analise de custos contabilidade internacional e a aplicada

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  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

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    ANLISE DE CUSTOS,CONTABILIDADE

    INTERNACIONAL EESTATSTICA APLICADA

    Proessor MSc. Reinaldo Bazoni

    Proessora MSc. Maria Massae Sakate

    Mdulo

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

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    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    Apresentao

    Caro(a) acadmico(a)A unidade didtica Estatstica Aplicada a Cincias Contbeis visa possibilitar a voc contedos e um tra-

    balho que oerea condies para que possa aprender a compreender e interpretar a realidade, com entendi-

    mento de que sucesso de um prossional dentro de uma sociedade cada vez mais competitiva e globalizada.

    No entanto, tambm depende primordialmente do seu grau de desenvolvimento e competncia que so de-

    correntes de sua capacidade de assimilao e deteno dos conhecimentos tcnico-cientcos utilizados nas

    cincias que determinam a evoluo dos grupos envolvidos nos diversos processos de emulao.

    Dessa orma, os estudos quantitativos e/ou qualitativos sobre um determinado acontecimento, seja ele

    numrico ou no, podem explicar a sua ocorrncia e a sua representatividade e propiciar undamentos para

    o estabelecimento de um modelo adequado para inerncias em posies semelhantes ou aproximado, refe-

    tindo-se na qualidade dos objetivos propostos.

    Em assim sendo, acreditamos que a incluso da estatstica no conjunto das cincias a serem aprendidas

    imperiosa e servir, com certeza, como excelente instrumento de avaliao e vericao de um grande volu-

    me de prticas e atividades intrnsecas e relativas ao processo evolutivo e de desenvolvimento da sociedade

    global.

    Proessor MSc. Reinaldo Bazoni

    Proessora MSc. Maria Massae Sakate

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    AULA 1 Introduo e o Objetivo da Estatstica

    Ctd Importncia e origem da estatstica

    Limitaes da estatstica

    O que a estatstica

    A estatstica aplicada

    A estatstica descritiva e inerencial

    Variveis discretas e amostra

    Ctci hiidd Resolver problemas por meio das leituras dos dados e tratamento das inormaes

    Utilizar o raciocnio lgico crtico e analtico

    Interpretar e analisar criticamente os dados

    Compreender as mudanas de demanda social

    Ampliar a capacidade de comunicao interpessoal

    Discenir a escolha da tcnica mais ecaz para uma determinada situao.

    Reconhecer a validade e veracidade dos dados levantados em uma pesquisa

    Refetir sobre os dados obtidos, azendo a devida transposio para a vida cotidiana

    Txt diiiizd t Lista de atividades Na Galeria da Unidade Didtica

    Texto de auto-estudo Na Galeria da Unidade Didtica

    D h/a via satlite com o proessor interativo h/a presenciais com o proessor local6 h/a mnimo sugerido para auto-estudo

    AULA

    1____________________INTRODUO E O OBjETIvODA ESTATSTICA

    UnidadeDidticaEstatsticaAplicadaCo

    ntabilidade

    ImporTnCIa e orIgem Da esTaTsTICa

    A estatstica utilizada em praticamente todos

    os setores do conhecimento humano, tanto por

    parte dos governos, como pela iniciativa privada,

    devido sua importncia na soluo de clculos

    complexos e anlises econmicas e sociais de mu-

    nicpios, Estados, Unio e empresas de uma ma-

    neira geral.

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    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    Com a acilidade de acesso inormtica, a esta-

    tstica passou a ser mais utilizada, em razo da pos-

    sibilidade de se elaborarem grcos, tabelas e an-

    lises mais aproundados dos dados de orma mais

    rpida e precisa. H que se considerar, no entanto,que as anlises estatsticas realizadas em um sistema

    inormatizado requerem certos conhecimentos por

    parte dos prossionais, para concluses e inern-

    cias apropriadas e adequadas.

    Alm do exposto, os prossionais envolvidos nas

    administraes, pblicas ou privadas, devem pos-

    suir conhecimentos de estatstica para tomar deci-

    ses e evitar que sejam conundidos por certas apre-

    sentaes viciosas.

    Para os cursos de ps-graduao (especializa-es, mestrados e doutorados) so imprescindveis

    as bases estatsticas para a correta interpretao dos

    dados levantados e anlises para os trabalhos de

    monograa, dissertao ou tese.

    Muitas experincias cotidianas relatadas pela im-

    prensa em geral oerecem amplas oportunidades

    para a interpretao por meio de anlises estatsti-

    cas.

    Numa sociedade cada vez mais exigente, todo

    prossional deve se atualizar constantemente e,

    para isso, torna-se necessria a leitura de revistas

    cientcas, as quais contm reerncias reqentes a

    estudos estatsticos.

    Esses estudos apresentam tcnicas extremamente

    valiosas com utilizao de mtodo de anlise com o

    intuito de transormar dados em inormaes para

    tomadas de decises geralmente de alta relevn-

    cia. Tambm pelos diversos meios de comunicao

    pode-se vericar sua importncia, pois constante-

    mente a sua presena pode ser observada em em-

    presas, governos, pesquisas de modo geral, pales-tras, congressos, seminrios, esportes e outros tipos

    de atividade. Como exemplos podemos, citar:

    Um proessor comunica classe que sua nota

    mdia oi 7.1, e que 0% dos alunos caram

    acima da mdia (nas salas de aula tambm

    existem estatsticas).

    Segundo o Governo brasileiro, a renda per

    capita em uma determinada data era de US$

    6.100,00, o que classica o pas como o 69o en-

    tre os demais. (Observa-se que esse valor uma

    mdia nacional; no entanto, em So Paulo, essa

    renda seis vezes superior do Piau.)

    O IBGE inorma que a densidade mdia po-pulacional brasileira de 17. habitantes por

    quilmetro quadrado.

    Um abricante de soro necessita determinar o

    percentual de unidades deeituosas de um cer-

    to lote de caixas. Se o valor or muito elevado,

    a viabilidade de seu empreendimento estar em

    risco. Testar todos os palitos destruiria toda a

    produo; no entanto, testando s uma peque-

    na rao (amostra), ele pode tomar a deciso de

    comercializar ou no os lotes produzidos.Obs.: Um estudo baseado numa pequena rao

    de uma populao denominado Estatstica de

    Amostra.

    Em contabilidade, rmas especializadas azem

    amostragens estatsticas para eetuar auditorias em

    seus clientes visando determinar a quantidade real

    de contas a receber do cliente.

    Em nanas, os consultores analisam as dierentes

    aes sobre o mercado que, aps as anlises, podem

    tirar concluses para orientar seus investidores.Em medicina, as amostras so de vitalimportn-

    cia. Quando se retira uma pequena quantidade de

    sangue para um determinado exame, pressupe-se

    que aquele volume representa a condio sangnea

    do indivduo como um todo.

    Outros exemplos:

    O servio de meteorologia inorma que se pre-

    v chuva (as previses climticas tambm uti-

    lizam como base os dados e anlises estatsticas

    de perodos anteriores) para determinada re-gio, em um perodo denido.

    Em uma eleio, aps uma pesquisa realizada

    com um grupo (amostra) de pessoas entrevista-

    das, pode-se prever com alguma probabilidade

    de acerto quais sero os candidatos eleitos.

    O Governo anuncia que as exportaes de um

    produto brasileiro cresceram 1% em relao

    ao mesmo perodo do ano anterior.

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    AULA 1 Introduo e o Objetivo da Estatstica

    De modo geral, a evoluo das cincias e tam-

    bm das tecnologias contribui de orma generali-

    zada para toda a sociedade na utilizao de algu-

    mas tcnicas estatsticas. Dentre elas destacamos as

    grandes quantidades de inormaes, de meios decomunicao, desenvolvimentos de pesquisa, um

    aprimoramento na orma de gerenciar e adquirir

    outras ormas de trabalho. Nesse contexto, a estats-

    tica, como a sua possibilidade de buscas, de repre-

    sentaes e sntese de dados, desponta nos meios de

    comunicaes e inormaes ampliando a orma de

    acompanhar um dado acontecimento, vericar, sin-

    tetizar, resolver problemas e tomar novas decises

    geralmente importantes.

    Dentre as diversas ormas existentes de deniesde estatstica, preere-se deni-la de uma orma re-

    duzida, ou seja, como um ramo da matemtica que

    se ocupa com os mtodos de coleta, processamento,

    apreciao, anlise e interpretao dos dados para to-

    madas de decises geralmente importantes. Por outro

    lado, de uma orma bem simplicada podemos ar-

    mar que a estatstica uma cincia que transorma os

    dados em inormaes.

    A estatstica contribui na ormao de prossio-

    nais, como uma excelente erramenta para o desen-

    volvimento de mtodos cientcos; por outro lado,

    a estatstica no pode provar nada e sim propiciar o

    clculo da probabilidade da ocorrncia de um even-

    to dentro de uma determinada margem de acerto

    ou ainda a hiptese relativa de se estar certo ou er-

    rado.

    Exemplo: Ningum pode estar absolutamente

    certo de que o valor do ouro estar estvel, mas a

    estatstica pode inormar que, acima de qualquer

    dvida razovel, o seu valor no estar instvel em

    uma determinada situao.

    Como surgIu a esTaTsTICa

    Alguns povos da Antigidade registravam dados

    como nmeros de habitantes, de nascimentos e de

    bitos, e aziam estimativas das riquezas sobre as

    quais se cobravam os impostos. Concio relatou

    levantamentos eitos na China h mais de 000 anos

    antes da Era Crist. No Antigo Egito, os aras ze-

    ram uso de inormaes de carter estatstico, con-

    orme evidenciaram pesquisas arqueolgicas. Os

    registros mostram que alguns dos povos j aziam

    controle de sua populao, registrando as migra-

    es, nascimentos, bitos e tambm das suas terrase riquezas. Havia distribuies de terras de uma or-

    ma proporcional quantidade de pessoas na am-

    lia e tambm eram eitos registros dos patrimnios

    para uma melhor tributao dos impostos.

    Os recenseamentos, como o mencionado na B-

    blia, no passavam de controles militares, reerentes

    baixa de soldados, armas e cavalos, visando reor-

    ganizar o Exrcito para novas conquistas e adminis-

    trar as terras conquistadas.

    Com nalidades tributrias ou blicas, na IdadeMdia j se colhiam inormaes de pessoas e ani-

    mais e, no sculo XVI, comearam a surgir as pri-

    meiras anlises sistemticas de atos sociais, como

    batizados, casamentos e unerais, originando-se da

    as primeiras tabelas e os primeiros nmeros relati-

    vos estatstica.

    Nos estudos reerentes a essas reas a partir do

    sculo XVIII oram observados aspectos realmen-

    te cientcos. Segundo Godoredo Achenwall, ba-

    tizou-se a nova cincia com o nome de Estatstica,

    determinando o seu objetivo e suas relaes com as

    cincias.

    Etimologicamente, a palavra Estatstica deriva

    do termo latino status, que signicava originalmen-

    te inormaes teis ao Estado. Posteriormente apalavra passou a consignar dados quantitativos.

    As tabelas tornaram-se mais completas, surgiram

    representaes grcas e o clculo das probabilida-

    des. A estatstica deixou de ser simples catalogao

    de dados numricos coletivos para se transormar

    em estudos de como obter concluses sobre a popu-lao, partindo da observao de amostras.

