engenharia custos aplicada a construcao civil

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  • 8/6/2019 Engenharia Custos Aplicada a Construcao Civil

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    PINI Servios de Engenharia CNPJ 43816990-0001-43 CREA SP 0279666Rua Anhaia, 964 01130-900 -- So Paulo, SP

    11-2173-2368 Diretoria [email protected] -- www.piniweb.com

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    Engenharia de Custos aplicada Construo Civil

    Formao do PreoModelagem da ObraModelagem de Custos

    Premissas TcnicasContingncias de Obra

    Variao de DesempenhoProdutividade da Mo de ObraConsumo de MateriaisProduo de EquipamentosImpactos no Custo

    Composio do Custo

    Matriz de CustosPlano de ContasCritrios de AlocaoCustos associados aos Insumos

    Mo de ObraMateriaisEquipamentosEncargos Sociais

    Custos PresumveisCustos ImprevistosCustos Omissos

    Planilha de Composies de custos UnitriosModelos de Composies de CustosTabelas de Custos padroCaracterizao das Composies de Custos

    Oramento da ObraBDIFormao do BDI

    Controle de CustosGesto de Custos

    Gerenciamento de Custos

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    Engenharia de Custos aplicada Construo Civil

    A Engenharia de Custos, aplicada Construo Civil, a nica disciplina capazde dar suporte Formao do Preo e Controle de Custos de obras.Concretamente seus alvos so os servios de construo, focalizando a dinmicade processos, que correspondem a fluxos de materiais (consumos) e de trabalho(produtividade e produo), fluxos financeiros, no tempo e no espao, atendendos necessidades da tecnologia de construo.

    A Engenharia de Custos prev distintas metodologias, fundamentalmenteestimativas de estudos, formao do preo por Tabelas de Custos Padro eFormao do Preo por Modelagem, cada uma delas com adequaes aos grausde preciso do resultado, que se pretende alcanar, e complexidade da obra,cujo custo se deseja estimar.

    A Engenharia de Custos estabelece critrios para o estudo dos servios deconstruo, sequenciados por suas atividades, decompostas por tarefas, todosidentificados por especificaes, procedimentos, ciclos, prazos, precedncias,interdependncias e desempenho.

    (aqui entra a ilustrao 1)

    Formao do Preo

    Modelagem da ObraTrata-se de um processo de seleo para identificar os fundamentos do Projeto deConstruo, que exclusivo e caracterstico, para uma determinada tipologia deobra. As variantes que so consideradas nessa seleo dependem dascondicionantes locais de implantao e da complexidade da obra e so tambmparticularizadas pela experincia do construtor.

    O processo de simulao da modelagem corresponder a graus superiores derepresentao e adequao com a disponibilidade do Projeto Executivo completo,em que est totalmente contido o Ncleo Estruturante da Obra.

    Os objetivos primordiais da modelagem so alcanar a maximizao da economiade recursos, adequao de tecnologia, incluindo a aplicao de inovaestecnolgicas, e a racionalizao de processos operacionais.

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    Da comparao entre modelos, resultam diferenas bsicas que so os recursostcnicos mobilizveis, implicando necessariamente custos distintos. Da escolhaentre modelos, deriva o Projeto de Construo, que fundamentar a Modelagemde Custos da Obra.

    (aqui entra a ilustrao 2)

    Ncleo Estruturante da Obra a garantia do que o contratante quer, no programa concebido paraatender s suas necessidades. O Projeto Executivo, considerados todos osseus atributos, a expresso mxima do Ncleo Estruturante da Obra. OProjeto Bsico e peas complementares, estudos e levantamentospreliminares, para consolidar o Projeto Executivo, poder representar oNcleo Estruturante da Obra, a partir das diretrizes e critrios pr-estabelecidos pelo Contratante. Em futuro prximo, os projetos realizados

    pela metodologia BIM (Building Information Modeling) ou modelo deinformao da construo sero a expresso mxima do ncleoestruturante da obra.

    Condicionantes de ExecuoSo informaes colhidas por meio de visitas tcnicas, ao local deimplantao, e por estudos e levantamentos complementares para avaliar,mensurar e registrar recursos tcnicos, logsticos, legais, econmicos,sociais, polticos e culturais, com o objetivo de conhecer de antemo asrestries impostas obra, e tambm as oportunidades a ela oferecidas.

    Modelagem de CustosA cada modelo de obra estudado, corresponder um modelo de custo associado,ou, em outras palavras, o Projeto de Construo nico, em que as PremissasTcnicas de Execuo e as Contingncias de Obra so convertidas em custo.Todo o processo de modelagem ocorre no mbito de simulaes e estimativas doconstrutor.

    Premissas Tcnicas de ExecuoTm sua origem no Projeto de Construo definido, sob a tica doPlanejamento dos Processos Executivos e os Sistemas de Produo,

    Reflete a deciso, a escolha sobre como fazer ou sobre os processos etcnicas adotadas para a produo (metodologia da construo).Possibilitam ao Construtor estabelecer a valorao, na modelagem decustos, e devem criteriosamente estar associados a cada Composio deCusto Unitrio.

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    Contingncias de ObraTm sua origem no levantamento das Condicionantes de Execuo, sob atica de restries e oportunidades observadas. So internas obra,portanto presumveis, ou externas obra, consequentemente imprevistas,

    fora do controle e vontade das partes contratantes. As Contingencias deObra ocasionam a Variao de Desempenho, em termos de consumo,produtividade e produo, impactando o custo. Podem ainda serqualificadas, como Contingncias de Execuo, inerentes a dificuldadescom recursos tcnicos, no desenvolvimento do Projeto de Construo, ecomo Contingncias de Canteiro, relativas a condies crticas de execuoque ocasionam disfunes na mobilizao ou operao dos recursoslogsticos.

    As contingncias presumveis podem ou no estar contidas no preo, o quedeveria estar explicitado no oramento. As Tabelas de Custos disponveis

    no mercado, por serem genricas e padronizadas, no consideramcontingncias de obra presumveis. As contingncias de obras imprevistaspertencem ao campo jurdico, tratadas tecnicamente por critrios deequilbrio econmico-financeiro.

    Variao de Desempenho

    Produtividade da Mo de obra definida, como sendo uma varivel que mede a eficincia em transformarinsumos materiais, por meio de ferramentas e equipamentos leves, em

    produtos, com o emprego da mo-de-obra.

    A mensurao da produtividade pode ser feita com um indicador querelacione a quantidade de recursos demandados quantidade de produtoobtido. Por exemplo, a produo de paredes de alvenaria de vedao podedemandar 0,6 hora de pedreiro e 0,3 hora de ajudante, para cada m2 deparede produzida.

