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C entrais e pág. 14 Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5209 • Sexta-feira, 24 de Março de 2017 10 PATACAS 19 0 C/24 0 C • HOJE Fonte SMG Vai ser criada no IPOR uma certificação de conhecimento de lín- gua portuguesa “reconhecida internacionalmente” para crianças e jovens até aos 17 anos, à semelhança do Programa “Camões Jú- nior”, a ser lançado em Portugal ainda no primeiro semestre, re- velou ao Jornal TRIBUNA DE MACAU a presidente do Instituto Camões. Ana Paula Laborinho destaca a importância da iniciativa tendo em conta o maior investimento da RAEM no Português a partir do ensino básico. ÚLTIMA IPOR “certificará” Português para crianças e jovens Wynn Macau também concede aumentos salariais A Wynn Macau anunciou ontem aumentos salariais entre 2,5% e 6,5%, para todos os funcionários ele- gíveis, excepto os que ocu- pem cargos de gestão, o que, segundo a operadora de jogo, representa quase 98% dos seus 12.400 fun- cionários. De acordo com a empresa, quem auferir mensalmente até 16 mil patacas, beneficiará de um acréscimo de 500 patacas, equivalente a uma subida entre 3% e 6,5%. Por seu turno, os funcionários com remunerações superiores a 16 mil patacas terão di- reito a um aumento médio de 2,5%. As actualizações salariais produzem efeito desde 1 de Março. A Wynn Macau tornou-se assim na quinta operadora de jogo a anunciar publicamente aumentos salariais para 2017. Papa Francisco aprova canonização dos Pastorinhos Pág. 15 Selecções de hóquei de Portugal e Moçambique querem estagiar na RAEM Pág. 18 São Lázaro entre os cinco bairros mais “cool” do mundo DE FONTE LIMPA • Págs. 2 e 3 CTM afasta compensação por falhas no serviço de banda larga sem fios Pág. 9 FOTO JTM ELEIÇÕES PARA CHEFE DO EXECUTIVO SÃO NO DOMINGO Hong Kong em tempo de descrença Viviana Chan Em Hong Kong Aplausos e queixas em dia de estreia Na sua primeira visita a Macau, o Secre- tário de Estado das Comunidades teste- munhou a assinatura de um protocolo entre o Instituto Camões e o Politécnico, visitou o D. Costa Nunes e a EPM, e fez um balanço “francamente positivo” dos encontros com Alexis Tam e Wong Sio Chak, enaltecendo a “boa vontade de cooperação” e o esforço da RAEM em prol da língua portuguesa. Mas, José Luís Carneiro também ouviu queixas sobre os baixos salários dos funcioná- rios do Consulado, assumindo não ter solução para o problema. págs. 4 e 6

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Page 1: Administrador 5209 10 PATACAS IPOR “certificará” Português ... · ... Sérgio Terra • Editora: ... de “banho turco ... Central destacou que Macau é uma cidade que “serve

Centraise pág. 14

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 5209 • Sexta-feira, 24 de Março de 2017 10 PATACAS

190C/240C• • • HOJE

Fonte SMG

Vai ser criada no IPOR uma certificação de conhecimento de lín-gua portuguesa “reconhecida internacionalmente” para crianças e jovens até aos 17 anos, à semelhança do Programa “Camões Jú-nior”, a ser lançado em Portugal ainda no primeiro semestre, re-

velou ao Jornal TRIBUNA DE MACAU a presidente do Instituto Camões. Ana Paula Laborinho destaca a importância da iniciativa tendo em conta o maior investimento da RAEM no Português a partir do ensino básico. ÚLTIMA

IPOR “certificará” Português para crianças e jovens

Wynn Macau também concedeaumentos salariaisA Wynn Macau anunciou ontem aumentos salariais entre 2,5% e 6,5%, para todos os funcionários ele-gíveis, excepto os que ocu-pem cargos de gestão, o que, segundo a operadora de jogo, representa quase 98% dos seus 12.400 fun-cionários. De acordo com a empresa, quem auferir mensalmente até 16 mil patacas, beneficiará de um acréscimo de 500 patacas, equivalente a uma subida entre 3% e 6,5%. Por seu turno, os funcionários com remunerações superiores a 16 mil patacas terão di-reito a um aumento médio de 2,5%. As actualizações salariais produzem efeito desde 1 de Março. A Wynn Macau tornou-se assim na quinta operadora de jogo a anunciar publicamente aumentos salariais para 2017.

Papa Franciscoaprova

canonizaçãodos Pastorinhos

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Selecções de hóquei de Portugal e Moçambique querem estagiar na RAEM

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São Lázaro entreos cinco bairros

mais “cool” do mundoDE FONTE LIMPA • Págs. 2 e 3

CTM afasta compensaçãopor falhas no serviço

de banda larga sem fiosPág. 9

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ELEIÇÕES PARA CHEFE DO EXECUTIVO SÃO NO DOMINGO

Hong Kong em tempo de descrença

Viviana ChanEm Hong Kong

Aplausos e queixasem dia de estreiaNa sua primeira visita a Macau, o Secre-tário de Estado das Comunidades teste-munhou a assinatura de um protocolo entre o Instituto Camões e o Politécnico, visitou o D. Costa Nunes e a EPM, e fez um balanço “francamente positivo” dos encontros com Alexis Tam e Wong Sio Chak, enaltecendo a “boa vontade de cooperação” e o esforço da RAEM em prol da língua portuguesa. Mas, José Luís Carneiro também ouviu queixas sobre os baixos salários dos funcioná-rios do Consulado, assumindo não ter solução para o problema.

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JORNAL TRIBUNA DE MACAUPropriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Editora: Liane Ferreira • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Pedro André Santos, Rima Cui e Viviana Chan • Correspondentes: Ricardo Jorge (Portugal) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Costa Santos Sr., Fátima Almeida, Helder Fernando e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Fotógrafo: Alex Sampaio • Secretária de Redacção: Carmen Sou • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected] • Fax: 28389886) • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua • Exclusivos: Finantial Times, Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

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O amor em sítiosinesperados - IComeçou na terça-feira a Primavera e, apesar do território estar em fase de “banho turco”, reinando o cinzento e o nevoeiro, o amor continua a andar no ar, segundo reza a tradição. Assim, começa a adivinhar-se a época dos matrimónios e das sessões de fotografias pré-casamento, com os casais rodeados de equipas de filmagens, maquilhagem e guarda-chuvas fotográficos a passearem pelo território. E ainda bem, porque este também pode ser um caminho para a diversificação económica: destino fotográfico.

O amor em sítiosinesperados - IINeste sentido, são de louvar e elogiar as belas fotografias tiradas em Macau, em locais mais comuns como a Igreja da Penha ou os Lagos Sai Van. Mesmo as que são captadas em locais inesperados, podem tornar-se em obras de arte, graças ao engenho do artista, como é o caso deste trabalho incluído numa campanha publicitária de um estúdio de fotografia. Um local de passagem, mas tão ignorado como a rotunda da Praça Ferreira do Amaral, ganhou nesta sessão um ar romântico que parecia saído de um universo alternativo.

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DO BAÚDE RECORDAÇÕES

A primeira pedra do “Flower City”, um dos empreendimentos da

urbanização da baixa da Taipa, foi lançada em Janeiro de 1990 pelo Governador Carlos Melancia, no âmbito do “plano integrado” de

desenvolvimento para o período de transição”. Orçado em 524 milhões

de patacas, o projecto foi promovido pela Sociedade de Investimento da Taipa, “joint-venture” entre a “China State Engeneering”, que subscreveu 80% do capital, e empresas locais.

À vontade do freguês – I Embora o estacionamento seja um dos principais “pontos negros” de Macau a qualquer hora do dia, quanto mais não seja porque a oferta é inferior à procura, há sempre períodos mais complicados e locais mais complicados para encontrar um lugar vago. Ou, pelo menos, e com alguma sorte, para conseguir estacionar sem ter de recorrer a grandes acrobacias.

À vontade do freguês – II Na Calçada de Santo Agostinho (por acaso onde “nasceu” a Tribuna de Macau), uma das zonas onde é raro encontrar um espaço para estacionar, DE FONTE LIMPA detectou uma situação caricata. Em frente a um prédio foram colocadas seis cadeiras para bloquear o estacionamento, pelo que concluímos que só poderia ser para reservar o lugar. A menos que alguém, num acesso de “generosidade” tenha decidido colocar as suas cadeiras velhas e sem uso à disposição e vontade do “freguês”, certamente tão cansado das vicissitudes do trânsito.

A Torre como soluçãopara a acrofobia?– IA CNN publica com frequência artigos relacionados com o turismo, falando de locais um pouco por todo o mundo. Quem sabe se numa tentativa de inovar na forma como relata a mensagem que procura passar, por vezes, adopta um tom sarcástico. Assim, num artigo publicado na quarta-feira, a conhecida cadeia norte-americana lança um desafio aos leitores: “Quer ultrapassar o medo das alturas? Talvez saltar de uma das maiores pontes ou torres do mundo seja a solução”.

A Torre como soluçãopara a acrofobia?– IICom 233 metros, a Torre de Macau ocupa o topo da lista dos “15 melhores sítios para bungee-jumping” do mundo, destaca o artigo. “Quando se ouve o nome de Macau pode-se pensar em jogo e casinos, mas Macau não é só perder a herança nas ‘slot machines’. Foi em Macau que o neozelandês Alan John Hackett criou um “salto” com 233 metros de altura, que atingiu o recorde do Guiness de “mais alto bungee jump comercial” em 2007.

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Doces para todos os gostos e feitios O Studio City promete, pelo menos até 31 de Maio, seduzir os amantes de vários tipos de doçaria. Mais de 70 sobremesas pensadas ao detalhe e preparadas com minuciosidade estarão à disposição de segunda a domingo na praça “Times Square Macau”. Macarons, donuts, waffles e muitos chocolates podem ser degustados no “Mercado Doce” que inclui ainda sobremesas que representam espaços como o “Holy Cheese” ou “Cakez Café”, entre outros.

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A Torre como soluçãopara a acrofobia?– IIIAlém da Torre de Macau, a lista de “bungee-jumping” elaborada pela CNN é composta pelo “Verzasca Dam”, em Ticino, na Suíça, com 220 metros, a “Bloukrans Bridge”, na África do Sul, que tem 216 metros, a “Niouc Bridge”, também na Suíça, “Altopiano di Asiago”, em Itália ou os “Sky Breakers”, na Finlândia.

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Sexta-feira, 24 de Março de 2017 JTM | LOCAL 03

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São Lázaro entre os cinco bairros mais “cool” do mundo – INuma altura em que o líder da Administração Nacional de Turismo do Governo Central destacou que Macau é uma cidade que “serve de exemplo para toda a China” no que diz respeito ao panorama turístico, talvez seja interessante recordar o que faz com que o território se destaque neste campo. A “Smarter Travel”, publicação que publica artigos direccionados para viajantes, destacou esta semana o bairro de São Lázaro.

São Lázaro entre os cinco bairros mais “cool” do mundo – IINum artigo denominado “Os cinco bairros mais ‘cool’ de que ainda não ouviste falar” foi incluída a zona de São Lázaro. A publicação destaca a Igreja de São Lázaro como “um modesto exemplo da Macau Antiga que destaca esta zona artística”. “Esta área tem imensas lojas de roupa, galerias de arte e cafés para responder às necessidades de quem passa pelo bairro”, apesar de passar “frequentemente” despercebida aos turistas.

São Lázaro entre os cinco bairros mais “cool” do mundo – IIIÉ ainda referido que o Bairro de São Lázaro é óptimo para explorar a gastronomia macaense, “aquela deliciosa fusão entre sabores portugueses e do Sul da China que conta a história da cidade”. Mais uma razão para as autoridades tomarem atenção aos edifícios que ali estão em estado visivelmente degradado. Na mesma lista de bairros “cool” menos conhecidos estão ainda o “Northern Quarter”, em Manchester, “Northbridge”, em Perth, “Bushwick, em Brooklyn, e Vila Madalena, em São Paulo.

“Fantasma” encantadocom Macau – IIINo entanto, ao seu olhar atento também não passaram despercebidos os mais emblemáticos casinos fora do COTAI, como o Grand Lisboa e o Lisboa, e zonas associadas ao Património como o bairro de São Lázaro, o Albergue da Santa Casa da Misericórdia e o Cemitério São Miguel Arcanjo, as Ruínas de São Paulo, o Largo do Senado e a Fortaleza do Monte. Vêem-se ainda imagens do Jardim Lou Lim Ioc.

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ID “Fantasma” encantadocom Macau – IUm dos protagonistas do espectáculo “Three Phantoms”, que tem ocupado o palco do Teatro do Parisian nos últimos tempos, está a gostar muito da estadia em Macau e não o esconde de ninguém, partilhando mesmo a sua satisfação no “Twitter”. Na sua conta, o cantor norte-americano Kieran Brown tem vindo a publicar regularmente fotografias e vídeos de vários momentos que vão para além do espectáculo que o trouxe à RAEM.

“Fantasma” encantadocom Macau – IIApesar de ter começado por publicar imagens das actuações, mais recentemente optou por partilhar com o mundo imagens do COTAI, onde está hospedado, de saídas à noite com outros membros do elenco e da equipa técnica que garante que os concertos decorrem sem sobressaltos, nomeadamente, na celebração do Dia de São Patrício, e até do sol que apareceu após “oito espectáculos”.

Mulheres desportivas – I Desde 2003 que o Instituto do Desporto e a Associação Geral das Mulheres organizam o “Festival Desportivo das Mulheres de Macau”, evento que este ano contou com a participação de mais de 6.000 participantes provenientes de 61 entidades, num total de cerca de 81 equipas. Com idades compreendidas entre os 18 e 60 anos, as participantes aderiram com entusiasmo a actividades físicas insólitas, como “corridas de dragões” insufláveis.

