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  • 7/24/2019 Tecnologia Aplicacao agricola

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    TECNOLOGIA DEAPLICAO

    DE DEFENSIVOS

    Prof. Dr. Ulisses Rocha Antuniassi

    FCA/UNESP - Botucatu/SP

    R. Jos Barbosa de Barros, 1780 - Botucatu/SP

    CEP 18610-307 - Fone: (14) 3811-7165

    [email protected]

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    TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    INTRODUO

    Conceitos bsicos de tecnologia de aplicao de defensivos

    2

    O tamanho de gotas e o volume de aplicao sofatores bsicos que devem ser considerados em pri-meiro lugar para o planejamento de uma aplicao.Os demais fatores importantes, como o momento daaplicao, as condies climticas, a recomendaodo produto e as condies operacionais, devem serconsiderados em conjunto para que todo o sistemaesteja ajustado, visando o mximo desempenho como mnimo de perdas, sempre com o menor impactoambiental possvel. De maneira geral, os produtos

    com maior ao sistmica, quando direcionados aosolo ou s folhas, podem ser aplicados com gotasmaiores. Isso facilita a adoo de tcnicas para a re-duo de deriva, melhorando a segurana ambientalda aplicao e aumentando a eficincia operacionaldas mesmas. Se usadas de maneira correta, gotasmaiores geralmente oferecem bom nvel de depsi-to (quantidade de defensivo depositado nos alvos),apesar de no proporcionarem as melhores condi-es de cobertura das folhas das culturas. Para osprodutos de contato ou de menor ao sistmica, o

    uso de gotas menores e/ou de maior volume de cal-da necessrio, devido maior dependncia dessatcnica com relao cobertura dos alvos. Comoexemplo, se o alvo da aplicao inclui a parte internaou inferior das plantas, como no caso tpico de umaaplicao preventiva de fungicidas para a ferrugemda soja, necessria uma boa penetrao da nuvemde gotas e, para tanto, devem ser usadas gotas finasou muito finas.O estudo das caractersticas dos alvos deve incluir a

    anlise de outros fatores, como movimentao dasfolhas, estgio de desenvolvimento das plantas, ce-rosidade, pilosidade, rugosidade, face da folha emque a cobertura mais importante (superior/inferior)e arquitetura geral da planta. Na diferenciao entreplantas como alvos de aplicaes, a posio e o for-mato das folhas apresentam importncia fundamen-tal. Por exemplo, as folhas das monocotiledneas

    so geralmente mais estreitas e se posicionam navertical, enquanto as folhas das dicotiledneas somais largas e permanecem na horizontal. Esses fa-tores so fundamentais para a definio da retenodas gotas nas folhas e na prpria eficincia de pene-trao dos defensivos nos tecidos vegetais. Por essemotivo, em muitos casos, a tecnologia de aplicaoque mais adequada ao milho pode no ser a melhorpara a soja, e vice-versa.A cobertura dos alvos de uma aplicao pode ser

    definida genericamente pela frmula de Courshee(1967):

    Onde:V = Volume de aplicaoR = Taxa de recuperao da calda nas folhasK = Fator de espalhamento de gotas

    A = rea foliarD = Dimetro das gotas

    Assim, em termos genricos, para melhorar a co-bertura de uma aplicao deve-se adotar gotas maisfinas ou volumes maiores; na aplicao de volumesmais baixos, as gotas mais finas devem ser preferi-das, para que se consiga uma boa cobertura com acalda pulverizada, e se a escolha recair sobre as go-tas maiores, o volume de calda deve ser igualmen-

    te aumentado para que se possa garantir um nvelmnimo de cobertura para o tratamento. Por essesmotivos, um dos princpios bsicos da tecnologia deaplicao que no existe uma soluo nica queatenda a todas as necessidades. necessrio, pri-mordialmente, que a tecnologia seja ajustada paracada condio de aplicao.

    C = 15VRK2

    AD

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    Para que se faa o ajuste do tamanho das gotas e dovolume de calda, vrias aes podem ser planejadasdentro do manejo dos parmetros de uma aplicao.Para reduzir o tamanho das gotas, as pontas de jatoplano (leque) podem ser substitudas pelas pontasde jato plano duplo (duplo leque) ou cnico vazio;a presso de trabalho das pontas pode ser aumenta-da e um adjuvante espalhante (surfactante) pode seradicionado calda. Para aumentar o tamanho dasgotas, as pontas de jato plano (leque) podem ser

    substitudas pelas pontas de pr-orifcio ou indu-o de ar; a presso de trabalho pode ser reduzidae um adjuvante pode ser adicionado calda (leosou espessantes de calda, cuja ao produza gotas demaior tamanho). No caso do volume de calda, suavariao deve ser feita tanto pela troca das pontascomo pela variao da velocidade de deslocamentodo pulverizador.

    Condies climticas

    Outro parmetro fundamental para o sucesso do tra-tamento a adequao da tecnologia de aplicaos condies climticas. Para a maioria dos casos,devem ser evitadas aplicaes com umidade relati-va inferior a 50% e temperatura ambiente maior que30oC. No caso do vento, o ideal que as aplicaes

    sejam realizadas com vento entre 3 e 10 km/h. Au-sncia de vento tambm pode ser prejudicial, emfuno da chance de ocorrer ar aquecido ascenden-te, o que dificulta a deposio das gotas pequenas.Esses limites, entretanto, devem ser considerados eeventualmente flexibilizados de acordo com a tecno-logia de aplicao que ser utilizada. Como exemplo,o uso de gotas grossas ou muito grossas pode faci-litar o trabalho um pouco alm dos limites, semprecom o cuidado para que a aplicao no seja feita

    em condies muito extremas com relao ao cli-ma. Mesmo dentro das faixas de trabalho relativas aesses limites, as caractersticas da tcnica utilizadadevem ser consideradas no momento da tomada dedeciso. Um exemplo de otimizao da escolha dotamanho de gotas em funo das condies clim-ticas (umidade e temperatura, neste caso) pode serobservado na Tabela 1. Nesta forma de raciocnio oprincpio a ser utilizado o da adoo da gota maissegura dentro dos limites de cada situao. Assim,

    se a umidade permite uma gota muito fina, mas atemperatura indica que o melhor seria uma gota fina,a gota maior (fina) deve ser a escolhida, por ser amais segura para tal situao (menor risco de perdaspor deriva e evaporao).

