi determinante para um crescimento na geração de divisas da ordem de quase 29% para café verde”, explica o secre-tário Bergoli.

As exportações de pimenta-do-reino foram de US$ 46,3 milhões, uma expansão de quase 73% em relação ao mesmo período de 2013. “Em nenhum outro ano inteiro se exportou um valor tão elevado quanto nesses sete primeiros meses do ano, em que se estabeleceu um recorde histórico de comercialização internacional, o que consolida o condimento na terceira colocação no ranking das exportações do nosso agrone-gócio”, comemora Enio Bergoli.

O volume vendido de gengibre no ano subiu 60%, atingindo 1,6 mil toneladas, gerando uma receita cambial de quase US$ 4 milhões de janeiro a julho de 2014. “O gengibre é um produto típico da agricultura familiar e cerca de 40% da produção capixaba são comercializados no exterior. A fase de preços altos tem resultado

boa remuneração para os produtores”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.

Ao todo, o Brasil deve produzir este ano 45,1 milhões de sacas de café. O resultado repre-senta uma redução de 8,16%, ou 4,01 milhões de sacas a menos que as 49,15 milhões da safra 2013. A confirmação será divulgada em dezembro.

exportaçõesAs exportações também vão muito bem.

O agronegócio capixaba fechou os primeiros sete meses do ano com uma receita cambial de US$ 1,14 bilhão em produtos exportados. O valor equivale a mais de 1,5 milhão de toneladas comercializadas para o exterior. Comparando com o mesmo período do ano anterior, o valor e o volume embarcados registra-ram acréscimos de 10% e 6,6%, respectivamente.

“Esperamos que a tendência positiva se mante-nha, pela tradição de primarmos pelo fortale-cimento das relações interinstitucionais com os nossos parceiros, visando à construção de um sentido de unidade; pelo cuidado cada vez maior com profissionalismo e planejamento, com ações voltadas para pontos estratégicos, como a assistência técnica, a logística (envol-vendo principalmente os transportes) e a comer-cialização; e mediante a busca pela integração aos principais blocos de comércio exterior, pela liberdade comercial que deve prevalecer nessas relações, diferentemente de acordos ultrapassa-dos e restritivos, como as obrigações estabeleci-das no Bloco do Mercosul, o qual integramos”, destacou o presidente da Federação da Agricul-tura do Espírito Santo (Faes), Julio Rocha.

No entanto, ele acrescentou sua preocupa-ção com 2015, por conta dos desdobramen-tos que podem resultar das eleições de 2014 no âmbito presidencial que, em sua opinião, dependendo do resultado, podem desestimu-lar o investimento no país.

“Podemos sofrer mudanças nesse crescimento ao nos afastarmos da política de câmbio flutu-ante, de compromisso com a responsabilidade fiscal e com as metas de controle da inflação, pela adoção de medidas econômicas populistas, que estimularam o consumo sem embasamento econômico, levando os consumidores a aumen-tarem suas dívidas e os municípios a perderem receita, exigindo cada vez mais esforço para nos mantermos competitivos”, afirmou.

DIscrIMINação saFra 2013(MIl sacas)

saFra 2014(MIl sacas)

3ª estIMatIVa% VarIação

arábica 3.486 2.899 - 16,82

conilon 8.211 9.950 21,18

total geral 11.697 12.849 9,86

produção de café do espírito santo

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em ótima remuneração para os produtores rurais”, enfatiza o secretário.

agricultura familiarPara fortalecer a agroindústria da celulose,

produtores do Estado estão recebendo incen-tivo para desenvolver o cultivo de eucalipto em suas propriedades. Serão distribuídos 4,4 milhões de mudas e insumos, através de parceria entre a Secretaria de Estado da Agricul-tura e a empresa Fibria.

O objetivo é ampliar a cobertura florestal, desenvolver cultivos para a produção de madeira e/ou recuperar e preservar os recursos naturais, em especial a água, por meio da agricultura familiar.

O investimento será de R$ 500 mil da Fibria para a realização de estudos estratégicos, pesquisa, experimentação, eventos, treinamentos e consul-torias na área florestal, incluindo projetos para fins econômicos e de recomposição ambiental.

A parceria da Fibria contribui com progra-mas do Governo do Espírito Santo (Reflo-restar, Campo Sustentável e Florestas Piloto) que estimulam a produção e recomposição vegetal com espécies florestais.

A parceria da Fibria com o Executivo capixaba para desenvolvimento da silvicultura já existe desde 1985. De lá para cá, a empresa já repas-sou ao Estado cerca de 70 milhões de mudas, com o objetivo de estimular o crescimento da silvicultura e ampliar o reflorestamento em imóveis rurais do Estado.

Cada produtor pode receber, gratuitamente, até duas mil mudas de eucalipto. Os interessados devem procurar o escritório do Incaper em seus respectivos municípios e manifestar o interesse. O convênio conta com a participação de um

Comitê de Gerenciamento coordenado pela Seag, integrado ainda por Incaper, Idaf, Iema e Fibria.

Um estudo viabilizado por recursos dessa parceria identificou que, nos últimos 20 anos, a área degradada foi reduzida em 34%, saindo de 600 mil hectares para 393 mil hectares. Os espaços destruídos ainda correspondem a 17% do total cultivado no Estado.

eS vai produzir “filhotes” de camarão para todo o Brasil

Outra novidade do agronegócio capixaba em 2014 é a produção de filhotes de camarão em Governador Lindenberg, no noroeste do Estado. O maior laboratório da espécie foi desenvol-vido no município para produzir 1,4 milhão de filhotes por mês.

Além de atender prioritariamente aos 12 municípios tradicionais na produção de camarão da água doce em terras capixabas, as pós-larvas também serão comercializadas para carcinicultores de todo o Espírito Santo e dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Atualmente a produção capixaba gira em torno de 82 toneladas/ano, gerando faturamento de R$ 2,5 milhões. O Espírito Santo é o maior produtor de camarão de água doce do Brasil, e os principais cultivos estão instalados nos municípios de São Domingos do Norte, Governador Lindenberg e São Gabriel da Palha.

proDuto us$ 1.000 %

celulose 640.095 56,39

café e derivados 374.579 33,00

pimenta-do-reino 46.295 4,08

chocolates e preparados com cacau 15.840 1,40

Derivados lácteos 15.500 1,37

carnes e miudezas de bovinos 14.340 1,26

Mamão 12.144 1,07

gengibre 3.991 0,35

peixes ornamentais 1.458 0,13

outros produtos 10.890 0,96

total 1.135.132 100

exportações do agronegócio capixaba - janeiro a julho 2014

Fonte: Alice/mDIC e GIA/Seag

As exportações de pimenta-do-reino foram de US$ 46,3 milhões, um crescimento de quase 73% em relação ao mesmo período de 2013

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eCoNomia | AlImENtOS E BEBIDAS

a indústria brasileira de alimentos e bebidas, ainda que timidamente, está conseguindo crescer no Brasil em

2014. De acordo com o presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Findes, Claudio José Rezende, o faturamento real aumentou 1% de janeiro a junho. Entretanto, o mesmo não pode ser dito sobre a atividade no Espírito Santo, que registrou retração de 9% no mesmo período, como efeito do desaquecimento da economia nacional.

A indústria capixaba do segmento é composta por 860 companhias do ramo de alimentação – responsável pela geração de 20.270 empregos diretos, – e 55 do ramo de bebidas, que criam mais de 1.650 postos de trabalho direto. Na avaliação de Rezende, o fraco desempenho ocasiona queda no número de vagas oferecidas pela indústria, que reage com prudência para não produzir um efeito cascata: menor faturamento, menos empregos, aumento do preço final dos produtos e menor consumo. “Porém, não adianta os empresários fazerem o dever de casa se não existir uma contrapartida do Governo – principalmente nas questões ambiental, sanitária e, particularmente, fiscal – em criar condições igualitárias de competirmos com os estados vizinhos, nossos maiores concorrentes. Queremos apenas competir em pé de igualdade; aí, sim, poderemos mostrar nossa eficiência e compromisso”, destaca.

Ele acrescenta que “cabe à iniciativa privada e ao Governo estudarem esse cenário e apresentar soluções concretas para a reversão desse quadro. Precisamos de uma indústria de base mais forte, menos dependente do mercado mundial e mais focada no mercado interno nacional. Temos que produzir o que consumimos, porque essa é uma indústria autossustentável e que

possui grande poder de geração de empregos. Após essa etapa, vamos buscar o mercado nacio-nal”, analisa o executivo.

Queda de produção, altos volumes em estoque, parque industrial ocioso, gerando altos custos, redução no faturamento e na margem de lucro, com resultados no vermelho. Essa é a realidade do setor de alimentos e bebidas no Espírito Santo em 2014. O aumento do endividamento da população, a queda do poder aquisitivo e a inflação próxima do teto da meta estabele-cida pelo Governo Federal são outros fatores que tornam o cenário ainda mais complicado. “A queda do poder de consumo faz com que as famílias acabem migrando para a alimen-tação básica, deixando de lado alguns produ-tos industrializados, como massas, pães e biscoitos diferenciados”, conta o presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos do Espírito Santo (Sindimassas), Emerson de Menezes Marely.

De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), o superá-vit da balança comercial brasileira do setor caiu

Indústria de alimentos e bebidas cresce no Brasil, mas encolhe no ESEnquanto setor nacional acumula alta real de 1% no faturamento de janeiro a junho de 2014, no Estado esse resultado caiu 9% no mesmo período

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foi lançada durante a feira Super Acaps Panshow, realizada de 2 a 4 de setembro, no Pavilhão de Carapina, na Serra. Criada pelo Sistema Findes, por meio de sua Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas, a premia-ção destaca, entre as empresas associadas aos sindicatos filiados à Federação das Indús-trias, aquelas que desenvolveram inovação em suas embalagens ou produtos e consegui-ram aumentar a competitividade dos seus negócios. “O prêmio se faz importante por incentivar e reconhecer as inovações realiza-das no setor, dando visibilidade aos ganhado-res tanto por meio de participação em eventos, quanto na mídia local”, reforça Rezende.

Em sua segunda edição, as empresas vence-doras tiveram a oportunidade de participar, com todas as despesas pagas, da missão à feira Anuga, que acontece na Alemanha e é consi-derada o maior evento mundial do segmento de alimentos e bebidas. A primeira etapa do prêmio é a inscrição on-line, que estará disponível a partir de janeiro de 2015 pelo site www.premioiab.org.br.

empresas compõem o setor capixaba de alimentos e bebidas, responsáveis por quase 22 mil postos de trabalho diretos

915

de US$ 29,2 bilhões em 2011 para US$ 2,6 bilhões em 2013. Assim como já acontece em outros campos, como o de confecções, a concorrência com as indústrias de outros países está crescendo. “Essa é uma tendência natural; em decorrência da crise econômica mundial, as empresas europeias, asiáticas e norte-americanas buscam novos merca-dos e diversificam seus canais de distribuição”, explica Rezende.

Porém, conforme o dirigente, essa tendência não afetou o mercado de alimentos e bebidas no Estado. “Até agosto, o Espírito Santo importou cerca de US$ 366 milhões em alimentos e bebidas, sendo que este valor é 5,84% menor do que o registrado no mesmo período de 2013. As empresas capixabas têm se movimentado para conhecer novas tecnologias, inovações de processo produtivo e de embalagem. É por isso que os empresários estão participando das maiores feiras internacionais do setor, como Fispal, Sial, Anuga e IFE Americas”, esclarece.

inovaçãoA 3ª edição do Prêmio Capixaba de Inova-

ção em Alimentos e Bebidas – Prêmio IAB,

Realidade do setor de alimentos e bebidas

no Estado é de queda de produção, altos

volumes em estoque, parque industrial

ocioso, redução no faturamento e

resultados no vermelho

lekker investe em afonso cláudio

Em junho, a lekker inaugurou sua nova unidade, em Afonso Cláudio. A empresa é considerada uma das maiores panificadoras do Estado, atendendo 23 municípios com uma produção de 12 a 15 toneladas de pão por dia. A novidade da fábrica recém-inaugurada é que o processo operacional será automatizado, permitindo um aumento de até oito vezes na capacidade produtiva. Com isso, existe a expectativa de que a produção seja distribuída nos estados do Rio de Janeiro e de minas Gerais. “Essa inauguração da lekker mostra o potencial do mercado capixaba e também o empreendedorismo do industrial do nosso setor”, analisa Emerson marely.

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eCoNomia | SAÚDE

a prevenção é um dos principais cami-nhos para se alcançar a qualidade de vida. Quando ela não é possível

ou totalmente eficaz, é preciso intensificar os investimentos, sejam públicos ou privados, para promover ou até mesmo resgatar a saúde. No Espírito Santo, diversas iniciativas das gestões estadual e municipais buscam superar os desafios do setor, de modo a garantir bem-estar e qualidade de vida aos capixabas.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, Tadeu Marino, no Espírito Santo, assim como

em outros estados brasileiros, um dos grandes entraves do setor ainda é o financiamento federal, insuficiente para atender às demandas da população. Como forma de compensar esse déficit, o Governo do Estado está investindo, em 2014, 19,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em ações voltadas à saúde. O montante é 7,5 pontos percentuais acima do mínimo (12%) exigido constitucionalmente. “Em 2014, estamos realizando um orçamento de cerca de R$ 2,2 bilhões. Desses recursos, 75% são próprios do Tesouro Estadual, e apenas 25%

Saúde: investimento para superar desafiosAções públicas e privadas ajudam a trazer qualidade de vida para os capixabas

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e as cirurgias eletivas. Estamos investindo para ampliar, também, essa cobertura”.

Até o final de 2014, a previsão é de que o Governo do Estado entregue cinco centros especializados de média complexidade de saúde, em Linhares, Nova Venécia, Venda Nova do Imigrante, Guaçuí e Santa Teresa. “Procuramos descentralizar a média complexidade ambula-torial no Estado. Vamos interiorizar as consul-tas e exames de especialidades. Cada um desses centros regionais atenderá a uma população mínima de abrangência de 150 mil pessoas”, destacou Tadeu Marino.

Outra das principais queixas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), a falta de leitos, foi, nos últimos quatro anos, contornada no Espírito Santo. Nesse período, foram entregues à população capixaba 1.250 leitos hospitala-res. Atualmente, cerca de 30% do orçamento

De capixabas possuem cobertura dos Programas de Saúde da Família (PSFs)

2,3 milhões

serviços e produtos de saúde oferecidos pelo Sesi/ES

• exames complementares: São exames para diagnóstico de doenças, como audiometria, espirometria, acuidade visual, eletrocardiograma e radiologia, entre outros.

• odontologia ocupacional: Serviço oferecido por meio das unidades móveis, que realizam atendimento odontológico in company ou em consultórios fixos dentro das empresas industriais.

• assistência odontológica: Serviços odontológicos, com atendimentos de ações curativas em clínica geral, endodontia, prótese, periodontia, odontopediatria e radiologia de diagnóstico.

• diagnóstico de saúde e estilo de vida (dsev): Determina o grau de risco dos trabalhadores de uma empresa para doenças crônicas não transmissíveis, apoiando o desenvolvimento e a priorização de atividades que promovam a saúde de seus colaboradores. O objetivo é incentivar a adoção de um estilo de vida saudável pelo trabalhador da indústria, fomentando o desenvolvimento de serviços para a promoção da qualidade de vida.

• mais saúde: Oferece ao trabalhador da indústria capixaba consultas de enfermagem, orientações em saúde e palestras informativas, para que o mesmo desenvolva suas atividades diárias e laborais com saúde e qualidade de vida.

Poder público investe na atenção primária em saúde

para superar gargalos históricos

vêm da União. Os municípios capixabas também estão investindo mais do que é exigido pela Constituição”, avaliou.

investimento públicoEmbora o financiamento ainda restrinja

muitas ações que visam a garantir a saúde dos capixabas, o Estado tem trabalhado para mudar essa situação. A atenção primária é um dos focos de investimento. De acordo com Marino, no Espírito Santo, pelo menos 60% da população (cerca de 2,3 milhões de pessoas) possuem cobertura dos Programas de Saúde da Família (PSFs). “Repassamos, entre maio de 2013 e maio de 2014, R$ 43 milhões para os municípios, apenas para custeio da atenção primária. Essas pessoas têm o atendimento básico, mas são em seguida encaminhadas para o que chamamos de média complexidade, que são as consultas e os exames especializados

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estadual da Saúde são destinados à manuten-ção da rede hospitalar própria.

iniciativas privadasLonge das dificuldades da área pública com

a saúde, as empresas do setor privado inves-tem, cada vez mais, na qualidade de vida de seus colaboradores. Se antes a preocupação com esse item se restringia ao cumprimento de normas legais, hoje ela já se configura como um conceito consolidado de quali-dade da gestão, ampliando seu foco inclusive para ações preventivas, que visam a reduzir a incidência de doenças entre os trabalhadores, trazendo-lhes bem-estar e, em consequência, bons resultados para as empresas.

Com o compromisso de levar às indústrias capixabas a promoção de saúde e segurança no trabalho (SST) de forma integrada, a Divisão de Saúde e Segurança do Trabalho do Sesi-ES atendeu, em 2013, nos serviços de SST, cerca de 52 mil trabalhadores de 1,9 mil empresas. Já no ano de 2014, somente até agosto, foram 1,5 mil empresas e 48 mil trabalhadores benefi-ciados pelas iniciativas da entidade.

O foco principal das ações implementa-das é a prevenção, por meio de programas de saúde. A entidade oferece, por exemplo, o Sesi Clínica e o Laboratório de Análises Clínicas, onde são prestados serviços nas áreas médica, odontológica, laboratorial e exames complementares.

O trabalhador dispõe, ainda, de servi-ços odontológicos prestados nos Centros de Atividades do Sesi, além de atendimento em unidades móveis realizados diretamente nas empresas.

“O Sesi-ES preza pela qualidade do serviço. Nossas ações beneficiam, de um lado, a indús-tria – que, melhor assessorada, resguarda-se com relação a ações trabalhistas –, e, de outro, também o trabalhador, que ganha em qualidade de vida. Com isso, aumen-tam a competitividade e a produtividade das indústrias e diminuem os índices de aciden-tes e de doenças. Outro ganho é a satisfação do trabalhador, que entende que a empresa se preocupa com ele e cuida da sua saúde”, afirmou Fernanda Arpini, gerente da Divisão de SST do Sesi-ES.

Com apoio do Sesi-ES, indústrias capixabas implementam ações para garantir qualidade de vida aos seus trabalhadores

eCoNomia | SAÚDE

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Comércio varejista: perspectivas para o crescimento estão desaquecidasInfluenciado pelo cenário econômico desfavorável, empresariado segue com investimentos para os próximos meses, porém com menos dinamismo

eCoNomia | COmÉRCIO vAREJIStA

a alta taxa de juros cobrada no crédito ao consumidor e a queda do movimento das lojas, provocada pela redução de

dias úteis durante a Copa do Mundo, levaram o comércio varejista nacional a fechar o 1º semestre no vermelho, com recuo de 0,8%. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), esse é o pior resultado desde 2003 (-1,1%) e fez a entidade revisar a expec-tativa de crescimento em 2014 de 4,4% para 4%. No acumulado do ano, até junho, o setor regis-trou um avanço de 4,2% em relação ao ano anterior, e nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,9%, resultados abaixo das previsões do mercado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No Espírito Santo, no 1º semestre de 2014 o varejo capixaba registrou uma variação positiva de 1,4%. Em junho, na comparação com junho de 2013, o desempenho foi negativo, apresentando queda de -2,9%, enquanto outras 17 das 27 unida-des da Federação apresentaram resultado positivo. No acumulado dos últimos 12 meses, o Estado capixaba apresentou um crescimento de 1%.

Quanto à geração de empregos formais, o setor comercial capixaba fechou 2.055 postos de trabalho nos seis primeiros meses deste ano, até junho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No total, o comér-cio gera mais de 215 mil postos de trabalho em todo o Estado e tem mais de 32 mil empresas, que são responsáveis por uma receita bruta de R$ 74,8 bilhões, segundo dados do IBGE de 2013.

