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Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

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Ranking | editorial

E ste ano, o Sistema Findes completa 55 anos, e cada uma de nossas enti-dades atua no interesse estratégico

do industrial, oferecendo serviços dife-renciados em diversas áreas de negócios. Nossa missão é trabalhar em prol da indústria capixaba. O desafio é garantir a sustentabilidade do crescimento do Estado e a capacidade de transformação estrutural, de modo que possamos contar com um setor inovador e competitivo.

No mês de agosto entregamos o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba (Meic) 2013-2022, que detalha, de forma técnica, uma série de indicadores e metas a serem atingidos pelo Estado até o ano do bicen-tenário da Independência do Brasil. Na oportunidade, passamos também às mãos do governador Renato Casagrande a Agenda Positiva, que propõe, com o envol-vimento dos setores públicos e privados, várias ações capazes de promover o avanço em desafios históricos, que podem ser supe-rados sem grandes investimentos, mas com medidas inovadoras, inteligentes e redução da burocracia.

Já no mês de setembro, em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES), apresentamos ao setor produtivo outro importante diagnóstico - desta vez, o índice que demonstra a competitividade das micro e pequenas indústrias capi-xabas (MPEs). Ainda nesse contexto, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), lançamos agora o Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, edição 2013, em que analisamos minuciosamente os

balanços e demonstrativos financeiros de empresas dos setores agropecuário, industrial, comercial e de serviços.

O objetivo do Anuário é avaliar as instituições que obtiveram os melhores desempenhos e conhecer os maiores e melhores grupos empresariais capixabas. Em sua 17ª edição, sendo a quinta conse-cutiva em versão bilíngue, a publicação, além de apresentar o ranking das maiores empresas em atuação no Estado, é um dos mais importantes instrumentos de análise e reflexão sobre a economia capixaba.

Na edição deste ano, como de praxe, trazemos aos leitores artigos elaborados por autoridades, economistas, empreende-dores, professores, técnicos e formadores de opinião, apresentando diferentes visões e avaliações sobre gargalos, desafios e cená-rios econômicos, além de avaliações da nossa economia.

Podemos afirmar que o Anuário é um recurso fundamental para os empreende-dores que desejam ou pretendem investir no Espírito Santo. Enquanto presidente do Sistema Findes, acredito que podemos contribuir para o desenvolvimento do Estado com diversos tipos de articulação, projetos e elaboração de diagnósticos técnicos, seja por meio de pesquisas, estudos ou índices, pois nosso objetivo é construir um cenário econômico sustentável, que favo-reça o crescimento da indústria capixaba beneficiando tanto os investidores quanto seus colaboradores, com impactos positivos sobre a geração de emprego e renda.

Ótima leitura e boa reflexão.

Por uma indústria mais forte

Marcos Guerra é presidente da Federação das

indústrias do espírito Santo (Findes)

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ÍNDICE

FEDEração Das INDústrIas Do EstaDo Do EspÍrIto saNto (FINDEs)

presidente: Marcos Guerra

1º vice-presidente: Manoel de Souza Pimenta Neto2º vice-presidente: Ernesto Mosaner Junior3º vice-presidente: Sebastião Constantino Dadalto1º diretor administrativo: Ricardo Ribeiro Barbosa2º diretor administrativo: Túllio Samorini3º diretor administrativo: Luciano Raizer Moura1º diretor financeiro: Tharcício Pedro Botti2º diretor financeiro: Ronaldo Soares Azevedo3º diretor financeiro: Antônio Tavares Azevedo de Brito

Diretores: Ademar Antonio Bragatto Ademilse Guidini Alejandro Duenas Benízio Lázaro Clara Thais Rezende Cardoso Orlandi Edvaldo Almeida Vieira Egidio Malanquini Elcio Alves Evandro Simonassi Flavio Sergio Andrade Bertollo Gibson Barcelos Reggiani José Domingos Depollo Leonardo Souza Rogerio de Castro Luiz Alberto de Souza Carvalho Mariluce Polido Dias Ortêmio Locatelli Filho Paulo Alexandre Gallis Pereira Baraona Rogério Pereira dos Santos Vladimir Rossi Wilmar Barros Barbosa Wilmar dos Santos Barroso Filho

proDUção tÉCNICa – INstItUto EUvalDo loDI (IEl-Es)Diretor regional: Marcos Guerra Diretor para assuntos do IEl-Es: Benízio lázaro superintendente: Fábio ribeiro Dias

Equipe técnica: Fernando Gomes pereira – Gerente da Unidade de Negócios e projetos e equipe Marcus vinícius tavares Cabral – Especialista Emanuel Junqueira de Mattos – Consultor antônio Fernando Dória porto – Diretor Executivo do Ideies e equipe

Equipe de apoio: Carla Mara pereira Franco – Gerente da Unidade de Gestão Estratégica e operações e equipe

Marketing: Cintia Coelho Dias – Gerente da Unidade de Marketing do sistema Findes e equipe

relações com o Mercado: simone Dttmann sarti – Gerente da Unidade de relacionamento com o Mercado do sistema Findes e equipe

Contatos: (27) 3334 5721 [email protected]

Designer da Marca 200 Maiores: Cristina Xavier

arte da capa: Marketing Findes

Jornalista responsável: Breno arêas (MtB-Es 2933)

Endereço: av. Nossa senhora da penha, 2.053, Ed. Findes, 2º andar, santa lúcia vitória (Es), CEp: 29056-913 Tel: (27) 3334-5754 • Fax: (27) 3225-7958 [email protected]

produção Editorial:

www.nexteditorial.com.br (27) 2123-6500

Coordenação editorial: Mário Fernando souza

Coordenação de produção: Cláudia luzes

Coordenação de conteúdos: Márcia rodrigues

textos: ana lúcia ayub, Heliomara Mulullo, Jacqueline vitória, Nádia Baptista, sânnie rocha, thiago lourenço e Yasmin vilhena

tradução: Damaris Barradas

Fotos: arquivo Next Editorial, anderson Mendes, Cláudio alves, Jackson Gonçalves, renato Cabrini e shutterstock.

revisão: andréia pegoretti produção Gráfica:

www.grafitusa.com.br tel: (27) 3434-2200

ano XvII - Nº 17 - Novembro/2013 - publicação anual - venda proibida

Editorial04 Por uma indústria mais forte

Marcos Guerra

ARTIGOSDesenvolvimento Econômico e Social10 Crescimento capixaba: uma realização coletiva

renato Casagrande

Indústria12 o futuro do Brasil depende da indústria

robson Braga de andrade

Energia e Infraestrutura16 alerta: a infraestrutura ainda pode piorar

José armando de Figueiredo Campos

Gestão e Qualidade18 Profissionalização da gestão:

a empresa familiar em foco annor da silva Júnior

Políticas Públicas22 o valor da educação

ricardo Ferraço

Justiça e Desenvolvimento26 Sem amadorismo

sebastião Carlos ranna de Macedo

Inovação28 inovar no pensar e no fazer

Guilherme Henrique pereira

Indústria32 reinventando a indústria

Mauricio Max

Gestão e Espiritualidade36 Gestão e espiritualidade

sidemberg rodrigues

Gerenciamento de Projetos 40 Comunicação, soft skills e gerenciamento de

stakeholders em projetos = Best fit communication Miriam Machado

Economia42 a busca por mão de obra qualificada

Benízio lázaro44 os pequenos negócios e o desenvolvimento capixaba

José Eugênio vieira

EcOnOmIA cAPIxAbA48 abertura - Cenário e perspectivas54 petróleo e Gás58 rochas62 papel e Celulose64 logística e Infraestrutura68 Mineração e siderurgia72 Energia76 Construção Civil e pesada78 serviços80 Metalmecânico

PESQuISA IEL-ES84 Metodologia86 Empresário Destaque88 Empresário Destaque90 Executivo Destaque92 Empresa Destaque94 prêmio IEl em Gestão Empresarial

DESTAQuES EmPRESARIAIS98 Garoto102 vale106 Coimex108 sicoob Es110 samarco112 sesi/Es118 senai/Es

RAnkInG 200 mAIORES EmPRESAS nO ESPíRITO SAnTO124 Introdução125 o que você encontra neste encarte126 análise Emanuel Junqueira 128 Metodologia130 Informações Gerais, análises e estatísticas 160 análise Ideies

InSTITucIOnAL182 sistema Findes

EcOnOmIA cAPIxAbA (cOnTInuAçãO)190 agroindústria e agronegócios194 alimentos e Bebidas198 saúde202 Comércio varejista204 Mercado Financeiro208 Comércio Exterior212 turismo214 Móveis218 vestuário222 Educação224 Inovação226 Química e Embalagens228 Meio ambiente e sustentabilidade230 Indústria Criativa234 políticas públicas

ARTIGOS (cOnTInuAçãO)Desenvolvimento Econômico e Social238 desafios para o desenvolvimento socioeconômico

paulo Hartung

Indústria240 a indústria naval chega ao espírito Santo

luciana aboudib sandri

Gestão Empresarial244 a gestão como estratégia no mercado global

ricardo vescovi

Energia e Infraestrutura246 o novo cenário da exploração e produção

de petróleo e gás no espírito Santo José luiz Marcusso

Justiça e Desenvolvimento250 Justiça e subdesenvolvimento

pedro valls Feu rosa

Desenvolvimento Econômico e Social252 Nova economia diversificada – o quarto ciclo do

desenvolvimento do eS Nery De rossi

Indústria254 Por uma política efetiva de aumento da competitividade

Benjamin M. Baptista Filho258 desenvolvimento industrial: uma nova perspectiva

vitor penna Costa260 inovação: um desafio permanente

paulo silveira

Inovação262 a saída está na educação

rafael lucchesi

Indústria266 Urbanização acelerada e bem-estar

Guilherme lacerda270 Um futuro promissor

Fernando pimentel

RAnkInG OF THE 200 bIGGEST cOmPAnIES In ESPíRITO SAnTO275 Somente na versão em inglês274 Índice de anunciantes

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Esta revista foi produzida em papel Certificado FSC® garantindo o manejo florestal responsável.

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Crescimento capixaba:uma realização coletiva

aRtigo | deSeNVolViMeNto eCoNÔMiCo e SoCial

renato Casagrande é governador do estado do

espírito Santo

ao entregar esta publicação a todos que se interessam, direta ou indireta-mente, pelo crescimento econômico

e o desenvolvimento social do Espírito Santo, o Instituto Euvaldo Lodi comprova que o Estado vive hoje um momento deci-sivo da sua história. Não só pelo volume de investimentos planejados, decididos e, em vários casos, já realizados, mas também pela qualidade e repercussão social dos projetos concluídos ou em execução. E a transparência na gestão pública, um direito essencial da cidadania nas sociedades democráticas, tem permitido à população acompanhar de perto a evolução econômica e a consolidação das políticas sociais que estão no centro do novo modelo de gestão implantado no Estado, cujos resultados posi-tivos são visíveis em todas as regiões.

Já demonstramos na prática – e esta publicação reafirma tal fato – a viabilidade e dinamismo da nossa economia, assim como nossa capacidade de atrair novos e importantes investimentos na infraestrutura, indústria, agricultura, comércio e serviços, com crescente geração de empregos. A maior

parte desses investimentos já está sendo concretizada. Outra parte, sobretudo no que se refere à modernização da infraestrutura logística, está no âmbito de responsabilidade da União e é essencial para a eliminação de antigos gargalos que ainda dificultam o crescimento estadual.

Com muito trabalho e articulação po-lítica, estamos conseguindo superar essa “agenda velha”, ao mesmo tempo em que abrimos novos caminhos para dar mais autonomia e velocidade ao pro-cesso de desenvolvimento do Estado. Este, aliás, é o objetivo central do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo – Proedes, lançado em 2012, que apoia a incorporação de tecno-logias avançadas, estimula a formação de parcerias produtivas, amplia a competi-tividade das empresas, dos municípios e das regiões e incentiva a inovação e a diversificação da economia capixaba.

No campo político e institucional, consolidamos um ambiente de respeito e diálogo entre os três Poderes, o que nos permitiu enfrentar as ameaças externas

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“No campo político e institucional, consolidamos um ambiente de respeito e diálogo entre os três poderes, o que nos permitiu enfrentar as ameaças externas que se acumularam sobre os capixabas nos últimos anos”

que se acumularam sobre os capixabas nos dois últimos anos. E, com a criação do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Municipal, estamos desburocratizando a transferência de recursos para que os municípios possam participar, cada vez mais ativamente, desse esforço conjunto de superação dos obstáculos do presente e de construção do futuro.

Nesse ambiente de parceria, equilíbrio e responsabilidade, fica cada vez mais clara e firme entre os capixabas a consciência de que o desenvolvimento resulta de uma soma de esforços, na qual cada ator relevante tem seu papel, num amplo leque que vai do empreendedorismo e criatividade da iniciativa privada à gestão competente do Estado e dos municípios. E é essa consciência que tem nos permitido superar preconceitos políticos ou ideológicos, quando o objetivo comum é estimular a produtividade das empresas aqui instaladas e atrair novos negócios, para levar mais e melhores oportunidades de crescimento econômico e social a todas as regiões e a todos os cidadãos.

Com essa orientação política e esse modelo de gestão fundado na solidariedade, no compromisso com resultados, na eficiência administrativa e no equilíbrio financeiro e fiscal, reunimos condições para manter – e até ampliar – a nossa marca histórica de R$ 1,5 bilhão em investimentos anuais. Com um detalhe que faz toda a diferença: grande parte desses recursos é destinada à infraestrutura logística, à educação tecnológica e às ações de inovação que tornarão nossa economia mais eficiente e competitiva em todos os seus segmentos.

É assim que preparamos o Espírito Santo para um novo ciclo de desenvolvimento sus-tentável, socialmente justo e distribuído por todo o território. E é assim que firmamos bases sólidas para que as 200 maiores empre-sas capixabas de hoje sejam ainda maiores amanhã, ao mesmo tempo em que abrimos espaços para a atração de novos empreen-dimentos, que ajudarão a moldar o perfil de um Espírito Santo mais moderno, mais prós-pero, mais equilibrado e, acima de tudo, mais justo e generoso com todos que vivem, estu-dam e trabalham aqui.

Foto: leonel albuquerque

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o futuro do Brasil depende da indústria

aRtigo | iNdÚStria

robson Braga de andrade

é empresário e presidente da

Confederação Nacional da indústria (CNi)

aindústria é um sonho da sociedade brasileira que se tornou realidade. Essencial para o desenvolvimento

do país, o setor industrial enfrenta hoje ameaças, em um ambiente adverso em que o Brasil precisa encontrar soluções para seus desafios econômicos. Contribuir para o debate e a adoção de medidas que aperfeiçoem o ambiente de negócios, estimulem o crescimento econômico vigoroso e duradouro, e melhorem a qualidade de vida dos trabalhadores deve ser o principal objetivo de entidades como a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).

Mesmo enfrentando problemas estrutu-rais e conjunturais, somos a 10ª indústria do mundo, fato que não pode ser ignorado. Mas claramente temos um segmento fabril menor do que nossa capacidade. O fenômeno da desindustrialização pode até ser natural nos países de economia avançada, que têm elevada renda per capita e sofisticação tecnológica, nos quais costuma se sobres-sair o setor de serviços. No caso do Brasil, entretanto, esse é um processo extrema-mente precoce. Somos ainda uma nação em desenvolvimento e com muitas questões econômicas e sociais a resolver.

Nações como China, Coreia do Sul, Indonésia, Índia, Turquia e Méx ico, que concorrem conosco em vários nichos do mercado global, estão até aumentando a participação de sua indústria no Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo países emer-gentes que experimentam também uma redução, como Argentina, Chile, África do Sul, Rússia e Polônia, ainda têm parcela do setor na economia superior à nossa. A indústria de transformação, que representava 35,8% do PIB brasileiro em 1985, encolheu para 13,3% no ano passado. As exportações do segmento caíram de 64,5% do total em 1992 para 37,4% em 2012.

Os dados são preocupantes. O Brasil, que detinha praticamente 8% do produto industrial dos países em desenvolvimento em 2000, viu essa participação recuar para

5,4%, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). O setor industrial sofreu, em 2012, uma queda de 0,8%. O segmento da indústria de transformação teve um recuo ainda mais pronunciado, de 2,5%. Desde o início

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“a indústria brasileira vai mostrar, mais uma vez, que é resistente e que consegue dar a volta por cima”

dificuldades estruturais, além das mera-mente conjunturais. O Sistema Indústria, com a destacada participação da Findes, tem empreendido um diálogo franco e produtivo com os governos para retirar os entraves ao crescimento e ao pleno aprovei-tamento do potencial da economia nacional.

Sabemos quais são esses persistentes obstáculos que precisam ser superados: sistema tributário complexo, pesado e injusto; legislação trabalhista anacrônica, de altíssimo custo; educação deficiente; infraestrutura precária; crédito caro e burocracia sufocante, por exemplo. Num mercado concorrido, que a crise global tornou ainda mais disputado, preci-samos remover esses e outros entraves ao aumento da nossa competitividade. Sem isso, corremos o risco de marcar passo, o que vai reduzir o ritmo de geração de empregos e riqueza, atrasando o desen-volvimento nacional.

A reversão desse quadro negativo passa pela ampliação da taxa de investimento no país, o que pressupõe o reforço da confiança do empresariado brasileiro e ações efetivas para: 1) assegurar a redução das incertezas na gestão macroeconômica, marcada por discursos contraditórios nas políticas cambial, monetária e fiscal; 2) avançar nas reformas capazes de elevar a competitividade da economia e contri-buir para a diminuição dos custos de produção; 3) reduzir as incertezas regu-latórias que geram insegurança jurídica e limitam decisões de investimentos; e 4) direcionar os gastos governamentais para investimentos, reduzindo a parcela de despesas correntes.

Mais uma vez, o Sistema Indústria está dando uma firme contribuição para a solução dos problemas de competitividade ao apresentar, ao debate público, o Mapa Estratégico da Indústria 2013-2022. Nesse documento, listamos os 10 fatores-chave para fortalecer as empresas brasileiras, dando a elas mais condições de concorrer tanto no mercado interno quanto no externo. Em cada um desses itens, foram identificados objetivos prioritários, metas quantitat ivas e qualitat ivas, e ações concretas. A referência é 2022, quando o Brasil comemora 200 anos de independência. Com o plano em mãos, devemos trabalhar com dedicação para

do ano, as projeções de crescimento do PIB e da indústria em 2013 foram diversas vezes revisadas para baixo, muito em função da crise internacional, de duração ainda imprevisível.

Mas não podemos desanimar. A indús-tria brasileira vai mostrar, mais uma vez, que é resistente e que consegue dar a volta por cima. No segundo trimestre, o PIB industrial subiu 2%, acumulando alta de 0,8% no primeiro semestre. Temos consci-ência de que a construção de uma economia realmente competitiva exige o combate às

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aRtigo | iNdÚStria

atingirmos o nível que desejamos daqui a nove anos.

O Brasil não pode prescindir de sua indústria. Ela é fundamental para a economia, pois responde por 45% da arre-cadação de tributos, emprega 25% da população e paga 25% dos salários. O setor industrial é a fonte mais importante da

inovação tecnológica e da elevação da produtividade, fatores determinantes da competitividade. Quando a indústria vai bem, todos os demais setores se beneficiam, com o aumento das encomendas em sua longa cadeia de fornecedores de insumos, componentes e serviços. De forma inversa, se ela vai mal, todo o país sofre. A economia cresce mais devagar, os empregos de quali-dade se esvaem, a renda e a arrecadação tributária caem.

A sociedade brasileira precisa de uma indústria pujante, inovadora e competi-tiva nos mercados doméstico e externo. Países com dimensões continentais, como o nosso, não se tornam potências sem os alicerces de uma base industrial. Com a retirada dos obstáculos que ainda nos atra-palham, certamente seremos mais fortes e ingressaremos, com ainda mais deter-minação, no grupo das economias líderes do século 21. Devemos persistir sempre. O futuro do Brasil depende da indústria.

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a indústria capixaba deve enfrentar nos próx imos anos mais um desafio. Não é inédito e nem será

a última vez que os empresários do Estado serão colocados à prova. Inúmeras vezes, em passado recente, nossa indústria e seus dirigentes mostraram-se capazes de vencer obstáculos e ajudaram a manter, durante vários anos, o crescimento da nossa economia acima da média do avanço nacional ou mesmo regional.

Agora, não bastassem os efeitos da crise iniciada em 2008, que têm afetado sobremaneira a economia estadual, vamos poder contar com os problemas que, infelizmente, por total falta de previdência, nós mesmos geramos.

alerta: a infraestrutura ainda pode piorar

aRtigo | eNerGia e iNFraeStrUtUra

José armando de Figueiredo Campos

é engenheiro de Minas pela UFoP, presidente

do Conselho de administração da

arcelorMittal Brasil e co-fundador do espírito

Santo em ação

Refiro-me ao completo descuido com que o Brasil, especialmente na esfera federal, vem tratando a questão do seu macroplanejamento. Um exercício acima de qualquer estratégia de governo, tratado como assunto de Estado e que, ao final, pudesse dotar o país de infraestrutura mínima para enfrentar os ciclos natu-rais da economia mundial e o inevitável aumento da concorrência de outros atores.

O rebatimento imediato dessa falta de planejamento se vê numa infraestru-tura em franco estado de degradação, que nos impõe custos absurdos e que limita o alcance econômico de nossos produtos.

Ao Espírito Santo começa a chegar, é verdade, aquilo que há muito ansiávamos.

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“Urge que tomemos consciência e partido contra o sucateamento a que se submete o setor elétrico e que poderá levar de arrastão a nossa indústria nacional”

Contudo, o atraso não foi pequeno e seus efeitos ainda vão nos custar caro por algum tempo. O caso das rodovias federais que passam pelo nosso Estado é típico e merece registro à parte.

Nem mencionemos a novela do Anel de Contorno de Vitória, obra que será inaugurada depois de 13 anos e que bem demonstra a capacidade de planejamento e de execução de um projeto rodoviário pelo órgão federal “competente”.

Tomemos o exemplo da BR-101. Sem contar a ideológica falta de vontade política para tratar adequadamente as concessões, patinamos durante algum tempo no caldo viscoso da falta de um marco regulatório adequado e da insegurança jurídica. Hesitamos durante muito tempo na discussão aberta de um modelo e, por fim, temos a promessa de execução do impor-tante trecho capixaba da rodovia que liga o Sul ao Norte do país pelo litoral.

Não satisfeitos, enfrentamos o problema da BR-262. Não totalmente resolvido, mas agora com promessas de solução

via PPP, é tema que vai requerer toda a atenção dos empresários capixabas ligados à indústria e ao comércio exterior. Mais uma vez, vamos ter uma obra com oneroso atraso graças ao planejamento mal feito que subestima não apenas custos, mas também a inteligência daqueles que poderiam disputar a concessão.

Na questão dos portos, bastaria lembrar que enquanto gastamos tempo discutindo “obras” de derrocamento e dragagem do canal de acesso ao velho porto público de Vitória, assistimos de norte a sul do Brasil, à implantação de novos superportos, com calado para receber os novos navios das rotas internacionais importantes para o comércio atual e com retroárea capaz de abrigar modernos parques industriais.

Não que sejamos contra o desenvolvi-mento do Brasil em todas as suas unidades federativas. Mas revolta-nos o tratamento dispensado ao Estado que, durante muitos anos, foi ator importante na geração de divisas para o país.

Por fim, tema que nos interessa a todos, mas sobretudo à indústria capixaba e brasileira de uma maneira geral. É assustador o descaso com que tratamos a questão energética no Brasil dos anos recentes. Crescêssemos a taxas razoáveis e já estaríamos enfrentando apagões, a toda hora, nos dias de hoje.

Urge que tomemos consciência e partido contra o sucateamento a que se submete o setor elétrico e que poderá levar de arrastão a nossa indústria nacional, já combalida em sua competitividade. É muito pequeno nos iludirmos com uma redução de tarifas no curto prazo, pois podemos estar gastando no almoço do domingo as nossas refeições de toda a semana.

As operações de emissões de títulos públicos pelo Tesouro para recompor fundos que subsidiam tarifas, recom-pensam concessionárias pelo vencimento antecipado de contratos e permitem, ainda assim, a entrega de energia de custo mais elevado e de fontes mais poluentes, podem custar R$ 8,5 bilhões até o fim de 2013, conta essa que pode vir a ser cobrada, ainda que de maneira indireta, exatamente na hora em que não tivermos energia.

É bom que nos planejemos como indústria, para enfrentar os desafios dos anos vindouros!

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18 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Profissionalização da gestão: a empresa familiar em foco

aRtigo | GeStão e qUalidade

prof. annor da silva Junior

é doutor em administração pela

Universidade Federal de Minas Gerais e

professor adjunto da Universidade Federal do

espírito Santo

Há aproximadamente seis décadas, tem crescido o interesse do meio acadêmico e empresarial em melho-

rar a compreensão sobre a dinâmica e a problemática das empresas familiares. Em parte, este interesse está relacionado com o predomínio desse tipo de organização nas economias nacionais de diversos países, inclusive o Brasil, e com o entendimento geral de que o que faz com que as empresas fami-liares sejam consideradas como únicas é a interação da família com a gestão empresa-rial e com o regime de propriedade.

A interação da família com o processo produtivo vem sendo estudada no campo da sociologia, da antropologia e da história.

De forma geral, a família é considerada como uma unidade social básica e universal, responsável pelo processo de socialização e de satisfação de necessidades. As principais funções da família são: (1) biológica, relacionada à reprodução da espécie e à satisfação sexual; (2) socialização, ao preparar o ingresso da criança na sociedade; (3) social, por determinar o status social inicial do indivíduo no contexto social; (4) assistencial, por oferecer proteção física, econômica e psicológica aos seus membros; e (5) econômica ao se constituir simultaneamente como unidade de produção e de consumo.

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Na figura, observa-se que na medida em que o envolvimento da família se amplia ao longo do tempo, o desempenho da empresa familiar possui um comportamento crescente até um determinado momento, em que há uma inversão de direção rumo ao decréscimo do desempenho. Diante dessa relação não linear, há que se refletir sobre os possíveis fatores motivadores para a queda do desempenho da empresa familiar ao longo dos anos e o que pode ser feito para reverter essa situação.

Diferentemente do que indica a relação expressa na Figura 1, de que é a quantidade do envolvimento familiar que interfere no desempenho, acredita-se que a qualidade seja o aspecto mais relevante. Dentre as distintas formas de avaliar a qualidade do envolvimento da família na empresa fami-liar, defende-se que a forma como a família se coloca na empresa familiar, seja como unidade de produção ou como unidade de consumo tenha, de fato, um impacto no desempenho da empresa familiar.

Diversos estudos já comprovaram que nas primeiras fases do ciclo de vida da empresa familiar, a família abre mão de patrimônio, de conforto e de qualidade de vida para dedicar tempo e esforço para tornar o sonho do empreendimento familiar uma realidade concreta. Porém, assim que essa realidade se consolida e a empresa familiar passa a gerar resultados expressivos, ocorre uma mudança na postura da família, que passa a retirar recursos da empresa familiar para suprir necessidades pessoais. Em outros termos, a família, que nas primeiras fases do ciclo de vida da empresa se coloca como unidade de produção, de um momento para outro passa a se colocar como unidade de consumo. Geralmente isso ocorre quando a empresa familiar está consolidada e possui desempenho relevante para viabilizar o seu próprio crescimento e manter a família.

Diante de tal situação, cabe à empresa familiar desenvolver mecanismos que regulem a relação entre a família e a empresa familiar, de forma que seja possível combinar a postura da família como unidade de produção e de consumo, sem, contudo,

Desempenho na empresa

Dese

mpe

nho

Envolvimento da família

Figura 1

Sob o aspecto econômico, a família se constitui como unidade de produção quando todos os membros dela trabalham juntos na produção de bens e serviços neces-sários ao seu sustento. Já no caso da unidade de consumo, a família posiciona-se como fonte de absorção de insumos e de serviços diversos para a satisfação de necessidades dos familiares.

Historicamente, a família vem passando por transformações, deixando a condição de unidade de produção, para assumir-se com unidade de consumo. Isso porque a família como grupo de produção era mais comum em sociedades primitivas e em civilizações antigas. O processo de industrialização e de urbanização e as consequentes mudanças culturais presentes na sociedade ocidental contemporânea foram responsáveis pela perda significativa da função de produção das famílias, que passaram a tornar-se mais vocacionadas a se colocarem na condição de unidades de consumo.

Essas transformações no universo da família também são responsáveis por mudanças enfrentadas na empresa fami-liar. Na literatura especializada, diversas pesquisas têm sido realizadas para inves-tigar a relação entre o envolvimento da família na gestão e desempenho da empresa familiar sem, contudo, alcançarem resultados convergentes. Porém, há indícios de que esta relação seja do tipo “não linear” e representada por um “U” invertido, conforme representado pela Figura 1 a seguir.

“sob o aspecto econômico, a família se constitui como unidade de produção quando todos os membros dela trabalham juntos na produção de bens e serviços necessários ao seu sustento”

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aRtigo | GeStão e qUalidade

comprometer o desempenho da empresa familiar. Em parte, os diversos mecanismos a serem desenvolvidos e adotados convergem para um aspecto essencial na empresa familiar: a profissionalização da gestão.

Das diferentes formas de alcançar a profissionali-zação da gestão, destaca-se aquela que o gestor, como profissional, articula na prática gerencial simulta-neamente cinco fatores: conhecimento, aplicação competente, responsabili-dade social, autocontrole e reconhecimento social. Com isso, será possível que a empresa familiar adote práticas mais racionais e impessoais, integre gerentes não familiares com gestores

familiares, adote códigos de formação e de conduta e substitua formas de contra-tação de trabalho arcaicas ou patriarcais por processos mais racionais e baseados em indicadores de desempenho.

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o valor da educação

aRtigo | PolÍtiCaS PÚBliCaS

ricardo Ferraço é senador pelo PMdB-eS

aeducação tornou-se tema relevante nos debates sobre causas do desen-volvimento das nações a partir dos

anos 50. Nessa época, os Estados Unidos, a Alemanha e o Japão apresentavam cresci-mento acelerado e se consolidavam entre as nações mais desenvolvidas do mundo. Mas somente o investimento físico não foi suficiente para explicar os ganhos acelerados de renda desses países. Foi então que a educação e sua inf luência sobre os trabalhadores e sobre a sociedade começou a ser investigada.

São vários os canais de influência da educação para o desenvolvimento. Uma socie-dade escolarizada constitui um patrimônio coletivo da nação, pois define a sua capa-citação para o trabalho, para a inovação

tecnológica, liderança, iniciativa e orga-nização tanto em nível empresarial quanto na esfera pública. A educação-define a capacidade da população para integrar-se de forma competitiva e dinâ-mica à economia mundial. E dos indiví-duos de perceber e agir consistentemente com base em interesses comuns, valori-zando aspectos coletivos em detrimento dos individuais.

Enquanto, no passado, países como a Coreia do Sul buscaram empreender uma grande transformação social por meio da educação, o Brasil optou por priorizar projetos industriais e de infraestrutura. Assim, entre os anos 1930 e 1980 o país passou por uma explosão populacional, forçou a marcha da sua industrialização,

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deixou de ser rural e passou a ser urbano, mas pouco avançou na construção de um patrimônio coletivo a partir da educação. Algumas das consequências dessa escolha são facilmente perceptíveis na nossa socie-dade atual: desigualdades sociais, déficit educacional, violência e o déficit sanitário.

Um exercício estatístico realizado pelo professor Samuel Pessoa (IBRE/FGV) revela o tamanho da perda. Se, nos anos 60, o Brasil tivesse investido em educação tanto quanto a Coreia, nossa renda per capita hoje seria 61% maior. Como compa-ração, se também tivéssemos a taxa de investimento coreana, essa mesma renda per capita seria hoje 40% maior. Ou seja, o impacto da educação teria sido maior. Um olhar mais direto nos leva ao exemplo japonês, onde a taxa de matrícula no ensino fundamental no início do século 20 era de 90%, algo que o Brasil alcançou somente no final do mesmo século.

Mas, felizmente, desde a redemocrati-zação temos caminhado para o alcance de um maior patrimônio coletivo na educação.

Asseguramos a fixação de mínimos cons-titucionais para aplicação em educação básica; criamos o Fundef, posteriormente ampliado com o Fundeb; introduzimos os testes padronizados e a avaliação de resul-tados; criamos mecanismos de acesso ao ensino superior (Prouni, Nossa Bolsa no Espírito Santo, e o financiamento estu-dantil – Fies; o sistema de cotas; e ampliação de vagas) e, com isso, avançamos muito nos últimos 20 anos. Progredimos na cobertura do sistema – o ensino fundamental está praticamente universalizado – e nos resul-tados educacionais.

Mas não é somente a universalização do acesso à educação que irá sustentar um nível de desenvolvimento elevado para o Brasil. A qualidade importa muito e, em relação a isso, devemos continuar a perseguir padrões internacionais e a cons-trução de um modelo pedagógico atra-ente e amigável com as necessidades de produzir e inovar. Nos resultados educa-cionais ainda estamos na 53ª colocação entre 56 países.

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aRtigo | PolÍtiCaS PÚBliCaS

Ou seja, os desafios ainda são enormes. Os recursos públicos aplicados na educação em proporção ao PIB (5,8%) já são compatí-veis e até superiores à proporção de países desenvolvidos, mas o nosso gasto por aluno na educação básica ainda é muito baixo, um terço apenas.

Mais recursos são bem-vindos, mas será necessário aplicá-los melhor. Será neces-sário melhorar continuamente a gestão, para que as escolas sejam reconhecidas pelo uso racional do dinheiro público. Precisamos avançar na valorização do magistério e melhorar gradualmente os salários, as condições de trabalho, e as oportunidades de formação continuada. E precisamos conferir prioridade à educação básica, investir no ensino de qualidade nas disciplinas fundamentais – Português, Matemática e Ciências, e conscientizar sobre a importância do engajamento das famílias e das comunidades junto à escola, pois não se constrói uma grande obra sem uma base sólida. Para um país com estru-tura produtiva tão diversa, é fundamental também valorizar a educação técnica e tecnológica.

A experiência do Espírito Santo é rica em inovações. O Programa Ler, Escrever e Contar, que tem foco na alfabetização das crianças de 6 a 8 anos, aliou reforço em Matemática e Português à formação específica para professores. Realiza-se amplo investimento na gestão escolar, com destaque para a ampliação e moder-nização física da rede, definição de critérios (perfil) para a seleção dos dire-tores de Escola, e terceirização da merenda escolar. A remuneração dos profes-sores passou por significativa melhoria, resgatando a dignidade da profissão. A introdução do bônus-desempenho asso-ciou a valorização profissional ao alcance de resultados de aprendizagem espe-rados pela sociedade. Um dos resultados imediatos do sistema de bonificação foi a queda substancial de faltas ao trabalho dos profissionais da educação. No médio prazo, espera-se alcançar expressivos resultados de aprendizagem.

Precisamos, enfim, alinhar o uso dos recursos da sociedade com os resultados que ela espera, e afirmar o valor da educação para o nosso desenvolvimento.

“a educação define a

capacidade da população para

integrar-se de forma

competitiva e dinâmica à economia

mundial”

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Sem amadorismo

aRtigo | JUStiça e deSeNVolViMeNto

sebastião Carlos ranna de Macedo

é presidente do tribunal de Contas do estado do

espírito Santo

Justiça e desenvolvimento são dois conceitos que, considerados respecti-vamente nos sentidos jurídico-social

e econômico-institucional, caminham juntos para aperfeiçoamento e consolidação do Estado de Direito, no fortalecimento das instituições democráticas e na pavimen-tação dos caminhos que nos devem conduzir ao desenvolvimento sustentável.

Nos últimos 30 anos (1984-2013) o Brasil passou por profundas mudanças jurídicas, sociais e econômicas, que o moldaram e ainda o moldam novo para as futuras gerações. Naquele período ocorreu o processo de rede-mocratização (1984); a promulgação da nova Carta Constitucional (1988); a abertura econô-mica, para modernizar a economia (1990/91); o Plano Real, que estabilizou preços após décadas de inflação descontrolada (1994); a reestruturação do Estado brasileiro e a criação das agências reguladoras (1997); a Lei de Responsabilidade Fiscal (2001); as políticas sociais, que tiraram milhões da pobreza extrema e melhoraram vários indicadores sociais (primeira década de 2000).

Estes foram, entre outros, acontecimentos que transformaram de forma profunda a estrutura social, política e econômica do país. Foram produtos de construções jurídicas e democráticas que visavam a fazer justiça e que estimularam o progresso ao longo deste tempo; escolhas que fortaleceram a democracia brasileira e melhoraram o bem-estar da população.

No entanto, ainda estamos longe de alcançar indicadores sociais e econômicos comuns em países com alto grau de desenvolvimento humano. Apesar dos avanços notáveis viven-ciados ao longo deste tempo, há desafios ainda mais complexos para enfrentar. Um deles é o da educação. É sabido de todos que, apesar dos avanços inegáveis da univer-salização do ensino fundamental, a educação patina no quesito qualidade. A saúde é também outra grave mazela social que necessitará ser enfrentada com mais vigor e competência pelos gestores públicos.

Relevante também é nossa defici-ência em infraestrutura básica (portos, rodovias, aeroportos e saneamento principalmente). Isso impede que o desen-volvimento econômico seja mais vigoroso e sustentável. O investimento público precisa ser substancialmente supe-rior. Por isso, é fundamental aumentar o volume de recursos e trabalhar para que a gestão pública seja mais profissional. O setor público não pode mais, definitiva-mente, ser tratado com amadorismo.

Formamos uma nação que vivencia ambiente de normalidade democrática, com eleição geral, livre, universal e periódica, e que dá exemplo para o resto do mundo em seu processo de apuração Numa eleição presidencial, o Brasil é capaz de computar 99,9% dos votos em até seis horas depois de concluída a votação. Isto é retrato da nossa capacidade de fazer. Por isso, não nos deixemos contaminar pelo “complexo de vira-latas”, que nos impede de enxergar as conquistas e chantageia a nossa alma na complexa mas gratificante tarefa de cons-truir um futuro promissor para as próximas gerações.

Temos muitos problemas a resolver, é verdade, e devemos ter consciência de que a construção e o apri-moramento das instituições são processos permanentes, sempre inacabados, que ocorrem em zigue-zague. As manifestações de junho último devem ser encaradas como contribuição para melhoria das instituições democráticas, e não como retrocesso institucional.

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“É necessária uma urgente reforma política que busque empoderar os eleitores e fortalecer seus representantes”

Lições extraordinárias podem ser tiradas das vozes da rua. Uma delas, no meu entendimento, o aperfeiçoamento e a estruturação mais céleres dos mecanismos de gestão, transparência e controle da administração pública em seus variados níveis. A ordem neste momento é “fortalecer a governança pública”.

O Brasil precisa ampliar a transpa-rência pública, investir no e-gov e melhorar a qualidade do gasto público (mau gasto e desperdício, devidos a escolhas equivo-cadas dos gestores, são tão ruins quanto a corrupção). É necessária uma urgente reforma política que busque empoderar os eleitores e fortalecer seus representantes. Esse empoderamento do cidadão-eleitor será tão mais factível quanto mais as novas tecnologias forem usadas de modo a trazê-lo para dentro da esfera pública.

Assim, estaremos criando milhões de nanopolíticos virtuais que ajudarão a mudar o jeito de gerir a coisa pública. Isso vai tolher a ação dos aproveitadores do din heiro públ ico, os esper tos, os vendedores de ilusões, os que exploram os cidadãos vulneráveis com retóricas e políticas públicas de baixa qualidade pelas quais buscam iludi-los.

Em resumo, as novas tecnologias vão contribuir para o surgimento de instituições e governos mais legítimos e de uma socie-dade mais proativa e permanentemente vigilante com relação aos atos dos poder público. Este caminho não tem retorno. Ou os agentes públicos se transformam, se reinventam e se adaptam a esse novo contexto, ou a seleção natural fará este papel, tornando-os objeto de estudo da arqueologia.

Viva a democracia!

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inovar no pensar e no fazer

aRtigo | iNoVação

Guilherme Henrique pereira

é diretor-presidente do Banco de

desenvolvimento do espírito Santo (Bandes)

o tema inovação é fascinante e vem tomando uma dimensão cada vez maior no país, no momento em que

nossa competitividade econômica é colocada em xeque e elementos de sustentabilidade são requeridos para a promoção do desenvol-vimento. A inovação é fundamental para que os anseios por bem-estar, das pessoas e do planeta, sejam alcançados.

Porém, não estamos falando de uma inovação milagrosa qualquer. Não se trata da inovação em sentido geral, mas sim no sentido proposto por Peter Drucker, a inovação siste-mática, que visa ao aproveitamento de novas oportunidades para satisfazer a carências, desejos e necessidades humanos. A inovação não é um lampejo, um “insight” propor-cionado pela maçã que cai na cabeça do visionário; ela é uma ferramenta poderosa do

empreendedor. É o meio pelo qual se visu-aliza a mudança como oportunidade para um novo negócio.

Inovar, portanto, não é somente criar produtos tecnológicos novos. Aliás, não é correta a ideia de que empresas de ponta, envolvidas com nanotecnologia e biogené-tica, por exemplo, possuem taxas de sucesso maiores que as convencionais, quando o assunto é inovar. Ao contrário, nada pode ser tão arriscado quanto otimizar recursos em áreas que sobrevivem da inovação. Por isso, inovar no plano micro e roti-neiro traz resultados mais importantes, perceptíveis e em curto prazo. A inovação pode ocorrer na forma de fazer o usual, em novos modelos de gestão, novas práticas de negócio e de marketing, entre várias outras dimensões. É um tema abrangente

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que desafia a transformar o modo de vida que conhecemos e, mesmo, a cultura da sociedade em que vivemos.

É importante perceber que no Brasil e no Estado do Espírito Santo o tema está presente.Em âmbito federal, a principal fonte de recursos para o financiamento à inovação é oriunda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que tem na Finep um instrumento para promoção da inovação, por meio de financiamentos para estudos e projetos. Na esfera local, o Bandes é o agente credenciado dessa instituição. Aliás, os bancos de desenvolvimento e as agências de fomento são importantes ferra-mentas para implantação de inovações, dado seu poder articulador e o desenvolvi-mento de uma cultura do crédito.

A primeira, fruto da proximidade de insti-tuições como o Bandes com os vários setores que contribuem para o desenvolvimento de uma economia, faz com que essas entidades conheçam as peculiaridades, tanto do indutor de estratégias e regulamentador das relações mercadológicas, o Governo, como as dos empresários, da iniciativa privada. Isso as transforma em espécies de radares, permitindo a localização precisa de opor-tunidades e mecanismos de integração e fomento ao desenvolvimento de produtos e serviços inovadores.

A segunda dá-se com o constante finan-ciamento de projetos viáveis e estratégicos, pois os bancos de fomento são instituições preparadas para esse fim. Além de recursos com taxas de juros atrativas, há uma análise da viabilidade do projeto. Crédito bom é o planejado, pois significa que o empre-endedor tem em mãos um bom negócio, uma atividade sustentável. Será a dedicação ao trabalho que pagará pelo financiamento. Claro que abrir uma empresa envolve riscos,

mas essa não é uma situação complicada de ser resolvida. É preciso conhecer os perigos antes de temê-los: ter planejamento e infor-mação. Desse modo, para quem pretende investir e se tornar um empreendedor, em vez de utilizar o dinheiro que conseguiu poupar, o ideal é solicitar esse tipo de crédito. É o que faz a maioria dos grandes empresários: com um projeto de investimento bem feito, é possível obter crédito a juros baixos, que será pago com o lucro que for obtido com o início da produção ou das vendas.

Mas o que explica a disposição dessas pessoas para empreender e inovar? Por que estão dispostas a trabalhar muitas horas por dia, sem a segurança propor-cionada pelos empregos fixos ou pelas grandes organizações?

Além de características culturais inegá-veis, o que faz do Brasil o terceiro país em número de empreendedores, atrás somente dos Estados Unidos e da China, que lidera o ranking com 369 milhões de empreendedores? Os números brasileiros vêm crescendo ano a ano e em grande medida devido à expansão das micro e das pequenas empresas. Elas ocupam nichos latentes de mercado e também avançam no fornecimento de produtos e serviços para outras empresas.

Por isso, é imprescindível que os recursos estejam cada vez mais disponíveis e as taxas para inovar cada vez menores e mais aces-síveis. Além disso, é fundamental que as estruturas estatal e mercadológica sejam sólidas e cada vez mais democráticas, pautadas em regras transparentes e dura-douras. Para que empreendedores passem a se planejar, buscar um financiamento, pagar, pegar outro e ir crescendo, inovando e tornando suas empresas fortes e saudá-veis financeiramente, capazes de sustentar o desenvolvimento equilibrado de um Estado e do país. Por isso, é tão importante que se estabeleça um ambiente seguro juridicamente para que se propicie ao empreendedor a chance de inovar a partir de seu modelo, não das inconsistências externas. São essas quebras de paradigmas, ocorrendo em períodos cada vez menores, com a aproximação das pessoas e organiza-ções resultante de um processo global que remova as barreiras físicas das distâncias e promova a rápida difusão de conhecimento, impulsionando o modelo para um círculo virtuoso de mais inovações, que devem ser buscadas exaustivamente.

“a inovação não é um lampejo,

um ‘insight’ proporcionado pela maçã que

cai na cabeça do visionário; ela é uma ferramenta

poderosa do empreendedor”

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Reinventando a indústria

aRtigo | iNdÚStria

Mauricio Max é diretor de

Pelotização da ValeE

ssenciais para a transformação econômica e social do Espírito Santo a partir da década de 1960,

as grandes indústrias hoje se reinventam para acompanhar os novos ciclos de desenvolvimento do Estado.

Antes dependente da cafeicultura, o Espírito Santo viu sua economia e importância no cenário nacional florescerem com a produ-ção e exportação de commodities – minério de ferro, aço, celulose e, depois, petróleo.

Essa abertura ao exterior transformou a economia capixaba numa grande plata-forma de oferta em escala, tendo como marco

a construção do Complexo de Tubarão, em 1966. O porto foi também um marco para a história da própria Vale, que já operava no Estado desde a década de 1940 e passou a um novo patamar após sua implantação.

Como sabemos, o crescimento econô-mico não vem sozinho. Com as indústrias, alavancou-se também a qualidade de vida da população capixaba. O investi-mento em capacitação de mão de obra e a oferta de melhores salários contribuíram para aumentar a escolaridade e o padrão de vida da população, um resultado que

Foto: Vale

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“antes dependente da cafeicultura, o Estado viu sua economia e importância no cenário nacional florescerem com a produção e exportação de commodities –minério de ferro, aço, celulose e, depois, petróleo”

vocação logística capixaba, mas também na prestação de serviço e na criação de valor agregado, tudo isso alavancado pela maior capacitação do capital humano, pelo uso da tecnologia e pelo incentivo constante à inovação, conforme prevê o Plano de Desenvolvimento ES 2030, atualmente em construção pelo Governo do Estado, em parceria com o Espírito Santo em Ação.

A indústria de base também vem se sofisticando ao longo do tempo e tem se mostrado capaz de acompanhar esse desenvolvimento focado em inovação e tecnologia. Depois da mecanização que possibilitou a produção em grande escala, hoje as indústrias investem no passo seguinte: a automatização, que exige mão de obra cada vez mais capacitada e garante um ambiente de trabalho mais produtivo, seguro e atraente para a nova geração, tão íntima da tecnologia no dia a dia.

Essas e outras modificações em curso só estão sendo possíveis porque as indús-trias estão cada vez mais atentas aos anseios da sociedade. Ter canais abertos de contato direto com os mais variados

se reflete na última pesquisa “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2012”, que traz Vitória como a quarta melhor cidade do país em qualidade de vida, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que avalia a longevidade, a educação e a renda da população.

O investimento na cadeia de fornece-dores e a implantação de regras e iniciativas que garantam a saúde e segurança dos empregados e o respeito ao meio ambiente também são marcas das grandes indústrias que se multiplicaram em outras cadeias produtivas do Estado, contribuindo para que o desenvolvimento do Espírito Santo seja sustentável em todos os aspectos, das micro às grandes empresas.

Assim, garantimos não só a continui-dade das indústrias que tanto progresso trouxeram e trazem ao nosso Estado, como também a convivência harmônica entre os mais diversos setores da economia, e destes com a sociedade.

Atualmente assistimos a uma nova onda de desenvolvimento para o Estado, focada em projetos que beneficiam e ampliam a

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públicos e interagir com todos os elos da cadeia produtiva é cada vez mais essencial para que as indústrias mantenham a capa-cidade de se adaptar às novas exigências e necessidades da sociedade e da economia. Novos tempos requerem uma nova postura de toda a sociedade, criando um ambiente confiável e aberto para que o diálogo

possa contribuir na busca do bem comum, acima dos variados interesses individuais.

A economia caminha para maior diversificação e descentralização. Migra do modelo de poucas e grandes empresas para o modelo de coexistência entre empresas de todos os portes e de todos os setores. Se o ciclo de industrialização do Estado começou por pressão das circunstâncias criadas pela crise que se abateu sobre a atividade cafeeira, culminando com a erradicação dos cafezais, hoje vemos que tanto a força da agricultura capixaba quanto a das indústrias convivem harmonicamente, garantindo que o Estado se desenvolva como um todo, e não de forma centralizada. Da mesma maneira, esse novo ciclo, de tecnologia e inovação, irá conviver com a agricultura e com a indústria de base, contribuindo para o contínuo crescimento de ambas, fazendo com que a economia e a sociedade capixaba sejam cada vez mais autônomas e completas. Afinal, um Estado forte é composto por instituições e empresas fortes.

aRtigo | iNdÚStria

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“a espiritualidade é um espaço dentro do corpo, onde aquilo que não existe, existe.” A escri-

tora Adélia Prado talvez não soubesse que, em tempos de extremo individualismo, esse “espaço” tornar-se-ia uma “grande lacuna” que nenhuma produção capitalista seria capaz de preencher. E, por isso, parte da humanidade perder-se-ia na falsa trans-cendência das drogas – lícitas, prescritas ou ilícitas – enquanto outra parcela fugiria da busca de um sentido para suas vidas através da acumulação, da corrupção, da omissão e de tantas outras formas de se exilar da felicidade.

Estamos falando de uma insatisfação gene-ralizada, que se avoluma desde que o homem perdeu o interesse pela busca de um propósito mais amplo e nobre para sua vida, passando a ignorar o que tem de melhor: sua essência divina. Por que o Anuário de uma entidade ligada à Federação das Indústrias abriria espaço para se falar de um tema como este? Talvez, isto denote a própria disposição do capitalismo de se repensar, diante do impasse em que se encontra.

Admitamos, inclusive, o espectro de uma sombra devastadora, que há tempos povoa o sonho dos empresários: a desin-dustrialização. Aos poucos, vão cedendo os terrenos sob os pés das apostas, descor-tinando-se um mundo de desafios muito pouco conhecidos. Mas, a Federação das Indústrias do Espírito Santo não está sozinha na nebulosidade desse cenário. O planeta encontra-se diante de uma incômoda transição. Compor o tratamento de uma crise de valores com terapias financeiras é tão ineficaz quanto acreditar que permanecer para sempre nesse paradigma de vantagens elitistas e exclusão.

Enquanto o capitalismo conhece os limites de seu expansionismo e bate em retirada a bordo de uma inegável retração, os mercados nunca estiveram tão instáveis. Analistas e investidores assistem a quedas espetacu-lares de impérios erguidos por ganhos fáceis de curto prazo, mais proscritos que admi-rados. O capital financeiro, com remuneração

gestão eespiritualidade

aRtigo | GeStão e eSPiritUalidade

sidemberg rodrigues é gerente de

responsabilidade Social, relações institucionais

e Comunicação da arcelorMittal tubarão

exacerbada pela tecnologia e pela mídia, servas oportunistas de interesses cruéis e autofágicos, parece escorrer pelo mesmo ralo da degradação que ajudou a alargar. Levantes com variados pleitos acontecem em distintos pontos do globo, coincidindo com o despertar do desejo de uma era de verdade, justiça e paz.

Contudo, o que se observa na Terra hoje ainda é um medo crescente, porque já não se pode prever o que vai ocorrer com mani-festações, pregões, corporações, nações e, sobretudo, com as pessoas. O suicídio eleva suas taxas enquanto cidades de repu-tação inquestionável pedem concordata. Explorar para prosperar já parece um modelo de gestão do período Paleolítico.

Se a relação capital x trabalho ainda tem como regente da luta de classes a

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“Explorar para prosperar já parece um modelo de gestão do período paleolítico”

batuta da acumulação, a concentração de riqueza tornou-se marginal, depois que o desequilíbrio econômico comprovou-se pai da desigualdade social. E cá no meio do aqui e do agora, o que tem a espiritualidade a ver com este Anuário? Se o que se deseja é a manutenção do caos e da insônia atuais, fechemos o livro da Adélia Prado. Se não, eis a chance de o capitalismo arrefecer seu ímpeto acumulativo. Descobrir-se um bom sistema, que pode tornar-se mais distri-butivo e colaborativo do que excludente e explorador. Lucro e sustentabilidade nunca foram incompatíveis.

Pelo contrário, até o lucro merece a perenidade se não for estratosférico ou acumulado por processos que usam sangue humano para lubrificar as mandíbulas da ganância. Centrando o foco em

“espiritualidade na gestão”, há duas frentes de trabalho necessárias: uma, em nível paradigmático, que compreende a utopia de uma mudança consciencial coletiva e simultânea, talvez regida por uma enti-dade internacional, capaz de tabelar o grau da antropofagia mercadológica e do preda-torismo das práticas comerciais mundiais. Esta solução passa pela Política e pelas Relações Internacionais, lembrando que poucos estão dispostos a abrir mão de suas vantagens, mesmo que estejam na mira das mesmas ameaças planetárias.

Outra maneira de pôr o espiritual em prática está ao alcance de entidades públicas e privadas. Embora isto não resolva os grandes dilemas mundiais, ajudaria na difusão de uma nova consciência e no alívio de ambientes de trabalho com muito sofrimento evitável. Implementar uma visão holística aos negócios, para que empresas e órgãos percebam-se individualmente participantes de uma fraternidade universal. Despertar líderes para que estes inspirem pessoas ao autoconhecimento e à busca de uma vida mais cheia de sentido. Com isso, desacelerar o individualismo. Baixar as armas da concorrência, sublimando competitividade em complementaridade. Olhar os servidores como um ecomapa, ligado à família, amigos e comunidades. Relações harmônicas em um tecido social fraterno e dialógico. Pensar coletivo e sensibilidade, para que na mente individual e institucional predomine o sentimento de evolução moral; transpassando com ética a lógica das práticas e da convivência. Massificar o resgate das raízes emocionais da responsabilidade para consigo, o outro e o meio – que é a compaixão.

Com isso, dentro e fora das institui-ções, os agentes capilares de uma grande mudança tornar-se-iam mais nume-rosos, assertivos, ágeis e hábeis para gerar algo muito além do lucro - a riqueza. Na certeza de uma reorientação de foco da “globalização” para a “universalização”.

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Comunicação, soft skills e gerenciamento de stakeholders em projetos = Best fit communication

aRtigo | GereNCiaMeNto de ProJetoS

Miriam Machado é presidente do PMi-eS,

consultora do Sebrae Nacional e diretora-

executiva da Planning Consultoria o

sucesso de um projeto está dire-tamente relacionado à eficácia do gerenciamento das comunicações

e das partes interessadas (stakeholders) do projeto. Os fatores subjetivos estão presentes de forma predominante nestas duas áreas, ressaltando-se a importância da gestão dos relacionamentos, das expectativas, do ambiente e dos elementos de infra estrutura da comunicação.

O gerenciamento das comunicações é sempre um desafio, já que exige, ao mesmo

tempo, escolha adequada da infraestru-tura de transmissão das informações, e atenção aos aspectos subjetivos relacio-nados à interpretação do conteúdo comu-nicado. Esta complexidade dos processos de comunicação talvez explique o alto percentual de falhas e erros relacionados a esta área.

Outro desafio instigante é o gerencia-mento dos stakeholders, que tem recebido especial atenção da comunidade de gerenciamento de projetos. A versão 2012

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“É fundamental que as organizações dominem as técnicas de gerenciamento de projetos”

do PMBOK® - PMI (Guia de Boas Práticas do Project Management Institute) traz uma nova área que apresenta os processos de gerenciamento das partes interessadas do projeto. Estes processos privilegiam a iden-tificação das características dos stakehol-ders, suas expectativas e requerem que o gerente trace um plano de gerenciamento dos envolvidos no projeto.

É neste ponto que o desafio se torna ainda mais ousado. Pois o gerente precisa conhecer e desenvolver suas habilidades interpessoais (soft skills) para implementar este plano de gerenciamento dos stakehol-ders. São os soft skills do gerente e da equipe do projeto que irão facilitar, também, a gestão dos elementos complexos impostos, aos projetos, pelo cenário empresarial e social da atualidade. Citamos alguns a título de ilustração: abrangência nacional e inter-nacional; equipes virtuais e presenciais; diversidade cultural e linguística; excesso de informação; complexidade e número de stakeholders; exigências das agências reguladoras; imposições tecnológicas; articulações multimídia; interferência da comunidade impactada pelo projeto.

A relevância do papel dos soft skills para o sucesso do projeto foi contemplado no PMBOK® - 2012, em seu Apendix X3, destacando as habilidades requeridas de forma mais recorrente nos projetos: lide-rança, construção e gestão de equipes, motivação, comunicação, influência, tomada dedecisão, consciência política e cultural, negociação, ser confiável, geren-ciar conflitos, e coaching.

Portanto, estas três áreas – comuni-cação, soft skills e gestão de stakeholders – se bem orquestradas, podem gerar o que tem sido chamado de Best fit communication. Uma estratégia que representa o ponto de intercessão destas áreas, abrangendo os níveisoperacionais e estratégicos da comu-nicação. Em cinco passos o gerente percorre e contempla os processos fundamentais para o desenho do plano de gerenciamento das comunicações e dos stakeholders.

São eles: 1. A Matriz de caracteri-zação do projeto; 2. Análise dos stakehol-ders; 3. Gerenciamento dos stakeholders;

4. Identificação da infraestrutura de comu- nicação; 5. Mapeamento dos soft skills.

No mapeamento dos soft skills, por exemplo, o gerente poderá elencar as habi-lidades interpessoais mais valorizadas e requeridas para determinado projeto. E, de posse desta informação, avaliar o seu desenvolvimento e dos membros da equipe para montar um plano de desen-volvimento ou ajustes, caso seja necessário.

Nos passos de análise e gerenciamento dos stakeholders é possível se traçar o perfil de cada um considerando variáveis como poder, interesse, tolerância a riscos, legitimidade, urgência, tipo de comporta-mento em relação ao projeto. A configu-ração do perfil dos envolvidos serve de base para se montar a estratégia de gerencia-mento. Esta deve envolver o monitora-mente e controle da forma e do envio das informações; o estilo de comunicação do envolvido, além de ações para se construir bons relacionamentos. Tais como: identi-ficar hobbies; interesses extraprojeto; rela-ções familiares.

Este detalhamento das diversas ações e estratégias exigidas pelas três áreas apresentadas evidencia a importância da adoção das boas práticas de gerenciamento de projetos como forma de aumentar as chances de sucesso dos projetos. Ratifica, também, a necessidade de se agregar ferramentas com potência de resposta para minimizar as falhas e problemas de comunicação relatados nos projetos e nos estudos de benchma-rking. Neste sentido, os cinco passos do Best fit communication pode ser um aliado do gerente do projeto para implantar um eficaz gerenciamento das comunicações e das partes interessadas do projeto.

Se o desenvolvimento das empresas e da sociedade, por meio das ações do poder público, se concretizam a partir da implan-tação de projetos, podemos concluir que é fundamental que as organizações dominem as técnicas de gerenciamento de projetos. E que os gerentes destes projetos, por sua vez, aprimorem suas habilidades pessoais para poder orquestrar todos os stakeholders com êxito.

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a busca por mão de obra qualificada

aRtigo | eCoNoMia

Benízio lázaroé diretor da Findes para

assuntos do iel

no passado, quando se instalaram no Espírito Santo, as grandes empresas não encontraram entre a popu-

lação capixaba os trabalhadores de que necessitavam. A população local não estava profissionalmente capacitada, nem em quan-tidade, nem em qualidade. Com isso, muitos trabalhadores migraram de outros estados para cá. Hoje, a situação é outra: houve não só uma melhora nesse quadro, mas, em algumas áreas, até mesmo uma reversão, considerando que empresas procuram as entidades do Sistema Findes em busca de profissionais capixabas – ressaltando que só profissionais de alta qualificação são contra-tados em outros estados.

Essa baixa qualidade prejudica não só a produtividade, mas também reduz a compe-titividade, diminui os empregos, interfere na geração de riquezas e no desenvolvimento. O trabalhador mal qualificado leva mais tempo para desempenhar as tarefas e, portanto, mais tempo para produzir, onerando a fabricação de produtos e a pres-tação de serviços.

Sabemos que empresários e gestores enfrentam também outros problemas, como a alta dos juros e a precariedade de nossa infraestrutura – aqui e em todo o Brasil. Temos ainda questões a resolver quanto à burocracia excessiva e ao custo do trabalho, que tem subido muito. Mas acredito que para dar conta das novas demandas, precisamos de uma força de trabalho mais eficiente e capacitada. E precisamos logo.

Trabalhadores devem correr contra o tempo para se preparar e aproveitar da melhor forma possível as oportunidades que vão surgir no Estado, analisando os setores que estão em expansão e o tipo de profissional que eles exigem, identificando as áreas que prometem ter maior demanda e quais serão elas. As vagas serão preenchidas por pessoas que não sejam apenas bons técnicos. É fundamental que o profissional desenvolva

certas características comportamentais, como iniciativa, persistência, cooperação, compromet imento, capacidade de relacionamento e trabalho em equipe. Serão valorizados os polivalentes, pois a tendência é que o profissional tenha que trabalhar em várias fases de um projeto ou programa e, assim, desempenhar funções não necessariamente previstas antes.

Como diretor para Assuntos do IEL-ES, tenho visto que há também uma grande necessidade de investir na capacitação de executivos e gestores. Todo crescimento ordenado de uma empresa passa, neces-sariamente, pela profissionalização de seus dirigentes. Mesmo os empreende-dores autodidatas sentem, com a evolução da empresa, que devem se cercar dos

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“o empresário que se capacita recicla conhecimentos, leva para a empresa novas técnicas e informações acerca de melhorias de produtos e processos, além de aprimorar sua possibilidade de entendimento e discussão com seu staff técnico, aumentando sua capacidade de delegar tarefase metas”

o investimento em inovação poderá ajudar na redução dos custos de produção, aumentar a produtividade a ampliar a oferta e a diversificação de nossos produtos e serviços.

É uma pena que parte dos empreende-dores que iniciaram um negócio, muitas vezes na informalidade e com estrutura familiar, tendem a ter grande resistência quanto à capacitação. A longevidade de nossas empresas passa, entre outros pontos, pelo conhecimento de seu mercado e, principalmente, por uma boa gestão e pela qualificação dos funcionários. A compe-titividade é fruto de inovação e melhoria de produtos e processos, que resultam de um ambiente em que o fluxo de infor-mação e conhecimento é estimulado.

melhores talentos em áreas estratégicas, visando a dotar a companhia das condições necessárias para melhoria constante de sua competitividade.

O empresário que se capacita recicla conhecimentos, leva para a empresa novas técnicas e informações sobre melhores produtos e processos e melhora sua inte-ração com seu staff técnico, aumentando sua habilidade de delegar tarefas e metas. Também é preciso investir em inovação. Introduzir a inovação nas empresas melhora sua competitividade, a capacidade de manter antigos e ganhar novos mercados, gerar melhores empregos e elevar a renda real da nossa população. As cobranças de um mercado aberto e de consumidores cada vez mais exigentes mostram que somente

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44 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

os pequenos negócios e o desenvolvimento capixaba

aRtigo | eCoNoMia

José Eugênio vieiraé superintendente

do Sebrae-eS o Espírito Santo vive um dos mais deli-cados momentos de sua história, em virtude de mudanças ocasio-

nadas na economia, por exemplo, pelo fim do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap). O grande desafio hoje, em nosso Estado, é fomentar o crescimento econômico e atrair investimentos nos mais diversos setores.

As micro e pequenas empresas (MPEs) capixabas são personagens fundamentais dessa nova realidade, e podemos afirmar que impulsionam o desenvolvimento, uma vez que representam 99% do total de

empresas no Espírito Santo, somando 122.537 estabelecimentos.

Elas são responsáveis por 58,5% de todos os postos de trabalho criados, segundo dados da pesquisa Rais e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Somando-se o aumento da diversifi-cação de produtos e serviços à geração de emprego e renda, os pequenos negócios do Estado têm alavancado o desenvol- vimento econômico capixaba. Para isso, eles contam com parceria do Governo e da iniciativa privada.

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“as micro e pequenas empresas (MpEs) capixabas são personagens fundamentais dessa nova realidade, e podemos afirmar que impulsionam o desenvolvimento, uma vez que representam 99% do total de empresas no Espírito santo”

Graças aos resultados dessas ações, atualmente, o Espírito Santo possui a sexta melhor taxa de sobrevivência entre as MPEs brasileiras. O crescimento do número de microempreendedores individuais (MEIs) também é um dado que superou as expec-tativas. Atualmente, nosso Estado ocupa o 12º lugar no ranking de formaliza-ções, contabilizando, até 20 de setembro deste ano, um total de 88.326 MEIs cadas-trados. Somente em 2013, foram registrados 19.520 MEIs, alcançando uma média de 74 formalizações por dia.

Outro fator fundamental foi a descen-tralização do desenvolvimento regional do Espírito Santo, com a criação das Agências de Desenvolvimento Regional do Sebrae (ADRs), que nasceram para levar dinamismo econômico às micror-regiões do Estado. Hoje, o Sebrae conta com oito ADRs, além de Vitória:

Em sintonia com a nova realidade do setor econômico estadual, o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae-ES) tem contribuído para uma mudança geral na cultura dos pequenos negócios. Como principal agente de apoio a empresas desse porte, o Sebrae-ES desen-volve projetos para promover e estimular o desenvolvimento e a sustentabilidade das MPEs, contribuindo para melhores resultados e fomentando a cultura do empre-endedorismo em solo capixaba.

Por meio de projetos, cursos, pales-tras, consultorias, promoção e acesso ao mercado e a serviços financeiros que oferece a quem deseja abrir o seu próprio negócio ou garantir condições de se manter no mercado, o Sebrae contribui de forma significativa para o fomento da economia capixaba e para a geração de empregos e benefícios claramente voltados para a sociedade.

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Aracruz, Linhares, Anchieta, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim, São Mateus, Nova Venécia e Venda Nova do Imigrante.

Ao lado da interiorização do desen-volvimento, também contribuímos para levar crescimento às regiões com baixo

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Através do projeto Comércio Total, desenvolvido pioneiramente pelo Sebrae-ES, atendemos a pequenos comér-cios dos bairros de baixo IDH, fomentando a geração de trabalho e renda nesses locais. Para essa tarefa, contamos com parceria do governo do Estado.

Desde 2009, quando o projeto teve início, até agosto deste ano, foram realizadas 9.403 consultorias, com atendimento a 10.016 empresas, sendo 6.592 delas formais e 3.424 informais. O projeto também regis-trou a marca de 20.963 participantes e, até o final deste ano, 69 municípios terão sido contemplados.

Vale lembrar que os setores mais desen-volvidos pelas MPEs são os de comércio e serviços. É através desses segmentos que os jovens têm a oportunidade do primeiro emprego e são eles que oferecem trabalho às pessoas de mais idade. Tudo isso contribui para o crescente desenvolvimento regional do Estado e para o aquecimento da economia capixaba.

aRtigo | eCoNoMia

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Mercado instável é desafio da indústria capixabaQuadro de queda na produção industrial emite sinais de alerta e cautela para a classe empresarial capixaba

ABERTURA | cenário e perspectivas

O ano de 2013 está repleto de incertezas. O primeiro semestre registrou muitas oscilações no mercado, colocando a

alta dos juros e do dólar, inflação acima da meta e produtividade baixa entre os fatores que fizeram acender um sinal de alerta e cautela para a classe empresarial.

No Espírito Santo, empresários e governo se unem para criar alternativas e tentar reverter um quadro de perdas que já vem

sendo anunciado há quase dois anos, como o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), que teve redução na alíquota do ICMS de 12% para 4%, e os novos critérios para distribuição dos royalties do petróleo.

Para a indústria nacional e capixaba, os primeiros sete meses do ano apresentaram resultados instáveis. No Brasil, a produção industrial cresceu 2% de janeiro a julho,

Foto: Leonel albuquerque

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mas apresentou uma queda de 2% em julho em relação ao mês anterior, praticamente anulando a alta mensal em junho, de 2,1%. Para os especialistas, o resultado é uma indicação de que a economia brasileira iniciou o terceiro trimestre com fragilidade depois do surpreendente desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) nos três meses anteriores.

Já o setor industrial capixaba vem apresentando retrações ao longo do ano, com resultado negativo de 8,7% até julho, ante igual período do ano anterior. A indús-tria da transformação é a que vem perdendo mais espaço no mercado e apresentando os maiores recuos: 2011 (-5,2%), 2012 (-9,6%) e em 2013 (-14,6% até julho). Os principais impactos foram verificados nas atividades de alimentos e bebidas (-24,6%) e de metalurgia básica (-33,1%), influenciados pela menor produção de embutidos de carne de suíno, bombons e chocolates em barras, no primeiro ramo, e de lingotes, tarugos ou placas de aços, no segundo.

Enquanto o segmentos de alimentos e bebidas, metalurgia básica, minerais, celulose, indústria extrativa e a indústria da transformação registram quedas, o setor de rochas ornamentais comemora o bom momento das exportações, registrando alta de 25% no acumulado do ano, até agosto, em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor total exportado até então, US$ 676,8 milhões, representou 10% das exportações do Estado. O incremento se deve à retomada do crescimento norte-americano e às feiras do setor, como a Vitória e Cachoeiro Stone Fair. A maior parte das vendas é destinada a clientes dos Estados Unidos e à América Latina.

Na avaliação do presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, a queda da produção industrial é reflexo da retração da demanda pelos produtos das grandes empresas capixabas no mercado internacional. “O ano de 2013 está sendo complicado para as indústrias, pois a economia do Estado é composta basicamente de commodities, principalmente o petróleo, o aço e o minério, que sofreram retração no mercado externo. Isso implica diretamente a redução da produção industrial do Estado”, diz ele.

Empresários confiantesAs expectativas, entretanto, não são

negativas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do Espírito Santo, elaborado pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou um crescimento de 3,1 pontos no mês de setembro, em relação ao mês anterior. O acréscimo foi motivado tanto pelo indicador de condições atuais, como pelo de expectativas.

“Isso sinaliza que o industrial capixaba voltou a ficar confiante”, destaca o diretor-executivo do Ideies, Doria Porto. “Na verdade, o Icei de setembro já reflete a expectativa para o 4º trimestre de 2013, época em que, de fato, há um otimismo maior, por conta da alta demanda do consumo com festas de fim de ano e a liberação do 13º salário. A indústria é levada a produzir mais nessa época, o que aquece o setor, e o otimismo já é refletido em setembro”, explica o executivo.

Também o PIB nacional dá sinais de que pode ficar mais perto da estabilidade do que o inicialmente esperado. Segundo o relatório Focus, do Banco Central, em setembro os economistas elevaram a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2013 para 2,5%, percentual acima do PIB de 2012, cujo avanço foi de apenas 0,9%. Para 2014, porém, a expectativa é de menos crescimento e mais inflação.

É o valor dos investimentos anunciados para o Espírito Santo até 2017

R$ 113bilhões

“o índice de confiança maior do empresário

industrial em setembro já reflete a expectativa

da alta demanda do consumo com festas

de fim de ano e do 13º salário” – Doria porto,

diretor-executivo do ideies

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No Espírito Santo, apesar de o PIB estadual ter recuado 2,1% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, na opinião do diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, José Edil Benedito, a economia começa a dar pequenos sinais de recuperação, apontando para uma melhoria no cenário. “O tamanho não dá para mensurar, mas os dados começam a apontar para um melhor desempenho da indústria, do comércio e da economia como um todo”, afirma.

DesenvolvimentoAlgumas ações estão sendo implantadas

para pontuar os industriais rumo ao cres-cimento da produtividade. Com o objetivo de diminuir as desigualdades regionais, promover o crescimento econômico e gerar emprego e renda, a Findes lançou, em agosto, o Mapa Estratégico da Indústria 2013/2022, que mostra os caminhos que empresas e poder público devem percorrer em prol do aumento da competitividade.

“O documento representa a visão do industrial capixaba sobre quais são os melhores rumos para a economia do Estado. Nossa estratégia está voltada para o aumento de condições favoráveis para a indústria, permitindo a descentralização do desenvolvimento, maior peso na economia local de empresas inovadoras e comprometidas com a produção de bens de maior valor agregado, e maior diversificação no comércio nacional e internacional”, diz o presidente da Findes, Marcos Guerra.

No Estado, há uma carteira de projetos com previsão de investimentos de R$ 113 bilhões até 2017, que será responsável pela geração de até 200 mil empregos nos próximos quatro anos. Ao todo, são 1.395 projetos. Os dados são do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), órgão do governo capixaba que compilou todos os projetos, públicos e privados, acima de R$ 1 milhão anunciados para o Estado no período entre 2012 e 2017. Os setores que mais investirão são o de infraestrutura (energia, armazenamento e transporte),

Produção Física Industrial - Espírito Santo variação acumulada dos últimos 12 meses (%)

10,0

5,0

0,0

-5,0

-10,0

-15,0ago/12 set/12 out/12 nov/12 dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13

5,6

-3,5

-9,5 -9,4 -8,9 -9,3 -9,6 -10,5-11,5

-12,6-13,7

-12,7 -12,5 -12,3

-4,5 -3,9-5,0

-6,2 -6,8-7,6

-8,6 -8,9 -8,2 -8,0 -7,8

2,9 3,31,3

-1,5 -1,5 -2,4 -3,2 -2,3 -2,0 -2,0 -1,8

Indústria GeralIndústria ExtrativaIndústria de Transformação

Fonte:iBGe / elaboração: Findes/ideies

“apesar de o piB estadual ter recuado 2,1% no primeiro trimestre, a economia começa a dar pequenos sinais de recuperação, apontando para uma melhoria no cenário” José edil Benedito, diretor-presidente do instituto Jones dos santos neves

ABERTURA | cenário e perspectivas

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com uma participação de 55,2% sobre o total, seguido da indústria (29,7%), comércio/serviço e lazer (9,1%) e outros serviços (5,9%).

Entre os investimentos da inicia-t iva privada, o secretário estadual de Desenvolvimento, Nery De Rossi, destaca o polo gás-químico da Petrobras, em Linhares, como um dos grandes empre-endimentos que podem atrair para o seu entorno novas cadeias produtivas para o Espírito Santo. “O polo vai produzir matéria--prima para diversos setores, entre elas a produção de melamina para o setor move-leiro, insumo usado na fabricação do MDF”, diz ele. Outros investimentos importantes são a fábrica de micro-ônibus Marcopolo, em São Mateus, que já atraiu a empresa fornecedora Tecnovidro, que será instalada em Colatina para atender à montadora e a indústrias de móveis, e o Estaleiro Jurong, em Aracruz, que se encontra em cons-trução, segundo Rossi.

Mesmo com as perdas do Fundap e dos royalties do petróleo, o Estado pode se manter competitivo, na avaliação do secretário. “Além das ações do governo, como os Contratos de Competitividade, os incentivos do Invest-ES e o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes), criado para tornar o Estado mais eficiente, nossa carteira de

projetos está em constante crescimento e isso atrai novas empresas, de outros estados e países”, afirma Rossi. Outro fator positivo, de acordo com ele, é que o setor de petróleo e gás movimenta o mercado, uma vez que o Estado é o segundo maior produtor do país. “As empresas do setor metalmecânico têm se especializado para atender ao segmento, o que gera receita e faz girar a economia. As empresas capixabas vendem cerca de R$ 4 bilhões por ano apenas como fornece-doras da Petrobras, em todo o Brasil, o que mostra que os capixabas estão preparados para atender ao setor”, conclui.