Mulheres desportivas – IIPara além disso, 400 assistiram a um seminário sobre os benefícios dos exercícios aeróbicos, nomeadamente da belas caminhadas. Para animar ainda mais a festa e incentivar o desenvolvimento do hábito da prática desportiva, a organização convidou grupos de Pequim, Guam, Hengqin, Hong Kong, Indonésia, Filipinas, Xangai, Singapura, China Taipé e Tailândia, para participarem nos jogos e exibições no Senado.

Wynn eleito “ícone” da hospitalidade – IA Escola de Administração de Hotelaria da Universidade de Cornell (SHA), em Nova Iorque, vai atribuir o prémio “Ícone da Indústria” a Steve Wynn, em reconhecimento pelo seu contributo para o desenvolvimento dos sectores do jogo e hospitalidade, bem como pelo legado filantrópico. O presidente e CEO da Wynn Resorts receberá assim a principal distinção da 9ª edição dos prémios “Cornell Hospitality Icon e Innovator”, numa gala agendada para 6 de Junho em Nova Iorque.

Wynn eleito “ícone” da hospitalidade – II“Wynn revigorou o panorama do turismo de Las Vegas através de

um excepcional serviço ao cliente para oferecer uma experiência incomparável aos hóspedes”, justificou Kate Walsh, directora interina da SHA, acrescentando que “ele criou alguns dos hotéis mais luxuosos do mundo” nos EUA e em Macau. Figura central da revitalização da “strip” de Las Vegas na década de 1990, Wynn deixou a sua marca em vários dos “resorts” mais conhecidos da cidade.

Wynn eleito “ícone” da hospitalidade – IIISteve Wynn, que em 2014 foi considerado pela “Harvard Business Review” como o 17º CEO com melhor desempenho no mundo, iniciou-se na indústria do jogo em 1963, quando assumiu as salas de bingo da sua família em Maryland. Depois de se mudar para Las Vegas,

inaugurou em 1989 o “Mirage”, o seu primeiro grande “resort” na “strip”, seguindo-se o “Treasure Island” (1993) e o “Bellagio (1998), que na época era o hotel mais caro do mundo.

Wynn eleito “ícone” da hospitalidade – IVApós a listagem na Bolsa, em 2002, a Wynn Resorts lançou novos “resorts” em Las Vegas e empreendimentos de “referência” em Macau, sublinha a SHA, recordando que o projecto mais recente é o “Wynn Boston Harbor”, com abertura prevista para 2019. “Além do seu trabalho na hospitalidade, Wynn é conhecido pela sua colecção de obras de arte e o compromisso filantrópico de apoiar as comunidades onde construiu resorts e casinos”, frisa ainda a instituição.

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Sexta-feira, 24 de Março de 201704 JTM | LOCAL

Inês Almeida

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A presidente do Instituto Camões vê o protocolo ontem assinado com o Instituto Politécnico de Macau como uma formalidade que vem conferir ainda maior importância ao trabalho já desenvolvido em conjunto pelas duas instituições no sentido de melhorar o ensino do Português. Ao mesmo tempo, Ana Paula Laborinho acredita que, deste modo, será mais fácil pensar projectos futuros, que vão passar por uma aposta nas novas tecnologias

O protocolo ontem assi-nado entre o Instituto Camões e o Instituto

Politécnico de Macau (IPM), no Consulado-Geral de Portugal na RAEM, vem “consignar um trabalho que já vinha sendo de-senvolvido há muitos anos mas que agora ganha uma expressão e podemos projectar o futuro”, entende a presidente do Institu-to Camões.

Essas estratégias futuras vão abranger vários domínios. “O que pretendemos é que mais empresas se associem, não tanto pela contribuição que possam dar, mas pela associação à mar-ca que representamos e porque consideramos que cada vez mais a língua portuguesa é re-levante para os negócios, sendo necessário estabelecer este tipo de parcerias”, sublinhou Ana Paula Laborinho.

O crescente recurso às novas tecnologias é outra das preocu-pações. “Cada vez mais traba-lhamos em plataformas digitais porque entendemos que elas nos permitem chegar mais longe. O IPOR vai apresentar [na assem-bleia geral] os resultados em re-lação a 2016, com 4.500 alunos, o que já é muito assinalável, mas é preciso chegarmos mais longe e atrairmos os alunos com outro tipo de metodologias”.

Assim, indicou Ana Paula Laborinho, o Instituto Camões tem estado a trabalhar com “plataformas tecnológicas que permitam multiplicar o público que consegue aceder” à oferta de conteúdos. “Vamos lançar uma aplicação multiplataforma para o ensino do Português”, assegurou.

De qualquer modo, a res-ponsável entende que “a gran-de vantagem” do trabalho que desenvolve a par do IPOR está relacionada com a possibilidade de criar plataformas dirigidas “especificamente para públicos de língua chinesa”. “Temos de

Camões aposta em “plataformas digitais”

preparar a nossa oferta para pú-blicos específicos e, neste caso, de língua chinesa, com tradução de alguns conteúdos, introdu-ção de materiais mais apelativos para este público, como imagens em que também se sintam repre-sentados”.

Outra vertente da coopera-ção passa pela formação de pro-fessores e trabalho conjunto de investigação. “É preciso investi-gar a forma de chegar a esse pú-blico e é esse trabalho que que-remos desenvolver também com o IPM, não só directamente, mas numa acção mais vasta que será a da Ásia-Pacífico, como tam-bém numa penetração ao nível da China”.

Por seu turno, o presidente do IPM sublinhou que o âmbito da cooperação prevista por este protocolo é vasto. “A primei-ra área está relacionada com os projectos de investigação, com certeza sobre o ensino da língua e culturas lusófonas, depois te-mos a preparação de materiais didácticos e edição de livros, trabalhos que vão ser feitos por

ambas as parte”, apontou Lei Heong Iok.

Há ainda uma terceira área focada nos materiais para do-centes, investigadores e até for-mandos, criados pelo Instituto Camões e a certificação, por parte desta entidade, das acções de formação promovidas pelo IPM, não apenas em Macau mas também na China e na região da Ásia-Pacífico.

“Com a assinatura deste pro-tocolo, de mãos dadas, vamos fazer mais e melhor porque Ma-cau merece, a China precisa e os países lusófonos estão à nossa espera”, destacou o presidente do IPM, frisando que a coopera-ção é bilateral, com a instituição que dirige a dar apoio no ensino da língua chinesa.

“Além de estudantes vindos de Portugal, também já temos alunos de Cabo Verde, uma tur-ma inteira que está a tirar chinês e gestão hoteleira, além de ou-tros do Brasil, que estão a fazer a aprendizagem da língua chi-nesa. A plataforma não tem uma direcção, tem duas”.

A nível governamental, Lei Heong Iok mostra-se confiante no apoio do Governo Central ao ensino da língua portuguesa, bem como no do Executivo de Macau. “Temos recebido muito mais apoio do Secretário Alexis Tam, além de orientações para o ensino da língua e cultura por-tuguesas”.

O “bom exemplo” de MacauPara o Secretário de Estado

das Comunidades Portuguesas “o protocolo que acaba de ser assinado é a demonstração de que há um trabalho de coorde-nação que tem várias entidades a concorrer para esse esforço”. O protocolo assinado ontem, ad-jectivado de “muito importante” pelo Secretário de Estado, visa “reforçar esta vinculação àque-la que é a nossa Pátria, que é a nossa língua, porque ela com-porta valores, uma cultura, uma identidade, uma relação com o mundo”.

“A República Popular da China tem hoje uma estratégia de afirmação no mundo em que

um dos eixos fundamentais é o da maior coordenação. Esse também é um esforço que o Estado português está a fazer na relação com as autoridades de Macau”, destacou José Luís Carneiro, sublinhando a “conju-gação de esforços” entre o Insti-tuto Camões e o IPOR.

O governante chamou ainda a atenção para a “demonstração das boas parcerias público-pri-vadas em que há, não apenas actores públicos, mas também actores privados que conjugam esforços para defender, promo-ver e afirmar a língua e cultu-ra portuguesa em Macau e em toda a Ásia”.

José Luís Carneiro acredita que “Macau é um bom exemplo da defesa e da afirmação da lín-gua portuguesa, não apenas na China”. Ainda assim, deu des-taque ao facto de nos últimos anos ter subido de três para 30 o número de instituições de en-sino superior do Continente a ensinar Português.

“Sublinhei os esforços que são feitos para desenvolver a língua na China, nomeadamen-te para que o Português esteja também nas escolas secundárias de Macau, numa rede que se está a construir e a alargar tam-bém a Portugal e que é da maior importância, pois, é a partir do ensino secundário que podemos perspectivar uma maior inser-ção da língua no ensino supe-rior, na investigação, na ciência e na produção de conhecimen-to”.

Ao mesmo tempo, referiu José Luís Carneiro, a China é um país onde existe vontade, por parte das autoridades, de con-tinuar a apostar no Português, quer como ligação aos países lusófonos de África, quer com toda a Ásia-Pacífico.

“Os portugueses estiveram na génese de muitas socieda-des, muitos projectos nacionais e até, nalguns casos, na origem de Estados-Nação em África, na Ásia e na América Latina”, apontou, referindo que a língua portuguesa é um valor que deve continuar a “constituir um ali-cerce essencial da afirmação de Portugal no mundo e, natural-mente, uma relação privilegiada com Macau”.

José Luís Carneiro teve encontro com BNU e AICEPO Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal pretende “reassumir a in-ternacionalização do investimento estrangeiro”, através de “políticas de coo-peração e desenvolvimento para apoiar as empresas portuguesas no estran-geiro”, salientou ontem o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesa. Num encontro com representantes da Agência para o Investimento e Comér-cio Externo de Portugal (AICEP) e o Banco Nacional Ultramarino (BNU), José Luís Carneiro agradeceu o “trabalho desenvolvido em Macau” pelas várias instituições que representam e divulgam o nome de Portugal. Além disso, dei-xou uma mensagem de estímulo aos empresários locais e manifestou a “dis-ponibilidade de Portugal para, em conjunto, encontrar a melhor metodologia de continuar a fazer de Portugal uma verdadeira plataforma na relação com todos os países”. Por sua vez, Pedro Cardoso, presidente da Comissão Execu-tiva do BNU, enfatizou o “papel ímpar” que o BNU tem em Macau entre as di-versas comunidades, com a portuguesa a continuar a ter “elevado destaque”.

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BNU

Protocolo consolida cooperação entre Instituto Camões e IPM

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JTM | LOCAL 05Sexta-feira, 24 de Março de 2017

Lisboa aplaude apoio da RAEM ao Português

Nos encontros com os Secretários para os Assuntos Sociais e Cul-tura e para a Segurança, José

Luís Carneiro constatou a inexistência de “qualquer assunto que mereça reparos da parte das autoridades macaenses”. “Fundamentalmente há um reconheci-mento da boa vontade de cooperação e de intensificar as relações políticas a nível institucional”, disse.

Com Alexis Tam, falou sobre Educa-ção e Cultura. No domínio do ensino, foi expressa a “vontade” dos dois Governos de sistematizarem “um conjunto de in-formações úteis para aqueles que querem estudar em Portugal”. “Sentimos que é preciso dar uma outra eficácia às condi-ções de informação e de esclarecimento sobre o modo como se podem candidatar às instituições de ensino superior em Por-tugal e como depois podem habilitar-se aos apoio do Estado português”, subli-nhou o Secretário de Estado das Comuni-dades, à margem de uma visita à Escola Portuguesa de Macau, que se seguiu a uma passagem pelo Jardim de Infância D. José da Costa Nunes.

Reconhecendo a vontade “muito grande” das autoridades da RAEM no es-forço pela “afirmação e defesa da língua portuguesa”, José Luís Carneiro garantiu que as instituições académicas portugue-

Traçando um balanço “francamente positivo” dos encontros com Alexis Tam e Wong Sio Chak, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas sublinhou que os dois Governos manifestam uma “boa vontade de cooperação e de intensificar as relações políticas”. Na área da educação, ficou acordado que o acesso de estudantes locais ao ensino português será facilitado com informações mais sistematizadas

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sas têm “desenvolvido um esforço” para “garantir oportunidades de qualificação aos estudantes que vivendo em Macau querem estudar em Portugal”.

Além disso, enalteceu a RAEM pela aposta na promoção do Português atra-vés de projectos como o “a extensão do ensino da língua portuguesa ao secun-dário e no âmbito do primeiro ciclo”. “Constitui um objectivo das autoridades não apenas transpor a oferta de ensino de língua portuguesa para o secundário mas também para o primário o que é, em si mesmo, uma conquista muito importante e um reconhecimento da importância da língua portuguesa”, vincou.

Por sua vez, Alexis Tam reiterou que Macau deseja tornar-se num centro de intercâmbio cultural entre a China e os países lusófonos, por isso, “o aprofunda-mento da cooperação com Portugal na área cultural, será importante para a con-cretização daquele objectivo”.

Mais apoio para o Património A reunião com Alexis Tam também

permitiu traçar alguns objectivos e von-tades concretas na área da promoção cultural,. “Ficou estabelecido que Portu-gal procuraria aprofundar as relações de

carácter cultural tendo em vista valorizar os elementos comuns da gastronomia macaense que integram elementos portu-gueses”, explicou José Luís Carneiros.

Nesse sentido, e porque Macau ambi-ciona o estatuto de Cidade Gastronómica da UNESCO, será “possível aprofundar a cooperação com Portugal no âmbito da promoção e valorização do patrimó-nio macaense na relação com o patrimó-nio material e imaterial português”. O Secretário das Comunidades apontou como uma vontade comum “fazer des-se Património um alicerce e um esteio da promoção do turismo e dinamização da economia macaense quer também da portuguesa”.

