anne císera entrevista retp

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  • 7/25/2019 Anne Csera Entrevista RETP

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE EDUCAO

    PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DA EDUCAO BSICAPBLICA

    CURSO DE ESPECIALIZAO EM COORDENAO PEDAGGICA CECOP 3

    ANNE CSERA TEIXEIRA DE SANTANA

    ENTREVISTA

    CAETIT2015

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    ANNE CSERA TEIXEIRA DE SANTANA

    ENTREVISTA

    Atividade final apresentada ao Programa NacionalEscola de Gestores da Educa!o "#sica P$%lica&'aculdade de Educa!o& (niversidade 'ederal da"a)ia& como re*uisito parcial para a aprova!o nocomponente curricular +ealidade Escolar e Tra%al)oPedag,gico& do Curso de Especiali-a!o emCoordena!o Pedag,gica& Cecop ./

    Professor Carlos agner da / 3atos

    CAETIT2015

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIAFACULDADE DE EDUCAO

    PROGRAMA NACIONAL ESCOLA DE GESTORES DAEDUCAO BSICA PBLICA

    CURSO DE ESPECIALIZAO EM COORDENAO PEDAGGICA CECOP 3

    As atribuies do(a) Coordenador(a) Pedaggico(a) na educao

    bsica

    A presena de um coordenador pedaggico consciente de seu papel,

    da importncia de sua formao continuada e da equipe docente, alm de

    manter a parceria entre pais, alunos, professores e direo

    extremamente importante no interior dos espaos escolares.

    Para tanto, cabe ao coordenador pedaggico acompanhar e avaliar o

    ensino e o processo de aprendiagem, bem como os resultados do

    desempenho dos alunos! atuar no sentido de tornar as a"es de

    coordenao pedaggica espao coletivo de construo permanente da

    pr#tica docente! assumir o trabalho de formao continuada, a partir dodiagnstico dos saberes dos professores para garantir situa"es de estudo

    e de re$exo sobre a pr#tica pedaggica, estimulando os professores a

    investirem em seu desenvolvimento pro%ssional! assegurar a participao

    ativa de todos os professores do segmento&n'vel ob(eto da coordenao,

    garantindo a realiao de um trabalho produtivo e integrador! organiar e

    selecionar materiais adequados )s diferentes situa"es de ensino e de

    aprendiagem! conhecer os recentes referenciais tericos relativos aosprocessos de ensino e aprendiagem, para orientar os professores!

    divulgar pr#ticas inovadoras, incentivando o uso dos recursos tecnolgicos

    dispon'veis. Pois, segundo Almeida *+-, cabe ao coordenador /

    acompanhar o pro(eto pedaggico, formar professores, partilhar suas

    a"es, tambm importante que compreenda as reais rela"es dessa

    posio0.

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    As atribuies do(a) Coordenador(a) Pedaggico(a), que considero

    mais importante em minha vivncia prossiona!"

    Atualmente, ser educador exige muito mais do que ter somente

    conhecimento sobre sua #rea espec'%ca. 1 preciso alm do dom'nio

    terico de conte2do saber estimular o gosto pelo aprender, motivar seus

    alunos na construo do conhecimento e potencialiar compet3ncias em

    meios )s novas tecnologias existentes. Assim, considero a formao

    continuada dos docentes uma ao inerente e imprescind'vel ao trabalho

    do coordenador pedaggico.

    4a coordenao da 5ducao 6ovens e Adultos * 56A na qual atuo,

    torna7se necess#rio um trabalho mais sistem#tico de formao continuada

    com os educadores que atuam nessa modalidade, pois o trabalho

    pedaggico dos mesmos deve levar em conta os saberes que os

    educandos da 56A (# tem, faendo7os reconhecer estes m2ltiplos saberes,

    sua validade para a vida e seus limites. 8empre necess#rio enfatiar

    (unto aos docentes que em qualquer pr#tica educativa em 56A vital que

    os educadores e educandos se reconheam enquanto su(eitos portadores

    e produtores de cultura, de saberes. Portanto, para mim enquanto

    coordenadora pedaggica a quebra de paradigmas tradicionais se fa

    necess#rio nesse novo cen#rio educacional, e somente com a formao

    continuada (unto aos pro%ssionais da educao que alcanamos 3xito.

    A minha atuao nas #nstituies de ensino nas quais traba!ho

    enquanto Coordenador(a) Pedaggico(a)"

    8abe7se que dentro das in2meras mudanas que ocorrem na

    sociedade atual, a escola como instituio de ensino e de pr#ticas

    pedaggicas enfrenta muitos desa%os que comprometem a sua ao

    frente )s exig3ncias que surgem, por conseguinte, a questo do faer

    pedaggico tem sido bastante discutido pelos coordenadores e

    educadores preocupados, sens'veis e comprometidos com a promoo

    expressiva dos seus alunos, na perspectiva de favorecer o surgimento deatores aut9nomos, cr'ticos e criativos na sociedade local e globaliada.

