prova saresp port

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Leia o texto para responder à questão. A Originalidade das Línguas Indígenas Brasileiras* A lentidão com que se tem desenvolvido a pesquisa científica das línguas indígenas no Brasil revela-se extremamente grave quando se verifica que essas línguas, desde o descobrimento do Brasil pelos europeus, têm estado continuamente submetidas a um processo de extinção (ou mesmo de exterminação) com conseqüências extremamente graves. Hoje há cerca de 180 línguas indígenas neste país, mas estas são apenas 15% das mais de mil línguas que se calcula terem existido aqui em 1500. Quase todas as línguas indígenas que se falavam nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil desapareceram, assim como desapareceram quase todas as que se falavam na calha do rio Amazonas. Essa enorme perda quantitativa implica, naturalmente, uma grande perda qualitativa. Línguas com propriedades insuspeitadas desapareceram sem deixar vestígios, e provavelmente algumas famílias lingüísticas inteiras deixaram de existir. As tarefas que têm hoje os lingüistas brasileiros de documentar, analisar, comparar e tentar reconstruir a história filogenética das línguas sobreviventes é, portanto, uma tarefa de caráter urgente urgentíssimo. Muito conhecimento sobre as línguas e sobre as implicações de sua originalidade para o melhor entendimento da capacidade humana de produzir línguas e de comunicar-se ficará perdido para sempre com cada língua indígena que deixa de ser falada. *Conferência feita por Aryon D. Rodrigues, lingüista e professor da Universidade de Brasília (UnB), na inauguração do Laboratório de Línguas Indígenas do Instituto de Letras da Universidade de Brasília, em 8 de julho de 1999. Fonte: RODRIGUES, Anyon D. A originalidade das línguas indígenas brasileiras. [conferência realizada na inauguração do Laboratório de Línguas Indígenas do Instituto de Letras da universidade de Brasília]. Brasília, DF, 1999. Disponível em: <http://www.comciencia.br/reportagens/framereport.htm>. Acesso em: 4 ago. 2008. O autor defende que o trabalho dos lingüistas sobre línguas indígenas brasileiras é urgente urgentíssimo, apresentando o seguinte argumento: A) a quantidade de línguas indígenas no Brasil diminuiu em 15% desde 1500. B) as línguas indígenas do Brasil podem desaparecer antes de serem estudadas. C) as línguas indígenas brasileiras desaparecem com muita rapidez. D) os lingüistas nunca estudaram as línguas indígenas do Brasil. Leia o texto para responder à questão. Novo sistema permite que robô substitua pessoas em trabalhos de resgate Projeto da empresa espanhola Robotnik foi apresentado no "Dia da Robótica" na Campus Party, em Valência Da EFE - 02/08/2008, 12:38 Valência (Espanha), 2 ago (EFE). - O mais avançado sistema de "telepresença" permite ao novo robô Rescuer imitar os movimentos exatos de um operador que o comanda e facilitar, assim, os trabalhos de resgate, segurança e vigilância em situações perigosas, como vazamentos de gás e grandes concentrações de fumaça. O robô Rescuer foi projetado para participar de resgates, já que é capaz de entrar em lugares inacessíveis para as pessoas e realizar tarefas a distância. Seus destinatários "naturais" são corpos de segurança como a Guarda Civil e Defesa Civil, mas seus criadores dizem que as aplicações desse projeto são "ilimitadas". Composto por uma plataforma móvel, dois braços articulados com mãos e uma cabeça com duas câmeras de vídeo, o Rescuer apresenta como novidade as técnicas mais avançadas de teleoperação, graças a um dispositivo de captura de dados usado pelo operador e que permite ao robô imitar com exatidão seus movimentos. Em comparação a outros produtos similares, o Rescuer oferece uma arquitetura modular que, na prática, se traduz em grande versatilidade. "O Rescuer é fornecido com o código aberto, ou seja, o usuário final tem acesso a todo o código, já que seu software não é um sistema fechado e, por isso, pode acoplar novos dispositivos ou prescindir dos que não forem úteis", explicou à Agência Efe o diretor-gerente da Robotnik, Roberto Guzmán. E.E. Poetisa Cora Coralina /04/2010 Avaliação de Língua Portuguesa 7ª/8ª série Nome:____________________________________________________________n.º_____ Turma:____

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E.E. Poetisa Cora Coralina /04/2010Avaliao de Lngua Portuguesa 7/8 srieNome:____________________________________________________________n._____ Turma:____

Leia o texto para responder questo.

A Originalidade das Lnguas Indgenas Brasileiras*

A lentido com que se tem desenvolvido a pesquisa cientfica das lnguas indgenas no Brasil revela-se extremamente grave quando se verifica que essas lnguas, desde o descobrimento do Brasil pelos europeus, tm estado continuamente submetidas a um processo de extino (ou mesmo de exterminao) com conseqncias extremamente graves. Hoje h cerca de 180 lnguas indgenas neste pas, mas estas so apenas 15% das mais de mil lnguas que se calcula terem existido aqui em 1500.Quase todas as lnguas indgenas que se falavam nas regies Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil desapareceram, assim como desapareceram quase todas as que se falavam na calha do rio Amazonas.Essa enorme perda quantitativa implica, naturalmente, uma grande perda qualitativa. Lnguas com propriedades insuspeitadas desapareceram sem deixar vestgios, e provavelmente algumas famlias lingsticas inteiras deixaram de existir. As tarefas que tm hoje os lingistas brasileiros de documentar, analisar, comparar e tentar reconstruir a histria filogentica das lnguas sobreviventes , portanto, uma tarefa de carter urgente urgentssimo. Muito conhecimento sobre as lnguas e sobre as implicaes de sua originalidade para o melhor entendimento da capacidade humana de produzir lnguas e de comunicar-se ficar perdido para sempre com cada lngua indgena que deixa de ser falada.*Conferncia feita por Aryon D. Rodrigues, lingista e professor da Universidade de Braslia (UnB), na inaugurao do Laboratrio de Lnguas Indgenas do Instituto de Letras da Universidade de Braslia, em 8 de julho de 1999.Fonte: RODRIGUES, Anyon D. A originalidade das lnguas indgenas brasileiras. [conferncia realizada na inaugurao do Laboratrio de Lnguas Indgenas do Instituto de Letras da universidade de Braslia]. Braslia, DF, 1999. Disponvel em: . Acesso em: 4 ago. 2008.O autor defende que o trabalho dos lingistas sobre lnguas indgenas brasileiras urgente urgentssimo, apresentando o seguinte argumento:

A) a quantidade de lnguas indgenas no Brasil diminuiu em 15% desde 1500.B) as lnguas indgenas do Brasil podem desaparecer antes de serem estudadas.C) as lnguas indgenas brasileiras desaparecem com muita rapidez.D) os lingistas nunca estudaram as lnguas indgenas do Brasil.

Leia o texto para responder questo.

Novo sistema permite que rob substitua pessoas em trabalhos de resgateProjeto da empresa espanhola Robotnik foi apresentado no "Dia da Robtica" na Campus Party, em ValnciaDa EFE - 02/08/2008, 12:38

Valncia (Espanha), 2 ago (EFE). - O mais avanado sistema de "telepresena" permite ao novo rob Rescuer imitar os movimentos exatos de um operador que o comanda e facilitar, assim, os trabalhos de resgate, segurana e vigilncia em situaes perigosas, como vazamentos de gs e grandes concentraes de fumaa. O rob Rescuer foi projetado para participar de resgates, j que capaz de entrar em lugares inacessveis para as pessoas e realizar tarefas a distncia. Seus destinatrios "naturais" so corpos de segurana como a Guarda Civil e Defesa Civil, mas seus criadores dizem que as aplicaes desse projeto so "ilimitadas". Composto por uma plataforma mvel, dois braos articulados com mos e uma cabea com duas cmeras de vdeo, o Rescuer apresenta como novidade as tcnicas mais avanadas de teleoperao, graas a um dispositivo de captura de dados usado pelo operador e que permite ao rob imitar com exatido seus movimentos. Em comparao a outros produtos similares, o Rescuer oferece uma arquitetura modular que, na prtica, se traduz em grande versatilidade."O Rescuer fornecido com o cdigo aberto, ou seja, o usurio final tem acesso a todo o cdigo, j que seu software no um sistema fechado e, por isso, pode acoplar novos dispositivos ou prescindir dos que no forem teis", explicou Agncia Efe o diretor-gerente da Robotnik, Roberto Guzmn.

Fonte: NOVO sistema permite que rob... Abril Notcias, So Paulo, 2 ago. 2008. Disponvel em: . Acesso em: 20 ago. 2008.

Segundo o texto, quais so as funes do novo rob espanhol?

A) Resgatar bombeiros em situaes perigosas.B) Entrar em lugares inacessveis para as pessoas e realizar tarefas a distncia.C) Criar cdigos de acesso e tcnicas de teleoperao.D) Capturar dados do seu operador com versatilidade.

Leia o texto para responda questo.

CARTA DOS DIREITOS DOS USURIOS DA SADE

Portaria MS n 675, de 30 de maro de 2006Primeiro Princpio: Todo cidado tem direito a ser atendido com ordem e organizao.Segundo Princpio: Todo cidado tem direito a ter um atendimento com qualidade.Terceiro Princpio: Todo cidado tem direito a um tratamento humanizado e sem nenhuma discriminao.Quarto Princpio: Todo cidado deve ter respeitados os seus direitos de paciente.Quinto Princpio: Todo cidado tambm tem deveres na hora de buscar atendimento de sade.Sexto Princpio: Todos devem cumprir o que diz a carta dos direitos dos usurios da sade.

Fonte: BRASIL. Ministrio da Sade. Portaria MS n 675, de 30 de maro de 2006. Carta dos direitos dos usurios dasade. Braslia, DF, 2006.

Uma pessoa que deixe de ser atendida em um hospital qualquer, porque est suja e mal vestida, pode formular sua reclamao com base no seguinte princpio da Carta dos Direitos dos Usurios de Sade:

A) Primeiro Princpio.B) Quinto Princpio.C) Terceiro Princpio.D) Segundo Princpio.

Leia a informao a seguir para responder questo.

Regra

Usa-se em palavras derivadas de vocbulos terminados em -TO, -TOR e -TIVO. Qual a alternativa apresenta um grupo de palavras que pode ilustrar essa regra?

A) Canto cano; Infrator infrao; Relativo relao.B) Conter conteno; Manter manuteno; Reter reteno.C) Lance lanar; Desenlace desenlaar; Abrao abraar.D) Exportar exportao; Abdicar abdicao; Abreviar abreviao.

MIGUILIM

De repente l vinha um homem a cavalo. Eram dois. Um senhor de fora, o claro da roupa. Miguilim saudou, pedindo a bno. O homem trouxe o cavalo c bem junto. Ele era de culos, corado, alto, com um chapu diferente, mesmo. Deus te abenoe, pequeninho. Como teu nome? Miguilim. Eu sou irmo de Dito. E seu irmo Dito dono daqui? No, meu senhor. O Ditinho est em glria.O homem esbarrava o avano do cavalo, que era zelado. Mantedo, formoso como nenhum outro. Redizia: Ah, no sabia, no. Deus o tenha em sua guarda... Mas, o que que h, Miguilim?Miguilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo para ele, por isso que o encarava. Por que voc aperta os olhos assim? Voc no limpo da vista? Vamos at l. Quem que est em tua casa? Me, e os meninos...Estava Me, estava Tio Terz, estavam todos. O senhor alto e claro se apeou. O outro, que vinha com ele, era um camarada. O senhor perguntava Me muitas coisas do Miguilim. Depois perguntava a ele mesmo: Miguilim, espia da: quantos dedos da minha mo voc est enxergando? E agora?Miguilim espremia os olhos. Drelina e a Chica riam. Tomezinho tinha ido se esconder. Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera a, Miguilim...E o senhor tirava os culos e punha-os em Miguilim, com todo o jeito. Olha, agora!Miguilim olhou, nem no podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, as coisas, as rvores, as caras das pessoas. Via os grozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhas menores, as formiguinhas passeando no cho, de uma distncia. E tonteava.Fonte: ROSA, Joo Guimares. Miguilim. In:______. Manuelzo e Minguilim. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1977.