“Nós mapeamos o Estado e passamos a detectar onde há deficiências que precisam ser sanadas. Avançamos nos contratos de competitividade com o Estado, que, aten-dendo ao pleito dos industriais, concedeu tratamento tributário diferenciado a 21 setores da indústria; estamos formando mão de obra qualificada para atender à demanda de várias regiões, através da implantação das Agências de Treinamento Municipal (ATM) e das Escolas Móveis, modelos mais rápidos, baratos e eficazes para suprir as demandas específicas de cada município. Por meio delas, os municípios terão acesso aos serviços profissionalizantes oferecidos pelo sistema Sesi/Senai/IEL, em parceria com os governos locais. Isso possibilitará reduzir os custos e melhorar a competitivi-dade das indústrias”, pondera o presidente da Findes, Marcos Guerra.

“a economia do estado é composta basicamente

de commodities, principalmente o petróleo,

o aço e o minério, que sofreram retração no

mercado externo” – Marcos Guerra, presidente da Findes

“além das ações do governo, nossa carteira de projetos está em constante crescimento e isso atrai novas empresas, de outros estados e países”– nery De rossi, secretário estadual de Desenvolvimento

ABERTURA | cenário e perspectivas

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Petróleo incrementa e impulsiona a economia do Espírito Santoinvestimentos do setor de óleo e gás devem dinamizar a economia do espírito santo no próximos quatro anos

EcOnOMiA | petróLeo e Gás

até 2017, a previsão é de que a petrobras produza diariamente mais de 1 milhão de barris de petróleo somente na área do pré-sal

OEspírito Santo ocupa lugar de destaque no Brasil quando o assunto é petróleo. Até 2017, a previsão é de

que a Petrobras produza diariamente mais de 1 milhão de barris de petróleo só no pré-sal – ou metade da produção total atual, que foi de 2 milhões de barris em agosto (302 mil no pré-sal).

Apenas no primeiro semestre de 2013, a média de petróleo extraído pela Petrobras no Estado foi de 300 mil barris/dia, enquanto a entrega de gás natural ao mercado brasileiro tem se aproximado de 10 milhões de metros cúbicos por dia. Com relação ao gás de cozinha, são produzidos na Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas, em Linhares, uma média de 720 toneladas por dia.

Segundo o Plano de Negócios 2013-2017 da petrolífera, dos US$ 236,7 bilhões em investimentos previstos, US$ 147,5 bilhões são para a área de Exploração e Produção, US$ 64,8 bilhões para Abastecimento, US$ 9, 9 bilhões para Gás e Energia; US$ 5,1 bilhões para Internacional, US$ 3,2 bilhões para BR Distribuidora; US$ 2,9 bilhões para Petrobras Biocombustível; US$ 2,3 bilhões para ETM e US$ 1 bilhão para demais áreas.

O plano não detalha a destinação para o Espírito Santo, mas a expectativa é de que sejam mantidos os recursos de US$ 13,033 bilhões definidos no plano anterior (2012-2016), com US$ 12,9 bi sendo aplicados na área de exploração e produção no Estado. E ainda este ano,

Foto: agenciapetrobras.com.br

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dois importantes investimentos da Petrobras em fase de conclusão devem iniciar suas operações, contribuindo para incrementar a produção capixaba: a inauguração, pela Transpetro, do Terminal Aquaviário de Barra do Riacho, em Aracruz – um empreendi-mento de R$ 500 milhões, que vai armazenar e transportar 3 mil m³/dia de C5+ (combus-tível utilizado pela indústria petroquímica) e 1 mil toneladas de GLP (gás de cozinha) produzidos no Estado, na UTG Cacimbas, em Linhares; e a entrada em produção no litoral sul capixaba, prevista para novembro, da FPSO P-58, que está sendo montada num estaleiro no Rio Grande do Sul e será alocada no Parque das Baleias. A P-58 é um investi-mento de US$ 4 bilhões e tem capacidade para extrair 180 mil barris de petróleo/dia.

Investimentos da cadeia petróleo-gás no ES

• Terminal Industrial Imetame – em construção

Investimento: r$ 350 milhões Projeto: terminal portuário com instalações para manutenção de embarcações, montagem final, carregamento e descarregamento de estruturas, equipamentos, tubulação, módulos completos ou partes sobre embarcações, além de recebimento, armazenamento e entrega de materiais nas embarcações.Empregos: 900 na construção e 160 na operação.Localização: aracruz.

• Itaoca Off-shore - em licenciamento ambiental

Investimento: r$ 450 milhõesEmpregos: 1.000 na construção e 500 na operaçãoLocalização: itapemirim

• Terminal de apoio às atividades de exploração e produção off-shore da Petrobras – em licenciamento ambiental

Investimento: r$ 800 milhõesProjeto: dar suporte às plataformas e atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural off-shore. prevê retroárea operacional da petrobras e área para implantação de empresas fornecedoras. Empregos: 1.000 na construção e 1.000 na operaçãoLocalização: anchieta.

• UTG Cacimbas – operando e em ampliação

Investimento: r$ 3 bilhõesProjeto: capacidade de 18 milhões m3/dia. Empregos: 1500 nas obras e 200 na operação.Localização: Linhares.

• Terminal Aquaviário de Barra do Riacho/Petrobras em Aracruz – em fase de conclusão

Investimento: r$ 500 milhõesProjeto: armazenar e transportar 3 mil m3/dia de c5+ e 1 mil toneladas de GLp produzidos no espírito santo.Empregos: 1.500 nas obras e 200 na operaçãoLocalização: aracruz.

• Complexo Gás-Químico – projeto em elaboração

Investimento: r$ 3 bilhões (estimativa preliminar)Projeto: produção de ureia (fertilizante), metanol (biodiesel formaldeído), formaldeído (resinas termofixas para madeiras e móveis), ácido acético (tintas e solventes), ácido fórmico (indústria do couro – curtumes).Localização: Linhares.

• Base de apoio off-shore Edison Chouest – em licenciamento ambiental

Investimento: r$ 400 milhõesProjeto: construção de base de apoio às atividades de exploração e produção off-shore e estaleiro de reparos navais.Localização: itapemirim.

• Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) – em construção

Investimento: r$ 800 milhõesProjeto: estaleiro cujo foco principal será o fornecimento de sondas de perfuração e navios-plataforma para os campos do pré-sal.Empregos: 2,5 mil na construção e 6 mil na operação.Localização: aracruz.

É o investimento previsto da Petrobras no Espírito Santo até 2017

US$ 13 bilhões

novos empreendimentosEstá prevista para 2017 a instalação de

uma plataforma na região conhecida como “Parque dos Doces”, no litoral norte do Estado, para um teste de longa duração. Nessa região, onde estão também os parques inicialmente denominados dos Deuses, dos Queijos, dos Cachorros e das Montanhas Capixabas, o óleo é mais leve, semelhante ao que é produzido no campo de Golfinho, onde já há um navio-plataforma em operação. Para 2018, o Plano de Negócios e Gestão da Petrobras prevê também mais uma unidade no sul do Parque das Baleias, para atuar no pós-sal, com capacidade de pelo menos 100 mil barris por dia.

“Investimentos significativos deverão ser aplicados, também, em projetos das

Fonte: sedes - secretaria de estado de Desenvolvimento

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áreas de gás e energia no Espírito Santo, como o Complexo Gás-químico (UFN-IV), em Linhares, e o estaleiro da Jurong, em Aracruz, para atender à construção de novas plataformas da Petrobras”, relatou o gerente-geral da Petrobras no Estado, José Luiz Marcusso.

O secretário estadual de desenvol-vimento, Nery De Rossi, lembra que o Espírito Santo está passando por uma fase de transição. “Os grandes projetos do setor siderúrgico, de mineração e celulose devem, por algum tempo, ser reduzidos, mas o setor naval e do petróleo e gás serão capazes de sustentar o setor metalmecânico do Estado”, relatou Nery.

Ao lado do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) será construído o Terminal Industrial Imetame, para fornecimento de módulos do setor de petróleo e gás. O investimento será de R$ 350 milhões, com geração de 1,2 mil empregos diretos e indiretos. Há ainda o projeto Petrocity, em que inves-tidores da França e Arábia Saudita irão construir um terminal portuário e um estaleiro para o reparo de embarcações,

visando a atender à demanda do setor de petróleo e gás. O projeto, a ser instalado em Urussuquara, litoral de São Mateus, no norte do Estado, começa a ser executado nos primeiros meses de 2014 e demandará investimento de R$ 1 bilhão.

O Complexo Gás Químico da Petrobras em Linhares encontra-se em fase de construção. O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) aprovou em setembro a sua Licença Prévia (LP). A companhia deverá cumprir 70 exigências ambientais, como apresentar um plano que impossibilite a construção de edifícios no entorno do UFN; criar um Programa de Tráfego e Mobilidade; e criar, junto aos municípios da área de influência do complexo, uma proposta de Programa Emergencial para evitar ocupação desordenada. Aproximadamente R$ 46 milhões deverão ser destinados como compensação ambiental a Unidades de Conservação (UCs) da região e à criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) e de novas unidades em municípios que participam do Programa de Desenvolvimento de Gestores Ambientais.

EcOnOMiA | petróLeo e Gás

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Novas tecnologias incrementam o setor de rochasO setor de rochas ornamentais do Estado encontrou de novo seu lugar no comércio internacional, com aumento de 25% nas exportações de janeiro a agosto deste ano, no comparativo com 2012

ecoNomia | rOchas OrnamEntais

Existe uma grande expectativa de que o ano de 2013 represente mais um patamar superado na recuperação do crescimento do mercado de rochas ornamentais

“o aparecimento de novas tecno-logias, como o tear a multifios diamantados, que teve uma

aceitação muito forte no segmento de rochas ornamentais no ano passado, tem promovido uma evolução relevante no desenvolvimento das atividades, custo e quantidade de produção dentro da etapa de beneficiamento das rochas, neste ano de 2013”. A informação é do diretor-executivo do Sindicato de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), Romildo Tavares.

A recuperação das vendas por esse setor da economia capixaba continua acen-tuada, aumentando as expectativas de um fechamento positivo para o ano de 2013. Nos primeiros oitos meses do ano, as expor-tações de rochas capixabas alcançaram um volume de R$ 1,5 bilhão e aumentaram 25% na comparação com o mesmo período de 2012, representando 10% do total embar-cado pelo Estado no período.

Para o presidente do Sindirochas, Samuel Mendonça, esse fator pode ser justificado pelo aumento de exportações

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que crescem consideravelmente. “O setor de mineração em 2013 vem apresentando resultados muito positivos, principalmente no mercado exterior. Queremos crescer no mínimo 10% no ano que vem”, destacou.

O diretor da Findes em Cachoeiro e região, e também Conselheiro do Sindirochas e Credirochas, Áureo Mameri, afirma que esse crescimento pode ser justificado pela recuperação dos Estados Unidos no mercado mundial. “Por conta da crise financeira, houve uma queda muito grande de exporta-ções de chapa polida para os Estados Unidos em 2007, 2008 e 2009. Com a recuperação americana, tivemos um aumento significa-tivo nos anos seguintes, o que gerou mais investimentos no setor”.

A atividade saltou da quarta para a terceira posição na pauta de exportações do Espírito Santo e pode até tomar da celulose o segundo lugar, se mantiver esse ritmo, de acordo com o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo (Sindiex), enquanto as expor-tações capixabas caíram 16% de janeiro a agosto de 2013, alcançando R$ 15,3 bilhões (contra R$ 17,9 bilhões no mesmo período de 2012).

O setor de rochas ornamentais do Espírito Santo representa 8% do Produto Interno Bruto capixaba. Reúne em torno de 2.500 empresas atuantes na cadeia produtiva, estando presente em todas as 78 cidades do Estado.

Além de proporcionar desenvolvi-mento às diversas regiões do Espírito Santo,

com geração de emprego e renda, a atividade tem uma função social importante, pelo fato de fixar o homem em seu lugar de origem, evitando o êxodo para as grandes cidades e reduzindo o impacto nos problemas sociais já existentes. É responsável, hoje, pela gera-çãode 25 mil empregos indiretos e 100 mil empregos indiretos em todo o Estado.

Perspectivas

No segundo semestre de 2013, as vendas de rochas deverão continuar em ligeiro aquecimento no mercado interno, conside-rando a elevação do consumo de produtos do mármore e do granito.

“É claro que não se pode arrefecer agora, principalmente sabendo-se que incertezas ainda existem, em especial no mercado americano, mesmo que esteja vivendo um bom momento, no qual se concentra o maior volume de negócios do setor de rochas capixaba, em especial com materiais semia-cabados de maior valor agregado”, considera Romildo Tavares.

Para 2014, o diretor-executivo do Sindirochas acredita na manutenção do aquecimento no mercado interno, decorrente ainda dos investimentos do Governo no setor imobiliário e em função, principalmente, das obras para a Copa do Mundo, que acontecerá naquele ano. Além da construção e reforma de estádios, há também a necessidade de obras de infraestrutura para o atendimento de milhares de pessoas que visitarão o país, ou que se deslocarão dentro dele,

É o volume alcançado pela exportação capixaba de rochas nos primeiros oitos meses deste ano

R$ 1,5milhão

Fonte: Sindirochas e Sindiex - Espírito Santo

Variação das exportações brasileiras - jan/ago 2013

Em valor (+) 19,92% em relação mesmo período 2012

Em peso (+) 17,41% em relação mesmo período 2012

Variação das exportações capixabas - jan/ago 2013

Em valor (+) 25,14% em relação mesmo período 2012

Em peso (+) 24,63% em relação mesmo período 2012

Principais destinos da exportação de rochas

Blocos China, Itália, Taiwan, Espanha

Manufaturados Estados Unidos, Canadá, México

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como construção, reforma ou ampliação de aeroportos e hotéis, entre outras.

O aumento da capacidade compe-titiva, o crescimento da produção de materiais de maior valor agregado e a busca por novos mercados no exterior devem contribuir para o crescimento do mercado de rochas também em 2014, avalia Romildo, antevendo ainda que a expansão do uso de tecnologias mais avançadas, a exemplo do tear multifios diamantados, traga maior

eficiência, produtividade e menor custo, beneficiando o segmento e permitindo um atendimento mais eficaz aos mercados interno e externo de rochas.

Setor ganha manual de aplicação de rochas

Contribuindo com o arranjo produtivo de rochas ornamentais do Espírito Santo, no dia 24 de outubro o Instituto Euvaldo Lodi, entidade da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), lançou o Catálogo de Rochas Ornamentais, um manual que reúne dados sobre a geologia, ocorrências e possibilidades de uso, aplicação e manutenção de uma gama de tipos de rochas presentes no território estadual com potencial para uso ornamental. As informações destinam-se aos profissionais especificadores, designers, arquitetos, engenheiros, construtoras e empresários do setor.

“Esse material técnico e explicativo auxi-liará de forma clara o manuseio das rochas ornamentais, promovendo sua utilização dentro dos princípios de sustentabilidade, evitando o desperdício e gerando cada vez mais renda e lucro aos fabricantes e, prin-cipalmente, aos consumidores”, disse o presidente da Findes, Marcos Guerra.

Foto: Dedrinkson Adame

A Vitória Stone Fair é hoje a maior feira de rochas ornamentais da América Latina segundo seus organizadores

economia | rochAS ornAmentAiS

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indústrias de papel e celulose vivem paradoxo por conta do dólaro cenário de otimismo da indústria de celulose não é o mesmo para os empresários da indústria de papel

EcOnOMiA | papeL e ceLULose

Adesvalorização do real diante do dólar tem influenciado diretamente os preços de vários segmentos da indús-

tria de transformação, entre eles a celulose, papel e produtos de papel.

Em decorrência desse cenário, a produção está saindo mais cara da fábrica, segundo dados do Índice de Preços ao Produtor (IPP) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O cenário econômico mundial criou um paradoxo para as empresas do setor em 2013. De um lado, existem aquelas que comemoram, e do outro, há aquelas que lamentam.

Isso porque as empresas que vivem da exportação estão ganhando mais com a venda de seus produtos em dólar, enquanto as empresas que precisam comprar

a Fibria registrou aumento na produção e em vendas de celulose

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matéria-prima importada sofrem com o encarecimento da produção.

Para a Fibria, por exemplo, o cenário é altamente favorável, por conta de sua natureza exportadora (mais de 90% de suas vendas são feitas ao mercado externo), que fez com que obtivesse um bom resultado operacional.

A companhia registrou alta na receita líquida, que totalizou R$ 1,67 bilhão, 15% superior à do primeiro trimestre e 12% maior que a alcançada entre abril e junho de 2012. O Ebitda ajustado foi de R$ 647 milhões, com crescimento de 15% na comparação com o primeiro trimestre e de 18% em relação ao segundo trimestre de 2012. A margem Ebitda alcançou 39% no primeiro semestre de 2013, cinco pontos percentuais a mais do que nos seis primeiros meses do ano passado.

A geração de f luxo de caixa livre no segundo trimestre foi de R$ 234 milhões, 40% superior na comparação com o primeiro trimestre de 2013 e três vezes superior na relação ano contra o ano passado. No período de 12 meses encerrado em 30 de junho, a companhia somou R$ 956 milhões em fluxo de caixa livre.

“O preço da celulose tende a seguir os bons fundamentos atuais e nossa avaliação para o segundo semestre é bastante positiva”, ressaltou o diretor comercial e de Logística Internacional da Fibria, Henry Philippe Van Keer.

A Fibria registrou aumento em produção e em vendas de celulose. Apesar das paradas programadas para manutenção, ocorridas nas unidades de Três Lagoas (MG) e Aracruz (ES), no segundo trimestre de 2013 a compa-nhia produziu 1,29 milhão de toneladas, 2% a mais que no trimestre anterior. As vendas somaram 1,27 milhão de toneladas entre abril e junho, 7% superiores ao volume registrado no primeiro trimestre do ano, em função da sazonalidade do período ante-rior e da maior disponibilidade de celulose.

Embora a indústria de celulose come-more seus resultados, a de papel atravessa um período difícil. O presidente do Sindicato da Indústria de Papel e Celulose do Estado do Espírito Santo (Sindipapel), José Braulio Bassini, explica que a retração do consumo no varejo tem se traduzido em queda nas vendas. Ao mesmo tempo, o valor da matéria-prima, em dólar, tem elevado os custos de produção.

“Trata-se de uma cadeia de valor. Temos como grande cliente o varejo. Quando o consumidor não compra, os esto-ques não saem, e isso resulta na queda de pedidos ao setor. Temos microempresas já operando no vermelho”, lamentou Bassini.

Para o setor de papel, a expectativa é de que as vendas de fim de ano contri-buam para que o segmento feche 2013 com saldo positivo.

“As empresas do setor esperam também uma redução de três a dez pontos percentuais na carga tributária, em função dos contratos de competitividade assinados em março deste ano pelo Governo Estadual com 21 segmentos industriais, que foram renovados até 2024”, acrescentou Bassini.

O setor também aguarda a instalação da empresa Carta Fabril, no município de Aracruz, norte do Estado, cuja pedra fundamental foi lançada no fim de 2012. A previsão é de que as instalações da fábrica, que produzirá papel do tipo “tissue” (usado para higiene pessoal), entrem em operação no início de 2015.

Até o ano de 2020, a empresa vai gerar 400 empregos diretos. Na primeira fase, serão investidos cerca de US$ 140 milhões. A nova fábrica vai operar com duas máquinas, que produzirão 120 mil tone-ladas de papel por ano, atendendo tanto ao mercado brasileiro, quanto internacional.

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Gargalos logísticos afetam competitividade do Estadoo espírito santo tenta reverter o quadro com programa que articula investimentos da iniciativa privada e dos governos federal e estadual

EcOnOMiA | LoGística e inFraestrUtUra

H á décadas o Brasil vem sofrendo perdas com a falta de investimentos em infraestrutura e logística. O recurso

destinado a esta área não passou de 2% do PIB ao longo dos últimos anos. Com isso, o país perde o equivalente a US$ 83,2 bilhões por ano com custos logísticos em função de problemas que vão desde a elevada burocracia até a limi-tada infraestrutura de estradas, ferrovias, portos e aeroportos. O prejuízo representa em torno de 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o estudo “Custos Logísticos no Brasil”, elaborado pela Fundação Dom Cabral (FDC), de Belo Horizonte (MG).

Só os custos logísticos comprometem 13,1% da receita das empresas brasileiras, ou cerca de 12% do PIB nacional, de acordo com a FDC. No Espírito Santo a média é semelhante, girando em torno de 13% da receita das empresas capixabas, segundo o presidente da Federação das Empresas de Transportes do ES (Fetransportes), José Antonio Fiorot. “Ainda sofremos com a perda do Fundap, que era um impor-tante incentivo capixaba. Se tivéssemos uma logística adequada, esse prejuízo não nos afetaria tanto. Precisamos de projetos que nos proporcionem infraestrutura para

com restrições na pista de pouso e sem um terminal de cargas, o aeroporto de vitória recebe apenas um voo de carga por semana, inviabilizando as operações

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competir de igual para igual com outros estados”, diz ele.

As def iciências capi xabas começam pelo Porto de Vitória. Sem estrutura apropriada, ele perdeu linhas internacionais de grandes embarcações de carga, que não têm como entrar no porto. Cargas da Ásia, da Europa e dos Estados Unidos passam primeiro pelo Rio de Janeiro para, depois, chegar a Vitória, via transbordo. O desvio encarece os produtos, toma tempo dos empresários e tira competitividade do Estado. “É o nosso maior gargalo, pois mesmo com as obras do porto, o canal vai continuar limitado aos navios Panamax”, constata o subsecretário de Logística de Transportes da Secretaria de Estado de Transportes e Obr a s P úbl ic a s (Setop), Valdir Uliana.

O problema do acesso marí-timo vai até melhorar com as obras de dragagem e derrocagem que estão sendo feitas e permitirão operar com navios de até 70 mil toneladas, contra as 20 mil tone-ladas atuais. Mas para resolver a questão de receber navios maiores, só mesmo com a construção do Porto de Águas Profundas, que será na Ponta da Fruta, em Vila Velha, investimento que entrou na MP dos Portos, mas cujas operações só devem se iniciar em 2020.

Rodovias federaisDos portos, as deficiências se estendem

para as rodovias federais. Utilizadas muito acima de sua capacidade, elas já deveriam ter sido duplicadas há tempos. A duplicação da BR-101 está equacionada após a ECO 101 Concessionária de Rodovias ganhar o leilão, e os trechos com maior volume de tráfego serão duplicados nos primeiros cinco anos da concessão. Já a duplicação da BR-262 virou um imbróglio. Em setembro, após a oferta do leilão para a concessão do trecho ES/MG não ter conseguido nenhum inte-ressado, o Governo Federal anunciou que será executada na modalidade de obra pública pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, lamentou o fato de não haver interessados na concessão do trecho, pois a melhoria na rodovia é muito importante para escoar

a produção do Estado – que inclui café, petróleo e gás, papel e celulose, entre outros itens -, bem como dos produtos que vêm de Minas para embarcar nos portos da Grande Vitória. “O Estado vem sendo prejudicado por várias deficiências na infraestrutura. Se tivéssemos uma logística eficiente, a economia poderia estar muito mais diver-sificada”, afirma.

Já o aeroporto de Vitória, apesar de melhorias recentes no terminal de passa-geiros, não oferece condições de pouso para que aviões maiores possam trazer cargas internacionais, uma das reivindicações do presidente do Conselho de Infraestrutura (Coinfra) da Findes, Constantino Dadalto. “Além de melhores rodovias, conclusão das obras do cais e uma ferrovia com ligação de norte a sul, o Estado precisa avançar na implantação de um aeroporto internacional com um terminal de cargas adequado”, diz ele.

investimentosNa esfera estadual, o Governo tenta

reverter o quadro com mais de 20 obras e projetos em prol da logística do Espírito Santo e que fazem parte do Programa Estadual de Desenvolvimento Sustentável (Proedes), com investimentos de mais de R$ 3 bilhões em novas rodovias estaduais, instalação de ferrovias, portos e aeroportos regionais em Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Colatina e Guarapari.

os trechos com maior volume de tráfego da Br-101, que corta o espírito santo até a Bahia, serão duplicados nos primeiros cinco anos da concessão da eco-101

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O programa articula investimentos da iniciativa privada, governo federal e Estado. “O intuito é fortalecer todos os eixos estratégicos de ligação em que o Estado pode atuar. São eixos logísticos que nos conectam aos estados vizinhos”, diz o subsecretário da Setop, Valdir Uliana.

No modal ferroviário, estão previstas a Estrada de Ferro (EF) 118, que ligará Vila Velha ao Rio de Janeiro, com solicitação do governo capixaba para sua extensão até Linhares; e a EF-354, de Campos a Goiás, com extensão até Mato Grosso e, futura-mente, até o Peru. Essas duas ferrovias, que são de importância vital para escoar grandes produções do agronegócio do cerrado e da atividade mineral do Estado, estão em fase de audiência pública para elaboração dos projetos.

No norte do Estado, será implantado o Porto de São Mateus, que pode ser o novo caminho para as grandes peças usadas nas embarcações que fazem a prospecção de poços petrolíferos e que chegam aos portos transportadas por caminhões. Em Linhares, está previsto o Porto Norte Capixaba,

da Manabi, com investimento de R$ 1,75 bilhão e expectativa de iniciar a operação em 2016. Outro empreendimento, o Porto Central, será construído em Presidente Kennedy, no sul do Estado, uma parceria com o Porto de Roterdã, na Holanda, e um grupo de empresários locais, que terá uma capacidade instalada de quase duas vezes a do Porto de Santos (SP).

Apesar das perdas e do atual quadro, o anúncio de novos investimentos permite expectativas otimistas. O subsecretário Valdir Uliana admite que a situação em curto prazo não é das melhores, pois perdeu-se tempo para aprimorar as condições da logística capixaba, e os benefícios do Fundap mascaravam as deficiências. Entretanto, ele destaca que a nova Lei dos Portos permite aos terminais privados competir com qualquer outro porto do Brasil, até mais do que os portos públicos. Isso produz um novo cenário. “Felizmente, o Estado já tem um planejamento de investimentos privados que podem nos manter na competitividade mundial. Com a Lei dos Portos e dos Aeroportos, eles se fortalecem”, afirma.

EcOnOMiA | LoGística e inFraestrUtUra

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Mineração avança rumo a novos desafios, enquanto siderurgia enfrenta estagnaçãoo setor de mineração do estado vem atravessando o ano com relativa tranquilidade, mas o mercado do aço enfrenta excesso de produção e queda nas vendas

EcOnOMiA | Mineração e siDerUrGia

Osetor de mineração capixaba vem sendo impulsionado pelos inves-timentos realizados pelas grandes

empresas em 2013, tanto em logística quanto em projetos de expansão. O ano foi levemente positivo para o minério de ferro. Após altos e baixos no comércio internacional, a produção se manteve dentro das metas estabelecidas pelas companhias produtoras.

Devido à queda livre na demanda e nas exportações de aço, há projeções negativas para este ano. Nem a recente disparada do dólar frente ao real trouxe alento às

vale pretende investir Us$ 34 bilhões em minério de ferro e logística até 2018

siderúrgicas, que já não trabalham mais com uma perspectiva de crescimento da produção em 2013 e início de 2014.

O presidente do Instituto Aço Brasil (IABr), Marco Polo de Mello Lopes, disse que há um excedente mundial de aço que gira na casa dos 600 milhões de toneladas. Nos primeiros sete meses, as exportações brasileiras caíram 16,9% em volume e 21,9% em valores. De acordo com o instituto, as siderúrgicas não têm interesse em elevar a produção porque passariam a ter

Foto: agência vale

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o ônus de manter o material em estoque. Além das dificuldades no exterior, o setor enfrenta também a falta de dinamismo do mercado doméstico.

Minério do futuroO minério de ferro ainda tem um

mercado aberto, internamente e no exterior. Nesse cenário, a Vale, por exemplo, pretende investir US$ 34 bilhões em minério de ferro e logística até 2018, quando espera atingir uma produção de 450 milhões de toneladas ao ano da commodity. A declaração foi de José Carlos Martins, diretor-executivo de Ferrosos e Estratégia da Vale.

No Espírito Santo, a companhia aplicou (investimento e custeio) US$ 961 milhões no primeiro semestre de 2013. Os investimentos socioambientais somaram US$ 27,9 milhões no período. A produção total de pelotas entre abril e junho alcançou 12,3 milhões de toneladas, 5,7% acima do primeiro trimestre do ano. No segundo trimestre, houve um aumento de 8% na produção de pelotas no Espírito Santo em relação ao primeiro trimestre, totalizando 15,9 milhões de toneladas produzidas no semestre.

Os volumes produzidos nas plantas de Tubarão aumentaram para 5,6 milhões de toneladas no segundo trimestre, acima dos 5,1 milhões de toneladas produ-zidos nos três primeiros meses do ano e dos 5,3 milhões de tone-ladas do segundo trimestre do ano passado.

LogísticaTambém a logística da Vale

avançou, e o Porto de Tubarão embarcou 49,7 milhões de tone-ladas de minério de ferro e 7,3 milhões de toneladas de carga geral entre janeiro e junho deste ano. No total, foram embar-cados 57 milhões de toneladas de produtos como minério, grãos, carvão e fertilizantes no semestre. Além disso, depois de passar por um processo de dragagem e adequação de seu píer, o porto realizou, no dia 22 de maio, o primeiro carregamento total de um navio do tipo Valemax, maior mineraleiro do mundo, com

capacidade de transporte de 400 mil tone-ladas. Este foi o maior carregamento dos 47 anos de história do Porto de Tubarão.

Já a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) foi responsável pela movimentação de 55 milhões de toneladas de minério de ferro e 13,3 milhões de toneladas de carga geral nos seis primeiros meses do ano, totalizando 68,5 milhões de toneladas trans-portadas no período.

Usina ViiiA pelotizadora está trabalhando para

concluir as obras da Usina VIII, no Complexo de Tubarão, com previsão de término até o final de 2013. Está sendo investido US$ 1 bilhão no empreendimento, que vai gerar 350 empregos permanentes na operação. Mais de quatro mil empregados de empresas contratadas trabalharam no pico das obras, dos quais 90% são capixabas. Cerca de 60% dos contratos assinados durante a obra incluem empresas capixabas.

Samarco em expansãoA Samarco avança e se prepara para novos

desafios. A empresa está em expansão, com o Projeto Quarta Pelotização (P4P) sendo executado dentro do cronograma. A P4P, um investimento de R$ 5,4 bilhões, vai ampliar em 37% a capacidade de produção de pelotas de ferro da

de pelotas de ferro foram produzidas no Espírito Santo no 1º semestre de 2013

15,9 mi/ton

Wind fence: investimentos ambientais da samarco totalizaram r$ 250 milhões em outubro

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companhia, a partir de 2014. A capacidade nominal de produção atual é de 22,25 milhões de toneladas anuais de pelotas.

Os projetos ambientais também conti-nuam a todo vapor. Somente em 2012 foram investidos R$ 283,2 milhões nessa área, mais que o dobro do ano anterior, e em 4 de outubro de 2013 a Samarco inaugurou a sua wind fence (barreira de vento) ao redor do pátio de estocagem de minério de ferro, na Unidade de Ubu, em Anchieta. A tecno-logia tem o objetivo de reduzir a velocidade do vento incidente sobre as pilhas de minério e a emissão de particulados na região. A empresa implantou também sistemas de controle adicionais, num investimento total de R$ 250 milhões.

Siderurgia estagnadaJá a ArcelorMittal Tubarão, maior produ-

tora de placas de aço do mundo, reduziu sua projeção de lucro operacional em 2013, em agosto, diante de demanda mais fraca que o previsto na Europa e Estados Unidos, além de queda nos preços de matérias-primas. “O excesso de capacidade é o maior problema estrutural da indústria siderúrgica hoje”, disse Benjamin Baptista, presidente da ArcelorMittal Brasil, acrescentando que

EcOnOMiA | Mineração e siDerUrGia

o fato de as grandes estatais chinesas conti-nuarem a elevar a produção é um fator complicador. A afirmação foi feita na confe-rência anual da Worldsteel realizada em outubro, em São Paulo. A entidade repre-senta 170 siderúrgicas de todo o mundo.

A companhia, que fabrica cerca de 7% do aço mundial, afirmou que agora espera que o consumo de aço nos EUA continue estável ou avance 1%, no máximo, em 2013, enquanto o mercado europeu deve encolher entre 1,5% e 2,5%. Anteriormente, a previsão era de que o mercado dos EUA crescesse 2% a 3% e o consumo na Europa recuasse entre 0,5% e 1,5%. No geral, o grupo vê as vendas de aço subindo entre 1% e 2% em 2013, puxadas por um aumento de 3% no consumo global.

A indústria do aço ainda sente os efeitos da crise mundial de 2008 e da crise europeia de 2012. Na ArcelorMittal Tubarão, o reflexo desse cenário está principalmente no baixo volume de exportações. Com capacidade instalada de produção de 7,5 milhões de toneladas/ano, a unidade está produzindo atualmente 4,4 milhões de toneladas/ano. A empresa está com seu segundo maior alto-forno parado desde o fim de 2012, ainda sem perspectiva de retomada.

arcelorMittal, maior produtora de placas de aço do mundo, reduziu sua projeção de lucro em 2013

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Estado garante energia para seu desenvolvimento

o projeto inovcity, da eDp escelsa em parceria com o Governo do estado,

prevê a implantação de um conjunto de tecnologias que permitirão mais eficiência e qualidade nos serviços

EcOnOMiA | enerGia

O Brasil deve receber, entre 2013 e 2017, investimentos de R$ 14,6 bilhões na construção de novas linhas de trans-

missão de energia elétrica e de subestações. A previsão está no Programa de Expansão da Transmissão (PET), divulgado em julho último pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão de planejamento vinculado ao Ministério de Minas e Energia, que garante que o Espírito Santo também será beneficiado, sem divulgar o montante a ser repassado.

Independentemente do governo federal, o Espírito Santo possui uma previsão de investimentos de mais de R$ 100 bilhões para o período 2011/2016, dos quais cerca de 40% são projetos de alguma forma relacionados ao setor energético, sendo a maior parte deles ligados à exploração e produção de petróleo e gás. Do total previsto para o setor energé-tico, cerca de R$ 30 bilhões já estão em fase de execução, o que é garantia de fornecimento seguro e estável de energia para essa nova fase da economia estadual. As informações são da Agência de Serviços Públicos de Energia do Espírito Santo (Aspe).

Visando a definir prioridades, traçar estra-tégias e metas, bem como apontar caminhos a serem percorridos por toda a coletividade, o governo do Espírito Santo está desenvol-vendo o Projeto ES 2030. Nesta mesma direção, a Aspe, por meio de parcerias diversas, está iniciando o Planejamento Energético Estadual, também com horizonte até 2030.

A informação é do diretor-geral da Agência, Luiz Fernando Schettino. Ele lembrou que o Espírito Santo, que até 2006 se encontrava

na ponta de linha do Sistema Interligado Nacional (SIN), atualmente possui um anel de segurança formado pelas linhas de transmissão Adrianópolis-Campos-Vitória e Ouro Preto-Vitória, que garantem à Região Metropolitana da Grande Vitória maior confiabilidade em seu abastecimento.

Além disso, a Região Metropolitana, de acordo com ele, estará recebendo um aporte adicional de energia com a conclusão da Linha Mesquita (MG)-Viana 2 (ES) em 500/KV, com 248 km de extensão e conclusão prevista ainda para este ano.

Já o norte do Estado é suprido pela linha de transmissão Mascarenhas-Verona, que ganhará o reforço da linha Mascarenhas-Linhares, em 230 K V,

substação de distribuição em serra sede, inaugurada nos primeiros meses de 2013

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com 99 Km de comprimento, em fase de implantação. “Além deste empreendimento, já foi solicitado pelo governador do Estado, Renato Casagrande, ao Ministério de Minas e Energia, a construção de uma nova linha, de 230 KV, ligando Nova Venécia a São Mateus, visando a garantir a segurança e o fornecimento energético naquela região do Estado, que está recebendo vários empreendimentos que irão demandar muita energia”, anuncia Fernando Schettino.

Gás expande sua redeCom relação ao gás, o Plano de Negócios

2011-2015 da Petrobras Distribuidora prevê nos próximos cinco anos, um investimento da ordem de R$ 205 milhões para o Estado. A distribuição será expandida para Colatina,

São Mateus, Guarapari e Sooretama, chegando a 393 km. Também está sendo ampliada a rede de gás natural em cidades já atendidas, como Vila Velha, Aracruz, Linhares, Serra e Vitória.

“Em se tratando de gás canalizado, os in- vestimentos em ampliação e interiorização da rede de distribuição são de extrema importância para o desenvolvimento do mercado no Espírito Santo. Quanto maior o número de municípios atendidos, maior é o potencial de consumo de gás natural canali-zado”, disse o diretor-geral da Aspe.

Rede inteligente O governo do Estado, em parceria com a

EDP Escelsa, fez em 2013 o lançamento do Projeto InovCity, que tornará os municípios

É a previsão de investimentos para o Espírito Santo até 2016, e cerca de 40% são para o setor energético

Foto: Bruno coelho /Mosaico im

agem

R$100 bilhões

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de Domingos Martins e Marechal Floriano as primeiras cidades dotadas de uma rede inteligente de energia (Smart Grid) no Espírito Santo. A implantação já foi iniciada, e o projeto, que terá investimentos de cerca de R$ 5 milhões, prevê o uso de um conjunto de tecnologias que permitirão uma maior eficiência e qualidade na prestação de serviços ao cliente, como a medição inteligente, iluminação pública eficiente,

microprodução com fontes renováveis de energia, mobilidade elétrica e ações de eficiência energética.

Também em 2013 a Aspe lançou o Atlas de Bioenergia, que identificou as potencialidades do Estado para o uso da biomassa com fins energéticos. Atualmente, a Agência vem se dedicando ao estudo do potencial solar, visando a incentivar o uso dessa fonte de energia limpa e renovável no Estado.

Por fim, ainda em 2013 foi criado o Programa Estadual de Eficiência Energé- tica e de Incentivo ao Uso de Energias Renováveis (Proenergia), com o objetivo de promover no setor energético estadual mais sustentabilidade, competitividade, inovação e inclusão social.

“O Espírito Santo busca a autossuficiência na geração de energia elétrica, visto que parte significativa da energia consumida no Estado é importada de outras regiões do país. As ações de governo visam a tornar o uso da energia cada vez mais eficiente e seguro, com inovação e participação social”, destacou Luiz Fernando Schettino.

atlas de Bioenergia lançado pela aspe identifica potencialidades do estado para o uso da biomassa com fins energéticos

EcOnOMiA | enerGia

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construção civil vive momento de estabilizaçãocrescimento esperado para o segmento em 2013 é de 2,5%, abaixo das médias de 2010 e 2011, mas acima do registrado em 2012

EcOnOMiA | constrUção civiL e pesaDa

Aindústria da construção civil do Espírito Santo, que nos últimos anos apresentou um avanço acima

da média nacional, está vivenciando um momento de estabilização. O cenário não é exclusivo do mercado capixaba, mas sim percebido nacionalmente. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o crescimento esperado para o segmento em 2013 é de cerca de 2,5%, abaixo das médias de 2010 e 2011, mas acima do registrado em 2012, quando ficou em apenas 1,9%.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon), Aristóteles Passos

Costa Neto, esse cenário era previsível. “Vivemos momentos de euforia, com cres-cimento acima da média nacional. Haveria de ocorrer uma acomodação e uma estabi-lização do mercado em patamares reais. É o que está acontecendo, ou seja,o desaqueci-mento é fruto da acomodação do mercado em níveis sustentáveis, porém reais”.

Na avaliação de Aristóteles, o cresci-mento do país tem sido e continuará sendo modesto, e não será diferente no Espírito Santo. “Isso impõe que as empresas traba-lhem com uma perspectiva mais dura, focando a capitalização, redução dos esto-ques e lançamentos compatíveis com o

De 2011 para 2012 foram lançadas 10.800 unidades apuradas pelo censo imobiliário. Já de 2012 para 2013 esse número caiu para 3.900 unidades

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mercado atual, que não é o mesmo de cinco anos atrás”, sublinhou.

O setor, que representa 10% do PIB capixaba, sofre com alguns entraves. Um deles, citado pelo dirigente, diz respeito às nego-ciações trabalhistas. “Estamos vivendo momentos de tensão na relação entre capital e trabalho. Isso tem trazido reflexos danosos aos custos da indústria capixaba.”

Para se ter uma ideia, um pedreiro com carteira assinada tem um custo de R$ 5,51 a hora trabalhada. Com os encargos trabalhistas e sociais acrescidos, esse gasto passa para R$ 14,33.

Considerando-se a produtividade, observa-se que o índice não mantém a proporção, ou seja: aumentam-se os salários, mas a produtividade não melhora. A variação acumulada no primeiro trimestre, compa-rada a igual período do ano passado, mostra que houve uma queda de 8% na produtivi-dade da indústria capixaba, enquanto que no Brasil houve uma variação positiva de 1,3%.

Outro obstáculo apontado para o setor refere-se à falta de planejamento de órgãos públicos, o que cria situações de obras licitadas sem projetos de qualidade. “Precisamos promover uma reengenharia no setor, envolvendo os contratantes, para corrigirmos velhas distorções”, ressaltou o presidente do Sinduscon.

Dados do 23º censo imobiliário divulgados em agosto pelo sinduscon registraram que o mercado capixaba teve uma pequena queda no número de construções. em 2012 foram 32.020, contra 34.863 do levantamento anterior.De 2011 para 2012 foram lançadas 10.800 unidades apuradas pelo censo imobiliário. Já de 2012 para 2013 esse número caiu para 3.900 unidades. Do total de unidades em construção, lideram os apartamentos de dois e três quartos. as vendas continuam aquecidas, já que 74% das unidades em construção já foram vendidas. no semestre, foram entregues 6.233 unidades, total bem acima das 3.029 entregues no semestre passado. o maior número de edificações concluídas está no município da serra, com 3.177 imóveis.

Censo revela a desaceleração

construção pesadaJá o setor da construção pesada tem

várias frentes importantes para o cresci-mento no Espírito Santo, principalmente no último semestre de 2013 e primeiro de 2014. “Temos boas perspectivas, pelas obras rodo-viárias e de infraestrutura urbana executadas com recursos estaduais, com contratos em plena execução, totalizando mais de R$ 700 milhões entre rodovias e vias urbanas para 2013”, declara o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sindicopes), José Carlos Chamon.

Além disso, estão em andamento projetos com recursos federais, através do Programa de Contratação, Restauração e Manutenção por Resultados (PRO-Crema) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com aproximadamente R$ 200 mi-lhões aplicados para todo o país.

“Estamos ainda na expectativa das obras da concessão da BR-101, que em 2013 deve receber investimentos de R$ 200 milhões do Governo Federal. Desde maio, a concessionária vencedora está fazendo projetos, cadastramentos para as devidas desapropriações, preparando as praças de pedágios e, enquanto isso, providenciando a manutenção, como tapar buracos, fazer alargamentos e terceiras faixas. Na área portuária, temos a ampliação do cais de Vitória, com cerca de R$ 120 milhões em recursos, e que está em fase de conclusão; e o início da construção de mais dois berços em Vila Velha, no cais de Atalaia, com investimento de R$ 130 milhões”, disse Chamon. Ainda nesse setor, o estaleiro da Jurong já é uma realidade e está em pleno andamento.

as obras de concessão da Br 101 no estado recebeu r$ 200 milhões do Governo Federal

Este deverá ser o investimento repassado ao Estado para o início das obras da concessão da BR-101

R$ 200 milhões

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Setor é a mola-mestra na geração de empregosserviços respondem por 62,1% dos postos de trabalho do país e 67,5% do piB

EcOnOMiA | serviços

em julho, o setor de serviços sustentou mais de 26,1 milhões de postos de trabalho no país

O setor de serviços vem ganhando importância na economia e já responde hoje por 67,5% do Produto

Interno Bruto (PIB) e 62,1% dos postos de trabalho do país que, mesmo perdendo fôlego na geração de novos empregos, tem tido no segmento a mola-mestra a alavancar a abertura de vagas no mercado profissional.

No primeiro semestre, a atividade liderou a criação de empregos formais, com 384,9 mil novos postos abertos, contra 692 mil no mesmo período do ano passado, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No total, até julho, o Brasil criou 907,2 mil novos postos de trabalho, uma queda de

33,5% frente ao mesmo período de 2012, quando foram abertas 1,36 milhão de vagas.

De acordo com o MTE, o desempenho do mercado de trabalho acompanha as perspectivas da economia nacional, cujos números já revelam sinais de perda de dinamismo na geração de emprego. Em junho, o ritmo de expansão da at iv idade de ser v iços começou a desacelerar, com o volume de novos negócios no menor nível desde março, em meio à fragilidade das condições econômicas e dos protestos no país.

No Espírito Santo, o setor só começou a apresentar recuo em julho, com um decréscimo de 704 postos de trabalho.

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Foi o índice de crescimento do setor de serviços capixaba nos seis primeiros meses de 2013

5,5%Mas, no acumulado do ano, gerou mais 5,7 mil novos empregos, até julho. Em 2012, foi a área que mais contratou no Estado, com 11,2 mil (44%) dos 25,1 mil novos empregos criados no ano passado, englobando todas as atividades econômicas, segundo o Caged.

Com a desaceleração iniciada em julho, o superintendente do Sebrae-ES, José Eugê- nio Vieira, acredita que a tendência é que esse quadro se mantenha até o final do ano, uma vez que toda a economia capixaba ainda está fazendo ajustes diante do cenário econômico. “No Espírito Santo a economia é concentrada nas commodities e a maior parte das empresas de serviços capixabas vive em função de seu desempenho, que não vem bem desde a eclosão da crise mundial. Isso impacta também a geração de empregos do setor e vai desencadeando efeitos em toda a economia”, afirmou.

De acordo com Vieira, várias mudanças no sistema tributário, entre elas as perdas provenientes do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), a diminuição da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em alguns produtos, que provocou queda na transferência do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), são alguns dos fatores que vão se manter até o final do ano, impactando toda a economia capixaba.

crescimento do setorJá o crescimento do setor de serviços

brasileiro foi de 8,6% em junho, na comparação com igual mês do ano anterior,

segundo análise do IBGE, que lançou a Pesquisa Mensal de Serviço em agosto. Os resultados acumulados no ano indicam que nos primeiros seis meses de 2013 o avanço ficou em 8,4% no Brasil.

Todos os estados brasileiros apresentaram crescimento em junho. A maior taxa foi registrada em Mato Grosso (29,7%), e as menores foram observadas no Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco, todos com 5,1%, seguidos do Paraná (4,6%), Piauí (3,2%) e Rio Grande do Sul (1,6%). No Espírito Santo, de janeiro a junho, o avanço foi de 5,5%, mas o ritmo de expansão da atividade também começou a desacelerar. Em abril o crescimento foi de 11,2% e em maio, 6,5%, contra 5,1% em junho.

Apesar do quadro econômico nacional, as empresas de ser viços brasileiras mantiveram-se otimistas quanto às perspectivas de crescimento da atividade nos próximos 12 meses. É o que revela a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI) da Markit, empresa de serviços globais sobre informações financeiras, também divulgada em agosto.

O índice sobre o setor de serviços do Brasil caiu a 50,3 em julho ante 51,0 em junho, permanecendo por 11 meses seguidos acima da marca de 50, número que separa crescimento de contração. “As evidências sugeriram que o nível de demanda foi mantido, mas que os problemas políticos, as condições econômicas difíceis e os protestos contiveram o crescimento”, informou a empresa, destacando que quatro dos seis subsetores de serviços monitorados registraram alta mais fraca no volume de novos trabalhos.

Para o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Pedro Rigo, a economia começou a dar alguns sinais de melhora com a nova perspectiva do Produto Interno Bruto (PIB)do país, que apresentou uma expansão de 1,5% no segundo trimestre de 2013 em relação ao primeiro, surpreendendo o mercado. “O setor de serviços pode estar até apresentando uma retração, mas o mercado começa a dar sinais de que o segundo semestre pode melhorar. Acho que a balança deve se equilibrar até o final do ano, mas tudo vai depender do crescimento do PIB e de vários indicadores financeiros que compõem a economia”, explicou.

• De janeiro a julho/2013, o crescimento no número de empregos com carteira assinada foi de 1,79% no es, com 5.773 novos postos de trabalho.• em julho, os serviços sustentaram mais de 26,1 milhões de postos de trabalho no país na média do ano, o que representou 54,2% do total da economia.• Dos 907,2 mil novos postos de trabalho criados no país em 2013 (até julho):• serviços - 384.190 • indústria da transformação - 198.332 • construção civil - 146.638 • setor agrícola - 139.350 • outros – 38.704

Fonte: caged (Mt)/cni

Emprego em números no ES

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Metalmecânica: indústria se diversifica para atender aos novos investimentosos novos investimentos previstos para o estado têm provocado uma diversificação dos serviços, a fim de garantir a competitividade

EcOnOMiA | MetaLMecânico

A indústria metalmecânica continua sendo uma dos mais fortes da economia capixaba. Dados da

Secretaria de Desenvolvimento do Espírito Santo ressaltam que seus negócios movi-mentam cerca de R$ 8 bilhões por ano,

montante que corresponde a aproxi-madamente 17% do Produto Interno Bruto estadual.

Além disso, as empresas de sua cadeia produtiva geram aproximadamente 30 mil empregos diretos e outros 120 mil indiretos

setor gera aproximadamente 30 mil empregos diretos e outros 120 mil indiretos no estado

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nas quase 1.500 indústrias de transformação de metais e de produção de bens e serviços intermediários, como fundições, forjaria, oficinas de corte, soldagem e estamparia.

O segmento enfrenta agora o desafio de diversificar seus serviços, com o propó-sito de aproveitar as oportunidades oriundas dos investimentos nas áreas naval, do petróleo e do gás no Espírito Santo e, na avaliação do vice-presidente da Federação das Indústrias (Findes) e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo (Sindifer), Manoel de Souza Pimenta Neto, está organizado para esse novo momento.

“A nossa economia é atrelada ao mercado de commodities e quando a Vale, a Arcelor-Mittal e a Aracruz apresentam queda de produção, isso logo nos afeta. Mas estamos em um período de transição, com boas perspectivas no setor naval e de petróleo. Isso tudo porque hoje as empresas capixa- bas estão capacitadas, aptas e se tornaram referência no país para os trabalhos de metalmecânica. Além disso, com os Estados Unidos crescendo, e a China que não dimi- nuiu o ritmo,as expectativas são grandes de novos mercados internacionais e expor-tação de produtos”, relatou Manoel Pimenta.

Quanto à competitividade, o secretário de Estado do Desenvolvimento, Nery De Rossi avaliou que “uma das vantagens competi--tivas do Estado é a disponibilidade do setor metalmecânico e a qualificação profissional das pessoas desta área. Estamos em fase de

construção do Estaleiro Jurong, em Aracruz, e sem dúvida esse empreendimento irá mudar consideravelmente a região onde está instalado”, disse.

Ele lembrou que, ao lado do estaleiro, está prevista a instalação do terminal industrial da Imetame Logística. Em fase de implan-tação, o terminal logístico irá demandar investimentos da ordem de R$ 30 milhões.

O diretor da Findespara assuntos de Inovação Industrial, Luiz Alberto de Souza Carvalho, concorda que a indústria metal-mecânica está preparada para os desafios representados pelos novos investimentos.

“Daqui para a frente, é só adequar a produção para atender às indústrias naval e petrolífera. Temos que ter consciência de que são mercados diferentes, com preços diferentes. A indústria brasileira não está passando por seus melhores momentos, e no Espírito Santo a situação é a mesma. O governo do Estado está fazendo a sua parte e as entidades do setor estão capacitando os fornecedores”disse.

Para Luís Alberto, o momento é de inves--timentos e de aposta em inovação. “Não é fácil. É risco, é dinheiro, mas é necessário. Temos que entender que quando falamos de conteúdo local, falamos de conteúdo brasileiro. Estamos competindo com Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, e o Centro de Desenvolvimento Metalmecânico do Espírito Santo (Cdmec) e a Findes têm programas que vão ajudar a desenvolver esses fornecedores”, pontuou.

por ano é quanto movimenta o setor. Aproximadamente 17% do PIB estadual

R$ 8 bilhões

Mec show 2013: feira do setor movimentou

r$ 50 milhões em negócios

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Feira especializada movimenta mais de R$ 50 milhões no setor

Um evento muito aguardado anualmente é a Mec Show – Feira da Metalmecânica, Energia e Automação. Em 2013, ela aconteceu de 23 a 26 de julho, recebendo um público qualificado de 17 mil visitantes. Os expo-sitores totalizaram negócios da ordem de R$ 50 milhões, previstos para um prazo de 12 meses. Uma das novidades do evento este ano foi o Seminário de Inovação, realizado em paralelo à feira. Na programação, houve o reconhecimento de empresas que apostam em inovação no Espírito Santo, agraciadas com o Prêmio Mec Inova, promovido pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado (Sindifer) e pelo Centro Capixaba de Desenvolvimento Metalmecânico (Cdmec).

Cinco empresas foram premiadas por seus trabalhos inovadores. Em primeiro lugar

ficou a TecVix, com o projeto “Elaboração de dispositivo para limpeza de dutos de efluentes industriais com rede em operação”; em segundo, a Itamil, com o “Sistema de travamento para tanques transportadores de combustíveis acionados e monitorados via satélite”; a medalha de bronze coube à Brumetal, que apresentou “Luvas de desgaste revestidas com carboneto de tungstênio”. As empresas USM e Metalvix receberam menção honrosa.

“Foi o primeiro ano do prêmio e acredi-tamos que é o início de uma longa jornada de qualificação e quebra de paradigmas sobre a inovação. Absorvendo o que ouvimos nas palestras de inovação durante a Mec Show, começaremos a preparar a próxima edição, que será aberta a todos os setores indus-triais”, adianta o consultor de Inovação da Findes e integrante da comissão do Prêmio, Getúlio Apolinário Ferreira.

EcOnOMiA | MetaLMecânico

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Ao longo dos últimos anos o Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) tem promovido a eleição do Empresário, Empresa e

Executivo Destaque.Esta eleição é realizada através do envio de

e-mail a um público representativo, formado pelas empresas que participaram do estudo das 200 Maiores Empresas, pelos fornecedores do Prodfor, órgãos de apoio e fomento, diretores, conselheiros, executivos e gerentes do Sistema Findes, membros dos Conselhos Temáticos e Assessoria Técnica da Findes, Federação do Comércio, jornalistas e editores dos principais veículos de comunicação do Estado do Espírito Santo e outros formadores de opinião.

Assim como no ano passado, o processo de eleição ocorreu em duas etapas:

• Primeira etapa: Eleição através de livre votação dos pré-candidatos a Empresário, Executivo e Empresa Destaque 2013.

• Segunda etapa: Consistiu na efetiva eleição do Empresário, Executivo e Empresa Destaque 2013, a partir dos três mais votados em cada categoria na primeira etapa.

Para essa finalidade, foram adotados os seguintes critérios:

• Empresário Capixaba Destaque: empre-sário capixaba que mais se destacou no ano de 2013.

• Empresa Destaque em Operação no ES: empresa em operação no Espírito Santo que mais se destacou em 2013.

• Executivo Destaque: principal executivo de empresa em operação no ES, que mais se destacou em 2013 na condição de dirigente.

O sistema de eleição foi desenvol-vido pela equipe de apoio operacional do IEL-ES, em ambiente web, através de uma interface para o usuário (eleitores) e uma área restrita para os administradores do sistema, que atende aos requisitos de segurança e performance, que permitem a cada destinatário votar apenas uma única vez.

Os e-mails foram disparados através de dispositivos do sistema, a partir das infor-mações alimentadas no banco de dados pela equipe do IEL-ES. O conteúdo do texto esclarecia a forma de votação e continha um “link” que dava acesso ao site da eleição, em que o sistema gerava um código de forma aleatória, não permitindo novo acesso ao usuário. A votação ocorreu nos meses de setembro e outubro de 2013. Após este período, foram gerados os relatórios com os resultados da apuração. Este ano houve um empate na categoria Empresário Destaque.

PESQUISA 2013 | METODOLOGIa

Critérios de eleição dos destaques 2013

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EMprEsárIO DEsTaquE

2013

O Empresário Destaque 2013, Elder Giordano Marim, 57 anos, sempre teve espí r ito empreendedor.

Com apenas 23 anos, buscando opções de investimento, ele e a família decidiram investir no abate de frango em Linhares. Corria o ano de 1979. A atitude pioneira deu origem à Proteinorte Alimentos numa região onde não havia a cultura de se criar frango. A atividade evoluiu a partir de 2000, vencendo o tabu de que o frango deveria ser criado em regiões frias. No norte do Estado, o clima era considerado atípico para a criação de frango.

Desde então, o empresário contribuiu ativamente para o crescimento da empresa. Detentora das marcas Xiken e Kifrango, ocupa hoje a posição de maior abatedouro avícola do Espírito Santo, com capacidade de abate de 75 mil aves/dia. Seu parque industrial possui umas das estruturas mais modernas do Brasil e uma indústria de subprodutos que inclui, entre outros, a fabricação de ração.

Casado, pai de três filhos, o empreendedor, graduado em Administração, vem acumu-lando posições que o levaram a merecer o título. Elder Marim é acionista, diretor-superintendente e membro do Conselho de Administração da Proteinorte, presi-dente do Sindicato da Indústria do Frio do ES (Sindifrio) e diretor para Assuntos de Abate e Processamento do setor de frango da Associação dos Avicultores do ES (Aves).

Colatinense de nascimento, mas vivendo em Linhares desde os 22 anos, ajudou a idea-lizar a Associação para o Desenvolvimento

de Linhares (Adel), entidade civil sem fins lucrativos, que congrega empre-sários do município e região com a finalidade de desenvolver projetos e ações que contribuam para a sustentabili-dade local.

Marim analisa que a instituição serviu para conscientizar politicamente os empresários, incentivando-os a participar do processo de discussão e decisão de várias questões de interesse da sociedade, adotando ações concretas para permitir a continuidade de projetos públicos, independentemente das alternâncias governamentais. A associação é filiada ao Movimento Empresarial Espírito Santo em Ação.

Para o empresário, a premiação do IEL tem muita importância. “Me sinto honrado com o prêmio, principalmente vindo de uma entidade tão séria e por ter sido indicado e escolhido por pessoas forma-doras de opinião de vários segmentos. Compartilho este prêmio principalmente com a Proteinorte, empresa que me deu a oportunidade de crescer profissional-mente, e com toda a nossa equipe”, disse. Ele destaca o seu trabalho em prol do segmento avícola – que, através da Aves, vem direcionando esforços para forta-lecer a atividade no Estado – como um dos fatores que contribuíram para que rece-besse a premiação.

Em julho, Marim também foi agraciado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) com a medalha do “Mérito Empreendedor da Indústria do ES”.

Elder Giordano Marim

PESQUISA 2013 | EMprEsárIO DEsTaquE

Diretor da proteinorte alimentos tem como marca o espírito empreendedor

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EMprEsárIO DEsTaquE

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D iretor-presidente do Grupo Imetame, localizado em A racruz, Etore Selvatice Cavallieri, 56 anos, foi eleito

Empresário Destaque 2013 graças aos anos de dedicação ao empreendimento, que atual-mente engloba seis empresas atuantes em três países e 11 estados do Brasil. Sua história profissional teve início quando o jovem torneiro mecânico foi trabalhar na antiga Aracruz Florestal (atual Fibria), em 1978. O sonho de ter o próprio negócio era uma ideia fixa e enquanto trabalhou na empresa, durante dois anos, ele identificou uma opor-tunidade de negócio nos serviços excedentes de usinagem e soldagem que a empresa contratava.

Assim, Etore e o amigo José Carlos Guasti, estimulados pelos próprios patrões, uniram seus conhecimentos em caldeiraria e solda e fundaram a Imetame Metalmecânica, em 1980. Os recursos eram limitados e os dois tiveram que superar muitos desafios. Tempos depois, por questões de saúde de José Carlos, a sociedade foi desfeita e Etore prosseguiu com o empreendimento.

“Ser um empreendedor é acreditar na realização de desejos, criar sua própria oportunidade de realização pessoal e profissional, assim como gerar sonhos e desejos em outras pessoas. Receber este prêmio representa um reconhecimento à minha trajetória profissional, de muitos anos de compromisso e dedicação à empresa e a todas as pessoas que passaram pela Imetame. Representa o comprometimento com um sonho que vem se concretizando

a cada ano! Também é um estímulo para continuarmos acreditando nos sonhos, superando os desafios e buscando evoluir sempre”, afirmou.

O trabalho executado pelo empresário tem gerado frutos para a Imetame. Há 33 anos, a empresa começou em um galpão de madeira de 72 metros quadrados. Expandiu-se rapidamente e hoje ocupa área de 244 mil metros quadrados, conta com 2.700 colaboradores e tem capacidade para produção de 650 toneladas por mês. A Imetame tem como principais atividades a fabricação, montagem e manutenção mecânica e industrial, atuando nos setores de celulose e papel, siderurgia, mineração, petróleo e gás, geração de energia e cimento. As empresas do grupo são a Imetame Metalmecânica, precursora do empreendimento, Imetame Logística, Imetame Granitos, Imetame Energia, Imetame Agropecuária e Imetame Látex.

Casado e pai de quatro filhos, Etore tem orgulho dos projetos de cunho social executados. Criado em 2003, o programa “Nova Consciência” desenvolve ações que beneficiam diretamente as comunidades vizinhas à sede da empresa, em Aracruz, e outras regiões. Entre as ações, estão a distribuição de presentes para as crianças no Natal, incentivo ao cultivo de hortas familiares e ajuda a famílias carentes que, após análise, podem ganhar colchões, cadeira de rodas, geladeiras e outros móveis e equipamentos de que estejam necessitando.

Etore Selvatice Cavallieri

PESQUISA 2013 | EMprEsárIO DEsTaquE

Com 33 anos de uma trajetória de sucesso, o empresário dirige um dos maiores grupos de fabricação, montagem e manutenção mecânica industrial do Estado

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ExECuTIvO DEsTaquE

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P restes a completar 41 anos de atuação dentro de uma mesma empresa, o diretor-geral da Buaiz Alimentos,

Elcio Alves, foi eleito o Executivo Destaque 2013. Casado, pai de cinco filhas, avô de seis netos, ele é graduado em Administração de Empresas. Com uma carreira marcada por importantes atribuições, o executivo começou a trabalhar ainda muito jovem. Aos 15 anos, já era funcionário do Sindicato Rural, em Linhares, cidade onde nasceu e de onde, após uma breve passagem pela prefei-tura, saiu para estudar no Rio de Janeiro. Aos 19 anos, retornou para a cidade natal e passou a trabalhar em um depósito de trigo da Buaiz Alimentos. Foi quando decidiu entrar para o ramo de vendas e nunca mais saiu.

Ele iniciou sua carreira na Buaiz Alimentos em 1973 e, ao longo destes 40 anos, passou por diversos cargos nas unidades da empresa, sempre atuando no varejo e na área industrial. Após seis anos em Linhares, em 1979 Elcio Alves veio para Vitória. Na empresa, assumiu as funções de chefe de depósito, gerente de filial, gerente de vendas e gerente nacional de vendas, até chegar ao cargo de diretor-geral que ocupa hoje.

Nessa longa trajetória, passou por vários momentos de reestruturação e modernização da empresa. O moinho, que foi construído em 1955 para produzir 50 toneladas de trigo ao dia, hoje fabrica 380 toneladas. Em 2010, foi realizada uma grande reforma, com investimento de R$ 8 milhões e aquisição de novos equipamentos para modernização

do parque industrial, situado na sede da Buaiz Alimentos, no centro de Vitória. “Estamos desenvolvendo projeto de relo-cação da empresa para o município da Serra, com previsão de crescimento de 30% até o ano 2019/2020”, diz ele. A meta de faturamento em 2013 está na casa dos R$ 200 milhões. Em 2014, a previsão é R$ 220 milhões. A empresa atua no Espirito Santo, sul da Bahia, Rio de Janeiro e leste de Minas Gerais.

Para ele, é um orgulho receber a premiação do IEL. “É um reconhecimento ao trabalho desenvolvido junto ao Grupo Buaiz. Fiquei lisonjeado e emocionado com a notícia, o que reforça o meu compro-misso e a responsabilidade em realizar e satisfazer o bem comum”, afirma Elcio. Em 2010, ele também foi homenageado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) com a medalha do Mérito Empreendedor da Indústria do ES.

Paralelamente à carreira profissional, Elcio ocupa atualmente o cargo de conselheiro e diretor da Findes, diretor do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias do ES (Sindimassas), vice-presidente do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do ES (Sincafé) e diretor da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps). Além disso, é membro do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo) e da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).

Elcio Alves

PESQUISA 2013 | ExECuTIvO DEsTaquE

administrador de empresas, Elcio alves está há 40 anos na Buaiz alimentos, onde ocupou vários cargos até chegar à diretoria-geral

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PESQUISA 2013 | EMprEsa DEsTaquE

Grupo Águia Branca: tradição e diversificação nos negócios

H á 67 anos, o nascimento da Viação Águia Branca representou o início da formação do maior conglomerado

empresarial do Espírito Santo, o Grupo Águia Branca, que hoje integra uma holding com 11 empresas e três Unidades de Negócios especializadas nas áreas de transporte aéreo e rodoviário de passageiros, logística e comércio de veículos.

Os negócios do Grupo tiveram origem em 1946, mas apenas em 1957, com a entrada da família Chieppe, a companhia passou a adotar esse nome, quando adquiriu a empresa de ônibus Águia Branca. O nome teve origem na primeira linha da empresa, que seguia de Colatina a Águia Branca, cidade de origem polonesa que tinha uma águia branca como símbolo. Assim começou a história do Grupo, que neste ano foi eleito a Empresa Destaque pela pesquisa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES).

Para o presidente do Grupo, Nilton Chieppe, a premiação é fruto de vários pilares ao longo dos anos. “São valores que nos acompanham desde a criação da empresa e que fazem parte

do nosso ‘DNA’: liderança, inovação, infor-mação e mercado, ética, controle, avaliação de risco de novos negócios, respeito e pres-tígio à prata da casa. Nascemos dentro de uma proposta de inovação e levamos essa característica muito a sério. Exemplo disso é que somos empresa pioneira na emissão de bilhete eletrônico no transporte rodoviário. Passamos a emitir passagem eletrônica antes mesmo do segmento aéreo”, afirma o executivo.

O crescimento vem sendo contínuo e hoje se traduz em uma frota de 7.350 veículos e cerca de 15 mil funcionários, número que não contempla a fusão entre Trip e Azul, última mudança realizada pelo Grupo, quando, em 2012, adquiriu 50% do capital da Trip, resultando na terceira maior companhia aérea do país. “A nova compo-sição gerou crescimento, otimização e melhor racionalização das operações e um ganho sinérgico entre as duas empresas”, afirma Chieppe.

Atualmente, suas atividades empresa-riais estão presentes em todos os estados brasileiros, estendendo-se até a Argentina. Em 2012, o faturamento foi de R$ 4 bilhões, um aumento de 22% em relação ao ano anterior, quando faturou R$ 3,2 bilhões.

A empresa acaba de concluir o seu novo modelo de gestão, com participação da Fundação Dom Cabral e da empresa de auditoria Baker Tilly. Com vigência para 2015, uma das decisões foi a fixação da idade máxima de 65 anos para permanecer em cargos executivos da holding e de 70 anos nos conselhos setoriais e de adminis-tração. Com isso, foi anunciada a mudança na presidência do grupo. “Como no ano que vem estarei com a idade máxima, passarei a presidência para Decio Luiz Chieppe em 2015, que atualmente é o diretor de Administração e Finanças. Queremos sempre aperfeiçoar a gestão da holding, buscando resultados como se ela estivesse com capital aberto”, diz Chieppe.EMprEsa

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U m sistema de gestão baseado em pessoas e voltado para pessoas. Foi com esse diferencial que o

Guiotto, Leal & Pretti Advogados Associados conseguiu se consolidar no mercado da advocacia empresarial, construindo ao longo de seus 14 anos de existência uma reputação sólida junto aos cerca de 100 clientes, entre médias e grandes empresas, atendidos pelos advogados nesse período. O reconhecimento dessas empresas e das pessoas que nelas atuam foi fundamental para que o escritório de advocacia conquistasse a quarta edição do Prêmio IEL em Gestão Empresarial.

A equipe do Guiotto, Leal & Pretti Advogados Associados, composta por 13 colaboradores, tem contado com o recurso de ferramentas que auxiliam sua atuação, garantindo não só a prestação de um serviço de qualidade, mas também a valorização dos clientes. Entre essas ferramentas, o advogado Luiz Pretti destaca a organização interna do escritório que, segundo ele, reduz o retrabalho; e o pioneirismo na organização tecnológica, que já permite aos profissionais atuarem nos processos eletrônicos sem qualquer período de adaptação. “Com isso, e com a formação técnico-jurídica da equipe, o Guiotto, Leal & Pretti Advogados Associados pode oferecer serviços de qualidade, respostas rápidas e ajustadas ao compromisso com os objetivos e resultados projetados pelos clientes”, afirma.

O escritório atua em questões que abrangem o assessoramento jurídico à gestão. Para lidar com os clientes, os oito advogados que integram o corpo técnico se capacitam não só nas questões ligadas à legislação, mas também buscam entender a gestão empresarial. “Nossos advogados

fazem cursos de gestão em instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e a Fundação Dom Cabral. Com isso, conseguem entender o negócio do cliente e falar a sua linguagem. Isso estreita o relacionamento. Advocacia é baseada em confiança e conquistamos essa confiança com a segurança que passamos ao cliente e os resultados que apresentamos”, reitera Luiz Pretti.

Para garantir a continuidade do sucesso do escritório – tanto na gestão quanto na advocacia -, Pretti esclarece que estão sendo tomadas medidas como a implantação de um sistema informatizado de execução e compliance societário, inédito entre os escritórios de advocacia do Espírito Santo. O sistema deverá otimizar o cumpri-mento de todas as exigências legais para a regularidade jurídica das empresas, com a liberação de mão de obra qualificada para atuar em outras áreas. Além disso, o Guiotto, Leal & Pretti Advogados Associados está reestruturando seu planeja-mento estratégico, com aperfeiçoamento do organograma e revisão do plano de cargos.

Prêmio IELA premiação pontua iniciativas de gestão

avaliando o Planejamento Estratégico, Foco no Cliente, Conhecimento, Pessoas, Processos, Resultados, Tecnologia de Gestão, Finanças e Contabilidade, Uso e Desenvolvimento de Tecnologias, Logística de Distribuição e Marketing e Vendas, que se refletem na geração de emprego, aumento do faturamento, modernização da gestão da empresa, cultura inovadora e capacitação de empresário e empregados.

Guiotto, Leal & Pretti: advocacia com gestão

PESQUISA 2013 | prêMIO IEL EM GEsTãO EMprEsarIaL

O Guiotto, Leal & pretti advogados associados, que trabalha com médias e grandes empresas, investiu em gestão e conquistou o prêmio IEL em Gestão Empresarial 2013

prêMIO IELEM GEsTãOEMprEsarIaL

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destaque empresarial

portas abertas para os novos temposA modernidade de uma empresa com oito décadas de história que está sempre inovando e surpreendendo o consumidor

a Chocolates Garoto é uma empresa do Grupo Nestlé, com 84 anos de mercado e maior fabricante de chocolates

da América Latina. Por trás de seus muros caminham, lado a lado, a tradição de uma companhia com quase um século de história e a modernidade de uma marca que virou referência mundial em tecnologia e desenvolvimento de novos produtos.

Inovação, aliás, tem sido a palavra de ordem da empresa, especialmente ao longo da última década, quando colocou dezenas de lançamentos no mercado e estreou em novos segmentos de negócios. E é com essa experiência de quem está sempre

inovando– como ao criar a primeira caixa de bombons sortidos do país, em 1959, até hoje líder em seu segmento –, que a Chocolates Garoto não para de ousar e surpreender seu consumidor.

Longe de serem meros espectadores das novidades que apresenta no mercado, os consumidores da marca são hoje protagonistas da sua história. Numa inédita e bem-sucedida estratégia de marketing neste ano, por exemplo, a empresa desenvolveu ações de cocriação que conquistaram o mercado. Usando como principal plataforma as redes sociais, especialmente sua fanpage no Facebook,

GarOtO

O presidente da Nestlé Brasil Juan Carlos Marroquín, o governador do ES Renato Casagrande e o diretor-geral da Chocolates Garoto, Liberato Milo, premiam a elite masculina na Dez Milhas Garoto

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a Garoto convidou os brasileiros a criarem o chocolate da Copa (que chegou às prateleiras em outubro) e a música da Torcida Garoto, gravada em dueto por Michel Teló e Claudia Leite.

Estratégias como essa, além da atenção e transparência no trato com o cliente na internet, renderam à empresa a recente certificação de “Sociallydevoted” pelo SocialBakers, organização que é refe-rência no monitoramento e em ferramentas de monitoramento para análise de redes sociais. Avaliada entre o período de abril e junho de 2013, a marca Garoto chegou a 78% de atuação direta com o público no Facebook (www.facebook.com/garoto), o que mostrou que, via perfis oficiais da rede social, a empresa interagiu com seus fãs em porcentagem superior à média das marcas com excelência.

E estamos falando de milhões de fãs. Detentora da fanpage que mais cresceu no primeiro semestre deste ano, em cerca de dez meses a Garoto registrou aumento de quase 1.000% no número de fãs. Enquanto em dezembro do ano passado eram 680 mil pessoas em sua fanpage, hoje os “curtidores” da marca já passam dos sete milhões, o que posiciona a empresa como a terceira colo-cada no ranking das fanpages de alimentos no país e a sexta na relação geral brasileira, segundo a SocialBakers.

Entre os novos projetos que alavancaram esse crescimento estão os patrocínios, anunciados no início deste ano, à Copa das Confederações da Fifa 2013, reali-zada em junho, à Copa do Mundo da Fifa 2014™, à Seleção Brasileira de Futebol e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Da ordem de R$ 200 milhões, o investi-mento é o maior em marketing da história da empresa e deverá reforçar ainda mais o posicionamento da marca no Brasil e em outros países envolvidos no evento.

Na esteira desse megapatrocínio, a Chocolates Garoto também tem investido no desenvolvimento de embalagens temáticas para produtos tradicionais. Marcas pilares como o Baton, o Serenata de Amor, o Talento e a Caixa Amarela ganharam “roupagens” alusivas aos torneios e um novo chocolate da linha Talento, na versão branco com castanha-do-pará e coco, foi lançado. Primeiro chocolate da marca “vestido” com a embalagem oficial do patrocínio à Seleção Brasileira, a novidade já está fazendo sucesso em todo o país.

Com produção de mais de 100 mil tone-ladas por ano, a Garoto também tem direcionado expressivos recursos na ampliação de sua capacidade instalada, revitalização e modernização da fábrica.

agregando valorCom a desenvoltura de quem vive na

prática os ideais do desenvolvimento sustentável, a empresa é integrada ao dia a dia da sociedade. Essa aproximação pode ser percebida nas mais variadas esferas, como no esporte, por exemplo, com investimento contínuo em eventos, equipes e atletas e ações de inclusão social e laboral para públicos diversos. A empresa acredita que tem como missão agregar valor em cada etapa da sua cadeia produtiva. Essa, inclusive, é a premissa da sua plataforma de responsabilidade social, o CSV – Creating Shared Value, ou Criação do Valor Compartilhado, um conceito da Nestlé implantado em 2010.