Em cima da mesa ficou ainda a possi-bilidade de Portugal ajudar a RAEM na criação de uma “nova unidade cultural de valorização do património” local. “Além do reconhecimento que o movimento da diáspora portuguesa em Macau já tinha no Museu de Macau, poderá vir a ter uma nova dimensão de expressão pública que será naturalmente muito voltada para a dinamização do turismo e economia nessa nova estrutura que poderá a vir ser criada pelas entidades macaenses”, acres-centou.

Nesta primeira visita oficial ao terri-tório, José Luís Carneiro reuniu-se ainda com o Secretário Wong Sio Chak, aprovei-tando para destacar o acompanhamento que a tutela da segurança tem dado “aos portugueses que aqui se encontram pro-curando salvaguardar os seus direitos fundamentais”. “O balanço é francamen-te positivo e fiquei com uma noção mui-to clara de que há um profundo respeito pelo trabalhos de elevada qualidade de-senvolvida nos nossos serviços consula-res”, apontou José Luís Carneiro.

Wong Sio Chak partilhou com o go-vernante português o facto de se ter assis-tido a uma “redução muito significativa dos indeferimentos das autorizações re-lativas à deslocação de cidadãos que que-rem obter um estatuto que lhes permita deslocar e circular para Portugal”. Sobre essa matéria, reconhece que tem havido um “esforço no sentido de também agili-zar as autorizações de residência em Por-tugal destinadas à realização de inves-timentos em Portugal”. “Verifiquei que há um reconhecimento do Secretário do trabalho que tem vindo a ser desenvolvi-do pela autoridade consular que realizou mais de 60 mil atendimentos em 2016”, concluiu.

Catarina Almeida

Assegurando que não recebeu qualquer ques-tão objectiva relacionada com dificuldades na obtenção da nacionalidade, o Secretário de Es-

tado das Comunidades Portuguesas sublinhou que o Governo de Lisboa continua a debater o modelo de regulamentação para atribuição da nacionalidade, asse-gurando que “nos próximos tempos” será levada uma proposta à Assembleia da República.

Posteriormente, os próprios partidos tomarão algu-

Língua ainda é critério para ter nacionalidadeA Lei da Nacionalidade está a ser alvo de revisão com o objectivo de beneficiar, nomeadamente, netos de portugueses, o que pode significar “processos mais célebres” neste campo. José Luís Carneiro aponta que a ligação à Língua Portuguesa é um critério que consta já da lei actual, devendo no futuro ser introduzido um mecanismo que agilize o reconhecimento da nacionalidade a cidadãos nascidos em países lusófonos

Inês Almeida mas iniciativas para permitir que seja facilitado o pro-cesso para os descendentes de portugueses. Isso pode significar “processos mais céleres no reconhecimento dessa vinculação”.

No que respeita aos atrasos na atribuição da nacio-nalidade, José Luís Carneiro defende que pode ter duas justificações. Em primeiro lugar, “a procura, que tem sido muito grande” e que, “em si mesma constitui a de-monstração concreta de que Portugal é um país ao qual se querem vincular muitos dos descendentes desde os tempos mais longínquos”.

Por outro lado, “há matérias que têm a ver com a se-

gurança nacional que devem ser devidamente acautela-das” e que estão incluídas na Lei da Nacionalidade.

De qualquer modo, frisou que “a lei vai introduzir um mecanismo que agilizará o reconhecimento” e que tem a ver com o facto de [os requerentes] serem cidadãos nascidos em países lusófonos. “Não há maior e mais cla-ra vinculação do que serem nascidos em países de lín-gua oficial portuguesa”, defendeu.

“A expressão ‘em língua portuguesa’ é um marco muito importante e, por isso, se constituiu uma comuni-dade dos países de língua portuguesa” que tem em vista protegê-la, defendê-la, apoiá-la e divulgá-la.

“Quem quer obter nacionalidade portuguesa, natu-ralmente, significa que quer entrar nesse mundo de va-lores de uma cidadania portuguesa e assume também o compromisso com os valores”, destacou José Luís Car-neiro.

A discussão que “importa” prende-se com perceber que “Portugal é um país procurado por vários cidadãos do mundo como uma Pátria que tem valores que que-rem partilhar e defender na sua vida futura”.

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JTM

José Luís Carneiro encontrou-se ontem com Alexis Tam (na foto) e Wong Sio Chak e visitou a EPM

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Sexta-feira, 24 de Março de 201706 JTM | LOCAL

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ARQ

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“Sem solução” para baixos salários no ConsuladoOs salários dos funcionários do Consulado-Geral de Portugal em Macau, considerados baixos para a média do território, motivaram ontem queixas ao secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que disse não ter solução para o problema

Maria João Bonifácio assume funções

de delegada no FórumMaria João Bonifácio, delegada da Agência para o Investimento e Co-mércio Externo de Portugal (AICEP) substituirá Vítor Sereno como dele-gada de Portugal no Fórum Macau. Por outro lado, Rodrigo Brum passará a ser secretário-geral adjunto do Fó-rum, confirmou o Cônsul-Geral Vítor Sereno aos jornalistas. Recorde-se que Rodrigo Brum trabalhou em Macau na década de 1990, desempenhando funções de chefe de gabinete de Ví-tor Pessoa, secretário-adjunto para a Economia e Finanças do Governo de Rocha Vieira, além de ter exercido o cargo de director geral e presidente do Conselho de Gerência da Socieda-de do Parque Industrial da Concórdia (SPIC). A estrutura do Secretariado Permanente do Fórum integra um se-cretário-geral (Xu Yingzhen, indicada por Pequim), dois secretários-gerais--adjuntos, um deles nomeado pelos países lusófonos e outro indicado pelo Governo de Macau (Echo Chan), bem como delegados de sete países de língua portuguesa (Portugal, Brasil, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Timor-Leste).

O Consulado tem uma grande fal-ta de pessoal. Espero que olhe para Macau por um prisma di-

ferente porque Macau é uma cidade que ama muito Portugal”, disse Rita Santos, conselheira das comunidades portugue-sas pelos círculos da China, Macau e Hong Kong, durante um encontro com José Luís Carneiro.

A conselheira explicou que os salá-rios dos funcionários consulares rondam as 11 mil patacas, o que, “reduzindo os impostos” resulta em cerca de sete mil patacas. “É muito baixo”, frisou.

A queixa foi repetida por António José de Freitas, Provedor da Santa Casa da Misericórdia: “Um funcionário públi-co do cargo mais baixo, um servente, ga-nha cerca de 12 mil patacas, que é para o senhor ver como o pessoal do Consula-do ganha mal”.

As queixas foram feitas durante um encontro de Carneiro com 23 represen-tantes de todas Associações Portuguesas e de Matriz Portuguesa, em que também esteve presente o Cônsul-Geral, Vítor Sereno.

O Cônsul lembrou que muitos dos funcionários falam quatro línguas - por-tuguês, inglês, cantonês e mandarim -,

o que os torna ainda “mais apetecíveis” em Macau.

“O custo de vida é dos mais altos do mundo”, alertou Sereno, lembran-do que, entre 2013 e 2014, o Consulado fez 16 rescisões. “As pessoas batiam-me à porta e diziam-me ‘A felicidade não enche a dispensa, não aguento mais’”, recordou.

O problema dos salários é antigo e os conselheiros já o levaram à reunião plenária do Conselho das Comunidades Portuguesas, no ano passado, em Lis-boa. Desta vez, a resposta não foi dife-rente.

“Não temos solução, temos uma vontade de encetar diálogo com os sin-dicatos. É uma questão complexa, muito difícil de resolver. Mexer nas condições remuneratórias de Macau significa me-xer nas condições remuneratórias de todo o mundo. Passa por uma revisão global das carreiras”, disse Carneiro.

O problema não é exclusivo de Ma-cau, sublinhou o responsável português. Em São Francisco (EUA) e Londres, por exemplo, foram abertos concursos e as vagas ficaram por preencher devido aos montantes oferecidos, acrescentou.

JTM com Lusa

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Obrigado pela atenção dispensada. Pedimos desculpas pelo inconveniente.

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24 de Março de 2017

AvisoA fim de melhorar a qualidade dos serviços de telecomunicações, a CTM vai realizar nos dias 25 e 26 de Março de 2017, os seguintes trabalhos de actualização:

Dia/Hora25 de Março de 2017Das 0h00 às 7h00 da manhã

25 de Março de 2017Das 0h00 às 6h00 da manhã

26 de Março de 2017Da 01h00 às 3h30 da manhã

Tipo de TrabalhoActualização e manutenção da rede de Internet

Actualização e manutenção da rede móvel

Actualização e manutenção da rede Internet

Serviços afectadosDurante o referido período, alguns clientes podem verificar a interrupção intermitente no serviço de Internet, enquanto os outros serviços mantém o funcionamento normal.

Durante o referido período, alguns clientes podem verificar a interrupção intermitente do serviço de dados móveis e do serviço VoLTE, enquanto os outros serviços mantém o funcionamento normal.Durante o referido período, os clientes das seguintes zonas podem verificar interrupção intermitente no serviço de Internet durante 20 minutos, nomeadamente na Avenida da Am-izade, Avenida Sidónio Pais, Av. Coronel Mesquita, Avenida do Ouvidor Arriaga, Avenida de Horta e Costa, Av. Conselheiro Ferreira de Almeida, Rua Francisco Xavier Pereira, Av. Venceslau de Morais,

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JTM | LOCAL 07Sexta-feira, 24 de Março de 2017

Ao todos são 10 tipos de actividades comemorativas do 24º aniversá-rio da Promulgação da Lei Básica

da RAEM que vão arrancar a partir deste sábado. Nesse dia, será realizado na Praça Tap Seac um bazar com mais de dez bancas com jogos sobre a Lei Básica. Lam Mei Sio, chefe da Divisão de Formação e Informa-ção Cívica do Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais, prevê que a activi-dade atraia pelo menos 2.000 participantes.

De acordo com Lo Cheng Peng, chefe do Departamento de Divulgação Jurídica e Relações Públicas da Direcção dos Serviços de Assuntos de Justiça, o orçamento para as actividades ronda as 600 mil patacas.

As últimas edições contaram com a participação de cerca de 15 mil pessoas por ano, mas Cheong Kuai San, director do Centro de Educação Permanente da Direc-ção dos Serviços de Educação e Juventude, está optimista quanto a um aumento de pessoas em 2017.

Para isso pesa o facto do concurso de perguntas e respostas sobre a Lei Básica e

a Legislação da RAEM, marcado para 9 de Abril, ter sido alvo de elevada adesão por parte de jovens e das crianças. No total, ins-creveram-se 74 equipas e 370 participantes, batendo o recorde anterior. Além disso, 3.700 crianças vão disputar um concurso de desenhos coloridos e criativos sobre a Lei Básica, enquanto o concurso de caligra-fia envolverá 4.500 pequenos concorrentes.

Além das iniciativas referidas, para o dia 29 está marcado um seminário acadé-mico com mais de 300 participantes.

Entre a próxima segunda-feira e 3 de Abril, os cidadãos podem também partici-par num sorteio com prémios monetários. Para isso, basta entregar o impresso publi-cado nos jornais, devidamente preenchido com as respostas correctas às perguntas so-bre conhecimentos da Lei Básica.

Com o objectivo de aprofundar a com-preensão da população sobre a Lei Básica, as entidades organizadoras vão realizar cursos de formação. O primeiro já arran-cou a 13 de Março e os seguintes estão mar-cados para Junho e Setembro. R.C.

Aniversário da Lei Básica custa 600 mil patacasPara comemorar o 24º aniversário da Promulgação da Lei Básica, será realizada um série de actividades, a partir do sábado, incluindo um bazar, concursos para crianças, jogos nos jornais e cursos de formação. A iniciativa vai custar 600 mil patacas e contará com a participação de mais de 15 mil pessoas

Wang Zhimin elogia papel “exemplar” da AL

O Gabinete de Ligação do Go-verno Central na RAEM con-vidou os deputados da As-

sembleia Legislativa (AL) para um Jantar de Primavera na quarta-feira. Segundo salientou Ho Iat Seng, pre-sidente do órgão legislativo, esta foi a primeira vez em que todos os deputa-dos participaram numa actividade do género. O jantar contou ainda com a presença do Chefe do Executivo, Chui Sai On.

Durante o evento, Wang Zhimin, director do Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM, felicitou os deputados pelos trabalhos desen-

Todos os deputados da Assembleia Legislativa participaram pela primeira vez no Jantar de Primavera promovido pelo Gabinete de Ligação do Governo Central na RAEM. O director do Gabinete, Wang Zhimin, aproveitou a ocasião para salientar o papel “exemplar” desempenhado pela AL na execução do princípio “Um País, Dois Sistemas” e encorajou os deputados a insistir na cultura e confiança no sistema

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volvidos na Assembleia Legislativa que considerou “exemplares”, no que se refere à aplicação do princípio “Um País, Dois Sistemas”.

Wang Zhimin defendeu que os êxi-tos alcançados pela Assembleia Le-gislativa resultam da divulgação pio-neira do espírito de amor pela Pátria e por Macau, da exigência no segui-mento da Lei Básica da RAEM e dos respectivos regulamentos.

O director do Gabinete de Ligação

lançou ainda um apelo aos deputados no sentido de aumentarem a consciên-cia sobre o “Um País”, reforçarem a capacidade e nível de execução con-soante as leis no sentido de contribuí-rem para promover a diversificação da economia e desenvolvimento sus-tentável industrial da RAEM.

Em terceiro lugar, o mesmo respon-sável disse esperar que a cultura da Assembleia Legislativa possa preser-var as suas características democráti-

cas e únicas da RAEM. Neste sentido, “os deputados devem ser mais deter-minados na insistência dos valores como a confiança no sistema e na cul-tura”, afirmou.

Por sua vez, o presidente da Assem-bleia Legislativa agradeceu as mensa-gens de encorajamento do Gabinete de Ligação, garantindo ainda que vai “acelerar” a revisão das propostas de lei a tempo da nova legislatura.

