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PUB Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4666 • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014 10 PATACAS Pág. 7 Pág. 9 Licenças sem vencimento encaradas como “alerta” para trabalhadores do Jogo CCAC arquivou queixa de activistas contra actuação da PSP em manifestação Reforçada prevenção contra gripe aviária A RAEM activou o mecanismo de contingência e adoptou me- didas preventivas contra a gri- pe aviria H7N9, após ter sido reportado um caso de infecção humana em Hong Kong. Pág. 6 Chui Sai On defende escolha de Li Canfeng Chui Sai On atribuiu ao Secretrio Raimundo do Ros- rio a escolha de Li Canfeng para a DSSOPT, mas sublinhou que o novo responsvel não foi argui- do no caso Ao Man Long. Pág. 4 Preços e rendas das casas podem cair até 20% Pág. 5 FOTO JTM FOTO JTM Sands garante licenças para concluir “Parisian” A Sands China recebeu “luz ver- de” do Governo para retomar a construção do “Parisian Ma- cau”, depois de as obras terem sido embargadas no início de Junho. Pág. 8 Prioridade à reforma dos serviços públicos Poucos dias depois de terem formalmente iniciado funções, os novos Secretrios apresentaram algumas das prioridades do mandato. A reestruturação dos serviços públicos, a uni- formização dos contratos e das carreiras dos funcionrios públicos são as prioridades da Secretria para a Adminis- tração e Justiça, Sónia Chan. Alexis Tam, por seu turno, pro- mete aumentar a eficcia na resposta s interpelaçes dos deputados, exigindo que os departamentos da sua tutela apresentem respostas em dois dias. Pág. 3 “Tragédia” de 2004 recordada na Ásia Sobreviventes do tsunami de 2004 na sia e familiares dos 226 mil mortos na tragdia recorda- ram o dcimo aniversrio do desastre, cuja marca na região ainda visível. Centrais Retomadas hoje buscas por avião da AirAsia As buscas para encontrar o avião da AirAsia que desa- pareceu ontem entre a Indo- nsia e Singapura, com 162 pessoas a bordo, foram sus- pensas durante a noite e de- verão ser retomadas hoje de manhã. O Airbus 320-200 da companhia area malaia de baixo custo desapareceu de- pois do piloto ter pedido para fazer um desvio no plano de voo devido s ms condiçes meteorológicas. Mais de cem familiares e amigos dos pas- sageiros aguardaram ontem em vão por informações no aeroporto internacional de Juanda, enquanto o patrão da AirAsia admitia estar a viver o seu “pior pesadelo” (ver úl- tima pgina). Pág. 4 Xi Jinping pede “mais atenção” a problemas sociais

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    Administrador José Rocha Dinis • Director Sérgio Terra • Nº 4666 • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014 10 PATACAS

    Pág. 7 Pág. 9

    Licenças sem vencimento encaradas como “alerta”para trabalhadores do Jogo

    CCAC arquivou queixa de activistas contra actuaçãoda PSP em manifestação

    Reforçada prevençãocontra gripe aviáriaA RAEM activou o mecanismo de contingência e adoptou me-didas preventivas contra a gri-pe aviária H7N9, após ter sido reportado um caso de infecção humana em Hong Kong. Pág. 6

    Chui Sai On defendeescolha de Li CanfengChui Sai On atribuiu ao Secretário Raimundo do Rosá-rio a escolha de Li Canfeng para a DSSOPT, mas sublinhou que o novo responsável não foi argui-do no caso Ao Man Long. Pág. 4

    Preços e rendas das casas podem cair até 20% Pág. 5

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    Sands garante licençaspara concluir “Parisian”A Sands China recebeu “luz ver-de” do Governo para retomar a construção do “Parisian Ma-cau”, depois de as obras terem sido embargadas no início de Junho. Pág. 8

    Prioridade à reforma dos serviços públicos Poucos dias depois de terem formalmente iniciado funções, os novos Secretários apresentaram algumas das prioridades do mandato. A reestruturação dos serviços públicos, a uni-formização dos contratos e das carreiras dos funcionários públicos são as prioridades da Secretária para a Adminis-

    tração e Justiça, Sónia Chan. Alexis Tam, por seu turno, pro-mete aumentar a eficácia na resposta às interpelações dos deputados, exigindo que os departamentos da sua tutela apresentem respostas em dois dias.

    Pág. 3

    “Tragédia” de 2004recordada na ÁsiaSobreviventes do tsunami de 2004 na Ásia e familiares dos 226 mil mortos na tragédia recorda-ram o décimo aniversário do desastre, cuja marca na região ainda é visível. Centrais

    Retomadas hoje buscaspor avião da AirAsiaAs buscas para encontrar o avião da AirAsia que desa-pareceu ontem entre a Indo-nésia e Singapura, com 162 pessoas a bordo, foram sus-pensas durante a noite e de-verão ser retomadas hoje de manhã. O Airbus 320-200 da companhia aérea malaia de baixo custo desapareceu de-pois do piloto ter pedido para fazer um desvio no plano de voo devido às más condições meteorológicas. Mais de cem familiares e amigos dos pas-sageiros aguardaram ontem em vão por informações no aeroporto internacional de Juanda, enquanto o patrão da AirAsia admitia estar a viver o seu “pior pesadelo” (ver úl-tima página).

    Pág. 4

    Xi Jinping pede “mais atenção”

    a problemas sociais

  • 02 JTM | LOCAL Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014

    JORNAL TRIBUNA DE MACAUPropriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Dinis • Director: Sérgio Terra • Grande Repórter: Fátima Almeida • Redacção: André Jegundo e Pedro André Santos (Editores), Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Rita Cameselle e Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

    PM chinês elogia Edmund Ho e Chui Sai OnLi Keqiang enalteceu o trabalho dos dois Chefes do Executivo da RAEM, sublinhando o nível de desenvolvimento atingido pelo território nos últimos 15 anos

    PRESIDENTE CHINÊS REENCONTROU CHUI SAI ON EM PEQUIM

    Xi Jinping pede “mais atenção” a problemas sociaisO Presidente chinês reiterou que encara com “grande expectativa” o trabalho do novo Executivo da RAEM, esperando que a equipa liderada por Chui Sai On “eleve o nível de governação” e enfrente alguns “problemas” da sociedade

    Xi Jinping manifestou o de-sejo de que o novo Gover-no de Macau “tenha mais atenção” aos problemas da socie-dade e que administre a cidade de acordo com a lei. As palavras do Presidente chinês foram reve-ladas em nota oficial do Governo de Macau e referem-se ao encon-tro de sexta-feira com o Chefe do Executivo da RAEM, Chui Sai On, que esteve em Pequim para apresentar o relatório de trabalho anual e os “pontos importantes” das Linhas de Acção Governati-va (LAG) para 2015.

    “O Presidente Xi Jinping

    espera que o novo Governo te-nha mais atenção em relação aos problemas da sociedade e que administre Macau em conformi-dade com a lei, bem como eleve o nível de governação, tendo como base as experiências ante-riores”, lê-se na nota oficial.

    No comunicado não são es-pecificados em concreto quais-quer problemas sociais eventual-mente referidos por Xi Jinping, mas Chui Sai On prometeu que o Executivo irá “continuar a rever os mecanismos de longo prazo, como por exemplo, habitação, saúde, segurança social, educa-

    FOTO

    GCS

    Diário do Povo diz que Macau “eclipsou” Hong Kong

    Macau “ultrapassou” Hong Kong em termos de perspectivas de desenvolvimento e unidade social, referiu o Diário do Povo, jornal do órgão central do Partido Comunista Chinês (PCC), num editorial que aponta o “sucesso” da RAEM como um “toque de despertar” para a antiga colónia britânica. Segundo a Rádio e Televisão de Hong Kong (RTHK), o editorial refere ainda que os residentes da região vizinha não deixarão de ter “sentimentos conflituantes” ao constatarem que o “irmão mais novo” já “eclipsou” Hong Kong. Para o jornal do PCC, “o caos que emergiu do movimento Occupy Central prova que a política radical apenas leva a um beco sem saída”. Na mesma linha, Chen Zuoer, actual líder da Associação Chinesa de Estudos de Hong Kong e Macau e antigo vice-director do Gabinete do Conselho de Estado responsável pelos assuntos relacionados com as duas RAE’s, afirmou que a RAEM tem implementado melhor o princípio “Um País, Dois Sistemas”. Chen Zuoer reavivou ainda uma questão sensível ao instar Hong Kong a regulamentar o polémico artigo 23º da Lei Básica, uma questão já resolvida em Macau.

    Ao longo dos 15 anos do estabe-lecimento da RAEM, é consta-tável o desenvolvimento eco-nómico, o melhoramento da vida da população, a estabilidade social e o desenvolvimento sustentável levado a cabo pelos dois Chefes do Executivo dos três Governos de Macau. Queria também aqui aproveitar para manifes-tar o reconhecimento firme do Governo Central ao seu trabalho”, disse Li Ke-qiang num encontro em Pequim com o Chefe do Executivo da RAEM, Chui Sai On, citado pela Rádio Macau.

    Nos primeiros minutos do encontro, enquanto foi permitida a presença dos jornalistas, Chui Sai On aproveitou tam-bém para agradecer ao Governo Central o apoio dado a Macau e à sua integração regional. “Queria agradecer o forte apoio do Governo Central, especialmente no que se refere ao CEPA. É um acordo com-plementar que deu impulso à cooperação regional, criando novas oportunidades na província de Guangdong, nomeada-mente no que se refere ao comércio livre”, disse Chui Sai On, que voltou a prometer “acelerar os passos de desenvolvimento da diversificação económica e formação

    de talentos locais”.

    Apoio ao Governo de Hong KongLi Keqiang elogiou também as autori-

    dades de Hong Kong, após uma reunião em separado com o líder do Governo da RAEHK, enaltecendo a manutenção da “estabilidade” em 2014, ano marcado

    por protestos pró-democracia.“A política do Governo Central para

    Hong Kong não mudou nem vai mu-dar”, disse Li Keqiang, na reunião em Pequim com o Chefe do Executivo da antiga colónia britânica, Leung Chun--ying, também conhecido por CY Leung.

    Numa declaração transmitida na te-

    FOTO

    GCS levisão de Hong Kong, Li Keqiang afir-

    mou que “o Governo central tem o seu trabalho [de CY Leung], e o trabalho do Governo de Hong Kong em elevada con-sideração”. “Durante este ano disse que o Governo de Hong Kong não tinha medo das dificuldades e que estava unido na luta e se mantinha firme no seu trabalho e preservava acima de tudo a estabilidade em Hong Kong”, acrescentou.

