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Revisão de textos: tornar observável, levantar alternativas e escolher.

Uma ação de (re)conhecimento da linguagem e do sujeito

Kátia Lomba Bräkling(11fev2014)

Para organizar a ação de revisão na sala de aula, é preciso saber:

a) sobre o objeto – a linguagem verbal: sua natureza, suas características, os aspectos que a constituem;

b) sobre o procedimento de revisão: sua natureza, o que implica, de que maneira deve ser desenvolvido pelo sujeito;

c) sobre a ação didática relativa ao ensino da revisão, ou seja, sobre como se deve ensinar a revisar um texto.

Esses conhecimentos devem nos permitir responder questões como:

a) O que significa revisar um texto?

b) Qual a natureza desta ação?

c) Que papel ocupa o sujeito escritor na revisão?

a)Qual o lugar da reescrita nesse processo?

b)Como – e por quais razões - deve agir o professor na organização da atividade de revisão?

PARA COMEÇAR A REFLEXÃO

“(...) os tempos deixaram de ser noite de si mesmos quando as pessoas começaram a escrever, ou a emendar... que é obra doutro requinte e doutra transfiguração.”

(Saramago)

“(...) por que caminhos eles andaram e se perderam antes de alcançarem a definitiva forma, se é que tal coisa existe.”

(Saramago, idem.)

“Que a gente não canse, de apontar o lápis e refazer o texto, de procurar a palavra, de revirar o papel e a alma do avesso, de encontrar a ‘rima’. Que não nos vença o gosto amargo, o riso murcho, a palavra vazia.

Que o inverso disso ganhe sim, e ganhe sempre. Que a rotina não nos destrua, que ainda nos dê crises de riso, que ainda pulse. Só isso que eu quero pra dezembro, e pros outros onze meses.”

(Clara D.)

“Quero enfiar a ideia, achar o rumozinhoforte das coisas, caminho do que houve e do que não houve. Às vezes não é fácil. Fé que não o é.”

(Guimarães Rosa)

“O crescimento de níveis de deliberação (que precisam ser mais bem conhecidos na esfera da pesquisa) envolve internalizações sucessivas de competências que se constroem no plano intersubjetivo e que permitem a consolidação das funções comunicativa (regulação da ação do outro) e individual (autorregulação) da escrita.

Supomos que as mudanças nessa direção se iniciem nos esforços de distinção entre gerar o texto e pensar sobre o texto, distinção esta que não é manifestada imediatamente pelo escritor iniciante”.

(Smolka e Góes: 1992; p. 96.)

“A aprendizagem da linguagem é já um ato de reflexão sobre a linguagem. (...) As ações linguísticas que praticamos nas interações em que nos envolvemos demandam esta reflexão, pois compreender a fala do outro e fazer-se compreender pelo outro tem a forma de um diálogo.”

(Geraldi: 1997, p. 17.)

[Sobre o rascunho como espaço de comunicação consigo mesmo.]“Duas semióticas intervêm nas modificações de gênese: a da linguagem verbal por um lado, e a de uma paralinguagem na qual se risca, flecha, sobrecarrega. O que faz o escriba? Ele faz indicações para ele mesmo: ele coloca em memória, de forma econômica e não explícita, um programa de modificações que ele reserva para modificar posteriormente.

Ele representa para si mesmo ao menos duas faces da inscrição, uma comportando notações mínimas, frequentemente não verbalizadas, e outra traduzindo, por modificações de linguagem, indicações mais ou menos legíveis nas rasuras.”

(Fabre: 1992, p. 09.)

“A reescrita tem como origem uma série de interrogações sobre a adequação do discurso primeiro em relação a uma consigna particular, um determinado leitor, seu próprio desejo, um ato a cumprir, desafios precisos etc.

Reescrever é colocar questões sobre seu próprio texto, ou seja, indica uma consciência do já-dito, uma capacidade de avaliar em função de um certo número de parâmetros e da possibilidade de reformulação.”

(Delamote-Legrand: 1992, p. 106)

Revisar natureza da ação para o professor

Procura ajustar o texto aos parâmetros da situação comunicativa definidos para a sua circulação, buscando manter a coerência e a coesão do mesmo (Bräkling; 2012:04).

