alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

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Universidade Paulista – UNIP Programa de Doutorado em Comunicação Recodificações Tecnológicas na Comunicação Visual Prof.ª Dr.ª Solange Wajnman ALZHEIMER DIGITAL REFLEXÕES SOBRE O PARADIGMA DE UM UNIVERSO DIGITAL DOUTORANDO: TEDER MUNIZ MORÁS SÃO PAULO, 27 NOV 2013

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Este material exercita uma reflexão sobre as inovações tecnológicas e como essas implicam mudanças não somente dos suportes materiais, mas da própria sociedade que é obrigada a interagir com essas transformações. Diante de uma produção virtual cada vez maior e a sua imaterialidade colocam-se questões decorrentes desse cenário digital: o descarte, a falta de registro, e principalmente a ausência efetiva de guarda. Para esses problemas buscamos respostas que possam auxiliar a gestão desse conteúdo imaterial, melhor compreensão da mudança comportamental dos produtores desse conteúdo e principalmente o desafio em preservar aquilo que nos representa e registra nossa história sem gerar um monstruoso arquivo de lixo cibernético. Diante dessa temática, este estudo busca evidenciar as mudanças ocorridas em face da adoção da tecnologia digital. Como objeto de estudo escolhemos a TV Cultura de São Paulo. Temos como princípio norteador a premissa de Gumbrecht (2010) que consiste em considerar que a materialidade do meio de transmissão influencia e até certo ponto determina a estruturação da mensagem comunicacional e as consequências da imaterialidade em fluxos digitais. Ao mesmo tempo, inserir a relação dos novos dispositivos tecnológicos com os seus usuários, as condições históricas e materiais com a própria materialidade do objeto (conteúdo produzido).

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Universidade Paulista – UNIP

Programa de Doutorado em Comunicação

Recodificações Tecnológicas na

Comunicação Visual

Prof.ª Dr.ª Solange Wajnman

ALZHEIMER DIGITAL

REFLEXÕES SOBRE O PARADIGMA DE UM UNIVERSO DIGITAL

DOUTORANDO: TEDER MUNIZ MORÁS

SÃO PAULO, 27 NOV 2013

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Uma das principais consequências da invenção da prensa

tipográfica foi ampliar as oportunidades de carreira aberta aos letrados.

O aumento do número de estudantes no século XVI e início do XVIII

resultou em parte da nova função da universidade como

instituição de treinamento para o clero das paróquias, e também

da crescente demanda dos governos por funcionários formados

em direito.

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

A difusão da informação – controlar a informação não era fácil.

Embora os arquivos não fossem abertos a todos, era possível obter acesso a eles por razões particulares. Os governos às vezes

precisam tornar públicas informações para seus próprios propósitos.

Jornais oficiais como a Gazette de Paris apresentavam notícias

selecionadas.

Uma das razões para se afirmar que vivemos numa sociedade da

informação é que a produção e venda de informações contribui de maneira considerável para as economias mais desenvolvidas.

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

No renascimento, as disputas sobre plágio eram cada vez mais comuns, a despeito (ou em função) da dificuldade de definir a propriedade intelectual. Os humanistas da época regularmente se acusavam de “roubo”, os próprios implicados afirmando que não praticavam senão “imitação” criativa.

O nascimento da propriedade intelectual. Do final da idade média em diante, assistimos à ênfase crescente na exploração do conhecimento para o ganho e na necessidade de proteger os segredos do oficio como “propriedade intelectual valiosa”. O primeiro direito autoral registrado de um livro foi concedido ao humanista Marcantonio Sabellico, em 1486, por sua história de Veneza.

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Comércio e informação. O comércio, assim como a indústria, dependia do que alguma vez foi chamado de “busca da informação que nos falta e proteção da informação que temos”. No século XVI, as cartas para casa escritas das mais importantes cidades comerciais da Europa e da Ásia por membros das famílias de comerciantes de Genova, Veneza, Florença e outras cidades constituíam “banco de dados” virtuais.