    Limites climticos

    X Classe de gotas

    Temperatura

    Umidade relativa

    Classes de gotas

    Muito Finas ou Finas

    abaixo de 25oC

    acima de 70%

    Finas ou Mdias

    25 a 28oC

    60 a 70%

    Mdias ou Grossas

    28 a 30oC

    50 a 60%

    Tabela 1. Exemplo de relao prtica entre as condies climticas e a escolha do tamanho das gotas (Fonte: Antuniassi et al., 2005)

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    O incio da manh, o final da tarde e a noite so pe-rodos em que a umidade relativa maior e a tempe-ratura menor, sendo considerados mais adequadospara as aplicaes. Na prtica, possvel e recomen-dvel a utilizao de gotas finas nesses horrios. Po-rm, necessrio um monitoramento das condiesambientais com o passar das horas do dia, pois, nocaso de haver um aumento considervel da tempe-ratura (com reduo da umidade relativa), o padrode gotas precisa ser mudado (passando-se a usar

    gotas maiores). Neste caso, o volume de aplicaodeve ser aumentado, para no haver efeito negativona cobertura dos alvos.

    Chuva e orvalho so fatores climticos que tambmrequerem ateno no momento do planejamento dasaplicaes. No caso da chuva, recomenda-se bas-tante cuidado na observao do intervalo mnimode tempo entre a aplicao e a ocorrncia da chuva,visando permitir o tempo mnimo para a penetrao

    e absoro dos ingredientes ativos. No caso do or-valho, a presena de gua nas folhas pode causarinterferncia na tcnica de aplicao. O risco de umeventual escorrimento est ligado ao uso de espa-lhantes (surfactantes) na calda. Entretanto, existemsituaes, dependendo da tcnica empregada e dotipo de defensivo utilizado, em que a ao do orva-lho pode ser benfica (muitos fungicidas se posicio-nam nesta situao). A aplicao noturna apresentavantagens no que se refere s condies climticas

    (umidade, temperatura e vento mais adequados aplicao de gotas mais finas), mas esta opo deveconsiderar a possvel existncia de limitaes tc-nicas relativas aos prprios defensivos, no que serefere s questes de eficincia e velocidade de ab-soro/penetrao nas situaes de ausncia de luzou baixas temperaturas.

    Tamanho de gotas

    Atualmente, as gotas produzidas por uma ponta soclassificadas como muito finas, finas, mdias,grossas e muito grossas (em algumas normasde classificao de pontas existe tambm a classeextremamente grossa). Para a classificao de umadeterminada ponta usando-se esse conceito, o seudimetro mediano volumtrico (DMV), medido emmicrmetros (m), deve ser comparado ao obtido

    por pontas de referncia avaliadas utilizando-se omesmo mtodo de determinao do tamanho dasgotas. Tomando-se como base a norma ASAE S572,se uma ponta apresenta DMV inferior ao obtidopara uma ponta 11001 operando a 4,5 bar, o spray classificado como gotas muito finas; se o DMV intermedirio entre o obtido por uma ponta 11001(operando a 4,5 bar) e uma ponta 11003 (operan-do a 3,0 bar), o spray classificado como gotasfinas; se o DMV intermedirio entre o obtido por

    uma ponta 11003 (operando a 3,0 bar) e uma ponta11006 (operando a 2,0 bar), o spray classificadocomo gotas mdias; se o DMV intermedirioentre o obtido por uma ponta 11006 (operando a2,0 bar) e uma ponta 8008 (operando a 2,5 bar), ospray classificado como gotas grossas e, final-mente, se o DMV maior do que o obtido por umaponta 8008 operando a 2,5 bar, o spray classificadocomo gotas muito grossas.

    A classe de tamanho de gotas um bom indicativoda capacidade da pulverizao em cobrir o alvo epenetrar na massa das folhas. Gotas menores pos-suem melhor capacidade de cobertura (oferecemmaior nmero de gotas/cm2), assim como propiciammaior capacidade de penetrao, e so recomenda-das quando necessria boa cobertura e boa pene-trao. Entretanto, gotas pequenas podem ser maissensveis evaporao e aos processos de deriva. Na

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    Tabela 2. Resumos das perdas que podem reduzir a dose real dos produtos sobre os alvos das aplicaes.

    Perdas fsicas

    Deriva e evaporao

    Escorrimento e rebote das gotas

    Lavagem do produto pela chuva

    Inativao dos ativos pela presena de ctions e coloides na gua

    Degradao dos ativos por pH inadequado e fotodegradao (raios UV)

    Misturas de tanque inadequadas (decantao, floculao

    e antagonismo de produtos)

    Perdas qumicas

    maioria dos sistemas de produo, as gotas grossasso preferidas para aplicao de herbicidas de gran-de ao sistmica, enquanto as gotas finas so maisutilizadas para inseticidas e fungicidas.

    importante ressaltar, entretanto, que, mesmo quan-do utilizada uma ponta que produz gotas predomi-nantemente grossas, h uma pequena parte do volu-me aplicado que formada por gotas finas (sensveisao processo de deriva). Isso significa que uma deter-

    minada ponta no produz todas as gotas do mesmotamanho, mas sim uma faixa de tamanhos de gotas(chamada de espectro da pulverizao). Para umadeterminada ponta, quanto maior a porcentagem degotas finas que fazem parte do espectro produzido,maior o risco de deriva. Esse conceito tem sido utili-zado em diversos pases para fundamentar uma novaclassificao de pontas, a qual avalia o seu risco dederiva. Essa classificao baseia-se na comparaoda porcentagem de reduo da deriva entre a ponta

    avaliada e uma ponta-padro. Nos pases onde esseconceito foi implantado (principalmente na Europa),alguns produtos fitossanitrios passaram a ter reco-

    mendao no rtulo da embalagem quanto ao tipode ponta que deve ser utilizado, em funo de seupotencial de reduo de deriva.

    As perdas reduzem a dose real dos produtos sobreos alvos e podem ser classificadas como perdasfsicas e perdas qumicas (Tabela 2). Apesar dotermo deriva ser utilizado de maneira geral, existemvrios tipos de deriva. A deriva o desvio do produtoaplicado, fazendo com que esse no atinja o alvo da

    aplicao; endoderiva a perda do produto dentrodos domnios da planta (ex.: escorrimento causadopor excesso de calda ou gotas muito grandes); exo-deriva a perda do produto fora dos domnios daplanta (ex.: gotas muito pequenas levadas por cor-rentes de ar); evaporao a perda de gotas peque-nas em condies climticas desfavorveis (baixaumidade e alta temperatura do ar).