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    Assim, os pro%ssionais, que nela trabalham, precisam ter uma formao

    cada ve mais ampla promovendo o desenvolvimento das capacidades

    desses su(eitos.

    : meu trabalho como ;oordenadora Pedaggica teve in'cio no ano

    de +

    respeite suas ideias, seus posicionamentos, suas leituras de mundo, seus

    sentimentos. : educador portanto, deve ser um agente de transformao

    social, comprometido tambm com os pro(etos de sociedade que esto

    sendo constru'dos.

    ?isando aprimorar tais a"es tenho desenvolvido nos encontros

    pedaggicos abordando diversos temas, palestras com pro%ssionais

    habilitados e experientes, o%cinas tericas e pr#ticas, trocas de

    experi3ncias atravs da #rvore da partilha, sempre criando um ambiente

    favor#vel ) troca de experi3ncias, trabalho em grupo, re$exo e di#logos

    com as problem#ticas presentes na educao de (ovens e adultos. @eacordo com 4voa, *++, p.+-, /o aprender cont'nuo essencial e se

    concentra em dois pilares> a prpria pessoa, como agente, e a escola,

    como lugar de crescimento pro%ssional permanente0. Partindo dessa

    premissa e com o intuito de oferecer cursos de formao favor#veis aos

    processos de ensino e aprendiagem e que ob(etivem sobretudo, a

    melhoria da qualidade de ensino no munic'pio de ;aetit.

    Portanto, procuro sempre estimular nos educadores a paixo por aprendere ensinar, agindo como facilitador e problematiador do papel docente,

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    primando pelas interven"es e encaminhamentos mais vi#veis ao

    processo ensino e aprendiagem.

    Assim, por acreditar que o coordenador pedaggico pea

    fundamental dentro do ambiente escolar e um forte elo entre direo,

    professor, alunos e pais, penso que devamos favorecer a construo de

    um ambiente democr#tico, participativo e principalmente motivador

    dentro da comunidade escolar.

    $s pressupostos tericos e a minha prtica pedaggica"

    : faer pedaggico deve estar atrelado, sempre, ao faer social.

    Assim, fa7se necess#rio que os pro%ssionais da educao apoiemno s na

    teoria vivenciada no contexto acad3mico, mas que saibam utili#7la de

    forma coerente e construtiva na sala de aula. ogo, o saber7faer do

    professor tem despertado o interesse de diversos estudiosos que tratam

    deste tema sob diferentes perspectivas como> a compet3ncia do professor

    e a integrao do conhecimento sub(acente do aluno *P5BB54:=@, ++!

    do professor re$exivo7cr'tico *8C:4, +! AAB;D:, +-! da proposta

    de educao libertadora e pr#tica pol'tica *EB5FB5,

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    estar preparado para mudanas e sempre pronto a motivar a sua equipe

    pedaggica.

    A in%uncia da rea!idade esco!ar sobre a minha atuao nas

    #nstituies de ensino"

    : coordenador pedaggico o suporte que gerencia, coordena e

    supervisiona todas as atividades relacionadas com o processo de ensino e

    aprendiagem visando sempre o sucesso e a perman3ncia do aluno nos

    espaos escolares. Para isto, fa7se necess#rio que o curr'culo escolar

    atenda as necessidades dos alunos em todas as suas especi%cidades, ou

    se(a, o curr'culo deve atender a individualidade do aluno, mas tambm

    deve estar atento )s necessidades do contexto social da escola. Assim,

    por trabalhar na educao de (ovens e adultos, os educandos dessa

    modalidade no munic'pio de ;aetit apresentam uma realidade escolar

    que requer um trabalho pedaggico que valorie suas potencialidades,

    que resgate a sua autoestima, que os prepare para o mercado de trabalho

    e que tenha um curr'culo prprio que contemple todos esses requisitos.

    @entro dessa premissa, a minha luta para que a realidade escolar desses

    educandos faa parte de todo o processo educativo constante. Menho (#

    colhido alguns frutos desse trabalho como> mudana na matri curricular

    da 56A, com a implementao de disciplinas de enriquecimento curricular

    como corporeidade e quali%cao pro%ssional! implantao de plant"es

    pedaggicos para garantir a aprendiagem! pro(etos liter#rios e culturais!

    o%cinas do trabalhador dentre outras a"es.Por %m, busco desenvolver sempre formao continuada visando

    proporcionar pr#ticas re$exivas da ao docente e que contribua com o

    desenvolvimento de caracter'sticas capaes de favorecer a pr#tica

    dialgica, cr'tica e potencialiadora dos saberes dos educandos da 56A.

    Pois, o saber no chega sem a procura, e os docentes precisam se

    conscientiar de que o faer pedaggico s tem e%ci3ncia quando

    mudamos nossa pr#tica educativa buscando atender as necessidadesreais e urgentes dos nossos alunos. Para Jabala *

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    nossa atividade pro%ssional, como todas as demais, passa pela an#lise do

    que faemos, de nossa pr#tica e do contraste com outras pr#ticas.

