antibiÓticos inibidores da biossÍntese da parede …enviosbr.com.br/ibras/pesquisas/antibiÓticos...
TRANSCRIPT
FACULDADE CATHEDRAL
I-BRAS – INSTITUTO BRASIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA
LUIS ALBERTO LACERDA SILVA
ANTIBIÓTICOS INIBIDORES DA BIOSSÍNTESE DA PAREDE CELULAR E MEMBRANA PLASMÁTICA BACTERIANA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
MACEIÓ
2019
FACULDADE CATHEDRAL
I-BRAS – INSTITUTO BRA/SIL DE PÓS-GRADUAÇÃO, CAPACITAÇÃO E ASSESSORIA
LUIS ALBERTO LACERDA SILVA
ANTIBIÓTICOS INIBIDORES DA BIOSSÍNTESE DA PAREDE CELULAR E MEMBRANA PLASMÁTICA BACTERIANA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Artigo apresentado como requisito parcial para a conclusão do Curso de Pós-graduação em Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica da Faculdade Cathedral/I-Bras.
Orientador: Pedro Ramon da Silva Aquino
MACEIÓ
2019
ANTIBIÓTICOS INIBIDORES DA BIOSSÍNTESE DA PAREDE CELULAR E MEMBRANA PLASMÁTICA BACTERIANA: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Luis Alberto Lacerda Silva1
Pedro Ramon da Silva Aquino2
Resumo: A membrana bacteriana e a parede celular são estruturas fundamentais para sobrevivência das bactérias. Mudanças no arranjo dessas estruturas através de moléculas antimicrobianas resultam em condições severas de instabilidade e morte celular. O objetivo deste estudo foi apresentar uma revisão bibliográfica acerca dos inibidores da biossíntese da parede celular e membrana plasmática bacteriana. Desta maneira, foi utilizado como instrumento de pesquisa artigos extraídos do Bireme (Biblioteca Regional de Medicina), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Pubmed (Publisher Medline) e portal de periódicos CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) no período de Outubro de 2018 a Abril de 2019. Apesar das opções disponíveis de tratamentos antibióticos para difentes grupos de bactérias, é necessário à continuidade dos esforços para descobrir novos fármacos capazes de combater as bactérias multirresistentes, que é um requisito prioritário exigido pelas demandas atuais dos serviços de assistência em saúde.
Palavras-chave: Antibióticos. Inibidores de membrana celular. Inibidores da parede celular.
Abstract: The bacterial membrane and the cell wall are fundamental structures for bacterial survival. Changes in the arrangement of these structures through antimicrobial molecules result in severe conditions of instability and cell death. The objective of this study was to present a literature review on inhibitors of cell wall biosynthesis and bacterial plasma membrane. In this way, articles extracted from Bireme (Regional Library of Medicine), LILACS (Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences), SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Pubmed (Publisher Medline) and portal of CAPES (Coordination for Improvement of Higher Level Personnel) period from October 2018 to April 2019. Despite the availability of antibiotic treatment options for different groups of bacteria, it is necessary to continue efforts to discover new drugs capable of fighting multiresistant bacteria, which is a priority requirement demanded by the current demands of health care services. Keywords: Antibiotics. Cell membrane inhibitors. Cell wall inhibitors.
1 Farmacêutico - Pós-graduando em Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica pelo I-Bras.
2 Farmacêutico - Mestre em Ciências Farmacêuticas - UFRN e Professor Orientador da Pós-Graduação em
Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica do I-Bras.
1 INTRODUÇÃO
Os antibióticos são agentes antimicrobianos mais utilizados para o
tratamento das infecções bacterianas em todo o mundo. No entanto, no passado,
o uso indiscriminado pela população e a prescrição sem prévia avaliação e
conhecimento do agente etiológico compreenderam o ínicio do surgimento dos
casos de resistência antibiótica. Por essas razões, atualmente se faz necessário
o manejo dos antimicrobianos bem como uma orientação especializada para
verificar e identificar situações em que a terapia antimicrobiana não seja
necessária a fim de proporcionar benefícios a saúde individual e coletiva
(LEEKHA; TERRELL; EDSON, 2011).