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    Tabela 3. Classificao funcional e recomendao de uso de alguns tipos de adjuvantes.

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    ADJUVANTES

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    O uso de adjuvantes de calda tem se tornado muitopopular, havendo necessidade de ampla discussosobre as reais funes dos produtos disponveis nomercado. Os adjuvantes podem atuar em todas asetapas do processo de aplicao de um produto fi-tossanitrio, desde a formao das gotas (pulveriza-o) at a ao biolgica do ativo no alvo. A Figura 1apresenta todas as etapas do processo de aplicaoem que os adjuvantes podem ter influncia no com-portamento do sistema. A Tabela 3 mostra uma clas-

    sificao dos principais adjuvantes de acordo com afuno esperada e a recomendao de necessidadede uso.

    Figura 1 (ao lado). Etapas do processo de aplicao onde os adjuvan-tes podem ter influncia no comportamento resultado da aplicao.Fonte: Knowles (2006).

    Pulverizao

    Transporte at o alvo

    Impacto das gotas

    Melhoramento, espalhamento e reteno

    Evaporao

    Efeitos dos depsitos

    Absoro e translocao

    Efeito biolgico

    Classe de funo (exemplos de produtos)

    Espalhantes (surfactantes)

    Adesivos (leos e derivados de ltex)

    e penetrantes (leos e surfactantes)

    Umectantes (poliglicol, sorbitol)

    Condicionadores de calda: acidificantes (cidos),tamponantes (cido ctrico), sequestrantes (EDTA)

    Espessantes (polissacardeos)

    Antiespumantes (organossilicones)

    Protetores (extenders): filtro de UV

    Folhas com dificuldade de molhamento, grande superfcie

    foliar a ser coberta, necessidade de emulsificao de produtos.

    Necessidade de acelerar ou incentivar a penetrao,

    absoro e adeso do defensivo nas folhas (ex.: risco de chuva).

    Reduo do risco de evaporao.

    Risco de inativao e/ou degradao dos ativos devido acaractersticas da gua: gua dura (sequestrantes),

    pH inadequado (acidificantes e tamponantes).

    Risco de deriva: reduo da formao de gotas

    muito finas no espectro de gotas.

    Formao de espuma.

    Risco de fotodegradao.

    Recomendao de uso

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    Os surfactantes tm como funo principal aumentara rea de contato das gotas com os alvos, melho-rando o espalhamento da calda e o molhamento dasuperfcie tratada. A maior rea de contato obtidapela reduo da tenso superficial (TS), que a for-a interna do lquido que mantm suas molculasunidas, dificultando o seu espalhamento em umadeterminada superfcie. A Figura 2 mostra o compor-tamento da TS de acordo com a concentrao de umagente surfactante. Um efeito importante do aumento

    da rea de contato o potencial de melhoria da pe-netrao e absoro dos defensivos, justamente de-vido a essa maior rea de contato. Nesse caso, para

    alguns defensivos, pode ocorrer inclusive o aumentoda penetrao pelos estmatos das folhas. Os sur-factantes atuam tambm nas interfaces entre as di-ferentes fases de uma calda formada pela mistura decomponentes, permitindo a formao de emulses(misturas de gua e leo). Os surfactantes, assimcomo a maioria dos demais adjuvantes, devem serrecomendados pela concentrao em relao caldapreparada, de forma que se possa reduzir a chancede erros por deficincia ou excesso de produto, no

    caso da alterao do volume de calda de uma apli-cao.

    Figura 2. Comportamento da TS de acordo com a concentrao de um agente surfactante (Fonte: Antuniassi, 2006)

    ESPALHANTES (SURFACTANTES)

    TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    TensoSuperficial(mN/m)

    Concentrao do adjuvante (%)

    0

    80

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    0

    0,25 0,5 0,75 1

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    LEOS

    8

    A adio de leo na calda tem como funes princi-pais melhorar a penetrao e adeso dos defensivosnas folhas. Os leos atuam tambm no processo deformao de gotas, induzindo o aumento no tama-nho mdio das gotas e a reduo da formao degotas muito finas no espectro, atuando, dessa ma-neira, como um agente antideriva. Em alguns casoso leo pode tambm melhorar o espectro de gotasde uma pulverizao, reduzindo a variabilidade do

    tamanho das gotas produzidas. Os leos adjuvantesso disponibilizados normalmente nas seguintes ca-tegorias:

    leo mineral formulado: contendo 95 a 99% deleo mineral + 1 a 5% de surfactante;

    leo vegetal formulado: de 93 a 98% de leovegetal + 2 a 7% de surfactante;

    leo vegetal modicado (MSO): steres metila-dos ou etilados, obtidos a partir de leos de semen-tes (soja, algodo, etc.). Esses adjuvantes so leosvegetais com maior poder solvente (prximos ao deum leo mineral), apresentando melhor poder pene-trante do que os leos vegetais comuns;

    leo vegetal (ex.: leo degomado de soja ou al-godo): so leos vegetais no modificados, de me-

    nor poder solvente, normalmente recomendados emmaiores concentraes. So leos que precisam serusados em conjunto com os emulsionantes para quepossam ser misturados na calda.

    O uso de leo como adjuvante com as funes deadeso e penetrao se baseia nas caractersticasdo leo como solvente das ceras e das camadas su-perficiais das folhas das plantas. Neste sentido, osleos minerais so solventes melhores do que osvegetais e, por isso, as concentraes normalmenteutilizadas para os leos minerais so sempre meno-res do que no caso dos leos vegetais. No que serefere a esta caracterstica, o tipo de leo e a con-

    centrao do mesmo devem ser referenciados poruma recomendao do fabricante do defensivo emquesto, visto que algumas formulaes apresentamrecomendaes especficas quanto ao uso ou no deleo adjuvante na calda. Ainda, a ao dos leos naadeso e penetrao dos produtos pode ajudar naproteo das aplicaes no caso da ocorrncia dechuvas.

    Em geral, leos minerais e leos vegetais modifi-

    cados so recomendados em concentraes de at1%. Os leos vegetais no modificados podem serutilizados em concentraes maiores, que podemalcanar at 20%.

    Em termos ambientais, os leos vegetais possuemuma vantagem: como so produtos naturais e bio-degradveis, os adjuvantes base de leo de origemvegetal apresentam menor efeito poluente. Por essa

    razo, existe uma tendncia mundial de substituiodos leos minerais pelos vegetais no uso como ad-juvantes nas pulverizaes agrcolas.