O homem de culos, corado, alto, com um chapu diferente, mesmo, o doutor Jos Loureno, tem um papel muito importante na vida da personagem Miguilim, pois ele quem

A) vende ao menino uns culos que o levam a enxergar.B) descobre que o menino tem problemas de viso.C) ensina o menino a ler e a escrever com culos.D) fala com a me do menino que ele precisa fazer uma cirurgia.

Leia as instrues do percurso e responda questo.

Rota a p para Praa da S - So Paulo - SP2,0 km aprox. 25 minutosEstao da LuzBom Retiro, So Paulo - SP

1. Siga na direo leste na R. Mau em direo Av. Csper Lbero 0,1 km2. Vire direita na Av. Csper Lbero 0,7 km3. Vire esquerda no Viaduto Santa Efignia 0,3 km4. Vire direita no Largo So de Bento 51 m5. Vire esquerda para permanecer no Largo So de Bento 58 m6. Continue na R. Boa Vista 0,3 km7. Continue no Viaduto Boa Vista 0,1 km8. Continue na Travessa Ptio do Colgio 0,1 km9. Continue na R. Santa Teresa 83 mPraa da SCentro, So Paulo SP

Fonte: MAPS. Google. Disponvel em: . Acesso em: 31 jul. 2008.

O uso dos verbos na terceira pessoa do singular do modo imperativo afirmativo mostra a inteno de instruir e influenciar a ao do leitor, mas tambm cria o efeito de

A) aconselhamento.B) imobilidade.C) afetividade.D) integrao.

Leia o texto para responder questo.

81% dos brasileiros apiam lei contra fumo

Entre os fumantes, 64% defendem rigor contra cigarro, segundo pesquisa nacional Datafolha realizada na ltima semana Nvel de aprovao ao projeto que veta cigarro em ambientes fechados em SP parecido em relao a sexo, idade, escolaridade e renda Ricardo Westin da Reportagem Local Uma pesquisa nacional feita pelo Datafolha na semana passada mostra que 81% dos brasileiros apiam o projeto de lei que probe o fumo em todos os ambientes coletivos fechados do Estado de So Paulo, incluindo os fumdromos.O aumento do rigor contra o cigarro defendido at mesmo pelas pessoas que afirmam "fumar cigarros, mesmo que de vez em quando". Desse grupo, 64% se dizem favorveis proposta. Entre os no-fumantes, 86% aprovam a idia.O projeto foi apresentado Assemblia Legislativa no final do ms passado. Se for aprovado pelos deputados estaduais, ficar proibido fumar em bares, boates, restaurantes, hotis, reas comuns de condomnios, shoppings, hospitais e txis, por exemplo.No sero permitidos, em So Paulo, nem mesmo os espaos separados que atualmente restaurantes e bares reservam aos fumantes. Dessa forma, o cigarro s ficar liberado ao ar livre e dentro de casa.Segundo o Datafolha, o nvel de aprovao ao projeto parecido em ambos os sexos, em todas as faixas etrias, em todos os graus de escolaridade e nas diferentes faixas de renda.

Fonte: WESTIN, Ricardo. 81% dos brasileiros apiam lei contra fumo. Folha Online, So Paulo, 14 set. 2008. Disponvel em: . Acesso em: 30 ago. 2008.

De acordo com os dados apresentados, a opinio dos brasileiros sobre a aprovao da lei contra o fumo

A) favorvel, principalmente entre aqueles que no fumam.B) desfavorvel, principalmente entre os no-fumantes.C) desfavorvel, principalmente entre os mais ricos.D) favorvel, principalmente entre os mais jovens.

Leia com ateno o fragmento a seguir.

Introduo

O objetivo deste documento efetuar um relato do treinamento de Power Point solicitado pela Agncia Centro. O treinamento foi programado, conforme solicitao, para um pblico-alvo de 16 pessoas, nos dias 14 e 15 de setembro, em instalaes da prpria agncia.

Desenvolvimento

No dia 14, primeiro dia do treinamento, constatou-se, logo ao chegar ao local, a pouca afluncia dos participantes. Dos 16 previstos, achavam-se no local somente 4 empregados.O trabalho transcorreu normalmente, com adaptaes das dinmicas programadas para atender realidade de uma quantidade menor de pessoas do que a prevista.

ConclusoPodemos concluir que o treinamento realizado foi ao encontro das expectativas dos treinados [...]

Fonte: INTRODUO. In: GOLD, Miriam. Redao empresarial: escrevendo com sucesso na era da globalizao. 3. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005. p. 85. (com cortes) Em relao ao trecho lido, correto afirmar que o gnero e a finalidade do texto so respectivamente:

A) ata; registrar os acontecimentos de uma reunio convocada pela Agncia Centro.B) relatrio; narrar os fatos ocorridos em um treinamento de Power Point.C) crnica; contar a histria dos quatro funcionrios que compareceram ao treinamento.D) comunicado; convidar formalmente os funcionrios a participar do treinamento.

Leia o texto para responder questo.

Troca de peas: como proceder

Quando um mecnico precisa trocar uma pea do seu carro, deve utilizar uma pea nova original, ou uma pea que mantenha as especificaes do fabricante. O seu mecnico pode usar pea recondicionada ou usada no conserto do seu carro, mas desde que voc o autorize. Desobedecendo a essas regras, o mecnico, alm de pagar os seus prejuzos, comete crime contra as relaes de consumo, cuja pena varia de trs meses a um ano de priso. Nesses casos, a reparao econmica cabe oficina e a pena pelo crime aplicada ao dono ou gerente da oficina e ao mecnico que executou o servio sabendo da irregularidade. O que estamos afirmando sobre a troca da pea do seu carro vale para as demais situaes de troca ou utilizao de peas nos consertos em geral. Fonte: RIOS, Josu. Troca de peas: como proceder. In:______. Guia dos seus direitos. So Paulo: Globo, 1998.

O pronome voc no texto indica o

A) mecnico de automveis em questo, a quem o texto se destina.B) proprietrio da oficina de automveis, principal interessado no assunto.C) fabricante de peas automobilsticas, alvo de seguidas crticas dos consumidores.D) proprietrio de automveis, a quem o autor do texto se dirige prioritariamente.

O sufixo IZAR empregado para formar alguns verbos derivados de substantivos ou adjetivos. Apalavra que exemplifica essa definio A) belezaB) natureza.C) informatizado.D) adesivo.

Fonte: ETANOL, uma atitude inteligente. Veja, So Paulo, n. 2074, p.14-15, 20 ago. 2008.

A expresso combustvel verde sugere que o etanol, por ser cultivvel e renovvel, responde bem s preocupaes ecolgicas atuais. No texto, o fato de essa expresso vir acompanhada de outra, entre parnteses, sugere ao leitor que o etanol

A) um combustvel genuinamente brasileiro.B) apresenta uma cor verde-amarelada.C) vem de uma planta que tem duas cores em suas folhas.D) tem um aspecto amarelo esverdeado.

Leia o texto e responda questo.Cem anos de perdoClarice LispectorQuem nunca roubou no vai me entender. E quem nunca roubou rosas, ento que jamais poder me entender. Eu, em pequena, roubava rosas.Havia em Recife inmeras ruas, as ruas dos ricos, ladeadas por palacetes que ficavam no centro de grandes jardins. Eu e uma amiguinha brincvamos muito de decidir a quem pertenciam os palacetes."Aquele branco meu." "No, eu j disse que os brancos so meus." Parvamos s vezes longo tempo, a cara imprensada nas grades, olhando.Comeou assim. Numa dessas brincadeiras de "essa casa minha", paramos diante de uma que parecia um pequeno castelo. No fundo via-se o imenso pomar. E, frente, em canteiros bem ajardinados, estavam plantadas as flores.Bem, mas isolada no seu canteiro estava uma rosa apenas entreaberta cor-de-rosa-vivo. Fiquei feito boba, olhando com admirao aquela rosa altaneira que nem mulher feita ainda no era. E ento aconteceu: do fundo de meu corao, eu queria aquela rosa para mim. Eu queria, ah como eu queria. E no havia jeito de obt-la. Se o jardineiro estivesse por ali, pediria a rosa, mesmo sabendo que ele nos expulsaria como se expulsam moleques. No havia jardineiro vista, ningum. E as janelas, por causa do sol, estavam de venezianas fechadas.Ento no pude mais. O plano se formou em mim instantaneamente, cheio de paixo. Mas, como boa realizadora que eu era, raciocinei friamente com minha amiguinha, explicando-lhe qual seria o seu papel: vigiar as janelas da casa ou a aproximao ainda possvel do jardineiro, vigiar os transeuntes raros na rua. Enquanto isso, entreabri lentamente o porto de grades um pouco enferrujadas, contando j com o rangido. Entreabri somente o bastante para que meu esguio corpo de menina pudesse passar. E, p ante p, mas veloz, andava pelos pedregulhos que rodeavam os canteiros. At chegar rosa foi um sculo de corao batendo.Eis-me afinal diante dela. Paro um instante, perigosamente, porque de perto ela ainda mais linda. Finalmente comeo a lhe quebrar o talo, arranhando-me com os espinhos, e chupando o sangue dos dedos.E, de repente - ei-la toda na minha mo. A corrida de volta ao porto tinha tambm de ser sem barulho. Pelo porto que deixara entreaberto, passei segurando a rosa. E ento ns duas plidas, eu e a rosa, corremos literalmente para longe da casa.O que que fazia eu com a rosa? Fazia isso: ela era minha. Levei-a para casa, coloquei-a num copo d'gua, onde ficou soberana, de ptalas grossas e aveludadas, com vrios entretons de rosa-ch. No centro dela a cor se concentrava mais e seu corao quase parecia vermelho.Foi to bom.Foi to bom que simplesmente passei a roubar rosas. O processo era sempre o mesmo: a menina vigiando, eu entrando, eu quebrando o talo e fugindo com a rosa na mo. Sempre com o corao batendo e sempre com aquela glria que ningum me tirava.

Fonte: LISPECTOR, Clarice. Cem anos de perdo. In:______. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Os episdios listados abaixo envolvem a narradora-personagem e esto fora de sua seqncia lgica.

1 leva a rosa para casa.2 avista uma rosa.3 cria um plano para roubar a rosa.4 entra no jardim.5 brinca com uma amiga nas ruas de Recife.6 adquire o costume de roubar rosas.7 encanta-se por uma rosa.8 - rouba a rosa.9 - d instrues quanto ao papel da amiga.10 - coloca a rosa num vaso com gua.

A ordem correta em que esses fatos acontecem na narrativa

A) 1, 2, 5, 4, 3, 6, 7, 9, 10, 8.B) 5, 2, 7, 3, 8, 9, 1, 10, 4, 6.C) 5, 2, 7, 3, 9, 4, 8, 1, 10, 6.D) 2, 7, 3, 5, 8, 1, 10, 6, 9, 4.

Cem anos de perdo

Clarice Lispector

Quem nunca roubou no vai me entender. E quem nunca roubou rosas, ento que jamais poder me entender. Eu, em pequena, roubava rosas.Havia em Recife inmeras ruas, as ruas dos ricos, ladeadas por palacetes que ficavam no centro de grandes jardins. Eu e uma amiguinha brincvamos muito de decidir a quem pertenciam os palacetes."Aquele branco meu." "No, eu j disse que os brancos so meus." Parvamos s vezes longo tempo, a cara imprensada nas grades, olhando.Comeou assim. Numa dessas brincadeiras de "essa casa minha", paramos diante de uma que parecia um pequeno castelo. No fundo via-se o imenso pomar. E, frente, em canteiros bem ajardinados, estavam plantadas as flores.Bem, mas isolada no seu canteiro estava uma rosa apenas entreaberta cor-de-rosa-vivo. Fiquei feito boba, olhando com admirao aquela rosa altaneira que nem mulher feita ainda no era. E ento aconteceu: do fundo de meu corao, eu queria aquela rosa para mim. Eu queria, ah como eu queria. E no havia jeito de obt-la. Se o jardineiro estivesse por ali, pediria a rosa, mesmo sabendo que ele nos expulsaria como se expulsam moleques. No havia jardineiro vista, ningum. E as janelas, por causa do sol, estavam de venezianas fechadas.Ento no pude mais. O plano se formou em mim instantaneamente, cheio de paixo. Mas, como boa realizadora que eu era, raciocinei friamente com minha amiguinha, explicando-lhe qual seria o seu papel: vigiar as janelas da casa ou a aproximao ainda possvel do jardineiro, vigiar os transeuntes raros na rua. Enquanto isso, entreabri lentamente o porto de grades um pouco enferrujadas, contando j com o leve rangido. Entreabri somente o bastante para que meu esguio corpo de menina pudesse passar. E, p ante p, mas veloz, andava pelos pedregulhos que rodeavam os canteiros. At chegar rosa foi um sculo de corao batendo.Eis-me afinal diante dela. Paro um instante, perigosamente, porque de perto ela ainda mais linda.Finalmente comeo a lhe quebrar o talo, arranhando-me com os espinhos, e chupando o sangue dos dedos.E, de repente - ei-la toda na minha mo. A corrida de volta ao porto tinha tambm de ser sem barulho. Pelo porto que deixara entreaberto, passei segurando a rosa. E ento ns duas plidas, eu e a rosa, corremos literalmente para longe da casa.O que que fazia eu com a rosa? Fazia isso: ela era minha.Levei-a para casa, coloquei-a num copo d'gua, onde ficou soberana, de ptalas grossas e aveludadas, com vrios entretons de rosa-ch. No centro dela a cor se concentrava mais e seu corao quase parecia vermelho.Foi to bom.Foi to bom que simplesmente passei a roubar rosas. O processo era sempre o mesmo: a menina vigiando, eu entrando, eu quebrando o talo e fugindo com a rosa na mo. Sempre com o corao batendo e sempre com aquela glria que ningum me tirava.