Dialoga (Bräkling; 2012:03).

É exercício de alteridade (Bräkling; 2012:03-04).

Fora de si (Arnaldo Antunes)

eu fico loucoeu fico fora de sieu fica assimeu fica fora de mimeu fico um poucodepois eu saio daquieu vai emboraeu fico fora de sieu fico ocoeu fica bem assimeu fico sem ninguém em mim

Orientar uma revisão – como toda ação didática do ensino

- requer responsividade.

Revisar natureza da ação para o aluno

Pensar sobre um texto já escrito, sobre o já-dito, o que requer distanciamento.

Falar sobre o que foi escrito, analisando a sua adequação e pertinência (meta-cognição e meta-linguagem).

Organizar modificações no texto, para ajustá-lo.

Anotar as modificações para serem incorporadas ao texto.

Articular a discussão organizada pelo professor às modificações a serem feitas no texto.

Dar uma organização final para o texto, incorporando as modificações previstas e, assim, reescrevendo-o, retextualizando-o.

Revisar, como ação didática, requer:

a) leitura analítica dos textos dos alunos;

b) levantamento de aspectos críticos da sala;

c) priorização de aspectos que serão trabalhados junto à classe naquele momento, adotando critérios adequados;

c) organização do trabalho a partir de um movimento metodológico reflexivo descendente;

c) planejamento da discussão de cada aspecto priorizado a partir do conhecimento do aspecto focalizado e do tratamento didático a ser dado a esse aspecto nas atividades pensadas;

c) oferecimento de referências de escrita durante a tematização do aspecto em foco;

d) adoção de pequenos procedimentos que facilitem ao aluno a execução das diferentes tarefas que compõem o processo.

Planejamento de uma Atividade de Revisão

Texto de aluno de 7º anoElaboração de final desconhecido de um conto

Análise da consigna da atividade.

SARESP 2012

7º ano do Ensino Fundamental

Proposta de Redação

Escreva seu texto imaginando que você está participando de um concurso lançado pelo jornal de sua cidade para descobrir novos talentos literários. As trinta melhores narrativas produzidas pelos alunos das escolas estaduais serão publicadas em uma coletânea. Para participar, leia o trecho a seguir e continue a narrativa.

UM EXEMPLO DE CORAGEM E AMOR

Num bairro da cidade, havia um barracão abandonado cujas portas estavam lacradas.No andar de cima, Sara, uma gatinha, vivia e alimentava-se de restos de comida que encontrava pelas redondezas. Ela conseguia entrar no barracão por uma janela que tinha o vidro quebrado.Estava, agora, com sua ninhada de cinco filhotes, no andar superior, bem protegidos, quando, no final de uma tarde, iniciou-se um grande incêndio no local.

Considerando o que expressa o título do texto (Um exemplo de coragem e amor), crie um enredo com a história de Sara e seus filhotes. Envolva outros personagens, incluindo humanos. Crie momentos de suspense capazes de despertar a curiosidade e atenção do leitor.

Dê um final à sua história, que poderá ter um desfecho feliz ou não.

Observações:1. Faça inicialmente um rascunho.2. Passe seu rascunho para o local indicado, com

caneta de tinta azul ou preta.3. Capriche na letra.4. Escreva seu texto na modalidade culta (norma-

padrão) da língua portuguesa

Informações da consigna

a)Contexto de produção explicitado de modo duplicado: 1º) contexto do concurso, em si; 2º) contexto simulado por quem organiza o concurso. Cada contexto coloca interlocutores e finalidades diferentes para a produção.

1os Parênteses

a) Como se define o contexto de produção de um texto?

b) Três possibilidades, pelo menos:c) a) contexto tácito;d) b) contexto explicitado;e) c) contexto presumido.

b) Tipo de atividade: produção de autoria parcial de um texto.

c) Orientações: 1º) temáticas: escrever sobre Sara e seus

filhotes; incluir outros personagens; criar momentos de suspense;

2º) linguísticas: escrever na norma culta; elaborar rascunho; passar a limpo; caprichar na letra.