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    A substituio de leo vegetal por mineral, e vice-versa, deve ser precedida de uma anlise da real ne-cessidade do sistema de aplicao. Se o leo estsendo usado como adjuvante para modificar o es-pectro de gotas e reduzir o risco de deriva, o volumede leo presente na calda o fator mais importante,ou seja, quanto mais leo, melhor. Assim, a prefern-cia para o leo vegetal, que normalmente usadoem maiores concentraes na calda. Se o leo est

    sendo usado para facilitar a penetrao do produto,ento o leo mineral ou o vegetal modificado podemser eficazes mesmo em baixas concentraes, devi-do ao maior poder de solvente.

    Influncia de adjuvantes e formulaes natecnologia de aplicao

    Um fator importante a ser considerado na definioda tcnica de aplicao a influncia dos compo-nentes da calda no processo de formao de gotasa partir da ponta, o qual pode ser significativamentealterado pela modificao de caractersticas fsicasdo lquido em questo. Assim, fatores bsicos como

    tamanho mdio e espectro de gotas podem ser alte-rados de maneira to significativa por variaes nacalda quanto pela prpria troca das pontas de pul-verizao. Por esse motivo, o uso de adjuvantes decalda deve ser precedido de um rigoroso estudo daspossveis interaes com as formulaes dos produ-tos a serem aplicados.

    De maneira geral, os surfactantes utilizados isolada-mente podem induzir a reduo do tamanho mdio

    das gotas, ocorrendo o oposto quando da mistura deleo na calda (formao de emulso). As Figuras 3e 4 mostram o comportamento de diferentes caldasquando da utilizao de diferentes adjuvantes.

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    gua

    0,5 % surfactante

    0,5% emulso

    0,5 % emulso + 0,5% surfactante

    %d

    ovolumepulverizado

    Distncia (m)

    10

    8

    6

    4

    2

    0

    2 3 4 5 6 7

    Figura 4. Percentual de deriva gerada por uma ponta 11002 aplicando caldas com diferentes adjuvantes, em funo da distncia de coleta a partir daprojeo da ponta de pulverizao (adaptado de Butler-Ellis, 2004)

    Figura 3. Dimetro mdio das gotas no espectro gerado por uma ponta 11002 e uma 11004, aplicando calda com 0,5% de surfactante, apenas guae 0,5% de leo (adaptado de Butler-Ellis, 2004)

    DMV(m)

    0,5 % de surfactante

    Apenas gua

    0,5 % de leo

    0

    310

    290

    270

    250

    230

    210

    190

    170

    150

    11002 11004

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    As formulaes dos produtos fitossanitrios e atecnologia empregada na pulverizao respondemde maneira diferente s diferentes classes de adju-vantes. A Figura 5 mostra o exemplo de uma caldacontendo glifosato que recebeu a mistura de doistipos de adjuvantes: um surfactante e um antideri-va (Li 700). possvel observar que o uso de sur-factante aumentou o percentual de gotas abaixo de

    100 m e diminuiu o percentual de gotas na faixa de200 a 300 m, ocorrendo o inverso quando do usodo produto Li 700. Essa mudana no espectro dasgotas produzidas pela ponta indica a interao entrea tcnica, a formulao e o adjuvante, representandoo efeito esperado de um adjuvante antideriva e de umespalhante quando misturados calda.

    Condicionadores de calda

    O pH da calda e a dureza da gua so fatores quepodem influenciar no desempenho de um tratamentofitossanitrio. O pH uma funo do CO2presentena gua, de sua temperatura, da presena de car-bonatos e bicarbonatos, entre outros fatores. Essacaracterstica pode induzir inativao ou degrada-o de alguns ingredientes ativos. No caso da gua

    dura, o fator preponderante a presena de clcioe magnsio, que podem se ligar s molculas dosativos dos defensivos. Em ambos os casos o uso deadjuvantes deve ser programado de acordo com asnecessidades. Como exemplo, os agentes acidifi-cantes e tamponantes so utilizados para ajuste depH, enquanto os quelatizantes so teis no caso douso de gua dura.

    TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    %d

    ovolumepulverizado

    Classe de gotas

    45

    40

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    5

    0

    < 100 100-200 200-300 300-400 > 400

    glifosato+surfactante glifosato+Li 700

    Figura 5. Espectro de gotas de uma ponta de pulverizao quando da aplicao de caldas contendo glifosato e diferentes adjuvantes.Fonte: De Sangosse (2007)

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    SISTEMAS DE APLICAO TERRESTRE

    Figura 6. Sistema de capa dupla Twin Cap/Hypro(foto: Paulo Coutinho)

    Figura 7. Sistema de aplicao eletrosttica ESP/AGCO(foto: Ulisses Antuniassi)

    Figura 8. Barra com assistncia de ar Vortex/Jacto(foto: Ulisses Antuniassi)

    Figura 9. Barra com atomizadores rotativos de discos Turbotrator/CBB(foto: Ulisses Antuniassi)

    O avano no desenvolvimento da tecnologia de apli-cao permite a opo de uso das aplicaes ter-restres em baixo volume com desempenho similarao das aplicaes convencionais, desde que rea-lizadas dentro dos critrios de respeito aos limitesclimticos. As diversas famlias de pontas hidruli-cas oferecem opes variadas dentro das classes detamanho de gotas, desde aquelas direcionadas aocontrole do risco de deriva (induo de ar e pr-orif-cio) at os modelos cujo objetivo maximizar a co-bertura dos alvos (jato plano duplo ou cone). Ainda,os acessrios que permitem a aplicao simultnea

    com mais de uma ponta em cada posio na barra(Figura 6) oferecem a flexibilidade necessria paraa adequao do tamanho de gotas s necessidadesde cada momento da aplicao, aliada angulaodas pontas, para obteno de melhor distribuio dacalda. Os pulverizadores de barras podem ser tam-bm equipados com sistemas eletrostticos (Figura 7),assistncia de ar (Figura 8) ou mesmo atomizadoresrotativos (Figura 9), aumentando ainda mais a dis-ponibilidade de opes para a melhor adequao datcnica de aplicao com os requisitos de cada tipode trabalho.