Fonte: LISPECTOR, Clarice. Cem anos de perdo. In:______. Felicidade Clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

A narradora-personagem inicia a narrativa dizendo Quem nunca roubou no vai me entender. Essa afirmao pode estar relacionada ao fato de

A) ela gostar de roubar rosas quando era criana.B) ela descrever como irresistvel o desejo que a levou a roubar uma rosa.C) no haver ningum por perto quando ela roubou a rosa.D) ela precisar de uma amiga para vigiar enquanto roubava a rosa.

S 2% dos celulares so reciclados no Brasil. Veja como reciclarAndrea Vialli

Ainda sobre o tema lixo tecnolgico: apenas 2% dos brasileiros destinam seus celulares usados para a reciclagem, embora 74% acreditem que essa uma atitude correta para o meio ambiente. O nmero baixo mas est em sintonia com a mdia mundial: apenas 3% dos celulares vendidos voltam linha de produo.Os nmeros fazem parte de um levantamento realizado pela fabricante de aparelhos Nokia, em que foram consultadas 6,5 mil pessoas em 13 pases, com o objetivo de traar estratgias para incentivar o recolhimento dos celulares e baterias que no so mais usados.Boa parte dos entrevistados (44%) deixa os aparelhos guardados em casa, na gaveta. No Brasil, esse nmero cai para 32%, enquanto 29% dos consumidores do o celular para outra pessoa e 10% jogam o aparelho antigo no lixo comum - contra 4% da mdia mundial.Cerca de 80% dos componentes de um celular - plstico, circuitos eletrnicos e metais - podem ser reciclados e voltar indstria. Os visores, por exemplo, podem ser reaproveitados pelos fabricantes de brinquedos, para fazer joguinhos eletrnicos. E as baterias mais antigas, fabricadas antes de 2000, possuem metais pesados, como nquel e cdmio, em sua composio. Se jogadas no lixo comum, essassubstncias podem contaminar o solo e a gua.

Fonte: VIALLI, Andrea. S 2% dos celulares so reciclados no Brasil: veja como reciclar. O Estado de S. Paulo, So Paulo, 9 jul. 2008. (com cortes). Disponvel em: Acesso em: 3 ago. 2008.

Segundo a reportagem, os componentes de aparelhos celulares que podem ser reciclados so

A) baterias e visores.B) plstico, circuitos eletrnicos e metais.C) cabos, fios e baterias.D) chips, circuitos eletrnicos e metais.

Leia o texto para responder questo.

Alm de prejudicar a fertilidade do solo, (segundo o Dr. Herbert Wilhelmy) as queimadas, destruindo facilmente grandes reas de vegetao natural, traziam outras desvantagens, como a de retirar aos pssaros a possibilidade de construrem seus ninhos. E o desaparecimento dos pssaros acarreta o desaparecimento de um importante fator de extermnio de pragas de toda espcie. O fato que nas diversas regies onde houve grande destruio de florestas, a broca invade as plantaes de mate e penetra at medula nos troncos e galhos, condenando os arbustos morte certa. As prprias lagartas multiplicam-se consideravelmente com a diminuio das matas.Fonte: HOLANDA, Srgio Buarque de. Alm de prejudicar a fertilidade do solo... In:______. Razes do Brasil. 16. ed. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1983.

O texto em destaque defende a tese de que as queimadas so prejudiciais. A nica alternativa que apresenta argumentos do texto em defesa dessa tese

A) as pragas invadem as plantaes de mate e tornam-se alimento abundante para os pssaros.B) as queimadas so positivas, pois exterminam pragas de toda espcie, inclusive as brocas, e afastam pssaros prejudiciais.C) as queimadas reduzem a fertilidade do solo e impedem os pssaros de construrem ninhos.D) a broca penetra nos troncos e galhos at a medula, sendo a queimada uma forma de controle dessa praga.

Leia o texto para responder questo.

Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramtico contato com a eternidade.Quando eu era muito pequena ainda no tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem de que espcie de bala ou bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha no dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria no sei quantas balas. Afinal minha irm juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou:- Tome cuidado para no perder, porque esta bala nunca se acaba. Dura a vida inteira.- Como no acaba? - Parei um instante na rua, perplexa.- No acaba nunca, e pronto.Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de histrias de prncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer. Examinei-a, quase no podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianas, s vezes tirava da boca uma bala ainda inteira, para chupar depois, s para faz-la durar mais. E eis-me com aquela coisa corderosa, de aparncia to inocente, tornando possvel o mundo impossvel do qual j comeara a me dar conta. (...)

Fonte: LISPECTOR, Clarice. Medo da eternidade. In: ______. Aprendendo a viver..Rio de Janeiro: Rocco, 2004.Podemos afirmar que a palavra elixir empregada em sentido figurado na narrativa porque

A) pode ser ali entendida como um blsamo capaz de causar conforto naquele que o consome.B) simboliza, para a personagem, algo com efeito mgico ou maravilhoso.C) o chicle que ela mastiga contm componentes farmacuticos.D) relaciona-se a substncias rejuvenescedoras, que causam longevidade.

Leia o fragmento abaixo.

No deixe a vida te levar

Algum pode nascer no Complexo do Alemo e escolher ser honesto. Pode nascer no bairro carioca de classe mdia chamado Barra da Tijuca e escolher ser um espancador de mulheres. Uma pessoa pode nascer e ser criada em condies adversas ao desenvolvimento do amor-prprio e da autoconfiana e, ainda assim, encontrar recursos psicolgicos suficientes para fazer escolhas que permitam mudar sua vida para melhor.Os tempos que correm so propcios imputao de culpas coletivas, de crena em destinos definidos por raa ou classe social. Essas grandiosas noes esquemticas so imperfeitas porque minimizam o poder de deciso individual das pessoas Fonte: NO DEIXE a vida te levar. Veja, So Paulo, p. 9, 4 jul. 2007.

Com base na argumentao apresentada, pode-se afirmar que o enunciador do texto defende a tese de que

A) os indivduos que possuem melhores condies econmicas so geralmente honestos.B) as escolhas individuais superam as presses sociais.C) os indivduos que no provm de uma famlia estruturada esto fadados ao fracasso.D) a etnia um fator intimamente ligado ao sucesso do indivduo.

Leia atentamente os dois fragmentos abaixo e responda questo.

TEXTO 1

rgos dos sentidosO ouvido

O ouvido est presente em anfbios adultos, rpteis, aves e mamferos. Ele o rgo responsvel pela audio e pelo equilbrio do corpo. Nos mamferos, o ouvido possui trs partes bem distintas denominadas ouvido externo, mdio e interno.O ouvido externo um canal que se abre ao meio exterior, estando separado do ouvido mdio por uma membrana circular, com cerca de 9 milmetros de dimetro, o tmpano.O ouvido mdio um canal estreito e cheio de ar, localizado dentro do osso temporal. No interior do canal do ouvido mdio existem trs pequenos ossos, alinhados lado a lado, que comunicam o tmpano com o ouvido interno. Esses ossinhos so denominados martelo, bigorna e estribo.O ouvido interno um complicado sistema de tubos e cavidades preenchidos por um lquido. Ele est localizado, juntamente com o ouvido mdio, em uma cavidade do osso temporal, denominada cpsula tica (oto, ouvido).

Fonte: AMABIS, Jos Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. rgos dos sentidos. In:______. Fundamentos da Biologia Moderna. So Paulo: Moderna, 1990.

TEXTO 2

Aparelhos podem atingir volume to alto quanto o de uma britadeira. O hbito cada vez mais comum, principalmente entre jovens, de ouvir msica em tocadores de MP3 e celulares com o uso de fones de ouvido por longos perodos e volume alto j causa reflexos em consultrios e clnicas mdicas: casos freqentes de pacientes com problemas de audio. Apesar de pequenos, alguns desses aparelhos so capazes de produzir um volume mximo equivalente ao de uma britadeira, algo em torno de 120 decibis (dB).No incio do nosso trabalho nenhum jovem procurava o ambulatrio, afirma Tanit Sanchez, livredocente da USP e responsvel pelo servio. Atualmente, 311 pessoas esto cadastradas no ambulatrio com problemas causados por exposio a rudo. Dessas, 18 so adolescentes.Ida Russo, fonoaudiloga e professora da PUC-SP e da Faculdade de Cincias Mdicas da Santa Casa de So Paulo, afirma que a exposio prolongada a um som com intensidade superior a 90 decibis pode prejudicar a audio. Trabalhando h 35 anos na rea, ela diz que houve uma mudana significativa na sade auditiva dos jovens na ltima dcada.Ida deixa claro que no contra a utilizao desses aparelhos [MP3 e celulares], mas afirma que preciso ensinar os jovens a tomar cuidado.

Fonte: GONALVES, Alexandre. Tocadores de MP3 j so risco audio. O Estado de S. Paulo, So Paulo, p. A24, 3 ago. 2008. Os dois textos tratam de aspectos relativos audio

A) de forma semelhante, pois o objetivo de ambos descrever o aparelho auditivo.B) de modo diferente, pois o objetivo do primeiro descrever didaticamente o aparelho auditivo, e o do segundo, alertar especialmente os jovens sobre os perigos da exposio prolongada a sons em alto volume.C) de maneira semelhante, pois ambos foram redigidos por fonoaudilogos com o intuito de informar o pblico sobre o funcionamento do aparelho auditivo.D) de modo diverso, pois a funo do primeiro alertar sobre o mau funcionamento do aparelho auditivo; j o segundo tem o objetivo de descrever com detalhes atitudes capazes de preservar o aparelho auditivo.

Leia o poema e responda questo.

A voz do canavial

Voz sem saliva de cigarra,do papel seco que se amassa,de quando se dobra o jornal:assim canta o canavial,ao vento que por suas folhas,de navalha a navalha, soa,vento que o dia e a noite todao folheia, e nele se esfola.

Fonte: MELO NETO, Joo Cabral. A voz do Canavial. In: ______. Os melhores poemas. So Paulo: Global, 1985.

A personificao uma figura de pensamento pela qual fazemos os seres inanimados ou irracionais agirem como pessoas. Percebe-se apresena desse importante recurso de expresso potica, que empresta vida e ao a seres inanimados, no verso

A) de papel seco que se amassa:.B) de quando se dobra o jornal:.C) ao vento que por suas folhas,.D) assim canta o canavial,.

Leia o texto para responder questo.