A informação e a VOC (Vereenigte Ost-Indische Compagnie). Um ótimo exemplo da consciência do valor comercial da informação nesse período bem da história da Companhia das Índias Orientais holandesa, conhecida como VOC. A VOC foi descrita com uma “multinacional”, com requisitos de informação não muito diferentes dos de um império. O que era mais notável no sistema de informações da VOC era a importância que dava aos relatórios regulares.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

A impressão e o comércio do conhecimento – A aquisição de conhecimento sobre assuntos comerciais foi obviamente reforçado pela impressão. Informações comerciais de tipo mais confidencial também chegavam a ser impressas, com ou sem autorização. A própria publicação de livros era um negócio que atraia o interesse de mais negociantes que já ajudavam a financeiras impressores no século XV.

Jornais e revistas – Os periódicos em particular, por exemplo o Journal Étranger, dependiam de assinaturas. Embora os panfletos sobre eventos da atualidade já fossem comuns no século XVI, os jornais e revistas, que começaram a ser publicados depois de 1600, são os gêneros literários que melhor ilustram a comercialização da informação. As notícias já eram vistas como mercadorias no século XVII.

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Surgimento das obras de referência – O problema de encontrar a informação quando necessário, a “recuperação da informação” como hoje é chamada, é antigo. Os livros tornaram muitos aspectos da informação mais fáceis de encontrar, desde que se tivesse antes encontrado o livro certo. O surgimento da resenha de livros no final do século XVII foi uma resposta a um problema que era cada vez mais agudo. Entre os livros de maior sucesso estavam o dicionário histórico do padre Louis Moréri (com 24 edições em francês e 16 em traduções entre 1674 e 1759). A proliferação também levou à especialização. A bibliografia, por exemplo, começou com o objetivo universal, pelo menos no campo da cultura e em Latim. Seguiram-se as bibliografias nacionais, como a Bibliothéque française (1584), de La Croix du Maine. Pouco mais tarde, princípio do século XVII, vieram as bibliografias por assunto, usando categorias como teologia, direito, medicina, história e política.

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Aquisição do conhecimento: a parte do leitor. No campo do conhecimento, o consumo individual é relativamente bem

documentado. Inventários de bens muitas vezes arrolam o

conteúdo de bibliotecas, título por título. Bibliotecas públicas se

multiplicavam no período, assim como o número de usuários e o de

livros disponíveis nas estantes. Em 1648, por exemplo, entre 80 e 100

estudiosos frequentavam regularmente a Biblioteca Mazarina em

Paris.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Leitura e recepção. Como é óbvio, a aquisição do conhecimento depende não só da possibilidade de acesso e acervos de informação, mas também da inteligência, pressupostos e práticas individuais.

A leitura intensiva era incentivada nas escolas e universidades, onde grande familiaridade com certos textos de Aristóteles, Cícero, a Bíblia e Corpus do Direito Romano às vezes era exigida dos estudantes.

Os “lugares” incluíam conceitos como comparações e oposições, que ajudavam o leitor a organizar a informação e recuperá-la quando necessária.

A abordagem retórico-moral incorporada nos livros lugares-comuns e ensinada nas escolas e universidades influenciou os modos de ler nos primórdios da Europa moderna e pode ser utilizada para reconstruir esses modos.

O estudo da história era em geral justificado por motivos morais. Leitores de Tito Lívio, Tácito ou Guicciardini deviam procurar exemplos morais, bons exemplos a seguir e maus exemplos evitar. A história era também lida tendo em mente os preceitos da retórica.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Obras de referência. Se os livros de lugares-comuns incentivavam a leitura intensiva, seu oposto complementar, a leitura extensiva, era estimulada pelo florescimento o das obras de referência.