Famílias retomam o consumoEm julho, as famílias capixabas retomaram o

consumo depois de oito meses seguidos de queda, mas com um tímido crescimento de um ponto, segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio-ES). O índice da pesquisa Inten-ção de Consumo das Famílias (ICF) subiu de 104,2 pontos em junho para 105,2 em julho.

Porém, mesmo com o consumo esboçando pequena reação, as perspectivas para o cresci-mento seguem desaquecidas. “A desaceleração recente da inflação de alimentos e os efeitos temporários produzidos pela Copa do Mundo podem ter auxiliado na manutenção geral das perspectivas. Apesar do resultado positivo de julho, a percepção das famílias não muda tão rapidamente, e as perspectivas de consumo seguem desaquecidas”, destaca o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.

Os empresários do comércio, mesmo se mostrando um pouco mais otimistas quanto aos investimentos e às contratações na empresa, ainda não estão seguros em relação à economia,

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de acordo com o Índice de Confiança do Empre-sário do Comércio (Icec), que recuou, no geral, 1% em junho. Outros, os índices de Investimento do Empresário e o de Contratação de Funcioná-rios (IC), apresentaram crescimento de 0,7% e 2,5%, respectivamente. “O empresariado segue com investimentos para os próximos meses, porém em ritmo moderado, influenciado pelas condições atuais da economia, que não apresenta um cenário favorável. Estamos lidando com desaceleração econômica, juros altos, inflação elevada, entre outros fatores”, ponderou Sepulcri.

Analisando as condições atuais e as perspec-tivas da economia, as estimativas da Fecomér-cio-ES são de que o volume de vendas obtenha um crescimento de cerca de 4% em 2014. “O crédito mais caro e a inflação alta ainda persistem e inibem a intenção de compras do consumidor. Espera-se que, seguindo a tendên-cia de anos anteriores, esse cenário, ainda que de forma contida, melhore no segundo semestre. Mas não será nem perto do que tivemos no segundo semestre de 2013, quando o volume de vendas subiu 5,8%”, enfatiza Sepulcri.

Supermercados: vendas oscilantes

No Brasil, o segmento de hiper e supermerca-dos foi o que menos sentiu o impacto da redução dos dias úteis no período da Copa, registrando alta de 0,5% em junho em relação a maio, e de 3,5% no acumulado do ano (de janeiro a junho). Os estabelecimentos, em geral, fecharam no horário dos jogos, mas reabriam em seguida. Em junho, o segmento supermercadista foi o único das oito atividades de varejo monitora-das pelo IBGE que apresentou variação positiva.

Enquanto no Brasil houve uma pequena alta, o Espírito Santo amargou queda nas vendas em junho, com variação negativa de 3,7% em relação a maio. No acumulado dos seis primeiros meses do ano, a retração foi de 0,8%, enquanto nos últimos 12 meses foi de 1,3%.

Os números do IBGE diferem um pouco daqueles apurados pela Associação Nacional de Supermercados (Abras). De acordo com o superin-tendente da Associação Capixaba de Supermer-cados (Acaps), Helio Schneider, as diferenças devem-se ao fato de que a pesquisa do IBGE inclui produtos vendidos fora das redes super-mercadistas. “Considerando só o setor de super-mercados, no Espírito Santo a queda foi de 1,4% em junho e no ano, até junho, registramos cresci-mento de 1,57% em relação ao mesmo período do ano passado. No momento, o panorama é de retração da economia, com menos dinheiro circu-lando e inflação em alta, o que afeta as vendas no varejo”, afirmou.

Segundo ele, as festas de fim de ano sempre alavancam as vendas, mas com o atual cenário econômico, o seu impacto será pequeno. “Se não houver melhorias na economia e combate à inflação, teremos um cenário ruim até o final do ano, e com perspectivas ainda piores para 2015”, afirmou.

Crédito mais caro e inflação alta inibem a

intenção de compras do consumidor, gerando expectativas contidas

para o comércio no segundo semestre

Foi o índice de crescimentodo varejo capixaba nos seis primeiros meses de 2014

1,4%

*Igual mês do ano anterior / Fonte: IBGE

local ABRIL/ 2014*

MAIO/ 2014*

JUNHO/ 2014*

acuMulaDoNo aNo

acuMulaDo12 Meses

Brasil 6,7% 4,7% - 0,8% 4,2% 4,9%

espírito santo 5,9% 1,9% -2,9% 1,4% 1,0%

Variação (%) no volume de vendas do comércio varejista

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210 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Economia capixaba volta a crescerNa contramão do Brasil, que alcança segundo semestre em recessão técnica, Estado experimenta índices positivos

eCoNomia | mERCADO FINANCEIRO

e ntre julho de 2013 e junho de 2014, o Produto Interno Bruto do Espírito Santo atingiu patamar recorde dos últimos

10 anos: R$ 115,9 bilhões. O número é do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e indica que o Estado reencontrou o caminho do crescimento, depois de amargar índices econômicos negativos, fechando 2013 com retração de -1,1% no PIB.

De acordo com os dados do IJSN, o avanço do PIB registrado no segundo trimestre de 2014, em relação aos primeiros três meses do ano, foi de + 1,8%, o melhor resultado dos últimos 13 trimes-tres. No acumulado do ano, o Espírito Santo somou 1,1% de crescimento, enquanto a economia brasi-leira apresentou queda de - 0,6% no PIB na compa-ração entre os primeiro e segundo trimestres. Em relação ao mesmo período de 2013, o recuo do PIB brasileiro foi de - 0,9%.

A retomada da expansão econômica capixaba pode ser explicada pelo bom desempenho da maioria das atividades que compõem o cálculo. Das 17 atividades econômicas analisadas,

11 apresentaram crescimento, com destaque para a indústria extrativa, que obteve expan-são de +4,7%, representando a maior contri-buição para o avanço do PIB estadual.

Nas previsões do diretor-executivo do Insti-tuto de Desenvolvimento Educacional e Indus-trial do Espírito Santo (Ideies), Doria Porto, o cenário positivo deve se manter até 2015, na contramão da conjuntura brasileira. “Esperamos que o Espírito Santo feche 2014 com o PIB pouco acima de zero, acompanhando o nacional, em torno de 0,3% de crescimento. No entanto, para nós isso significa melhora, já que desde 2012 estamos registrando resulta-dos negativos. Já para o Brasil, representa uma recessão técnica”, explicou.

indústria redesenhadaHistoricamente, o desempenho do setor

produtivo reflete diretamente a movimen-tação da economia capixaba e, para Doria Porto, a mudança no perfil do parque

Bancos capixabas alcançaram resultados positivos em 2014.

O Banestes comemorou o lucro líquido de R$ 67,8 milhões

no segundo semestre

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211anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

industrial do Estado é o principal fator que impulsiona a retomada de crescimento. “Mais de 50% do PIB capixaba sempre depende-ram das commodities, mas hoje o Estado vive um redesenho da planta industrial.Estão chegando novas cadeias produtivas, como é o caso das indús-trias naval, automobilística, de linha branca e de motores. Isso nos possibilita visualizar um futuro próximo diferente do previsto para o resto do Brasil”, afirmou o diretor.

Em setembro, a projeção para PIB da indústria brasileira era de recuo de -1,7% em 2014. A previ-são foi feita pela Confederação Nacional da Indús-tria (CNI) e demonstra o pessimismo do setor. Em julho, a estimativa de retração era de -0,5%.

O reflexo está na confiança do empresariado. O Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), vem caindo mês a mês, atingindo 46,5 pontos em setembro, o menor patamar desde 1999. Já no Espírito Santo, dados do Ideies apontam que, em setembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) atingiu 50,1 pontos, um aumento de 5,4 pontos em relação ao mês anterior.

“O Espírito Santo vive seu quarto ciclo de desenvolvimento econômico. Já passamos pelo ciclo do café, das grandes indústrias e do petróleo. Agora, é o momento do redesenho do perfil indus-trial. A previsão de investimentos nessa área gira em torno de R$ 70 bilhões até 2018. Para 2015, a expectativa é que o Espírito Santo continue crescendo”, explicou Porto.

movimentação bancáriaNo mundo das finanças, o Estado vai bem,

com o Banestes comemorando bons resultados. Em agosto, o balanço semestral do banco estadual demonstrou resultado positivo, com R$ 67,8 milhões de lucro líquido – montante 35,4% maior em comparação ao mesmo período de 2013. Reflexo disso está na ascensão no ranking dos 100 maiores bancos do país, divulgado anualmente na pesquisa “Valor 1000”, do jornal Valor Econô-mico. Em 2014, a instituição capixaba ficou em 26º lugar, subindo em uma posição com relação ao ranking de 2013.

O Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo também experimenta bons resulta-dos. No primeiro semestre, o Bandes aprovou

1.536 contratos de financiamento, disponibilizando R$ 102,5 milhões em investimentos. O patrimô-nio líquido da entidade atingiu R$ 258,7 milhões, ultrapassando em 8,7% o montante do primeiro semestre de 2013.

Outra instituição que vive bom momento é o Sicoob-ES. O Sistema de Cooperativas de Crédito chegou a 87 agências capixabas, contando com mais de 155 mil sócios ativos. O patrimônio líquido acumulado no primeiro semestre superou a marca de R$ 707 milhões, representando incremento de 30,15% na comparação com mesmo período de 2013. A sobra bruta, correspondente ao lucro líquido bancário, foi 31,78% maior que o regis-trado no primeiro semestre de 2013, alcançando mais de R$ 84 milhões.

No âmbito nacional, o primeiro semestre de 2014 foi positivo para os bancos brasileiros, de acordo com dados da 6ª edição do estudo “Desempenho dos Bancos”. O maior lucro líquido foi do Itaú Unibanco (R$ 9,5 bilhões), um incremento de 33,2% em relação ao primeiro semestre de 2013. O Bradesco teve o segundo maior lucro (R$ 7,3 bilhões) e a segunda maior variação no período, um crescimento de 22,9%, em 12 meses. No Banco do Brasil, o lucro foi de R$ 5,4 bilhões, um aumento de 2,2% em relação ao primeiro semestre de 2013. A Caixa Econômica Federal registrou lucro líquido de R$ 3,4 bilhões, com alta de 7,9% na comparação semestral.

É o valor previsto para investir na indústria até 2018

R$ 70bilhões

Chegada de novas empresas

redesenha o perfil industrial capixaba

e estimula crescimento da

economia

Foto: Divulgação marcopolo

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214 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2014

Comércio exterior se mantém estável em 2014Apesar de ter iniciado o ano com elevação, exportações e importações não conseguiram evoluir nos meses seguintes, deixando o setor estagnado

eCoNomia | COmÉRCIO ExtERIOR

o comércio exterior capixaba se comportou nos primeiros meses de 2014 seguindo a mesma linha de 2013,

com um volume de US$ 4,80 bilhões em impor-tações e de US$ 6,90 bilhões em exportações. Não houve queda ou elevação, comparando os dois anos, apontando para um 2015 sem expec-tativas de melhora.

O Estado ainda sente o impacto da perda do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) com redução da alíquota de importação de 12% para 4%, que contribuiu para o recuo da competitividade da empre-sas capixabas junto a outros portos do país.

Rever sua política comercial e celebrar acordos bilaterais ou

regionais com os Estados Unidos e a Europa são o caminho para

o Estado e o país intensificarem seu comércio exterior

A variação do dólar no acumulado do ano registrou depreciação no primeiro semestre, com retração de 5,95%. O fundo cambial apresentou baixa ainda maior, de 6,44%, o que contribuiu para que a atividade se comportasse sem variações durante o ano.

As crises internacionais, as guerras e a turbu-lência do mercado argentino – um dos parceiros comerciais mais atrativos para o Brasil e destino de 5% das exportações capixabas – foram pontos que fizeram com que o comércio exterior do Estado não decolasse em 2014.

Em exportação, o Espírito Santo obteve aumento de 7% em janeiro e fevereiro,

Foto: Divulgação Codesa

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Foi a redução no volume de importações do Espírito Santo de 2008 até hoje

17%

de ferro, que é de cerca de 44%. Do lado das importações, os itens mais demandados foram veículos, carvão mineral, matérias têxteis, aeronaves e máquinas.

“As exportações totais do Brasil e do Estado do Espírito Santo não aumentaram nos primeiros oito meses do ano. A participação dos produtos manufaturados do Brasil não tem apresentado nenhuma evolução nos últimos cinco anos. Continuamos com uma participação muito pequena, de cerca de 1,3%, nas exportações mundiais”, destacou.

Segundo Machado, o Brasil não é competi-tivo, pois muitas são as barreiras para a inclu-são de pequenas e médias empresas no setor de exportação. O país é vendedor de commodities agrícolas e industriais, que representam aproxi-madamente 80% das exportações.

“O grande problema é que, quando o preço das commodities cai no mercado internacional, como está ocorrendo atualmente, fica difícil apresentar superávit na balança comercial. A Argentina é tradicionalmente um dos maiores parceiros comerciais do Brasil. Entretanto, a crise naquele país e as constantes dificulda-des – barreiras que a Argentina tem imposto às importações brasileiras – têm afetado as nossas exportações”, acrescenta.

Marcílio sustenta que a solução para o Brasil aumentar as exportações de manufatu-rados é rever sua política comercial e celebrar acordos bilaterais ou regionais com os Estados Unidos e a Europa.

“Os Estados Unidos, por exemplo, são compradores de produtos manufaturados brasileiros, mas se o país concretizar acordos comerciais com a Europa e a Ásia, o Brasil terá dificuldades em vender para aquele mercado, pois os nossos concorrentes colocarão produtos lá com eliminação total ou redução de impostos. Embora a Europa compre commodities brasileiras, existe um mercado potencial a ser explorado caso progrida a negociação entre o Mercosul e a União Europeia. O Brasil precisa rever, e creio que esteja revendo, a sua política comercial de modo a se aproximar por meio de acordos com países mais ricos, com uma população com poder de compra maior”, salientou.

na comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando US$ 1,8 bilhão. O setor que mais contribuiu para o resultado foi o de rochas ornamentais, com incremento de 30%, seguido de óleo bruto (21%) e tubos de ferro e aço (20%). Esses desempenhos conseguiram compensar as perdas em minério de ferro e aço, que tiveram quedas de 6% e 40%, respectivamente.

No Espírito Santo, os únicos produtos com boa performance de janeiro a julho no quesito exportação foram a celulose, que atingiu US$ 640 milhões – alta de 2% em relação ao mesmo período do ano passado –, e o café, que chegou a um montante de US$ 374,6 milhões, incluindo todos os tipos exportados, como grãos verdes, café solúvel e torrado.

Para as importações capixabas, 2014 também se iniciou com uma pequena elevação, de 15% (índice superior à média nacional) em janeiro e fevereiro, atingindo US$ 1,3 bilhão, mas no decorrer do ano os números passaram a cair gradativamente. O que impulsionou essa expansão inicial foi a compra de vagões e trens da Vale, provenientes da Romênia, além da retomada do Alto-Forno 3 da ArcelorMittal Tubarão, que impulsionou em 53% as importa-ções de carvão. A compra de automóveis vindos do exterior também aumentou nesse período.

O volume das importações, porém, permaneceu praticamente o mesmo de janeiro a agosto, em relação a igual período de 2013. “Nosso volume de importações em 2008 cerca de 17% maior. De lá para cá não conseguimos ampliá-lo, pois só houve recuo. Precisamos encontrar meios para mudar essa queda gradativa, mas nossas expecta-tivas para 2015 ainda não são as melhores. A não ser que algo muito importante aconteça para modificar esse quadro”, explicou o presidente do Sindicato do Comércio de Importação e Exportação do Espírito Santo (Sindiex) e do Conselho Temático de Comércio Exterior (Concex) da Findes, Marcílio Rodri-gues Machado.

Os principais produtos exportados pelo Estado do Espírito Santo em 2014 foram minério de ferro, celulose, granito, café e produtos de ferro e aço, destacando-se a participação de minério

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Eventos ajudam a fortalecer turismo capixabaCopa do mundo atraiu visitantes ao Espírito Santo; investimentos e qualificação foram diferenciais

eCoNomia | tURISmO

l ocalização próxima aos maiores mercados emissores do país, infraestru-tura urbana ampla e de boa qualidade,

complexo portuário utilizado no receptivo de cruzeiros marítimos, variedade de ecossistemas e belezas naturais e patrimônio cultural e histó-rico diversificado. Essas são apenas algumas das características da Região Metropolitana da Grande Vitória que têm atraído turistas para o Espírito Santo. Ao mesmo tempo, o segmento de eventos ajuda a diminuir o efeito da sazona-lidade, contribuindo para o incremento do fluxo de turistas e, também, para a mudança do perfil do público que visita o Estado.

Mas, ao contrário dos anos anteriores, em 2014 o grande destaque não ficou por conta somente dos eventos empresariais. A escolha do Espírito Santo como centro de treinamento das seleções de Austrália e Camarões, durante a Copa do Mundo 2014, ajudou a aquecer o turismo de lazer, atraindo visitantes ao Estado, principalmente à região metro-politana. As delegações da Austrália e de Camarões prepararam-se para os jogos da Copa em Caria-cica. Junto com os atletas, vieram pelo menos 20 mil conterrâneos das seleções, segundo a Secre-taria de Estado de Turismo (Setur).

Para melhor recebê-los, foram desenvolvidas estratégias especiais para o período: ações de marke-ting de padronização de folheteria, mapas e guias; ampliação dos Serviços de Atendimento ao Turista (SATs) mantidos pela Setur no aeroporto, na rodovi-ária, uma estação ferroviária e nos demais postos das prefeituras; oferta de cursos de qualificação em inglês, de atualização de atrativos turísticos e qualidade no atendimento ao turista para taxis-tas, garçons e guias de turismo, bem como para policiais e guardas de trânsito.

“A Copa do Mundo do Brasil começou no Espírito Santo. A primeira seleção que pisou em

solo brasileiro ficou hospedada em Vitória e aqui permaneceu por 26 dias, sendo que durante uma semana foi a única seleção já no Brasil. Nesse período, todas as atenções do mundo e do país estavam voltadas para cá. Fomos o único Estado brasileiro que não foi sede de jogos e que conseguiu trazer duas seleções. O Espírito Santo preparou-se muito bem para receber essas equipes, desde a captação, e tudo correu perfeitamente”, afirma a secretária de Estado de Turismo, Diomedes Caliman Berger.

A vinda das seleções comprovou o preparo dos capixabas para receber os turistas, como destaca o presidente do ES Convention

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& Visitors Bureau (ESC&VB), Alfonso Silva. “A escolha da região metropolitana como a ‘casa’ das seleções da Austrália e de Camarões aqueceu o setor e proporcionou uma experiên-cia única, mostrando o quanto estamos prepa-rados para receber os mais exigentes turistas”.

Se por um lado a Copa do Mundo foi respon-sável por fomentar o turismo de lazer, o torneio também desaqueceu o turismo de negócios, nos meses de junho e julho. A desaceleração do ritmo do setor também foi influenciada pelas eleições de outubro. “O segmento de eventos em 2014, em comparação com anos anteriores, em todo o país, está passando por uma desaceleração.

É o chamado ‘efeito Copa e eleições’. Trata-se de um ano bem atípico, por envolver eventos de grande porte, fazendo com que o setor se encolha, para que não se prejudique. O turismo de negócios deverá retomar seu ritmo após as eleições, em outubro, com mais intensidade, compensando os meses perdidos”, ressalta Alfonso.

Preparação e investimentosTanto para receber e participar de grandes

eventos, quanto para atrair turistas de lazer, o Espírito Santo tem investido em infraestru-tura, qualificação e divulgação. “Nos últimos

Reforma e ampliação do complexo

esportivo Kleber Andrade foram feitas

no período da Copa do Mundo

Foram investidos no turismo capixaba, desde 2011

R$ 400 milhões

Foto: thiago Guimarães - Secom/ES

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três anos e meio, o turismo no Espírito Santo foi tratado como prioridade. As ações desen-volvidas e as transformações operadas no setor foram muito grandes. De 2011 para cá, temos investimentos da ordem de R$ 400 milhões em andamento, entre qualificação, promoção e obras de infraestrutura no setor de turismo. Temos, por exemplo, o Centro de Eventos de Vitória, com investimentos de R$ 98 milhões, cujas obras já se iniciaram. A estrutura nos permitirá captar eventos que hoje estamos perdendo por falta de um espaço desse tamanho. Também estamos fazendo grandes investi-mentos em Guarapari, que é o mais impor-tante balneário do Espírito Santo e o destino capixaba mais conhecido no Brasil e no exterior. Um exemplo é a reurbanização da orla do canal do município, com obras sendo iniciadas este ano”, enumera Diomedes.