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    A escolha de um sistema de aplicao deve ser pau-tada na avaliao das caractersticas de cada alvo enos parmetros de desempenho esperado de cadatecnologia. Como exemplos, a aplicao de herbi-cidas ps-emergentes de grande ao sistmica(como o glifosato) pode ser realizada com pontas deinduo de ar ou pr-orifcio, buscando-se reduzirao mximo o risco de deriva, enquanto os jatos pla-nos duplos podem ser utilizados para as aplicaesde gotas finas no caso de defensivos que necessitem

    de maior cobertura dos alvos.

    A tecnologia de aplicao eletrosttica uma dasopes para a viabilizao de baixos volumes, prin-cipalmente quando os alvos se encontram nas par-tes intermedirias ou superiores da massa de folhasdas plantas. No caso das barras com assistncia dear, seu uso possibilita um potencial de reduo dorisco de deriva e melhoria da deposio e coberturadas folhas. Ainda, quando a cultura se encontra com

    grande enfolhamento, a assistncia de ar pode aju-dar na capacidade de penetrao da pulverizao ena redistribuio das gotas por entre as folhas dasplantas. A aplicao com pulverizadores de barrasem baixo volume tambm foi beneficiada com o de-senvolvimento dos atomizadores rotativos para equi-pamentos terrestres. Nesses sistemas possvel ob-ter um espectro mais adequado (menor variao notamanho das gotas geradas) do que com as pontashidrulicas convencionais, melhorando ainda mais

    o desempenho quando da utilizao de volumes re-duzidos.

    As pontas de pulverizao tm papel fundamental nodesempenho dos pulverizadores de barras. A Tabela4 mostra a cobertura das folhas de soja de acordocom diferentes tratamentos de aplicao terrestre.Observa-se que as gotas muito finas apresentammaior potencial de cobrir as folhas nas partes baixasdas plantas, notadamente em comparao s gotasmuito grossas. Esse fato evidencia a necessidade dese utilizar gotas menores quando h necessidade demaximizar a cobertura dos alvos. Por outro lado, as

    Figuras 10 e 11 mostram que, apesar das gotas mui-to finas cobrirem melhor os alvos, elas nem sem-pre so responsveis pelas melhores condies dedepsito de produto (quantidade de ativo sobre asfolhas). Esse fato acontece devido ao maior potencialde deriva das gotas muito finas, comparadas s gotasmdias, entre outros fatores. Por essa razo, quan-do a aplicao precisa fornecer a mxima coberturadas folhas, como num tratamento com fungicida demenor ao sistmica, a preferncia deve ser dada

    para as gotas mais finas. No caso de produtos demaior ao sistmica, pode haver vantagem no usode gotas mdias, visto que as mesmas vo aumentara deposio (quantidade) de ativo, notadamente pelomenor ndice de deriva observado.

    TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

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    De

    psitos(uL/cm2)

    Posio na planta

    0,45

    0,40

    0,35

    0,30

    0,25

    0,20

    0,15

    0,10

    0,05

    0

    Alta Mdia Baixa

    XR 11003

    TX VK8

    Figura 10. Depsitos mdios de fungicida nas folhas de soja em cada posio de amostragem nas plantas, de acordo com tratamentos de aplicaoterrestre onde foram utilizadas as pontas XR 11003 (gotas mdias) e TX VK8 (gotas muito finas). Fonte: Antuniassi et al. (2004a)

    Tabela 4. Porcentagem de cobertura da face superior das folhas de soja proporcionada pela aplicao terrestre com volume de calda de 100 L/ha, deacordo com a posio de amostragem das folhas nas plantas e as caractersticas de cada tratamento (Fonte: Antuniassi et al., 2004b)

    Posioda folha

    Tipo de ponta Presso(kgf/cm2)

    Classede gotas

    % de coberturadas folhas

    Alta

    Alta

    Alta

    Alta

    Mdia

    MdiaMdia

    Mdia

    Baixa

    Baixa

    Baixa

    Baixa

    Em cada anlise, as mdias seguidas de mesma letra no diferem entre si pelo teste T ao nvel de 5% de probabilidade.

    XR 11002

    AI 11002

    TX VK6

    TJ 60 11002

    XR 11002

    AI 11002TX VK6

    TJ 60 11002

    XR 11002

    AI 11002

    TX VK6

    TJ 60 11002

    Plano

    Plano com induo de ar

    Cone vazio

    Plano duplo

    Plano

    Plano com induo de arCone vazio

    Plano duplo

    Plano

    Plano com induo de ar

    Cone vazio

    Plano duplo

    Fina

    Muito grossa

    Muito fina

    Muito fina

    Fina

    Muito grossaMuito fina

    Muito fina

    Fina

    Muito grossa

    Muito fina

    Muito fina

    76,70

    70,83

    82,67

    72,90

    28,50

    14,7736,17

    31,17

    6,53

    2,87

    14,00

    7,23

    a

    a

    a

    a

    ab

    ba

    ab

    ab

    b

    a

    ab

    4,0

    4,0

    20,0

    4,0

    4,0

    4,020,0

    4,0

    4,0

    4,0

    20,0

    4,0

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    15TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    %d

    ecoberturadasfolhas

    Posio na planta

    90

    80

    70

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    0

    Alta Mdia Baixa

    XR 11003

    TX VK8

    Figura 11. Porcentagem de cobertura da face superior das folhas de soja em cada posio de amostragem nas plantas, de acordo com tratamentosde aplicao terrestre onde foram utilizadas as pontas XR 11003 (gotas mdias) e TX VK8 (gotas muito finas). Fonte: Antuniassi et al. (2004b).

    Um fator de grande interesse no planejamento dasaplicaes terrestres o potencial de danos mec-nicos devido ao amassamento causado pelo trfegodos pulverizadores sobre a cultura. Muitas informa-es desencontradas sobre o tema podem ser en-contradas, notadamente, quando se busca informa-es na internet. Entretanto, no perodo 2007/2008

    alguns trabalhos cientficos foram publicados discu-tindo o tema, tanto no Brasil como no exterior. Ospesquisadores observaram que os danos mecnicos

    so variveis de acordo com a cultura e o tipo deequipamento, podendo ser bastante reduzidos emcondies de trfego controlado (passar com o pul-verizador sempre no mesmo rastro). A utilizao depulverizadores autopropelidos com pneus estreitose barras de grande dimenso (situao comum noCentro-Oeste brasileiro) tambm fundamental para

    a reduo das perdas. A Tabela 5 apresenta um su-mrio dos resultados dessas pesquisas.