Rima Cui

Os contratos-promessa de compra e venda de habita-ção económica a 61 agrega-

dos familiares foram rescindidos ou estão em procedimento jurídico de rescisão, segundo revelou ontem o Instituto de Habitação (IH).

A decisão deve-se ao facto de ter sido descoberto que o comprador, o cônjuge ou membro de família tem na sua posse outra fracção habitacio-nal, justificou o organismo.

De acordo com a Lei de habitação económica, os requerentes deste gé-nero de casa, estão proibidos de ter no território outra propriedade para fins habitacionais, dentro de um pra-zo de cincos anos antes da entrega do formulário de pedido até à assinatura da escritura pública, caso contrário os contratos perdem a validade.

Sobre o mesmo tópico, o IH asse-gurou, em resposta a uma interpela-ção da deputada Ella Lei, que até ao

final do corrente ano estará concluí-do o relatório final do estudo à pro-cura de habitação pública. Para além disso, informou que será iniciado o planeamento do desenvolvimento e políticas a longo prazo das casas pú-blicas, com base nos conteúdos des-se relatório.

Ella Lei tinha pedido esclareci-mentos sobre o “andamento” desse estudo e a definição de objectivos claros e estáveis para o fornecimen-to. Para tal, o IH sublinhou que, a definição de um objectivo precisa de ter em conta as necessidades concre-tas da população, mas também deve respeitar princípios como “ser práti-co e realista”, sobretudo quando se trata de restrições de terrenos e de recursos humanos.

Para além disso, o organismo su-blinhou que vai garantir a qualidade das casas públicas a ser construídas.

R.C.

Donos de 61 casas económicas tinham outras fracçõesO Instituto de Habitação revelou que até hoje foram rescindidos 61 contratos promessa de compra e venda de habitação económica do projecto das 19.000 fracções, porque os candidatos tinham outros imóveis, facto que viola a lei. Por outro lado, o organismo prevê que no final deste ano esteja concluído o relatório de estudo da procura de casas públicas

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Sexta-feira, 24 de Março de 201708 JTM | LOCAL

Dois autocarros colidiram às 23:45 de quarta-feira na Ponte Governador Nobre de Carva-

lho, no sentido Taipa-Macau, tendo o acidente causado 33 feridos com ida-des compreendidas entre os 24 e os 67 anos. De acordo com os Serviços de Saúde, seis pessoas foram internadas nos dois hospitais, mas o seu estado clínico é “estável”.

Deste grupo de pacientes, duas pessoas sofreram ferimentos modera-dos, uma na cabeça e outra com uma contusão na região torácica. Por ou-tro lado, registaram-se dois casos de fracturas de membros superiores e inferiores, mas que não necessitam de intervenção cirúrgica.

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Colisão entre autocarros causou 33 feridosUm acidente de viação, envolvendo dois autocarros da Transmac provocou 33 feridos ao final da noite de quarta-feira na Ponte Governador Nobre de Carvalho. Seis vítimas foram internadas, uma com ferimentos graves mas em estado clínico considerado estável. Segundo a Transmac, uma avaria mecânica poderá ter originado o acidente

Entre os feridos, 15 são do sexo masculino e 18 do feminino. O Centro Hospitalar Conde de São Januário re-cebeu 28 feridos e os restantes cinco foram assistidos pelo Hospital Kiang Wu. Segundo os Serviços de Saúde, “o caso mais preocupante foi diagnosti-cado a uma senhora com 52 anos que apresentou feridas na cabeça, acom-panhadas de choque hemorrágico”.

A Transmac já reagiu publicamen-te ao incidente, referindo que as duas viaturas começaram a circular em 2011 e passaram com sucesso na inspecção do mês anterior. Além disso, o condu-tor de um dos veículos sujeitou-se, em Janeiro, a exames médicos de rotina e os resultados foram normais.

A empresa vai ainda analisar as imagens de videovigilância relativas à

noite do acidente para investigar, por-menorizadamente, o que se passou. Ainda assim, a Transmac acredita que o acidente terá sido originado devido a uma avaria mecânica num dos veí-culos que acabou por ultrapassar a li-nha e bater no outro autocarro.

Por outro lado, a Transmac garan-tiu que os feridos não precisam de se preocupar com as despesas hospitala-res porque estas serão cobertas pelo seguro. A par disso, foram destacados alguns funcionários para dar acom-panhamento às vítimas que se encon-tram internadas, sendo que outros estão em contacto com os condutores envolvidos.

Os Serviços de Saúde salientaram ainda que as Urgências do hospital público activaram o nível 1 das medi-das de contingência para calamidades, que prevê o destacamento imediato de dezenas de médicos e enfermeiros para participar nos trabalhos de emer-gência. Em duas horas, o processo de salvamento foi concluído com sucesso.

Após o acidente que também en-volveu um táxi, a ponte foi encerrada temporariamente. Um dos autocarros ficou com o vidro da frente comple-tamente danificado, sendo que a zona do condutor também ficou destruída devido ao embate.

O acidente mobilizou 12 veículos do Corpo de Bombeiros, que desta-caram 46 elementos para a operação de resgate das vítimas. Os Bombeiros ajudaram ainda um dos condutores a sair da viatura.

Rima Cui

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Sexta-feira, 24 de Março de 2017 JTM | LOCAL 09

CTM promoveu ontem um almoço e encontro com a comunicação socialO director executivo da Com-panhia de Telecomunicações de Macau (CTM) afastou

qualquer possibilidade de compen-sação não monetária ao Governo na sequência das falhas no serviço WiFi GO. Esta questão surge depois do re-latório do Comissariado de Auditoria que apontava deficiências graves ao serviço WiFi GO. No documento, a CTM foi acusada de ter recebido 422 mil patacas referentes à instalação de dispositivos que não exigiram esse custo.

No entanto, segundo Vandy Poon, não se trata de uma questão de com-pensação mas antes de prestar um melhor serviço tais como “aumentar a velocidade da internet do serviço de WiFi GO”. Porém, ressalvou, esta ma-téria “não cabe à CTM decidir”.

As lacunas no serviço do sistema de banda larga de serviços causaram alguma falta de compreensão entre os fornecedores do serviço e o Governo, sendo que, no início do mês, os Ser-viços de Correios e Telecomunicações

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CTM afasta compensação pelo WiFi GOA Companhia de Telecomunicações de Macau apenas se limitou a seguir os termos do contrato para a operação do sistema de banda larga sem fios, garantiu o director executivo da empresa, depois dos CTT terem dito que estavam a discutir com a operadora uma “compensação não monetária”. No ano passado, os lucros da CTM caíram 6,4% para 1.081 milhões de patacas

(CTT) disseram que estavam a dis-cutir com a CTM uma “compensação não monetária”.

Ontem, em declarações aos jorna-listas, o líder da CTM remeteu para o Governo a responsabilidade de melhorar a rede na medida em que a empresa de telecomunicações apenas é uma das concessionárias do serviço em causa.

Além disso, assegurou que a pres-tação de serviços está a seguir os ter-mos e normas escritas no contrato. “Seguimos os padrões do Governo definidos nessa altura para configurar e construir o que nos foi solicitado”, disse Vandy Poon.

Já a vice-presidente comercial da CTM, Ebel Cham, relembrou que o projecto WiFi GO nasceu em 2010 e a tecnologia cresce “de um dia para o outro”. Ebel Cham garantiu que a

empresa “não pára de investir” na actualização dos equipamentos que prestam os serviços de “hotspot”.

A mesma responsável recordou que a empresa começou a interferir no ser-viço de banda larga a partir de Outu-bro de 2014, um serviço que não inclui parte da actualização dos equipamen-tos. Segundo Ebel Cham, a partir do momento em que a CTM interferiu no serviço os “números melhoraram, em termos de utilizadores e velocidade”.

Por sua vez, Vandy Poon disse acreditar que, no futuro, o WiFi GO será mais prático de modo a corres-ponder às necessidades da população.

A CTM disse ainda que cabe apenas ao Governo decidir se vai divulgar ou não o inventário de bens da empresa. Esta é a posição da companhia, depois de alguns deputados terem pedido ao Secretário Raimundo do Rosário que

tornasse pública a lista de activos de concessão.

O director executivo da empresa reiterou que esta questão “não está relacionada com a empresa”. Vandy Poon disse ainda que a operadora de telecomunicações apenas está encar-regue de elaborar a lista e entregar ao Executivo.

Por sua vez, o vice-presidente dos Assuntos Legais e Regulatórios da CTM, Aguinaldo Wahnon, manifes-tou algumas reservas estratégicas e comerciais em relação a essa possibi-lidade. “A lista de activos inclui cerca de quatro mil itens. Julgo que isso não tem interesse público, é uma espécie de instrumento de gestão e cabe ao Governo decidir o uso a dar”, disse Aguinaldo Wahnon.

Lucros desceram 6,4%A CTM registou receitas de 4.511

mil milhões no ano passado e lucrou 1.081 milhões de patacas, menos 6,4% em comparação ao ano anterior. Para a operadora, a quebra deve-se à con-corrência elevada do mercado de tele-comunicações.

Vandy Poon associou as descidas ao ajustamento das tarifas da rede fixa e internet no quarto trimestre de 2016. O responsável calcula que as medidas de redução da tarifa da internet vão ajudar a reduzir as receitas deste ano até 200 milhões de patacas. Segundo apontou, o referido valor corresponde à determinação da empresa em contri-buir para o desenvolvimento da socie-dade de Macau.

O vice-presidente dos Serviços de Rede, Declan Leong, disse que o ser-viço 4G registou 600 mil utilizadores em 2016, reflectindo uma aumento de 600%. Além disso, a empresa instalou 2.100 pontos de acesso a internet gra-tuita. Citando dados da companhia americana Akamai, realçou que Ma-cau é o sexto local com a velocidade de ligação à internet mais rápida do mundo.

IPIM promove MICE em XangaiApós uma passagem por Melbourne, na Austrália, uma delegação do Instituto de Promoção do Comércio e do Investimento de Macau (IPIM) rumou a Xangai para par-ticipar na “IT & CM China 2017”. No âmbito do evento, foi instalado o “Pavilhão de Macau”, tendo sido organi-zadas mais de 500 “bolsas de contacto” para permitir a oportunidade de dialogar com “congéneres nacionais e estrangeiras”. No interior do pavilhão de Macau estive-ram representados 31 hotéis locais, agências de viagem, promotores de contactos de negócios, empresas de gestão de destinos turísticos e fornecedores de serviços de con-ferência. Representantes do IPIM aproveitaram o evento para promover Macau enquanto “local ideal” para a reali-zação de convenções e exposições. O IPIM realizou ainda actividades promocionais, nas quais, além de empresas da RAEM, foram convidadas a participar mais de 40 com-panhias prestadoras de serviços ligadas ao sector MICE e representantes empresariais da China Continental.

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IPIM

No total, chegaram a Macau no mês passado 2.495.196 visitantes, um valor 5,6% inferior em termos anuais e 13,2% em termos men-

sais. Destes, 1.263.236 correspondem a excursionistas e 1.231.960 a turistas. Os visitantes permaneceram na RAEM por um período médio de 1,2 dias, mais 0,1 dias face ao mês homólogo do ano anterior. Relativa-mente aos turistas, o período médio de permanência foi de 2,2 dias (mais 0,1 dias, em termos anuais) en-quanto que o dos excursionistas se manteve em 0,2 dias, informam os Serviços de Estatística e Censos.

Nos dois primeiros meses deste ano entraram em Macau 5.371.242 visitantes, ou seja, mais 5,5%. Conta-bilizaram-se 2.595.006 turistas e 2.776.236 excursionis-tas, com aumentos homólogos respectivos de 11,1% e 0,8%.

De acordo com os dados oficiais, Macau acolheu em Fevereiro 1.665.220 visitantes oriundos da China Continental, número correspondente a uma queda homóloga de 7,5%, sendo que os portadores de visto individual (889.353) desceram 11,9%, relativamente

ao mesmo mês de 2016. No período em análise número de visitantes de

Hong Kong (501.141) diminuiu 8,6%, ao passo que da República da Coreia (82.764) e de Taiwan (87.010) au-mentaram 31,3% e 0,6%, respectivamente, em termos anuais. Os visitantes provenientes da Austrália (5.872) também subiram em termos anuais, porém, os oriun-dos dos Estados Unidos (12.485), do Canadá (5.520) e do Reino Unido (3.967) desceram.

Quanto ao método de entrada em Macau, os visi-tantes chegados por via terrestre totalizaram 1.460.779, o que correspondeu a uma descida homóloga de 9,0%, salientando-se que 1.245.742 visitantes entraram pelas Portas do Cerco, isto é, menos 8,2%. Por via marítima entraram 816.839 visitantes, com um aumento homó-logo ligeiro de 0,4%, registando-se variações de mais 12,4% nas entradas pelo Terminal Provisório da Tai-pa (315.335) e de menos 5,9% nas entradas pelo Porto Exterior (501.504). Por via aérea entraram 217.578 vi-sitantes, menos 3,4%, observando-se a mesma propor-ção da queda nas entradas pelo aeroporto (216.784).

Visitantes desceram em FevereiroO número de visitantes que chegaram a Macau em Fevereiro caiu 5,6% em termos anuais e 13% na variação mensal, segundo dados avançados pelos Serviços de Estatística e Censos. Em contrapartida, o período médio de permanência no território registou uma leve subida

Viviana Chan

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Sexta-feira, 24 de Março de 201710 JTM | LOCAL

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JTM

O Governo vai enviar “muito em bre-ve” o documento final que servirá de base à elaboração do parecer relativo

às alterações aos crimes de branqueamento de capitais e terrorismo, de modo a agendar a reunião plenária até finais de Abril devido à “urgência na sua publicação”.