    CY Leung agradeceu a Li Keqiang pelo apoio do Governo Central. Pequim recusou quaisquer concessões aos mani-festantes que ocuparam, durante mais de dois meses, algumas das principais zonas de Hong Kong, reivindicando eleições totalmente livres. A polícia des-mantelou o último local dos protestos, na zona de Causeway Bay, a 15 de De-zembro, mas os manifestantes têm conti-nuado a sair à rua e, durante duas noites consecutivas, desde a véspera de Natal, dezenas de pessoas foram detidas.

    Na quinta-feira, a polícia informou ter detido 37 pessoas por “reunião ilegal e danos criminosos”, depois de, na noite anterior, ter detido 12 pessoas e usado gás pimenta e bastões para dispersar a multidão.

    ção, transporte, entre outros”.No encontro com Chui Sai

    On, Xi Jinping deu também “muita importância” ao desen-volvimento de longo prazo de Macau, “incluindo a estabili-dade, o ritmo da diversificação económica”.

    O Chefe de Estado chinês espera que através da criação do Centro Mundial de Turismo e Lazer e da plataforma de ser-viços comerciais entre a China e os países de língua portuguesa, “possa ser reforçada a coope-ração regional e a formação de talentos, com vista a resolver

    o problema de limitação das condições”. É que, acrescenta a nota, esse caminho permite o desenvolvimento da diversifica-ção económica de Macau, uma estratégia que Chui Sai On en-cara com optimismo ao ponto de antecipar uma menor depen-dência da indústria do jogo.

    Xi Jinping disse ainda que Macau precisa de governar de acordo com a lei e lembrou a necessidade da formação de ta-lentos locais “para articular com o desenvolvimento económico”.

    Por sua vez, Chui Sai On salientou o apoio do Governo Central que contribui para o desenvolvimento de algumas indústrias, como a Medicina Tradicional chinesa que em 2015 terá um centro de formação na

    cidade com o apoio da Organi-zação Mundial de Saúde.

    Questionado pelos jorna-listas sobre a questão da admi-nistração das águas territoriais, Chui Sai On recordou que o Governo Central já autorizou o início do trabalho sobre o es-tudo dessa matéria, sendo que esse processo será concluído em Dezembro de 2015.

    A deslocação de Chui Sai On a Pequim ocorreu poucos dias depois das cerimónias comemo-rativas dos 15 anos da RAEM e da visita de Xi Jinping para dar posse ao novo Governo. Na al-tura, o Chefe de Estado já tinha alertado para a necessidade do Executivo trabalhar mais e me-lhor para garantir o desenvolvi-mento da cidade.

  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 03

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    ARQ

    UIVOAndré Jegundo e Viviana Chan

    NOVOS SECRETÁRIOS DEFINEM PRIORIDADES POLÍTICAS

    Mão cheia de promessas no arranque do mandatoA Secretária para a Administração e Justiça, Sónia Chan, aponta a reestruturação dos serviços públicos e a uniformização dos contratos da Função Pública como objectivos a concretizar no próximo ano. O secretário-geral da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Origem Chinesa apoia as iniciativas de reestruturação de serviços e redistribuição de funcionários mas alerta que os trabalhadores da Administração não servem apenas a população mas “30 milhões de turistas” que visitam o território anualmente

    Vasco Fong é o novo “guardião” dos Dados Pessoais

    Com a entrada de cinco novos secretários no Governo a mudança nas equipas dos gabinetes é quase total. A nova Secretária para a Administração e Justiça vai ter como chefe de gabinete, Iao Man Leng, enquanto nos Assuntos Sociais e Cultura Alexis Tam escolheu Lai Ieng Kit. A chefe do Gabinete do Secretário para os Transportes e Obras Públicas será Cheong Chui Ling, enquanto Cheong Ioc Ieng assumirá funções idênticas na Secretaria para a Segurança. A excepção é Lok Kit Sim que se mantém na liderança do Gabinete do novo Secretário para a Economia e Finanças, depois de já ter trabalhado com Francis Tam. Da lista de nomeações, que foi publicada em Boletim Oficial, constam também Cheong U, que vai para a vice-presidência do Conselho de Administração da Fundação Macau, e de Vasco Fong, que será o coordenador do Gabinete para a Protecção de Dados Pessoais. O director do Gabinete de Comunicação Social, Victor Chan, foi designado como Porta-voz do Governo, acumulando funções. Li Canfeng foi indigitado como director da Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes, e Liu Dexue, até aqui assessor na Assembleia Legislativa, passa a director dos Serviços de Assuntos de Justiça. O Lam, Chefe de Gabinete de Chui Sai On será também secretária-geral do Conselho Executivo, órgão que continuará a ter Leong Heng Teng como porta-voz.

    A reestruturação dos serviços pú-blicos, a aceleração do processo legislativo e a uniformização do regime de contrato dos funcionários públicos são as prioridades da Secretá-ria para a Administração e Justiça, Só-nia Chan, para o mandato que acaba de iniciar. Com o objectivo de simplificar o aparelho administrativo, a sucessora de Florinda Chan promete proceder a uma redistribuição do pessoal de acordo com as necessidades dos serviços, para além de rever a estrutura das carreiras dos fun-cionários.

    Sem revelar grandes detalhes sobre o conteúdo destas reformas, numa nota divulgada pelo Gabinete de Comunica-ção Social, Sónia Chan especifica que a uniformização dos contratos e a revisão da estrutura das carreiras serão feitas no

    sentido de “aumentar as oportunidades de promoção dos funcionários. A Secre-tária acrescentou também que no futuro pretende aumentar a comunicação com as associações de funcionários públicos.

    Lei Kong Weng, secretário-geral da Associação dos Trabalhadores da Função Pública de Origem Chinesa, aplaude as iniciativas, considerando urgente me-lhorar o regime de contratos da função pública. Destaca, no entanto, o proble-ma “premente” da Administração rela-cionado com a ausência de um regime adequado de tratamento para as queixas dos funcionários públicos em relação às chefias. “Actualmente se um funcioná-rio público se queixar ao CCAC muitas dos casos regressam às chefias do servi-ço. Não concordamos, deve ser criado um departamento independente para investigação”, propõe. Apoiando as ini-ciativas de simplificação da estrutura da administração, a associação alerta que os

    funcionários públicos não servem apenas a população mas “30 milhões de turistas” que visitam o território anualmente.

    Na tutela da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça, promete-se ainda uma maior privatização da produção le-gislativa “segundo a urgência e a ordem de importância” dos diplomas.

    Respostas a interpelações em dois dias Alexis Tam, por seu turno, promete

    aumentar a eficácia na resposta às inter-pelações dos deputados, exigindo que os departamentos da sua tutela apresentem respostas em dois dias. O Secretário para os Assuntos Sociais e Cultura sublinha que irá “exigir a todos os departamentos” mais atenção em relação às “opiniões e queixas dos cidadãos”.

    Depois de ter apresentado uma agen-da ambiciosa para a área da saúde, Alexis Tam antecipa também que no próximo ano haverá recrutamento de mais pessoal médico de forma a reduzir os tempos de espera nos serviços e responder “às ne-cessidades da população”.

    O diálogo com a comunicação social e os diversos sectores da sociedade é outra das preocupações do novo Secretário que promete realizar conferências de impren-sa “periódicas” para além de exigir a ser-viços desta tutela que “reforcem o diálogo com a comunicação social e auscultem as opiniões da sociedade de forma activa”.

    Face à queda das receitas do jogo, o Secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, pretende reforçar “a capa-cidade de previsão económica” para além de criar um novo indicador estatístico com o objectivo de “medir os factores ex-ternos ao jogo”e o “desenvolvimento da diversificação económica”, um dos prin-cipais objectivos que tem apontado.

    O Secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, tem como foco “a aplicação da lei e aumento da eficácia na prevenção e combate das diversas actividades ile-gais”. Já o Secretário para os Transportes e Obras Públicas, Raimundo do Rosário esteve no exterior para concluir a transfe-rência de pastas nos gabinetes que dirigia em Lisboa e Bruxelas.

    Sónia Chan planeia reestruturação dos serviços públicos e uniformização de contratos

    CHUI SAI ON PEDIU DESCULPA POR FALHA DAS AUTORIDADES POLICIAIS

    Proibição de entrada a criança foi um “erro”O Chefe do Executivo pediu desculpa pela falha das autoridades policiais que barraram a entrada em Macau de uma criança de um ano de idade e que partilha o nome com uma das pessoas inscritas na “lista negra” das autoridades da RAEM. O Secretário para a Segurança prometeu averiguações para perceber o que correu mal mas defendeu a necessidade e a legalidade da “lista negra”

    O Chefe do Executivo e o Secretário para a Se-gurança, Wong Sio Chak, assumiram que as autoridades cometeram um “erro” quando impediram a entrada em Macau de uma criança de um ano. A criança estava entre o grupo de 14 activis-tas pró-democracia e os quatro jornalistas de Hong Kong que foram impedidos de entrar no território no momento da visita do Presidente chinês, Xi Jin-ping.

    Ao que tudo indica, o bebé proibido de entrar partilha o nome com uma das pessoas inscritas na “lista negra” das autoridades da RAEM, estando

    por isso proibidas de entrar no território.Em declarações à margem da tomada de posse

    do novo director da Polícia Judiciária, Chau Wai Kuong, e do novo comandante da Polícia de Segu-rança Pública, Leong Man Cheong, que foi promovi-do a superintendente antes de assumir formalmente o cargo, Wong Sio Chak assumiu a falha das autori-dades da RAEM. “Houve um erro e estamos a ave-riguar o que se passou para que situações idênticas não se repitam”, disse o governante, defendendo que a “lista negra” de pessoas impedidas de entrar em Macau “segue a Lei de Segurança” e tem apenas

    como objectivo a “segurança” da Região.“A lista é elaborada tendo em consideração que

    essas pessoas podem constituir uma ameaça à segu-rança em Macau”, lembrou o Secretário.

    O Chefe do Executivo também pediu descul-pa pela actuação das autoridades policiais, asse-gurando que as autoridades vão analisar o caso e melhorar a actuação no futuro. “Eles [autoridades policiais] vão ponderar qual foi o problema. Peço desculpa por essa falha, temos de melhorar a nossa actuação nessas situações”, afirmou Chui Sai On em Pequim, citado pela Rádio Macau.

  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 201404 JTM | LOCAL

    Presidente da ALplaneia reformar-sequando acabar mandatoHo Iat Seng revelou que pretende aposentar-se depois de terminar o mandato de quatro anos como pre-sidente da Assembleia Legislativa (AL). Em declarações à TDM, Ho Iat Seng apontou ainda a aprovação da Lei de Enquadramento Orçamental como a tarefa mais importante dos restantes três anos como presidente da AL. Segundo o mesmo respon-sável, o Governo deverá passar a submeter ao crivo dos deputados os orçamentos de obras públicas supe-riores a 15 mil milhões de patacas, montante inscrito no Plano de In-vestimentos e Despesas de Desen-volvimento da Administração para 2015. Ho Iat Seng disse também que as inúmeras fundações são outro grande problema em Macau, mas os deputados apenas podem verifi-car as respectivas despesas de exe-cução. Por isso, o presidente espera que a nova Lei do Orçamento men-cione as verbas que o Governo atri-bui a essas fundações, por forma a que a Assembleia Legislativa possa supervisionar tais despesas.