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    16 TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    Alguns dos autores pesquisados argumentam que,se a aplicao realizada em sistema de trfego con-trolado, com todas as aplicaes sendo realizadasprecisamente no mesmo rastro, as perdas so mini-mizadas, independente do sentido de deslocamentodas faixas (longitudinal ou transversal s linhas de

    plantio). Com efeito, para que se possa trabalharnessas condies, importante o uso de tecnologiaavanada para a demarcao das faixas e controle dodeslocamento dos pulverizadores, como os sistemasde GPS com barra de luzes e piloto automtico.

    Tabela 5. Percentual de perdas de produtividade devido aos danos mecnicos causados pelos pulverizadores autopropelidos em condies detrfego controlado, considerando equipamentos com rodado estreito.

    Autor

    Abi Saab et al.(2007)

    Abi Saab et al.(2007)

    Abi Saab et al.(2007)

    Abi Saab et al.(2007)

    Camargo et al.(2008)

    Conleyet al.

    (2007)Hanna et al.(2007)

    Pas

    Brasil

    Brasil

    Brasil

    Brasil

    Brasil

    EUAEUA

    Cultura

    Trigo

    Trigo

    Soja

    Soja

    Soja

    SojaSoja

    Barra (m)

    12

    24

    12

    24

    27,5

    2736

    Perdas %

    9,3

    4,6

    1,4

    0,7

    1,0

    1,10,8

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    17TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    Anualmente, cerca de 70% dos pulverizadores ins-pecionados no Projeto IPP (Inspeo Peridica dePulverizadores) apresentam erros significativos nacalibrao da taxa de aplicao. Esse fato muitoimportante, pois mostra que no basta que a melhortcnica seja utilizada, mas necessrio que essa tc-nica seja utilizada de maneira adequada e precisa.Para tanto, importante que operadores e tcnicossejam treinados para realizar as calibraes de ma-neira adequada, procurando evitar erros que possam

    comprometer a viabilidade do controle fitossanitrio.

    Avaliao das pontas de pulverizao

    O primeiro passo para a calibrao de um pulveriza-dor a avaliao da qualidade das pontas de pulve-rizao. O processo realizado pela determinao davazo individual de cada ponta, utilizando o sistemagravimtrico (pesagem da calda, visando a estimativado volume coletado). Para tanto, a coleta do lquido

    realizada nas pontas durante um intervalo de 2 min(dois minutos), utilizando mangueiras fixadas aoscorpos das pontas e baldes plsticos (Figuras 17 e18). A seguir o lquido pesado em balana com es-cala mnima de 5 g, calculando a vazo individual decada ponta atravs da adoo do valor de densidadeigual a 1, ou seja, 1,0 kg = 1,0 L. Esse mtodo maispreciso que a determinao volumtrica feita atravsde copos de calibrao, onde ocorrem grandes er-ros ligados tanto preciso do dispositivo quanto

    forma de fazer a leitura do volume (nivelamento docopo, deformao do mesmo, erros de escala e errosde visualizao dos valores na escala do copo, entreoutros).A pesagem da calda pulverizada em cada ponta (de-terminao da vazo) deve ser realizada de acordocom o seguinte procedimento:

    A.Instalar a mangueira em cada ponta, de forma quea calda pulverizada seja facilmente coletada nos bal-des. Essas mangueiras so compostas de um seg-mento de cmara de ar de pneu de bicicleta (15 cm)fixado na ponta de um pedao de mangueira de 40 cmde comprimento (Figura 18a);B.Posicionar um balde na frente de cada manguei-ra. Esses baldes no precisam ser todos iguais, masa capacidade mnima deve ser de 5 litros (Figura18a);

    C. Montar duas equipes de duas pessoas. Cadaequipe deve ter um cronmetro, visando fazer a co-leta sequencial da calda nos baldes. Em cada equipe,uma pessoa maneja o cronmetro e a outra movi-menta os baldes;D.Disparar os dois cronmetros ao mesmo tempo.A primeira equipe vai colocando os baldes debaixodas mangueiras a cada 5 s, sendo o primeiro baldecolocado debaixo da primeira mangueira no instantezero (momento de disparo dos cronmetros). Essa

    equipe segue colocando um balde debaixo de cadamangueira a cada 5 s:a. Sequncia: o primeiro balde no instante zero, osegundo balde aos 5 s, o terceiro balde aos 10 s, oquarto balde aos 15 s, e assim por diante;b.A segunda equipe fica com o outro cronmetro,aguardando posicionada prximo do primeiro balde.Quando o cronmetro completar 2 min de contagem,a equipe inicia a retirada dos baldes debaixo de cadamangueira, interrompendo a coleta de vazo: o primei-

    ro retirado aos 2 min, o segundo aos 2 min e 5 s, oterceiro aos 2 min e 10 s, o quarto aos 2 min e 15 s,e assim por diante;c.Aps o trmino da coleta, quando a segunda equi-pe terminar de retirar o ltimo balde, eles devem serpesados na sequncia de coleta. Deve ser conside-rada a primeira ponta (ou a ponta nmero 1) aquelamais esquerda da barra, olhando por trs do pul-verizador;

    CALIBRAO DE PULVERIZADORES

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    18 TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    Figura 17. Exemplo do processo de coleta da calda paraaferio da vazo de todas as pontas do pulverizador.

    Figuras 18. (a) Cronometragem para a coleta do lquido num intervalo de 2 min, com as mangueiras instaladas em cada ponta para facilitar a coletano balde; (b) Processo de pesagem na balana.

    d.Na pesagem, deve ser descontado o peso do bal-de (tara da balana). Para tanto, recomendado quea pesagem seja feita sempre num mesmo balde, ver-tendo o lquido coletado de cada ponta nesse baldede referncia (Figura 18b);e.O valor do peso do lquido representa a vazo decalda em 2 min. Portanto, para determinar a vazoem L/min, os valores dos pesos do lquido de cadabalde devem ser divididos por 2;

    f. A ltima etapa a montagem de um grfico dedistribuio da vazo em cada ponta, ao longo dabarra (Figura 19). Esse grfico pode ser relacionadodiretamente vazo (L/min) ou ao volume aplicado(L/ha). Para a transformao de L/min para L/hadeve ser utilizada a Equao 1, juntamente com osdados de espaamento entre pontas e velocidade dedeslocamento:

    A B

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    19TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    Figura 19. Exemplo de grfico com as vazes das pontas transformadas em valores de L/ha. Neste caso, podem ser observados problemas naspontas 3, 17, 21, 23 e 33: o nmero 3 com entupimento e os demais com excesso de vazo, o que pode caracterizar desgaste excessivo.