Em contrapartida, em caso de urgências, como pacientes gravemente
doentes, tais como choque séptico, neutropênicos febris e meningites
bacterianas, a terapia antibiótica empírica se faz essencial após coleta de
amostras diagnósticas. A partir dessa conduta, pode-se esperar que ocorra
inibição do crescimento bacteriano e consequentemente, impedimento do
microrganismo se estabelecer de forma sistêmica. Por outro lado, em quados
mais estáveis a antibioticoterapia deve ser retida até diagnóstico laboratorial
(LEEKHA; TERRELL; EDSON, 2011).
Em ambientes hospitalares é comum que a antibioticoterapia ocorra de
forma empírica em vista de que os resultados microbiológicos são liberados
entre 24-72 horas. Esse desfecho tem ocasionado agravos importantes aos
pacientes hospitalizados, que incluem morbidade, mortalidade e maior tempo de
internação, uma vez que o antibiótico administrado pode não ser o específico
para combater determinada estirpe bacteriana (KOLLEF et al., 1999; IBRAHIM
et al., 2000). Nesse sentido, é urgente o planejamento de novos fármacos contra
as infecções bacterianas, haja vista o crescimento alarmente de cepas de
bactérias resistentes aos antibióticos tradicionais disponíveis no mercado
farmacêutico (REARDON, 2014).
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Apresentar uma revisão bibliográfica acerca dos inibidores da biossíntese
da parede celular e membrana plasmática bacteriana.
2.2 Objetivos Específicos
Descrever os fármacos utilizados como antimicrobianos que atuam contra
a parede celular e membrana plasmática bacteriana.
Relatar o mecanismo de ação dos inibidores de biossíntese da parede
celular e membrana plasmática bacteriana.
3 METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão narrativa, de síntese qualitativa realizada através
de artigos científicos sobre antimicrobianos com ação inibitória da síntese da
parede celular e membrana plasmática de bactérias. Para atender o objetivo do
estudo, as produções científicas referentes ao tema foram pesquisadas nos
bancos de dados das bibliotecas eletrônicas Bireme (Biblioteca Regional de
Medicina), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da
Saúde), SciELO (Scientific Electronic Library Online), Pubmed (Publisher
Medline) e portal de periódicos CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior) no período de Outubro de 2018 a Abril de 2019.
Os descritores utilizados para a seleção foram: Antimicrobianos,
Inibidores de parede celular, Inibidores de Membrana Plasmática, Inibidores de
Síntese Proteíca. Sendo que, não foi utilizado período de publicação específico.
Os critérios de inclusão foram norteados pela disponibilidade do texto completo
nos suportes eletrônicos. Para os critérios de exclusão: produções incompletas,
resumos, dissertações e teses.
Este estudo segue as questões éticas de não manipular os dados; não
omitir participação de colaboradores; não assumir autoria de algo feito por outro
pesquisador e divulgar os resultados de interesse geral. Portanto, tem princípio
ético de não maleficência, e como se trata de um artigo com caráter de revisão
bibliográfica, fica dispensada da necessidade de ser encaminhado ao comitê de
ética em pesquisa.
4 REVISÃO DA LITERATURA 4.1 Inibidores da síntese da parede celular
Os fármacos inibidores da síntese da parede celular têm sido amplamente
utilizados, uma vez que mostraram-se bastante eficazes no combate de
infecções bacterianas importantes. Dentre os principais inibidores, estão os
betalactâmicos e os glicopeptídeos (SANKAR, et al., 2017).