Eu me desasnei aos sete anos. Desasnar queria dizer alfabetizar-se: quem aprendesse a ler era promovido de asno a ser pensante. Fui alfabetizado por dona Dalila, professora do primeiro ano do Grupo Escolar de Taquaritinga. Um casaro que aos nossos olhos infantis parecia enorme, com suas salas de p direito muito alto, onde nos sentvamos em carteiras colocadas uma atrs da outra feito bancos de trem.Delas ficvamos melancolicamente a espiar, pelas largas janelas, os pssaros voando e cantando livres l fora, enquanto ns, aves engaioladas, tnhamos de ficar ali dentro a grasnar "b com , b", "b com , b", "b com i, bi", e assim por diante, at o fim de um alfabeto que parecia no acabar nunca.O sacrifcio valeu a pena: no meio do ano eu j estava lendo. E no dia em que, sem ajuda de ningum, consegui decifrar letra por letra, palavra por palavra, uma notcia do jornal que meu av lia religiosamente todas as noites, fiquei deslumbrado. O mundo era meu agora! Na matin de domingo, contei a um conhecido de bem mais idade que doravante eu estava capacitado a ler qualquer coisa. A ele me fez uma pergunta matreira: "Mesmo se for em francs? Ou em ingls?" Embatuquei: o mundo no era mais meu. Havia, nele, muito mais coisas do que imaginava a minha v suficincia de leitor principiante.Para chegar a conhecer uma pequena parte delas, eu tinha ainda muito cho pela frente. A sabedoria comea no reconhecimento da nossa prpria ignorncia. Ou, como dizia um filsofo cujo nome eu nunca soube, "s sei que no sei".

Fonte: PAES, Jos Paulo. Eu me desasnei aos sete anos.... In:______.Quem, eu?: um poeta como outro qualquer. So Paulo: Atual, 1996.

O trecho grifado o discurso direto proferidoA) pelo narrador.B) pelo av do narrador.C) por um conhecido do narrador.D) por um desconhecido.

Leia o poema para responder questo.

Cano Amiga

Eu preparo uma canoem que minha me se reconhea,todas as mes se reconheam,e que fale como dois olhos.

ANDRADE, Carlos Drummond. Cano amiga. In:______. Reunio. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1973. p.154. (fragmento).

Personificao uma forma de emprestar qualidades e caractersticas humanas a seres inanimados. possvel identificar o uso desse recurso no verso

A) Eu preparo uma cano.B) Em que minha me se reconhea.C) Todas as mes se reconheam.D) E que fale como dois olhos.

Leia o texto para responder questo.

ApeloDalton Trevisan

Amanh faz um ms que a Senhora est longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, no senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. No foi ausncia por uma semana: obatom ainda no leno, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notcia de sua perda veio aos poucos: a pilhade jornais ali no cho, ningum os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, eat o canrio ficou mudo. Para no dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma horada noite eles se iam e eu ficava s, sem o perdo de sua presena a todas as aflies do dia, como altima luz na varanda.E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada o meu jeito dequerer bem. Acaso saudade, Senhora? s suas violetas, na janela, no lhes poupei gua e elasmurcham. No tenho boto na camisa, calo a meia furada. Que fim levou o saca-rolhas? Nenhum de nssabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora,por favor.Fonte: TREVISAN, Dalton. Apelo. In: BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporneo. So Paulo: Cultrix, 1975.Observando atentamente o modo de construo do enunciado, possvel pressupor que o conflitoda narrativa, da tica do personagem, motivado pelo fato de esteA) sentir-se incapaz para realizar as tarefas domsticas.B) ter sido abandonado pela companheira.C) entristecer-se pelo fato de seu canrio ter ficado mudo.D) ter perdido os amigos.

Leia o texto para responda questo.H alguns anos, sobrevoando So Paulo de avio, via-se a cidade desenhar no cho a imagem deuma estrela que tivesse cado do cu, as casas se comprimindo nas arestas que irradiam do tringulocentral e deixando mais ou menos desertos os vales que separam os espiges. Hoje, os vales esto topovoados quanto as colinas; neles se localizam alguns bairros residenciais mais elegantes, como oPacaembu, que tem no centro o Estdio Municipal. A cidade tornou-se imensa aglomerao de prdiosocupando todo o espao disponvel, alongando-se em bairros proletrios, ganhando pouco a pouco ospovoados circundantes, emitindo tentculos para digeri-los. H sessenta anos caavam-se onas ali ondehoje h um entrelaamento de ruas, e os estudantes da Faculdade de Direito faziam piqueniques,pontuados de declamaes de poemas, ali onde se erguem agora os imensos e compactos blocos dehabitaes.Fonte: BASTIDE, Roger. H ALGUNS anos, sobrevoando So Paulo... In: CAMPOS, Cndido Malta; GAMA, LciaHelena; SACCHETA, Vladimir (Org.). Metrpole em trnsito. So Paulo: SENAC, 2004.Assinale a alternativa que melhor representa a organizao do texto feita pelo autor.A) As idias de destaque no texto so a urbanizao do bairro nobre do Pacaembu e alocalizao da Faculdade de Direito. O progresso urbano de So Paulo serve como pano defundo para essa nfase.B) A importncia da periferia posta em destaque como idia principal do texto. O autor cita orpido crescimento de So Paulo para enfatizar essa sua opo.C) A idia principal o rpido crescimento da cidade de So Paulo; a verticalizao das reascentrais, a ocupao urbana dos vales e a expanso para a periferia so elementossecundrios que contextualizam essa idia principal.D) O autor pe em destaque em seu texto o relevo de So Paulo, composto de colinas populosas,vales, bairros chiques e periferias pobres, que se ofereceram como dificuldades para o rpidocrescimento da Cidade.

SANTINHOLus Fernando VerssimoMe lembro com clareza de todas as minhas professoras, mas me lembro de uma emparticular. Ela se chamava Dona Ilka. Curioso: por que escrevi Dona Ilka e no Ilka? Talvez pormedo de que ela se materializasse aqui ao meu lado e exigisse o Dona, onde j se viu tratarprofessora pelo primeiro nome, menino? No meu tempo ainda no se usava o tia. Elas podiam serboas e at maternais, mas decididamente no eram nossas tias. A Dona Ilka no era maternal. Erauma mulher pequena com um perfil de passarinho. Um pequeno passarinho loiro. E uma fera.Eu era um aluno bem-comportado. Era um vagabundo, no aprendia nada, vivia distrado.Mas comportamento, 10. Por isto at hoje fao verdadeiras faxinas na memria, procurandoembaixo de tudo e em todos os nichos a razo de ter sido, um dia, castigado pela Dona Ilka. Algumaeu devo ter feito, mas no consigo lembrar o qu. O fato que fui posto de castigo. Que consistiaem ficar de p em um canto da sala de aula, com a cara virada para a parede. (Isto tudo, j d paraver, foi mais ou menos l pela Idade Mdia.) Mas o que eu nunca esqueci foi a Dona Ilka ter mechamado de santinho do pau oco.Ser bem-comportado em sala de aula no era uma deciso minha nem era nada de que meorgulhasse. Era s o meu temperamento. Mas a frase terrvel de dona Ilka sugeria que a minhaconduta era uma simulao. Eu era um falso. Um santo falsificado! Depois disso, pelo resto da vida,no foram poucas as vezes em que um passarinho imaginrio com perfil de professora pousou nomeu ombro e me chamou de fingido. Os santinhos do pau oco passam a vida se questionando.J outra professora quase destruiu para sempre qualquer pretenso minha originalidadeliterria. Era para fazer uma redao em aula sobre a ociosidade, e eu no tinha a menor idia doque era ociosidade. Se a palavra fora mencionada em aula tinha certamente sido num dos meusperodos de devaneio, em que o corpo ficava ali, mas a mente ia passear. E ento, me achandoformidvel, fiz uma redao inteira sobre um aluno que precisa fazer uma redao sobre aociosidade sem saber o que isso, sua agonia e finalmente sua deciso de fazer uma redaosobre um aluno que precisa fazer uma redao sobre a ociosidade, etc; A professora chamou aateno de toda a classe para a minha redao. Eu era um exemplo de quem acha que comesperteza pode-se deixar de estudar e por isto estava ganhando um zero exemplar. S faltou mechamar de original do pau oco.Enfim, sobrevivi. No ginsio, todos os professores eram homens, mas no lembro denenhuma marca que algum deles tenha deixado. As relaes com nossas pseudomes, no primrio,eram muito mais profundas. As duas histrias que eu contei no tm a menor importncia. Mas olhaas cicatrizes.Fonte: VERISSIMO, Lus Fernando. Santinho. In:______. O nariz e outras crnicas. So Paulo: tica, 1994.O efeito de sentido gerado pela expresso popular santo do pau oco, citada na crnica de LusFernando Verssimo, tem correspondncia com aquele gerado pelo provrbio:A) Diga-me com quem andas que te direi quem s.B) Por fora, bela viola; por dentro, po bolorento.C) de pequenino que se torce o pepino.D) Casa de ferreiro, espeto de pau.

Leia o texto e responda questo.A estranha passageiraStanislaw Ponte Preta O senhor sabe? a primeira vez que eu viajo de avio. Estou com zero hora de vo e riunervosinha, coitada.Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhebem [...]Madama entrou no avio sobraando um monte de embrulhos, que segurava desajeitadamente.Gorda como era, custou a se encaixar na poltrona e arrumar todos aqueles pacotes. Depois no sabiacomo amarrar o cinto e eu tive que realizar essa operao em sua farta cintura.Afinal estava ali pronta para viajar. Os outros passageiros estavam j se divertindo s minhascustas, a zombar do meu embarao ante as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como seestivesse em sua casa, entre pessoas ntimas. A coisa foi ficando ridcula: Para que esse saquinho a? foi a pergunta que fez, num tom de voz que parecia que ela estavano Rio e eu em So Paulo. para a senhora usar em caso de necessidade respondi baixinho.Tenho certeza de que ningum ouviu minha resposta, mas todos adivinharam qual foi, porque elaarregalou os olhos e exclamou: Uai...as necessidades neste saquinho? No avio no tem banheiro?Fonte: PONTE PRETA, Stanislaw. A estranha passageira. In: PARA gostar de ler. So Paulo: tica, 1983. v. 8, p. 89.Observe que toda a caracterizao da passageira de primeira viagem produz um efeito humorstico.Isso ocorre porque as expresses utilizadas para caracteriz-la, descrevem-na comoA) falante e mal-educada.B) desajeitada e inconveniente.C) nervosa e atrevida.D) comunicativa e perspicaz.

Leia com ateno o texto e responda questo.O NADA QUASE TUDOFlvio DieguesEspecialistas de vrias universidades americanas, com base em imagens da radiao de fundo doUniverso o brilho que sobrou do Big Bang , chegaram concluso de que, se voc tirar tudo o que possvel do cosmo, toda matria, todos os micrbios, as rochas, animais, galxias, tomos, luz, ele aindacontinua pesando trs quartos do que pesava antes. Para ser preciso, restam 73% da massa original.Nenhuma pessoa sensata aceitaria a sugesto de que essa a massa do nada. S que os fsicos,cosmologistas e astrnomos no so pagos para terem bom senso sua obrigao investigar o cosmocom todo rigor e descobrir do que ele realmente feito, por mais estranho que possa parecer. Eles esto,h muito tempo, convencidos de que, mesmo num lugar vazio, existe alguma coisa. Mas nem essa genteto acostumada a surpresas esperava que essa alguma coisa fosse a maior coisa que existe, a ponto decarregar, sozinha, trs quartos da massa do Universo. O Universo quase todo nada.Fonte: DIEGUES, Flvio. O nada quase tudo. Superinteressante, So Paulo, n. 196, p. 68-69, jan. 2004. Coleo emCD-ROM.Para o autor, os cientistasA) devem manter-se presos s respostas aceitas pela maioria.B) no so pagos para ficarem descobrindo coisas estranhas.C) precisam estar abertos a encontrar respostas incomuns e pouco razoveis.D) devem ter bom senso sempre.