    A teoria das probabilidades, no nal do sculo

    XVII, aplicada estatstica existente, deu origem

    estatstica moderna, aplicada em todos os campos

    de pesquisa. Atualmente, tornou-se uma tecnologia

    quantitativa para a cincia experimental e observa-

    cional, que permite avaliar e estudar as incertezas

    e os seus eeitos no planejamento, possibilitando a

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    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    6

    interpretao de experincias e de observaes de

    enmenos da natureza e da sociedade.

    rid...

    Estatstica uma cincia que estuda os dadosquantitativos para a cincia experimental e obser-

    vacional, que permite avaliar e estudar as incertezas

    e as certezas e os seus eeitos no planejamento, pos-

    sibilitando a interpretao de experincias e de ob-

    servaes de enmenos da natureza e da sociedade.

    uma excelente erramenta para o meio cientco.

    ImporTnCIa Da esTaTsTICa no Curso De

    CInCIas ConTbeIs

    A estatstica tem-se tornado parte das nossas vi-das. Basta apenas dar uma olhada nos diversos tipos

    de publicao como os jornais, livros e revistas, para

    perceber como a linguagem da probabilidade e da

    estatstica est presente no cotidiano, sendo cons-

    tantemente utilizada tanto nas sees policiais, des-

    portivas, inormativas, como na meteorologia, em

    relatrios econmicos e nanceiros, administrati-

    vos, sondagens de opinio, com carter poltico ou

    publicitrio, de produtos de consumo, ilustrando as

    inormaes com grcos e tabelas dos mais diver-

    sos tipos, cuja leitura e interpretao pressupemalguns conhecimentos estatsticos.

    Essa linguagem est na sociedade como um todo.

    As inormaes so apresentadas utilizando a lin-

    guagem e os mtodos estatsticos. As publicaes,

    de uma orma geral, recorrem reqentemente a

    conceitos estatsticos e utilizam grcos e tabelas de

    vrios tipos para apresentar suas inormaes.

    O papel do contador requer com reqncia a

    capacidade de analisar e interpretar a realidade. A

    estatstica tem a uno e possibilita o desenvolvi-mento das capacidades de argumentar e de tomar

    decises que so de suma importncia para esse

    prossional.

    O uso de recursos tecnolgicos, mais especica-

    mente de uma planilha eletrnica ou um sotware

    especco de estatstica, d a possibilidade de um

    enoque maior nos conceitos estatsticos, superando

    assim as diculdades que muitos tm das tcnicas

    matemticas para clculos operatrios, permitindo

    trabalhar com dados mais complexos, sem arredon-

    damentos, isto , dados reais.

    Apesar da importncia de serem compreendi-

    dos os conceitos matemticos, a estatstica poderser mais signicativa se o enoque do ensino esti-

    ver mais centrado nos conceitos estatsticos do que

    nos clculos matemticos e probabilsticos. Mes-

    mo reconhecendo a necessidade e importncia dos

    procedimentos, isso dever ser o incio de todo o

    processo, ou seja, o desao ir muito mais alm,

    ultrapassar os procedimentos e chegar refexo. A

    estatstica dever ser muito mais do que uma srie

    de tcnicas. O trabalho com os dados deve promo-

    ver o desenvolvimento de hbitos de pensamento,pois se trata de um processo de refexo para um

    maior entendimento sobre o mundo.

    A compreenso, de orma signicativa, da pre-

    parao dos questionrios, amostragens, coleta de

    dados, organizao, representao grca de dados

    e da elaborao de previses az com que o pen-

    samento estatstico seja utilizado na resoluo de

    problemas do mundo real, obtendo a devida valori-

    zao, contribuindo assim para sua conscientizao

    sobre o papel da estatstica na sociedade e a nature-

    za do pensamento cientco.

    aplICabIlIDaDe Da esTaTsTICa nas

    CInCIas ConTbeIs

    A estatstica pode ser aplicada nas mais diversas

    reas. Dentre elas, citamos as mais conhecidas pela

    sociedade:

    a) No Censo, aplicado pelo Instituto Brasileiro

    de Geograa e Estatstica (IBGE) e que d ao

    Governo ederal as inormaes, em dieren-

    tes aspectos, da populao brasileira.b) Na poltica, quando eita a pesquisa de urna

    ou para saber as necessidades da populao a

    m de que os polticos possam traar as suas

    metas de campanha.

    c) Na contabilidade, em que se proporciona visi-

    bilidade em algumas das seguintes questes:

    Sistema de inormao para tomada de de-

    cises gerenciais, como:

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    AULA 1 Introduo e o Objetivo da Estatstica

    7

    No clculo de ndice-padro para avalia-

    o de uma empresa na rea de crdito.

    Grau e tipo de ormao de sua equipe de

    trabalho.

    Inormaes sobre produtos criados emanipulados.

    Qualidade na produo de um produto

    por meio da amostragem.

    Tipos de clientela e localidades existentes

    para um determinado produto.

    Prever situaes e priorizar metas para

    um dado acontecimento.

    Podemos j visualizar alguns pontos em que os

    administradores podero azer uso dos conceitos

    estatsticos para obter benecios nos seus trabalhos.Destacamos agora alguns pontos que devem se ana-

    lisados criticamente antes do uso da estatstica.

    lImITaes Da esTaTsTICa

    A estatstica tem sido utilizada na pesquisa cien-

    tca para a otimizao de recursos econmicos e o

    aumento da qualidade e produtividade, na otimi-

    zao em anlise de decises, em questes judiciais,

    previses e em muitas outras reas, podendo porm

    haver erros na coleta dos dados. Por exemplo, um

    entrevistador pode cometer um engano ao registrar

    os dados obtidos; em vez de registrar a idade de uma

    pessoa com anos, registra anos, intererindo

    na transposio das inormaes.

    Com a nalidade de levantar dados para determi-

    nada pesquisa importante escolher uma onte con-

    vel de inormaes ou uma amostra adequada e

    utilizar instrumentos corretos de coleta de dados, tais

    como questionrios ou entrevistas, dentre outros. De-

    pendendo do assunto pesquisado, os dados resultaroem grcos dierentes, bem como dierentes distri-

    buies de reqncia. Ao colocarmos os valores em

    um grco, podemos obter as mais diversas congu-

    raes, e elas podero aetar a leitura dos dados.

    Podemos tambm observar que em alguns mo-

    mentos no temos disposio para a interpretao

    de uma pergunta. Assim, a resposta poder estar in-

    correta, causando erros nos tipos de resultado.

    A busca de inormaes por meio de uma pesquisa

    em toda a populao torna-se dispendiosa e custosa.

    Desse modo, a alternativa a busca de uma amostra,

    que dever ter uma anlise criteriosa e impessoal, pois

    poder trazer inormaes que no representam apopulao. Exemplo: um poltico quer saber seu grau

    de aceitao na sociedade e busca inormaes apenas

    em seu partido poltico ou com seus amiliares.

    rid

    A estatstica no corrige erros ou tcnicas de-

    eituosas, ou seja, se lanarmos uma moeda

    vezes e em todas sair a ace cara, vai haver uma

    certa desconana. Ou a moeda s tem a ace

    cara, ou a moeda est viciada (viciada quan-

    do um lado mais pesado que o outro). Assim

    sendo, como o mais pesado cai sempre para

    baixo, os resultados no vo ser os esperados.

    A estatstica apenas contribui com o pesquisador,

    mas h necessidade do esprito cientco e do co-

    nhecimento proundo do material em estudo.

    Um exemplo real: ao realizar uma pesquisa sobre

    o conhecimento de clculo atuarial do contabilista

    e/ou do administrador, qual deve ser o tamanho da

    amostra, com uma margem de erro de % e com

    um grau de conana de 9%. A hiptese de queapenas 1% dos contabilistas e/ou dos administrado-

    res, tem conhecimento de clculo atuarial. Estima

    que em uma determinada cidade existam cerca de

    0.000 administradores e contadores. A pessoa que

    ir realizar essa pesquisa pode no ser representati-

    va se no tiver noo da hiptese de que apenas 1%

    dos contabilistas saiba clculo atuarial.

    At agora alamos um pouco de estatstica de

    uma orma generalizada, em que pudemos vericar

    algumas noes de aplicaes e limitaes. A par-tir deste momento, aremos algumas conceituaes

    dos termos e um trabalho mais prtico.

    Estatstica!!!O que mesmo?

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

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    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    de suma importncia estarmos atentos para

    poder ampliar nossa compreenso dos conceitos da

    estatstica e que esse conceito no passe apenas de

    apresentao de tabelas e grco dos dados, mas que

    possibilite a intererncia nas situaes pesquisadase, a, novos rumos podero ser dimensionados.

    Vejamos ento os dierentes conceitos.

    De uma orma mais simplicada, entendemos

    que uma metodologia para coletar, analisar, apre-

    sentar e interpretar os dados, isto , uma parte da

    matemtica aplicada que ornece mtodos para a

    coleta, organizao, descrio, anlise e interpreta-

    o de dados e a sua utilizao na tomada de deci-

    ses.

    A estatstica est dividida em duas reas ou a-ses: a descritiva e a inerencial.

    A descritiva compreende as etapas da descrio,

    organizao, tabulao e representao por meio

    de grcos e tabelas. O seu objetivo tornar as pes-

    quisas mais ceis de serem entendidas, relatadas,

    discutidas, acilitando a utilizao dos resultados

    obtidos.

    Por exemplo:

    a) Apresentao por meio de uma tabela ou gr-

    co do perl do Administrador por meio daPesquisa Nacional elaborada pelo Conselho

    Federal de Administrao (CFA).

    b) Dados da mdia anual de leituras de livros

    dos acadmicos do Curso de Administrao

    da UNIDERP Interativa.

    c) Apresentao por meio de grcos do ndice

    de aceitao da popularidade do Presidente

    da Repblica.

    J a inerencial a continuidade da estatstica

    descritiva, consistindo na anlise e interpretaesdos dados amostrais. Sua base est ligada teoria

    das probabilidades, tornando possvel a estimao

    de caractersticas de uma populao a partir dos re-

    sultados amostrais.

    De uma orma mais simplicada, a estatstica in-

    erencial tenta ampliar o conhecimento, az uso da

    estimativa e testa a hiptese sobre a caracterstica da

    populao, como por exemplo:

    A partir de agora, daremos uma maior nfase Estatstica Descritiva, focalizando a

    elaborao de uma pesquisa estatstica,para em um outro momento fazermos algumas

    imerses no uso do tratamento de dadosestatsticos.

    a ccit ccd...

    importante conhecer os conceitos estatsti-

    cos. Essa cincia ns d possibilidade de uma viso

    maior e mais global dos acontecimentos e de ser-

    mos mais crticos nos resultados demonstrados pe-

    las mdias impressas, televisivas ou digitais. Antes da

    elaborao dos questionamentos relacionados com

    um problema, imprescindvel decidir que parte dapopulao ser pesquisada.

    Exemplo:

    Queremos saber quantos acadmicos do Curso

    de Cincias Contbeis da UNIDERP Interativa es-

    to atuando na rea de sua ormao, isto , quem

    j tm o seu trabalho como gerente, contador ou

    coordenador.