2os Parênteses

a) O que está em jogo para o aluno e para o professor quando a atividade é produção de autoria do final de texto?

b) Considerar:c) a) aspectos temáticos;d) b) aspectos discursivo-textuais.

Texto do Aluno

(...)

Análise do Texto do Aluno

Aspectos discursivo-textuais:

a) Eixo de sentido fundamental: o título (Um exemplo de coragem).

b) A falta de ênfase medial e final na ação dos personagens não deixa claro quem é o herói: se o rapaz, se a Sara.

c) A ação de ambos os candidatos a herói, da forma como foram descritas não é exemplar.

Análise do Texto do Aluno

Aspectos discursivo-textuais:

a) Eixo de sentido fundamental: o título (Um exemplo de coragem).

b) A falta de ênfase medial e final na ação dos personagens não deixa claro quem é o herói: se o rapaz, se a Sara.

c) A ação de ambos os candidatos a herói, da forma como foram descritas não é exemplar.

d) Há falta de informações já apresentadas no trecho conhecido (local onde ficavam a gatinha e os filhotes, p.e.).

e) Há, reiteradamente, ausência de explicação ou justificativa para as ações dos personagens.

f) Há situações pouco plausíveis no texto.

g) A conexão imediata entre o 1º trecho e o 2º está correta.

h) A sequência temporal dos fatos está adequada, embora, por vezes as relações de causalidade e explicações sejam omitidas.

i) A organização do texto em períodos e parágrafos precisa ser revista.

j) O uso das vírgulas está muito sem critério.

k) Emprego equivocado de pontos finais.

l) Ausência de pontuação expressiva e estilística.

Análise do Texto do Aluno

Alguns aspectos notacionais:

a) Há vários problemas ortográficos colocados:a) uso do R e RR em sílabas mediais com valor /rr/;

b) Uso do S e SS em sílabas mediais com valor /ss/;

c) ausência de R final no infinitivo;

d) ausência de U final nos ditongos finais do pretérito;

e) presença do I oral em palavras como mais, para MAS; e rapaiz, para RAPAZ ;

f) troca de M final por N, em joven;

g) ausência de acentuação da palavra cardíaco;

h) uso equivocado de hífen no processo de pronominalização.

Conclusão Principal

Há problemas de coerência provocados por:

A. a) ausência de informação presente – ou não - no trecho anterior do texto;

B. b) informação não plausível;

C. c) organização dos períodos (incluindo-se a pontuação) equivocada.

D. d) uso não coordenado de articulador e tempo verbal.

O que priorizar para o trabalho coletivo?

A. Os problemas relativos à coesão e coerência do texto, já que é a textualização que deve ser o foco principal da revisão.

Por que selecionar este texto para trabalho coletivo inicial?

A. Porque estamos supondo que seja representativo das dificuldades – e, portanto, das necessidades de aprendizagem – da classe.

Como organizar a SD de revisão?

A. Prevendo momentos coletivos nos quais sejam modelizados os procedimentos de trabalho e no qual seja oferecida uma referência sobre os conteúdos de língua e linguagem.

A. Prevendo momentos de trabalho cooperativo de duplas para possibilitar que os conhecimentos tematizados no coletivo possam ser apropriados pelos alunos.

B. Ao mesmo tempo, para possibilitar o aprendizado do procedimento que permite articular os aspectos tematizados no texto alheio com os aspectos específicos do seu texto e do texto do colega.

A. Prevendo momentos de trabalho individual no qual se possa verificar que aspectos – dentre os tematizados coletivamente e exercitados nas duplas - foram, de fato, apropriados pelo aluno.

B. Além disso, para tematizar os aspectos do conhecimento que são dificuldades apenas de cada aluno.

Sugestão de Problematização do Texto

Para conferir a sugestão de problematização do texto do aluno, conferir documento anexo, enviado por e-mail

Orientações para encaminhamento na problematização.

Depois da problematização de cada trecho, sugira

possibilidades de mudança do texto. Apresente a primeira e,

depois, solicite a mais dois alunos, por exemplo, que

retextualizem do seu jeito. Assim: “Vou dar um exemplo de

como poderia ficar. [apresente o exemplo e registre na lousa]

Agora você, fulano, de que modo você acha que poderia ser?