Segundo a secretária de Turismo, um contrato de empréstimo com o Banco Interame-ricano de Desenvolvimento (BID), no valor de US$ 80 milhões, deve ser assinado ainda em 2014 e possibilitará a criação e fortalecimento de polos turísticos na região metropolitana. “Os recursos possibilitarão a realização do Programa de Desenvolvimento do Turismo do Espírito Santo (Prodetur), um fato

inédito no turismo do Espírito Santo”, complementa Diomedes.

Com o intuito de proporcionar um melhor atendimento aos visitantes a Setur-ES reforçou em 2014 os investimentos na qualificação de profissionais que atuam na cadeia produtiva do segmento, como taxistas, profissionais de hotéis, de bares e de restaurantes, por meio do Programa Qualifica ES Turismo.

PromoçãoNo setor de promoção, o investimento

também é alto. Em 2013, teve início a campanha nacional “Descubra o ES”, com custo de cerca de R$ 5 milhões e divulgação nos cinco princi-pais canais abertos de televisão e nos principais veículos da imprensa nacional. A campanha continuou em 2014. A divulgação nacional do Estado foi reforçada com a veiculação ao vivo, em rede nacional, pelo segundo ano consecu-tivo, dos desfiles do Carnaval de Vitória.

“Aliamos o trabalho que vem sendo realizado na qualificação e modernização da nossa infraes-trutura turística com a divulgação e comercializa-ção do destino Espírito Santo, pois acreditamos que dessa forma seremos em breve um dos rotei-ros mais competitivos do país”, concluiu a secre-tária de Turismo.

Seleções de Camarões e Austrália atraíram a atenção para o Espírito Santo durante a Copa

eCoNomia | tURISmOFoto: Yuri Barichivich

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Em ano de desaceleração econômica, setor moveleiro torce por um empateInsegurança na economia, alta dos juros e queda no consumo impactam diretamente a atividade, que deve encerrar 2014 registrando estagnação

eCoNomia | móvEIS

d epois de crescer 5% menos que o espe-rado no 1º semestre de 2014, o setor moveleiro do Espírito Santo trabalha

para recuperar as perdas e encerrar o ano com, pelo menos, um empate. É o que revelam as autoridades que representam o segmento no Estado, composto por empresas de móveis seriados, móveis sob encomenda e correlatos, que além da Câmara Setorial da Indústria (CSI) Moveleira, ainda conta com três sindicatos que cobrem toda a base territorial capixaba: o Sindimol, no norte; o Sindmóveis, no noroeste; e o Sindmadeira, no centro-sul.

Copa do Mundo, eleições, insegurança na economia brasileira e no controle da inflação, alta dos juros e aumento no endividamento da população, o que se reflete diretamente em queda do consumo, são algumas das dificul-dades que as 850 empresas que compõem a atividade moveleira no Estado têm enfrentado em 2014. Ainda assim, foi possível manter os 9 mil empregos diretos que são gerados por esse mercado. “A indústria atua fazendo a retenção dos talentos, então trabalhou no vermelho porque há uma expectativa de melhoria por parte do empresariado”, explica o presidente do Sindmóveis, Ortêmio Locatelli Filho.

entravesAlém dos fatores que influenciaram negati-

vamente a economia brasileira como um todo em 2014, o setor moveleiro capixaba enfrenta ainda entraves estruturantes que, apesar de já

serem conhecidos, ainda seguem sem solução. Entre eles está a alta carga tributária. Em janeiro, o Imposto sobre Produtos Indus-trializados (IPI) do segmento passou de 3,5% para 4% e deveria ter chegado a 5% em junho, não fosse a decisão do Governo Federal de prorrogar a alíquota até dezembro.

Para o presidente do Sindimol, Alvino Pessoti, o benefício tem sido pontual e em momen-tos de baixa demanda. “É necessário que se estabeleçam políticas permanentes que garan-tam mais produtividade e lucratividade para as indústrias”, destaca. “Essa manutenção é uma grande ajuda para as empresas, mas representa muito pouco dentro da nossa carga tributária. Esperamos e precisamos das reformas tribu-tária e trabalhista para que possamos reduzir

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custos e sermos mais competitivos no mercado interno e externo”, reivindica o presidente da CSI Moveleira, Luiz Rigoni.

Locatelli destaca ainda que o IPI para móveis representa muito pouco na arrecadação federal. “É uma arrecadação pífia sobre um setor de alta empregabilidade e que está presente praticamente em todos os 78 municípios capixabas. A isenção do imposto, como já foi oferecida em anos anteriores, seria uma forma de manter os empregos nas pequenas cidades”, propõe.

Em nível local, o Governo do Estado oferece benefícios por meio de um contrato de compe-titividade, que reduz a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para as empresas que se compro-metem a ampliar negócios, gerar empregos

e qualificar os profissionais. “Se não contás-semos com esse benefício, não conseguirí-amos competir com fabricantes de outros estados. Com um equilíbrio nos impostos, diminuímos os riscos de que eles vendam seus produtos no Espírito Santo a preços que as fábricas locais não tenham condições de arcar, caso tenham custos menores”, ressalta o presi-dente do Sindmadeira, Luiz Henrique Toniato.

Outra dificuldade apontada por Toniato é a Norma Regulamentadora nº 12 (NR 12), do Minis-tério do Trabalho e Emprego (MTE), que trata da segurança em máquinas e equipamentos e passou por mudanças que a tornaram mais complexa, ampliando de 40 para 340 os requisitos a serem cumpridos pelas indústrias. A Confederação Nacio-nal da Indústria (CNI) estima um custo de R$ 100 bilhões para que as empresas possam adequar-se à NR 12, caso o texto alterado seja mantido. “A indústria que comprou máquinas há poucos anos corre o risco de ter que arcar com esse ônus, que deveria ser colocado para o setor de máqui-nas. Felizmente, conseguimos uma prorroga-ção no prazo, mas essa é uma sombra que ficou, e o Congresso Nacional precisa tomar uma provi-dência”, reforça Luiz Henrique Toniato.

Segundo Rigoni, as empresas ainda enfrentam outro problema, que é a distância dos principais fornecedores. “O frete é um fator que encarece nossos produtos. Teremos uma boa ajuda quando tivermos a fábrica de chapas de MDF, que será implantada no norte do Espírito Santo e proporcionará um alívio nessa parte”, esclarece.

Por fim, a falta de mão de obra qualificada continua sendo um gargalo, mas algumas ações estão sendo desenvolvidas para amenizar essa necessidade, como o Curso Técnico em Móveis, oferecido no Senai de Araçás, em Vila Velha. “A primeira turma, com 25 alunos, está prevista para se formar no final de 2014. A ideia é fornecer mão de obra mais quali-ficada, que esteja preparada para operar em uma indústria com bases tecnológicas mais elevadas. O curso atende tanto as empre-sas, que encaminham seus funcionários, quanto a sociedade, visto que alunos buscam esse treinamento de forma espontânea.

Apesar do baixo crescimento,

segmento moveleiro conseguiu manter os 9 mil empregos

gerados no Espírito Santo

Empresas compõem o setor moveleiro no ES

850

Fotos: Divulgação Serpa marcenaria

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Esperamos que a capacitação seja uma incuba-dora de novos profissionais”, revela Toniato.

2º semestre é esperançaAlvino Pessoti lembra que o setor moveleiro

encerrou 2013 com uma pequena queda nas vendas, cenário que se manteve no primeiro semestre de 2014, apesar de não ter sido esperado. “Acreditamos que teremos um segundo semestre melhor, em função de ações

que têm auxiliado as empresas a alavan-carem as vendas, como a Espírito Santo Móvel Show, feira do setor moveleiro criada pelo Sindimol e realizada no mês de agosto no Carapina Centro de Eventos, na Serra. Tradicionalmente, os últimos meses do ano apresentam melhores resultados, daí nosso otimismo”, disse.

Tanto o presidente do Sindmadeira quanto o do Sindmóveis preveem um empate para as empresas do setor moveleiro em 2014. “O Brasil vai crescer, se muito, 1%, e no nosso segmento não deve ser diferente, visto que a indústria de trans-formação é a que mais tem sofrido no país”, reforçou Toniato. “Esperamos pelo menos igualar a produção de 2013, mas essa é uma dúvida, já que não há nada novo por parte da política econômica”, destacou Locatelli. Já Luiz Rigoni é mais otimista. “Um cresci-mento de 5% mais inflação para este ano é o que vamos continuar buscando”, finaliza.

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eCoNomia | vEStUÁRIO

“a esta altura, devemos comemorar o simples fato de termos parado de cair”. Quem afirma é o presi-

dente da Câmara Setorial da Indústria (CSI) do Vestuário, José Carlos Bergamin, que acre-dita em um “pequeno crescimento” do setor

para 2014, ressaltando que a comparação leva em consideração os anos anteriores, ou seja, “uma base muito baixa”. Equipamentos de produção superados; falta de capital para renovar a indústria; dificuldade para obter mão de obra; interferências de órgãos

Em cinco anos, consumo aparente

de vestuário cresceu 13,3%, e a

participação dos importados no

setor passou de 4,4% para 12,1%

Depois de quedas, indústria do vestuário comemora estagnaçãoConsumo cresce no Brasil, mas beneficia principalmente indústrias de países asiáticos e grandes varejistas mundiais

eCoNomia | vEStUÁRIOeCoNomia | vEStUÁRIO

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investimentos em pesquisa e nos processos criativos, a valorização da identidade nacional e desoneração por completo de toda a cadeia têxtil. “É preciso investir mais na indústria criativa do design de moda, identificando nichos de mercado com maior valor agregado, buscando sair do enfrentamento da concorrência, principalmente, dos produtos asiáticos”, destaca.

O Governo do Espírito Santo contribui com o segmento através do Contrato de Competiti-vidade, que concede redução no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), mas o Governo Federal desonerou as poucas companhias de grande porte, sendo que grande parte do setor é formada por micro e pequenos empreendimentos, que estão enquadrados no Simples Nacional e, por isso, possuem limite máximo de faturamento anual de R$ 3,6 milhões, o que emperra seu crescimento.

No Espírito Santo, segundo o Instituto de Desen-volvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), o faturamento do setor no acumu-lado do 1º semestre de 2014 se manteve estável, com queda de 0,01%, em relação ao mesmo período de 2013. Já o número de empregos na indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos caiu 20% no período.

“O Brasil está perdendo o setor do vestuário, que emprega muito, polui pouco, não gera impacto na mobilidade urbana e retém as pessoas em suas cidades. O segmento precisa ser considerado como estratégico sob a ótica do social, sendo intensivo em mão de obra de baixa qualificação. É urgente desonerar 100% toda a cadeia têxtil”, conclui Bergamin.

Cresce exportação de calçados capixabas

Já o mercado internacional tem se mostrado cada vez mais promissor para o setor de calça-dos do Espírito Santo. Nessa área, os resultados das indústrias capixabas chegam a superar a média nacional. Em 2013, a exportação cresceu 8% em número de pares e 1,9% em faturamento,

É a queda no número de empregos do setor de vestuário do ES no 1º semestre de 2014, na comparação com 2013

20%

do Governo proibindo a produção por encomenda, entendendo tratar-se de tercei-rização; juros mais altos; encarecimento das matérias-primas, devido à alta do dólar e da inflação; baixo crescimento do mercado e endividamento da população são alguns dos fatores apontados como dificuldades enfren-tadas pelo segmento no decorrer deste ano.

Um relatório publicado pelo Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) mostra que a produção da indústria brasileira do vestu-ário cresceu 0,8% em 2013 na comparação com 2012, chegando a 6,2 milhões de peças, alta de 3,9% em cinco anos. Desde 2009, o consumo aparente no Brasil avançou 13,3% em volume de peças, mas essa expansão está voltada principal-mente para os produtos importados. “A demanda por vestuário no Brasil é crescente, e no caso do setor de confecções, a população passou a comprar mais peças por ano. Esse aumento foi atendido pelo crescimento das importações, especialmente da China”, considera Bergamin.

Essa informação é reforçada pelo estudo do IEMI, que aponta para uma expansão da participação dos importados no setor, que passou de 4,4% em 2009 para 12,1% em 2013. “Todas as grandes redes de varejo mundial estão no Brasil e também contribuíram muito para a decadência da nossa indústria. Elas possuem grande poder de pesquisa de produtos e preços em todo o mundo, negociam em grande escala, usam capital mais barato e conseguem trazer o produto a preços 40% a 50% menores. O produto brasileiro é colocado apenas no pequeno comércio, e atendendo nichos nos quais os importados não têm interesse ou vocação, como a moda praia”, analisa José Carlos Bergamin.

SoluçõesPara reverter esse quadro, Bergamin aposta

em soluções como a sofisticação do produto nacional, o fortalecimento das marcas, a implementação de tecnologias na produção, o desenvolvimento da gestão das empresas,

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enquanto o segmento brasileiro registrou expansões de 8,5% e 0,2%, respectivamente. No período, os principais compradores dos produtos do Estado foram Equador (22%), Colômbia (10,3%), Arábia Saudita (7,4%), Angola (7,3%) e Bolívia (6,3%). Essas informações constam em relatório elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Calçados (Abicalçados), com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indús-tria e Comércio.

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados), Altamir Martins, a explicação para o bom desem-penho são os investimentos que as fábricas locais estão realizando em design e em seu parque fabril. “A valorização do calçado capixaba se dá tanto no mercado externo quanto no interno, e isso acontece porque estamos investindo em modelos diferenciados”, esclarece.

O ritmo apresentado pelo setor em 2014 indica que o desempenho será ainda melhor que o de

2013. De janeiro a julho deste ano, as receitas com exportações superaram os R$ 2,51 milhões, expansão de 40% em relação ao mesmo período do ano passado. Em sete meses, o segmento exportou quase 73% do volume negociado em 2013, quando fechou em R$ 3,45 milhões. No total de unidades, os resultados são ainda melhores: crescimento de 58%, com 233.291 pares, o que representa mais de 82% dos 282.105 pares exportados durante todo o ano anterior. No mesmo período, a indústria nacional acumula alta de 3,4% em número de pares e queda de 3,1% em montante financeiro.

“Em 2014, está se consolidando uma tendên-cia observada nos últimos anos e é possível que continuemos crescendo, visto que as empresas continuam investindo na participação em feiras internacionais e em campanhas para os distri-buidores. De modo geral, o setor capixaba deve fechar com crescimento de 5%, o que é um grande feito, tendo em vista o fraco desempe-nho da economia brasileira”, finaliza Martins.

Empregos da indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos caíram 20% no 1º semestre de 2014 em comparação a 2013

eCoNomia | vEStUÁRIO

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Revolução no ensino para aumentar a produtividadeO caminho para a indústria brasileira é aumentar sua produtividade, e isso passa por revolução tecnológica e melhora na formação da mão de obra

eCoNomia | EDUCAçãO

S e quiser se manter e competir no mercado global, não há saída para a para a indústria brasileira que não

seja aumentar sua produtividade. E isso exige uma verdadeira revolução na educação para a formação dos profissionais que irão atuar ou já atuam em empresas desse nível.

É o que afirma o presidente do Conselho Temático de Educação da Findes (Conedu), Luciano Raizer. Ele aponta para a necessidade de investi-mentos no ensino, desde a base.

“Nossa produtividade é cinco vezes menor do que a norte-americana. Nossa preocupação é que estamos estagnados nos últimos 20 anos. Precisamos passar por uma revolução tecnoló-gica nas indústrias, e isso vai exigir outro nível de profissional. Sai o braçal e entra o tecnológico. Esse é um grande desafio. Precisamos ter educa-ção básica de excelência”, ressaltou.

Raizer destacou que o Conedu vem atuando de forma a apontar medidas que contribuam para uma melhor formação dos profissionais. Entre as propostas, o Conselho defende que haja um grande programa de avaliação da educação. “Sem medição, não existe melhoria. E precisamos ter referências, comparar com o que há de melhor e buscar modelos que deram certo”, ressaltou.

Outro tema importante, segundo ele, é discutir inovação na educação, que independe do aparato tecnológico utilizado no ensino. “O aprendizado é individual, então é preciso inovar nas metodo-logias de ensino. Uma tendência é a sala de aula invertida, em que o aluno tem acesso ao conhe-cimento em qualquer ambiente, e a sala de aula se torna um espaço para aplicação daquele conteúdo”, explicou Raizer.

educação profissional

Na educação profissional no Espírito Santo, o Senai se destaca. Foram 121.855 matrícu-las realizadas em 2013. Em 2014, o número subiu para 156 mil matrículas, o que deve ser superado em 2015. São quase 300 cursos, entre técnicos de nível médio, qualificações, aperfeiçoamentos e iniciações.

De acordo com o diretor para Assun-tos do Senai, Benízio Lázaro, a oferta de vagas tem crescido a cada ano, e a meta é a melhora constante da qualidade. “Queremos começar a mudança da educação no país pelo Senai-ES”, afirmou.

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O dirigente informou que está sendo desen-volvido um projeto de avaliação que deve ser colocado em prática ainda este ano. O objetivo é fazer uma pesquisa detalhada com egressos da instituição para medir o nível de conheci-mento adquirido durante os cursos e promo-ver melhoras na formação. “Queremos o aluno do Senai sendo disputado pelas empresas. Nosso objetivo é provocar mudança para colocar no mercado profissionais do jeito que as empre-sas necessitam”, explicou.

Outra meta para 2015 é levar o Senai a todos os municípios capixabas. Hoje, em suas nove unidades fixas – Vitória, Vila Velha,

Serra, Anchieta, Cachoeiro, São Mateus, Colatina, Linhares e Aracruz –, além das unidades móveis e agências de treinamento instaladas em parce-ria com prefeituras, a instituição já atende a 60 deles, em todas as regiões do Espírito Santo. “A meta é chegarmos aos 78 municípios. Para isso, estamos buscando parcerias com as prefeituras, e os cursos serão oferecidos após estudo das vocações locais e das demandas de cada um deles”, disse o diretor.

ensino básicoO preparo para o mundo do trabalho começa

na educação básica. E, no Sesi, ela é oferecida com uma metodologia que, já desde a educação infantil até o nono ano do ensino fundamental, é voltada para o empreendedorismo e o desen-volvimento de habilidades como trabalho em equipe, liderança e autonomia.

São 11 unidades do Sesi no Estado, atendendo cerca de 12 mil alunos. O objetivo, segundo o diretor para Assuntos do Sesi, José Carlos Bergamin, é investir em inova-ção para melhorar cada vez mais a formação desses estudantes.

Uma das novidades para 2015 é que os 16 músicos da Camerata Sesi vão ficar lotados nas escolas para desenvolver projetos com os alunos. “Sabemos que a música contribui muito para o desenvolvimento criativo do aluno. A indús-tria tradicional que conhecemos vai ser muito demandada em produtos sofisticados, de design, com alto valor agregado. Precisamos desenvol-ver na escola básica instrumentos que propor-cionem o desenvolvimento criativo dos jovens”, ressaltou Bergamin.

rede pública

A educação em tempo integral e o ensino técnico são apostas da Secretaria de Estado da Educação (Sedu) para melhorar a qualidade do ensino e aumentar o interesse dos alunos da rede estadual, que tem 293.634 matriculados.

O secretário de Estado da Educação, Klinger Barbosa, destacou que neste ano a jornada foi ampliada em 16 escolas de ensino fundamental e médio, e a meta é estendê-la para mais unidades.

Nessa modalidade, a jornada é das 7h às 16h20, e mais de 2.000 alunos são beneficiados com atividades extras, como reforço escolar e prepa-ração para o trabalho.

Aula no Senai de Colatina: serviço

atende a todas as regiões do Estado

com unidades fixas e móveis

alunos são atendidos em 11 unidades do Sesi no Estado

12 mil

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Na educação profissional, foram abertas neste ano 22.675 vagas em diferentes modalidades de cursos técnicos.