Leia com ateno o texto abaixo para responder questo.Cmara congelou votao de projeto contra nepotismoDesde 1999, a Cmara adia a discusso sobre o fim do nepotismo. Projeto que impede acontratao de parentes at terceiro grau em todos os Poderes chegou a ser aprovado no plenrio doSenado e analisado em duas comisses da Cmara, mas parou de tramitar. Para que o texto, de autoriado ex-deputado Roberto Freire (PPS), seja analisado no plenrio e a votao seja concluda em definitivofalta apenas a votao de um recurso.Apresentado em 1997 e votado no mesmo ano pelo Senado, o projeto seguiu para a Cmara e foiaprovado na Comisso de Trabalho, mas na Comisso de Constituio e Justia recebeu parecer deinconstitucionalidade. O relator, o ex-deputado Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), hoje chefe da Casa Civil dogoverno de So Paulo, considerou que o tema no poderia ser tratado em projeto de lei.Dez deputados se manifestaram contra, mas no impediram que o texto fosse aprovado. Para noser arquivado, foi apresentado recurso para que houvesse votao.Fonte: CMARA congelou votao... Folha de S. Paulo, So Paulo, p. A6, 22 ago. 2008 possvel pressupor que a morosidade na votao de projeto contra o nepotismo seja conseqnciado fato deA) poucos polticos nomearem parentes para cargos de confiana.B) a igualdade de direitos no estar assegurada pela Constituio Federal.C) o autor do projeto no exercer mais o cargo de deputado.D) muitos polticos empregarem parentes sem concurso, pagando a estes altos salrios com odinheiro pblico.

Leia o texto e responda questo.Tanques da Gergia contra adolescentes da Osstia: a histria da resistncia de TskhinvaliUwe KlussmannEm Tskhinvali, GergiaQualquer um que queira saber o valor da palavra do presidente da Gergia, Mikhail Saakashvili,basta olhar para a capital da Osstia do Sul.Saakashvilli estava na capital da Gergia, Tbilisi, e disse que tinha "dado a ordem muito dolorosade no reagir com fogo" se os ossetianos do sul atirassem contra as foras de segurana da Gergia. Eleterminou seu discurso com um apelo: "Vamos deter a espiral de medo. Dar uma chance paz e aodilogo". Poucas horas depois, Babeyev estava prestes a cozinhar seu jantar quando bombas comear acair em torno de seu prdio. Ele fugiu para o poro de um bloco ao lado com nove vizinhos. Foi uma noiteem branco, assustadora. Horas de bombardeio de artilharia reduziram os prdios a runas, destruramcarros e transformaram os jardins em buracos.Na manh seguinte, avies de guerra da Gergia lanaram bombas para terminar a destruio.Ento, os tanques chegaram para "restaurar a ordem constitucional", como disse Saakashvilli - uma ordemque nunca existiu na Osstia do Sul. Quando a URSS foi dissolvida, trs Estados de fato emergiram noterritrio da antiga repblica sovitica da Gergia: Osstia do Sul, Abkhzia e a nova Gergia, queconseguiu entrar para a Organizao das Naes Unidas com as fronteiras antigas traadas por Stlin.Fonte: KLUSSMANN, Uwe. Trad. Deborah Weinberg. Tanques da Georgia contra adolescentes So Paulo, 2008 (comcortes). Disponvel em: . Acesso em: 27ago. 2008.No texto acima o autor emprega algumas vezes as aspas. Assinale a alternativa que explica o usodesse recurso.A) O autor do texto emprega as aspas para enfatizar suas prprias idias e opinies sobre oassunto em destaque.B) O autor emprega as aspas para reproduzir as falas e opinies de pessoas diretamenteenvolvidas no conflito.C) O emprego das aspas serve para indicar ao leitor as idias com as quais o autor concorda.D) As aspas so usadas para enfatizar as idias de que o autor discorda.

Observe no quadro a seguir 3 casos cujas relaes entre as palavras indicam o modo correto de segrafar o substantivo, e assinale a alternativa que indica a correta grafia das palavras.Verbo Substantivo(1) Solucionar SoluoMirar Miragem(2) Ascender AscensoPrometer Promessa(3) Construir ConstruoIludir IlusoA) (1) Projetar-Projeo, Viajar-Viagem;(2) Compreender-Compreenso,Comprometer-Compromisso;(3) Punir-Punio, Evadir-Evaso.B) (1) Projetar-Projeo, Viajar-Viajem;(2) Compreender-Compreenso,Comprometer-Compromio;(3) Punir-Punisso, Evadir-Evazo.C) (1) Projetar-Projesso, Viajar-Viagem;(2) Compreender-Compreeno,Comprometer-Compromiso;(3) Punir-Punio, Evadir-Evaso.D) (1) Projetar-Projeo, Viajar-Viasso;(2) Compreender-Compreenso,Comprometer-Compromisso;(3) Punir-Punio, Evadir-Evadio.Leia os textos para responder questo.MIGUILIMDe repente l vinha um homem a cavalo. Eram dois. Um senhor de fora, o claro da roupa. Miguilimsaudou, pedindo a bno. O homem trouxe o cavalo c bem junto. Ele era de culos, corado, alto, comum chapu diferente, mesmo. Deus te abenoe, pequeninho. Como teu nome? Miguilim. Eu sou irmo de Dito. E seu irmo Dito dono daqui? No, meu senhor. O Ditinho est em glria.O homem esbarrava o avano do cavalo, que era zelado. Mantedo, formoso como nenhum outro.Redizia: Ah, no sabia, no. Deus o tenha em sua guarda... Mas, o que que h, Miguilim?Miguilim queria ver se o homem estava mesmo sorrindo para ele, por isso que o encarava. Por que voc aperta os olhos assim? Voc no limpo da vista? Vamos at l. Quem que estem tua casa? Me, e os meninos...Estava Me, estava Tio Terz, estavam todos. O senhor alto e claro se apeou. O outro, que vinhacom ele, era um camarada. O senhor perguntava Me muitas coisas do Miguilim. Depois perguntava aele mesmo: Miguilim, espia da: quantos dedos da minha mo voc est enxergando? E agora?Miguilim espremia os olhos. Drelina e a Chica riam. Tomezinho tinha ido se esconder. Este nosso rapazinho tem a vista curta. Espera a, Miguilim...E o senhor tirava os culos e punha-os em Miguilim, com todo o jeito. Olha, agora!Miguilim olhou, nem no podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e lindo e diferente, ascoisas, as rvores, as caras das pessoas. Via os grozinhos de areia, a pele da terra, as pedrinhasmenores, as formiguinhas passeando no cho, de uma distncia. E tonteava.Fonte: ROSA, Joo Guimares. Miguilim. In:______. Manuelzo e Minguilim. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1977.No incio do trecho extrado da novela Manuelzo e Miguilim, de Guimares Rosa, h um dilogoentre o menino e o senhor que chega a cavalo. Nessa conversa, o leitor fica sabendo de algo queaconteceu a Dito, o irmo de Miguilim. Sabendo que a expresso estar em glria refere-se representao do Cu, com a Santssima Trindade, os anjos e os bem-aventurados, e considerandosea fala do senhor: Deus o tenha em sua guarda... infere-se que o irmo de Miguilim e o senhor,respectivamente:A) estava feliz; desejava que Deus protegesse Dito.B) tinha ido a um lugar chamado Glria; desejava que Dito estivesse bem.C) estava doente; queria que Deus guardasse Dito da morte.D) tinha morrido; desejava que Dito estivesse com Deus, no Cu.

Leia o texto para responder questo.VALE A PENA OLHAR DE PERTOPara quem quer saber tudo sobre o mar, nada melhor do que conferir diretamente, ao vivo e em cores.Voc j pensou em mergulhar?Voc um privilegiado. O litoral brasileiro um dos mais belos e generosos do mundo. Seus 7.367quilmetros de extenso apresentam uma variedade enorme de ecossistemas, com praias, dunas, ilhas,mangues, lajes e recifes. H muito que ver e preservar neste litoral que pode parecer inesgotvel, mashoje sofre os estragos causados pela pesca predatria, pela poluio e at pelos turistas.Se todo mundo tivesse a chance de conhecer de perto as maravilhas do mar, as ameaas quepesam sobre ele talvez no tivessem atingido um ponto to alarmante. O mergulho a maneira perfeita desaber mais sobre o oceano e seus habitantes.Cada vez mais gente est fazendo isso. O nmero de praticantes desse esporte no Brasil j chegaa 60.000. Voc j experimentou? Mas, cuidado: nunca mergulhe sozinho, em lugar desconhecido e,principalmente, sem antes passar por um curso com um instrutor credenciado.Fonte: VALE a pena olhar de perto. Superinteressante, So Paulo, v. 22, p. 10-11, jul. 1989. 1 CD-ROM.De acordo com o texto, fato que a pesca predatria e a poluio tm causado danos aosecossistemas do litoral brasileiro. Porm, de acordo com a opinio do autor, esses estragospoderiam ser evitados seA) o governo tomasse providncias.B) o mergulho fosse mais praticado.C) fosse proibido o turismo no litoral brasileiro.D) a pesca predatria fosse incentivada.

Leia com ateno o fragmento abaixo.O mapa do amor: tudo o que voc queria saber sobre o amor e ningum sabia responderO relacionamento amoroso uma das reas mais importantes da nossa vida.Existem estimativas de que cerca de 92% das pessoas do nosso planeta se casam pelo menos uma vez.Muitas dessas pessoas se casam mais que uma vez. Mesmo aquelas que no se casam, os 8%restantes, tambm so afetadas pelos assuntos amorosos (frustrao por no se casar, presses epreconceitos contra os solteires etc.). difcil exagerar a importncia do relacionamento amoroso. A imensa quantidade de livros,revistas, novelas, filmes, msicas etc. que tratam desse tema e a enorme quantidade de energia, tempo edinheiro que as pessoas gastam para se tornar mais atraentes aos olhos dos possveis parceirosamorosos atestam a importncia dele para as nossas vidas.Fonte: AMLIO, Ailton. O mapa do amor: tudo o que voc queria saber sobre o amor e ningum sabia responder. SoPaulo: tica, 2001. p. 9.Para defender a tese de que o relacionamento amoroso uma das reas mais importantes danossa vida, o autor utiliza como argumentoA) dados estatsticos que atestam que a maioria das pessoas se casa depois dos quarenta anosde idade.B) exemplos de pessoas que se casaram muito jovens.C) citaes de vrios psiclogos e psiquiatras.D) enumerao de diversos itens que mostram a importncia do assunto.

Leia o texto para responder questo.Alm de prejudicar a fertilidade do solo, (segundo o Dr. Herbert Wilhelmy) as queimadas,destruindo facilmente grandes reas de vegetao natural, traziam outras desvantagens, como a de retiraraos pssaros a possibilidade de construrem seus ninhos. E o desaparecimento dos pssaros acarreta odesaparecimento de um importante fator de extermnio de pragas de toda espcie. O fato que nasdiversas regies onde houve grande destruio de florestas, a broca invade as plantaes de mate epenetra at medula nos troncos e galhos, condenando os arbustos morte certa. As prprias lagartasmultiplicam-se consideravelmente com a diminuio das matas.Fonte: HOLANDA, Srgio Buarque de. Alm de prejudicar a fertilidade do solo... In:______. Razes do Brasil. 16. ed. Riode Janeiro: Jos Olympio. 1983.No trecho em destaque, Srgio Buarque de Holanda cita entre aspas as palavras do Dr. HerbertWilhelmy. Assinale a alternativa que melhor explica o emprego dessa citao nesse trecho.A) Srgio Buarque de Holanda cita as palavras do Dr. Herbert Wilhelmy, um outro estudioso domesmo assunto, para sustentar sua prpria argumentao, contrria s queimadas.B) Por ser favorvel s queimadas, Srgio Buarque de Holanda cita o Dr. Herbert Wilhelmy,estudioso contrrio sua opinio, como contra-argumento.C) Sendo repetio do que o prprio autor j mencionou, a citao tem uma funo, meramentedecorativa no texto.D) Srgio Buarque de Holanda, por no dominar o assunto, faz a citao para conferir maiorprestgio a seu prprio texto.