Na área esportiva, as principais inicia-tivas são as Dez Milhas Garoto e Corrida Garotada, maior prova do atletismo capi-

xaba que, em sua última edição, em 1º de setembro, reuniu número recorde de 7.000 atletas, incluindo dezenas de esportistas de ponta do Brasil, além de nove estrangeiros.

Na esfera social, a Chocolateria é considerada hoje um dos seus projetos mais bem-sucedidos. No espaço, montado na loja da fábrica, são ministradas aulas gratuitas mensais, abertas ao público, que ensinam receitas diversas com chocolate. Além de democratizar o uso da matéria-prima, a iniciativa, que já

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em 1º de setembro, reuniu número recorde de 7.000 atletas, incluindo dezenas de esportistas de ponta do Brasil, além de nove estrangeiros.

Na esfera social, a Chocolateria é considerada hoje um dos seus projetos mais bem-sucedidos. No espaço, montado na loja da fábrica, são ministradas aulas gratuitas mensais, abertas ao público, que ensinam receitas diversas com chocolate. Além de democratizar o uso da matéria-prima, a iniciativa, que já

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existe há 15 anos, possibilita a formação de centenas de transformadores de choco-late, incluindo famílias da comunidade, que assim podem obter uma nova fonte de renda para seus lares. Somente este ano, o curso já capacitou mais de 2.600 pessoas.

É atenta à importância da inclusão social e laboral, e sobretudo ao respeito à diversidade, que a Garoto – hoje maior empregadora de pessoas com deficiência do Espírito Santo, com mais de 250 profis-sionais com algum tipo de deficiência, sendo pelo menos 130 surdos, - promove continuamente ações que estimulem a interação entre públicos com e sem defi-ciências, dentro e fora da companhia. De aulas exclusivas na Chocolateria a cursos de Informática, Matemática e Português como segundo idioma, sempre gratuitos, as inicia-tivas valorizam o uso da Libras (Língua Brasileira de Sinais), diminuem diferenças e promovem a qualidade de vida.

A questão ambiental também faz parte das iniciativas dentro do CSV da empresa. Dentre as muitas ações que empreende na área está o ponto de coleta de óleo de cozinha descartado da casa dos seus cola-boradores e que, somente em 2013, coletou e destinou para reciclagem 113 litros do resíduo. A Garoto também reutiliza 100% da água usada na área industrial e sanitá-rios, tratando-a pela Planta de Tratamento de Águas Residuárias (PTAR), antes de ser lançada no meio ambiente. Além disso, utiliza sistema de aquecimento solar para a água dos chuveiros dos vestiários e da cozinha que, além de ecologicamente correto, tem reduzido significativamente

o consumo de energia anual da empresa. Até mesmo o concorrido programa de visitas da empresa, o Chocotour, empre-ende iniciativas ambientalmente corretas. Pelo menos 650 mil jalecos utilizados pelos visitantes foram reaproveitados, deixando de ser descartados em aterro sanitário.

Incentivo à leitura para todosUmas das recentes iniciativas sociais

da Chocolates Garoto será implemen-tada oficialmente neste segundo semestre. É o “Leitura para Todos - Sala de Leitura”, projeto realizado em parceria com o Instituto Oldemburg de Desenvolvimento, o Grupo Editorial Record e a Prefeitura Municipal de Vila Velha.

Criado com os objetivos de viabilizar o acesso ao livro e incentivar a leitura em áreas de baixa renda, o projeto prevê a implantação de oito novas salas de leitura em Vila Velha e a requalificação de outras 16 em escolas da rede municipal, além de outra numa biblioteca pública local. Para cada uma dessas 25 salas foram doados pela Garoto mil livros educativos, sendo que metade deles (500 títulos) são obras de autores nacionais e estrangeiros. Cada título contará com dois exemplares: um para empréstimo, disponível também para a comunidade, e outro para leitura na própria sala. Há nove anos a Garoto patrocina o projeto, já tendo implantado 102 Salas de Leitura em todo o Espírito Santo.

Portas sempre abertasSegunda atração turística mais visitada

do Estado, ficando atrás apenas do Convento da Penha, a fábrica da Garoto possibi-lita a capixabas e turistas a oportunidade de conhecer sua linha industrial num passeio batizado de Chocotour. Todos os anos, cerca de 350 mil pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo fazem a visita para conhecer o processo de fabricação do chocolate e degustá-lo.

O passeio inclui o Centro de Documentação e Memória (CDM), onde o visitante tem acesso a um rico acervo audiovisual e fotográfico que conta a história da empresa. São mais de 450 DVDs, cerca de 120 mil imagens fotográficas e caixas com documentos diversos, além de peças museológicas, cartazes e vasto material promocional.

O Chocotour termina na loja da fábrica, com toda a linha de produtos tradicio-nais da marca e kits exclusivos, ideais para presentear.

Mais de 350 mil pessoas visitam a fábrica da Garoto todos os anos

destaque emPresarIal

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destaque empresarial

Foto: ValeVale

a Vale, maior companhia de mineração de ferro do mundo, é também a maior empresa do Espírito Santo,

Estado onde mantém seu principal polo de pelotização. Localizado na capital, Vitória, o Complexo de Tubarão tem 14 quilômetros quadrados de área física. Nesse espaço funcionam as diretorias de Pelotização, de Operações Portuárias e de Operações Logísticas da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). Cerca de 20 mil pessoas, entre empregados próprios, contratados, clientes e fornecedores, circulam diariamente pela área operacional da Vale no Espírito Santo.

No local estão situadas sete das nove usinas de pelotização que a empresa mantém no Brasil, cuja capacidade produtiva é de 29

milhões de toneladas por ano. No primeiro semestre de 2014 a mineradora pretende inaugurar a oitava usina de pelotização do Complexo de Tubarão. A planta tem capacidade de produção de 7,5 milhões de toneladas por ano. Está sendo investidos cerca de US$ 1 bilhão no empreendimento, que gerou mais de quatro mil postos de trabalho durante o pico das obras e vai criar 350 empregos permanentes quando em operação.

O Complexo de Tubarão funciona como uma cidade. Além das unidades operacio-nais, há também prédios administrativos, oito refeitórios – que servem, por dia, cerca de 15 mil refeições –, além de agências bancá-rias e posto de atendimento dos Correios.

Vale: maior empresa do espírito santo não para de investirPlano de modernização do Porto de Tubarão receberá investimentos de R$ 1,8 bilhão nos próximos cinco anos

VIII Usina do Complexo de Tubarão, com capacidade para produzir 7,5 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano, está prevista para ser inaugurada no 1º semestre de 2014

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modernizaçãoNos próximos cinco anos, o Porto

de Tubarão será alvo de um plano de investimentos voltados à modernização das suas instalações. O trabalho, que envolve um montante de R$ 1,8 bilhão, compreende desde a revitalização do sistema elétrico dos seus terminais marítimos até a substituição de máquinas que operam no porto, considerado atualmente como o mais eficiente do mundo em termos de giro de pátio. A ideia é garantir a segurança e a eficiência energética e operacional de Tubarão, sem que haja necessidade de expandir a sua área física.

Do valor total a ser investido, R$ 951 milhões serão destinados ao programa de revitalização do sistema elétrico, já iniciado, e envolvem a substituição e a renovação de 44 salas elétricas mais modernas e de mais de 600 mil metros de cabos elétricos do terminal marítimo. Com a revitali-zação, a disponibilidade de energia elétrica e a confiabilidade dos equipamentos e ativos que hoje operam no local serão ampliadas, permitindo que as intervenções relativas à manutenção nesses sistemas sejam realizadas a qualquer tempo, sem causar impacto à operação portuária.

Esse investimento vai contemplar ainda a criação de um Centro de Controle de Manutenção Elétrica (CCME), que servirá para dar suporte e monitorar todo o sistema elétrico de potência do Porto de Tubarão. Com a instalação do CCME, a operação dos ativos que fazem parte do sistema elétrico do terminal será feita de forma remota, garantindo também mais segurança pessoal e operacional e elevando Tubarão ao patamar de um dos portos mais seguros do mundo. Com o centro de controle, também será possível acompanhar, on-line,

o consumo de energia de cada equipamento utilizado na operação do terminal, como forma de obter ganhos, também, em eficiência energética.

renovação do parque de máquinasJá o projeto de renovação do parque de

máquinas de Tubarão, para o qual serão destinados R$ 900 milhões, compreenderá a subst ituição de empilhadeiras e recuperadoras, equipamentos de grande porte utilizados na movimentação de minério de ferro e pelotas na área do porto. Mais modernas e seguras, as novas máquinas vão aumentar a confiabilidade e a eficiência do sistema logístico da Vale, pois estão aptas a suportar as programações anuais de produção da empresa. O investimento prevê também a revitalização das subestações elétricas e a melhoria na operação dos 160 quilômetros de correias transportadoras que abastecem o Porto de Tubarão com o transporte de minério e pelotas.

“É a primeira vez que faremos uma substituição desse porte. Trata-se de uma ação muito importante, que trará ganhos diversos, sobretudo no que diz respeito à segurança e à eficiência das nossas operações”, destaca o diretor de Planejamento e Desenvolvimento Logístico da Vale, Fabio Brasileiro.

Com alta tecnologia, as novas máquinas serão mais automatizadas e contarão com um sistema de TV que permitirá a operação remota, com os operadores atuando diretamente do Centro de Controle Operacional, sem a necessidade de que permaneçam dentro da cabine do equipa-mento, o que já acontece hoje com algumas empilhadeiras e recuperadoras mais modernas em atuação no complexo.

Com altura que pode chegar a 30 metros e até 1.150 toneladas de peso, os equipa-mentos chegam desmontados ao Complexo de Tubarão. O primeiro, uma empilhadeira, já começou a ser montado e a previsão é que esteja pronto para operar já em dezembro deste ano. Cabe destacar que esse tipo de montagem dura, em média, de seis a sete meses.

As máquinas de pátio que forem subs-tituídas - a mais antiga está há 44 anos em operação - terão seus componentes reaproveitados e a estrutura metálica será desmontada e vendida para reciclagem.

O Complexo de Tubarão em números

• 14 km de área• 38% de área verde• 50 km de vias pavimentadas• 250 km de linhas de ferrovias• 200 km de correias transportadoras• 20 pontos de coleta seletiva de lixo

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Sustentabilidade para crescer com o Espírito Santo

A Vale mantém importantes ativos socio-ambientais no Espírito Santo, como o Museu Vale, o Parque Botânico Vale, a Reserva Natural Vale, o Trem de Passageiros e a Estação Conhecimento Serra, que fomentam o desenvolvimento ambiental, social e cultural do Estado por meio do acesso à cultura, ao lazer e ao conhecimento.

Na área ambiental, a empresa entregou em junho os estudos para a recuperação da região norte da praia de Camburi, para definir, junto com os órgãos ambientais e a sociedade, as melhores alternativas a seguir.

Nos últimos anos, a Vale investiu cerca de R$ 600 milhões na modernização e implan-tação de novos equipamentos de proteção ambiental no Complexo de Tubarão. O processo produtivo da companhia possui um rigoroso sistema que funciona 24 horas por dia para evitar a emissão de poeira. Os pátios são cercados por barreiras de vento (wind fences), estruturas que reduzem a velocidade do vento sobre as pilhas de minério e pelotas, diminuindo em até 80% o arraste de poeira nesses locais.

O minério também recebe supressores de pó, que funcionam como uma pelí-cula protetora, reduzindo ainda mais a emissão de poeira durante a movimentação. As usinas foram equipadas com filtros de manga e precipitadores eletrostáticos, que atuam como campos magnéticos para reter a poeira. Além disso, desde 2012

todo o processo produ-tivo é acompanhado por câmeras no Centro de Controle Ambiental, o que permite garantir a eficácia dos controles a m b i e n t a i s j á e m funcionamento.

A Vale é pioneira nas pesquisas e uso de glice-rina como supressor de pó em pelotas de minério de ferro queimadas para inibir a emissão de poeira. O objetivo da empresa é investir cada vez mais em ações e alternativas voltadas a controlar e

a reduzir o impacto de suas operações e, assim, contribuir de forma ainda mais efetiva para a qualidade de vida dos moradores da Grande Vitória.

Já na área social, um bom exemplo do investimento da companhia é a Estação Conhecimento Serra, que em 2013 completa dois anos e tem o objetivo de colaborar na formação integral de crianças e jovens por meio do esporte, do convívio social, da cultura, da profissionalização e do empreendedorismo. Cerca de 1.500 crianças e adolescentes devem ser atendidos este ano.

Em Vitória, a Vale patrocinou, através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, a restau-ração do Convento São Francisco, no Centro – o segundo mais antigo do país – e também a colocação de novos vitrais e restauração dos sinos da Catedral Metropolitana de Vitória. Também este ano a empresa entregou o Viaduto de Camburi, que está contribuindo para a segurança e a fluidez no trânsito na região.

Em Vila Velha, o Museu Vale desenvolve há 15 anos, atrelados às exposições que recebe, programas de arte-educação e capacitação de jovens, já tendo se tornado referência para a arte contemporânea no Brasil.

A Vale é ainda a maior incentivadora privada de projetos sociais no Estado, por meio das contribuições ao Fundo da Infância e Adolescência (FIA), e também apoia o Governo do Estado na implan-tação do Projeto Esporte pela Paz, com base na Lei do Esporte.

Foto: Vale

Cerca de 20 mil pessoas passam diariamente pelo Complexo de Tubarão, em Vitória, que tem 14 quilômetros quadrados de área física

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destaque empresarial

Prestes a completar 65 anos, um dos maiores grupos empresariais do Estado aprimora seu modelo de gestão e foca atuação na área de logística

a trajetória do Grupo Coimex se con- funde com a própria história capixaba. A pequena companhia

criada no final dos anos 40 transformou-se em um dos principais grupos empresariais do Espírito Santo. Ao longo de seus 64 anos, a empresa sempre esteve presente em todas as etapas do desenvolvimento do Estado, concretizando a cada ano resultados expressivos e a busca pelo crescimento. Fundado pelo empresário Otacílio Coser, o Grupo, que iniciou suas atividades com o comércio de café no Espírito Santo, hoje atua fortemente nas áreas de infraestrutura(portos, concessões de rodovias e enegia elétrica),

logística (transporte, armazenamento, gerenciamento de estoques, logística reversa etc.), serviços financeiros, importação e incorporação imobiliária. Otacílio continua ativo no dia a dia da empresa como presidente do Conselho de Administração da Coimex Empreendimentos e Participações (Coimexpar), holding responsável pela administração dos investimentos do Grupo Coimex. São 64 anos como empreendedor e muitas ideias pela frente. “Nossa expectativa é ampliar os investimentos em infraestrutura e logística, áreas que estão impulsionando o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil”, destaca Coser.

COimeX

Trajetória de um grupo que contribui para o desenvolvimento do Estado em setores-chave da economia capixaba

Grupo Coimex fortalece governança corporativa e concentra negócios no setor de infraestrutura

Foto: fotoimagem

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Em busca do crescimento, a companhia sempre apr i morou o processo de profissionalização em sua administração. Recentemente, promoveu mudanças no portfólio de negócios, focando os investimentos nas áreas de logística e infraestrutura. Atualmente, a gestão das estratégias do grupo é conduzida pelo executivo Orlando Machado Junior, presidente da Coimexpar desde 2011. No grupo há 24 anos, ele lidera a expansão da atuação da holding, que controla a participação acionária em diversas empresas atuantes no Brasil e no exterior nos vários setores da economia, as quais, em conjunto, faturam aproximadamente R$ 6 bilhões e empregam mais de sete mil pessoas.

O Grupo Coimex foi responsável pela in-serção do Estado no setor de importações de automóveis e, por muitos anos, liderou o segmento, tendo investido fortemente na infraestrutura logística para essa atividade. “Até hoje temos papel relevante no setor au-tomotivo, seja na importação, através da Cisa Trading, seja na logística, através da Tegma. Depois dos automóveis, trouxemos maté-rias-primas e produtos acabados para toda a indústria nacional”, ressalta Orlando.

O Grupo também participa do novo ciclo de desenvolvimento ligado à atividade de ex-ploração e produção de óleo e gás nas Bacias de Campos e do Espírito Santo, por meio da Companhia Portuária Vila Velha (CPVV). A empresa iniciou suas atividades no ano de 2000 e é a mais importante companhia de apoio logístico off-shore do Brasil, operando terminais em Vila Velha e Macaé (RJ). expansão e novos investimentos

O Grupo Coimex vive um momento de expansão. Este ano, por meio da Centaurus Participações S/A, formada pelas empre-sas Coimexpar, Rio Novo Locações (Grupo Águia Branca), A. Madeira, Urbesa, Tervap, Contek e MMF Participações, adquiriu participação na ECO 101. A concessioná-ria administra trecho de 475,9 quilômetros da BR-101 no Estado do Espírito Santo. As obras de duplicação começam já no 2º ano da concessão.

Segundo Orlando, a companhia, junta-mente com os seus parceiros na Centaurus, irá participar das concessões de rodovias fe-derais cujos editais serão publicados até o final do ano. Além disso, o executivo revela que o Grupo Coimex tem novos projetos por-tuários no Brasil em fase de estudos.

Governança corporativa

Um dos elementos que tem servido para o crescimento e consolidação dos negócios do Grupo Coimex são suas práticas de gover-nança corporativa. A holding está presente em todos os Conselhos de Administração, acompanhando rigorosamente cada gestão e garantindo aos acionistas mais controle sobre os riscos inerentes a cada atividade, assim como os melhores retornos para seus investimentos.

Dando mais um passo na evolução e apri-moramento da governança corporativa do grupo, o Conselho de Administração da Coimexpar passará a contar com dois conselheiros independentes. Além disso, foi instituído o Conselho das Famílias Acionistas do Grupo Coimex, com o objetivo de promover a integração dessas famílias acionistas, incentivar a compreensão da responsabilidade associada à propriedade e fomentar o desenvolvimento da cultura e valores do grupo, visando à perenidade e sustentabilidade dos negócios.

“O Conselho das Famílias é uma instância que se interpõe entre a empresa e a família que detém o controle societário do Grupo Coimex, necessária para lidar com as com-plexidades relacionadas tanto à expansão dos negócios nos quais o Grupo tem partici-pação, quanto àquelas aliadas à necessidade de introdução da terceira geração na gestão do patrimônio”, diz Coser.

O compartilhamento desses processos e o diálogo permanente entre acionistas, diretoria executiva e a nova geração das famí-lias, reafirma a decisão de cultivar o mesmo espírito empreendedor que sempre orien-tou o Grupo Coimex, desde a sua fundação.

É o valor do faturamento das empresas em que a holding tem participação acionária

“Empresa amplia investimentos em infraestrutura e logística, setores que estão impulsionando o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil”– Orlando Machado Junior, presidente da Coimexpar

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siCOOB

O Sicoob é uma instituição financeira reconhecida por sua capacidade de gerar soluções adequadas e susten-

táveis para seus clientes. Com 24 anos de atuação no Espírito Santo, a empresa acaba de inaugurar sua nova sede, em Santa Lúcia, Vitória, o que representa um marco na história de crescimento da cooperativa de crédito.

“A obra é um reflexo do trabalho sério e de credibilidade que a nossa equipe vem realizando. Temos mostrado que o Sicoob contribui para os clientes e as comunidades crescerem junto com a organização”, afirmou o presidente da empresa no Espírito Santo, Bento Venturim.

O Sicoob investiu cerca de R$ 14 milhões na nova sede, que tem 3,33 mil metros quadrados de área construída. Em sintonia com as tendências mundiais, o prédio apresenta modernos conceitos de sustentabilidade, como um sistema que faz a coleta e o trata-mento da água proveniente da chuva e da condensação dos aparelhos de ar-condicio-nado para uso sanitário e para a irrigação dos jardins. O projeto arquitetônico também inclui um mecanismo de iluminação flexível, que possibilita a criação de diversos cenários, de acordo com a necessidade do ambiente, gerando uma economia de energia que pode chegar a 40% em relação aos padrões convencionais.

ConsolidaçãoIntegrante de um sistema que opera em

nível nacional, o Sicoob atua no Espírito Santo por meio de oito cooperativas, abrangendo todas as regiões capixabas. A instituição está

consolidada no interior e definiu como meta crescer na Grande Vitória, onde funcionam oito agências. Terceira maior rede financeira do Espírito Santo, com 87 agências em 65 municípios, a organização presta serviços bancários com custos mais baixos e atendimento personalizado. No Estado, tem cerca de 150 mil clientes, entre pessoas físicas e empresas.

O principal diferencial do Sicoob em relação aos bancos tradicionais é que o lucro da cooperativa é dividido com os clientes, aos quais é facultado o direito de participar da gestão. Os resultados são distribuídos conforme as operações que cada um realiza com a empresa.

lucroO Sicoob estima fechar 2013 com lucro

recorde de R$ 130 milhões, registrando crescimento de 14% em relação a 2012. “Na contramão da crise econômica que atingiu instituições financeiras nos últimos anos, estamos crescendo em ritmo acelerado. No primeiro semestre de 2013, nosso lucro foi de R$ 64 milhões, um aumento de 17,9% em relação ao mesmo período de 2012”, informou o diretor-executivo da empresa no Estado, Francisco Reposse Junior.

sicoob es celebra 24 anos

com inauguração de nova sede

Prédio fica em Santa Lúcia, Vitória, e representa um marco na

história da cooperativa de crédito. Investimento foi de R$ 14 milhões

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samarco

após quatro anos de trabalho e um investimento superior a R$ 250 milhões, a Samarco concluiu as sete

ações previstas no Termo de Compromisso Ambiental (TCA) assinado voluntariamente pela empresa e pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), com a interveniência técnica do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

O TCA faz parte de um processo de melhoria contínua do desempenho ambiental da Samarco, segundo os requisitos de seu Sistema de Gestão Ambiental, certificado conforme a norma internacional ISO 14.000. A Samarco adota esses parâmetros desde 1998 e foi a primeira mineradora do mundo a ter todas as etapas de seu processo produtivo certificadas nessa norma. O termo ultrapassa as exigências da legislação vigente e prevê diversas melho-rias nos mecanismos de controle ambiental já adotados pela companhia.

“A Samarco cumpre todos os parâmetros legais relativos à emissão de particulados. A wind fence, assim como as outras iniciativas concluídas no TCA, é um esforço voluntário da empresa, concebido em conjunto com a socie-dade e o poder público, para aprimorar ainda

mais seu desempenho ambiental e contri-buir para a melhor qualidade do ar na região de Anchieta”, explica Kleber Terra, diretor de Operações e Infraestrutura da Samarco.

Ao todo, o termo estabelece sete inicia-tivas de melhoria. São elas: a instalação da wind fence, ou barreira de vento, ao redor do pátio de estocagem de minério de ferro; a modernização e ampliação da rede automática de monitoramento da qualidade do ar nas comunidades; a insta-lação de precipitadores eletrostáticos (equipamentos que alcançam índice de eficiência de remoção de partículas de até 99%); o enclausuramento dos locais onde o minério de ferro e as pelotas passam de uma correia transportadora para outra; a aplicação de supressores de poeira – um polímero que cobre a pelota, dificultando o desprendimento de pó; a pavimentação de vias internas; e o repasse de verbas para o estudo de monitoramento e caracterização da poeira sedimentável realizado pelo Iema em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo. Tanto o MPES quanto o órgão ambiental acompanharam a execução e entrega de cada uma das ações.

samarco conclui ações do termo de Compromisso ambientalEmpresa investiu cerca de R$ 250 milhões em iniciativa voluntária para a melhoria do controle ambiental na Unidade de Ubu

Foto: Sagrillo

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Segundo Marco Antônio Nogueira, promotor de Justiça do Ministério Público de Guarapari e coordenador da comissão do TCA, a proposta do Termo de Compromisso Ambiental foi baseada na intenção de criar um documento capaz de gerar soluções para o futuro, envolvendo a Samarco, os órgãos ambientais, as prefeituras da área de influência direta da empresa e o Ministério Público, que exerceu um papel conciliador, unindo as partes envolvidas. “Sabemos que esse modelo de trabalho não foi registrado em nenhuma outra cidade do Brasil, e minha intenção, a partir de agora, é levar essa forma de trabalhar também para outros lugares, porque vimos que realmente essa é a melhor maneira de encontrar soluções com foco no futuro”, avalia o promotor.

Juntamente com os esforços para a conclusão do TCA, a Samarco busca fazer o melhor uso dos recursos naturais e desen-volver soluções que reduzam o impacto de suas operações no meio ambiente. Investimentos em pesquisa, utilização de novas tecnologias e a meta da excelência operacional também fazem parte desse contexto. Para isso, somente em 2012 foram investidos R$ 283,2 milhões em projetos ambientais – um aumento de mais de 100% em relação ao ano anterior.

Exemplo dessa atuação foi a criação, em 2012, da Gerência Geral de Tecnologia e Ecoeficiência, que busca impulsionar e influenciar o desenvolvimento e a susten-tabilidade da empresa por meio de soluções tecnológicas. Atualmente, a área encontra--se dedicada à análise de 49 iniciativas de ecoeficiência, identificadas pelas equipes internas como potencialmente aplicáveis às operações, contemplando desde a fase de extração do minério até a pelotização e o embarque.

modelo de sustentabilidadeAté 2022, a Samarco pretende dobrar

seu valor de mercado e ser reconhecida como a melhor do setor por empregados, clientes e sociedade. Essa visão (Visão 2022) será alcançada à medida que a empresa preserve o respeito às pessoas, a crença em seu papel de indutora de desenvolvimento nas comunidades e nos territórios em que está inserida; e por meio da mobilização de seus esforços para a geração de resultados sustentáveis, frutos da eficiência na utilização dos recursos naturais que foram outorgados pela sociedade.

Como alicerces para essa visão foram defi-nidos três pilares de gestão: crescimento, conformidade e excelência. A inovação surge como um importante habilitador para o crescimento que a Samarco busca e para a excelência do negócio.

A inovação também se encontra retra-tada no Modelo de Sustentabilidade da Samarco, consolidado em 2011. O modelo é um requisito de gestão que reflete os esforços e prioridades nos eixos social, ambiental e econômico, com o objetivo central de cons-truir confiança junto à sociedade.

O modelo é composto por quatro eixos temáticos: Liderança pelo exemplo; Inovação e tecnologia; Redes colaborativas; e Empreendedorismo responsável. O pilar “Liderança pelo exemplo” está ligado ao papel de protagonismo que a Samarco deseja assumir, primeiramente, na promoção de mudanças estruturais internas, para que assim possa exercer uma influência positiva sobre a sociedade.

Já o pilar “Inovação e tecnologia” dedica--se à necessidade de ampliar a vida útil das operações por meio da ecoeficiência. É nesse segundo eixo que o tema se destaca, ligado a conformidade ambiental, tecnologias limpas e ecoeficiência, e desenvolvimento tecnológico para contribuir com a redução/mitigação do impacto das operações. Ele reforça também o interesse da Samarco em buscar melhorias ambientais que gerem benefícios econômicos paralelos, conforme preconizado pelo Conselho Empresarial Mu ndia l pa ra o Desenvolv imento Sustentável (WBCSD).

Os dois últimos pilares constituem o que a empresa denomina “Inovação na sociedade”. As “Redes colaborativas” e o “Empreendedorismo responsável” propõem que as parcerias sejam enten-didas como recursos que podem agregar valor a projetos e construir melhorias, com o objetivo de gerar desenvolvimento, como a criação de novos negócios independentes da atuação da Samarco.

Como evoluç ão do Modelo de Sustentabilidade, iniciou-se um trabalho de desdobramento da orientação temática em metas e indicadores que estarão atrelados aos objetivos estratégicos (Mapa Estratégico) reportados pelas gerências gerais da organização. A Samarco busca, dessa forma, concretizar as iniciativas e os resultados que vão ao encontro de seu objetivo de alinhar as operações a parâmetros de sustentabilidade.

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sesi/es: programas de qualidade de vida beneficiam 30 mil trabalhadores no esSó em 2013, ações voltadas para saúde, lazer e bem-estar beneficiaram empregados de mais de 1.700 empresas

destaque empresarial

promover saúde e segurança no ambiente de trabalho e ações moti-vacionais e esportivas voltadas ao

bem-estar integral do trabalhador. Essa é a contribuição do Serviço Social da Indústria do Espírito Santo (Sesi/ES) para promover a sustentabilidade do setor e ainda aumentar a produtividade e, consequentemente, os resultados positivos da indústria capixaba. A instituição cria e desenvolve uma série de iniciativas voltadas para a qualidade de vida do trabalhador, as quais, apenas em 2013, beneficiaram mais de 1.700 empresas e 30 mil industriários no Estado.

A pesquisa “Estilo de Vida e Hábitos de Lazer dos Trabalhadores das Indústrias Brasileiras”, realizada pelo Sesi em 2011, constatou que trabalhadores fisicamente ativos das indústrias de frigoríficos têm 156% mais chances de se sentirem bem dispostos no final do dia. Em setores como alimentos, metalmecânica e têxtil, esse índice pode chegar a 120%.

Nesse cenário, o diretor da Findes para Assuntos de Segurança, Saúde e Responsabilidade Social do Sesi–Senai/ES,Alejandro Duenas, destaca a participação das ações do Sesi nos

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Delegação capixaba conquistou 16 medalhas nos Jogos Nacionais do Sesi de 2013

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resu ltados da i ndúst r ia capi x aba. “A empresa aumenta sua produtividade quando oferece um ambiente saudável, cuidando da saúde e do bem-estar de seus trabalhadores. A prática de esportes deixa o empregado mais disposto para o trabalho, melhora seu relacionamento com os colegas e ajuda a criar ambientes saudáveis e produtivos nas empresas, reduzindo o absenteísmo (faltas) e o presen-teísmo (presença física, mas ausência mental)”, pontua.

Entre as principais ações realizadas está o “Sesi Ginástica na Empresa”, que estimula os trabalhadores a participarem, de forma voluntária, de sessões coletivas de ginás-tica no tempo e local de trabalho. Também são realizados os “Jogos do Sesi”, competi-ções esportivas entre equipes em diversas modalidades, como vôlei de praia, atletismo e natação. Em 2013, nos Jogos Nacionais do Sesi, a delegação do Espírito Santo conquistou 16 medalhas: cinco de ouro, nove de prata e duas de bronze.

EducaçãoOs serviços educacionais do Sesi/ES abrangem desde a educação infantil ao ensino médio, colocando a entidade entre as maiores redes privadas de ensino do Estado, atendendo regularmente 11.500 alunos da Grande Vitória e interior. Se somados os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o número passa de 13 mil.

O Sesi/ES tem investido na modernização de suas escolas, por meio da aquisição de novas tecnologias – como o Lego Zoom e os torneios de robótica – e da inserção dos princípios da educação financeira em seu material de empreendedorismo.

Ensino articuladoCom o ensino médio articulado, os alunos têm a possibilidade de concluir o ensino médio juntamente com um curso técnico no Senai. Essa modalidade também permite que os trabalhadores e seus dependentes tenham acesso à Educação de Jovens e Adultos (EJA) e à educação continuada - cursos rápidos que auxiliam no complemento da renda familiar.

SaúdeO Sesi atua com foco na prevenção, priorizando a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida do trabalhador da indústria capixaba, por meio de seus Programas de Segurança e Saúde no Trabalho. Entre as ações, podem ser citados o “Diagnóstico de Saúde e Estilo de Vida”, o “Indústria Segura” e o “Mais Saúde”, entre outros realizados dentro do ambiente de trabalho da empresa.

Odontologia A assistência odontológica do Sesi é prestada por meio de uma rede de clínicas localizadas nos Centros de Atividades. O trabalhador da indústria e seus dependentes recebem ampla cobertura assistencial, com fácil acesso ao atendimento. Os tratamentos disponibilizados compreendem ações educativas, preventivas e curativas.

EsporteNa área do esporte o Sesi promove ações como campeonatos para os trabalhadores das indústrias como os Jogos do Sesi – torneio com fases municipais, estaduais, regionais nacionais e internacionais, além de torneios internos (dentro da própria empresa) e oferece atividades de iniciação esportivas tanto para os trabalhadores das indústrias como a comunidade em geral.

Vida SaudávelO Sesi realiza programas para a melhoria da qualidade de vida

dos trabalhadores, com destaque para o Programa SesiI Ginástica na Empresa, que leva ao trabalhador da indústria a prática de atividades físicas dentro do ambiente de trabalho, contribuindo para o combate ao sedentarismo e ao estresse e possibilitando a mudança de hábitos.

Programa Administre o seu Dinheiro de Forma ConscienteAuxiliar o trabalhador da indústria e seus dependentes a alcançarem o equilíbrio financeiro, aprendendo a fazer uso consciente do dinheiro. Esse é o objetivo do programa “Administre o Seu Dinheiro de Forma Consciente”, criado pelo Sesi/ES para incentivar o hábito de poupar e, assim, contribuir para a melhoria da qualidade de vida.

Com a expansão e as facilidades do crédito no Brasil, os industriais perceberam que a rotina das fábricas começou a ser alterada por trabalhadores que precisavam se ausentar para resolver problemas financeiros. Assim, o Sesi/ES recebeu a demanda dos empresários e criou o programa há mais de dez anos, sendo que desde 2010 ele foi levado para todas as unidades do Sesi no Brasil.

CulturaPor meio do Projeto Luzes & Aplausos, o Sesi coloca à disposição da população, em seu teatro, espetáculos locais e nacionais a preços bem acessíveis. Já o Caminhão da Alegria é uma unidade móvel que leva o teatro para dentro das empresas. São espetáculos com temas variados, como alcoolismo, segurança do trabalho, educação para o trânsito e muitos outros. A iniciativa promove entretenimento conjugado à conscientização para melhoria da qualidade de vida.

Orquestra Vai às EmpresasA Orquestra Camerata Sesi surgiu no ano de 2008 com a ideia da criação de uma orquestra estável e viabilizada pelo Sistema Findes por meio do Sesi/ES. A novidade é que agora os empresários podem levá-la para abrilhantar suas ações e eventos. Garoto, Corpus Engenharia e Rede Tribuna são algumas das empresas que já contrataram as apresentações.

Academia de MúsicaAprender a tocar instrumentos utilizados na música erudita está mais fácil. Um dos serviços oferecidos pelo Sesi/ES é a Academia de Música, voltada para trabalhadores da indústria e comunidade em geral, que oferece aulas de instrumentos como violino, violoncelo, viola e contrabaixo acústico. As aulas acontecem uma vez por semana, com duração de uma hora, de acordo com a necessidade do aluno.

O que o Sesi faz pela indústria capixaba

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Outra ação é o “Circuito Bem-Estar”, que oferece às empresas uma intervenção especializada, realizada por meio de testes temáticos que avaliam itens como estilo de vida, habilidades sociais e gerenciamento de estresse, para que os trabalhadores possam experimentar e incorporar atitudes mais saudáveis ao seu estilo de vida pessoal.

O diretor Alejandro Duenas destaca ainda o esforço do Sesi/ES em oferecer, em sua carteira de serviços, programas adicio-nais aos previstos na legislação trabalhista. “Muitas empresas, principalmente as pequenas e médias, não têm conhecimento ou estrutura adequados para desenvolver ações de qualidade de vida por conta própria. Nesse sentido, o Sesi/ES beneficia tanto o empresário quanto o trabalhador, com melhorias em sua mente e corpo e no ambiente de trabalho”, avalia.

Para a superintendente do Sesi/ES, Solange Siqueira, a entidade vai mais além, beneficiando ainda as famílias e as comunidades onde atua. “O Sesi/ES é uma entidade referência no Estado do Espírito Santo, oferecendo educação de quali-dade, esporte, saúde, cultura e ações de sustentabilidade junto às indústrias e seus trabalhadores, e também para a sociedade como um todo. O conjunto de nossas ações resulta no bem-estar social, na melhora da qualidade de vida dos trabalhadores, de suas famílias e também das comuni-dades. Os resultados positivos colhidos

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a cada ano se tornam um estímulo para melhorarmos ainda mais o nosso trabalho”, completa.

Já o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, destaca que as unidades de ensino do Sesi/ES mantêm uma rede de escolas qualificadas que oferecem educação básica, educação de jovens e adultos, educação continuada e acompa-nhamento pedagógico para trabalhadores da indústria e seus dependentes. “O Sesi desenvolve ações que promovem a saúde dos industriários e de suas famílias. Ao buscar a educação de qualidade, o bem-estar dos trabalhadores e esti-mular a gestão socialmente responsável das empresas, o Sesi desempenha um papel decisivo para o aumento da compe-titividade da indústria e o desenvolvimento sustentável do Brasil”, ressaltou.

“Com essa visão, e trabalhando de forma sistêmica em nossas instituições educacionais, acreditamos que podemos contribuir de forma positiva para avanços e conhecimento em diferentes áreas de formação, inclusive na inovação e empreendedorismo. Nosso objetivo é disseminar o conhecimento, em seus diversos níveis, para formação de pessoas preparados para os desafios diários e, em longo prazo, nas exigências do mercado de trabalho”, completou o presidente Marcos Guerra.

Foto: Tatiane Ribeiro / Findes

Programa Lego Zoom é desenvolvido pelo Sesi com o objetivo de despertar habilidades como inovação e empreendedorismo nos alunos da rede

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senai/es investe r$ 20 milhões na modernização de laboratóriosObjetivo é acompanhar a evolução tecnológica, para que os laboratórios continuem a reproduzir fielmente o ambiente de trabalho e as inovações da indústria capixaba

destaque empresarial

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Espírito Santo (Senai/ES) está investindo cerca de R$ 20 milhões

na modernização dos laboratórios usados pelos alunos. Todas as 114 unidades labo-ratoriais receberão novos equipamentos para atender às diversas modalidades de cursos oferecidos pela entidade. O objetivo é acompanhar a evolução tecnológica da indústria capixaba, para que os labora-tórios reproduzam o ambiente profissional real, aproximando teoria e prática. As áreas

antendidas pelo aparato são Segurança do Trabalho, Eletroeletrônica, Automotiva, Metalmecânica, Vestuário, Alimentos, Tecnologia da Informação, Meio Ambiente, Construção Civil, Refrigeração, Plástico (polímeros), Madeira e Mobiliário.

O diretor da Findes para Assuntos de Educação e Cultura do Sesi-Senai/ES, Flavio Bertollo, conta que a demanda pela modernização dos laboratórios partiu dos gerentes das unidades. “Com o passar do tempo, os laboratórios vão ficando

seNai

Mais de 122 mil matrículas são realizadas pela instituição, provendo ao Espírito Santo mão de obra de qualidade

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ultrapassados, e a modernização se torna fundamental para acompanhar a evolução e as inovações da indústria capixaba”, revela.

Para a diretora-regional do Sesi-Senai/ES, Solange Siqueira, as aulas práticas possuem grande importância no processo de ensino--aprendizagem. “O uso de equipamentos potencializa a fixação dos conhecimentos ministrados em sala de aula, propiciando maior contato do aluno com a reali-dade da indústria, aprimorando seu perfil profissional. Por isso, estamos investindo maciçamente nessa modernização, para continuarmos alcançando excelentes resul-tados, encaminhando para as indústrias capixabas profissionais altamente qualifi-cados e atualizados”, diz.

O setor produtivo reconhece o trabalho realizado pelo Senai/ES. De acordo com a gerente do Departamento de Recursos Humanos da Technip Vitória, Yêda Vietchesky, o Senai/ES é referência na formação de mão de obra. “O diferencial está atrelado ao conceito da instituição, e um profissional formado pelo Senai/ES acaba tendo preferência sobre aqueles formados por outras instituições particu-lares”, analisa.

demandas da indústriaNesses últimos anos, o Senai/ES tem

investido fortemente para atender às demandas da indústria capixaba. Isso é feito com uma permanente antevisão do futuro, analisando os levantamentos de investi-mentos e planos previstos para o Estado para identificar as principais necessidades do setor produtivo.

O Sistema Findes também mantém contato direto com os setores industriais, estimulando a criação de comitês formados por empresários, setor pedagógico e comu-nidade civil. O objetivo é que cada região possa estudar as necessidades locais, fazendo um diagnóstico para definir quais áreas serão contempladas com Unidades Operacionais de ensino profissionalizante.

Com foco em áreas industriais que crescem expressivamente no Espírito Santo, foram criados os cursos Técnico em Móveis e Técnico em Plásticos. Seguindo as tendên-cias do mercado, o Senai/ES oferece também os cursos técnicos em Meio Ambiente,

Qualidade, Administração e os já tradi-cionais: Mecânica, Automação Industrial, Eletrotécnica, Refrigeração, Alimentos e Edificações, entre outros.

Esses projetos são realizados para ampliar o atendimento às demandas de diversos segmentos econômicos em todas as regiões do Estado. Em Cachoeiro de Itapemirim e Anchieta, por exemplo, está em andamento a ampliação das Unidades Operacionais para atender às áreas metalmecânica, calçados, rochas ornamentais, automobilística, eletro-técnica, tecnologia da informação, segurança do trabalho e meio ambiente. Também estão sendo projetados novos laboratórios, como os de Confecção de Móveis, Mobiliário de Madeira e o de Polímero, para a indústria do plástico.

O gerente executivo de Educação e Tecnologia do Sesi-Senai/ES, João Marcos Del Puppo, destaca que mais de 122.000 matrículas são realizadas pela instituição, provendo o Espírito Santo de mão de obra da mais alta qualidade. “O Senai se mantém atento às mudanças das necessidades do parque industrial, acompanhando junto aos empresários e governos os planos de incen-tivos para investimentos industriais no Estado”, ressalta.

55 anos investindoO presidente da Federação das Indústrias

do Espírito Santo (Findes), Marcos Guerra, explica que na área da educação, o Sistema está avançando com modelos e propostas que contribuem para o desenvolvimento local e nacional. “O Plano de Investimentos do Sistema Findes é de R$ 104 milhões até 2015. Deste total, 83 milhões (82%) serão voltados para educação e qualificação. Queremos avançar em parceria com os municípios para progredir na articulação e mobilização junto à sociedade”, afirma.

“No Senai, trabalhamos o conceito de educação profissional, que privilegia o desenvolvimento pleno do trabalhador. Nos cursos, os estudantes são estimulados com os princípios do empreendedorismo, trabalho em equipe e análise de cenário. Para isso, utilizamos técnicas de comuni-cação e pesquisa, raciocínio lógico, sínteses e elaborações teóricas, organização do próprio trabalho, disciplina, independência e inovação”, conclui o presidente.

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Cachoeiro de Itapemirim• Tecnologia da Informação – Laboratório de Informática e

Placas de Vídeo• Refrigeração – Laboratório Móvel de Refrigeração• Meio Ambiente– Laboratório Meio Ambiente• Construção Civil – Laboratório de Pintor Industrial,

Laboratório Eletricista Instalador Predial, Laboratório Bombeiro Hidráulico, Laboratório de Armador, Laboratório de Pedreiro e Laboratório Móvel de Carpinteiro

• Segurança do Trabalho – Laboratório de Segurança do Trabalho,

• Eletroeletrônica – Laboratório de Eletroeletrônica e e Laboratório de Comandos Elétricos

• Automotiva – Laboratório de Automobilística e Laboratório Móvel de Mecânica de Motos

• Metalmecânica – Laboratório de Ensaios Mecânicos e Metalográficos, Laboratório de Metrologia Básica, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Pneumática e Eletropneumática, Laboratório de Ensaios Destrutivos e Laboratório Móvel de Solda

Aracruz• Tecnologia da Informação – Laboratório de Informática e

Placas de Vídeo• Construção Civil – Laboratório de Pintor Industrial e

Laboratório de Eletricista Instalador Predial• Metalmecânica – Laboratório de Ensaios de Metalografia,

Laboratório de Ensaios Destrutivos, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Metrologia Básica e Laboratório de Pneumática/Hidráulica e Laboratório Móvel de Solda e Laboratório Móvel de Caldeiraria

Araçás• Eletroeletrônica – Laboratório de Eletrotécnica• Automotiva – Laboratório de Automobilística• Madeira e Mobiliário – Laboratório de Madeira e Mobiliário• Vestuário– Laboratório de Costura Industrial• Tecnologia da Informação – Laboratório de Informática e

Placas de Vídeo

Colatina• Madeira e Mobiliário - Laboratório de Madeira e Mobiliário• Vestuário - Laboratório de Costura Industrial• Alimentos – Laboratório de Padeiro e Confeiteiro• Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e

Placas de Vídeo• Construção Civil - Laboratório de Pedreiro• Automotiva – Laboratório Didático de Eletricidade

Automotiva, Laboratório de Manutenção de Motocicletas, Laboratório de Manutenção de Motores Flex gasolina e álcool e Laboratório Móvel de Mecânico de Suspensão e Freios de Automóveis

• Eletroeletrônica – Laboratório de Eletroeletrônica, Laboratório de Eletricista Instalador Predial e Laboratório de Eletricidade Industrial

• Metalmecânica – Laboratório CNC, Laboratório de Ensaios Destrutivos, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Manutenção, Laboratório de Metrologia Básica, Laboratório de Ensaios Mecânicos e Metalográficos e Laboratório de Pneumática/Hidráulica e Laboratório Móvel de Solda

Linhares• Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas

de Vídeo• Meio ambiente - Laboratório de meio ambiente• Construção Civil - Laboratório de Armador, Laboratório de

Bombeiro Hidráulico, Laboratório de Pedreiro, Laboratório de eletricista Instalador Predial e Laboratório de Pintor

• Segurança do Trabalho – Laboratório de Segurança do Trabalho• Metalmecânica – Laboratório de Mecânico Industrial,

Laboratório de Solda, Laboratório de Caldeiraria, Laboratório de Ensaios Destrutivos, Laboratório de Manutenção, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Metrologia Básica e Laboratório de Ensaios Mecânicos e Metalográficos

Vitória• Meio ambiente - Laboratório de meio ambiente• Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e

Placas de Vídeo• Segurança do Trabalho – Laboratório de Movimentação de

Cargas e Laboratório de Segurança do Trabalho• Eletroeletrônica – Laboratório de Eletroeletrônica, Laboratório

de Automação e Laboratório de Eletricidade• Metalmecânica – Laboratório de Ensaios Mecânicos e

Metalográficos, Laboratório de Metrologia Básica, Laboratório de Manutenção e Laboratório de Ensaios Destrutivos

São Mateus• Alimentos – Laboratório de Padeiro e Confeiteiro• Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas

de Vídeo, Laboratório de Armador, Laboratório de Bombeiro Hidráulico, Laboratório de Pedreiro, Laboratório de eletricista Instalador Predial e Laboratório de Pintor

• Construção Civil – Laboratório de Instalador Hidráulico• Eletroeletrônica – Laboratório de Comandos Elétricos• Metalmecânica - Laboratório de Hidráulica e Laboratório de

Metrologia Básica e Laboratório de Hidráulica

Anchieta• Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e Placas

de Vídeo• Meio ambiente - Laboratório de meio ambiente/controle

ambiental• Segurança do Trabalho – Laboratório de Segurança do trabalho• Eletroeletrônica – Laboratório de Eletroeletrônica• Metalmecânica – Laboratório de Metrologia Básica

Civit• Tecnologia da Informação - Laboratório de Informática e

Placas de Vídeo• Plástico - Laboratório de Ensaios do plástico• Segurança do Trabalho – Laboratório de Movimentação de

Cargas e Laboratório de Segurança do Trabalho• Eletroeletrônica – Laboratório de Comandos Elétricos,

Laboratório de Eletricidade Industrial e Predial, Laboratório de Eletrotécnica e Laboratório de Ensaios Elétricos

• Metalmecânica – Laboratório de Serralheiro de Aço e Alumínio, Laboratório de Metalografia, Laboratório de Ensaios Destrutivos, Laboratório de Ensaios Mecânicos, Laboratório de Soldagem, Laboratório de Metrologia Básica e Laboratório de Pneumática/Hidráulica

Os laboratórios do Senai no Espírito Santo

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O anuário IEL – 200 Maiores Empresas no Espírito Santo chega à sua 17ª edição. Podemos observar o mesmo

sucesso, fruto da seriedade, da qualidade e da inovação constante, compilando conte-údos que estejam em perfeita sintonia com as realidades empresariais capixaba e brasi-leira. Isso nos leva a julgar este Anuário como o principal veículo de conteúdo empresa-rial do Estado e primordial referência de informações estatísticas sobre a economia do Espírito Santo e de avaliação do desem-penho econômico-financeiro anual das empresas capixabas.

Foram mantidas características gerais da pesquisa conforme anos anteriores e de acordo com os ajustes metodológicos já implementados desde 2011.

Neste ano, quando observada a conso-lidação das 200 maiores empresas no Espírito Santo, a Receita Operacional Bruta (ROB) no Estado em 2012 aponta um total de R$ 75,8 bilhões.

Por outro lado, o total de empregos diretos gerados pelas 200 maiores no Estado somaram 89.662.

Os dados de receita e emprego atribuídos ao Espírito Santo são muito significativos e refletem o dinamismo de sua economia.

É importante ressaltar que em toda edição fazemos a eleição dos Executivo, Empresa e Empresário que se destacaram no período. E neste ano tivemos um fato curioso, pois houve um empate técnico entre os dois primeiros empresários colocados e deci-dimos, então, premiar ambos.

O Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) também promove o Prêmio IEL em Gestão, pelo qual qualquer empresa, indepen-dentemente do seu porte, pode participar. Confira nesta edição a empresa vencedora e os critérios de avaliação e participe em 2014.

Nesta edição inovamos ainda mais, pois inserimos uma pesquisa complementar realizada junto às 200 maiores empresas, cuja análise coube à equipe técnica do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), entidade do Sistema Findes, que revelou a percepção das empresas no Estado acerca de nossa infraestrutura logística, qualificação da mão de obra, políticas de incentivos fiscais, além de outros aspectos da economia.

Dentre esses dados, podemos citar a confiança do empresariado: 77% estão confiantes ou muito confiantes em relação ao crescimento dos negócios para o próximo ano. No que tange à economia, 52% se mostram confiantes ou muito confiantes.

Neste ano serão disponibilizados 10 mil exemplares do Anuário, que serão distribuídos no Estado, em todo o país e no exterior. Além disso, são disponibilizadas versões f lipping book e para aplicativos tablet (Android e IOS), que podem ser baixadas gratuitamente a partir do site do IEL, em www.iel-es.org.br. Esta iniciativa permite um grande número de acessos a todas as informações constantes neste Anuário, dando uma grande visibilidade e projeção do nosso Estado além das fronteiras capixabas e brasileiras.

Impossível não reconhecer que esse sucesso se deve às empresas que disponibi-lizaram tempo para levantamento e envio das informações necessárias para suprir boa parte do conteúdo na elaboração do estudo técnico e/ou participaram como anunciantes, viabilizando técnica e econo-micamente o estudo.

Assim, o IEL-ES, através de toda a sua equipe, agradece aos empresários e profissionais de todos os setores de atividade do Estado e formadores de opinião, pelas contribuições para a pesquisa.

Aos patrocinadores e anunciantes desta edição 2013, que acreditaram neste projeto, deixamos aqui o nosso muito obrigado pela confiança.

Nosso reconhecimento às empresas participantes e aos empreendedores, que são os grandes inspiradores da realização deste Anuário, a quem dirigimos nossos sinceros agradecimentos.

Reconhecimento e agradecimento também dirijo à equipe que se debruçou sobre este projeto: Unidade de Marketing e Unidade de Relações com o Mercado e demais Unidades Compartilhadas do Sistema Findes. À equipe do IEL-ES e parceiros e fornecedores que trabalharam com vigor para que esta bela publicação fosse entregue, deixo aqui, também, os meus sinceros agradecimentos.

A todos, uma boa leitura !

Fábio Dias é superintendente

do IEL-ES

Ranking | Introdução

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As 200 Maiores Empresas no Espírito Santo classificadas pela Receita Operacional Bruta, com informações econômicas e financeiras.

Informações consolidadas dos setores industrial, comercial e de serviços e por atividade.

As 20 maiores empresas por setor e as de melhor desempenho, segundo diversos indicadores econômicos e financeiros.

A Melhor Empresa no Espírito Santo em 2012

As 100 Maiores Empresas Privadas com controle de capital capixaba, classificadas pela Receita Operacional Líquida.

Ranking dos 10 Maiores Grupos Empresariais, segundo o critério de Patrimônio Líquido, contendo algumas informações econômicas e financeiras consolidadas.

As dez maiores empresas, segundo os segmentos: alimentos, comércio atacadista, comércio varejista, concessionárias de veículos, construção, serviços financeiros e seguros, serviços de saúde, serviços de importação e exportação e transportes.

o QuE VoCÊ EnContrA nEStE EnCArtE | Ranking

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Page 126: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

126 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Em 2012 as empresas recuperaram parte das perdas do ano anterior. Apesar da queda da receita bruta

em 7,6%, o lucro líquido aumentou 16%, indicando que as estratégias adotadas pelas empresas para superar a crise observada nos últimos anos apresentou resultados positivos. Embora tenha havido melhora, observa-se que ainda não alcançamos o desempenho obtido no ano de 2010.

Os resultados obtidos tiveram reflexo no otimismo das empresas. De acordo com as respostas dos gestores, 48% pretendem manter e 43% almejam ampliar os inves-timentos no biênio 2013/2014, dados semelhantes aos registrados em 2011, quando os empreendimentos foram mais afetados pela crise econômica. O otimismo

contrasta com a percepção das empresas de que as condições gerais da economia capi-xaba pioraram (43%) ou mantiveram-se estáveis (36%).

Uma das possíveis explicações para o otimismo é a percepção de que, apesar dos problemas econômicos, para 52% das empresas as condições de competição melhoraram em relação ao ano anterior, indicando uma maior capacidade para superar o momento difícil vivenciado. Esse aumento de capacidade se ref letiu no investimento em ativos f ixos das empresas, que cresceu 31% em relação ao ano de 2011.

O Governo continua sendo “o principal acionista” das empresas capixabas. Em 2011, arrecadou aproximadamente R$ 6,6 bilhões em impostos sobre vendas dos negócios que declararam o valor pago. Essa quantia é 8,9% superior à cifra paga no ano anterior e 41,2% maior que o lucro líquido recebido pelos proprietários das empresas em 2011. Cabe ressaltar que não estão computados nesse montante os impostos e contribuições sobre a folha de pagamento e também os impostos e contribuições sobre o lucro.

Emanuel Junqueira é doutor em Ciências

Contábeis pela USP, professor da

Universidade Federal do Espírito Santo e consultor do IEL-ES

Ranking | anáLISE

Momento da virada: empresas otimistas na recuperação

Decisões de investimento – em % Tabela 1

Pretendo reduzir os investimentos 9%

Pretendo manter os investimentos 48%

Pretendo aumentar os investimentos 43%

Comparativo da evolução da ROB e do lucro líquido

78,1 bi

4,0 bi

84,6 bi

76,8 bi

5,1 bi

2010

Gráfico 1

2011 2012

4,7 bi

ROBLucro Líquido

Comparativo da evolução dos impostos e do lucro líquido

6,6 bi

4,0 bi

6,0 bi

5,1 bi

2010

Gráfico 2

2011 2012

4,7 bi5,1 bi

ImpostoLucro Líquido

200 Maiores 2013_Analise Emannuel Junqueira_FB.indd 126 30/10/2013 10:00:14

Page 127: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

127anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

avaliação e remuneração dos gestores

No ano de 2012, as empresas foram convi-dadas a informar a forma de avaliação e de remuneração de seus gestores. Pouco menos da metade (49%) das empresas adota medidas balanceadas de desempenho, com utilização de medidas financeiras e não financeiras. Esse tipo de avaliação vem sendo incrementado pelas empresas e contribui para uma visão de maximi-zação do resultado no longo prazo, onde a avaliação das medidas qualitativas é funda-mental para manter a empresa competitiva.

Destaca-se o fato de 45% das empresas respondentes ainda não possuírem avaliação formal de desempenho dos seus gestores. Esse resultado pode ser consequência do grande número de empresas no Estado em que familiares exercem os principais cargos (44%).

A forma de remuneração dos gestores das maiores empresas no Estado foi objeto de análise neste ano. Das empresas respon-dentes, a maioria remunera seus gestores com valores fixos, independentemente do desempenho obtido. Com a adoção dessa prática, perde-se a oportunidade de utilizar um instrumento que vem se demonstrando útil para alinhar os objetivos organizacionais com os interesses dos seus colaboradores.

A necessidade de um planejamento que contemple uma visão de longo prazo demanda que as empresas identifiquem seus fatores críticos de sucesso, estabe-leçam metas de desempenho para esses fatores e, posteriormente, avaliem o desem-penho dos gestores em função do alcance ou não dessas metas. Entendemos que uma forma eficiente de estímulo aos gestores é a inclusão de uma parcela variável na remuneração que estaria condicionada ao alcance ou não das metas estabelecidas.

adoção das novas normas Brasileiras de Contabilidade

Mais uma vez este ano realizou-se um levantamento para avaliar a adoção de pronunciamentos técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O resultado, quando comparado ao ano anterior, indica que houve um aumento

na adoção dos mesmos. Considerando que a adoção melhora a evidenciação e, conse-quentemente, a tomada de decisão por parte dos usuários da informação contábil, é importante que tais práticas sejam imple-mentadas pelas empresas, o que parece estar acontecendo.

Diante dos resultados de 2012 e do cenário descrito pelos gestores, espera-se que o biênio de 2013 e 2014 apresente melhoras para as empresas localizadas no Estado do Espírito Santo. No entanto, ainda é possível avançar no modelo de gestão das empresas e na qualidade da infor-mação utilizada para a tomada de decisão das mesmas.

ADOçãO DAs PRátICAs COntáBEIs 2011 (%) 2012 (%)

Apresentou informações contábeis comparativas. 95% 96%

Calculou a vida útil dos ativos imobilizados para alocação do valor depreciável.

33% 41%

Divulgou as práticas contábeis adotadas para avaliar estoques. 38% 44%

Realizou teste de redução ao valor recuperável de ativos imobilizados (impairment).

30% 26%

Ajustou recebimento e/ou pagamentos ao valor justo. 24% 34%

Mensurou os ativos intangíveis pelo custo menos amortização acumulada e qualquer perda acumulada por redução ao valor recuperável.

26% 30%

Realizou provisão com descrição da natureza da obrigação, valor esperado e as datas de quaisquer pagamentos resultantes;

39% 49%

Forma de remuneração dos gestores – em % Tabela 3

totalmente fixa, independente do desempenho do gestor 59%

totalmente variável, em função do desempenho do gestor 1%

Uma parcela fixa e outra variável, em função do desempenho do gestor 40%

Forma de avaliação do desempenho dos gestores – em %

Tabela 2

A empresa não possui avaliação formal de desempenho de seus gestores 45%

A empresa avalia os gestores somente considerando o resultado financeiro 6%

A empresa avalia os gestores considerando o resultado financeiro e medidas não-financeiras de desempenho

49%

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128 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

a pesquisa das maiores empresas no Espírito Santo foi realizada com a avaliação dos dados de

aproximadamente 230 organizações, além dos grupos empresariais do Estado. O conjunto compreende todas as que enviaram demonstrações contábeis para o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) até o dia 9 de setembro de 2013 e inclui sociedades anônimas de capital aberto e fechado, cooperativas, entidades sem fins lucrativos e sociedades limitadas.

Este ano, seguindo mudanças promovidas pelo Anuário desde 2011, foram incluídas informações sobre a Receita Líquida,

que exclui os efeitos das diferentes cargas tributárias das atividades empresariais contempladas no Anuário e possíveis ineficiências decorrentes de devoluções e descontos incondicionais, permitindo uma maior comparabilidade entre as empresas. Além disso, essa iniciativa busca adequar o Anuário às práticas contá-beis verificadas junto às empresas e em conformidade ao que dispõe o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e às normas contábeis em vigor.

O anuário apresenta alguns indicadores, como por exemplo, o Ebitda, abreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest,

Ranking | MEtodoLoGIA

Receita Operacional Bruta receita proveniente do total das vendas de bens e serviços prestados pela empresa.

Variação da Receita Operacional Bruta Apresenta a evolução da receita bruta de vendas, em percentual.

Receita Operacional LíquidaÉ calculada pela diferença entre o valor das vendas, deduzidas das devoluções e abatimentos, e os impostos sobre vendas.

Variação da Receita Operacional Líquida Apresenta a evolução da receita líquida de vendas, em percentual.

EbitdaAbreviatura da expressão em inglês Earnings Before Interest, taxes, depreciation and Amortization, que significa lucro antes de descontar os juros, os impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização. Em essência, corresponde ao caixa gerado pela operação da empresa.

Variação do Ebitda Apresenta a evolução do Ebitda, em percentual.

Lucro Líquido do ExercícioÉ o resultado do exercício, apurado de acordo com as regras legais, depois de descontados o imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro.

Variação do Lucro Líquido do Exercício Apresenta a evolução do lucro líquido, em percentual

Patrimônio LíquidoÉ a soma do capital, das reservas e dos ajustes de avaliação patrimonial, menos a soma do capital a integralizar, das ações em tesouraria e dos prejuízos acumulados. Mede a riqueza da empresa.

Rentabilidade das Vendas É calculada pela divisão entre o lucro líquido e a receita líquida.

Rentabilidade do Patrimônio LíquidoMede o retorno do investimento para os proprietários. resulta da divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido.

Liquidez CorrenteÉ a divisão do ativo circulante pelo passivo circulante e indica a capacidade da empresa em honrar seus compromissos no curto prazo.

Endividamento GeralÉ a soma das dívidas de curto e longo prazos. o resultado é mostrado em porcentagem, em relação ao ativo total e representa a participação de recursos financiados por terceiros na operação da empresa.

Endividamento de Longo PrazoIndica o quanto a empresa está comprometida com dívidas de longo prazo. É expresso em porcentagem, em relação ao ativo total.

Empregados no Espírito santo número de funcionários em 31 de dezembro de 2012.

Conceitos metodológicos InDICADOR COnCEItO

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129anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Taxes, Depreciation and Amortization, e que significa o lucro antes dos juros, dos impostos sobre o lucro, da depre-ciação e da amortização, e corresponde, em essência, ao caixa gerado pela empresa. Já a informação sobre o Lucro Operacional foi suprimida, em função do fim do grupo de contas denominado “não operacional” e deverá, a partir do próximo ano, ser substituída pela infor-mação do lucro antes do imposto de renda e das despesas financeiras.

Para a elaboração dos rankings espe-cíficos, como “Rankings Setoriais” e as “20 Maiores Segundo os Principais Indicadores”, complementares ao das 200 Maiores pela Receita Bruta, foram consi-deradas todas as empresas da amostra. Dessa forma, uma empresa que não está classificada entre as 200 Maiores, poderá fazer parte de um Ranking espe-cífico, como o de Liquidez Corrente (LC), por exemplo. Este método permite às empresas, independente de seu porte, serem classificadas pelo seu desempenho segundo os critérios dos indicadores utili-zados pela Revista.

Na definição do Ranking das 200 maiores empresas, foi utilizado o critério da receita bruta de vendas, um indicador da contri-buição da empresa para a sociedade em termos de produtos e serviços oferecidos. Além da receita bruta, são fornecidas infor-mações como receita líquida, ebitda, lucro líquido, patrimônio líquido e o número de empregados no Espírito Santo. Também são apresentados indicadores para análise econômico-financeira, como: rentabi-lidade do patrimônio líquido, liquidez corrente, endividamento geral e o endivi-damento de longo prazo. Vale ressaltar que, desde o ano de 2011, somente são divul-gados os resultados obtidos no Espírito Santo, permitindo uma melhor análise comparativa entre as empresas.

Além dessas informações, o Anuário apresenta diversas outras l istas de empresas, organizadas por setor da economia, empresas capixabas, consoli-dadas por atividade, dentre outras.

Importante ressaltar que, para a versão em inglês, os valores foram convert idos em moeda americana, considerando o dólar comercial venda médio do ano de 2012, que fechou em R$ 1,954204, segundo dados do Banco Central do Brasil (www4.bcb.gov.br/pec/taxas/port/ptaxnpesq.asp?id=txcotacao).

Destacamos ainda que eventuais diferenças de valores poderão ser encon-tradas, mas são frutos de arredondamentos promovidos pelo sistema utilizado.

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130 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

O Anuário 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerado uma das mais importantes publicações

de avaliação da economia capixaba, tem ao longo dos últimos 17 anos proporcionado dados e informações acerca das empresas e grupos empresariais instalados no Estado, com seus desempenhos econômicos e financeiros.

Esta edição apresenta os resultados das principais empresas em 2012, analisados a partir de indicadores contábeis e finan-ceiros, como Receita Operacional Bruta, Lucro Líquido do Exercício, Patrimônio L íqu ido, Nú mero de Empregados, Rentabilidade, Liquidez, entre outros.

Na definição do ranking, foram utilizados os critérios estabelecidos para o estudo, considerando as adequações necessárias ao conjunto de informações contábeis, conforme descritos abaixo:

• Empresa com sede fiscal no Espírito Santo, teve o total de sua receita apropriada no Estado.

Ranking | InForMAçÕES GErAIS

• Para empresas cuja sede fiscal se encontra em outro Estado, apropriou-se o percentual da receita gerada no Espírito Santo, informado pelo gestor responsável.

• Ainda para empresas com sede fiscal em outra unidade da Federação, somente foram consideradas as demais informações contábeis caso estas disponibilizassem dados da empresa no Estado ou quando sua receita foi totalmente gerada no ES.

• Empresas cuja sede fiscal é em outro Estado e que não prestaram informações contábeis específicas no Espírito Santo estão com dados assinalados com N/D (não disponível) nas tabelas.

A Receita Operacional Bruta das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo apresentou, em 2012, um total de R$ 78,1 bilhões gerados no Estado, uma queda de 7,6% na comparação com ano de 2011. Em relação ao número de empregos, essas empresas geraram em 2012, 89.662 empregos diretos no Espírito Santo, contra 91.563 em 2011, um decréscimo de 2,1%. Tais resultados apontam para uma redução no faturamento e na produtividade frente ao ano anterior, indicativos de que as empresas no Estado ainda não se recu-peraram totalmente da crise econômica internacional.

Importante observar que, no ano de 2011, a primeira empresa no ranking apre-sentou Receita Operacional Bruta no ES de R$ 14,2 bilhões. Em 2012 a 1ª colocada fechou o ranking com R$ 9,3 bilhões logo, uma queda de 34,5%.

Central 69.682.267 89,2% 71.805 80,1%

Litoral norte 5.105.105 6,5% 11.087 12,4%

noroeste 2.241.230 2,9% 3.874 4,3%

sul 1.102.061 1,4% 2.896 3,2%

total 78.130.663 100,0% 89.662 100,0%

Distribuição da Receita Bruta e Pessoal Empregado das 200 Maiores Empresas no ES por Região

RegiãoReceita Bruta

(R$ em milhares)% ROB Empregados Es % Empr.

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131anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

CEntRAL 159

Alfredo Chaves 1

Anchieta 1

Cariacica 15

Guarapari 1

Santa Maria de Jetibá 2

Serra 47

Venda Nova do Imigrante 1

Viana 7

Vila Velha 15

Vitória 69

LItORAL nORtE 21

Aracruz 6

Conceição da Barra 1

Linhares 13

Montanha 1

nOROEstE 11

Colatina 8

Nova Venécia 1

São Gabriel da Palha 2

sUL 9

Atílio Vivacqua 1

Cachoeiro de Itapemirim 7

Itapemirim 1

total 200

REGIõEs E MUnICíPIOs nº DE EMPREsAs

Distribuição das 200 Maiores Empresas por região e município

A distribuição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo por Mesorregião (IBGE)mostra mais uma vez a concentração das empresas na região central do Estado, abrangendo a região metropolitana e adjacências.

A região central do Estado concentrou 159 empresas (79,5%), um aumento de 6,0% em relação ao ano anterior. Destas, 69 se encontram em Vitória, 47 Serra, 15 em Cariacica e 15 em Vila Velha. Já a região litoral norte mostrou uma queda de 8,7%, representando 10,5% das empresas (21), sendo Linhares o município com maior concentração (13 empresas). A região noroeste concentra 11 empresas, ou seja, 5,5%, sendo oito delas em Colatina. Na região sul houve a maior queda no total de empresas entre ao grupo das 200 Maiores, passando de 14 para nove empresas, perfazendo este ano 4,5%. Destaca-se Cachoeiro de Itapemirim, com sete empresas.

Para melhor conhecer o perfil das regiões, também foram analisados o número de empregados e o faturamento de cada uma delas, considerando as empresas pertencentes as 200 Maiores. Quanto à distribuição por número de empregados, a região central se sobressaiu, com 71.805 (80,1% do total), seguida da região litoral norte, com 11.087 trabalhadores (12,4%) da região noroeste, com 3.874 pessoas (4,3%)e da região sul, com 2.896 empregados, correspondendo a 3,2%.

Em relação à distribuição da receita operacional bruta, a região central concentrou 89,2% do total das 200 Maiores (R$ 69,7 bi), a região litoral norte, 6,5% (R$ 5,1 bi), a região noroeste, 2,9% (R$ 2,2 bi), e a região sul, 1,4% (R$1,1 bi).

A pesquisa também revelou que, das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, 72% possuem controle de capital capixaba e 28% têm controle acionário em outros estados e países. Além disso, entre as empresas participantes da pesquisa, 88,0% apresentam sua sede fiscal no Estado.