O secretário também destacou que, desde 2011, foram concluídas obras de construção, reconstrução, reforma e manutenção de 205 escolas, com investimento superior a R$ 217 milhões. Há outras 188 em andamento, e a previsão total de gastos é de R$ 213 milhões. Mais nove escolas estão em fase final de projeto, somando outros R$ 2 milhões na área de infraestrutura.

Somente em 2014, foram dadas e concluídas 51 ordens de serviço, com investimento superior a R$13 milhões.

Além disso, foram distribuídos 9.300 tablets para professores, e 6.500 educadores passaram por qualificação em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). “Acertando a infraestrutura, temos de focar muito na questão da aprendizagem”, justificou Klinger.

Ele acrescentou que o Espírito Santo avançou em todos os níveis no Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica (Ideb), avaliado pelo Ministério da Educação. “Só sete estados avançaram, e o Espírito Santo é um deles. Temos desafios muito grandes, principalmente no ensino médio, mas consideramos os resul-tados positivos. Para o próximo ano, teremos investimento forte em qualificação de profes-sores, na chegada de tecnologia para a sala de aula, na jornada ampliada com aulas de reforço

e na continuidade dos investimentos em infra-estrutura”, concluiu o secretário.

Rede privada

Na rede privada de ensino, apesar de 2014 ter sido um ano marcado por incertezas na econo-mia como um todo, as perspectivas para 2015 são positivas, segundo avalia o presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino do Espírito Santo (Sinepe-ES), padre João Batista Gomes de Lima.

Atualmente, a rede privada do Estado tem 83.202 alunos no ensino superior. Na educação básica, o segmento registrou 114.690 matrícu-las em 2013. Já nos cursos profissionais de nível técnico são mais 35 mil matrículas regulares. O setor emprega mais de 9.000 professores e cerca de 7.500 diretores, coordenadores e técnicos administrativos em geral, segundo o Sinepe-ES.

“Nossa expectativa de crescimento para 2015 segue a tendência do Sudeste, que é de 8,21% no segmento de creche, por causa das mudanças na lei das empregadas domésticas e do aumento da modalidade do ensino infantil em tempo integral”, apontou padre João.

Para o ensino fundamental, a expectativa é de crescimento acima de 3,5%. “Entende-mos que esse percentual poderá ser estimulado com a maior oferta da modalidade em tempo integral, uma demanda das famílias de classe média que as escolas estão se organizando para atender”, acrescentou.

Situação oposta acontece com o ensino médio, que vem registrando taxa negativa de cresci-mento desde 1999. Na modalidade da forma-ção profissional de nível técnico, o setor privado está se organizando para aumentar sua oferta de vagas financiadas pelo Governo Federal. A expectativa é de que haja nesse segmento crescimento de 5,80% em 2015.

Em todos os níveis de ensino, o que mais se expandiu foi o superior, cujo número de matri-culas ampliou-se à taxa média anual de 8,17% no período de 2000 a 2010. “Nos três últimos anos esse ritmo de crescimento teve uma redução significativa, mas a nossa expectativa é de que o setor registre taxa de crescimento em torno de 6,5% em 2015”, disse o presidente do Sinepe-ES.

Feira de Robótica do Sesi: ensino é voltado

para despertar criatividade e

empreendedorismo nos alunos

economia | educação

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eCoNomia | INOvAçãO

i novação para apoiar o desenvolvimento. Em economias de vanguarda, esse é o cenário, e o Espírito Santo já deu os

primeiros passos nessa direção. De acordo com dados do Conselho Temático de Política Industrial e Inovação Tecnológica (Conptec) da Findes, somados, recursos federais, estaduais e de iniciativas não governamentais disponibili-zados para o Espírito Santo chegaram a mais de R$ 50 milhões em 2014.

“São recursos para investir em desenvolvimento de novas tecnologias. Com o montante dispo-nibilizado e as iniciativas que foram tomadas, podemos dizer que o ano de 2014 foi muito bom para a inovação”, afirmou o presidente do Conptec, Franco Machado.

Só por meio do Tecnova, programa do Governo Federal desenvolvido em parce-ria com a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), R$ 13 milhões foram investidos em 37 projetos. Outros R$ 30 milhões foram disponibilizados pelo Fundo de Desenvolvimento de Inovação, da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), gerido pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).

Já o Inovacred, também administrado pelo Bandes, porém com recursos do Governo Federal, tem oferecido financiamentos de até RS 2 milhões para projetos de peque-nas e médias empresas. Estas também

Apesar de tímidos, avanços na área de inovação são

considerados importantes para

o arranjo industrial capixaba

Inovação: novidade para empresas capixabasIncentivos destinados ao ES ficaram em torno de R$ 50 milhões em 2014, mas empresários ainda não aprenderam a aplicar os recursos

Foto: Agência FIEP

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e outros atores envolvidos na cadeia produtiva estadual sobre a importância da inovação.

O Movimento para Inovar, que oferece capacitação e consultoria para as micro e peque-nas indústrias, esteve presente em sete eventos espalhados pelo Espírito Santo e alcançou mais de 100 participantes. Já por meio do Edital Senai Sesi de Inovação, seis projetos capixabas foram submetidos a análise para captação de recur-sos este ano. O Inova Findes também desen-volveu o Inova Talentos, que busca captação, preparação e monitoramento de talentos, oferecendo bolsas de estudos para gradua-ção e mestrado.

“Já notamos um esforço crescente na formação de uma cultura voltada para a inovação. Acredito que, nos próximos anos, o desenvolvimento da indústria naval e do segmento de óleo e gás vai forçar os empresários a buscarem novos desafios”, concluiu Machado.

Foi o valor disponibilizado em 2014 pelo Fundo de Desenvolvimento de Inovação da Sectti

R$ 30 milhões

puderam obter recursos por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), pelos programas BNDES Inovação e MPME Inovadora.

Em 2013, uma das principais reivindica-ções do empresariado capixaba era justa-mente a ampliação dos incentivos financeiros. No entanto, segundo Machado, ainda falta aos capixabas conhecimento suficiente para obter os recursos que agora estão disponí-veis. “Na realidade, ter o valor disponível não significa que ele será efetivamente aplicado. Infelizmente falta-nos a cultura para inovar. Embora avanços significativos já tenham sido obtidos, os esforços ainda são tímidos”, explicou.

Para incrementar os resultados nessa área, o InovaFindes – Núcleo de Inovação do Sistema Findes – desenvolveu importantes atividades no sentido de instruir e conscientizar empresários

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eCoNomia | QUÍmICA E EmBAlAGENS

o ano foi de qualificação de mão de obra para as indústrias química e de embalagens no Espírito Santo.

Depois de experimentarem resultados pouco animadores em 2013, os dois setores fecharam parcerias em cursos de especialização de traba-lhadores, mesmo enfrentando um 2014 com cenário econômico praticamente idêntico.

Na indústria química, os principais investi-mentos foram para o segmento de cosméticos.

O Brasil é o terceiro maior consumidor de cosméticos do mundo e, de olho nesse nicho, o Sindicato da Indústria de Produtos Químicos do Espírito Santo (Sindiquímicos-ES), em uma parceria com o Sebrae-ES, iniciou os cursos do projeto coletivo “Desenvolvimento das Indús-trias de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmé-ticos do Espírito Santo”.

De acordo com o Sindiquímicos, das 27 empresas capixabas do setor, 23 aderiram.

Alta carga tributária, aumento de custos e baixa qualificação

de mão de obra são entraves para

crescimento da indústria química e de embalagens no

Espírito Santo

Setores de químicos e embalagens buscam alternativasQualificação de mão de obra pode ser saída para cenário negativo

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Sindicato da Indústria de Material Plástico do ES (Sindiplast-ES) apontaram que o setor sofreu uma série de aumentos em seus custos, incluindo 5,7% em mão de obra, 14,86% em peças e serviços, 22% a 26% em energia elétrica e, 9,61% em resinas termoplásticas. Em seu site, o sindicato sugere que o repasse “deve ser acima dos 10%, sob risco de perda de competitividade e inviabilização do negócio caso esta medida não seja tomada”.

A esperança pode estar em uma parceria firmada entre o Sindiplast-ES e o Senai-ES. A Escola do Plástico, que iniciou suas ativida-des em novembro de 2013, tem como objetivo atender uma das grandes deficiências do setor, que é a falta de mão de obra qualificada para a área de produção, qualidade e desenvolvi-mento de novos produtos.

“Estamos requalificando trabalhadores que já atuam na indústria. Melhorando o conhe-cimento técnico, aumentamos a qualidade do produto e o desempenho da indústria. Neste primeiro ano obtivemos resultados muito positivos”, afirmou o presidente do Sindiplast-ES, Neviton Helmer Gasparini.

É o índice de participação dos importados no mercado brasileiro de produtos químicos

35%

“O objetivo é qualificar as indústrias dentro das normativas exigidas pelo mercado, e o alto índice de adesão indica que temos empresários conscientes. Isso torna o setor mais unido”, afirmou o presidente do Sindiquímicos-ES, Elias Cucco Dias.

Segundo ele, a indústria de cosméticos é o que “salva o setor químico”, que vem enfren-tando tempos difíceis. “O primeiro semes-tre de 2014 foi muito ruim para a indústria em geral, e o setor de químicos é o primeiro a sentir. E neste segundo semestre não observamos nenhuma melhora”, disse.

Para o presidente, o maior problema é a carga tributária, que chega a 35% do custo opera-cional e interfere negativamente nas vendas. Em julho deste ano, segundo dados da Associa-ção Brasileira da Indústria Química (Abiquim), as vendas de produtos químicos para o mercado interno tiveram queda de 10,20% em relação a julho de 2013. Já a participação dos importados no mercado brasileiro chega a 35%, maior nível registrado desde o início dos anos 1990.

Para a indústria de embalagens, 2014 também foi um ano negativo. Levantamentos do

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Avanços na questão ambientalEntre as conquistas da indústria em 2014, sistema de licenciamento ambiental passou a ser informatizado, dando mais agilidade e transparência ao processo

eCoNomia | mEIO AmBIENtE E SUStENtABIlIDADE

o ano de 2014 marca uma mudança primordial para que o desenvolvimento econômico do Espírito Santo acon-

teça de maneira ambientalmente sustentável. Com mais de 7.000 pedidos de licenciamento ambiental na fila aguardando andamento, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) implantou um pacote de ações, como o Iema On-Line, que conseguiram reduzir esse passivo para 4.000 processos.

Essa foi uma das principais conquistas do ano, apontou o presidente do Conselho Temático de Meio Ambiente (Consuma) da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Wilmar Barros Barbosa. O grupo vem atuando na interlocução com diferen-tes setores no sentido de propor medidas que facili-tem às empresas o cumprimento das leis.

A meta, segundo o diretor-presidente do Iema, Tarcísio Föeger, é zerar a fila de pedidos de licencia-mento este ano. Com o Iema On-Line, implantado em julho, mais de dois milhões de documentos dirigidos ao órgão ambiental foram digitalizados, e o sistema de licenciamento passou a ser via internet.

O programa permite obter Certidões Negativas de Débitos Ambientais (CNDAs) e solicitar dispen-sas de licenciamento, além de Licenças Simplificadas (LSs) e Licenças Únicas (LUs) para empreendimen-tos de pequeno porte, ou seja, que não precisam apresentar relatórios/estudos de impactos ambientais.

“Antes, uma CNDA, que é necessária para dar entrada em qualquer processo de licenciamento, levava em média dois meses para ficar pronta. Agora, é em tempo real”, explicou Föeger. Já são emitidas on-line também as Licenças Simplifica-das para torres de telefonia, aplicações de produtos para controle de pragas e vetores e para o transporte rodoviário. Há também a Licença Única disponí-vel para a atividade de transporte rodoviário de produtos perigosos.

O próximo passo é a inclusão de solicitação e emissão de licenças ambientais para empreen-dimentos de médio e grande impacto ambien-tal, incluindo setores como o da mineração. O contrato para implementar o sistema foi de aproximadamente R$ 2,8 milhões.

O diretor-presidente do Iema acrescentou que houve outros investimentos no sentido de agilizar os processos, como melhorias na infra-estrutura do órgão, implantação do Sistema de Gerenciamento Eletrônico de Documentos e a contratação de novos funcionários, assim como uma reorganização interna.

Além disso, foi firmado um contrato de R$ 8 milhões com a Fundação Coordenação de Projetos, Pesquisas e Estudos Tecnológicos (Coppetec-UFRJ), um dos maiores centros de pesquisa da América Latina, para dar mais celeri-dade à tramitação dos processos e agilidade e segurança às análises técnicas.

“São dois grandes desafios que o Estado vem encarando. O primeiro é dinamizar a econo-mia, gerar emprego e renda; e o outro é manter a qualidade ambiental, ou seja, atrair grandes

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investimentos conservando o meio ambiente”, destacou Tarcísio Föeger.

atuação do ConsumaDe acordo com Wilmar Barbosa, o Consuma

tem um papel fundamental para o desenvol-vimento sustentável das indústrias capixabas. Além de orientar os empresários nas questões ambientais, também representa o setor em diversos fóruns, onde acontecem discussões e deliberações importantes acerca do cenário ambiental estadual e federal.

“O Estado passou por um processo de avanços em diferentes enfoques da proble-mática ambiental, e o órgão hoje tem dado uma atenção crescente às soluções para os problemas dos empreendedores. A relação de empreendedor e órgão ambiental está plena”, ressaltou Barbosa.

Comprovando a afirmação, o diretor exemplifica citando a formação de um Grupo de Trabalho entre Iema, Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Seama), Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) e a Findes,

por meio do Consuma. “A formação desse grupo foi uma grande conquista, um desejo de muitos anos, pois nele serão debatidos e deliberados assuntos ligados ao meio ambiente e recursos hídricos das micro e pequenas empre-sas do Espírito Santo, dando a elas maior oportunidade de apresentarem, por meio da representação do Consuma, e resolverem seus problemas ambientais”, destacou Barbosa.

Prêmio destaca boas práticas empresariais

Outro destaque do ano foi o Prêmio Findes/Senai de Meio Ambiente 2014, que recebeu quase o dobro do número de inscrições da edição anterior. A premiação reconhece iniciativas das indústrias na adoção de ações que resultem na melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida no seu entorno.

São oito categorias: Resíduos Sólidos, Quali-dade do Ar, Proteção dos Recursos Hídricos, Uso de Tecnologias Limpas, Educação Ambien-tal, Responsabilidade Social, Micro e Pequenas Indústrias e Relação com Partes Interessadas.

Com a criação do Iema On-Line, mais de

2 milhões de documentos do órgão

ambiental foram digitalizados e o sistema de licenciamento passou

a ser via internet

pedidos de licenciamento ambiental aguardavam na fila antes da implantação do Iema On line

7 mil

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Indústria criativa pode impulsionar a economia capixabaA economia criativa emerge, no mundo, como um dos principais pilares do desenvolvimento econômico

eCoNomia | INDÚStRIA CRIAtIvA

C om uma cadeia produtiva extensa, a indústria criativa responde, no Brasil, por uma movimentação econômica

de cerca de R$ 735 bilhões– o equivalente a 18% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo dados da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) relativos ao ano de 2012. Os números levam em conta áreas que vão desde cinema e música até arquitetura e design, incluindo atividades indiretas, relacionadas a apoio em produção e serviços.

Definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) como “o conjunto de atividades baseadas no conhecimento, na inovação e na tecnologia da informação, que produz bens – tangíveis ou intangíveis (serviços intelectuais ou artísticos) – com conteúdo criativo, valor cultural e valor econô-mico, que ampliam os objetivos de mercado”, essas indústrias respondem por 10% de toda a economia mundial.

No Espírito Santo, também em 2012, apenas o núcleo criativo movimentou R$ 1,6 bilhão, com uma participação de 1,7% no PIB estadual. Mas, se considerada a produção de todos os elos da cadeia da indústria criativa, que inclui ativi-dades relacionadas e de apoio, a cifra chega a R$ 16,4 bilhões no período, o equivalente a 18% do PIB capixaba. As empresas geram mais de 222 mil empregos formais, segundo o Instituto de Desen-volvimento Industrial do Espírito Santo (Ideies).

articulação com a cadeia produtivaAtenta ao crescimento desse segmento, a Federa-

ção das Indústrias do Espírito Santo (Findes) vem promovendo ações para mapear iniciativas, capacitar profissionais e fomentar atividades da área criativa junto aos setores tradicionais, para identificar as potencialidades capixabas. “A indústria criativa é de

suma importância para a indústria tradicional. Em 2013, o PIB capixaba encolheu 1,1%, e deve ficar próximo de zero ou ter uma queda em 2014. E o que está puxando essa queda é, principalmente, a indústria da transfor-mação, que retraiu 10,51% em 2013 e 5,7% até junho/2014. Setores como o de alimen-tos e bebidas, vestuário e moveleiro precisam buscar nichos de mercado para se desenvolver, e a indústria criativa pode ajudar a melhorar a sua competitividade, pois trata-se de inserir a cultura do design nas empresas e descobrir como essa ferramenta pode ajudá-las a serem mais competitivas”, explicou o consultor do Comitê para Desenvolvimento da Indústria Criativa do Sistema Findes, Antonio Doria Porto.

O primeiro passo foi criar o Comitê, em 2012, que trabalha com um projeto piloto em conjunto com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), Sesi e Senai. De 600 empresas catalogadas, foram selecionadas 15 do setor de confecções, moveleiro e de rochas ornamentais, que já tinham um processo criativo formalizado. A aplicação da metodologia, desenvolvida pelo

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Ideies, já está sendo executada nessas empresas e será finalizada em dezembro deste ano.

“Quando terminar, o projeto será aplicado pelo Sebrae Nacional em outros estados”, afirma Porto. Segundo ele, como o público-alvo do Sebrae são as micro e pequenas empresas, a intenção é que o método também seja aplicado nas médias empresas, através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES). Para o presidente do Comitê, José Carlos Bergamin, o método estimulará as companhias a continuar se aprimorando. “As empresas já estão demandando outras necessidades para acelerar o seu crescimento, especialmente na área de gestão”, disse.

Após trabalhar com entidades e projetos no Sistema Findes, o Comitê passou a se alinhar a outros órgãos capixabas que desenvolvem projetos relacionados à economia criativa. Com isso, nasceu a parceria entre a Findes, a Prefeitura de Vitória – por meio das secretarias de Turismo, Trabalho e Renda e de Cultura –, a Companhia de Desenvolvimento de Vitória (CDV) e o Sebrae, para lançar o projeto Vitória Criativa. O objetivo é articular e impulsio-nar o desenvolvimento dos diversos elos das cadeias produtivas e formular estratégias para

trabalhar e valorizar a marca de Vitória aos olhos do mundo, podendo competir com outras cidades para atrair talentos e investimentos e fortalecer o turismo. Além de fóruns e seminá-rios, um portal está sendo elaborado para servir de vitrine para as empresas e os profissionais dos setores criativos.

iniciativas locaisEm dezembro de 2013, o primeiro modelo

de Arranjo Produtivo Local (APL) foi criado e já selecionado pelo Ministério do Desenvolvi-mento, Indústria e Comércio Exterior: o Corre-dor Criativo Nestor Gomes, uma das principais vias do Centro de Vitória, formado por 11 empre-endimentos que convergem para o eixo cultu-ral, tais como artes visuais e cênicas, música, cinema e vídeo, arquitetura, design, artesanato e eventos culturais. Um dos objetivos do Corredor é requalificar e revitalizar o centro histórico de Vitória. O Sistema Findes é parceiro do projeto e apoia as ações de governança.

Outro setor que vem tendo uma atenção especial é o do vestuário, um dos mais influenciados pela indústria criativa e que vem buscando agregar valor à produção capixaba. Com esse objetivo, o Sistema Findes implantou em 2014 o Senai Centromoda em Colatina, um centro de referência da indústria da moda que vai atender às deman-das do segmento, principalmente para a qualifi-cação de mão de obra. Em 2015, será inaugurado o Centromoda de Vila Velha. “Precisamos estimu-lar e qualificar o setor para oferecer produtos com design e de maior valor agregado. O Estado já faz moda com qualidade, mas temos que trabalhar para o desenvolvimento das marcas de modo que elas sejam percebidas e se posicionem melhor no mercado”, explicou Bergamin.