    Para obtermos a resposta desse questionamento

    necessitamos azer a pergunta para os acadmicos

    do Curso de Cincias Contbeis da UNIDERP In-terativa. Logo, a nossa populao ser os acadmi-

    cos do Curso de Cincias Contbeis da UNIDERP

    Interativa, pois o resultado da pesquisa ornecer

    dados para responder a minha questo de inves-

    tigao.

    p

    o conjunto de todos os elementos com as ca-

    ractersticas que se deseja estudar ou o grupo sobre

    o qual se realiza um estudo estatstico. Depois derefetirmos e esquematizarmos uma pesquisa esta-

    tstica, importante conhecermos alguns conceitos

    utilizados nesta rea.

    Ao aplicarrmos as questes devemos decidir

    quem as responder.

    Nesse caso, se or para toda a populao, daremos

    o nome de Censo, se orem escolhidos alguns repre-

    sentantes, ser apenas uma amostra.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

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    AULA 1 Introduo e o Objetivo da Estatstica

    9

    at

    a parte da populao que se escolhe aleatoria-

    mente para estudo. Em outras palavras, deve ser es-

    colhida obrigatoriamente ao acaso e reere-se a uma

    parte representativa da populao.A amostra dever ser no mnimo de 10% de ele-

    mentos da populao.

    As vantagens de se trabalhar com amostras repre-

    sentativas so: baixo custo, pouco tempo para reali-

    zar a pesquisa, acilidade e ecincia nos resultados

    obtidos.

    A escolha da amostragem poder ser:

    a) Amostragem aleatria simples Sorteiam-se

    para o estudo pelo menos 10% da populao.

    b) Amostragem sistemtica Sorteia-se um n-mero de 1 a 10. Este ser o primeiro, os pr-

    ximos podero ser os mltiplos do nmero

    sorteado ou o somatrio de ; enm, dever

    ser sistematizada uma orma para a escolha

    dos elementos.

    c) Amostragem estratifcada proporcional

    A amostra ormada por estratos com um

    nmero de elementos proporcional ao de

    cada grupo que orma a populao, isto , se

    a populao or ormada por 70% do sexomasculino, a amostra dever ter 70% desses

    elementos.

    rtid

    Para saber a temperatura da gua da piscina,

    basta colocar um dedo; se houver a necessidade

    de uma maior preciso, basta colocar um ter-

    mmetro.

    Para saber se existe uma doena, o mdico so-

    licita exames. A proporo da quantidade desangue retirado bem menor que 10%.

    Para saber se a sopa est boa, prova-se apenas

    uma pequena poro, mas, se a sopa no esti-

    ver homognea, teremos inormaes viciadas

    ou a amostragem dar uma viso distorcida da

    realidade.

    O tamanho da amostra depende da rea espec-

    ca que est sendo pesquisada. O resultado de uma

    pesquisa da amostragem refetir o todo. Uma ma-

    neira prtica de se minimizarem os erros evitar

    amostras muito pequenas que produzam uma es-

    timativa pouco representativa da populao; entre-

    tanto, grandes amostras demandam muito trabalhoe tempo, elevando signicativamente os custos.

    importante ter alguns cuidados para que no

    ocorram erros viciosos, levando os dados observa-

    dos, medidos ou avaliados no-representatividade

    da realidade. Se a amostragem no or realizada con-

    orme as tcnicas experimentais, ela no representa-

    r a populao e, conseqentemente, a margem de

    erros tornar-se- to grande que a pesquisa poder

    tornar-se intil. Quando temos condies de saber

    quem e como vamos escolher nossos entrevistados,partiremos para vericar quais os tipos de variveis

    e dados e ento iremos buscar nos nossos questio-

    nrios.

    Dd, t vivi

    Os dados so os atos e nmeros coletados, anali-

    sados e sintetizados para a apresentao e interpre-

    tao; em outras palavras, qualquer caracterstica

    que possa ser observada ou medida de alguma ma-

    neira. As matrias-primas da estatstica so os dadosobservveis e mensurveis.

    Os dados podem ser:

    a) Primrios, quando as inormaes so colhi-

    das diretamente pelo pesquisador ou por seus

    auxiliares.

    b) Secundrios, quando os pesquisadores recor-

    rem a relatrios, revistas, livros ou dados j

    coletados por instituies especializadas.

    O conjunto de dados obtido por meio dos ele-

    mentos da pesquisa. Estes azem parte da amostra.Os elementos so as entidades sobre as quais os

    dados so coletados por meio de umavarivel.

    Umavarivel um item do elemento da pesqui-

    sa, e as respostas de todos os itens ornecero os da-

    dos que representaro o grupo pesquisado.

    Exemplo:

    Em uma pesquisa para uma visualizao do Perl

    dos Acadmicos do Curso de Cincias Contbeis da

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    10/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    10

    UNIDERP Interativa oram solicitadas algumas in-

    ormaes como: idade, cor, raa, peso, altura, meio

    de transporte que mais utiliza, quantos livros l por

    semestre, local de trabalho.

    Os entrevistados so os elementos da nossaamostra; os tipos de inormaes solicitadas so as

    nossas variveis, e todas as inormaes coletadas

    so os nossos dados.

    Os dados so obtidos na anlise de cada varivel

    para cada elemento do estudo. As caractersticas de

    determinada populao podem ser classicadas em:

    a) Qualitativas: caractersticas de uma popula-

    o que no podem ser medidas, isto , dados

    no-numricos, que apenas designam adjeti-

    vos do elemento.Exemplos:

    Sexo masculino ou eminino.

    Cor/Raa branca, preta, amarela ou parda.

    Meios de transporte que mais utiliza: carro,

    bicicleta, nibus e outros.

    b) Quantitativas:caractersticas que podem ser

    quanticadas, e so classicadas em discretas

    e contnuas.

    Exemplos:

    Idade.

    Altura.

    Peso.

    Tempo de servio de um operrio.

    mero de alunos em uma sala.

    Nmero de veculo em um posto de gaso-

    lina.

    Notas de avaliao.

    b.1) Quantitativas discretas: dados cujas vari-

    veis podem assumir somente valores inteiros

    em um conjunto de valores.

    Exemplos:

    Nmero de alunos em uma sala.

    Nmero de veculos em um posto de gaso-

    lina.

    Se houver restrio apenas para nmeros in-

    teiros:

    Nmero do sapato.

    Tempo de servio de um operrio.

    Idade.

    Peso.

    Notas de avaliao.

    b.2) Quantitativas contnuas: aquelas variveis

    que podem assumir um valor dentro de um

    intervalo de valores.

    Altura.

    Peso.

    Idade.

    Peso.

    Notas de avaliao.

    Nmero do sapato.

    Tempo de servio de um operrio.As variveis discretas s podem assumir valores

    inteiros (geralmente contagens).

    Exemplos:

    Nmero de alunos em sala de aula, caractersti-

    cas raciais, nmero de animais e outros. oportuno

    esclarecer, no entanto, que comum e correto obte-

    rem-se valores no-inteiros para os resultados oriun-

    dos de anlises estatsticas de variveis discretas.

    rid

    Vivi Ti Dci ex

    Qualitatias ou categricas

    Nominal No existe ordenao Cor dos olhos

    Sexo Cor/Raa

    Ordinal Obedece certa ordenao Grau de escolaridade

    Classe social

    Quantitatia

    Discreta Contagem Quantidade de uncionrio

    Acidentes ocorridos durante um ms

    Contnua Medio Altura Peso

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    11/52

    AULA 1 Introduo e o Objetivo da Estatstica

    11

    J sabemos os tipos de dados existentes em uma

    coleta, mas como podemos coletar os dados?

    Sabemos que existem dois tipos de dados: os pri-

    mrios e os secundrios. Destacaremos a seguir os

    mtodos de pesquisa.No mtodo de coleta de dados primrios podem

    ser utilizadas algumas das seguintes ormas:

    Questionrios

    Entreistas pessoais

    Entreista por teleone

    Enio por e-mail

    Deixado em lugares estratgicos

    Obserao

    Tipos depergunta

    Dicotmica

    Mltipla escolha

    Aberta

    O questionrio, geralmente enviado pelo correio,

    e-mail ou deixado em lugares estratgicos, a orma

    mais conhecida de pesquisa estatstica. Atualmente,

    a entrevista por teleone e e-mail est substituindo

    o trabalho antes eito pelo correio.

    A observao o principal mtodo empregado

    quando a populao de interesse no est relacio-nada com as pessoas ou no requer resposta de

    pessoas. Exemplo: uma pesquisa sobre o trego.

    Esse mtodo depende em grande parte do observa-

    dor e, por sua natureza, geralmente consome mais

    tempo.

    Quanto aos tipos de pergunta na elaborao do

    questionrio, veja os detalhes:

    Perguntas dicotmicas so aquelas que permi-

    tem apenas duas respostas. Exemplo:

    Voc mora com os seus pais? ( ) sim ( ) noVoc gosta ( ) ou no gosta de matemtica ( )?

    Perguntas de mltipla escolha so aquelas

    eitas com opo de vrias possibilidades. O

    participante pode azer o uso de apenas uma

    dessas opes.

    Exemplo:

    Em que tipo de alojamento voc est morando

    neste ano de estudo?

    ( ) Alojamento universitrio

    ( ) Casa/apartamento prprio, com os seus pais

    ( ) Casa/apartamento alugado, com os seus pais

    ( ) Outro (avor especicar) _______________

    Por que escolheu o curso de Cincias Contbeis?

    ( ) Preerncia

    ( ) Falta de opo

    ( ) No decidiu ainda

    ( ) Outro (avor especicar) _______________

    Nas perguntas abertas, os participantes po-

    dem respond-las de qualquer maneira. A

    principal vantagem que elas permitem um

    nmero innito de respostas divergentes, mas

    cuidado, pois so diceis de serem processadase analisadas. Seja prudente para no utiliz-las

    demasiadamente.

    As perguntas abertas podem ser mais teis em

    trs reas particulares:

    a) Pesquisas-piloto Podem ser teis para ten-

    tar alcanar todas as possveis respostas para

    uma determinada pergunta, tornando-a mais

    bem projetada para uma de mltipla escolha.

    b) Investigaes Para obter inormaes extras

    dependendo de uma escolha eita por umaresposta anterior.

    c) Utilizadas no fnal do questionrio Elas

    podem ser um meio de dar ao participante

    a chance de adicionar qualquer coisa que ele

    considere importante, mas no mencionado

    nas perguntas citadas.

    As perguntas abertas podem dar mais credibili-

    dade ao relatrio nal com o uso de respostas reais,

    como citaes.

    Observaes importantes para a elaborao deum questionrio:

    Ele deve ser o mais curto possvel.

    As questes em si:

    Devem evitar o uso de termos complexos.

    Devem azer sentido.

    No devem ser muito tcnicas ou envolver

    muitos clculos.

    No devem ser muito pessoais ou oensivas.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

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    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    1

    No devem sobrecarregar a memria;

    No devem ser ambguas.

    As perguntas devem ser colocadas em uma or-

    dem lgica.

    Devem ser dispostas e construdas de orma

    atraente.