Leia o texto para responder questo.Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1904.Meu caro Nabuco,To longe, e em outro meio, chegou-lhe a notcia da minha grande desgraa, e voc expressou asua simpatia por um telegrama.Foi-se a melhor parte da minha vida e aqui estou s no mundo. Note que a solido no me enfadonha, antes me grata, porque um modo de viver com ela, ouvi-la, assistir aos mil cuidados queessa companheira de 35 anos de casados tinha comigo; ramos velhos, e eu contava morrer antes dela,o que seria um grande favor; primeiro, porque no acharia a ningum que melhor me ajudasse a morrer;segundo, porque ela deixa alguns parentes que a consolariam das saudades, e eu no tenho nenhum.Os meus so os amigos, e verdadeiramente so os melhores; mas a vida os dispersa, no espao,nas preocupaes do esprito e na prpria carreira que a cada um cabe. Aqui me fico, por ora na mesmacasa, no mesmo aposento, com os mesmos adornos seus. Tudo me lembra minha meiga Carolina. Comoestou beira do eterno aposento, no gastarei muito tempo em record-la. Irei v-la, ela me esperar.No posso, caro amigo, responder agora sua carta de 8 de outubro;At outra e breve. Aceite este abrao do triste amigo velhoMachado de AssisFonte: COELHO, Marchado. A solido de Machado. Lngua Portuguesa, So Paulo, n. 12, p. 34-35, 2006.Na passagem Como estou beira do eterno aposento, no gastarei muito tempo em record-la. Ireiv-la, ela me esperar., pode-se inferir que Machado de AssisA) est em vias de se aposentar e pretende ter um encontro com a mulher, que o est esperando.B) considera que vai morrer logo e anseia encontrar a mulher depois que isso acontecer.C) est ao lado do quarto onde viveu com a mulher e espera encontrar ali o esprito de suaamada.D) julga que no vale a pena ficar lembrando o passado, pois tem um encontro marcado com amulher.

Leia o texto para responder questo.Como funciona a memria do computadorA memria RAM (Random Access Memory) a forma mais conhecida de memria de computador.A memria RAM considerada de "acesso aleatrio" porque possvel acessar diretamente qualquerclula da memria se voc conhece a linha e a coluna que cruzam essa clula.O oposto da memria RAM a memria de acesso serial (SAM). A memria SAM armazenadados como uma srie de clulas de memria que podem somente ser acessadas seqencialmente(como uma fita cassete). Se o dado no est na localizao atual, cada clula da memria verificada atque os dados necessrios sejam encontrados. A memria SAM funciona muito bem para buffers dememria, onde os dados so normalmente armazenados na ordem em que sero usados.Os dados RAM, por outro lado, podem ser acessados em qualquer ordem.Fonte: TYSON, Jeff. Como funciona a memria do computador. Traduzido por Howstuff Works Brasil. So Paulo:Howstuff Works Brasil, 2000. Disponvel em: . Acessoem: 01 ago. 2008.A palavra dados, sublinhada no texto, utilizada com o sentido deA) memria disponvel no computador.B) local disponvel para salvar arquivos.C) informao capaz de ser processada por um computador.D) acesso ao local do arquivo.

Leia o poema abaixo para responder questoMoro na roaEu moro na roa, IaiEu nunca morei na cidadeCompro o jornal da manh pra saber das novidadeMinha gente cheguei agoraMinha gente cheguei agoraMinha gente cheguei com DeusE com Nossa SenhoraXique-xique MacambiraFilho de mestre de AngolaInda nem num sabe lJ qu s mestre de escolaEra tu e era elaEra ela, era tu e euHoje nem tu, nem elaNem ela, nem tu, nem euMenino quem foi teu mestreMeu mestre foi CearMe ensinou a cant sambaNo me ensinou a trabalhTodo dia passa l em casa a minha comadre LetciaEla minha leva O Globo,ltima Hora, o dia e A Notcia.Fonte: MANGUEIRA, Xang da; ZA. Moro na roa. In: JESUS, Clementina de. Razes do Samba. Manaus: EMI, 1999.(adaptao de tema popular). 1 disco de vinil.A transcrio, acima, da letra do samba cantado por Clementina de Jesus apresenta algumasformas de registro que fogem ao que prescrevem os manuais de ensino de gramtica e redao.Isso se d porqueA) a letra do samba em questo representa personagens populares, com seus assuntos, seumodo de vida, sua forma de encarar o mundo e sua maneira particular de falar, e a transcriorespeita esses aspectos.B) na transcrio de letras de msica devemos sempre respeitar a oralidade, o que nos obriga aregistrar as palavras tal como as ouvimos, no tal como elas devem ser escritas.C) a transcrio faz uma concesso indevida aos erros de ortografia e sintaxe, o que desrespeitaas normas do portugus culto, que deveria ser observado inclusive na transcrio de letras demsica.D) embora esteja errada, a transcrio do samba de Clementina de Jesus deve ser respeitada,pois quem a escreveu no tem culpa de no ter tido acesso a uma boa educao.

Observe a figura para responder questo.Muitas espcies esto na lista de extino, mas, se dependerda Petrobras a baleia franca no vai continuar nela.Fonte: PROTEJA a ona pintada. Propaganda. Disponvel em:. Acesso em: 3 ago.2008.Quanto finalidade, ao gnero e ao assunto, podemos afirmar que o texto A) uma reportagem, cujo assunto a proteo de espcies animais em extino e tem porfinalidade incentivar sua proteo.B) uma notcia, cujo assunto a proteo de espcies animais em extino e tem por finalidadeinformar que a empresa possui um programa voltado proteo da baleia franca.C) um cartaz, cujo assunto a proteo de espcies animais em extino e tem por finalidadeincentivar a proteo desses animais, exceto a baleia franca.D) um anncio publicitrio, cujo assunto a proteo de espcies animais em extino e tem porfinalidade informar que a empresa possui um programa voltado proteo da baleia franca.

Leia o texto para responda questo.SANTINHOLus Fernando VerssimoMe lembro com clareza de todas as minhas professoras, mas me lembro de uma emparticular. Ela se chamava Dona Ilka. Curioso: por que escrevi Dona Ilka e no Ilka? Talvez pormedo de que ela se materializasse aqui ao meu lado e exigisse o Dona, onde j se viu tratarprofessora pelo primeiro nome, menino? No meu tempo ainda no se usava o tia. Elas podiam serboas e at maternais, mas decididamente no eram nossas tias. A Dona Ilka no era maternal. Erauma mulher pequena com um perfil de passarinho. Um pequeno passarinho loiro. E uma fera.Eu era um aluno bem-comportado. Era um vagabundo, no aprendia nada, vivia distrado.Mas comportamento, 10. Por isto at hoje fao verdadeiras faxinas na memria, procurandoembaixo de tudo e em todos os nichos a razo de ter sido, um dia, castigado pela Dona Ilka. Algumaeu devo ter feito, mas no consigo lembrar o qu. O fato que fui posto de castigo. Que consistiaem ficar de p em um canto da sala de aula, com a cara virada para a parede. (Isto tudo, j d paraver, foi mais ou menos l pela Idade Mdia.) Mas o que eu nunca esqueci foi a Dona Ilka ter mechamado de santinho do pau oco.Ser bem-comportado em sala de aula no era uma deciso minha nem era nada de que meorgulhasse. Era s o meu temperamento. Mas a frase terrvel de dona Ilka sugeria que a minhaconduta era uma simulao. Eu era um falso. Um santo falsificado! Depois disso, pelo resto da vida,no foram poucas as vezes em que um passarinho imaginrio com perfil de professora pousou nomeu ombro e me chamou de fingido. Os santinhos do pau oco passam a vida se questionando.J outra professora quase destruiu para sempre qualquer pretenso minha originalidadeliterria. Era para fazer uma redao em aula sobre a ociosidade, e eu no tinha a menor idia doque era ociosidade. Se a palavra fora mencionada em aula tinha certamente sido num dos meusperodos de devaneio, em que o corpo ficava ali, mas a mente ia passear. E ento, me achandoformidvel, fiz uma redao inteira sobre um aluno que precisa fazer uma redao sobre aociosidade sem saber o que isso, sua agonia e finalmente sua deciso de fazer uma redaosobre um aluno que precisa fazer uma redao sobre a ociosidade, etc; A professora chamou aateno de toda a classe para a minha redao. Eu era um exemplo de quem acha que comesperteza pode-se deixar de estudar e por isto estava ganhando um zero exemplar. S faltou mechamar de original do pau oco.Enfim, sobrevivi. No ginsio, todos os professores eram homens, mas no lembro denenhuma marca que algum deles tenha deixado. As relaes com nossas pseudomes, no primrio,eram muito mais profundas. As duas histrias que eu contei no tm a menor importncia. Mas olhaas cicatrizes.Fonte: VERISSIMO, Lus Fernando. Santinho. In:______. O nariz e outras crnicas. So Paulo: tica, 1994.Em (Isto tudo, j d para ver, foi mais ou menos l pela Idade Mdia.) o narrador usa osparnteses para:A) localizar o leitor quanto ao tempo em que ocorreu a histria narrada.B) abrir espao para a linguagem coloquial, tpica da crnica.C) mostrar o quanto aquele castigo era antigo, ironizando a situao.D) acrescentar uma idia de que se lembrara depois de completar a frase anterior.

Leia o texto e responda questo.S 2% dos celulares so reciclados no Brasil. Veja como reciclarAndrea VialliAinda sobre o tema lixo tecnolgico: apenas 2% dos brasileiros destinam seus celulares usadospara a reciclagem, embora 74% acreditem que essa uma atitude correta para o meio ambiente. Onmero baixo mas est em sintonia com a mdia mundial: apenas 3% dos celulares vendidos voltam linha de produo.Os nmeros fazem parte de um levantamento realizado pela fabricante de aparelhos Nokia, emque foram consultadas 6,5 mil pessoas em 13 pases, com o objetivo de traar estratgias para incentivaro recolhimento dos celulares e baterias que no so mais usados.Boa parte dos entrevistados (44%) deixa os aparelhos guardados em casa, na gaveta. No Brasil,esse nmero cai para 32%, enquanto 29% dos consumidores do o celular para outra pessoa e 10%jogam o aparelho antigo no lixo comum - contra 4% da mdia mundial.Cerca de 80% dos componentes de um celular - plstico, circuitos eletrnicos e metais - podem serreciclados e voltar indstria. Os visores, por exemplo, podem ser reaproveitados pelos fabricantes debrinquedos, para fazer joguinhos eletrnicos. E as baterias mais antigas, fabricadas antes de 2000,possuem metais pesados, como nquel e cdmio, em sua composio. Se jogadas no lixo comum, essassubstncias podem contaminar o solo e a gua.Fonte: VIALLI, Andrea. S 2% dos celulares so reciclados no Brasil: veja como reciclar. O Estado de S. Paulo, SoPaulo, 9 jul. 2008. (com cortes). Disponvel em:

Acesso em: 3 ago. 2008.A leitura dos dados levantados pela jornalista na reportagem sobre a reciclagem de celulares nopas, permite-nos afirmar queA) embora 74% dos brasileiros acreditem na importncia da reciclagem dos aparelhos de celularpara a preservao do meio ambiente, uma vez que 80% de seus componentes podem serreaproveitados, essa ao ainda no faz parte de nossa cultura.B) a maior parte dos aparelhos celulares usados em nosso pas (cerca de 32%) fica guardada nasgavetas, pois 74% da populao no sabe dos benefcios da reciclagem para o meio ambiente.C) o baixo ndice de aparelhos celulares reciclados (2% dos aparelhos vendidos) decorre dadificuldade de encontrar empresas que reaproveitem os metais pesados presentes nacomposio das baterias fabricadas antes do ano 2000.D) no Brasil e no mundo, apenas cerca de 3% dos aparelhos celulares no so reciclados, pois amaior parte da populao (74%) sabe dos prejuzos causados por esses objetos natureza.

S 2% dos celulares so reciclados no Brasil. Veja como reciclarAndrea VialliAinda sobre o tema lixo tecnolgico: apenas 2% dos brasileiros destinam seus celulares usadospara a reciclagem, embora 74% acreditem que essa uma atitude correta para o meio ambiente. Onmero baixo mas est em sintonia com a mdia mundial: apenas 3% dos celulares vendidos voltam linha de produo.Os nmeros fazem parte de um levantamento realizado pela fabricante de aparelhos Nokia, emque foram consultadas 6,5 mil pessoas em 13 pases, com o objetivo de traar estratgias para incentivaro recolhimento dos celulares e baterias que no so mais usados.Boa parte dos entrevistados (44%) deixa os aparelhos guardados em casa, na gaveta. No Brasil,esse nmero cai para 32%, enquanto 29% dos consumidores do o celular para outra pessoa e 10%jogam o aparelho antigo no lixo comum - contra 4% da mdia mundial.Cerca de 80% dos componentes de um celular - plstico, circuitos eletrnicos e metais - podem serreciclados e voltar indstria. Os visores, por exemplo, podem ser reaproveitados pelos fabricantes debrinquedos, para fazer joguinhos eletrnicos. E as baterias mais antigas, fabricadas antes de 2000,possuem metais pesados, como nquel e cdmio, em sua composio. Se jogadas no lixo comum, essassubstncias podem contaminar o solo e a gua.Fonte: VIALLI, Andrea. S 2% dos celulares so reciclados no Brasil: veja como reciclar. O Estado de S. Paulo, SoPaulo, 9 jul. 2008. (com cortes). Disponvel em:

Acesso em: 3 ago. 2008.Segundo os dados apontados pela jornalista na reportagem, sobre a reciclagem de celulares nopas,A) 2% da populao reciclam seus celulares usados, enquanto 29% dos usurios de telefoniamvel no pas doam seus aparelhos para um conhecido e 4% dos brasileiros jogam seusaparelhos velhos no lixo.B) 80% das peas de um celular podem ser recicladas, mas 32% da populao guardam seuscelulares antigos na gaveta, enquanto apenas 2% dos brasileiros reciclam seus aparelhos.C) 80% dos aparelhos celulares vendidos no mundo so reciclados, mas apenas 3% dessesaparelhos so reaproveitados no Brasil e 32% dos brasileiros guardam seus aparelhos antigosem casa.D) 6,5 milhes de pessoas em 13 pases utilizam celulares reciclados.