Segundo ele, o Vitória Moda, evento promovido pelo Sistema Findes, Câmara do Vestuário e Sebrae-ES, é a base desse movimento. Este ano ele foi todo redesenhado e contou com duas etapas: uma em Vitória, onde foi lançado o Salão da Economia Criativa, mostrando os produ-tos e serviços de 20 micro e pequenas empre-sas; e outra em Colatina, realizada em agosto, onde funcionou o Balcão de Negócios, iniciativa que movimentou cerca de R$ 17 milhões. “Ao transformar o artista em empre-sário da arte e a sua arte em negócio, as empresas vão aumentar o faturamento e a competitivi-dade no mercado”, finaliza Bergamin.

O Vitória Moda, que já se encontra na

sua sétima edição, é um case de sucesso

da indústria criativa capixaba e mobiliza milhares

de visitantes e compradores de

outros estados

É o número deempregos formais que as empresasde toda a cadeia da indústria criativa geram no ES

222 mil

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Luta contra a desburocratização no mercado capixabaSistema Findes cria Diretoria de Políticas Públicas para melhorar competitividade das empresas capixabas e enfrentar obstáculos das leis

eCoNomia | POlÍtICAS PÚBlICAS

d esburocratização e melhores leis para que a indústria tenha condições de se desenvolver no Estado. Essas

são algumas das metas que a recém-criada Diretoria para Assuntos de Políticas Públicas Industriais da Findes pretende alcançar.

A Diretoria é uma das novidades do segundo mandato do presidente Marcos Guerra à frente do Sistema Findes. Para conduzi-la, ele nomeou como diretor para Assuntos de Políticas Públi-cas Industriais o empresário da indústria da construção civil Paulo Baraona, que explicou que as atividades estão ainda em fase inicial.

“A ideia é nos inteirarmos sobre os proje-tos de lei que estão sendo analisados nas áreas federal, estadual e municipal para que possa-mos acompanhá-los com o apoio de entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sistema Findes”, esclareceu.

Burocracia e termos legais obscuros são

empecilhos para que a indústria capixaba possa

se desenvolver melhor

O dirigente apontou que um dos entra-ves para o desenvolvimento e o cresci-mento da indústria tem sido a burocracia, além dos termos empregados nas leis, que acabam gerando dúvidas, interpretações dúbias e insegurança. Assim, até que haja um panorama mais claro, muitos investi-mentos do empresariado ficam em suspenso.

A atenção à burocracia é fundamental para que a indústria se mantenha pujante. Pesquisa da CNI mostrou que ela foi um dos grandes vilões do déficit da indús-tria brasileira em 2013, que chegou a US$ 105 bilhões.

ConquistasA criação da Diretoria de Políticas Públi-

cas Industriais na Findes está alinhada com o “Marco Estratégico da Indústria Capixaba

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É o valor previsto para construção do contorno de Jacaraípe

R$ 90 milhões

confira as propostas da indústria para o desenvolvimento do estado

• educação: melhorar a qualidade do ensino básico e profissional.

• infraestrutura logística e comércio exterior: construção e implantação de vários portos atualmente previstos.

• Complexo portuário e cadeias de valor: fazer uma agressiva política de atração de empresas transnacionais.

• Petróleo e gás: articular parcerias para inserção do Estado nas iniciativas do desenvolvimento do setor no Brasil.

• energia: articular ações de expansão de geração e abastecimento de energia elétrica no Espírito Santo, priorizando a utilização do gás natural.

• Comércio exterior: criar o Conselho Estadual de Comércio Exterior.

• malha ferroviária: atuar junto ao Governo Federal e à vale para viabilizar a Ferrovia litorânea Sul e a ampliação da utilização da EFvm.

• malha viária: agilizar a implantação dos eixos logísticos estaduais previstos.

• aeroportos regionais: viabilizar as melhorias previstas, para que possam operar independentes do aeroporto de vitória.

• mobilidade urbana: agilizar a implantação do BRt.

• licenças e alvarás: discutir previamente com o setor privado os planos e os prazos para implantação de medidas que tenham impacto econômico e financeiro.

• reciclagem: linhas de financiamento para as empresas ligadas à área de resíduos sólidos.

• questão tributária: estender o prazo de recolhimento do ICmS a fim de aproximá-lo da data de recebimento das vendas.

• sistema financeiro do governo estadual: criar programas e linhas de atuação do Bandes e do Banestes diferenciados para as regiões fora da área da Sudene.

• inovações tecnológicas e não tecnológicas: apoiar, financeiramente, a implantação do Parque tecnológico de vitória.

• indústria criativa: criar o Conselho Estadual da Indústria Criativa.

• interiorização do desenvolvimento: apoiar a construção de novos polos industriais.

• relações trabalhistas: articular com a bancada federal visando à aprovação, no Congresso, de projeto de lei que regulamente a terceirização realizada com responsabilidade e segurança para trabalhadores e empresas.

2013/2022”, que serve como “Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba”. O documento traça metas para o segundo setor no período entre 2015 e 2022.

A nova pasta vai garantir outras importan-tes conquistas, como as que foram obtidas pela Findes em 2014. Em junho, o Governo do Estado, após antiga reivindicação, anunciou o lança-mento do Sistema de Licenciamento Ambien-tal Online, o Iema Online.

A partir de então, é possível obter, via internet, Certidões de Débitos Ambien-tais (CNDAs) e dispensas de licenciamento, além de licenças simplificadas e licenças únicas. O responsável pela obra não precisará apresen-tar relatórios/estudos ambientais para a obten-ção dos documentos.

“Isso foi ótimo, tirou muitas indústrias da fila. Também destaco que os nossos pedidos em relação à mobilidade urbana têm sido ouvidos. Algumas obras já estão sendo feitas. Em Colatina, foi feito um desvio do Centro da cidade, o que melhorou em muito os gargalos que existiam antes. Já na Grande Vitória, há a questão do BRT e da construção do Contorno de Jacara-ípe (orçado em quase R$ 90 milhões e previsto para ser finalizado em 2015)”, frisou Guerra.

Além disso, dentro da “Agenda para o Desen-volvimento da Indústria Capixaba” encontra-se o projeto da Findes, em parceria com os gover-nos, para a interiorização da educação técnica. Um dos marcos da iniciativa foi a formatura de 4.800 alunos do Senai-ES pelo Programa Nacio-nal de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), em julho de 2014.

E para manter o Estado no caminho do cresci-mento sustentável, a Findes entregou aos candi-datos ao Governo do Estado a agenda “Caminhos para o Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo” (veja algumas propostas na tabela). Trata-se de um documento com sugestões em 18 áreas. No dia 11 de setembro de 2014, a entidade realizou evento para apresentar suas demandas e ouvir as propostas dos candidatos ao Governo do Estado Roberto Carlos (PT), Paulo Hartung (PMDB) e Renato Casagrande (PSB). “Todos os candidatos foram muito receptivos. Digo que nossas demandas não propõem volume, mas, sim, qualidade”, finalizou Marcos Guerra.

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Gestão da inovação

artigo | INOvAçãO

N a sua noção mais abrangente, inovação significa novidade ou renovação, aplicada aos inúmeros aspectos relacionados à criatividade humana. Atualmente, o termo inovação tem

sido empregado de forma mais específica para designar ideias capazes de gerar produtos que tenham valor para a sociedade em geral. É um daqueles conceitos que surgem de tempos em tempos e que tendem a ser utilizados como panaceia, isto é, “remédio para todos os males”. Entretanto, a gestão da inovação na vida real, de forma a transformá-la no pilar capaz de fazer a diferença entre sucesso e fracasso, é algo mais complexo do que pode parecer. Neste artigo, abordarei aspectos que entendo como fundamentais, de maneira a assegurar que a jornada da ideia à geração de valor seja a mais eficaz possível.

O primeiro passo para transformar ideias em ativos é fugir da armadilha do corte de inves-timentos em áreas estratégicas, que tendem a entregar os seus resultados mais a médio e longo prazo. Isso é válido para qualquer tipo de organização, de uma pequena empresa a um país. Para evitar que isso ocorra, é essencial buscar um estreito alinhamento entre as frentes de inovação e a estratégia das organizações, pois nesse caso será mais fácil quantificar o dano que uma redução de custo imediatista pode provocar na sustentabilidade dos negócios. Esse talvez seja um dos principais problemas atuais do Brasil, em que as prioridades de curto prazo, somadas à falta de planejamento estra-tégico, acabam por reduzir a alocação dos recursos nas áreas que demandam maior inovação. Estas pressupõem maior risco, mas podem sig-nificar saltos de competitividade para o país.

Um segundo aspecto, essencial para a boa gestão da inovação nas organizações, é esta-belecer uma carteira de projetos com objetivos alinhados com os reais compromissos assu-midos junto às partes interessadas. Para fazer isso com sucesso, há que se desenvolver aná-lises de cenários, com visão de curto, médio e longo prazo, para que a decisão sobre os projetos a conduzir e a interromper seja a mais técnica e isenta possível, sem influência de interesses individuais, como muitas vezes ocorre. Sobretudo, o que se consegue com esse processo é evitar o foco em assuntos “da moda”, em vez de colocar recursos naquelas linhas de inovação que realmente fazem diferença.

Outra armadilha, quando a discussão dos objetivos não é bem feita, é a definição dos projetos com base na capacitação dos recursos humanos disponíveis. Ou seja, em lugar de se focar os projetos nas reais necessidades da organização, constrói-se um portfólio com base na formação técnica daqueles que estão disponíveis para con-duzir os projetos. Um erro crasso e comum, por exemplo, em algumas universidades.

Adicionalmente, ainda tratando da gestão da carteira de projetos de inovação, esta deve apresentar um bom equilíbrio entre pro-jetos ligados à inovação incremental, com entregas de curto prazo essenciais para a sus-tentabilidade imediata do empreendimento; projetos de inovação radical, que envolvem maior risco, mas que potencialmente podem gerar saltos de competitividade nos negócios atuais; e projetos de inovação disruptiva, que buscam explorar novos mercados. Finalmente, é importante ressaltar que a gestão da inovação pressupõe soluções ime-diatas mas, sobretudo, um compromisso com o longo prazo em busca de ganhos

FerNaNDo De lellIs garcIa BertoluccI é presidente da Fibria

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“É importante ressaltar que a gestão da inovação pressupõe soluções imediatas mas, sobretudo, um compromisso com o longo prazo em busca de ganhos realmente diferenciais”

realmente diferenciais. A título de ilustração desse conceito, cito algumas inovações espe-radas até 2025, segundo estudo publicado este ano pela Thomsom Reuters (“The World in 2025 – 10 Predictions of Innovation”):

• Redução dos níveis de demência e mal de Alzheimer, por meio de novas descobertas ligadas ao genoma humano e à genética das mutações.

• A energia solar será a maior fonte de energia do planeta, graças a novas des-cobertas relacionadas a captação, esto-cagem e conversão da luz solar.

• O transporte de passageiros ainda será feito principalmente por carros e aviões, mas estes serão mais inteligentes, leves e movidos a baterias recarregáveis.

• Embalagens derivadas de petróleo ou de outras fontes fósseis serão história, em função do desenvolvimento de produtos à base de nanocelulose, 100% biodegradáveis.

• Tratamentos para o câncer terão reduzido os efeitos colaterais, graças ao desenvolvimento de drogas com proteínas e anticorpos com mecanismos de ação muito mais precisos.

• Mapeamento de DNA no momento do nascimento será uma realidade e uma norma, como forma de gerenciamento antecipado de possíveis doenças.

Encerrando esta reflexão, pelos exemplos apresentados, fica evidente que a inovação, desde que bem conduzida, pode ser uma estrada segura para nos levar a um mundo melhor. Uma prova disso é o quanto nos tornamos mais longevos nos últimos séculos. Todavia, novos desafios surgem continuamente. Estudos indicam que em 2050 poderemos ter um déficit global de vários tipos de recursos (terra e água, por exemplo), em função do crescimento popu-lacional - afinal, seremos quase 10 bilhões de pessoas! É responsabilidade de todos nós encon-trarmos saídas para mitigar esses impactos, gerando mais valor para a sociedade, com menor uso dos recursos naturais. Temos que tornar real o mantra do “produzir mais, com menos”. Isso só será possível se a pesquisa e a inovação forem tratadas com a devida prio-ridade, além de gerenciadas de forma eficaz e moderna, com a visão holística que os recursos naturais merecem.

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Indústria naval no Espírito Santo

artigo | INDÚStRIA

a pós um período de estagnação, a indústria naval brasileira experimentou na última década um movimento de retomada de investimentos que se refletiu tanto na expansão e moder-

nização da capacidade produtiva, quanto no aumento da produção de embarcações. Essa retomada ocorre especialmente em função das encomendas da Petrobras. Coube aos estaleiros o desafio da recupe-ração da competitividade e da produtividade.

Nesse contexto, a Petrobras passou a enco-mendar plataformas e navios no mercado doméstico seguindo regras de conteúdo nacional. Essa política foi importante para o ressurgimento da indústria naval, que havia nascido pelas mãos do presidente Jus-celino Kubitschek, em meados dos anos 50, foi significativa na década de 70, mas entrou em crise a partir dos anos 80.

Hoje, o grande desafio da indústria nacional ainda é atender às demandas de conteúdo local de forma competitiva, vencidas as etapas de rea-tivação da indústria e capacidade de produção. Há previsão de demanda por 25, 30 anos, o que vai sustentar a indústria naval brasileira. Nesse período terão que ser resolvidos pro-blemas da curva de aprendizado, como pro-dutividade, custo da mão de obra, domínio da tecnologia.

Se no país a indústria naval vem passando por um processo de restruturação e renas-cimento desde 2000, no Espírito Santo ela ainda está nascendo. Nesse cenário, destaca-se a instalação aqui no Estado do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), uma empresa subsidiária do Grupo Sembcorp Marine de Singapura, líder mundial na produção de embarcações off-shore, tais como: navios-sonda, jack-ups e plataformas do tipo FPSO, entre outras.

O estaleiro está em fase de construção simultânea com início da produção de chapas de aço para o primeiro navio-sonda, a ser entregue em junho de 2015 à Petrobras. O Estaleiro Jurong Aracruz já possui con-trato assinado com a Sete Brasil para cons-trução de sete navios-sondas no modelo Jurong Espadon, para serem afretados pela Petrobras e operados pelas empresas norueguesas

lucIaNa aBouDIB saNDrI é diretora institucional do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA)

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“Com as encomendas já realizadas até 2020, os investimentos no setor devem ultrapassar os R$ 200 bilhões. O grande desafio continua sendo a competitividade com o mercado internacional”

Seadrill e Odjefell, além da integração de duas FPSOs: a P-68 e a P-71. Na fase de construção, estão sendo gerados cerca de 2.000 empregos diretos e indiretos, mas esse número aumentará no pico de contratação para 5.400 empregos diretos, em agosto de 2016.

As perspectivas são promissoras, uma vez que estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta crescimento da indústria naval brasileira de 19,5% ao ano desde 2000, e os investimentos no setor já atingem cerca de R$ 149,5 bilhões. Desde então, as encomendas da Petrobras, que gradativamente priorizaram o conteúdo local, impactaram o setor e atraíram investimentos. Na época eram 1.900 empregados no setor naval e, hoje, são aproximadamente 70 mil trabalhadores.

Esse crescimento demonstra a importância que a indústria naval e off-shore passou a ter no mercado nacional. O ressurgimento se deu graças a estímulos vinculados à expansão do setor de petróleo e gás e ao início da exploração do pré-sal, que aumentou a demanda e multiplicou os estaleiros, em sua maioria especializados em embarcações de apoio às plataformas.

Os próximos 30 anos são promissores, pois ainda há pré-sal a ser descoberto e petróleo a ser explorado em águas profundas.Com as enco-mendas já realizadas até 2020, os investimentos no setor devem ultrapassar os R$ 200 bilhões. O grande desafio continua sendo a competi-tividade com o mercado internacional devido ao custo Brasil, uma vez que a atual carteira de encomendas é garantida pela Petrobras.

Na indústria naval, a demanda por embar-cações off-shore é sustentável no longo prazo, já que o Plano de Negócios e Gestão 2014-2018 da Petrobras prevê investimento total direcionado para essa indústria da ordem de US$ 100,7 bilhões até 2020. Segundo a com-panhia, esse investimento se refere à contratação de 38 plataformas, 28 sondas de perfuração, 88 navios petroleiros e 146 embarcações de apoio, o que gera oportunidades para os diversos elos da cadeia de fornecimento.

vista aérea da obra do Estaleiro Jurong

Aracruz, com o quebra-mar sul e o finger píer

em destaque

Fotos: Divulgação

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Ainda de acordo com a Petrobras, a manu-tenção da curva de produção em quatro milhões de barris por dia até 2030, segundo seu plano estratégico, indica que a empresa continuará demandando a indústria naval brasileira e seus fornecedores, tanto para investimento em novas embarcações quanto para manutenção e reposição de equipamentos, com exigência de conteúdo local.

A estatal também garantiu que outras 14 novas plataformas serão contratadas de estaleiros nacionais até 2018. No horizonte 2020-2030, a previsão é de contratação de mais 41 plataformas, que serão alocadas em Libra, no excedente da cessão onerosa, em outros campos do pós-sal já concedidos, bem como em campos previstos oriundos de novas rodadas de licitação.

O reaquecimento da indústria naval ala-vanca também outros segmentos da indústria, como os de máquinas, equipamentos pesados, caldeiraria, elétrica e automação. Um destaque é o guindaste flutuante, o maior da América Latina, construído especialmente para o Estaleiro Jurong Aracruz, com capacidade de 3.600 toneladas, que também atenderá a demandas do mercado brasileiro.

No caso do Estaleiro Jurong Aracruz, várias ações vêm sendo desenvolvidas buscando a pre-paração e aproveitamento da mão de obra local, tais como treinamentos, programas de trainees e jovem aprendiz. O programa de trainee levou 21 engenheiros para treinamento de seis meses nos estaleiros do grupo em Singapura. Até o momento, cerca de R$ 2 milhões foram investidos pela empresa no treinamento de quase duas mil pessoas das comunidades vizinhas ao empreendimento.

Além disso, 23 estudantes formados pelo Ins-tituto Federal do Espírito Santo (Ifes) tiveram oportunidade de passar por treinamento em tec-nologia naval no Instituto Ngee Ann de Singapura, que é referência no setor. Esse grupo já retornou e está atuando no início das operações do Esta-leiro Jurong Aracruz. Um grupo de 27 estudantes do Ifes encontra-se em Singapura, e uma nova turma de 30 estudantes está sendo selecionada para o ano que vem. O programa tem a duração de cinco anos e é financiado integralmente pelo Grupo Sembcorp Marine, um investimento de US$ 4 milhões.

O desafio da indústria naval brasileira é alcançar competitividade, com qualidade, preços e prazos respeitados, trabalhando com tecnologia, produ-tividade e a cadeia de fornecedores.

Estaleiro Jurong

artigo | INDÚStRIA

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Um desenvolvimento que não acontece por acaso

artigo | DESENvOlvImENtO ECONÔmICO E SOCIAl

“C om crise se cresce”. Essa expressão ficou famosa durante a crise econômica que assolou a economia mundial no ano de 2008. E, de fato, parece fazer algum sentido, já que os

revezes nos fazem pensar de maneira diferente, exercitar a criatividade e buscar novos caminhos para chegar aos objetivos desejados.

Aqui no Espírito Santo também passamos por algumas crises. Estamos superando os desafios das mudanças no Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap) e convi-vemos com o debate sobre a distribuição dos royalties do petróleo – por hora, sob os cuidados do Supremo Tribunal Federal – e, ouso dizer, estamos no caminho certo. Isso porque, para evitar, ou ao menos reduzir, os efeitos das “crises”, decidimos apostar numa política de diversi-ficação e interiorização do desenvolvimento. Nosso objetivo é levar empresas para além da Grande Vitória, fortalecendo a economia e per-mitindo que as pessoas ganhem em qualidade de vida sem saírem de suas regiões.

Além disso, entendemos que uma economia diversificada deixará nosso Espírito Santo menos suscetível aos altos e baixos dos mercados, já que os segmentos em avanço servem como uma espécie de “contrapeso” para os setores que, por algum motivo, estejam em dificuldades, assim equilibrando o sistema.