    A maneira como as respostas sero analisadas

    deve ser considerada na etapa da elaborao do

    questionrio.

    atividd d

    Aps os detalhes e conceitos discutidos at en-

    to, podemos desenvolver algumas atividades para

    melhor compreenso e sntese dos estudos sobre es-

    tatstica: Elaborar um resumo:

    Com exemplicaes dos conceitos.

    Insero de imagem quando achar conve-

    niente.

    * ANOTAES

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    13/52

    DesCrIo e organIZao Dos DaDos

    Na aula anterior, aprendemos a elaborar uma

    pesquisa e aplic-la. Agora aps a elaborao e

    aplicao dos questionrios e das entrevistas te-

    mos uma nova ase que a organizao dos dados

    coletados.

    1

    Ctd Obteno e organizao dos dados

    Tabulao dos dados brutos Classicao dos dados

    Organizao dos dados

    Apresentao dos dados em tabelas

    Descrio grca da varivel qualitativa

    Descrio grca da varivel quantitativa

    Ctci hiidd Compreender a tcnica que melhor se aplica a uma determinada situao e utiliz-la ecazmente na

    sua soluo

    Vericar de uma orma mais crtica as inormaes obtidas atravs dos meios de comunicao

    Ampliar a leitura das inormaes dos dados apresentados Compreender a representao grca que melhor transparece os dados de pesquisa

    Possibilitar a leitura dos dados de uma orma mais crtica

    Elaborar uma representao grca, utilizando os conceitos estatsticos

    Conhecer os mtodos grcos para representar uma distribuio de reqncia

    Txt t-td diiiizd t:Lista de atividades Na Galeria da Unidade Didtica

    Texto de auto-estudo Na Galeria da Unidade Didtica

    D

    h/a via satlite com o proessor interativo h/a presenciais com o proessor local

    6 h/a mnimo sugerido para auto-estudo

    AULA

    2____________________DISTRIBUIO DE FREQNCIAREPRESENTAO GRFICADOS DADOS ESTATSTICOS

    UnidadeDidticaEstats

    ticaAplicadaConta

    bilidade

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

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    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    1

    Temos diversos tipos de dados. Na estatstica des-

    tacamos os dados brutos ou absolutos, que iremos

    vericar a partir deste momento.

    Os dados brutos ou absolutos so aqueles cole-

    tados por meio da pesquisa direta da onte sem ou-tra manipulao e esto divididos em dois tipos: os

    qualitativos e os quantitativos. Em primeiro lugar

    trataremos dos dados qualitativos, que so expres-

    sos por atributos ou qualidade.

    Suponhamos que os dados a seguir relaciona-

    dos so os dados brutos coletados de uma pesqui-

    sa sobre o estado civil dos 6 acadmicos do Cur-so de Cincias Contbeis do Plo Forte Unio da

    UNIDERP Interativa.

    solteiro casado casado io casado casado solteiro

    casado solteiro casado solteiro casado casado

    solteiro diorciado casado casado casado solteiro

    casado io solteiro casado solteiro solteiro io

    io solteiro casado diorciado casado casado

    casado casado casado solteiro casado casado

    casado solteiro casado casado casado casadodiorciado solteiro casado solteiro

    Observando ainda que oito acadmicos deixaram

    a questo em branco, isto , no responderam,

    O primeiro passo azer o Rol, que o arranjo

    dos dados em uma determinada ordem. Como os

    dados so qualitativos, vamos organizar em ordem

    alabtica.

    casado casado casado casado solteiro solteiro

    casado casado casado casado solteiro solteiro

    casado casado casado casado solteiro solteiro

    casado casado casado diorciado solteiro solteiro

    casado casado casado diorciado solteiro io

    casado casado casado diorciado solteiro io

    casado casado casado solteiro solteiro io

    casado casado casado solteiro solteiro io

    Por meio do rol possvel vericar, de maneira

    mais clara e rpida, a composio do conjunto. Masainda ca dicil para se ter uma viso geral.

    Vamos agora apresentar esses dados em uma ta-

    bela. J sabemos que temos acadmicos nas cate-

    gorias ou situao: casado, divorciado, solteiro e

    vivo.

    Aps a contagem de quantos h em cada situa-

    o, mostraremos essas inormaes por meio de

    uma tabela, uma representao tabular (Tabela 1).

    Tabela 1 Estado Civil dos Acadmicos do Curso de Ad-

    ministrao do Plo Forte Unio da UNIDERP Interativa daTurma 2009/1

    sit Fqci

    Casado 27

    Diorciado 3

    Solteiro 14

    vio 4

    No responderam 8

    Total 56

    Fonte: Acadmicos do Curso de Cincias Contbeis do Plo ForteUnio da UNIDERP Interativa da Turma 009/1

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

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    AULA 2 Distribuio de Freqncia Representao Grfca dos Dados Estatsticos

    1

    No fnal do texto desta aula vocs encontraro as

    regras e as tcnicas para a elaborao de uma tabela.

    Em geral, no levantamento de todos os dados

    qualitativos, na orma de organizao desses dados

    e na sua apresentao so utilizados procedimentossemelhantes. Mas, a leitura dos dados absolutos de

    dicil interpretao, mesmo trazendo um resultado

    el e exato. necessrio azer uso de um conceito da

    estatstica dos dados relativos, pois eles tm por -

    nalidade realar ou acilitar as comparaes entre as

    quantidades. Os clculos que azem comparaes

    do todo com as situaes ou categorias especcas

    ou a razo entre o total e o especco.

    Podemos traduzir os dados relativos, de uma or-ma geral, por meio de porcentagens, ndices, coe-

    cientes e taxas. A seguir apresentaremos como ser

    eetuado o clculo e, depois, uma breve leitura dos

    dados (Tabela ).

    Tabela 2 Estado Civil dos Acadmicos do Curso de Cincias Contbeis do Plo Forte Unio da UNIDERP Interativa da Turma 2009/1

    sit FqciCc

    (ch)Fqci tiv

    Cc(ch)

    Fqcict

    Casado 27 27/56 0,482 0,482 * 100 48,20

    Diorciado 3 3/56 0,054 0,054 * 100 5,40

    Solteiro 14 14/56 0,250 0,250 * 100 25,00vio 4 4/56 0,071 0,071 * 100 7,10

    No responderam 8 8/56 0,143 0,142 * 100 14,30

    Total 56

    27/56+3/56+

    14/56+4/56+

    8/56

    1,0000,482*100+0,054*100+

    0,250*100+0,071*100+ 0,142*100100,00

    Observaes:

    As colunas Clculo (Rascunho) aparecem apenas para apresentarem como se az o clculo.

    Na reqncia relativa utiliza-se at duas casas na parte decimal.

    A reqncia relativa simplesmente a propor-

    o de representaes de uma situao em relao

    ao total dessa varivel.

    A reqncia percentual a reqncia relativa

    multiplicada por 100.

    rtid...

    Das inormaes a seguir descritas, qual seria a

    mais signicativa para se realizar a leitura? Em qual

    delas seria mais cil interpretar as inormaes?

    Na Turma de CinciasContbeis da UNIDERP,aproximadamente 48% dosacadmicos esto casados.

    Na Turma deCinciasContbeis daUNIDERP, 27dos acadmicosesto casados.

    Voc consegue sentir que os dados percentuais

    do melhor visibilidade da situao?

    Quando apresentamos alguns dados, temos que

    ter essa preocupao. Qual a melhor orma para en-

    tender os dados apresentados?

    Podemos apresentar tambm utilizando a tabela

    com os dados na reqncia percentual

    Tabela 3 Estado Civil dos Acadmicos do Curso do PloForte Unio de Cincias Contbeis da UNIDERP Interativa da

    Turma 2009/1

    sit Fqci (%)

    Casado 48,20

    Diorciado 5,40

    Solteiro 25,00

    vio 7,10

    No responderam 14,30

    Total 100,00

    Fonte: Acadmicos do Curso de Administrao do Plo Forte Unio

    da UNIDERP Interativa da Turma 009/1

    Podemos concluir que:

    ,0% dos acadmicos esto casados.

    ,0% divorciados.

    % solteiros.

    7,10% vivos.

    1,0% no responderam ao questionrio.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

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    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    16

    Essas representaes de valores dos dados so osechamentos de concluses da pesquisa descritiva enos do uma viso maior quanto situao dos aca-dmicos desse curso.

    Agora, iremos vericar como se az quando setrata de dados quantitativos.

    rtd...

    o q dd t?

    So os dados obtidos diretamente da pesquisa,logo aps a aplicao do questionrio, sem nenhu-ma intererncia ou sem terem passado por proces-sos de snteses ou anlises.

    Suponhamos os dados brutos a seguir que vie-ram da mesma pesquisa dos acadmicos de admi-

    nistrao:35 35 24 20 33 33

    23 45 20 35 35 53

    24 29 23 50 45 42

    27 24 42 22 29 35

    40 33 40 42 24 35

    23 51 20 35 33 22

    24 29 35 35 51

    26 20 42 22 29

    40 33 40 45 20

    23 53 27 24 24

    Para que possamos visualizar melhor os dados,azer uma anlise e tambm apresent-los para osacadmicos ser necessrio organizar as idades dosacadmicos.

    Utilizaremos a primeira noo de organizao dedados quantitativos.

    Rol so os arranjos dos dados em certa ordem.Nesse caso, por se tratar de dados quantitativos, uti-lizaremos a ordem crescente.

    Idades organizadas em ordem crescente:

    20 23 27 33 40 4520 23 27 35 40 50

    20 24 29 35 40 51

    20 24 29 35 40 51

    20 24 29 35 42 53

    22 24 29 35 42 53

    22 24 33 35 42

    22 24 33 35 42

    23 24 33 35 45

    23 26 33 35 45

    A colocao dos dados em ordem crescente aci-

    lita a retirada de algumas inormaes necessrias

    para a organizao dos dados. Assim, ser retirada

    uma inormao que a amplitude total.

    Podemos, pelo rol, vericar de maneira mais cla-ra e rpida a composio do conjunto, identicando

    o maior e o menor valor, alm de alguns elementos

    que podem se repetir vrias vezes, mostrando assim

    o comportamento dos dados.

    rtid...

    Como podemos organizar osdados no formato de tabela

    se temos muitos valoresdiferentes?

    De imediato podemos vericar no rol que a me-

    nor idade 0, e a maior, .

    Sabemos ento que a idade varia de 0 a e tem

    uma amplitude total de , pois:

    0 =

    Amplitude total um conceito da estatstica que

    mede a variao dos dados quantitativos. Essa va-

    riao um parmetro de medida e auxilia na cons-

    truo de outras medidas.

    Nesses casos, utilizaremos as seguintes regras:

    construiremos as classes com os dados existentes e

    organizados. Sabemos que a pesquisa teve a parti-

    cipao de 6 acadmicos e utilizarmos-nos da se-

    guinte regra para saber quantas classes devem ser

    utilizadas com este clculo:

    1) Amplitude total = maior valor menor valor

    da pesquisa ( 0 = ).

    ) Quantidade de classes = raiz quadradada quantidade de elementos da pesquisa

    ( 6 7, 7 ) sempre ser um nmero in-

    teiro. Se der valor decimal, aproximar para o

    nmero inteiro menor.