Leia o texto e responda questo.A INCAPACIDADE DE SER VERDADEIROPaulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois drages-daindependnciacuspindo fogo e lendo fotonovelas.A me botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que cara no ptio da escola umpedao de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vezPaulo no s ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chcara de Si Elpdia equeriam formar um tapete voador para transport-lo ao stimo cu, a me decidiu lev-lo ao mdico. Apso exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabea: No h nada a fazer, Dona Col. Este menino mesmo um caso de poesia.Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. A incapacidade de ser verdadeiro. In:______. Histrias para o rei. Rio deJaneiro: Record, 2002. possvel afirmar que o conflito vivido por Dona Col est relacionado ao fato de queA) as mentiras de seu filho Paulo foram se tornando mais fantsticas com o passar do tempo.B) embora seu filho Paulo tivesse fama de mentiroso, todos o achavam louco, inclusive ela.C) a fama de mentiroso tornava Paulo mais mentiroso ainda, a ponto de enganar a me.D) ela no sabia se Paulo era mentiroso mesmo ou estava sofrendo de alguma doena conhecidapela medicina.

Leia o texto para responder questo.Lua cheiaBoio de leiteque a Noite levacom mos de trevapra no sei quem beber.E que, embora levadomuito devagarinho,vai derramando pingos brancospelo caminho.Fonte: RICARDO, Cassiano. Lua cheia. In:______. Poesias completas. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1957. p.135.Observe que as expresses boio de leite e pingos brancos tm sentido figurado; isso pode serverificado em razo deA) indicarem ironia.B) metaforizarem os termos lua e estrelas.C) referirem a iluminao das ruas e das casas.D) destacarem idias antitticas.

Leia os textos para responder questo.Texto 1.Esttica dos fludosUma caracterstica fundamental de qualquer fluido em repouso que a fora exercida sobrequalquer partcula do fluido a mesma em todas as direes. Esse conceito conhecido como lei dePascal. Quando a gravidade a nica fora que atua sobre um lquido colocado num recipiente aberto, apresso em qualquer ponto do lquido diretamente proporcional profundidade do ponto, e independente do tamanho ou forma do recipiente.O segundo princpio importante da esttica dos fluidos foi descoberto por Arquimedes. O princpiode Arquimedes afirma que todo corpo submerso num fluido experimenta uma fora para cima igual aopeso do fluido deslocado por aquele corpo. Isso explica como um navio pesado consegue flutuar.Tambm permite determinar a densidade de um objeto cuja forma seja to irregular que seu volume nopossa ser medido diretamente.Fonte: ESTTICA dos fluidos. In: ENCICLOPDIA Encarta 2001 [s.l.]: Microsoft Corporation, 1993-2000. 1 CD-ROM.Texto 2.Por que o navio flutua?Porque ele mais leve, ou seja, menos denso que a gua. A massa do navio est distribuda emuma larga extenso, fazendo com que ele desloque uma grande quantidade de gua ao ser lanado aomar. Assim, ele preenche um espao antes ocupado pelo lquido. A gua deslocada, que estava emequilbrio, tender a voltar ao seu lugar, exercendo assim uma presso que atua sobre todo o casco,principalmente em sua parte inferior. Essa presso, chamada empuxo, impulsiona o navio para asuperfcie e contrabalana seu peso, evitando que ele afunde. Na verdade, quando lanado ao mar, onavio afunda at a massa de gua deslocada se tornar igual dele.Fonte: POR QUE o navio flutua? Superinteressante, So Paulo, v. 43, p. 20, 1991. 1 CD-ROM.Os dois textos oferecem informaes suficientes para que se possa compreender a razo de umnavio flutuar. O primeiro texto um verbete enciclopdico enquanto o segundo a resposta a umacuriosidade de um leitor da revista. Assim, possvel considerar queA) o primeiro texto explica o fenmeno fsico, o segundo, d detalhes do lanamento de um navio.B) o segundo texto explica o fenmeno fsico, o primeiro ensina o princpio de Arquimedes.C) o primeiro texto focaliza o princpio da Fsica que explica o fenmeno e o segundo focalizamais o esclarecimento do fenmeno.D) o segundo texto explica o fenmeno sem ocupar-se da pertinncia do conceito cientficoutilizado.

Leia o texto para responder questo.A casca do mundoA superfcie da Terra formada por placas semelhantes aos gomos de uma bola de futebol. Soimensos blocos de rocha slida, com aproximadamente 100 quilmetros de espessura, que biam sobreum oceano de magma - material viscoso e incandescente de que formada a maior parte do planeta. Asplacas tectnicas so quinze, entre as grandes e as pequenas, e esto em permanente movimento. Apalavra tectnica vem do grego e significa "em construo".Os continentes esto sempre mudando de lugar, acompanhando as placas, mas sua velocidade lenta, de apenas 5 a 10 centmetros por ano. O Brasil e a frica j danaram de rosto colado, quandoformavam o mesmo continente. Note como o litoral do Nordeste se encaixa na grande curvatura do oesteafricano. A ndia nem sempre fez parte da sia. Ela era uma ilha e, ao se acoplar ao continente asitico, oimpacto fez as rochas se empilharem. Da resultou o Himalaia.Fonte: A CASCA do mundo. Superinteressante, So Paulo, v.21, p.10-11, 1998. 1 CD-ROM.Justifica-se o uso da expresso placas tectnicas em razo de queA) o autor quis esclarecer o nome cientfico do fenmeno geolgico explicado no segmentoanterior.B) o autor quis informar a origem grega do termo que ele usaria no segmento posterior.C) o autor quis esclarecer que apenas na Grcia usa-se esse nome cientfico.D) o autor quis diferenciar as placas tectnicas dos blocos de rocha slida.

Rota a p para Praa da S - So Paulo - SP2,0 km aprox. 25 minutosEstao da LuzBom Retiro, So Paulo - SP1. Siga na direo leste na R. Mau em direo Av. Csper Lbero 0,1 km2. Vire direita na Av. Csper Lbero 0,7 km3. Vire esquerda no Viaduto Santa Efignia 0,3 km4. Vire direita no Largo So de Bento 51 m5. Vire esquerda para permanecer no Largo So de Bento 58 m6. Continue na R. Boa Vista 0,3 km7. Continue no Viaduto Boa Vista 0,1 km8. Continue na Travessa Ptio do Colgio 0,1 km9. Continue na R. Santa Teresa 83 mPraa da SCentro, So Paulo - SPFonte: MAPS. Google. Disponvel em:. Acesso em: 31 jul. 2008.Considerando a finalidade de guiar um percurso a p entre dois pontos geogrficos da cidade deSo Paulo, o autor criou um roteiro organizado porA) um elemento grfico contendo a letra A e termina com outro elemento grfico trazendo a letraB.B) uma lista em ordem numrica que indica a seqncia de movimentos a serem realizados pelopedestre.C) uma lista desordenada de quilometragens que indica o tempo de cada etapa do percurso.D) uma lista de nomes de ruas e o tamanho de cada uma delas.

Leia com ateno a notcia abaixo.EMOS NUMA FRIA NA RSSIA? TRISTEMilhares de emos ficaram chateados na Rssia na ltima semana. Aparentemente, a mfia ea corrupo no incomodam mais, ento os legisladores de l estudam proibir a msica e o visualemo e gtico, alm de fiscalizar os sites do pas que tratem do assunto. O argumento, de chorar, que a moda adolescente perigosa, pois encoraja a depresso e suicdios. Na Sibria, ondealgumas restries comearam a aparecer, manifestantes foram s ruas com cartazes com frasescomo um estado totalitrio encoraja a estupidez. No difcil ver quem age de modo infantil nessahistria.Fonte: EMOS numa fria na Rssia?.Dirio de So Paulo, So Paulo, p. A2, 27 jul. 2008.A afirmao do autor do texto, de que no difcil ver quem age de modo infantil nessa histria,pressupe sua opinio crtica em relaoA) s manifestaes juvenis.B) msica gtica.C) atitude dos legisladores russos.D) aos sites sobre os emos.

Leia o texto para responder questo.Planto | Publicada em 13/08/2008 s 16h09mIncndio atinge prdio da Apple na CalifrniaRIO - Um incndio atingiu um prdio da Apple em Cupertino, na Califrnia, na noite de tera-feira.Mais de 60 bombeiros trabalharam para controlar o fogo em cerca de trs horas, maspermaneceram no local at a manh de quarta. O incndio no deixou nenhum ferido, mas aindano se sabe o prejuzo causado.O fogo teria acontecido numa instalao de desenvolvimento e pesquisa que estaria em obras. Ochefe dos bombeiros de Santa Clara acredita que o incndio tenha sido um acidente causado porum problema eltrico ou escapamento de gs.Fonte: INCNDIO atinge prdio da Apple na Califrnia. O Globo Online, Rio de Janeiro, 13 ago. 2008. Disponvel em:

Acesso em: 15 ago. 2008.O uso do verbo auxiliar ter no futuro do pretrito em O fogo teria acontecido numa instalao dedesenvolvimento e pesquisa que estaria em obras. produz na notcia umA) efeito de certeza, veracidade.B) sentido de adiamento, protelao.C) efeito de hiptese, dvida.D) carter cientificidade.

Leia com ateno o texto abaixo.Na alegria e na tristeza, nada como o chocolateTemos muita sorte de pertencer ao momento da histria em que os derivados do cacau estototalmente popularizados em todo o mundo. Quando chegou Europa, no sculo XVI, vindo daAmrica pelas mos do navegador Hernn Cortez, o cacau passou a ser uma exclusividade da corteespanhola. A receita da bebida originria do povo asteca foi confiada unicamente aos monges dapoca, permanecendo por quase um sculo na Espanha como um privilgio dos nobres. Mesmoquando se disseminou pelos demais pases europeus, e quando mais tarde passou a ser consumidoem barras, era um manjar de extremo luxo. Foi a partir do sculo XVIII, com a Revoluo Industrial,que o chocolate por fim se popularizou. Por tudo isso, de se festejar o fcil acesso que temos hoje infinidade de derivaes deste produto. Vamos comemorar preparando um estoque bemdiversificado, no qual no podem faltar as verses em p (para o preparo de bebidas quentes egeladas), em barra para derreter (usado no preparo de fondues, caldas e coberturas), em forma deachocolatado, tabletes e bombons. Assim, a despensa estar abastecida para todas as receitas,ocasies, idades e estados de esprito.Fonte: AMON, Ruza. Na alegria e na tristeza, nada como o chocolate. Zffari Hipermercado, So Paulo, ago. 2008.Edio extra.Assinale a alternativa em que a informao apresentada refere-se ao assunto principal do texto.A) O consumo de cacau pela corte espanhola no sculo XVI.B) A origem da receita da bebida preparada base de cacau.C) O privilgio de se viver numa poca em que o cacau e seus derivados esto difundidos pelomundo.D) Um respeitvel estoque de derivados do cacau deve contar com a maior variedade possvel deprodutos.