Dos antibióticos inibidores da biossíntese da parede celular, os
glicopeptídeos, foram os mais explorados para tratar patógenes resistentes a
antibioticoterapia. A vancomicina, foi o primeiro antibiótico glicopeptídeo a ser
administrado por um longo período de tempo. Com o passar dos anos, algumas
espécies de bactérias desenvolveram resistência contra o seu mecanismo de
ação, levando o comprometimento do seu efeito terapêutico (O’NEILL et al.,
2016).
O desenvolvimento da resistência antibiótica leva a algumas
consequências graves. Neste caso, acredita-se que a resistência antimicrobiana
seja responsável por cerca de 700. 000 mil mortes a cada ano ao redor do
mundo. Mais agravante ainda, são as estimativas realizadas até 2050, onde
prevê um incremento de 10 milhões de novos casos. Por essas razões, são
extremamente urgentes novos esforços para o desenvolvimento e melhoramento
dos antibióticos com novas formas de ação contra os patógenos que
comprometem a qualidade de vida à medida que as expõe sobre risco de morte
(O’NEILL et al., 2016; BUTLER; BLASKOVICH; COOPER, 2017).
D-dicloserina é um antibiótico de segunda linha para o tratamento de
tuberculose. Este por sua vez mimetiza a cíclico D-alanina inibindo as enzimas
D-Ala-D-Ala-ligase e alanina racemase. Sendo uma molécula produzida pelo
gênero Streptomyces, inibe a biossíntese da parede celular no estágio
citoplasmático (PROSSER; CARVALHO, 2013).
A fosfomicina é uma segunda opção de tratamento clínico para inibir a
biossíntese de parede celular bacteriana. O que se sabe é que este fármaco atua
de modo a inibir a enzima MurA e consequentemente, inviabiliza o processo de
biossíntese, uma vez que causa enfraquecimento da parede celular e da
atividade bacteriana (BARRETEAU et al., 2008; HRAST et al., 2014).
A fosfomicina possui ação antibacteriana de amplo espectro e por essas
razões é na maioria das vezes a primeira escolha para o tratamento de bactérias
Gram-positivas como Staphylococcus aureus e Enterococcus sp., bem como
contra bactérias Gram-negativas, tais como Escherichia coli, Pseudomonas
aeruginosa e Klebsiella pneumoniae. A forma como este fármaco inibe a
biossíntese da parede celular desses microrganismos é através da mimetização
do substrato fosfoenolpiruvato ligando-se a enzima UDP-N-acetilglicosamina-3-
enolpiruvil transferase (MurA), inibindo desta forma o primeiro passo da
bissíntese da parede celular (KAHAN et al., 1974).
Outros fármacos como tunicamicina, liposidodomicinas e mureidomicina
foram reladados como princípios ativos inibidores competitivos da MraY, a qual
tem influência direta no estágio da biossíntese da parede celular – estágio
associado à membrana. No entanto, surge um grande desafio, haja vista que a
tunicamicina não apresenta seletividade e sua ação também atua contra a
biossíntese de glicoproteínas em mamíferos (BRANDISH et al., 1996).
É importante o desenvolvimento e melhoramento dos antibióticos que
atuem como agentes alvo da D-Ala-D-Ala terminais de pentapéptidos de
precursores da parede celular. Desa forma, os glicopeptídeos parecem ser os
mais indicados para inibição dessa etapa, visto que se ligam ao terminal C D-
Ala-D-Ala do precursor mureína, lípido II e peptidoglicano imaturo, cuja ação
resulta em inibição da transglicosilação ou transpeptidação durante a etapa de
biossíntese da parede celular bacteriana. Desse modo, o peptideoglicano fica
enfraquecido e faz com que as bactérias tornem-se mais susceptíveis à lise
devido às mudanças de pressão osmótica, para este mecanismo de ação,
destacam-se a vancomicina e a teicoplanina – sendo os de primeira geração
(REYNOLDS, 1989).