    Taxa

    de

    aplicao

    (L/ha)

    Bicos

    0

    120

    100

    80

    60

    40

    20

    0

    5 10 15 20 25 30 35 40

    Equao 1Onde:L/min = vazo da pontaL/ha = volume de caldakm/h = velocidade de aplicaoE = espaamento entre pontas (em metros)

    A seguir, os dados de vazo das pontas so processa-dos em planilha eletrnica para o clculo do nmerode pontas inadequadas. Esse clculo feito em duasetapas. Inicialmente, so eliminadas da amostra as

    pontas que apresentaram vazo menor do que 85%da mdia geral do lote. Nesse processo, considera-do que uma ponta com restrio de vazo superior a15% em relao mdia representa um caso provvelde entupimento. Assim, as pontas consideradas entu-pidas, nessa determinao de vazo, so eliminadasdo clculo da mdia real da vazo do lote. A seguir,numa segunda fase, deve-se calcular uma nova m-

    dia da amostra (desconsiderando os entupimentos).Essa mdia ento utilizada para o clculo e identifi-cao das pontas que apresentam variao superior a 10% com relao a essa nova mdia calculada, as

    quais so consideradas inadequadas. A ocorrncia deuma ponta inadequada no lote configura um caso deausncia de conformidade, indicando necessidade demanuteno.Aps a determinao do nmero de pontas que ultra-passam o valor-limite de variao ( 10%), a decisode troca de todo o lote tomada de acordo com o se-guinte critrio: quando mais de 10% do nmero de

    L/ha =L/min x 600

    km/h x E

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    pontas do lote apresenta problemas, recomendadaa troca de todo o lote. No caso de haver um nmeropequeno de pontas nesta situao (menos de 10% de-les), sugerida a substituio individual de cada pon-ta. Entretanto, quando a substituio parcial realiza-da, deve-se aferir a vazo das novas pontas e refazer oclculo, pois a mistura de pontas novas e usadas podecausar grande variao na vazo entre estas.

    Seleo das pontas

    Para obteno do mximo desempenho, necessrioque o equipamento de pulverizao esteja muito bemajustado ou calibrado, de forma a proporcionar umaqualidade mnima da aplicao. A calibrao do pul-verizador no s objetiva ajust-lo para a aplicao dovolume de pulverizao desejado, mas tambm para adeteco e correo de possveis falhas de funciona-mento. A calibrao deve ser realizada no incio dostrabalhos de pulverizao, assim como toda vez que

    houver alguma mudana das condies de aplicao,como troca de pontas, troca de defensivo ou dosedeste. Alm disso, o pulverizador deve ser recalibradoperiodicamente, mesmo se a aplicao for realizadadurante um longo tempo com as mesmas condies.Essa calibrao peridica deve ser realizada devidoaos desgastes de alguns componentes, como as pr-prias pontas, ou em funo de perda de ajustes cau-sada pela vibrao, situao inerente ao trabalho decampo. Mesmo os sistemas que apresentam compu-

    tadores para controle de fluxo precisam de calibraoperidica. Durante a calibrao, alguns passos bsi-cos devem ser seguidos:

    Abastecer o tanque com gua limpa e usar EPI; Funcionar o pulverizador na procura de vazamentos; Determinar a distncia entre as pontas, em metros; Determinar a velocidade de trabalho em um terrenoplano, de caractersticas semelhantes s condies de

    pulverizao. Para um maior rendimento da opera-o, a velocidade de pulverizao pode ser a mximapossvel, desde que esteja no limite de manter a barraoperando com estabilidade adequada, sem compro-meter a qualidade da pulverizao. Para a determina-o da velocidade deve-se medir uma distncia entreduas marcas (estacas ou marcas no solo), preferen-cialmente acima de 50 m. O pulverizador deve percor-rer essa distncia, iniciando o percurso, pelo menos,5 m antes da marca inicial e na marcha e rotao de

    trabalho. Para a anotao do tempo de deslocamen-to, em segundos, deve ser considerada a mdia deduas repeties. A velocidade pode ser obtida pelaEquao 2:

    A partir dos dados de volume de calda desejado,

    velocidade aferida e espaamento, calcular a vazonecessria, em cada ponta, utilizando a Equao 3:

    Onde: L/min = vazo da ponta L/ha = volume de calda km/h = velocidade de aplicao

    E = espaamento entre pontas (em metros)

    Selecionar a ponta mais adequada: a seleo depen-de, diretamente, da anlise de todas as caractersticasdo processo de aplicao. Isso ocorre em funo dadependncia do tamanho das gotas em relao ao tipode ponta e presso de trabalho, entre outros fatores.Em termos gerais, o tamanho da gota se comportade maneira inversamente proporcional presso de

    TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    velocidade = (km/h) x 3,6distncia (m)

    tempo (s)

    L/min = L/ha x km/h x E

    600

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    21TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    trabalho de uma ponta. Assim, para a obteno de go-tas maiores a presso tem que ser reduzida, sendo oinverso tambm verdadeiro. A denominao de fam-lias ou sries de pontas depende de cada fabricantee das caractersticas especficas de cada produto. Osprincipais tipos de pontas disponveis so descritos aseguir:

    Jato plano comum (sries TP, SF, API, etc.): pontascom perfil de tendncia mais uniforme de tamanho de

    gotas em funo da presso; Jato plano de uso ampliado (XR, UF, AXI, etc.):apresenta maior variabilidade no tamanho de gota emfuno da variao da presso (gotas maiores em bai-xa presso e gotas menores em alta presso); Jato plano de baixa deriva (sries DG, LD, ADI, etc.):pontas com perfil de gotas grandes, visando diminuiro risco de deriva; Jato plano duplo (srie TJ): cada ponta de jato pla-no duplo formada por duas pontas de jato simples,

    unidas no mesmo corpo. Por esse motivo apresen-tam, normalmente, perfil de gotas mais finas do queas pontas de vazo equivalente de jato simples. Comoexemplo, uma ponta de jato duplo 11002 equivale unio de duas pontas 11001; Jato cnico vazio (sries TX, JA, entre outros): apre-sentam perfil de gotas finas e muito finas, com grandecapacidade de penetrao e cobertura, mas com altorisco de deriva e evaporao; Jato com induo de ar (sries AI, BJ, entre outros):

    apresentam perfil de gotas grossas e muito grossas,com incluses de ar (bolhas de ar dentro das gotas).Em geral so caracterizados por apresentar baixa de-riva. A cobertura de alvos planos pode ser melhor doque a proporcionada por gotas grandes de pontas seminduo de ar. Dependendo do fabricante, podem estardisponveis no mercado pontas de induo de ar comjato plano, jato plano duplo ou jato cnico.

