analise da aplicacao da engenharia de custos

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL DENISE CRISTINA DA ROCHA MOURA WILLIAM CONCOURD ORÇAMENTO ANÁLISE DA APLICAÇÃO DA ENGENHARIA DE CUSTOS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA EM BELÉM-PA BELÉM 2011

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  • UNIVERSIDADE DA AMAZNIA CENTRO DE CINCIAS EXATAS E TECNOLOGIA

    CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

    DENISE CRISTINA DA ROCHA MOURA

    WILLIAM CONCOURD

    ORAMENTO ANLISE DA APLICAO DA ENGENHARIA DE CUSTOS: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA EM BELM-PA

    BELM 2011

  • DENISE CRISTINA DA ROCHA MOURA

    WILLIAM CONCOURD

    .

    ORAMENTO ANLISE DA APLICAO DA ENGENHARIA DE CUSTOS ATRAVS DA

    COMPARAO ENTRE OS MTODOS PARAMTRICO E ANALTICO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado Coordenao do curso de Engenharia Civil do Centro de Cincias Exatas e Tecnologia da Universidade da Amaznia como requisito para a obteno do ttulo de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Dr. Andria Condur.

    BELM 2011

  • DENISE CRISTINA DA ROCHA MOURA

    WILLIAM CONCOURD

    .

    ORAMENTO ANLISE DA APLICAO DA ENGENHARIA DE CUSTOS ATRAVS DA

    COMPARAO ENTRE OS MTODOS PARAMTRICO E ANALTICO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado Coordenao do curso de Engenharia Civil do Centro de Cincias Exatas e Tecnologia da Universidade da Amaznia como requisito para a obteno do ttulo de Bacharel em Engenharia Civil.

    BANCA EXAMINADORA

    ________________________________________

    ANDRIA CONDUR. Prof. Dr. (Engenharia Civil Universidade da Amaznia UNAMA) (ORIENTADORA)

    ________________________________________

    PAULO MRCIO DA SILVA ARANHA. Prof. Mestre. (Engenharia Civil Universidade da Amaznia UNAMA)

    ________________________________________

    GUSTAVO DUARTE CARDOSO. Prof. Mestre (UEPA)

    Apresentado em: 07/12/2011.

    Conceito: ______________________

    BELM 2011

  • Dedico a Deus, criador do universo e pai eterno, por proporcionar vida em abundncia. A seu filho unignito (Jesus) por ter dado Sua vida pela humanidade e por ser o amigo de toda hora. Aos meus Pais, Raimundo Moura e Dilena Rocha, pela boa criao e educao empreendida, como tambm na essencial contribuio nos meus estudos. Ao meu marido Igor que me incentiva e apoia nesta jornada da vida acadmica. Ao meu querido filho Heitor que me d foras para cumprir com meus objetivos. As minhas amigas Juliana Barata, Danielle Fernandes e Fabola Campos por contriburem com bons momentos de distrao e entretenimento.

    Denise Cristina da Rocha Moura

  • Dedico em primeiro lugar a Deus nosso Pai Celestial por ter me dado tanta fora em cumprir mais uma etapa de minha vida. A minha esposa Nayara por ter me incentivado todos os dias e ter compreendido minha ausncia nas horas de meu estudo. A todos os meus filhos em especial ao Felipe in memria.

    William Concourd

  • AGRADECIMENTOS

    A Deus pelo dom da vida e por me conceder a oportunidade de realizar um sonho o de Engenheira. A Prof. Dr. Andria Condur por ter contribudo sobremaneira na elaborao deste trabalho cientfico.

    Ao meu querido marido Igor Pereira, pelo companheirismo e ajuda no trabalho. A minha esposa Nayara pelo incentivo no dia a dia.

    Ao meu amigo William pela co-participao monogrfica de concluso de curso. E a minha amiga Denise sempre companheira de equipe inclusive nesta participao monogrfica de concluso de curso.

    Aos meus colegas de classe pela boa convivncia e pelos momentos divertidos em sala de aula nestes anos (Denise). Aos meus amigos e colegas de classe que sempre me respeitaram sem discriminao por ser o vov entre eles.

  • LISTA DE TABELAS

    TABELA 1: Modelo da tabela CUB Projeto-Padro Residencial. 24 TABELA 2: Modelo da tabela CUB Projeto- Padro COMERCIAIS. 24 TABELA 3: Modelo da tabela CUB Projeto- Padro GALPO

    INDUSTRIAL e RESIDNCIA POPULAR. 24

    TABELA 4: Coeficientes para determinao da rea equivalente. 26 TABELA 5: Modelo de planilha de custo Analtico. 27

    TABELA 6: Exemplo de alguns elementos de natureza diversa. 33

    TABELA 7: Classificao dos materiais. 34

    TABELA 8: Encargos Sociais e Trabalhistas - Horistas. 36

    TABELA 9: Encargos complementares e total dos encargos sociais - Horistas.

    37

    TABELA 10: Encargos Sociais e Trabalhistas - Mensalista. 38

    TABELA 11: Encargos complementares e total dos encargos sociais - Mensalistas.

    38

    TABELA 12: Memria de clculo de jornada de trabalho Horista. 39 TABELA 13: Memria de clculo de ano trabalhado Mensalista. 40

    TABELA 14: Distribuio dos pavimentos por ambiente. 44

    TABELA 15: Resumo dos clculos do oramento paramtrico. 47

    TABELA 16: Salrio base dos trabalhadores (h/h). 48 TABELA 17: Salrio base dos trabalhadores (h/h), aplicado pela empresa. 48 TABELA 18: Resumo dos clculos do oramento analtico. 49

    TABELA 19: Tabela comparativa entre o oramento paramtrico e o analtico.

    50

    TABELA 20: Comparao entre os percentuais dos oramentos paramtrico e analtico.

    51

  • LISTA DE FIGURAS

    Figura 1: Etapas de elaborao de um oramento segundo o autor LIMMER, mtodo da correlao simples.

    19

    Figura 2: Etapas de elaborao de um oramento segundo o autor LIMMER, mtodo da correlao mltipla.

    20

    Figura 3: Etapas de elaborao de um oramento segundo o autor GIAMMUSSO.

    21

    Figura 4: Exemplo de planilha de levantamento quantitativo. 35

  • LISTA DE GRFICOS

    GRFICO 1: Comparativo do Total Geral entre os dois oramentos 50 GRFICO 2: Variao entre os servios nos dois oramentos 52

  • LISTA DE ABREVIATURAS

    AC - Administrao Central

    BDI - Bonificao e Despesas Indiretas

    CUB Custo Unitrio Bsico

    CD - Custo Direto

    CI - Custo Indireto

    CF - Custo Financeiro

    COFINS - Contribuio para o Financiamento da Seguridade Social

    CPMF - Contribuio Provisria sobre Movimentao Finaceira

    FGTS - Fundo de Garantia sobre Tempo de Servio

    ISS Imposto Sobre Servio.

    INCC ndice Nacional de Custo da Construo Civil INCRA Instituto Nacional de Colonizao e Reforma Agrria

    INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

    PIS - Programa de Integrao Social

    QGBT Quadro Geral de Baixa Tenso

    SEBRAE - Servio de Apoio Pequena e Mdia Empresa

    SECONCI - Servio Social da Indstria da Construo e do Mobilirio

    SESI - Servio Social da Indstria.

    SENAI - Servio Nacional de Aprendizagem Industrial.

    TCPO Tabela de Composies de Preos para Oramentos

  • RESUMO

    A presente monografia tem por objetivo fazer uma anlise de controle de custos, por meio da utilizao de dois mtodos oramentrios, a saber, o paramtrico e o analtico. Buscou-se diagnosticar os mtodos tericos, para a partir de ento, compara-los analisando suas potencialidades em um estudo de caso oramentrio. Analisando uma das fases mais importantes para o incio de um empreendimento, que a fase de estimativa de custos e preparao do estudo de viabilidade econmica, posto que, costumeiramente as empresas pr- definem um coeficiente de custo ao projeto. E posteriormente, analisando a elaborao do oramento analtico verificando se houve alguma discrepncia de valores obtidos nos dois mtodos oramentrios. Com base em informaes de custo por metro quadrado (R$/m) operado pela empresa estimou-se o provvel lucro da mesma nesta edificao.

    PALAVRAS CHAVES: Oramento, Engenharia de Custo, Oramento Paramtrico, Oramento Analtico.

    ABSTRACT

    The present monograph aims to perform an analysis of cost control through the use of two methods of budgeting, which is, the parametric and analytical. We tried to diagnose the theoretical methods, so from then compare them by analyzing their potential in a case study in budget. Analyzing one of the most important stages to the beginning of a enterprise, which is the stage of cost estimate and preparation of economic feasibility study, considering the companies usually pre-set a coefficient of cost to the project. Then, analyzing the development of analytical budget, checking if there was any discrepancy in values obtained in both budget methods. Based on cost information per square meter (R$/m) operated by company, it was estimated its on that on that building.

    KEY-WORDS: Budget, Cost Engineering, Parametric Budget, Budget Analytical.

  • SUMRIO

    INTRODUO 13 1.1 TEMA EM ESTUDO 13 1.2 JUSTIFICATIVA 14 1.3 OBJETIVOS 14 Geral 14 Especficos 15

    2 REVISO BIBLIOGRFICA 16 2.1 ENGENHARIA DE CUSTO 16 2.2 ORAMENTO 17 2.3 MTODO DE ORAMENTAO 18 2.3.1 Segundo Limmer 19 2.3.2 Segundo Giammusso 20 2.3.3 Paramtrico 22 2.3.3.1 CUB Custo unitrio bsico 22 2.3.3.2 rea equivalente 25 2.3.4 Analtico 26

    2.4 ELABORAO DO ORAMENTO 28 2.4.1 Composio dos Custos 29

    2.4.1.1 Composio dos Custos Unitrios 29

    2.4.1.2 Custos Diretos 30

    2.4.1.3 Custos Indiretos 30

    2.4.1.4 Imprevistos e Contingncias 32 2.4.2 Levantamentos dos Quantitativos 32 2.4.3 Encargos Sociais 35 2.4.3.1 Memria de Clculo 39

    2.4.4 Custo do Homem Hora 40 2.4.5 Clculo do BDI para o Oramento 41 3 METODOLOGIA DA PESQUISA 43

  • 4 ESTUDO DE CASO 44 4.1DESCRIO DO EMPREENDIMENTO 44 4.2 DESCRIO DO ORAMENTO PARAMTRICO 46 4.3 DESCRIO DO ORAMENTO ANALTICO 47 4.4 ANLISE DOS RESULTADOS 49 5 CONSIDERAES FINAIS 54 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 56 ANEXO I Oramento paramtrico ANEXO II Oramento analtico ANEXO III Cronograma fsico-financeiro

  • 13

    CAPTULO 1 INTRODUO

    1.1 TEMA EM ESTUDO

    Tratar deste assunto implicou em observar a forma como as construtoras realizam est etapa importante da execuo de um empreendimento, que o oramento. Essa fase se mal elaborada ou realizada de maneira incompleta pode trazer prejuzo para quem utilizar este oramento, e desta forma no se consegue alcanar alguns dos seus objetivos, que de estabelecer metas oramentrias, quantificar materiais, quantificar servios e estabelecer parmetros mnimos e mximos para os custos do projeto.

    Um oramento bem detalhado traz algumas vantagens para o construtor, pois por meio dele se pode antecipar os custos necessrios para construir uma edificao, possibilita verificar a viabilidade ou no de um projeto, fornece informaes importantes de auxlio ao gestor na fase de tomada de deciso, permite ao engenheiro prever e dimensionar as equipes que executaro um determinado servio e desta maneira calcular a produtividade da mesma, controla os materiais e preos de produtos a serem utilizados, serve como elo entre servios e custos, e em funo do oramento se consegue fazer o controle fsico- financeiro da obra.