Leia o texto e responda questo.s vezes, a esperana. O homem vai sobreviver e essa certeza me vem quando vejo o mar, ummar que acabou talhando com tanta poluio, embora! mas resistindo. Contemplo as montanhas e ficomaravilhada porque elas ainda esto vivas. Sei que preciso apostar e de aposta em aposta, cheguei aesta Casa para a harmoniosa convivncia com aqueles que apostam na palavra. Sei ainda que estou feliznesta noite: vejo minha famlia meu filho Goffredo Telles Neto deve estar por a, filmando, cineasta. Evejo os meus amigos. Esses amigos que me acompanham e iluminam.Fonte: TELLES, Lygia Fagundes. Discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. In:______. Durante aqueleestranho ch: perdidos e achados. Rio de Janeiro: Rocco, 2002, p. 141.O trecho acima, retirado do discurso de posse da escritora Lygia Fagundes Telles na AcademiaBrasileira de Letras, narrado emA) 1 pessoa, pelo uso dos pronomes possessivos minha e meu em: vejo minha famlia meufilho Goffredo Telles Neto (...).B) 1 pessoa, pelo tom claramente potico dado a esse trecho do discurso, como vemos noperodo: Contemplo as montanhas e fico maravilhada porque elas ainda esto vivas.C) 3 pessoa, como se pode comprovar pelo verbo acabar, no perodo: um mar que acaboutalhando com tanta poluio.D) 3 pessoa, por se tratar de um texto objetivo, destinado sua cerimnia de posse na AcademiaBrasileira de Letras, como se pode ver no trecho: O homem vai sobreviver e essa certeza me vemquando vejo o mar (...).

Leia o texto para responder questo.Linguagem e identidade culturalO que eu fao no meu diadia levant cedo, tir leite; levanto de madrugada (tem essa vantage!)cedo nis j sort as vaca, n. E o servio qeu fao mais pesado zel do meu gado; eu num gentomex com enxada, num gento nem amol uma foice, and longe eu num gento; eu sofro da coluna, n.Minha vida aqui na roa essa. (Francisco Gomes dos Santos, conhecido como Chiquim do Z Pedro).Fonte: LINHARES, Andrey Aparecido Caetano. Linguagem e identidade cultural. Revista da UFG, Goinia, v. 7, n.1, jun.2004. Disponvel em. Acesso em: 28 ago. 2008.A transcrio da fala de Francisco Gomes dos Santos, acima, registra, na lngua escrita,particularidades da linguagem oral. O pesquisador fez isso paraA) preservar ao mximo as caractersticas do modo de falar de seu entrevistado.B) evidenciar os erros de portugus mais comuns cometidos por parte da populao que no teveacesso escola.C) justificar as limitaes de linguagem evidentes na fala do entrevistado.D) alterar os padres vlidos de lngua escrita, pois, atualmente, a escrita pode ser realizadalivremente.

Leia o texto para responder questo.A moa tecelAcordava ainda no escuro, como se ouvisse o sol chegando atrs das beiradas da noite. E logosentava-se ao tear.Linha clara, para comear o dia. Delicado trao cor da luz, que ela ia passando entre os fiosestendidos, enquanto l fora a claridade da manh desenhava o horizonte.Depois ls mais vivas, quentes ls iam tecendo hora a hora, em longos tapetes que nuncaacabava.Se era forte demais o sol, e no jardim pendiam as ptalas, a moa colocava na lanadeira grossosfios cinzentos do algodo mais felpudo. Em breve, na penumbra trazida pelas nuvens, escolhia um fio deprata, que em pontos longos rebordava sobre o tecido. Leve, a chuva vinha cumpriment-la janela.Mas se durante muitos dias o vento e o frio brigavam com as folhas e espantavam os pssaros,bastava a moa tecer com seus belos fios dourados, para que o sol voltasse a acalmar a natureza.Assim, jogando a lanadeira de um lado para o outro e batendo os grandes pentes do tear para afrente e para trs, a moa passava seus dias.Nada lhe faltava. Na hora da fome tecia um lindo peixe, com cuidado de escamas. E eis que opeixe estava na mesa, pronto para ser comido. Se sede vinha, suave era a l cor de leite que entremeavao tapete. E noite, depois de lanar seu fio de escurido, dormia tranqila.Tecer era tudo o que fazia. Tecer era tudo o que queria fazer.Fonte: COLASANTI, Marina. A moa tecel. In: PARA gostar de ler: histrias de amor. So Paulo: tica, 1997. v. 22.Sobre a narrao dessa histria possvel afirmar queA) realizada de um modo neutro por um narrador observador que conhece em detalhes osmovimentos e as intenes da protagonista.B) realizada de um modo neutro por um narrador participante que conhece em detalhes osmovimentos e as intenes da protagonista.C) realizada de um modo invasivo por um narrador que emite juzos e opinies sobre osmovimentos e intenes da protagonista.D) realizada de um modo pessoal por um narrador participante que interpreta os movimentos eintenes da protagonista.

Leia o texto para responder questo.Leitores associam jornais a confiabilidade, diz pesquisaLevantamento foi divulgado no trmino do congresso da Associao Nacional de JornaisEstudo feito pelo instituto Ipsos-Marplan mostra que jornais so identificados com mais detalhamento eabrangncia de informaes da REPORTAGEM LOCAL.Pesquisa apresentada ontem no 7 Congresso Brasileiro de Jornais, promovido pela ANJ(Associao Nacional de Jornais), mostrou que temas como "confiabilidade" e "profundidade" esto notopo das qualidades identificadas pelos leitores de mdia impressa.Segundo a pesquisa, quanto mais rico o leitor, mais ele consome jornais. O veculo consideradotambm como um importante instrumento para o aperfeioamento profissional e educacional.A pesquisa envolveu oito diferentes grupos com jovens (de 18 a 24 anos) e adultos (de 25 a 50anos), alm de 13 entrevistas em profundidade com formadores de opinio (como historiadores e filsofos)e executivos de primeiro escalo de empresas.Um dos resultados mostra que 48% dos leitores de jornais tambm consultam a internet em buscade informaes. Entre os que se abastecem de notcias e informaes principalmente pela internet,apenas 5% costumam ler jornais (pelo menos duas vezes por semana). J os formadores de opinio lemdiariamente -na maioria dos casos, at trs ttulos diferentes.Do ponto de vista qualitativo, os jornais so identificados com "profundidade", "confiabilidade" e"detalhamento e abrangncia de informaes". Algo que, segundo a pesquisa, no encontrado nainternet.De acordo com estudos da Marplan/EGM, a penetrao do jornal na classe A de 78%; na B, de65%; na C, de 46%; na classe D, de 28%; e na E, de 18%.Fonte: LEITORES associam jornais a confiabilidade, diz pesquisa. Folha Online, So Paulo, 22 out. 2008. Disponvel em:. Acesso em: 20 ago. 2008.Podemos afirmar que as classes com menor poder aquisitivo lem menos jornal. Essa afirmaopode ser considerada verdadeira, de acordo com a notcia, porqueA) o jornal considerado um instrumento muito importante para o aperfeioamento profissional eeducacional dos cidados.B) um dos resultados mostra que 48% dos leitores de jornais tambm consultam a internet embusca de informaes.C) apenas 5% dos entrevistados costumam ler jornais (pelo menos duas vezes por semana).D) a penetrao do jornal na classe A de 78%; na B, de 65%; na C, de 46%; na classe D, de 28%; ena E, de 18%.

Leia o texto para responder questo.CHEGA DE BRONCADe grande utilidade as dicas sobre os "novos" points da rua Augusta ("A rua da balada", ed. de 21/7).Porm, um ponto que gostaria de comentar este: pelas ltimas cartas dos leitores, pude notar um nvelacentuado de "broncas/ reclamaes". De fato, isso faz parte do direito liberdade de expresso, contudo importante que os leitores do Folhateen estejam mais abertos, buscando compreender a pluralidade deopinies. Do contrrio, este espao ser um eterno posto de reclamaes, muitas vezes, desconexas.Mas friso: manifestar um protesto, desde que de forma prudente, extremamente salutar.GUILHERME MISSALI, 19, So Paulo, SPFonte: MISSALI, Guilherme. Chega de Bronca. Folha Online, So Paulo, 28 jul. 2008. Folhateen. Disponvel em:. Acesso em: 3 ago. 2008.A carta do leitor Guilherme Massali criticaA) a matria A rua da Balada (publicada na ed. de 21/07 do Folhateen) sobre os novos points darua Augusta.B) o ndice elevado de reclamaes observado na Folhateen, mas defende o direito de livreexpresso de seus leitores.C) a pluralidade de opinies dos leitores da Folhateen e o alto ndice de reclamaes publicadas.D) a falta de opinio de outros leitores do Folhateen sobre a matria A rua da Balada.

Leia o texto para responder questo.NegrinhaMonteiro LobatoNegrinha era uma pobre rf de sete anos. Preta? No; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruose olhos assustados.Nascera na senzala, de me escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros dacozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa no gostava de crianas.Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo naigreja e camarote de luxo reservado no cu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balano nasala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigrio, dando audincias, discutindo o tempo. Umavirtuosa senhora em suma dama de grandes virtudes apostlicas, esteio da religio e da moral, dizia oreverendo.tima, a dona Incia.Mas no admitia choro de criana. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. Viva sem filhos, no acalejara o choro da carne de sua carne, e por isso no suportava o choro da carne alheia. Assim, malvagia, longe, na cozinha, a triste criana, gritava logo nervosa: Quem a peste que est chorando a?Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O pilo? O forno? A me da criminosa abafava aboquinha da filha e afastava-se com ela para os fundos do quintal, torcendo-lhe em caminho belisces dedesespero. Cale a boca, diabo!No entanto, aquele choro nunca vinha sem razo. Fome quase sempre, ou frio, desses queentanguem ps e mos e fazem-nos doe... (...)Fonte: LOBATO, Monteiro. Negrinha. So Paulo: Globo, 2008. Disponvel em:. Acesso em: 15 jan. 2008.O uso da expresso Entaladas as banhas no trono pelo narrador provoca um efeito de ironiaporqueA) descreve um momento em que a personagem ficou entalada em sua cadeira de balano.B) enaltece o poder da personagem valorizando sua gordura e comparando-a a um membro darealeza cujo trono uma cadeira de balano.C) descreve uma personagem rica, mas que a gordura a tornava profundamente infeliz.D) enaltece a personagem que possua camarote de luxo no cu, mas sentava-se numa cadeirade balano.

Leia o texto para responder questo.Quando o Sr. Milton Campos foi governador de Minas, teve como secretrio o Sr. Pedro Aleixo. Osbelo-horizontinos contam que, quando algum ia pedir ao Dr. Milton qualquer coisa ou reclamar algumaprovidncia, S. Ex.a ficava muito srio, batia no ombro do postulante e dizia-lhe:- Muito bem, mas preciso falar com o Pedro, primeiro.Ou ento:- No poderei atend-lo sem falar com o Pedro, primeiro.O Dr. Milton quase foi eleito vice-presidente da Repblica. Tirou um honroso segundo lugar(plac).Se esse homem chegasse presidncia da Repblica, estaramos, no mnimo, com a monarquiarestaurada no Brasil, pois os brasileiros que pretendessem realizar qualquer empreendimento teriam defalar, no duro, com Pedro, primeiro.Fonte: TORELLI, Aparcio (Baro de Itarar). Mximas e mnimas do Baro de Itarar. 2 ed. Rio de Janeiro: Record,1986.No texto do Baro de Itarar, acima transcrito, o autor explora o uso da pontuao para produzir umdeterminado efeito. A leitura do texto permite afirmar queA) na expresso Pedro, primeiro, o uso da vrgula permite ao autor confundir Pedro Aleixo comD. Pedro I, residindo a um efeito humorstico.B) os parnteses e as aspas usadas na palavra plac no conferem ao texto qualquer sentidoirnico.C) o efeito humorstico no texto produzido pelo uso do travesso no dilogo entre MiltonCampos e algum, no identificado no texto.D) a pontuao no colabora em nada para que o texto tenha efeito cmico, devendo-se esseefeito unicamente ao talento do Baro.

Fonte: ETANOL, uma atitude inteligente. Veja, So Paulo, n. 2074, p.14-15, 20 ago. 2008.Na resposta pergunta que abre a propaganda institucional optou-se por utilizar uma linguagemmais informal (Nada, porque a gente produz aqui.) em vez de se empregar aquela mais prxima dopadro culto da ln