    As obras realizadas com dinheiro público devem ter, antes de se iniciarem, custos de execução previstos bem como prazos para a sua realização, pois “só assim é possível garantir que o dinheiro público é bem aplicado, permitindo, por outro lado, acompanhar a execução financeira dos projectos e exercer a fiscalização adequa-da”, alertou Pereira Coutinho, destacan-do três projectos em que tanto os custos como os prazos foram “largamente ul-trapassados”: Terminal Marítimo de Pac On, primeira fase do Sistema de Metro Ligeiro e novo campus da Universidade de Macau (UM).

    Numa interpelação escrita dirigida ao Governo, o deputado considera ser “inadmissível” a existência de situações que envolvam “o aumento do custo, o in-cumprimento dos prazos de execução e a

    falta de estimativas sobre as despesas na realização de obras públicas”, insistindo que o erário público “deve ser gasto de forma adequada, racional e transparente no interesse de todas as pessoas”.

    Além das três empreitadas aponta-das, Coutinho teme que as falhas se re-pitam no posto fronteiriço entre Macau e Guangdong, novo projecto público anunciado pelo Governo. “Recentemen-te, na Assembleia Legislativa, o Governo não apresentou uma estimativa para o custo desta obra, mas estimou que o or-çamento seria ‘astronómico’”, refere o deputado, questionando o Executivo so-bre as medidas que vai tomar para evi-tar derrapagens nos custos e prazos de obras públicas.

    Para além disso, coloca a tónica na questão da responsabilização. “O Gover-no tomou medidas para responsabilizar

    Coutinho exige medidas contraderrapagens em obras públicasPereira Coutinho apontou os projectos do terminal de Pac On, Metro Ligeiro e novo campus da Universidade de Macau como exemplos de falhas “inadmissíveis” na aplicação do erário público

    os responsáveis pelo aumento do custo, o incumprimento dos prazos de execução e a falta de estimativas sobre as despesas nos projectos públicos do Terminal de Pac On - Taipa, Sistema de Metro Ligeiro e Novo campus da Universidade de Ma-cau?”, questiona.

    No mesmo documento, Coutinho per-gunta ainda ao Governo se já foram efec-tuados novos contratos – e quais os mon-tantes a despender - com empresas para reparar os “muitos defeitos de constru-ção” detectados no novo campus da UM.

    NOMEAÇÃO DE NOVO DIRECTOR DA DSSOPT ESTÁ A SER QUESTIONADA

    Chui Sai On defende escolha de Li CanfengO Chefe do Executivo atribuiu a Raimundo do Rosário a escolha e a nomeação de Li Canfeng para o cargo de director da DSSOPT, enquanto o novo Secretário para as Obras Públicas e Transportes sublinhou tratar-se de uma escolha do Governo. Raimundo do Rosário justifica a escolha com a formação e experiência de Li Canfeng na DSSOPT, onde foi subdirector entre 1998 e 2008

    O Chefe do Executivo afirmou que foi o Secretário para os Transpor-tes e Obras Públicas que seleccio-nou Li Canfeng para liderar a Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) e Transportes, mas sublinhou que o novo responsável da DSSOPT nunca fui arguido no caso Ao Man Long.

    “Eu acredito que na nomeação de um oficial temos de avaliar a sua disciplina, as suas habilitações e a sua experiência. Li Canfeng foi nomeado pelo secretário Raimundo Rosário, que teve em conside-ração esses critérios que acabei de dizer. Ele reportou-me e mostrou o apoio. Li Canfeng foi testemunha no caso [Ao Man Long], mas nunca foi um arguido. Sobre as suas respostas em tribunal, durante o processo de julgamento, não faço co-mentário. Respeitamos a independência do Ministério Público e dos tribunais”, afirmou Chui Sai On, citado pela Rádio Macau.

    Os jornalistas questionaram a esco-lha do novo director da DSSOPT pelo facto de Li Canfeng ter estado em desta-que no primeiro julgamento de Ao Man Long. Na altura, enquanto subdirector dos Serviços de Solos, Obras Públicas, Li Canfeng prestou depoimento enquanto testemunha tendo-se queixado de várias falhas de memória.

    Raimundo do Rosário confessou des-conhecer o episódio do testemunho do agora director das Obras Públicas e real-ça que Li foi uma escolha do Governo, tal como os restantes membros da Adminis-tração: “Desconheço esse caso. Não se ele

    esteve ou não envolvido. Eu não estava em Macau. Não estive cá durante 15 anos. Realmente não sei. Li foi escolhido pelo Governo de Macau. Todos são escolhidos pelo Governo de Macau”, afirmou aos jornalistas.

    Licenciado em Engenharia pela Uni-versidade de Tecnologia do Sul da China, Li Canfeng concluiu um mestrado em Engenharia pelo Instituto Superior Téc-nico em Lisboa e é doutorado em Enge-nharia pelo Instituto de Engenharia Civil e Transporte da Universidade de Tecno-logia do Sul da China. Entre 1995 e 1998 foi técnico superior principal no Departa-mento de Urbanização e no Departamen-to de Gestão de Solos e Chefe do Departa-

    mento de Gestão de Solos da da DSSOPT. De 1998 a 2008 assumiu o cargo de Subdi-rector da DSSOPT, como número dois de Jaime Carion.

    Numa nota enviada à comunicação social, Raimundo do Rosário justificou a escolha de Li Canfeng pelo facto de “ser necessário um dirigente com espírito de equipa e que conheça bem o seu funcio-namento da DSSOPT. A nota acrescenta também que o Secretário para os Trans-portes e Obras Públicas, nomeou Li Canfeng “na perspectiva do Governo da RAEM”.

    “Li Canfeng trabalhou nesse Serviço há mais de 10 anos e desempenhou o car-go de subdirector ainda antes da transfe-

    rência da administração. É doutorado em Engenharia, possui conhecimentos pro-fissionais e é conhecedor da área. Todos estes aspectos contribuem para pôr em prática as acções governativas em articu-lação com o desenvolvimento global da cidade, bem como coordenar o serviço na realização de obras e liderar a equipa para enfrentar novos desafios”, refere a nota.

    Na sexta-feira, Li Canfeng promoveu uma reunião interna na DSSOPT, centra-da em questões do planeamento preli-minar dos trabalhos do próximo ano do organismo. Segundo um comunicado da DSSOPT, o novo director solicitou a todo o pessoal para “dar início de forma programada os respectivos trabalhos de acordo com as linhas de acção governati-va e as políticas definidas pelo Secretário para os Transportes e Obras Públicas”. Em particular, salientou que devem ser tratados com carácter prioritário “os em-preendimentos relevantes e relacionados com a vida da população, de modo a que o assunto seja rigorosamente apreciado, assim como seja concluído de acordo com o calendário, no sentido de aumen-tar ainda mais a eficácia dos trabalhos e articular com o desenvolvimento da so-ciedade”.

    No encontro com os funcionários do organismo, o director da DSSOPT garan-tiu também que nos últimos seis anos não participou em quaisquer empreitadas de obras particulares em Macau, tendo permanecido na China Continental para “aperfeiçoamento contínuo” e “aumen-tar conhecimentos”.

    Novo director já se reuniu com departamentos da DSSOPT

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    DSS

    OPT

  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 05

    ASSOCIAÇÃO DO SECTOR IMOBILIÁRIO PREVÊ CONTRACÇÃO DO MERCADO

    Preços e rendas das casas com quedas até 20%O presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau, Chong Sio Kin, revelou que os preços das casas estão já em queda e que a contracção poderá atingir os 10%. Quanto às rendas, antecipa que poderá acontecer uma redução até 20% no próximo ano. O responsável atribui a redução nos preços para a compra e arrendamento das casas aos novos horários das fronteiras e à queda das receitas do jogo

    FOTO

    ARQ

    UIVO

    GOVERNO RECEBEU MAIS DE 6.100 PEDIDOS

    Excluídos 37% dos candidatos a habitação socialMais de 2.300 candidatos ao concurso de habitação social de 2013 foram excluídos, a maioria dos quais por não terem entregue documentos comprovativos suficientes, anunciou o Governo da RAEM

    Viviana Chan

    O posto fronteiriço de Flor de Lotus entre Macau e Zhuhai começou a funcionar 24 horas e as Portas do Cerco contam com um horário alargado desde 18 de Dezem-bro do presente ano. O novo horário das fronteiras, aliado à queda nas re-ceitas do Jogo, explicam a queda que está a acontecer nos preços das casas e das rendas, defende o presidente da Associação Geral do Sector Imobiliá-rio de Macau. Chong Sio Kin antecipa que a queda nos preços das casas, que já está em curso, pode atingir os dez por cento enquanto as rendas devem sofrer uma contracção de 20% em 2015.

    Na análise de Chong Sio Kin, o novo horário das fronteiras vai pro-vocar um grande impacto ao mercado imobiliário em Macau, prevendo que o território precisará de algum tempo para se adaptar ao novo modelo de funcionamento.

    Segundo o responsável, a queda das receitas do sector do jogo tam-bém está a contribuir para a redução dos preços e rendas das casas. Para o presidente da Associação Geral do Sector Imobiliário de Macau, é o dese-quilíbrio entre a oferta e a procura das casas, mais do que a falta de terrenos em Macau, que explica os “aumentos radicais” que aconteceram nos pre-ços dos imóveis no passado recente. Chong Sio Kin referiu que muitos in-

    vestidores imobiliários são trabalha-dores do jogo, antecipando que quan-do o crescimento desse sector parar, estes proprietários poderão querer vender os seus imóveis. Tal fará com que os preços possam cair ainda mais, acrescentou.

    No que toca aos inquilinos, o pro-longamento das Portas do Cerco e a abertura ao público do Parque Indus-trial Transfronteiriço Zhuhai-Macau são vistos como factores que permi-tem atrair uma “grande quantidade de residentes ou de trabalhadores não residentes” para Zhuhai. Chong Sio Kin acha que esta mudança vai acon-tecer ao longo do próximo ano.

    De acordo com o jornal “Ou Mun”, o mesmo responsável indicou que ca-pitais de Macau estão a ser investidos no mercado imobiliário da Ilha da Montanha, o que está a fazer aumen-tar os preços das casas em Zhuhai. Chong Sio Kin referiu que se regis-taram muitos casos recentemente de compradores que desistiram de reser-vas para comprar as casas em Macau, perdendo muito dinheiro. Nesse sen-tido, Chong Sio Kin considera que as políticas aplicadas recentemente são favoráveis ao desenvolvimento do mercado imobiliário de Zhuhai.