    A depender de esforos de racionalizao e treinamento, se ascaractersticas de um servio fossem sempre as mesmas, isto , se nohouvesse variao dos fatores, de contedo e de contexto, que

    caracterizam o servio, a produtividade seria constante, sendo muito bemrepresentada por um valor mdio. No entanto, tais fatores variam de umamaneira expressiva, o que provoca uma concomitante variao nodesprezvel da produtividade da mo-de-obra.

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    Nesta nova verso do TCPO, so apresentados novos avanos napesquisa, possibilitando o registro de coeficientes de produtividade de mo-de-obra varivel e coeficientes de consumo de materiais, igualmentevariveis. Os trabalhos de pesquisa dos indicadores de produtividade, do

    TCPO foram coordenados por professores de Engenharia de ConstruoCivil da Escola Politcnica da Universidade de So Paulo, nos ltimos anos,e contaram com o apoio de Entidades, empresas fornecedoras econstrutores. Foram pesquisados mais de 100 canteiros de obras, em todoo pas.

    A PINI tem registros, que apontam para determinados servios umavariao da ordem de 80%, entre o indicador das produtividades que maisso observadas nos canteiros (mediana) e o indicador da produtividademais baixa. A PINI recomenda, com fundamento tcnico, a adoo davariao da produtividade, que melhor reflita as condies de execuo de

    cada servio.

    Consumo de MateriaisO consumo unitrio dos materiais pode ser considerado, como sendo asoma de uma quantidade teoricamente necessria, com outra quantidade,denominada perda (parte evitvel e parte inevitvel) normalmenteassociada aos processos de execuo. Nesse contexto, e de modosemelhante ao que se observa para a mo-de-obra, h fatores que fazem oconsumo ser maior ou menor em cada situao.

    Tais fatores podem ser associveis, tanto quantidade teoricamente

    necessria (por exemplo, um maior nmero de andares-tipo permite areutilizao de um mesmo molde de frmas, o que diminui a quantidadenecessria de chapas de compensado), quanto s perdas esperadas (o usode ps-de-cabra, na desforma, provavelmente implicar demandas, maisfreqentes, por reformas dos painis, induzindo um aumento da perdaesperada de chapas de compensado por metro quadrado de superfcie deestrutura de concreto moldada).

    A PINI tem registros, que apontam para determinados servios umavariao da ordem de 40%, entre o indicador mais observado nos canteiros(mediana) e o indicador relativo s perdas mximas. No TCPO a

    considerao de perdas no consumo de materiais absolutamenteconservadora, induzindo o mercado a esforos permanentes deracionalizao. Contudo a PINI recomenda que as perdas de materiaissejam avaliadas caso a caso.

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    Produo dos EquipamentosUma vez selecionado o equipamento e estabelecidas as premissastcnicas, uma das variveis que impactam o custo so os fatores deEficincia (eficincia operacional ou fator de trabalho). O fator E

    representado por parmetros que medem, para um determinadoequipamento, a eficincia real, em relao eficincia esperada, e o tempode trabalho efetivo, em relao a 1h de funcionamento. Esses valorespodem ser apropriados, tratados estatisticamente e ajustados, levando-seem considerao a habilidade do operador, as caractersticas da mquina eas condies locais de trabalho.

    No consagrado livro, Manual Prtico de Escavao, PINI 2007, o Prof. Hliode Souza Ricardo apresenta uma faixa de variao do fator E, entre 52% e84%. A PINI em suas pesquisas chegou a constatar 12%, em situaes deextrema criticidade. No TCPO o fator E considerado 75%, devendo ser

    interpretado pela relao entre 45 minutos de trabalho efetivo, para 60minutos de funcionamento. A PINI recomenda que, caso a caso, sejaadotado o fator E que melhor corresponda s condies de execuo doservio.

    Impactos no CustoA PINI preocupa-se em desenvolver permanentemente pesquisas,estatsticas, estudos e modelagens, para traduzir as diferentes realidadesde mercado e das obras, referenciando de modo mais adequado a questoda variao de custos, com a contribuio da Universidade, Institutos dePesquisas, profissionais de notria especializao, Indstria e Entidades

    Empresariais.

    Conforme modelagem, a partir das pesquisas realizadas, h uma faixaadmissvel de variao no custo de edificaes, devida produtividadevarivel e consumo varivel de materiais. Pode-se tambm identificar umafaixa de variao no custo de servios de infra-estrutura, devida influnciada produo dos equipamentos. Dessa forma contratantes e construtoresdeveriam observar as reais condies de execuo de cada obra econsiderar no seu custo a influncia dessas variaes.

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    O conjunto dos fatores descritos anteriormente (produtividades, consumos eproduo) o que tambm justifica as variaes nos custos de construo.A ampliao do interesse por essa questo; os estudos que esto sendorealizados; a experincia dos construtores; a maior instrumentao e

    internalizao conceitual dos contratantes e dos rgos de auditoria efiscalizao fazem crer na convergncia de esforos, para um verdadeirodesenvolvimento da aplicao da Engenharia de Custos no setor daConstruo Civil brasileira.

    A PINI, na sua trajetria empresarial, tambm converge seus esforos, paraampliar, aprofundar e difundir conceitos e conhecimento de Engenharia deCustos; desenvolver sistemas informatizados, para possibilitar processosmais geis e precisos; manter e atualizar o seu acervo, visando atender aomercado e suas necessidades tcnicas e de gesto

    Simulaes de modelagem realizadas pela PINI avaliaram o impacto davariao de Produtividade da Mo-de-Obra, do Consumo de Materiais e daProduo de Equipamentos, no custo da construo, como se podeobservar na tabela que se segue.

    Impactos no custo por variao da Produtividade,Produo e ConsumoEdificaes 18 a 43%Infraestrutura 13 a 30%

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    Composio do CustoEspelha todo o processo de interao, no mbito da experincia do construtor, emque so fundamentais os conhecimentos de Engenharia de Construo Civil e deEngenharia de Custos, sob referncia das premissas tcnicas de execuo e ascontingncias de obra. Vincula-se, portanto a diretrizes especficas do projeto deconstruo.

    A composio do custo pode admitir dois formatos caractersticos, como sendo aMatriz de Custos, modelo exaustivo de todos os recursos tcnicos e logsticos aserem utilizados na obra, e o outro formato a Planilha de Composies deCustos Unitrios, modelo reduzido, expresso por insumos a serem aplicados naobra.

    Matriz de CustosNo processo de Formao do Preo, uma vez definida a modelagem decusto, o passo metodolgico seguinte a estruturao da Matriz de Custosda Obra. A matriz de custos vai reunir e classificar, por meio de umcriterioso Plano de Contas, que compreende todos os recursos tcnicos elogsticos relacionados execuo dos servios, representando todas asdemandas e necessidades, para o atendimento ao escopo do ProjetoExecutivo.