A telavancicna, oritavancina e dalbavancina são glicopeptídeos de
segunda geração que possuem características de lipoglicopéptidos semi-
sentéticos. Estes foram desenvolvidos para exibir ação antibactericida
melhorada contra estirpes de bactérias sensíveis e resistentes a vancomicina
(BUTLER et al., 2014). Outra característica comum a esses fármacos é a
presença de uma cadeia lateral hidrofóbica que serve como uma âncora de
membrana (ZHANEL et al., 2010).
Por outro lado, os betalactâmicos são antibióticos que atacam as
proteínas de ligação à penicilina. Estes por sua vez, são bactericidas mais
utilizados nos tratamentos de infecções bacterianas, visto que inibem a
biossíntese da parede celular por ligação a PBPs - enzimas que exibem
peptideoglicano transpeptidase, endopeptidase, D, D-carboxipeptidase
presentes tanto em bactérias Gram-positivas como Gram-negativas (BUSH;
BRADFORD, 2016). Além disso, esta classe de antibóticos exibe melhor
atividade antibacteriana, propriedades farmacocinéticas e um amplo espectro
(KONG; SCHNEPER; MATHEE, 2010; BUSH, 2016). Dentre os antibióticos
beta-lactâmicos, destacam-se: ácido clavulânico, sulbactam, tazobactam,
avibactam, relebactam, zidebactam e vaborbactam (BREM et al., 2016).
4.2 Inibidores da Síntese da Membrana Plasmática
Atuamente existem vários antibióticos disponíveis que agem sobre a
membrana bacteriana, no entanto, mesmo diante dessa diversidade de opções,
novos fármacos com ação potente são necessários para o enfrentamente da
atual conjuntura da resistência bacteriana. Além disso, esses antibióticos são
muito explorados pelo fato de que a membrana bacteriana difere de mamíferos,
não havendo dessa forma, danos a estrututa celular do hospedeiro (EPAND;
VOGEL, 1999; FJELL et al., 2012; ALVES; PEREIRA, 2014).
O lantibiótico nisina se liga fortemente ao lipídio II causando uma
irreparável permeabilização de membrana contendo o lipídeo II - sintetizado na
superfície interna da membrana citoplasmática (HSU et al., 2004; WIEDEMANN
et al., 2001). A enzima PagP está envolvida na síntese de lipopolissacarídeos e
sua inibição também resulta em uma estratégia para danificar a membraba
externa das bactérias Gram-negativas (BISHOP, 2005).
Sabe-se que a membrana externa de bactérias Gram-negativas é mais
permeável do que a membrana citoplasmática, e isso se deve a presença das
proteínas porinas que permitem a passagem de moléculas pequenas. Em
contrapartida, se houver remoção do Mg2+ da membrana externa, ocorre o
afrouxamento de sua estrutura, o que possibilita a passagem de moléculas
maiores e consigo efeito de toxicidade bacteriana (LAM; MA; HA, 2014).
Antimicrobianos peptídicos como a polimixina B possuem seletividade por
lipídeo A, onde se acumulam na membrana externa e em seguida penetram na
membrana interna até alcançar o citoplasma bacteriano (EPAND et al., 2016). A
respeito dessa classe de antibióticos, foi encontrado mutações nos sistemas
reguladores de componentes como PmrAB e PhoP/PhoQ e modificações dos
grupos fosfato do lipídeo A. Revelando dessa forma, que mesmo diante de um
caso raro, o mecanismo de resistência antibiótica para polimixina pode vir a
ocorrer (MILLER et al., 2011; FARIZANO et al., 2012; GUTU et al., 2013;
HARRIS et al., 2014).