A 3ª Comissão Permanente da Assem-bleia Legislativa e o Secretário para a Eco-nomia e Finanças, Lionel Leong, reuniram--se ontem para discutir o texto em causa. “A reunião traduziu-se na conclusão dos trabalhos de apreciação da proposta de lei e, com base na versão original, vão ser in-troduzidos alguns aperfeiçoamentos para que o Governo possa enviar-nos a versão alternativa”, disse o presidente da Comis-são, Cheang Chi Keong.

“Além da reunião de 28 de Fevereiro, o Secretário explicou e esclareceu as razões políticas legislativas. Ao longo destas três semanas, as duas assessorias da AL reuni-ram-se para elaborar e discutir de acordo com as opiniões da Comissão e Governo um novo texto de trabalho”, explicou Cheang Chi Keong.

O novo documento elaborado pelo Go-verno “não compreende alterações muito significativas” às anunciadas na reunião do final de Fevereiro. Segundo explicou, foram aditadas algumas questões técnicas e jurídicas” nomeadamente “responsabili-dades das pessoas colectivas”. “Os textos em versão portuguesa e chinesa estão a ser melhorados porque não correspondiam to-talmente. O essencial é melhorar a redacção do documento”, acrescentou o presidente

Apoio unânime à proposta sobre crimes financeiros O Secretário Lionel Leong explicou ontem aos deputados da 3ª Comissão Permanente da AL as intenções legislativas do novo texto de trabalho que servirá de base para a elaboração do parecer. A reunião plenária deverá ser agendada para Abril dada a “urgência” nesta matéria, afirmou Cheang Chi Keong, frisando que “a Comissão apoia com unanimidade a intenção legislativa do Governo”

Sónia Chan diz queestá a ser ponderada importação de carne

de aves frescaA Secretária para a Ad-ministração e Justiça revelou que o Governo está a ponderar a via-bilidade de importar para Macau carne de aves fresca, em substi-tuição das aves vivas. Em declarações aos jornalistas, Sónia Chan reiterou que o Gover-no mantém a posição inicial de avançar para a proibição de impor-tação de aves vivas, porque esta é a melhor solução para evitar contaminações pelo ví-rus da gripe aviária, já que nem o matadouro central teria capacida-de para resolver a si-tuação. Para além dis-so, a Secretária para a Administração e Justiça reiterou que o Governo continuará a comuni-car com o sector sobre as questões que envol-vem compensações e a reestruturação desta indústria. O Governo suspendeu a importa-ção de aves vivas há mais de um mês e, até agora, uma das propos-tas em cima na mesa era a da importação de aves congeladas. A res-ponsável apelou ainda aos cidadãos para que compreendam a impor-tância da preservação da saúde pública. De acordo com o jornal “Ou Mun”, Sónia Chan confessou ainda que gosta de comer frango.

da 3ª Comissão. A nova proposta de lei sugere autonomi-

zar o crime de branqueamento de capitais e crimes precedentes. Cheang Chi Keong reiterou que a “Comissão apoia com unani-midade a intenção legislativa do Governo. Além disso, relativamente ao texto de traba-lho apresentado, a Comissão aceita também com unanimidade o que está proposto”.

Segundo Cheang Chi Keong, o Gover-no está efectivamente “determinado” em avançar com essas alterações devido a al-guns factores: manter o desenvolvimento estável da economia local, cumprir e corres-ponder às normas internacionais, reduzir os

riscos na sociedade, e evitar que Macau seja integrado na lista negra das organizações mundiais.

“Academicamente, as assessorias têm posições diferentes mas o Governo decidiu adoptar essa política legislativa. Há algu-mas preocupações, relativamente à comu-nicação de movimentações suspeitas dentro do prazo de 24 horas”, apontou o deputado.

Sobre esse aspecto, Cheang Chi Keong esclareceu que o sistema de controlo, abran-gido no actual regime em vigor, é “viável” embora a AL tenha recebido e-mails de resi-dentes que se mostraram preocupados com a sua exequibilidade.

Catarina Almeida

SESSÕES DO ENCONTRO MARIANO

Promovida pela Congregação de Nossa Senhora de Fátima,

terá lugar na Igreja de S. Domingos a iniciativa “Conversas em S. Domingos”.

O tema será “O Culto Mariano na Igreja Católica”.

As sessões terão lugar nos Sábados dos dias 25 de Março, 1 e 22 de Abril do corrente ano, das 15:45 horas às 16:30 horas.

Todas as sessões são abertas ao público.

Congregação de Nossa Senhora de Fátima

Macau, Março de 2017

A COMISSÃO LOCAL DO GRUPO DA IMACULADA DE PORTUGAL

Promove

FESTA DA ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

Dia: 25 de Março de 2017, SábadoLocal: Igreja do Seminário de S. José

(entrada no Largo de Stº. Agostinho)Hora: 11H00

Haverá: Missa, Recitação do Terço e Bênção

THE LOCAL COMMITTEE OF OUR LADY OF IMMACULATE GROUP IN PORTUGAL

Organize

THE FEAST OF ANNUNCIATION OF OUR LORD

Date: March 25th 2017, SaturdayVenue: The S. José Seminary Church

(entrace at S. Augustine Church Plaza) Time: 11H00

There will be Mass, Rosary and Benediction

MISSA

RUI ANTÓNIO CRAVEIRO AFONSO(1947-2017)

No próximo Sábado, dia 25 de Março, terá lugar na Sé Catedral, pelas 18 horas,

uma missa em memória do senhor dr. Rui Afonso,

ilustre cidadão de Macau que foi advogado e deputado da

Assembleia Legistativa de Macau.

Desde já se agradece a presença de todos os que se queiram associar

a esta singela homenagem.

A cerimónia é promovida por um grupo de amigos e admiradores do

falecido e nela estará presente um dos seus filhos.

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Sexta-feira, 24 de Março de 2017 JTM | LOCAL 11

2ª Vez “JTM” - 24 de Março de 2017

Execução Ordinária nº CV2-15-0078-CEO 2º Juízo CívelExequente: GALAXY CASINO, S.A. (銀河娛樂場股份有限公司), com sede em Macau, na Alameda Dr. Carlos D’Assumpção, nº 181-187, Edifício Centro Comercial do Grupo Brilhantismo, 5º andar, registada na Conservatória dos Registos Comercial e de Bens Móveis sob o nº 15066(SO).1º Executado: LEI KA FAI (李家輝), de sexo masculino, residente em Macau, na Rua do Almirante Costa Cabral, nº 146, Edifício Pak Wai, Bloco II, 15º andar H.2º Executado: JOSÉ ALBERTINO MARIA CÓRDOVA (高志華 ), de sexo masculino, residente em Macau, na Rua Malaca, Centro Internacional, Bloco 10, 14º andar E.

Nos autos supra identificados, foi designado o dia 05 de Abril de 2017, pelas 09:30 horas, neste Tribunal, para a venda por meio de propostas em carta fechada, o bem penhorado abaixo identificado.

Direitos penhoradosVerba nº 1

Natureza: Um meio (1/2) de direito indiviso da fracção autónoma abaixo mencionada.Denoninação da fracção autónoma: “J15”, 15º andar “J”.Situação: Em Macau, nºs 140 a 154 da Rua do Almirante Costa Cabral, nºs 2 a 4-D da Rua de Francisco Xavier Pereira, e nº 46-F da Estrada do Repouso.Fim: Para habitação.Número de matriz predial: 072088.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: 22119, a fls. 140V do Livro B131.Valor da base da venda: MOP2.721.132,80 (Dois Milhões, Setecentas e Vinte e Uma Mil, Cento e Trinta e Duas Patacas e Oitenta Avos), correspondendo a 100% do valor da avaliação do direito.

Verba nº 2Natureza: Um meio (1/2) de direito indiviso da fracção autónoma abaixo mencionada.Denoninação da fracção autónoma: “K15”, 15º andar “K”.Situação: Em Macau, nºs 140 a 154 da Rua do Almirante Costa Cabral, nºs 2 a 4-D da Rua de Francisco Xavier Pereira, e nº 46-F da Estrada do Repouso.Fim: Para habitação.Número de matriz predial: 072088.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: 22119, a fls. 140V do Livro B131.Valor da base da venda: MOP2.842.416,33 (Dois Milhões, Oitocentas e Quarenta e Duas Mil, Quatrocentas e Dezasseis Patacas e Trinta e Três Avos), correspondendo a 100% do valor da avaliação do direito.

Verba nº 3Natureza: Um meio (1/2) de direito indiviso da fracção autónoma abaixo mencionada.Denoninação da fracção autónoma: “L15”, 15º andar “L”.Situação: Em Macau, nºs 140 a 154 da Rua do Almirante Costa Cabral, nºs 2 a 4-D da Rua de Francisco Xavier Pereira, e nº 46-F da Estrada do Repouso.Fim: Para habitação.Número de matriz predial: 072088.Número de descrição na Conservatória do Registo Predial: 22119, a fls. 140V do Livro B131.Valor da base da venda: MOP2.842.416,33 (Dois Milhões, Oitocentas e Quarenta e Duas Mil, Quatrocentas e Dezasseis Patacas e Trinta e Três Avos), correspondendo a 100% do valor da avaliação do direito.

Os preços das propostas devem ser superiores aos valores da base da venda acima indicados.Os interessados na compra devem entregar a sua proposta em carta fechada, com indicação nos envelopes

das propostas, as seguintes expressões: “Proposta em carta fechada”, “2º Juízo Cível” e “Processo Número: CV2-15-0078-CEO”, na Secção Central deste Tribunal, antes do dia 03 de Abril de 2017 às 17:45 horas, podendo os proponentes assistir ao acto da abertura das propostas.

Quaisquer titulares de direito de preferência na alienação do direito supra referido, podem, querendo, exercererm o seu direito no próprio acto da abertura das propostas, se alguma proposta for aceite, nos termos do artº 787º do C.P.C.M.

Macau, em 14 de Março de 2017.

O Juiz,Jerónimo Santos

O Escrivão Judicial Adjunto,Chiu Ka Ian David

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

2ª Vez “JTM” - 24 de Março de 2017

Execução Sumária de Sentença n.º PC1-14-0382-COP-A Juízo de Pequenas Causas Cíveis

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE PEQUENAS CAUSAS CÍVEIS

ANÚNCIO

A Juiz,Lap Hong Lou Silva

O Escrivão Judicial Auxiliar,Ng Pui Hong

2ª Vez “JTM” - 24 de Março de 2017

Execução Ordinária nº CV1-16-0209-CEO 1º Juízo Cível

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO

O Juiz,Chan Io Chao

O Escrivão Judicial Adjunto,Loi Wa Chon

• • • BREVESReunião sobre Lai Chi Vunserá aberta ao públicoAs autoridades vão analisar a viabilidade da submissão da questão de salvaguarda da zona de Lai Chi Vun à discussão do Conselho de Património Cultural em con-formidade com a Lei de Salvaguarda do Património Cultural, disse ontem o Secre-tário para os Assuntos Sociais e Cultura, depois de um grupo de cidadãos ter entre-gue uma petição nesse sentido. Alexis Tam garantiu ainda que se for agendada uma reunião para discussão deste assunto “será aberta aos órgãos de comunicação social e ao público em geral”.

Macau adere amanhãà “Hora do Planeta”A partir das 20:30 de amanhã, e durante uma hora, Macau vai aderir pelo nono consecutivo à “Hora do Planeta”, tendo o Governo apelado à participação das em-presas, casinos e locais de entretenimento, bem como dos residentes, no sentido de desligarem as luzes dispensáveis, em sinal de apoio à campanha mundial de conser-vação de energia e redução das emissões. A coordenação e mobilização dos serviços públicos estarão a cargo do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético. Lançada em Sydney, em 2007, a “Hora do Planeta” envolveu 178 países e regiões em 2016.

RAEM recebe Pegasusa pensar na Taça da ÁsiaA selecção de futebol da RAEM já está a preparar-se para participar nas eliminató-rias da Taça da Ásia e, antes de rumar na próxima semana ao Quirguistão, realiza esta noite um jogo particular, no Estádio de Macau, às 20 horas. O adversário é o Pegasus da I Divisão de Hong Kong, que testará assim o momento actual da equipa orientada por Tam Iao San e da qual fazem parte três jogadores portugueses, Filipe Duarte, Edgar Teixeira e Nicholas Torrão. O desafio em Bhiskek, capital do Quirguis-tão, está agendado para o próximo dia 28.

Burlas “via” Xangai e Taiwan renderam 34 mil patacas

Como forma de prevenção, a Po-lícia Judiciária (PJ) tem vindo a alertar a população para ter cui-

dado com chamadas telefónicas suspei-tas, já que poderão tratar-se de burlas. Os esquemas têm sido os mais diversos e, por vezes, continuam a resultar a fa-vor dos burlões.

Ontem, as autoridades deram con-ta de 11 casos de burla via telefónica, embora apenas três tenham provocado prejuízos às vítimas, dois dos quais com “modus operandi” muito semelhan-te. No primeiro caso, uma mulher, da China Continental mas a trabalhar no território, recebeu um telefonema de um homem que afirmou pertencer aos Serviços de Migração de Macau. O indi-víduo disse à mulher que alguém teria usado os seus dados em Xangai e que iria de seguida reencaminhar a chama-da para o Ministério Público (MP) da-quela cidade do Continente.

De seguida, um segundo indivíduo,

As autoridades deram conta de 11 casos de burla denunciados nos últimos dias, e que resultaram num prejuízo total de 34 mil patacas. O “modus operandi” foi bastante semelhante, estando a polícia a investigador se os autores das burlas serão os mesmos

Pedro André Santos

Vendia droga a jovens na zona norte

Um residente de 21 anos, trabalhador na área do cinema, foi ontem detido pela Polícia Judiciária, por suspeitas de vender droga a jovens na zona norte. Segundo a investigação preliminar, fazia transacções desde o ano passado e adquiria marijuana no Continente por 2.000 patacas. O detido rejeitou a acusa-ção de tráfico, asseverando que comprava a droga para consumo próprio.