    Plano de Contas uma relao completa, com a classificao dosrecursos tcnicos e logsticos que sero empregados na obra, por meio dooramento, visando a estabelecer critrios de alocao desses recursosque favoream uma distribuio adequada, determinada por pertinnciastcnicas. Esses critrios possibilitam a aplicao de procedimentosgerenciais, utilizados no Controle de Custos da Obra.

    A PINI sugere, como exemplo, a classificao para a gerao de um planode contas, que a seguir se apresenta, com fundamento tcnico. A diretriz declassificao deve ser um fator facilitador, para a alocao dos recursosglobais e parciais previstos, nos diferentes servios, atividades e tarefas deexecuo da obra.

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    Classificao PINI para o Plano de Contas daMatriz de Custos da Obra

    Recursos Tcnicos (relacionados execuo dos servios) Materiais e Produtos Mo-de-obra Equipamentos Subcontrataes (servios especializados)

    Recursos Logsticos (alocveis) Canteiro e Acampamentos

    Implantao (mobilizao e desmobilizao, inclusive dos RecursosTcnicos)

    Instalaes (abrigos, vias, redes)Custos Operacionais e de Manuteno Administrao Local

    Recursos Humanos de Gesto (gerenciais)Recursos Humanos Tcnicos (modulao bsica)Recursos Humanos Tcnicos (pertinncia tcnica)

    Custos Associados aos Insumos

    Leis trabalhistas Necessidade dos Insumos

    Benefcio e Despesas Indiretas (BDI) Administrao Central Impostos e Taxas Seguros, Garantias, Contingncias de Contrato e suas decorrncias e

    Despesas Financeiras Lucro Bruto (resultado bruto esperado)

    Custos Presumveis (avaliao)

    Custos Imprevisveis (avaliao)

    Custos Omissos (avaliao)

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    Critrios de Alocao vo responder a uma necessidade de lgica deconstruo ou prerrogativa do construtor, para que os custos dos recursosalocveis estejam representados de modo associado aos recursos tcnicosdos servios, rateados, por pertinncia, proporcionalmente aos servios ou

    destacados, como item da planilha oramentria. Os recursos humanos deapoio tcnico e de gesto (administrao local) so variveis, de acordocom o seqenciamento da obra e eventuais descontinuidades eparalisaes. A parte fsica de apoio da obra (canteiro) so os recursos queesto disposio, no incio, durante todo o processo, at a sua concluso.

    A seguir so apresentados exemplos de critrios de alocao.

    Pertinncia Tcnica: custos de recursos associados mo-de-obra,materiais e equipamentos.

    Rateio proporcional: custo de recursos distribudos proporcionalmente,pelos itens de servios da planilha oramentria.

    Destaque oramentrio: quando o valor do custo de recursos representado por um item especfico na planilha oramentria.

    Modulao Bsica de Frente de Servios: os custos so designados poritens da classificao da planilha oramentria que podem estarreunidos por grupos de servios de mesma natureza, que por sua vezpodero estar discriminados em mltiplas atividades. A modulaoobedece a regras de precedncia e programao das atividades,

    destacando o grau de importncia e criticidade.

    Segue uma discriminao dedutiva, partindo do conjunto da obra s suaspartes constitutivas, como se pode acompanhar, no exemplo.

    Modulao Bsica de Frentes de ServiosEmpreendimentoObrasComponentesMdulosServios principais

    Servios secundriosProdutosServios de apoio

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    Re-rateio: utilizado para adequao dos custos do Construtor planilhaoramentria pr-concebida do contratante. Quando o contratanteestabelece parmetros, superados pelo valor efetivo extrado da Matrizde Custos, ou quando o contratante se omite em considerar o item de

    custo no Oramento.

    A PINI adverte para o fato de que a aplicao e a anlise dos resultadosdesses critrios estejam fundamentadas em conhecimento de Engenhariade Custos. Reconhece que o construtor se utiliza desses critrios, paraalocar e ser remunerado, por custos identificados na formao do preo.Adverte ainda que qualquer anlise somente tem sentido se forrepresentada explicitamente na Matriz de Custos do construtor.

    Restam conhecer os atributos de cada conta classificada, no Plano deContas, da Matriz de Custos proposta pela PINI, como se segue.

    Custos dos Recursos Tcnicos (relacionados execuo dosservios) Na Matriz de Custos, os Recursos Tcnicos relacionados execuo dos servios esto considerados, extrados do Projeto deConstruo, de forma global, como exemplo: a estimativa de todas ashoras-trabalhadas de um determinado equipamento, ou de todo oconsumo previsto de um determinado material ou produto, ou ainda detodas as horas-homem de uma determinada categoria profissional, oufinalmente os custos com subcontrataes de servios especializados,totalizando o custo de cada item e exaustivamente de todos os itens daobra. Se necessrio, para atender Planilha Oramentria do

    Contratante, podero ser convertidos em Planilha de ComposiesUnitrias, para constar como o item do Oramento, em funo dosmdulos bsicos ou dos servios de execuo.

    o Custos com a Mo-de-obra (custos com a mo-de-obra aplicada noservio, considerando a produtividade planejada ou o custo do horas-homem e respectivos quantitativos estimados)

    o Custos com Produtos e Materiais (custo com os produtos e materiaisaplicados no servio, considerando o consumo previsto ou quantidadeestimada e respectivo preo do insumo unitrio)

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    o Custos com Equipamentos (custo com os equipamentos utilizados noservio, considerando a produo ou o custo horrio e respectiva cargahoraria de trabalho estimada)

    o Custos com Sub-contrataes (custos com sub-contrataes de serviosespecializados)

    Custos dos Recursos Logsticos (alocveis) representam os custosdos recursos logsticos fsicos de apoio e de gesto tcnica eoperacional, para a execuo da obra. Esses custos compreendem doiscompartimentos da matriz de custos, Canteiro e Acampamento eAdministrao Local, devendo estar apresentados de modo discriminadoe acompanhados dos respectivos demonstrativos de clculo epremissas tcnicas adotadas.

    o O Canteiro e Acampamento compreendem os custos com Implantao,Instalaes e Custos Operacionais e de Manuteno.

    o A Administrao Local compreende o custo com os Recursos Humanosligados gesto tcnica e gesto geral. Na seqncia, tabelailustrativa.

    Na seqncia so apresentadas tabelas ilustrativas para Canteiro eAcampamento e Administrao Local.