Região noroeste

2,9%

Região sul 1,4%

Distribuição da Receita Bruta por Região

Região litoral norte 6,5%

Região central 89,2%Região

noroeste5,5%

Região sul 4,5%

Distribuição das 200 Maiores Empresaspor Região

Região litoral norte 10,5% Região

central 79,5%

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132 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

ranking segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares)

Ranking DaS 200 MaiORES EMPRESaS

Ranking

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 8.751 1

2.646.311 -9,2% 11.001.057 3.274.128 40,4% 80,8% 1,0 70,2% 51,0% 1.137 2

-2.466 -103,9% 3.060.860 471.146 -0,05% -0,5% 0,9 84,6% 2,7% 227 3

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 4.542 4

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 30 5

63.414 0,3% 878.460 177.443 3,1% 35,7% 1,6 79,8% 24,6% 22 6

58.250 -30,2% 1.083.697 108.338 2,8% 53,8% 1,2 90,0% 12,9% 200 7

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 1.204 8

156.952 51,0% 2.461.523 631.121 8,2% 24,9% 0,9 74,4% 40,8% 914 9

45.172 -58,1% 961.316 192.775 3,1% 23,4% 1,7 79,9% 43,7% n/d 10

-60.285 -334,8% 729.179 120.497 -3,6% -50,0% 1,5 83,5% 30,3% 490 11

11.915 -24,7% 454.308 31.658 0,9% 37,6% 1,0 93,0% 0,2% 7 12

81.395 -8,8% 12.419.043 872.573 5,2% 9,3% 1,0 93,0% 22,8% 2.278 13

38.818 -5,8% 460.864 135.616 3,1% 28,6% 1,7 70,6% 12,6% n/d 14

-24.928 45,1% 348.754 240.203 -2,3% -10,4% 2,6 31,1% 3,3% 138 15

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 1.582 16

61.393 -7,6% 317.018 218.886 8,2% 28,0% 1,2 31,0% 1,2% 30 17

21.660 29,3% 342.051 49.015 2,7% 44,2% 1,1 85,7% 0,6% 19 18

50.620 48,3% 804.115 207.623 6,4% 24,4% 1,5 74,2% 56,8% 2.493 19

4.529 4,4% 330.444 72.946 0,6% 6,2% 1,0 77,9% 36,0% 1.885 20

7.850 394,0% 145.858 47.890 1,1% 16,4% 1,0 66,9% 19,2% 373 21

1.459 -73,4% 208.732 42.716 0,2% 3,4% 1,2 79,5% 6,3% 441 22

4.420 -90,0% 584.245 70.531 0,8% 6,3% 1,6 87,9% 31,1% 282 23

105.270 9,6% 462.331 380.664 15,1% 27,7% 2,5 17,7% 9,4% n/d 24

11.826 81,2% 205.191 60.259 1,9% 19,6% 1,2 70,6% 28,0% 320 25

5.898 -82,9% 354.762 226.949 0,9% 2,6% 1,6 36,0% 0,0% 140 26

15.327 126,0% 217.336 92.922 2,7% 16,5% 1,6 57,2% 20,9% 1.327 27

678 -79,5% 114.810 6.311 0,2% 10,7% 1,0 94,5% 0,0% 0 28

76.268 135,3% 2.114.795 1.324.046 15,4% 5,8% 0,9 37,4% 29,8% 1.460 29

-9.299 -391,5% 195.070 54.731 -1,9% -17,0% 1,0 71,9% 5,0% 102 30

-50.020 -3503,9% 1.177.968 389.865 -12,2% -12,8% 0,7 66,9% 49,4% n/d 31

7.604 39,9% 139.195 27.863 1,9% 27,3% 1,4 80,0% 16,0% n/d 32

13.916 22,7% 125.364 78.970 3,4% 17,6% 1,4 37,0% 3,8% 2.250 33

40.594 -5,1% 314.913 278.484 12,1% 14,6% 5,5 11,6% 0,7% 355 34

-29.653 -1070,2% 76.094 14.854 -8,4% -199,6% 1,6 80,5% 20,4% 1.371 35

409 -65,3% 140.177 975 0,2% 41,9% 1,2 99,3% 33,2% 50 36

9.093 112,4% 50.455 28.191 2,7% 32,3% 1,7 100,0% 64,0% 338 37

7.474 864,5% 95.800 48.800 2,5% 15,3% 1,5 49,1% 22,8% 376 38

60.845 4,2% 337.280 290.231 22,7% 21,0% 2,0 13,9% 0,4% 333 39

44.479 28,2% 473.361 186.563 19,0% 23,8% 1,9 60,6% 26,6% 1.600 40

1.294 -24,2% 158.758 16.010 0,5% 8,1% 1,0 89,9% 0,9% 214 41

20.002 -17,7% 526.706 345.776 8,5% 5,8% 2,8 34,4% 22,7% 1.246 42

878 -79,8% 82.612 45.020 0,3% 1,9% 2,3 45,5% 3,4% 83 43

4.106 54,0% 116.513 7.860 2,1% 52,2% 1,1 93,3% 2,3% 7 44

10.368 -38,0% 140.420 123.219 5,5% 8,4% 5,6 12,2% 0,2% 647 45

25.841 -35,0% 204.251 140.622 11,2% 18,4% 2,2 31,2% 2,5% 584 46

12.970 47,5% 426.505 167.509 5,5% 7,7% 1,1 60,7% 34,6% 33 47

99.244 -11,2% 469.880 412.875 47,3% 24,0% 2,8 12,1% 0,3% n/d 48

-4.559 -186,8% 76.656 5.240 -2,8% -87,0% 1,1 93,2% 0,7% 15 49

44.932 92,0% 55.034 44.932 20,4% 100,0% 3,8 18,4% 0,0% 2.129 50

1 VALE Indústria Mineração 9.278.939 -35,0% n/d n/d n/d n/d

2 sAMARCO Indústria Mineração 6.610.740 -7,1% 6.549.679 -7,2% 3.553.912 -13,6%

3 HERInGER Indústria Química e Petroquímica 5.394.722 12,8% 5.307.465 12,8% 246.771 -30,0%

4 ARCELORMIttAL BRAsIL Indústria Siderurgia e Metalurgia 4.345.484 -12,3% n/d n/d n/d n/d

5 PEtROBRAs DIstRIBUIDORA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 3.328.065 5,5% n/d n/d n/d n/d

6 CIsA tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 2.815.934 2,3% 2.044.808 -5,1% 91.365 0,5%

7 COtIA Serviços Serv. Importação e Exportação 2.772.193 -32,0% 2.071.962 -33,7% 85.905 -33,6%

8 FIBRIA Indústria Papel e Celulose 2.633.928 15,7% n/d n/d n/d n/d

9 EDP EsCELsA Serviços Eletricidade e Gás 2.421.170 13,8% 1.904.705 15,6% 211.999 58,0%

10 GAROtO Indústria Alimentos 2.004.572 4,9% 1.466.700 3,2% 63.476 -59,6%

11 tAnGARá FOODs Indústria Alimentos 1.764.731 8,8% 1.684.982 7,0% -37.988 -269,9%

12 COLUMBIA tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 1.616.192 29,8% 1.301.404 29,5% 18.024 -12,4%

13 BAnEstEs Serviços Serv. Financeiros e Seguros 1.607.252 -0,1% 1.557.166 -0,3% n/d n/d

14 tROP Serviços Serv. Importação e Exportação 1.535.892 7,1% 1.248.012 5,3% n/d n/d

15 ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 1.499.416 -2,5% 1.068.067 -4,0% -5.326 83,4%

16 BAnCO DO BRAsIL Serviços Serv. Financeiros e Seguros 1.044.553 6,3% n/d n/d n/d n/d

17 BR DIstR. Es - Gn Comércio Atacadista Comércio Atacadista 1.009.343 3,6% 752.247 4,5% 92.984 -7,6%

18 sERtRADInG Serviços Serv. Financeiros e Seguros 939.888 57,4% 812.122 62,3% 32.802 51,3%

19 VIX LOGístICA Serviços transporte 893.204 16,7% 795.239 15,7% 69.282 44,2%

20 UnIMED VItÓRIA Serviços Plano de Saúde 814.084 14,9% 807.108 17,2% 8.742 25,9%

21 KURUMá VEíCULOs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 745.635 12,5% 723.996 17,0% 7.927 400,9%

22 VItÓRIA DIEsEL Comércio Varejista Concessionária de Veículos 714.406 -0,3% 612.205 -10,8% 2.350 -73,1%

23 EXCIM Indústria Fabricação de Produtos têxteis 706.903 1,3% 536.799 1,8% 4.627 -93,0%

24 HIsPAnOBRás Serviços Arrendamento de Ativos 695.117 -46,7% 695.117 -46,7% 173.359 66,5%

25 HORtIFRUtI Comércio Varejista Comércio Varejista 684.000 26,0% 624.194 27,9% 18.935 72,6%

26 UnICAFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 630.572 -24,0% 626.739 -23,3% 9.004 -82,8%

27 FRIsA Indústria Alimentos 602.975 11,3% 560.904 11,5% 18.062 231,5%

28 sAVIXX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 558.532 43,6% 418.323 42,4% 6 -99,9%

29 CEsAn Indústria Cap. trat. e distrib. de água 522.257 11,8% 494.625 12,0% 92.755 114,5%

30 CUstÓDIO FORZZA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 517.062 5,3% 486.146 8,4% n/d n/d

31 ItABIRA AGRO InDUstRIAL Indústria Fabricação de Cimento 516.539 3,1% 408.961 0,1% n/d n/d

32 UnILIDER Comércio Atacadista Comércio Atacadista 498.606 -5,3% 405.555 -5,9% n/d n/d

33 sUPERMERCADO CAsAGRAnDE Comércio Varejista Comércio Varejista 477.515 9,2% 413.962 9,3% 21.119 23,0%

34 PERFILADOs RIO DOCE Indústria Siderúrgia e Metalurgia 419.451 8,2% 336.010 8,2% 44.380 -13,2%

35 sUPERMERCADO PERIM Comércio Varejista Comércio Varejista 411.032 8,9% 354.444 9,6% -29.839 -1076,3%

36 MERCOCAMP Serviços Serv. Financeiros e Seguros 357.101 99,7% 266.304 104,5% 751 -59,9%

37 PODIUM VEíCULOs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 346.015 13,1% 335.359 12,1% 13.478 114,5%

38 CVC Comércio Varejista Concessionária de Veículos 343.335 35,1% 301.131 34,5% 8.688 1021,1%

39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs Comércio Atacadista Comércio Atacadista 329.715 9,1% 267.641 9,7% 73.861 13,7%

40 LOREnGE Indústria Construção 303.317 25,8% 234.543 31,3% 49.942 24,2%

41 COOABRIEL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 300.466 17,1% 279.040 18,0% 1.449 -26,1%

42 áGUIA BRAnCA Serviços transporte 293.429 7,9% 234.692 8,3% 29.865 -27,3%

43 nICAFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 283.544 -22,8% 263.131 -21,5% 1.402 -78,8%

44 tERRA nOVA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 281.697 10,7% 199.742 7,2% 6.420 58,5%

45 FORtLEV Indústria Fab. Prd. Borracha E Mat.Plástico 267.960 19,0% 187.684 19,3% 24.160 11,7%

46 BRAMEtAL Indústria Siderurgia e Metalurgia 247.922 20,6% 230.876 22,4% 31.389 -25,7%

47 tRIstãO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 238.283 -33,0% 234.904 -33,7% 13.922 7,9%

48 KOBRAsCO Serviços Arrendamento de Ativos 225.795 21,8% 209.972 24,6% 148.859 -5,6%

49 FULL COMEX Serviços Serv. Importação e Exportação 223.603 -2,1% 164.224 -1,2% -4.411 -153,6%

50 CORREIOs Serviços telecomunicações 221.188 11,8% 219.772 11,7% 24.798 35,5%

LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

CLAssIF. 2012

EMPREsA sEtOR AtIVIDADEREC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA VAR

EBItDA 12/11 %

B1_200M 2013_Ranking.indb 132 28/10/2013 18:01:18

Page 133: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

133anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 8.751 1

2.646.311 -9,2% 11.001.057 3.274.128 40,4% 80,8% 1,0 70,2% 51,0% 1.137 2

-2.466 -103,9% 3.060.860 471.146 -0,05% -0,5% 0,9 84,6% 2,7% 227 3

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 4.542 4

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 30 5

63.414 0,3% 878.460 177.443 3,1% 35,7% 1,6 79,8% 24,6% 22 6

58.250 -30,2% 1.083.697 108.338 2,8% 53,8% 1,2 90,0% 12,9% 200 7

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 1.204 8

156.952 51,0% 2.461.523 631.121 8,2% 24,9% 0,9 74,4% 40,8% 914 9

45.172 -58,1% 961.316 192.775 3,1% 23,4% 1,7 79,9% 43,7% n/d 10

-60.285 -334,8% 729.179 120.497 -3,6% -50,0% 1,5 83,5% 30,3% 490 11

11.915 -24,7% 454.308 31.658 0,9% 37,6% 1,0 93,0% 0,2% 7 12

81.395 -8,8% 12.419.043 872.573 5,2% 9,3% 1,0 93,0% 22,8% 2.278 13

38.818 -5,8% 460.864 135.616 3,1% 28,6% 1,7 70,6% 12,6% n/d 14

-24.928 45,1% 348.754 240.203 -2,3% -10,4% 2,6 31,1% 3,3% 138 15

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 1.582 16

61.393 -7,6% 317.018 218.886 8,2% 28,0% 1,2 31,0% 1,2% 30 17

21.660 29,3% 342.051 49.015 2,7% 44,2% 1,1 85,7% 0,6% 19 18

50.620 48,3% 804.115 207.623 6,4% 24,4% 1,5 74,2% 56,8% 2.493 19

4.529 4,4% 330.444 72.946 0,6% 6,2% 1,0 77,9% 36,0% 1.885 20

7.850 394,0% 145.858 47.890 1,1% 16,4% 1,0 66,9% 19,2% 373 21

1.459 -73,4% 208.732 42.716 0,2% 3,4% 1,2 79,5% 6,3% 441 22

4.420 -90,0% 584.245 70.531 0,8% 6,3% 1,6 87,9% 31,1% 282 23

105.270 9,6% 462.331 380.664 15,1% 27,7% 2,5 17,7% 9,4% n/d 24

11.826 81,2% 205.191 60.259 1,9% 19,6% 1,2 70,6% 28,0% 320 25

5.898 -82,9% 354.762 226.949 0,9% 2,6% 1,6 36,0% 0,0% 140 26

15.327 126,0% 217.336 92.922 2,7% 16,5% 1,6 57,2% 20,9% 1.327 27

678 -79,5% 114.810 6.311 0,2% 10,7% 1,0 94,5% 0,0% 0 28

76.268 135,3% 2.114.795 1.324.046 15,4% 5,8% 0,9 37,4% 29,8% 1.460 29

-9.299 -391,5% 195.070 54.731 -1,9% -17,0% 1,0 71,9% 5,0% 102 30

-50.020 -3503,9% 1.177.968 389.865 -12,2% -12,8% 0,7 66,9% 49,4% n/d 31

7.604 39,9% 139.195 27.863 1,9% 27,3% 1,4 80,0% 16,0% n/d 32

13.916 22,7% 125.364 78.970 3,4% 17,6% 1,4 37,0% 3,8% 2.250 33

40.594 -5,1% 314.913 278.484 12,1% 14,6% 5,5 11,6% 0,7% 355 34

-29.653 -1070,2% 76.094 14.854 -8,4% -199,6% 1,6 80,5% 20,4% 1.371 35

409 -65,3% 140.177 975 0,2% 41,9% 1,2 99,3% 33,2% 50 36

9.093 112,4% 50.455 28.191 2,7% 32,3% 1,7 100,0% 64,0% 338 37

7.474 864,5% 95.800 48.800 2,5% 15,3% 1,5 49,1% 22,8% 376 38

60.845 4,2% 337.280 290.231 22,7% 21,0% 2,0 13,9% 0,4% 333 39

44.479 28,2% 473.361 186.563 19,0% 23,8% 1,9 60,6% 26,6% 1.600 40

1.294 -24,2% 158.758 16.010 0,5% 8,1% 1,0 89,9% 0,9% 214 41

20.002 -17,7% 526.706 345.776 8,5% 5,8% 2,8 34,4% 22,7% 1.246 42

878 -79,8% 82.612 45.020 0,3% 1,9% 2,3 45,5% 3,4% 83 43

4.106 54,0% 116.513 7.860 2,1% 52,2% 1,1 93,3% 2,3% 7 44

10.368 -38,0% 140.420 123.219 5,5% 8,4% 5,6 12,2% 0,2% 647 45

25.841 -35,0% 204.251 140.622 11,2% 18,4% 2,2 31,2% 2,5% 584 46

12.970 47,5% 426.505 167.509 5,5% 7,7% 1,1 60,7% 34,6% 33 47

99.244 -11,2% 469.880 412.875 47,3% 24,0% 2,8 12,1% 0,3% n/d 48

-4.559 -186,8% 76.656 5.240 -2,8% -87,0% 1,1 93,2% 0,7% 15 49

44.932 92,0% 55.034 44.932 20,4% 100,0% 3,8 18,4% 0,0% 2.129 50

1 VALE Indústria Mineração 9.278.939 -35,0% n/d n/d n/d n/d

2 sAMARCO Indústria Mineração 6.610.740 -7,1% 6.549.679 -7,2% 3.553.912 -13,6%

3 HERInGER Indústria Química e Petroquímica 5.394.722 12,8% 5.307.465 12,8% 246.771 -30,0%

4 ARCELORMIttAL BRAsIL Indústria Siderurgia e Metalurgia 4.345.484 -12,3% n/d n/d n/d n/d

5 PEtROBRAs DIstRIBUIDORA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 3.328.065 5,5% n/d n/d n/d n/d

6 CIsA tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 2.815.934 2,3% 2.044.808 -5,1% 91.365 0,5%

7 COtIA Serviços Serv. Importação e Exportação 2.772.193 -32,0% 2.071.962 -33,7% 85.905 -33,6%

8 FIBRIA Indústria Papel e Celulose 2.633.928 15,7% n/d n/d n/d n/d

9 EDP EsCELsA Serviços Eletricidade e Gás 2.421.170 13,8% 1.904.705 15,6% 211.999 58,0%

10 GAROtO Indústria Alimentos 2.004.572 4,9% 1.466.700 3,2% 63.476 -59,6%

11 tAnGARá FOODs Indústria Alimentos 1.764.731 8,8% 1.684.982 7,0% -37.988 -269,9%

12 COLUMBIA tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 1.616.192 29,8% 1.301.404 29,5% 18.024 -12,4%

13 BAnEstEs Serviços Serv. Financeiros e Seguros 1.607.252 -0,1% 1.557.166 -0,3% n/d n/d

14 tROP Serviços Serv. Importação e Exportação 1.535.892 7,1% 1.248.012 5,3% n/d n/d

15 ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 1.499.416 -2,5% 1.068.067 -4,0% -5.326 83,4%

16 BAnCO DO BRAsIL Serviços Serv. Financeiros e Seguros 1.044.553 6,3% n/d n/d n/d n/d

17 BR DIstR. Es - Gn Comércio Atacadista Comércio Atacadista 1.009.343 3,6% 752.247 4,5% 92.984 -7,6%

18 sERtRADInG Serviços Serv. Financeiros e Seguros 939.888 57,4% 812.122 62,3% 32.802 51,3%

19 VIX LOGístICA Serviços transporte 893.204 16,7% 795.239 15,7% 69.282 44,2%

20 UnIMED VItÓRIA Serviços Plano de Saúde 814.084 14,9% 807.108 17,2% 8.742 25,9%

21 KURUMá VEíCULOs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 745.635 12,5% 723.996 17,0% 7.927 400,9%

22 VItÓRIA DIEsEL Comércio Varejista Concessionária de Veículos 714.406 -0,3% 612.205 -10,8% 2.350 -73,1%

23 EXCIM Indústria Fabricação de Produtos têxteis 706.903 1,3% 536.799 1,8% 4.627 -93,0%

24 HIsPAnOBRás Serviços Arrendamento de Ativos 695.117 -46,7% 695.117 -46,7% 173.359 66,5%

25 HORtIFRUtI Comércio Varejista Comércio Varejista 684.000 26,0% 624.194 27,9% 18.935 72,6%

26 UnICAFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 630.572 -24,0% 626.739 -23,3% 9.004 -82,8%

27 FRIsA Indústria Alimentos 602.975 11,3% 560.904 11,5% 18.062 231,5%

28 sAVIXX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 558.532 43,6% 418.323 42,4% 6 -99,9%

29 CEsAn Indústria Cap. trat. e distrib. de água 522.257 11,8% 494.625 12,0% 92.755 114,5%

30 CUstÓDIO FORZZA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 517.062 5,3% 486.146 8,4% n/d n/d

31 ItABIRA AGRO InDUstRIAL Indústria Fabricação de Cimento 516.539 3,1% 408.961 0,1% n/d n/d

32 UnILIDER Comércio Atacadista Comércio Atacadista 498.606 -5,3% 405.555 -5,9% n/d n/d

33 sUPERMERCADO CAsAGRAnDE Comércio Varejista Comércio Varejista 477.515 9,2% 413.962 9,3% 21.119 23,0%

34 PERFILADOs RIO DOCE Indústria Siderúrgia e Metalurgia 419.451 8,2% 336.010 8,2% 44.380 -13,2%

35 sUPERMERCADO PERIM Comércio Varejista Comércio Varejista 411.032 8,9% 354.444 9,6% -29.839 -1076,3%

36 MERCOCAMP Serviços Serv. Financeiros e Seguros 357.101 99,7% 266.304 104,5% 751 -59,9%

37 PODIUM VEíCULOs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 346.015 13,1% 335.359 12,1% 13.478 114,5%

38 CVC Comércio Varejista Concessionária de Veículos 343.335 35,1% 301.131 34,5% 8.688 1021,1%

39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs Comércio Atacadista Comércio Atacadista 329.715 9,1% 267.641 9,7% 73.861 13,7%

40 LOREnGE Indústria Construção 303.317 25,8% 234.543 31,3% 49.942 24,2%

41 COOABRIEL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 300.466 17,1% 279.040 18,0% 1.449 -26,1%

42 áGUIA BRAnCA Serviços transporte 293.429 7,9% 234.692 8,3% 29.865 -27,3%

43 nICAFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 283.544 -22,8% 263.131 -21,5% 1.402 -78,8%

44 tERRA nOVA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 281.697 10,7% 199.742 7,2% 6.420 58,5%

45 FORtLEV Indústria Fab. Prd. Borracha E Mat.Plástico 267.960 19,0% 187.684 19,3% 24.160 11,7%

46 BRAMEtAL Indústria Siderurgia e Metalurgia 247.922 20,6% 230.876 22,4% 31.389 -25,7%

47 tRIstãO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 238.283 -33,0% 234.904 -33,7% 13.922 7,9%

48 KOBRAsCO Serviços Arrendamento de Ativos 225.795 21,8% 209.972 24,6% 148.859 -5,6%

49 FULL COMEX Serviços Serv. Importação e Exportação 223.603 -2,1% 164.224 -1,2% -4.411 -153,6%

50 CORREIOs Serviços telecomunicações 221.188 11,8% 219.772 11,7% 24.798 35,5%

LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

CLAssIF. 2012

EMPREsA sEtOR AtIVIDADEREC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA VAR

EBItDA 12/11 %

B1_200M 2013_Ranking.indb 133 28/10/2013 18:01:21

Page 134: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

134 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

ranking segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares)

Ranking DaS 200 MaiORES EMPRESaS

Ranking

8.610 306632,2% 211.062 98.118 5,5% 8,8% 0,8 53,5% 0,6% 1.547 51

37.542 166,1% 178.388 117.735 27,3% 31,9% 1,4 34,0% 12,4% 330 52

16.251 45,4% 184.279 88.641 10,7% 18,3% 3,2 51,9% 37,1% 305 53

41.035 -8,4% 148.150 92.828 23,4% 44,2% 0,8 37,3% 17,3% 414 54

774 458,6% 113.384 7.678 0,5% 10,1% 0,7 93,2% 1,2% 9 55

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 144 56

3.755 -39,5% 84.679 57.736 2,6% 6,5% 3,1 31,8% 5,2% 172 57

6.427 45,9% 110.110 55.144 3,6% 11,7% 1,5 49,9% 6,2% 377 58

88.424 -45,5% 855.817 727.093 54,5% 12,2% 6,1 15,0% 8,1% n/d 59

-1.016 307,6% 110.651 16.378 -0,8% -6,2% 1,1 85,2% 0,1% 1 60

9.055 -21,2% 76.665 36.200 5,4% 25,0% 1,0 52,8% 15,9% 237 61

10.825 27,7% 125.517 78.318 8,2% 13,8% 4,3 37,6% 25,5% 195 62

14.206 2245,9% 148.998 65.356 9,2% 21,7% 1,0 56,1% 12,8% 330 63

2.173 308,0% 231.010 88.130 1,5% 2,5% 0,8 61,9% 33,3% 386 64

-2.306 -201,9% 65.478 17.544 -1,6% -13,1% 1,1 73,2% 28,2% 668 65

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 95 66

6.348 149,8% 88.016 30.980 4,7% 20,5% 0,7 64,8% 23,2% 1.290 67

21.555 6,6% 91.584 60.268 17,9% 35,8% 1,9 34,2% 7,6% 159 68

8.856 40900,1% 22.311 5.962 7,0% 148,5% 1,2 73,3% 4,0% 1.202 69

1.088 287,2% 34.931 11.262 0,9% 9,7% 1,6 67,8% 20,7% 163 70

2.376 169,3% 24.415 7.961 1,9% 29,8% 1,3 67,4% 0,0% 161 71

12.567 233,3% 206.934 87.802 10,1% 14,3% 1,3 57,6% 3,3% 102 72

5.724 -3,9% 66.739 20.185 6,2% 28,4% 2,2 69,8% 45,5% 43 73

2.134 94,8% 36.593 7.893 1,8% 27,0% 1,3 78,4% 19,0% 165 74

-5.587 -504,2% 317.628 96.604 -5,5% -5,8% 1,2 69,6% 57,9% 691 75

9.602 5,4% 69.584 52.380 10,9% 18,3% 2,0 24,7% 0,7% 445 76

-57 -106,2% 30.206 4.286 -0,1% -1,3% 1,1 85,8% 14,2% 975 77

-25.695 33,5% 1.589.291 1.555.744 -24,3% -1,7% 3,1 2,1% 0,2% n/d 78

21.142 15,7% 157.860 111.019 19,6% 19,0% 1,8 29,7% 7,2% 1.328 79

13.747 49,4% 132.770 75.937 14,0% 18,1% 0,7 42,8% 9,4% 304 80

2.383 -9,0% 61.493 26.840 2,3% 8,9% 1,2 56,4% 20,7% 407 81

8.753 -135,3% 350.193 217.710 8,9% 4,0% 3,8 37,8% 29,1% 413 82

104.664 7,6% 541.443 540.654 98,4% 19,4% 13,5 0,1% 0,0% n/d 83

14.316 680,3% 38.201 16.151 14,8% 88,6% 4,9 57,7% 43,4% 624 84

2.921 215,9% 46.266 10.562 3,0% 27,7% 1,0 77,2% 12,0% 1.168 85

2.557 -404,4% 122.615 67.359 3,0% 3,8% 1,5 45,1% 3,4% 132 86

10.655 -51,5% 159.992 101.678 11,9% 10,5% 3,5 36,4% 23,1% 287 87

6.254 48,6% 109.690 73.463 7,4% 8,5% 1,0 33,0% 16,5% 1.436 88

782 163,5% 66.944 6.228 0,9% 12,6% 0,7 90,7% 55,1% 649 89

1.300 70,4% 35.962 11.202 1,9% 11,6% 1,6 68,9% 27,8% 292 90

15.843 -0,1% 90.463 78.506 19,6% 20,2% 7,5 13,2% 2,6% 324 91

2.530 -29,8% 33.116 20.135 3,7% 12,6% 2,7 39,2% 1,8% n/d 92

13.363 214,7% 83.032 32.789 17,7% 40,8% 1,2 60,5% 15,1% 390 93

20.487 27,4% 447.656 104.886 99,0% 19,5% 1,0 76,6% 2,2% 145 94

585 51,4% 24.335 7.718 0,8% 7,6% 1,1 68,3% 12,2% 518 95

-2.692 -206,7% 45.921 7.978 -4,1% -33,7% 1,4 100,0% 39,4% 250 96

96 -81,9% 12.620 4.929 0,1% 2,0% 1,1 60,9% 14,0% 60 97

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 1.215 98

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 1.796 99

-391 -113,2% 129.692 63.373 -0,5% -0,6% 0,8 51,1% 26,5% 1.140 100

51 WEG LInHAREs Indústria Fab. Máq, Apar. e Mat. Elétricos 218.183 231,4% 156.906 234,5% 11.322 778,0%

52 sAntA MARIA Serviços Eletricidade e Gás 203.261 9,1% 137.745 12,5% 47.616 149,3%

53 BIAnCOGREs Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 199.033 8,8% 151.505 8,3% 17.784 49,0%

54 tVV Serviços Gestão de Portos e terminais 196.628 0,1% 175.504 -1,2% 60.415 -6,4%

55 CLAC Serviços Serv. Importação e Exportação 187.898 -3,0% 145.050 0,0% 1.227 409,7%

56 CYRELA BRAZIL REALtY Indústria Construção 187.213 36,5% n/d n/d n/d n/d

57 CEDIsA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 186.964 6,0% 141.718 4,5% 5.767 -39,3%

58 COOPEAVI Comércio Varejista Comércio Varejista 186.132 9,6% 180.460 9,7% 6.801 43,0%

59 nIBRAsCO Serviços Arrendamento de Ativos 178.699 -35,7% 162.169 -35,7% 128.744 -42,8%

60 InsPECtIOn Comércio Atacadista Comércio Atacadista 177.850 5,8% 134.256 4,4% -1.262 204,8%

61 COnCREVIt Indústria Construção 177.320 27,3% 167.967 27,3% 11.756 -18,7%

62 ELKEM Indústria Química e Petroquímica 169.417 12,9% 131.535 15,3% 16.188 28,1%

63 REALCAFÉ Indústria Alimentos 161.096 20,7% 154.641 20,0% 17.646 1513,0%

64 BUAIZ ALIMEntOs Indústria Alimentos 157.854 6,9% 142.626 7,6% 5.899 664,5%

65 UnIMED sUL CAPIXABA Serviços Plano de Saúde 142.210 28,3% 140.403 27,7% -2.286 -2,0%

66 tRACBEL Comércio Varejista Comércio Varejista 142.196 -14,6% n/d n/d n/d n/d

67 HOsPItAL MERIDIOnAL Serviços Atendimento Hospitalar 141.948 35,6% 134.351 34,5% 14.003 34,5%

68 CPVV Serviços Gestão de Portos e terminais 136.470 13,7% 120.175 13,8% 31.716 8,4%

69 sPAssU Serviços tecnologia da Informação 133.258 17,2% 125.704 17,2% 12.928 4850,0%

70 VEssA Comércio Varejista Concessionária de Veículos 130.971 28,6% 124.137 28,1% 1.694 257,4%

71 PREMIUM VEíCULOs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 129.033 23,6% 126.317 22,6% 3.532 223,3%

72 BAnEstEs sEGUROs Serviços Serv. Financeiros e Seguros 128.143 9,3% 124.667 7,9% 19.175 250,2%

73 QUIMEtAL Serviços Serv. Importação e Exportação 120.416 18,7% 92.627 18,4% 6.152 -6,9%

74 sAMP Serviços Plano de Saúde 119.853 14,3% 121.689 14,7% 3.202 82,4%

75 UsInA PAInEIRAs Indústria Alimentos 119.732 -0,2% 102.203 -0,4% -5.547 -505,6%

76 VIMInAs Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 119.582 11,4% 88.046 9,0% 13.140 4,9%

77 sUPERMERCADOs sAntO AntOnIO Comércio Varejista Comércio Varejista 118.150 15,9% 103.434 16,0% 580 -60,2%

78 sOL COQUERIA tUBARãO Indústria Siderurgia E Metalurgia 118.022 -9,2% 105.631 -8,4% 15.273 -65,8%

79 HOsPItAL sAntA RItA Serviços Atendimento Hospitalar 110.444 17,7% 107.846 17,0% n/d n/d

80 PORtOCEL Serviços Gestão de Portos e terminais 110.307 8,3% 97.872 8,6% 20.869 42,3%

81 VEnEZA Indústria Alimentos 108.895 21,8% 103.199 22,4% 2.536 -6,3%

82 CODEsA Serviços Gestão de Portos e terminais 108.882 -6,2% 98.063 -3,6% 12.697 160,3%

83 CARAIVA Serviços Admin. de Empresas do Grupo 106.341 8,9% 106.341 8,9% 104.938 7,6%

84 PARAnAsA EnGEnHARIA Indústria Construção 104.550 1533,6% 96.570 1492,7% n/d n/d

85 HOsPItAL EVAnGÉLICO DE VILA VELHA Serviços Atendimento Hospitalar 100.223 15,2% 98.195 13,0% 2.921 215,9%

86 COsEntInO LAtInA Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 94.716 57,4% 84.904 58,5% 5.953 5103,7%

87 ALCOn Indústria Química e Petroquímica 94.057 -3,2% 89.693 -2,7% 94.057 -3,2%

88 UnIMAR Serviços transporte 91.144 3,7% 84.134 3,9% 17.723 10,0%

89 KIFRAnGO Indústria Alimentos 90.832 13,7% 89.381 13,8% 782 163,5%

90 RIMO Indústria Fabricação de Móveis 88.581 9,0% 67.426 10,7% 1.672 65,1%

91 tV GAZEtA Serviços Informação e Comunicação 88.303 5,5% 80.735 5,0% 14.429 -16,8%

92 tCI tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 87.196 -26,1% 67.482 -28,5% n/d n/d

93 MARBRAsA Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 83.467 35,4% 75.614 38,5% 15.987 239,8%

94 sICOOB LEstE CAPIXABA Serviços Serv. Financeiros e Seguros 83.192 14,8% 20.691 26,3% 19.285 22,5%

95 ABAV Indústria Alimentos 82.299 48,5% 75.329 48,2% 879 45,9%

96 PAnAn MÓVEIs Indústria Fabricação de Móveis 81.915 11,2% 65.277 6,4% -2.692 -206,7%

97 HIRO MOtORs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 80.470 -3,2% 79.335 -3,4% 127 -83,6%

98 CORPUs sAnEAMEntO E OBRAs Serviços Coleta, trat. e disp. resíduos 79.824 13,2% 66.698 10,4% n/d n/d

99 PROsEGUR Serviços Vigilância e Segurança 79.688 26,1% n/d n/d n/d n/d

100 VItÓRIA APARt HOsPItAL Serviços Atendimento Hospitalar 78.933 -0,6% 74.650 3,2% 252 -94,6%

LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

CLAssIF. 2012

EMPREsA sEtOR AtIVIDADEREC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA VAR

EBItDA 12/11 %

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Page 135: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

135anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

8.610 306632,2% 211.062 98.118 5,5% 8,8% 0,8 53,5% 0,6% 1.547 51

37.542 166,1% 178.388 117.735 27,3% 31,9% 1,4 34,0% 12,4% 330 52

16.251 45,4% 184.279 88.641 10,7% 18,3% 3,2 51,9% 37,1% 305 53

41.035 -8,4% 148.150 92.828 23,4% 44,2% 0,8 37,3% 17,3% 414 54

774 458,6% 113.384 7.678 0,5% 10,1% 0,7 93,2% 1,2% 9 55

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 144 56

3.755 -39,5% 84.679 57.736 2,6% 6,5% 3,1 31,8% 5,2% 172 57

6.427 45,9% 110.110 55.144 3,6% 11,7% 1,5 49,9% 6,2% 377 58

88.424 -45,5% 855.817 727.093 54,5% 12,2% 6,1 15,0% 8,1% n/d 59

-1.016 307,6% 110.651 16.378 -0,8% -6,2% 1,1 85,2% 0,1% 1 60

9.055 -21,2% 76.665 36.200 5,4% 25,0% 1,0 52,8% 15,9% 237 61

10.825 27,7% 125.517 78.318 8,2% 13,8% 4,3 37,6% 25,5% 195 62

14.206 2245,9% 148.998 65.356 9,2% 21,7% 1,0 56,1% 12,8% 330 63

2.173 308,0% 231.010 88.130 1,5% 2,5% 0,8 61,9% 33,3% 386 64

-2.306 -201,9% 65.478 17.544 -1,6% -13,1% 1,1 73,2% 28,2% 668 65

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 95 66

6.348 149,8% 88.016 30.980 4,7% 20,5% 0,7 64,8% 23,2% 1.290 67

21.555 6,6% 91.584 60.268 17,9% 35,8% 1,9 34,2% 7,6% 159 68

8.856 40900,1% 22.311 5.962 7,0% 148,5% 1,2 73,3% 4,0% 1.202 69

1.088 287,2% 34.931 11.262 0,9% 9,7% 1,6 67,8% 20,7% 163 70

2.376 169,3% 24.415 7.961 1,9% 29,8% 1,3 67,4% 0,0% 161 71

12.567 233,3% 206.934 87.802 10,1% 14,3% 1,3 57,6% 3,3% 102 72

5.724 -3,9% 66.739 20.185 6,2% 28,4% 2,2 69,8% 45,5% 43 73

2.134 94,8% 36.593 7.893 1,8% 27,0% 1,3 78,4% 19,0% 165 74

-5.587 -504,2% 317.628 96.604 -5,5% -5,8% 1,2 69,6% 57,9% 691 75

9.602 5,4% 69.584 52.380 10,9% 18,3% 2,0 24,7% 0,7% 445 76

-57 -106,2% 30.206 4.286 -0,1% -1,3% 1,1 85,8% 14,2% 975 77

-25.695 33,5% 1.589.291 1.555.744 -24,3% -1,7% 3,1 2,1% 0,2% n/d 78

21.142 15,7% 157.860 111.019 19,6% 19,0% 1,8 29,7% 7,2% 1.328 79

13.747 49,4% 132.770 75.937 14,0% 18,1% 0,7 42,8% 9,4% 304 80

2.383 -9,0% 61.493 26.840 2,3% 8,9% 1,2 56,4% 20,7% 407 81

8.753 -135,3% 350.193 217.710 8,9% 4,0% 3,8 37,8% 29,1% 413 82

104.664 7,6% 541.443 540.654 98,4% 19,4% 13,5 0,1% 0,0% n/d 83

14.316 680,3% 38.201 16.151 14,8% 88,6% 4,9 57,7% 43,4% 624 84

2.921 215,9% 46.266 10.562 3,0% 27,7% 1,0 77,2% 12,0% 1.168 85

2.557 -404,4% 122.615 67.359 3,0% 3,8% 1,5 45,1% 3,4% 132 86

10.655 -51,5% 159.992 101.678 11,9% 10,5% 3,5 36,4% 23,1% 287 87

6.254 48,6% 109.690 73.463 7,4% 8,5% 1,0 33,0% 16,5% 1.436 88

782 163,5% 66.944 6.228 0,9% 12,6% 0,7 90,7% 55,1% 649 89

1.300 70,4% 35.962 11.202 1,9% 11,6% 1,6 68,9% 27,8% 292 90

15.843 -0,1% 90.463 78.506 19,6% 20,2% 7,5 13,2% 2,6% 324 91

2.530 -29,8% 33.116 20.135 3,7% 12,6% 2,7 39,2% 1,8% n/d 92

13.363 214,7% 83.032 32.789 17,7% 40,8% 1,2 60,5% 15,1% 390 93

20.487 27,4% 447.656 104.886 99,0% 19,5% 1,0 76,6% 2,2% 145 94

585 51,4% 24.335 7.718 0,8% 7,6% 1,1 68,3% 12,2% 518 95

-2.692 -206,7% 45.921 7.978 -4,1% -33,7% 1,4 100,0% 39,4% 250 96

96 -81,9% 12.620 4.929 0,1% 2,0% 1,1 60,9% 14,0% 60 97

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 1.215 98

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 1.796 99

-391 -113,2% 129.692 63.373 -0,5% -0,6% 0,8 51,1% 26,5% 1.140 100

51 WEG LInHAREs Indústria Fab. Máq, Apar. e Mat. Elétricos 218.183 231,4% 156.906 234,5% 11.322 778,0%

52 sAntA MARIA Serviços Eletricidade e Gás 203.261 9,1% 137.745 12,5% 47.616 149,3%

53 BIAnCOGREs Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 199.033 8,8% 151.505 8,3% 17.784 49,0%

54 tVV Serviços Gestão de Portos e terminais 196.628 0,1% 175.504 -1,2% 60.415 -6,4%

55 CLAC Serviços Serv. Importação e Exportação 187.898 -3,0% 145.050 0,0% 1.227 409,7%

56 CYRELA BRAZIL REALtY Indústria Construção 187.213 36,5% n/d n/d n/d n/d

57 CEDIsA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 186.964 6,0% 141.718 4,5% 5.767 -39,3%

58 COOPEAVI Comércio Varejista Comércio Varejista 186.132 9,6% 180.460 9,7% 6.801 43,0%

59 nIBRAsCO Serviços Arrendamento de Ativos 178.699 -35,7% 162.169 -35,7% 128.744 -42,8%

60 InsPECtIOn Comércio Atacadista Comércio Atacadista 177.850 5,8% 134.256 4,4% -1.262 204,8%

61 COnCREVIt Indústria Construção 177.320 27,3% 167.967 27,3% 11.756 -18,7%

62 ELKEM Indústria Química e Petroquímica 169.417 12,9% 131.535 15,3% 16.188 28,1%

63 REALCAFÉ Indústria Alimentos 161.096 20,7% 154.641 20,0% 17.646 1513,0%

64 BUAIZ ALIMEntOs Indústria Alimentos 157.854 6,9% 142.626 7,6% 5.899 664,5%

65 UnIMED sUL CAPIXABA Serviços Plano de Saúde 142.210 28,3% 140.403 27,7% -2.286 -2,0%

66 tRACBEL Comércio Varejista Comércio Varejista 142.196 -14,6% n/d n/d n/d n/d

67 HOsPItAL MERIDIOnAL Serviços Atendimento Hospitalar 141.948 35,6% 134.351 34,5% 14.003 34,5%

68 CPVV Serviços Gestão de Portos e terminais 136.470 13,7% 120.175 13,8% 31.716 8,4%

69 sPAssU Serviços tecnologia da Informação 133.258 17,2% 125.704 17,2% 12.928 4850,0%

70 VEssA Comércio Varejista Concessionária de Veículos 130.971 28,6% 124.137 28,1% 1.694 257,4%

71 PREMIUM VEíCULOs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 129.033 23,6% 126.317 22,6% 3.532 223,3%

72 BAnEstEs sEGUROs Serviços Serv. Financeiros e Seguros 128.143 9,3% 124.667 7,9% 19.175 250,2%

73 QUIMEtAL Serviços Serv. Importação e Exportação 120.416 18,7% 92.627 18,4% 6.152 -6,9%

74 sAMP Serviços Plano de Saúde 119.853 14,3% 121.689 14,7% 3.202 82,4%

75 UsInA PAInEIRAs Indústria Alimentos 119.732 -0,2% 102.203 -0,4% -5.547 -505,6%

76 VIMInAs Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 119.582 11,4% 88.046 9,0% 13.140 4,9%

77 sUPERMERCADOs sAntO AntOnIO Comércio Varejista Comércio Varejista 118.150 15,9% 103.434 16,0% 580 -60,2%

78 sOL COQUERIA tUBARãO Indústria Siderurgia E Metalurgia 118.022 -9,2% 105.631 -8,4% 15.273 -65,8%

79 HOsPItAL sAntA RItA Serviços Atendimento Hospitalar 110.444 17,7% 107.846 17,0% n/d n/d

80 PORtOCEL Serviços Gestão de Portos e terminais 110.307 8,3% 97.872 8,6% 20.869 42,3%

81 VEnEZA Indústria Alimentos 108.895 21,8% 103.199 22,4% 2.536 -6,3%

82 CODEsA Serviços Gestão de Portos e terminais 108.882 -6,2% 98.063 -3,6% 12.697 160,3%

83 CARAIVA Serviços Admin. de Empresas do Grupo 106.341 8,9% 106.341 8,9% 104.938 7,6%

84 PARAnAsA EnGEnHARIA Indústria Construção 104.550 1533,6% 96.570 1492,7% n/d n/d

85 HOsPItAL EVAnGÉLICO DE VILA VELHA Serviços Atendimento Hospitalar 100.223 15,2% 98.195 13,0% 2.921 215,9%

86 COsEntInO LAtInA Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 94.716 57,4% 84.904 58,5% 5.953 5103,7%

87 ALCOn Indústria Química e Petroquímica 94.057 -3,2% 89.693 -2,7% 94.057 -3,2%

88 UnIMAR Serviços transporte 91.144 3,7% 84.134 3,9% 17.723 10,0%

89 KIFRAnGO Indústria Alimentos 90.832 13,7% 89.381 13,8% 782 163,5%

90 RIMO Indústria Fabricação de Móveis 88.581 9,0% 67.426 10,7% 1.672 65,1%

91 tV GAZEtA Serviços Informação e Comunicação 88.303 5,5% 80.735 5,0% 14.429 -16,8%

92 tCI tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 87.196 -26,1% 67.482 -28,5% n/d n/d

93 MARBRAsA Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 83.467 35,4% 75.614 38,5% 15.987 239,8%

94 sICOOB LEstE CAPIXABA Serviços Serv. Financeiros e Seguros 83.192 14,8% 20.691 26,3% 19.285 22,5%

95 ABAV Indústria Alimentos 82.299 48,5% 75.329 48,2% 879 45,9%

96 PAnAn MÓVEIs Indústria Fabricação de Móveis 81.915 11,2% 65.277 6,4% -2.692 -206,7%

97 HIRO MOtORs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 80.470 -3,2% 79.335 -3,4% 127 -83,6%

98 CORPUs sAnEAMEntO E OBRAs Serviços Coleta, trat. e disp. resíduos 79.824 13,2% 66.698 10,4% n/d n/d

99 PROsEGUR Serviços Vigilância e Segurança 79.688 26,1% n/d n/d n/d n/d

100 VItÓRIA APARt HOsPItAL Serviços Atendimento Hospitalar 78.933 -0,6% 74.650 3,2% 252 -94,6%

LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

CLAssIF. 2012

EMPREsA sEtOR AtIVIDADEREC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA VAR

EBItDA 12/11 %

B1_200M 2013_Ranking.indb 135 28/10/2013 18:01:23

Page 136: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

136 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

ranking segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares)

Ranking DaS 200 MaiORES EMPRESaS

4.282 -61,1% 1.259.687 159.659 10,5% 2,7% 1,4 87,3% 59,5% 206 101

7.188 80,6% 128.228 45.099 9,6% 15,9% 2,6 64,8% 30,3% 146 102

23.602 7,4% 76.467 54.130 33,5% 43,6% 0,3 29,2% 6,0% n/d 103

7.646 9,3% 45.956 38.483 11,4% 19,9% 6,5 16,3% 1,6% 3.325 104

2.961 -37,2% 65.048 49.767 4,8% 5,9% 5,4 23,5% 12,4% 119 105

730 51,6% 12.653 3.598 1,0% 20,3% 0,8 71,6% 5,3% 116 106

-14.375 -246,3% 91.437 1.999 -32,7% -719,1% 1,8 97,8% 47,5% n/d 107

-192 91,8% 38.533 6.696 -0,3% -2,9% 0,7 82,6% 0,0% n/d 108

2.345 9863,2% 65.920 19.743 3,4% 11,9% 0,6 70,1% 21,5% 1.035 109

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 298 110

6.117 -44,0% 88.470 63.839 10,7% 9,6% 1,0 27,8% 19,5% 199 111

-421 -198,1% 15.711 5.575 -0,7% -7,5% 1,3 64,5% 0,5% 432 112

-5.484 752,9% 34.770 18.541 -8,4% -29,6% 1,7 46,7% 12,0% 709 113

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 757 114

32.272 -78,9% 325.513 248.640 51,5% 13,0% 3,4 23,6% 17,5% n/d 115

3.371 -23,1% 33.220 27.230 5,4% 12,4% 3,3 18,0% 3,5% 114 116

118 -23,4% 105.178 36.713 0,2% 0,3% 1,8 65,1% 29,9% n/d 117

924 317,8% 25.071 2.300 2,5% 40,2% 1,1 90,8% 0,2% n/d 118

2.929 -45,6% 100.515 43.845 4,7% 6,7% 1,5 56,4% 27,9% 628 119

14.568 83,2% 361.066 89.664 99,8% 16,2% 1,0 75,2% 2,6% 180 120

-470 -146,0% 20.356 8.354 -0,8% -5,6% 1,0 59,0% 0,0% 43 121

2.395 -52,1% 35.328 18.865 4,1% 12,7% 2,8 46,6% 33,4% 619 122

18.066 202,6% 368.935 87.291 98,6% 20,7% 1,1 76,3% 2,6% 153 123

1.372 -66,9% 41.515 9.756 2,5% 14,1% 1,4 76,5% 12,9% 140 124

576 -61,0% 42.067 17.971 1,3% 3,2% 1,5 57,3% 27,0% 292 125

19.542 66,9% 342.204 83.397 98,7% 23,4% 1,0 75,6% 8,8% 139 126

14 30,9% 42.083 7.763 0,0% 0,2% 0,9 81,6% 38,4% n/d 127

2.011 -55,8% 34.145 17.201 4,4% 11,7% 3,0 49,6% 28,5% 227 128

2.622 -70,1% 33.955 6.822 5,2% 38,4% 1,2 79,9% 23,7% 111 129

245 -44,1% 16.012 5.323 0,5% 4,6% 0,9 66,8% 0,0% 283 130

-46 81,4% 32.257 6.615 -0,1% -0,7% 1,0 79,5% 13,5% 257 131

3.963 95,4% 488.417 55.705 99,6% 7,1% 0,8 88,6% 0,3% 58 132

41.336 15,8% 222.824 220.135 75,9% 18,8% 12,5 1,2% 0,3% 103 133

6.618 373,1% 35.192 12.029 12,4% 55,0% 0,6 65,8% 27,6% 903 134

-4.205 -231,6% 31.165 14.779 -7,7% -28,5% 1,5 52,6% 0,0% 13 135

4.459 -46,1% 13.461 9.350 9,4% 47,7% 2,4 30,5% 0,0% 138 136

7.631 -16,0% 83.315 44.782 19,5% 17,0% 3,7 46,2% 21,7% 587 137

24.334 47,4% 310.935 282.229 49,8% 8,6% 0,8 9,2% 5,1% 302 138

2.346 -34,7% 49.526 30.062 5,1% 7,8% 1,9 39,3% 19,9% 888 139

2.083 -7,2% 31.680 11.383 5,1% 18,3% 1,4 64,1% 22,4% n/d 140

820 -77,6% 19.748 7.682 2,1% 10,7% 2,0 61,1% 11,4% n/d 141

953 177,9% 26.426 1.666 2,6% 57,2% 1,5 93,7% 28,8% 5 142

9.040 663,3% 54.284 23.918 19,2% 37,8% 1,6 55,9% 0,0% 15 143

7.060 71,6% 26.822 19.361 17,6% 36,5% 3,2 27,8% 2,4% 134 144

7.846 -18,5% 57.326 34.460 17,7% 22,8% 1,6 39,9% 27,6% 308 145

13.994 52,6% 64.314 35.432 31,9% 39,5% 1,8 44,9% 0,8% 98 146

1.115 13,4% 20.690 2.484 3,1% 44,9% 3,0 88,0% 54,8% 3 147

7.797 194,9% 85.302 29.671 18,3% 26,3% 3,6 65,2% 38,6% 264 148

709 455,3% 18.816 2.765 2,0% 25,6% 1,4 85,3% 32,0% 198 149

9.881 79,9% 227.251 48.529 98,5% 20,4% 0,9 78,6% 10,6% 144 150

101 BAnDEs Serviços Serv. Financeiros e Seguros 78.339 -10,6% 40.856 -10,3% 12.040 -30,4%

102 MORAR COnst. E InCORPORADORA Indústria Construção 78.240 7,4% 74.788 7,9% 12.096 38,5%

103 RODOsOL Serviços Concessionária de rodovias 77.253 11,2% 70.538 1,6% 37.299 2,6%

104 sERDEL Serviços Serv. de Limpeza e Conservação 76.779 -98,8% 66.930 24,6% 11.486 9,2%

105 DIAçO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 76.445 -6,6% 62.255 -6,6% 4.938 -34,5%

106 AUtOVIL Comércio Varejista Concessionária de Veículos 73.622 19,2% 72.824 19,3% 1.001 108,0%

107 Cn AUtO Comércio Varejista Concessionária de Veículos 73.204 -78,8% 43.959 -81,6% n/d n/d

108 DAMARE Indústria Alimentos 72.844 20,5% 67.785 18,2% -929 73,6%

109 HOsPItAL VILA VELHA Serviços Atendimento Hospitalar 71.923 24,7% 68.118 24,7% 17.900 11,4%

110 tEGMA Serviços Logística 71.529 41,5% n/d n/d n/d n/d

111 tERCA Serviços Logística 71.392 -8,2% 57.316 -7,3% 8.284 -46,6%

112 sUPERMERCADOs PORtO nOVO Comércio Varejista Comércio Varejista 71.030 9,2% 62.785 10,1% 275 -56,2%

113 A GAZEtA Serviços Informação e Comunicação 70.041 -1,6% 64.916 4,0% -5.484 -4827,6%

114 JsL Serviços transporte 69.029 n/d n/d n/d n/d n/d

115 ItABRAsCO Serviços Arrendamento de Ativos 69.004 -75,0% 62.621 -75,0% 47.330 -78,9%

116 VEnAC Comércio Varejista Concessionária de Veículos 67.715 -3,5% 62.079 -2,0% 3.989 -21,5%

117 CHEIM tRAnsPORtEs Serviços transporte 67.471 -12,4% 62.207 -12,3% 235 -9,3%

118 COMPAnHIA DIstR. DE ALUMínIO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 66.309 63,1% 37.055 55,2% 1.182 378,5%

119 HOsPItAL MEtROPOLItAnO Serviços Atendimento Hospitalar 66.007 11,8% 62.527 17,2% 11.096 5,1%

120 sICOOB sUL sERRAnO Serviços Serv. Financeiros e Seguros 65.554 20,1% 14.598 82,3% 10.743 856,6%

121 VItÓRIA MOtORs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 63.743 -35,0% 61.982 -35,8% -267 -120,0%

122 EsPIRAL EnGEnHARIA Serviços Loc. de Maq. e Equip. P Construção 63.170 32,1% 58.932 32,0% 13.199 29,7%

123 sICOOB nORtE Serviços Serv. Financeiros e Seguros 62.215 15,7% 18.324 197,5% 18.252 264,0%

124 BOnnO VEíCULOs Comércio Atacadista Concessionária de Veículos 60.746 13,6% 53.849 9,7% 4.496 -29,0%

125 FIBRAsA sUDEstE Indústria Fab. Prd. Borracha e Mat. Plástico 60.656 8,6% 44.757 13,6% -192 65,5%

126 sICOOB sUL Serviços Serv. Financeiros e Seguros 59.955 17,2% 19.802 66,4% 18.190 127,1%

127 UnIMED nOROEstE Serviços Plano de Saúde 59.494 -9,5% 56.925 -11,6% -429 12,9%

128 ACP MÓVEIs Indústria Fabricação de Móveis 59.145 18,0% 45.231 12,3% 2.017 -70,8%

129 IsH tECnOLOGIA Serviços tecnologia da Informação 58.652 18,9% 50.776 18,4% 3.785 -65,6%

130 ELsOn's Comércio Atacadista Comércio Atacadista 58.035 2,2% 49.183 12,5% 651 -32,8%

131 UnIMED nORtE CAPIXABA Serviços Plano de Saúde 57.512 63,8% 57.469 67,5% 1.977 47,7%

132 sICOOB CEntRAL Serviços Serv. Financeiros e Seguros 57.013 -2,4% 3.977 92,4% 1.022 -74,0%

133 tERVAP Indústria Construção 55.271 13,6% 54.453 13,8% 42.843 15,2%

134 PRAIA sOL Serviços transporte 55.176 -3,3% 53.162 -3,3% 7.075 257,0%

135 MC KInLAY Comércio Atacadista Comércio Atacadista 55.143 -3,3% 54.332 -1,7% -4.205 -193,7%

136 AtACADO sãO PAULO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 54.629 8,1% 47.467 4,5% 6.774 -18,1%

137 EnGE URB Serviços Coleta, trat. e disp. resíduos 53.248 45,2% 39.045 13,8% 12.867 6,2%

138 sHOPPInG VItÓRIA Serviços Admin. de Shopping Center 51.384 9,7% 48.874 9,8% 31.532 46,4%

139 VIAçãO JOAnA D'ARC Serviços transporte 49.300 10,7% 45.795 11,3% 3.590 -35,4%

140 VAMtEC VItÓRIA Indústria Siderurgia e Metalurgia 49.299 -23,8% 41.191 -22,4% 2.632 -20,1%

141 DIEVO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 49.038 -60,9% 39.853 -59,7% n/d n/d

142 FAMEX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 48.948 77,6% 37.363 73,4% 1.410 182,5%

143 MARCA CAFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 47.065 -38,5% 46.997 -37,9% 13.648 950,4%

144 ELEtROMIL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 46.843 5,4% 40.025 5,5% 8.039 82,1%

145 REDE VItÓRIA DE COMUnICAçõEs Serviços Informação e Comunicação 46.614 6,5% 44.441 5,4% 10.032 -17,1%

146 DECOLOREs Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 46.394 25,0% 43.934 23,9% 15.968 50,8%

147 sAntA FÉ tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 45.556 -14,8% 36.258 -14,4% 1.651 13,8%

148 COnstRUtORA ÉPURA Indústria Construção 44.010 53,2% 42.628 53,6% 9.129 160,3%

149 CsV BEnEtECH BRAsIL Serviços M. r. E Inst. de Maq. e Equipamentos 42.594 6,0% 35.595 3,8% 3.258 65,1%

150 sICOOB CEntRO-sERRAnO Serviços Serv. Financeiros e Seguros 42.466 14,8% 10.028 78,6% 9.197 174,9%

LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

CLAssIF. 2012

EMPREsA sEtOR AtIVIDADEREC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA VAR

EBItDA 12/11 %

Ranking

B1_200M 2013_Ranking.indb 136 28/10/2013 18:01:24

Page 137: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

137anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

4.282 -61,1% 1.259.687 159.659 10,5% 2,7% 1,4 87,3% 59,5% 206 101

7.188 80,6% 128.228 45.099 9,6% 15,9% 2,6 64,8% 30,3% 146 102

23.602 7,4% 76.467 54.130 33,5% 43,6% 0,3 29,2% 6,0% n/d 103

7.646 9,3% 45.956 38.483 11,4% 19,9% 6,5 16,3% 1,6% 3.325 104

2.961 -37,2% 65.048 49.767 4,8% 5,9% 5,4 23,5% 12,4% 119 105

730 51,6% 12.653 3.598 1,0% 20,3% 0,8 71,6% 5,3% 116 106

-14.375 -246,3% 91.437 1.999 -32,7% -719,1% 1,8 97,8% 47,5% n/d 107

-192 91,8% 38.533 6.696 -0,3% -2,9% 0,7 82,6% 0,0% n/d 108

2.345 9863,2% 65.920 19.743 3,4% 11,9% 0,6 70,1% 21,5% 1.035 109

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 298 110

6.117 -44,0% 88.470 63.839 10,7% 9,6% 1,0 27,8% 19,5% 199 111

-421 -198,1% 15.711 5.575 -0,7% -7,5% 1,3 64,5% 0,5% 432 112

-5.484 752,9% 34.770 18.541 -8,4% -29,6% 1,7 46,7% 12,0% 709 113

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 757 114

32.272 -78,9% 325.513 248.640 51,5% 13,0% 3,4 23,6% 17,5% n/d 115

3.371 -23,1% 33.220 27.230 5,4% 12,4% 3,3 18,0% 3,5% 114 116

118 -23,4% 105.178 36.713 0,2% 0,3% 1,8 65,1% 29,9% n/d 117

924 317,8% 25.071 2.300 2,5% 40,2% 1,1 90,8% 0,2% n/d 118

2.929 -45,6% 100.515 43.845 4,7% 6,7% 1,5 56,4% 27,9% 628 119

14.568 83,2% 361.066 89.664 99,8% 16,2% 1,0 75,2% 2,6% 180 120

-470 -146,0% 20.356 8.354 -0,8% -5,6% 1,0 59,0% 0,0% 43 121

2.395 -52,1% 35.328 18.865 4,1% 12,7% 2,8 46,6% 33,4% 619 122

18.066 202,6% 368.935 87.291 98,6% 20,7% 1,1 76,3% 2,6% 153 123

1.372 -66,9% 41.515 9.756 2,5% 14,1% 1,4 76,5% 12,9% 140 124

576 -61,0% 42.067 17.971 1,3% 3,2% 1,5 57,3% 27,0% 292 125

19.542 66,9% 342.204 83.397 98,7% 23,4% 1,0 75,6% 8,8% 139 126

14 30,9% 42.083 7.763 0,0% 0,2% 0,9 81,6% 38,4% n/d 127

2.011 -55,8% 34.145 17.201 4,4% 11,7% 3,0 49,6% 28,5% 227 128

2.622 -70,1% 33.955 6.822 5,2% 38,4% 1,2 79,9% 23,7% 111 129

245 -44,1% 16.012 5.323 0,5% 4,6% 0,9 66,8% 0,0% 283 130

-46 81,4% 32.257 6.615 -0,1% -0,7% 1,0 79,5% 13,5% 257 131

3.963 95,4% 488.417 55.705 99,6% 7,1% 0,8 88,6% 0,3% 58 132

41.336 15,8% 222.824 220.135 75,9% 18,8% 12,5 1,2% 0,3% 103 133

6.618 373,1% 35.192 12.029 12,4% 55,0% 0,6 65,8% 27,6% 903 134

-4.205 -231,6% 31.165 14.779 -7,7% -28,5% 1,5 52,6% 0,0% 13 135

4.459 -46,1% 13.461 9.350 9,4% 47,7% 2,4 30,5% 0,0% 138 136

7.631 -16,0% 83.315 44.782 19,5% 17,0% 3,7 46,2% 21,7% 587 137

24.334 47,4% 310.935 282.229 49,8% 8,6% 0,8 9,2% 5,1% 302 138

2.346 -34,7% 49.526 30.062 5,1% 7,8% 1,9 39,3% 19,9% 888 139

2.083 -7,2% 31.680 11.383 5,1% 18,3% 1,4 64,1% 22,4% n/d 140

820 -77,6% 19.748 7.682 2,1% 10,7% 2,0 61,1% 11,4% n/d 141

953 177,9% 26.426 1.666 2,6% 57,2% 1,5 93,7% 28,8% 5 142

9.040 663,3% 54.284 23.918 19,2% 37,8% 1,6 55,9% 0,0% 15 143

7.060 71,6% 26.822 19.361 17,6% 36,5% 3,2 27,8% 2,4% 134 144

7.846 -18,5% 57.326 34.460 17,7% 22,8% 1,6 39,9% 27,6% 308 145

13.994 52,6% 64.314 35.432 31,9% 39,5% 1,8 44,9% 0,8% 98 146

1.115 13,4% 20.690 2.484 3,1% 44,9% 3,0 88,0% 54,8% 3 147

7.797 194,9% 85.302 29.671 18,3% 26,3% 3,6 65,2% 38,6% 264 148

709 455,3% 18.816 2.765 2,0% 25,6% 1,4 85,3% 32,0% 198 149

9.881 79,9% 227.251 48.529 98,5% 20,4% 0,9 78,6% 10,6% 144 150

101 BAnDEs Serviços Serv. Financeiros e Seguros 78.339 -10,6% 40.856 -10,3% 12.040 -30,4%

102 MORAR COnst. E InCORPORADORA Indústria Construção 78.240 7,4% 74.788 7,9% 12.096 38,5%

103 RODOsOL Serviços Concessionária de rodovias 77.253 11,2% 70.538 1,6% 37.299 2,6%

104 sERDEL Serviços Serv. de Limpeza e Conservação 76.779 -98,8% 66.930 24,6% 11.486 9,2%

105 DIAçO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 76.445 -6,6% 62.255 -6,6% 4.938 -34,5%

106 AUtOVIL Comércio Varejista Concessionária de Veículos 73.622 19,2% 72.824 19,3% 1.001 108,0%

107 Cn AUtO Comércio Varejista Concessionária de Veículos 73.204 -78,8% 43.959 -81,6% n/d n/d

108 DAMARE Indústria Alimentos 72.844 20,5% 67.785 18,2% -929 73,6%

109 HOsPItAL VILA VELHA Serviços Atendimento Hospitalar 71.923 24,7% 68.118 24,7% 17.900 11,4%

110 tEGMA Serviços Logística 71.529 41,5% n/d n/d n/d n/d

111 tERCA Serviços Logística 71.392 -8,2% 57.316 -7,3% 8.284 -46,6%

112 sUPERMERCADOs PORtO nOVO Comércio Varejista Comércio Varejista 71.030 9,2% 62.785 10,1% 275 -56,2%

113 A GAZEtA Serviços Informação e Comunicação 70.041 -1,6% 64.916 4,0% -5.484 -4827,6%

114 JsL Serviços transporte 69.029 n/d n/d n/d n/d n/d

115 ItABRAsCO Serviços Arrendamento de Ativos 69.004 -75,0% 62.621 -75,0% 47.330 -78,9%

116 VEnAC Comércio Varejista Concessionária de Veículos 67.715 -3,5% 62.079 -2,0% 3.989 -21,5%

117 CHEIM tRAnsPORtEs Serviços transporte 67.471 -12,4% 62.207 -12,3% 235 -9,3%

118 COMPAnHIA DIstR. DE ALUMínIO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 66.309 63,1% 37.055 55,2% 1.182 378,5%

119 HOsPItAL MEtROPOLItAnO Serviços Atendimento Hospitalar 66.007 11,8% 62.527 17,2% 11.096 5,1%

120 sICOOB sUL sERRAnO Serviços Serv. Financeiros e Seguros 65.554 20,1% 14.598 82,3% 10.743 856,6%

121 VItÓRIA MOtORs Comércio Varejista Concessionária de Veículos 63.743 -35,0% 61.982 -35,8% -267 -120,0%

122 EsPIRAL EnGEnHARIA Serviços Loc. de Maq. e Equip. P Construção 63.170 32,1% 58.932 32,0% 13.199 29,7%

123 sICOOB nORtE Serviços Serv. Financeiros e Seguros 62.215 15,7% 18.324 197,5% 18.252 264,0%

124 BOnnO VEíCULOs Comércio Atacadista Concessionária de Veículos 60.746 13,6% 53.849 9,7% 4.496 -29,0%

125 FIBRAsA sUDEstE Indústria Fab. Prd. Borracha e Mat. Plástico 60.656 8,6% 44.757 13,6% -192 65,5%

126 sICOOB sUL Serviços Serv. Financeiros e Seguros 59.955 17,2% 19.802 66,4% 18.190 127,1%

127 UnIMED nOROEstE Serviços Plano de Saúde 59.494 -9,5% 56.925 -11,6% -429 12,9%

128 ACP MÓVEIs Indústria Fabricação de Móveis 59.145 18,0% 45.231 12,3% 2.017 -70,8%

129 IsH tECnOLOGIA Serviços tecnologia da Informação 58.652 18,9% 50.776 18,4% 3.785 -65,6%

130 ELsOn's Comércio Atacadista Comércio Atacadista 58.035 2,2% 49.183 12,5% 651 -32,8%

131 UnIMED nORtE CAPIXABA Serviços Plano de Saúde 57.512 63,8% 57.469 67,5% 1.977 47,7%

132 sICOOB CEntRAL Serviços Serv. Financeiros e Seguros 57.013 -2,4% 3.977 92,4% 1.022 -74,0%

133 tERVAP Indústria Construção 55.271 13,6% 54.453 13,8% 42.843 15,2%

134 PRAIA sOL Serviços transporte 55.176 -3,3% 53.162 -3,3% 7.075 257,0%

135 MC KInLAY Comércio Atacadista Comércio Atacadista 55.143 -3,3% 54.332 -1,7% -4.205 -193,7%

136 AtACADO sãO PAULO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 54.629 8,1% 47.467 4,5% 6.774 -18,1%

137 EnGE URB Serviços Coleta, trat. e disp. resíduos 53.248 45,2% 39.045 13,8% 12.867 6,2%

138 sHOPPInG VItÓRIA Serviços Admin. de Shopping Center 51.384 9,7% 48.874 9,8% 31.532 46,4%

139 VIAçãO JOAnA D'ARC Serviços transporte 49.300 10,7% 45.795 11,3% 3.590 -35,4%

140 VAMtEC VItÓRIA Indústria Siderurgia e Metalurgia 49.299 -23,8% 41.191 -22,4% 2.632 -20,1%

141 DIEVO Comércio Atacadista Comércio Atacadista 49.038 -60,9% 39.853 -59,7% n/d n/d

142 FAMEX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 48.948 77,6% 37.363 73,4% 1.410 182,5%

143 MARCA CAFÉ Comércio Atacadista Comércio Atacadista 47.065 -38,5% 46.997 -37,9% 13.648 950,4%

144 ELEtROMIL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 46.843 5,4% 40.025 5,5% 8.039 82,1%

145 REDE VItÓRIA DE COMUnICAçõEs Serviços Informação e Comunicação 46.614 6,5% 44.441 5,4% 10.032 -17,1%

146 DECOLOREs Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 46.394 25,0% 43.934 23,9% 15.968 50,8%

147 sAntA FÉ tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 45.556 -14,8% 36.258 -14,4% 1.651 13,8%

148 COnstRUtORA ÉPURA Indústria Construção 44.010 53,2% 42.628 53,6% 9.129 160,3%

149 CsV BEnEtECH BRAsIL Serviços M. r. E Inst. de Maq. e Equipamentos 42.594 6,0% 35.595 3,8% 3.258 65,1%

150 sICOOB CEntRO-sERRAnO Serviços Serv. Financeiros e Seguros 42.466 14,8% 10.028 78,6% 9.197 174,9%

LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

CLAssIF. 2012

EMPREsA sEtOR AtIVIDADEREC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA VAR

EBItDA 12/11 %

B1_200M 2013_Ranking.indb 137 28/10/2013 18:01:25

Page 138: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

138 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

ranking segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares)

Ranking DaS 200 MaiORES EMPRESaS

1.871 -56,1% 16.301 9.469 6,6% 19,8% 1,9 41,9% 7,1% 147 151

2.335 -27,9% 28.007 7.055 6,2% 33,1% 1,8 39,1% 0,0% 1.058 152

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 619 153

-5.079 -197,1% 171.006 76.036 -13,2% -6,7% 0,9 55,5% 47,8% 911 154

4.868 43,7% 6.747 n/d 13,3% n/d 1,0 n/d n/d 312 155

5.443 79,3% 29.535 19.375 16,9% 28,1% 1,4 34,4% 5,0% 189 156

12 101,5% 30.226 2.709 0,0% 0,5% 0,9 91,0% 11,4% 148 157

1.251 -1,6% 14.445 8.950 3,8% 14,0% 2,4 38,0% 1,4% 160 158

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 980 159

805 223,3% 24.900 5.669 2,2% 14,2% 1,6 77,2% 35,7% 79 160

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 257 161

3.543 -38,2% 103.640 56.338 10,7% 6,3% 3,9 45,6% 36,6% n/d 162

607 8,5% 16.827 4.857 1,9% 12,5% 1,1 71,1% 42,1% 536 163

6.140 26,9% 58.532 32.744 19,5% 18,8% 2,4 44,1% 26,2% 370 164

-66 93,3% 44.568 2.811 -0,2% -2,3% 1,2 93,7% 39,2% 182 165

391 120,6% 9.326 4.222 1,1% 9,3% 1,3 54,7% 9,0% 64 166

4.336 7,8% 21.726 19.028 16,1% 22,8% 5,2 12,4% 0,0% n/d 167

1.146 133199,9% 71.405 -33.900 3,5% -3,4% 1,6 147,5% 127,2% 80 168

-2.017 -228,3% 87.659 4.243 -6,3% -47,5% 1,3 95,2% 90,4% 215 169

2.909 147,2% 19.413 8.708 13,1% 33,4% 1,5 55,1% 0,9% 72 170

-1.249 43,3% 21.406 -477 -4,2% 262,0% 0,5 102,2% 77,1% 565 171

-1.627 87,6% 70.920 27.007 -5,6% -6,0% 0,5 61,9% 54,7% 666 172

403 4,8% 10.850 1.761 1,8% 22,9% 1,0 83,8% 31,3% 199 173

-1.666 -369,7% 15.768 5.674 -7,0% -29,4% 1,1 64,0% 39,4% 132 174

856 400,0% 33.488 25.784 3,4% 3,3% 0,7 23,0% 3,8% 257 175

13.311 29,3% 176.858 107.049 49,9% 12,4% 2,0 39,5% 33,5% n/d 176

1.936 -44,1% 13.780 4.154 8,4% 46,6% 1,5 69,9% 21,6% 36 177

5.792 40,9% 138.554 29.877 98,7% 19,4% 0,8 78,4% 0,8% 66 178

11.066 7166,9% 61.141 44.934 47,3% 24,6% 3,8 11,5% 0,8% n/d 179

3.641 410,8% 8.381 -2.415 15,3% -150,8% 0,5 128,8% 1,9% 326 180

-886 -176,1% 10.917 4.157 -3,7% -21,3% 1,3 61,9% 2,8% n/d 181

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 233 182

542 -81,9% 30.067 7.166 2,9% 7,6% 1,2 76,2% 15,2% 93 183

4.945 62,1% 131.828 27.789 99,3% 17,8% 1,0 78,9% 4,7% 61 184

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 62 185

1.486 -52,7% 8.877 7.657 9,1% 19,4% 7,1 13,7% 0,2% n/d 186

39 -95,5% 19.378 16.326 0,2% 0,2% 3,4 15,7% 2,5% 21 187

-1.048 -8,4% 9.240 2.159 -6,7% -48,5% 1,7 76,6% 19,9% n/d 188

9.225 251,3% 21.392 10.432 47,7% 88,4% 3,0 51,2% 45,8% 16 189

332 41,3% 3.332 2.220 1,9% 15,0% 2,1 33,4% 0,0% n/d 190

54 -72,3% 8.771 2.034 0,3% 2,7% 0,6 76,8% 14,8% n/d 191

5.329 5,0% 7.467 23.201 31,7% 23,0% 15,1 13,0% 0,2% 20 192

992 739,9% 8.540 4.136 6,0% 24,0% 1,8 51,3% 3,1% 29 193

-1.462 -142,4% 24.737 11.652 -100,0% -12,5% 1,4 52,9% 19,2% 158 194

2.411 -25,0% 20.355 13.587 15,9% 17,7% 2,4 33,2% 23,0% n/d 195

80.399 622,9% 461.436 391.436 655,5% 20,5% 2,0 15,2% 9,0% n/d 196

1.399 -40,0% 12.013 7.467 13,7% 18,7% 2,6 37,8% 10,9% 7 197

1.585 -60,0% 8.840 6.876 14,2% 23,0% 2,8 22,2% 5,9% n/d 198

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 62 199

4.243 54,9% 24.246 23.348 63,3% 18,2% 9,6 3,7% 0,1% 76 200

151 CIMOL MÓVEIs Indústria Fabricação de Móveis 41.920 -3,5% 28.287 -16,6% 1.871 -56,1%

152 MAtRICIAL EnGEn. E COnstRUçõEs Indústria Construção 40.891 49,3% 37.579 49,6% 3.677 -9,3%

153 AMBItEC Serviços Coleta, trat. e disp. resíduos 40.871 16,8% n/d n/d n/d n/d

154 LAsA Indústria Química e Petroquímica 40.743 -20,4% 38.587 -17,8% -6.525 -187,1%

155 BRIstOL Serviços Alojamento e Aliment. (Hotéis) 40.074 1,3% 36.569 1,3% 6.771 35,4%

156 sILOtEC Serviços Logística 39.453 30,9% 32.255 31,5% 10.643 112,7%

157 tRACOMAL Indústria Mineração 38.922 18,3% 33.670 18,6% n/d n/d

158 POLItIntAs Comércio Varejista Comércio Varejista 38.194 7,1% 32.802 7,3% 1.931 9,7%

159 PLAntãO sERVIçOs DE VIGILÂnCIA Serviços Vigilância e Segurança 37.722 16,7% n/d n/d n/d n/d

160 UnIMED PIRAQUEAçU Serviços Plano de Saúde 36.663 9,8% 36.388 9,1% 1.381 311,5%

161 BRAsPREss tRAnsPORtEs Serviços transporte 36.484 21,6% n/d n/d n/d n/d

162 AnDRADE MáRMOREs E GRAnItOs Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 35.604 8,3% 33.160 7,2% 4.519 -32,6%

163 GRAnVItUR - GRAnDE VItÓRIA Serviços transporte 35.334 7,9% 32.562 8,0% 971 13,2%

164 PW BRAsIL Indústria Conf. Art. Vest. e Acessórios 34.934 -6,8% 31.450 -5,3% 7.319 21,2%

165 tRACOMAL Indústria Mineração 34.661 3,9% 29.166 -3,7% n/d n/d

166 tRIEstE Comércio Varejista Concessionária de Veículos 34.382 25,7% 34.109 26,3% 569 154,4%

167 BRIDI MADEIRAs Comércio Varejista Comércio Varejista 34.256 13,5% 26.990 10,7% 5.403 8,8%

168 BRAsIL EXPORtAçãO Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 33.145 37,4% 32.598 37,1% 1.993 587,4%

169 CEtURB GV Serviços transporte 33.013 11,7% 31.772 11,6% -2.017 -228,3%

170 Gs IntERnACIOnAL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 32.713 -3,9% 22.271 -3,4% -2.909 -306,3%

171 VIAçãO tABUAZEIRO Serviços transporte 31.623 2,9% 29.521 2,9% -1.245 43,5%

172 GRAnDE VItÓRIA Serviços transporte 31.166 1,2% 29.094 1,2% -2.315 81,7%

173 EMBALI Indústria Fab. Prd. Borracha e Mat. Plástico 29.204 -1,4% 22.620 -0,6% 883 -17,8%

174 tRAnsCAMPO Serviços transporte 28.850 -11,3% 23.669 -11,8% -1.666 -307,9%

175 FACULDADE sALEsIAnA Serviços Educação 28.691 18,3% 25.263 17,3% n/d n/d

176 sAntA FÉ Serviços Eletricidade e Gás 27.687 21,5% 26.676 21,5% 14.796 24,7%

177 sOLUCãO EQUIPAMEntOs Comércio Atacadista Comércio Atacadista 27.171 8,6% 22.915 6,3% 2.698 -36,1%

178 sICOOB CREDIROCHAs Serviços Serv. Financeiros e Seguros 26.409 12,4% 5.869 39,1% 4.381 82,5%

179 AnDRADE InDÚstRIA E MInEIRAçãO Indústria Extrç. de Minerais não Metálicos 25.367 83,6% 23.405 90,7% 11.747 1879,0%

180 COFRIL Indústria Alimentos 25.057 28,5% 23.752 28,7% 4.383 855,1%

181 sIMEX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 24.279 -10,1% 23.862 -6,9% n/d n/d

182 FACULDADE EstáCIO DE sá Serviços Educação 23.322 11,9% n/d n/d n/d n/d

183 BEBIDAs REGGIAnI Indústria Alimentos 23.234 -11,3% 18.501 7,0% 728 -81,0%

184 sICOOB sUL LItORÂnEO Serviços Serv. Financeiros e Seguros 22.471 10,7% 4.980 60,5% 2.867 1338,4%

185 WHItE MARtIns Indústria Química e Petroquímica 22.095 47,2% n/d n/d n/d n/d

186 ALPER EnERGIA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 22.026 -21,8% 16.251 -24,9% 2.207 -55,4%

187 BUtERI COMÉRCIO E REPREsEntAçõEs Comércio Atacadista Comércio Atacadista 20.171 -38,9% 18.685 -36,9% 740 -63,0%

188 tHORK tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 19.486 62,2% 15.644 75,6% n/d n/d

189 CAFÉnORtE Comércio Atacadista Comércio Atacadista 19.336 1,0% 19.336 3,3% 27.951 393,4%

190 FRIsA COMERCIAL Comércio Varejista Comércio Varejista 19.084 75,1% 17.229 75,1% 467 45,9%

191 EnVIX Indústria Construção 18.467 56,4% 15.616 57,4% 70 -73,1%

192 RHODEs Serviços Armazenagem 18.400 -0,6% 16.808 -0,6% 7.727 1,8%

193 DIsMIL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 17.075 13,6% 16.567 13,8% 992 739,9%

194 BRICK EnGEnHARIA Indústria Construção 15.730 -28,8% 1.462 -92,9% -987 -123,9%

195 FACULDADE UCL Serviços Educação 15.201 11,4% 15.200 11,4% n/d n/d

196 CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs Serviços Ativ. Adm. e Serv. Complementares 12.730 560,1% 12.265 560,1% 80.399 622,9%

197 ELEtROsOLDA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 12.300 16,6% 10.201 15,4% 1.889 -28,0%

198 stAn Indústria Construção 12.149 -22,3% 11.145 -12,2% 1.723 -60,3%

199 MEtsO Indústria M. r. E Inst. de Máq. e Equipamentos 11.464 -31,5% n/d n/d n/d n/d

200 CEntRALFER Serviços Ativ. Adm. E Serv. Complementares 7.328 52,3% 6.701 52,4% 4.243 n/d

LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

CLAssIF. 2012

EMPREsA sEtOR AtIVIDADEREC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA VAR

EBItDA 12/11 %

Ranking

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Page 139: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

139anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

1.871 -56,1% 16.301 9.469 6,6% 19,8% 1,9 41,9% 7,1% 147 151

2.335 -27,9% 28.007 7.055 6,2% 33,1% 1,8 39,1% 0,0% 1.058 152

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 619 153

-5.079 -197,1% 171.006 76.036 -13,2% -6,7% 0,9 55,5% 47,8% 911 154

4.868 43,7% 6.747 n/d 13,3% n/d 1,0 n/d n/d 312 155

5.443 79,3% 29.535 19.375 16,9% 28,1% 1,4 34,4% 5,0% 189 156

12 101,5% 30.226 2.709 0,0% 0,5% 0,9 91,0% 11,4% 148 157

1.251 -1,6% 14.445 8.950 3,8% 14,0% 2,4 38,0% 1,4% 160 158

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 980 159

805 223,3% 24.900 5.669 2,2% 14,2% 1,6 77,2% 35,7% 79 160

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 257 161

3.543 -38,2% 103.640 56.338 10,7% 6,3% 3,9 45,6% 36,6% n/d 162

607 8,5% 16.827 4.857 1,9% 12,5% 1,1 71,1% 42,1% 536 163

6.140 26,9% 58.532 32.744 19,5% 18,8% 2,4 44,1% 26,2% 370 164

-66 93,3% 44.568 2.811 -0,2% -2,3% 1,2 93,7% 39,2% 182 165

391 120,6% 9.326 4.222 1,1% 9,3% 1,3 54,7% 9,0% 64 166

4.336 7,8% 21.726 19.028 16,1% 22,8% 5,2 12,4% 0,0% n/d 167

1.146 133199,9% 71.405 -33.900 3,5% -3,4% 1,6 147,5% 127,2% 80 168

-2.017 -228,3% 87.659 4.243 -6,3% -47,5% 1,3 95,2% 90,4% 215 169

2.909 147,2% 19.413 8.708 13,1% 33,4% 1,5 55,1% 0,9% 72 170

-1.249 43,3% 21.406 -477 -4,2% 262,0% 0,5 102,2% 77,1% 565 171

-1.627 87,6% 70.920 27.007 -5,6% -6,0% 0,5 61,9% 54,7% 666 172

403 4,8% 10.850 1.761 1,8% 22,9% 1,0 83,8% 31,3% 199 173

-1.666 -369,7% 15.768 5.674 -7,0% -29,4% 1,1 64,0% 39,4% 132 174

856 400,0% 33.488 25.784 3,4% 3,3% 0,7 23,0% 3,8% 257 175

13.311 29,3% 176.858 107.049 49,9% 12,4% 2,0 39,5% 33,5% n/d 176

1.936 -44,1% 13.780 4.154 8,4% 46,6% 1,5 69,9% 21,6% 36 177

5.792 40,9% 138.554 29.877 98,7% 19,4% 0,8 78,4% 0,8% 66 178

11.066 7166,9% 61.141 44.934 47,3% 24,6% 3,8 11,5% 0,8% n/d 179

3.641 410,8% 8.381 -2.415 15,3% -150,8% 0,5 128,8% 1,9% 326 180

-886 -176,1% 10.917 4.157 -3,7% -21,3% 1,3 61,9% 2,8% n/d 181

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 233 182

542 -81,9% 30.067 7.166 2,9% 7,6% 1,2 76,2% 15,2% 93 183

4.945 62,1% 131.828 27.789 99,3% 17,8% 1,0 78,9% 4,7% 61 184

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 62 185

1.486 -52,7% 8.877 7.657 9,1% 19,4% 7,1 13,7% 0,2% n/d 186

39 -95,5% 19.378 16.326 0,2% 0,2% 3,4 15,7% 2,5% 21 187

-1.048 -8,4% 9.240 2.159 -6,7% -48,5% 1,7 76,6% 19,9% n/d 188

9.225 251,3% 21.392 10.432 47,7% 88,4% 3,0 51,2% 45,8% 16 189

332 41,3% 3.332 2.220 1,9% 15,0% 2,1 33,4% 0,0% n/d 190

54 -72,3% 8.771 2.034 0,3% 2,7% 0,6 76,8% 14,8% n/d 191

5.329 5,0% 7.467 23.201 31,7% 23,0% 15,1 13,0% 0,2% 20 192

992 739,9% 8.540 4.136 6,0% 24,0% 1,8 51,3% 3,1% 29 193

-1.462 -142,4% 24.737 11.652 -100,0% -12,5% 1,4 52,9% 19,2% 158 194

2.411 -25,0% 20.355 13.587 15,9% 17,7% 2,4 33,2% 23,0% n/d 195

80.399 622,9% 461.436 391.436 655,5% 20,5% 2,0 15,2% 9,0% n/d 196

1.399 -40,0% 12.013 7.467 13,7% 18,7% 2,6 37,8% 10,9% 7 197

1.585 -60,0% 8.840 6.876 14,2% 23,0% 2,8 22,2% 5,9% n/d 198

n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d n/d 62 199

4.243 54,9% 24.246 23.348 63,3% 18,2% 9,6 3,7% 0,1% 76 200

151 CIMOL MÓVEIs Indústria Fabricação de Móveis 41.920 -3,5% 28.287 -16,6% 1.871 -56,1%

152 MAtRICIAL EnGEn. E COnstRUçõEs Indústria Construção 40.891 49,3% 37.579 49,6% 3.677 -9,3%

153 AMBItEC Serviços Coleta, trat. e disp. resíduos 40.871 16,8% n/d n/d n/d n/d

154 LAsA Indústria Química e Petroquímica 40.743 -20,4% 38.587 -17,8% -6.525 -187,1%

155 BRIstOL Serviços Alojamento e Aliment. (Hotéis) 40.074 1,3% 36.569 1,3% 6.771 35,4%

156 sILOtEC Serviços Logística 39.453 30,9% 32.255 31,5% 10.643 112,7%

157 tRACOMAL Indústria Mineração 38.922 18,3% 33.670 18,6% n/d n/d

158 POLItIntAs Comércio Varejista Comércio Varejista 38.194 7,1% 32.802 7,3% 1.931 9,7%

159 PLAntãO sERVIçOs DE VIGILÂnCIA Serviços Vigilância e Segurança 37.722 16,7% n/d n/d n/d n/d

160 UnIMED PIRAQUEAçU Serviços Plano de Saúde 36.663 9,8% 36.388 9,1% 1.381 311,5%

161 BRAsPREss tRAnsPORtEs Serviços transporte 36.484 21,6% n/d n/d n/d n/d

162 AnDRADE MáRMOREs E GRAnItOs Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 35.604 8,3% 33.160 7,2% 4.519 -32,6%

163 GRAnVItUR - GRAnDE VItÓRIA Serviços transporte 35.334 7,9% 32.562 8,0% 971 13,2%

164 PW BRAsIL Indústria Conf. Art. Vest. e Acessórios 34.934 -6,8% 31.450 -5,3% 7.319 21,2%

165 tRACOMAL Indústria Mineração 34.661 3,9% 29.166 -3,7% n/d n/d

166 tRIEstE Comércio Varejista Concessionária de Veículos 34.382 25,7% 34.109 26,3% 569 154,4%

167 BRIDI MADEIRAs Comércio Varejista Comércio Varejista 34.256 13,5% 26.990 10,7% 5.403 8,8%

168 BRAsIL EXPORtAçãO Indústria Fab. Prd. Minerais não Metálicos 33.145 37,4% 32.598 37,1% 1.993 587,4%

169 CEtURB GV Serviços transporte 33.013 11,7% 31.772 11,6% -2.017 -228,3%

170 Gs IntERnACIOnAL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 32.713 -3,9% 22.271 -3,4% -2.909 -306,3%

171 VIAçãO tABUAZEIRO Serviços transporte 31.623 2,9% 29.521 2,9% -1.245 43,5%

172 GRAnDE VItÓRIA Serviços transporte 31.166 1,2% 29.094 1,2% -2.315 81,7%

173 EMBALI Indústria Fab. Prd. Borracha e Mat. Plástico 29.204 -1,4% 22.620 -0,6% 883 -17,8%

174 tRAnsCAMPO Serviços transporte 28.850 -11,3% 23.669 -11,8% -1.666 -307,9%

175 FACULDADE sALEsIAnA Serviços Educação 28.691 18,3% 25.263 17,3% n/d n/d

176 sAntA FÉ Serviços Eletricidade e Gás 27.687 21,5% 26.676 21,5% 14.796 24,7%

177 sOLUCãO EQUIPAMEntOs Comércio Atacadista Comércio Atacadista 27.171 8,6% 22.915 6,3% 2.698 -36,1%

178 sICOOB CREDIROCHAs Serviços Serv. Financeiros e Seguros 26.409 12,4% 5.869 39,1% 4.381 82,5%

179 AnDRADE InDÚstRIA E MInEIRAçãO Indústria Extrç. de Minerais não Metálicos 25.367 83,6% 23.405 90,7% 11.747 1879,0%

180 COFRIL Indústria Alimentos 25.057 28,5% 23.752 28,7% 4.383 855,1%

181 sIMEX Comércio Atacadista Comércio Atacadista 24.279 -10,1% 23.862 -6,9% n/d n/d

182 FACULDADE EstáCIO DE sá Serviços Educação 23.322 11,9% n/d n/d n/d n/d

183 BEBIDAs REGGIAnI Indústria Alimentos 23.234 -11,3% 18.501 7,0% 728 -81,0%

184 sICOOB sUL LItORÂnEO Serviços Serv. Financeiros e Seguros 22.471 10,7% 4.980 60,5% 2.867 1338,4%

185 WHItE MARtIns Indústria Química e Petroquímica 22.095 47,2% n/d n/d n/d n/d

186 ALPER EnERGIA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 22.026 -21,8% 16.251 -24,9% 2.207 -55,4%

187 BUtERI COMÉRCIO E REPREsEntAçõEs Comércio Atacadista Comércio Atacadista 20.171 -38,9% 18.685 -36,9% 740 -63,0%

188 tHORK tRADInG Serviços Serv. Importação e Exportação 19.486 62,2% 15.644 75,6% n/d n/d

189 CAFÉnORtE Comércio Atacadista Comércio Atacadista 19.336 1,0% 19.336 3,3% 27.951 393,4%

190 FRIsA COMERCIAL Comércio Varejista Comércio Varejista 19.084 75,1% 17.229 75,1% 467 45,9%

191 EnVIX Indústria Construção 18.467 56,4% 15.616 57,4% 70 -73,1%

192 RHODEs Serviços Armazenagem 18.400 -0,6% 16.808 -0,6% 7.727 1,8%

193 DIsMIL Comércio Atacadista Comércio Atacadista 17.075 13,6% 16.567 13,8% 992 739,9%

194 BRICK EnGEnHARIA Indústria Construção 15.730 -28,8% 1.462 -92,9% -987 -123,9%

195 FACULDADE UCL Serviços Educação 15.201 11,4% 15.200 11,4% n/d n/d

196 CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs Serviços Ativ. Adm. e Serv. Complementares 12.730 560,1% 12.265 560,1% 80.399 622,9%

197 ELEtROsOLDA Comércio Atacadista Comércio Atacadista 12.300 16,6% 10.201 15,4% 1.889 -28,0%

198 stAn Indústria Construção 12.149 -22,3% 11.145 -12,2% 1.723 -60,3%

199 MEtsO Indústria M. r. E Inst. de Máq. e Equipamentos 11.464 -31,5% n/d n/d n/d n/d

200 CEntRALFER Serviços Ativ. Adm. E Serv. Complementares 7.328 52,3% 6.701 52,4% 4.243 n/d

LUCRO LIQ. EX.