Detido por relações com menor

Um jovem de 21 anos foi detido por alegadamente ter mantido relações sexuais com uma menor, na altura com 14 anos, e que seria sua namo-rada. O caso foi denunciado às auto-ridades pelo pai da vítima, que tem agora 15 anos. O suspeito trabalha como cozinheiro num hotel no COTAI.

FOTO

ARQ

UIVOque afirmou pertencer ao MP de Xan-

gai, forneceu um endereço electrónico a que a vítima acedeu, e onde encontrou cópias dos seus documentos e informa-ções pessoais. Foi-lhe então dito que tinha sido feita uma transferência para uma conta bancária com o seu nome no valor de 2,58 milhões de renminbis e que, para resolver a situação, teria de utilizar o seu computador e seguir as instruções que lhe seriam dadas.

No dia seguinte dirigiu-se a um ho-tel em Zhuhai, recebeu nova chamada e introduziu alguns dados pessoais na página online, tal como tinha sido recomendado do outro lado da linha. Porém, posteriormente, descobriu que a sua conta bancária estava 14 mil ren-minbis “mais leve”, acabando por de-nunciar o caso às autoridades por sus-peitar de burla.

A PJ deu conta de outro caso seme-lhante, mas “envolvendo” Taiwan, ao invés de Xangai. Nesta ocorrência hou-ve um prejuízo de 14.500 renminbis.

Também com “selo” de Taiwan foi dado a conhecer outro caso, desta vez via Facebook. De acordo com as auto-ridades, uma mulher recebeu um tele-fonema de um indivíduo que se identi-ficou como funcionário dos Serviços de

Alfândega de Taiwan, dizendo que um seu amigo da rede social tinha sido de-tido no aeroporto com uma soma bas-tante elevada de dinheiro, e que para resolver a situação teria de efectuar uma transferência de duas mil patacas.

Desconfiada, a mulher contactou o amigo via “wechat”, que confirmou a ocorrência, enviando-lhe mesmo vá-rias fotografias do aeroporto de Taiwan como “prova”. Seguiu então as instru-ções do “funcionário” da Alfândega e fez a transferência, mas descobriu mais tarde que tinha sido burlada após ter visto vários alertas da PJ de Macau so-bre burlas telefónicas.

No total, as burlas “via” Xangai e Taiwan lesaram as vítimas num valor equivalente a cerca de 34 mil patacas.

Burlas ocorreram via telefone

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12 JTM | LOCAL

V ivem-se novos dias de agitação política em Hong Kong. O período de campanha para a eleição do Chefe do Executivo

coincidiu com decisões dos tribunais de conde-narem sete polícias por agressões a um manifes-tante e deste ter aceitado a pena de prisão por resistir à detenção e atacar um agente policial. Com o ambiente quente em todas as frentes, o Jornal TRIBUNA DE MACAU foi tomar o pul-so à região vizinha e falar com residentes, ape-sar destes não poderem escolher directamente quem irá liderar o futuro da sua terra.

Philipe Martins, de 36 anos, considera que as eleições para o Chefe do Executivo estão a ser “bastante renhidas”, mas confessa não ter muitas expectativas, porque o número de can-didatos é “simplesmente” pequeno, o que auto-maticamente reduz a concorrência para o cargo.

“O facto do processo eleitoral ser menos de-mocrático também faz com que os temas sejam conduzidos no sentido do sistema já existente”, disse Philipe Martins, que reside na RAEHK há nove anos.

A seu ver, a principal preocupação continua a ser a habitação, porque apesar das “pessoas de Hong Kong estarem conscientes deste pro-blema, tal é normalmente ignorado pelo diri-gente eleito mais tarde”.

“É importante haver sufrágio universal do Chefe do Executivo, mas parece-me que esse

Embora a eleição do próximo Chefe do Executivo de Hong Kong exclua o sufrágio universal, a população da região vizinha acompanha e vive intensamente a campanha dos candidatos. O Jornal TRIBUNA DE MACAU ouviu alguns residentes, que, porém, deixaram transparecer um certo sentimento de desilusão. Por seu lado, Benson Wong, académico da Universidade Baptista de Hong Kong, apontou a existência de mais poderes políticos como um factor que poderá levar a um resultado imprevisível no domingo

601 é o número mágico da vitória

A votação para o Chefe do Executivo da RAE-HK vai realizar-se no Centro de Convenções e Exposições de Wan Chai no domingo, reun-indo 1.194 membros do Colégio Eleitoral, que vão escolher entre Carrie Lam, Woo Kwok-hing e John Tsang. Se um dos candidatos obtiver pelo menos 601 votos será automaticamente eleito à primeira volta. Caso não seja atingida essa marca, será realizada uma segunda volta na tarde do mesmo dia, com os dois candida-tos mais votados. Se nenhum candidato as-segurar os 601 votos na segunda ronda, será realizada outra votação no dia 7 de Maio.

Sexta-feira, 24 de Março de 2017

tema está a ser esquecido pela sociedade. Para além disso, as pessoas do Governo, especial-mente as que ocupam os cargos mais altos, tam-bém querem que estes temas fiquem esqueci-dos”, lamentou.

Em tempo de campanha eleitoral, a impren-sa tradicional, como as televisões e os jornais, serviu de palco de debates, enquanto as redes sociais são “campos de batalha entre os candi-datos”.

Mas para Philipe Martins, os candidatos preocuparam-se mais com o facto de terem o di-reito de participar nas eleições, por serem acei-tes por Pequim, do que em explicar os seus ob-jectivos e ideias políticas. Na sua perspectiva, os candidatos preferem defender-se publicamente do que debater os problemas da sociedade.

Tiffany Chu, estudante universitária tem a mesma opinião: “A população de Hong Kong está mais preocupada com o resultado das elei-ções do que em discutir as novas medidas pro-postas pelos candidatos”.

Traçando uma comparação com a sua terra natal, considera que o sistema político em Tai-wan é mais directo e eficaz, enquanto em Hong Kong o modelo eleitoral leva a que os activis-tas se sintam saturados com o regime existente

População acha que a eleição do Chefenão resolve problemas na RAEHK

Viviana ChanEm Hong Kong

O movimento Occupy Centralnão teria acontecido se houvesse

melhor comunicação entre as partes

Andy Lam

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JTM | LOCAL 13Sexta-feira, 24 de Março de 2017

CONTINUA NA PÁGINA 14 >FO

TOS

JTM

tema está a ser esquecido pela sociedade. Para além disso, as pessoas do Governo, especial-mente as que ocupam os cargos mais altos, tam-bém querem que estes temas fiquem esqueci-dos”, lamentou.

Em tempo de campanha eleitoral, a impren-sa tradicional, como as televisões e os jornais, serviu de palco de debates, enquanto as redes sociais são “campos de batalha entre os candi-datos”.

Mas para Philipe Martins, os candidatos preocuparam-se mais com o facto de terem o di-reito de participar nas eleições, por serem acei-tes por Pequim, do que em explicar os seus ob-jectivos e ideias políticas. Na sua perspectiva, os candidatos preferem defender-se publicamente do que debater os problemas da sociedade.

Tiffany Chu, estudante universitária tem a mesma opinião: “A população de Hong Kong está mais preocupada com o resultado das elei-ções do que em discutir as novas medidas pro-postas pelos candidatos”.

Traçando uma comparação com a sua terra natal, considera que o sistema político em Tai-wan é mais directo e eficaz, enquanto em Hong Kong o modelo eleitoral leva a que os activis-tas se sintam saturados com o regime existente

e os políticos desanimados e sem força ou po-der para intervir. “A falta de sufrágio universal afasta as pessoas do assunto das eleições”, fri-sou Tiffany Chu.

Descontentamento com políticas aplicadas

Para Marco Lee, muitos dos conflitos na so-ciedade estão relacionados com o desconten-tamento com as políticas implementadas pelo Governo.

O jovem de 17 anos considera que o siste-ma educativo gera elevados níveis de stress e a reacção do Executivo é totalmente contrária à população. “Em vez de tentar suavizar o des-contentamento das pessoas, o Governo fez o contrário e as pessoas ficaram e estão mais zan-gadas”, declarou.

Na mesma linha, Andy Lam, de 54 anos, aponta para “falhas de comunicação” entre o Governo e os grupos pró-democráticos. “O mo-vimento Occupy Central não teria acontecido se houvesse melhor comunicação entre as partes”, destacou ao Jornal TRIBUNA DE MACAU.

Mesmo não podendo votar, Andy Lam apoia directamente a candidata Carrie Lam, porque apesar de ter sido a número dois do Governo liderado por CY Leung, considera que a então

População acha que a eleição do Chefenão resolve problemas na RAEHK

Secretária-Chefe “fazia o seu trabalho”. “Não me parece que ela apoie CY Leung”, salientou.

Para Lam, o antigo Secretário para as Finan-ças John Tsang não possui qualidades para ser Chefe do Executivo. “É uma pessoa indecisa, mas Carrie Lam tem uma equipa mais forte ca-paz de controlar a situação em termos globais”, acrescentou.

Já o sexagenário YK Yung admite não ter muito interesse na política, na medida em que “os governantes são escolhidos por um pequeno grupo de pessoas”, pecando por isso por falta de representatividade. “As eleições não são demo-cráticas, continuam a ser manipuladas por Pe-quim e um cidadão comum não tem poder para mudar o resultado final”, lamentou.

Com a mesma falta de paixão, Gloria Wong foi ainda mais lacónica ao ser questionada so-bre o acto eleitoral. “O resultado das eleições não vai fazer diferença para Hong Kong”, disse apenas.

Kelvin Chao também defende abertamente o sufrágio universal para as eleições do Chefe do Executivo, mas realisticamente lamenta que essa possibilidade nem sequer esteja em cima da mesa para debate num futuro próximo.

Divergências nos poderes “manipulados” por Pequim

Num ponto de vista mais académico, Benson Wong, do Departamento do Governo e Estudos Internacionais da Universidade de Baptista de Hong Kong, considera que estas eleições têm sido marcadas por uma grande divisão entre os poderes influenciadores do resultado final.

“A campanha eleitoral mostrou uma luta entre os poderes políticos de Pequim em Hong Kong”, disse Benson Wong a este jornal.

Na sua análise, a maior diferença entre este acto eleitoral e o anterior é o facto de já não exis-tir uma pessoa que consiga “manipular” o re-sultado, porque o Presidente chinês, Xi Jinping, terá instruido CY Leung para desistir da oportu-nidade de ser reeleito.

“Apesar disso, é difícil dizer se os vogais no Comité Eleitoral vão apoiar a ideia dele. Acre-dito que os vogais perceberam a situação, mas não sabem quem é que devem ouvir ou quem é que manda no jogo, se Xi Jinping ou Zhang Dejiang”, presidente do Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular da China, afirmou o académico.

É importante haver sufrágiouniversal do Chefe do Executivo,

mas parece-me que esse tema está a ser esquecido pela sociedade

Philipe Martins

A população de Hong Kong está mais preocupada com o resultado das eleições do que em discutir as

novas medidas propostas pelos candidatos

Tiffany Chu

Em vez de tentar suavizar odescontentamento das pessoas, o Governo fez o contrário e as pes-

soas ficaram e estão mais zangadas

Marco Lee (à dir.)

O movimento Occupy Centralnão teria acontecido se houvesse

melhor comunicação entre as partes

Andy Lam

A campanha eleitoral mostrouuma luta entre os poderes políticos

de Pequim em Hong Kong

Benson Wong

O resultado das eleições não vai fazer diferença para Hong Kong

Gloria Wong

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Sexta-feira, 24 de Março de 201714 JTM | LOCAL

< CONTINUADO DA PÁGINA 13

Benson Wong prevê que, indepen-dentemente do candidato eleito, “a actual situação confusa de Hong Kong não será resolvida muito em breve”.

Se Carrie Lam for eleita, o aca-démico acredita que Hong Kong vai continuar a assistir a cenários de in-tervenção do Gabinete de Ligação do Governo Central nos assuntos in-ternos, como acontece agora com CY Leung.

Na sua opinião, Carrie Lam mos-tra-se optimista quanto à possibilida-de de ser menos criticada por ser mu-lher, no entanto, o académico não está confiante nessa abordagem e recorda que nem a última Presidente coreana, Park Geun Hye, conseguiu escapar ao escrutínio e foi afastada do poder.

Para o professor da Universidade de Baptista de Hong Kong, o candida-to Woo Kwok-hing, juiz aposentado, conquistou apoios pró-democratas no Comité Eleitoral.

“É óbvio que os membros pró-de-mocratas no Comité Eleitoral fazem uma separação entre a nomeação e a votação final”, analisou.

Na seu entendimento, votar em John Tsang é para os membros pró--democratas no Comité Eleitoral uma forma de “dizer que concordam com este regime de eleição através de um pequeno grupo de pessoas”. Por outro lado, se votarem em Woo Kwok-hing, “isso pode fazer com que Carrie Lam seja eleita já na primeira volta da vota-ção, o que os membros pró-democra-tas não querem”.

Benson Wong apontou ainda que existe uma “ideia totalmente errada de que Carrie Lam tenha sido escolhi-da por Pequim e o destino destas elei-ções já esteja decidido”.

“A intervenção do Gabinete de Li-gação do Governo Central em Hong Kong faz o resultado das eleições mu-dar totalmente”, disse o académico re-cordando o caso das últimas eleições, em que Henry Tang era o candidato com mais apoio, mas os vogais muda-ram de ideias de um dia para o outro.

Alertando que “não se deve esque-cer que existem pelo menos três pode-res principais que influenciam essas eleições: Jiang Zemin [antigo Presi-dente chinês], Xi Jinping e o Gabine-te de Ligação”, Benson Wong salienta que “se houvesse sempre um consen-so, não teriam acontecido tantas dis-putas”.