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    Canteiro e Acampamento (logstica)

    ImplantaoMobilizaoDesmobilizao

    InstalaesAbrigos

    Administrao e Engenharia(gerncia)

    Patrulhas e Frentes(abastecimento, operao e

    manuteno)Suprimentos (armazenagem,preparo, distribuio emovimentao)

    Pessoal (alimentao,transporte, sade, segurana,qualidade, meio-ambiente ealojamentos)

    Vias

    RedesCustos Operacionais e de Manuteno

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    Administrao Local (logstica)

    Gesto Geral dos Recursos

    Engenharia ProjetoTopografiaPlanejamentoProduoAcompanhamento e ControleArqueologiaMedies

    Administrao Escritrio e patrimnioAquisies e ContrataesServios geraisServios financeiros

    Gesto Tcnica nas Frentes de ServiosServios preliminares DesmatamentoTerraplenagem Corte/ Bota-fora

    Aterro/ CompactaoEscavao de valas

    Drenagem InfraestruturaViria

    Sistema Virio DemoliesArruamentos

    Gesto Tcnica sobre RecursosHumanos Recrutamento

    SeleoContrataoNecessidades dos Recursos

    Materiais Aquisies e contrataesSuprimentosAferio

    Equipamentos Aquisies e contrataesSuprimentos

    AferioLogsticas Instalao e Manuteno

    Mobilizao e desmobilizaoUtilities

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    Custos Associados aos InsumosOs insumos mo-de-obra, materiais e equipamentos, na Matriz de Custos,so tratados como Recursos Tcnicos, por apresentarem plenas condiesde trabalho, aplicao e operao, ou seja carregam o custo do insumo,

    associado ao custo da respectiva necessidade operacional. Apresenta-se aseguir um exemplo de detalhamento dos custos associados snecessidades dos grupos de insumos.

    Custos associados ao insumo Mo-de-obra(custos a serem incorridos para tornar a mo-de-obra apta ao trabalho)

    o Mobilizao e desmobilizaoo Necessidades relativas a transporte, alimentao, alojamento e outros.o Necessidades relativas a mquinas e ferramentas leves e treinamento.o Necessidades relativas a segurana, medicina do trabalho e meio

    ambiente.

    Custos associados aos insumos Materiais(custos a serem incorridos para dar condio de aplicao aosmateriais)

    o Necessidades relativas preparao (movimentao, dosagem emistura, usinagem, corte e dobra, montagem e distribuio)

    o Necessidades relativas a financiamentos especficos.

    Custos associados aos insumos Equipamentos(custos a serem incorridos para dar condies de operao aosequipamentos)

    o Mobilizao e desmobilizaoo Necessidades relativas a propriedade, conservao, manuteno e

    operao.o Necessidades relativas a financiamentos especficoso Necessidades relativas a impostos e seguros.

    Encargos Sociais so taxas aplicveis aos custos de mo-de-obra (horistaou mensalista) que respondem legislao trabalhista. Provm de clculo,onde devem ser considerados os parmetros que refletem as condies detrabalho da mo-de-obra (ver tabela detalhada nesta edio ou na revista

    CONSTRUO/ Mercado)

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    Custos Presumveis so custos que resultam de contingncias de obra,em funo das condicionantes de execuo. Referem-se ao repertrio deexperincias do construtor, podendo ou no estar representados nooramento (explicitamente nas composies de custos). Portanto no so

    considerados em tabelas de custos de mercado padronizadas. A PINIrecomenda, quando esses custos no forem explicitados, devem serabsorvidos por instrumentos contratuais de interao e gesto.

    Custos Imprevistos so contingncias externas obra acima dacapacidade de previso das partes contratantes (eventos climticos, chuvasanormais, Estado de Stio, greves, inflao fora do controle, distoreseconmicas de segmentos de mercado). Deve-se buscar o novo equilbriocontratual, caso no sejam absorvidos pelos instrumentos contratuais deinterao e gesto, quando ocorrerem.

    Custos Omissos so custos definidos em obrigaes e responsabilidadescontratuais que, por falha de omisso do construtor, no foram anotados nooramento. Nessa situao, desde que garantido o princpio detransparncia nas relaes contratuais, essa omisso objeto de ajuste,para manter o equilbrio contratual. Quando a omisso ocorrer por falha daplanilha oramentria do contratante, o construto tem a prerrogativa deratear os custos omissos nos itens de custo do seu oramento.

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    Planilhas de Composies de Custos UnitriosSo decorrentes da Matriz de Custos. Essa converso d-se em funo detodos os Recursos Tcnicos indispensveis execuo do servio (mo-de-obra necessria, materiais aplicados e equipamentos envolvidos), que

    ser representada por unidades de rea, volume, massa, atributo tcnicomensurvel, para identificar a sua apropriao. Tm como funo facilitar ocontrole da obra, especificamente no mbito gerencial e mbito financeiro,no que diz respeito a medies e pagamentos.

    A Planilha de Composies de Custos Unitrios deve espelhar asPremissas Tcnicas e Contingncias de Obra, que deram condio deelaborao da Matriz de Custos. A Matriz e a planilha, portanto secorrespondem mutualmente.

    A estruturao de uma Planilha de Composies de Custos Unitrios um

    procedimento nico de cada obra. um instrumento por excelncia dagesto e gerenciamento de custos. tambm elemento referencial, para opermanente processo de gerao, atualizao e aprimoramento da base dedados do construtor, ao longo de sua trajetria empresarial.

    Modelos de Composies de CustosCom a repetio das obras possvel gerarem-se estatsticas. Cada obratorna-se um laboratrio vivo para a formao de um Banco de Dados.Nessa situao no mais necessrio recorrer-se montagem de modelos,para as novas obras, os bancos de dados suprem as necessidades de secalcular o custo. Isso ocorre na construo de edificaes repetitivas e

    convencionais que podem ter seus preos estimados, por meio de tabelasde mercado padronizadas, com poder de representao, sobre essas obrasque se desejam referenciar.

    A repetio permite realizar apropriaes, em campo, e aferio do registrode informaes anteriormente obtidas e consolidadas. Conduz a umaigualdade nos processos executivos convencionais, com pouca variao deconsumos de materiais, produtividade da mo-de-obra e produo dosequipamentos, entre os construtores. Os bancos de dados assimconstitudos passam a ser de domnio de cada segmento especializado.

    De modo distinto, as obras complexas do ponto de vista de seu programa eimplantao ou as obras que utilizam tecnologias inovadoras, ou sejam, asobras no-convencionais, requerem uma modelagem prvia e singular, emque se simulam todas as etapas do processo executivo, como ponto departida no processo de formao do preo.

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    Cada obra no-convencional tem a sua identidade, a sua caracterstica, assuas particularidades apreensveis diferenciadamente, pela modelagem decada construtor, sendo mais bem representadas por Matriz de Custos.