Como o desenvolvimento não acontece por acaso, temos no Estado uma “caixa de ferra-mentas” que auxilia o processo de atração de empresas e favorece o processo de diversificação e descentralização. Nossa proposta é oferecer dife-renciais para que os empreendedores encontrem aqui as condições ideais para a implantação de seus negócios, com competitividade e perspectiva de crescimento.

Além da localização geográfica privilegiada e de uma política com regras claras e estáveis, nossas ferramentas incluem ainda itens como o Invest--ES, Programa de Incentivo ao Investimento. De 2011 a 2013, conquistamos cerca de 140 novos empreendimentos, que consolidaram investimentos superiores a R$ 11 bilhões no Estado.

Contamos também com os Contratos de Competitividade, que garantem diferenciais

Nery VIceNte MIlaNI De rossI é secretário de Estado de Desenvolvimento do Espírito Santo

para que 21 importantes setores produtivos da economia capixaba se tornem mais com-petitivos. O Fundepar – Fundo de Desenvol-vimento e Participações –, com aporte de R$ 200 milhões do Governo do Estado, tem papel importante na atração e desenvol-vimento de empresas no Espírito Santo.

A essas ações soma-se ainda o fato de con-tarmos com 28 municípios incluídos na área da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que prevê incentivos fiscais federais para a implantação de novos empre-endimentos. E essa soma vem gerando exce-lentes resultados.

Recente publicação do Valor Econômico, a Valor 1000, que lista as mil maiores empresas do Brasil, tendo como base a receita líquida, revela que nossa política

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“Como o desenvolvimento não acontece por acaso, temos no Estado uma ‘caixa de ferramentas’ que auxilia o processo de atração de empresas e favorece diversificação e a descentralização”

aos olhos dos empresários brasileiros e inter-nacionais. Temos em nossa carteira indústrias de móveis, porcelana, painéis solares, ônibus, chassis e implementos rodoviários, beneficia-mento de alumínio e vidros, estaleiro, além de oito projetos portuários que, associados aos investimentos nas rodovias federais e estaduais, nos aeroportos regionais e nas ferrovias pre-vistas, prometem transformar o Estado em uma grande plataforma logística para o Brasil. As melhorias na infraestrutura são nossa aposta para manter a competitividade capixaba.

Nossa crença é de que somente aliando investi-mentos em infraestrutura e capacitação das pessoas o Espírito Santo poderá dar o salto para conso-lidação de seu quarto ciclo de desenvolvimento. Também estamos avançando na qualificação pro-fissional. Para isso, temos atuado em parceria com instituições de ensino Instituto Federal do Espírito Santo - Ifes e - universidades e com a Federação das Indústrias (Senai), entre outras, e investido forte em ações de educação e capacitação.

Outro ponto relevante nessa política de trans-formação econômica do Estado é a potencia-lização das características e vocações de cada região, seja através da agricultura, do turismo ou da indústria. Com a instalação de empresas--âncoras, buscamos consolidar a vinda de empreendimentos da cadeia de fornecimento, dinamizando a economia. Com esses novos negócios, conquistaremos inúmeros postos de trabalho nos municípios, seja no setor indus-trial ou no fornecimento de serviços.

Para alavancar esse modelo, trabalhamos para tornar o Espírito Santo cada vez mais eficiente, as pessoas mais qualificadas, e o empresariado capixaba ainda mais competitivo. A partir desse tripé, conseguiremos dinamizar e economia, gerando riqueza e qualidade de vida para a sociedade capixaba. Eventuais crises podem existir, mas com trabalho, dedicação, criatividade e inovação, o Espírito Santo continuará a ser uma terra de oportunidades. Afinal, o desen-volvimento que tanto queremos, diversificado e equilibrado, não acontece por acaso.

de desenvolvimento tem gerado resultados positivos. Dentre as companhias relacionadas pela publicação, mais de duas dezenas estão no Espírito Santo, distribuídas em diversos segmentos, como químico, comércio atacadista e exterior, agropecuária, alimentos, transportes e logística, comércio varejista, petróleo e gás, água e saneamento, metalurgia e mineração.

O Espírito Santo tem hoje a maior car-teira de investimentos privados do Brasil. Para os próximos cinco anos, são pre-vistos mais de R$ 110 bilhões em investimentos nos mais diversos campos, como indústria, infraestrutura e petróleo e gás, entre outros.

Além da diversificação, essas empresas agregam valor à economia capixaba com ino-vação, tecnologia e qualificação profissional, tornando nosso mercado cada vez mais atraente

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Sustentabilidade: tempo de construção

artigo | GEStãO EmPRESARIAl

a o longo de minha carreira, tenho afirmado que a gestão estratégica deve ser praticada pelas lideranças de forma contínua. Já se foi o tempo em que era possível manter

uma companhia com esforços momentâneos de planejamento, capacitação, gestão de pessoas, entre tantos outros aspectos que compõem a atividade. E, se o planejamento sempre foi um ponto positivo para qualquer negócio, a competitividade e o mercado cada vez mais instável elevaram essa etapa à categoria de imprescindível, seguida de uma execução igualmente rigorosa.

Além da complexidade do mercado, que nos impõe um olhar diário e atento, passamos por novo momento no aspecto social. Hoje, felizmente, vemos as pessoas mais conscientes de seu papel na comunidade e, também, de sua posição de coautores do trabalho de governos e empresas. Esse cenário trouxe consigo novas formas de enxergar as companhias integradas à sociedade, o que gerou a revisão dos padrões de conduta para todos os setores.

Diante desse cenário, estou seguro de que um dos principais desafios para os gestores nas próximas décadas será preparar suas com-panhias para atuar em um contexto social com maior nível de crítica e exigência de padrões éticos, operacionais, ambientais e de relacionamento. Acredito que reside aí uma grande oportunidade para que as empresas, atendendo a essas exigências, evoluam e se tornem mais competitivas.

Afinal, se desejamos que nosso negócio perdure para as próximas gerações, é neces-sário que tenhamos, desde agora, a percepção do impacto – positivo e negativo – que ele tem e terá nos aspectos econômico, social e ambiental, para além da empresa. Essa compreensão nos permitirá guiar as organizações por uma tra-jetória que ultrapasse o ganho financeiro ime-diato, e vá ao encontro dos objetivos da sociedade. É o chamado caminho da geração de valor com-partilhado, capaz de conectar e beneficiar indi-víduos, empresas, comunidades e todo um país.

Na Samarco, incentivamos a busca de soluções sustentáveis em nossa rotina de tra-balho. Ideias simples com potencial de gerar inovações. Fazemos isso por acreditar que o pensamento sustentável deve ser entendido

como indutor da inovação e da renovação dos negócios. Não há como desatrelar esses temas: competitividade e sustentabi-lidade andam juntas.

Reforço aqui a questão da simplicidade: inovação não significa apenas buscar algo moderno, inédito ou vindo dos grandes centros

rIcarDo VescoVI é o diretor-presidente da Samarco Mineração, desde janeiro de 2012

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“Se desejamos que nosso negócio perdure para as próximas gerações, é necessário que tenhamos, desde agora, a percepção do impacto – positivo e negativo – que ele tem e terá nos aspectos econômico, social e ambiental, para além da empresa”

empregados e contratados a sugerirem melhorias em suas atividades, e que já implantou mais de 8 mil ideias em 15 anos existência. Além de ganho financeiro expressivo – para R$ 1,00 investido, temos R$ 8,00 de retorno –, conseguimos aumentar a eficiência e a segurança de nossas operações, com impacto positivo no ambiente de trabalho. Afinal, nada melhor do que se sentir corresponsável por melhorias que bene-ficiam seu entorno.

Internamente, já avançamos muito na inclusão da sustentabilidade no planejamento de longo prazo, nas metas de nosso mapa estra-tégico e em nossas perspectivas de crescimento. Trabalhamos, também, com um modelo de sustentabilidade próprio, que pauta as decisões tomadas pela empresa, e buscamos envolver nossos empregados na temática “liderança e sus-tentabilidade”. Adicionalmente a esses esforços, sabemos que temos como desafio a consoli-dação do tema desenvolvimento sustentável em nossa cultura organizacional.

Para isso, é preciso que as pessoas da organi-zação passem a realizar suas atividades segundo uma visão de longo prazo e entendam a conexão entre o que fazem hoje e seu reflexo futuro. Creio que o lucro por si só não é capaz de mobi-lizar, mas, sim, a possibilidade de transformação social que cada pessoa traz em si; o potencial de ser indutora ou protagonista de uma mudança, seja na sua vida ou no seu entorno. Isso sim é contagiante, tem incrível efeito multiplicador e enorme potencial transformador.

Para contribuir com a criação desse senso de propósito, cabe aos líderes o papel de sensibilização e, é claro, de atuar como exemplo de reflexão, comportamento e abertura para novas ideias. Afinal, da mesma maneira que as mudanças de valor na sociedade não ocorrem da noite para o dia, a cultura organizacional e o modelo mental das pessoas também demandam um tempo de construção. É por isso que estou bastante oti-mista quanto ao fato de que o pensamento sustentável alcançará esse patamar de natura-lidade no coração das pessoas e nas empresas. Felizmente, a sustentabilidade veio para ficar.

de pesquisa tecnológica. A inovação deve estar a serviço do negócio e pode ser feita dentro de casa, principalmente a partir das ideias das pró-prias equipes, ou da observação do que vem sendo desenvolvido no entorno.

Um dos exemplos que temos na Samarco é o Campo de Ideias, programa que estimula

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A sustentabilidade está no DNA da Fibria

artigo | INDÚStRIA

o ano de 2014 é um marco na história da Fibria. Em setembro, completamos nosso quinto aniversário com uma trajetória de sucesso entre nossos clientes, funcionários, acionistas e nas

comunidades onde atuamos. Somos muito mais que uma empresa de produção de celulose. Acreditamos no uso eficiente dos recursos natu-rais, na inovação, no diálogo, na transparência, no engajamento social, na valorização das pessoas e do meio ambiente. Para nós, sustentabi-lidade é mais que um conceito ou um quadro pendurado na parede. A sustentabilidade está na nossa missão e intrinsicamente ligada a um negócio baseado em florestas renováveis. É uma prática que faz parte do nosso dia a dia, que está inserida no nosso “DNA”.

Fabricante de celulose certificada pelo Forest Stewardship Council® (FSC®) e pelo CERFLOR/PEFC, a Fibria reforçou seu compromisso com esse tema ao instituir, em 2011, um conjunto de metas de longo prazo que sinalizam o caminho da empresa até 2025. A definição dessas metas levou em consideração os temas prioritários des-tacados na Matriz de Materialidade e os riscos socioambientais identificados no Enterprise Risk Management (ERM).

O resultado foi um conjunto de 90 variáveis que afetam direta ou indiretamente o manejo florestal e a produção e comercialização de celulose. Essas variáveis foram agrupadas em seis temas cruciais para nortear a atuação da empresa: mercado e retorno para o acionista; ecoeficiência; modelo de gestão florestal; relacionamento com as partes interessadas; aceitação e legitimidade social; gestão de pessoas e cultura organizacional.

O desenho das metas passou por um tra-balho de pensamento sistêmico, permeando mais de uma área, levando em consideração não apenas os benefícios para a empresa ao atingi-las, mas também os benefícios gerados para a sociedade.

Por ser um negócio de base florestal, duas das nossas metas estão ligadas diretamente ao manejo e ao uso de terras. O primeiro ponto é otimizar o consumo de recursos naturais, a partir da redução em um terço da quantidade de terras necessária para a produção de celulose. Nesse sentido, a Fibria investe em desenvolvimento e tecnologia na área de manejo florestal e recursos

naturais para o aumento da produtividade tanto da área da silvicultura quanto de suas fábricas. A companhia tem conseguido, cada vez mais, melhores clones para as condições ambientais de cada unidade florestal, com árvores capazes de produzir maior quantidade de celulose por área de floresta plantada.

Já o manejo florestal conta com o desafio de proteger a biodiversidade, promovendo a restauração ambiental em 40 mil hec-tares de Mata Atlântica até 2025. Em 2013, a empresa já havia alcançado 20% da meta, tendo recuperado 9.000 hectares.

Cultivando eucalipto apenas em áreas que eram degradadas, a Fibria tem uma estratégia

Marcelo castellI é presidente da Fibria Celulose S/A

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de compor mosaicos entremeando florestas de eucalipto e mata nativa. Com isso, hoje, 35% das áreas da empresa são reservas nativas conservadas, e essa combinação cria o ambiente ideal para a preservação da biodiversidade. Tanto é que identificamos e mantemos um banco de dados de biodiversidade que já contabiliza 652 espécies de aves, 122 espécies de mamíferos e 1.943 espécies de plantas nas áreas da empresa.

Outras duas metas são a redução de resíduos e a contribuição para a mitigação do efeito estufa, duplicando a absorção de carbono na atmosfera. A pegada de carbono, segundo o inventário divulgado no ano passado, indica que a Fibria absorve três toneladas de carbono para cada

tonelada de carbono que a produção de celulose emite. Com relação ao objetivo de aumentar a ecoeficiência da empresa e reduzir em 91% a quantidade de resíduos sólidos industriais des-tinados a aterros até 2025, a Fibria comemorou no ano passado a marca de 60% de redução.

Por fim, duas das metas mais envolventes e inovadoras têm o objetivo de fortalecer a interação entre a corporação e sociedade. O desenvolvimento desse plano conseguiu um diferencial ao usar metodologias de mensuração para avaliar a favorabilidade das comunidades. As metas são atingir 80% de aprovação nas comu-nidades vizinhas e ajudá-las a tornar autossus-tentáveis 70% dos projetos de geração de renda apoiados pela organização.

Assim, a empresa tem projetos onde atua com diversas comunidades, entre elas indí-genas, quilombolas e pescadores, envol-vendo e beneficiando mais de 5.000 famílias. O projeto prevê a ampliação do modelo PDRT – Programa de Desenvolvimento Rural e Territorial; promoção de capacitação técnica e gerencial, por meio de consultorias e parcerias; atração de apoio de outros parceiros, oferecendo protagonismo da comunidade em seu processo de desenvolvimento; aumento da qualificação gerencial e técnica dos membros das comunidades; e autonomia das comunidades em relação aos setores privado e público. Em 2013, os investimentos sociais da Fibria somaram R$ 31,6 milhões. Essas frentes de atuação já têm contribuído para o desenvolvimento das comu-nidades e criado um clima de confiança mútua, baseado em transparência e diálogo.

Essa é a nossa filosofia de trabalho, o jeito Fibria de ser. Ele se reflete em melhorias na área socioambiental, contribui para a manutenção de nossa posição de líder global em celulose de euca-lipto, cria oportunidades de crescimento, reduz os riscos, garante nossa participação de mercado, motiva nossos 17 mil profissionais diretos e indi-retos e faz da Fibria uma empresa que admira o valor da vida.

“O desenho das metas passou por um trabalho de pensamento sistêmico, permeando mais de uma área, levando em consideração não apenas os benefícios para a empresa ao atingi-las, mas também os benefícios gerados para a sociedade”

vista aérea da Fibria

Foto: Divulgação

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Questões estruturais impedem avanços na competitividade

artigo | INDÚStRIA

d entro de uma visão histórica, estamos passando por uma trans-formação econômica mundial, que irá gerar um novo arranjo na organização dos negócios e da sociedade como um todo.

É um momento de intensas mudanças, ini-ciado a partir da deflagração da crise finan-ceira em 2008. Traz instabilidade e incertezas, mas será importante para a evolução do capita-lismo, como foram outras épocas de transformação, em especial a que ocorreu no final do século XIX e início do século XX. A diferença fundamental deste para outros ciclos do capitalismo é que hoje vivemos numa sociedade melhor capacitada para entender o cenário e aproveitar as oportunidades de forma positiva.

No entanto, no Brasil, país visto, mesmo durante a crise, como um dos melhores e mais promissores mercados mundiais, estamos per-dendo espaço devido a problemas estruturais que, embora identificados há pelo menos uma década, continuam sem soluções à vista. Duas questões, em especial, afetam a todos os setores produtivos, não só à indústria do aço.

Em primeiro lugar, temos a questão tribu-tária. Estudos de diferentes origens mostram que temos uma carga tributária em torno de 36%, equivalente à de países como Noruega, Finlândia e Suécia. Não haveria problema algum, caso a sociedade tivesse o retorno dos impostos pagos em infraestrutura, saúde, segurança e edu-cação adequadas. A carga tributária afeta o nosso custo diretamente, tornando quase imperceptíveis todos os esforços que a indústria tem feito para a melhoria de processos, lançamentos de novos produtos e outros investimentos.

Os dados de um estudo feito para a indústria siderúrgica demonstram a gravidade dessa questão. Levando em consideração o custo líquido da bobina a quente, antes dos impostos e encargos, o Brasil tem o menor custo em relação aos demais grandes produtores. A China, que tem sido um dos nossos concorrentes mais fortes, produz bobinas com um custo líquido 9% superior ao brasileiro. Mas, quando incluímos impostos e encargos de produção e vendas no

BeNJaMIN M. BaptIsta FIlHo é presidente e CEO da ArcelorMittal Brasil desde outubro de 2009

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custo do mesmo produto, o Brasil passa para o último lugar, com custo 54% superior ao líquido. Como manter a competitividade quando mais da metade do custo está relacionada a um fator que não faz parte do processo?

Outra questão fundamental é a infra-estrutura logística, que tem deficiência tanto na parte física – ferrovias, portos, estradas, etc. – como na regulamentação. Ou seja, temos pouca quantidade e qualidade, com alto custo, na estrutura de logística e, ainda, uma legislação excessivamente burocrática para o uso dessa estrutura. Isso faz com que, em alguns casos, o custo de importação de um determinado produto seja menor do que a aquisição do mesmo produto em uma região mais distante do Brasil.

Dentro do cenário atual, a paridade cambial é uma terceira questão que afeta diretamente a nossa competitividade. Dados de junho de 2014 demonstram que o real está sobrevalo-rizado frente ao dólar em 22%, enquanto a moeda chinesa tem desvalorização de 43%, a russa, de 47%, e a japonesa, de 24%. Ou seja, a valorização relativa da nossa moeda é muito grande, mostrando que nossa taxa cambial não está alinhada com a realidade mundial. Sabemos que essa é uma questão sensível, de difícil resolução, mas toda a indústria brasi-leira precisa estar unida para reivindicar que algo seja feito em relação à paridade cambial.

Especificamente no setor de aço, esses fatores estruturais da economia brasileira explicam o ritmo preocupante do crescimento da impor-tação nos últimos anos. O Brasil, que sempre teve superávit nesse segmento, exportando mais do que importando, a partir de 2010 passou a ter déficit. Em 2007, o país importou cerca de 1,6 milhão de toneladas de aço que, somados aos 2,4 milhões de toneladas das importações indi-retas (aço em mercadorias), totalizou 4 milhões de toneladas importadas. Em 2013, as impor-tações diretas foram de 3,7 milhões de tone-ladas e as indiretas, de 5,6 milhões de toneladas,

“A carga tributária afeta o nosso custo diretamente, tornando quase imperceptíveis todos os esforços que a indústria tem feito para a melhoria de processos, lançamentos de novos produtos e outros investimentos”

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ou seja, 9,3 milhões de toneladas no total. O volume aumentou quase 2,5 vezes, repre-sentando 32% do consumo aparente de aço no país. Nesse ritmo, vamos chegar a 2023 com as importações representando 53% do consumo aparente de aço.

Diante desse cenário, estamos fazendo a nossa parte, investindo continuamente no aumento da competitividade de nossas ope-rações e já estamos colhendo frutos impor-tantes. A ArcelorMittal Aços Planos América do Sul, da qual fazem parte as unidades de Tubarão e Vega, investiu em redução de custo, no aumento da capacidade de produção e no lançamento de novos produtos. Neste ano, estamos voltando ao ritmo de produção máxima e, paralelamente, damos continuidade a novos investimentos.