    ) Intervalo da classe dado pela diviso entre a

    amplitude total e a quantidade de classes

    ( amplitude total quantidade de classe 7 ,71 ),

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    17/52

    AULA 2 Distribuio de Freqncia Representao Grfca dos Dados Estatsticos

    17

    sempre ser arredondado para um valor

    maior; caso contrrio, o maior valor no ser

    encaixado na ltima classe.

    ) Agora s montar as classes. Como?

    Sabemos que o menor valor 0 e o intervaloda classe :

    a) a primeira classe ser 0 a e sua nota-

    o ser 0 | , que ter o seguinte en-

    tendimento: a idade 0 pertencer a esta

    classe, mas a no;

    b) a segunda classe ser a 0 e sua nota-

    o ser | 0, que ter o seguinte en-

    tendimento: a idade 6 pertencer a essa

    classe, mas a 0 no.

    Obs.: Intervalo echado de um lado e aberto do

    outro lado.

    ) Quantos elementos tm a primeira classe?Como ser a contagem?

    A contagem se d manualmente aps a elabo-

    rao do rol. Nesse caso, zemos a apresenta-

    o dos valores do lado direito para melhor

    entendimento, com ns didticos, mas na

    prtica no existe a necessidade do desenvol-

    vimento desta orma.

    Rascunho

    20 | 25 1920 20 20 20 20 22 22 22 23 23

    23 23 24 24 24 24 24 24 24

    25 | 30 7 26 27 27 29 29 29 29

    30 | 35 5 33 33 33 33 33

    35 | 40 9 35 35 35 35 35 35 35 35 35

    40 | 45 8 40 40 40 40 42 42 42 42

    45 | 50 3 45 45 45

    50 | 55 5 50 51 51 53 53

    Representao tabular dos dados dos acadmicos

    em relao idade (Tabela ).

    Tabela 4 Idade dos Acadmicos do Curso de Administraodo Plo Forte Unio da UNIDERP Interativa da Turma 2009/1

    C Fqci

    20 | 25 19

    25 | 30 7

    30 | 35 5

    35 | 40 9

    40 | 45 8

    45 | 50 3

    50 | 55 5

    Total 56

    rid

    De posse dos dados quantitativos:

    1. Fazer o rol colocar em ordem crescente.

    . Calcular a amplitude total = o maior valor o

    menor valor.

    . Calcular quantas classes ter a representao

    tabular Calcular a sendo n a quantidade de

    elementos da pesquisa. Se necessrio, arredon-

    dar para um valor inteiro e menor.

    . Calcular a amplitude da classe = amplitude

    total/quantidade de classes. Se necessrio, ar-

    redondar sempre para um valor maior.

    . Criar as classes e depois contar quantos ele-mentos tm em cada uma.

    6. Apresentar os dados no ormato de tabela. J

    sabemos como apresentar os dados quantita-

    tivos na tabela. Agora iremos criar tambm as

    reqncias relativas e percentuais.

    Utilizando os dados anteriores e eetuando mais

    alguns clculos, teremos logo as reqncias relati-

    vas e as percentuais.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    18/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    1

    C Fqci Cc (ch) Fqci tiv Cc (ch) Fqci ct

    20 | 25 19 19/56 0,339 0,339 * 100 33,9

    25 | 30 7 7/56 0,125 0,125 * 100 12,5

    30 | 35 5 5/56 0,089 0,089 * 100 8,9

    35 | 40 9 9/56 0,161 0,161 * 100 16,1

    40 | 45 8 8/56 0,143 0,143 * 100 14,3

    45 | 50 3 3/56 0,054 0,054 * 100 5,4

    50 | 55 5 5/56 0,089 0,089 * 100 8,9

    Total 56

    19/56 + 7/56 +

    5/56 + 9/56 +

    8/56 + 3/56 +

    5/56

    1,000

    0,339 * 100 + 0,125 * 100 +

    0,089 * 100 + 0,161 * 100 +

    0,143 * 100 + 0,054 * 100 +

    0,089 * 100

    100

    rtd...

    A reqncia relativa simplesmente a propor-o de representaes de uma situao em relao

    ao total dessa varivel.

    A reqncia percentual a reqncia relativa

    multiplicada por 100. A reqncia percentual d

    uma viso mais apurada, isto , alm de dar visibi-

    lidade do todo, observa-se uma inormao espec-

    ca.

    p i

    Na Turma de CinciasContbeis da UNIDERP,a maior concentrao deidade est entre 20 e 25anos, pois so 19acadmicos.

    Na Turma de CinciasContbeis da UNIDERP,a maior concentrao deidade est entre 20 e 25anos, pois so 33,9%dos acadmicos.

    Dessas inormaes descritas, qual seria a mais

    signicativa para se azer uma leitura ou ouvir essas

    inormaes? Qual teria mais sentido? Qual daria

    para entender melhor as inormaes?

    Voc percebe que as representaes percentuaistornam-se mais signicativas, pois uma lingua-

    gem mais popular, alm de demonstrar uma parcela

    do todo.

    C z t t

    Fazer uma representao dos dados coletados por

    meio de tabelas para dar uma viso mais clara do

    que ocorre com os dados observados.

    Para organizar uma srie estatstica ou uma dis-

    tribuio de reqncias existem algumas normasnacionais ditadas pela Associao Brasileira de Nor-

    mas Tcnicas (ABNT), de acordo com a publicao

    Normas de Apresentao Tabular, a edio, 199,

    do Instituto Brasileiro de Geograa e Estatstica

    (IBGE), as quais devem ser respeitadas. Assim, toda

    tabela estatstica deve conter:

    a) Elementos essenciais

    1. Ttulo indica a natureza da pesquisa,

    as variveis na anlise do ato, o local e a

    poca.. Corpo o conjunto de linhas e colunas

    que contm as sries horizontais e verticais

    de inormaes, respectivamente.

    . Cabealho designa a natureza do conte-

    do de cada coluna.

    . Coluna indicadora mostra a natureza do

    contedo de cada linha.

    b) Elementos complementares (se necessrio)

    . Fonte o indicativo, no rodap da tabela,

    da entidade responsvel pela sua organiza-o ou ornecedora dos dados primrios.

    6. Notas so colocadas no rodap da tabela

    para esclarecimentos de ordem geral.

    7. Chamadas so colocadas no rodap e

    servem para esclarecer mincias em rela-

    o s colunas ou linhas. Nenhuma clula

    da tabela deve car em branco, apresen-

    tando sempre um nmero ou sinal.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    19/52

    AULA 2 Distribuio de Freqncia Representao Grfca dos Dados Estatsticos

    19

    Idd d acdic d C d adiitd p Ft ui d unIDerp Ittiv

    d T 2009/1 1

    C Fqci

    3

    20 | 25 19

    25 | 30 7

    30 | 35 5

    35 | 40 9

    40 | 45 8

    45 | 50 3

    50 | 55 5

    Total 56

    , 6 e 7

    represenTao grFICa Dos DaDosesTaTsTICos

    Voc j deve ter observado nas aulas anteriores que

    a organizao de dados importante para dar visibi-

    lidade a uma pesquisa, que a representao grfca

    amplia a viso do resultado de uma pesquisa. Por

    isso, os grfcos devem ser auto-explicativos e de -

    cil compreenso. Nesta aula, voc ter oportunidade

    de ampliar seus conhecimentos. At a aula anterior

    zemos a representao dos dados estatsticos por

    meio de uma representao tabular, isto , em tabelas,

    dos dados de uma varivel. A partir deste momento

    iniciaremos a elaborao de uma representao gr-

    ca dasvariveis qualitativas ou categricas.

    Qual o seuestado civil?

    Que meio detransporte mais utiliza

    Continuaremos a utilizar os dados da pesquisa

    simulada da aula anterior. J temos alguns dados da

    varivel estado civil, representados no ormato de

    tabela. Usaremos esses dados para azer representa-

    es grcas.

    Estado civil dos Acadmicos do Curso de do Plo Forte Unio da

    Cincias Contbeis UNIDERP Interativa da Turma 2009/1

    sit Fqci

    Casado 27

    Diorciado 3

    Solteiro 14

    sit Fqci

    vio 4

    No responderam 8

    Total 56

    Fonte: Acadmicos do Curso de Administrao do Plo Forte Unioda UNIDERP Interativa da Turma 009/1

    Formas De represenTaes grFICas

    s vezes, camos meio conusos ao escolher uma

    representao grca, por termos vrios tipos de

    grco: colunas, de setores, de linhas, de barras, em

    colunas ou barras mltiplas. Para conhecimento, ve-

    remos a seguir algumas representaes dos dados.

    gfc d cPara a elaborao de um grco de colunas uti-

    lizamos o eixo cartesiano, sendo o eixo horizontal

    a base para a construo do grco, com intervalos

    apropriados. Colocam-se retngulos sobre o eixo

    cujas alturas representam, proporcionalmente, as

    reqncias das caractersticas observadas da va-

    rivel em estudo.

    Casados

    Solteiros

    Vivos

    Divorciados

    Noresponderam

    Acadmicos

    0

    5

    15

    20

    25

    30

    10

    Estado civil

    Figura 1 Estado civil dos Acadmicos do Curso de CinciasContbeis do Plo Forte Unio da UNIDERP Interativa da Tur-ma 2009/1

    gfc d t

    Todos os dados so representados por um cr-

    culo e cada categoria representada por uma parte

    desse crculo, isto , um setor, sendo cada um re-

    presentado por ngulos e 60 representam o total

    de dados. O crculo representa o conjunto total de

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    20/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    0

    dados. Observe os dados a seguir e a representao

    proporcionada.

    Um exemplo hipottico

    Sim

    No, estou desempregado

    No, estou aposentado

    No, sou empresrio

    No, sou autnomo

    No, trabalho informalmente

    No, exero a funo pblica

    6%5% 2% 2% 68%

    8%

    9%

    Figura 2 Registro em Carteira Profssional em Pesquisa 2006do Conselho Federal do Cincias Contbeis Perfl, Formao,

    Atuao e Oportunidades de Trabalho do Contador

    gfc d ih

    o tipo mais utilizado para representar a evolu-

    o de uma varivel ao longo do tempo. Observe a

    pesquisa e a orma de representao.

    g pf d Cici Cti

    a mh H

    1994 21 79

    1998 25 75

    2003 30 70

    2006 33 67

    Pesquisa 006 do Conselho Federal do Administrador Perl, Forma-o, Atuao e Oportunidades de Trabalho do Administrador.

    Fonte: http://www.ca.org.br/arquivos/

    Esses dados, apresentados por meio do grco de

    linha, trazem uma grande contribuio na apresen-

    tao, pois ressaltam a trajetria do gnero e apre-

    sentam uma projeo.

    gfc d

    Para a elaborao de um grco de barras utili-

    zamos o eixo vertical como base para a sua cons-

    truo, com intervalos apropriados. Colocam-se

    retngulos sobre o eixo cujas alturas representam,

    proporcionalmente, as reqncias das caractersti-

    cas observadas da varivel em estudo.

    Motivo de escolha do curso de Cincias Contbeis Perfl 2006

    mtiv 2003

    Natureza do seu proeto prossional, abrirempresa, ampliar negcio, carreira, outros

    26,84

    Existncia de amplo mercado de trabalho 15,45

    Formao generalista e abrangente 19,20

    vocao 14,08

    Diersidade das alternatias de especializao 12,71

    Infuncia de outro contador (pais, amigos,parentes, outros)

    5,50

    Outros 6,22

    gfc c ti

    (d)

    um tipo de grco til para estabelecer com-

    paraes entre as grandezas de cada categoria dos

    enmenos (variveis) estudados.