VAR LUCRO LIQ. EX. 12/11 %

AtIVO tOtAL

PAtRIM. LíQUIDO

REntABILIDADE DAs VEnDAs

REntABILIDADE DO PAtRIM. LIQ.

LIQUIDEZ CORREntE

EnDIVIDAMEntO GERAL

EnDIVIDAMEntO DE L. PRAZO

EMPREGADOs Es

CLAssIF. 2012

CLAssIF. 2012

EMPREsA sEtOR AtIVIDADEREC. OP. BRUtA

VAR. ROB. 12/11 %

REC. OP. LIQ.

VAR ROL 12/11 %

EBItDA VAR

EBItDA 12/11 %

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Page 140: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

140 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

a distribuição das 200 Maiores Empresas no ES por setor, quando comparado aos dados apurados em

2011, mostra uma queda na participação do setor de serviço, com aumento nos setores de Comércio e Indústria de aproximada-mente 5,9% e 5,4%, respectivamente.

Neste ano o Setor Industrial foi repre-sentado por 59 empresas (29,5% das 200 Maiores). Somente no Espírito Santo, tais empresas foram responsáveis por R$ 39,0 bilhões, ou 50,0 % do total da receita das 200 Maiores, a maior participação. Tais empresas geraram no estado 35.361 empregos em 2012 (39,4% dos postos de trabalho gerados pelas 200 Maiores), contra 34.926 em 2011, um aumento de 1,2%. No setor houve uma maior participação das empresas de alimentos (12).

Em número de empresas, a maior participação, foi do setor Ser viços, representado por 87 estabelecimentos, ou seja, 43,5% das 200 Maiores. Porém, no Espírito Santo, essas empresas apresen-taram o segundo maior faturamento entre

Ranking | PArtICIPAção SEtorIAL dAS EMPrESAS

Participação da receitabruta por setor

Participação das empresas por setor

os setores. As empresas de serviços foram responsáveis por R$ 23,5 bilhões, ou 30,1% do total da receita no estado, uma queda de 6,3% na comparação com o ano anterior. Também proporcionou 43.761 empregos diretos, que correspondem a 48,8% do total de postos de trabalho das 200 Maiores Empresas no estado. O setor de trans-portes participou com o maior número de empresas nesse setor (13).

O setor comercial, representado por 54 empresas (27,0% das 200 Maiores), gerou uma receita bruta de R$ 15,6 bilhões, ou 19,9% da receita operacional bruta das 200 Maiores do Espírito Santo e ofertou 10.540 empregos diretos (11,8% do total de empregos das empresas classificadas entre as maiores). Destacamos que houve uma participação maior do comércio atacadista com 31 empresas, contra 23 empresas do comércio varejista.

Como em anos anteriores, não houve registros de empresas do setor agropecuário no ranking das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2012.

serviços43,5%

Indústria29,5%

Comércio27%Indústria

50%

Comércio19,9%

serviços30,1%

B1_200M 2013_Ranking.indb 140 28/10/2013 18:01:27

Page 141: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

141anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

InDUstRIA 59 39.026.647 20.743.448 4.429.086 2.979.224 25.895.796 9.711.093 35.361

ALIMEntOs 12 5.214.122 4.490.003 69.928 18.749 2.835.220 708.517 5.217

CAPtAçãO, tRAtAMEntO E DIstR. DE áGUA 1 522.257 494.625 92.755 76.268 2.114.795 1.324.046 1.460

COnFECçãO DE VEstUáRIO 1 34.934 31.450 7.319 6.140 58.532 32.744 370

COnstRUçãO 11 1.037.157 736.751 130.249 126.683 1.094.936 561.436 4.334

EXtRAçãO DE MInERAIs nãO-MEtáLICOs 1 25.367 23.405 11.747 11.066 61.141 44.934 n/d

FABRICAçãO DE CIMEntO 1 516.539 408.961 n/d -50.020 1.177.968 389.865 n/d

FABRIC. MáQUInAs, APARELHOs E MAt. ELÉtRICOs 1 218.183 156.906 11.322 8.610 211.062 98.118 1.547

FABRICAçãO DE MÓVEIs 4 271.561 206.222 2.868 2.490 132.330 45.850 916

FABRIC. PROD. BORRACHA E MAt. PLástICO 3 357.820 255.061 24.851 11.347 193.337 142.952 1.138

FABR. PROD. MInERAIs nãO-MEtáLICOs 7 611.942 509.760 75.344 60.456 698.870 299.040 1.450

FABRICAçãO DE PRODUtOs tÊXtEIs 1 706.903 536.799 4.627 4.420 584.245 70.531 282

MAnUt., REPAR. E InstAL. DE MáQ. E EQUIPAMEntOs 1 11.464 n/d n/d n/d n/d n/d 62

MInERAçãO 4 15.963.261 6.612.515 3.553.912 2.646.258 11.075.851 3.279.649 10.218

PAPEL E CELULOsE 1 2.633.928 n/d n/d n/d n/d n/d 1.204

QUIMICA E PEtROQUIMICA 5 5.721.033 5.567.280 350.490 13.935 3.517.375 727.178 1.682

sIDERURGIA E MEtALURGIA 5 5.180.178 713.708 93.673 42.824 2.140.134 1.986.233 5.481

sERVIçOs 87 23.541.505 18.246.663 1.820.411 1.488.286 30.764.838 8.156.648 43.761

ADMInIstRAçãO DE EMPREsAs DO GRUPO 1 106.341 106.341 104.938 104.664 541.443 540.654 n/d

ADMInIstRAçãO DE sHOPPInG CEntER 1 51.384 48.874 31.532 24.334 310.935 282.229 302

ALOJAMEntO E ALIMEntAçãO (HOtEIs) 1 40.074 36.569 6.771 4.868 6.747 n/d 312

ARREnDAMEntO DE AtIVOs 4 1.168.615 1.129.879 498.292 325.210 2.113.541 1.769.273 n/d

ARMAZEnAGEM 1 18.400 16.808 7.727 5.329 7.467 23.201 20

AtEnDIMEntO HOsPItALAR 6 569.478 545.686 46.173 35.293 588.270 279.522 6.589

AtIVID. ADMInIstRAtIVAs E sERV. COMPLEMEntAREs 2 20.058 18.966 84.643 84.643 485.683 414.784 76

COLEtA, tRAt. E DIsP. REsíDUOs 3 173.943 105.743 12.867 7.631 83.315 44.782 2.421

COnCEssIOnáRIA DE RODOVIAs 1 77.253 70.538 37.299 23.602 76.467 54.130 n/d

EDUCAçãO 3 67.214 40.463 n/d 3.268 53.843 39.372 490

ELEtRICIDADE E Gás 3 2.652.118 2.069.126 274.411 207.805 2.816.769 855.905 1.244

GEstãO DE PORtOs E tERMInAIs 4 552.287 491.613 125.697 85.090 722.697 446.744 1.290

InFORMAçãO E COMUnICAçãO 3 204.958 190.092 18.977 18.205 182.559 131.507 1.341

LOCAçãO DE MAQ. E EQUIP. PARA COnstRUçãO 1 63.170 58.932 13.199 2.395 35.328 18.865 619

LOGístICA 3 182.374 89.571 18.927 11.560 118.005 83.214 686

MAnUtEnçãO E InstALAçãO DE MáQ. E EQUIP. 1 42.594 35.595 3.258 709 18.816 2.765 198

PLAnO DE sAÚDE 6 1.229.815 1.219.982 12.587 5.130 531.755 118.431 3.054

sERV. FInAnCEIROs E sEGUROs 12 3.277.562 1.820.958 115.153 195.488 16.391.575 1.647.173 5.114

sERV. IMPORtAçãO E EXPORtAçãO 12 10.721.356 8.265.898 233.465 199.001 3.679.382 560.926 368

sERVIçO DE LIMPEZA E COnsERVAçãO 1 76.779 66.930 11.486 7.646 45.956 38.483 3.325

tECnOLOGIA DA InFORMAçãO 2 191.910 176.480 16.714 11.478 56.266 12.784 1.313

tELECOMUnICAçõEs 1 221.188 219.772 24.798 44.932 55.034 44.932 2.129

tRAnsPORtE 13 1.715.224 1.421.846 121.498 80.006 1.842.986 746.972 10.094

VIGILÂnCIA E sEGURAnçA 2 117.411 n/d n/d n/d n/d n/d 2.776

tOtAL 200 MAIOREs EMPREsAs 200 78.130.663 49.279.817 6.586.988 4.659.462 61.223.086 19.936.803 89.662

COMÉRCIO 54 15.562.511 10.289.707 337.490 191.952 4.562.452 2.069.062 10.540

COMÉRCIO AtACADIstA 31 10.517.643 5.842.127 264.233 163.538 3.178.954 1.572.870 2.171

COMÉRCIO VAREJIstA 23 5.044.868 4.447.580 73.257 28.414 1.383.498 496.192 8.369

sEtOR DE AtIVIDADEnº DE

EMPREsAsREC.

BRUtAREC.

LIQUIDA*EBItDA*

LUCRO LIQ. EX.*

AtIVO tOtAL*

PAtRIM. LIQUIDO*

EMPREGADOs nO Es

* Contempla apenas informações das empresas que forneceram dados no ES.

Segundo receita operacional Bruta no Espírito Santo (valores em r$ milhares)

COnSOLiDaÇÃO DaS 200 MaiORES EMPRESaS - 2012

B1_200M 2013_Ranking.indb 141 28/10/2013 18:01:29

Page 142: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

142 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Ranking | PArtICIPAção SEtorIAL - 20 MAIorES Por SEtor

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - Em r$ milhares

aS 20 MaiORES EMPRESaS inDUSTRiaiS

1 1 VALE Mineração 9.278.939 -35,0% n/d n/d n/d n/d 8.751

2 2 sAMARCO Mineração 6.610.740 -7,1% 6.549.679 -7,2% 2.646.311 3.274.128 1.137

3 3 HERInGER Química e Petroquímica 5.394.722 12,8% 5.307.465 12,8% -2.466 471.146 227

4 4 ARCELORMIttAL BRAsIL Siderurgia e Metalurgia 4.345.484 -12,3% n/d n/d n/d n/d 4.542

5 8 FIBRIA Papel e Celulose 2.633.928 15,7% n/d n/d n/d n/d 1.204

6 10 GAROtO Alimentos 2.004.572 4,9% 1.466.700 3,2% 45.172 192.775 n/d

7 11 tAnGARá FOODs Alimentos 1.764.731 8,8% 1.684.982 7,0% -60.285 120.497 490

8 23 EXCIM Fabricação de Produtos têxteis 706.903 1,3% 536.799 1,8% 4.420 70.531 282

9 27 FRIsA Alimentos 602.975 11,3% 560.904 11,5% 15.327 92.922 1.327

10 29 CEsAn Captação, tratamento e distrib. de água 522.257 11,8% 494.625 12,0% 76.268 1.324.046 1.460

11 31 ItABIRA AGRO InDUstRIAL Fabricação de Cimento 516.539 3,1% 408.961 0,1% -50.020 389.865 n/d

12 34 PERFILADOs RIO DOCE Siderurgia e Metalurgia 419.451 8,2% 336.010 8,2% 40.594 278.484 355

13 40 LOREnGE Construção 303.317 25,8% 234.543 31,3% 44.479 186.563 1.600

14 45 FORtLEV Fabric. Prod. Borracha E Mat. Plástico 267.960 19,0% 187.684 19,3% 10.368 123.219 647

15 46 BRAMEtAL Siderurgia eMetalurgia 247.922 20,6% 230.876 22,4% 25.841 140.622 584

16 51 WEG LInHAREs Fabric. Máquinas, Apar. e Mat. Elétricos 218.183 231,4% 156.906 234,5% 8.610 98.118 1.547

17 53 BIAnCOGREs Fabr. Prod. Minerais não Metálicos 199.033 8,8% 151.505 8,3% 16.251 88.641 305

18 56 CYRELA BRAZIL REALtY Construção 187.213 36,5% n/d n/d n/d n/d 144

19 61 COnCREVIt Construção 177.320 27,3% 167.967 27,3% 9.055 36.200 237

20 62 ELKEM QuÍmica e PetroquÍmica 169.417 12,9% 131.535 15,3% 10.825 78.318 195

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA AtIVIDADE

REC. OP. BRUtA 2012

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ. 2012

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

2012

EMPREGADOs Es 2012

Foto: Samuel Vieira

B1_200M 2013_Ranking.indb 142 28/10/2013 18:01:36

Page 143: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

143anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES – Em r$ milhares

aS 20 MaiORES EMPRESaS PRESTaDORaS DE SERViÇOS

1 6 CIsA tRADInG Serv. Importação e Exportação 2.815.934 2,3% 2.044.808 -5,1% 63.414 177.443 22

2 7 COtIA Serv. Importação e Exportação 2.772.193 -32,0% 2.071.962 -33,7% 58.250 108.338 200

3 9 EDP EsCELsA Eletricidade e Gás 2.421.170 13,8% 1.904.705 15,6% 156.952 631.121 914

4 12 COLUMBIA tRADInG Serv. Importação e Exportação 1.616.192 29,8% 1.301.404 29,5% 11.915 31.658 7

5 13 BAnEstEs Serv. Financeiros e Seguros 1.607.252 -0,1% 1.557.166 -0,3% 81.395 872.573 2.278

6 14 tROP Serv. Importação e Exportação 1.535.892 7,1% 1.248.012 5,3% 38.818 135.616 n/d

7 16 BAnCO DO BRAsIL Serv. Financeiros e Seguros 1.044.553 6,3% n/d n/d n/d n/d 1.582

8 18 sERtRADInG Serv. Importação e Exportação 939.888 57,4% 812.122 62,3% 21.660 49.015 19

9 19 VIX LOGístICA transporte 893.204 16,7% 795.239 15,7% 50.620 207.623 2.493

10 20 UnIMED VItÓRIA Plano de Saúde 814.084 14,9% 807.108 17,2% 4.529 72.946 1.885

11 24 HIsPAnOBRás Arrendamento de Ativos 695.117 -46,7% 695.117 -46,7% 105.270 380.664 n/d

12 36 MERCOCAMP Serv. Importação e Exportação 357.101 99,7% 266.304 104,5% 409 975 50

13 42 áGUIA BRAnCA transporte 293.429 7,9% 234.692 8,3% 20.002 345.776 1.246

14 48 KOBRAsCO Arrendamento de Ativos 225.795 21,8% 209.972 24,6% 99.244 412.875 n/d

15 49 FULL COMEX Serv. Importação e Exportação 223.603 -2,1% 164.224 -1,2% -4.559 5.240 15

16 50 CORREIOs telecomunicações 221.188 11,8% 219.772 11,7% 44.932 44.932 2.129

17 52 sAntA MARIA Eletricidade e Gás 203.261 9,1% 137.745 12,5% 37.542 117.735 330

18 54 tVV Gestão de Portos e terminais 196.628 0,1% 175.504 -1,2% 41.035 92.828 414

19 55 CLAC Serv. Importação e Exportação 187.898 -3,0% 145.050 0,0% 774 7.678 9

20 59 nIBRAsCO Arrendamento de Ativos 178.699 -35,7% 162.169 -35,7% 88.424 727.093 n/d

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA AtIVIDADE

REC. OP. BRUtA 2012

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ. 2012

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO 2012

Empregados Es 2012

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES – Em r$ milhares

aS 20 MaiORES EMPRESaS COMERCiaiS

1 5 PEtROBRAs DIstRIBUIDORA Comércio Atacadista 3.328.065 5,5% n/d n/d n/d n/d 30

2 15 ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL Comércio Atacadista 1.499.416 -2,5% 1.068.067 -4,0% -24.928 240.203 138

3 17 BR DIstRIBUIDORA Es - Gn Comércio Atacadista 1.009.343 3,6% 752.247 4,5% 61.393 218.886 30

4 21 KURUMá VEíCULOs Concessionária de Veículos 745.635 12,5% 723.996 17,0% 7.850 47.890 373

5 22 VItÓRIA DIEsEL Concessionária de Veículos 714.406 -0,3% 612.205 -10,8% 1.459 42.716 441

6 25 HORtIFRUtI Comércio Varejista 684.000 26,0% 624.194 27,9% 11.826 60.259 320

7 26 UnICAFÉ Comércio Atacadista 630.572 -24,0% 626.739 -23,3% 5.898 226.949 140

8 28 sAVIXX Comércio Atacadista 558.532 43,6% 418.323 42,4% 678 6.311 0

9 30 CUstÓDIO FORZZA Comércio Atacadista 517.062 5,3% 486.146 8,4% -9.299 54.731 102

10 32 UnILIDER Comércio Atacadista 498.606 -5,3% 405.555 -5,9% 7.604 27.863 n/d

11 33 CAsAGRAnDE Comércio Varejista 477.515 9,2% 413.962 9,3% 13.916 78.970 2.250

12 35 sUPERMERCADO PERIM Comércio Varejista 411.032 8,9% 354.444 9,6% -29.653 14.854 1.371

13 37 PODIUM VEíCULOs Concessionária de Veículos 346.015 13,1% 335.359 12,1% 9.093 28.191 338

14 38 CVC Concessionária de Veículos 343.335 35,1% 301.131 34,5% 7.474 48.800 376

15 39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs Comércio Atacadista 329.715 9,1% 267.641 9,7% 60.845 290.231 333

16 41 COOABRIEL Comércio Atacadista 300.466 17,1% 279.040 18,0% 1.294 16.010 214

17 43 nICAFÉ Comércio Atacadista 283.544 -22,8% 263.131 -21,5% 878 45.020 83

18 44 tERRA nOVA Comércio Atacadista 281.697 10,7% 199.742 7,2% 4.106 7.860 7

19 47 tRIstãO Comércio Atacadista 238.283 -33,0% 234.904 -33,7% 12.970 167.509 33

20 57 CEDIsA Comércio Atacadista 186.964 6,0% 141.718 4,5% 3.755 57.736 172

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA AtIVIDADE

REC. OP. BRUtA 2012

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ. 2012

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO 2012

Empregados Es 2012

B1_200M 2013_Ranking.indb 143 28/10/2013 18:01:38

Page 144: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

144 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

a pesquisa 200 Maiores Empresas no Espírito Santo também permite ao IEL elaborar a classificação segundo os

principais indicadores econômicos e financeiros, destacando os 20 melhores desempenhos. É importante ressaltar que foram contempladas nestes rankings de 2012 apenas aquelas empresas que forneceram informações para a sua elaboração, independente de estarem ou não classificadas entre as 200 Maiores em 2012.

as Maiores Receitas Brutas As maiores empresas geradoras de receita

no Estado totalizaram um faturamento de R$ 54,3 bilhões, equivalendo a 69,5% do fatura-mento das 200 Maiores Empresas no ES em 2012. Esta participação é um pouco menor que a do ano anterior, quando a ROB das 20 maiores empresas do ES foi de 71%.

as Maiores Segundo o Patrimônio Líquido

Quanto ao critério de patrimônio líquido, as 20 maiores empresas somaram R$ 13,1 bilhões, representando 65,7% do montante do patrimônio líquido das 200 Maiores Empresas em 2012.

Os Maiores Lucros LíquidosCom relação ao lucro líquido, as 20 maiores

empresas somaram R$ 4,0 bilhões, represen-tando 85,7% do montante de lucro líquido das 200 Maiores Empresas em 2012.

as Maiores EmpregadorasNa classificação das maiores empregadoras

entre as 200 Maiores, as 20 principais geraram 44.851 empregos diretos, equivalendo à metade dos postos de trabalho das 200 Maiores Empresas em 2012.

Os Maiores Crescimentos da ROB e da ROL

Dentre as empresas que mais cresceram em 2012 em termos de Receita Operacional Bruta, observou-se que seis pertencem ao setor indus-trial, cinco ao setor comercial e nove ao setor de serviços. No conjunto dessas empresas observou-se um crescimento da participação do setor de serviço e queda nos setores comercial e industrial em relação ao ano anterior. Em termos de crescimento da Receita Operacional Líquida, constatou-se que dentre as 20 maiores, 13 pertencem ao setor de serviços, quatro ao setor industrial e três ao setor comercial. Destaca-se

que, apesar da queda na ROB total em relação ao ano anterior, as 20 empresas alcançaram um crescimento superior, entre 43,6% e 1.533,6%.

as Maiores em Liquidez CorrenteNa apuração das maiores empresas por

liquidez corrente, observa-se o predomínio de empresas do setor serviço (10). Seis são do setor industrial e quatro do comércio.

as de Maior Rentabilidade do Patrimônio Líquido

Dentre as mais rentáveis segundo o Patrimônio Líquido, encontram-se 10 empresas do setor serviços, quatro do industrial e seis do setor comercial. A rentabilidade média dessas empresas foi de 71%.

as Maiores em Rentabilidade das Vendas

As 20 maiores rentabilidade das vendas tiveram como melhor desempenho o resultado de 655,5%, e o 20º melhor desempenho regis-trando 19,6%. Entre as empresas neste ranking, destaca-se o setor serviços, com participação de 14 empresas entre as 20. Quatro empresas são do setor industrial e duas são do setor comercial.

as Maiores na apuração do Lucro Líquido por Empregado

O setor industrial teve três empresas entre as 20 de maior relação Lucro Líquido/Empregado. O setor comercial participou com oito empresas, ficando o setor serviço com nove participações. O lucro médio por empregado das 20 maiores empresas foi de R$ 745 mil, significativamente superior ao lucro médio por empregado das 200 Maiores Empresas, que foi de apenas R$ 52 mil por empregado.

as Maiores em Receita Líquida por Empregado

O setor industrial contou com três empresas entre as 20 maiores da relação receita opera-cional líquida por empregado. Nove empresas são do setor comercial e oito são do setor serviços. A ROL média por empregado das 20 maiores empresas foi de R$ 31.632 milhões. Já a ROL média das 200 Maiores foi de R$ 549,6 mil.

Os Maiores ativosOs 20 maiores ativos totais somaram R$ 43,5

bi. Isso representa cerca de 71% do apurado junto às 200 Maiores Empresas no ES.

Ranking | AS MAIorES EMPrESAS SEGundo PrInCIPAIS IndICAdorES

B1_200M 2013_Ranking.indb 144 28/10/2013 18:01:39

Page 145: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

145anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

1 1 VALE Indústria 8.751

2 4 ARCELORMIttAL BRAsIL Indústria 4.542

3 104 sERDEL Serviços 3.325

4 19 VIX LOGístICA Serviços 2.493

5 13 BAnEstEs Serviços 2.278

6 33 sUPERMERCADO CAsAGRAnDE Com. Varejista 2.250

7 50 CORREIOs Serviços 2.129

8 20 UnIMED VItÓRIA Serviços 1.885

9 99 PROsEGUR Serviços 1.796

10 40 LOREnGE Indústria 1.600

11 16 BAnCO DO BRAsIL Serviços 1.582

12 51 WEG LInHAREs Indústria 1.547

13 29 CEsAn Indústria 1.460

14 88 UnIMAR Serviços 1.436

15 35 sUPERMERCADO PERIM Com. Varejista 1.371

16 79 HOsPItAL sAntA RItA Serviços 1.328

17 27 FRIsA Indústria 1.327

18 67 HOsPItAL MERIDIOnAL Serviços 1.290

19 42 áGUIA BRAnCA Serviços 1.246

20 98 CORPUs sAnEAMEntO E OBRAs Serviços 1.215

aS 20 MaiORES EMPREgaDORaSClassificação das Empresas pelo número de Empregados no Es

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

EMPREGADOs nO Es

1 171 VIAçãO tABUAZEIRO Serviços 262,0%

2 69 sPAssU Serviços 148,5%

3 50 CORREIOs Serviços 100,0%

4 84 PARAnAsA EnGEnHARIA Indústria 88,6%

5 189 CAFÉnORtE Com. Atacadista 88,4%

6 2 sAMARCO Indústria 80,8%

7 142 FAMEX Com. Atacadista 57,2%

8 134 PRAIA sOL Serviços 55,0%

9 7 COtIA Serviços 53,8%

10 44 tERRA nOVA Com. Atacadista 52,2%

11 136 AtACADO sãO PAULO Com. Atacadista 47,7%

12 177 sOLUçãO EQUIPAMEntOs Com. Atacadista 46,6%

13 147 sAntA FÉ tRADInG Serviços 44,9%

14 54 tVV Serviços 44,2%

15 18 sERtRADInG Serviços 44,2%

16 103 RODOsOL Serviços 43,6%

17 36 MERCOCAMP Serviços 41,9%

18 93 MARBRAsA Indústria 40,8%

19 118 COMPAnHIA DIstRI. DE ALUMínIO Com. Atacadista 40,2%

20 146 DECOLOREs Indústria 39,5%

aS 20 MaiORES REnTaBiLiDaDES DO PaTRiMÔniO LÍQUiDOClassificação das Empresas pelo Lucro Líquido do Exercício sobre o Patrimônio Líquido - %

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

REntAB. DO PL

1 2 sAMARCO Indústria 3.274.128

2 78 sOL COQUERIA tUBARãO Indústria 1.555.744

3 29 CEsAn Indústria 1.324.046

4 13 BAnEstEs Serviços 872.573

5 59 nIBRAsCO Serviços 727.093

6 9 EDP EsCELsA Serviços 631.121

7 83 CARAIVA Serviços 540.654

8 3 HERInGER Indústria 471.146

9 48 KOBRAsCO Serviços 412.875

10 196 CAMPO PARtICIPAçõEs IMOBILIáRIAs Serviços 391.436

11 31 ItABIRA AGRO InDUstRIAL Indústria 389.865

12 24 HIsPAnOBRás Serviços 380.664

13 42 áGUIA BRAnCA Serviços 345.776

14 39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs Com. Atacadista 290.231

15 138 sHOPPInG VItÓRIA Serviços 282.229

16 34 PERFILADOs RIO DOCE Indústria 278.484

17 115 ItABRAsCO Serviços 248.640

18 14 ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL Com. Atacadista 240.203

19 26 UnICAFÉ Com. Atacadista 226.949

20 133 tERVAP Indústria 220.135

aS 20 MaiORES POR PaTRiMÔniO LÍQUiDOClassificação das Empresas por Patrimônio Líquido – em R$ milhares

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

PAtRIM. LIQ 2012

1 2 sAMARCO Indústria 3.553.912

2 3 HERInGER Indústria 246.771

3 9 EDP EsCELsA Serviços 211.999

4 24 HIsPAnOBRás Serviços 173.359

5 48 KOBRAsCO Serviços 148.859

6 59 nIBRAsCO Serviços 128.744

7 83 CARAIVA Serviços 104.938

8 87 ALCOn Indústria 94.057

9 17 BR DIstR. Es - Gn Com. Atacadista 92.984

10 29 CEsAn Indústria 92.755

11 6 CIsA tRADInG Serviços 91.365

12 7 COtIA Serviços 85.905

13 196 CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs Serviços 80.399

14 39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs Com. Atacadista 73.861

15 19 VIX LOGístICA Serviços 69.282

16 10 GAROtO Indústria 63.476

17 54 tVV Serviços 60.415

18 40 LOREnGE Indústria 49.942

19 52 sAntA MARIA Serviços 47.616

20 115 ItABRAsCO Serviços 47.330

aS 20 MaiORES POR EBiTDaClassificação das Empresas pelo Ebitda - em R$ milhares (Ebitda – lucro antes dos juros, impostos sobre o lucro, depreciação, amortização e exaustão)

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

EBItDA 2012

B1_200M 2013_Ranking.indb 145 28/10/2013 18:01:41

Page 146: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

146 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Ranking | AS MAIorES EMPrESAS SEGundo PrInCIPAIS IndICAdorES

1 2 sAMARCO Indústria 2.646.311

2 9 EDP EsCELsA Serviços 156.952

3 24 HIsPAnOBRás Serviços 105.270

4 83 CARAIVA Serviços 104.664

5 48 KOBRAsCO Serviços 99.244

6 59 nIBRAsCO Serviços 88.424

7 13 BAnEstEs Serviços 81.395

8 196 CAMPO PARtIC. IMOBILIáRIAs Serviços 80.399

9 29 CEsAn Indústria 76.268

10 6 CIsA tRADInG Serviços 63.414

11 17 BR DIstR. Es - Gn Com. Atacadista 61.393

12 39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs Com. Atacadista 60.845

13 7 COtIA Serviços 58.250

14 19 VIX LOGístICA Serviços 50.620

15 10 GAROtO Indústria 45.172

16 50 CORREIOs Serviços 44.932

17 40 LOREnGE Indústria 44.479

18 133 tERVAP Indústria 41.336

19 54 tVV Serviços 41.035

20 34 PERFILADOs RIO DOCE Indústria 40.594

aS 20 MaiS LUCRaTiVaSClassificação das Empresas pelo Lucro Líquido – em R$ milhares

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

LUCRO LIQ. 2012

1 192 RHODEs Serviços 15,1

2 83 CARAIVA Serviços 13,5

3 133 tERVAP Indústria 12,5

4 200 CEntRALFER Serviços 9,6

5 91 tV GAZEtA Serviços 7,5

6 186 ALPER EnERGIA Com. Atacadista 7,1

7 104 sERDEL Serviços 6,5

8 59 nIBRAsCO Serviços 6,1

9 45 FORtLEV Indústria 5,6

10 34 PERFILADOs RIO DOCE Indústria 5,5

11 105 DIAçO Com. Atacadista 5,4

12 167 BRIDI MADEIRAs Com. Varejista 5,2

13 84 PARAnAsA EnGEnHARIA Indústria 4,9

14 62 CARBOInDUstRIAL Indústria 4,3

15 162 AnDRADE MáRMOREs E GRAnItOs Indústria 3,9

16 179 AnDRADE InDÚstRIA E MInERAçãO Indústria 3,8

17 82 CODEsA Serviços 3,8

18 50 CORREIOs Serviços 3,8

19 137 EnGE URB Serviços 3,7

20 148 COnstRUtORAÉPURA Indústria 3,6

aS 20 DE MaiOR LiQUiDEZ CORREnTEClassificação das Empresas pelo índice de Liquidez Corrente (Ativo Circulante sobre Passivo Circulante)

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

LIQUIDEZ CORREntE

1 13 BAnEstEs Serviços 12.419.043

2 2 sAMARCO Indústria 11.001.057

3 3 HERInGER Indústria 3.060.860

4 9 EDP EsCELsA Serviços 2.461.523

5 29 CEsAn Indústria 2.114.795

6 78 sOL COQUERIA Indústria 1.589.291

7 101 BAnDEs Serviços 1.259.687

8 31 ItABIRA AGRO InDUstRIAL Indústria 1.177.968

9 7 COtIA Serviços 1.083.697

10 10 GAROtO Indústria 961.316

11 6 CIsA tRADInG Serviços 878.460

12 59 nIBRAsCO Serviços 855.817

13 19 VIX LOGístICA Serviços 804.115

14 11 tAnGARá FOODs Indústria 729.179

15 23 EXCIM Indústria 584.245

16 83 CARAIVA Serviços 541.443

17 42 áGUIA BRAnCA Serviços 526.706

18 132 sICOOB CEntRAL Serviços 488.417

19 40 LOREnGE Indústria 473.361

20 48 KOBRAsCO Serviços 469.880

OS 20 MaiORES aTiVOSClassificação das Empresas pelo Ativo total – em R$ milhares

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

AtIVO tOtAL 2012

1 84 PARAnAsA EnGEnHARIA Indústria 1533,6%

2 196 CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs Serviços 560,1%

3 51 WEG LInHAREs Indústria 231,4%

4 36 MERCOCAMP Serviços 99,7%

5 179 AnDRADE InDÚstRIA E MInERAçãO Indústria 83,6%

6 142 FAMEX Com. Atacadista 77,6%

7 190 FRIsA COMERCIAL Com. Varejista 75,1%

8 131 UnIMED nORtE CAPIXABA Serviços 63,8%

9 118 COMPAnHIA DIstRIB. DE ALUMínIO Com. Atacadista 63,1%

10 188 tHORK tRADInG Serviços 62,2%

11 86 COsEntInO LAtInA Indústria 57,4%

12 18 sERtRADInG Serviços 57,4%

13 191 EnVIX Serviços 56,4%

14 148 COnstRUtORA ÉPURA Indústria 53,2%

15 200 CEntRALFER Serviços 52,3%

16 152 MAtRICIAL EnGEn. E COnstRUçõEs Serviços 49,3%

17 95 ABAV ABAtEDOURO AtILIO VIVACQUA Com. Atacadista 48,5%

18 185 WHItE MARtIns Indústria 47,2%

19 137 EnGE URB Serviços 45,2%

20 28 sAVIXX Com. Atacadista 43,6%

OS 20 MaiORES CRESCiMEnTOS Da RECEiTa BRUTaClassificação das Empresas pelo Crescimento % da Receita Bruta

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

VAR ROB 2012/2011

B1_200M 2013_Ranking.indb 146 28/10/2013 18:01:41

Page 147: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

147anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

1 84 PARAnAsA EnGEnHARIA Indústria 1492,7%

2 205 AFFInItY Serviços 758,5%

3 196 CAMPO PARtICIP. IMOBILIáRIAs Serviços 560,1%

4 51 WEG LInHAREs Indústria 234,5%

5 123 sICOOB nORtE Serviços 197,5%

6 36 MERCOCAMP Serviços 104,5%

7 132 sICOOB CEntRAL Serviços 92,4%

8 179 AnDRADE InDÚstRIA E MInERAçãO Indústria 90,7%

9 120 sICOOB sUL sERRAnO Serviços 82,3%

10 150 sICOOB CEntRO-sERRAnO Serviços 78,6%

11 188 tHORK tRADInG Serviços 75,6%

12 190 FRIsA COMERCIAL Com. Varejista 75,1%

13 142 FAMEX Com. Atacadista 73,4%

14 131 UnIMED nORtE CAPIXABA Serviços 67,5%

15 126 sICOOB sUL Serviços 66,4%

16 18 sERtRADInG Serviços 62,3%

17 184 sICOOB sUL LItORÂnEO Serviços 60,5%

18 86 COsEntInO LAtInA Indústria 58,5%

19 191 EnVIX Serviços 57,4%

20 118 COMPAnHIA DIstRIB. DE ALUMínIO Com. Atacadista 55,2%

OS 20 MaiORES CRESCiMEnTOS Da RECEiTa LÍQUiDaClassificação das Empresas pelo Crescimento % da Receita Líquida

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

VAR ROL 2012/2011

1 6 CIsA tRADInG Serviços 2.882

2 2 sAMARCO Indústria 2.327

3 17 BR DIstR. Es - Gn Com. Atacadista 2.046

4 12 COLUMBIA tRADInG Serviços 1.702

5 18 sERtRADInG Serviços 1.140

6 143 MARCA CAFÉ Com. Atacadista 603

7 44 tERRA nOVA Com. Atacadista 587

8 189 CAFÉnORtE Com. Atacadista 577

9 133 tERVAP Indústria 401

10 47 tRIstãO Com. Atacadista 393

11 147 sAntA FÉ tRADInG Serviços 372

12 7 COtIA Serviços 291

13 210 BAnEstEs DtVM Serviços 278

14 192 RHODEs Serviços 266

15 197 ELEtROsOLDA Com. Atacadista 200

16 142 FAMEX Com. Atacadista 191

17 39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs Com. Atacadista 183

18 9 EDP EsCELsA Serviços 172

19 146 DECOLOREs Indústria 143

20 94 sICOOB LEstE CAPIXABA Serviços 141

OS 20 MaiORES LUCROS POR EMPREgaDOClassificação das Empresas pelo Lucro Líquido por Empregado – em R$ milhares

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

LUCRO LIQ. P/ EMPREGADO

1 12 COLUMBIA tRADInG Serviços 185.915

2 60 InsPECtIOn Com. Atacadista 134.256

3 6 CIsA tRADInG Serviços 92.946

4 18 sERtRADInG Serviços 42.743

5 44 tERRA nOVA Com. Atacadista 28.535

6 17 BR DIstR. Es - Gn Com. Atacadista 25.075

7 3 HERInGER Indústria 23.381

8 55 CLAC Serviços 16.117

9 147 sAntA FÉ tRADInG Serviços 12.086

10 49 FULL COMEX Serviços 10.948

11 7 COtIA Serviços 10.360

12 15 ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL Com. Atacadista 7.740

13 142 FAMEX Com. Atacadista 7.473

14 47 tRIstãO Com. Atacadista 7.118

15 2 sAMARCO Indústria 5.760

16 36 MERCOCAMP Serviços 5.326

17 30 CUstÓDIO FORZZA Com. Atacadista 4.766

18 26 UnICAFÉ Com. Atacadista 4.477

19 135 MC KInLAY Com. Atacadista 4.179

20 11 tAnGARá FOODs Indústria 3.439

aS 20 DE MaiOR PRODUTiViDaDE POR EMPREgaDOClassificação das Empresas pela Receita Líquida por Empregado – em R$ milhares

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

ROL POR EMPREGADO

1 196 CAMPO PARtICIPACõEs IMOBILIáRIAs Serviços 655,5%

2 83 CARAIVA Serviços 98,4%

3 133 tERVAP Indústria 75,9%

4 200 CEntRALFER Serviços 63,3%

5 59 nIBRAsCO Serviços 54,5%

6 115 ItABRAsCO Serviços 51,5%

7 176 sAntA FÉ Serviços 49,9%

8 138 sHOPPInG VItÓRIA Serviços 49,8%

9 189 CAFÉnORtE Com. Atacadista 47,7%

10 179 AnDRADE InDÚstRIA E MInERAçãO Indústria 47,3%

11 48 KOBRAsCO Serviços 47,3%

12 2 sAMARCO Indústria 40,4%

13 103 RODOsOL Serviços 33,5%

14 146 DECOLOREs Indústria 31,9%

15 192 RHODEs Serviços 31,7%

16 52 sAntA MARIA Serviços 27,3%

17 54 tVV Serviços 23,4%

18 39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs Com. Atacadista 22,7%

19 50 CORREIOs Serviços 20,4%

20 91 tV GAZEtA Serviços 19,6%

aS 20 MaiORES REnTaBiLiDaDES DaS VEnDaSClassificação das Empresas pela Margem Líquida das Vendas – em %

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

REntAB. DAs VEnDAs

B1_200M 2013_Ranking.indb 147 28/10/2013 18:01:42

Page 148: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

148 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Ranking | AS MAIorES EMPrESAS Por SEGMEnto

Como forma de valorizar segmentos e empresas que contribuem para o desenvolvimento da economia

estadual, o IEL identificou as novas compa-nhias que se instalaram no Estado para ampliar a participação das principais orga-nizações de vários campos, objetivando a elaboração dos rankings setoriais.

Essas listas apresentam as 10 Maiores Empresas no Espírito Santo que enviaram suas informações para análise na pesquisa do Anuário. Dessa forma, é possível que nomes que não compõem o ranking das 200 Maiores Empresas no ES façam parte dos rankings setoriais. Isso ocorrerá quando a Receita Operacional Bruta anual não for sufi-ciente para inclusão da empresa no ranking geral. Mais uma vez, diversas empresas e segmentos foram convidados a participar da pesquisa para que fossem mantidos os rankings já divulgados em anos anteriores e novos fossem incluídos no Anuário.

A ausência de eventuais empresas de destaque nas classificações setoriais deve-se ao não interesse em participar da pesquisa ou ao fechamento das demonstrações contábeis em data posterior à período limite para conclusão da pesquisa.

Relativo a 2012, os seguintes rankings foram elaborados:• As Dez Maiores Indústrias de Alimentos: Obtiveram um faturamento bruto de R$ 5,2 bilhões no Espírito Santo em 2012 para um contingente declarado de 4.798 empregados, considerando que duas empresas não forne-ceram essa informação. Se considerarmos o faturamento por empregado apenas das empresas que divulgaram o número de colaboradores, o valor é de R$ 644 mil, uma redução de 14,3% quando comparado com o ano anterior.• As Dez Maiores Indústrias de Construção: Apresentaram uma Receita Bruta de R$ 1 bilhões, um salto de R$ 360 milhões, na comparação com 2011. O número de empre-gados totalizou 3.710, representando um incremento 10,2%. Vale ressaltar que isso aconteceu mesmo com a ausência dessa informação em duas empresas que constam neste ranking.• As Dez Maiores Empresas de Comércio Atacadista: Totalizaram um faturamento

de R$ 8,9 bilhões, R$ 1,3 bi a mais que o apurado em 2011, e que representa um faturamento médio de R$ 7,38 milhões por empregado, quando consideramos as oito empresas que divulgaram essa informação. O total de postos de trabalho foi de 1.070 em 2012.• As Dez Maiores Empresas de Comércio Varejista: Totalizaram um faturamento de R$ 2,2 bilhões, um efetivo de 5.980 traba-lhadores e um faturamento médio por empregado de R$ 356 mil, quando consi-deramos as oito empresas que divulgaram essa informação.• As Dez Maiores Empresas Concessio- nárias de Veículos: Compuseram uma Receita Operacional Bruta de R$ 2,7 bilhões e um faturamento médio por empregado de R$ 1,23 milhões, com a geração de 2.142 postos de trabalho, quando consideramos as nove empresas que divulgaram essa informação. Quando comparados com o ano anterior, a ROB desse segmento teve uma queda de 15,6%.• As Dez Maiores Empresas de Serviços Financeiros e Seguros: as dez maiores empresas deste ranking totalizaram uma receita bruta de R$ 3,2 bilhões, gerando 4.987 empregos diretos no Espírito Santo, indicando queda de 3% no faturamento e 1% nos empregos.• As Dez Maiores Empresas de Importação e Exportação: Contabilizaram R$ 10,7 bilhões de ROB, uma redução de R$ 2 bilhões em relação a 2011. O faturamento médio por empregado foi de R$ 24,75 milhões, para as oito empresas que divulgaram essa informação e que geraram 365 empregos.• As Dez Maiores Empresas de Transporte: Somaram uma Receita Operacional Bruta de R$ 1,6 bilhão e contribuíram com 9.081 postos de trabalho. Observa-se um aumento de aproximadamente 6,7% na receita quando comparado ao ano de 2011. O total de empregos informados supera o ano de 2011: 9.081 contra 7.412.• As Dez Maiores Empresas Serviços de Saúde: Somaram uma Receita Operacional Bruta de R$ 1,7 bilhão e contribuíram com 9.307 postos de trabalho. Sendo esta a primeira vez que este ranking é formado, não foi possível apresentar dados comparativos.

B1_200M 2013_Ranking.indb 148 28/10/2013 18:01:42

Page 149: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

149anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milharesaS 10 MaiORES EMPRESaS DE COMÉRCiO VaREJiSTa

1 25 HORtIFRUtI 684.000 26,0% 624.194 27,9% 11.826 60.259 320

2 33 CAsAGRAnDE 477.515 9,2% 413.962 9,3% 13.916 78.970 2.250

3 35 sUPERMERCADO PERIM 411.032 8,9% 354.444 9,6% -29.653 14.854 1.371

4 58 COOPEAVI 186.132 9,6% 180.460 9,7% 6.427 55.144 377

5 66 tRACBEL 142.196 -14,6% n/d n/d n/d n/d 95

6 77 sUPERMERCADOs sAntO AntÔnIO 118.150 15,9% 103.434 16,0% -57 4.286 975

7 112 sUPERMERCADOs PORtO nOVO 71.030 9,2% 62.785 10,1% -421 5.575 432

8 158 POLItIntAs 38.194 7,1% 32.802 7,3% 1.251 8.950 160

9 167 BRIDI MADEIRAs 34.256 13,5% 26.990 10,7% 4.336 19.028 n/d

10 190 FRIsA COMERCIAL 19.084 75,1% 17.229 75,1% 332 2.220 n/d

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE COMÉRCiO aTaCaDiSTa

1 5 PEtROBRAs DIstRIBUIDORA 3.328.065 5,5% n/d n/d n/d n/d 30

2 15 ARCELORMIttAL tUBARãO COMERCIAL 1.499.416 -2,5% 1.068.067 -4,0% -24.928 240.203 138

3 17 BR DIstR. Es - Gn 1.009.343 3,6% 752.247 4,5% 61.393 218.886 30

4 26 UnICAFÉ 630.572 -24,0% 626.739 -23,3% 5.898 226.949 140

5 28 sAVIXX 558.532 43,6% 418.323 42,4% 678 6.311 0

6 30 CUstÓDIO FORZZA 517.062 5,3% 486.146 8,4% -9.299 54.731 102

7 32 UnILIDER 498.606 -5,3% 405.555 -5,9% 7.604 27.863 n/d

8 39 RDG PRODUtOs sIDERÚRGICOs 329.715 9,1% 267.641 9,7% 60.845 290.231 333

9 41 COOABRIEL 300.466 17,1% 279.040 18,0% 1.294 16.010 214

10 43 nICAFÉ 283.544 -22,8% 263.131 -21,5% 878 45.020 83

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1 10 GAROtO 2.004.572 4,9% 1.466.700 3,2% 45.172 192.775 n/d

2 11 tAnGARá FOODs 1.764.731 8,8% 1.684.982 7,0% -60.285 120.497 490

3 27 FRIsA 602.975 11,3% 560.904 11,5% 15.327 92.922 1.327

4 63 REALCAFÉ 161.096 20,7% 154.641 20,0% 14.206 65.356 330

5 64 BUAIZ ALIMEntOs 157.854 6,9% 142.626 7,6% 2.173 88.130 386

6 75 UsInA PAInEIRAs 119.732 -0,2% 102.203 -0,4% -5.587 96.604 691

7 81 VEnEZA 108.895 21,8% 103.199 22,4% 2.383 26.840 407

8 89 KIFRAnGO 90.832 13,7% 89.381 13,8% 782 6.228 649

9 95 ABAV 82.299 48,5% 75.329 48,2% 585 7.718 518

10 108 DAMARE 72.844 20,5% 67.785 18,2% -192 6.696 n/d

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES – Em r$ milhares

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE aLiMEnTOS

B1_200M 2013_Ranking.indb 149 28/10/2013 18:01:45

Page 150: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

150 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares

aS 10 MaiORES EMPRESaS COnCESSiOnÁRiaS DE VEÍCULOS

1 21 KURUMá VEíCULOs 745.635 12,5% 723.996 17,0% 7.850 47.890 373

2 22 VItÓRIA DIEsEL 714.406 -0,3% 612.205 -10,8% 1.459 42.716 441

3 37 PODIUM VEíCULOs 346.015 13,1% 335.359 12,1% 9.093 28.191 338

4 38 CVC 343.335 35,1% 301.131 34,5% 7.474 48.800 376

5 70 VEssA 130.971 28,6% 124.137 28,1% 1.088 11.262 163

6 71 PREMIUM VEíCULOs 129.033 23,6% 126.317 22,6% 2.376 7.961 161

7 97 HIRO MOtORs 80.470 -3,2% 79.335 -3,4% 96 4.929 60

8 106 AUtOVIL 73.622 19,2% 72.824 19,3% 730 3.598 116

9 107 Cn AUtO 73.204 -78,8% 43.959 -81,6% -14.375 1.999 n/d

10 116 VEnAC 67.715 -3,5% 62.079 -2,0% 3.371 27.230 114

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milharesaS 10 MaiORES EMPRESaS DE COnSTRUÇÃO

1 40 LOREnGE 303.317 25,8% 234.543 31,3% 44.479 186.563 1.600

2 56 CYRELA BRAZIL REALtY 187.213 36,5% n/d n/d n/d n/d 144

3 61 COnCREVIt 177.320 27,3% 167.967 27,3% 9.055 36.200 237

4 84 PARAnAsA EnGEnHARIA 104.550 1533,6% 96.570 1492,7% 14.316 16.151 n/d

5 102 MORAR COnstRUtORA E InCORPORADORA 78.240 7,4% 74.788 7,9% 7.188 45.099 146

6 133 tERVAP 55.271 13,6% 54.453 13,8% 41.336 220.135 103

7 148 COnstRUtORA ÉPURA 44.010 53,2% 42.628 53,6% 7.797 29.671 264

8 152 MAtRICIAL EnGEnHARIA E COnstRUçõEs 40.891 49,3% 37.579 49,6% 2.335 7.055 1.058

9 191 EnVIX 18.467 56,4% 15.616 57,4% 54 2.034 n/d

10 194 BRICK EnGEnHARIA 15.730 -28,8% 1.462 -92,9% -1.462 11.652 158

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE SERViÇOS DE SaÚDE

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

1 20 UnIMED VItÓRIA 814.084 14,9% 807.108 17,2% 4.529 72.946 1.885

2 65 UnIMED sUL CAPIXABA 142.210 28,3% 140.403 27,7% -2.306 17.544 668

3 67 HOsPItAL MERIDIOnAL 141.948 35,6% 134.351 34,5% 6.348 30.980 1.290

4 74 sAMP 119.853 14,3% 121.689 14,7% 2.134 7.893 165

5 79 HOsPItAL sAntA RItA 110.444 17,7% 107.846 17,0% 21.142 111.019 1.328

6 85 HOsPItAL EVAnGÉLICO DE VILA VELHA 100.223 15,2% 98.195 13,0% 2.921 10.562 1.168

7 100 VItÓRIA APARt HOsPItAL 78.933 -0,6% 74.650 3,2% -391 63.373 1.140

8 109 HOsPItAL VILA VELHA 71.923 24,7% 68.118 24,7% 2.345 19.743 1.035

9 119 HOsPItAL MEtROPOLItAnO 66.007 11,8% 62.527 17,2% 2.929 43.845 628

10 127 UnIMED nOROEstE 59.494 -9,5% 56.925 -11,6% 14 7.763 n/d

Ranking | AS MAIorES EMPrESAS Por SEtor

B1_200M 2013_Ranking.indb 150 28/10/2013 18:01:45

Page 151: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

151anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE TRanSPORTES

1 19 VIX LOGístICA 893.204 16,7% 795.239 15,7% 50.620 207.623 2.493

2 42 áGUIA BRAnCA 293.429 7,9% 234.692 8,3% 20.002 345.776 1.246

3 88 UnIMAR 91.144 3,7% 84.134 3,9% 6.254 73.463 1.436

4 114 JsL 69.029 n/d n/d n/d n/d n/d 757

5 117 CHEIM tRAnsPORtEs 67.471 -12,4% 62.207 -12,3% 118 36.713 n/d

6 134 PRAIA sOL 55.176 -3,3% 53.162 -3,3% 6.618 12.029 903

7 139 VIAçãO JOAnA D'ARC 49.300 10,7% 45.795 11,3% 2.346 30.062 888

8 161 BRAsPREss 36.484 21,6% n/d n/d n/d n/d 257

9 163 GRAnVItUR - GRAnDE VItÓRIA 35.334 7,9% 32.562 8,0% 607 4.857 536

10 171 VIAçãO tABUAZEIRO 31.623 2,9% 29.521 2,9% -1.249 -477 565

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE SERViÇOS DE iMPORTaÇÃO E EXPORTaÇÃO

1 6 CIsA tRADInG 2.815.934 2,3% 2.044.808 -5,1% 63.414 177.443 22

2 7 COtIA 2.772.193 -32,0% 2.071.962 -33,7% 58.250 108.338 200

3 12 COLUMBIA tRADInG 1.616.192 29,8% 1.301.404 29,5% 11.915 31.658 7

4 14 tROP 1.535.892 7,1% 1.248.012 5,3% 38.818 135.616 n/d

5 18 sERtRADInG 939.888 57,4% 812.122 62,3% 21.660 49.015 19

6 36 MERCOCAMP 357.101 99,7% 266.304 104,5% 409 975 50

7 49 FULL COMEX 223.603 -2,1% 164.224 -1,2% -4.559 5.240 15

8 55 CLAC 187.898 -3,0% 145.050 0,0% 774 7.678 9

9 73 QUIMEtAL sA 120.416 18,7% 92.627 18,4% 5.724 20.185 43

10 92 tCI tRADInG 87.196 -26,1% 67.482 -28,5% 2.530 20.135 n/d

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

Segundo a receita operacional Bruta (roB) no ES - em r$ milhares

aS 10 MaiORES EMPRESaS DE SERViÇOS FinanCEiROS E SEgUROS

1 13 BAnEstEs 1.607.252 -0,1% 1.557.166 -0,3% 81.395 872.573 2.278

2 16 BAnCO DO BRAsIL 1.044.553 6,3% n/d n/d n/d n/d 1.582

3 72 BAnEstEs sEGUROs 128.143 9,3% 124.667 7,9% 12.567 87.802 102

4 94 sICOOB LEstE CAPIXABA 83.192 14,8% 20.691 26,3% 20.487 104.886 145

5 101 BAnDEs 78.339 -10,6% 40.856 -10,3% 4.282 159.659 206

6 120 sICOOB sUL sERRAnO 65.554 20,1% 14.598 82,3% 14.568 89.664 180

7 123 sICOOB nORtE 62.215 15,7% 18.324 197,5% 18.066 87.291 153

8 126 sICOOB sUL 59.955 17,2% 19.802 66,4% 19.542 83.397 139

9 132 sICOOB CEntRAL Es 57.013 -2,4% 3.977 92,4% 3.963 55.705 58

10 150 sICOOB CEntRO-sERRAnO 42.466 14,8% 10.028 78,6% 9.881 48.529 144

POsIçãO CLAssIF. 2012 EMPREsAREC. OP. BRUtA

VAR ROB 2012/2011

REC. OP. LIQ.VAR ROL

2012/2011LUCRO LIQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

EMPREGADOs Es 2012

B1_200M 2013_Ranking.indb 151 28/10/2013 18:01:45

Page 152: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

152 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

O Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, ao longo de 17 anos, se consolidou como um dos

mais importantes veículos de informação da economia capixaba, de gestão empresarial e divulgação das empresas. Nesse período, tem buscado manter seu padrão técnico com inovação e melhoria contínua da qualidade. Constantes mudanças metodológicas têm sido implementadas de forma a tornar os dados e resultados da pesquisa mais consistentes. Assim, o IEL apresenta pelo sétimo ano consecutivo, o prêmio “A Melhor Empresa no Espírito Santo”.

A metodologia de cálculo consiste em atribuir pontos pelo desempenho em cada indicador – 10 para o primeiro lugar,

1 PARAnAsA EnGEnHARIA Indústria 4,45

2 Viação tabuazeiro Serviços 3,50

3 Spassu Serviços 3,15

4 Samarco Indústria 3,10

5 Correios Serviços 2,80

6 Cafénorte Com. Atacadista 2,75

7 Caraiva Serviços 2,70

8 tervap Indústria 2,70

9 Famex Com. Atacadista 2,40

10 CentralFer Serviços 2,10

CLAssIF. EMPREsA sEtOR POntUAçãO

a MELHOR EMPRESaPontuação pelo melhor desempenho econômico-financeiro

Ranking | A MELHor EMPrESA no ESPÍrIto SAnto EM 2012

PaRanaSa EngEnHaRia

B1_200M 2013_Ranking.indb 152 28/10/2013 18:01:47

Page 153: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

153anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Razão social: Paranasa Engenharia Comércio S/A

Nome fantasia: Paranasa Engenharia

Atividade: Construção Civil

Pessoal empregado no ES: 624

Faturamento: r$ 104.550 Milhões

Crescimento das vendas 2012/2011: 1.533,6%

Rentabilidade das vendas: 14,8%

Rentabilidade do Patrimônio Líquido: 88,6%

Liquidez corrente: 4,9

Perfil da empresa9 para o segundo, e assim sucessivamente até a 10ª empresa, que recebe um ponto. Em seguida, os pontos são multiplicados por um peso atribuído a cada indicador. É importante esclarecer que o estabeleci-mento da melhor empresa em 2012 não é uma escolha fundamentada nas compe-tências em seus respectivos mercados, pois a classificação não é segregada por setor de atividade. Embora o objetivo seja analisar de forma integrada os índices das empresas, o conjunto de indicadores e seus respectivos pesos são determinados de maneira subjetiva.

Os indicadores de desempenho e seus respectivos pesos são os seguintes:

Crescimento das Vendas Brutas – Peso 20

Indica se a participação da empresa no mercado aumentou ou diminuiu e sua capa-cidade de, crescendo, gerar novos empregos. Pode ser utilizado no estabelecimento de metas de crescimento da empresa para os próximos períodos

Rentabilidade das Vendas – Peso 10Mede o percentual das vendas líquidas

que permanecem na empresa como lucro do período, ou seja, é o percentual da receita operacional líquida que restou para a empresa, depois de deduzidos todos os custos e despesas. A análise indica quanto a empresa obtém de lucro para cada R$ 100,00 vendidos.

Rentabilidade do Patrimônio Líquido – Peso 35

Mede a remuneração do capital investi-do pelos proprietários, sendo resultado da eficiência da empresa na gestão dos negócios. O cálculo da rentabilidade do patrimônio líquido permite saber quanto a adminis-tração, por meio de uso dos ativos, obteve de rendimento com a respectiva estrutu-ra, seja esta financiada com capital próprio ou de terceiros. Esta rentabilidade deve

ser comparada com taxas de mercado, para avaliar se a firma oferece rentabilida-de superior ou inferior a essas opções.

A rentabilidade do patrimônio líquido é utilizada como critério de desempate entre as empresas que apresentam o mesmo número de pontos no desempenho geral.

Lucratividade por Empregado – Peso 15

Mede a lucratividade gerada por empre-gado e a contribuição média de cada um para o lucro gerado pela empresa.

Liquidez Corrente – Peso 20Importante indicador da saúde financeira

da empresa, indicando a segurança com que a empresa está operando no curto prazo. Quanto maior a liquidez corrente, melhor se apresenta a capacidade da empresa em financiar suas necessidades de capital de giro. Representa o quanto de recursos se dispõe no curto prazo para se liquidarem as dívidas também de curto prazo. Assim, quanto maior o valor apurado melhor será a solvência da empresa.

Segundo os critérios acima definidos, “A Melhor Empresa no Espírito Santo em 2012” é a Paranasa Engenharia, que atingiu 4,45 pontos.

B1_200M 2013_Ranking.indb 153 28/10/2013 18:01:48

Page 154: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

154 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

ao longo dos últimos seis anos, o IEL elaborou o Ranking das “100 Maiores Empresas Privadas

com Controle de Capital Capixaba”. Esta lista é o reconhecimento às empresas que contribuem para o desenvolvimento do Espírito Santo e valorização das organi-zações essencialmente capixabas.

Para definição deste ranking, de acordo com a metodologia, a classificação se dá por ordem decrescente de receita opera-cional líquida. Para o enquadramento como Empresa Privada de Controle de Capital Capixaba, foram definidos os seguintes critérios:

1. Controle acionário e origem do capital privado estadual.

2. Localização da matriz/sede fiscal no Espírito Santo.

3. Empresa originalmente constituída no Espírito Santo.

4. Possuir unidade operacional no Espírito Santo.

Na aná l ise dos resu ltados deste ranking, observou-se que as 100 Maiores Empresas Privadas com Controle de Capital Capixaba totalizaram uma receita

operacional líquida de R$ 19,5 bilhões, 7,5% maior que no ano de 2011.

O número total de colaboradores foi de 46.600, 1,8% maior que no ano anterior.

Quando observada a distribuição das empresas entre os setores de atividades, o setor de serviços manteve a liderança, com 39 empresas, seg uido do setor comercial com 34; e do setor industrial, com 27 empresas.

O setor comercial obteve uma receita operacional líquida (ROL) de R$ 7,4 bilhões (37,9% do total); o setor de serviços obteve uma ROL de R$ 8,9 bilhões (45,8% do total); e o setor industrial obteve uma ROL de R$ 3,2 bilhões, o que representa 16,3% do total da receita operacional líquida das 100 Maiores Empresas Capixabas.

O total de empregos gerados no Espírito Santo foi de 46.600, distribuídos entre os setores serviços (53,1%), industrial (26,2%) e comercial (20,7%).

As 100 Maiores Empresas Capixabas somaram em 2012 um patrimônio líquido de R$ 5,9 bilhões, distribuídos entre os setores serviços (R$ 2,7 bi), industrial (R$ 1,7 bi) e comercial (R$ 1,5 bi).