Para o próximo mandato do Gover-no, Benson Wong entende que os resi-dentes de Hong Kong têm noção que, seja qual for o candidato eleito, irá continuar a aplicar a política definida por Pequim para a região. Por isso, as pessoas não têm esperança que o novo Chefe do Executivo traga novidades.

No início eram cinco No domingo, apenas três nomes

vão constar nos boletins de voto, mas inicialmente foram cinco os políticos que anunciaram a intenção de dispu-tar a eleição do 4º Chefe do Executivo da RAEHK: Carrie Lam, Regina Ip, Leung Kwok Hung, John Tsang e Woo Kwok-hing.

Leung Kwok Hung e Regina Ip são

deputados do Conselho Legislativo, enquanto John Tsang e Carrie Lam faziam parte do Governo liderado por CY Leung, pelo que apenas Woo Kwok-hing destoou desse enquadra-mento político por ser um juiz refor-mado.

Depois das intenções, Leung Kwok Hung, também conhecido como “Long Hair”, acabou por desistir da tentati-va por não obter nomeações suficien-tes. Regina Ip, antiga Secretária para a Segurança, e actual líder do “New People’s Party”, também abdicou da candidatura no início deste mês, após ter falhado a angariação das nomea-ções necessárias. Qualquer candidato a Chefe do Executivo de Hong Kong tem de conseguir o apoio de pelo me-nos 150 dos 1.194 membros do Comité Eleitoral para concorrer às eleições.

Carrie Lam recolheu 579 nomea-ções dos membros do colégio eleitoral, mas sete foram consideradas inváli-das devido a informações incorrectas ou letra ilegível, enquanto Tsang e Woo obtiveram 160 e 179 nomeações, respectivamente.

* Reforma aprovada a 31 de Agosto de 2014 pelo Comité Permanente da Assembleia Nacional Popular segundo a qual os cidadãos de Hong Kong poderiam eleger o seu Chefe Executivo por sufrágio universal desde que os candidatos fossem escolhidos por um comité de nomeação controlado por Pequim.

IDEIAS E PROMESSAS DOS CANDIDATOSCarrie Lam John Tsang Woo Kwok-hing

Reforma política

Legislação do Artigo 23da Lei Básica (para proteger a segurança nacional)

Anti-corrupção

Educação

Habitação

Prudência e respeitopela directiva 8.31*

Reinícioda reforma política

Reinícioda reforma política

Prudência Não avançará com legislação neste mandato do Conselho Legislativo

Não avançará com os trabalhos enquanto não houver consenso social

Alargamento do âmbito da aplicação da lei até ao Chefe do Executivo

Cancelamento da avaliação geral dos estudantes do 3º ano

Permitir arrendamentodas casas económicas

Estudar ligação entre o salário médio e o preço

das casas económicas

Descontos na comprade casas económicas

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Sexta-feira, 24 de Março de 2017 JTM | ACTUAL 15

VATICANO/PORTUGAL

Pastorinhos de Fátima serão canonizados

O papa Francisco aprovou ontem o milagre que permite a cano-nização dos beatos Francisco

e Jacinta Marto, anunciou a sala de imprensa da Santa Sé. A canonização dos dois pastorinhos, beatificados pelo papa João Paulo II, em Fátima, estava dependente do reconhecimento deste milagre.

A Conferência Episcopal Portugue-sa (CEP) saudou prontamente a “apro-vação pelo papa do milagre necessário” para a canonização, assinalando a “fe-liz coincidência” com o centenário das “aparições” em Fátima.

“Aguardamos agora com serena expectativa a marcação da data e local para a respectiva celebração, na qual Ja-cinta e Francisco serão propostos como modelo de santidade para toda a Igre-ja”, lê-se numa nota assinada por Ma-nuel Barbosa, secretário e porta-voz da CEP, órgão que reúne os bispos católi-cos portugueses.

Na sua Carta Pastoral para o Cente-nário, os bispos portugueses, assinala a nota, salientam que “a fama de san-tidade de Francisco e de Jacinta cedo se espalhou pelo mundo inteiro”, sendo “as primeiras crianças beatificadas não--mártires”.

Por sua vez, o reitor do Santuário de Fátima considerou que “poder celebrar a canonização neste contexto dos 100 anos das aparições” é uma bela notícia.

Francisco e Jacinta Marto, os pastorinhos de Fátima, vão ser canonizados, depois do Papa ter aprovado o milagre

“Pela minha parte, revelo grande regozijo pela aprovação do decreto que abre portas para a canonização. Fran-cisco e Jacinta são parte integrante da mensagem de Fátima. Esta é uma das melhores notícias e das mais aguarda-das da celebração do centenário das aparições”, disse Carlos Cabecinhas, em conferência de imprensa na Casa Episcopal da Diocese de Leiria/Fátima.

A decisão do Sumo Pontífice “vem sublinhar por esta via da santidade uma mensagem que mantém toda a actuali-dade”, sublinhou Carlos Cabecinhas, assegurando que o Santuário não sente

preocupação em relação à possibilidade da canonização ocorrer a 13 de Maio, em Fátima, aquando da visita do Papa Francisco.

“Se a opção for Fátima, não nos porá dificuldades de maior, porque o San-tuário está preparado para tudo. Obvia-mente que a 12 e 13 de Maio não vamos ignorar esse facto, mas é prematuro es-tar a equacionar datas e lugares”, disse.

A nota divulgada pela sala de im-prensa da Santa Sé explica que o papa Francisco recebeu em audiência o car-deal Angelo Amato, prefeito da Congre-gação para as Causas dos Santos.

Durante a audiência, o papa auto-rizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar um conjunto de decretos, entre os quais o do milagre atribuído a Francisco Marto, que nas-ceu a 11 de Junho de 1908 e morreu a 4 de Abril de 1919, e ainda a Jacinta Mar-to, que nasceu a 11 de Março de 1910 e morreu a 20 de Fevereiro de 1920. O milagre em causa, explicou a postu-ladora da causa, Ângela Coelho, está relacionado com a cura de uma criança no Brasil, em 2013.

JTM com Lusa

A polícia britânica identificou ontem o autor do ataque de quarta-feira junto ao Parlamento, em Londres, como Khalid Masood, 52 anos,

natural de Kent (sudeste de Inglaterra). Em comuni-cado, a polícia londrina precisou que Masood tinha “vários pseudónimos” e residia nos últimos anos na região das West Midlands, que inclui a cidade de Birmingham, onde foi lançada ontem de madrugada uma operação policial, que levou à detenção de sete pessoas.

Khalid Masood era conhecido pelas autoridades e já tinha cadastro por ter sido condenado algumas vezes por crimes como agressão, posse de armas e perturbação da ordem pública, entre 1983 e 2003. Porém, nunca foi condenado por crimes ligados ao terrorismo.

Quatro pessoas morreram e cerca de 40 ficaram feri-das no ataque perpetrado por Masood, que chegou a ser investigado pelos serviços de informações por ligações à violência, mas era considerado uma figura periférica. “Masood não estava a ser investigado e não havia infor-mações da sua intenção de planear um ataque terroris-ta”, disse a polícia em comunicado.

Horas antes, a Primeira-Ministra, Theresa May, tinha

REINO UNIDO

Autor de ataque em Londres tinha cadastroUm britânico de 52 anos, com várias condenações no cadastro, foi o autor do ataque que causou quatro mortos e cerca de 40 feridos junto ao parlamento britânico. O Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ataque

afirmado na Câmara dos Comuns que o autor do ataque tinha nacionalidade britânica e foi investigado pelo MI5, os serviços secretos do país.

O grupo “jihadista” Estado Islâmico reivindicou o ataque através da agência de propaganda Amaq, afir-mando que Massod era “um soldado do Estado Islâmi-co” que agiu em resposta aos apelos para “ataques con-tra os países que integram a coligação” que combate o grupo extremista no Iraque e na Síria.

Quatro pessoas morreram no atentado: Aysha Fra-de, 43 anos, britânica de origem espanhola casada com um português, um polícia, Keith Palmer, 48 anos, Kurt Cochran, norte-americano que estava a realizar uma viagem pela Europa para assinalar o 25º aniversário do seu casamento (a sua mulher, Melissa ficou gravemente ferida), e o atacante.

Um jovem português foi atropelado no ataque em Londres, Reino Unido, sofrendo cortes profundos num joelho e numa mão, mas já teve alta hospitalar e encon-tra-se bem, disse entretanto à Lusa o Secretário de Esta-do das Comunidades, à margem da visita a Macau. O jovem, de 26 anos, foi atropelado quando atravessava a rua para apanhar o Metro e rebolou por cima do capô,

relatou José Luís Carneiro.

Britânicos não cedem ao terrorA Primeira-Ministra britânica condenou o ataque

“repulsivo e depravado e anunciou que não haverá mu-danças no grau de alerta terrorista, actualmente no nível “severo”, o quarto mais alto de uma escala que vai até cinco.

Após expressar solidariedade às vítimas e agradecer pelo trabalho das forças de segurança, Theresa May as-segurou que os britânicos não cederão frente ao terro-rismo. “Avançaremos juntos, nunca cedendo ao terroris-mo, e nunca permitindo que as vozes do ódio e do mal nos dividam”, declarou a líder do Partido Conservador.

May disse que o autor do atentado escolheu expres-samente como o alvo o Parlamento, no bairro de West-minster, porque é o “coração” da capital, onde “pessoas de todas as nacionalidades se reúnem para celebrar a democracia e a liberdade de expressão”.

A Primeira-Ministra, que acabava de participar numa sessão semanal de perguntas dos deputados na Câmara dos Comuns, foi retirada do Parlamento num carro pouco depois do ataque. Centenas de deputados e visitantes ficaram trancados durante horas dentro do parlamento e da Abadia de Westminster, até serem auto-rizados a sair pelas forças de segurança.

O “mayor” de Londres, Sadiq Khan, anunciou um reforço do patrulhamento nas ruas da cidade nos pró-ximos dias.

JTM com Lusa e agências internacionais

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Sexta-feira, 24 de Março de 201716 JTM | PUBLICIDADE

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JTM | PUBLICIDADE 17Sexta-feira, 24 de Março de 2017

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Sexta-feira, 24 de Março de 201718 JTM | DESPORTO

FOTO

ARQ

UIVO

A presença, para um estágio em Macau, das selecções de hó-quei em patins de Portugal e

Moçambique, está dependente dos es-paços para treinar e, por isso, apesar da vontade já expressa pelos dirigentes das duas federações, a Associação ain-da nada pode confirmar.

António Aguiar, número um da As-sociação de Patinagem de Macau e re-centemente nomeado membro do novo Comité de Hóquei em Patins da Fede-ração Internacional (FIRS), ainda não iniciou os contactos com as duas enti-dades responsáveis pelos únicos dois pavilhões que podem receber os treinos de Portugal e Moçambique, devendo fazê-lo dentro de alguns dias.

Os recintos do D. Bosco e da antiga universidade, têm boas condições para oferecer aos hoquistas daqueles dois países, “mas é necessário saber se estão disponíveis ou não para os treinos de Portugal e Moçambique, porque se não estiverem não vale a pena eles virem cá”, conforme referiu ao Jornal TRIBU-NA DE MACAU, António Aguiar.

As duas selecções manifestaram in-teresse em fazer um estágio na RAEM, em Agosto, tendo como principal objec-tivo a adaptação ao fuso horário, uma vez que, nos primeiros dias de Setem-bro (de 1 a 9), participam na edição inaugural dos “Roller Games”, com-petição que passa a substituir os Mun-diais, até aqui separados, dos níveis A e B, e que está agendada para a cidade chinesa de Nanquim.

“Esta possibilidade de estágio entre nós surgiu primeiro através do treina-dor de Portugal, Luis Sénica, e depois reconfirmado pelo presidente da Fe-deração, Fernando Claro, em conversa que tivemos durante a eleição do novo Comité Internacional de Hóquei em Pa-tins, precisamente em Nanquim. O pre-sidente da federação de Moçambique ouviu-nos falar sobre isso e disse logo que também gostaria de aqui fazer o estágio. Desde logo mostrei disponibili-dade em recebê-los, mas tudo depende-ria da confirmação do ou dos recintos que fossem colocados à disposição”, diz António Aguiar.

Caso se confirme a vinda de Portugal e Moçambique, depois das negociações com o Instituto do Desporto (pavilhão do Noroeste da Taipa) e com os Servi-ços de Educação (pavilhão do D. Bosco, nos horários nocturnos), teremos então em Macau duas selecções de bom nível,

Os contactos com vista a eventual estágios já foram feitos com a Associação de Patinagem de Macau, mas tudo vai depender dos pavilhões disponíveis em Agosto. As selecções de hóquei em patins de Portugal e Moçambique querem adaptar-se ao fuso horário antes dos “Roller Games”, em Nanquim

Vítor Rebelo*

em especial a portuguesa, que poderão até realizar alguns jogos-treino, ou ses-sões em conjunto, com Macau, uma vez que nessa altura a formação orientada por Alberto Lisboa, estará também em fase derradeira de preparação para os mesmos “Roller Games”, em represen-tação da Ásia e como campeã do con-tinente há já vários anos consecutivos.

O presidente da patinagem local preferia disponibilizar o D. Bosco. “Está numa boa localização, perto de um ho-tel onde poderíamos colocar as duas comitivas, que até se deslocariam a pé para o pavilhão, facilitando por isso o transporte também de todo o material. Vamos aguardar pelos resultados dos contactos que irei manter brevemen-te com as entidades responsáveis pela gestão dos recintos. Espero conseguir esse apoio administrativo/logístico e ter tudo confirmado antes de me deslo-car a Montreux, onde, durante o torneio internacional daquela cidade suíça, o novo Comité de Hóquei em Patins irá realizar uma série de reuniões. Esta é uma oportunidade de ouro para estar-mos todos os juntos”, sublinha o diri-gente, que integra a partir de agora um comité técnico liderado pelo espanhol Carmelo Paniágua e onde estão igual-mente o português Fernando Graça e o argentino, antigo jogador Daniel Marti-nazzo.