Ordem alfabética. A ordem alfabética aparecera no século XI, numa enciclopédia bizantina conhecida como “Suidas”. Índices desse tipo eram usados pelos cistercianos e outros no século XIII. A ordem alfabética ficou cada vez mais comum no decorrer do século XVIII. Thomas James, bibliotecário da Bodleian de Oxford, pretendia que o catálogo da biblioteca, publicado em 1605, fosse organizado em ordem alfabética, embora seu fundador, Sir Thomas Bodley, insistisse na tradicional distribuição por disciplinas. O conflito entre os dois sistemas mostra bem os problemas levantados pela apresentação da história do conhecimento como uma história de progresso. A mudança do sistema temático para sistema alfabético não é uma mera mudança de menor para maior eficiência. Ela pode refletir uma mudança na visão do mundo, uma perda da fé na correspondência entre o mundo e a palavra. Também corresponde a uma mudança na maneira de ler.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Auxilio à pesquisa histórica. Em 1450, nosso estudioso teria que depender inteiramente de fontes manuscritas. Cem anos mais

tarde, poderia consultar algumas obras de referência. Em 1750,

desde que tivesse acesso a uma biblioteca de porte razoável,

nosso estudioso poderia toda uma estante de cronologias.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

De Montaigne a Montesquieu. Quando Montaigne se retirou para sua propriedade no campo, para pensar e escrever assegurou-se ter espaço para acomodar seus livros. Sabe-se que utilizou apenas 271 livros. Embora mostrasse desprezo pelo que chamava de “amontoados de lugares-comuns”, é provável que mantivesse um livro de lugares-comuns.

Os estudos mais sistemáticos de Montesquieu se baseiam na maior quantidade de livros disponíveis em sua época. A biblioteca de sua casa de campo em La Brède continha aproximadamente 3 mil volumes.

Sem ignorar nem superficializar as idiossincrasias ou a originalidade de Montaigne e de Montesquieu, é possível argumentar que o contraste entre esses vizinhos é, entre outras coisas, um contraste entre as maneiras de ler nos séculos XVI e XVII. A maneira de Montaigne era intensiva, permitindo-lhe citar passagens de memória, e centrada em exemplos morais. Montesquieu, ao contrário, muitas vezes folheava os livros sem lê-los até o fim, e o fazia com a atenção voltada para os fatos e para as estatísticas.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

O gerenciamento da informação para o setor empresarial se tornou em si mesmo um segmento empresarial de sucesso. [...] Os

historiadores também tem adquirido consciência mais clara de seu

lugar na história. Quanto aos cientistas, Tim Berners-Lee se referiu ao

surgimento da informação sobre a informação como o “início do

novo Iluminismo”.

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Como empreendimento organizado, a sociologia do conhecimento remonta ao começo do século XX. Mais

exatamente, pelo menos três empreendimentos semelhantes

tiveram início em três países diferentes: França, Alemanha e Estados

Unidos. Por que teria surgido uma preocupação especial com a

relação entre conhecimento e sociedade nesses três países em

particular é um problema interessante para a própria sociologia do

conhecimento.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Aquisição do conhecimento de outras culturas. Em termos gerais, os europeus educados obtinham seu conhecimento do mundo exterior à Europa de um conjunto relativamente pequenos de livros: González de Mendonza sobre a China, López de Gómara sobre o México e Jean de Léry sobre o Brasil, pelo jesuíta Matteo Ricci sobre a China, Luis Frois sobre o Japão, África por Leo, Africano (Hassam al-Wazzân), mulçumano que raptado por piratas e levado a Roma, e do Congo, por Duarte Lopes. Sobre o Império Otomano, temido por todos, por Ogier Ghiselin de Busbecq, conjunto que mudou gradativamente ao longo do período, a seguir: Descrição da China(1735), pelo jesuíta francês Jean-Baptiste du Halde, Japão, por Engelbert Kaempfer, África, pelo missionário Jerônimo Lobo, América do Sul, principalmente Brasil, Voltaire, Charles-Marie de La Condamine e William Robertson, dentro outros.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