    E sem sombra de dvidas, faz com que o gestor busque otimizar todo esse processo de estimar custos do empreendimento, diminuindo sobremaneira os problemas e frustraes advindos da execuo de uma obra, e consequentemente ao final deste processo, alcanar o principal objetivo das construtoras que o lucro.

    por estas razes que as construtoras atualmente buscam cada vez mais utilizar um oramento detalhado como ferramenta de auxlio na gesto e controle de seus empreendimentos.

  • 14

    1.2 JUSTIFICATIVA

    Tendo em vista a importncia dos procedimentos de preparao e escolha de um mtodo oramentrio, e quo escasso o tempo no mundo globalizado, algumas empresas utilizam como base para os seus clculos dados de padres construtivos prprios para compor seus oramentos e em suas anlises de viabilidade econmica. Sendo assim, este oramento pode mostrar valores fora da realidade de mercado, e/ou originar a diminuio nas margens de lucro, e/ou at a perda da competitividade no campo imobilirio.

    Partindo do princpio de que um mal oramento pode ser desfavorvel no desempenho executivo de um projeto/obra levando a resultados desfavorveis e at desastrosos a uma empresa, um bom oramento imprescindvel para o sucesso de um projeto, pois trs consigo vrios fatores que elevam sua segurana e confiabilidade, sem deixar de observar as transformaes do mercado, onde h necessidade rpida, eficiente e confivel.

    Um oramento analtico ou detalhado muda completamente a tica do empreendedor, pois este mtodo de oramento pode fornecer dados confiveis, em tempo hbil para o construtor, pois se utiliza clculos e estimativas seguras, compatveis com o mercado.

    Desta forma, o oramento analtico ou detalhado tornou-se ferramenta fundamental para quantificar e medir servios, estimar com garantia o valor de um empreendimento e, em alguns casos, pode ser utilizado como instrumento de cobrana de servios no executados ou mal feitos.

    Visando minimizar as disparidades com custos previstos, verificar a viabilidade econmica de um projeto e custos finais de um empreendimento, o presente trabalho pretende analisar a forma com que a WC Construes e Incorporaes Ltda, elabora os oramentos de suas obras, e comparar os mtodos oramentrios paramtrico e analtico da obra Concourd One desta construtora.

    1.3 OBJETIVOS

    Geral

    Analisar a metodologia oramentria empregada pela WC Construes e Incorporaes Ltda, e confrontar os oramentos paramtrico e o analtico.

  • 15

    Especficos

    Identificar mtodos tericos oramentrios; Comparar os tipos de oramentos paramtrico e analtico; Elaborar um estudo de caso oramentrio;

  • 16

    CAPTULO 2 REVISO BIBLIOGRFICA

    CONCEITOS BSICOS

    Neste captulo sero apresentados referenciais tericos sobre custos, oramentos e caractersticas essenciais para a composio deste projeto. Inicialmente, abordar-se- as definies de Engenharia de Custos, Oramentos e as principais caractersticas de um oramento.

    2.1 ENGENHARIA DE CUSTO

    O conhecimento sobre engenharia de custos e oramento na construo civil compe uma parte muito importante da engenharia, por esse fator, notou-se a necessidade de se aprofundar os estudos nesta rea.

    Engenharia de custos caracteriza-se por preceitos e tcnicas cientficas para solucionar o problema de estimar, regular os custos e lucratividade em um campo da engenharia. (AACE American Association of Cost Enginnering apud CARDOSO, 2009).

    A engenharia de custo considerada o ramo da engenharia que estuda os mtodos de projeo, apropriao e controle dos recursos monetrios necessrios realizao dos servios que constituem uma obra ou projeto, de acordo com um plano de execuo previamente estabelecido. (DIAS, 2010, p. 15).

    A Engenharia de custos aborda ainda as: Anlise da viabilidade econmico-financeira que significa o balano

    entre os custos e as receitas mensais e fornece uma previso da situao financeira da obra ao longo dos meses. (MATTOS, 2006 p. 32)

  • 17

    Estudo de pr-investimento tem como finalidade fundamentar polticas de investimento e gesto e/ou determinar a visibilidade de projetos individuais, onde se incluem: planos diretores e setoriais de desenvolvimento urbano, rural e regional e outras atividades de planejamento, como tambm estudos de mercado e de localizao, viabilidade tcnica, econmica e financeira, estudos de impactos ambientais e sociais, estudos institucionais e atividades assemelhadas. (TISAKA, 2006 p. 143)

    Planejamento das construes consiste na organizao para a execuo, que inclui o oramento e a programao da obra. (GONZLEZ, 2008 p. 6). Ou pode ser o processo de tomada de deciso que envolve o estabelecimento de metas e dos procedimentos necessrios para atingi-las, sendo efetivo quando seguido de um controle. (FORMOSO, 1991 apud SANTOS p. 2).

    Controle de custos permite identificar possveis fontes de erro na composio do oramento original, e gerando uma histria para a empresa, til para futuras estimativas. (MATTOS, 2006 p. 62)

    2.2 ORAMENTO

    Definir oramento algo bastante difcil e tem sido alvo de vrias discusses entre especialistas no assunto, por essa razo, o oramento foi - e continua sendo uma previso de custo que dispe de mltiplas interpretaes de especialistas da rea, mas sempre com o foco de que no se pode afirmar ou determinar a exatido do custo, entretanto observando que a probabilidade de certeza seja o mais prximo de 100%.

    Se h interesse em obter uma estimativa rpida ou baseada apenas na concepo inicial da obra ou em um anteprojeto, o tipo mais indicado o paramtrico (GANZALEZ, 2008 p. 9).

    O oramento discriminado mais preciso, mas exige uma quantidade bem maior de informaes. s vezes, durante o desenvolvimento do projeto, interessante realizar a estimativa de forma cuidadosa ao menos nas partes que j foram definidas. Para as demais, pode se aplicar estimativas baseadas em percentuais mdios de obras anteriores (GANZALEZ, 2008 p. 9).

    Para os autores Avila, et al., (2003 p. 2) o oramento pode ser definido da seguinte forma: como unidades fsicas e valores monetrios expressos em quantidades.

  • 18

    Para Martins, 1998, apud Cardoso, 2009 p. 15, O oramento define-se como o detalhamento dos custos de um.

    O conceito de oramento pode ser considerado como a relao entre coordenao, controle e valores, para determinar a tomada de deciso em uma organizao (HORNGREN, 1986 apud DOMINGUES, 2002 p. 15).

    Oramento pode ser visto como a discriminao de todos os servios e materiais necessrios convertidos em quantidades e valores financeiros, para executar uma obra (LOSSO, 1995 apud DOMINGUES, 2002).

    J Limmer entende oramento como:

    A determinao dos gastos necessrios para a realizao de um projeto, de acordo com um plano de execuo previamente estabelecido, gastos esses traduzidos em termos quantitativos (LIMMER, 1997, p. 86).

    Algo que se observou dentre os estudos realizados para executar este trabalho, que pode se quantificar diferentes unidades referenciais, como servios ou materiais, para valores monetrios na composio de um oramento e este caracteriza-se como objeto principal que compe um gerenciamento da construo de um empreendimento (GALVO, 1990 apud DOMINGUES, 2002 p. 58).

    Faz se necessrio ressaltar que a elaborao de um oramento envolve o conhecimento e estimativa de uma srie de custos e fatores que podem no estar vinculados diretamente com a obra, pois dizem respeito administrao da empresa, o capital de giro da mesma, s taxas de juros do mercado, at falta de profissional especializado e, principalmente evoluo do mercado imobilirio da regio.

    2.3 MTODOS DE ORAMENTAO

    Neste trabalho, dar-se- nfase aos mtodos Paramtrico e Analtico, mas para obter um bom entendimento sobre o assunto, faz-se necessrio apresentar preliminarmente outros mtodos de forma sucinta. Estes mtodos do uma rpida estimativa de custos ao oramentista.

    Os oramentos podem variar em funo da sua pretensa finalidade e do nvel de evoluo ou detalhamento disponvel dos projetos, que servem de subsdio tcnico sua elaborao. (CARDOSO, 2009, p. 198).

  • 19

    2.3.1 Segundo Limmer

    Existem duas maneiras de elaborar este modelo que um pouco mais complexo na execuo das suas etapas de composio do oramento.

    A primeira a da correlao simples:

    produtos semelhantes e de um mesmo tipo, porm com dimenses diferentes, tem cada um custo proporcional a sua dimenso caracterstica, que pode ser considerada como uma varivel livre ou de caracterstica. Onde ser determinada uma varivel , que dever variar entre 0,60 a 0,95 (LIMMER, 1997, p. 90).

    Basta associar o custo a uma obra ou servio j executado anteriormente necessariamente semelhante -, criando assim um fator de correlao entre eles, conforme a Figura 1.

    Figura 1: Etapas de elaborao de um oramento segundo LIMMER, mtodo da correlao simples - extrado e adaptado de Domingos, M. A

    A segunda a da correlao mltipla:

    o projeto decomposto em partes, de modo que o seu custo total, seja a soma do custo de cada uma das partes em que estiver sido desdobrado (LIMMER, 1997, p. 90).

    Ento neste processo faz se a somatria de todos os custos baseados na correlao simples, mas somente em cima dos servios, conforme Figura 2.

  • 20

    Figura 2: Etapas de elaborao de um oramento segundo LIMMER, mtodo da correlao mltipla - extrado e adaptado de Domingos, M. A

    Neste modelo de oramento existe alguns fatores que levam o oramentista a se decidir por ele, que se trata de deficincia nos projetos, mo de obra no especializada, execuo de vrias atividades e sucessivas alteraes de preos de insumo. (DOMINGUES, 2002, p. 65).

    2.3.2 Segundo Giammusso

    Este modelo j mais elaborado que o anterior, pois baseado em trs condicionais que so o projeto, especificaes e normas (Figura 3), atravs destas anlises de projeto se definem a quantidade dos servios e natureza dos servios, e das especificaes, extra-se o insumo. (DOMINGUES, 2002 p. 63).

  • 21

    Figura 3: Etapas de elaborao de um oramento segundo o autor GIAMMUSSO - extrado e adaptado de Domingos, M. A

    Os insumos "especificados" possibilitam a sua quantificao, bem como a sua cotao e a determinao dos encargos neles incidentes. Desta associao, obtm-se o preo unitrio do servio, que associado sua quantificao, resultar no custo do servio. (DOMINGUES, 2002 p. 63).

    O custo direto origina-se a partir da somatria dos diversos custos de servios. As despesas administrativas locais, despesas administrativas centrais, os encargos financeiros e o custo de comercializao determinam o Custo Indireto. Ao agrupamento destes custos indiretos, acrescidos do lucro, denominou BDI1. O BDI juntamente com os Custos Diretos tornam-se os responsveis pela determinao do Preo Final. (DOMINGUES, 2002 p. 63).

    1 BDI - D-se a designao de Benefcios (ou Bonificao) e Despesas Indiretas (BDI) ao quociente

    da diviso do custo indireto - acrescido do lucro - pelo custo direto da obra (MATTOS, 2006, p. 234).

  • 22

    2.3.3 Paramtrico

    Desde o incio de um empreendimento temos necessidade de estabelecer estimativas de custo mesmo sem ter os projetos arquitetnico, estrutural e instalaes, em geral.

    O mtodo de estimativa paramtrica encontra grande utilidade porque consiste em clculos de um ou mais algoritmos matemticos que relacionam dados tcnicos, e parmetros de obra e depende muito da experincia profissional, pois muitas suposies so estabelecidas na sua formulao. (CARDOSO, 2009, p. 218).

    Esse mtodo no prev qualquer tipo de contingncia, cabe ao engenheiro oramentista faz-lo a parte como complemento, por meio das tcnicas de anlise de risco.

    Esse tipo de oramento paramtrico baseia-se essencialmente na determinao de constantes de consumo de materiais e mo-de-obra por unidade de servio. (FORMOSO et al. , 1986, apud DOMINGUES, 2002).