    Ao mesmo tempo, está-se a regis-tar uma diminuição nas rendas dos escritórios de Macau de 15%, que re-sulta do facto de haver cada vez mais companhias que preferem sediar-se em Zhuhai, cidade onde os custos de manutenção dos escritórios são mais

    O Instituto de Habitação (IH) publicou as listas definitivas de espera e dos excluídos do con-curso de habitação social de 2013, no âmbito do qual foram entregues 6.146 boletins de candidatura durante o período compreendido entre 22 de Maio e 21 de Agosto de 2013. Segundo o IH, 3.841 candidatos foram incluídos na lista de espera, o que corresponde a 62,5% do total, tendo o organismo excluído 2.305 can-didaturas (37,5%).

    Na sequência da publicação das listas provisórias, entre 8 e 23 de Outubro de 2014, cerca de 2.000 pes-soas dirigiram-se ao IH com vista à respectiva consulta, sendo que 104 agregados familiares entregaram docu-mentos com informações complementares. Além disso, registaram-se 348 reclamações.

    Após a reapreciação dos processos, o Instituto de Habitação aceitou as candidaturas de 83 dos 104 agre-gados que entregaram documentos com informações complementares. No que respeita às reclamações, 299 foram indeferidas e 48 aceites, enquanto que um agre-gado acabou por desistir da respectiva candidatura.

    “O principal motivo da exclusão deve-se à não en-trega dos documentos comprovativos suficientes”, ex-plicou o IH, acrescentando que “não conseguiu confir-mar a veracidade dos fundamentos nas reclamações”.

    Entre as 2.305 famílias excluídas, uma parte das candidaturas inclui mais do que um motivo de inde-ferimento. Segundo o IH, 879 não entregaram os do-cumentos em falta ou não corrigiram as informações dentro do prazo indicado, tendo sido registada nomea-damente a falta de entrega do “comprovativo do rendi-mento mensal”, “certidão de casamento” e “declaração de desemprego”. Também foram contabilizados 632 casos que ultrapassaram o limite do rendimento men-sal ou património, dois motivos que representam 50% do total dos “chumbos”.

    baixos do que na RAEM.Por sua vez, a directora da agência

    imobiliária Ricacorp, de Hong Kong, Tina Liu, revelou que o número das vendas dos imóveis em Macau bateu o recorde mais baixo de uma década. Na sua observação, o foco está cada

    vez mais na Ilha da Montanha. Tina Liu citou também o discurso

    do Presidente chinês, Xi Jinping, em relação à necessidade de se promover a diversificação económica de Macau, o que pode estar a “afectar a orienta-ção dos investidores”.

    O organismo governamental refere ainda que, entre os restantes motivos de exclusão, constam casos envol-vendo a posse de propriedades nos três anos anteriores ao prazo final do concurso, desistência da candidatura, a existência de candidatos já integrados noutro agre-gado familiar de habitação económica, bem como de beneficiários dos regimes de bonificação de crédito ou de juros de crédito.

    As listas mencionadas ficarão afixadas no parque de estacionamento do Instituto de Habitação até 10 de Janeiro de 2015, podendo os contestatários interpor re-cursos judiciais junto do Tribunal Administrativo, no prazo de 30 dias a contar da data seguinte à da publica-ção do aviso no Boletim Oficial da RAEM.

    No mesmo comunicado, o IH recorda ainda que os candidatos da lista definitiva de espera do concurso de habitação social de 2013, podem candidatar-se ao “Plano Provisório de Atribuição de Abono de Resi-dência a Agregados Familiares da Lista de Candida-tos a Habitação Social”. Nesse sentido, os agregados familiares compostos por uma ou duas pessoas rece-bem um abono mensal de 1.650 patacas, enquanto que as famílias com três ou mais elementos beneficiam de uma ajuda de 2.500 patacas. O abono tem efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2015.

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  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 201406 JTM | LOCAL

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    1ª Vez “JTM” - 29 de Dezembro de 2014

    Proc. Execução Ordinária nº CV3-13-0110-CEO 3° Juízo Cível

    Exequente: LI GUO ZHONG, residente em Macau, “和樂大馬路嘉應花園第一座24樓D座”.Executado: CHUI FRANCISCO (徐振華), ausente em parte incerta, com última residência conhecida em Macau “筷子基和樂街11號”.

    FAZ-SE SABER que, pelo Tribunal, Juízo e processo acima referidos, correm ÉDITOS DE TRINTA (30) DIAS, a contar da data da segunda e última publicação dos respectivos anúncios, citando, o executado acima identificado, para no prazo de VINTE (20) DIAS, decorridos que sejam os dos éditos, pagar ao exequente a quantia de MOP57,000.00 (Cinquenta e Sete Mil Patacas), e demais acréscimos legais, ou no mesmo prazo, deduzir oposição por embargos ou nomear bens à penhora, sob pena de não o fazer ser devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora e seguindoo processo os ulteriores termos até final à sua revelia, com a advertência de que é obigatória a constituição de advogado, do citado diploma, caso sejam opostos embargos ou tenha lugar a qualquer outro procedimento que siga os termos do processo declarativo.

    Tudo conforme melhor consta do duplicado da petição inicial que neste 3º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente.

    Macau, 01 de Dezembro de 2014

    O Juiz,a) Carlos Armando da Cunha Rodrigues de Carvalho

    O Escrivão Judicial Principal,a) Lam Hou Fai

    TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

    ANÚNCIO Direcção dos Serviços de Turismo Mandado de Notificação Nº 522/AI/2014

    --Atendendo à gravidade para o interesse público e não sendo possível proceder à respectiva notificação pessoal relativamente à infractora LUO JINXIA, pelo presente notifique-se à infractora LUO JINXIA (portadora do Passaporte da China n.° G24295XXX), que na sequência do Auto de Notícia n.° 8/DI-AI/2013, de 21.01.2013, levantado pela DST e por despacho da signatária de 10.12.2014, exarado no Relatório n.° 864/DI/2014, de 25.11.2014, foi desencadeado procedimento sancionatório, contra os infractores IEONG, KAI HONG (portador do Bilhete de Identidade de Residente Permanente da RAEM n.° 13001XXX), XU ZHIHUA (portador do Salvo-Conduto de dupla viagem da RPC n.° W66688XXX) e LUO, JINXIA (portadora do Passaporte da China n.° G24295XXX), por controlo da fracção autónoma situada na Avenida do Dr. Rodrigo Rodrigues n.° 1142-M, Edf. Centro Internacional de Macau, Bloco 12, 13.° andar E utilizada para prestação ilegal de alojamento.--No mesmo despacho foi determinado, que a infractora LUO, JINXIA deve, no prazo de 10 dias, contado a partir da publicação, apresentar, querendo, a sua defesa por escrito sobre a matéria constante daquele Auto de Notícia, oferecendo nessa altura todos os meios de prova admitidos em direito. Nos termos do n.° 2 do artigo 14.° da Lei n.° 3/2010 não é admitida apresentação de defesa ou de provas fora do prazo.--A matéria constante daquele Auto de Notícia constitui infracção ao artigo 2.° da Lei n.° 3/2010, tal facto é punível nos termos no n.° 1 do artigo 10.° da Lei n.° 3/2010.--O processo administrativo pode ser consultado, dentro das horas normais de expediente, no Departamento de Licenciamento e Inspecção desta Direcção de Serviços, sito na Alameda Dr. Carlos d’Assumpção n.ºs 335-341, Edifício “Centro Hotline”, 18.° andar, Macau.--Direcção dos Serviços de Turismo, aos 10 de Dezembro de 2014

    A Directora dos Serviços,Maria Helena de Senna Fernandes

    DSAT PROMETE CONTINUAR A INSTALAR CÂMARAS

    Mais sistemas de videovigilânciade olho nos automobilistasAs transmissões dos sistemas de videovigilância são disponibilizadas para consulta na página electrónica da DSAT e na aplicação de telemóvel “Posto de Informação de Tráfego”. Com os seis novos sistemas instalados, existem actualmente um total de 23 vias com este sistema

    A Direcção para os Assuntos de Tráfego (DSAT) concluiu recente-mente os trabalhos de instalação de seis novos sistemas de videovigilân-cia rodoviária. A Estrada de D. Maria II (Curva Melco), o Cruzamento da Aveni-da do Nordeste com a Rua Central da Areia Preta, a Avenida de Almeida Ri-beiro (junto ao Largo do Senado), a Ro-tunda do Istmo, a Avenida dos Jogos da Ásia Oriental e a Rua dos Jogos da Ásia Oriental são as vias onde os sistemas fo-ram instalados.

    As transmissões são disponibilizadas para consulta na página electrónica da DSAT e na aplicação de telemóvel “Pos-to de Informação de Tráfego”. Com os novos sistemas instalados, existem ac-tualmente um total de 23 vias com este sistema, cujos vídeos podem ser consul-tados pelo público.

    Desde a sua criação, a DSAT garan-te que tem gradualmente aumentado o número dos sistemas de videovigilância do tráfego e desenvolvido os já existen-tes. “A fim de gerir a situação de fun-cionamento das rodovias de forma mais abrangente, a DSAT vai continuar a alar-gar o âmbito de cobertura do sistema em causa, adoptando as decisões oportunas ou as correspondentes medidas para en-frentar os incidentes de emergência, de forma a aliviar o congestionamento e escoar o fluxo de tráfego”, refere o orga-nismo em comunicado. Por outro lado, a DSAT promete também que serão di-vulgados os vídeos úteis, para que o pú-blico possa “inteirar-se melhor sobre a

    situação do tráfego em tempo real das vias principais de Macau, facilitando as suas deslocações”.

    Alguns dos sistemas de videovigi-lância que entraram agora em funcio-namento já tinham sido instalados há vários meses tendo sido submetidos a um período de testes.

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    DETECTADO CASO EM HONG KONG

    RAEM aperta prevençãocontra gripe aviáriaServiços de Saúde de Macau apelam para que se evitem deslocações a mercados com casos de infecção humana pela gripe aviária H7N9, bem como o consumo de carne, vísceras, ou produtos derivados de sangue e ovos de aves que estejam mal cozinhados. A doente que foi identificada em Hong Kong está internada e em estado crítico

    O Governo da RAEM activou o mecanismo de contingência e adoptou uma série de medi-das preventivas contra a gripe aviária H7N9, depois de ter sido reportado um caso de infecção humana em Hong Kong. A RAEHK elevou também o ní-vel de alerta de gripe das aves.

    O caso refere-se a uma mulher com idade de 68 anos, residente de Hong Kong, que apresentou sintomas de fe-bre no dia 19 de Dezembro, tendo sido ontem confirmada a infecção humana pela gripe aviária H7N9. A doente está internada em estado crítico numa uni-dade de cuidados intensivos.