Ranking | AS 100 MAIorES EMPrESAS PrIVAdAS CoM ControLE dE CAPItAL CAPIXABA

B1_200M 2013_Ranking.indb 154 28/10/2013 18:01:50

Page 155: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

155anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

ranking segundo receita operacional Líquida (roL) no Espírito Santo - Valores em r$ milhares

aS 100 MaiORES EMPRESaS PRiVaDaS COM COnTROLE DE CaPiTaL CaPiXaBa

1 6 CISA trAdInG Serviços 2.044.808 -5,1% 63.414 177.443 3,1% 35,7% 1,6 22

2 12 CoLuMBIA trAdInG Serviços 1.301.404 29,5% 11.915 31.658 0,9% 37,6% 1,0 7

3 18 SErtrAdInG Serviços 812.122 62,3% 21.660 49.015 2,7% 44,2% 1,1 19

4 20 unIMEd VItÓrIA Serviços 807.108 17,2% 4.529 72.946 0,6% 6,2% 1,0 1.885

5 19 VIX LoGÍStICA Serviços 795.239 15,7% 50.620 207.623 6,4% 24,4% 1,5 2.493

6 21 KuruMá VEÍCuLoS Com. Varejista 723.996 17,0% 7.850 47.890 1,1% 16,4% 1,0 373

7 26 unICAFÉ Com.Atacadista 626.739 -23,3% 5.898 226.949 0,9% 2,6% 1,6 140

8 25 HortIFrutI Com. Varejista 624.194 27,9% 11.826 60.259 1,9% 19,6% 1,2 320

9 22 VItÓrIA dIESEL Com. Varejista 612.205 -10,8% 1.459 42.716 0,2% 3,4% 1,2 441

10 27 FrISA Indústria 560.904 11,5% 15.327 92.922 2,7% 16,5% 1,6 1.327

11 30 CuStÓdIo ForZZA Com. Atacadista 486.146 8,4% -9.299 54.731 -1,9% -17,0% 1,0 102

12 33 CASAGrAndE Com. Varejista 413.962 9,3% 13.916 78.970 3,4% 17,6% 1,4 2.250

13 32 unILIdEr Com. Atacadista 405.555 -5,9% 7.604 27.863 1,9% 27,3% 1,4 n/d

14 35 SuPErMErCAdo PErIM Com. Varejista 354.444 9,6% -29.653 14.854 -8,4% -199,6% 1,6 1.371

15 34 PErFILAdoS rIo doCE Indústria 336.010 8,2% 40.594 278.484 12,1% 14,6% 5,5 355

16 37 PodIuM VEÍCuLoS Com. Varejista 335.359 12,1% 9.093 28.191 2,7% 32,3% 1,7 338

17 38 CVC Com. Varejista 301.131 34,5% 7.474 48.800 2,5% 15,3% 1,5 376

18 39 rdG Prod. SIdErÚrGICoS Com. Atacadista 267.641 9,7% 60.845 290.231 22,7% 21,0% 2,0 333

19 36 MErCoCAMP Serviços 266.304 104,5% 409 975 0,2% 41,9% 1,2 50

20 43 nICAFÉ Com. Atacadista 263.131 -21,5% 878 45.020 0,3% 1,9% 2,3 83

21 47 trIStão Com. Atacadista 234.904 -33,7% 12.970 167.509 5,5% 7,7% 1,1 33

22 42 áGuIA BrAnCA Serviços 234.692 8,3% 20.002 345.776 8,5% 5,8% 2,8 1.246

23 40 LorEnGE Indústria 234.543 31,3% 44.479 186.563 19,0% 23,8% 1,9 1.600

24 44 tErrA noVA Com. Atacadista 199.742 7,2% 4.106 7.860 2,1% 52,2% 1,1 7

25 45 FortLEV Indústria 187.684 19,3% 10.368 123.219 5,5% 8,4% 5,6 647

26 58 CooPEAVI Com. Varejista 180.460 9,7% 6.427 55.144 3,6% 11,7% 1,5 377

27 61 ConCrEVIt Indústria 167.967 27,3% 9.055 36.200 5,4% 25,0% 1,0 237

28 49 FuLL CoMEX Serviços 164.224 -1,2% -4.559 5.240 -2,8% -87,0% 1,1 15

29 63 rEALCAFÉ Indústria 154.641 20,0% 14.206 65.356 9,2% 21,7% 1,0 330

30 53 BIAnCoGrES Indústria 151.505 8,3% 16.251 88.641 10,7% 18,3% 3,2 305

31 55 CLAC Serviços 145.050 0,0% 774 7.678 0,5% 10,1% 0,7 9

32 64 BuAIZ ALIMEntoS Indústria 142.626 7,6% 2.173 88.130 1,5% 2,5% 0,8 386

33 57 CEdISA Com. Atacadista 141.718 4,5% 3.755 57.736 2,6% 6,5% 3,1 172

34 65 unIMEd SuL CAPIXABA Serviços 140.403 27,7% -2.306 17.544 -1,6% -13,1% 1,1 668

35 52 SAntA MArIA Serviços 137.745 12,5% 37.542 117.735 27,3% 31,9% 1,4 330

36 67 HoSPItAL MErIdIonAL Serviços 134.351 34,5% 6.348 30.980 4,7% 20,5% 0,7 1.290

37 60 InSPECtIon Com.Atacadista 134.256 4,4% -1.016 16.378 -0,8% -6,2% 1,1 1

38 71 PrEMIuM VEÍCuLoS Com. Varejista 126.317 22,6% 2.376 7.961 1,9% 29,8% 1,3 161

39 69 SPASSu Serviços 125.704 17,2% 8.856 5.962 7,0% 148,5% 1,2 1.202

40 70 VESSA Com. Varejista 124.137 28,1% 1.088 11.262 0,9% 9,7% 1,6 163

41 74 SAMP Serviços 121.689 14,7% 2.134 7.893 1,8% 27,0% 1,3 165

42 68 CPVV Serviços 120.175 13,8% 21.555 60.268 17,9% 35,8% 1,9 159

43 79 HoSPItAL SAntA rItA Serviços 107.846 17,0% 21.142 111.019 19,6% 19,0% 1,8 1.328

44 83 CArAIVA Serviços 106.341 8,9% 104.664 540.654 98,4% 19,4% 13,5 n/d

45 77 SuPErM. SAnto AntonIo Com. Varejista 103.434 16,0% -57 4.286 -0,1% -1,3% 1,1 975

46 81 VEnEZA Indústria 103.199 22,4% 2.383 26.840 2,3% 8,9% 1,2 407

47 75 PAInEIrAS Indústria 102.203 -0,4% -5.587 96.604 -5,5% -5,8% 1,2 691

48 85 HoSP. EVAnG. dE VILA VELHA Serviços 98.195 13,0% 2.921 10.562 3,0% 27,7% 1,0 1.168

49 73 QuIMEtAL SA Serviços 92.627 18,4% 5.724 20.185 6,2% 28,4% 2,2 43

50 87 ALCon Indústria 89.693 -2,7% 10.655 101.678 11,9% 10,5% 3,5 287

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

REC. OP. LíQUIDA

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LíQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

REntAB. DAs VEnDAs

REntAB. DO PL

LIQUIDEZ CORREntE

EMPREGADOs Es

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Page 156: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

156 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

ranking segundo receita operacional Líquida (roL) no Espírito Santo - Valores em r$ milhares

aS 100 MaiORES EMPRESaS PRiVaDaS COM COnTROLE DE CaPiTaL CaPiXaBa

51 89 KIFrAnGo Indústria 89.381 13,8% 782 6.228 0,9% 12,6% 0,7 649

52 76 VIMInAS Indústria 88.046 9,0% 9.602 52.380 10,9% 18,3% 2,0 445

53 88 unIMAr Serviços 84.134 3,9% 6.254 73.463 7,4% 8,5% 1,0 1.436

54 91 tV GAZEtA Serviços 80.735 5,0% 15.843 78.506 19,6% 20,2% 7,5 324

55 93 MArBrASA Indústria 75.614 38,5% 13.363 32.789 17,7% 40,8% 1,2 390

56 95 ABAV Indústria 75.329 48,2% 585 7.718 0,8% 7,6% 1,1 518

57 102 MorAr ConStr. E InCorP. Indústria 74.788 7,9% 7.188 45.099 9,6% 15,9% 2,6 146

58 100 VItÓrIA APArt HoSPItAL Serviços 74.650 3,2% -391 63.373 -0,5% -0,6% 0,8 1.140

59 106 AutoVIL Comércio Varejista 72.824 19,3% 730 3.598 1,0% 20,3% 0,8 116

60 103 rodoSoL Serviços 70.538 1,6% 23.602 54.130 33,5% 43,6% 0,3 n/d

61 109 HoSPItAL VILA VELHA Serviços 68.118 24,7% 2.345 19.743 3,4% 11,9% 0,6 1.035

62 108 dAMArE Indústria 67.785 18,2% -192 6.696 -0,3% -2,9% 0,7 n/d

63 92 tCI Serviços 67.482 -28,5% 2.530 20.135 3,7% 12,6% 2,7 n/d

64 90 rIMo S/A Ind. E CoMÉrCIo Indústria 67.426 10,7% 1.300 11.202 1,9% 11,6% 1,6 292

65 104 SErdEL Serviços 66.930 24,6% 7.646 38.483 11,4% 19,9% 6,5 3.325

66 96 PAnAn MoVEIS Indústria 65.277 6,4% -2.692 7.978 -4,1% -33,7% 1,4 250

67 113 A GAZEtA Serviços 64.916 4,0% -5.484 18.541 -8,4% -29,6% 1,7 709

68 112 SuPErM. Porto noVo Comércio Varejista 62.785 10,1% -421 5.575 -0,7% -7,5% 1,3 432

69 119 HoSPItAL MEtroPoLItAno Serviços 62.527 17,2% 2.929 43.845 4,7% 6,7% 1,5 628

70 105 dIAço Com. Atacadista 62.255 -6,6% 2.961 49.767 4,8% 5,9% 5,4 119

71 116 VEnAC Com. Varejista 62.079 -2,0% 3.371 27.230 5,4% 12,4% 3,3 114

72 121 VItÓrIA MotorS Com. Varejista 61.982 -35,8% -470 8.354 -0,8% -5,6% 1,0 43

73 122 ESPIrAL EnGEnHArIA Serviços 58.932 32,0% 2.395 18.865 4,1% 12,7% 2,8 619

74 131 unIMEd nortE CAPIXABA Serviços 57.469 67,5% -46 6.615 -0,1% -0,7% 1,0 257

75 127 unIMEd noroEStE Serviços 56.925 -11,6% 14 7.763 0,0% 0,2% 0,9 n/d

76 133 tErVAP Indústria 54.453 13,8% 41.336 220.135 75,9% 18,8% 12,5 103

77 135 MC KInLAY Com. Atacadista 54.332 -1,7% -4.205 14.779 -7,7% -28,5% 1,5 13

78 124 Bonno Com. Atacadista 53.849 9,7% 1.372 9.756 2,5% 14,1% 1,4 140

79 134 PrAIA SoL Serviços 53.162 -3,3% 6.618 12.029 12,4% 55,0% 0,6 903

80 129 ISH tECnoLoGIA Serviços 50.776 18,4% 2.622 6.822 5,2% 38,4% 1,2 111

81 130 ELSonS Com. Atacadista 49.183 12,5% 245 5.323 0,5% 4,6% 0,9 283

82 138 SHoPPInG VItÓrIA Serviços 48.874 9,8% 24.334 282.229 49,8% 8,6% 0,8 302

83 136 AtACAdo São PAuLo Com. Atacadista 47.467 4,5% 4.459 9.350 9,4% 47,7% 2,4 138

84 143 MArCA CAFÉ Com. Atacadista 46.997 -37,9% 9.040 23.918 19,2% 37,8% 1,6 15

85 139 VIAção JoAnA d'ArC Serviços 45.795 11,3% 2.346 30.062 5,1% 7,8% 1,9 888

86 128 ACP MÓVEIS Indústria 45.231 12,3% 2.011 17.201 4,4% 11,7% 3,0 227

87 125 FIBrASA SudEStE Indústria 44.757 13,6% 576 17.971 1,3% 3,2% 1,5 292

88 145 rEdE VItÓrIA dE CoMunIC. Serviços 44.441 5,4% 7.846 34.460 17,7% 22,8% 1,6 308

89 107 Cn Auto Comércio Varejista 43.959 -81,6% -14.375 1.999 -32,7% -719,1% 1,8 n/d

90 146 dECoLorES Indústria 43.934 23,9% 13.994 35.432 31,9% 39,5% 1,8 98

91 148 ConStrutorA ÉPurA Indústria 42.628 53,6% 7.797 29.671 18,3% 26,3% 3,6 264

92 140 VAMtEC VItÓrIA Indústria 41.191 -22,4% 2.083 11.383 5,1% 18,3% 1,4 n/d

93 144 ELEtroMIL Com. Atacadista 40.025 5,5% 7.060 19.361 17,6% 36,5% 3,2 134

94 137 EnGE urB Serviços 39.045 13,8% 7.631 44.782 19,5% 17,0% 3,7 587

95 154 LASA Indústria 38.587 -17,8% -5.079 76.036 -13,2% -6,7% 0,9 911

96 152 MAtrICIAL EnG. E ConStr. Indústria 37.579 49,6% 2.335 7.055 6,2% 33,1% 1,8 1.058

97 142 FAMEX Com. Atacadista 37.363 73,4% 953 1.666 2,6% 57,2% 1,5 5

98 160 unIMEd PIrAQuEAçu Serviços 36.388 9,1% 805 5.669 2,2% 14,2% 1,6 79

99 147 SAntA FÉ trAdInG Serviços 36.258 -14,4% 1.115 2.484 3,1% 44,9% 3,0 3

100 166 trIEStE Com. Varejista 34.109 26,3% 391 4.222 1,1% 9,3% 1,3 64

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

REC. OP. LíQUIDA

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LíQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

REntAB. DAs VEnDAs

REntAB. DO PL

LIQUIDEZ CORREntE

EMPREGADOs Es

Ranking | AS 100 MAIorES EMPrESAS PrIVAdAS CoM ControLE dE CAPItAL CAPIXABA

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Page 157: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

157anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Segundo receita operacional Líquida (roL) no Espírito Santo - Valores em r$ milhares

COnSOLiDaÇÃO DaS 100 MaiORES EMPRESaS PRiVaDaS COM COnTROLE DE CaPiTaL CaPiXaBa

INDÚSTRIA 27 3.182.982 391.159 254.894 3.497.980 1.769.613 12.215

Alimentos 8 1.296.069 39.328 29.678 1.106.277 390.494 4.308

Construção 6 611.958 129.443 112.190 1.014.387 524.724 3.408

Fabricação de Móveis 3 177.934 997 619 116.028 36.381 769

Fabric. Prod. Borracha e Mat. Plástico 2 232.440 23.968 10.944 182.487 141.191 939

Fabr. Prod. Mineiras não Metálicos 4 359.099 62.880 53.209 401.210 209.243 1.238

Química e Petroquímica 2 128.280 87.532 5.576 330.998 177.714 1.198

Siderúrgia e Metalúrgia 2 377.201 47.011 42.677 346.593 289.867 355

Indústria de têxteis 1 527.405 78.685 44.193 106.781 299 1.764

sEtORnÚMERO DE EMPREsAs

RECEItA OPERACIOnAL

LíQ. EBItDA LUCRO LIQ. EX. AtIVO tOtAL

PAtRIMOnIO LíQUIDO

EMPREGADOs nO Es

COMÉRCIO 34 7.388.677 205.699 128.655 3.411.860 1.479.505 9.632

Comércio Atacadista 17 3.151.302 144.866 107.628 2.122.000 1.028.195 1.718

Comércio Varejista 17 4.237.375 60.833 21.027 1.289.859 451.310 7.914

SERVIÇOS 39 8.924.122 660.199 488.296 6.373.076 2.683.157 24.753

Administração de Empresas do Grupo 1 106.341 104.938 104.664 541.443 540.654 n/d

Administração de Shopping Center 1 48.874 31.532 24.334 310.935 282.229 302

Atendimento Hospitalar 6 545.686 46.173 35.293 588.270 279.522 6.589

Coleta, trat. e disp. resíduos 1 39.045 12.867 7.631 83.315 44.782 587

Concessionária de rodovias 1 70.538 37.299 23.602 76.467 54.130 n/d

Eletricidade e Gás 1 137.745 47.616 37.542 178.388 117.735 330

Gestão de Portos e terminais 1 120.175 31.716 21.555 91.584 60.268 159

Informação e Comunicação 3 190.092 18.977 18.205 182.559 131.507 1.341

Locação de Maq. e Equip. para Construção 1 58.932 13.199 2.395 35.328 18.865 619

Plano de Saúde 6 1.219.982 12.587 5.130 531.755 118.431 3.054

Serv. Importação e Exportação 9 4.930.279 147.560 102.981 2.125.581 314.813 168

Serviço de Limpeza e Conservação 1 66.930 11.486 7.646 45.956 38.483 3.325

tecnologia da Informação 2 176.480 16.714 11.478 56.266 12.784 1.313

transportes 5 1.213.022 127.535 85.840 1.525.229 668.953 6.966

TOTAL 100 MAIORES EMPRESAS CAPIXABAS 100 19.495.781 1.257.058 871.845 13.282.916 5.932.275 46.600

POsIçãOCLAssIF.

2012EMPREsA sEtOR

REC. OP. LíQUIDA

VAR ROL 2012/2011

LUCRO LíQ. EX.

PAtRIM. LíQUIDO

REntAB. DAs VEnDAs

REntAB. DO PL

LIQUIDEZ CORREntE

EMPREGADOs Es

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Page 158: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

158 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

n a 13ª edição, o ranking dos 10 Maiores Grupos Empresariais no Espírito Santo, definido de acordo

com a metodologia como “duas ou mais empresas independentes, formalmente constituídas sob o mesmo controle acio-nário, cujo capital de origem capixaba seja superior a 50%”, foi elaborado a partir do envio de informações econômicas e finan-ceiras. Da mesma forma que nos anos anteriores, utilizou-se o Patrimônio Líquido como critério. Dados complementares são adicionados para refletir a importância desses grupos para a economia do Estado.

Ressalta-se a não participação de alguns grupos empresariais no ranking. Os principais motivos para a não inclusão são: I) a falta de informações consolidadas; e II) não disponibilização das informações em tempo hábil.

Ranking | rAnKInG doS 10 MAIorES GruPoS EMPrESArIAIS

Em 2012, os 10 maiores Grupos Empresariais somaram 76 empresas, com um Patrimônio Líquido de R$ 4,8 bilhões, valor 53,3% maior que o verificado no ano de 2011, e que representa um aumento significativo do investimento com capital próprio nas empresas.

A Receita Operacional Bruta (ROB) dos Maiores Grupos Empresariais do Estado foi de 9,7 bilhões em 2012. Esse valor é R$ 2,4 bilhões superior ao apurado em 2011, representando um crescimento de 31,8%, consequência do incremento das vendas tanto no Estado, aumento de 19,8%, quanto fora dele, avanço de 60,0%.

A ROB gerada no Estado pelos 10 Maiores Grupos Empresariais em 2012 foi de R$ 6,1 bilhões, um aumento de 19,8% em relação a 2011. Esse valor representa 63,7% da ROB total gerada pelos grupos no

Foto: Leonel Albuquerque

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Page 159: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

159anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

(Valores em r$ milhares)

OS 10 MaiORES gRUPOS EMPRESaRiaiS, SEgUnDO PaTRiMÔniO LÍQUiDO

1 InCOsPAL 11 SErrA 1.410.226 21,35% 588.072 100,00% 588.072 25,18% 2.347 2.347 264.519

2 áGUIA BRAnCA 12 VItÓrIA 882.318 37,25% 1.452.754 39,90% 3.640.987 13,49% 4.791 13.796 273.706

3 RDG AçOs DO BRAsIL 6 SErrA 587.302 13,09% 784.116 98,00% 800.118 9,49% 896 947 67.598

4 COIMEX 8 VItÓrIA 532.780 14,14% 815.895 51,00% 1.599.795 10,78% 764 6257 61.583

5 sICOOB 9 VItÓrIA 447.125 21,10% 480.407 100,00% 480.407 16,55% 997 997 110.010

6 GRUPO BUAIZ 11 VItÓrIA 419.298 23,09% 290.412 100,00% 290.412 2,00% 996 996 33.440

7 FRIsA 6 CoLAtInA 228.183 19,55% 617.636 74,72% 826.601 11,67% 1.693 2.778 53.326

8 FIBRAsA 3 SErrA 150.620 6,56% 63.744 38,00% 167.747 6,67% 252 603 4.535

9 sERtRADInG 6 VItÓrIA 56.846 29,11% 939.840 82,51% 1.139.062 82,51% 19 277 21.415

10 QUIMEtAL 4 VItÓrIA 55.892 7,21% 132.374 89,00% 148.735 16,48% 92 152 13.601

tOtAL 76 - 4.770.590 - 6.165.250 63,70% 9.681.936 - 12.847 29.150 903.733

CLAssIF. 2012

GRUPOn° DE

EMPREsAs MUnICíPIO

PAtRIM. LIQ.

CREsC. PL 2012/2011

REC. BRUtA nO Es

% ROB nO Es

REC. BRUtA tOtAL

CREsC. ROB

2012/2011

n° EMPREG.

nO Es

n° EMPREG.

tOtAL

LUCRO LIQ. EXERC.

Estado e é 6,4% menor que a participação do ano anterior, indicando um incremento dos negócios fora do Estado, o que sinaliza um crescimento das operações nacionais e/ou internacionais dos grupos capixabas.

O total de empregos gerados pelos grupos empresariais é de 29.150. Desses, 12.847 postos estão no Espírito Santo, o que corres-ponde a 44,1%. Quando comparado ao ano de 2011, houve uma queda de 5,7 pontos percentuais nos empregos gerados no Estado. Este número representa menos 777 postos de trabalho.

Apesar dessa redução, o número total de empregados das empresas componentes dos grupos empresariais manteve-se estável, com queda de apenas 0,2% entre 2011 e 2012, passando de 29.200 para 29.150 colaboradores. Quando analisados em conjunto com a evolução da ROB, esses números indicam uma opção por transferir uma parte dos postos de trabalho para fora do Estado, possivelmente para atender ao

aumento da demanda significativamente superior (60%) ao aumento identificado no ES (19,8%).

A produtividade por empregado é um importante indicador de competitividade organizacional. A produtividade dos grupos no Espírito Santo aumentou 27,1%, com um faturamento médio de R$ 480 mil por funcio-nário, e 32,1% no total, com um faturamento médio de R$ 332 mil por funcionário, o que demonstra um desempenho superior no Estado, quando comparado aos resultados gerais dos grupos.

Apesar do aumento da produtividade das empresas dos grupos, o Lucro Líquido do Exercício de 2012 sofreu um decréscimo de 16,6% em relação ao apurado em 2011, somando R$ 903,7 milhões. Essa redução pode ser resultado da recente pressão infla-cionária, que provocou aumentos nos custos de produção e nas despesas administrativas e de vendas, e que não foram totalmente repassados para o consumidor final.

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Page 160: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

160 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013 200 Maiores eMpresas 2013

apartir desta edição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, o Instituto de Desenvolvimento

Educacional e Industrial no Espírito Santo (Ideies) passa a analisar o peso relativo das 20 maiores quanto à Receita Operacional Bruta e quanto à quantidade de empregados no total das 200 maiores empresas.

Destaca-se nessa análise que a Receita Operacional Bruta das 20 maiores empresas representa 69,5%, sendo que a quantidade de empregos de 18 delas (duas não deram essa informação) corresponde a 28,9% do total de empregos do ranking geral.

Pela primeira vez são apresentados os resultados da pesquisa de clima realizada com as 200 Maiores Empresas desta edição, obtendo respostas de 138 empresas. O objetivo foi avaliar o potencial do Espírito Santo e o clima dos empresários capixabas em relação à economia em diversos aspectos, sendo alguns deles comparados

aos resultados apresentados na pesquisa de clima realizada no ano anterior.

Também é analisada a distribuição da quantidade de empresas e respectivas receitas operacionais brutas pelas regio-nais do Sistema Findes, com a Região Metropolitana da Grande Vitória concen-trando o maior número de empresas (153), correspondendo a 80,2% da receita total.

Quanto à concentração na Região Metropolitana da Grande Vitória, cabe destacar que uma das principais prioridades do Sistema Findes é a interiorização do desen-volvimento, razão pela qual instituiu oito diretorias regionais que atuam no sentido de buscar novos investimentos industriais que permitam um crescimento econômico mais equilibrado no Espírito Santo.

Por último, desejo agradecer a Doria Porto, diretor-executivo do Ideies e toda a equipe da entidade pelo estudo efetuado para esta edição das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo.

Egídio Malanquinié diretor para

Assuntos do Ideies

Ranking | AnáLISE IdEIES

Um novo olhar sobre as 200 maiores empresas no Espírito Santo

Ranking | AnáLISE IdEIES

B1_200M 2013_Ranking.indb 160 28/10/2013 18:01:59

Page 161: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

161anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

O estudo “200 Maiores Empresas no Espírito Santo” permite diversos tipos de análises, sob diversos

ângulos. Nesta análise o enfoque é a parti-cipação dos setores industrial, comercial e de serviço, principalmente das 20 maiores empresas desses setores, sob a ótica da Receita Operacional Bruta e do pessoal empregado, itens considerados relevantes para avaliar o cenário econômico.

20 Maiores Empresas Por Setor

indústriareceita operacional Bruta

As 20 maiores empresas industriais tota-lizaram 93,7% da Receita Operacional Bruta (ROB) das 59 contempladas nas 200 maiores empresas no Espírito Santo. Isso significa que as demais empresas

UM PanORaMa SETORiaL DaS 20 MaiORES EM RELaÇÃO àS 200 MaiORES EMPRESaS nO ESPÍRiTO SanTO

Demais Empresas Comerciais

6,3%

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas industriais no total da ROB das empresas industriais contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/nec

20 Maiores Empresas Industriais

93,7%

Gráfico 1

Demais Empresas Industriais

53,2%

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas Industriais no total da ROB das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

20 Maiores Empresas Industriais

46,8%

Gráfico 2

industriais constantes do estudo (39) perfi-zeram apenas 6,3% (ver gráfico 1).

Em relação à ROB total das 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, a participação das 20 maiores empresas industriais equi-valeu a 46,8%, deixando os 53,2% restantes para serem distribuídos entre comércio, serviço e as demais indústrias classificadas entre as 200 maiores empresas (ver gráfico 2).

Foto

: Arc

elor

Mitt

al

B1_200M 2013_Ranking.indb 161 28/10/2013 18:02:03

Page 162: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

162 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

As participações de cada uma das 20 maiores empresas industriais no total das indústrias constantes do ranking das 200 maiores empresas, de acordo com a Receita Operacional Bruta, podem ser observadas no gráfico 3.

foi de 27,9%. A maioria dos empregos, 72,1%, foi absorvida pelos setores do comércio e serviço, e o restante das empresas industriais classificadas entre as 169 maiores empresas que forneceram essa informação, conforme se observa no gráfico 5.

Demais Empresas

29,2%

Participação do número de empregados das 18* maiores empresas industriais no total de empregados das empresas industriais contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

*Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 9 entre as 59 indústrias do ranking não divulgaram essa informação.

18 Maiores Empresas Industriais

70,8%

Demais Empresas

72,1%

Participação do número de empregados das 18* maiores empresas industriais no total de empregados das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

*Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 31 empresas do ranking geral não divulgaram essa informação.

18 Maiores Empresas Industriais

27,9%

Gráfico 4

Distribuição da Receita Operacional Bruta das 20 maiores empresas industriais

Vale

Cesan

samarco

Itabira Agro Industria

Heringer

Perfilados Rio Doce

ArcelorMittal Brasil

Lorenge

Fibria

Fortlev

Garoto

Brametal

tangará Foods

Weg Linhares

Excim

Biancogres

Cyrela Brazil Reality

Concrevit

Elkem

Frisa

25,4%

4,8%

1,9%

1,6%

1,4%

1,4%

1,1%

0,8%

0,7%

0,7%

0,6%

0,5%

0,5%

0,5%

0,5%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

18,1%

14,8%

11,9%

7,2%

5,5%

Gráfico 3

Pessoal empregadoNa análise dos empregos ofertados pelas

20 maiores empresas industriais, cons-tatou-se que 18 empresas forneceram essa informação e que das 59 indústrias contempladas no ranking das 200 Maiores Empresas, 50 informaram número de pessoal empregado. Dessa forma, a partici-pação das 18 maiores empresas industriais em relação ao total de empregados das 50 empresas industriais do ranking foi de 70,8% em 2012, significando que as demais empresas industriais (32) perfizeram 29,2% de participação (ver gráfico 4).

A participação das 18 maiores empresas industriais no total de empregos do ranking das 200 maiores empresas no Espírito Santo

Gráfico 5

Ranking | AnáLISE IdEIES

B1_200M 2013_Ranking.indb 162 28/10/2013 18:02:03

Page 163: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

163anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

No gráfico 6 estão demonstradas as participações de cada uma das 18 maiores empresas industriais no total das empresas indust r ia is consta ntes do ra n k ing das 200 maiores empresas, segundo a ótica do emprego.

Comércioreceita operacional Bruta

As 20 maiores empresas do setor comercial participaram com 86% da Receita Operacional Bruta das 54 empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas, o que indica que as empresas restantes (34) tota-l izaram uma part icipação de 14% (ver gráfico 7).

No tocante à receita das 200 Maiores no Espírito Santo, as 20 maiores empresas do setor comercial participaram com 17,1%, ficando a maioria da receita (82,9%) distri-buída entre indústria, serviço e as demais do setor comercial classificadas entre as 200 maiores empresas (ver gráfico 8).

Distribuição do número de empregados das 18 maiores empresas industriais

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

Gráfico 6

*Considerando que 2 dentre as 20 maiores indústrias e 9 entre as 59 indústrias do ranking não divulgaram essa informação.

Vale

Brametal

ArcelorMittal Brasil

tangará Foods

Lorenge

Perfilados Rio Doce

Weg Linhares

Biancogres

Cesan

Excim

Frisa

Concrevit

Fibria

Heringer

samarco

Elkem

Cyrela Brazil Reality

Fortlev

35,0%

4,8%

4,5%

2,6%

2,3%

2,0%

1,4%

1,2%

1,1%

0,9%

0,9%

0,8%

0,6%

18,1%

6,4%

6,2%

5,8%

5,3%

Demais Empresas

Comerciais 14,0%

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas comerciais no total da ROB das empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

20 Maiores Empresas

Comerciais 86,0%

Gráfico 7

Demais Empresas

82,9%

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas comerciais no total das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

20 Maiores Empresas

Comerciais 17,1%

Gráfico 8

B1_200M 2013_Ranking.indb 163 28/10/2013 18:02:04

Page 164: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

164 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

As participações de cada uma das 20 maiores empresas comerciais no total das empresas do setor comercial que constam do ranking das 200 maiores empresas, segundo o critério de Receita Operacional Bruta, podem ser observadas no grafico 9.

Pessoal empregadoDas 20 maiores empresas do setor

comercial, 19 forneceram dados de pessoal empregado e do total de 54 empresas comerciais contempladas no ranking das 200 Maiores, essa informação foi cedida por 46 empresas. Assim, a participação das 19 no total de empregos das 46 empresas foi de 64,1%. Isso significa que as demais empresas do setor que forneceram essa informação (27) totalizaram 35,9% dos empregos do segmento (ver gráfico 10).

Essas 19 empresas participaram ainda com 7,5% do total de empregos do ranking das 200 maiores empresas no Espírito Santo. A grande maioria dos empregos, 92,5%, foi absorvida pelos setores industrial, de serviço e o restante das empresas do setor comercial classificadas entre as 169 maiores empresas que forneceram essa informação (ver gráfico 11).

Demais Empresas

Comerciais 35,9%

Participação do número de empregados das 19* maiores empresas comerciais no total de empregados das empresas comerciais contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

*Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 8 das 54 empresas comerciais do ranking não divulgaram essa informação.

19 Maiores Empresas

Comerciais 64,1%

Gráfico 10

Demais Empresas Comerciais

92,5%

Participação do número de empregados das 19* maiores empresas comerciais no total de empregados das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

*Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 31 do anking geral não divulgaram essa informação

19 Maiores Empresas Comerciais 7,5%

Gráfico 11

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

Gráfico 9Distribuição da Receita Operacional Bruta das 20 maiores empresas comerciais

Petrobras Distribuidora sA

Unilider

ArcelorMittal tubarão Comercial

Casagrande

BR Distribuidora Es - Gn

supermercado Perim

Kurumá Veículos

Podium Veículos

Vitória Diesel

CVC

Hortifruti

RDG Produtos siderúrgicos

Unicafé

Cooabriel

savixx

nicafé

terra nova

tristâo

Cedisa

Custódio Forzza

24,9%

4,7%

4,2%

3,9%

3,7%

3,6%

3,1%

2,6%

2,6%

2,5%

2,2%

2,1%

2,1%

1,8%

1,4%

11,2%

7,5%

5,6%

5,3%

5,1%

Ranking | AnáLISE IdEIES

B1_200M 2013_Ranking.indb 164 28/10/2013 18:02:04

Page 165: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

165anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

As participações das 19 maiores empresas comerciais citadas, no total das empresas do setor comer-cial que forneceram número de empregados, estão demonstradas no gráfico 12.

Demais Empresas

de serviços 18,3%

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas de serviços no total da ROB das empresas de serviços contempladas nas 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

20 Maiores Empresas de

serviços 81,7%

Gráfico 13

Serviçoreceita operacional Bruta

A participação das 20 maiores empresas de serviço no total da Receita Operacional Bruta das empresas do setor serviço constantes das 200 Maiores foi de 81,7%. Considerando que este setor foi

contemplado com 87 empresas no estudo, as outras 67 empresas de serviços partici-param com apenas 18,3% (ver gráfico 13).

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

Gráfico 12Distribuição do número de empregados das 19* maiores empresas comerciais

Casagrande

Cedisa

supermercado Perim

Unicafé

Vitória Diesel

ArcelorMittal tubarão Comercial

CVC

Custódio Forzza

Kurumá Veículos

nicafé

Podium Veículos

tristão

RDG Produtos siderúrgicos

BR Distribuidora Es - Gn

Hortifruti

Petrobras Distribuidora sA

Cooabriel

33,3%

4,9%

47%

3,2%

2,5%

2,1%

2,0%

1,5%

1,2%

0,5%

0,4%

0,4%

20,3%

6,5%

5,6%

5,5%

5,0%

*Considerando que 1 das 20 maiores empresas comerciais e 8 das 54 empresas comerciais do ranking

não divulgaram essa informação.

B1_200M 2013_Ranking.indb 165 28/10/2013 18:02:05

Page 166: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

166 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Em relação à receita das 200 maiores empresas no Espírito Santo, a participação das 20 maiores empresas do setor serviço foi de 24,6%, ficando 75,4% divididos entre empresas industriais, comerciais e as demais empresas de serviços que constam das 200 maiores empresas (ver gráfico 14).

O gráfico 15 mostra as participações de cada uma das 20 maiores empresas de serviços no total das empresas do setor serviços que constam do ranking das 200 maiores empresas, segundo a Receita Operacional Bruta.

Pessoal empregadoDentre as 20 maiores empresas do setor

serviços, somente 16 forneceram o total de postos de trabalho. Considerando que das 87 empresas do setor serviços classificadas no ranking das 200 Maiores Empresas, 73 informaram esse dado, a participação

Receita Operacional Bruta das 20 maiores empresas de serviços

Cisa trading

Unimed Vitória

Cotia

Hispanobrás

EDP Escelsa

Mercocamp

Columbia trading

águia Branca

Banestes

Kobrasco

trop

Full Comex

Banco do Brasil

Correios

sertrading

santa Maria

tVV

Clac

nibrasco

Vix Logística

14,6%

5,4%

4,9%

4,6%

4,2%

3,6%

1,9%

1,5%

1,2%

1,2%

1,1%

1,1%

1,0%

1,0%

0,9%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

14,4%

12,6%

8,4%

8,4%

8,0%

Demais Empresas

75,4%

Participação da Receita Operacional Bruta (ROB) das 20 maiores empresas de serviços no total da ROB das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

20 Maiores Empresas de

serviços 24,6%

Gráfico 14

Gráfico 15

Demais Empresas

de serviços 68,9%

Participação do número de empregados das 16* maiores empresas de serviços no total de empregados das empresas de serviços contempladas das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

*Considerando que 4 das 20 maiores empresas de serviços e 14 das 87 de serviços do ranking não divulgaram essa informação.

16 Maiores Empresas

de serviços 31,1%

Gráfico 16

dos empregos dessas 16 maiores empresas foi de 31,1% desse total. Assim, todas as demais empresas que informaram o dado (57 empresas) participaram com 68,9% (ver gráfico 16).

Ranking | AnáLISE IdEIES

B1_200M 2013_Ranking.indb 166 28/10/2013 18:02:05

Page 167: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

167anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Essas 16 empresas participaram ainda com 15,2% do total de empregos das 169 maiores empresas no Espírito Santo que deram essa informação. Os 84,8% dos empregos do ranking de 2012 ficaram distri-buídos entre os setores industrial e comercial, além do restante das empresas de serviços (vide gráfico 17).

As participações de cada uma das 16 maiores empresas do setor de serviços no total das 73 empresas desse segmento cons-tantes do ranking das 169 maiores empresas que informaram pessoal empregado estão demonstradas no gráfico 18.

Demais Empresas

84,8%

Participação do número de empregados das 16* maiores empresas de serviços no total de empregados das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

*Considerando que 4 das 20 maiores empresas de serviços e 31 do ranking geral não divulgaram essa informação.

16 Maiores Empresas de

serviços 15,2%

Gráfico 17

Gráfico 18Distribuição do número de empregados das 16* maiores empresas de serviços

Vix Logística

Cotia

Banestes

Mercocamp

Correios

Cisa trading

Unimed Vitória

sertrading

Banco do Brasil

Full Comex

águia Branca

Clac

EDP Escelsa

tVV

santa Maria

18,3%

6,7%

3,0%

2,4%

1,5%

0,4%

0,2%

0,1%

0,1%

0,1%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

16,8%

15,7%

13,9%

11,6%

9,2%

*Considerando que 4 das 20 maiores empresas de serviços e 14 das 87 de serviços do ranking não divulgaram essa informação.

20 Maiores Empresas do Ranking geralreceita operacional Bruta

Na análise das 20 maiores empresas do ranking das 200 maiores empresas no Espírito Santo, constatou-se que somente elas abar-caram a parcela significativa de 69,5% do

Foto

: Bra

sital

ia

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Page 168: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

168 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

11,9 %

8,5 %

6,9 %

Distribuição da ROB das 20 maiores empresas no total da ROB das 200 Maiores Empresas no Es

Vale

Garoto

samarco

tangará Foods

Heringer

Columbia trading

ArcelorMittal Brasil

Banestes

Petrobras Distribuidora

trop

Cisa trading

ArcelorMittal Comercial

Cotia

Banco do Brasil

Fibria

BR Distribuidora Es - Gn

sertrading

Vix Logística

Unimed Vitória

EDP Escelsa

3,5%

3,4%

3,1%

2,6%

2,3%

2,1%

2,1%

2,0%

1,9%

1,3%

1,3%

1,2%

1,1%

1,0%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

4,3%

3,6%

5,6 %

total da Receita Operacional Bruta, ficando as outras 180 empresas com os 30,5% restantes (ver gráfico 19). Essas empresas estão divididas entre os setores industrial (7 empresas), comer-cial (3 empresas) e de serviços (10 empresas). Embora o setor de serviços contemple metade das 20 maiores empresas, este setor participou com 30,3% do total da receita bruta das 200 Maiores Empresas no ES em 2012. A maioria da receita bruta pertenceu às empresas do setor industrial (59%), que em quantidade alcançou 35% das 20 maiores. O setor comer-cial, que abrangeu apenas 15% das 20 maiores, participou com 10,7% da receita. As participa-ções dessas 20 maiores empresas no ranking geral podem ser observadas no gráfico 20.

Demais Empresas

30,5%

Participação da ROB das 20 maiores empresas no total da ROB das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

20 Maiores Empresas

69,5%

Gráfico 19

Gráfico 20

Ranking | AnáLISE IdEIES

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Page 169: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

169anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Pessoal empregadoEmbora as 20 primeiras empresas do

ranking das 200 Maiores concentrem a maioria (69,5%) da receita bruta total, o mesmo não ocorre em relação aos empregos, já que o total de postos de trabalho ofer-tados pelas 18 empresas que deram essa informação corresponde a 28,9% do total de empregos do ranking geral. Isso consi-derando as 169 empresas que forneceram o dado (ver gráfico 21), o que significa que as demais empresas do ranking (151) ofer-taram os 71,1% dos empregos apurados entre as 200 maiores empresas em 2012. O gráfico 22 demonstra as participações de cada uma das 18 empresas primeiras empresas do ranking que forneceram a informação.

Demais Empresas 71,1%

Participação do número de empregados das 18 maiores empresas no total de empregados das 200 Maiores Empresas no Es

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

18 Maiores Empresas

28,9%

*Considerando que 2 das 20 maiores empresas e 31 das 200 maiores não divulgaram essa informação.

Distribuição do número de empregados das 18 Maiores Empresas no total de empregos das 200 Maiores Empresas no Es

Vale

tangará Foods

ArcelorMittal Brasil

Heringer

Vix Logística

Cotia

Banestes

ArcelorMittal tubarão Comercial

Unimed Vitória

BR Distribuidora Es - Gn

Banco do Brasil

Petrobras Distribuidora

Fibria

Cisa trading

samarco

sertrading

Columbia trading

EDP Escelsa

9,8%

1,3%

1,3%

1,0%

0,5%

0,3%

0,2%

0,2%

0%

0%

0%

0%

0%

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nec

5,1%

2,8%

2,5%

2,1%

1,8%

*Considerando que 2 das 20 maiores empresas e 31 das 200 maiores não divulgaram essa informação.

Gráfico 21

Gráfico 22

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Page 170: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

170 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Demais empresas

90,0%

Participação do número de empregados das 200 maiores empresas no total de empregados da economia capixaba

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 e rais 2012/MtE

200 Maiores Empresas

10%

Empresas Industriais

17,7%

Empresas de serviços

8,3%

Empresas Comerciais

6,2%

Participação do número de empregados das 200 maiores empresas no total de empregados da economia capixaba segundo setores

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 e rais 2012/MtE

Empregos das 200 Maiores Empresas no ES em relação aos empregos do Espírito Santo

As 200 maiores empresas no Espírito Santo empregaram 10% do total de traba-lhadores do Estado em 2012, conforme levantamentos realizados com base na Rais/MTE de 2012 e na pesquisa “200 Maiores Empresas no ES em 2012 – edição 2013” (ver gráfico 23).

A análise comparativa do total de empregos gerados pelas 200 maiores empresas em 2012 com o do total de empregos do Espírito Santo (Rais/MTE 2012), por setor, mostrou que as empresas industriais do ranking abrangeram 17,7% do total de empregos da indústria capi-xaba. Os postos de trabalho ofertados pelas empresas comerciais classificadas no estudo representaram 6,2% do total desse setor no Estado, enquanto as empresas do setor serviço contribuíram com 8,3% dos empregos ofertados pelo setor no Espírito Santo (ver gráfico 24). Gráfico 23

Gráfico 24

Elaboração: Findes/Ideies/nic Elaboração: Findes/Ideies/nic

Ranking | AnáLISE IdEIES

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Page 171: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

171anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Diretoria de Linhares

Diretoria de Colatina

Diretoria de Aracruz

Diretoria de Anchieta

Diretoria de Cachoeiro de Itapemirim

Diretoria de Venda nova do Imigrante

Diretoria de são Mateus

Diretoria de nova Venécia

Diretorias Regionais da Federação das Indústrias do Estado do Espírito santo

Fonte: Instituto de desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo - IdeiesElaboração: Ideies / MKt Findes

Figura

RMGV - Região Metropolitana da Grande Vitória, com exceção de Fundão e Guarapari

200 MaiORES EMPRESaS SOB O POnTO DE ViSTa DaS REgiOnaiS Da FinDES

Considerando que uma das priori-dades do Sistema Findes é atuar para a interiorização do desenvol-

vimento econômico capixaba, a Findes instituiu oito Diretorias Regionais, além da sede, com os municípios distribuídos sob a lógica do desenvolvimento econômico

(por esse motivo não são as mesmas microrregiões administrativas do Estado), localizadas em municípios estratégicos para o setor industrial: Anchieta, Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, Nova Venécia, São Mateus e Venda Nova do Imigrante (ver figura).

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Page 172: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

172 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Essas Regionais oferecem toda a estru-tura para atender aos sindicatos do setor produtivo e suas principais demandas. Além dessas regionais, existe a Região Metropolitana da Grande Vitória (incluindo Santa Leopoldina e excluindo Guarapari e Fundão), que atende às demandas, a repre-sentação e a defesa de interesses de todas as indústrias do Estado do Espírito Santo.

Neste estudo, as empresas do ranking das “200 Maiores Empresas em 2012”, inicial-mente, foram distribuídas por município do Espírito Santo, conforme sua localização, e posteriormente, por Regional da Findes, com o objetivo de conhecer o desempenho de cada Regional, a partir da receita opera-cional bruta e número empresas na sua área de atuação.

A atuação de cada Diretoria Regional da Findes abrange os seguintes municípios:

• Sede na Região Metropolitana da Grande Vitória: Cariacica, Santa Leopoldina, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.•Diretoria Regional da Findes em Anchieta: Alfredo Chaves, Anchieta, Guarapari, Iconha e Piúma.•Diretoria Regional da Findes em Aracruz: Aracruz, Fundão, Ibiraçu, João Neiva e Santa Teresa.•Diretoria Regional da Findes em Cachoeiro de Itapemirim: Alegre, Apiacá,

Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo, Divino de São Lourenço, Dores do Rio Preto, Guaçuí, Itapemirim, Jerônimo Monteiro, Marataízes, Mimoso do Sul, Muqui, Presidente Kennedy, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta.•Diretoria Regional da Findes em Colatina: Águia Branca, Alto Rio Novo, Baixo Guandu, Colatina, Governador L i n d e n b e r g , I t a g u a ç u , I t a r a n a , Mantenópolis, Marilândia, Pancas, São Domingos do Norte, São Gabriel da Palha, São Roque do Canaã e Vila Valério.•Diretoria Regional da Findes em L i n ha res: L i n ha res, R io Ba na na l e Sooretama.•Diretoria Regional da Findes em Nova Venécia: Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Ecoporanga, Nova Venécia e Vila Pavão.•Diretoria Regional da Findes em São Mateus: Conceição da Barra, Jaguaré, Montanha, Mucurici, Pedro Canário, Pinheiros, Ponto Belo e São Mateus.• Diretoria Regional da Findes em Venda Nova do Imigrante: Afonso Cláudio, Brejetuba, Conceição do Castelo, Domingos Martins, Ibatiba, Ibitirama, Irupi, Iúna, Laranja da Terra, Marechal Floriano, Muniz Freire, Santa Maria de Jetibá e Venda Nova do Imigrante.

Foto: Samuel Vieira

Ranking | AnáLISE IdEIES

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Page 173: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

173anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Distribuição das 200 Maiores Empresas segundo Diretorias Regionais da Findes e municípios

*receita operacional Bruta em r$ milhares1 região Metropolitana da Grande Vitória2 diretoria regional da Findes

Tabela

DIREtORIAs REGIOnAIs DA FInDEs E MUnICíPIOs

GERAL InDÚstRIA COMÉRCIO sERVIçO

nº EMPREsAs ROB* nº EMPREsAs ROB* nº EMPREsAs ROB* nº EMPREsAs ROB*

RMGV1 153 R$ 62.636.754 36 R$ 26.694.633 46 R$ 13.531.524 71 R$ 22.410.597

Cariacica 15 r$ 2.633.835 2 r$ 206.524 7 r$ 1.780.710 6 r$ 646.601

Serra 47 r$ 9.469.250 19 r$ 6.418.080 11 r$ 2.045.898 17 r$ 1.005.272

Viana 7 r$ 5.976.230 4 r$ 5.612.197 3 r$ 364.033 - r$ -

Vila Velha 15 r$ 5.678.902 3 r$ 3.813.313 5 r$ 1.241.213 7 r$ 624.376

Vitória 69 r$ 38.878.537 8 r$ 10.644.519 20 r$ 8.099.670 41 r$ 20.134.348

DRF2 em Anchieta 3 R$ 6.751.361 1 R$ 6.610.740 1 R$ 118.150 1 R$ 22.471

Alfredo Chaves 1 r$ 22.471 - r$ - - r$ - 1 r$ 22.471

Anchieta 1 r$ 6.610.740 1 r$ 6.610.740 - r$ - - r$ -

Guarapari 1 r$ 118.150 - r$ - 1 r$ 118.150 - r$ -

DRF em Aracruz 6 R$ 2.902.261 2 R$ 2.645.391 0 R$ - 4 R$ 256.870

Aracruz 6 r$ 2.902.261 2 r$ 2.645.391 - r$ - 4 r$ 256.870

DRF em Cachoeiro de Itapemirim 9 R$ 1.102.061 6 R$ 873.488 0 R$ - 3 R$ 228.573

Atilio Vivácqua 1 r$ 82.299 1 r$ 82.299 - r$ - - r$ -

Cachoeiro de Itapemirim 7 r$ 900.030 4 r$ 671.457 - r$ - 3 r$ 228.573

Itapemirim 1 r$ 119.732 1 r$ 119.732 - r$ - - r$ -

DRF em Colatina 10 R$ 2.132.335 2 R$ 637.909 4 R$ 1.120.156 4 R$ 374.270

Colatina 8 r$ 1.769.653 2 r$ 637.909 3 r$ 819.690 3 r$ 312.054

São Gabriel da Palha 2 r$ 362.682 - r$ - 1 r$ 300.466 1 r$ 62.216

DRF em Linhares 13 R$ 2.035.943 9 R$ 1.288.691 2 R$ 606.548 2 R$ 140.704

Linhares 13 r$ 2.035.943 9 r$ 1.288.691 2 r$ 606.548 2 r$ 140.704

DRF em nova Venécia 1 R$ 108.895 1 R$ 108.895 0 R$ - 0 R$ -

nova Venécia 1 r$ 108.895 1 r$ 108.895 - r$ - - r$ -

DRF em são Mateus 2 R$ 166.901 2 R$ 166.901 0 R$ - 0 R$ -

Conceição da Barra 1 r$ 94.057 1 r$ 94.057 - r$ - - r$ -

Montanha 1 r$ 72.844 1 r$ 72.844 - r$ - - r$ -

DRF em Venda nova do Imigrante 3 R$ 294.152 0 R$ - 1 R$ 186.132 2 R$ 108.020

Santa Maria de Jetibá 2 r$ 228.598 - r$ - 1 r$ 186.132 1 r$ 42.466

Venda nova do Imigrante 1 r$ 65.554 - r$ - - r$ - 1 r$ 65.554

total Geral 200 R$ 78.130.663 59 R$ 39.026.648 54 R$ 15.562.510 87 R$ 23.541.505

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Page 174: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

174 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Grá�co 2 Grá�co 4

87 empresas 30,1% da ROB

59 empresas 50,0% da ROB

54 empresas 19,9% da ROB

Número de empresas e participação na ROB total (%), por setor

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/Nic

Gráfico 1

2 empresas; 6,8% da ROB

6 empresas; 2,2% da ROB

9 empresas; 3,3% da ROB

2 empresas; 1,6% da ROB 1 empresa;

0,3% da ROB2 empresas; 0,4% da ROB

36 empresas; 68,4% da ROB

1 empresa; 16,9% da ROB

Número de empresas industriais e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/Nic

Gráfico 2

RMGV

DRF em Linhares

DRF em Colatina

DRF em Aracruz

DRF em Anchieta

DRF em Cachoeiro de Itapemirim

DRF em São Mateus

DRF em Nova Venécia

De acordo com a tabela (pág. 161), a Região Metropolitana da Grande Vitória onde se localiza a sede do Sistema Findes é a região que concentra o número de empresas com a maior receita operacional bruta entre as 200 Maiores Empresas, R$ 62,6 bilhões, correspondendo a 80,2% da receita total. Também é a Regional que possui o maior número de empresas (153), ou seja, 76,5%. O município de Vitória é o de maior destaque nessa Regional, pois a receita operacional bruta das empresas localizadas no muni-cípio (69 empresas) totaliza R$ 38,8 bilhões.

A Diretoria Regional da Findes de Anchieta também merece destaque: as 3 empresas (1,5%) localizadas na região possuem uma receita de R$ 6,7 bilhões ou 8,6% da receita total. Vale destacar ainda o desempenho das Regionais da Findes de Aracruz, Colatina e Linhares, respectivamente, com receitas de R$ 2,9 bilhões, R$ 2,1 bilhões e R$ 2,0 bilhões, e com 6, 10 e 13 empresas.

Ao analisar o setor econômico, as 59 empresas industriais do Ranking repre-sentam 50% da receita operacional bruta. As 87 empresas prestadoras de serviço se destacam em seguida com 30,1% da ROB e por fim as 54 empresas comerciais, com 19,9%. (Ver gráfico 1).

Das 200 maiores empresas do Espírito Santo (edição 2013), o gráfico 2 apresenta como as 59 empresas industriais estão distribuídas. Na Região Metropolitana da Grande Vitória estão localizadas 36 empresas, com receita operacional Bruta de R$ 26,6 bilhões. Já na Regional de Anchieta destaca-se com 1 empresa representando 16,9% da ROB total das empresas industriais (R$ 6,6 bilhões). Merecem destaque, também, as empresas localizadas na área de abrangência da Diretoria de Aracruz: 2 empresas e ROB de R$ 2,6 bilhões.

Indústria

Comércio

Serviço

As 46 empresas comerciais locali-zadas na área de abrangência da Região Metropolitana da Grande Vitória repre-sentam 86,9% da ROB total deste setor econômico (R$ 13,5 bilhões). Destaca-se, também, a Regional de Colatina – suas 4 empresas representam 7,2% da ROB total

Ranking | ANáLISE IDEIES

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Page 175: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

175anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Grá�co 2 Grá�co 4

Grá�co 2 Grá�co 41 empresa;

0,8% da ROB

4 empresas;7,2% da ROB

2 empresas; 3,9% da ROB

1 empresa; 1,2% da ROB

46 empresas; 86,9% da ROB

Número de empresas comerciais e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/Nic

Gráfico 3

RMGV

DRF em Linhares

DRF em Colatina

DRF em Anchieta

DRF em Venda Nova do Imigrante

1 empresa;0,1% da ROB

4 empresas;1,1% da ROB

3 empresas; 1,0% da ROB

4 empresas; 1,6% da ROB2 empresas; 0,6% da ROB

2 empresas; 0,5% da ROB

71 empresas; 95,2% da ROB

Número de empresas prestadoras de serviço e participação na ROB total (%), por Diretoria Regional da Findes

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013 Elaboração: Findes/Ideies/Nic

Gráfico 4

Foto: Elizabeth Nader

(R$ 1,1 bilhão) – e a Regional de Linhares – suas 2 empresas representam 3,9% da ROB total (606,5 milhões - ver gráfico 3).

Das 87 empresas prestadoras de serviço, conforme o Ranking do Anuário das “200 Maiores Empresas no Espírito Santo em 2012”, 71 estão localizadas na Região Metropolitana da Grande Vitória (o que corresponde a 81,6%) e representam 95,2% da ROB total deste setor(R$ 22,4 bilhões), conforme gráfico 4.

200 Maiores 2013_ Análise Ideies_FB.indd 175 30/10/2013 10:04:43

Page 176: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

176 anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Localização geográfica

37,8%

15,9%

29,0%

15,2%

0,7%1,4%0%0%0%0%0%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 1

O Anúario 200 Maiores Empresas no Espírito Santo, considerado uma importante publicação de avaliação

da economia capixaba, tem proporcionado dados e informações valiosas acerca das empresas e grupos empresariais instalados no Estado.

Esta edição apresenta algo novo: análise pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) dos resultados da pesquisa de clima realizada com as 200 Maiores Empresas desta edição, obtendo respostas de 138 empresas. O objetivo da pesquisa é avaliar o potencial do Espírito Santo e o clima dos empresários capixabas em relação à economia em diversos aspectos, sendo alguns deles comparados aos resultados apresentados na pesquisa reali-zada no ano anterior.

É importante ressaltar que foram adotados os seguintes critérios para análise das notas atribuídas pelas empresas respon-dentes (de 0 a 10):

• Notas baixas: 0 a 4 pontos• Notas médias: 5 a 7 pontos• Notas altas: 8 a 10 pontos

PESQUiSa DE CLiMa

Avaliação do potencial do Espírito santo e perspectivas para a economia capixaba

Para melhor compreender a percepção das empresas com relação ao Espírito Santo apresenta-se a seguir a avaliação do poten-cial do Estado.

O Gráfico 1 mostra a opinião das empresas no que se refere à localização geográfica do Estado, onde 37,8% das empresas avaliaram com nota máxima (10) este quesito, o que representa um aumento de 2,1 pontos percentuais quando comparado ao ano anterior (35,7% em 2012). As notas de 0 a 4 não foram mencionadas nas respostas.

Ranking | AnáLISE IdEIES

Fotos: PMW

/ Yuri Barichivich

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Page 177: Anuário IEL 200 Maiores Empresas no Espírito Santo 2013

177anuário iel 200 Maiores eMpresas 2013

Infraestrutura Logística

5,1%3,6%

10,1%

22,5%

15,2%

23,2%

13,8%

3,6%2,9%0%0%

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 2

Infraestrutura Logística

12,3%

4,3%

5,8%

36,2%

62,4%

70,3%

51,5%

33,3%

23,9%

Portos

Rodovia

Aeroporto

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Alta Média Baixa

Gráfico 3

Qualificação da mão de obra

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 5

Baixa Média Alta

16%

9%

75%

Baixa 2013

Baixa 2012

Média 2013

Média 2012

Alta 2013

Alta 2012

Infraestrutura logísticaComparativo 2012 X 2013

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edições 2012 e 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 4

PortosRodoviaAeroporto

67%

55%63%

42%

33%

3% 4%

32%36%

50% 52%

18%12%

70%

29%24%

4% 6%

A infraestrutura logística, quando deta-lhada em Portos, Rodovia e Aeroporto, obteve os resultados apresentados no gráfico 3. As avaliações de Aeroporto e Rodovia desta-caram-se com um percentual expressivo de empresas que os classificaram com baixa qualidade (70,3% e 62,4%, respectivamente) e Portos destacou-se como média quali-dade (51,5% das empresas). Todos os 03 itens tiveram aumento da baixa classificação por

Redução em 10,5 pontos percentuais na classificação da infraestrutura logística com notas médias (5, 6 e 7) de 2012 para 2013 (Gráfico 2)

parte dos empresários quando comparado com o ano anterior conforme apresentado no gráfico 4.

Outro fator importante para as empresas capixabas, a qualificação da mão de obra, foi avaliada como de média qualidade este ano conforme representado no gráfico 5 (75% das empresas classificam a mão obra capi-xaba como de média qualidade). Apenas 16% das empresas responderam que a quali-ficação é de alta qualidade no Espírito Santo, uma situação preocupante já que ano ante-rior essa representação era de 18%. Isso significa que para os empresas que respon-deram o questionário, a mão de obra de alta qualidade do Estado reduziu em 2,0 pontos percentuais de 2012 a 2013.

O Gráfico 2 demonstra a percepção geral das empresas com relação a infraestru-tura logística do Espírito Santo. As notas medianas destacaram-se em relação às demais notas (60,9% das empresas classifi-caram com notas 5, 6 e 7). Apesar do resultado de 2013 não ter se destacado com notas altas (8, 9 e 10) o resultado foi positivo quando comparado com as avaliações realizadas em 2012 (71,4% dos empresários classifi-caram a infraestrutura do Espírito Santo com notas de 5, 6 e 7 em 2012 significando uma redução em 10,5 pontos percentuais em 2013 em relação ao ano anterior nas avalia-ções de média classificação).

75% avaliaram a mão de obra

capixaba como de média qualidade

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Expectativas da economia

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 7

Confiante 48%

Muito confiante 4%Pessimista 9%

Deve permanecer

9%

Comparativo da economia

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 8

Melhoraram 18%

Melhoraram muito 4%Pioraram muito 3%

Pioraram 41%

não se alteraram 36%

Quanto às políticas de incentivos fiscais para contribuir com o desenvolvimento das empresas capixabas, 56% das empresas respondentes avaliaram com nota média as atuais políticas existentes (gráfico 6). Entretanto, ao analisar as melhorias nas políticas de incentivos fiscais no último ano, é possível perceber que as mudanças já vêm demonstrando resultados positivos segundo os empresários capixabas, pois, em 2012, 26% das empresas respondentes avaliaram as politicas de incentivos com nota baixa. Já este ano, este número reduziu para 19%, representando uma queda na insatisfação de 7,0 pontos percentuais.

O resultado de 2013 em relação ao ano anterior (para 41% das empresas, pioraram) não desmotivou as empresas capixabas (gráfico 8).

Política de incentivos fiscais

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 6

Baixa Média Alta

25% 19%

56%

Ranking | AnáLISE IdEIES

Redução em 7,0 pontos

percentuais na avaliação

com nota baixa à

política de incentivos fiscais do

Espírito santo

As empresas, quando questionadas sobre as condições gerais da economia capixaba, demonstraram grande otimismo, visto que, 48% avaliaram que estão confiantes na economia para o próximo ano (gráfico 7).

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61% estão confiantes no crescimento da empresa para o próximo ano (Gráfico 9)

Quando questionadas sobre as condições gerais em relação a sua empresa, as avalia-ções demonstraram grande otimismo: 61% avaliaram que estão confiantes no cres-cimento de sua empresa para o próximo ano. Apenas 2% das empresas estão pessi-mistas para o ano de 2014. Este otimismo é ref lexo do resultado do ano anterior (ver gráficos 9 e 10).

Por fim, ao avaliarem o poder político do Espírito Santo em relação ao cenário nacional, a maior parte (51%) avaliou-o que o estado possui uma baixa influência conforme apresentado no gráfico 11,

Poder político no cenário nacional

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 11

Baixo Médio Alto

9%

51%40%

Expectativas da empresa

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 9

Confiante 61%

Muito confiante

16%

Pessimista 2%

Deve permanecer

21%

Comparativo da empresa

Fonte: Anuário IEL 200 Maiores - Edição 2013Elaboração: Findes/Ideies/nic

Gráfico 10

Melhoraram 46%

Melhoraram muito 6%

Pioraram 13%

não se alteraram 35%

com este número aumentando 9,0 pontos percentuais em relação ao ano anterior. (42% das empresas avaliaram o Espírito Santo com baixa influência em 2012).

ConclusõesA pesquisa de clima permitiu ter uma esti-

mativa do ponto de vista dos empresários capixabas em relações às condições gerais da economia do Estado. As empresas puderam avaliar diversos fatores como infraestrutura e mão de obra capixaba, explicitando seu grau de satisfação através das atribuições de notas entre zero a dez.

Os resultados apresentados demons-traram que apesar das condições favoráveis que o Espírito Santo apresenta devido sua localização geográfica, o Estado tem deixado a desejar no quesito infraestrutura logística, já que os portos, rodovias e principalmente aeroporto tiveram avaliação negativa por maior parte dos empresários. Outra avaliação negativa foi em relação à qualidade da mão de obra capixaba que regrediu em relação ao ano anterior.

Mas, as empresas avaliaram que há outros pontos que estão melhorando: a pesquisa comprovou um aumento na satisfação das políticas de incentivos fiscais existentes. Os empresários demonstraram também expectativas positivas para o próximo ano em relação à economia capixaba: 61% das empresas estão confiantes para o cresci-mento do seu negócio em 2014.

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Sistema Findes: a indústria capixaba mais forteEntidades trabalham de forma integrada para o desenvolvimento da indústria capixaba, gerando emprego e renda no Espírito Santo

inStitucional | SiStEma findES

a Federação das Indúst r ias do Espírito Santo (Findes) é a entidade responsável por representar as cerca

de 14 mil indústrias capixabas. Reunidas em 31 sindicatos que compõem a Federação, essas empresas respondem por 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, gerando mais de 200 mil postos de trabalho em todo o Estado.

Atuando como principal interlocutora do setor produtivo capixaba e maior entidade

empresarial do Espírito Santo, a Findes apoia o crescimento dos empreendimentos capixabas e, com isso, o avanço social e econômico do Estado. A entidade realiza diversas iniciativas para interiorização do desenvolvimento e qualificação de mão de obra em todo o Estado e também faz a representação institucional, política e estra-tégica de todos os segmentos industriais capixabas com os poderes constituídos e com os setores organizados da sociedade.

fotos: findes

O Sistema findes está investindo na qualificação profissional no interior do Estado, com a inauguração das agências de treinamento municipal

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As ações da Findes contribuem para o crescimento do parque produtivo do Espírito Santo, para a formulação da política indus-trial do Estado, e ainda fazem a ponte entre os sindicatos filiados e outros segmentos da sociedade.

Para defender os interesses da indústria, a instituição foca suas ações nas áreas de infraestrutura, relações de trabalho, legis-lativa, comércio exterior, política industrial e inovação tecnológica, desenvolvimento regional, meio ambiente, responsabilidade social, micro e pequenas empresas, além de desenvolver programas de fortalecimento da base sindical e do associativismo.

Desde 2011, quando assumiu a responsa-bilidade de dirigir os rumos da Federação, a atual gestão tem dado foco e concen-trado esforços na tarefa de ampliar, manter e aumentar a qualidade da educação regular e profissional que o Sistema Findes oferece ao industriário e à sociedade capixaba em geral.

“E m nossa gest ão, proc u ra mos modernizar e interiorizar o Sistema, contemplando prat icamente todo o Estado com os recursos e ações da Findes. Para isso, temos um plano de investimentos de R$ 104 milhões até 2015, dos quais mais de R$ 83 milhões serão voltados para a educação. Temos metas e objetivos auda-ciosos, como por exemplo, a construção do Centro Integrado de Anchieta, a Escola do Senai em Cachoeiro de Itapemirim, o Instituto Senai de Tecnologia, além de investimentos na ampliação do Sesi em Linhares, o Centro Vocacional da Indústria de Vestuário em Colatina, o Centromoda em Vila Velha, e ainda a ampliação do Centro Integrado do Civit e a Escola do Plástico na Serra”, ressalta o presidente da Findes, Marcos Guerra.

Ao mesmo tempo, a gestão Guerra também realiza um trabalho de incentivo ao associa-tivismo e ações direcionadas a atrair novos filiados. “Nosso objetivo é contribuir na construção de um cenário econômico, social e ambiental que favoreça o crescimento da

indústria capixaba, beneficiando tanto os empresários quanto seus colaboradores, com impactos positivos sobre a geração de emprego e renda e, consequentemente, sobre o desenvolvimento do Espírito Santo”, afirma o dirigente

Para Guerra, o fortalecimento do associativismo é fundamental no trabalho da Federação. “Acreditamos que a presença dos industriais auxiliará na criação de melhores condições para a operação das empresas e na busca por mais competitivi-dade, inclusive para os arranjos produtivos locais”, destaca.

as entidades que compõem o Sistema Findes

O Sistema Findes é composto por sete entidades que trabalham de forma inte-grada para o desenvolvimento da indústria capixaba. Juntos, Findes - Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo; Cindes - Centro da Indústria do Espírito Santo; Sesi - Serviço Social da Indústria; Senai - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial; IEL-ES - Instituto Euvaldo Lodi; Ideies - Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo; e IRI - Instituto Rota Imperial promovem ações para garantir uma posição de destaque para o Estado nos níveis político, econômico e social.

Cada entidade representa um setor de interesse estratégico do industrial capixaba, oferecendo serviços diferenciados em diversas áreas de negócios do Sistema Findes: educação básica e qualificação prof issiona l, d i f usão tecnológ ica, desenvolv imento industrial, saúde, segurança do trabalhador, lazer e cultura, além da representação institucional.

Cumprindo hoje o papel de grande impul-sionador de desenvolvimento da indústria e da economia do Estado, o Sistema Findes está presente no Espírito Santo há 55 anos, trabalhando ativamente na construção de um futuro melhor para as próximas gera-ções de capixabas.

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Diretorias e núcleos regionaisUma das prioridades do Sistema Findes

é colaborar com a interiorização do desenvolvimento econômico capixaba. Como meio de levar sua representação institucional mais ativamente para o interior do Estado, a Federação instituiu suas Diretorias e os Núcleos Regionais, que funcionam como ponto de apoio do industrial nas macrorregiões do Espírito Santo. Encontram-se distribuídos em oito municípios estratégicos, do ponto de vista industrial: Anchieta, Cachoeiro de Itapemirim, Venda Nova do Imigrante, Aracruz, Colatina, Linhares, São Mateus e Nova Venécia.

Cada Diretoria ou Núcleo Regional da Findes oferece toda a estrutura e conforto em suas instalações para atender aos sindicatos dos setores produtivos e suas principais demandas. São espaços para a realização de reuniões e encontros que promovam a atividade industrial de cada região.

Por meio delas, o Sistema Findes pode acompanhar de perto o processo de desen-volvimento econômico dessas regiões. Também é objetivo dessas diretorias integrar outros segmentos econômicos (comércio e serviços), trazendo os empresá-rios para a discussão e construção coletiva da economia local, além da distribuição do desenvolvimento sustentável para todo o território capixaba.

Fortalecimento do associativismo

O Sistema findes finalizou em 2013 uma série de encontros destinados a fomentar o desenvolvimento do associativismo e o fortalecimento sindical, denominados “dia dE associar-se”. Realizadas nas diretorias regionais da findes, essas reuniões, que tiveram início em 2011, superaram as expectativas da federação. Considerando-se os eventos realizados em todas as regiões, cerca de 1,3 mil pessoas participaram dos encontros, ultrapassando a estimativa inicial para o “dia dE associar-se”. além de discutir os desafios e dificuldades enfrentados pelas organizações do interior do Estado, como a escassez de mão de obra, qualificação profissional deficiente, dificuldade de acesso ao crédito e questões ambientais, entre outros temas importantes sobre os quais a findes e os sindicatos buscam soluções junto às empresas filiadas, a iniciativa do “dia dE associar-se” rendeu 2.037 visitas nas indústrias, e cerca de 522 empresas se associaram aos sindicatos, atingindo o objetivo da federação.

a findes estreita suas parcerias internacionais através de viagens de negócios, como a realizada à China em 2013

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Diretorias para assuntos Específicos

A Findes também atua hoje através de oito Diretorias para Assuntos Específicos: Fortalecimento Sindical, Micro e Pequenas Indústrias, Assuntos Tributários, Meio Ambiente, Capacitação e Desenvolvimento Humano, Marketing e Comunicação, Desenvolvimento da Indústria Capixaba, e Inovação Industrial.

Criadas na atual gestão da Findes, essas diretorias têm como objetivo mapear mais de perto as necessidades das principais áreas temáticas que são foco de especial atenção da entidade. Para o presidente da Findes, Marcos Guerra, esse modelo de gestão, participativa nas decisões e segmentada nas ações, tem permitido avançar em várias frentes, dentro da estratégia de conferir um novo perfil à indústria capixaba, com maior agregação de valor aos produtos, gestões mais eficientes e empresas mais compe-titivas na busca por novas oportunidades e investimentos.

SesiO Serviço Social da Indústria do Espírito

Santo (Sesi/ES) oferece soluções sociais para as indústrias capixabas, seus traba-lhadores e dependentes. Está focado em quatro áreas de negócio: Educação; Lazer e Cultura; Segurança e Saúde do Trabalho; e Responsabilidade Social Empresarial.

A entidade atua por meio de 13 unidades de negócios distribuídas em sete muni-cípios capixabas, localizadas nas regiões de maior concentração de indústrias: Vitória, Vila Velha, Serra, Cariacica, Linhares, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim.

Na educação básica, o Sesi oferece desde a educação infantil até o ensino médio articulado com a Educação Profissional (Ebep), além do Projeto Intensivo para o Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. Em 2013, a Rede Sesi de Ensino do Espírito Santo contabilizou mais de 12 mil matrículas. Esse resultado positivo é fruto dos diferenciais da instituição que, além de seguir as Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais nos anos do ensino fundamental, ainda trabalha junto aos alunos outros princípios, como a importância da saúde, da qualidade de vida, da cultura e do exercício da cidadania.

SenaiO Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial (Senai/ES) atua para qualificar pessoas para trabalhar no setor industrial capi xaba. Referência no apoio ao desenvolvimento da indústria do Estado, o Senai/ES está sempre atento às novas tecnologias, aprimorando e ampliando sua oferta de serviços técnicos e tecnológicos e de educação profissional.

Possui nove Unidades Operacionais localizadas em Vitória, Vila Velha, Serra, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Anchieta e Aracruz. Nelas, promove a capacitação e qualifi-cação de recursos humanos, prestação de serviços, assessoria ao setor produ-tivo, serviços de laboratório e informação tecnológica. Além das unidades físicas, a entidade mantém o Programa de Ações Móveis, que leva o conhecimento aos locais mais distantes do Estado.

A fim de ampliar a qualidade dos serviços oferecidos pelo Senai/ES, as unidades da entidade localizadas na Grande Vitória estão sendo estruturadas com investimentos em torno de R$ 34 milhões, destinados não só para as reformas, mas também para a aquisição de novas máquinas e equipamentos. As unidades passarão ainda por modernização das salas de aula, que receberão recursos didáticos interativos em torno de R$ 500 mil.

Em 2013, a entidade ainda focou suas ações em iniciativas voltadas a atender aos municípios que não possuem unidades físicas do Sesi e Senai. Por meio de parcerias

a participação em feiras como a mEC Show fortalece a indústria capixaba

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O IEL-ES consolida ainda a atual gestão com a parceria firmada com a HSM Educação. Juntas, as entidades levam para a sala de aula as principais tendências do management mundial. Na educação executiva o IEL conta também com parcerias de escolas de negócios internacionais, como por exemplo: Wharton, McGill, Isead e HEC Paris.

centro de apoio aos SindicatosO Centro de Apoio aos Sindicatos (CAS)

tem como objetivo principal assessorar no atendimento às demandas internas e externas dos sindicatos filiados à Findes, disponibilizando profissionais das áreas de Administração, Marketing, Eventos, Direito, Contabilidade, Arrecadação e Associativismo.

centro internacional de negóciosO Centro Internacional de Negócios

(CIN-ES) tem como objetivo oferecer ser v iços de intel igência comercial, atendimento, promoção comercial e capacitação em comércio exterior e negócios internacionais, através de ações direcionadas às micro, pequenas e médias indústrias capixabas.

instituto Rota imperial – iRiO Instituto Rota Imperial (IRI) foi criado

para fomentar o desenvolvimento turístico e a economia dos municípios situados no trajeto da Rota Imperial. No Espírito Santo, 14 cidades fazem parte da Rota, que liga Ouro Preto, em Minas Gerais, a Vitória.

com o poder público local, tiveram início neste ano as Agências de Treinamento Municipal (ATMs), instaladas em Ibiraçu, Vitória e São Gabriel da Palha; e o Projeto Escola Móvel, implantado em Governador Lindenberg. A Findes trabalha com a meta de instalar Agências de Treinamento em 10 municípios capixabas até 2014.

No próximo ano, o Senai também deve expandir suas fronteiras, com a inauguração da Faculdade Senai de Tecnologia, iniciando os cursos de Engenharia Mecânica e de Controle e Automação. Outra novidade para 2014 é que a entidade vai ganhar o Instituto Senai de Tecnologia (IST).

iEl-ESO Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) é

a entidade do Sistema Findes que atua para promover soluções em conheci-mento, gestão e inovação, contribuindo para a melhoria da competitividade das empresas capixabas. Tem foco na educação executiva e aperfeiçoamento da gestão, além da oferta de programas de estágios.

O diálogo permanente com o setor empresarial torna o IEL-ES uma das mais importantes entidades no suporte ao desen-volvimento da indústria, contribuindo para a superação de gargalos e identificação de oportunidades para as empresas.

Agência de Treinamento Municipal

Em 2013, o Sistema findes lançou um novo conceito para a educação tecnológica e profissional para o setor industrial. denominado de agência de treinamento municipal (atm), tem por objetivo atender às cidades de pequeno ou médio porte do interior do Espírito Santo. Por meio dessa iniciativa, os municípios terão acesso aos serviços profissionalizantes oferecidos pelo sistema Sesi/Senai/iEL, em parceria com os governos locais.Para a implementação de uma agência de treinamento é necessário realizar a avaliação da demanda local por meio de um estudo de viabilidade no município e elaborar um projeto de implantação que considere a definição das linhas de atuação de cada agência, de acordo com a demanda local. Uma vez comprovada a viabilidade do projeto, a prefeitura encaminha um projeto de lei para a Câmara municipal, para garantir o amparo legal necessário.

Escola Móvel

a Escola móvel oferece diversas opções de cursos, conforme a demanda industrial do município e da região. a unidade é montada com módulos educacionais articuláveis, que formam salas de aulas e laboratórios. O projeto prevê que a unidade fique instalada por até seis meses em cada município. a expectativa é que nesse período aproximadamente 1,5 mil pessoas sejam atendidas e cerca de duas mil matrículas sejam efetuadas.

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A Rota Imperial Capixaba começa no Palácio Anchieta - Marco Zero - e vai até Iúna, na região do Caparaó. O caminho está demarcado e sinalizado com 385 totens - chamados de marcos.

O Sistema Findes é o responsável pela gestão do Instituto Rota Imperial, com o apoio do Ministério do Turismo e em parceria com os governos estaduais do Espírito Santo e de Minas Gerais.

Mapa Estratégico da indústria capixaba

Em 2013, a Findes apresentou ao governo do Estado o Mapa Estratégico da Indústria 2013/2022, também conhecido como “Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba”. Com o levantamento, que representa a visão do industrial capixaba sobre quais são os melhores rumos para a economia do Estado, a Findes tornou-se a pioneira na base que compõe a Confederação Nacional da Indústria (CNI) em atualizar o seu Mapa Estratégico, detalhando desafios e diagnósticos precisos e objetivos, distribuídos nas perspectivas do desenvolvimento, interligados por relações de causa-efeito.

Composto por 12 temas estratégicos, o Mapa tem como visão central o desenvolvimento sustentável e apresenta ainda 24 objetivos estratégicos, 67 ações (programas e/ou projetos) e 40 indicadores, com metas para 2015 a 2022. Entre os focos de atuação destacados no documento, elaborado pelo Ideies, estão a expansão da base industrial; segmentos-âncora; sustentabilidade e responsabilidade social; exportação de produtos e serviços; indústria criativa; e competitividade empresarial.

“Com o Mapa Estratégico da Indústria Capixaba, temos um conjunto de ações propostas que contribuirão para o desenvolvimento das 71 ações do Sistema Findes com maior sustentabilidade e com metas para o período.

Esse conjunto de ações visa a superar os atuais gargalos e evitar que surjam outros que possam inibir o desenvolvimento econômico e socioambiental do Espírito Sa nto, au x i l ia ndo, pa ra lela mente, no aumento das vantagens competitivas da indústria capixaba”, explica Marcos Guerra.

Para a próxima década, a estratégia da Findes estará voltada para o aumento de condições favoráveis à indústria capixaba, permitindo a descentralização do desenvol-vimento, maior peso na economia local de empresas inovadoras e comprometidas com a produção de bens de maior valor agre-gado, maior diversificação e participação no comércio nacional e internacional, além de melhorar a formação profissional.

através do instituto Rota imperial, o Sistema findes fomenta o desenvolvimento turístico de cidades do interior capixaba

Com a elaboração do mapa Estratégico, o Sistema findes definiu objetivos e prioridades para o desenvolvimento da indústria capixaba até o ano de 2022

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agronegócio movimenta R$ 23 bilhões por ano no Espírito SantoO setor é um dos mais promissores do Estado, responsável por 30% do PiB capixaba

EconoMia | agROindúStRia E agROnEgóCiOS

o agronegócio capixaba é responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, percentual maior do que

a média brasileira, que varia entre 21% e 22%. É um dos setores mais promissores do Espírito Santo e cresce cada vez mais.

A agroindústria local está baseada na produção de café, pecuária de corte e de leite, cana-de-açúcar, produtos do cacau, pimenta- do-reino e macadâmia, entre outros.

A cadeia produtiva do agronegócio envolve desde o produtor rural, responsável pela matéria-prima, à agroindústria, que a processa e a transforma em produtos para consumo, passando pela logística, que faz o transporte e distribuição dos produtos preparados nas fábricas para o consumidor.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o agronegócio

capixaba emprega 317 mil pessoas. Somente em 2013, até o mês de abril, toda a cadeia produtiva foi responsável por 6.235 contratações, contra 1.648 demissões na área rural do Espírito Santo, o que gera um saldo de 4.587 empregos – números que impulsionam a economia e transformam o agronegócio em um dos grandes empregadores do Estado.

A Secretaria de Estado da Agricultura (Seag) estima que o movimento do agronegócio se mantenha em 2013 da mesma maneira que no ano passado, na faixa de R$ 23 bilhões ou mais em volume financeiro, sendo ainda o café o carro-chefe, seguido da pecuária. “Nos últimos cinco anos, o valor bruto da produção agropecuária cresceu 40%, uma dinâmica que não se vê em outros estados”, explicou o secretário da pasta, Enio Bergoli.

fruticultura é responsável por 60 mil empregos diretos em toda a cadeia produtiva

foto: mCCVV - E.J. m

anzi

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Além das agroindústrias de grande porte, ligadas ao café, celulose, chocolate, maca-dâmia, água de coco, produção de polpas e suco de frutas, o Estado ainda tem cerca de 1,3 mil micro e pequenas agroindústrias rurais de produtos como queijos, iogurte, linguiças, todos comercializados no agroturismo do Espírito Santo.