    Resulta da decomposio da obra nos seus diversos servios, tendo suas quantidades determinadas e associadas ao custo unitrio de execuo, dependendo da preciso e da qualidade das informaes extradas do projeto e das constantes utilizadas. Sua preciso de aproximadamente 15%. (HEINECK, 1995 apud DOMINGUES, 2002).

    uma estimativa de custo inicial, estimada com base na concepo bsica da obra em funo de coeficientes por rea construda (GONZALEZ, 2007 apud BERWANGER, 2008 p. 15)

    2.3.3.1 CUB Custo unitrio bsico

    Foi criado em dezembro 1964, atravs da Lei Federal 4.591, a partir do qual o mercado imobilirio nacional passou a contar com um importante instrumento para as suas atividades. Criado inicialmente para servir como parmetro na determinao dos custos dos imveis, o CUB/m foi, ao longo dos anos, conquistando o carter de indicador de custo setorial, reflexo da sua seriedade, comprovada tecnicamente atravs da evoluo normativa que o acompanha. (SINDUSCON- MG, 2007 p. 13).

  • 23

    O CUB o resultado da mediana de cada insumo representativo coletado junto s construtoras, multiplicada pelo peso que lhe atribudo de acordo com o padro calculado (MATTOS, 2006 p. 35).

    Atualmente, a Norma Brasileira que estabelece a metodologia de clculo do CUB/m a ABNT NBR 12721:2006, portanto, este o arcabouo tcnico do CUB/m. (Sinduscon- MG, 2007 p. 16).

    os custos esto divididos de acordo com a unidade autnoma (tipo de construo e nmero de quartos), nmero de pavimentos e padro de acabamento (MATTOS, 2006 p. 35).

    Deve-se ficar atento que o CUB/m somente uma estimativa parcial do custo da obra e no global, pois no esto inclusos diversos tipos de servios, - como, por exemplo: infraestrutura, fundaes, tirantes, rebaixamento do lenol fretico, elevadores, equipamentos, instalaes, obras e servios complementares como urbanizao, piscina, quadra de esporte, jardim, projetos em geral, instalao e regulamentao dos condomnios, taxas e emolumentos cartoriais, remunerao do construtor e do incorporador, etc. (BERWANGER, 2008 p. 17)

    Caso os projetos no estejam completos o custo total da obra poder ser estimado atravs da rea ou volume construdo relacionado com um ndice padronizado para cada tipo de construo, o comumente utilizado o CUB2, ou outro ndice que pode ser utilizado o SINAPI (Caixa), os indicadores da Fundao Getlio Vargas e os custos mdios publicados pela editora PINI (GONZALEZ, 2008, p. 10).

    Os coeficientes de cada tipo de obra podem ser verificados e extrados da NBR 12721/2006 e do coeficiente de ajuste de preo, ou seja, do INCC ndice Nacional da Construo Civil, que publicado mensalmente pela FGV Fundao Getulio Vargas, tendo como base o CUB/m BRASIL, que caracteriza-se como a media dos CUBs de todos Estados participativos da Construo Civil.

    A seguir, sero apresentados os modelos de tabela CUB Custo Unitrio Bsico de construo -, de acordo com a norma NBR 12.721/2006.

    2 Custo Unitrio Bsico da Construo Civil (CUB) representa o custo da construo, por m, de cada um dos padres de imvel estabelecidos (MATTOS, 2006 p. 35).

  • 24

    TABELA 1: Modelo da tabela CUB Projeto-Padro Residencial. PADRO BAIXO PADRO NORMAL PADRO ALTO R-1 885,8 R-1 1.037,14 R-1 1.304,39

    PP-4 846,06 PP-4 982,26 R-8 1.070,17 R-8 810,35 R-8 874,09 R-16 1.129,28 PIS 594,98 R-16 846,92

    Fonte: SINDUCON-PA, 2011.

    TABELA 2: Modelo da tabela CUB Projeto-Padro COMERCIAIS CAL (Comercial Andares Livres) e CSL (Comercial Salas e Lojas).

    PADRO NORMAL PADRO ALTO

    CAL-8 1.012,15 CAL-8 1.085,42

    CSL-8 876,04 CSL-8 955,1

    CSL-16 1.169,77 CSL-16 1.273,87 Fonte: SINDUCON-PA, 2011.

    TABELA 3: Modelo da tabela CUB Projeto-Padro GALPO INDUSTRIAL (GI) e RESIDNCIA POPULAR (RP1Q)

    RP1Q 882,23

    GI 513,86

    Fonte: SINDUCON-PA, 2011.

    A NBR 12721/06 fornece apenas as quantidades de insumo, por metro quadrado de construo, esses dados so derivados das relaes completas de materiais e mo-de-obra, e cabe ao Sindicato da Construo Civil a coleta de preo junto s construtoras e fornecedores de materiais onde se faz necessria uma anlise estatstica dos dados para relacionar com o preo do insumo contido na lista da norma. O valor da mo-de-obra o percentual relativo aos encargos sociais e benefcios, ao qual deve-se, incluir todos os encargos trabalhistas e previdencirios, direitos sociais e obrigaes, inclusive acordo coletivo dos sindicatos (BERWANGER, 2008 p. 17).

  • 25

    2.3.3.2 rea equivalente

    Para calcular o custo unitrio bsico, os avaliadores devero saber calcular a rea equivalente de construo, que so coeficientes utilizados para calcular partes da edificao cujo custo de execuo so diferentes daquele padro usado como base de clculo. A rea equivalente encontrada por meio da multiplicao das reas reais construdas, pelos seus coeficientes de homogeneizao (ROCHA, 2008 apud BERWANGER, 2008 p. 19)

    A norma cria critrios de caracterizao sobre rea em um edifcio que so de importante classificao: (NBR 12721:2005, p. 3).

    rea real do pavimento; rea real privativa da unidade autnoma; rea real de uso comum; rea coberta; rea descoberta; rea equivalente.

    Vale ressaltar que a NBR 12721/06 determina procedimentos a serem adotados para o clculo de determinao das reas anteriormente citadas, e para melhor entendimento deste procedimento ser mostrado o conceito de rea equivalente, que ser utilizado no oramento paramtrico do estudo de caso.

    rea virtual cujo custo de construo equivalente ao custo da respectiva rea real, utilizada quando este custo diferente do custo unitrio bsico da construo adotado como referncia. Pode ser, conforme o caso, maior ou menor que a rea real correspondente. (NBR 12721:2005, p. 7).

    A NBR 12721/06, sugere valores para alguns desses coeficientes que podem ser aplicados em diversos tipos de reas na edificao, podendo ser adotado diretamente ou por similaridade. Abaixo segue a Tabela 4 com os coeficientes contidos na referida norma (BERWANGER, 2008 p. 19).

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    TABELA 4: Coeficientes para determinao da rea equivalente. COEFICIENTES MDIOS PARA DETERMINAR A REA EQUIVALENTE DE

    CONSTRUO

    Garagem (subsolo) 0,50 a 0,75 rea privativa (unidade autnoma padro) 1,00 rea privativa salas com acabamento 1,00 rea privativa salas sem acabamento 0,75 a 0,90 rea de loja sem acabamento 0,40 a 0,60 Varandas 0,75 a 1,00

    Terraos ou reas descobertas sobre lajes 0,30 a 0,60 Estacionamento sobre terreno 0,05 a 0,10

    rea de projeo do terreno sem benfeitoria 0,00 rea de servio residncia unifamiliar padro baixo (aberta) 0,50 Barrilete 0,50 a 0,75

    Caixa dgua 0,50 a 0,75

    Casa de mquinas 0,50 a 0,75

    Piscinas, quintais, etc. 0,50 a 0,75 Fonte: NBR 12721/2005, p. 7.

    2.3.4 Analtico

    O seguinte autor MATTOS, 2006 conceitua oramento analtico como sendo uma composio de custos unitrios para cada servio da obra, levando em considerao quanto de mo-de-obra, material e equipamento gasto em sua execuo.

    O oramento analtico constitui a maneira mais detalhada e precisa de se prever o custo da obra. O mesmo efetuado a partir de composies de custos e cuidadosa pesquisa de preos dos insumos. Procura se chegar a um valor bem prximo do custo "real". (MATTOS, 2006 p. 42).

    J o outro autor AVILA, 2003 trata oramento analtico como a demonstrao do preo unitrio de cada servio a cumprir bem como o preo total a

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    ser cobrado do cliente. E indica que este oramento deve ser apresentado em planilhas e esta planilha pode ser composta dos seguintes elementos:

    1. Discriminao de todos os itens e subitens dos servios; 2. Unidades de servios; 3. Quantidades; 4. Preos unitrios de servios; 5. Preo parcial ou subtotal para cada subitem; 6. Preo do item ou subtotal de cada item; 7. Preo total do empreendimento sem o BDI isto o custo direto; 8. Preo total do empreendimento com BDI.

    O subtotal representa a multiplicao das quantidades pelos preos unitrios respectivos, de cada subitem, ou, quando se trata de servio expresso por verba, o valor da verba correspondente. O preo total ou o custo total a soma de todas as parcelas correspondente aos valores dos subtotais ou dos subitens para cada servio. (AVILA, 2003 p. 43)

    AVILA, 2003 recomenda evidenciar o valor do BDI nos oramentos, pois caso haja a quebra de contrato por parte do cliente, o valor do BDI bem como o valor dos servios j prestados pode ser cobrado segundo especificado no cdigo civil. Igualmente, no se deve esquecer que no valor do BDI esto includos os custos de administrao da obra e empresa, despesas financeiras e de risco, impostos e taxas a serem recolhidos pela empresa, bem com o lucro estimado, abaixo um exemplo de planilha.

    TABELA 5: Modelo de planilha de custo Analtico.

    ITEM UN QTDE PREO UNITRIO PREO TOTAL

    1. SERVIOS PRELIMINARES 2.913,13 1.1 Abrigo provisrio M2 12,00 130,19 1.562,26

    1.2 Ligao provisria de Energia Vb 1,00 169,78 169,78

    1.3 Instalao provisria de agua Vb 1,00 447,09 447,09

    1.4 Tapume de chapa de madeira M2 29,40 19,69 578,92

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    1.5 Locao de obra M2 48,40 1,94 94,07

    1.6 Raspagem e limpeza do terreno

    2. INFRA ESTRUTURA 1.137,86

    2.1 Forma de tabua de pinho M2 42,72 13,78 588,74

    2.2 Armadura CA 50B Kg 225,00 1,01 226,14

    2.3 Preparo de concreto estrutural M3 4,50 68,60 308,68

    2.4 Escavao manual de valas M3 3,60 3,97 14,30

    --------------------------------------------

    13. SERVIOS COMPLEMENTARES 543,03 Execuo e regularizao de base para revestimentos de pisos

    M2

    26,33

    1,54

    40,46 Preparo de concreto no estrutural M3 2,11 61,09 128,67

    Execuo de lastro de concreto no estrutural M2 26,33 9,92 261,09

    13.2 Limpeza geral M2 200,00 0,56 112,81

    TOTAL GERAL 4.594,02

    TOTAL COM BDI (x%) y.yyy,yy

    Fonte: Avila, 2003 p. 43.

    2.4 ELABORAO DO ORAMENTO

    Um oramento pode ser expresso em diferentes unidades referenciais, sendo a de maior utilizao a unidade monetria. Nada, porm impede que se expresse um oramento em unidades no monetrias a serem gastas na materializao do empreendimento, como por exemplo, homens-horas reais de trabalho (LIMMER, 1997 p. 86).

    O oramento de um projeto baseia-se na previso de ocorrncia de atividades futuras logicamente encadeadas e que consomem recursos, ou seja, acarretam custos que so, geralmente expressos em termos de unidades monetria padro sendo, pois basicamente uma previso de ocorrncias monetrias ao longo do prazo de execuo do projeto (LIMMER, 1997 p. 86).