Com o retorno da operação do Alto-Forno 3, que ocorreu em 6 de julho, a ArcelorMittal Tubarão voltou a produzir em sua capacidade máxima, que é de 7,5 milhões de toneladas/ano. Além de gerar maior receita, essa retomada na produção dos três altos-fornos nos permitirá diluir os custos fixos, aumentando a nossa rentabilidade. Parte dessa produção será dire-cionada à unidade de produção de aço na cidade de Calvert, no Alabama (EUA), adquirida pelo Grupo ArcelorMittal em joint-venture com a

Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation no final de 2013. E ainda teremos condições de voltar a atuar no mercado internacional de placas, do qual fomos pioneiros.

Estamos também realizando novos investi-mentos na planta de Vega, os quais vão ampliar a produção e também a linha de produtos, com a inclusão do Usibor. Voltado a atender demandas específicas do setor automotivo, esse novo tipo de aço tem tecnologia exclusiva do Grupo Arce-lorMittal e é um grande sucesso na Europa e nos EUA. Por fim, estamos implantando, ainda, uma linha de produção para o Usibor em Vega, que deverá estar pronta até abril de 2015.

Mesmo em meio à crise mundial e enfren-tando problemas estruturais no Brasil, realizamos e vamos continuar realizando ações para o aumento da nossa competitividade. Ao mesmo tempo, trabalhamos ativamente para, junto com os demais setores industriais, contribuir para a construção de soluções para essas questões. Estamos empenhados em demonstrar para o Governo e demais atores sociais, com dados e informações objetivas, a necessidade de agilizar as mudanças estru-turais, dando ao Brasil condições para crescer com sustentabilidade e aproveitar as oportuni-dades criadas pelas transformações históricas que vivenciamos.

artigo | INDÚStRIA

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Energia para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo

artigo | INDÚStRIA

C ontribuindo para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo e levando conforto e qualidade de vida aos capixabas, a EDP Escelsa, empresa do Grupo EDP Brasil, realiza investimentos no

sistema elétrico para suportar o aumento da demanda do mercado e o cres-cimento econômico do Estado, que tem evoluído acima da média nacional.

Atendendo a 70 dos 78 municípios do Espírito Santo e abrangendo mais de 90% do seu terri-tório e população, a EDP Escelsa apoia-se em pilares fundamentados na garantia de qualidade dos serviços oferecidos aos seus clientes, inves-timentos na expansão, modernização e manu-tenção das redes, além de implantação de projetos de inovação tecnológica, sustentabilidade e responsabilidade sociocultural.

Trazendo o futuro para o Espírito Santo, a companhia iniciou a implantação do projeto InovCity, nos municípios de Domingos Martins e Marechal Floriano, que serão as primeiras cidades do Estado dotadas de uma rede inteligente de energia (smart grid).

A iniciativa, realizada em parceria com o Governo do Estado, com a Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe) e com as prefei-turas locais, integra a estratégia mundial de inves-timento em inovação do Grupo EDP, que tem o desenvolvimento de redes inteligentes como uma de suas importantes ações.

O projeto, cujo investimento é de R$ 5 milhões, prevê a implantação de um conjunto de tecnologias que permitirão maior eficiência e qualidade na prestação de serviços ao cliente, como a medição inteligente, iluminação pública eficiente, microgeração com fontes reno-váveis de energia, mobilidade elétrica e ações de eficiência energética.

As redes inteligentes ainda se encontram em estágio inicial de desenvolvimento em todo o mundo, e a EDP está à frente desse processo na cidade de Aparecida, em São Paulo, e na Europa, onde o Grupo já registra uma experiência muito bem-sucedida e reconhecida pela Comu-nidade Europeia, na cidade portuguesa de Évora. E, com o projeto, o Espírito Santo passa a contar com dois municípios dotados das mais modernas tecnologias mundiais de redes inteligentes.

O projeto foi viabilizado após homologação, pelo Inmetro, do primeiro medidor inteligente do setor elétrico brasileiro, obtida pela EDP e pela ECIL Energia. No Espírito Santo, o InovCity inicia com a instalação de 5,5 mil medidores ele-trônicos, desenvolvidos no âmbito do programa de P&D (pesquisa e desenvolvimento) da EDP.

Tendo como prioridade assegurar a melhor utilização do produto distribuído aos seus clientes, promovendo soluções inovadoras e sustentáveis, a EDP Escelsa atua rigorosamente no combate ao furto de energia, que provoca prejuízos para toda a sociedade, como sobre-cargas no sistema elétrico que podem levar a interrupções no fornecimento de energia, oscilações que queimam eletrodomésticos e acidentes que podem ser fatais.

Nas áreas de alta complexidade social, a distribuidora desenvolve um plano de investi-mentos com o objetivo de reforçar as ações de regularização de consumidores ligados clandes-tinamente à sua rede, associado a programas

MIguel DIas aMaro é diretor-vice-presidente de Operações da Distribuição da EDP Brasil e diretor-presidente da EDP Escelsa

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“Trazendo o futuro para o Espírito Santo, a Escelsa iniciou a implantação do projeto InovCity, que dotará os municípios de Domingos Martins e Marechal Floriano de uma rede inteligente de energia (smart grid)”

de eficiência energética e orientações para o uso racional e seguro da energia, tornando o valor da conta de energia elétrica sustentável do ponto de vista do orçamento familiar.

Entre os projetos no âmbito do seu Programa de Eficiência Energética – PEE, destaca-se o “Agentes da Boa Energia”. Por meio de agentes comuni-tários e técnicos, é realizada a regularização de unidades consumidoras, de forma que os consu-midores clandestinos passem a fazer parte da base formal da EDP Escelsa. Além disso, os clientes com débitos ou na iminência de se tornarem inadim-plentes passam a ter o consumo de energia elé-trica dentro de valores adequados à sua capacidade de pagamento, por meio de ações que incluem, por exemplo, a substituição de lâmpadas e equi-pamentos ineficientes por outros, mais eficientes.

A EDP Escelsa também está investindo e ampliando um novo conceito de rede elétrica, que elimina os cabos de distribuição da baixa tensão e leva a energia para as unidades consumidoras por meio de ramais individuais já compostos por

aparelhos de medição instalados em concentra-dores, que, por sua vez, estão ligados diretamente na saída dos transformadores de distribuição. A partir desse novo conceito, qualquer intervenção na rede ou nos ramais poderá ser identificada por meio de sistema remoto de monitoramento.

Para gerenciamento dos equipamentos e infor-mações, a distribuidora possui o Centro Integrado de Medição, que, com o auxílio de softwares dos dispositivos móveis e aplicações inteligentes de tratamento de dados, torna possível identificar, com rapidez e segurança, qualquer anormalidade nos sistemas de medição, seja por alguma falha física dos equipamentos, por manipulação ou por furto de energia elétrica. É, também, por meio desse Centro, localizado no Centro de Operação de Carapina, na Serra, que é feita a medição das instalações atendidas em média e alta tensão, grupo que representa 57% da energia distribuída pela companhia.

Como consequência dos amplos investimentos que a EDP Escelsa vem fazendo em a toda a sua área de concessão, registra-se a expressiva melhoria da qualidade do serviço prestado à população capixaba. Os indicadores de qua-lidade de serviço comprovam que o forneci-mento de energia pela EDP Escelsa é um dos melhores do país, sendo registrado, em 2013, um DEC (duração equivalente de interrupção) de 9,67 horas, e um FEC (frequência equivalente de interrupção) de 5,78 vezes, índices melhores que os padrões estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) (10,42 horas e 8,13 vezes, respectivamente). Esses números tor-naram a cidade de Vitória, nos últimos anos, a capital brasileira com o menor tempo de duração de interrupção de energia elétrica por consu-midor e demonstram os esforços e investimentos empreendidos pela distribuidora. A utilização de tecnologia de ponta na automação da rede elé-trica, que permite a religação automática da rede e a transferência automática de cargas, bem como a manutenção preventiva, também está entre os fatores que têm possibilitado alcançar esses positivos resultados.

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Cooperativismo e desenvolvimento

artigo | ECONOmIA

a ntes da queda do Muro de Berlim, o cooperativismo era visto como uma terceira via entre o capitalismo e o socialismo. Hoje temos um desafio a mais, que é unir as duas vertentes de

maneira harmoniosa, atendendo a princípios e ideais de ambos e propor-cionando crescimento sustentável e equilibrado tanto aos cooperados quanto à região em que a cooperativa está inserida.

Essa nova concepção tem encontrado eco no Brasil, mas esbarra na falta de uma edu-cação voltada para os princípios coletivos. Nos países desenvolvidos, essa barreira é facil-mente transposta, com a educação formal acompanhada de valores filosóficos e práticos, como cooperação, solidariedade, união e participação. Porém, também no nosso país as instituições cooperativas vêm desenvol-vendo um trabalho técnico, profissional e ético, que muito tem contribuído para que venham deixando de ser consideradas apenas algo filosófico. Hoje, ocupam lugar de destaque entre as empresas que se configuram como instrumento de desenvolvimento regional. É inegável a presença dessas organizações nas mais diversas localidades, bem como sua par-ticipação ativa na economia.

As cooperativas têm um modo diferente de se inserir no mundo econômico. Todos os par-ticipantes, que não podem ser limitados a um número máximo, são sócios, donos do negócio. Há um número mínimo de pessoas neces-sário à criação de uma empresa cooperativa, para assegurar o bom desempenho e o alcance dos objetivos comuns dos associados. Em vista de tais particularidades, a legislação que rege as organizações desse tipo também é bas-tante específica.

Outra característica própria é o crescimento do patrimônio líquido que, a qualquer momento e de acordo com as definições dos sócios, pode ser providenciado por meio da par-ticipação no negócio com cotas maiores. Assim, a cooperativa não depende de investi-mentos de terceiros ou da abertura de capital na Bolsa de Valores para expandir seu tamanho.

Somos diferentes também no sentido de que, para usufruir dos serviços da coo-perativa, é necessário ser associado a ela,

integralizar capital e, só então, ser cliente. Pode parecer complexo, mas, participando e, cada vez mais, ajudando a construir regras sólidas e rígidas, podemos criar a empresa que desejamos.

Todas essas vantagens somam-se ao fato de que os associados tomam as decisões que deverão ser seguidas pela instituição e, quando digo isso, refiro-me não apenas àqueles que se colocam à disposição para disputar um cargo nos conselhos administrativos internos, mas a todos os cooperados, que têm direito a voto nas assembleias realizadas periodi-camente e que podem dizer quais serão os rumos da empresa.

Certamente a mais acentuada das diferenças desse tipo de organização é a sua característica de conhecer os associados e clientes. No caso das instituições financeiras

BeNto VeNturIM é presidente do Sicoob Espírito Santo

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“Não podemos impulsionar o avanço econômico de uma área e esquecer as condições ambientais, educacionais e das que envolvem a saúde pública e a promoção de empregos”

cooperativas, isso lhes dá a tranquilidade de, em tempos difíceis, ter informações a respeito da situação deles e avaliar as concessões de crédito de maneira responsável e criteriosa. Por esse motivo, em 2008 e 2009, no auge da crise iniciada nos Estados Unidos, o cooperativismo no mundo cresceu, enquanto os bancos encolheram. Essa é a razão pela qual a Organização das Nações Unidas (ONU), reconhecendo essa característica, instituiu 2012 como o “Ano Internacional do Cooperativismo”.

No Espírito Santo, diversas coopera-tivas atuam em diferentes áreas. Aliás, as soluções colaborativas existem para a maioria das questões que nos cercam. É o caso do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). A instituição presta serviços ban-cários e financeiros aos seus associados,

de acordo com seus princípios, valores e filo-sofia, e se tornou um instrumento de desen-volvimento local sustentável. Iniciamos nossas atividades há 25 anos no Estado e já somos responsáveis por aproximadamente 10% do crédito concedido aos capixabas e por 8% dos depósitos feitos aqui.

Nossa eficiência está calculada em 39%, e administramos R$ 3 bilhões em ativos. Também registramos uma inadimplência de apenas 1,6% da carteira de crédito, quando no mercado esse índice gira em torno de 3%. Os números mostram que nós construímos uma solução coletiva.

Quanto mais crescemos, maiores e mais numerosos são os desafios que se colocam em nosso caminho. Por esse motivo, e para atender a cada dia melhor os nossos associados, investimos cada vez mais na profissionalização, na educação para a cooperação e na eficiência de nossos serviços. Mostramos as vantagens de se fazer algo em conjunto. E, em especial, provamos que essa atividade coletiva soluciona problemas que são da sociedade, da comunidade onde a cooperativa está inserida.

O cooperativismo só vai bem quando abraçado por uma comunidade que tenha os mesmos problemas que a instituição se propõe resolver, e quando a solução individual da questão não é possível, ou é muito mais difícil. Contribuir com alternativas para os problemas locais faz parte da nossa cultura e é um de nossos princípios, já que traba-lhamos pelo desenvolvimento sustentável. Não podemos impulsionar o avanço eco-nômico de uma área e esquecer as condições ambientais, educacionais e das que envolvem a saúde pública e a promoção de empregos.

Portanto, não cabe à cooperativa apenas o papel de reunir pessoas em prol de um inte-resse comum e de alcançar representatividade para o setor em que atua, mas, especialmente, colaborar para o equilíbrio e o crescimento da comunidade como um todo, visando aos asso-ciados e a todas as pessoas que estão em volta da instituição.

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As micro e pequenas empresas e o desenvolvimento do Espírito Santo

artigo | DESENvOlvImENtO ECONÔmICO E SOCIAl

a s micro e pequenas empresas (MPEs) ocupam posto funda-mental na história da economia do Brasil. São elas que ajudam a manter o equilíbrio econômico do país, sendo responsáveis

pela maior fatia na geração dos empregos líquidos – resultado total das admissões menos as demissões – gerados.

Fator fundamental que tem contribuído para o desenvolvimento das MPEs no Estado é a descen-tralização dos atendimentos aos empreendedores, com a criação das Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES). As ADRs nasceram para levar dinamismo eco-nômico às microrregiões do Estado. Atualmente, o Sebrae-ES conta com as seguintes ADRs, além de Vitória: Aracruz, Linhares, Anchieta, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus, Nova Venécia, Guaçuí, Venda Nova e Serra.

Além dessa capilarização, o Sebrae-ES inten-sificou o atendimento a pequenos comércios com o projeto Comércio Total, desenvolvido

pioneiramente pela instituição. Dados compu-tados até julho do corrente ano mostram que, desde o seu início, em 2012, os 189 eventos do projeto realizados em todos os 78 muni-cípios capixabas atenderam a 25.459 pessoas e 8.078 empresas. As consultorias prestadas chegaram a 15.097, e foram realizados 1.542 planos de negócios.

Como principal agente de apoio aos pequenos negócios, o Sebrae-ES desenvolve projetos para promover e estimular o desen-volvimento e a sustentabilidade das MPEs, contribuindo para melhores resultados e fomentando a cultura do empreendedorismo em solo capixaba.

Por meio de atendimentos individuais e setoriais, projetos, cursos, palestras, consul-torias, promoção e acesso ao mercado e a serviços financeiros a quem deseja abrir o seu próprio negócio ou garantir condições

JosÉ eugÊNIo VIeIra é superintendente do Sebrae-ES

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“O Sebrae-ES desenvolve projetos para promover e estimular o desenvolvimento e a sustentabilidade das MPEs, contribuindo para melhores resultados e fomentando a cultura do empreendedorismo em solo capixaba”

de se manter no mercado, o Sebrae-ES con-tribui de forma significativa para o fomento da economia capixaba e para a geração de empregos e benefícios claramente voltados para a sociedade.

Para se ter uma ideia, existem vários setores que se ressaltam no Estado, e o Sebrae-ES atua junto a todas essas cadeias. Alguns exemplos são: comércio e serviços – com destaque para serviços de beleza; agronegócio – sobretudo o leite e a cafeicultura; agroturismo; indústria, com enfase para as áreas de “mármore e granito”, “petróleo e gás” e “moda e vestuário”.

Também temos grande número de empre-endedores em nosso Estado, que tem se des-tacado com o empreendedorismo feminino. Por exemplo, no ano passado três capixabas ficaram com o primeiro, o segundo e o terceiro lugares no Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, uma disputa nacional.

Outro dado importante é a taxa de sobre-vivência das empresas no Espírito Santo, que é uma das maiores do país. Atualmente 77,1% delas se mantêm abertas após dois anos de ati-vidades, enquanto a média brasileira é de 75,6%.

Olhando para o futuro, vale a pena destacar que a partir de 2015 mais de 450 mil empresas no Brasil poderão aderir ao regime tributário Supersimples. No Espírito Santo, mais de 60 mil empresas poderão ser beneficiadas com a Lei Federal, sancionada no dia 7 de agosto.

Essa é uma medida esperada há tempos por empresários de mais de 140 atividades, como profissionais da saúde, jornalistas, advogados, corretores de imóveis e de seguros, entre outros.

Com a inclusão dessas novas categorias, um grupo maior de profissionais poderá se formalizar, conquistar seus direitos e ajudar ainda mais no desenvolvimento econômico do Estado e do país, deixando a informalidade.

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Nada mais será igual ao que se conhece

artigo | mARKEtING

a informação que nos chegou pela Babson Olin School of Business em 2011 foi a mais aterrorizante possível. Segundo a insti-tuição, a profunda transformação que os ambientes digitais,

em aceleração exponencial, estão promovendo em nosso mundo fará com que em 10 anos, 40% das empresas listadas na Fortune 500 desapa-reçam, por falta de adaptabilidade.

Não obstante ser uma informação preocupante, devemos nos voltar a entender esse cenário e o que está em curso nele, para que se possa aumentar o poder de resposta e mesmo estabelecer um padrão de compreensão sobre o momento que vivemos e como apontar uma forma de reação a um quadro tão hostil.

Esse movimento, na realidade, começou nos anos 1990, com o padrão de convergência das mídias, que estabelece uma nova forma de dar significado para as relações individuais e coletivas, em um processo que não acontece nas áreas de TI das corporações, mas dentro da cabeça das pessoas, que passaram a contar com uma série infindável de novas formas de relacionamento, que associavam novos recursos e habilidades compartilhadas em um ambiente de extrema transformação.

Parece lógico quando se observa que, ao se dominar a tecnologia, a sociedade e o homem passam a ter uma série enorme de ofertas de sistemas de comunicação para consumo de conteúdos diversos. Com isso, estabeleceu-se a convergência de meios, contemplando cultura participativa e inteligência coletiva, criando o que se chama de “era do protagonismo”, em que as pessoas tomam o controle das mídias para se expressarem, ao mesmo tempo estabe-lecendo um novo padrão de consumo de pro-dutos, serviços e de informação.

Esses movimentos estão intrinsecamente ligados ao desenvolvimento das tecnologias, porque elas, em si, também transformam o mundo, proporcionam novas e continuadas soluções e, como decorrência, também mudam hábitos de consumo e comportamentos – e a evo-lução das tecnologias está cada vez mais acelerada, por conta da velocidade com que se dominam os ambientes tecnológicos.

carlos pIaZZa é consultor palestrante de pós-graduação, MBA e EDPs em Marketing e Comunicação Integrados, Marketing de Relacionamento, Marketing Digital & Storytelling e Tecnologia & Inovação e instrutor do IEL-ES

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Por outro lado, as tecnologias sempre esti-veram presentes nos sonhos das pessoas. Quem não se lembra do relógio intercomu-nicador que o Dick Tracy usava em 1945? Da Rose, a secretária dos Jetsons, que em 1962 nos encantava com sua eficiência? Ou mesmo do Dr. Smith, que tinha um robô em “Perdidos no Espaço”, que começou em 1965, mas cujo futuro se passava em 1997? Como um prenúncio do Google, ele tinha seu próprio sistema de busca, e não havia pergunta que o Robby, o robô B9, não soubesse responder. Nessas obras, como em “Viagem ao Fundo do Mar”, “Terra de Gigantes” e “Túnel do Tempo”, o mote central sempre foi a mobilização pela tecnologia e pela inovação.

Em 1982 veio então aquilo que se trans-formou em um clássico cult: “Blade Runner”. “O Caçador de Androides” se passa na deca-dente cidade de Los Angeles, no ano 2019. No cardápio de desafios, tudo que se tem hoje, menos o movimento de captura do sur-gimento da internet, mas inteligência arti-ficial, biometria, carros que voam, sistemas de medicina digital, engenharia genética e robótica já mobilizavam as mentes, em um momento de reflexão voltado à com-pressão das culturas em ambientes multicul-turais e de diversidade entre máquinas e homens. Exatamente como assistimos no mundo hoje.