    Como se podem observar, os segmentos de mercado geraram bancos dedados referenciados, generalizveis, dentro de um mesmo segmento deobras convencionais, ou dados referenciados particularizados, restritos utilizao do construtor, dentro de um segmento de obras no-convencionais.

    Tabelas de Custos padroSo constitudas por modelos quantitativos, genricos e isolados, queapresentam os insumos necessrios, para a execuo dos servios deconstruo, seus respectivos coeficientes de consumo, nas respectivas

    especificaes e unidades. Tm sua origem em projetos padro ou emlevantamentos de experimentos tcnicos e nas estatsticas de apropriaesde obras correntes e repetitivas, gerando bases de dados para refernciasoramentrias.

    As Tabelas de Custos padro (SINAPI, SICRO e PINI, entre outras) souma referncia de formao de preos de obras convencionais. A utilizaodessas tabelas necessita de balizamentos de conhecimento de Engenhariae experincia de construo, para adequao s Premissas Tcnicas erepresentao das Contingncias de Obra. Devem ser absorvidas porprocessos permanentes de atualizao tecnolgica, incluso de novas

    normas, legislao e encargos.

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    Caracterizao das Composies de Custos(recomendaes PINI)As composies de custos unitrios se estruturam a partir de umadescrio, suficientemente clara, para se compreender a que servio deconstruo se referem, a partir tambm dos requisitos, que relacionam os

    insumos e respectivos coeficientes de consumo, na unidade descrita, e apartir finalmente das premissas tcnicas, que se resumem caracterizao do modelo quantitativo que representam. Ser por meio daspremissas tcnicas que se aplicaro os ajustes de Engenharia e aconsiderao das contingncias de obra, caracterizando a composio scondicionantes de execuo da obra.

    Premissas Tcnicas so indispensveis, como referncias do construtor edo contratante, nos contratos e no acompanhamento e controle de obras.Explicitam os recursos tcnicos empregados e os processos aplicados,

    visando execuo da obra. Devem atender a requisitos, que soapresentados a seguir.

    Especificao uma designao detalhada, para a qualificao,quantificao e caracterizao do servio. Uma especificao, queconste do oramento de uma determinada obra, deve ternecessariamente fiel identidade com a especificao do ProjetoExecutivo.

    Tipologia abrange os segmentos de obras de Engenharia deConstruo Civil, onde so enfocadas as singularidades de cada

    segmento, como por exemplo, edificaes, rodovias, pontes eviadutos, linhas de transmisso de energia, barragens, terminais decarga e passageiros, entre outros

    Tecnologia pode ser conceituada, como o modo convencional ouinovador, para combinar recursos tcnicos de materiais, mo-de-obrae equipamentos, com o objetivo de atender a uma determinadafinalidade do Sistema de Produo

    Aplicao refere-se associao do servio sua destinao, como sentido de melhor adequao e otimizao de desempenho

    Regionalizao refere-se ao mercado, regio em que os serviosesto sendo executados, sujeitando-os s caractersticas locais

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    Contedo do Servio refere-se aos servios componentes que,portanto fazem parte de uma dada composio, como por exemplo:concreto armado, composto por servios tais como, armadura,formas, concreto massa, lanamento, vibrao e cura. Refere-se

    tambm aos servios complementares, necessrios execuo doservio objeto da composio, como por exemplo: andaimes,transporte, testes, entre outros. Em ambos os casos esses servios,que compem ou complementam uma composio, podero serrepresentados, por meio de composies auxiliares

    Procedimento Executivo refere-se a todas as precedncias, etapase processos tecnicamente definidos e programados, para a execuode um determinado servio. O procedimento executivo oferece ofundamento de Engenharia das composies de custos. Referenciaos processos de acompanhamento, controle de obras

    Critrios de Medio e Pagamento referem-se aos procedimentos,para considerar parcelas ou o todo dos servios executados, comefeito de quantificao e de pagamento

    Normas Tcnicas aplicveis A ABNT Associao Brasileira deNormas Tcnicas coloca disposio do mercado regulamentos deespecificaes de materiais e regulamentos de procedimentos deexecuo de servios que devem ser considerados, nos projetos

    Fonte areferncia origem dos requisitos ou premissas da

    composio

    Justificativa soos argumentos tcnicos, para considerarContingncias de Obra

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    Ajustes de EngenhariaEm funo das particularidades das obras, das diversidades dos canteiros,das caractersticas das construtoras e dos mercados, as premissas tcnicasdefinidas em condies favorveis de execuo, para a gerao de

    composies de custos unitrios, sofrem impactos decorrentes dessasocorrncias e de contingncias que resultam na variao de consumos, daprodutividade e da produo. Esses fatos tm sido estudados pela PINI,visando a possibilitar maior adequao das bases de dados.

    As Tabelas de Custos padro (SINAPI, SICRO e PINI) so integradas porcomposies de custos padro com caractersticas, que a seguir sodetalhadas.

    Premissas tcnicas reduzidas (provenientes de um projeto-modelo,implicando especificaes genricas)

    Condicionantes de execuo, hipotticas e favorveis, portanto noconsiderando as contingncias de obra

    Insensibilidade a imposies contratuais

    No processo de formao do preo, particularizado de uma obra, ascomposies de custos unitrios padro necessitam de um primeiro ajustede Engenharia, para ter identidade com as especificaes do projeto.Levantadas as condies locais de execuo, necessitam de um novoajuste tcnico, para refletirem as contingncias de obra, que impactam oconsumo de materiais, a produtividade da mo-de-obra e a produo dosequipamentos. Dadas as imposies dos termos contratuais, podero ser

    ainda necessrios novos ajustes de Engenharia, para adequ-las aocontrato. A considerao integrada de todos esses ajustes resulta nooramento da obra, que ter, portanto correspondncia, com o projeto, comas condies locais de execuo e com o contrato.