    Orar no um mero exerccio de futurologia ou jogo de adivinhao. Um trabalho bem executado, com critrios tcnicos bem estabelecidos, utilizao de

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    informaes confiveis e bom julgamento do oramentista, pode gerar oramentos precisos, embora no exatos, porque o verdadeiro custo de um empreendimento virtualmente impossvel de se fixar de antemo. (MATTOS, 2006 p. 22).

    2.4.1 Composio dos Custos

    D-se o nome de composio de custos ao processo de estabelecimento dos custos incorridos para a execuo de um servio ou atividade, individualizado por insumo e de acordo com certos requisitos pr-estabelecidos. As categorias de custo envolvidas em um servio so tipicamente: Material, Mo-de-obra e Equipamento (MATTOS, 2006, p. 62).

    Este tipo de composio feita a partir de coeficientes tcnicos de consumo extrados de publicaes especializadas ou compilados por cada empresa, pelo processo de experincia e erro, em funo do planejamento e do controle dos projetos por ela executados (LIMMER, 1997 p. 87).

    A determinao da contribuio relativa de cada uma dessas categorias a essncia do processo de estabelecimento de qualquer composio de custos. H ainda custos de subcontratos e os indiretos (MATTOS, 2006, p. 62).

    2.4.1.1 Composio dos Custos Unitrios

    A composio de custos unitrios uma tabela que apresenta todos os insumos que entram diretamente na execuo de uma unidade de servio, com seus respectivos custos unitrios e totais (MATTOS, 2006, p. 63).

    O custo unitrio corresponde a uma unidade de servio como: custo de 1 m de escavao, 1 m de alvenaria, 1 m de pintura, e etc. (MATTOS, 2006, p. 63).

    Insumo cada um dos itens de material, mo- de- obra e equipamento; Unidade a unidade de medida do insumo;

    Material (kg, m, m, m, um), mo de obra (hora ou homem-hora) e equipamento (hora de mquina);

    ndice a incidncia de cada insumo na execuo de uma unidade de servio;

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    Custo unitrio o custo de aquisio ou emprego de uma unidade de insumo. Custo total - o custo total do insumo na composio de custos unitrios.

    obtido na multiplicao do ndice pelo custo unitrio. A somatria desta coluna o custo total do servio. (MATTOS, 2006 p. 63)

    2.4.1.2 Custos Diretos

    So gastos feitos, com insumos como mo-de-obra, materiais e, ainda, equipamentos e meios, incorporados ou no ao produto (LIMMER, 1997 p. 87).

    Os custos diretos so aqueles que esto diretamente ligados ao servio que se pretende executar, sua avaliao obtida atravs das quantidades previstas em projeto e outros documentos, inclui nesse custo o preo dos insumos, mo-de-obra e leis sociais correspondentes (PARGA, 1995 apud BERWANGER, 2008 p. 21).

    O custo direto o resultado de todos os custos unitrios para a construo da edificao obtidos pela aplicao dos consumos dos insumos sobre os preos de mercado, que so multiplicados pelas respectivas quantidades, define ainda os custos de infraestrutura necessria para execuo e realizao da obra (TCPO 13, 2008 apud BERWANGER, 2008 p. 21).

    Os custos diretos so aqueles diretamente associados aos servios de campo. Representam o custo orado dos servios levantados. A unidade bsica a composio de custos, os quais podem ser unitrios, ou seja, referendados a uma unidade de servio (quando ele mensurvel- ex.: kg de armao, m de concreto) ou dado como verba (quando o servio no pode ser traduzido em uma unidade fisicamente mensurvel- ex.: paisagismo, sinalizao) (MATTOS, 2006, p. 29).

    2.4.1.3 Custos Indiretos

    a somatria de todos os gastos com elementos coadjuvantes necessrios correta elaborao do produto ou no, ento, de gastos de difcil alocao a uma determinada atividade ou servio, sendo por isso diludos por certo grupo de atividades ou mesmo pelo projeto todo (LIMMER, 1997 p. 87).

    A melhor definio de custo indireto talvez seja uma definio por excluso: custo indireto todo custo que no apareceu como mo-de-obra, material ou equipamento nas composies de custos unitrios do oramento. Em outras

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    palavras, todo custo que no entrou no custo direto da obra, no integrando os servios de campo orados (escavao, aterro, concreto, revestimento, etc.) (MATTOS, 2006, p. 200).

    Do ponto de vista da classificao, um custo tido como indireto se no tiver sido considerado como custo direto. Assim que a betoneira, se no tiver sido includa como insumo no servio de reboco - o que seria um custo direto -, ter que ser tratada como custo indireto (MATTOS, 2006, p. 200).

    comum o termo despesas indiretas (DI) como sinnimo do custo indireto da obra. As despesas indiretas associam-se normalmente com manuteno do canteiro de obras, salrios, despesas administrativas, taxas, emolumentos, seguros, viagens, consultoria, fatores imprevistos e todos os demais aspectos no orados nos itens de produo. O salrio do mestre, a alimentao da equipe e o custo de vigilncia do canteiro vo ser o mesmo, quer a obra produza 200 m de concreto em um ms, quer produza 30 m (MATTOS, 2006, p. 200).

    O custo indireto geralmente fica na faixa entre 5 e 30% do custo total da construo e oscila em funo dos aspectos de localizao geogrfica, poltica da empresa, prazo e complexidade com obras de elevado grau de dificuldade que tendem a uma maior superviso de campo e suporte (MATTOS, 2006, p. 200).

    Os custos indiretos so decorrentes da estrutura da obra e da empresa e no podem ser atribudos diretamente execuo de um dado servio. Os custos indiretos variam muito, principalmente, em funo do local de execuo dos servios, do tipo de obra, impostos incidentes, e ainda com as exigncias do edital ou contrato. Devem ser distribudos pelos custos unitrios diretos totais dos servios na forma de percentual destes (DIAS, 2001 p. 142).

    Segundo DIAS (2001) p. 143, os custos indiretos que mais afetam so: a) Mobilizao e desmobilizao dos equipamentos Em funo da

    localizao da obra b) Mobilizao e desmobilizao de pessoal Deslocamento de pessoal c) Mobilizao e desmobilizao de ferramentas e utenslios Manuseio no

    depsito da construtora. d) Administrao local Custo da administrao local e) Administrao central Rateio dos custos da sede da construtora. f) Despesas financeiras Apropriao do custo financeiro se houver.

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    g) Benefcio Percentual a ser aplicado sobre oramento final h) Risco ou eventuais Correspondente aos imprevistos da obra.

    2.4.1.4 Imprevistos e Contingncias

    Um oramento, por mais detalhado e criterioso que seja, sempre aproximado, pois impossvel se preverem todas as casualidades da obra. Na construo civil, onde os cenrios, os objetos de trabalho e as particularidades de metodologia variam de obra para obra, os fatores imprevistos ganham uma importncia ainda maior (MATTOS, 2006 p. 211).

    Os imprevistos acarretam atrasos de cronograma, acrscimo de custos diretos e indiretos, alm de poderem colocar em risco a sanidade financeira da construo (MATTOS, 2006 p. 211).

    Segundo Mattos (2006 p. 211) pode-se distinguir trs tipos de imprevistos: 1) de fora maior, 2) de previsibilidade relativa e os 3) aleatrios.

    De fora maior: que so os naturais, econmicos e os sociopolticos. De Previsibilidade relativa: que so chuvas de estao, cheias,atrasos de pagamentos e recebimentos, oscilaes de produtividade, interrupo de trabalho etc. Aleatrios: que so os mais difceis de prever, contudo normalmente o percentual a ser includo no oramento fica na faixa entre 1 e 3% dos custos diretos e indiretos.

    2.4.2 Levantamentos dos Quantitativos

    O incio da oramentao de uma obra requer o conhecimento dos diversos servios que a compe. No basta saber quais os servios, preciso saber tambm quanto de cada um deve ser feito (MATTOS, 2006, p. 46).

    A etapa de levantamento de quantidades (ou quantitativos) uma das que intelectualmente mais exigem do oramentista, porque demanda leitura de projeto, clculos de reas e volumes, consulta a tabelas de engenharia, tabulao de nmeros, etc (MATTOS, 2006, p. 46).

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    A quantificao dos diversos materiais (ou levantamento de quantidades) de um determinado servio deve ser feita com base em desenhos fornecidos pelo projetista, considerando-se as dimenses especificadas e suas caractersticas tcnicas (MATTOS, 2006, p. 46).

    O processo de levantamento das quantidades de cada material deve sempre deixar uma memria de clculo fcil de ser manipulada, a fim de que as contas possam ser conferidas por outra pessoa e que uma mudana de caractersticas ou dimenses do projeto no acarrete um segundo levantamento completo. Em vista disso, so normalmente usados formulrios padronizados por cada empresa (MATTOS, 2006, p. 46).

    A seguir, sero mostradas duas tabelas, onde observar-se na Tabela 6 alguns elementos de natureza diversa e na Tabela 7 a classificao dos materiais:

    TABELA 6: Exemplo de alguns elementos de natureza diversas.

    DIMENSO EXEMPLO

    Lineares Tubulao, meio-fio, cerca, sinalizao horizontal de estrada, rodap

    Superficiais ou de rea Limpeza e desmatamento, frma, alvenaria, forro, esquadria,pintura, impermeabilizao, plantio de grama

    Volumtricos Concreto, escavao, aterro, dragagem, bombeamento

    De peso Armao, estrutura

    Adimensionais Referem-se a servios que no so pagos por medida, mas por simples contagem: postes, portes, placas de sinalizao, comportas

    Fonte: Mattos, 2006 p. 44

    Quanto permanncia, os materiais empregados em uma obra podem ser classificados em dois tipos de acordo com a Tabela 7:

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    TABELA 7: Classificao dos materiais.

    CLASSE CARACTERISTICAS EXEMPLO

    Permanentes Ficam incorporados ao produto final Concreto, ao, tina, areia, cimento,brita, tijolo

    No permanents

    So utilizados durante a fase de construo e removidos em seguida

    Madeiras p/forma e escoramento, tensores metlicos de forma, prego, desmondante, tubulaes, provisrias, (ar comprimido, ventilao, agua

    Fonte: Mattos, 2006 p. 44

    O construtor pode fabricar seu prprio material. Um exemplo uma obra de estrada em que o agregado provm da britagem e peneiramento de blocos rochosos escavados a fogo. Nesse caso, o preo do material (seja em metro cbico ou em tonelada) o preo do desmonte da rocha mais seu beneficiamento. (MATTOS, 2006, p. 59).

    Demolio: O volume a ser demolido cresce quando passa a ser entulho recomenda-se multiplicar o volume de demolio por 2 (dois) obtendo assim o volume de entulho. Terraplanagem: Sempre que o solo ou rocha em sua posio natural escavado sofre um aumento de volume estimado em 30% esse fenmeno chamado empolamento. Armao: O servio de armao estimado em peso, sendo que alguns projetistas acrescem 10% na quantidade do ao devido s perdas, nesse caso no h necessidade de introduzir perdas na composio de custo. rea de Alvenaria: Quando num pano de parede existirem aberturas (janelas, portas, elementos vazados, etc.) com reas menores que 2 m despreza-se o vo na rea total da parede, quando a rea da abertura for maior que 2 m desconta-se o excedente. Pintura: Na pintura de portas, janelas, grades utiliza-se um fator multiplicador sobre a rea frontal denominado vo luz. Cobertura: o levantamento de quantidades em cobertura deve se tomar em considerao a inclinao de cada gua do telhado, isto , obtendo a rea real do telhado ao longo da hipotenusa.

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    Com a listagem dos servios a serem executados e seus respectivos quantitativos, deve-se preencher o formulrio denominado planilha de servios e quantidades, podendo ser utilizado o modelo apresentado da Figura 4 abaixo: (DIAS, 2004, p. 39).

    Figura 4: Exemplo de planilha de levantamento quantitativo.