A Confiança e a Desconfiança no conhecimento: uma Coda (término de um período ou época/embate). A confiabilidade do conhecimento não pode ser tomada como certa. E diferentes culturas e em diferentes períodos, os critérios de confiabilidade variam e mudam. Uma das tendências intelectuais mais importantes nos primórdios da Europa moderno foi a ascensão de diversos tipos de ceticismo em relação à pretensão do conhecimento. Num nível mais genérico, havia considerável interesse pelo ceticismo filosófico ou “pirronismo”, assim denominado em referência ao filósofo grego Pirro. As obra de Pirro ser perderam, como as de outros céticos, como Carnéades. Mas um resumo de suas posições foi apresentado num texto grego posterior, os Esboços (Hypotyposes) de Sextus Empiricus, afirmando, diante da diversidade de pontos de vista, que se devia suspender o julgamento sobre todas as pretensões ao conhecimento que fossem além das aparências.

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

Ceticismo pragmático. Esse movimento dos filósofos foi acompanhado por uma ascensão gradual do ceticismo pratico ou pragmático que provavelmente afetou muito mais gente a longo prazo. A autoridade dos antigos, especialmente de Aristóteles, era criticada e também a própria noção de “autoridade” intelectual nas universidades e fora delas.

Havia ou não uma crise de consciência ao final do século XVII, havia certamente uma consciência de crise. Filósofos e outros procuravam uma solução para o problema do conhecimento e encontravam duas possiblidades, dois métodos.

O significado das crises consiste exatamente no fato de que indicam que é chegada a ocasião para renovar instrumentos (KUHN, 2000).

A transição de um paradigma em crise para um novo, do qual pode surgir uma nova tradição de ciência normal, está longe de ser um processo cumulativo obtido através de uma articulação do velho paradigma. E antes uma reconstrução que altera algumas das generalizações teóricas mais elementares do paradigma, bem como muitos de seus métodos e aplicações. (KUHN, 2000).

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De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

O método geométrico. O método geométrico, associado a René Descartes, já tinha encontrado a solução para sua própria crise

cética por meio dele, como conta em seu Discurso do método

(1637), deduzindo seu sistema intelectual de um número mínimo de

axiomas (verdades inquestionáveis universalmente válidas, muitas

vezes utilizadas como princípios na construção de uma teoria ou

como base para uma argumentação).

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

O Surgimento do empirismo. Ao lado do método geométrico,

houve outras tentativas de escapar à crise intelectual. Pode parecer estranho apresentar o empirismo como uma reação ao

ceticismo, em outras palavras como uma invenção ou descoberta

que teve lugar num período particular. No que diz respeito à

epistemologia, porém, os empíricos eram levados menos a sério do

que Aristóteles. A partir do século XVI, por outro lado, começou a

ser atribuído maior peso ao conhecimento dos particulares ou

detalhes (congitio singularium) em vários domínios intelectuais, da

medicina à história, e isso por parte de filósofos como Bacon e Locke, O próprio “empirismo” recebeu esse nome no século XVIII.

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Uma História Social do Conhecimento –

De Gutenberg a Diderot, por Peter Burke

A nota de pé de página. O objetivo principal dessa prática era facilitar uma retorno às “fontes”, seguindo o princípio de que a

informação, como a água, era mais pura quanto mais próxima

estivesse da fonte. A nota histórica, como a descrição detalhada

de um experimento, pretendia permitir que o leitor pudesse repetir

a experiência do autor se assim o desejasse.

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

Capitalismo é um sistema socioeconômico em que os meios de

produção são propriedades privadas de uma classe social em

contraposição à outra classe de trabalhadores não proprietários.

(SINGER, 1987).

[...] compreender o capitalismo como categoria histórica implica

viabilizá-lo não apenas como um período histórico ou uma ordem

econômica distinta. É preciso considerá-lo em sua condição de categoria histórica, social e econômica, como um modo de

produção associado a um sistema de ideias e a uma fase histórica

(MARTINELLI, 1997).