    De acordo com as averiguações, a doente tinha visitado os amigos no Distrito de Longgang da Cidade de Shenzhen acompanhada de duas pes-soas, e voltou a Hong Kong no mesmo dia. Segundo informações da doente, a mesma terá ingerido frango cozido em casa de amigos em Shenzhen.

    Os Serviços de Saúde da RAEM não excluem a ocorrência de casos no território, tendo solicitado a todas as

    instituições de saúde e profissionais de saúde que estejam atentos na detec-ção de casos suspeitos.

    Os Serviços de Saúde apelaram também para que se evitem desloca-ções a mercados, granjas e outros lo-cais onde haja venda ou exposição de aves com casos de infecção humana pela gripe aviária H7N9. A população foi ainda aconselhada a abster-se de consumir carne, vísceras, produtos de-rivados de sangue e ovos de aves mal cozinhado.

    Dez pessoas foram diagnosticadas em Hong Kong como sendo portado-ras do vírus H7N9, uma nova estirpe da gripe aviária que matou mais de 170 pessoas desde que foi identificada em 2013. Três dos dez infectados com o ví-rus H7N9 em Hong Kong morreram.

    O sistema de alerta para a gripe aviaria foi implementado depois do surto em 2003 de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Na altura, a epidemia afectou 1.800 residentes na antiga colónia britânica, causando 299 mortos.

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  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 07

    Viviana Chan

    O presidente da Associação de Economia de Macau, Joey Lao, considera que os apelos que es-tão a ser feitos por operadoras de jogo para que os trabalhadores peçam licen-ças sem vencimento representam um “alerta” para a falta de competitividade dos funcionários do sector.

    Na opinião do economista, as que-bras consecutivas nas receitas do jogo es-tão na origem na decisão das operadoras de jogo. O vice-presidente da associação sindical “Forefront of Macau Gaming”, Lei Kuok Keong, revelou também que a organização tem conhecimento da situação há pelo menos um mês e que decidiu não falar publicamente sobre o problema por entender que até pode ser positivo para os trabalhadores, para além de não violar as leis laborais.

    Lei Kuok Keong refere que o meca-nismo de licença sem vencimento pode ser positivo tanto para trabalhadores como para as empresas, uma vez que permite reduzir as despesas dos casinos em relação aos recursos humanos e, por outro lado, dá liberdade aos trabalhado-res para terem férias e descansarem.

    Segundo a associação, os casinos es-tão a apelar aos trabalhadores para que tirem licenças sem vencimento entre Janeiro e Março, exceptuando durante

    o período do Ano Novo Chinês. Após este período, a “Forefront of Macau Gaming” está preocupada com outras medidas que podem ser tomadas pelos casinos uma vez que, segundo as pre-visões, a queda nas receitas do jogo só deverá parar em Julho do próximo ano. Lei Kuok Keong receia mesmo que no-vas medidas possam ser implementadas pelos casinos caso as receitas dos casinos não voltem a crescer antes.

    Em declarações ao jornal “Ou Mun”, o académico da Universidade de Macau Joey Lao disse que embora os trabalha-

    dores residentes sejam protegidos pela lei podem vir a ser afectados numa ce-nário de crise económica uma vez que são “pouco competitivos”.

    A abertura dos novos casinos no COTAI está a aumentar a procura por recursos humanos, caso contrário, Joey Lao antecipa que os casinos poderiam avançar desde já com despedimentos. Tratando-se para já de uma medida tem-porária, o académico considera que a licença sem vencimento não irá ter gran-de impacto no mercado de emprego do território.

    Em relação às mudanças que estão a acontecer no sector do jogo e às medidas anti-corrupção aplicadas pelo Governo Central, Lei Kuok Kouk acredita que es-tas mudanças vão ter muito impacto no curto prazo, mas que a longo prazo são “positivas para o desenvolvimento sau-dável do sector do jogo”.

    Já o vice-presidente da Federação das Associações dos Operários de Macau, Leong Sun Iok, apelou ao Governo para dar mais atenção às medidas que estão a ser implementadas, sugerindo ao mes-mo tempo que se acelere a criação de um regime de saída dos trabalhadores não residentes, sobretudo os trabalhadores não residentes que ocupam cargos de chefia. Na sua opinião, as empresas de jogo devem aproveitar esta oportunida-de para reforçar a formação dos traba-lhadores residentes e promovê-los.

    Segundo revelou o responsável de “Forefront of Macau Gaming”, City of Dreams, MGM e a Galaxy foram as ope-radas que emitiram apelos aos trabalha-dores para pedirem licenças sem venci-mento e que estão a distribuir subsídios a novos trabalhadores para adiar a data de entrada em funções. Numa resposta ao jornal “Ou Mun”, a Direcção dos Ser-viços para os Assuntos Laborais (DSAL) revelou que não recebeu nenhuma quei-xa dos trabalhadores dos respectivos ca-sinos sobre o caso, mas garantiu que vai acompanhar o assunto.

    ECONOMISTA DEFENDE QUE FALTA COMPETIVIDADE AOS FUNCIONÁRIOS DE CASINOS

    Licenças sem vencimento são “alerta”para trabalhadores do JogoAs associações sindicais e o académico Joey Lao consideram que os trabalhadores da indústria do jogo carecem de competitividade em relação a outros tipos de sectores laborais. O economista acredita que o apelo a licenças sem vencimento é um grande sinal quando se regista quedas consecutivas das receitas do jogo

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    UIVONúmero de TNR’s

    superou 167 milno final de NovembroO número de trabalhadores não residentes ultrapassou em No-vembro as 167.000 pessoas, mais 23% do que no mesmo mês do ano passado. De acordo com da-dos oficiais divulgados na página do Gabinete para os Recursos Humanos, no final de Novembro estavam registados 167.232 trabalhadores não residentes, dos quais 108.232, ou 64,7%, eram oriundos da China Continental. Em apenas um ano e tendo como referência Novembro, o núme-ro de pessoas com o título de trabalhador não residente oriun-do da China ampliou-se 26,3%. As Filipinas também viram a sua comunidade crescer para 21.263 em Macau, uma subida de 14,1% em termos anuais. Já os trabalhadores do Vietname au-mentaram 10,2% para um total de 13.344. Em termos mensais, o número de trabalhadores não residentes cresceu 1,7% entre Outubro e Novembro - ou 2.810 pessoas - com os trabalhadores oriundos da China a aumentarem 1,8%, das Filipinas a subirem 1,1% e do Vietname 0,89%. A construção, com 44.157 pessoas - mais 3,49% face a Outubro deste ano e mais 74,15% contra Novembro de 2013 - é o sector com mais trabalhadores impor-tados, a maioria dos quais (31.123) da China continental. Com 42.225 pessoas - mais 0,9% do que em Outubro e mais 9,6% face a Novembro de 2013, segue-se o sector da hotelaria, restauran-tes e similares, também “dominado” por uma maioria oriunda da China Continental. Ainda acima das 20.000 pessoas está o sector dos empregados domésticos que registava também uma subida de 0,9% contra Outubro deste ano e de 8,1% na compa-ração com Novembro de 2013 e “contabilizava” 21.292 pessoas, metade das quais oriundas das Filipinas.

    TOTAL DE ENTRADAS SUBIU 8% ATÉ NOVEMBRO

    68% dos visitantessão do ContinenteA dependência turística do mercado do Continente chinês acentuou-se entre Janeiro e Novembro, com as excursões a impulsionarem significativamente o sector

    Entre Janeiro e Novembro, Macau recebeu 28.985.562 visitantes, o que traduz uma subi-da de 8% comparativamente a igual período de 2013 e consolida a posição da China Continental a reafirmar-se como o principal mercado fornecedor de turismo. Dados oficiais divulgados pelos Servi-ços de Estatística e Censos revelam que o número de visitantes do Continente subiu 15,3% para 19,6 milhões, equivalendo a 67,8% do total do sector.

    Já de Hong Kong, o segundo maior merca-do fornecedor de visitantes e turistas, chegaram a Macau 5,88 milhões de pessoas, menos 5% face aos primeiros 11 meses do ano passado. Entre subidas e descidas, registaram-se variações po-sitivas nos visitantes da Coreia do Sul (507.175), Japão (274.945) e EUA (166.598), compensando as quebras em mercados como Taiwan (875.603), Austrália (96.351), Canadá (64.100) e Reino Unido (56.400), entre outros.

    Do total de visitantes contabilizados até No-vembro, 15.584.268 eram excursionistas, número que ultrapassou em 3,5% o apurado em todo o ano

    de 2013.Só em Novembro Macau acolheu 2,8 milhões

    de visitantes, mais 15% face ao mesmo mês de 2013, com os excursionistas (1.562.331) a constituí-rem 56% do total. No mês passado, os visitantes oriundos da China Continental aumentaram 28% para 1.975.951, sendo que os portadores de visto individual subiram 35% para 940.056.

    Os visitantes da Coreia do Sul (41.592) tam-bém aumentaram 8% em Novembro, mas em con-trapartida os de Hong Kong (508.122) e Taiwan (69.625) decresceram 3% e 19%.

    No mês em análise, os visitantes permanece-ram em Macau por um período médio de 0,9 dias, ou seja, menos 0,1 dias, face a Novembro de 2013. Os turistas ficaram no território por um período médio de 1,9 dias, enquanto que a média de per-manência dos excursionistas atingiu 0,2 dias.

    Em 2013, Macau acolheu 29,32 milhões de vi-sitantes dos quais 18,6 milhões eram oriundos da China Continental, 6,7 milhões de Hong Kong e um milhão de Taiwan.

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  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 201408 JTM | LOCAL

    SANDS GARANTE LICENÇAS PARA CONCLUIR PROJECTO

    Desembargadas obras no “Parisian”A Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes emitiu as licenças necessárias para a conclusão do “Parisian”, cujas obras estavam parcialmente embargadas há vários meses, anunciou a Las Vegas Sands

    A Sands China, subsidiária da Las Vegas Sands, recebeu “luz verde” do Governo da RAEM para retomar a construção do “Parisian Macau”, empreendimento no qual pla-neia investir 2,7 mil milhões de dólares americanos (cerca de 21,6 mil milhões de patacas).

    Conforme avançou na altura o JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU, uma or-dem de embargo emitida no início de Junho pela Direcção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) levou à suspensão das obras no estaleiro do COTAI, na sequência de uma inspecção relacionada com um acidente laboral que causou ferimentos a dois operários. Os fiscais constataram então que o edifício principal do “Pari-sian” já contava com mais de 10 anda-res construídos apesar do empreiteiro apenas possuir autorização para traba-lhos de terraplanagem.