“Temos um projeto específico para o empreendedorismo rural e a agroindústria familiar. Vamos formalizar e registrar pelo menos 650 desses pequenos empreendimentos até o final do próximo ano, por meio de assistência técnica, capacitação e serviços de inspeção que permitirão a comercialização dos produtos com valor agregado em todo o território capixaba, o que abre janelas de oportunidades para o crescimento e fortalecimento das agroindústrias de pequeno porte localizadas no campo”, afirma o secretário.

ExportaçãoMesmo com toda essa pujança,

a crise econômica mundial, que afetou o comércio internacional em todos os continentes e países, também atingiu o agronegócio capixaba.

O Espírito Santo fechou os primeiros oito meses deste ano com exportações de US$ 1,23 bilhão, montante 8,69% menor do que os US$ 1,34 bilhões exportados em 2012, segundo dados da Seag.

A celulose é responsável por 62,4% do total exportado pelo agronegócio capi-xaba, com um valor de US$ 764,8 milhões, seguida do café e derivados, com 28% e montante de US$ 343,2 milhões; pimentas do

reino e rosa, com US$ 28,5 milhões (2,32%,); carne bovina, com US$ 20,21milhões (1,65%); e produtos derivados de cacau, com US$ 19,42 milhões (1,58%).

Os preços médios praticados de janeiro a agosto no mercado internacional também foram inferiores aos do ano anterior. Ainda assim, o volume de exportações reduziu-se apenas 4,1%. Vários produtos tiveram queda de preço: café verde (-18,7%), pimenta-do--reino (-3,96), açúcar (-24,14), carne bovina (-3,62%) e chocolates (-8,97%).

Dos produtos importantes na pauta de exportações capixaba, houve pequenos acréscimos nos preços internacionais da celulose, com 2,04%, e mamão – fruta de que o Espírito Santo é o maior exportador do Brasil –, com 6,04%.

“O período foi de preços médios baixos para os produtos mais importantes de nossa pauta de exportações, e mesmo assim, com todas as dificuldades, praticamente não perdemos espaço no mercado externo, pois o volume exportado caiu muito pouco”, destaca Bergoli.

A redução das divisas com as exportações de cafés verde, solúvel e torrado foi de US$ 79,5 milhões, sendo esse grupo o grande respon-sável pela queda total de US$ 116,7 milhões nas exportações do agronegócio capixaba.

“A agropecuária capixaba e seus negócios associados se caracterizam pela competitivi-dade, pois enfrentam entraves como custos elevados de logística para alguns produtos, além de barreiras tarifárias, sanitárias e outros gargalos inerentes ao comércio inter-nacional, e mesmo assim continua evoluindo e gerando divisas para nosso Estado”, afirma Bergoli.

Participação (%) dos principais produtos do agronegócio capixaba no total das exportações

Os principais produtos da pauta de exportações do agronegócio no Espírito Santo foram:

• Celulose, com 62,4% do total exportado pelo agronegócio, ou US$ 764,8 milhões

• Café e derivados, com 28% ou US$ 343,2 milhões

• Pimentas do reino e rosa, com 2,32% ou US$ 28,5 milhões

• Carne bovina, com 1,65% ou US$ 20,21milhões

• Produtos derivados de cacau, com 1,58% ou US$ 19,42 milhões

• açúcar de cana, com 1,34% ou US$ 16.36 milhões

• mamão, com 1,09% ou US$ 13,4 milhões

Celulose 62,44%

Pimenta seca 2,66%Mamão 1,24%

Produtos de cacau 1,2%

Café solúvel 2,92%Demais 3,44%

Café e grão 26,1%

É o número aproximado de pessoas que estão, direta ou indiretamente, empregadas na pecuária leiteira no Espírito Santo

60 mil

fonte: iJSn - instituto Jones dos Santos neves

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café comanda o agronegócioO café é o carro-chefe do agronegócio do

Estado, contribuindo com 26% da produção nacional. A previsão de safra para este ano é de aproximadamente 11,7 milhões de sacas, gerando R$ 2,5 bilhões para o Espírito Santo.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Estado do Espírito Santo (Sincafé), Sergio Brambilla, o setor tende a crescer cada vez mais. “O Espírito Santo está em ascendência em relação ao café Conilon, que é muito favorecido pelo clima do Estado. A tendência é que ele cresça tanto em produtividade quanto em qualidade. Já o café Arábica deve crescer mais em qualidade”.

Segundo o representante da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) no Conselho Temático da Agroindústria (Coagro) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Angelo Mendes Rambalducci, outros setores estão sólidos e fortes no Estado, como a pecuária e a fruticultura. “O agronegócio é bem vasto e contribui muito para manter a economia do Estado em franco crescimento. Todos os setores reivindicam melhor tecnologia de produção, para produzir mais e melhor e incrementar ainda mais a presença do agronegócio na economia capixaba”, ressaltou.

De acordo com Rambalducci, a pecuária ocupa o segundo lugar no ranking estadual, com produção de 450 milhões de litros de leite por ano. Apesar da estiagem que assola o norte e o noroeste do Espírito Santo, responsável por queda da produção, o montante ainda é 20% maior do que no ano passado.

Os dados do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) demonstram que a pecuária de leite e corte conta com 2,2 milhões de cabeças de gado, sendo que 60% desse total são animais para abate e os 40% restantes são rebanhos leiteiros, com produção diária de 1,3 milhão de litros de leite. Atualmente, cerca de 60 mil pessoas estão empregadas na pecuária leiteira no Espírito Santo. Do total de postos de trabalho, 35 mil são empregos diretos e 25 mil indiretos. Na pecuária de corte são 11 mil produtores.

A fruticultura é outro setor que está em franca expansão no agronegócio capixaba e anualmente o Espírito Santo tem produzido mais de um milhão de toneladas de frutas, respondendo por 60 mil empregos diretos em toda a cadeia produtiva de polpas e sucos de frutas. A área de fruticultura do Estado corresponde a 85,5 mil hectares plantados e os polos incluem as culturas do abacaxi, acerola, banana, cacau, caju, coco, goiaba, laranja, mamão, maracujá, manga, morango, tangerina e uva.

E é para investir principalmente em fruticultura que os empreendedores do agro-negócio têm procurado crédito junto ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). Até setembro, a instituição liberou mais de R$ 150 milhões por meio de quase 2,8 mil projetos de agronegócio. Até o final de 2013, o Bandes trabalha com a expectativa de liberar mais de R$ 200 milhões para o setor em todo o Espírito Santo.

De acordo com o diretor-presidente do Bandes, Guilherme Henrique Pereira, a enti-dade tem feito um trabalho de divulgação e de orientação para que empreendedores tenham acesso ao crédito e diversifiquem suas atividades, gerando emprego, renda e competitividade para a economia local.

“O Governo do Estado deu uma incum-bência para o Bandes: ampliar o investimento nas atividades produtivas em diversas áreas. No agronegócio, queremos que o produtor rural invista para melhorar a qualidade e a produtividade”, enfatizou.

A agroindústria capixaba conta ainda com a produção de ovos, concentrada principal-mente em Santa Maria de Jetibá, que detém 90% da produção estadual de 7 milhões de ovos por dia, oriundos de 8 milhões de aves de postura. O Estado possui também com 9 a 10 milhões de aves para abate, sendo que a estimativa da Seag é de que são vendidos 200 mil frangos abatidos por dia do Espírito Santo.

EconoMia | agROindúStRia E agROnEgóCiOS

Café e seus derivados são responsáveis por 28% do agronegócio capixaba exportado

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Setor de alimentos e bebidas acende sinal amarelodepois de ver seu faturamento crescer quase 20% em 2011, atividade chega a 2013 registrando pequena recessão de 0,4%

EconoMia | aLimEntOS E BEBidaS

osinal amarelo está aceso entre os empresários do setor de alimentos e bebidas no Espírito Santo. Depois de

registrar crescimento de 19,7% no faturamento em 2011, a atividade desacelerou e fechou 2012 com expansão de apenas 1,4%. A crise econômica internacional repercutiu no Brasil e contribuiu para piorar os resultados nos primeiros meses de 2013. Dados do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) mostram que o fatu-ramento caiu 0,4% na variação acumulada no ano (janeiro a junho) em relação ao mesmo período de 2011.

A indústria da alimentação é geralmente a última a sentir os efeitos de uma crise econô-mica. Entretanto, no início de 2013, apesar de

o tomate ter sido o centro das atenções, o setor acabou se tornando o protagonista de uma novela que o brasileiro conhece, mas não vale a pena ver de novo: a alta inflação. O Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) chegou a 6,59% em março, no acumulado de 12 meses, bem acima da meta de 4,5% do governo federal.

O presidente da Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Gibson Barcelos Reggiani, revela que as medidas governamentais de contenção da inflação passam por redução do dinheiro circulante no mercado, ou seja, restrição ao crédito ou redução dos investimentos.

inflação assustou no começo de 2013 e repercutiu negativamente na indústria de alimentos e bebidas

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“Nessas circunstâncias, o acesso à compra é normalmente dificultado pela redução do poder aquisitivo, em função dos baixos níveis de investimento e da consequente redução do número de empregos. Com raras exceções, essa dificuldade abrange toda a economia, inclusive o setor de alimentos e bebidas. O aumento da inflação é um fato e os efeitos das ações do Governo também. A redução da demanda já é perceptível, mas esperamos que haja uma reversão dessa tendência com a chegada do final de ano”, analisa Reggiani.

No Brasil, o cenário é parecido com aquele enfrentado pelas indústrias capixabas, apesar de menos perceptível. Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (Abia), o faturamento cresceu 12,6% em 2012 – menos que os 15,9% registrados em 2011 –, chegando a R$ 431,9 bilhões.

As indústrias que sofrem menos nesses períodos são as de grande porte, que costumam atuar em mercados externos. Entretanto, o cenário e as medidas tomadas pelo governo federal vão afetar direta-mente 90% das 891 empresas do setor no Estado, que são de micro e pequeno porte. No setor de alimentos e bebidas, o número de empregos, que fechou 2012 com saldo posi-tivo de 498 novas vagas criadas, já registra queda, de janeiro a junho deste ano, de menos 225 postos de trabalho. “No ano de 2013, a produção física industrial do setor no Espírito Santo sofreu decréscimo de 24,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Os empresários estão na expectativa de que haja uma retomada da economia”, ressalta Gibson Barcelos Reggiani.

Massas alimentíciasA Associação Brasileira da Indústria de

Massas Alimentícias (Abima) estima que o consumo de trigo no país seja recorde na safra 2013/2014, chegando a 10,73 milhões de toneladas/ano. Entretanto, segundo a instituição, a safra nacional será de apenas 5,62 milhões de toneladas/ano. Para atender à demanda, que é quase o dobro da capacidade de produção, o setor precisa importar trigo de países como Argentina, Estados Unidos e Canadá.

De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Espírito Santo (Sindipães), Flávio Bertollo, a busca por importações de trigo não é muito positiva para o setor. “O trigo do Brasil nunca conseguiu suprir o mercado nacional, o que acaba criando certa dependência das indústrias em relação à Argentina, que teve uma queda de produção

nos últimos tempos. Isso fez com que o setor buscasse o trigo em outros países, como Estados Unidos e Canadá, tornando o custo mais caro. Além disso, o próprio trigo é diferente do que estamos acostumados”.

Os grandes volumes de importação de sua principal matéria-prima deixa o Brasil sujeito a fatores externos. A última safra de trigo da Argentina, por exemplo, foi a pior em 111 anos. O dólar, que passou meses abaixo de R$ 2, chegou a R$ 2,45 em agosto de 2013, sendo que especialistas já previram que a moeda pode chegar a R$ 2,70 até o fim do ano.

Esses fatores colocam o setor de massas alimentícias entre os mais afetados pela crise internacional e a desvalorização do real. O trigo, além de sua principal matéria-prima, corresponde a até 80% do preço dos insumos na indústria de panificação e 50% na de biscoitos. “Grande parte da farinha que consumimos é importada, por isso a valorização do dólar impacta bastante os nossos custos, elevando os preços praticados”, destaca o presidente do Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias do Espírito Santo (Sindimassas), Emerson de Menezes Marely.

Para reduzir os efeitos da elevação do preço dos insumos para o consumidor, as indústrias buscam alternativas para bai xar custos, como invest imentos em tecnologia e ganhos de produção. “O consumo chega a cair quando os preços são reajustados, mas como as massas e a farinha de trigo passam bela passe da alimentação, a tendência é que ele vá se ajustando com o tempo”, destaca Marely.

EntravesA elevada carga tributária, assim como sua

complexidade, o baixo nível de inovação da indústria nacional, a infraestrutura deficiente e a incapacidade das empresas de atingirem

Setor de massas alimentícias depende da importação de trigo para atender o consumo nacional e é um dos mais afetados em cenários internacionais turbulentos

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mercados internacionais são os principais gargalos enfrentados pela indústria de ali-mentos e bebidas no Espírito Santo.

Reggiani revela que o setor produtivo está inseguro quanto à interpretação da complexa legislação tributária e o elevado custo de suas penalizações. “A pretexto de aperfeiçoar os mecanismos de tributação, as leis estão cada vez mais complexas, dificultando a atividade comercial, onerando o processo e gerando um preocupante passivo tributário”, conta.

O alto valor dos impostos também é apontado como gargalo do setor em nível nacional. De acordo com a Abia, a carga tributária chega a 35%, enquanto em países desenvolvidos a atividade recolhe 8%. “O nível crescente de tributos tem desestimulado o consumo e fomentado a produção informal, causando desorganização no setor”, analisa Reggiani.

A Câmara Setorial das Indústrias de Alimentos e Bebidas da Findes tem tomado algumas iniciativas para ajudar a superar esses entraves. Uma delas é o Prêmio Capixaba de Inovação em Alimentos e Bebidas (IAB), que em 2013 realizou a sua 2ª edição. A premiação foi criada para incentivar

e valorizar as indústrias do setor que implementam inovação em suas embalagens e em produtos, gerar reconhecimento por seus esforços e estimular sua competitividade. Doze empresas foram premiadas com 1º, 2º e 3º lugares, nas categorias “Design de Embalagens” e “Inovação de Produto”, ambas subdivididas entre micro e pequenas empresas e médias empresas.

Outras ações realizadas para amenizar as dificuldades buscam desoneração tributária para aquisição de máquinas e equipamentos para empreendimentos de micro e pequeno porte, viabilização do financiamento de dívidas tributárias das empresas e minimização das exigências de órgãos reguladores do setor, como a Vigilância Sanitária e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema).

“O sucesso dessas ações demanda tempo e não deve ser suficiente para resolver oproblema de curto prazo, que é o desaquecimento da economia. Assim como os demais setores, o de alimentos e bebidas está atrelado ao bom desempenho nacional. Por isso, as expectativas para 2014 não são positivas”, conclui Gibson Barcelos Reggiani.

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Saúde: o desafio e os investimentosSeja via administração pública ou dentro das empresas, o investimento em saúde é essencial para melhorar a qualidade e prolongar a estimativa de vida dos capixabas

EconoMia | SaúdE

Hospital Estadual dr. Jayme Santos neves: investimentos da ordem de R$ 165 milhões

aárea da Saúde continua sendo um dos grandes desafios das gestões. No Estado, essa realidade se vê aumen-

tada conforme seu número de habitantes cresce. De acordo com o IBGE, a população do Espírito Santo saltou dos três milhões (2010) para 3.578.067 habitantes (2013).

O secretário de Estado da Saúde, Tadeu Marino, disse estar ciente do desafio. “Isso exige determinação diária para oferecer o melhor serviço para o capixaba. Por isso, tratamos o SUS como um todo, do modo como

ele deve ser entendido, investindo em diversas áreas, desde o atendimento mais básico até o mais complexo”, explicou.

Nos últimos três anos, o governo do Estado entregou 32 Unidades de Saúde da Família, em diversos municípios, a fim de fortalecer o primeiro atendimento, o do “posto de saúde”. A estimativa é de entregar 65 dessas unidades até o final de 2014, ampliando o acesso de 390 mil pessoas ao serviço básico. “Estamos nos esfor-çando também para diminuir a carência

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histórica de leitos existente no Espírito Santo (e no Brasil). Desde 2011, conseguimos abrir 609 novas acomodações na Grande Vitória e interior, descentralizando o atendimento. Nossa proposta é criar mais 655 vagas até o ano que vem, totalizando mais de 1.200 leitos”, pontuou.

Hospital Estadual Dr. Jayme Santos neves é inaugurado

O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, o maior do Espírito Santo, foi inau-gurado em fevereiro. Entre projeto, obras e equipamentos, a unidade recebeu inves-timentos da ordem de R$ 165 milhões, ofertando 424 leitos a mais ao Sistema Único de Saúde (SUS).

“Projetamos para o futuro mais melho-rias, como a inauguração do novo Hospital Estadual São Lucas, que será ultraespe-cializado em traumas graves, e um novo Hospital Estadual Infantil na capital. Também estamos trabalhando para a implantação de centros regionais de aten-dimento médico e exames especializados. Sabemos que o caminho é longo, mas o importante é não deixar de percorrê-lo”, finalizou Tadeu Marino.

Saúde do trabalhador é prioridade Para garantir a saúde e a qualidade de

vida dos trabalhadores da indústria capi-xaba, o Sesi/ES investe na prevenção através dos seus Programas de Segurança e Saúde no Trabalho. O compromisso é levar ao empregador e ao empregado a promoção da

saúde e segurança no ambiente profissional de forma integrada, assegurando, ao mesmo tempo, o cumprimento da legislação.

De acordo com a gerente da Divisão de Saúde e Segurança no Trabalho do Sesi, Fernanda Arpini, as ações dentro das empresas favorecem a realização das atividades laborais de forma a garantir a manutenção da saúde e do bem-estar de seus empregados. “Isso não leva somente a evitar os acidentes e doenças do trabalho, mas também gera aumento da produ-tividade, diminuição do absenteísmo e aumento da competitividade das empresas dentro do mercado”.

Fernanda explica que o setor de segu-rança e saúde tornou-se multidisciplinar e busca incessantemente prevenir os riscos ocupacionais. Esta é a forma mais eficiente de promover e preservar a saúde e a integri-dade física dos trabalhadores.

Parcerias com empresáriosO Sesi tem ampliado, cada vez mais, a

parceria com os empresários e trabalha-dores da indústria capixaba. A ideia com a elaboração dos programas é atender à legislação trabalhista e também, de forma customizada, às demandas oriundas das indústrias do Espírito Santo.

“As empresas clientes do Sesi percebem a necessidade dos produtos e a qualidade dos serviços que prestamos, pois estamos conseguindo manter a fidelidade dos nossos clientes e ainda aumentar a nossa carteira”, avalia Fernanda.

• Sesi Espaço Saudável: construído para oferecer ao trabalhador da indústria capixaba atendimento de fisioterapia e condicionamento físico. O espaço proporciona ao trabalhador um acompanhamento diferenciado da saúde física, para que este efetue suas atividades diárias, pessoais ou laborais, de forma a ganhar mais qualidade de vida.

• Mais Saúde: o programa visa a oferecer prioritariamente ao trabalhador da indústria capixaba o atendimento de consultas de enfermagem, orientações e palestras informativas sobre saúde e bem-estar.

• Sesi Indústria Saudável: tem como objetivo

Serviços e produtos oferecidos pelo Sesi

maior auxiliar as empresas a superarem os principais desafios enfrentados hoje pela indústria, em relação à qualidade de vida e à produtividade.

• Consultoria da NR 12: a nR 12 é uma norma Regulamentadora elaborada e atualizada pelo ministério do trabalho, voltada para melhorar as condições de segurança e preservar a saúde dos operadores de máquinas e equipamentos durante o processo de fabricação e nas necessidades de se realizar conserto, limpeza ou manutenção. Estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho em máquinas e equipamentos de todos os tipos, nas fases que vão do projeto ao sucateamento.

de saúde serão entregues até o final de 2014

65unidades

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Para o segundo semestre de 2013, os planos do Sesi são a expansão no atendi-mento da consultoria da NR 12 e o aumento do atendimento no Sesi Espaço Saudável, bem como do atendimento pela metodo-logia do Sesi Indústria Saudável, que se estenderá até o final de 2014.

“Para 2014, por diretriz do Departamento Nacional do Sesi, iremos atuar em rede por todo Brasil, de forma a garantir o atendimento padrão entre os Departamentos Regionais. As duas redes já em desenvolvimento são a Rede de Prevenção de Acidentes do Trabalho e a Rede de Ergonomia”, disse a gerente.

O Sesi/ES é parceiro de ações esportivas. na foto acima, trabalhadores participam do torneio de futebol promovido pelo Sindicato da indústria de material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindplast - ES)

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comércio varejista: alerta com retração do consumoO empresário segue confiante com o cenário de longo prazo, mas os investimentos do setor devem seguir mais moderados até o final do ano

EconoMia | COmÉRCiO VaREJiSta

Foi o índice de crescimento do varejo capixaba

nos seis primeiros meses de 2013

2,4 %

odesempenho do comércio varejista no Brasil já está sendo afetado pelo câmbio e pela inflação. Até junho de

2013, no acumulado do ano, o setor cresceu 3% no volume de vendas e 5,5% entre junho de 2012 e junho deste ano, resultado abaixo da expectativa do mercado, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE, divul-gada em agosto. Foi o primeiro estudo do ano no qual o IBGE encontrou sinais da desva-lorização do real frente à divisa americana afetando a economia do país.

O mês também foi impactado pelas mani-festações populares contra o aumento das tarifas dos transportes e por melhores serviços públicos, o que interrompeu as atividades do comércio por vários dias. Mas o levantamento não mensura a influência dos protestos no setor. Com o resultado, a expectativa é que o comércio varejista nacional cresça 3,8% em 2013, segundo a Confederação Nacional do Comércio. As estimativas iniciais para este

ano eram maiores, tanto para o mercado nacional quanto para o capixaba, que previam um avanço entre 6% e 7%.

No Espírito Santo, no primeiro semestre de 2013 o varejo capixaba registrou cresci-mento de 2,4%, e de junho do ano passado a junho deste ano, de 6,9%. Em junho o desempenho foi negativo (-3%) em relação ao ano anterior, indicando o primeiro semestre como o mais fraco em elevação de vendas desde 2003.

Os setores que apresentaram recuo em junho foram: veículos, motocicletas, partes e peças (-27,9%); livros, jornais, revistas e papelaria (-11,8%); hipermercados, supermer-cados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-9%); material de construção (-2,74%); e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,66%).

Já o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou um aumento signi-ficativo de 68,83%.

inflação e alta do dólar retraem consumo, mas a expectativa é que o mercado reaja ainda no segundo semestre

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Para a Federação do Comércio de Bens e Serviços do Espírito Santo (Fecomércio-ES), a retração nas vendas em junho pode ser atribuída às manifestações que ganharam força no Estado e provocaram o fechamento antecipado de lojas e estabelecimentos comerciais, além da alta da inflação, que prejudica as vendas.

Em relação à geração de empregos formais, o comércio capixaba fechou 2,4 mil postos de trabalho nos sete primeiros meses deste ano, até julho, o que significou uma queda de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Caged, do Ministério do Trabalho.

Famílias menos dispostas ao consumo

Em agosto, as famílias capixabas esti-veram menos dispostas ao consumo. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou leve retração, registrando 120,4 pontos, ante 121,2 pontos em julho. A pesquisa da Fecomércio-ES revela queda em índices como a satisfação do emprego atual, perspectiva profissional, acesso ao crédito e ao nível de consumo atual.

Também o Índice de Confiança do Empresário do Comércio Capixaba (Icec) e o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) tiveram redução – respec-tivamente, de 4,1% e 2,4%. Outro indicador que recuou foi o de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), com queda de 3,6%, em função da redução do nível de investimento das empresas e da contratação de funcionários para os próximos meses. “O índice mostrou o empresário do comércio mais cauteloso. A economia branda durante o ano tem gerado especulações menos favo-ráveis. O empresário segue confiante com o cenário de longo prazo. Mas, os investi-mentos no setor devem seguir cada vez mais moderados nos próximos meses. A expec-tativa é que o mercado reaja ainda neste segundo semestre”, esclarece o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcri.

Supermercadistas: expectativas positivas

Na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do Brasil, o grupo hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, tido como seu carro-chefe, caiu 0,4% em junho em comparação a maio e 0,8% sobre junho de 2012. Em termos de acumulados, a taxa para os primeiros seis meses do ano foi de 0,3% e para os últimos 12 meses, 3,9%. Segundo o IBGE, a inflação prejudicou as vendas em decorrência da alta nos preços dos produtos alimentícios.

No Espírito Santo, a queda no volume de vendas em junho foi bem maior, apre-sentando uma variação negativa de -9% em relação ao mês anterior. No acumu-lado dos seis primeiros meses do ano, houve queda de 2,8% e nos últimos 12 meses, crescimento de 2%.

Para o superintendente da Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), Hélio Schneider, os dados do IBGE incluem outros produtos alimentícios vendidos fora das redes supermercadistas, além da venda de bebidas em bares e restaurantes, e fumo. Levando em conta apenas o setor supermer-cadista, conforme ele, o crescimento foi de 4,16% no ano, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados. “Só em julho o crescimento foi de 3,5% em relação ao mês anterior e de 11,6% em relação a julho de 2012, o que demonstra que o consumo ainda se mantém no nosso segmento. Até o final do ano, a expectativa de cresci-mento para os supermercados capixabas é de 3% a 4%”, afirma.

Segundo ele, as festas de fim de ano sempre alavancam as vendas, mas com as incertezas na economia fica difícil antever como os consumidores irão se comportar. “Em 2012 o faturamento do setor no Estado foi de R$ 5,9 bilhões e, neste ano, se confirmado o percentual de cresci-mento, deve ultrapassar os R$ 6,16 bilhões, o que mostra a importância do varejo para o Espírito Santo”.

fonte: iBgE

Variação (%) no volume de vendas do comércio varejista do Espírito Santo – Junho/2013

LOCAL AbriL/2013 MAiO/2013 JunhO/2013 ACuMuLADOnO AnO

ACuMuLADO12 MESES

brasil 1,6% 4,4% 1,7% 3,0% 5,5%

Espírito Santo 3,6% 3,2% -3,0% 2,4% 6,9%

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investimentos levam bancos a resultados positivos em cenário incertoacreditando no desenvolvimento do Estado, em 2013 bancos cresceram e reforçaram financiamentos a projetos industriais

EconoMia | mERCadO finanCEiRO

no primeiro semestre de 2013, os seis maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica

Federal, Itaú Unibanco, HSBC e Santander) tiveram diferentes atuações na concessão de crédito para a população, desde que o governo federal iniciou, através dos bancos públicos, uma política de redução dos juros e spreads.

Para se adequar a essa nova reali-dade, as grandes instituições privadas compensaram os menores ganhos com a intermediação financeira mediante ajustes de custos, em busca da chamada “eficiência operacional”. Entre as adequa-ções, observou-se o fechamento de postos de trabalho nos bancos privados e

Com os bons resultados obtidos, Bandes e Banestes abriram linhas de financiamento específicas para a indústria capixaba

foto: Leonel albuquerque

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incremento das receitas com prestação de serviços e ajustes nas tarifas.

Esses são os principais destaques da 4ª edição do estudo “Desempenho dos Bancos”, realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Os resultados consolidados dos seis maiores bancos brasileiros no primeiro semestre de 2013 foram, em sua maioria, positivos em relação aos indicadores patri-moniais e de desempenho operacional, com exceção da rentabilidade líquida média, que teve recuo de 2,6 pontos percentuais (p.p), devido a uma combinação de fatores, entre os quais vale destacar a queda na taxa de juros, segundo análise do Dieese.

Mas, a partir de abril deste ano, quando a inflação começou a ultrapassar a meta oficial, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou uma gradativa alta da taxa Selic, com o intuito de fazer recuar a inflação. No entanto, se, por um lado, a alta dos juros pode refrear a inflação, por outro deve penalizar ainda mais o setor produ-tivo, com reflexos na taxa de emprego na indústria, que vem caindo. Essa análise é de Dória Porto, consultor e diretor-executivo do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies), da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes).

O cenário de inflação, juros e dólar em alta, e crédito mais caro e mais difícil tem afetado a economia brasi-leira como um todo, e, mais uma vez, principalmente a indústria. De acordo com Dória Porto, além desses fatos, o chamado custo Brasil (advindo da alta carga tributária, dos custos das matérias-primas e energia, da infraestrutura logística e da burocracia governa-mental) e a falta de clareza em uma política econômica de longo prazo vêm dificul-tando o planejamento do setor industrial e inibindo os investimentos.

“Nesse sentido, além da necessidade de políticas públicas claras e emer-genciais, que atinjam todo o setor industrial, e não apenas alguns segmentos,

como tem sido feito até o momento, é neces-sário que se tenha políticas estruturantes de longo prazo, que construam um ambiente de negócios mais claro e estável e permitam tanto o aumento nos investimentos indus-triais quanto condições mais favoráveis à competição com os produtos importados”, destacou Dória Porto.

Por outro lado, mesmo frente a tantas incertezas no sistema econômico e finan-ceiro nacional, um ponto positivo se destaca: o desempenho do Banestes (Banco do Estado do Espírito Santo), que ocupou este ano o 27º lugar no ranking dos 100 maiores bancos do país. O capixaba subiu cinco posi-ções em 2012 em relação a 2011, quando estava em 32º lugar. O ranking é da revista “Valor 1000”, uma publicação anual do jornal Valor Econômico.

Para o presidente do Banestes, Guilherme Dias, esse resultado mostra como o banco estadual é competitivo e marca seu espaço no mercado. A instituição apresentou lucro líquido de R$ 50 milhões no primeiro semestre deste ano, um acréscimo de 156% em comparação ao mesmo período de 2012. O patrimônio líquido atingiu R$ 854,0 milhões, contra os R$ 752,4 milhões apurados em março de 2013, representando um aumento de 13,5%.

Em fevereiro de 2012, o Banestes firmou parceria com a Findes, disponibilizando R$ 500 milhões em linhas de financiamento para a indústria capixaba. Entre fevereiro e

É o valor do lucro líquido do banestes no 1º semestre de 2013, um aumento de 156% sobre o mesmo período de 2012

R$ 50 milhões

Banestes ocupou este ano o 27º lugar no ranking dos 100 maiores bancos do país

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dezembro do ano passado, foram realizados R$ 300 milhões em negócios, do total ofertado. E, entre janeiro e agosto deste ano, já foram liberados R$ 250 milhões para a parceria, superando em R$ 50 milhões a meta inicial de R$ 500 milhões. Com o objetivo de fortalecer esse relacionamento, o banco vai continuar disponibilizando mais recursos.

“Essa integração é fundamental para que o Banestes venha a intensificar sua contribuição ao crescimento dos investimentos da produção e dos empregos no setor industrial”, assinalou Dias.

Por meio da parceria Banestes/Findes, o banco do Estado disponibiliza 32 linhas de financiamento aos empresários filiados a Findes, que têm atendimento personalizado, com um gerente de relacionamento exclu-sivo para atendê-los. O Banestes também apoia e participa ativamente do “Dia DE Associar-se”, promovido pela Findes.

Bandes O Banco de Desenvolvimento do Estado

do Estado do Espírito Santo (Bandes) também traçou metas com foco no setor produtivo local: injetar R$ 2,3 bilhões em recursos financeiros na economia do Espírito Santo até 2016; dobrar a carteira de crédito até 2016, alcançando R$ 1,8 bilhão de SOC (Saldo de Operação de Crédito), além de implantar novos programas e metodologias de trabalho.

De acordo com o diretor-presidente do Bandes, Guilherme Henrique Pereira, essas iniciativas fazem parte do novo posicionamento da entidade, que passa a atuar mais fortemente na abertura do seu leque de novos negócios, se prepara para a administração dos novos fundos de apoio ao desenvolvimento criados no contexto do Proedes e fechou acordo operacional com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para ser seu agente financeiro em programas de inovação.

“Diferente das instituições financeiras comuns, o crédito nos bancos de fomento busca o desenvolvimento sustentável, foca nas potencialidades regionais e articula as atividades produtivas para fomentar a inovação, a geração de emprego e renda nos municípios”, pontuou Guilherme Pereira.

Banco do nordeste Os recursos aplicados no Espírito Santo

ao longo dos 13 anos de atuação do Banco do Nordeste, que iniciou suas atividades no Estado em meados do ano 2000, tradu-ziram-se em mais de 41.000 operações até agosto/2013. Segundo o gerente-executivo estadual do Banco do Nordeste, Marcus Louriçal, o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) vem sendo o impulsionador para o desenvolvimento dos empreendimentos das regiões capixabas atendidas pelo banco, que atua apenas nos municípios localizados na área da Sudene.

“O FNE proporciona a longo prazo uma taxa de juros subsidiada, que até o fim de 2013 está em 3,5% a.a. para os pagamentos das parcelas dentro do vencimento. Salientando que 51% desses recursos, devem, por deter-minação do governo federal, ser aplicados nos micro, mini e pequenos empreendi-mentos, atendendo às necessidades dos clientes que mais precisam e promovendo, dessa maneira, a geração de trabalho e renda na região”, informou Louriçal.

EconoMia | mERCadO finanCEiRO

cooperativas em altaO lucro do Sicoob-ES no primeiro semestre

de 2013 foi de R$ 64 milhões, percentual 17,9% superior ao mesmo período do ano passado, quando a instituição financeira obteve resultado de R$ 54,3 milhões. “A meta é chegar ao fim do exercício com lucro de R$ 130 milhões”, informou o diretor-executivo da instituição, Francisco Reposse Junior.

Já a carteira de crédito do Sicoob cresceu 39,7%, totalizando R$ 1,8 bilhão. O aumento no semestre representou um incremento de R$ 520 milhões em comparação ao mesmo período de 2012. O desempenho alcançado está de acordo com o que foi plane-jado pela Diretoria para os seis primeiros meses deste ano.

• Meta de aplicação para 2013: R$ 200 milhões

• Aplicação até agosto/2013: R$ 260 milhões

• Meta de aplicação para 2014: R$ 327 milhões

O banco do nordeste vem ultrapassando as metas:

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comércio exterior em trajetória descendenteReflexos da crise, gargalos logísticos que oneram os custos do transporte marítimo e perda de receita do iCmS sobre o fundap acarretam a queda de negócios

EconoMia | COmÉRCiO ExtERiOR

uma das mais importantes ativi-dades da economia estadual e fonte de receita para os cofres públicos

do Espírito Santo, o comércio exterior capi-xaba vem amargando resultados ruins. Acumula, de janeiro a agosto deste ano, desempenho negativo nas importações e exportações, além de queda acentuada – já é de 57% em relação ao ano passado – na arrecadação do ICMS que é repassado aos

municípios. Com isso, 2013 e 2014 são anos dominados pelas incertezas frente aos desa-fios do segmento, afetado pelos reflexos da crise e a redução de 12% para 4% na alíquota do ICMS nas operações interestaduais com mercadorias importadas do exterior.

Nos primeiros oito meses deste ano, a atividade acumulou queda de 19% nas importações locais ante o mesmo período de 2012, totalizando US$ 4,80 bilhões,

O saldo de apenas US$ 291 milhões na balança comercial capixaba é o quinto maior entre os Estados, o que mostra também as dificuldades do país no trade global

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de acordo com os dados divulgados pelo Sindicato do Comércio de Exportação e Importação (Sindiex). No ranking nacional, ocupa o 10º lugar, frente ao 8º do ano passado. Com a redução dos incen-tivos do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap), o Estado vem perdendo cargas de importados para outros portos, como Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Itajaí (SC). Segundo o presi-dente do Sindiex, Severiano Alvarenga Imperial, esse baixo desempenho ocorreu, sobretudo, pela queda de 32% das importa-ções de automóveis, apesar de serem ainda o principal item da pauta capixaba, com a participação de 18% do total desembarcado.

De acordo com Imperial, a queda foi motivada pelo próprio mercado brasi-leiro, uma vez que o Governo aumentou o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) em 30% para carros importados de fora do Mercosul e México, bem como para os produzidos no Brasil que não tenham 65% de conteúdo regional – o IPI só perma-neceu menor para os que têm índice de nacionalização de 65% ou mais. Outras perdas foram registradas nos negócios com máquinas e equipamentos (-19%), carvão mineral (-12%) e tecidos e vestuário (-9,1%).

Exportações Nas exportações a queda foi menos

acentuada, mas a trajetória continua descendente: também registraram uma retração de 16% até agosto de 2013, com a marca de US$ 6,9 bilhões contra os US$ 8,1 bilhões do período em 2012.

importação

Local Janeiro/Setembro 2012 Janeiro/Setembro 2013 Variação

Brasil US$ 147,44 bilhões US$ 160,42 bilhões 9%

Espírito Santo US$ 5,89 bilhões US$ 4,80 bilhões - 19%

Exportação

Local Janeiro/Setembro 2012 Janeiro/Setembro 2013 Variação

Brasil US$ 160,59 bilhões US$ 156,65 bilhões -2%

Espírito Santo US$ 8,19 bilhões US$ 6,90 bilhões -16%

Esse retrocesso verificou-se principalmente com a redução nas vendas de ferro e aço (-35%), petróleo (- 31%), café e outras espe-ciarias (- 17%) e minério de ferro (- 14%).

Na contramão do comércio internacional, as vendas do setor de rochas ornamentais acumulam alta de 25% nas exportações, no comparativo com 2012. Com participação de 10% no total exportado pelo Espírito Santo, o setor foi responsável por US$ 676,8 milhões, de janeiro a agosto, ante os US$ 541 milhões alcançados no mesmo período de 2012. Esse incremento, segundo especialistas, se deve à retomada do crescimento norte-ameri-cano e às feiras do setor, como a Vitória e a Cachoeiro Stone Fair.

Para o presidente do Sindiex, vários fatores contribuíram para o desempenho nega-tivo do comércio exterior capixaba. “A lenta recuperação da economia norte-ameri-cana e a desaceleração da China retraem o mercado de exportações”, diz Imperial. Nas importações, ele lamenta a ausência de voos de cargas no aeroporto de Vitória, pela limitação de tamanho da pista, e a desis-tência dos principais armadores, que não realizam operações pelo porto público da capital por falta de infraestrutura adequada. “Para se ter uma ideia, em média, uma empresa espera entre 13 e 17 dias para movi-mentar suas cargas nos portos, segundo o Banco Mundial. A referência é Singapura, onde o prazo máximo é de cinco dias. No Porto de Vitória, um contêiner vindo da Ásia leva em torno de 65 dias (no Rio e em São Paulo, são 30 dias), pois passa primeiro em outros portos e depois vem para Vitória,

fonte: Sindiex

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aponta que o Espírito Santo “deve direcionar esforços para aumentar seu nível de competitividade em relação aos demais portos brasileiros”. Os caminhos indicados são a melhoria na logística e a construção de um novo porto público (interligado a uma eficiente malha ferroviária), próximo à área pertencente à região da Sudene.

Segundo o diretor do IJSN, José Edil Benedito, uma das ações do governo do Estado para vencer os desafios provocados pelas perdas geradas no ICMS sobre o Fundap foi a criação do Programa de Desenvolvimento Sustentável (Proedes). “No programa, foi criada a Câmara de Eficiência Portuária, que será responsável por propor projetos e ações imediatas

para superar as dificuldades do setor”, afirmou. Também foi criada a Subsecretaria de Comércio Exterior, ligada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), para que atue na articulação de políticas públicas voltadas para a atividade.

via transbordo, o que encarece o custo em US$ 2 mil em relação ao Rio e São Paulo. Isso acarreta a perda de negócios”, lamenta.

Um estudo feito por técnicos do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes)

EconoMia | COmÉRCiO ExtERiOR

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turismo: setor se fortalece a cada diaO turismo está vivendo sua melhor fase no segmento de eventos. até o fim de 2013, mais de 34 mil turistas devem participar de congressos e feiras em terras capixabas

EconoMia | tURiSmO

oEspírito Santo está vivendo sua melhor fase no turismo de eventos. O calendário do ES Convention &

Visitors Bureau (ESC&VB) aponta a realização de 113 eventos este ano, dos quais 74 de caráter técnico-científico. Esses encontros trarão ao Estado 34.177 turistas até o fim de 2013, movimentando mais de R$ 59,8 milhões em gastos com hotéis, restaurantes, táxis, lazer e outros serviços e atrativos turísticos. Em comparação ao montante injetado na economia capixaba em 2012 -R$ 49 milhões-, o aumento supera 20%.

Um dos fatores que fazem o Espírito Santo brilhar no turismo de eventos do Brasil é a sua boa localização geográfica: a proximidade com as grandes capitais do Sudeste e Sul

possibilita redução do custo final do evento, se comparado à realização em outros esta-dos, mais distantes.

“Quando falamos de eventos itinerantes, os maiores emissores são Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, entre outros, e estamos próximos de todos. A nossa mão de obra na área de eventos é qualificada e preparada para atender aos organizado-res mais exigentes, por um preço muito competitivo. Realizar eventos no Espírito Santo é econômico”, relata o presidente do Convention&Visitors Bureau (ESC&VB), Alfonso Silva.

Segundo ele, o setor ainda apresenta gargalos, mas aprendeu a superá-los adap-tando o atendimento à sua infraestrutura.

de 2011 para 2012 foram lançadas 10.800 unidades apuradas pelo Censo imobiliário. Já de 2012 para 2013 esse número caiu para 3.900 unidades

foto: PmV / Yuri Barichivich

até o fim de 2013 o turismo de negócios terá movimentado mais de R$ 59,8 milhões na economia capixaba

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É a estimativa para o crescimento do turismo capixaba

20 %“Apesar de termos gargalos, como a ques-tão da ampliação do aeroporto de Vitória, não somos tão prejudicados. Quando vamos à captação de um evento, conhecemos todos os seus requisitos e sabemos que podemos atendê-los com excelência”, avaliou.

1,5 milhão de turistas no Espiríto Santo em 2013

De acordo com a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), a atividade deve crescer 20% na alta temporada 2013/2014, comparando-se com a de 2012/2013. De acordo com o secretário de Estado do Turismo, Alexandre Passos, 708.457 pessoas visitaram as terras capixabas no verão de 2012, e este ano já foram 979.681 no mesmo período. Quanto à baixa temporada/2013, os dados da Setur mostram que a média de ocupação hoteleira ficou em torno de 80% a 90%, com preponderância do público de negócios.

“O Estado tem marcado presença em feiras e workshops nacionais e internacionais, além de veicular a campanha institucional ‘Descubra o Espírito Santo’, protagonizada pela atriz Fernanda Vasconcelos, nos principais mercados emissores de turistas. O resultado foi positivo e agora estamos direcionando a publicidade para os jornais e TVs, lançando novos produtos e apresentando nossas belas praias, além de uma série de eventos que realizamos o ano inteiro”, afirmou.

Seguindo a estratégia do Ministério do Turismo e da Embratur, o Espírito Santo tem sido divulgado também em eventos de países vizinhos, como Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai.

capacitação e infraestruturaVisando a aprimorar a qualidade do aten-

dimento receptivo, nos últimos dois anos foram qualificados mais de cinco mil pro-fissionais do setor, informa a Setur. Também foram realizados investimentos em infraes-trutura, obras e reformas: o Sambão do Povo, em Vitória; a Casa da Memória de Cachoeiro de Itapemirim; o Centro de Visitantes da Gruta do Limoeiro, em Castelo; o Polentão e o Centro Cultural e Turístico de Venda Nova do Imigrante, entre outros.

De acordo com Passos, outros grandes projetos estão sendo desenvolvido, como o do Centro de Eventos de Vitória, em que quase R$ 100 milhões estão sendo investidos.

Com edital de licitação lançado em agosto, a obra tem prazo de conclusão de 24 meses a partir da assinatura da ordem de serviço.

Melhorias por toda parteGuarapari recebe turistas o ano inteiro,

que ficam encantados com suas 46 praias. O potencial local levou a Setur a investir fortemente em infraestrutura, objetivando o fortalecimento ainda maior do segmento no município.

O principal projeto é a revitalização da orla do Canal de Guarapari, já em andamento, resultado de um convênio de R$ 35 milhões entre a Setur e a Caixa Econômica Federal, com recursos do Ministério do Turismo. Há também na pauta a reforma do prédio do Radium Hotel, com investimentos de R$ 5 milhões. A obra tem como objetivo restaurar e revitalizar o imóvel, que será utilizado pela Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Esporte como espaço para exposições e apresentações culturais.

Vila Velha também receberá melhorias para se tornar mais atrativa, entre elas a in-tervenção urbana e paisagística do Parque da Prainha. “Sabemos que ainda há muito por fazer, mas creio que essas ações já es-tejam mudando o nosso turismo para fazer do Espírito Santo um destino competitivo e apto a figurar entre os melhores do país”, disse Alexandre Passos.

turismo para todos os gostosO turismo firma-se cada vez mais como

atividade estratégica para o desenvolvi-mento sustentável. Um bom exemplo é a Rota Imperial, a antiga Estrada São Pedro de Alcântara, que já conta com o lado capixaba todo demarcado. O roteiro impul-siona o desenvolvimento socioeconômico das comunidades ao longo do seu trajeto de 575 quilômetros entre Minas Gerais e Espírito Santo.

Gerido pelo Sistema Findes (Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo), o Instituto Rota Imperial (IRI), criado para promover esse roteiro turístico no Estado, apresentou na Expotur 2013, realizada em maio em Vitória, os variados atrativos turísticos naturais, históricos, culturais e esportivos que a Rota oferece. Além disso, patrocinou atividades de grande repercus-são, como o Enduro da Independência e a Expedição 4x4 Rota Imperial.

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Setor moveleiro investe em capacitação para garantir competitividadeindústria moveleira capixaba experimenta período virtuoso de busca do conhecimento e da tecnologia

EconoMia | móVEiS

Parceiros estratégicos, como a Câmara Setorial da Indústria Moveleira, o Sistema Federação das Indústrias

do Espírito Santo (Findes), o Sebrae-ES, a Agência de Negócios, a Amóvel, instituições públicas e privadas e arranjos produtivos locais, têm sido os responsáveis por impulsionar o avanço dos parques fabris da indústria moveleira do Espírito Santo e por preparar empresários e trabalhadores para um salto de qualidade e competitividade.

O principal mercado da indústria move-leira do Estado tem sido o próprio Espírito Santo, que consome 80% da produção do mobiliário sob encomenda. O restante atende a Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e

Bahia. Hoje, de acordo com o Sindmadeira (Sindicato das Indústrias de Madeiras e Atividades Correlatas em Geral da Região Centro-Sul do Espírito Santo), 95% da produção são voltados para o consumidor final. Os outros 5% são destinados a lojas de mobiliário refinado.

A produção no Espírito Santo é diversi-ficada, mas o principal segmento continua sendo o residencial, que se divide em retilíneos seriados, majoritariamente concentrados no município de Linhares; e sob encomenda, pulverizados por todo o Estado, com predominância de Colatina e Grande Vitória. No seu conjunto, a indús-tria moveleira capixaba conta com polos

O principal mercado da indústria moveleira do Estado tem sido o próprio Espírito Santo, que consome 80% da produção do mobiliário sob encomenda

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transformação vem caindo muito no Brasil, e sempre por dificuldades como burocracia excessiva e carga tributária de três a quatro vezes maior do que a de países em cres-cimento. Além disso, as matérias-primas são quase todas provenientes de outros Estados, principalmente as chapas”.

O presidente do Sindmoveis, Ortêmio Locatelli Filho, relata que mesmo diante das dificuldades, o segmento deve fechar 2013 dentro das expectativas. “Vários lançamentos da construção civil fizeram com que aumentasse a demanda pelos nossos produtos, permitindo que garantíssemos o nível de empregos”. Ortêmio informou que uma meta é promover o estímulo à competitividade.

A atividade, aliás, tem conseguido manter ao longo de cinco anos a sua geração de empregos. De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) e da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes, o setor é constituído hoje por cerca de 800 empresas, responsáveis pela geração de 9.326 empregos. Suas ações estão distribuídas entre: fabricação de produtos de madeira; fabricação de móveis de madeira; fabricação de móveis de outros materiais, exceto madeira; e fabri-cação de produtos diversos.

amadurecimento Com o investimento em mão de obra

qualif icada e maquinário de ponta, os empresários da indústria de móveis acreditam que haverá nos próximos anos uma amadurecimento da cadeia. “As oportunidades começam a aparecer para inserir na cultura das empresas o valor do design. Já temos profissionais desenvolvendo produtos, consequência da tradição de executar móveis perso-nalizados contratados pelo consumidor final”, conta o gestor do Sindmadeira, Ricardo Hermeto.

Em consequência, empresas consoli-dadas no mercado nacional têm sondado o Estado para montar suas filiais. Em junho de 2013, foi instalada em Sooretama a fábrica de móveis e eletrodomésticos da Itatiaia. Essa foi a primeira unidade da empresa fora do Estado de Minas Gerais. A inauguração fortalece o polo moveleiro da região. O investimento foi de cerca de R$ 209 milhões, gerando durante o período de obras em torno de 110 empregos, e apro-ximadamente 1.300 postos de trabalho durante a operação.

É o número de empregos gerados e mantidos pelo setor moveleiro ao longo de cinco anos

9.326de produção em municípios localizados na região centro-sul (como Guaçuí e Muniz Freire) e norte, como Linhares (com maior representatividade) e Colatina, responsáveis por 80% do total de peças produzidas.

“A exportação para outros países é meta futura, depois que as indústrias locais se prepararem e se organizarem para conquistar espaço em mercados altamente cons,umidores e competitivos”, relata o gestor do Sindmadeira, Ricardo Hermeto.

Mão de obra Em 2013, a conquista mais importante do

setor, segundo os sindicatos representativos do segmento – Sindimol, Sindmadeira e Sindmoveis –, foi a criação do primeiro curso Técnico de Móveis. “Em parceria com o Senai/ES e o Sindmadeira, implantamos o primeiro curso de Técnico em Móveis, ministrado em Araçás, Vila Velha. A ideia é levar esse curso às nove unidades do Senai no Estado, ou seja, a todo o Espírito Santo. A Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes e o Senai/ES desenvolveram para as empresas moveleiras uma oferta diversificada de cursos. Está disponível um conjunto de qualificações que podem ser oferecidas em módulos às indústrias, quer por meio da oferta coletiva, quer pela modalidade in company”, destacou o diretor administrativo do Sindmadeira, Luiz Toniato, que coordena os trabalhos de estruturação profissional para o setor de madeira e mobiliário.

Toniato ressaltou que a oferta de cursos atende às necessidades básicas das empresas e representa um divisor de águas para a atividade, visando à melhoria de seus processos e gestão para o crescimento e a competitividade.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias da Madeira e do Mobiliário de Linhares e Região Norte - ES (Sindimol), Almir José Gaburro, a mão de obra do Estado precisa estar constantemente qualificada: “Os investimentos voltados para a capaci-tação da mão de obra precisam continuar. Essa é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento”.

Entrave Como entrave, há a alta carga tributária,

cita Luís Rigoni, presidente da Câmara Setorial da Indústria Moveleira da Findes e integrante do Sindimol. “Os benefí-cios fiscais concedidos a outros estados são os principais fatores dificultadores da competividade. A produção da indústria de

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os gastos com vestuário vão crescer no Brasil em 2013. A estimativa do Pyxis Consumo, ferramenta

de dimensionamento de mercado do Ibope Inteligência, é que cada brasileiro gastará R$ 786 na aquisição de roupas, calçados ou acessórios. O valor é 17,3% superior aos R$ 670 destinados a esses itens em 2012. Com o consumo em alta,

as indústrias do setor deveriam estar otimistas. Entretanto, gargalos como a falta de mão de obra qualif icada, a elevada carga tributária e a concorrência chinesa acabam reduzindo o potencial de crescimento da atividade.

Nas projeções do relatório Brasil Têxtil 2013, do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI), a produção da cadeia

consumo de vestuário cresce no Brasil, mas quem ganha são os importadosEnquanto os gastos dos brasileiros com vestuário crescem 17,3%, produção da indústria têxtil cai e importação aumenta

EconoMia | VEStUáRiO

Cada brasileiro gastará, em 2013, R$ 786 na aquisição de roupas, calçados ou acessórios

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têxtil vai crescer apenas 2,7% em valores e cair 2,1% em toneladas. No Espírito Santo, dados elaborados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial (Ideies-ES) mostram que, em 2011, o total de receitas líquidas de vendas das 1.210 empresas do setor foi de R$ 413 milhões - queda de 6,15% em relação aos R$ 441 milhões registrados em 2010.

No caso do setor de vestuário, o aumento no consumo está beneficiando mais as indústrias de outros países do que as nacionais. De janeiro a julho de 2013, a importação desses produtos cresceu 7,1% em relação ao mesmo período de 2012, chegando a US$ 2,3 bilhões. Enquanto isso, as exportações cresceram apenas 1,6%.

Para reverter esse quadro, uma das solu-ções é submeter os produtos importados às mesmas regras trabalhistas, ambientais e tributárias incidentes sobre os nacionais. Essa é a opinião do presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções do Sul do Espírito Santo (Sinconsul), Bruno Balarini. “Isso se faz necessário para nivelar a concorrência em termos de custos e valo-rizar o produto nacional para o consumidor final. É preciso incentivar os empresários a

investirem em inovação, capacitação e tecnologia, como vem sendo feito em alguns programas, como o Compete-ES, criado pelo Governo do Estado”, afirma.

A presidente do Sindicato das Indústrias de Confecções de Roupas em Geral do Espírito Santo (Sinconfec), Clara Thais Orlandi, concorda que a concorrência com produtos importados, principalmente da China, é o maior problema enfrentado pelo segmento nos últimos anos. “É possível que tenhamos um certo alívio a partir da valorização do dólar frente ao real, o que deve encarecer os produtos de outros países. Porém, o aumento dos custos da mão de obra também sufoca o setor”, analisa.

Dólar valorizado aliviaDe fato, a valorização do dólar vem

trazendo alívio ao setor de confecções em 2013. Entre os meses de maio e agosto, o câmbio da moeda americana passou por uma escalada, chegando a valer R$ 2,38 no final de agosto. A cotação é 17,2% superior ao valor de R$ 2,03 nego-ciado em agosto de 2012.

O câmbio tem sido um propulsor para a indústria capixaba do vestuário. Em julho,

números do setor

R$786• É quanto

cada brasileiro gastará em 2013 com vestuário

uS$2,3bi

• É o valor das importações de peças de vestuário de janeiro a julho de 2013

2,7%

• É a queda que a produção brasileira da indústria do vestuário deve registrar em 2013

R$413mi

• É quanto a indústria capixaba do vestuário faturou em 2011

7,1%

• É o índice de crescimento das importações do setor de janeiro a julho de 2013

6,15%

• É a queda registrada no faturamento da indústria em comparação com 2010

fonte: Pyxis Consumo instituto de Estudos e marketing industrial (iEmi) e instituto de desenvolvimento Educacional e industrial (ideies-ES)

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a variação real do faturamento acumu-lada no ano cresceu 14,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A utilização da capacidade instalada, que fechou 2012 em 80,3%, atingiu 89,3% em julho. “O crescimento em 2013 deve ser maior do que o registrado em 2012 e a tendência é que isso se repita em 2014, caso a taxa de câmbio do dólar permaneça em um patamar elevado”, analisa Clara.

A indústria de calçados é outra que sente os efeitos positivos e, assim como a de confec-ções, também não deve ter seus preços finais reajustados. “Algumas empresas importam suas matérias-primas, mas já estavam com suas compras programadas até o fim do ano. Apesar de alguns insumos terem sofrido reajuste de até 10%, isso não deve ser repassado ao consumidor”, acredita o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados do Espírito Santo (Sindicalçados), Altamir Martins.

calçadosPassados os momentos mais compli-

cados da crise econômica mundial, a indústria calçadista começa a retomar o

crescimento. De acordo com informações do Sindicalçados, no período compreen-dido entre 2011 e 2012, quando os efeitos da desconfiança e dos cortes de gastos dos países europeus ainda estavam no auge, o setor teve um crescimento de 7% nas vendas. Entre 2012 e 2013, com esses efeitos já estabilizados, o crescimento da indústria brasileira já ultrapassou os 9,6%.

As vendas da indústria capixaba têm contribuído bastante para a retomada do desempenho dos calçados brasileiros. Somente em janeiro deste ano, as fábricas capixabas exportaram 19.437 pares, contra 1.188 em janeiro de 2012. Em valores, o crescimento foi de 3.065,5%, passando de US$ 10.124 para US$ 320.480. “Foi um aumento considerável e que teve um impacto direto nos números finais da indús-tria nacional. A produção brasileira deve fechar o ano com 796 milhões de pares, ante 758 milhões em 2012”, afirma Martins.

O setor calçadista capixaba tem hoje 189 fábricas filiadas ao Sindicalçados, a maioria especializada em produtos femininos e infantis, com produção de 30 mil pares de sapato por dia.

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foi o aumento das exportações de calçados capixabas em janeiro de 2013 ante o mesmo mês de 2012

3.065,5%

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investimento de R$ 120 milhões anuais em EducaçãoPrioridade é recuperar a estrutura física das escolas da rede estadual e beneficiar 300 mil alunos

EconoMia | EdUCaçãO

nos últimos anos, a educação tem sido uma das prioridades do Governo do Espírito Santo. O investimento médio

anual no setor é de R$ 120 milhões, segundo dados da Secretaria de Estado da Educação (Sedu). Hoje, a rede estadual atende aproxi-madamente 300 mil alunos em 503 escolas.

“Estamos investindo muito na recuperação da rede física das escolas. Nos primeiros 24 meses, aplicamos cerca de R$ 120 milhões por ano nesta área. E temos mais de 60 projetos que estão sendo concluídos para recuperar as escolas”, afirma o secretário de Educação do Estado, Klinger Barbosa Alves.

Na parte de manutenção, de acordo com o secretário, um pacote de novas obras acaba de ser iniciado para recuperação da rede. A estimativa é atender em torno de 40 escolas

ainda em 2013. Entre outras intervenções, serão feitas trocas de telhado, pintura, substituição de piso, reforma nos banheiros, muros, reparos nas redes elétricas e hidrossanitárias, conforme as necessidades de cada espaço. Serão investidos R$ 63 milhões em manutenções até o final de 2014.

Além disso, o secretário destaca o trabalho de recuperação que vem sendo feito nos espaços esportivos das unidades e anuncia um investimento de R$ 19 milhões na construção de novas quadras. “Há 30 com licitações já concluídas para iniciar as obras ainda neste semestre”, afirma Klinger.

Como parte da recuperação da estru-tura física, o secretário cita também a troca do mobiliário escolar e a distri-buição de 4,2 mil computadores novos

O Senai/ES possui ações e programas educacionais que contribuem para o processo de formação de mão de obra qualificada

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Diório lembra ainda que quatro mil alunos foram beneficiados pelo programa Nossa Bolsa e estudaram na rede privada pagando mensalidade mais em conta. E levanta a discussão em torno do que é público e privado. “Precisamos pensar melhor a educação, ter outro olhar sobre o que deve ser investimento público e privado, para termos um serviço melhor por um preço mais acessível”, diz.

Educação profissionalO Sistema Findes tem uma expectativa de

investimento de R$ 83 milhões até 2015, na educação básica, através do Sesi/ES, e profis-sional, com a contribuição do Senai/ES.

No âmbito da educação profissional, o Senai/ES possui ações e programas educa-cionais que contribuem para o processo de formação de mão de obra qualificada e aperfeiçoamento para a indústria de forma abrangente nos diversos municí-pios do Estado. De janeiro a julho deste ano, 99.222 alunos se matricularam para fazer cursos oferecidos pela instituição. Em 2012, foram formalizadas 154.082 matrículas.

A busca por maiores níveis de produtivi-dade e competitividade por parte do setor industrial demanda do Senai/ES diversas estratégias de atuação, incluindo ofertas de cursos presenciais e à distância, subsi-diados e gratuitos. São cursos variáveis de curta duração (quatro e 160 horas), média duração (160 e 380 horas) e longa duração (960 e 1.440 horas).

“A ação de educação para o trabalho destinada a jovens e adultos, independente-mente da escolaridade, desperta o interesse pelo trabalho e prepara para o desempenho de funções básicas e de baixa complexidade de uma ou mais profissões”, afirma o diretor para Assuntos da Educação da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Flávio Bertollo.

Desta forma, o Senai/ES contribui para a qualificação profissional, formação e desenvolvimento de competências de determinado perfil profissional, para a aprendizagem industrial, formação técnico-profissional compatível com o desenvolvimento físico, moral, psicológico e social de jovens entre 14 e 24 anos, por meio da associação de teoria e prática.

É o número de alunos matriculados nos cursos oferecidos pelo Senai/ES de janeiro a julho deste ano

99.222para várias unidades da rede. Mas os investimentos não se restringem apenas à estrutura física. Klinger lembra que foram abertas 2.337 vagas, em concurso público, para a contratação de novos professores. Cerca de cinco mil professores/ano recebem cursos de capacitação.

Também foi lançado o projeto de aceleração de aprendizagem “Ensinar e Aprender”, voltado para alunos do ensino fundamental, com dois anos ou mais de distorção idade-série, alfabetizados ou não. Inicialmente, 50 escolas da Grande Vitória foram contempladas com o programa, que será concluído no final de 2014 e pretende atender a dois mil alunos do 2º ao 4º anos, e quatro mil das turmas de 5ª a 7ª séries.

Klinger Barbosa anuncia ainda a ampliação do Programa Ensino Médio Inovador (Proemi), passando de 36 para 91 escolas e contemplando 55 mil alunos. As ações do programa visam a estimular a criação de propostas inovadoras, ampliando o tempo do estudante na escola, por meio da inserção de atividades que tornem o currí-culo mais dinâmico, com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino e diminuir a reprovação e evasão escolar.

Rede privadaNa rede privada de ensino, o Espírito

Santo conta com 572 escolas, que atendem desde a educação infantil até o ensino superior. Ao todo, 120 mil alunos integram a educação básica e 75 mil o ensino superior. Aproximadamente 13,6 mil profissionais, entre professores e técnicos, atuam na rede.

Segundo o superintendente do Sindicato das Escolas Particulares do Espírito Santo (Sinepe-ES), Geraldo Diório Filho, há muito a ser comemorado entre os avanços do ensino privado no Estado. “Hoje, atendemos 78% do alunado do ensino superior do Estado com profissionais capacitados”, afirma.

Em termos de investimentos, o superin-tendente não arrisca falar sobre números futuros, devido à instabilidade econômica do Produto Interno Bruto (PIB) estadual e à volta da inflação. No ano passado, foram investidos R$ 920 milhões na rede privada do Espírito Santo, o que representou 1,06% do PIB capixaba, um valor próximo da média nacional (1,3%).

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inovação carece de mais estímulos para

alavancar a competitividade

capixabaCientes da importância da atividade,

empresários dizem que 2013 foi um ano com poucos investimentos e

ações ainda isoladas. O setor espera para 2014 maior agilidade nos

projetos e empenho dos governos

EconoMia | inOVaçãO

aformação de recursos humanos, a implantação de laboratórios, melhor infraestrutura na tecnologia

e melhores incentivos por parte dos governos, principalmente do Federal, podem mudar a realidade capixaba atual, caracterizada pela falta de uma cultura da inovação, para que seja possível,num futuro próximo, alavancar a competitividade do setor produtivo, gerando frutos positivos sob os aspectos econômico, social e ambiental. Essa é a análise do diretor de Inovação da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Luiz Alberto de Sousa Carvalho, que defende a integração entre instituições de pesquisa e setor produtivo e insere a inovação como elemento prioritário para o crescimento das empresas associado ao desenvolvimento do Estado.

Para ele, todas as nuances de inovação ainda precisam ser trabalhadas para que a indústria capixaba possa buscar novas oportunidades de investimentos, agregando valor aos seus produtos. Afirmando que já há consenso de

que a saída para a competitividade indus-trial capixaba e sua sustentabilidade passam por esse caminho, Souza aponta que as dificuldades estão em concretizar esse pensamento.

No ano de 2013, foram registradas algumas iniciativas e esforços por parte da Findes e do Governo Estadual para promover a inovação entre as empresas capixabas, mas ainda não em grau sufi-ciente para que a indústria do Espírito Santo, principalmente as micro e pequenas (que somam 98% do parque industrial capixaba), consiga êxito na busca de maior espaço no mercado para seus respectivos setores através da inovação. “Mas aplaudimos as inicia-tivas. Estamos caminhando, mesmo que a passos lentos”, disse.

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R$30,5 milhõessão os recursos somados para o desenvolvimento de projetos inovadores do Sistema Findes

Um convênio entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae, executado no Estado pela Findes, através do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES), viabi-lizou a implantação do projeto InovaFindes, que tem como meta envolver 500 micros e pequenas indústrias e realizar 250 capaci-tações, elaborando um total de 60 projetos de inovação. Até julho de 2013, a Findes havia habilitado 306 empresas ao apoio do InovaFindes, situadas na Grande Vitória, Cachoeiro e Linhares.

Outra iniciativa que merece destaque é o Edital Senai/Sesi de Inovação – edição 2013, lançado em julho. “Somados, os recursos para o desenvolvimento de projetos inova-dores chegam a R$ 30,5 milhões. Desse total, R$ 20 milhões são para projetos do Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial (Senai); R$ 7,5 milhões para projetos do Serviço Social da Indústria (Sesi); e R$ 3 milhões em bolsas de pesquisa em Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (DTI) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)”, disse Luiz Alberto Souza.

“Estamos também apoiando as ações do Governo do Estado, que são inicia-tivas ótimas, como a criação do Fundo de Inovação. Mas precisamos que a cons-trução dos Polos de Inovação ganhe mais rapidez, para que eles funcionem o mais breve possível, permitindo-nos desenvolver ainda mais a indústria. Já temos tecnologia e partimos agora para a inovação, agregando valor aos produtos e conferindo maior competitividade à indústria capixaba”, ressaltou Luiz Alberto.

Edital de inovação – edição 2013, lançado em julho, apresenta que R$ 20 milhões serão destinados a projetos inovadores do Senai

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cenário preocupante nas áreas de química e embalagemEm 2013, com o aumento dos juros e risco de inflação, houve redução dos investimentos do setor de transformados plásticos e elevação dos custos da área química

EconoMia | qUímiCa E EmBaLagEnS

o setor de transformados plásticos capi-xaba iniciou o ano de 2013 otimista, principalmente, devido à revisão

feita pelo Governo do Estado no Contrato de Competitividade do segmento. A expectativa, segundo o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Espírito Santo (Sindiplast-ES), era de investimentos de R$ 80 milhões em novas unidades e ampliações durante o ano, já que o novo acordo possibilitava uma redução em torno de 10% do custo com a compra de máquinas e equipamentos.

A conjuntura nacional, no entanto, com a desaceleração da economia, aumento dos juros e inflação, causou também um recuo dos investimentos das empresas, de acordo com o presidente do Sindiplast-ES, Neviton Helmer Gasparini. A elevação constante do preço da principal matéria-prima, a resina, acima do índice de inflação, e o monopólio da Braskem, única forne-cedora do produto no país, também colaboraram para esse cenário, dificul-tando o crescimento esperado.

O reajuste das resinas plásticas chegou a 15% em julho, forçando uma alta média de 8% no valor das embalagens

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Segundo Gasparini, somente no mês de julho o reajuste das resinas plásticas alcançou a 15%, forçando uma alta média de 8% no valor das embalagens. O acumu-lado no ano já chega a 20%. Ao mesmo tempo, o imposto de importação do produto também se mantém alto, em torno de 14%. “Por todos esses motivos, podemos presumir uma desaceleração média de 10% na indústria de transformados plásticos do Estado até o final do ano, o que pode ter reflexos para o consumidor final e em toda a economia”, diz.

Mas no próximo ano, o cenário pode melhorar, de acordo com o dirigente. Tudo vai depender de como o panorama nacional se portará: havendo a estabilização da economia, a expectativa é de que o setor volte a se desenvolver, podendo obter a um crescimento de 20% em 2014. A chegada de novos empreendimentos econômicos ao Estado também pode impactar direta

e indiretamente o desenvolvimento das indústrias de transformação do plástico.

custos elevadosO setor químico é um pouco mais preo-

cupante, segundo Elias Cucco, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais de Produtos Farmacêuticos, de Preparo de Óleos Vegetais, de Sabão e Velas, de Fábricas de Álcool, de Tintas e Vernizes e de Adubos e Corretivos Agrícolas do Estado do Espírito Santo (Sindiquímicos). Os custos de produção do setor subiram de 20% a 30% em 2013.

Esse quadro não retrata a situação apenas do Estado, mas sim uma realidade nacional. O déficit na balança comercial de produtos químicos, até agosto, chegou a US$ 21,1 bilhões – 21,8% acima do registrado em igual período de 2012. Os dados foram dispo-nibilizados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

De janeiro a agosto de 2013, o Brasil importou US$ 30,5 bilhões e exportou US$ 9,4 bilhões em pro- dutos químicos. Na com- paração com o mesmo período de 2012, as impor-tações aumentaram 11,8%, ao passo que as exporta-ções recuaram 5,5%.

No Espírito Santo esses dados não foram compu-tados mas, segundo Elias Cucco, o problema é sentido em praticamente todo o setor. “Além de a matéria-prima ser toda importada, tivemos outros itens que agravaram o desenvolvimento da área, como os custos traba-lhistas, a alta dos juros, a carga tributária, o aumento do dólar e a energia cara. Enquanto não houver uma política pública para o setor químico no Brasil, os problemas só irão se agravar”, destaca o presi-dente do Sindiquímicos.

É o que o brasil importou em produtos químicos de janeiro a agosto de 2013

u$$ 30,5 bilhões

Os custos de produção do

setor químico subiram de 20%

a 30% em 2013

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ações conjuntas em prol do desenvolvimento sustentáveliniciativas da indústria e do governo Estadual geram mudanças no meio ambiente, na economia do Estado e no âmbito social

EconoMia | mEiO amBiEntE E SUStEntaBiLidadE

asustentabilidade hoje faz parte da agenda das principais empresas brasileiras, públicas e privadas.

Os gestores já entendem que a adoção de soluções social, econômica e ambientalmente responsáveis são cruciais para melhorar a imagem das empresa e aumentar a competiti-vidade e rentabilidade dos negócios.

No Estado, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) vem promo-vendo a interlocução entre diferentes instâncias e inserindo os empresá-rios em discussões internas e externas, incentivando o desenvolvimento susten-tável junto às indústrias.Para tratar dos assuntos relacionados à responsabilidade

Cachoeira em Vargem alta (ES): política estadual de recursos hídricos pode vir a ser alterada

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ambiental, a Findes conta com o Conselho Superior de Meio Ambiente (Consuma), que tem, inclusive, cadeira em diversos fóruns e entidades de meio ambiente do Estado, como o Iema, Consema e Seama.

Entre as ações deste ano estão o trabalho em parceria com o Iema para informatizar o sistema de processos de licenciamento ambiental e a articulação para alterar a legislação sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos. O Consuma está propondo um projeto de lei para alterar a Lei nº 5.818 e adequá-la melhor à indústria, o qual ainda será submetido à Assembleia Legislativa. Também foi lançado o Prêmio de Meio Ambiente 2013. “O objetivo é incen-tivar as iniciativas das indústrias capixabas em prol da melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida. Dos projetos inscritos, seis empresas foram premiadas e duas ganharam menção honrosa”, disse o presi-dente do consuma, Wilmar Barros Barbosa.

Já no Mapa Estratégico da Indústria Capi xaba 2013/2022, o desenvolv i-mento sustentável centraliza todas as ações propostas. “Nós trabalhamos nas mudanças de forma contínua, para que possamos sair de um modelo não susten-tável para outro, sustentável”, diz Barros.

Segundo o secretário de Desenvolvimento do Espírito Santo, Nery De Rossi, a questão

da sustentabilidade envolve também os pilares econômico e social, além do ambiental. “Hoje, o perfil que se espera dos governos e dos empresários são ações baseadas na criatividade, para tornar o ambiente cada vez mais competitivo, visando ao crescimento da economia. É importante agregar valor aos produtos e ganhar novos mercados, pensando em inovação não apenas tecnológica, mas de i nvest i mento sustentável, capaz de gerar qualidade de vida para a sociedade”, diz ele.

Uma das iniciativas do Estado foi o Programa de Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de equilibrar os investi-mentos públicos e privados em todas as regiões capixabas. “No primeiro semestre, atendendo às reivindicações da Findes, 21 setores econômicos passaram a contar com benefícios fiscais do Governo, visando a aumentar sua competitividade em relação às empresas de fora do Estado. Juntas, as empresas beneficiadas oferecem cerca de 40 mil empregos diretos. Em contrapartida, os segmentos se compro-metem a investir em ações que resultem em desenvolvimento socioeconômico susten-tável. São parcerias e ações conjuntas que colaboram para o equilíbrio do desenvolvi-mento capixaba”, conclui Rossi.

incentivar as práticas sustentáveis nas indústrias é uma das metas da findes para reduzir os impactos no meio ambiente

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indústria criativa ganha peso no Brasil e no mundoCom crescimento acima da média, as indústrias criativas viraram prioridade para a estratégia de desenvolvimento futuro

EconoMia | indúStRia CRiatiVa

O carnaval capixaba é um dos maiores eventos do Estado e mobiliza diversos setores da indústria criativa

no mundo globalizado de hoje, um novo tipo de indústria toma forma e ganha importância no cenário

econômico: a indústria criativa. Ela engloba atividades de produção nas várias lingua-gens da arte e vem dando mostras robustas de crescimento. Associada à criatividade, à habilidade e ao talento, esse tipo de indús-tria tornou-se fundamental para a geração de riqueza, emprego e crescimento mundial.

As estatísticas deste ano da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento mostram essa relevância: o setor movimenta US$ 1,8 trilhão no mundo e corresponde a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da Europa, sendo 2,5% no Brasil. Segundo a Organização das Nações Unidas

(ONU), essas indústrias são responsáveis por 10% de toda a economia mundial e, devido às elevadas taxas de crescimento registradas até agora, estima-se que o setor vai movimentar US$ 6 trilhões em 2020.

A indústria criativa no Brasil abrange 14 segmentos, como artes, música, pesquisa, design, engenharia, arquitetura, computação, mídia e outros, com 243 mil empresas, segundo estudo da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Considerando toda a cadeia, o número chega a dois milhões de empresas.

No Espírito Santo, a participação da cadeia das indústrias criativas na economia estadual também chama a atenção. São 14.621 empresas que se enquadram

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nesse conceito e que geram mais de 222 mil empregos, segundo dados levantados pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) em 2010. Em 2012, o setor movimentou R$ 16,4 bilhões na economia capixaba, com uma participação de 18% no PIB estadual.

De olho nesse cenário, a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) criou o Comitê para Desenvolvimento da Indústria Criativa, em julho de 2012, com o intuito de articular e fomentar ações da área criativa junto aos campos tradicionais das indús-trias, identificando as potencialidades capixabas. O projeto está sendo desenvol-vido pela Findes, em conjunto com Sebrae, Sesi e Senai. A elaboração da metodologia está a cargo do Ideies, e o ponto de partida para o projeto piloto são os setores de confec-ções, móveis e rochas ornamentais

Inicialmente, foram catalogadas 600 empresas. Dessas, foram selecionadas 150: 50 de confecções, 50 do setor move-leiro e 50 do ramo de rochas ornamentais, que já tinham um processo criativo e produ-tivo formalizado. Agora, serão selecionadas cinco de cada setor, compondo 15 empresas, às quais será aplicada toda a metodologia do projeto, com duração de um ano e término em julho do ano que vem. “Após testado e aprovado, o método servirá de base para um projeto piloto do Sebrae Nacional”, afirma o diretor-executivo do Ideies, Dória Porto.