    A modalidade de apresentao chamada de grfco

    de colunas ou barras remontadas, pois ele proporcio-

    na economia de espaos e o mais indicado quando a

    srie apresenta um nmero signicativo de categorias.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    21/52

    AULA 2 Distribuio de Freqncia Representao Grfca dos Dados Estatsticos

    1

    mtiv 2003 2006

    Natureza do seu proeto prossional, abrir empresa, ampliar negcio, carreira etc. 26,84 24,97

    Existncia de amplo mercado de trabalho 15,45 13,91

    Formao generalista e abrangente 19,20 21,52

    vocao 14,08 15,81Diersidade das alternatias de especializao 12,71 7,43

    Infuncia de outro administrador (pais, amigos, parentes etc.) 5,50 5,01

    Preerncia pela rea de cincias sociais 4,18

    Promoo do curso no meio prossional e estudantil 1,36

    Outros 6,22 5,81

    DesaFIo para um bom obserVaDor

    As representaes vistas at agora so os grcos

    mais clssicos. Na elaborao dos grcos podemos

    utilizar outras ormas de apresentaes dos dados,

    mas no podemos perder de vista o que oi dito no

    incio desta aula: a representao grca usada

    para ampliar a viso do resultado de uma pesquisa

    e os grcos devem ser auto-explicativos e de cil

    compreenso.

    rtid

    Vimos dierentes tipos de grcos. Para a pesqui-

    sa do estado civil dos acadmicos, qual seria a me-

    lhor orma de representao, no seu ponto de vista.

    Destacamos que o mais utilizado o grfco de co-

    lunas, por representar em escalas as inormaes.

    Na representao grca, observar:

    a) Ttulo, onde se destacam o ato, o local e o

    tempo.

    b) Escala usada na sua elaborao para que no

    se desgurem os atos ou as relaes que se

    deseja destacar.

    c) A onte de obteno dos dados, caso no seja

    o prprio autor que tenha eito a coleta.

    Com alguns exemplos, vamos entender tambm as

    representaes grfcas das variveis quantitativas.Nessas representaes, os resultados reerentes a

    variveis contnuas reqentemente so organiza-

    dos em tabelas de distribuies de reqncias por

    intervalo. Trs tipos de grco geralmente so utili-

    zados nesse caso: histograma, polgono de reqn-

    cia e ogivas.

    Ainda azendo uso dos dados das idades dos aca-

    dmicos levantados na aula anterior, observamos

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    22/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    que os dados coletados das idades dos acadmicos,

    demonstrados na tabela a seguir, podem ser apre-

    sentados pelos seguintes grcos:

    Polgono de Freqncia um grco de linha

    que, no lugar de barra para representar cada classe,colocamos o ponto mdio da classe e a reqncia

    marcadas sobre perpendiculares ao eixo horizontal.

    Unimos esses pontos da classe por meio de segmen-

    tos de retas.

    Polgono de reqncia acumulada O polgo-

    no de reqncia acumulada traado marcando-se

    as reqncias acumuladas sobre perpendiculares

    ao eixo horizontal, levantadas nos pontos corres-

    pondentes aos limites superiores dos intervalos de

    classe.

    Idade dos Acadmicos do Curso de Cincias Contbeis do Plo

    Forte Unio da UNIDERP Interativa da Turma 2009/1

    C pm* Fqci

    20 | 25 22,5 19

    25 | 30 27,5 7

    30 | 35 32,5 5

    35 | 40 37,5 9

    40 | 45 42,5 8

    45 | 50 47,5 3

    50 | 55 52,5 5

    Total 56

    PM = ponto mdio

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    18

    20

    20 25 30 35 40 45 50 55

    atividd d

    Aps a pesquisa do perl dos acadmicos do Cur-

    so de Graduao tabule os dados da pesquisa e cons-

    trua grcos que melhor representem os dados.

    Verifque na Ferramenta Galeria da UnidadeDidtica atividades da aula extraclasse.

    * ANOTAES

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    23/52

    Ctd Mdia aritmtica

    Mdia aritmtica de reqncias ou geral Moda

    Mediana Introduo s medidas de disperso Importncia do estudo das medidas de disperso Principais medidas de disperso Amplitude total

    Varincia Desvio-padro

    Coeciente de variao

    Ctci hiidd Resolver problemas, incluindo a capacidade de reconhecer qual a tcnica que melhor se aplica a

    uma determinada situao e utiliz-la ecazmente na sua soluo Discernir os problemas em que a estatstica pode ser aplicada ou no Reconhecer qual a tcnica que melhor se aplica a uma determinada situao e utiliz-la ecazmen-

    te na sua soluo Vericar de uma orma mais crtica as inormaes obtidas dos meios de comunicao

    Ampliar as leituras de inormaes dos dados demonstrados e apresentados Transormar dados em inormaes e estudar a variao dos dados visando vericar a homoge-

    neidade ou heterogeneidade dos dados para contribuir como uma erramenta importante para atomada de decises importantes.

    Permitir ao acadmico elaborar, desenvolver, analisar e interpretar os dados pesquisados e/ou terconhecimento da interpretao dos resultados obtidos, especialmente no estudo da viabilidadedos dados, visando a um maior entendimento da conabilidade dos dados e para as tomadas dedecises importantes

    Txt t-td diiiizd tVericar as atividades na Galeria da Unidade Didtica

    D h/a via satlite com o proessor interativo

    h/a presenciais com o proessor local

    6 h/a mnimo sugerido para auto-estudo

    AULA

    3____________________DESCRIO DOS DADOS MEDIDAS DETENDNCIA CENTRAL E MEDIDAS DE DISPERSO

    UnidadeDid

    ticaEstatsticaApli

    cadaContabilidade

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    24/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    meDIDas De TenDnCIa CenTral e meDIDas

    De DIsperso

    Itd

    Nesta aula daremos continuidade aos estudos

    das aulas anteriores. J aprendemos a apresentaros dados de uma pesquisa no ormato de tabelas e

    grcos. Essas representaes dos dados do possi-

    bilidades de visualizar as caractersticas das concen-

    traes das inormaes.

    Os objetivos da tendncia central resumir e

    simplicar a inormao.

    Hoje vamos aprender a vericar as medidas de

    posio ou medidas de tendncia central, que so

    nmeros, valores que resumem e representam uma

    caracterstica da pesquisa.As medidas de posio so as mdias aritmticas

    simples ou ponderada, a moda (modal) e a me-

    diana. A partir de agora iremos tratar com mais

    detalhes.

    mdid d tdci ct di

    Faremos agora os estudos das mdias, que so as

    mdias aritmtica simples, ponderada de reqn-

    cias ou geral.

    mdi ittic

    A mdia aritmtica o valor que temos mais con-

    tato. Como acontece a representao de uma nota

    apenas para todas as notas de uma determinada dis-

    ciplina durante o semestre e como calculado esse

    valor?

    Este exerccio para ns no exige muitos esoros.

    Constantemente estamos calculando as nossas m-

    dias, e, na maioria das vezes, o valor resultado do

    somatrio de todas as notas dividido pelo nmerodelas.

    Exemplo:

    O aluno Fernando, da a srie, teve as seguintes

    notas de aproveitamento na disciplina Artes Visuais:

    7 10 e o clculo eetuado oi cando com a

    mdia nal 7,.

    A criana e todos, de uma orma geral, no guar-

    dam todas as notas, mas guardam os resultados nais,

    que a mdia aritmtica simples ou ponderada. Ve-

    ricamos que j existe uma primeira aproximao da

    estatstica, mesmo no tendo noo desse conceito.

    O clculo da mdia aritmtica simples ou mdia

    aritmtica ou mdia eito da seguinte orma: so-

    mam-se todos os valores divididos pela sua quan-

    tidade.

    Exemplo:

    1) Altura de 10 acadmicos em metros:

    1,7 1,6 1, 1, 1,7 1,71, 1,6 1,6 1,7 1,9 1,

    Clculo da mdia:

    X=

    1,7 + 1,6 + 1, + 1, + 1,7 + 1,7 + 1, + 1,6+1,6 + 1,7 + 1,9 + 1,

    10

    A mdia das alturas dos acadmicos 1,7. Pode-

    mos observar que a altura que representa os 10 aca-

    dmicos a mdia calculada.

    Sistematizando:

    Em uma pesquisa, temos uma amostra de 0 va-

    lores. Para obter a mdia, somamos os 0 valores e

    dividimos por 0.

    Se na amostra temos 1.000 valores, somamos to-

    dos os 1.000 valores e dividimos por 1.000.

    ! IMPORTANTE

    O clculo da mdia X=x1+ x

    2+ x

    3+ ... + x

    n

    N

    Sendo a amostra de N valores, como valores: x1,

    x, v, ..., Xx

    n-1, x e a notao da mdia e tambm

    o valor que, na maioria das vezes, representa toda a

    populao.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    25/52

    AULA 3 Descrio dos Dados Medidas de Tendncia Central e Medidas de Disperso

    At agora zemos clculos simples: somam-se todosos elementos (todos tm um mesmo peso) e os dividi-mos pelo quantitativo de elementos. Mas como are-mos a mdia se os elementos tiverem pesos dierentes?

    O peso equivale ao valor ponderal ou simples-mente ponderal, isto , um valor (maior ou menor)que se quer dar ao elemento. Esse dado importan-te quando o assunto o clculo da mdia aritmticaponderada ou mdia ponderada.

    Vamos agora compreender e aprender a azer esseclculo?

    Em muitos momentos na escola, as mdias e asnotas so calculadas utilizando pesos, multiplicadospor valores determinados, isto , o primeiro contatose d na escola quando se calcula a mdia com peso.

    A primeira nota peso 1, a segunda peso , a ter-ceira peso e a quarta peso .Vamos supor as seguintes notas obtidas pelo alu-

    no Fernando, da a srie, em Artes Visuais, nos qua-tro bimestres do ano letivo:

    Perodo Nota

    1o Bimestre 7

    2o Bimestre 8

    3o Bimestre 5

    4o Bimestre 10

    Dado importante, cada nota tem um peso die-

    rente:a) a primeira, peso 1;

    b) a segunda, peso ;

    c) a terceira, peso ;

    d) a quarta, peso ;

    Assim, o clculo da mdia ponderada com pesos :

    A mdia ponderada de Fernando 7,.

    O clculo da mdia ponderada

    ! IMPORTANTE

    Sendo a amostra de N valores, tendo valores: X1, X

    2, X

    3,

    ..., XN, e P os pesos dos respectivos valores P

    1, P

    2, P

    3, ..., P

    n

    O clculo da mdia ponderada :

    X=(X

    1. P

    1) + (x

    2. P

    2) + (X

    3.P

    3) + .... + (X

    nxP

    n)

    P1

    + P2

    + P3

    + ... + Pn

    rtid

    Os clculos das mdias aritmticas, simples ou

    ponderadas, do valores dierentes, pois a mdia

    aritmtica simples no tem peso ou podemos co-

    locar que ela sempre tem peso 1 e a ponderada tempesos dierenciados.