    Ajustes de Engenharia,nas composies de custos unitrios padro,para adequao ao ProjetoEsses ajustes conferem s composies de custos unitrios padro acorrespondncia ao projeto executivo, adequando-as, por exemplo, a outrasdimenses de materiais de mesma classe, especificao de cor, textura e

    padro de acabamento. Exemplos de ajustes:

    novos materiais, inovaes tecnolgicas consumos variveis de produtos e materiais, por contingncias de

    execuo

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    produtividade varivel da mo-de-obra, em funo de esforos deracionalizao ou contingncias de execuo

    produo varivel de equipamentos, em funo da variao do fator detrabalho, por contingncias de execuo

    Ajustes de Engenharia,nas composies de custos unitrios padro,para adequao s condies locais de execuo da obraEsses ajustes conferem s composies de custos unitrios padro acorrespondncia ao levantamento das condies locais de execuo daobra, adequando-as e tornado-as representativas dessas contingncias,nos custos. Exemplos de ajustes:

    consumos variveis de produtos e materiais, por contingncias decanteiro

    produtividade varivel da mo-de-obra, por contingncias de canteiro produo varivel de equipamentos, em funo da variao do fator de

    trabalho, por contingncias de canteiro

    Ajustes de Engenharia,nas composies de custos unitrios padro,para adequao ao contrato e expertise do construtorEsses ajustes conferem s composies de custos unitrios padro acorrespondncia s exigncias dos termos contratuais e a identidade com aexperincia e capacidade do construtor. Exemplos de ajustes:

    taxas variveis de Encargos Sociais, em funo de fatores queimpactam a produtividade e o andamento da obra

    taxas variveis de BDI Benefcio e Despesas Indiretas, atendendo snecessidades do construtor e termos contratuais

    gesto diferenciada por qualificao e dimensionamento dos recursostcnicos (administrao local)

    logstica (canteiro: espaos, redes, sistemas e instalaes) custos das necessidades dos insumos, associados s necessidades da

    mo-de-obra (alimentao, segurana, transporte, entre outros),suprimento e consumo de materiais e produtos e condies deoperao, manuteno e consumo de equipamentos

    custos dos recursos tcnicos alocveis, por mdulos ou grupos deservios, como o caso de centrais de preparo, fabricao,armazenagem e servios especiais

    A PINI recomenda que sejam observados os critrios de alocao,estabelecidos, para o oramento da obra (por item especfico ou por rateio).

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    Oramento da ObraIndica, por estimao definida, o preo da obra. O oramento o preo da obra,numa determinada data, considerando, hipoteticamente, que todas as etapaspudessem ser executadas, nessa mesma data.

    O oramento a imagem da obra conformada financeira e quantitativamente. oestgio final do processo de formao do preo. O oramento de uma obra nopode ser confundido com uma simples planilha ou com uma tabela de preos. Ooramento derivado da matriz de custos ou da planilha de composies decustos. O oramento tem suporte terico-conceitual na Engenharia de Custos.Deve ser capaz de representar nas suas grandezas agregadas um sem-nmerode decises tcnicas, desde a origem, no Projeto Executivo e no Projeto deConstruo.

    Por ser representao, o oramento no deixa de ser modelo, mas preciso que

    se exija do modelo o mximo poder de representao. Obras de edificaesconvencionais, que incorporam tecnologias intermedirias, graas aoconhecimento que se forma em torno delas e possibilidade de repetio, tmmodelagens de custos quase universais.

    Em oposio, obras especiais de infra-estrutura e tambm de edificaes comtecnologia avanada devem estar associadas a modelagens de custosparticularizadas, representativas de programas complexos ou alternativastecnolgicas, no-raro inovadoras, e, consequentemente, representativas deprocessos executivos especialmente projetados. Incorporam contingncias quepodem escapar a uma deteco prvia, focalizam obrigaes e responsabilidades

    e requerem acuidades especiais.

    O Oramento tem atributos que devem ser preservados, que a seguir seapresentam.

    O Poder de Representao, j comentado, o mais importante e decisivoatributo do Oramento. Na elaborao do oramento, preciso destacar atomada de decises marcantes, a adoo de pr-requisitos, premissas eassumir riscos e responsabilidades. A PINI recomenda que o oramento,como produto final do processo de formao do preo, seja igualmenteelaborado com balizamento de conhecimento de Engenharia.

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    O oramento tem outros atributos importantes, alm do poder derepresentao da obra, como se seguem:

    Atributo da Exclusividade (especificidade): o oramento resultado de

    uma modelagem de custos nica da obra. No existe oramento-padro,generalizvel. H fatores que afetam diretamente o oramento. No hcomo se comparar valores unitrios de diferentes obras, como a seguir sedemonstrar.

    estrutura e capacidade organizacional do construtor: o modo pelo qual oconstrutor administra recursos humanos, tcnicos e financeiros caracterstico, diferenciador. Refere-se destacadamente aobalanceamento na distribuio das despesas indiretas e equalizaona distribuio dos recursos tcnicos na produo

    processo executivo: uma deciso estratgica do construtor pelosprocessos mais adequados e de melhor desempenho

    desenvolvimento de fornecedores: a capacidade de o construtormobilizar recursos externos habilitados, em estrita conformidade comseus processos e sistemas operacionais, rigorosamente vinculados aosSistemas de Gesto da Qualidade, Meio Ambiente, Sade, Medicina eSegurana do Trabalho e Responsabilidade Social (todos submetidos aauditorias externas, independentes e peridicas, para a manuteno dascertificaes conquistadas).

    definio de premissas, adoo de pr-requisitos estratgicos,administrativos, tcnicos e operacionais e definio do limite dos riscose responsabilidades

    prazo de execuo (descontinuidades): a varivel que influencia asdiretrizes, para a mobilizao e a distribuio dos recursos tcnicos daobra, em funo de um cronograma de execuo a ser cumprido e emfuno das datas-marco, a serem atendidas

    gesto sobre contingncias: o domnio (por meio de conhecimento),sobre presumibilidades

    gesto logstica: a capacidade de planejar a partir de condicionantesrelativos a espao, meio fsico, econmico e social, e tambm dequestes relativas segurana e acessibilidades

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    A PINI destaca que o atributo da exclusividade uma conseqncia lgicado atributo do poder de representao da obra. Somente possvelreconhec-los e conferir-lhes a mxima importncia, como se afirma, apartir de demonstraes e justificativas competentes de Engenharia.

    Atributo da Valorao Estimada: o oramento um instrumento deEngenharia de Custos, fundamentado num processo decisrio complexoque simula todo o andamento da execuo da obra, num instante nico.Haver sempre uma estimativa associada ao seu resultado, por mais quese ponderem as variveis selecionadas pelo modelo.H fatores que justificam o atributo da Valorao Estimada.

    mo-de-obra: a produtividade assumida, os salrios e os EncargosSociais adotados

    materiais: o consumo previsto, as perdas inevitveis, a possibilidade dereaproveitamentos, os preos considerados e os impostos incorridos

    equipamentos: a produo esperada e o custo horrio balizado porvariveis adotadas

    recursos logsticos: o corpo tcnico e administrativo de apoio, os custosoperacionais e logsticos e as despesas gerais da obra

    imprevisibilidades: os re-trabalhos por fatores climticos, por razes dequalidade ou ainda por danos de causa

    A PINI tambm destaca que o atributo da valorao estimada induz e obrigaa adoo do controle de custos, que tambm a possibilidade, durantetodo o processo executivo, em qualquer data, de se aprimorarem asinformaes do oramento. Somente possvel reconhecer essarelevncia, a partir da aplicao de Engenharia, para uma gesto egerenciamento competentes.