Articulação com os consumidoresSegundo Dória, as indústrias criativas

são as que têm suas origens na criatividade, habilidade e talento individuais e que apresentam potencial para a criação de riqueza e de emprego, através da geração e exploração da propriedade intelectual. Ele esclarece que a indústria criativa t rabalha de maneira diferente das tradicionais, principalmente pela grande ar t icu lação com os consumidores. “Quem inova costuma responder às experiências dos consumidores e faz alterações no produto em função do resultado alcançado junto aos usuários”, diz.

Além disso, essas indústrias que se sustentam na criatividade são também fator de desenvolvimento, de diferenciação e até de manutenção para as outras indústrias.

“A indústria tradicional não vai sobre-viver sem a indústria criativa. Ganha quem criar e inovar mais, tanto em termos locais, quanto internacionais”, afirma Dória.

“Muitas indústrias tradicionais depen- dem das indústrias criativas. Por exemplo: o setor de confecções depende da parte do design de moda. O setor de design pode ser a mola-mestra para agregar valor nesses nichos do mercado, tornando-os compe-titivos no mercado internacional”, explica Dória. Segundo ele, um símbolo dessa nova economia e do valor que a cria-tividade agrega é o iPhone. A simples montagem dos seus componentes pode custar US$ 11. Todas as peças saem por US$ 189. Mas o smartphone chega às lojas por US$ 690 (modelo com capacidade de 16 gigabytes). Isso acontece graças à combi-nação de tecnologia, design arrojado e um modelo de negócios que amarra as pontas entre o aparelho e serviços digitais para criar um produto diferenciado.

Para o presidente do Comitê para Desenvolvimento da Indústria Criativa, José Carlos Bergamin, empresário do ramo de confecções, a criatividade existe em todos os lugares, mas costuma ser negligenciada. “O programa tem o desafio de identificar os potenciais criativos dessas empresas e definir as estratégias de mobilização, visando a agregar valor para os produtos e impulsionar o desenvolvimento socioeco-nômico das empresas e regiões”, explicou.

Capacitação profissionalConforme Bergamin, uma das tarefas

prioritárias do Comitê é divulgar o conheci-mento acerca do assunto, e serão utilizadas as salas de aulas do Sesi e do Senai para divulgar o conceito e formar os profissionais para a economia criativa. “As duas entidades desempenharão um papel importante no processo e fomentarão as formações técnicas com o conceito da Indústria Criativa bem definido. Fala-se muito que o Brasil é um país criativo, mas não estamos entre os 10 mais criativos do mundo.

Nossa criatividade está centrada nas artes – cultura e música, mas não produzimos bens sofisticados. Uma das dificuldades é a baixa qualidade do ensino. A economia criativa necessita de uma formação mais apurada para que se transforme em processos e gere riqueza”, explicou. De acordo com ele, a remuneração das pessoas envolvidas com a atividade é bem superior ao daquelas que desempenham atividades tradicionais.

A média salarial de um profissional criativo no país é de R$ 4,7 mil, contra R$ 1,7 mil do mercado total.

É quanto o setor movimenta na economia capixaba, com uma participação de 18% no PIB estadual

R$ 16,4 bilhões

eConomiA | INDÚSTRIA CRIATIVA

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Juntos pela competitividade da indústria capixabagoverno do Espírito Santo e industriais se unem para articular metas e diretrizes para melhoria do parque industrial e aumento da competitividade

EconoMia | POLítiCaS PúBLiCaS

o setor industrial é fundamental para o desenvolvimento econômico do país, e seu desempenho influencia, conse-

quentemente, no crescimento ou retração da economia brasileira. Mas, para que o segmento se fortaleça, é necessária uma polí-tica econômica consistente, que incentive a produção. Reconhecendo isso, o Governo vem promovendo benefícios para desonerar algumas atividades. Esforços têm sido feitos para estimular a competitividade e aquecer o mercado, mas há muito o que avançar ainda.

O presidente do Conselho Temático de Assuntos Legislativos (Coal) da Federação

das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Sergio Rogerio de Castro, cita a desoneração da folha de pagamento (que beneficiou 40 setores, que deixarão de pagar 20% de contribuição previdenciária para reco-lher entre 1% e 2% sobre o faturamento) e a atuação do Governo Federal na indústria de vestuário e de calçados (com redução dos custos de energia e a sobretaxa para produtos importados da Ásia, protegendo as indústrias brasileiras de práticas desleais e dumping) como iniciativas importantes para o setor industrial. Porém, ele avalia que as medidas são pontuais e limitadas

Políticas públicas voltadas para a indústria podem fomentar a geração de empregos, aumentar a renda e intensificar a capacitação profissional

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– a exemplo também do IPI reduzido para automóveis e produtos da linha branca –, e defende que deveriam ser mais amplas, abrangendo todos os setores da indústria.

A cotação mais alta do dólar vem bene-ficiando a indústria nas exportações, de acordo com o dirigente. “Com o dólar alto, a indústria pode competir melhor com os produtos importados, que ficam mais caros, e pode exportar mais barato para o exterior, além dos ganhos serem maiores. Se você vender uma camisa, por exemplo, a US$ 10 dólares, recebe R$ 22”, afirma Castro.

Em relação às políticas estaduais para estimular o desenvolvimento do setor industrial, Sergio Rogerio de Castro analisa que as ações que vêm sendo implementadas estão num bom patamar. “Os Contratos de Competitividade e o Invest-ES são meca-nismos que estimulam a vinda de empresas para o Espírito Santo e ainda contribuem para a expansão das empresas capixabas. Isso permite ao Espírito Santo colocar-se de maneira competitiva frente aos outros estados”, diz ele.

No entanto, o conselheiro da Findes cita alguns gargalos e entraves ao desen-volvimento nas áreas ambiental, onde há muita dificuldade para conseguir licenças ambientais; na excessiva fiscalização traba-lhista; no excesso de burocracia nos órgãos municipais, estaduais e federais; e na moro-sidade dos projetos municipais, bem como na atuação do Ministério Público, que, segundo Castro, deveria avaliar as ações de uma forma mais adequada e equili-brada, mantendo um diálogo prévio com os setores produtivos para conhecer as suas dificuldades. “Também precisamos de infraestrutura eficiente, educação e saúde de qualidade e segurança pública e jurídica efetivas”, acrescenta.

competitividade industrialEm 2013, a sintonia entre a Findes e o

Governo do Estado produziu ações positivas para a indústria capixaba. Um dos resultados foi a renovação dos Contratos de Competi-tividade assinados com o Executivo por 21 setores da indústria, com efeitos até 2024. Juntas, as mais de mil empresas beneficiadas oferecem cerca de 40 mil empregos. Os contratos, firmados no âmbito do progra--ma Compete-ES, a cargo da Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes), aten-deram a uma solicitação das indústrias, que pleiteavam a modernização dos meca-nismos do programa.

A iniciativa possibilita tratamento tributário diferenciado a setores, que terão redução de três a 10% na carga tributária e redução da alíquota de ICMS nas operações internas e interestaduais. Em contrapartida, se comprometem a investir em aumento da geração de empregos, inovação, capacitação e qualificação profissional. O intuito é permitir a competitividade das empresas capixabas frente a concorrentes de outros estados, além de estimular os empresários a implementar melhorias na gestão e nos resultados, promovendo o crescimento dos setores produtivos da economia capixaba, segundo o secretário de Estado do Desenvolvimento, Nery De Rossi.

Outra linha de incentivo é o Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo (Proedes). “Nele, as empresas contam com o Invest-ES, voltado para novos inves-timentos em indústria e serviços, e que contribui para a expansão, modernização e diversificação das atividades produtivas do Estado, estimulando a renovação tecno- lógica e o aumento da competitividade esta-dual, com ênfase na geração de emprego e renda”, afirma o secretário. No ano passado, 52 projetos foram enquadrados no programa.

“Outro, o Fundo de Desenvolvimento e Participações do Espírito Santo (Fundepar), gerido pelo Banco de Desenvolvimento do Estado (Bandes), será usado para atração de novos investimentos produtivos ao Estado”, disse Rossi. O Fundo foi lançado em 2012 para combater as perdas geradas pelas mudanças na legislação do ICMS sobre o Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias (Fundap). Com R$ 200 milhões iniciais, permitirá que o Governo ofereça empréstimo com prazos de carência de até 20 anos.

Na área de inovação, o Governo também está em harmonia com a indústria, e criou em 2013 a Lei de Inovação, por meio da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Trabalho (Sectti), com medidas de incentivo à ino- vação tecnológica, à pesquisa científica e ao desenvolvimento industrial e tecnológico do Estado. A lei contempla, entre outros itens, a criação do Fundo de Inovação, gerido pelo Bandes, com recurso inicial de cerca de R$ 30 milhões para f inanciar ativi-dades ligadas a ideias inovadoras e para as empresas que queiram aplicar em seus negócios a ciência, a tecnologia e a inovação. Os recursos devem estar disponí-veis ainda este ano.

É o total em recursos do Estado com que as empresas capixabas poderão contar para apoiar projetos de inovação

R$ 30 milhões

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Além disso, o Estado está implantando dois polos tecnológicos, um no município da Serra, voltado para o petróleo e gás, e outro em Vila Velha, direcionado para a área de química fina e biotecnologia, cujo protocolo de intenções já foi assinado pelo Governo do Estado.

Estratégias futurasOutra iniciativa importante foi o

lançamento do Mapa Estratégico da Indústria 2013/2022, conhecido como “Agenda para o Desenvolvimento da Indústria Capixaba”, entregue ao governador Renato Casagrande em agosto. O Mapa foi elaborado pela Findes, sob a coordenação do Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies). Entre as suas principais metas estão a competitividade, a inovação e o desenvolvimento sustentável da indústria capixaba. A educação profissional, por meio dos cursos técnicos, é outro dos pontos para alcançar as metas, bem como a diversificação, a descentralização dos novos investimentos (interiorização) e a diminuição da carga tributária.

“Com a Agenda, queremos aproximar ainda mais o Governo de nossas ações, buscar recursos e apoio para as micro e pequenas empresas, interiorizar a indús-tria, viabilizar licenciamentos ambientais

e dar alívio à carga tribu-tária”, explicou o presidente da Findes, Marcos Guerra. As ações visam a superar os at ua is ga rga los da economia capixaba e evitar que surjam outros obstá-culos que possam inibir o desenvolvimento econô-mico e socioambiental do Espírito Santo.

Para avançar ainda mais, a indústria pleiteia também melhorias na mobilidade urbana. Pesquisa realizada pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL-ES) aponta que o traba-lhador leva cerca de 80 minutos no trajeto casa--trabalho, somando ida e volta. Em um ano, esse

trabalhador ficaria cerca de 16 dias e 14 horas preso no trânsito.

Algumas obras foram realizadas na Grande Vitória este ano, dentro do Programa de Mobilidade Metropolitana (PMM) da Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop), objetivando melho-rias no fluxo do trânsito da Grande Vitória. A ampliação da Avenida Fernando Ferrari, por exemplo, permitiu o aumento da capa- cidade do f luxo em 50%, redzindo os congestionamentos e retenções no trânsito. Outra obra, a duplicação da Avenida João Palácio, no cruzamento da via com a Ave- nida Norte Sul, reduziu os engarrafamentos e o tempo de espera no semáforo. Já a do Corredor Viana Norte, em Viana, possibilitou que a população entre Marcílio de Noronha e Bairro Universal transite de um bairro ao outro sem precisar passar pela BR-262.

Mas a realidade de reduzir o tempo que o trabalhador gasta no trânsito só deve melhorar mesmo, segundo o Estado, após a implantação do BRT, com corredores só para o transporte coletivo. O projeto promete diminuir pela metade o tempo gasto em viagens de ônibus na Grande Vitória. A obra está sendo feita pelo Governo do Estado em parceria com as prefeituras e a previsão é de que a primeira etapa seja concluída até o final de 2016.

foto: Secom / governo do Estado

a ampliação da avenida fernando ferrari permitiu o aumento da capacidade do fluxo em 50%, reduzindo os congestionamentos e retenções no trânsito

EconoMia | POLítiCaS PúBLiCaS

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Desafios para o desenvolvimento socioeconômico

artigo | DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou recentemente o resultado do Índice de

Desenvolvimento Humano para os Municípios (IDH-M), com base no Censo 2010 e conside-rando três pilares: saúde, educação e renda. As notícias são boas.

No intervalo de análise entre 2000 e 2010, o resultado reafirmou o alcance de um alto estágio de desenvolvimento humano no Brasil (0,727) e no Espírito Santo (0,74), com índices superiores a 0,7. As terras capixabas sus-tentaram a 7ª posição no ranking nacional, com IDH acima da média brasileira. Essa classi- ficação também foi observada nos quesitos renda, longevidade e educação. No IDH, quanto mais próximo de 1, mais elevado o grau de desenvolvimento.

No entanto, além dos desafios evidenciados pelo levantamento, principalmente com relação à instrução, sendo esse o indicador com menor “desenvolvimento”, concentrando as maiores demandas, é preciso prestar atenção ao cenário que se coloca atualmente, o que impõe novas questões não só à manutenção das conquistas, como também ao alcance de novas vitórias no desenvolvimento humano nacional.

Primeiramente, analisemos como chegamos até aqui e o principal desafio apontado pelo IDH-M. A evolução histórica nos indicadores socioeconômicos nacionais nos últimos anos se deu em grande medida por um conjunto de fatores. Internamente, tivemos a redemocratização, a estabilização econômica ancorada no Real, as reformas estruturantes realizadas na virada do milênio, além de políticas públicas de promoção do crescimento e da inclusão. Externamente, contribuíram os bons ventos da economia internacional, o cresci-mento com baixa inflação das economias desenvolvidas até 2008, e a expansão acelerada dos emergentes, com destaque para a China, o nosso grande comprador de commodities. A partir de um cenário positivo, de mudanças es- truturais e de crescimento global, o país avan-

çou significativamente, e chegamos a um “alto estágio de desenvolvimento humano”.

Entretanto, como ressaltamos, apesar de ser o campo em que mais se avançou, a educação permanece como uma área desafiante. Ou seja, na atualidade, a redu-ção das desigualdades educacionais e a melhoria da educação como um todo são o caminho mais objetivo que temos de percorrer para darmos um salto no IDH. Os outros caminhos (saúde e renda) já parecem mais curtos, mesmo considerando os imensos desafios quanto à expectativa de vida qualificada, à renda per capita e ao poder de compra.

Paulo Hartung é economista e ex-governador

do Estado Espírito Santo

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“Na atualidade, a redução das desigualdades educacionais e a melhoria da educação como um todo são o caminho mais objetivo que temos de percorrer para darmos um salto no IDH”

valorização da carreira do professor; melho-ria do ensino de leitura, escrita e matemática; enfrentamento efetivo das causas de evasão e repetência; integração família-escola; investimento em livros e tecnologia; aten-ção especial à gestão escolar; e avaliação de desempenho das escolas.

Na educação técnica e superior, há de-mandas por investimentos em ampliação de rede de ensino, formação docente, pesquisa e inovação, avaliação de desempenho, isso tudo num necessário ambiente de diálogo entre sistema educacional e modelo de desenvolvimento socioeconômico.

Como bem mostra o IDH-M, as reformas estruturantes e as políticas implementadas nas últimas décadas estão, ainda que em ritmo aquém do necessário e desejável, mudando po-sitivamente o perfil socioeconômico nacional. Mas ainda não é o suficiente, principalmente na educação, setor que é o mais estratégico para a constituição de um futuro bem distante do passado e ainda muito melhor que o presente.

E é falando de futuro que nos aproximamos da parte final de nossa análise. Se chegamos até aqui bem, apesar dos evidentes desa-fios que temos, quanto ao nosso horizonte, não se pode dizer o mesmo. O cenário que nos trouxe ao patamar retratado pelo IDH-M não existe mais. Para enfrentar os desafios postos e avançar, é preciso repensar a estratégia e as táticas – urgentemente.

Não temos mais a bonança externa, num pla- neta assolado pela crise financeira e com uma China em desaceleração. Não conta-mos mais com os ganhos de produtividade derivados das reformas estruturais dos anos 1990 e 2000. Não temos mais a ociosidade de fatores de produção – experimenta-mos quase o pleno emprego, por exemplo. Além disso, o que temos visto é um cená-rio de redução persistente de crescimento, desestímulo ao investimento, pressões infla-cionárias, piora na balança de pagamentos e uma perda de confiança generalizada.

Saliento que o retrato do IDH-M mostra que, como venho defendendo, a educação deve ser alvo de um amplo mutirão nacional por sua ampliação e qualificação. Se no ensino fundamental o país avançou historicamente na oferta de vagas, é preciso salientar que a ampliação de vagas no ensino médio e superior continua a demandar investimentos expressivos. Isso sem falar no maior desafio em todo o campo da instrução: a qualificação.

Melhorar o desempenho de uma área tão essencial não é uma tarefa simples. Demanda esforços prioritários e articulados do Estado, da sociedade civil e das famílias. A pauta é extensa: qualificação da formação e

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a indústria naval chega ao Espírito Santo

artigo | INDÚSTRIA

Luciana Aboudib Sandri é diretora institucional

do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) o

Mapa Estratégico da Indústria Capixaba, visando ao desenvolvi-mento para o período entre 2013 e

2022, recém-divulgado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), indica uma mudança do perfil industrial capi-xaba, com tendência à transferência dos investimentos para o interior do Estado.

Novos projetos serão instalados em dife-rentes regiões do interior com objetivo de diminuir as desigualdades socioe-conômicas e promover a geração de emprego e renda com desenvolvimento da cadeia produtiva, alavancado pelos grandes projetos. Um dos destaques é o surgimento da indústria naval com a en-trada em operação, ainda este ano, do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA).

A instalação do EJA faz parte de um processo de retomada da indústria naval brasileira, depois de um longo período de estagnação por falta de investimentos no setor. Esse processo foi desencadeado com o crescimento das atividades petrolíferas off-shore, que trouxe demanda de novas embarcações para o mercado e apontou para a necessidade de criação de uma política de desenvolvi-mento da indústria naval nacional.

O Grupo Sembcorp Marine, de Singapura, escolheu o Espírito Santo como sede, e suas obras estão avança-das. Trata-se do primeiro estaleiro do grupo no Brasil e na América Latina. O Jurong já atua no Brasil há 15 anos, sendo responsável pela entrega de mais de 15 plataformas para Petrobras, inclusive a P-50, que representou a au-tossuficiência do Brasil na exploração de petróleo. O Jurong será responsável pela construção do primeiro navio-sonda brasileiro, o Arpoador, previsto para ser entregue à Sete Brasil em junho de 2014, dentre as sete sondas contratadas. Além disso, realizará a integração de módulos de duas FPSOs, P-68 e

P-71, para atendimento às demandas de exploração do Pré-sal brasileiro. O em-preendimento traz novas perspectivas de desenvolvimento para a região norte do Estado e geração de cinco mil empregos diretos no pico da operação em 2016.

A demanda por navios-sondas, plata-formas de produção e embarcações de apoio marítimo, com características e exigências

Obra do quebra-mar do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA)

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Fotos: Take 1

técnicas diferenciadas, surgiu devido à elevação dos preços internacionais do petróleo ao longo da década passada e incen-tivou a exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas, mais afastadas da costa brasileira.

Os números atuais do Brasil são animadores, pois estão em construção ou contratados em estaleiros do país, 73 barcos de apoio marítimo, 66 navios petroleiros, gaseiros e de transporte de bunker, 13 plataformas de produção, 16 construções/integrações de módulos para plataformas de produção, 28 sondas de perfuração, cinco navios graneleiros, três navios porta-contêineres, 17 rebocadores

e 142 comboios (empurradores mais barcaças), além de 10 embarcações para a Marinha do Brasil. Só a Petrobras estima demanda de 13 novas unidades de produção até 2020.

As novidades para o setor de óleo e gás são positivas para o mercado nacional. O primeiro leilão de produção, realizado em outubro, ofertou exclusivamente a área de Libra e deve gerar, segundo estimati-vas oficiais, uma demanda de 12 a 18 novos FPSOs. A necessidade indireta de barcos de apoio deve ultrapassar a casa dos 70. Há quem acredite que a demanda deve sustentar a indústria naval por mais de 50 anos de trabalho.

“A instalação do EJA faz parte de um processo de retomada da indústria naval brasileira, depois de um longo período de estagnação por falta de investimentos no setor”

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artigo | INDÚSTRIA

Para os próximos anos, o desafio é tornar a indústria naval brasileira não apenas mais produtiva, como também mais competitiva em termos de preço e qualidade, como ocorre na Coreia do Sul e em Singapura. Alcançado esse objetivo, a meta será garantir que a sustentabilidade do mercado naval brasileiro seja cada vez mais profissional e capaz de exportar bens e serviços para outros países.

Paralelamente a todo o investimento previsto em infraestrutura, ocorre a qualificação profissional. O Estaleiro Jurong Aracruz está capacitando profissionais e desenvolvendo programa em parceria com Ifes para levar estudantes recém-formados e professores para capacitação na indústria naval em Singapura.

A previsão é de que a demanda por embarcações do setor de petróleo e gás continue aquecida por longo prazo, uma vez que a produção off-shore deve aumentar ainda mais com a exploração e produção do pré-sal. Esta tendência se confirma no Plano de Negócios da Petrobras para o período de 2012-2016, que prevê produção de 4.200 mbpd em 2020, sendo 90% resultantes das atividades off-shore.

Será necessária a contratação de diversas sondas de perfuração, plataformas de pro-dução e embarcações de apoio marítimo.

Essa perspectiva positiva tem despertado o interesse em investimentos na implantação e ampliação dos estaleiros de médio e grande porte para o atendimento dessas demandas. Diante desse cenário, é possível antecipar que essas encomendas devem sustentar a car-teira de contratação dos estaleiros no Brasil. O parque naval nacional deverá atingir a ca-pacidade de processamento de aço superior a 850 mil toneladas por ano.

Os novos estaleiros devem melhorar o nível tecnológico do parque nacional, com apoio dos programas de incentivo à pesquisa de desenvolvimento do conteúdo local desenvolvidos pela Onip, como o Platec, por exemplo, que identifica onde as empresas brasileiras podem atuar no fornecimento de equipamentos e serviços. Esses programas oferecem linhas de crédito para o desenvolvimento da pesquisa de novos produtos brasileiros, com transferência de tecnologia dos parceiros estrangeiros.

A cadeia de fornecedores nacional do setor, a indústria de navipeças, também está em processo de reestruturação e fortalecimento. O significado da indústria naval e a importância dos estaleiros como gerador de emprego e renda são fundamentais para que haja estímulo do desenvolvimento do setor e o ingresso do Brasil nesse mercado global.

Obra do cais sul e finger píer sul do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA)

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N os últimos anos, o setor de mine-ração vem enfrentando uma nova realidade. O mercado internacional,

antes muito estável, passou por mudanças como, por exemplo, uma grande volatili-dade de preços. Esse nosso cenário requer agilidade, criatividade e estratégia por parte das empresas, além de respostas rápidas. É preciso uma profunda adequação e senso de planejamento para que as empresas sejam capazes de enfrentar os efeitos da crise na economia mundial, que teve início em 2008 e que ainda continua repercutindo no mundo dos negócios.

É certo que a queda na demanda de minério de ferro pelo setor siderúrgico na Europa e nos Estados Unidos trouxe novos desafios, mas também devemos reconhecer que isso nos revelou novos caminhos. Diante desse contexto de incertezas, a Samarco optou por usar a gestão de forma estraté-gica, para construir as bases que permitam enfrentar a alta volatilidade dos preços, à qual estamos expostos, mantendo a visão e longo prazo e o foco na sustentabilidade em seus negócios. Acreditando nessa estratégia, desenvolvemos na Samarco ações fundamen-tadas em três pilares de gestão: Excelência, Conformidade e Crescimento.

Esses itens integram o modelo de gestão da companhia e estão presentes também na cultura e no comportamento da empresa e de seus empregados. As práticas que remetem ao conceito de Excelência estão alinhadas em diversas instâncias de nossa atuação, seja pela busca diária da excelência operacional, pelo critério nos padrões de segurança adotados, pela transparência nos procedimentos finan-ceiros ou pelo cuidado que temos com as pessoas, no relacionamento com os diferentes públicos com os quais interagimos.

Para nós, alcançar a excelência não signi-fica ser o melhor em tudo, mas sim buscar continuamente o que pode ser aprimorado

a gestão como estratégia no mercado global

artigo | gESTãO EMpRESARIAL

Ricardo Vescovi é diretor-presidente

da Samarco

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“É preciso uma profunda adequação e senso de planejamento para que as empresas sejam capazes de enfrentar os efeitos da crise na economia mundial, que teve início em 2008 e que ainda continua repercutindo no mundo dos negócios”

entre os temas que reconhecemos como realmente essenciais e que agregam valor ao nosso negócio. É também essa busca pela excelência que nos remete ao patamar da Conformidade, o que para nós vai muito além da observação e do cumprimento das leis e das normas oficiais que regulam nossas atividades.

Manter nossa gestão em consonância com os parâmetros da conformidade nos trouxe subsídios para atingir um nível de

transparência e organização da empresa que contribui para o relacionamento e a reputação favorável junto aos nossos stakeholders.

Quando falamos de conformidade e transparência, falamos também da lide-rança pelo exemplo, muito importante, quando o objetivo da gestão é construir elos de confiança. As pessoas são essen-ciais nesse processo e devem estar comprometidas para que a relação da empresa com seus empregados, acionitas, clientes e parceiros possa ser abrangente e duradoura. Assim, os gestores da Samarco cumprem também um importante papel, o de criar espaços onde a circulação de ideias e a troca de experiências tenham lugar próprio. Alimentando o diálogo e a comunicação, em encontros dentro da empresa ou em eventos externos, o que se busca é incentivar a participação ativa das pessoas.

Tudo isso se traduz em confiança, que nos embasa para o Crescimento, o terceiro pilar estratégico de nossa gestão. Além desses três pilares, outra importante estratégia de gestão é manter sempre o olhar em direção ao futuro, vislumbrando soluções que impulsionem o nosso negócio. Um bom exemplo disso é o Projeto Quarta Pelotização (P4P). A expansão é um dos maiores projetos do setor no Brasil, vem recebendo investimentos da ordem de R$ 6,4 bilhões e ampliará em 37% nossa capacidade de produção, a partir do primeiro trimestre de 2014.

Por fim, quero destacar que a opção por enfrentar os desafios impostos por esse novo momento do mercado com ações estratégicas de gestão nos leva também ao que chamamos de Visão 2022, que é dobrar o valor da empresa e sermos reconhecidos por empregados, clientes e pelas sociedade como a melhor do setor.

É seguindo essa linha de gestão que a Samarco se posiciona diante das adversi-dades, sempre atenta às oportunidades, aos riscos e às perspectivas de negócio, em constante comunicação com seus públicos, informando, de forma clara e periódica, os resultados obtidos e os seus planos de crescimento. Isso é o que nos mantém no caminho certo, sustentando a posição relevante que ocupamos no cenário mundial e o reconhecimento de sermos uma das dez maiores exportadoras do Brasil.

Foto: Samarco

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o novo cenário da exploração e produção de petróleo e gás no Espírito Santo

artigo | ENERgIA E INFRAESTRuTuRA

José Luiz Marcussoé gerente-geral da

unidade de Operações de Exploração e

produção da petrobras no Espírito Santo F

alar da Petrobras no segundo semestre de 2013 é muito especial por dois motivos muito importantes. No mês de

outubro, em que comemoramos o aniversário de 60 anos da Companhia, também lembra- mos os 40 anos do primeiro registro da produção de petróleo no Espírito Santo, no campo terrestre de Fazenda Cedro, em São Mateus. Esse olhar para o passado, para a história que muitos brasileiros e capixabas ajudaram a escrever, nos inspira a fazer cada vez mais e melhor para o futuro.

Hoje, trabalhamos em um novo patamar no Espírito Santo, com volumes diários de produção de petróleo que já superam 300 mil barris e de quase 10 milhões de metros cúbicos de gás natural entre-gue ao mercado brasileiro. São níveis de produção que repre-sentam, entre outras coisas, a autossuficiência em GLP (gás de cozinha) no Estado do Espírito Santo - a produ-ção tem alcançado uma média superior a 720 toneladas diá-rias, o que representa o dobro do consumo do Estado.

Esse novo patamar de pro-dução da Petrobras no Espírito Santo também se reflete na movimentação da economia. Em 2012, nossas atividades re-sultaram na arrecadação de R$ 1,15 bilhão de ICMS, um volume representativo que consolida a Petrobras como a maior pagadora desse imposto no Estado. O pagamento de participações governamentais (os royalties e as participações especiais) para o Estado e os

municípios capixabas totalizou aproxima-damente R$ 3,9 bilhões em 2012.

Para os próximos anos, baseamos nosso planejamento no crescimento sustentável da produção de petróleo e gás natural. De acordo com o Plano de Negócios e Gestão em vigor, a Petrobras planeja investir US$ 14,4 bilhões em projetos de exploração e produção (E&P) no Espírito Santo no período 2013-2017. Para dar suporte às operações em andamento,

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“Os destaques continuam sendo os projetos de produção no mar: três novas plataformas entrarão em operação até 2018, sendo a primeira delas (a P-58) já em 2013”

Foto: Divulgação / petrobras

os custos operacionais estão estimados em US$ 6,6 bilhões nesse mesmo período.

Os destaques continuam sendo os projetos de produção no mar: três novas platafor-mas entrarão em operação até 2018, sendo a primeira delas (a P-58) já em 2013. É im-portante destacar, também, o investimento nas atividades terrestres de E&P, realizadas no norte capixaba (região que engloba os mu-nicípios de São Mateus, Linhares, Jaguaré e Conceição da Barra), que será de aproxima-damente R$ 1,75 bilhão entre 2013 e 2017. Nessa região, a produção de óleo deverá subir dos atuais 15 mil barris por dia (bpd) para o patamar de 17 mil bpd na média entre 2014 e 2017. Na indústria de petróleo, esse cresci-mento é considerado excepcional para uma região de campos maduros, como é a área terrestre do Espírito Santo.

A decisão de manter o foco em terra e no mar pode ser percebida com o resultado do 11º leilão de concessões de exploração de petró-leo e gás realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no último mês de maio. Depois de cinco anos e meio sem a realização de leilões, a Petrobras adquiriu participação em todos os 12 blocos exploratórios ofertados no Espírito Santo – sendo seis blocos em terra e outros seis no mar. É um resultado de grande sucesso, que representará um crescimento do investimento da companhia no Estado e que dá sustenta-bilidade para que a produção de óleo e gás possa continuar crescendo.

No entanto, é preciso reconhecer que nossas operações ocorrem em condições cada vez mais complexas do ponto de vista técnico, e que a sociedade e os órgãos reguladores

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artigo | ENERgIA E INFRAESTRuTuRA

estão – merecidamente – mais rigorosos com as empresas, em especial com aquelas que operam concessões de exploração e pro-dução de petróleo e gás. Para atender a esse cenário mais complexo, a Petrobras no Espírito Santo está implantando o Centro de Operações Integradas, que possibilitará tra-balhar com maior eficiência operacional, aprimorar o gerenciamento das operações, prestar um melhor suporte ao trabalho das frentes operacionais e melhorar o monitora-mento ambiental.

O Centro de Operações Integradas é uma nova forma de trabalhar a produção de óleo e gás. Temos ciência de que esse novo conceito de trabalho, associado aos cenários mais complexos, demanda profissionais extremamente capacitados para prestar suporte aos trabalhadores de nossas frentes operacionais. A Petrobras é reconhecida por ser uma empresa que busca desenvolver os seus profissionais, e essa é uma realidade quando observamos que cada trabalhador da Unidade de E&P da Petrobras no Espírito Santo realiza, em média, mais de 160 horas de treinamento por ano.

Como dissemos anteriormente, a sociedade está cobrando mais sobre o desempenho da Petrobras, e isso pode ser medido por meio dos contatos realizados para a nossa central de atendimento no Estado. O número 0800 039 5005 é a nossa principal “porta de entrada” para a sociedade. Se você tem algum questionamento ou dúvida, deseja fazer um alerta de acidente ou sugestão sobre as atividades de E&P no Espírito Santo, esse é o melhor canal para se expressar. Recebemos, em 2012, 3.455 ligações, que versavam desde

solicitações de informação até elogios.

Destacamos que esse mesmo número de telefone é utilizado pelo Projeto de Monitoramento de Praias, uma condicionante ambiental do licenciamento das operações marítimas de E&P no Estado. Por meio desse projeto, moni-

toramos o número de encalhes de quelônios (tartarugas), mamíferos (golfinhos e baleias) e aves marinhas ocorridos no litoral do Espírito Santo. Para isso, temos uma parceria muito importante com as comunidades, que participam por meio do contato com a nossa Central de Atendimento.

No apoio a iniciativas culturais, ambientais e sociais, a Petrobras se vale principalmente de seleções públicas de projetos, realizadas periodicamente. Por meio dessas seleções, são patrocinados projetos como a Escola Multidisciplinar Profissionalizante de Artes e Ofícios, realizado pelo Instituto Goia e que tem o objetivo de capacitar jovens em situação de vulnerabilidade social, na Grande Vitória, na arte da restauração de bens imóveis que fazem parte do patrimônio cultural. Podemos citar, também, a parceria com o Centro Cul-tural Araçá, que trabalha pela inserção social de 200 crianças e adolescentes em risco social em São Mateus, por meio do projeto Trans-formando com Arte.

Na área cultural, é preciso destacar o festival de cinema Vitória Cine Vídeo, que realiza em 2013 sua 20ª edição, e o Revelando os Brasis, projeto executado pelo Instituto Marlin Azul e patrocinado desde 2004, que visa a descobrir, nas pequenas cidades do país, talentos que vão contar, em vídeo digital, histórias reais ou fictícias de suas comunidades.

Temos buscado ampliar o apoio a essas iniciativas da sociedade, num esforço conjunto da Petrobras e das instituições realizadoras. Dessa forma, queremos que os investimentos das nossas operações tenham uma repercussão na sociedade capixaba além do contexto meramente econômico.

Foto: Roberto Stuckert Filho

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Justiça e subdesenvolvimento

artigo | JuSTIÇA E DESENVOLVIMENTO

Pedro Valls Feu Rosa é desembargador

e presidente do Tribunal de Justiça do Estado

do Espírito Santo

o sistema judicial da raça humana não funciona bem. É lento. É caro. É confuso. Aliás, sempre foi. Nunca,

durante a caminhada do homem, existiu um sistema judicial que funcionasse a contento. Sem exceções. Os motivos desta surpreen-dente constatação, tenho-os muito claros. Começo minha explicação pelas palavras de Honoré de Balzac: “as leis são teias de aranha pelas quais passam as moscas grandes, e que prendem as pequenas”. Fernando Sabino complementou esta observação: “dura lex, sed lex: a lei é dura, mas é lei. Mas, para os ricos, é dura lex, sed latex: a lei é dura, mas estica”.

J. Pierpont Morgan, milionário americano, foi bem menos sutil: “não preciso de advogados para me dizer o que não devo fazer. Eu os contrato para me dizer como fazer o que quero fazer”. Surpreendentemente mais elegante foi Al Capone: “não entendo quem escolhe o caminho do crime, quando há tantas maneiras legais de ser desonesto”. Uma singela reflexão sobre estes pensamentos permite concluir, com extrema facilidade, o quão difícil é a implantação de um sistema jurídico eficiente.

Podemos mesmo, utilizando estas refle-xões, explicar o conteúdo das palavras de Otto Von Bismarck: “ah, se as pessoas soubessem como se fazem as leis e as salsichas”. É... com razão Bettiol, segundo quem “direito é a expressão da vontade dos mais fortes”. Esta é, sem retoques, a realidade da “justiça dos homens”: há que existir, de molde a ensejar uma indispensável sensação de segurança, porém somente até um certo ponto. Temos que ter “Justiça”, mas somente até um certo grau. Podemos julgar e decidir à vontade, desde que fiquemos aquém de uma linha que separa a “patuleia” das estruturas que comandam os Estados. Foi assim nos primórdios da civi-lização. Foi assim na antiguidade clássica. Foi assim na era dos impérios. É assim hoje.

Devo dizer que, do ponto de vista do denominado “stablishment”, esta política é perfeita. Desconheço qual empresa deseje ser responsabilizada por seus atos. Nunca soube de governo algum que desejasse ter todos os

seus atos controlados transparentemente por um sistema judicial. Ou seja: a ideia de um sistema judicial tolhido, contro-lado ou intimidado, considerada esta visão mesquinha, era perfeita.

Disse “era” porque o planeta vem mudando a passos largos. As empresas já dependem, pela primeira vez na história, de decisões rápidas em litígios envolvendo milhões, por vezes bilhões de dólares, sob pena de sucumbirem diante de compe-tidores. Um planeta que já gira em torno de uma rede financeira mundial totalmente informatizada já não é compatível com a lentidão e os formalismos ridículos de um direito acorrentado ao passado.

Creio, assim, que o atual ritmo da economia mundial já nos permite uma constatação: os prejuízos em função da ausência de justiça têm sido maiores, para a chamada “amoral estrutura de poder”,

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“Podemos julgar e decidir à vontade, desde que fiquemos aquém de uma linha que separa a ‘patuleia’ das estruturas que comandam os Estados”

do que os que se apresentariam caso aquela existisse realmente.

Vamos aos números. O Brasil tem uma perda acumulada de 20% ao ano no crescimento da economia devido à ineficiência do Judiciário – não computados aí os prejuízos causados pela corrupção impune, que desvia 30% de todos os impostos recolhidos pelos brasileiros.

Um outro estudo, feito pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Produtivo (Idesp), trouxe um resultado simplesmente chocante: o Brasil deixa de gerar US$ 100 bilhões por ano devido à morosidade do Poder Judiciário. O impacto estimado do aumento da eficiência do Judiciário seria: no volume anual de inves-timentos, 13,7%; no volume de negócios, 18,5%; no número de empregados, 12,3%; no investimento em outros estados, 6,2%; no volume de negócios em outros estados, 8,4%;

na proporção de atividades terceirizadas, 13,9%; e, no volume de negócios com o setor público, 13,7%.

E tanto pior o quadro quando os juízes, no mais das vezes, não falam o mesmo idioma de economistas e empresários. Esta é uma receita para o atraso: ante um sistema legal falido, ridículo para os portais do século XXI, sucedem-se as liminares bloque-ando o funcionamento de empresas inteiras, ou paralisando toda uma administração. Como o sistema processual não funciona, aparecem com cada vez maior frequência os “superjuízes”, que com singelas liminares, revogadas ou cassadas poucos dias depois, quando constatadas incorretas, por vezes causam danos de centenas de milhões de reais ao Estado ou a empresas.

Diante desta realidade sombria, alguns ainda falam em “aumentar o número de juízes” ou “adquirir mais computadores”. Não vai adiantar! Quanto ao número de juízes, o Centro de Estudos Judiciários das Américas, após estudar o caso de Santiago do Chile, que multiplicou por quatro o número de magistrados sem conseguir agilizar nada, firmou a seguinte premissa: mais da mesma coisa não adianta.

Eu mesmo fiz uma conta: em multipli-cando o número de juízes de Vitória por dois, todos trabalhando 10 horas por dia, cinco dias por semana, sem férias, levaríamos cinco anos só para botar em dia o serviço. E, o pior: ao cabo destes cinco anos, teríamos à espera de julgamento uma montanha de processos duas vezes maior que a atual.

Em resumo: soluções convencionais são quase que um “enrolo” diante de problema tão sério e que afeta tão profundamente nossas vidas. Cumpre, isto sim, uma séria revisão do nosso mundo jurídico, partindo--se rumo a algo realmente moderno.

Trata-se de processo árduo, difícil, mas do qual não mais podemos nos esquivar, tendo sempre em mente que “a vida é curta demais para ser pequena”, e que “quando as leis ignoram a realidade, a realidade se vinga ignorando as leis”.

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Nova economia diversificada, o quarto ciclo do desenvolvimento do Espírito Santo

artigo | DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Nery De Rossi é secretário de Estado

de Desenvolvimento

a o analisar o desenvolvimento do Espírito Santo ao longo dos anos, é possível perceber o seu grande e diver-

sificado potencial econômico. Uma história que começou com o ciclo do café, passou pela industrialização e cresceu no setor de petróleo e gás agora toma novos rumos, abrindo um quarto ciclo: a descentralização, diversifi-cando e agregando valor às cadeias produtivas capixabas com inovação tecnológica. Um novo tempo com novas oportunidades de geração de emprego e renda.

O Espírito Santo se destaca no cenário econômico nacional como um dos estados que mais crescem no país. Sua localização geográfica naturalmente competitiva, no centro da costa brasileira, é vista como um atrativo natural para novos investimentos.

Diante deste cenário e com os investimentos que vêm sendo feitos na melhoria da infra-estrutura rodoviária, ferroviária e portuária, além da melhoria dos aeroportos regionais, estão se consolidando seis plataformas logís-ticas nas regiões que tornarão o Estado uma grande plataforma logística para o Brasil.

Esses avanços embalam o surgimento de novas indústrias no Espírito Santo, como a instalação do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) e consequentemente a aber-tura de um setor naval no Espírito Santo, alavancado pelo segmento de petróleo e gás. Com a chegada da Marcopolo, em São Mateus, se consolida a indústria automo-bilística, que já atrai fornecedores, como a Tecnovidro, em Colatina, que também abriga a fábrica de móveis Bertolini. Além de Linhares com o Polo Gás-químico, outros municípios como Sooretama, com a fábrica de móveis de cozinha Itatiaia, e Pinheiros, com a futura fábrica de MDF, também passam a fazer parte da lista dos municípios que possuem importantes empreendimentos industriais, contri-buindo para o crescimento local e a geração de novas oportunidades.

O Estado conta com nove projetos portu-ários que vão mudar sua realidade logística. Entre eles destacamos o Porto Central, que será construído em parceria com o Porto de Roterdã, no município de Presidente

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Kennedy, alterando definitivamente a reali-dade econômica e social do sul do Estado.

Ao logo desses últimos anos, o desenvol-vimento econômico capixaba foi traduzido também em significativas evoluções sociais, como a redução da taxa de pobreza. De acordo com os dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), nos últimos anos o Estado apresentou intensa redução na proporção da população extremamente pobre. Em 2009 e em 2011, foram regis-tradas taxas de 3,6% e 3,0% respectivamente, uma evolução muito significativa conside-rando que o Espírito Santo já atingiu índices de 12%, como no ano de 2001.

Para o futuro, as notícias são ainda melhores. O Espírito Santo é hoje o Estado com o maior investimento privado per capita do país, considerando os empreendimentos a serem implantados nos próximos cinco anos. Serão cerca de R$ 110 bilhões de inves-timentos privados no Espírito Santo, com uma geração de aproximadamente 150 mil

empregos. Esses projetos têm grande efeito multiplicador na atração de novos negócios e na constituição de novas redes de fornece-dores locais.

Os esforços com a diversificação da economia já são uma marca do Espírito Santo. O desenvolvimento sustentável construído com inclusão social, respon-sabilidade ambiental e desconcentração geográfica permite que o Estado seja um lugar cada vez melhor para se viver, trabalhar e investir.

Prova disso é que a cada dia novos empreendedores chegam, interessados nas características e na estabilidade do Espírito Santo. Já é realidade a concretização dos empreendimentos anunciados e a atração de empresas de segunda e terceira geração. Com isso será visível ao capixaba o avanço econômico e social que permitirá agregação de valor às nossas cadeias produtivas, possi-bilitando novas chances e maior qualidade de vida para o povo capixaba.

“O Espírito Santo se destaca no cenário econômico nacional como um dos estados que mais crescem no país”

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Por uma política efetiva de aumento da competitividade

artigo | INDÚSTRIA

Benjamin M. Baptista Filhoé presidente da

ArcelorMittal Brasil e da Associação

Latinoamericana do Aço (Alacero)

o setor industrial brasileiro não se reencontrou depois da crise financeira internacional de 2008.

A indústria ensaiou uma retomada de cresci-mento, em 2009 e 2010, mas voltou a patinar. E o que é pior: entrou em descompasso, no fenômeno que os especialistas chamaram de desindustrialização, em razão da perda de participação relativa da indústria na composição do PIB.

Sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), no primeiro se-mestre de 2013, aponta a queda no ritmo da produção industrial brasileira. Mais do que isso, revela não só que a indústria nacional está perigosamente exposta ao cenário global como também traz à tona a discussão sobre a ausência de avanços expressivos na agenda da competitividade, o que impõe sérias difi-culdades ao setor.

Assim como a história, a economia brasi-leira sempre experimentou movimentos cíclicos, ora com cenário favorável às expor-tações, ora com demanda interna aquecida. A eclosão da industrialização brasileira surgiu num momento em que o país se viu obrigado a suprir as necessidades do mercado domés-tico, às vésperas da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), dando origem a um novo ciclo industrial. Isso porque o Brasil foi impac-tado na compra de produtos manufaturados, escassos no mercado internacional, ao mesmo tempo em que viu as vendas externas decli-narem, especialmente de café e borracha.

Quase 100 anos após aquele conflito mundial, nos deparamos com outros tipos de guerras que provocam significativos reflexos na indústria, com impactos negativos para o setor privado e as economias regionais, além de provocar a queda de confiança do empre-sário em relação à economia. No Espírito Santo, por exemplo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial - Icei medido pela CNI, recuou 5,7 pontos em julho deste ano, atingindo 48,3 pontos. Foi a primeira vez

que isso ocorreu em toda a série histórica, iniciada em fevereiro de 2012.

A mais prolongada das disputas contem-porâneas é a guerra global por mercados. Neste contexto, a crise internacional deflagrada em 2008 passou a exercer grandes pressões comerciais por todo o mundo. Com a recessão norte-ameri-cana e a depressão europeia, o mundo se deparou com um enorme excesso de

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“Ainda temos grandes e recorrentes desafios para avançarmos na nossa posição competitiva e aumentarmos a participação do Brasil no mercado internacional, que representa apenas 1,3% do comércio global, ocupando a tímida 22ª posição, segundo a OMC”

muitas vezes seus produtos se encontram em desvantagem quando comparados com produtos estrangeiros exportados para o Brasil, estes últimos, em sua grande maioria, adotando-se práticas desleais de comércio internacional.

Entretanto, diante de nova ordem da siderurgia mundial, onde o ambiente competitivo é realçado pelo excesso de oferta de produtos no mercado interna-cional, cujo impacto no Brasil é a ociosidade de 30% da capacidade total instalada, tem-se notado clara tendência de implantação de medidas de defesa comercial por diversos países, visando manter a isonomia compe-titiva defendida pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Estas medidas têm como objetivo reorganizar o fluxo de negó-cios, especialmente daqueles que não respeitam as melhores práticas de comércio internacional, praticando dumping, subsí-dios, fraudes aduaneiras, triangulação, etc. Por consequência, defende-se a indús-tria doméstica de movimentos predatórios, privilegiando a força de trabalho local bem como estimulando o investimento na cadeia produtiva nacional.

O Governo Federal fez movimentos impor-tantes para fortalecer a competitividade da indústria brasileira. Alterou recentemente a legislação antidumping, através do Decreto 8058/2013, cuja legislação anterior estava em vigor desde 1995, implantando medidas voltadas à modernização e aceleração das investigações de práticas comerciais predatórias. Além disso, o Governo busca aperfeiçoar a estrutura do Departamento de Comércio Exterior - Decom, mediante o aumento do seu corpo técnico. Dentro deste ambiente de fortalecimento da competiti-vidade nacional, ressaltam-se as recentes medidas de desoneração fiscal de diversos setores industriais e a entrada em vigor, no início de 2013, da Resolução nº 13/2012, que dá fim à chamada guerra dos portos entre os estados. Além da esfera de defesa comercial, o Governo Federal lançou em 2011 o Programa Brasil Maior, adotando medidas importantes à competitividade industrial, incluindo o Reintegra e a criação do regime automotivo, dentre outras diversas medidas de incentivo à produção local.

oferta de inúmeros produtos, tendo a China como o eixo principal neste novo cenário. A crise, portanto, acirrou a competição global por mercados compradores, como é o caso do Brasil.

No caso do setor do aço, as importações de produtos siderúrgicos concorrentes com os da indústria doméstica cresceram exage-radamente nos últimos anos, forçando o setor a rever sua estrutura de custos e produtividade. Em 2010 a participação do aço importado no consumo aparente de aço no Brasil foi de 20%, o que repre-sentou cerca de quatro vezes mais que a média histórica da década anterior. Em que pesem os esforços das produtoras de aço nacionais em se tornarem mais eficientes,

Foto: ArcelorMittal

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Ainda temos grandes e recorrentes desafios para avançarmos na nossa posição competitiva e aumentarmos a participação do Brasil no mercado inter-nacional, que representa apenas 1,3% do comércio global, ocupando a tímida 22ª posição, segundo a OMC.

Importantes gargalos externos aos parques industriais impedem avanços maiores na competitividade brasileira. A lista é extensa e podemos citar alguns exemplos importantes, dentre eles as deficiências de infraestrutura básica de logística, seja rodoviária, ferroviária, portu-ária ou aeroportuária, cuja dimensão é facilmente percebida no nosso dia a dia. Outro importante ponto a ser destacado é o desbalanceamento entre a demanda e oferta de mão de obra qualificada, evidenciando a urgente necessidade de avançarmos no desenvolvimento do sistema educa-cional, nos seus mais diversos níveis. O que vimos é o resultado do descompasso entre o crescimento do país e o baixo nível de investimento necessário para acom-panhar o ritmo de desenvolvimento.

Recursos existem. A questão básica é a prio-rização e seriedade quanto à sua alocação para avançarmos na nossa posição compe-titiva de forma sustentável.

Por fim, o que todas estas guerras vêm mostrando é a fragilidade estrutural da economia brasileira. A retomada da ativi-dade industrial depende de uma política efetiva de aumento da competitividade. A redução dos custos de produção aumen-tará tanto a capacidade de investimento das empresas como a confiança do empresário. O Brasil precisa fortalecer os fundamentos macroeconômicos, controlar a inflação, os déficits fiscais e de transações correntes, bem como avançar na agenda regulatória, sobretudo na definição dos marcos legais e implantação dos projetos de infraestru-tura. E, claro, desonerar o investimento, um problema crônico no país.

É preciso reencontrar o caminho para um projeto nacional de desenvolvimento e reco-locar o Brasil nos trilhos da industrialização. O principal passo é eliminar os entraves estruturais e macroeconômicos que minam a competitividade da economia brasileira.

Foto: ArcelorMittal

artigo | INDÚSTRIA

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a indústria é tão antiga quanto a civilização humana. Seu desen-volv imento foi acompanhado

por mudanças estruturais, tecnológicas e sociais. Em aldeias, pessoas com habilidades especiais eram escaladas para produzir bens para a comunidade em troca de dinheiro ou outras riquezas. O advento das máquinas durante a Revolução Industrial modificou a estrutura do trabalho, substituindo a mão de obra artesã. Depois, Henry Ford instituiu a produção em série na indústria automo-bilística e, hoje, temos uma nova demanda: a produção personalizada. Este caminho de evolução não para e impulsiona o mundo.

Desenvolvimento industrial: uma nova perspectiva

artigo | INDÚSTRIA

“A hora é propícia para o

investimento criativo em novas

tecnologias e na capacitação da

mão de obra”

Vitor Penna Costaé presidente

da Cozinhas Itatiaia Está ocor rendo u m verdadei ro processo evolutivo de desenvolvimento tec nológ ico, soc ia l, a mbient a l e econômico em todo o setor industrial. Recentemente, uma série de mudanças está sendo adotada no Brasil com o objetivo de adaptá-lo à nova realidade da economia mundial. O controle da inflação foi fundamental neste processo e trouxe resultados positivos para a nossa economia e para o desenvolvimento da indústria.

O país vem se atualizando e moder-nizando seu parque fabril em busca de competitividade e produtividade.

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As fábricas estão investindo e implemen-tando tecnologias diferenciadas, o que tem proporcionado a melhoria dos produtos e serviços no mercado interno e externo. A mudança de patamar competitivo da indústria pela inovação e diferenciação de produtos e serviços, com a inserção de produtos de qualidade e o reconheci-mento nos principais mercados do mundo, está contribuindo para a evolução do processo produtivo.

Na economia brasileira, a indústria tem como missão promover investimentos produtivos e desenvolver inovações que gerem riqueza, emprego e a constante evolução dos trabalhadores diretos e indiretos, contribuindo fortemente para que o nosso país tenha uma vigorosa economia.

Essa visão é intimamente associada à inovação tecnológica, com inserção positiva na sociedade do conhecimento – o que abrange educação em todos os níveis, inclusão digital, desenvolvimento científico e tecnológico. A hora é propícia

para o investimento criativo em novas tecnologias e na capacitação da mão de obra.

Ao contrário da Revolução Industrial e do modelo fordista que exigia trabalhadores mecanizados, a atual conjuntura requer colaboradores especializados, capacitados e em constante evolução tecnológica e inte-lectual. O setor industrial está conhecendo essa realidade e iniciando um processo de desenvolvimento de programas especí-ficos para o crescimento interno e externo do seu colaborador.

A inovação tecnológica, traduzida em equipamentos modernos e computadori-zados, converge diferentes áreas como as de engenharia, programação de produção e até o “chão de fábrica”. Com isso, exige-se maior conhecimento e desenvolvimento do colaborador. Neste momento, o funcionário passa a ser um dos maiores bens.

A nova indústria brasileira está se adequando a essa realidade e criando seus departamentos de Recursos Humanos mais revigorados, com competência para transformar e capacitar os colaboradores, passando, assim, a ter um papel social e cooperativo em seu entorno, criando parce-rias com escolas e instituições de educação profissional que atuam na geração e difusão de conhecimento.

Enquanto, em outras épocas, o desen-volvimento regional, no entorno da fábrica, era ligado diretamente ao poder aquisitivo, hoje, a evolução está também no campo do intelecto, da educação, do desenvolvi-mento profissional e crescimento pessoal de cada colaborador e da sociedade na qual está inserida.

Os investimentos produtivos buscam a substituição de maquinários e equipamentos, antes de base tecnológica mecânica, para equipamentos eletrônicos. As instalações físicas precisam ser adequadas a essa nova tecnologia e necessitam de uma arquitetura mais ampla, promovendo o máximo de sustentabilidade, reaproveitamento e limpeza do ambiente.

Neste contexto, as indústrias precisam buscar formas criativas de incentivar e promover ações para que o colaborador execute sua atividade com maior segu-rança e ergonomia, num ambiente saudável e com qualidade.

Se Henry Ford voltasse para ver a indústria brasileira, com certeza, se surpreenderia.

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N um mundo em que a tecnologia evolui em progressão geométrica, a inovação é fator fundamental

à sobrevivência das empresas. É preciso estar atento às tendências e às diferentes formas de se fazer a mesma coisa, buscando otimizar processos e produtos, aumentar a produtividade, reduzir custos e impactos ambientais, aperfeiçoando nossa qualidade e as relações com nossos diversos públicos. O desafio é grande.

Na Fibria, a inovação está presente em todas as etapas: da obtenção de matéria--prima ao escoamento da produção. Buscamos sempre a excelência opera-cional e a satisfação de nossos clientes. Nos antecipamos às exigências do mercado e, para isso, nosso Centro de Tecnologia realiza estudos em todas as nossas áreas

inovação:um desafio permanente

artigo | INDÚSTRIA

Paulo Silveira é diretor-executivo industrial da Fibria

de atividades: dos viveiros de produção de mudas ao produto final.

Graças aos resultados de mais de 35 anos de estudos e pesquisas, a Fibria é líder em tecnologia de produção de celu-lose de eucalipto. Nossas práticas de manejo florestal, aliadas ao desenvolvi-mento de clones de eucalipto cada vez melhores, asseguram à empresa um dos maiores índices de produtividade do setor, com um dos menores custos de produção.

Algumas iniciativas da Fibria nesta área foram apresentadas em junho durante a Conferência Anpei de Inovação Tecnológica, realizada em Vitória, que reuniu especialistas de várias partes do Brasil e do exterior. A Fibria apresentou três cases no evento e um deles – consi-derado destaque – representa um novo

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“A fim de aprimorar processos e resultados, conduzimos na Fibria diversos projetos de pesquisa, sempre em sintonia com a conservação ambiental”

paradigma na produção de mudas clonais de eucalipto. A partir da utilização de bior-reatores nesse processo, a eficiência na produção é 40 vezes maior que a do sistema atual, que utiliza minijardins clonais.

Na área de logística, por exemplo, a Fibria inovou ao utilizar, de forma pioneira, a navegação de cabotagem marítima no Brasil no seu sistema de transporte de madeira. A partir de barcaças projetadas para esta finalidade, a empresa passou a utilizar, a partir de 2003, o modal marítimo para transportar madeira de seus plantios localizados no sul da Bahia até a fábrica, em Barra do Riacho (Aracruz-ES), contri-buindo para reduzir o fluxo de carretas de madeira na BR 101-Norte. Cada barcaça transporta o equivalente à carga de apro-ximadamente 100 carretas de madeira, contribuindo para reduzir o fluxo desses veículos e a emissão de CO2. Este modelo já foi replicado para outras empresas, que também passaram a adotar a cabotagem marítima em suas operações.

As pesquisas envolvem áreas como melhoramento genético, controle de pragas e doenças, sustentabilidade ambiental, qualidade da madeira, processo e produto,

entre outros temas relacionados às ativi-dades da empresa.

Como resultado, temos alcançado avanços importantes. Um exemplo é a redução da área necessária para produção de madeira, graças aos ganhos de produti-vidade e às avançadas práticas de manejo florestal. Enquanto na década de 1970 a empresa produzia 6,4 toneladas de celu-lose/hectare/ano, atualmente a média é de 11,8 toneladas de celulose/hectare/ano, o que equivale a uma evolução de 84%.

Até 2025, a Fibria pretende reduzir em um terço a quantidade de terras necessárias para a produção de celulose, objetivo que faz parte das Metas de Longo Prazo (MPL) da empresa. Outra meta é diminuir em 91% a quantidade de resíduos sólidos desti-nados a aterros industriais, também até 2025. A pesquisa e a inovação tecnológica têm papel fundamental na busca desses resultados, que passam pela melhoria da eficiência em todos os aspectos.

Proporcionar ganhos em excelência operacional, ambiental e social é o que bus- camos com os projetos de inovação desen-volvidos na Fibria, sempre em linha com a estratégia de sustentabilidade da empresa.

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a saída está na educação

artigo | INOVAÇãO

Rafael Lucchesié diretor de Educação

e Tecnologia da Confederação Nacional

da Indústria (CNI) e diretor-geral do Serviço Nacional

de Aprendizagem Industrial (Senai)

acrise econômica internacional desnudou o que era apenas aparente: a perda de competitividade da

indústria brasileira. A queda na demanda estreitou os mercados e a concorrência, que já era renhida, tornou-se feroz, tanto lá fora quanto no mercado doméstico, com os produtos importados.

Este cenário tornou ainda mais urgente ampliar a competitividade das empresas brasileiras. Mas isso não é possível sem capital humano. E não teremos capital humano – que significa, simplificadamente, mão de obra qualificada, com boa educação formal, experiente e competente - sem mudarmos o modelo de educação do país.

Até há muito pouco tempo, nosso sistema educacional era restrito a um pequeno número de brasileiros. Avançamos na universalização, mas estamos progredindo lentamente na qualidade. Se for seguido o ritmo atual, em 2021 o Brasil terá a profici-ência e o rendimento médio dos alunos do ensino fundamental que os países desenvol-vidos tinham em 2007.

É uma defasagem abissal.Sobre nosso capital humano, os números

não são nada animadores: 21% dos traba-lhadores da indústria (37% da construção civil) não têm sequer o ensino fundamental completo. Os que têm ensino médio completo são pouco mais da metade (54%).

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no boletim Radar: tecnologia, produção e comércio exterior, divulgado em dezembro de 2012, confirma que a força de trabalho brasileira permanece, em geral, com baixa escolaridade. Somente 41 a cada 100 brasileiros entre 25 e 64 anos têm ensino médio completo, e apenas 11, título de nível superior. Nos países ricos, em média, 74 a cada cem concluíram o ensino médio, e 31 a cada 100 passaram por algum tipo de educação terciária.

O estudo atribui ainda a diferença entre as taxas de crescimento econômico dos países ao domínio de habilidades cognitivas de seus

trabalhadores - ou seja, o capital humano a que nos referimos. E afirma de forma categórica: qualidade da educação é mais crucial que a extensão de escolaridade para se buscar ganhos de produtividade.

A produtividade do trabalho, medida pela relação entre o Produto Interno Bruto (PIB) e o pessoal ocupado, coloca o Brasil numa situação grave, se comparado a outros países. Fica em um nível três vezes menor que na Coreia do Sul; quatro vezes menor que na Alemanha; e cinco vezes menor que nos Estados Unidos. Isto é, para produzir o que um trabalhador americano produz, o Brasil precisa de cinco trabalhadores.

É urgente, insistimos, mudar a matriz educacional, valorizando também a educação profissional. Essa é uma

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“Avançamos na universalização, mas estamos progredindo lentamente na qualidade”

oportunidade de entrada no mercado de trabalho que o Brasil ainda não explorou. Apenas 6,8% dos jovens brasileiros optam pela educação profissional, enquanto nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a média é seis vezes maior (45%).

Ao abrir as vagas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) às pessoas que já concluíram o ensino médio, o Brasil avança por duas vias na direção do desenvolvimento. Por um lado, oferece a chance real para uma enorme parcela da população entrar no mercado de trabalho de forma qualificada. Por outro, a partir da formação de novos profissionais, poderá contar com essa qualificação para fazer alavancar sua competitividade.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), essa novidade aumenta para 8,7 milhões o número de pessoas entre 18 e 24 anos que podem realizar, sem custos, cursos técnicos, com duração de mais de um ano.

Esses jovens compõem o que os espe-cialistas chamam de bônus demográfico. Segundo o IBGE, o número de pessoas que integram a população economicamente ativa é maior que a quantidade de pessoas que depende dela. Objetivamente, até 2025, a maior parte da população brasileira estará produzindo e o número de pessoas que depende dela vai ser menor.

Isso indica que o país vive um período decisivo para se desenvolver. Assim, será necessário criar as condições para que os que compõem essa faixa etária possam contribuir na produção e na produtivi-dade. Esse caminho se constrói, justamente, pela educação.

Ainda temos o ensino superior como a principal alternativa para entrar para o mundo do trabalho. Como as taxas de acesso às universidades ainda são baixas, milhões de jovens vão para o mercado de trabalho sem formação, ou pior, sequer conseguem emprego.

Para os jovens que se preparam para o mundo do trabalho o recado é claro: podem apostar na educação profissional, porque entrarão mais cedo no mercado e terão carreiras estáveis e bem remuneradas. Se estiverem preparados para atuar com novas tecnologias, processos produtivos e ferra-mentas de gestão, por exemplo, eles tornam viável a inovação dentro das empresas, o que fará a indústria mais competitiva.

O esforço dos governos e da sociedade como um todo, inclusive das instituições do Sistema S, deve ser o de fazer unir estas duas necessidades: a de jovens por preparação para o mercado de trabalho e a da indús-tria por profissionais qualificados. Essa é a chave para um novo tempo. A saída para um Brasil próspero e inserido no protagonismo mundial está na educação.

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Urbanização aceleradae bem-estar

Guilherme Lacerda é diretor de

Infraestrutura Agropecuária e de

Inclusão Social do BNDES o Brasil passou por uma acelerada urbanização na segunda metade do século XX, em ritmo sem paralelos;

em 50 anos invertemos nossa pirâmide demográfica espacial. A alteração que aqui se efetivou em meio século, na França se deu ao longo de 200 anos (de meados do século XVIII em diante) e nos EUA em cerca de 100 anos (de meados do séc. XIX a meados do seguinte), ou seja, o dobro do tempo.

Em 1950, o Brasil possuía 64% da popu-lação na zona rural e 36% nas cidades; 50 anos depois esses percentuais pularam

artigo | INDÚSTRIA

para, respectivamente, 19% e 81% e, hoje em dia a população urbana aproxima-se de 90%.

Esta modificação foi resultado da combinação de dois mov imentos: uma acelerada expansão demográfica (que só recentemente alterou de forma drástica o seu ritmo) e um grande movi-mento migratório. Em 1950, a população total brasileira era de 51,9 milhões; em 2000 éramos 169,6 milhões e, atual-mente, já ultrapassamos os 200 milhões. Esse adensamento espacial se deu de

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“Os movimentos migratórios resultaram do modelo de crescimento econômico profundamente concentrador de renda e riqueza, tanto em termos de regiões quanto de grupos familiares, e com destaque para a forma de ocupação das fronteiras agrícolas”

transporte priorizado foi o rodoviário (e o individual), o qual foi sendo implantado aos trancos e barrancos, sempre subordinado à frágil disponibilidade orçamentária do poder central.

A história mostra que ao longo de todo o Brasil República e até recentemente, as políticas públicas não priorizaram a orga-nização de nossas cidades e muito menos enfrentaram a especulação imo-biliária, as ocupações irregulares e a falta de serviços públicos básicos. Um exemplo está no longo tempo de tramitação da Lei 10.257 (Estatuto das Cidades), aprovada em 2001, depois de mais de uma década em tramitação.

As cidades brasileiras estão congestio-nadas. O número de veículos cresceu de forma espantosa nos últimos anos, coalhando as vias urbanas e nossas estradas, que não se modernizaram nem se ampliaram como

forma heterogênea. Os movimentos migra-tórios resultaram do modelo de crescimento econômico profundamente concentrador de renda e riqueza, tanto em termos de regiões quanto de grupos familiares, e com destaque para a forma de ocupação das fronteiras agrícolas.

A urbanização brasileira levou a uma rede desordenada e desintegrada de cidades. Com isso, nosso país passou a ter metrópoles deformadas, plenas de ocupações irregu-lares e populações vivendo em condições sub-humanas, com megacidades nucleando constelações de municípios satélites depen-dentes dos serviços do centro. A atuação do poder público, em suas diferentes esferas, não promoveu uma aproximação entre esses polos dinâmicos e, dentro das cidades, os modais eficientes de transporte público ficaram em segundo plano. O modelo de

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deviam. Em fins de 2012 o Brasil possuía 42,7 milhões de automóveis, contra um total de 22,5 milhões em 2002. Esta realidade, se por um lado mostra a exuberância da melhoria do poder aquisitivo da população, por outro, penaliza a qualidade de vida dos brasileiros nas cidades

Enfrentar as enormes carências de nossas cidades agora custa muito mais, e a exigência de investimentos públicos é brutal. O atraso na implantação de intervenções estruturantes para melhorar a mobilidade urbana decorre de vários fatores que se somam. A lista é grande; aqui indicamos os principais, ressalvando-se as peculiaridades de cada caso, que não podem ser esquecidas. De um modo geral, as travas estão associadas a: deficiências de projetos, imprecisão orçamentária, falta de equipes técnicas capacitadas, trabalhos descontinuados, burocracia legal para desapropriações, complexidades das intervenções em áreas superadensadas, práticas de empresas que disputam certames e posteriormente questionam os projetos, inclusive com uma banalização de recursos administrativos e judiciais, legislação defasada exigida para cumprir ritos de licitação, extensos e trabalhosos requerimentos, nem sempre eficazes, dos órgãos de controles, dificuldades de organizar gestões compartilhadas entre estados e municípios, com tempos

políticos curtos e não coincidentes e fragilizada capacidade financeira dos entes subnacionais, fruto de um modelo federativo impróprio, com alta centralização.

A lista de obstáculos é grande, e sua superação depende de esforço e disciplina exemplares de lideranças políticas, asso-ciada a uma identificação clara de projetos para se fazer o melhor, com menor custo.

A reversão deste cenário exige alter-nativas que valorizem o envolvimento da sociedade e tenham efetiva transparência. Só assim haverá uma redução do fosso hoje presente na relação entre representantes e representados, um dos combustíveis das manifestações sem precedentes nas cidades brasileiras de junho/julho últimos.

Enfim, há muito a se fazer; não há tempo a perder e é indispensável que se restabeleça dutos de interlocução confiável entre a sociedade e seus governantes, em todos os níveis. No âmbito municipal, a verdadeira prioridade aos transportes públicos remete à reorganização das cidades, utilizando-se os instrumentos que as prefeituras possuem, com destaque para o Estatuto das Cidades. Mas as soluções estruturantes dependem da destinação suficiente de recursos financeiros e técnicos por parte dos governos Federal e Estadual, sem esquecer da imprescindível participação dos Legislativos, do Poder Judiciário e de órgãos como os Tribunais de Contas e Ministérios Públicos.

artigo | INDÚSTRIA

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Um futuro promissor

artigo | INDÚSTRIA

Fernando Pimentelé ministro do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio

Exterior. Foi prefeito de Belo Horizonte

(2003-2008)

Em meados de 2011, quando um dólar chegou a valer R$ 1,53, ouvíamos com frequência que o Brasil caminhava

rumo à desindustrialização. Analistas econômicos diziam que o Brasil vivia sua “doença holandesa”, com a exportação de commodities como soja e minérios atraindo dólares em excesso, desvalorizando o real e prejudicando o setor manufatureiro. O termo é usado para designar países que passam por situação semelhante à da Holanda na década de 1960, quando a exportação de gás natural gerou receitas extraordinárias para o país, valorizou a moeda e tornou a indústria local menos competitiva.

A lg u ns econom istas chega ra m a defender um imposto sobre exportação de commodities. Não é preciso dizer que a análise era precipitada. O real valorizado era, sim, um empecilho à competitividade da indústria nacional por tornar nossos produtos mais

caros em relação aos fabricados por outros países, dificultando nossa inserção no exterior. Diante de patamar realmente baixo da moeda americana, lembro-me de afirmar que teríamos de nos acostumar com o real valorizado por um tempo não previsível. Mas sempre acreditei que nosso tecido industrial vasto, complexo, seria capaz de resistir às dificuldades que o real apreciado traria.

Não era de se esperar que assistíssemos passivamente à perda de competitividade provocada por tal desequilíbrio cambial. O governo da presidente Dilma Rousseff criticou em todos os fóruns políticos e econômicos internacionais a política de emissão exagerada de dólares dos Estados Unidos. Por sugestão do Brasil, a chamada de guerra cambial foi tema de discussão na Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas o enfrentamento da questão

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não se limitou ao diagnóstico e à queixa. Em agosto de 2011, sob a chancela da presidente, lançamos o Plano Brasil Maior.

Entre as medidas anunciadas estavam o Reintegra e a primeira leva de desonerações da folha de pagamento. O Reintegra devolve à empresa 3% da receita obtida com a venda de suas mercadorias ao exterior. A devolução permite a desoneração de tributos residuais na cadeia e funciona como um câmbio melhorado – fundamental naquele momento de forte depreciação do dólar.

No caso da desoneração da folha, de início quatro setores foram beneficiados, entre eles têxtil e calçados, fortemente afetados valorização do real. Num movimento caute-loso, mas contínuo, o Brasil tem avançado na eliminação de impostos. Mudanças estruturais e cada vez mais abrangentes têm reduzido a carga tributária que incide sobre a produção, num grande esforço do governo para aumentar a competitividade da economia nacional.

Em 2011, a renúncia fiscal com a desone-ração da folha foi de R$ 3,8 bilhões. Diante da repercussão positiva e de forma responsável, considerando o espaço fiscal disponível para a ampliação do benefício a outros setores, o Governo Federal anunciou a extensão do benefício. Os setores desonerados serão 42 em janeiro de 2014. Somada, a renúncia fiscal somente com a desoneração da folha de pagamento chegará a R$ 44,5 bilhões.

Ao contrário do que os críticos costumam dizer, essa política não é – nem jamais foi – pontual. Tendo como critério inicial atender setores mais afetados pela concorrência internacional e intensivos em mão de obra, sempre foi pensada como política estruturante. E essa é apenas uma das ações de governo que visam à redução da

carga tributária. A desoneração da cesta básica, anunciada em março passado pela presidente Dilma, é a mais recente delas. Estamos falando de medidas definitivas.

Se incluirmos as medidas temporárias, como a redução de IPI para automóveis, material de construção e linha branca, por exemplo, a renúncia fiscal é ainda mais significativa. A estimativa do Ministério da Fazenda é que entre 2012 e 2014, o Governo Federal abra mão de R$ 203 bilhões – sendo R$ 70 bilhões neste ano. O que se vê, portanto, é um enorme esforço para reduzir a carga tributária brasileira e fazer desse desafio um dos vetores para o aumento da competitivi-dade da indústria brasileira.

Vivemos uma crise internacional de vastas proporções, à qual nenhum país está imune. O Brasil, no entanto, tem conse-guido atravessá-la relativamente bem. Em 2012, recebemos US$ 65 bilhões em investimentos estrangeiros, o que nos valeu o terceiro lugar no ranking dos países que mais atraiu investimento do exterior. Nos quatro primeiros meses deste ano, já ingressaram no país outros US$ 19 bilhões.

Retomadas em maio, as rodadas de lici-tação para exploração de petróleo no Brasil renderam ao país R$ 2,7 bilhões, atraindo 30 empresas, de 12 países, que, juntas, investirão outros R$ 7 bilhões até 2018. Em outubro, foi licitada a maior área de exploração do Pré-Sal: o campo de Libra, com reservas estimadas entre 26 bilhões e 42 bilhões de barris de óleo e gás, pela qual onze empresas estrangeiras formali-zaram seu interesse. Sem falar na licitação de portos, aeroportos, ferrovias e rodo-vias, que devem atrair investimentos totais de R$ 242 bilhões.

Na balança comercial, o aumento das importações é explicado em grande medida pela compra de máquinas e equipamentos e de matérias-primas e insumos intermediários. Sempre que o Brasil importou mais nesses segmentos o resultado foi maior produção industrial. Na comparação com abril do ano passado, a produção industrial brasileira aumentou 8,4%, a taxa mais alta registrada desde agosto de 2010. O crescimento na produção doméstica de máquinas e equipamentos foi de 3,2%, outro indicativo da retomada da expansão da economia.

O cenário ainda não é o ideal, está muito longe do que é pintado pelos pessimistas de sempre e suas agendas inconfessáveis.

“Vivemos uma crise

internacional de vastas

proporções, à qual nenhum

país está imune. O Brasil,

no entanto, tem conseguido

atravessá-la relativamente

bem”

artigo | INDÚSTRIA

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íNDicE DE aNUNciaNtES

AG Trade Log 14

ArcelorMittal 93

Bandes 95

Banestes 61

Best View 207

Caixa Econômica Federal 276

Cesan 67

Chocolates Garoto 96 e 97

Cindes 243

Cisa Trading 189

Cofril 56

Coopeavi 23

Corpus 196

Cosentino 47

Cotia 91

DIO - Departamento de Imprensa Oficial do Espírito Santo 57

Divulgue 211

EDP 75

Eletromil 31

Espiral Engenharia 25

Fertilizantes Heringer 5

Findes 185

Funres 29

Grupo Águia Branca 89

Grupo Coimex 273

Hospital Metropolitano 51

Hospital Santa Rita 33

Ideies 257

IEL 109 e 275

IRI 197

ISH Data Center 53

Kia 38 e 39

Lorenge 71

Luz e Força Santa Maria 122

M Santos 85

Marca Ambiental 105

ANuNCIANTES PÁGINA

Next Editorial 231 e 269

O Mercador 20

OCB/Sescoop 201

Oral Brasil 210

Politintas 24

Ponto 221

Port Som 87

Prefeitura Municipal da Serra 115

Prefeitura Municipal de Vitória 121

Preservar 237

Prosegur 35

RDG Aços do Brasil 220

RedeTV! 216 e 217

Samarco 15

Sebrae 83

Sedes - Secretaria de Estado do Desenvolvimento 2

Senai 116 e 117

Serdel 34

Servinel Services 60

Servinel Technology 66

Sescon 74

Sesi 180 e 181

Sicoob 8 e 9

Sindifer 200

Sou ES 249

Spoleto 271

Terca 3

TV Capixaba 233

TV Vitória 264 e 265

uSM Montagem e Manutenção Industrial 7

Vale 21 e 193

Veneza 101

Viminas 82

VipPhone 253

Visel Segurança 46

ANuNCIANTES PÁGINA

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