A Daptomicina também é bastante empregada para o ataque da
membrana celular bacteriana. Sabe-se de duas ações importantes contra o
agente etiológico: formação de poros da membrana e geração da curvatura/ da
membrana que desenvolve instabilidade sobre as proteínas. Além destas, há
relatos de que daptomicina diminua o potencial de membrana, bem como
ocasione rearranjo drástico dos domínios lipídicos fuidos, compromentendo
dessa forma a fluidez geral da membrana. Sob esses efeitos, está o
deslocamento da lipoproteína sintase II associada à membrana MurG e da
fosfolipídeo sintase PlsX (MULLER et al., 2016).
A Daptomicina é um antibiótico lipopeptídeo com alto efeito terapêutico
contra bactérias Gram-positivas, como, Staphylococcus aureus resistente a
meticilina – MRSA. Sua prescrição é bastante explorada para infecções da pele
e endocardite. No entanto, este é a ultima escolha para tratamentos de bactérias
Gram-positivas multirresistentes (BALTZ; MIAO; WRIGLEY, 2005).
Este antibiótico interage com a membrana celular por meio de sua cauda
lipídica, que se acomoda entre as cadeias acílicas gordurosas da bicamada
lipídica – membrana (JUNG et al., 2004; STRAUS; HANCOCK, 2006). Ademais,
sabe-se que o mesmo possui carga negativa e que sua atividade é dependente
da presença de íons de Ca2+ os quais são responsáveis por estimular sua
oligomerização reduzindo assim carga negativa do peptídeo (BALL et al., 2004;
JUNG et al., 2004; ROTONDI; GIERASCH, 2005; SCOTT et al., 2007).
Dentre os antibióticos depsipeptídeos ciclicos, o mais estudado é a
telomicina devido sua alta potencialidade no cambate de bactérias Gram-
positivas. Estudos revelaram que semissintéticos deste fármaco apresentaram
uma lise bacteriana rápida e específica, incluindo estirpres de bactérias
multirresistentes (FU et al., 2015).
Um antibiótico recentemente descoberto foi a lisocina o qual mostrou ser
eficaz na bacterólise em cepas de Staphylococcus aureus. Além disso, este
antimicrobiano provou possuir maior grau de potência em comparação a outros
anbitióticos em uso há bastante tempo, como por ex., a vancomicina
(HAMAMOTO et al. 2015). Descobertas como esta levam a premissa de que há
possibilidades de se descobrir outros componentes que atuem contra a
membrana plasmática dos agentes etiológicos (EPAND et al., 2015).
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os antibióticos que atuam como inibidores da biossíntese da parede
celular bacteriana, como os glicopeptídeos, ainda são hoje em dia muito
utilizados no combate de infecções causadas por estirpes resistentes as
antibioticoterapias, destacando-se principalmente a vancomicina. Muitos
antibióticos agem como inibidores da membrana celular, o que torna a célula
bacteriana mais vulnerável a mecanismos tóxicos e à destruição.
Apesar das opções disponíveis de tratamentos antibióticos para difentes
grupos de bactérias, é necessário à continuidade dos esforços para descobrir
novos fármacos capazes de combater as bactérias multirresistentes, que é um
requisito prioritário exigido pelas demandas atuais dos serviços de assistência
em saúde.
REFERÊNCIAS
ALVES, D.; PEREIRA, M. O. Mini-review: Antimicrobial peptides and enzymes as promising candidates to functionalize biomaterial surfaces. The Journal of Bioadhesion and Biofilm Research. v. 30. n. 4. p. 483-499, 2014.
BALL, L. J. et al. NMR structure determination and calcium binding effects of lipopeptide antibiotic daptomycin. Organic & Biomolecular Chemistry. v. 2. n. 13. p. 1872-1878, 2004.
BALTZ, R. H.; MIAO, V.; WRIGLEY, S. K. Natural products to drugs: Daptomycin and related lipopeptide antibiotics. Natural Product Reports. v. 22. n. 6. . p. 717-741, 2005.
BARRETEAU, H. et al. Cytoplasmic steps of peptidoglycan biosynthesis. FEMS Microbiology reviews. v. 32. n. 2. p. 168-207, 2008.