    No final de Agosto, a DSSOPT apro-vou a construção das fundações e da estrutura do “pódio” do resort inte-grado, no entanto, segundo adiantou o organismo a este jornal, “as restantes partes das obras” continuavam sujeitas à ordem de embargo. Questionado so-bre a multa a aplicar pelas obras ilegais, o organismo escusou-se a prestar infor-mações sobre a matéria sublinhando apenas que “actua sempre de acordo

    com a lei de Macau”.Com o problema agora desbloquea-

    do, a Las Vegas Sands sublinha que o “Parisian” elevará para mais de 10 mil milhões de dólares americanos o total

    do investimento feito pelo grupo em Macau. “Desde o momento em que colocámos a nossa primeira pá no ter-reno, temos estado comprometidos em ajudar Macau a garantir o seu futuro

    como centro de lazer, negócios e entre-tenimento”, frisou Sheldon Adelson, presidente da Las Vegas Sands.

    Salientando que tal investimento permitiu criar “dezenas de milhares de novos postos de trabalho em áreas como o retalho, entretenimento e ope-rações hoteleiras”, Sheldon Adelson sustentou ainda que a operadora de jogo fomentou negócios de empresas e fornecedores locais e “ajudou o Gover-no a expandir a sua base fiscal e diversi-ficar a economia”. “O Parisian Macau é 100% consistente com essa visão e esta-mos ansiosos por ver famílias a tirarem fotos à frente da nossa Torre Eiffel num futuro próximo”, referiu o magnata, ci-tado num comunicado da empresa.

    A Las Vegas Sands não fez qualquer referência ao calendário da inaugura-ção do “Parisian”, porém, em Outu-bro, Adelson apontou para a possível abertura da primeira fase do projecto no final de 2015, com o lançamento das operações hoteleiras. As restantes componentes do complexo, incluindo o casino, apenas deverão abrir portas em Março de 2016.

    Além de uma réplica da Torre Eiffel, a uma escala de 50%, o “Parisian” irá disponibilizar mais de 3.000 quartos e suites, lojas e novos espaços para reu-niões e convenções.

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    ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA

    EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO DA FUNDAÇÃO POR ESTACAS DO COMPLEXO DE CUIDADOS DE SAÚDE DAS ILHAS – INSTITUTO DE ENFERMAGEM

    1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Local de execução da obra: no aterro adjacente ao Reservatório de Seac Pai Van, na Estrada do Istmo

    no Cotai.4. Objecto da Empreitada: construção da fundação por estacas do Complexo de Cuidados de Saúde das

    Ilhas – Instituto de Enfermagem.5. Prazo máximo de execução: 240 (duzentos e quarenta) dias.6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data

    do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços.8. Caução provisória: $1 800 000,00 (um milhão e oitocentas mil patacas), a prestar mediante depósito em

    dinheiro, garantia bancária ou seguro-caução aprovados nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber

    em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).

    10. Preço base: não há.11. Condições de admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para

    execução de obras, bem como as que à data do concurso tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

    12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Dia e hora limite: dia 21 de Janeiro de 2015, quarta-feira, até às 17,00 horas.

    13. Local, dia e hora do acto público:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, sala de reunião;Dia e hora: dia 22 de Janeiro de 2015, quinta-feira, pelas 9,30 horas.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

    14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Hora: horário de expediente;Preço: $2 000,00 (duas mil patacas).

    15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço razoável: 60%;- Plano de trabalhos: 10%;- Experiência e qualidade em obras: 18%;- Integridade e honestidade: 12%;

    16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, a partir de 12 de Janeiro de 2015, inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

    Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 17 de Dezembro de 2014.

    O Coordenador do Gabinete, substituto,Chau Vai Man

    Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas

    ANÚNCIOCONCURSO PÚBLICO PARA

    EMPREITADA DE CONSTRUÇÃO DA FUNDAÇÃO POR ESTACAS DO COMPLEXO DE CUIDADOS DE SAÚDE DAS ILHAS – EDIFÍCIO DE RESIDÊNCIAS DO PESSOAL

    1. Entidade que põe a obra a concurso: Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas.2. Modalidade de concurso: concurso público.3. Local de execução da obra: no aterro adjacente ao Reservatório de Seac Pai Van, na Estrada do Istmo

    no Cotai.4. Objecto da Empreitada: construção da fundação por estacas do Complexo de Cuidados de Saúde das

    Ilhas – Edifício de Residência do Pessoal.5. Prazo máximo de execução: 240 (duzentos e quarenta) dias.6. Prazo de validade das propostas: o prazo de validade das propostas é de noventa dias, a contar da data

    do acto público do concurso, prorrogável, nos termos previstos no programa do concurso.7. Tipo de empreitada: a empreitada é por série de preços.8. Caução provisória: $1 100 000,00 (um milhão e cem mil patacas), a prestar mediante depósito em dinheiro,

    garantia bancária ou seguro-caução aprovados nos termos legais.9. Caução definitiva: 5% do preço total da adjudicação (das importâncias que o empreiteiro tiver a receber

    em cada um dos pagamentos parciais são deduzidos 5% para garantia do contrato, para reforço da caução definitiva a prestar).

    10. Preço base: não há.11. Condições de admissão: serão admitidos como concorrentes as entidades inscritas na DSSOPT para

    execução de obras, bem como as que à data do concurso tenham requerido a sua inscrição, neste último caso a admissão é condicionada ao deferimento do pedido de inscrição.

    12. Local, dia e hora limite para entrega das propostas:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Dia e hora limite: dia 22 de Janeiro de 2015, quinta-feira, até às 17,00 horas.

    13. Local, dia e hora do acto público:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, sala de reunião;Dia e hora: dia 23 de Janeiro de 2015, sexta-feira, pelas 9,30 horas.Os concorrentes ou seus representantes deverão estar presentes ao acto público de abertura de propostas para os efeitos previstos no artigo 80.º do Decreto-Lei n.º 74/99/M e para esclarecer as eventuais dúvidas relativas aos documentos apresentados no concurso.

    14. Local, hora e preço para obtenção da cópia e exame do processo:Local: sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar;Hora: horário de expediente;Preço: $2 000,00 (duas mil patacas).

    15. Critérios de apreciação de propostas e respectivos factores de ponderação:- Preço razoável: 60%;- Plano de trabalhos: 10%;- Experiência e qualidade em obras: 18%;- Integridade e honestidade: 12%;

    16. Junção de esclarecimentos:Os concorrentes poderão comparecer na sede do GDI, sita na Av. do Dr. Rodrigo Rodrigues, Edifício Nam Kwong, 10.º andar, a partir de 12 de Janeiro de 2015, inclusive, e até à data limite para a entrega das propostas, para tomar conhecimento de eventuais esclarecimentos adicionais.

    Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, aos 17 de Dezembro de 2014.

    O Coordenador do Gabinete, substituto,Chau Vai Man

    Gabinete para o Desenvolvimento de Infra-estruturas

  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014 JTM | LOCAL 09

    Bill Chou foi o autor da queixa apresentada no CCAC

    André Jegundo e Viviana Chan

    BILL CHOU CONSIDERA QUE MACAU JÁ SE TORNOU NUM “ESTADO POLICIAL”

    CCAC arquiva queixa de activistas contra PSPO Comissariado contra a Corrupção (CCAC) decidiu arquivar a queixa apresentada por Bill Chou em relação à actuação da polícia durante uma manifestação contra a antiga Secretária Florinda Chan, que aconteceu em Junho de 2013. Bill Chou acusa o CCAC de falta de consciência em relação a direitos humanos básicos e considera que Macau já se tornou num “estado policial”

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    O activista Bill Chou foi notificado pelo Co-missariado contra a Corrupção (CCAC) do arquivamento da queixa que apresentou há mais de um ano contra a actuação da polícia numa manifestação, em Junho de 2013, contra a então Se-cretária para a Administração e Justiça, Florinda Chan.

    Na altura seis manifestantes foram detidos, de-pois da polícia ter cortado a passagem na estrada que dá acesso ao Jardim da Penha. Entre os seis de-tidos estavam o próprio Bill Chou, o activista Lee Kin Yun e o vice-presidente da Associação Novo Macau, Scott Chiang.

    Na sequência de confrontos com a polícia, os seis activistas foram presentes ao Ministério Público por ofensa simples à integridade física, resistência e coacção, e por danos causados aos equipamentos dos agentes policiais.

    Na resposta agora enviada a Bill Chou, o CCAC considera que a polícia tem responsabilidade de proteger o Chefe do Executivo e os outros dirigen-tes da RAEM, realçando que no caso concreto o lo-cal onde os manifestantes pretendiam chegar – o jardim da Penha - era muito próximo da casa onde vive Chui Sai On.

    A resposta do CCAC, que é assinada pelo direc-tor do Gabinete do Comissário Contra a Corrupção, Sam Vai Keong, realça ainda que, “de acordo com os dados obtidos”, o organismo “não encontrou

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    Pandas podem chegar em Maio de 2015O casal de pandas gigantes que o Presidente chinês, Xi Jinping, pro-meteu oferecer a Macau poderá che-gar ao território em Maio do próxi-mo ano, revelou Leong Kun Fong, membro do Conselho de Adminis-tração do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM). Os dois animais irão juntar-se ao pan-da Hoi Hoi no pavilhão construído em Seac Pai Van, depois da fêmea Sam Sam ter morrido em meados deste ano devido a problemas nos rins e intestino. Em declarações à TDM, o administrador do IACM disse ainda que o organismo espera receber pandas mais jovens, porque são mais brincalhões, activos e mais propensos à reprodução. “Espera-mos que a diferença de idade não seja muito grande, no entanto, se forem de alta qualidade preferimos pandas sub-adultos”. O casal virá da Base de Pesquisa de Reprodução do Panda Gigante de Chengdu, na província de Sichuan.

    INVESTIGADOR TEM LECCIONADO EM MACAU

    Paulo Faustino lidera associação internacional ligada aos mediaO investigador Paulo Faustino, que tem vindo a leccionar com regularidade em instituições de Macau e da China, assumiu a liderança da Associação Internacional Académica de Gestão dos Media

    Paulo Faustino foi eleito presidente da Comissão Executiva da Associação Internacional Académica de Gestão dos Media (IMMAA, na sigla inglesa), uma organização com sede em Nova Ior-que. Além de se destacar a nível interna-cional no âmbito da investigação nas áreas da economia, gestão e políticas públicas associadas às indústrias de media e criati-vas, Paulo Faustino tem assumido funções relevantes no domínio do associativismo dos media e, nos últimos seis anos, dedi-cou-se à consultoria e vida académica em universidades nacionais e internacionais, incluindo em Macau e na China onde vem leccionando com regularidade, na quali-dade de professor visitante de várias uni-versidade e escolas da região.

    O novo presidente da IMMAA tam-bém é professor na Universidade do Porto e investigador do Centro de Estudos em Media e Jornalismo, onde integra o Conse-lho Científico e coordena um estudo sobre Concentração e Pluralismo dos Media.