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    Atributo da Validade Temporal: o oramento tem a sua validadeassociada a uma data, com previses para um determinado perodo. Novasassociaes a datas e perodos de previso devero incorporar novosparmetros e a necessidade de realizar ajustes financeiros. Normalmente

    as razes podem ser identificadas, com o que a seguir est anotado.

    flutuao nos preos dos insumos, ao longo do tempo alterao na alquota ou criao de novos impostos ou encargos mudanas e inovaes tecnolgicas novos cenrios econmico-financeiros novos cenrios gerenciais

    A PINI destaca que o atributo da validade temporal impe vida aooramento. Requer atualizao, coloca-o como instrumento de aferio, naperspectiva indispensvel da gesto e gerenciamento de custos da obra.

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    BDI Beneficio e Despesas Indiretas

    Razes para se estabelecer o BDIFoi o modo pelo qual a Engenharia de Custos, aplicada Construo Civil,

    montou um plano de contas, para referncia de custos, separando oscustos de construo das despesas indiretas, com o objetivo de rate-las,por meio de uma taxa, para incidir de modo indistinto, sobre todos os custosdo oramento.O BDI no pode ser entendido de modo isolado, mas deveser estudado como parte integrante do oramento da obra.

    BDI definioO BDI um atributo singular e condicionado do construtor, para satisfazers suas necessidades organizacionais, s exigncias de habilitao docontratante e compulsoriedade da poltica tributria e fiscal do Governo. OBDI vinculado a um dimensionamento da obra. Qualquer alterao nas

    obrigaes e responsabilidades contratuais, destacando-se prazos, valoresno oramento e quantitativos impactam o BDI.

    Estruturao e Caractersticas do BDIA PINI define a estruturao do BDI de acordo com quatro compartimentos:

    Conjuntura Tributria Competitividade Empresarial Gesto Centralizada Exigncias do Contrato

    A Conjuntura Tributria compe-se de Impostos e Taxas. Tem comocaractersticas a compulsoriedade e sujeio a mudanas, com origem nalegislao e acordos institucionais. uma prerrogativa de governo, portantoabsolutamente fora do mbito das atribuies do construtor. representadapor parmetros designativos de taxas e impostos gerais e especficos (PIS,COFINS, ISS e outros). O recolhimento obrigatrio, sob pena deirregularidade por sonegao fiscal.

    A Competitividade Empresarial compe-se do lucro ou resultado brutoesperado pelo construtor. Tem como caracterstica a individualidade daorganizao e dimenso concorrencial, com forte influncia do porte

    empresarial (posicionamento de mercado) e segmento de atuao (tipologiade obras). uma prerrogativa do construtor. Tem como referncia asoportunidades de oferta de obras do mercado, expectativa de remuneraopelo esforo especfico na obra e o custo de oportunidade do capital. representada por parmetro designativo da taxa de lucro bruto. O construtortem alto grau de liberdade para fixar a taxa, sendo possvel que exerasuas prerrogativas, para uma reduo abaixo das referncias de mercado.

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    A Gesto Centralizada compe-se da Administrao Central. Tem comocaractersticas a individualidade da organizao, a dimenso concorrencial,que carrega forte influncia do porte empresarial (posicionamento demercado), segmento de atuao (tipologia de obras) e regulao, pelo

    critrio de seleo dos termos de licitao. uma prerrogativa doconstrutor. Refere-se aos fatores de vitalidade da gesto, capacidade deassumir riscos, efetividade comercial (componente tpica da organizaoempresarial, que se traduz, como impresso digital do construtor). representada por parmetro designativo da taxa de Administrao Central.O construtor detm alto grau de liberdade, para fixar e alocar a taxa, sendopossvel exercer sua prerrogativa de reduo, abaixo da referncias demercado.

    As Exigncias de Contrato compreendem Seguros e Garantias, DespesasFinanceiras e Contingncias de Contrato, que so fatores de habilitao do

    contratante.

    Seguros e Garantias tm como caracterstica a individualidade daobra. A proteo do investimento dada por um prmio, fixado pelaconjuntura econmico-financeira. So uma prerrogativa docontratante. Tm como referncia o porte da empresa, tipologia evalor da obra, prazo, obrigaes e responsabilidades do contrato. Ostermos contratuais devem ser explcitos, quanto s definies.

    Despesas Financeiras tm como caractersticas a individualidade,proteo do investimento (fixada pela conjuntura econmico-

    financeira), dimenso concorrencial (posicionamento de mercado) esegmento de atuao (tipologia de obras). So decorrncia danecessidade de capital de giro do construtor ou do padrooperacional do contratante (fluxo de caixa) e dos critrios dos termosde licitao (condies de pagamento). Tm como referncia a formade pagamento, juros de mercado, fluxo de caixa, alterao de prazose inflao. So representadas por taxas de mercado.

    Contingncias de Contrato tm como caractersticas aindividualidade, so atribudas inicialmente como responsabilidadespressupostas do construtor e adicionalmente so atribudas ao

    padro operacional do contratante e esto definidas nos critrios dostermos da licitao. So uma prerrogativa do contratante. Tm comoreferncia a legislao (scio-ambiental, cdigo civil e cdigo dedefesa do consumidor) e obrigaes e responsabilidades do contrato.Tm como parmetro os termos contratuais, que devem serexplcitos, quanto a essas contingncias.

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    Decorrncias das Caractersticas do BDIO BDI varia de obra para obra e varia dentro de uma mesma Construtora.Mesmo no caso de obras idnticas, varia dentro de uma mesmaConstrutora, com condies de execuo distintas. Varia com o tipo de

    obra, com as exigncias do contratante, com o escopo do contrato e oprazo.

    O processo de formao de preos na Construo Civil exige transparncianos critrios adotados. O contratante deveria conhecer o oramento a elaatribudo, para poder definir a faixa de variao de preo da obra de seuinteresse, identificando os custos incorridos, e tambm identificando anecessidade de previso das despesas indiretas relacionadas obra(ambos representam o custo da construo), identificando ainda itens defornecimentos especficos, para aplicao de taxas diferenciadas de BDI e,finalmente, identificando o intervalo de validade do BDI aplicvel.

    Todos os custos dos recursos logsticos (canteiro, administrao local,centrais, oficinas, unidades de armazenamento, entre outros) devem sercalculados e anotados exaustivamente, na discriminao do oramento eno considerados, como parcela do BDI. Esse critrio deve estar cobertopelos termos contratuais.

    As despesas que compem o BDI , como se pode esperar, esto sujeitas agrandes variaes, o que implica a necessidade e se representar as taxasde BDI, definidas por intervalos de validade.