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

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Apesar do capitalismo ser a forma de organizar a economia na

sociedade, temos elementos negativos que o caracterizam:

1) Acumulação permanente de capital;

2) A distribuição desigual de riqueza;

3) O papel desempenhado pelo dinheiro e pelos mercados financeiros;

4) A concorrência, embora modificada pela concentração monopolística.

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital Produção e acumulação. O homem transforma-se em um escravo do

tempo, submetido a leis abstratas e dominado pelo mundo das coisas. Em 1947, guerrilheiros comunistas ameaçavam tomar parte da Grécia. Os Estados Unidos enviaram ajuda ao governo grego e à Turquia, para impedir a influência soviética na região. O Secretário de Estado, George Marshall, anunciou que os Estados Unidos ajudariam economicamente os europeus para reerguer a Europa e barrar o avanço do comunismo. O plano Marshall beneficiou também os Estados Unidos, pelo fato de fornecer bens de consumo e equipamentos à Europa Ocidental. Também criou uma integração econômica.

Neste contexto, tem-se o autofinanciamento dos grupos monopolistas para garantir a fixação desse sistema. A classe trabalhadora é diretamente atingida, refletindo sua significativa exploração pela burguesia.

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital É no contexto da emergência do monopolismo que se efetiva a

questão social quando os trabalhadores começam a contestar a realidade em que estão submetidos, ou seja, neste processo de

desenvolvimento do capitalismo, é o momento em que se aguça a

questão social, no âmbito do projeto societário proletário. E após a

Segunda Guerra Mundial se efetiva uma questão social menos

politizada no contexto da social democracia e do welfare state

(estado do bem-estar social).

O Estado não está fora do conjunto da sociedade, mas se expressa

no antagonismo social, pois é produto dessa mesma sociedade. “O

Estado se funda na contradição entre o público e a vida privada,

entre o interesse geral e o particular”. (OLIVEIRA, 1985 apud SILVA,

1992, p.33)

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital O que é que nos distingue, seres humanos do século XXI, do

homem das cavernas?

Segundo Tornero (2007), esta questão pode fazer sentido, se desviarmos

para a pré-história o contexto desta quando se refere à sociedade da era

digital: “atualmente, a esfera pública encontra-se obrigada a mediações

icônicas, gestuais, visuais, espaciais. Adaptando a noção de esfera

pública, que na era pré-histórica era circunscrita a uma pequena

comunidade, o homem das cavernas, à sua escala, também estava

rodeado de mediações icônicas (colares, vestes, pinturas na pele),

gestuais (comunicação), visuais (gravuras e pinturas na pedra) e espaciais

(o espaço da caça, do acesso à água, o desconhecido)”.

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

Continuando com a caracterização da era digital, Tornero refere que “A digitalização da imagem abre caminho à consolidação de um tipo de escrita que desenvolverá as mesmas funções que a escrita alfabética desempenhou, um dia, em relação à linguagem verbal. A imagem do que há muito sucedeu com esta escrita, a digitalização funcionará como ferramenta para segmentar o continuum da representação, para pôr em destaque as suas estruturas – perceptivas, em grande medida -, para potenciar o modelo de mediação associado à transmissão de imagens icônicas – tal como, outrora, a escrita possibilitou a mediação do livro. Cumprirá, igualmente, a função de alargar uma nova competência comunicativa que relocalizará a competência textual até agora dominante. Ou seja, após as possibilidades da escrita, a civilização caminha de novo para a comunicação visual/icônica, tal como os nossos antepassados comunicaram através das pinturas nas paredes. A diferença, é que agora as imagens são feitas de pixeis e podem ter movimento”.

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

Continuando com a alegoria do homem das cavernas, vou ao encontro da metáfora da caverna de Platão. Será que a parede da caverna onde as sombras da realidade são projetadas, passou a ser a tela dos computadores e das televisões? Será que somos os prisioneiros agrilhoados que julgamos ver a verdade através das telas?