    Cc d di c dd d

    Sem intervalos de classe

    Em uma pesquisa de amlias busca-se a mdia

    ponderada de lhas, tendo como uma das variveis

    o nmero de meninas, coletadas e apresentadas em

    uma tabela.

    Calcularemos a quantidade mdia de meninas

    por amlia:

    No de meninas Fi*

    0 2

    1 6

    2 10

    3 12

    4 4

    Total 34

    Retomando

    Xi Fi XixFi

    0 2 0 2 amlias no tm nenhuma lha1 6 6 6 amlias tm 1 lha

    2 10 20 10 amlias tm 2 lhas

    3 12 36 12 amlias tm 3 lhas

    4 4 16 4 amlias tm 4 lhas

    Total 34 78 34 amlias tm 78 lhas

    *So os nmeros que indicam quantos dados existem numadeterminada categoria ou classe de uma varivel. Elas uncionamcomo atores de ponderao, o que nos leva a calcular a mdiaaritmtica ponderada:

    Assim, para o clculo da mdia ponderada utili-

    zaremos:0 + 16 + 10 + 1 +

    =

    0 + 6 + 0 + 6 + 16= ,

    Aps o clculo, conclumos que a pesquisa apon-

    tou que existe uma mdia de , meninas por a-

    mlia.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    26/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    6

    Exemplo de mdia geral

    Turmas que possuem determinada disciplina em

    comum apresentam nessa disciplina:

    Turma A (0 estudantes) mdia 6.

    Turma B ( estudantes) mdia .0

    Turma C ( estudantes) mdia 6.0

    Turma D (0 estudantes) mdia 7.

    Determinar a mdia geral.

    Vejamos o seguinte:

    Queremos calcular a mdia das notas; ento nos-

    so x (varivel em estudo a mdia, enquanto o n-

    mero de estudante o nosso peso ou tambm pode

    ser chamado de reqncia.

    X = (X1 . P1) + (x2 . P2) + (x3 . P3) + ... + (XnxPn)

    P1

    + P2

    + P3

    + ... + Pn

    X=(6,5 . 40) + (4,0 . 35) + (6,0 . 35) + (7,5 . 20)

    40 + 35 + 35 + 20

    X =(260,0) + (140,0) + (210,0) + (150,0)

    130

    = =800

    1306,67X X Aproximadamente 6,7

    Com intervalos de classe

    Alguns dados, cujas variveis so contnuas, ao

    serem apresentados em tabelas necessitam de inter-

    valos. Dessa orma, necessitamos, em cada intervalo

    ou classe, de um valor para ser o representante, os

    quais denominamos de pontos mdios da classe.

    Utilizando ainda os dados da pesquisa da Aula

    , representamos as idades dos acadmicos em um

    quadro para eetuar o clculo da mdia ponderada.

    Idade dos acadmicos do curso X daUNIDERP da Turma 2010/2

    Classe Freqncia

    20 | 26 15

    26 | 32 5

    32 | 38 8

    38 | 44 7

    44 | 50 2

    50 | 56 3

    Total 40

    Anteriormente, antes da representao em tabela,

    sabamos qual era a idade de todos os acadmicos.

    Agora, temos as inormaes dos acadmicos de

    orma geral, mas perdemos as suas particularidades.

    Sabemos que na classe 0 |... 6 h 1 acadmicos,mas no sabemos quem so. Necessitamos agora

    elencar um representante de cada classe, que ser o

    ponto mdio da classe Xi, que tambm j vimos.

    C Fi Xi Fi Xi

    20 | 26 15 23 15 23 = 354

    26 | 32 5 29 5 29 = 145

    32 | 38 8 36 8 36 = 288

    38 | 44 7 41 7 41 = 287

    44 | 50 2 47 2 47 = 94

    50 | 56 3 53 3 53 = 159

    Total 40 1.318

    Escolhemos o ponto mdio de cada classe, mul-

    tiplicamos a reqncia pelo ponto mdio e obtive-

    mos um somatrio dos resultados dessa multiplica-

    o, mas como aremos o clculo da mdia aritm-

    tica ponderada?

    Para termos a mdia aritmtica ponderada aremos

    o seguinte clculo:

    Isto , dividiremos o resultado do somatrio peloquantitativo dos acadmicos,

    X =

    1.318

    40 = 32,95

    obtendo assim o valor da mdia ponderada e concluin-

    do que a mdia aritmtica ponderada ,9, aproxi-

    madamente anos.

    At este momento, j sabemos calcular a mdia, sim-

    ples ou ponderada. A escolha da orma de como vamos

    azer esses clculos vai depender da orma como estoapresentados os dados.

    add i c...

    mdid d i d

    Como o prprio nome diz, por exemplo cala

    Jeans est na moda, ou seja, tem mais gente usan-

    do (oi o que mais repetiu), em estatstica o valor

    que mais se repete, e, em outras palavras, o

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    27/52

    AULA 3 Descrio dos Dados Medidas de Tendncia Central e Medidas de Disperso

    7

    valor que ocorre com maior reqncia nos dados

    de uma Varivel.

    Mo o smbolo de moda

    Desse modo, a nota modal dos alunos de uma

    certa turma e escola aquela que mais se repete, a

    mais comum, isto , a nota recebida pelo maior n-

    mero de alunos dessa turma e escola.

    md dd d

    acilmente descoberta: basta procurar o valor

    que mais se repete.

    Exemplo: Nas notas {7, 6, , 9, 10, 6, , 7, 7 }, a

    moda igual a 7. Existem variveis que no tm valor modal,

    isto , no existe nenhum valor que apaream

    mais vezes que outros. Portanto, chamaremos

    de Amodal.

    Exemplo: {, , 9, , }

    Existem casos que pode haver dois ou mais va-

    lores com o mesmo nmero de repetio ou

    concentrao, chamaremos de Bimodal.

    Exemplo: {, , , , , , 6, 7, 7, 7, , 9 }

    C cc d c dd d

    De uma orma mais breve, podemos colocar que

    a moda est representada pela classe ou categoria

    que contm um maior nmero de dados. Aquela

    que contm intervalo de classe, a representao mo-

    dal, mais simples, o ponto mdio da classe.

    ! IMPORTANTEA moda utilizada quando desejamos obter uma me-

    dida rpida e aproximada de posio ou quando a me-

    dida de posio o valor que mais caracteriza a distri-

    buio. J a mdia aritmtica a medida de posio

    que possui a maior estabilidade.

    mdid d i di

    A mediana de um conjunto de valores, dispostos

    segundo uma ordem (crescente ou decrescente),

    o valor situado de tal orma no conjunto que o se-

    para em dois subconjuntos de mesmo nmero de

    elementos.

    Md o smbolo da mediana

    mdi dd d

    Nos dado: {, , 6, , 9, 7, 10 } calcular a media-

    na:

    1o. Fazer o rol, ou seja, a organizao dos dados:

    {, , , 6, 7, 9, 10}

    o. No conjunto temos 7 dados. Para destacar a

    mediana, basta conseguir separar ou dividir em dois

    conjuntos com a mesma quantidade de elementos,

    sendo o primeiro conjunto de menor valor e o o se-

    gundo com os maiores valores.{, , , 6, 7, 9, 10}, sendo assim, a Md 6.

    Mtodo prtico para o clculo da mediana:

    O conjunto de dados, com nmero mpar

    de termos, ter como valor mediano, o termo de

    ordem dada pela rmula:

    N+ 1

    O conjunto de dados, com um nmero par

    de termos, ter como valor mediano o termo deordem dada pela rmula:

    N N

    2 2

    2

    + 1+ ((

    ((

    Exemplifcando:

    Para calcular a mediana da srie { 1, , 1, 0, , ,

    1, , , 6 }

    1

    o

    . Rol { 0, 1, 1, 1, , , , , , 6 }o. N = 10, logo a rmula car:

    , o

    valor mediano oi retirado (o termo+ 6o termo) e

    dividido por , sendo que o o termo e o 6o termo

    .

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    28/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    o. O valor mediano (+)/ , ou seja, Md = ,.

    A mediana no exemplo ser a mdia aritmtica do

    o e 6o termos da srie.

    ! IMPORTANTE

    Quando o nmero de elementos da srie estatsticaor mpar, haver coincidncia da mediana com um

    dos elementos da srie.

    Quando o nmero de elementos da srie estatstica

    or par, nunca haver coincidncia da mediana comum dos elementos da srie. O valor mediano ser

    sempre a mdia aritmtica dos dois elementos cen-

    trais da srie.

    Em uma srie, a mediana, a mdia e a moda no

    tm, necessariamente, o mesmo valor. A mediana depende da posio e no dos valores

    dos elementos na srie ordenada. Essa uma das di-

    erenas marcantes entre mediana e mdia (que se

    deixa infuenciar e, muito, pelos valores extremos).

    Observe estes dados:

    a) (, 9, 10, 1, 1) a mdia = 10 e a mediana = 10

    b) (, 7, 10, 1, 6) a mdia = 0 e a mediana = 10

    Ccid...A mdia do segundo conjunto de valores maior

    do que a do primeiro, por infuncia dos valores ex-

    tremos, ao passo que a mediana permanece a mes-

    ma. No item b a medida de posio que mais repre-

    senta o conjunto de dados o valor mediano 10.

    ) Com a seguinte srie de salrios dirios em

    reais:

    10 10 1 1 1 1 0 0 6

    6 0

    6 0 0 0 0 60 1901000 1700,

    a) Calcular a mdia de salrios?

    b) Qual o salrio em que h maior req-

    ncia de indivduos? (Moda)

    c) Qual o salrio que est justamente no

    meio da srie? (Mediana)

    d) Compare os trs valores acima e d sua

    opinio sobre o mais representativo.

    Verifque na Ferramenta Galeria da Unidade

    Didtica atividades da aula extraclasse

    meDIDas De DIsperso

    Itd

    Na aula anterior estudamos as Medidas de Po-

    sio (Tendncia Central) que tm como objetivo

    resumir e simplicar as inormaes nelas contidas.

    No entanto, devemos observar que elas nada nos

    inormam sobre a variabilidade dos dados, ou seja,

    podemos armar que duas ou mais populaes po-

    dem ter a mesma mdia e muito dierirem em re-lao s variaes dos seus valores. Essas assertivas

    sero demonstradas a seguir.

    Itci d td d mdid d

    Di

    Consideremos as trs amostras a seguir (dime-

    tro de parausos em milmetros):

    A: 10; 1; 11; 1; 11 XA (mdia) = 11

    B: 11; 11; 11; 11; 11 XB (mdia) = 11

    C: 116; 1; 1; 10; 10 XC (mdia) = 11Vamos imaginar que nesse caso oi retirada uma

    amostra de parausos produzidos por uma deter-

    minada mquina (A), de outra (B) e de uma ter-

    ceira mquina (C). Calculou-se a mdia e vericou-

    se que elas eram iguais. No entanto, dierentemente

    das demais amostras vocs podem observar que a

    mquina B est pereita, porque todos os parausos

    tm os mesmos dimetros, enquanto se observa va-

    ! ATENONa maioria dos casos a mdia a mais representativa

    porque leva em considerao todos os dados. cil decalcular, mais utilizada. Entretanto, quando os valores

    extremos esto muitos equidistantes, dever-se- utilizar

    ou a mediana ou a moda. Veja o exemplo a seguir.

    atividd d

    1) Calcule a mediana, a mdia e a moda. Na sua

    opinio qual o mais representativo:

    a) (, , , 9, 10, 1, 1)?