BISHOP, R. E. O lipídio The lipid A palmitoyltransferase PagP: molecular mechanisms and role in acterial pathogenesis. Molecular Microbiology. v. 57. n. 4. p. 900-912, 2005.
BLUTER, M. S. et al.Glycopeptide antibiotics: back to the future. The Journal of Antibiotics. v. 67. n. 9. p. 631-644, 2014.
BLUTER, M. S.; BLASKOVICH, M. A.; COOPER, M. A. Antibiotics in the clinical pipeline at the end of 2015. The Journal of Antibiotics. v. 70. n. 1. p. 3-24, 2017.
BRANDISH, P. E. Modes of action of tunicamycin, liposidomycin B, and mureidomycin A: inhibition of phospho-N-acetylmuramyl-pentapeptide translocase from Escherichia coli. Antimicrobial Agents and Chemotherapy. v. 40. n. 7. p. 1640-1644, 1996.
BUSH, K. Overcoming β-lactam resistance in Gram-negative pathogens. Future Medicinal Chemistry. v. 8. n. 9. p. 921-924, 2016.
BUSH, K.; BRADFORD, P. A. β-Lactams and β-Lactamase inhibitors: An Overview. Cold Spring Harbor Perspectives in Medicine. v. 6. n. 8. p. 1-22, 2016.
BREM, J. et al. Structural basis of metallo-β-lactamase, serine-β-lactamase and penicillin-binding protein inhibition by cyclic boronates. Nature communications. v. 7. p. 1-8, 2016.
EPAND, R. M.; VOGEL, H. J. Diversity of antimicrobial peptides and their mechanisms of action. Biochimica et Biophysica Acta (BBA) – Biomembranes. v. 1412. n. 1-2. p. 11-28, 1999.
FARIZANO, J. V. et al. The PmrAB System-inducing Conditions Control Both Lipid A Remodeling and O-antigen Length Distribution, Influencing the Salmonella Typhimurium-Host Interactions. Journal of Biological Chemistry. v. 287. n. 46. p. 38778-38789, 2012.
FJELL, C. D. et al. Designing antimicrobial peptides: form follows function. Nature reviews. v. 11. p. 37-51, 2012.
FU, C. et al. Biosynthetic Studies of Telomycin Reveal New Lipopeptides with Enhanced Activity. Journal of the American Chemical Society. v. 137. n. 24. p. 7692-7705, 2015.
GUTU, A. D. Polymyxin Resistance of Pseudomonas aeruginosa phoQ Mutants Is Dependent on Additional Two-Component Regulatory Systems. Antimicrobial Agents and Chemotherapy. v. 57. n. 5. p. 2204-2215, 2013.
JUNG, D. et al. Structural transitions as determinants of the action of the calcium-dependent antibiotic daptomycin. Chemistry & Biology. v. 11. n. 7. p. 949-957, 2004.
HAMAMOTO, H. Lysocin E is a new antibiotic that targets menaquinone in the bacterial membrane. Nature Chemical Biology. v. 11. n. 2. p. 127-133, 2015.
HARRIS, T. L. et al. Small Molecule Downregulation of PmrAB Reverses Lipid A Modification and Breaks Colistin Resistance. ACS Chemical Biology. v. 9. n. 1. p. 122-127, 2014.
HRAST, M. et al. Inhibitors of the peptidoglycan biosynthesis enzymes MurA-F. Bioorganic chemistry. v. 55. n. 1. p. 2-15, 2014.
HSU, S. T. D. et al. The nisin–lipid II complex reveals a pyrophosphate cage that provides a blueprint for novel antibiotics. Nature Structural & Molecular Biology. v. 11. p. 963-967, 2004.
IBRAHIM, E. H. The influence of inadequate antimicrobial treatment of bloodstream infections on patient outcomes in the ICU setting. Chest. v. 118. n. 1. p. 146-155, 2000.