    2.4.3 Encargos Sociais

    Define-se por encargos sociais, todos os encargos incidentes sobre a folha de pagamento de salrios. Na maioria das vezes o custo das leis sociais ser embutido nos prprios salrios, devendo ser calculado como um percentual deste. Uma vez que constantemente so alteradas algumas das leis que regem o clculo dos encargos sociais, cabe ao oramentista acompanhar a evoluo destas leis, de modo a manter atualizado o percentual referente a este item de custo, de suma importncia por seu elevado peso no preo final de qualquer empreendimento (DIAS, 2004, p. 56).

    Atualmente, a maior parte dos custos dos encargos sociais decorre da nova Constituio do Brasil promulgada em outubro de 1988. Face ao elevado percentual sobre o salrio nominal pago aos empregados, de fundamental importncia cada empresa avaliar periodicamente o valor de encargos sociais a ser previsto nos oramentos das obras. Devero ser consideradas algumas peculiaridades de cada empresa que afetam o custo das leis sociais, isto , rotatividade mdia da mo-de-obra, percentual de funcionrios que obtm o aviso prvio indenizado, etc (DIAS, 2004, p. 56).

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    A taxa de leis sociais deve ser calculada em funo da forma de contratao dos profissionais, o que pode ser atestado atravs da carteira de trabalho do profissional, isto : Mensalistas, Horistas, (Encargos sobre hora normal, Encargos sobre o salrio mensal e Encargos sobre hora extra) (DIAS, 2004, p. 56).

    A Tabela 8 mostra os encargos sociais e trabalhistas para horistas, que so os operrios remunerados com base na quantidade de horas trabalhadas. So aqueles operrios que tm suas horas apropriadas por apontadores em cartes de ponto e que, para fins de oramento, integram a mo de obra que figura nas composies de custos unitrios dos servios diretos. So horistas: servente, carpinteiro, pedreiro, armador, encanador, etc (MATTOS, 2006, p. 79)

    TABELA 8: Encargos Sociais e Trabalhistas - Horistas.

    A. ENCARGOS SOCIAIS BSICOS % A.1 INSS 20,00 A.2 FGTS 8,00 A.3 Salrio Educao 2,50 A.4 SESI 1,50 A.5 SENAI 1,00 A.6 SEBRAE 0,60 A.7 INCRA 0,20 A.8 Seguro contra acidente trabalho 3,00 A.9 SECONCI3 0,00 Sub total A 36,80

    B. ENCARGOS SOCIAIS QUE RECEBERAM AS INCIDENCIAIS DE "A' %

    B.1 Repouso Semanal Remunerado 22,90 B.2 Auxlio enfermidade 0,79 B.3 Licena paternidade 0,34 B.4 13 salrio 10,57 B.5 Dias de chuva/ Faltas justificadas 4,57 Sub total B 39,17

    C. ENCARGOS SOCIAIS QUE NO RECEBERAM AS INCIDNCIAS GLOBAIS DE "A" %

    C.1 Depsito por despedida injusta: 50% sobre A.2 + (A.2 x B) 5,57 C.2 Frias (indenizadas) 14,06 C.3 Aviso prvio 13,12

    Sub total C 32,75

    3 Em alguns estados o SECONCI no aplicado, como exemplo o Estado do Par.

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    D. TAXA DE REINCIDNCIAS % D.1 Reincidncia de A. sobre B. (38,30% x 39,17%) 14,41 D.2 Reincidncia de A.2 sobre C.3 (8,0% x 13,12%) 1,05 Sub total D 15,46

    TOTAL A + B + D + C 124,18 Fonte: TISAKA, 2006, p. 40.

    Em seguida, na Tabela 9 abaixo se apresenta os encargos complementares e a devida soma total referente aos encargos sociais dos horistas.

    TABELA 9: Encargos complementares e total dos encargos sociais - Horistas.

    E. ENCARGOS COMPLEMENTARES %

    E.1 Vale-transporte 7,93 E.2 Refeio mnima 6,60 E.3 Refeio almoo 27,87 E.4 Refeio jantar - E.5 EPI - Equipamento de Proteo Individual 5,00 E.6 Ferramentas manuais 2,00 Sub total E 49,40

    TOTAL DOS ENCARGOS SOCIAIS 176,08

    Fonte: TISAKA, 2006, p. 40.

    A Tabela 10 mostra os encargos sociais e trabalhistas dos mensalistas, que so os funcionrios remunerados numa base mensal. So aquelas pessoas que pactuam seus salrios com o empregador e cuja cifra mensal o referencial de remunerao. Normalmente so os integrantes das equipes tcnica, administrativa e de suporte da obra, figurando prioritariamente o custo indireto da obra. So mensalistas: engenheiro, mestre, encarregado, almoxarife, apontador, topgrafo, secretria, vigia, motorista, etc. Vale salientar que ningum obrigado a utilizar o percentual de encargos apresentado a seguir ele serve apenas de orientao para o oramentista (MATTOS, 2006, p. 79).

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    TABELA 10: Encargos Sociais e Trabalhistas - Mensalista.

    A. ENCARGOS SOCIAIS BSICOS % A.1 INSS 20,00 A.2 FGTS 8,00 A.3 Salrio Educao 2,50 A.4 SESI 1,50 A.5 SENAI 1,00 A.6 SEBRAE 0,60 A.7 INCRA 0,20 A.8 Seguro contra acidente trabalho 3,00 A.9 SECONSI 0,00 Sub total A 36,80 B. ENCARGOS SOCIAIS QUE RECEBEM AS INCIDNCIAS DE "A" % B.1 13 salrio 8,22 Sub total B 8,22

    C. ENCARGOS QUE NO RCEBEM AS INCIDNCIAS DE "A" % C.1 Depsito por despedida injusta - 50% sobre [A.2 + (A.2 x B)] 4,33 C.2 Frias (indenizdas) 10,93 C.3 Aviso Prvio (indenizado) 10,20 Sub total C 25,46 D. TAXAS DE REINCIDNCIAS % D.1 Reincidncia de A sobre B 3,15 D.2 Reincidncia de A.2 sobre C3 0,82 Sub total D 3,97

    TOTAL A + B + D + C 74,45 Fonte: TISAKA, 2006, p. 41.

    Em seguida na Tabela 11contem os encargos complementares e o devido total referente aos encargos sociais dos mensalistas.

    TABELA 11: Encargos complementares e total dos encargos sociais - Mensalistas.

    E. ENCARGOS COMPLEMENTARES %

    E.1 Vale-transporte 7,93 E.2 Refeio mnima 6,60 E.3 Refeio almoo 27,87 E.4 Refeio jantar - E.5 EPI - Equipamento de Proteo Individual 5,00 E.6 Ferramentas manuais 2,00

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    Sub total E 49,40

    TOTAL DOS ENCARGOS SOCIAIS 125,67

    Fonte: TISAKA, 2006, p. 41.

    2.4.3.1 Memria de Clculo

    Para calcular o impacto percentual de cada item, toma-se necessrio definir preliminarmente a quantidade de dias efetivamente trabalhados durante um ano. Isso se faz subtraindo 365 todos os dias no trabalhados: frias, feriados, repouso remunerado, licenas e faltas (MATTOS, 2006 p. 82).

    Segundo o autor TISAKA, 2006 o conceito de ano produtivo corresponde de acordo com a memria de calculo a seguir na Tabela 12, para horista.

    Pode-se expressar a mo-de-obra produtiva, ou o tempo de trabalho til durante um ano, em dias ou em horas, sem demais preocupaes quanto aos salrios do pessoal empregado ou quanto ao valor em reais das folhas de pagamento, ou ainda quanto ao montante das "Leis Sociais" sobre eles incidentes (TISAKA, 2006 p. 71).

    TABELA 12: Memria de clculo de jornada de trabalho - Horista.

    Jornada mensal de trabalho 220 horas/ ms

    Jornada diria de trabalho (220 horas/30 dias) 7,3333 horas/ dia 1 ano (365 dias x 7,3333 h) 2.676,65 h Descanso Semanal Remunerado (52 domingos x 7,3333 h) 381,33 h Feriados (13 dias x 7,3333 h) 95,33 h Auxlio- enfermidade (15 dias x 7,3333 h x 15%4 = 2,25 dias) 16,50 h

    Licena- paternidade (5 dias x 7,3333 h x 19,40%5 = 0,97 dias) 7,11 h

    4 Segundo dados estatsticos constantes do Anurio Estatstico do Brasil de 1990 (IBGE), somente

    15% dos beneficirios do INSS recorrem a esse auxlio TISAKA, 2006, p. 74.

    5 Considerando-se incidncia de indivduos do sexo masculino no setor da construo civil da ordem

    de 97% e que somente 20%> desse pessoal obter o benefcio da licena-paternidade, temos, para os 5 dias de afastamento, que foi fixado provisoriamente, conforme artigo 10, inciso II, 1Io das Disposies Transitrias da Nova Constituio TISAKA, 2006, p. 74.

  • 40

    Dias de chuva/ Faltas justificadas/ Acidentes de trabalho/ Greves/ Faltas ou Atrasos na entrega de materiais ou servios na obra/ Outras dificuldades (12,96 dias x 7,3333 h)

    95,04 h

    Dias teis [(2.676,65 h ( 381,33 h + 95,33 h +16,5 h +7,11 h + 95,04 h))]/ 7,3333 h/dia 283,82 dias

    Fonte: TISAKA, 2006, p. 71.

    O mesmo autor conceitua ano de trabalho produtivo para mensalista conforme a Tabela 13, mostrada abaixo.

    Pode-se expressar as horas trabalhadas durante um ano em dias ou em horas, sem demais preocupaes quanto aos salrios do pessoal empregado ou quanto ao valor em reais das folhas de pagamento, ou ainda quanto ao montante das "Leis Sociais" sobre eles incidentes (TISAKA, 2006 p. 79).

    TABELA 13: Memria de clculo de ano trabalhado Mensalista.

    Jornada mensal de trabalho 220 h/ ms

    Jornada diria de trabalho (220 horas/30 dias) 7,3333 horas/ dia 1 ano (365 dias x 7,3333 h) 2.676,65 h Fonte: TISAKA, 2006, p. 79.

    2.4.4 Custo do Homem Hora

    Tendo visto que o custo da hora de um empregado no se confunde com o custo de seu salrio base, intuitivo perceber que, para fins de oramentao, deve-se somar hora-base os encargos sociais e trabalhistas. A hora com encargos a que ser utilizada no oramento (MATTOS, 2006 p. 93).

    Exemplo. Seja a hora-base do pedreiro R$ 3,00 e do servente R$ 1,81. Calcular a

    hora com os encargos (em sentido estrito). A hora base (ou nominal) devem-se somar os encargos:

    Pedreiro: R$ 3,00 (hora-base) + R$ 3,00 x 1,3074 (encargos) = R$ 3,00 x 2,3074 = R$ 6,92

  • 41

    Servente: R$ 1,81 (hora-base) + R$ 1,81 x 1,3074 (encargos) = R$ 1,81 x 2,3074 = R$ 4,18

    Portanto a formula : Custo do homem-hora = hora-base x (1 + % encargos).

    2.4.5 Clculo do BDI para o Oramento

    Segundo Dias, 2004 p. 141, BDI ou BONIFICAO a parcela do custo do servio independente, do que se denomina custo direto, ou seja, o que efetivamente fica incorporado ao produto. Desta maneira o BDI afetado entre outros, pela localizao, pelo tipo de administrao local exigido, pelos impostos gerais sobre o faturamento, exceto leis sociais sobre a mo de obra aplicada no custo direto, e ainda deve constar desta parcela o resultado ou lucro esperado pelo construtor. Assim, o BDI composto de duas parcelas distintas:

    B - denominado BENEFCIO, que corresponde ao resultado estimado do contrato;

    DI - abreviao de DESPESAS INDIRETAS, que corresponde aos custos considerados indiretos.