Dite pra mim do seu modo. [deixe que o aluno dite e registre

na lousa] Agora você, cicrano, do seu jeito, vamos lá! [ouça o

que ele diz e registre].”

Depois de registrar as possibilidades, releia cada um e

comente-as com os alunos.

A seguir, tomem uma decisão: qual vão usar na reescrita

desse texto? A 1ª? A 2ª? A 3ª? Nenhuma delas, porque

preferimos misturar as três?

Então, peça que ditem pra você e registre na lousa o

texto que resolverá os problemas tematizados.

Utilize o 4º espaço da lousa.

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE TEXTUALIZAÇÃO PARA ATENDER À PROBLEMATIZAÇÃO

1.Sara não sabia o que fazer com seus filhotes, pois eram cinco, e elauma só conseguia carregar um de cada vez. Além disso, o caminhoaté a saída não era assim tão curto...

Então começou a miar, desesperadamente, miados longos. Quemsabe, alguém ouviria?

Um jovem sem-teto que dormia nas redondezas do barracãoassistia, desolado, à ação dos bombeiros para acabar com oincêndio, quando ouviu aqueles miados insistentes. Olhou bem aoredor, procurou, aguçou os ouvidos e percebeu que vinham doandar de cima.

2.

Sara ficou desesperada. O que fazer com seus cincofilhotinhos? Como levar todos para fora, a salvo? Confusa,começou a miar o mais alto que podia. Desesperadamente.

O jovem Carlos, vizinho do barracão, tentava ajudava osbombeiros naquela tarefa difícil, quando ouviu os miados.Percebeu que vinham do andar de cima e começou a procuraras escadas.

3. A fumaça começou a entrar em todos os lugares e as vigas do teto começaram a cair.

Sara ficou muito assustada. Preocupava-se com salvar os seus filhotes. Como ela poderia levar todos para fora a tempo? Afinal, eram cinco!Então, começou a miar bem alto. Miava tão, mas tão alto que João, um curioso que passava pelo local ficou impressionado. Começou a procurar o autor dos miados. Estava difícil ver, por causa da fumaça. Ficou de ouvidos atentos até perceber que vinham do andar de cima.

Planejamento da SD de Revisão

FINALIDADES:

Possibilitar ao aluno a compreensão de que:a) existe uma relação entre o título do texto e o texto, em

si, e essa relação deve estar presente nesse texto, pois também garante a coerência do mesmo;

b) os acontecimentos do texto estão relacionados entre si e com a história e é preciso ficar claro no texto qual é a relação que existe entre ambos;

c) é preciso apresentar - ou sugerir - razões para os diferentes acontecimentos do texto, porque eles não passam a existir do nada em uma história (os personagens têm motivos, acontecem coisas que levam os personagens a agirem de uma maneira ou de outra); é preciso fazer o leitor acreditar na história;

d) quando se trata de uma produção de final de texto, é preciso estar atento para as informações que já foram apresentadas anteriormente para não nos contradizermos ou para utilizar essa informação disponibilizada. Isso garante coerência e coesão ao texto.

e) ao escrevermos um texto a pontuação pode nos ajudar a passar a ideia que queremos: se de alegria, de delicadeza, se queremos ressaltar determinado acontecimento ou atitude de um personagem, se queremos deixar algo em suspense para provocar um mistério e confundir os leitores. para isso, é preciso utilizar as diferentes possibilidades de pontuar um textoe de organizar o texto em períodos, parágrafos.

f) é preciso planejar o que vai escrever verificando se tem mesmo conexão com o que veio antes;

g) depois de escrever, é preciso reler, para ver se não falta nada, se está suficientemente claro para o interlocutor, se está bonito, se está criando o efeito que se pretendia;

h) se o que foi escrito não estiver correspondendo ao que se pretendia, é preciso reescrever, adequando o texto;

i) é importante analisar se a forma como o texto está sendo escrito e o conteúdo dele vai interessar o leitor, vai ser possível de ele ler e compreender. Se não for assim, é preciso ajustar o texto;

j) finalmente, é preciso ver se o texto está adequado ao portador, veículo e lugar em que o texto vai ser publicado e vai circular.