A questão surge, igualmente, em resposta ao enorme deslumbramento que a web e as tecnologias digitais provocam, patente em muitos textos, livros, autores, pedagogos.

A internet e as tecnologias digitais estão a mudar o mundo, tal e qual como um pedaço de pedra lascada também mudou o mundo há milhares de anos atrás. Nesta evolução, contudo, os problemas do mundo continuam.

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

A era digital catapulta a comunicação para níveis espetaculares e,

sim, deslumbremo-nos com o espetáculo, tal como os nossos

antepassados se deslumbraram com um pedaço de pedra

lascada. É esse deslumbramento que nos permite explorar as

capacidades dos artefatos.

No entanto, é necessário que seja um deslumbramento refletido

pois, em tudo, há sempre dois lados a considerar, como uma faca de dois gumes: recuando na sucessão de invenções, não podemos

considerar que a bomba atômica também teve origem nesse

pedaço de pedra lascada.

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

As necessidades de expansão histórica do capital, já nos séculos XV

e XVI, vão estabelecer um ambiente favorável ao aparecimento

de práticas científicas nos meios intelectuais do Renascimento;

mas, vai ser só em finais do século XVIII que a acumulação de

conhecimentos tecnológicos, produto da pesquisa empírica

orientada a inventar dispositivos de interconexão social, alcançou

configurações de abrangência social considerável. (MATTERLART,

2002).

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

As redes de caminhos, de telégrafos, de cabos submarinos, de

circulação de jornais e impressos constituíram-se nos primeiros

sistemas de base da informação durante o século XIX. É curioso

constatar como, no último quarto desse século, as invenções

tecnologias floresceram na linha comunicacional: rádio, cinema,

telefone vão ser tecnologias de base para a futura constituição

midiática das redes audiovisuais, dos sistemas de

telecomunicações e das indústrias cinematográficas

(MALDONADO, 2002).

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

O fato é que, durante um pouco mais de duzentos anos, construiu-

se um complexo de sistemas, redes, ambientes e cenários

destinados ao transporte de informação e à dinamização de

processos comunicacionais atravessados de auxiliares

eletroeletrônicos. (SANTOS, 1994).

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital Haraway sugere, não dever ser pelo regresso a alguma suposta

origem na qual o homem se restaure como entidade unitária e singular. E na aceitação da identidade fragmentada, na

apropriação do conhecimento acerca das pesquisas de ponta, na

familiarização com os artefatos informáticos, na composição de

alianças com outros indivíduos também colocados em situação de

desvantagem, enfim, seria da compreensão e tomada de possa de

nossa condição de ciborgues de desestabilizar as relações de

domínio e sujeição vigentes. (HARAWAY, 2000).

Todas as descobertas cientificas causaram mudanças de

paradigmas ou contribuíram para tanto. Além disso as mudanças

nas quais descobertas estiveram implicadas foram, todas elas,

tanto construtivas como destrutivas”. (KUHN, 2000).

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Page 33: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

A mudança de forma perceptiva (Gestalt), sobre tudo por ser atualmente tão familiar, é um protótipo elementar útil para o exame do que ocorre durante uma mudança total de paradigma. (KUHN, 2000).

A tecnociencia, com seus investimento financeiros milionários e todas as formas de exclusão que o acesso e as barreiras do capital são capazes de estabelecer, não está ai a serviço do cuidado: esta ai a serviço da reinvenção. Conectado ou desconectando corpos e populações dos dispositivos informáticos, ela faz emergir novas modalidades de prazer e, mais do que isso, de prestação e es sensação de segurança. (HARAWAY, 2000).

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

A nova mudança de camada, será considerada como virada reflexiva dos pecados sociais, portanto como “ensimesmamento”. (FLUSSER, 2008).