    O BDI nada mais do que o percentual relativo s despesas indiretas que incidir sobre os custos diretos, uma vez que, de maneira geral, exigido que os preos unitrios de venda incorporem todos os encargos que oneram os servios a serem executados. Qualquer empreendimento de engenharia apresenta custo indireto, o valor encontrado que depende da localizao, exigncias do edital e do porte da obra. Por princpio cada empresa deve encontrar um custo diferente das demais em funo da sua estrutura administrativa e do planejamento do empreendimento (DIAS, 2004 p. 55).

    Tanto o termo benefcios quanto bonificao querem dizer lucro. Em termos prticos, o BDI o percentual que deve ser aplicado sobre o custo direto dos itens da planilha da obra para se chegar ao preo de venda. Por exemplo, se o custo direto de uma determinada obra foi orado em 100, o custo indireto em 20 e o lucro

  • 42

    em 10, o BDI igual ao quociente (20+10)/100 =30%. a preo final (preo de venda) ser 100 x 1,30 = 130 (MATTOS, 2006, p. 235).

    O BDI a majorao percentual que o preo de venda representa sobre o custo direto. Este percentual representa a diluio da administrao central, custo financeiro, imprevistos e contingncias, lucro e impostos sobre o custo direto do servio (MATTOS, 2006, p. 235).

    A sequencia de clculo dos preos de venda : (MATTOS, 2006 p. 240)

    1. Calcular CD (custo direto) 2. Calcular CI (custo indireto) 3. Fazer a soma CD+CI 4. Calcular AC (administrao central) sobre CD+CI 5. Calcular CF (custo financeiro) sobre CD+CI 6. Calcular IC (imprevistos e contingncias) sobre CD+CI 7. Totalizar CUSTO = CD+CI+AC+CF+IC 8. Somar as alquotas de COFINS, PIS, CPMF, ISS = IMP% 9. Somar IMP% + Lucro = i% (incidncias sobre o preo de venda) 10. Calcular PV = CUSTO / (1-1%) 11. Calcular BDI% = PV/CD - 1 12. Aplicar o BDI sobre os custos unitrios para obter os preos unitrios

  • 43

    CAPTULO 3 METODOLOGIA DA PESQUISA

    A presente pesquisa visa comparar custos, e para isso, emprega duas metodologias oramentrias - Oramento Paramtrico e Analtico - bastante utilizadas na construo civil. Pretende-se fazer a comparao atravs dos resultados obtidos com os dois oramentos.

    A primeira metodologia se deu atravs do Oramento Paramtrico, onde se fundamentou em duas premissas, o custo por metro quadrado (R$/m) e a rea equivalente de construo (m) que foi seguida de acordo com a NBR 12721/06, esse tipo de estimativa de custo um dos mtodos mais utilizados na prtica da construo civil devido a sua facilidade de aplicao e rapidez para se determinar os resultados.

    O segundo mtodo empregado foi o Oramento Analtico, que conta com a aplicao de um programa que realiza oramentos, chamado SIENGE, e que trabalha integrado a outro software o Excel. Esta metodologia oramentria leva em considerao informaes que foram obtidas a partir de coleta de dados dos insumos para composio de planilhas oramentrias, contendo as quantidades de materiais e custos unitrios dos servios e mo-de-obra.

    A comparao dos dois mtodos se deu inicialmente com uma pesquisa exploratria, onde se permitiu adquirir familiaridade com o assunto atravs de livros, artigos tcnicos e normas e em seguida realizou-se uma pesquisa aplicada na forma de um estudo de caso comparativo para verificar as diferenas de percentual entre os dois procedimentos oramentrios.

  • 44

    CAPTULO 4 ESTUDO DE CASO

    4.1DESCRIO DO EMPREENDIMENTO

    Na elaborao deste estudo de caso buscou-se observar a forma como se realiza um oramento na WC Construes e Incorporaes Ltda. Que uma empresa de porte mdio na cidade de Belm. E para compor este estudo utilizou-se o memorial descritivo, oramentos paramtrico e analtico e o cronograma fsico-financeiro tendo sido todo esse material fornecido pela empresa.

    importante mencionar que os oramentos paramtrico e analtico sofreram atualizaes de seus valores com base no INCC6, que um ndice da construo civil largamente utilizado para equalizao de valores.

    O memorial descritivo possibilitou determinar que essa obra se destina a um empreendimento comercial com servios de padro de construo alto, mas sem acabamento, conforme a NBR 12721/06, com total de 25 pavimentos contendo 175 conjuntos comerciais, distribudos em 24 pavimentos e mais o pavimento subsolo, com 3 elevadores sociais de 1 de emergncia. Este empreendimento tem rea total construda de 12.921,84 m.

    Os pavimentos esto dispostos de acordo com a TABELA 14 apresentada abaixo:

    Tabela 14: Distribuio dos pavimentos por ambiente. PAVIMENTO DIVISO POR AMBIENTE

    Subsolo Sala Pressurizao; QGBT; 41vagas de garagens.

    6 ndice de Custo da Construo Civil

  • 45

    Pavimento Trreo

    5 Conjuntos (23,53 m a 83,63 m); Administrao com banheiro; Lavabos; Portaria; Galeria; Sala para motorista com banheiro; Zeladoria com copa e banheiros; rea coberta; Jardins; Estacionamento com 27 vagas de garagens.

    1 Nvel

    4 Conjuntos (43,71 m a 222,83 m); Lavabos; Copa; Depsitos; Box de servios; Almoxarifado; Sala de funcionrios com vestirios; Estacionamento com 27 vagas de garagens.

    2 Nvel

    6 Conjuntos com lavabos (25,60 m a 35,63 m); Circulao; Jardins; Estacionamento para motos e bicicletas; Estacionamento com 29 vagas de garagens.

    Pavimentos Tipo A 4 pavimentos com 6 Conjuntos com lavabos (25,05 m a 38,62 m); Circulao;

    Pavimentos Tipo B

    17 pavimentos com 8 Conjuntos com lavabos (24,94 m a 32,97 m); Circulao; rea para split;

    Acima do ltimo Pavimento Tipo

    Casa de bombas

    Acima do Pavimento de Cobertura

    Casa de Mquinas dos elevadores; 02 Reservatrios de gua com capacidade de 29.00l

    Fonte: Memorial descritivo Obra Concourd One.

  • 46

    4.2 DESCRIO DO ORAMENTO PARAMTRICO

    Este oramento foi baseado na Norma NBR 12.721/06, que determina os procedimentos necessrios para obteno da rea equivalente de construo7 (m), custo por metro quadrado (R$/m), custo total/global (R$) e outros itens referentes construo de oramentos.

    No entanto, no incio das anlises dos dados dos oramentos notou-se que o oramento paramtrico constava com valores desatualizados, e por esta razo, optou-se por atualizar seus valores com base no INCC, que um ndice Nacional da Construo Civil que atualizado mensalmente no Brasil, o perodo de atualizao do oramento paramtrico foi a partir maio de 2007 abril de 2011, para, desta maneira, dar continuidade com as anlises referentes ao estudo de caso.

    Vale ressaltar que, com base no banco de dados fornecido pela empresa estudada, obteve-se o custo por metro quadrado de construo de (R$/m) R$ 1.581,41, essa informao teve como fundamentao os gastos com empreendimentos executados anteriormente pela mesma.

    E com auxlio da NBR 12.721/06 determinou-se rea equivalente de construo, que em funo da somatria dos produtos das reas com os seus respectivos coeficientes de equivalncia encontrou-se a rea equivalente de construo de 5.843,47 m.

    Vale a pena ressaltar, que os coeficientes de equivalncia esto de acordo com a norma anteriormente citada nos devidos ambientes. Alguns dos coeficientes de equivalncia so:

    Garagem (subsolo) 0,50 a 0,75; rea de loja sem acabamento 0,40 a 0,60; Barrilete, a caixa dgua, casa de mquinas 0,50 a 0,75.

    Posteriormente fazendo os devidos clculos encontrou-se o total geral da obra de R$ 9.240.924,23. (ver TABELA 15)

    7 Segundo a Norma 12.721/06 rea estimada, fictcia, que, ao custo unitrio bsico adiante

    definido, tenha o mesmo valor, em reais, que o efetivamente estimado para rea real correspondente, descoberta ou coberta de padro diferente. pag. 3.

  • 47

    TABELA 15: Resumo dos clculos do oramento paramtrico.

    ORAMENTO PARAMTRICO rea equivalente de construo (m) 5.843,47 m Custo por metro quadrado de construo (R$/m) R$ 1.581,41 Total geral da obra (R$) R$ 9.240.924,23

    4.3 DESCRIO DO ORAMENTO ANALTICO

    Na elaborao deste oramento utilizou-se uma ferramenta pouco conhecida na regio de Belm, mas que aos poucos vem ganhando notoriedade e espao no mercado desta cidade.

    Esta ferramenta conhecida como SIENGE, que um software especfico para a indstria da construo civil que busca auxiliar o construtor na elaborao de oramentos, planejamentos, acompanhamento de obra e controle da mo-de-obra. O programa utiliza a tecnologia ERP (Enterprise Resource Planning) e foi desenvolvido pela Softplan/Poligraph.

    O SIENGE um sistema de gesto corporativo, desenvolvido para integrar diversos departamentos de uma empresa, possuindo a versatilidade de poder integr-lo a outros sistemas, como por exemplo, o pacote da Microsoft Office, em especial, o Excel.

    Tanto que, na execuo do oramento analtico o levantamento quantitativo foi desenvolvido em planilhas no Excel, tomando como base as especificaes dos projetos arquitetnicos, estruturais, eltrico, hidrulico, sanitrio, para- raio, pressurizao, rede estruturada e split.

    Neste processo de levantamentos de quantitativos foram observadas as dimenses especficas e caractersticas tcnicas dos seus referentes projetos, para que houvesse maior preciso nestes levantamentos. Pois nesta fase necessria muita ateno por parte de quem executa esses levantamentos, tendo em vista que sero utilizados como base para o oramento analtico. Quando necessrio foram considerados alguns ndices de perda ou acrscimo em materiais e servios executados em seus levantamentos.

  • 48

    Importante a ser ressaltado, que a empresa possui um vasto e confivel banco de dados que utiliza em suas composies, formando assim, sua prpria base de ndices de consumo para insumos. Entretanto, fez uso do TCPO8 de acordo com sua necessidade.

    Para compor o custo de insumos servios, quantidades, unidade e preo unitrio - a empresa consultou os preos em fornecedores e lojas especializadas na cidade de Belm no perodo de 01/01/2008 28/09/2009, sempre levando em considerao os materiais especificados nos projetos.

    Para melhor anlise dos resultados esse oramento tambm sofreu atualizao de seus preos com base no INCC no perodo de 01/01/2008 01/04/2011, pois com os valores corrigidos pode-se emitir um julgamento mais adequado acerca do assunto.

    Tratando-se de custo da mo-de-obra (ver TABELA 16), a empresa utiliza o convencionado pelo Sindicato da Construo Civil do Par, onde esto apontadas as normas de pagamentos de salrios e os benefcios dos trabalhadores. Visto que, no oramento analtico pode-se observar que os encargos sociais j esto embutidos no custo da mo-de-obra (ver TABELA 17), mas no mesmo no oramento analtico consta como no especificado.

    TABELA 16: Salrio base dos trabalhadores (h/h). PISO SALARIAL (homem/hora) Oficial R$ 3,63

    Servente R$ 2,59 Fonte: Sinduscon/PA agosto 2010/2011.

    TABELA 17: Salrio base dos trabalhadores (h/h), aplicado pela empresa. PISO SALARIAL (homem/hora) Oficial R$ 7,27

    Servente R$ 5,18 Fonte: Oramento analtico Obra Concourd One.

    Outro ponto a ser apontado neste trabalho e que no foi fornecido pela empresa, a questo do BDI, pois a empresa no informou em seu oramento analtico que consta como no especificado. 8 TCPO Tabela de Composies para Oramento.

  • 49

    Para finalizar o oramento analtico relacionou-se todas as quantidades com seus devidos preos unitrios para, posteriormente, com a somatria total, encontrar o Total geral da obra de R$ 8.931.772,24. (ver TABELA 18).