    Na sua missão como líder da IMMAA, Paulo Faustino vai ser acompanhado por

    mais seis elementos com destacadas po-sições em universidades e instituições internacionais. “É um privilégio ter sido eleito presidente de uma relevante asso-ciação a nível internacional e contar com colegas de direcção que possuem eleva-da reputação e ocupam posições de topo

    em algumas das instituições de referência internacional, incluindo algumas das me-lhores universidades do mundo”, salien-tou Paulo Faustino, citado por um comu-nicado da IMMAA.

    “O principal objectivo deste manda-to será consolidar a IMMAA na Europa e nos EUA, bem como reforçar a colabo-ração com instituições dos BRICS; fará também parte do no plano estratégico a cooperação com organizações do espaço lusófono”, acrescentou.

    Fundada em 2004, a IMMAA é uma associação que produz, partilha e disse-mina conhecimento na área dos estudos de media, dando especial destaque a te-máticas inerentes aos negócios, políticas públicas, economia e ensino da comuni-cação e media, promovendo a cooperação entre a indústria e academia. De entre as principais actividades desenvolvidas pela associação, destacam-se a organização de conferências, seminários, workshops, publicação de livros, projetos de inves-tigação e outras iniciativas educativas e formativas.

    qualquer actuação indevida da Polícia da Seguran-ça Pública”.

    Em declarações ao JORNAL TRIBUNA DE MA-CAU, Bill Chou considerou que a decisão viola a protecção dos Direitos Humanos que está consagra-da na Lei Básica, concluindo que Macau se tornou já num “estado policial”. O activista sublinhou tam-bém que à luz da argumentação do CCAC a Polícia tem legitimidade para fazer “quase tudo” mesmo que desrespeitando outros “valores fundamentais”.

    O antigo académico da Universidade de Macau critica também o CCAC por “falta de consciência e de conhecimento em relação à protecção dos di-reitos humanos”, apelando ao Governo para seguir a sugestão da Conselho para os Direitos Humanos das Nações Unidas, criando uma Comissão para os Direitos Humanos em Macau.

    Na decisão, o CCAC reconhece que os cidadãos gozam de direito de manifestação mas sublinha que no caso em apreço o grupo de manifestantes não co-municou às autoridades nem possuía a autorização para prosseguir com a manifestação em direcção ao Jardim da Penha, uma versão que é negada por Bill Chou.

    O activista recorda que apesar de pedido ter sido reprovado pela polícia o Tribunal da Última Instân-cia acabaria mais tarde por dar razão aos organiza-dores da manifestação. A “polícia não tinha razões para negar o acesso ao local”, refere Bill Chou.

    O vice-presidente da Associação Novo Macau critica ainda a “baixa eficiência de trabalho” do CCAC que demorou mais de um ano a responder à queixa apresentada.

  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 201410 JTM | LOCAL

    BENTLEY É A MARCA QUE MAIS SE DESTACA ENTRE VEÍCULOS REGISTADOS

    1.096 carros de “superluxo” em circulaçãoA Bentley é a marca de automóveis luxuosos com maior presença nas estradas da RAEM, onde o total das viaturas daquela categoria já ultrapassa o milhar

    As receitas dos casinos em Macau, o principal mo-tor da economia local, estão em queda desde Junho, mas circula muito dinheiro nas ruas da cidade, onde estão regis-tados 1.096 carros considerados de “superluxo”.

    Com apenas 450 quilómetros de estradas, Macau tem regista-dos 523 Bentley, duas centenas e meia de Rolls-Royce, 158 Ma-serati e 131 modelos Ferrari, um número muito elevado num lo-cal com problemas de trânsito e condicionamentos vários.

    Naquela categoria de veícu-los de “superluxo”, divulgada pela Direcção dos Serviços de Tráfego, conta-se ainda um exemplar do Lamborghini Vene-no, um veículo que nem sequer ainda foi homologado e que atinge os 350 quilómetros por hora. Nas estradas de Macau, o limite máximo é 80 quilómetros por hora e apenas em dois qui-lómetros, nas pontes que ligam a península e a ilha da Taipa.

    O sucesso da Rolls-Royce, por exemplo, levou a marca a abrir uma loja exclusiva, com opção de múltiplas escolhas de interiores exclusivos, desenha-

    dos à medida de quem paga.A Lamborghini tem um re-

    gisto de 106 carros, entre os quais o SE30, comemorativo dos 30 anos da marca em 1994 e do qual só foram produzidas 150 unidades.

    Já a Mclaren tem 13 veículos registados, entre os quais o P1 Coupe, o sucessor hibrido do McLaren F1.

    Os proprietários dos veículos podem também optar por matrí-culas personalizadas, como é o caso de um Lamborghini Aven-tador LP700 que exibe a placa “ONE”.

    Mas escolher um nome ou número para o carro não é de borla e quem quer ostentar qualquer coisa de muito espe-cial, como a palavra “LOVE” ou “ONE” terá de pagar um milhão de patacas por cada cha-pa para o carro. Na cidade, só existem 19 matrículas persona-lizadas.

    Os que pretendem apre-sentar números, normalmente associados à sorte e à fortuna, apresentam propostas em lei-lões de venda de matrículas es-peciais não apenas para carros, mas também para motociclos.

    Muito concorridos, os três lei-lões de 2014 geraram uma re-ceita adicional de 35,1 milhões de patacas com a venda de 559 números para automóvel e 484 para motociclos.

    Dados de Setembro deste ano indicam que circulavam em Macau 236.334 veículos, dos quais 106.319 veículos ligeiros e 7.065 pesados e ainda 122.950 motociclos e ciclomotores.

    Os carros de superluxo re-presentam cerca de 10% do total de ligeiros, mas quando passam não deixam ninguém indiferente.

    JTM com Lusa

  • JTM | LOCAL 11 Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014

    PEÇA COM NOVE METROS DE ALTURA EXPOSTA A PARTIR DE MARÇO

    Arte de Joana Vasconcelos “abraça” MGMA Grande Praça do MGM Macau vai ser dominada em meados de Março por mais uma invulgar peça têxtil da artista portuguesa Joana Vasconcelos, que desde 2004 têm protagonizado vários trabalhos inspirados nas Valquírias, célebres figuras da mitologia nórdica

    A artista Joana Vasconcelos vai criar uma peça com nove me-tros de altura por 34 de compri-mento intitulada “Valquíria” para ins-talar na Grande Praça, no MGM Macau, em 2015, anunciou o ateliê da criadora.

    Prevista para ser instalada em Mar-ço, a peça “Valkyrie Octopus” é, segun-do o ateliê, a “mais complexa” peça da série “Valquíria” criada até ao momen-to e será exposta na Grande Praça do MGM Macau.

    “Valkyrie Octopus” incorpora luz LED (Light Emitting Diode) e os seus braços irão estender-se ao longo de 34 metros pela praça, onde a inauguração está prevista para o dia 15 de Março.

    De acordo com o ateliê, em Lisboa, a artista vai realizar no próximo ano ex-posições em Macau, no Brasil, em Sin-gapura, na Suíça, e no Reino Unido.

    A artista terá no próximo ano uma peça no Rio de Janeiro, no Brasil, a con-vite do Comitê RIO450, que irá celebrar os 450 anos da fundação da cidade.

    Este mês, em Lisboa, a artista apre-sentou esta nova peça nos Paços do Con-celho: trata-se de um Galo de Barcelos com sete metros de altura, coberto de azulejos e também com luzes LED que ficarão acesas durante a noite. O galo fi-

    cará colocado na Praia do Leme, junto ao bairro de Copacabana, e será inaugura-do a 10 de Junho, Dia de Portugal, de Ca-mões e das Comunidades Portuguesas.

    Ainda no Brasil, depois de ter par-ticipado na exposição “Ciclo”, com ar-tistas de 13 países, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo, será em 2015 apresentada na filial da mesma en-tidade em Brasília.

    “Ciclo” celebra os 100 anos da cria-ção das primeiras peças de arte “ready--made” criadas pelo artista Marcel Du-champ, e integra a obra “A Noiva”, de Joana Vasconcelos, apresentada pela primeira vez no Brasil.

    Entre os projectos previstos pela ar-tista para o próximo ano estão ainda a criação de uma nova obra da série “Cas-tiçais” para a Rothschild Foundation,

    entidade filantrópica com sede em Lon-dres. Duas torres gigantes compostas por garrafas de vinho serão instaladas nos jardins de Waddesdon Manor, em Buckinghamshire, com inauguração prevista para 16 de Abril.

    A exposição colectiva “Chapeaux!”, já apresentada em Paris, viaja agora pela Suíça. Joana Vasconcelos participa neste projeto com “Microvalkyrie”, a mais pequena “Valquíria”, suspensa a partir de um chapéu de coco.

    Ainda em 2015, a artista irá estar re-presentada na Art Stage Singapore pela Pearl Lam Galleries, com a obra “Tetris 17th Century” instalada no centro da feira.

    Joana Vasconcelos, 42 anos, nascida em Paris, mas a residir em Lisboa e com ateliê na capital portuguesa, tornou-se na primeira mulher e criadora mais jo-vem a expor algumas das suas obras no Palácio de Versailles, em Paris, em 2012.

    Representou oficialmente Portu-gal na Bienal de Arte de Veneza 2013, num projecto comissariado por Miguel Amado, que levou um cacilheiro trans-formado em obra de arte ao recinto principal da mostra internacional con-temporânea.

    JTM com Lusa

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    Joana Vasconcelos vai criar peça para instalar no MGM Macau

    Benfica de Macau empata com Rangers de Hong Kong em jogo de apresentaçãoNem todo o plantel esteve presen-te, mas o Benfica de Macau fez a apresentação oficial da equipa para a temporada do futebol de Macau que se aproxima. A formação de Bruno Álvares, que ganhou tudo na época passada (campeonato, taça e bolinha), defrontou o Rangers da I Divisão de Hong Kong e empatou a uma bola. O Rangers marcou pri-meiro, pelo espanhol Yago Gonza-lez, tendo os “encarnados” igualado por Cuco, na sequência de um pon-tapé de canto. O Benfica já utilizou os seus principais reforços, casos do português Marco Meireles, do gui-neense Juary e do chinês de Macau, Chan Man, ex-Monte Carlo. No fi-nal do desafio realizado no Estádio da Universidade de Ciência e Tec-nologia, o treinador das “águias” do território considerou que o ritmo competitivo foi positivo. “Nós te-mos cerca de 20 dias de preparação e o Rangers tem já três meses de competição, por isso foi positivo. O jogo serviu para testar um ou outro jogador, integrar os novos elemen-tos da melhor forma e aumentar a polivalência de posições”. Fica a curiosidade do Rangers se ter apre-sentado com duas caras conhecidas do futebol de Macau, que estão à experiência, os brasileiros Mayckol Sabino (ex-Chau Pak Kei) e o spor-tinguista Edgar Souza e Silva, que confirma negociações, “mas nada está decidido”.