Partindo das imagens técnicas atuais, podemos reconhecer nelas duas tendências básicas diferentes. Uma indica o rumo da sociedade totalitária, centralmente programada, dos receptores das imagens e dos funcionários das imagens; a outra indica o rumo para a sociedade telemática dialogante dos criadores das imagens e dos colecionadores das imagens. As duas forma de sociedade parecem fantásticas para nós, embora a primeira utopia tenha características negativas, a segunda positivas. Hoje, sem dúvida, ainda temos liberdade de pôr em questão esta avaliação. Mas o que não podemos questionar mais é o domínio das imagens técnicas na sociedade futura. (FLUSSER, 2008).

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital O mundo não se apresenta mais enquanto linha, processo,

acontecimento, mas enquanto plano, cena, contexto – como era o caso na pré-história e como ainda é o caso iletrados. (FLUSSER, 2008).

As imagens técnicas não ocupam o mesmo nível ontológico das imagens tradicionais, porque são fenômenos sem paralelo no passado. As imagens tradicionais são superfícies abstraídas de volumes, enquanto as imagens técnicas são superfícies construídas de pontos. (FLUSSER, 2008).

[...] Tudo isto (imagens técnicas) se dá com a velocidade da luz, isto é, “imediatamente”. As imagens aparecem como relâmpago e como relâmpago desaparecem. No entanto, são “eternas”, porque guardas em memórias, e também recuperáveis “imediatamente”. (FLUSSER, 2008).

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ALZHEIMER DIGITALReflexões sobre o paradigma de um universo

digital

Da teoria à pratica...

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Materialidade e memória 37

Page 38: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

Materialidade e memória audiovisual 38

Page 39: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

Aliás as futuras gerações jamais saberão

a relação entre dois objetivos...

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40

Em cada época, as linguagens são

determinadas, em grande parte, pelos

recursos técnicos disponíveis (Roberto

Elísio dos Santos, 2009).

Page 41: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

Mudança de paradigma 41

Page 42: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

42

A ruptura tecnológica determinou

mudanças fundamentais no

comportamento da sociedade (Fredric

Jameson, 1996).

Page 43: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

Nossa memória nas nuvens 43

Page 44: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

44A criação e o uso de

tecnologias são processos

sociais. É preciso cuidado

com o pensamento

enviesado pelo determinismo

tecnológico, que nos leva a

raciocinar em termos de uma

suposta “neutralidade da

técnica” e a concentrar

esforços em estudar seus

“impactos” na sociedade

(Albino Ruim, 2005).

Page 45: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

Produção de informação 45

Page 46: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

Produção de informação 46

Segundo Índice Cisco® Global Cloud, publicado em Out 2013, o

tráfego em nuvem chegará a 4,3 zetabytes até 2016.

Para contextualizar, 4,3 zetabytes equivalem a:

• 92 trilhões de horas de música,

• 16 trilhões de horas de conferências de negócios na web,

• 7 trilhões de horas de transmissão de vídeo online em alta definição

(HD).

• Obs.: 1 ZB = 1. 000 000 000 000 000 000 000 (21 zeros) ou 1 Bilhão de TR.

Page 47: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

Imaterialidade e identidade 47

Page 48: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

48

A informação dever ser

ordenada, estruturada ou

contida de alguma forma, senão

permanecerá amorfa e

inutilizável, daí a importância na

gestão da informação e garantir

seu tratamento bibliográfico,

guarda e recuperação (Kevin

McGarry, 1999).

Page 49: Alzheimer digital reflexões sobre o paradigma de um universo digital

Alzheimer digital 49

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50Qualquer contato humano

com as coisas do mundo

contém um componente de

sentido e um componente

de presença, e que a

situação da experiência

estética é específica na

medida em que nos permite

viver esses dois componentes

em sua tensão (Hans Ulrich

Gumbrecht, 2010).

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“[...] Estamos numa época de grandes

transformações, e todos nós temos três

opções: temê-las, ignorá-las ou aceita-las”

(Mark Warshaw, 2008), prefácio de Cultura da

Convergência de Henry Jenkins.

51

Obrigado,

[email protected]

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