    TABELA 18: Resumo dos clculos do oramento analtico.

    ORAMENTO ANALTICO

    rea equivalente de construo (m) 5.843,47 m

    Custo por metro quadrado de construo (R$/m) R$ 1.528,50

    Total geral da obra (R$) R$ 8.931.772,24 Fonte: Oramento analtico Obra Concourd One.

    4.4 ANLISE DOS RESULTADOS

    Finalmente, analisando os resultados encontrados pode-se observar que comparando as duas formas de realizar oramentos para a construo civil, neste caso, no houve grandes diferenas entre os dois resultados e que apesar do oramento paramtrico no ser to detalhado e especfico como o oramento analtico, o mesmo pode ser utilizado como um mtodo confivel para definir o custo total de um empreendimento, mesmo sabendo que o oramento paramtrico no considera margem de erros.

    Entretanto, o outro oramento que considera as especificidades do empreendimento e tem sua composio bem detalhada, j leva em considerao uma porcentagem de erro, e desta forma aproximasse mais do custo definitivo do empreendimento.

    Este oramento tambm seguro de ser executado, como se pode visualizar na TABELA 19 abaixo, onde mostra-se os resultados do custo por metro quadrado, Total geral da obra, a diferena entre os custos totais e a variao em percentual entre os dois oramentos. Logo a seguir, ser apresentado para melhor entendimento visual um Grfico 1 onde o mesmo apresenta um comparativo entre os dois custos totais.

  • TABELA 19: Tabela comparativa entre o oramento paramtrico e o analtico.

    Custo por metro quadrado de construo (R$/m) Total geral da obra (R$)

    Diferena (R$)

    Variao em %

    Fonte: Oramento paramtrico e analtico

    GRFICO 1: Comparativo do Total G

    Fonte: Oramento paramtrico e analtico

    Um detalhe importante de ser observado com relao ao custo por metro quadrado (R$/m) que a empresa utiliza paramtrico (R$ 1.581,41) e tanta diferena.

    $-

    $1,000,000.00

    $2,000,000.00

    $3,000,000.00

    $4,000,000.00

    $5,000,000.00

    $6,000,000.00

    $7,000,000.00

    $8,000,000.00

    $9,000,000.00

    $10,000,000.00

    Tabela comparativa entre o oramento paramtrico e o analtico.ORAMENTO

    PARAMTRICO Custo por metro quadrado de R$ 1.581,41

    Total geral da obra (R$) R$ 9.240.924,23 R$ 8.931.772,24

    R$ 309.151,99

    - 3,3457 %

    : Oramento paramtrico e analtico Obra Concourd One.

    : Comparativo do Total Geral entre os dois oramentos.

    : Oramento paramtrico e analtico Obra Concourd One.

    Um detalhe importante de ser observado com relao ao custo por metro quadrado (R$/m) que a empresa utiliza como parmetro

    (R$ 1.581,41) e que comparado com o analtico (R$ 1.528,50) no h

    R$ 9.240.924,23 R$ 8.931.772,24

    50

    Tabela comparativa entre o oramento paramtrico e o analtico. ORAMENTO ANALTICO

    R$ 1.528,50

    R$ 8.931.772,24

    R$ 309.151,99

    os dois oramentos.

    Um detalhe importante de ser observado com relao ao custo por como parmetro em seu oramento

    que comparado com o analtico (R$ 1.528,50) no h

    Paramtrico

    Analtico

  • 51

    Em uma pesquisa realizada no mercado paraense se observou que o custo por metro quadrado (R$/m) operado por corretores de imveis no bairro estudado girou em torno de R$ 4.500,00 a R$ 6.276,00, e a empresa em questo trabalha com custo de R$ 6.078,09 por metro quadrado. Multiplicando-se o custo (R$/m) que a empresa utiliza pela rea equivalente de construo encontra-se o valor de R$ 35.517.186,08, diminuindo-se esse valor do Total geral encontrado no oramento analtico (R$ 8.931.772,24), determina-se o valor de R$ 26.585.413,84, sabendo-se que esse valor dever ser subtrado dos custos com corretagem, publicidade, custos administrativos e comercializao para a partir, da estimar-se o provvel lucro da empresa.

    Dando prosseguimento ao estudo, atentou-se que na composio da planilha do oramento paramtrico consta um percentual destinado para cada servio, exemplo, Fundaes 7,60% - desta forma, buscou-se tambm analisar alguns destes pontos para verificar se ocorreu variao entre estes valores nos dois oramentos. O que se observou foi que em alguns servios houve sim variao entre os percentuais, como se pode observar na TABELA 20, a seguir.

    TABELA 20: Comparao entre os percentuais dos oramentos paramtrico e analtico.

    SERVIOS ORAMENTO PARAMTRICO ORAMENTO ANALTICO

    FUNDAES 7,60% 2,07%

    ESTRUTURA 30,00% 19,78%

    ALVENARIA 3,90% 2,83%

    PISO 1,50% 1,86%

    INSTALAES GERAIS 7,50% 9,38%

    ELEVADORES 6,50% 10,57%

    Fonte: Oramento paramtrico e analtico Obra Concourd One.

    A mesma tabela mostra que em alguns itens como Fundaes, Estrutura, Instalaes Gerais e outros, houve uma variao considervel entre os percentuais, e em outros itens como Alvenaria e Piso, por exemplo, a variao foi insignificante.

  • Em especial alguns grande comparando os seus em que mais aconteceu essa

    GRFICO 2: Variao entre os servios nos dois oramentos.

    Fonte: Oramento paramtrico e analtico

    Esse fato se deu por ser a primeira obra comercial executada pela empresa, pois estes percentuais so edificaes residenciais multifamiliares e com base em estudos realizados na rea de construo civil.

    Finalizando com os estudos,nesta pesquisa com outra realizada por Knolseisen, 2000, naCatarina, observa-se que nesta ltimaapenas de 1,62%, atentando para o fato do estudo ser uma edificao residencial multifamiliar, utilizando-se Unitrio Bsico e o Mtodo Expedito encontrou como resultados509,46, com o oramento Expedito

    7.60%

    30.00%

    2.07%

    0.00%

    5.00%

    10.00%

    15.00%

    20.00%

    25.00%

    30.00%

    35.00%

    FUNDAES ESTRUTURA

    Em especial alguns itens de servios onde houve uma variaseus percentuais, no GRFICO 2 ser mostrado os servios

    em que mais aconteceu essa diferena.

    GRFICO 2: Variao entre os servios nos dois oramentos.

    : Oramento paramtrico e analtico Obra Concourd One.

    Esse fato se deu por ser a primeira obra comercial executada pela empresa, pois estes percentuais so atribudos normalmente a edificaes residenciais multifamiliares e com base em estudos realizados na rea

    Finalizando com os estudos, e confrontando os resultados encontrados nesta pesquisa com outra realizada por Knolseisen, 2000, na

    que nesta ltima, a diferena entre oramentos menor sendo de 1,62%, atentando para o fato do estudo ser uma edificao residencial

    se outras metodologias oramentrias Unitrio Bsico e o Mtodo Expedito -, a pesquisa realizada por Knolseisen encontrou como resultados o custo por metro quadrado de construo (R$/m) de

    com o oramento Expedito e com a outra metodologia

    30.00%

    1.17%

    7.50%6.50%

    19.78%

    3.73%

    9.38%

    ESTRUTURA CONTRA-PISO INSTALAES

    GERAIS

    ELEVADORES

    52

    houve uma variao muito percentuais, no GRFICO 2 ser mostrado os servios

    Esse fato se deu por ser a primeira obra comercial sem acabamento atribudos normalmente a

    edificaes residenciais multifamiliares e com base em estudos realizados na rea

    confrontando os resultados encontrados nesta pesquisa com outra realizada por Knolseisen, 2000, na cidade de Santa

    a diferena entre oramentos menor sendo de 1,62%, atentando para o fato do estudo ser uma edificao residencial

    o CUB - Custo pesquisa realizada por Knolseisen

    usto por metro quadrado de construo (R$/m) de R$ logia foi de R$ 517,72,

    6.50%

    10.57%

    ELEVADORES

    PARAMETRICO

    ANALITICO

  • 53

    lembrando que foram utilizados insumos diferentes do utilizado no presente trabalho e em outra regio do pas.

    A diferena desta pesquisa, no comparativo entre os dois oramentos compatvel, pois ficou em 3,3457 %, sendo um empreendimento comercial sem acabamento na cidade de Belm.

  • 54

    CAPTULO 5 CONSIDERAES FINAIS

    Aps concluir a comparao entre os dois oramentos e atestar que no houve grandes disparidades em seus custos finais e o custo projetado pela empresa custo por metro quadrado (R$/m) de R$ 1.581,41 -, de modo geral, o resultado final foi satisfatrio, isso demonstra que a maneira como esse procedimento realizado por esta construtora em Belm correto.

    obvio que alguns erros so cometidos no decorrer do oramento, mas tambm notrio que os pontos positivos sobressaltam os negativos, tanto que a variao final foi apenas de 3,3457% para menos, e que o custo por metro quadrado (R$/m) foi de R$ 1.528,50, menor que o valor operado pela construtora.

    Apesar de se verificar que alguns pontos podem e devem ser melhorados, principalmente no que tange com os percentuais atribudos a cada servio, necessrio se ter em mente que este foi o primeiro empreendimento comercial executado por esta construtora, e que o mtodo, a experincia e a base de dados que a mesma utiliza mostrou-se eficaz em determinar o seus custos totais, sem prejuzos.

    Vale a pena ressaltar que esta comparao de extrema importncia, tendo-se em vista que Oramento Analtico tem maior preciso e menor margem de erros em sua elaborao, mas que infelizmente as construtoras se utilizam do Oramento Paramtrico com estimativa final, e com isso, determinam o preo final de venda adquirindo assim maior lucro com a venda de seus imveis, como se pde constatar com a presente pesquisa.

    Desta forma, finaliza-se esta pesquisa recomendando o uso dos dois mtodos oramentrios, primeiramente com o oramento paramtrico para compor

  • 55

    estimativas de custos e anlises de viabilidade econmica de um empreendimento, e posteriormente, com o oramento analtico para o melhor gerenciamento dos custos, e desta maneira, requerer transparncia para futuramente confrontar seus custos ou prejuzos com o planejado.

  • 56

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Avaliao de custos de construo para incorporao imobiliria e outras disposies para condomnios edilcios. NBR 12721:2005. Rio de Janeiro, RJ, 2005.

    CARDOSO, Roberto Sales. Oramento de obras em foco Um novo olhar sobre a engenharia de custos. So Paulo: Pini, 2009.

    DIAS, Paulo Roberto Vilela. Engenharia de Custos: Estimativa de Custo de Obras e Servios de Engenharia. 1 Edio. Rio de Janeiro , 2004.

    LIMMER, Carl Vicente. Planejamento, Orcamentao e Controle de Projetos e Obras. 1 ed. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos Editoras S.A, 1997.

    MATTOS, Aldo Drea. Como preparar oramentos de obras: dicas para oramentistas, estudo de caso, exemplos. So Paulo: Editora Pini, 2006.

    TISAKA, Maahiko. Oramento na construo civil: consultoria, projeto e execuo. So Paulo: Editora Pini, 2006.

    AVILA, Antonio Victorino; LIBRELOTTO, Liziane Ilha; LOPES, Oscar Ciro. Oramento de Obras: Construo civil. 1 Edio. Florianpolis, 2003. Disponvel em: . Acesso em: 10 out 2011.

  • 57

    BERWANGER, Cleofas. Estudo sobre controle de custos em obra utilizando oramento paramtrico e oramento analtico para residncia tipo padro normal na cidade de FOZ DO IGUAU PR. 2008. 59f. Trabalho de Concluso de Curso Graduao em Engenharia Civil - Faculdade Unio Dinmica das Cataratas. Foz do Iguau. 2008. Disponvel em: . Acesso em: 10 out 2011.