KAHAN, F. M. The mechanism of action of fosfomycin (phosphonomycin). Annals of the New York Academy of Sciences. v. 235. p. 364-386, 1974.
KOLLEF, M. H. et al. Inadequate antimicrobial treatment of infections: a risk factor for hospital mortality among critically ill patients. Chest. v. 115. n. 2. p. 462-474, 1999.
KONG, K. F.; SCHNEPER, L.; MATHEE, K. Beta-lactam antibiotics: from antibiosis to resistance and bacteriology. Acta Pattologica, Microbiologica, et Imunologica Scandinava. v. 118. n. 1. p. 1-36, 2010.
LAM, N. H.; MA, Z.; HA, B. Y. Electrostatic modification of the lipopolysaccharide layer: competing effects of divalent cations and polycationic or polyanionic molecules. Soft Matter. v. 10. n. 38. p. 7528-7544, 2014.
LEEKHA, S.; TERRELL, C. L.; EDSON, R. S. General Principles of Antimicrobial Therapy. Mayo Clinic Proceeding. v. 86. n 2. p. 156-167, 2011.
MILLER, A. K. et al. PhoQ Mutations Promote Lipid A Modification and Polymyxin Resistance of Pseudomonas aeruginosa Found in Colistin-Treated Cystic Fibrosis Patients. Antimicrobial Agentes and Chemoterapy. v. 55. n. 12. p. 5761-5769, 2011.
MULLER, A. Daptomycin inhibits cell envelope synthesis by interfering with fluid membrane microdomains. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America. v. 113. n. 45. p. 7077-7086, 2016.
PROSSER, G. A.; CARVALHO, L P. Kinetic mechanism and inhibiton of Mycobacterium tuberculosis D-Alanine ligase by the antibiotic D-cycloserine. The FEBS Journal. v. 280. n. 4. p. 1150-1166, 2013.
O’Neill, J. et al. and The Review on Antimicrobial Resistance (2016). Tackling Drug-Resistant Infections Globally: Final Report and Recommendations. Available: at: http://amr-review.org/sites/default/files/160518_Final%20paper_with%20cover.pdf
REARDON, S. US vows to combat antibiotic resistance. Nature. v. 513. p. 471, 2014.
REYNOLDS, P. E. Structure, biochemistry and mechanism of action of glycopeptide antibiotics. European Journal of Clinical Microbiology & Infectious Diseases. v. 8. n. 11. p. 943-950, 1989.
ROTONDI, K. S.; GIERASCH, L. M. A well-defined amphipathic conformation for the calcium-free cyclic lipopeptide antibiotic, daptomycin, in aqueous solution. Biopolymers. v. 80. n. 2-3. p. 374-385, 2005.
SCOTT, W. R. NMR structural studies of the antibiotic lipopeptide daptomycin in DHPC micelles. Biochimica et Biphysica acta. v. 1768. n. 12. p. 3116-3126, 2007.
SARKAR, P. Et al. A review on cell wall synthesis inhibitors with an emphasis on glycopeptide antibiotics. Med Chem Comm. v. 8. n. 3. p. 516-533, 2017.
STRAUS; S. K.; HANCOCK, R. E. Mode of action of the new antibiotic for Gram-positive pathogens daptomycin: comparison with cationic antimicrobial peptides and lipopeptides. Biochimica et Biophysica Acta. v. 1758. n. 9. p. 1215-1223, 2006.
WIEDEMANN, I. et al. Specific Binding of Nisin to the Peptidoglycan Precursor Lipid II Combines Pore Formation and Inhibition of Cell Wall Biosynthesis for Potent Antibiotic Activity. The Journal of Biological Chemistry. v. 276. p. 1772-1779, 2001.
ZHANEL, G. G. New lipoglycopeptides: a comparative review of dalbavancin, oritavancin and telavancin. Drugs. v. 70. n. 7. p. 859-886, 2010.