    $s desaos en&rentados pe!a Coordenao Pedaggica nas

    instituies de ensino nas quais atuo"

    A 5ducao de 6ovens e Adultos *56A um campo carregado de

    complexidades e desa%os que carece de de%ni"es, a"es e mudanas.

    @entre v#rios desa%os, a evaso escolar na 5ducao de 6ovens e Adultos

    considerada um dos maiores por ns educadores que atuamos nessa

    modalidade, pois ainda no temos conseguido garantir a perman3ncia dos

    alunos que se matriculam na 56A e diminuir os 'ndices de evaso.

    : re(uvenescimento da populao que frequenta a 5ducao de

    6ovens e Adultos um fato que vem progressivamente ocupando a

    ateno de educadores e pesquisadores na #rea da educao e

    considerado um grande desa%o pelos pro%ssionais da educao. Pois

    trabalhar com alunos com diferentes faixas et#rias e com diferentes

    expectativas e interesses socioculturais distintos dentro de um 2nico

    espao posto pelos docentes como um grande desa%o. Percebemos que

    o n2mero de (ovens e adolescentes nesta modalidade de ensino cresce a

    cada ano, modi%cando o cotidiano escolar e a ao docente. :utro fator

    relevante que a maioria dos educandos da 56A encontram7se

    desmotivados, desencantados com a escola, com histrico de repet3ncia e

    evaso escolar.:utro aspecto a ser considerado di respeito aos alunos com algum

    tipo de necessidade especial, o que exige atendimento adequado, tanto

    no que se refere ao material did#tico7pedaggico, quanto ) capacitao

    dos professores, o que de fundamental importncia e que ainda um

    grande desa%o tanto para os educadores quanto para ns coordenadores.

    Nuanto ao trabalho pedaggico para esta modalidade de ensino, deve ser

    motivador e espec'%co, levando em considerao o conhecimento demundo e a experi3ncia de vida dos alunos dessa modalidade. ;ontudo,

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    percebe7se que muitos docentes dos quais acompanho, ainda no

    realiam de fato um trabalho pedaggico que contemple estes requisitos,

    pois desenvolvem um trabalho com caracter'sticas do ensino regular, no

    respeitando as especi%cidades dos discentes da educao de (ovens e

    adultos.

    Assim necess#rio reavaliarmos a sistematiao da nossa

    5ducao de 6ovens e Adultos, para que possamos ganhar espao nas

    discuss"es e pr#ticas educativas. Ea7se necess#rio pensar nas

    particularidades que envolvem o trabalho com os alunos (ovens e adultos.

    ;onsiderando a dimenso, a importncia e as especi%cidades do trabalho

    na 5ducao de 6ovens e Adultos, imprescind'vel que os professores e

    demais trabalhadores nessa #rea tenham formao permanente e

    continuada garantida. 4este sentido, os educadores devem estabelecer

    uma maior interao com os interesses dos aprendies para manter um

    contato mais direto na relao professor7aluno, pois vivemos em uma

    poca globaliada em que o conhecimento se renova a cada dia, e, neste

    caso, devem estar dispostos a /aprender a aprender0. Portanto a

    garantida da formao continuada de forma no espor#dica ainda um

    desa%o para ns coordenadores pedaggicos e gestores municipais.

    'eitura(s) indicada(s) para os co!egas que tm a rea!idade esco!ar

    seme!hante a minha

    :s textos que sugiro para o aprimoramento terico dos colegas que

    atuam na #rea da coordenao pedaggica so> $ coordenador

    pedaggico e a questo dos saberesdos autores Harli 5lia @almao

    Afonso e Harili H. da 8ilva ?ieira! $ Coordenador Pedaggico na

    educao bsica desaos e perspectivas de autoria dePaulo Oomes

    ima e 8andra Hendes dos 8antos e 8antos e o artigo o que reve!am as

    pesquisas sobre a atuao do coordenador pedaggico dos autores

    eni Aparecida 8outo Hiiara, Bicardo Bibeiro e Oiovani Eerreira eerra.

    :s textos acima citados traem uma abordagem interessante sobreo verdadeiro papel&funo do coordenador pedaggico em sua Fnstituio

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    de 5nsino, os avanos e desa%os encontrados em sua atuao enquanto

    coordenador, bem como orienta"es para tornar mais e%ciente o trabalho

    pedaggico. :s textos propostos traem abordagens tericas

    important'ssimas para o processo ensino7 aprendiagem mediados pelo

    trabalho do coordenador pedaggico, textos esses que todos os

    pro%ssionais da #rea da 5ducao deveriam ter acesso e saborear a gama

    de conhecimentos traidos pelos mesmos.

    e&erncias

    AH5F@A, aurinda B., : relacionamento interpessoal na coordenao

    pedaggica. 8o Paulo> 5di"es oQola, +-.

    4:?:A, Ant9nio. Pro%sso Professor. +R 5d., Porto, Portugal, 5ditora Porto,

    +-.

    Begimento 5scolar, Artigo nR.