    Boletim Informativo Ano 7 - n 60 - Agosto 2010: Disponvel em: . Acesso em: 27 nov 11.

    CUSTO UNITRIO BSICO (CUB/m): PRINCIPAIS ASPECTOS. BELO HORIZONTE: Sinduscon- MG, 2007. 112f. Disponvel em: http://www.sinduscon-mg.org.br/site/ arquivos/cub/cartilha_cub.pdf. Acesso em: 02 dez 2011.

    DOMINGUES, Marco Antnio. ORAMENTAO DE EMPREENDIMENTOS DE ARQUITETURA E ENGENHARIA CIVIL - UMA SOLUO METODOLGICA PARA ATENDER A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL E A LEI DE LICITAES. So Paulo, 2002. 247p. Disponvel em: . Acesso em: 15 dez 2011.

    GONZLEZ, Marco Aurlio Stumpf. Noes de Oramento e Planejamento de Obras. So Leopoldo RS. 2008. 47f. Disponvel em: . Acesso em: 10 out 2011.

    KNOLSEISEN, Patricia. Anlise Comparativa entre Oramento Expedito e Estimativa de Custos atravs do Custo Unitrio Bsico: Um Estudo de Caso. Universidade do Sul de Santa Catarina. Palhoa, SC. 2000. Disponvel em: . Acesso em: 02 dez 2011.

    SANTOS, Dbora de Gois. Planejamento, programao, acompanhamento e controle de obras. So Cristvo, Sergipe. 43f. Disponvel em:

  • 58

    . Acesso em: 02 dez 2011.

    SAURIN, Tarcisio Abreu. Planejamento de Canteiros de Obra e Gesto de Processos. Porto Alegre: ANTAC, 2006. 112 p. Disponvel em: . Acesso em: 02 dez 2011.

    QUEIROZ, Erick Fialho de. Proposta de rotina de controle e gerenciamento de custo para execuo de obras imobilirias. SALVADOR-BAHIA, 2003. 42 f. Disponvel em: http://www.gerenciamento.ufba.br/Monografias%202002-004/Controle%20e%20Ger enciamento%20de%20Custo.pdf. Acesso em: 07 dez 11.

  • 59

    Anexo I

  • QUAN

    T.

    DE

    SER

    VIO

    1.0

    PRO

    JETO

    SVb

    R$ 15

    2.47

    5,25

    1,65

    %1.

    1Pr

    ojet

    os

    de Ar

    quite

    tura

    Vb1.

    2Pr

    ojet

    os

    de Es

    trutu

    ra co

    nve

    nci

    onal

    Vb1.

    3Pr

    ojet

    os

    de In

    stal

    ae

    s Vb

    1.4

    Projet

    os

    de Fu

    nda

    es

    Vb1.

    5M

    anual

    do

    Pr

    opr

    iet

    rioVb

    1.6

    Maq

    uet

    e El

    etr

    nic

    aVb

    2.0

    TAXA

    S, LI

    CEN

    AS E

    ALVA

    RS

    VbR$

    97

    .02

    9,70

    1,05

    %2.

    1IP

    TU e

    ITB

    do Te

    rren

    oVb

    2.2

    Laudo

    s e

    ART'

    S de

    eq

    uip

    amen

    tos

    Vb2.

    3Ha

    bite

    -se

    (B

    om

    beiro

    s, Se

    cr. de

    O

    bras

    e

    etc.

    )Vb

    2.4

    Alva

    rVb

    2.5

    Regi

    stro

    pa

    ra Te

    rren

    os

    Vb3.

    0AD

    MIN

    ISTR

    AO

    DA

    O

    BRA

    - PE

    SSO

    AL PE

    RMAN

    ENTE

    (C

    / ENC

    ARG

    OS)

    VbR$

    60

    0.66

    0,07

    6,50

    %4.

    0IM

    PLAN

    TA

    O DO

    CA

    NTEI

    ROVb

    R$ 12

    4.75

    2,48

    1,35

    %

    4.1

    Monta

    gem

    do

    ca

    nte

    iro de

    obr

    as:

    escr

    itrio

    s, al

    moxa

    rifad

    o, al

    ojam

    ento

    s, ve

    sti

    rios

    e sa

    nit

    rios,

    r

    eas

    de pr

    odu

    o e

    aces

    sos.

    Vb

    4.2

    Tapu

    me

    em es

    trutu

    ra m

    etl

    ica

    Vb4.

    3Pl

    aca

    de obr

    aVb

    4.4

    Inst

    ala

    o pr

    ovi

    sria

    de

    g

    ua

    Vb4.

    5In

    stal

    ao

    pr

    ovi

    sria

    de

    en

    ergi

    a

    Vb4.

    6Si

    nal

    iza

    o de

    se

    gura

    na

    Vb4.

    7Fo

    rnec

    imen

    to e

    exec

    u

    o de

    ba

    nde

    ja sa

    lva

    vida

    s fix

    a no t

    rreo

    Vb4.

    8Fo

    rnec

    imen

    to e

    exec

    u

    o de

    ba

    nde

    ja sa

    lva

    vida

    s a

    cada

    3

    anda

    res

    Vb4.

    9Ba

    se pa

    ra gu

    inch

    os

    Vb

    OR

    AM

    ENTO

    PA

    RA

    MT

    RIC

    O

    ITEM

    DISC

    RIM

    INA

    OUN

    DCU

    STO

    UNIT

    RIO

    CUST

    O TO

    TAL

    % DO

    CU

    STO

    TOTA

    L

  • QUAN

    T.

    DE

    SER

    VIO

    OR

    AM

    ENTO

    PA

    RA

    MT

    RIC

    O

    ITEM

    DISC

    RIM

    INA

    OUN

    DCU

    STO

    UNIT

    RIO

    CUST

    O TO

    TAL

    % DO

    CU

    STO

    TOTA

    L4.

    10En

    tela

    men

    to de

    se

    gura

    na

    Vb

    4.11

    Prote

    o pe

    rifr

    ica

    de la

    je - te

    la la

    ranja

    Vb5.

    0EQ

    UIPA

    MEN

    TOS

    - FE

    RRAM

    ENTA

    S M

    ANUA

    IS E

    EQUI

    PAM

    ENTO

    SVb

    R$ 27

    .72

    2,77

    0,30

    %6.

    0O

    PERA

    O

    DO

    CA

    NTEI

    ROVb

    R$ 19

    2.21

    1,22

    2,08

    %6.

    1Fu

    ndo

    fix

    o de

    obr

    aVb

    6.2

    Consu

    mo de

    m

    ater

    iais

    de

    es

    crit

    rio

    Vb6.

    3Co

    nsu

    mo de

    m

    ater

    iais

    de

    lim

    peza

    / b

    sic

    os

    Vb6.

    4Co

    nsu

    mo de

    g

    ua

    Vb6.

    5Co

    nsu

    mo de

    en

    ergi

    a el

    tric

    aVb

    6.6

    Consu

    mo de

    te

    lefo

    ne

    Vb6.

    7Co

    mpr

    a de

    lin

    ha te

    lef

    nic

    aVb

    6.8

    Inst

    ala

    o de

    In

    tern

    et M

    ode

    m e

    Hub

    Vb6.

    9Pr

    ote

    o co

    letiv

    a e

    indi

    vidu

    al (E

    PI)

    Vb6.

    10Re

    tro es

    cava

    deira

    pa

    ra ap

    oio

    Vb6.

    11Al

    ugu

    el de

    G

    uin

    chos

    para

    tra

    nsp

    orte

    ve

    rtica

    l de

    mat

    eria

    is

    Vb6.

    12Al

    ugu

    el de

    Ba

    lanci

    mVb

    6.13

    Fret

    es e

    Tran

    sporte

    s Vb

    7.0

    TRAN

    SPO

    RTES

    Vb

    R$ 23

    .10

    2,31

    0,25

    %7.

    1Li

    mpe

    za pe

    rman

    ente

    Vb7.

    2Re

    tirad

    a de

    En

    tulh

    oVb

    8.0

    PREP

    ARO

    DO

    TE

    RREN

    OVb

    R$ 27

    .72

    2,77

    0,30

    %8.

    1Li

    mpe

    za do

    Te

    rren

    oVb

    8.2

    Esca

    va

    o e

    com

    pact

    ao

    m

    ecan

    ica

    Vb8.

    3Lo

    ca

    o da

    obr

    a / g

    abar

    itoVb

    9.0

    FUND

    AE

    SVb

    R$ 70

    2.31

    0,24

    7,60

    %

  • QUAN

    T.

    DE

    SER

    VIO

    OR

    AM

    ENTO

    PA

    RA

    MT

    RIC

    O

    ITEM

    DISC

    RIM

    INA

    OUN

    DCU

    STO

    UNIT

    RIO

    CUST

    O TO

    TAL

    % DO

    CU

    STO

    TOTA

    L10

    .0

    ESTR

    UTUR

    AVb

    R$ 2.

    772.

    277,

    2730

    ,00%

    11.0

    ALVE

    NARI

    AVb

    R$ 36

    0.39

    6,04

    3,90

    %12

    .0

    COBE

    RTUR

    A - TE

    LHAD

    OVb

    R$ 18

    4.81

    8,48

    2,00

    %13

    .0

    IMPE

    RMEA

    BILI

    ZA

    OVb

    R$ 69

    .30

    6,93

    0,75

    %14

    .0

    REVE

    STIM

    ENTO

    IN

    TERN

    O DE

    AR

    GAM

    ASSA

    VbR$

    44

    3.56

    4,36

    4,80

    %15

    .0

    CONT

    RA-PI

    SOVb

    R$ 10

    8.11

    8,81

    1,17

    %16

    .0

    REVE

    STIM

    ENTO

    EX

    TERN

    O (A

    RGAM

    ASSA

    e

    PAST

    ILHA

    )Vb

    R$ 55

    1.68

    3,18

    5,97

    %17

    .0

    PISO

    S Vb

    R$ 13

    8.61

    3,86

    1,50

    %17

    .1

    PISO

    CI

    MEN

    TADO

    LI

    SOVb

    17.2

    PISO

    EM

    CE

    RM

    ICA

    ESM

    ALTA

    DA (R

    ODA

    P)

    Vb17

    .3

    PISO

    EM

    PO

    RCEL

    ANAT

    O (R

    ODA

    P)

    Vb17

    .4

    PISO

    EM

    G

    RANI

    TO (R

    ODA

    P)

    Vb18

    .0

    REVE

    STIM

    ENTO

    CE

    RM

    ICO

    PA

    REDE

    VbR$

    17

    0.95

    7,10

    1,85

    %21

    .0

    BANC

    ADAS

    E

    RODO

    BANC

    ASVb

    R$ 27

    .72

    2,77

    0,30

    %22

    .0

    SOLE

    IRAS

    EM

    G

    RANI

    TOVb

    R$ 16

    .63

    3,66

    0,18

    %23

    .0

    FORR

    O DE

    G

    ESSO

    VbR$

    60

    .99

    0,10

    0,66

    %24

    .0

    PINT

    URA

    VbR$

    20

    3.30

    0,33

    2,20

    %25

    .0

    PORT

    AS EM

    M

    ADEI

    RAVb

    R$ 14

    7.85

    4,79

    1,60

    %26

    .0

    PORT

    AS CO

    RTA-

    FOG

    OVb

    R$ 19

    .40

    5,94

    0,21

    %27

    .0

    ESQU

    ADRI

    AS M

    ETL

    ICAS

    E

    VIDR

    OVb

    R$ 33

    4.52

    1,46

    3,62

    %29

    .0

    ACES

    SRI

    OS

    MET

    LIC

    OS

    VbR$

    24

    .95

    0,50

    0,27

    %29

    .1

    CORR

    IMO

    Vb29

    .2

    ESCA

    DAS

    DE FE

    RRO

    Vb

  • QUAN

    T.

    DE

    SER

    VIO

    OR

    AM

    ENTO

    PA

    RA

    MT

    RIC

    O

    ITEM

    DISC

    RIM

    INA