Esses movimentos são mais reais do que se possa imaginar e vieram ao longo dos anos tra-zendo mais e mais sistemas de comunicação – e deve-se ressaltar que ela acompanha o desen-volvimento da humanidade, e sua necessidade aumenta com o desenvolvimento da sociedade em seus movimentos evolutivos.

Essas intensas e profundas modificações no ambiente tecnológico trouxeram para os dias de hoje uma série de mudanças no mundo da comunicação e do marketing. Passamos a ter os consumidores no centro do processo de decisão e de transações. Eles buscam ativamente informações e referências nas redes digitais,

“Essas intensas e profundas modificações no ambiente tecnológico trouxeram para os dias de hoje uma série de mudanças no mundo da comunicação e do marketing”

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compartilham decisões, e mais: procuram marcas que não lhes transmitam sensações de risco.

Fundamentalmente, hoje os consumidores estão baseados no centro de suas redes e buscam informações e recomendações até de estranhos e que aos poucos, devido ao protagonismo e à tecnologia que lhes dão essa condição, são seres conectados e ativos, deslocando as empresas do foco das atenções, colocando a comunicação a partir delas, e não mais das empresas a elas.

Para as empresas, é preciso compreender que o comando não está mais em suas mãos, e isso traz tensões e dificuldades em se buscar um novo padrão de respostas que considere fortemente o que disse Peter Drucker: “Pode-se presumir que sempre haverá necessidade de algum esforço de vendas, mas o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua”. A afirmativa ganha força uma vez que o consumidor é quem procura as marcas hoje, não o contrário e, com isso, também o conceito de lucratividade muda, passando a ter melhor compreensão no CLTV – Customer Lifetime Value, em detrimento de lucra-tividade por transações individuais.

Devido ao fato de que os ambientes, bem como o padrão de comunicação, mudam, e com velocidade estonteante, há de se apontar que hoje o mundo é mais complexo e muito mais comprimido. Há atualmente apenas duas maneiras adequadas de se estabelecer relacionamento das empresas com as pessoas: transmidia&storytelling e gamification, digita-lizando e desmaterializando em ambientes

DIY (Do it yourself, ou “faça você mesmo”), como forma de dar novos significados.

Parafraseando Arthur Bender, muito em breve existirão apenas duas arenas para se com-petir nos mercados: uma de preço, que exigirá competência na gestão de custos, ou uma segunda, a de significados, que exigirá compe-tência na geração de valor. Ao se considerar isso, ganha muita importância a capacidade das empresas em fazerem promessas críveis e se comunicar no segmento multistakeholder.

No esteio desses pontos todos, estão muitas coisas com às quais nunca tivemos que nos rela-cionar de maneira objetiva, que são os ambientes com extrema sobrecarga de informações em um ritmo galopante de mudanças, aumento de incertezas e complexidade, menos precedentes históricos e metas conflitantes, onde se devem assumir riscos maiores em ambientes muito menos clementes.

Respostas? Elas estarão cada vez mais no processo de inteligência compartilhada, nos ambientes multistakeholders, ativadas pela diversidade de pensamento adquirida nos pro-cessos de interação nas redes digitais e fora delas. Portanto, o momento é de reflexão e de extrema flexibilidade, pois nada está tão em equilíbrio instável quanto o momento que se vive hoje, no ambiente das empresas e das pessoas, e a aceleração exponencial já nos traz muitas adversidades, mas muitas e muitas oportunidades. Basta focar o olhar em um mundo pouco conhecido, mas igualmente fascinante.

artigo | INDÚStRIA

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A influência do Poder Judiciário no desenvolvimento econômico e social

artigo | JUStIçA E DESENvOlvImENtO

H á em cada ser humano um senso de justiça equivalente ao grau de conhecimento, percepção cultural e caráter. É discernimento que passa a existir subjetivamente e se forma de acordo com a

noção que se tem de sociedade. Trata-se da virtude soberana, cujo papel está em harmonizar e aperfeiçoar as demais virtudes. No seio social, ela atribui a cada pessoa a tarefa de contribuir para a construção da socie-dade, considerando-se nessa empreitada uma enorme lista de direitos e deveres pelos quais se faz possível desenvolver um projeto político.

Assim entendida, justiça é o começo de tudo, o êmbolo gerador da perspectiva de construir um plano objetivo, ideal para a maioria, a que se pode chamar de desenvolvimento. Trata-se da circunstância plausível, ideal na visão de muitas nações que o construíram à custa de vontades juntadas, não raras vezes motivadas por calcinação e dor. Não há como dissociar justiça e desenvolvimento. São valores coexis-tentes e interdependentes por meio dos quais é possível gerar e distribuir bem-estar.

Não é por acaso que o tema está posto entre os conteúdos desta respeitada publi-cação. Empresários e gestores públicos são por ânimo e delegação aqueles de quem mais se deve cobrar quando a perspectiva é o ideal, o justo e o bom para todos, valores intrín-secos à coexistência.

Num conceito mais específico, a justiça também pode ser entendida como o Poder Judi-ciário, fundamentado nos artigos 92 a 126 da Constituição Federal, que é um conjunto de órgãos que decide os conflitos entre as pessoas, sejam particulares ou públicas; e será melhor para a sociedade quando as decisões respeitarem o senso de justiça voltado para o bem comum.

De qualquer maneira, há de se registrar uma diferença significativa: o senso de justiça não exerce uma coerção direta sobre as pessoas e as empresas, apenas emite indicativos de ordem subjetiva com influência maior no médio e no longo prazo; ao passo que o Poder Judiciário emite comandos coercitivos, com influência direta no curto prazo.

A palavra “desenvolvimento” é muito ampla e está relacionada com crescimento, avanço, conquistas e progresso, entre outros valores que podem ser humanos, sociais, econômicos,

urbanos, agrários, pessoais, sustentáveis e orga-nizacionais, por exemplo.

No tocante ao meio empresarial, o desenvol-vimento econômico, sem prejuízo da preocu-pação com questões de ordem social, é aquele que mais impacta. Dele pode decorrer o sucesso ou insucesso das indústrias, do comércio e dos serviços.

A economia tem uma proximidade com as ciências exatas, pois nela analisamos números, índices e equações. No entanto, a economia possuem grandes doses de volatilidade, muito ligada a questões de mercado, sendo sensível até mesmo a um mero boato ou a comen-tários na imprensa. Um boato que atinja um determinado segmento pode-lhe ser danoso; a divulgação de um pessimismo exagerado com

DoMINgos tauFNer é conselheiro-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo

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“Não sejam negligentes no acompanhamento de processos judiciais e administrativos que possam ter influência negativa nos seus negócios e, consequentemente, no crescimento. Acompanhar os processos é fundamental”

Outro problema no Judiciário que resulta em consequências negativas para o desenvolvi-mento é a morosidade. A demora na solução defi-nitiva de um processo gera insegurança jurídica. Por exemplo: uma dúvida sobre isenção tribu-tária que não seja resolvida no tempo certo pode ter como consequência a não instalação de uma indústria em determinado local. Também temos as situações em que é concedida uma liminar no início de um processo impedindo a insta-lação de determinado empreendimento. Anos depois, quando o processo é finalmente julgado, comprova-se que poderia ter sido liberado por atender a todos os requisitos legais e ambientais. Entretanto, a demora na solução pode ter invia-bilizado totalmente o projeto.

Essa morosidade é tão danosa que sensibi-lizou o Congresso Nacional a inserir, por meio da Emenda 45/2004, o princípio da duração razoável do processo, conforme art. 5º LXXVIII da Constituição da República, que também é válido para os processos administrativos. Cumpri-lo é algo vital para o desenvolvimento com um todo.

Um ponto sobre o qual devemos orientar as empresas, inclusive as suas entidades repre-sentativas, é que não sejam negligentes no acompanhamento de processos judiciais e admi-nistrativos que possam ter influência negativa nos seus negócios e, consequentemente, no crescimento. Acompanhar os processos é fundamental.

Não quero dizer aqui, de maneira nenhuma, que as empresas devam sempre ganhar os pro-cessos em detrimento de outras pessoas ou do bem-estar da sociedade, e nem que ocorra o contrário. O importante é que ocorram resul-tados razoáveis e justos e no tempo certo e isso dependerá de muitos fatores, inclusive das argumentações apresentadas pelas empresas e pela sociedade.

O desenvolvimento com sustentabilidade tem o condão de provocar benefícios para todos nós. Portanto, devemos envidar esforços para que as decisões do Poder Judiciário caminhem nesse sentido.

a situação econômica é capaz de influenciar numa redução de investimentos muito maior do que talvez pudesse ocorrer.

Alguém poderia perguntar: será que a Justiça influencia no desenvolvimento? Ou será que a economia é forte o bastante para sofrer influ-ência somente do mercado, tendo a Justiça um poder mínimo de influência?

Se um mero boato pode causar especulação e até danos financeiros, imagine então uma decisão judicial com repercussão econômica. Uma decisão que determine que o poder público pague quantias astronômicas a algum particular pode aumentar a carga tributária da coletividade; o rigor excessivo em decisões sobre instalação de empresas pode resultar, por exemplo, em recessão.

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Os desafios da inovação no Espírito Santo

artigo | INOvAçãO

N ão existe dúvida de que a inovação é um dos grandes motores de desenvolvimento das economias capitalistas. O economista austríaco Joseph Schumpeter, um dos fundadores do campo de

estudos de inovação, já no início do século XX apontava a importância de novos materiais, novos produtos ou serviços, novos mercados, novos processos e novos formas organizacionais para o aumento do bem-estar econômico. O economista americano Robert Solow, por sua vez, mostrou que a maior parte do crescimento econômico americano do período 1909-1949 não era fruto exclusivo do aumento do estoque de capital e mão de obra no país. O incremento médio observado na produtividade do trabalhador era, em grande parte, decorrente do progresso técnico, uma das facetas da inovação e, em parte, resultado dos esforços de pesquisa e desenvolvimento (P&D) dos atores econômicos.

Ainda que não seja fator suficiente, o inves-timento em P&D constitui elemento-chave nos esforços de inovação das empresas, sobretudo na inovação tecnológica industrial. Sendo esses esforços, em grande parte, determinantes na competividade das empresas no longo prazo, mensurar e avaliar a P&D em diferentes empresas e setores se torna primordial para nossa compreensão dos avanços e retrocessos ocorridos no país.

Superando o conceito linear, a análise de sistemas nacionais e regionais de ino-vação, proposta por estudiosos como o sueco Charles Edqvist, ressalta que os processos ino-vadores são interconectados, e nenhum ator é capaz de agir isoladamente. A capacidade ino-vadora de uma determinada região não é exclusi-vidade das empresas locais ou do governo central. Os estados, sobretudo em uma federação como o Brasil, são atores de suma importância para incentivar a inovação em suas economias.

Os dados da Pesquisa de Inovação (Pintec), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada três anos, demonstram que o dispêndio das empresas industriais do Estado do Espírito Santo realizado em ati-vidades internas de P&D teve uma redução em valores corrigidos (cifras em reais de 2011) de R$ 67 milhões para R$ 48 milhões (confira no gráfico). Como houve também redução da atividade industrial entre 2008 e 2011, o dispêndio em P&D interno em relação à receita líquida de vendas se manteve estável,

variando de 0,19% em 2003 para 0,22% em 2011, enquanto a evolução do mesmo indicador em território nacional foi de 0,53% para 0,71%. Além disso, esse pequeno dispêndio é concen-trado na indústria extrativa, nas indústrias de papel e celulose e de siderurgia, e nos poucos atores que, de fato, realizam P&D.

Mesmo o Governo Estadual, que poderia agir como indutor de desconcentração das atividades de pesquisa, foca suas atividades em algumas poucas áreas. O apoio do poder público é predominantemente voltado para pesquisa agrícola e o abastecimento (55%) e para subsidiar políticas públicas por meio do Instituto Jones dos Santos Neves (15%). O restante é dividido entre o Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia (12%), a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (7%), o Instituto de Pesos e Medidas (6%) e a Fun-dação de Amparo à Pesquisa (5%).

ruy QuaDrosé professor titular da Unicamp e consultor líder da Innovarelab

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“Os estados, sobretudo em uma federação como o Brasil, são atores de suma importância para incentivar a inovação em suas economias”

Em última instância, quem promove inovações são as pessoas. É notável cons-tatar que a quantidade de profissionais com nível superior realizando P&D na indústria diminuiu de 0,58% (por total de profissionais ocupados), ou 458 pro-fissionais, em 2003 para 0,20% ou 227 profissionais, em 2011, uma tendência oposta ao observado no país, onde se nota um crescimento de 0,41% para 0,61% no mesmo período.

Uma comparação interessante surge quando consideramos a evo-lução desses indicadores no estado vizinho de Minas Gerais, que ilustra os resultados de uma iniciativa coerente e inclusiva de fomento às atividades inovadoras em nível regional. Entre 2003 e 2011, o dispêndio em P&D, em relação à receita líquida de vendas, subiu de 0,18% para 0,7% (conforme o gráfico). Esse dispêndio é também mais diversificado, abrangendo a indústria extrativa, de fabricação de produtos

alimentícios, siderúrgicos, automotivo, telecomu-nicações e tecnologias de informação.

A despeito de suas fraquezas, o Espírito Santo possui algumas vantagens que deveriam ser melhor exploradas e constituir o ponto de partida para uma política agressiva de C&T. A cooperação entre empresas e universidades ou institutos de pesquisa aumentou, passando de 1,4% (sobre o total de empresas inovadoras) para 3,9%, seguindo a tendência de crescimento da economia nacional, na qual os valores passaram de 1,6% para 6,6%.

A pesquisa acadêmica também deu um salto, como evidenciado pela quantidade de publicações acadêmicas do Estado indexadas nas bases Science Citation Index Expanded (SCIE) e Social Sciences Citation Index (SSCI). Entre 2002 e 2006, a produção mais que duplicou, representando a maior taxa de crescimento da Região Sudeste, embora a contribuição para o total brasileiro continue baixa, no valor de 0,7%.

Frente ao grande desafio de impulsionar a inovação no Espírito Santo, torna-se necessário uma iniciativa política que aumente o dispêndio público em atividades de ciência e tecnologia, diversifique os atores que se bene-ficiam desses recursos e incentive a colaboração entre empresas, setor acadêmico e Governo, tanto dentro quanto fora do Estado.

André Neiva Tavares é consultor e pesquisador da Innovarelab (coautor)

Fonte: IBGE

Dispêndio (R$ de 2011) em atividades internas de P&D na indústria nos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais entre 2000 e 2011

1600

1400

1200

1000

800

600

400

200

02003 2005 2008 2011

Dispêndio total (R$ de 2011) em P&D Percentual de dispêndio em P&D em relação à receita líquidaEspírito Santo

Espírito Santo

BrasilMinas Gerais

Minas Gerais

67 43

645

71

1490

0,53%

0,57%

0,45%

0,19%0,18%

0,14%0,23%

0,62%

0,77%0,71%

0,70%

0,22%

1326

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Reforma tributária

artigo | JUStIçA E DESENvOlvImENtO

a proximidade das eleições presidenciais sempre nos suscita expec-tativas de melhorias sociais. Este, por certo, é o momento mais propício para se discutir a pauta das grandes reformas sociais.

Nesse rol podemos incluir saúde, educação, previdência, política, segurança, tributação, gestão pública etc. São esses os grandes temas que determinam nosso desenvolvimento e qualidade de vida e sobre os quais temos tantas expectativas e necessidades.

Apesar da insatisfação pública quanto a cada uma dessas áreas, externada das mais diversas formas, a nossa sociedade ainda não identificou o caminho mais adequado para equacionar tão complexos problemas. Como é possível custear educação, saúde, segurança e previdência sem um sistema político menos permeável ao populismo e mais comprometido com as necessidades atuais e futuras de nossa população, e ainda, sem a geração de riqueza necessária para arcar com os custos dessas necessidades?

Nessa toada, sem muito esforço podemos deduzir que, sem geração de riqueza, de nada adiantarão as demais reformas. É preciso destravar o sistema produtivo deste país. Estruturar um sistema tributário mais racional e uma regulamentação mais simples, blindada contra “palpiteiros”, que justificam a sua existência criando exigências que sub-vertem as necessidades e prioridades dentro do sistema produtivo e de nossa sociedade.

É estarrecedor saber que o conjunto de normas tributárias em vigor ocuparia, segundo o Movimento Brasil Eficiente (MBE), um livro de sete toneladas, com mais de 40 mil páginas de três metros quadrados cada uma, o que exige de uma empresa-padrão brasileira, segundo o Banco Mundial, um total de 2.600 horas anuais para apuração e pagamento de impostos, enquanto a segunda nação colocada nesse ranking, a Nigéria, gasta 1.120 horas/ano, e dos 177 países analisados, apenas 23 exigem mais de 500 horas/ano.

Um sistema tributário e regulamen-tações eficientes podem representar ganhos de produtividade para empresas, municípios, estados e União. Para tomarmos o rumo do cres-cimento econômico, é preciso uma mudança

radical, no sentido da simplificação e da unifi-cação de tributos, da eliminação ou da redução de impostos e das alterações nos marcos legais.

À luz das propostas e discussões pré-eleitorais, surgem alternativas interessantes, dentre as quais podemos destacar a do MBE, que sugere a concentração dos principais tributos atuais em dois impostos. Um, o ICMS nacional, tributo de valor adicionado que reuniria impostos e contribuições sobre a produção

gIBsoN Barcelos reggIaNI é doutor em Engenharia de Produção,primeiro vice-presidente da Findes e diretor financeiro das Bebidas Reggiani

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“Sabe-se que para o país voltar a crescer e se desenvolver é preciso bem mais do que a reforma tributária: também temos que tratar da reforma trabalhista, da reforma política, da estabilidade jurídica e de vários outros aspectos da economia e da vida em sociedade”

e o consumo (ICMS, IPI, PIS, Cofins, ISS) e seria arrecadado pela União e distribuído, automaticamente, aos estados e municípios. O outro seria um novo Imposto de Renda, que substituiria o atual e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A alternativa nos parece interessante por unificar um tributo, o ICMS, que obedece a legislações diferentes em cada um dos 27 estados da Federação. Associada a essas simplificações teríamos uma

promessa de redução da carga tributária até 2022, dos atuais 36% para 30% do PIB.

Sabe-se que para o país voltar a crescer e se desenvolver é preciso bem mais do que a reforma tributária: também temos que tratar da reforma trabalhista, da reforma política, da estabilidade jurídica e de vários outros aspectos da economia e da vida em sociedade. Mas não resta dúvida de que, com a reforma tributária, teríamos dado um grande passo, talvez o mais importante.

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ÍNdiCe de aNUNCiaNteS

alphaville 127

arcelorMittal 287

Bandes 13

Banestes 83

Buaiz alimentos 22

cccV 12

chocolates garoto 32 e 33

cindes 273

cisa trading 51

cofril 70

consentino latina 85

construtora Épura 99

coopeavi 223

corpus 66

Divulgue outdoor 197

Domus Itálica 233

espiral engenharia 67

Fertilizantes Heringer 5

Findes 117

grupo coimex 261

grupo eletromil 59

Hiper export 43

Hospital Metropolitano 23

Hospital santa rita - afeec 42

Ideies 189

Iel-es 2 e 170

Imobiliária universal 31

IrI 128

IsH tecnologia 91

Kia 54 e 55

leonel albuquerque - Foto aérea 222

lorenge 87

Morar construtora 93

Metro Jornal 283

aNuNcIaNtes págINa aNuNcIaNtes págINa

Next editorial 249

OCB/ES 201

one eventos 242

painel Digital 282

ponto 231

preservar 266

primer 121

prosegur 37

rede gazeta - cBN 243

rede sim 111

rede sim - FM 207

redetV 267 e 277

revista es Brasil 71

samarco 281

samp 227

sebrae 77

senai-es 212 e 213

serdel 58

servinel 82

servinel technology 279

sesi-es 8 e 9

shopping Vitória 89

sicoob 288

sistema Findes 256 e 257

soeta 275

terca 3

tV capixaba 95

unimed Vitória 113

Vale 38 e 39

Veneza 219

Vigauto 279

Viminas 36

Vix logística 7

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