    O BDI, como atribuio do construtor, gerencialmente estabelecido paraser aplicado indistintamente a todos os contedos do oramento, a menosde restries dos termos contratuais, para fornecimentos especficos.Porque a partir da aplicao do BDI todos os fornecimentos se transformamem utilidades ou facilidades do empreendimento, aps serem submetidos aprocessos gerenciais e processos executivos tcnicos e de produo, quemobilizam toda a estrutura logstica e organizacional da construtora.

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    Formao do BDIBenefcio e Despesas IndiretasNa elaborao das planilhas de composies de custos unitrios e dosoramentos de obras, existem duas componentes, que somadas

    determinam o preo final de uma obra: os custos e o BDI. A primeira funo dos custos dos recursos tcnicos e logsticos. A segunda umacomponente aplicada, sobre aqueles custos, visando a contemplar asdespesas indiretas e o resultado esperado pelo construtor, convertendo ocusto no seu respectivo preo.

    Custos dos Recursos Tcnicos e Logsticos (Custos Diretos), CDEsses custos referem-se a tudo o que est relacionado execuoda obra. So obtidos por meio de critrios de Engenharia de Custos.

    Despesas Indiretas, DI

    So aquelas que no podem ser atribudas diretamente aos insumosaplicados, mas decorrentes da alocao de impostos e taxas,administrao central, seguros e garantias, despesas financeiras econtingncias de contrato.

    Lucro Bruto, LO lucro a expectativa de resultado do construtor. a parceladestinada a remunerar vrias frentes de custos e investimentos. Soexemplos o custo de oportunidade do capital, os investimentos paraa manuteno e ampliao das capacidades administrativa, gerenciale tecnolgica, para o cumprimento das responsabilidades dos

    contratos, mobilizando todos os recursos e a estruturaorganizacional, e os custos de desenvolvimento profissional, criandonovas capacidades de reinvestir, no prprio negcio. O lucro brutoinclui os encargos tributrios.

    Valor de Venda ou de Contrato, VO valor de venda ou de contrato igual ao total dos custos diretos edespesas indiretas, mais o lucro, ou seja, custos diretos mais BDI. Asdespesas indiretas, DI e o lucro L, compem o que se denominacorrentemente BDI (Benefcio e Despesas Indiretas). Obtm-seassim o custo total CT ou o preo de venda V.

    V = CD + BDI

    BDI = DI + L

    V = CD + DI + L

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    Composio das Despesas IndiretasA parcela DI Despesas Indiretas constituda por grupos de despesas,como se seguem:

    Administrao Central, ACEssas despesas podem ser levantadas e pesquisadas nos balanospatrimoniais da contabilidade das empresas. Podem serconsideradas proporcionais ao valor do contrato.

    AC= .V

    Seguros e Garantias, DSGDevem estar definidos nos termos das obrigaes eresponsabilidades contratuais. Podem ser consideradosproporcionais ao valor do contrato.

    DSG = .V

    Despesas Financeiras, DFIncidem sobre os saldos devedores do fluxo de caixa (projeo dedesembolsos X projeo dos efetivos recebimentos) que ocorrem, aolongo do empreendimento, nos intervalos de tempo correspondentes.Deve ser includa tambm a reposio do valor da moeda, entreesses dois momentos, por efeito inflacionrio. O descolamento decustos, frente aos reajustes previstos em contrato, pode resultar emdesequilbrio contratual. Essas despesas supem a disponibilidade

    de capital de giro, que deve ser compensado. Podem serconsideradas proporcionais ao custo direto.

    DF= .CD

    Contingncias de Contrato e suas decorrncias (Dcc)Dependem das exigncias de cada contratante. Devem serconsideradas proporcionais ao custo direto.

    Dcc = .CD

    Impostos e Taxas, TEssa parcela inclui tributos federais TF (PIS e COFINS), tributosestaduais TE (quando houver) e tributos municipais TM (ISS), sovalores proporcionais ao valor do contrato.

    TF. V + TE. V + TM.V = T

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    Lucro Bruto, LO lucro L considerado em relao ao valor do contrato. igual a.V

    L = .V

    Expresso Geral do BDIO BDI a taxa que deve ser acrescida ao custo direto, para que se tenha ovalor do contrato ou preo de venda. A partir das relaes entre asgrandezas acima definidas, obtm-se a seguinte expresso geral do BDI,como se segue:

    11

    1

    DccDsgLAcT

    DfBDI

    Controle de Custos

    O Controle de Custos compreende a Gesto de Custos, exercida pelo construtor,e o Gerenciamento de Custos, exercido pelo contratante.

    A gesto de custos a realizao de processos integrados, acompanhamento,aferio, medio, apropriao, controle e retro-alimentao. Trata-se de umaatividade tcnica requerida ao construtor pelo processo de execuo de um

    empreendimento. Parte de uma modelagem representativa prvia e busca igual-la ou otimiz-la, durante o processo executivo. Sinaliza desvios de custo-tempo,ao longo de todo o processo, visando tomada de decises corretivas. Elaboraatualizaes na modelagem de custos original e nas modelagens subseqentes, apartir das correes de rumo tomadas.

    O gerenciamento de custos est associado ao contratante e ao seu esforoorganizacional, visando a suprir as necessidades de acompanhamento e controlee subsidiar as atividades de fiscalizao e auditoria de instituies especializadas.Somente por meio do gerenciamento de custos que se pode avaliar e identificardistores na formao do preo que possam derivar em irregularidades de

    sobrepreo e superfaturamento.

    A PINI recomenda que o controle de custos seja o procedimento adequado einsubstituvel, para o sucesso do empreendimento, desde que fundamentado emEngenharia, utilizando composies de custos caracterizadas, que representam oprojeto executivo e o projeto de construo.

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    O conjunto dos contedos aqui analisados, a ampliao do interesse pelasquestes levantadas, os estudos que esto sendo realizados, a experincia dosconstrutores, a mais ampla instrumentao e adeso conceitual dos contratantes edos rgos de auditoria e fiscalizao fazem crer na convergncia de esforos,

    para um verdadeiro desenvolvimento da aplicao da Engenharia de Custos, nosetor da Construo Civil brasileira.

    A PINI, na sua trajetria empresarial, tambm converge seus esforos, paraampliar, aprofundar e difundir conceitos e conhecimento de Engenharia de Custos,desenvolver sistemas informatizados, para possibilitar processos mais geis eprecisos, manter e atualizar o seu acervo, visando atender ao mercado e suasnecessidades tcnicas e de gesto.

    Eng. Luiz Freire de CarvalhoConsultor de Engenharia de Custos

    Arq. Mrio Srgio PiniDiretor Tcnico da PSEPINI Servios de Engenharia