apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 35

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«Camões e a tença»(cantado por José Mário Branco)

Irás ao Paço. Irás pedir que a tençaSeja paga na data combinada. Este país te mata lentamente País que tu chamaste e não respondePaís que tu nomeias e não nasce

Em tua perdição se conjuraramCalúnias desamor inveja ardenteE sempre os inimigos sobejaramA quem ousou seu ser inteiramente mais ser que a outra gente

E aqueles que invocaste não te viram Porque estavam curvados e dobrados Pela paciência cuja mão de cinzaTinha apagado os olhos no seu rosto

Irás ao Paço irás pacientementePois não te pedem canto mas paciência

Este país te mata lentamente

Vocativo | Pessoa verbal | Pronomes/Determinantes | Formas verbais

Campo | 2.ª singular | te | estendes

Ovelhas | 2.ª plural | vosso, vos | tendes, mantendes

Gado | 2.ª plural | vosso | paceis, entendeis, comeis

-endes A-ela B-ela B-endes A-endes A-ão C-anças D-ão C

O esquema rimático de cada oitava é (escolhe uma delas; o esquema é igual): A B B A A C D C.

Entre os versos 2 e 3 há rima emparelhada, tal como entre os versos 4 e 5. Os versos 1 e 4 fazem rima interpolada, já que entre eles há a tal parelha consti-tuída pelos versos 2 e 3. As rimas em -ão (no antepenúltimo e no último versos de ambas as oitavas) exemplificam a rima cruzada. Há ainda um verso solto, ou branco, que é o sétimo.

«Verdes são os campos»(cantado por José Afonso)

Verdes são os camposda cor de limão;assi são os olhosdo meu coração.

Campo, que te estendescom verdura bela;ovelhas, que nelavosso pasto tendes;d’ervas vos mantendesque traz o verão,e eu das lembrançasdo meu coração.

Gado, que paceis,co contentamentovosso mantimentonão o entendeis:isso que comeisnão são ervas, não:são graças dos olhosdo meu coração.

d’ervas vos mantendesque traz o verão,e eu das lembrançasdo meu coração.

Verdes são os camposda cor de limão;assi são os olhosdo meu coração.

Campo, que te estendescom verdura bela;ovelhas, que nelavosso pasto tendes;d’ervas vos mantendesque traz o verão,e eu das lembrançasdo meu coração.

Gado, que paceis,co contentamentovosso mantimentonão o entendeis:isso que comeisnão são ervas, não:são graças dos olhosdo meu coração.

Vai copiando os versos de «Endechas a Bárbara escrava» (p. 167), mas acrescentando em cada verso a(s) palavra(s) suficiente(s) para transformar estas endechas, que estão em redondilha menor (versos pentassilábicos), em versos de redondilha maior (heptassilábicos). A rima manter-se-á, pelo que deves intervir apenas no início ou no meio de cada verso.

«Aquela cativa» (p. 167)

redondilha menor (pentassílabo) > redondilha maior (heptassílabo)

Aquela | be | la | cativa,que me tem | de | si | cativo,porque nela eu | es | tou | vivojá não quer que as | sim | eu | viva. | Po | rém, | eu nunca vi rosa, | e | mes | mo em suaves molhos,que para meus | frá | geis | olhos fosse mais | lin | da e | formosa.

«Endechas a Bárbara escrava»(cantadas por Sérgio Godinho)

Aquela cativa,que me tem cativoporque nela vivojá não quer que viva.Eu nunca vi rosaem suaves molhos,que para meus olhos fosse mais formosa.

Nem no campo flores,nem no céu estrelas,me parecem belascomo os meus amores.Rosto singular,olhos sossegados,pretos e cansados,mas não de matar.

Uma graça viva,que neles lhe mora,para ser senhorade quem é cativa.Pretos os cabelos,onde o povo vãoperde opiniãoque os louros são belos.

Pretidão de Amor,tão doce a figura,que a neve lhe juraque trocara a cor.Leda mansidãoque o siso acompanha;bem parece estranha,mas bárbora não.

Presença serenaque a tormenta amansa;nela enfim descansatoda a minha pena.Esta é a cativaque me tem cativo,e, pois nela vivo,é força que viva.

Nem no campo flores,nem no céu estrelas,me parecem belascomo os meus amores.Rosto singular,olhos sossegados,pretos e cansados,mas não de matar.

TPC — No teu ficheiro com o conto, lança as correções que fiz à versão agora devolvida (traz-me depois ambas, para eu verificar se emendaste tudo bem).

Os que só hoje me deram os textos só farão este tepecê depois.

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