    V.R.

    O Fundo das Indústrias Culturais já aprovou 44 pedidos de um total de 200 candidaturas que foram avaliadas. Para além destas, cerca de uma centena de candidaturas ainda de-verão ser avaliadas.

    O presidente do Conselho da Admi-nistração do Fundo das Indústrias Cultu-rais, Leong Heng Teng, revelou que pre-tende terminar os trabalhos de avaliação antes de Fevereiro do próximo ano. Além disso, o responsável disse que o fundo pretende criar diferentes plataformas consoante as características das áreas cul-turais.

    Entre os 44 pedidos aprovados inicial-mente, há seis pedidos que correspon-dem à criação de plataformas de serviço para promover os produtos das indús-trias culturais. O fundo vai distribuir cer-ca de 60 milhões de patacas para apoiar estes seis projectos. Os restantes 34 pedi-dos aprovados dizem respeito a grupos e companhias artísticas, que vão receber mais de seis milhões de patacas de apoio financeiro.

    Além disso, há mais quatro casos que envolvem pedidos de empréstimos, a que o fundo vai atribuir mais de 16 mi-

    Fundo das Indústrias Culturaisaprovou 44 pedidos44 entre 200 pedidos avaliados foram aprovados pelo Fundo das Indústrias Culturais, mas há ainda uma centena de candidaturas que deverão ser avaliadas nos próximos meses. Face ao resultado, o presidente do Conselho da Administração do Fundo das Indústrias Culturais, Leong Heng Teng, acredita que os júris são profissionais e experientes no trabalho de avaliação

    lhões de patacas. Leong Heng Teng re-velou ainda que os mais de 300 pedidos apresentados envolvem mais de três de-zenas de áreas.

    A 9ª reunião da avaliação do Fundo aconteceu no último fim-de-semana e a previsão é de que se realizem mais duas sessões para terminar a avaliação de mais uma centena de pedidos.

    Foi indicado ainda que estes apoios são para aplicar entre três a cinco anos. Em relação ao resultado da avaliação, o mesmo responsável mostrou confiante

    em relação aos júris, achando que são to-dos experientes empresários e especialis-tas em diferentes áreas.

    O referido Fundo começou a receber os pedidos a partir de Junho do presen-te ano e conta com uma dotação de 200 milhões patacas de verbas para apoiar as indústrias culturais. Enquanto o Fundo das Indústrias Culturais visa apoiar em-presas privadas, enquanto o Fundo de Cultura é destinado a artistas individuais e associações sem fins lucrativos.

    V.C.

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  • 12 JTM | ESPECIAL Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014

    Localizada no extremo norte da ilha de Sumatra, Aceh enfrentava uma situação paupérrima com infra-estru-turas demolidas por anos de combates armados e uma população mergulhada no desespero quando ocorreu a ca-tástrofe natural, a 26 de Dezembro de 2004.

    Desde a sua fundação, em 1976, os rebeldes do Movimen-to por uma Aceh Livre (GAM) lutavam pela independência desta província islamita, denunciando a divisão injusta dos importantes recursos naturais da região por parte do gover-no. Nessa altura, conforme recorda a agência AFP, Aceh era ocupada pelo exército indonésio e estava incomunicável do resto do mundo por força de uma guerrilha que causou cer-ca de 15.000 mortos, na sua maioria civis.

    O tsunami, provocado por um terramoto de uma mag-nitude de mais de 9 graus na escala Richter, com epicentro nas profundezas do Oceano Índico, fez com que um gran-de silêncio se abatesse sobre Aceh, até porque as primeiras informações indicavam que as regiões mais afectadas pelas ondas gigantes situavam-se na Tailândia e no Sri Lanka. Al-guns dias depois, a amplitude dos danos sofridos ganhou contornos mais visíveis: quase 170.000 mortos na Indonésia, sobretudo em Aceh, que parecia um campo de batalha. No total, mais de 226.000 pessoas morreram nos países do Ocea-no Índico.

    Com uma importante mobilização internacional em mar-cha, a Indonésia viu-se obrigada a abrir à ajuda humanitária as portas de Aceh, então fechadas a estrangeiros.

    Outra consequência indirecta do maremoto foi o facto dos rebeldes abandonarem a reivindicação de independên-cia total em troca de uma maior autonomia.

    “Está claro que o tsunami precipitou o processo de paz”, afirmou à AFP o analista Sidney Jones, acrescentando que

    Aceh renasceu e conquistou a pazO tsunami que há 10 anos devastou Aceh abriu caminho para a paz na província indonésia, marcada por 29 anos de um mortífero conflito armado entre separatistas e forças pró-governamentais

    “as possibilidades de um retorno ao conflito são muito, mui-to pequenas”.

    Após a assinatura de um acordo de paz a 15 de Agosto de 2005 em Helsínquia, menos de oito meses após o tsuna-mi, os rebeldes depuseram as armas e Jacarta retirou as suas

    tropas de Aceh, concedendo ainda uma amnistia aos mem-bros do GAM e presos políticos.

    Segundo a AFP, muitos ex-funcionários do movimento separatista decidiram regressar a Aceh, onde o GAM se con-verteu em partido político. O actual governador de Aceh,

    Sobreviventes do tsunami de 2004 na Ásia e familiares dos 226 mil mortos na tragé-dia choraram e rezaram nas regiões litorais do Oceano Índico na sexta-feira, em cerimónias que assinalaram o décimo aniversário do desas-tre, cuja marca na região ainda é visível. Quan-do o sismo de magnitude 9,15 abriu uma fissura no fundo do oceano a 26 de Dezembro há uma década, provocou uma onda de até 17,4 metros de altura que atingiu a costa de mais de uma dezena de países, varrendo algumas comunida-

    des do mapa em segundos.Na província indonésia de Aceh, centenas

    de pessoas reuniram-se em homenagem às víti-mas, e muitos choraram enquanto ouviam poe-mas e músicas ou assistiam a uma montagem projectada com imagens da devastação, que só em Aceh matou 126.741 pessoas.

    “Parece que não houve lição maior do que essa para Aceh. É como se as almas dos mortos ainda estivessem connosco”, afirmou o gover-nador da província, Zaini Abdullah, citado pela

    Reuters.Já o vice-presidente Jusuf Kalla declarou que

    a homenagem levou-o às lágrimas, apenas con-soladas pelo acordo de paz que provou que a adversidade pode unir as pessoas e motivar a reconciliação.

    Na quinta-feira, realizou-se uma oração co-lectiva na Grande Mesquita de Banda Aceh, uma das poucas construções que sobreviveu à onda gigante. “Alá manteve a sua casa preser-vada”, disse o imã Azman Ismail.

    Familiares das vítimas também oraram na sepulturas em Hambantota, no Sri Lanka, onde foram colocadas 677 famílias muçulmanas de-pois do tsunami ter destruído a vila. Cerca de 40 mil morreram no Sri Lanka, mas a chuva forte em Hambantota obrigou ao cancelamento das cerimónias agendadas para sexta-feira.

    As homenagens também se estenderam ao parque memorial de Ban Nam Khem, vila de pescadores também devastada no sul da Tailân-dia, país onde se registaram 5.395 mortos, in-

    Ásia homenageou vítimas do tsunami de 2004Vários países da Ásia lembraram a devastação do tsunami de 2004 com cerimónias marcadas por lágrimas e orações

    TailândiaSri Lanka

  • Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014

    Aceh renasceu e conquistou a pazO tsunami que há 10 anos devastou Aceh abriu caminho para a paz na província indonésia, marcada por 29 anos de um mortífero conflito armado entre separatistas e forças pró-governamentais

    tropas de Aceh, concedendo ainda uma amnistia aos mem-bros do GAM e presos políticos.

    Segundo a AFP, muitos ex-funcionários do movimento separatista decidiram regressar a Aceh, onde o GAM se con-verteu em partido político. O actual governador de Aceh,

    Familiares das vítimas também oraram na sepulturas em Hambantota, no Sri Lanka, onde foram colocadas 677 famílias muçulmanas de-pois do tsunami ter destruído a vila. Cerca de 40 mil morreram no Sri Lanka, mas a chuva forte em Hambantota obrigou ao cancelamento das cerimónias agendadas para sexta-feira.

    As homenagens também se estenderam ao parque memorial de Ban Nam Khem, vila de pescadores também devastada no sul da Tailân-dia, país onde se registaram 5.395 mortos, in-

    cluindo 2.000 turistas, e cerca de 3.000 pessoas continuam desaparecidas.

    Na Tailândia, 80 por cento das vítimas mor-reram na província de Phang Nga, onde espe-cialistas de 39 países se juntaram para identifi-car corpos, naquela que foi a maior investigação internacional do género.

    O tsunami também foi recordado na Índia, com cerca de 700 pessoas com flores e cartazes a caminharem entre a praia de Tamil Nadu e um memorial de granito.

    Ásia homenageou vítimas do tsunami de 2004Vários países da Ásia lembraram a devastação do tsunami de 2004 com cerimónias marcadas por lágrimas e orações

    JTM | ESPECIAL 13

    Fátima Cid, antiga jornalista, e Irina Car-valho, funcionária da Administração de Macau, estavam em locais diferentes do país dos sorrisos, mas guardam na memória cenários idênticos: “destruição total” e uma tragédia que muito dificilmente alguém es-quecerá.

    “Lembro-me de tudo. Está tudo presente na minha memória”, diz Fátima Cid recor-dando que estava num hotel na praia de Pa-tong, em Phuket, na Tailândia, mas naquele dia decidiu ir até à praia de Karon, na mesma zona, mas alguns quilómetros mais à frente.

    À chegada à praia, Fátima Cid lembra-se “perfeitamente”, uma frase muito repetida ao mesmo tempo que as lágrimas ainda correm no rosto, “de haver uma extensão enorme de areia molhada, portanto o mar tinha recuado”.

    De repente, continuou, ouve dois apelos em inglês, mas pensou que se tratava de uma brincadeira. Não era. Os pés ficam molhados e Fátima Cid é envolvida no turbilhão de água ficando submersa dentro de uma pe-quena casa na praia.

    “Está tudo muito presente ainda”, acres-centa emocionada e virando um pouco a pági-na das horas que se seguiram. Fala do regres-so a Macau e de ter acordado no chão num m o v i m e n t o como se es-tivesse a na-dar. Tinham passado dois dias da tra-gédia em que se viu envol-vida.

    Não fos-sem assun-tos que tem de tratar em Portugal e Fá-tima Cid re-gressaria este ano a Phuket, para perce-ber como “ e n f r e n t a a situação” porque ainda fica bastante incomodada com notícias e imagens do desastre.

    “Nunca mais consegui ler um livro na praia. Já estive na Tailândia, mas em Pataya, e no Algarve, na praia da Rocha, onde uma maré viva me assustou também”, contou.

    Horas depois do desastre, Fátima C