Planejamento da SD de Revisão

ATIVIDADES:

Atividade 1

Revisão, na lousa, de um trecho de texto que represente um problema comum à classe. No caso, o trecho deve tratar das questões levantadas como principais na análise feita.

Procedimentos:

1. Selecionar o trecho a ser analisado entre os textos produzidos pelos alunos.

2. Casa se vá utilizar a lousa, dividi-la em quatro espaços, das seguintes dimensões: o 1º e o 3º, mais estreitos que o 2º e o 4o. Estes últimos serão utilizados, respectivamente, para registrar o texto original e para refazer o texto depois da tematização inicial. O 1º e o 3º devem ser mais estreitos, pois funcionarão como abas do texto original, nas quais serão anotadas as respostas às questões que forem apresentadas no processo de tematização.

Você também poderá utilizar o computador – e o respectivo processador de textos -, ou uma lousa smart, caso sua escola disponha dos mesmos.

3. Escrever o texto no 2º espaço, de modo que os espaços da esquerda e da direita (o 1º e o 3º) possam ficar para anotar as informações que vierem das perguntas que irão sendo feitas ao longo da atividade.

4) À medida que for perguntando, tematizar a maneira como está escrito, focalizando-a bem. Explicar que o problema é que não está escrito para o leitor compreender.

5) Escrever as informações que vierem como resposta nas abas laterais da lousa, utilizando setas para indicar a que se referem e onde devem ser incluídas.

6) Nesse processo, acolher as respostas dos alunos legitimando as diferentes possibilidades apresentadas por eles e descartando – depois de explicar porque - as inadequadas.

7) Depois de anotar tudo, passar para o 4º espaço e avisar os alunos que o texto será reescrito utilizando-se, agora, as informações que foram anotadas nas abas do texto original. Nesse processo, solicitar que os alunos resolvam os problemas encontrados com as informações obtidas. Caso os alunos tenham dificuldade, comece você, dando um exemplo de textualização. Depois, peça que um aluno textualize de outra maneira. Depois, solicite que mais um aluno o faça do seu jeito, sem esquecer de acrescentar a informação adequada e/ou corrigir o que está confuso.

8. É fundamental que sejam registradas na lousa as diferentes opções oferecidas para que você possa analisá-las com os alunos, focalizando os seus recursos, sua beleza estilística, por exemplo. Assim, os alunos poderão voltar ao trechos decidindo qual possibilidade escolhem para a retextualização do momento.

Atividade 2

Revisão em duplas de um trecho do texto próprio que contenha as mesmas questões problematizadas no coletivo.

Procedimentos:

1. As duplas recebem os textos – cada um o seu – com um trecho sublinhado verticalmente, na lateral. É esse trecho que precisa ser revisado considerando a discussão coletiva realizada.

2. Os alunos lerão juntos o texto e farão anotações na lateral a respeito do que precisa ser ajustado. Em seguida, pegarão uma folha avulsa e, considerando a conversa com o colega, reescreverão o seu texto, modificando-o.

3. Quando terminarem, um lê o texto do outro e comenta, sugere etc. Em seguida, recortam a tira na qual reescreveram e a colam na folha original sobre o texto grifado pela professora, mas só na beiradinha lateral, de modo que se possa levantá-lo e enxergar o texto anterior. Entregam para a professora ler e comentar, se for o caso.

Atividade 3Se necessário, a professora poderá repetir esse movimento coletivo duplas, tematizando um novo aspecto como, por exemplo, pontuação, organização de períodos e paragrafação. Ou, ainda, uma questão ortográfica recorrente da classe, como a ausência de R no infinitivo verbal.

O procedimento metodológico é o mesmo: trabalho inicial no coletivo – para identificação da regularidade – e nas duplas, para identificação dos erros correlatos cometidos.

Atividade 4

A professora lê mais uma vez o texto de cada aluno, indicando as questões que são individuais.

Devolve os textos com anotações (conferir texto de Bräkling; 2012) e solicita que os alunos passem o texto a limpo considerando todas as revisões que fizeram. Agora, utilizarão uma folha nova.

Entregarão todas as folhas para a professora.

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