    A classificao das condies de trabalho das pontasutilizadas no Brasil pode ser obtida em catlogos (im-pressos ou obtidos on-line nos sites das empresas),sendo que alguns fabricantes fornecem informaescom maior ou menor grau de detalhamento. As infor-maes mnimas necessrias devem indicar o padrode tamanho de gotas (classificao de acordo com asnormas internacionais, tal como a ASAE S572), as-sim como a vazo e a presso de trabalho para cadaclasse indicada. Com base nos dados dessas tabelas,

    a seleo das pontas mais adequadas deve seguir oseguinte roteiro:

    a. definir as caractersticas tcnicas da aplicao,como tipo de alvo, cobertura necessria, importnciada penetrao das gotas na massa de folhas, volumede calda, tamanho e densidade de gotas, risco de de-riva, ou outras;

    b.definir as caractersticas operacionais da aplicao,

    como velocidade de trabalho e espaamento entrepontas;

    c.a partir dos dados de volume, velocidade e espa-amento, calcular a vazo necessria, em cada ponta,utilizando a Equao 2;

    d.utilizando a vazo calculada, procurar nas tabelasa ponta que satisfaa os requisitos tcnicos (caracte-rsticas desejveis da aplicao) e que fornea a vazo

    necessria.

    Exemplo do procedimento para a seleo deuma ponta

    Definir a seleo de pontas para a aplicao de herbi-cida ps-emergente com ao sistmica em operaode dessecao para a cultura da soja:

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    22 TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    Dados da aplicao: velocidade de trabalho: 12 km/h; volume de calda: 100 L/ha; Espaamento entre pontas: 0,5 m.

    Ou seja, a vazo em cada ponta dever serde 1 L/min.

    Considerando as caractersticas do trabalho pretendi-do (dessecao, tipo de herbicida, entre outros), a es-colha pode ser feita para a aplicao com gotas gros-sas ou muito grossas. Assim, podem ser selecionadasduas opes: para aplicar gotas grossas, usar pontasde baixa deriva 11003, trabalhando com presso entre2 bar e 2,5 bar; para aplicar gotas muito grossas, aopo seria uma ponta com induo de ar 11002, queproduz gotas muito grossas, trabalhando com presso

    entre 4 bar e 5 bar.

    Calibrao final

    Aps a seleo da ponta e a sua instalao na barra,o pulverizador deve ser colocado na rotao do mo-tor e na presso de trabalho selecionadas, coletandoa gua pulverizada de acordo com a metodologia deinspeo descrita anteriormente (coleta de vazo detodas as pontas, usando os baldes e a balana). O

    procedimento de checagem de todas as pontas deveser realizado periodicamente. possvel ento calcu-lar a mdia dessas vazes, determinando o volume depulverizao aplicado nessas condies.Se houver necessidade, a vlvula reguladora de pres-so deve ser ajustada para aumentar ou diminuir a va-zo do sistema, buscando um volume de pulverizaoo mais prximo possvel daquele desejado. Nas m-quinas com computador de bordo, ajustar o volume

    desejado no painel de controle. No caso de comandoscom retorno regulvel para cada seo, tais vlvulastambm devem ser ajustadas quando h uma nova re-gulagem de presso. Esse ajuste realizado colocan-do o pulverizador em funcionamento, abrindo todas assees das barras e visualizando a presso do sistemapelo manmetro do pulverizador. Ento, uma seopor vez fechada e a vlvula de retorno regulvel,correspondente quela seo, regulada at o pontoonde a presso se torna igual presso inicial antes

    do fechamento daquela seo. Uma vez calibrada umaseo, a mesma aberta e uma prxima fechada,repetindo o procedimento para todas as sees.

    Avaliao de erros na taxa de aplicao

    No clculo de erros na calibrao da taxa de aplica-o, so consideradas inadequadas as mquinas comdiferenas superiores a 5% entre a calibrao real eaquela pretendida na aplicao. Tais erros dependem,

    fundamentalmente, dos erros cometidos pelo operadorna calibrao geral do pulverizador. Assim, parmetroscomo velocidade (tempo aferido para o deslocamentoem um determinado espao), vazo das pontas, es-paamento entre pontas e presso de trabalho apre-sentam grande importncia na magnitude dos errosencontrados. Alm disso, a maioria das mquinasque possuem computadores de bordo (controladoreseletrnicos da pulverizao) apresenta necessidade derecalibrao peridica dos sensores de vazo e veloci-

    dade. Os erros de calibrao nesses componentes somuito importantes para definir a porcentagem de errode taxa de aplicao. No clculo dos erros de calibra-o devem ser considerados fatores como a largura detrabalho (incluindo os erros de espaamento) e a velo-cidade aferida. O valor real da calibrao final deve serobtido usando-se a mdia de vazo de todas as pontas(obtida dos dados de pesagem dos baldes).

    L/min = = 1,0100 x 12 x 0,5

    600

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    23TECNOLOGIA DE APLIC AO DE DEFENSIVOS

    LITERATURA CONSULTADA

    ABI SAAB, O.J.G., COUTO, D.T.A., HIGASHIBARA, L.R. Perdas de produtividade causadas pelo rodado de pulve-rizadores. In: Congresso Brasileiro da Cincia Aeroagrcola 2007, Anais, Botucatu/SP: FEPAF, 2007, p.1-4.

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    ANTUNIASSI, U.R., BAIO, F.H.R., BIZARI, I.R. Sistema de suporte deciso para seleo de pontas de pulveriza-o em sistemas de aplicao de defensivos. In: V Congresso Brasileiro de Agroinformtica, 2005, Londrina/PR.Agronegcio, Tecnologia e Inovao.Londrina/PR: SBI-Agro, 2005. v.1, p.1-2.

    ANTUNIASSI, U.R., BONELLI, M.A.P.O., CAMARGO, T.V., SIQUERI, F.V. Desempenho de sistemas de aplicaoterrestre para o controle da ferrugem da soja. Documentos - Embrapa Soja.Londrina/PR, v.257, p.217-218,2005a.

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