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    29/52

    AULA 3 Descrio dos Dados Medidas de Tendncia Central e Medidas de Disperso

    9

    riao considervel entre os produtos das mquinasA e C, determinando a necessidade de reparos nes-sas ltimas. Problemas como esses so detectadospor meio do estudo das medidas de disperso.

    Um exemplo hipottico: um homem com a ca-bea dentro de um orno ligado e com os ps numcongelador poder estar sob uma temperaturamdia de 6,C (temperatura mdia ideal para oser humano). No entanto, suas condies de vidaestaro seriamente comprometidas (por motivosbvios). Tem-se, a, uma situao tpica na qual amdia pouco poder ser til, principalmente paraquem estiver nela colocado! Temos ento uma ele-vada variao dos dados, demonstrando a impor-tncia do estudo da disperso dos dados.

    Outro exemplo da necessidade de se estudar a va-riao dos dados: num exame de estatstica de umadeterminada turma, a mdia oi de 7.0, quando 0%da turma obtiveram notas acima de 9.0, 0% notasabaixo de .0 e os 0% restantes obtiveram notas en-tre .0 e 9.0. Concluso: houve uma grande variaode notas, determinando que nessa disciplina a tur-ma apresenta-se extremamente heterognea. Se, poroutro lado, as notas tivessem variado entre 6.0 e .0,poderamos armar que, em relao a essa disciplina,

    a turma seria signicativamente homognea.

    picii did d di

    Amplitude total

    Varincia

    Desvio-padro

    Coefciente de variao

    Amplitude total a dierena entre a maior e a

    menor observao da amostra.

    Voltando ao exemplo citado (trs amostras de di-

    metros de parausos):A: 10; 1; 11; 1; 11 XA = 11

    B: 11; 11; 11; 11; 11 XB = 11

    C: 116; 1; 1; 10; 10 XC = 11

    Amplitude Total

    A = 1 11 = 6

    B = 11 11 = 0

    C = 1 116 = 9

    Analisando as medidas da amplitude pode-se ve-

    ricar que as mquinas A e C necessitam de reparos

    para a abricar parausos de boa qualidade.

    Vantagens da amplitude Apresentar maior a-

    cilidade de clculos e ser de cil interpretao. Exemplo de utilizao Controle de qualida-

    de industrial.

    Varincia Pode ser denida como a soma

    dos quadrados dos desvios em relao mdia,

    dividida pelo nmero de dados, para uma po-

    pulao e nmero de dados, menos a unidade

    para uma amostra.

    = sqd/n-1

    Onde:: sigma minsculo ao quadrado do alabeto

    grego = varincia

    sqd: soma dos quadrados dos desvios.

    n: nmero de dados

    Exemplo:

    Calcular a variao dos dados a seguir:

    1 11 1 10 11 mdia: 11 n:

    Primeiramente, temos que calcular os desvios,

    subtraindo a mdia de cada um dos dados:

    1 11 : X1 X

    11 11 : X X

    10 11 : 1X X

    1 11 : 1 X X

    11 11 : 0 X X

    Obs.: Se somarmos os valores resultantes desses

    clculos (desvios), obteremos o valor zero, o que

    vale para qualquer amostra ou populao. Para con-

    tornar essa situao, a estatstica utilizou um arti-

    cio matemtico, elevando ao quadrado cada um dosvalores dos desvios.

    Para calcularmos a varincia devemos somar os

    desvios elevados ao quadrado e dividir o valor dessa

    soma por n 1.

    Por que nmero de dados menos a unidade?

    Nesses exemplos, o ltimo dado igual mdia

    (11 11 = 0), levando a uma pressuposio de

    que sempre (em uma amostra) se ter um dado igual

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    30/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    0

    mdia, denindo seu desvio como zero. Deniu-se

    assim, em Estatstica a denominao Grau de Liber-

    dade, ou seja, em uma amostra se tem a liberdade de

    tirar uma unidade do nmero de dados. Isso posto,

    generalizou-se a utilizao desse articio de clculo.

    Frmula:

    (X1 X)2 + (X

    2 X)2 + ... + (X

    n X)2

    n 1

    2 =

    Logo:

    2 =

    (124 121)2+ (118 121)2 + (120 121)2 (122 121)2 +

    (121 121)2

    5 1

    2 = (3)

    2 + ( 3)2 + ( 1)2 (1)2 + (0)2

    4

    2 =

    9 + 9 +1 +1 +0

    4

    2 =

    20

    4

    2 = 5

    Dvi-d uma medida de disperso absoluta que quan-

    tica a variabilidade dos dados da amostra e vem

    expresso na mesma unidade dos dados. denido

    como a raiz quadrada da varincia.

    =2

    Considerando o exemplo acima teremos

    = 5 = 2,23

    Existe uma outra orma para o calculo do desvio-padro que pode acilitar os clculos em algumas

    situaes. Por essa razo, vamos deduzir a rmula

    para acilitar a desenvolver os clculos.

    Deduo da rmula:

    Por denio,

    2 =

    (X1X)2 + (X

    2 X)2 + ... + (X

    n X)2

    n 1

    Aplicando-se as regras de somatrios, obtm-se

    2=

    X X2

    n 1 .

    Desenvolvendo-se o quadrado no numerador,

    obtm-se

    2 = (X2 2X . X + X2)

    n 1 .

    Aplicando-se novamente as regras de somatrios,

    obtm-se

    n 1

    2= X2 2X . X + n . X2

    , o que

    pode ser representado por

    n 1

    2= X2 2X . X + n . X . X

    comon

    xX= ; ento, substitui-se para obter

    2=

    X2 2 X . X

    n

    X

    n

    X

    n+ n . .

    n 1

    ,

    donde, simplicando os n na terceira parcela do nu-

    merador, obtm-se

    2=

    X2 2 X . X

    n

    X

    n+ X.

    n 1 .

    Resolvendo-se o numerador, obtm-se

    2=

    X2 X . X

    n

    n 1

    , o que pode ser escrito

    como:

    Varincia

    2=

    X2 X2 / n

    n 1

    Desvio-padro

    2=

    X2 X2 / n

    n 1

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    31/52

    AULA 3 Descrio dos Dados Medidas de Tendncia Central e Medidas de Disperso

    1

    Cc d vici

    Consideremos o mesmo exemplo eito anterior-

    mente:

    1 11 1 10 11 mdia: 11 n:

    X X2

    124 15.376

    118 13.924

    122 14.400

    120 14.884

    121 14.641

    605 73.225

    Logo

    x = 60

    x = 7.

    N = nmero de dados =

    Assim

    2=

    X2 X2 / nn 1

    2= 73.225

    6052

    / 55 1

    2=

    73.225 336.025/ 55 1

    2=

    73.225 73.205

    4

    2=

    4

    20

    2= 5

    Como o desvio-padro a raiz da varincia te-

    remos

    = 2

    Considerando o exemplo acima teremos

    = 5 = 2,23

    ! IMPORTANTEVerique que os resultados oram os mesmo desen-

    volvidos pelas duas rmulas acima.

    Propriedades e caractersticas do desvio-pa-

    dro:

    1) O desvio-padro de um conjunto de dados

    mnimo, uma vez que os desvios so tomados

    em relao mdia aritmtica do conjunto.

    ) Somando-se ou subtraindo-se cada observa-

    o pela mesma quantidade, o desvio-padro

    no se altera.

    ) Multiplicando-se ou dividindo-se cada obser-

    vao pela mesma constante (k), o desvio-pa-dro ca multiplicado ou dividido pela cons-

    tante.

    ) O desvio-padro infuenciado por todos os

    valores da amostra, enquanto a amplitude s

    infuenciada pelos valores extremos.

    ) Os valores extremos exercem maior infun-

    cia que os valores centrais situados prximos

    mdia.

    6) O desvio-padro um valor sempre positivo

    e expresso na mesma unidade que os da-dos.

    7) O desvio-padro , em geral, a medida menos

    aetada pelas futuaes das amostras.

    excci d ic

    Em uma sala de aula oram escolhidos ao aca-

    so acadmicos e a notas deles em Estatstica o-

    ram 6, , 10, , 7, 9, enquanto em outra sala as

    notas oram 10, 10, 10, 7, , 7. Pergunta-se em

    qual turma as notas oram mais homogneas, ouseja, onde oi menor a variao? Calcule o desvio-

    padro de ambas e veriique o que menos variou

    entre elas.

    at!

    Dvi-d cv

    Obs.: Se os dados estiverem numa distribuio

    normal, a mdia, a mediana e a moda coincidem.

  • 8/3/2019 Analise de Custos Contabilidade Internacional e a Aplicada

    32/52

    Unidade Didtica Estatstica Aplicada Contabilidade

    O desvio-padro e a curva normal

    -3 -2 -1 1 2 3

    Onde, Xrepresenta a mdia da populao, e , odesvio-padro

    Particularidades da curva normal

    99,7% da rea sob a curva encontram-se entre

    X e X+

    9,0% da rea sob a curva encontram-se entreX e X+

    6,0% da rea sob a curva encontram-se entre

    X e X+

    Obs.: Essas assertivas podem ser comprovadas

    pelo clculo integral.

    Vejamos um exemplo a seguir:

    Considerando que em Mato Grosso do Sul a tem-

    peratura mdia nos ltimos 100 dias oi de C,

    com um desvio-padro de ,C. Admitindo-se queos dados esto distribudos normalmente, quais

    teriam sido a maior e a menor temperatura apre-

    sentada no perodo. E em 9 e 6% dos dias quais

    oram os limites extremos?

    Menor temperatura:

    X , 1, = 11,C

    Maior temperatura:

    X+ + , + 1, = ,C

    Em 9%

    Menor temperatura:X , 9 = 16C

    Maior temperatura:

    X+ + , + 9 = C

    Em 6%

    Menor temperatura:

    X , = 0,C

    Maior temperatura:X+ + , = 9,C

    Cfcit d vi

    uma medida de disperso relativa que expres-

    sa o desvio-padro em orma de porcentagem, ou

    seja, transorma a medida de disperso absoluta em

    relativa.X 100

    cv. Ento teremos: cv = 100 /XX= mdia

    = desvio-padro

    cv = coeciente de variao.

    Obs.: Para se comparar a variabilidade ou ho-

    mogeneidade de duas ou mais amostras, deve-se

    utilizar o desvio-padro ou varincia, quando as

    amostras se reerirem mesma grandeza e pos-surem a mesma mdia. Por outro lado, quando

    as amostras estiverem expressas em dierentes

    unidades de medidas ou apresentarem mdias

    dierentes, dever-se- utilizar o coeiciente de va-

    riao.

    Segundo Jairo Simom da Fonseca,

    CV menor de 1% Baixa variabilidade

    CV de 1 a 0% Mdia variabilidade

    CV maior de 0% Alta variabilidade.

    Com base nessa escala pode-se dizer que: quandoo CV estiver abaixo de 1%, os dados amostrados

    apresentam-se homogneos. Quando o CV estiver

    acima de 0%, os dados, de modo geral, so mais

    heterogneos. Entre 1 e 0% o CV