Reuniões em Montreux

Pelas informações fornecidas por António Aguiar, a nova equipa respon-sável pela “revolução” da modalidade a nível mundial, discutirá o plano de-talhado para os próximos quatro anos de mandato e finalizará a elaboração do programa/projecto, isto para além de supervisionar o Torneio de Montreux, que decorre entre 10 e 17 de Abril.

Nesta prova suíça, de longa tradição e um autêntico “mundialito” do hóquei, no qual Macau já participou, em duas edições consecutivas, marcam desta feita presença as selecções de Portugal, Espanha, Chile e Angola (Grupo A) e Argentina, Itália, França e a equipa lo-cal do Montreux (Grupo B).

Ali se realizará também e pela pri-meira vez, um quadrangular da cate-goria de juniores, com o Alverca, clube português, o Réus de Espanha, uma for-mação francesa e o Montreux.

A nova equipa, que tem por missão tentar recuperar tempo perdido nestes últimos anos, dedicará muita da sua atenção também ao continente asiático, até porque Aguiar ficará com a pasta da Ásia/Oceânia.

“Numa primeira fase estamos na recolha de necessidades, falando com os países e já tivemos, em Nanquim, a possibilidade de falar, por exemplo com Rússia, que é um portento na patina-gem, mas não tem hóquei em patins, mas esse cairá na Europa, assim como Coreia do Sul, Paquistão, Singapura, China, que precisam de estruturas para voltar a praticar o hóquei. Depois temos de verificar que tipo de apoio financeiro vamos conseguir ter, através de alguns patrocinadores, para posteriormente elaborar um programa de apoio ao ní-vel de treinadores, pelo menos. Diga-mos que não vamos dar dinheiro unica-mente por dar, porque isso não resolve os problemas, não vamos dar equipa-mento e depois abandonar. Vamos, sim, criar um programa que passa ser sus-tentado por apoio específico e avalia-ções periódicas, no sentido de que, de facto, a implementação do hóquei em patins possa ser sustentada e possa con-tinuar, senão não vale a pena”, destaca António Aguiar.

Possibilidade de estágio foi reiterada pelo presidente da Federação portuguesa

Com a nomeação do número da Associação local, Aguiar acredita que Macau também terá muito a beneficiar: “Esta é uma nomeação individual, mas tem muito a ver com o nome de Macau, que é falado no mundo inteiro da pati-nagem por causa do hóquei em patins e isto é também o resultado de toda uma acção de várias pessoas.”

Há menos subsídios

Mas nem tudo são rosas na patina-gem do território, que apesar de dispor agora de melhores condições, com a utilização do pavilhão da antiga uni-versidade, viu o apoio financeiro do IDM reduzir.

“Os subsídios continuam, mas hou-ve um corte substancial. Há menos di-nheiro relativamente aos anos anterio-res e em especial no que diz respeito à presença em várias competições. Nós temos um programa de formação, que obviamente não pode parar, pois está em franco desenvolvimento, em espe-cial na patinagem em linha, embora tenhamos também escolas de hóquei em patins. O problema da nossa mo-dalidade é que temos três especialida-des dentro da Associação, hóquei em patins, hóquei em linha e corridas em patins, estas na estrada porque não há pista. Gostaríamos de começar mais duas, “free style” e “Skate boarding”, mas isso não vai ser possível tão cedo, mas o que há tem de continuar. Com mais ou menos dificuldade, temos de manter o rumo que nos tem norteado nos últimos anos e é isso que vamos fa-zer. Se não houver tanto dinheiro para a as participações, nós arranjaremos ma-neira de o conseguir, porque isto é um processo imparável”, concluiu António Aguiar.

* Jornalista

HÓQUEI EM PATINS

Portugal e Moçambique mantêm interesse em estagiar na RAEM

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JTM | DESPORTO 19Sexta-feira, 24 de Março de 2017

Agora com a companhia de Valtteri Bottas, Ha-milton é o grande favo-

rito à vitória, tentando “apro-veitar” o abandono de Nico Rosberg, que se retirou após conquistar o primeiro Mundial da carreira. O britânico, de 32 anos, que conquistou o título em 2008, 2014 e 2015 e já disse que o novo carro é “mais rápido nas curvas” e que se sente “mais rá-pido que nunca”.

A equipa germânica é de novo a favorita a suceder a si própria no primeiro Mundial sem o campeão em título desde 1994, depois de um ano 2016 em que venceu 19 das 21 provas.

A Ferrari quer, no entanto, regressar aos tempos áureos, apresentando para isso Sebas-tian Vettel, tetracampeão mun-dial (2010 a 2013), e o “veterano” Kimi Raikkonen, o mais rápido do período de testes.

A Red Bull, segunda classifi-cada em 2016, parte um pouco abaixo, face aos resultados da pré-temporada, mas conta com os únicos pilotos que venceram corridas em 2016 à excepção da escuderia germânica, o australia-no Daniel Ricciardo e o “prodí-gio” holandês Max Verstappen.

Ao mexicano Sergio Perez, a Force India junta esta temporada o francês Esteban Ocon, ex-Ma-nor, enquanto a Williams aposta no veterano Felipe Massa, que voltou atrás na decisão de se re-tirar, e em Lance Stroll, único es-treante da temporada, conseguin-do, aos 18 anos, ser o primeiro canadiano na F1 desde o falecido Gilles Villeneuve em 1997.

A McLaren conta com o bicam-peão mundial Fernando Alonso e Stoffel Vandoorne, mas o grande desafio será contornar os proble-mas com os motores Honda.

O Campeonato do Mundo de Fórmula 1 deste ano terá menos uma equipa (10) face a 2016, uma vez que os problemas financeiros levaram ao fecho da Manor este mês.

O Grande Prémio da Aus-trália volta a ser o primeiro de um calendário com 20 provas, menos uma do que na tempora-da transacta, depois da saída do GP da Alemanha por disputas comerciais com a administração do campeonato. A 68ª edição do Mundial de Fórmula 1 arranca no domingo, em Melbourne, e termina a 26 de Novembro, em Abu Dhabi.

JTM com Lusa

FÓRMULA 1

Hamilton parte como favoritoA Mercedes, que apostará em Lewis Hamilton, parte como favorita a novo título da F1, cuja temporada arranca domingo na Austrália

O Estádio da Luz será palco amanhã, pelas 19:45 (03:45 em Ma-

cau), do Portugal-Hungria, na quinta jornada do Gru-po B de qualificação para o Mundial de Futebol, numa altura em que a selecção lusa ocupa o segundo lugar, a três pontos da Suíça, que receberá a Letónia.

O jogo reveste-se por isso de grande importância para as aspirações de Portugal em termos de apuramento directo.

“É uma final, todos sabe-mos que até ao último jogo contra a Suíça dependemos de nós e, por isso, temos que encarar este jogo como uma final. Com esse espírito entra-remos em campo, no sábado, fazer passar uma mensagem de segurança e marcar um golo sem sofrer nenhum! É fundamental e, sem dúvida, o mais importante, sairmos do Estádio da Luz com três pontos”, afirmou o médio João Mário, numa antevisão à partida.

Na abordagem à selec-

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QUALIFICAÇÃO PARA MUNDIAL2018

Jogo com Hungria é “uma final”A selecção portuguesa de futebol mostra-se consciente da necessidade de superar amanhã a Hungria, na qualificação para o Mundial2018

Costa Santos Sr.*

ção húngara, João Mário de-monstrou conhecer o adver-sário e os seus pontos fortes: “É uma equipa que sabe jo-gar, organizada, defende bem e sai rápido para o contra ata-que. Teremos atenção a tudo isso, sabemos que não é uma selecção fácil e, nesta altura, todos querem ganhar a Por-tugal. Há que estar atento”.

O árbitro do encontro será o polaco Szymon Marciniak, de 36 anos, com carreira inter-

nacional desde 2011. Apenas duas presenças no que toca a dirigir jogos de Portugal: uma, na final do Campeona-to da Europa de Sub-21, em 2015, quando selecção portu-guesa perdeu com a Suécia e no Bayern Munique-Benfica, da época passada, o tal da po-lémica da grande penalidade negada aos encarnados…

* Jornalista profissional especia-lizado em desporto. Com Lusa

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Sexta-feira, 24 de Março de 201720 JTM | PUBLICIDADE

Com o alto patrocínio

O papelque a Imprensa está a perder

Um título deliberadamente ambíguo e com um intencional duplo significado... a migração para o digital, em prejuízo do suporte papel ea perda de influênciados jornais a favorde outrosmedia...

Dia 29 de Março 18.30h

no Clube Militar de Macau

CONFERÊNCIA INTEGRADA NAS COMEMORAÇÕESdo 35º aniversário do Jornal Tribuna de Macau

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Sexta-feira, 24 de Março de 2017 JTM | OPINIÃO 21

Dito“Há terrenos que não puderam ser de-senvolvidos porque não existiam plantas de alinhamento. É como um carro sem gasolina, que nunca anda”

Leonel Alves, deputado, em entrevista ao “Hoje Macau”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

24/03/1997

MACAU É EIXO FULCRALNA RELAÇÃO COM A CHINAA actuação dos órgãos de soberania por-tugueses deve “convergir” para a esta-bilidade, desenvolvimento económico e transição pacífica da Administração de Macau em Dezembro de 1999, conside-rou ontem o Ministro português da Pre-sidência e da Defesa, António Vitorino, antes de partir para Pequim. António Vitorino, que falava após encontro de duas horas com o Governador Rocha Vieira, recordou igualmente que as ques-tões que dizem respeito a Macau têm um quadro institucional “totalmente claro”. “Há a responsabilidade do Governo de Macau e do Governador (...) que depen-de do Presidente da República e que tem o apoio do Governo português e existe uma instância de natureza diplomática que é o Grupo de Ligação Conjunto Lu-so-Chinês”, sublinhou. António Vitorino indicou que Portugal e a China “mantêm uma relação diversificada (...) que tem Macau como um eixo fulcral”. Durante o encontro com o Governador, o titular dos assuntos de Macau no Governo por-tuguês reiterou a “confiança” dos órgãos de soberania da República na “acção” de Rocha Vieira. “Exprimi ao Governa-dor aquilo que tem sido sucessivamente afirmado pelo Governo da República, o empenhamento dos órgãos de soberania de Portugal, do Presidente da República (...), do Governo, no apoio à Administra-ção do território, a acção do Governador é a uma transição pacífica em Macau, tal como foi acordada com a China”, disse António Vitorino. O ministro afirmou que “existe” o compromisso do governo português em prestar à Administração de Macau “todo o apoio, quer sob o pon-to da relação bilateral diplomática com a China, quer sob o ponto de vista da ar-ticulação entre o Governo de Macau e o Governo da República”.

MUNICÍPIOS PROMOVEMALGARVE NO ORIENTEUma delegação constituída por uma centena de empresários, autarcas e diri-gentes de organismos públicos da região algarvia visitará Macau na semana de 2 a 8 de Abril, no âmbito de uma acção promocional da mais importante re-gião turística portuguesa no Oriente. A missão empresarial e autárquica deno-minada “O Algarve em Macau” é orga-nizada pela Associação dos Municípios do Algarve e conta com o patrocínio do Governo de Macau e a colaboração da Comissão Promotora do Ano Nacional de Turismo e da Região de Turismo do Algarve. Do programa que a missão em-presarial pretende levar a cabo em Ma-cau destacam-se as acções de promoção a terem lugar no Centro de Actividades Turísticas de Macau, que incluirão a ins-talação de 40 stands alusivos ao Algarve onde os empresários, autarcas e respon-sáveis dos organismos da administração central no Algarve vão divulgar as suas actividades e projectos.

ALBANOMARTINS*

OS DESATINADOS

Alguns dias depois de ter sido revelado que a inflação, me-dida pela variação média dos

últimos doze meses, havia atingido em Janeiro, 2,2 por cento, escrevia eu nestas páginas que em Fevereiro a in-flação estaria baixo dos dois por cento.

A informação agora disponibiliza-da pela DSEC confirma esse meu pal-pite, ou melhor, como se usa dizer nes-ta praça pequena, ou pequena praça ou as duas coisas, que grande só mes-mo a China, o rigor da matemática: a inflação ficou-se em 1,91 por cento em Fevereiro de 2017!

Contudo, como tenho muitas vezes referido, há qualquer coisa de esquisi-to nesses valores, pois os valores das rendas têm também caído, o que é in-congruente com o que está a acontecer com os preços da habitação, que têm subido colossalmente nos últimos me-ses.

Basta reparar que em Janeiro de 2017 e em Janeiro de 2016, os preços da habitação, comparativamente com os do segundo trimestre de 2003, eram superiores a estes cerca de 14,48 e 11,79 vezes, o que confirma a subida dos preços dos imóveis até Janeiro de 2017!

Acredito que haja um “lag” (uma diferença de movimento no tempo) entre a subida dos preços de venda de habitação e a sua repercussão nos valo-res das rendas.

E refiro-me aqui às chamadas “ren-das imputadas à habitação” que pe-sam 19,76 por cento no cabaz de com-pras, que serve para base do cálculo da inflação de Macau.

Ou seja, trata-se de um valor muito pesado!

Qualquer variação desproporcional das rendas de habitação pode puxar a inflação para cima ou para baixo com alguma intensidade! Ou seja, contri-buir pesadamente para a alteração do valor da inflação.

Estou a tentar falar em linguagem simples, nem sempre totalmente cor-recta, para leitor leigo na matéria!

Desculpem-me os craques na maté-ria!

Ora, tem vindo a acontecer, segun-do a DSEC, desde esse intervalo de tempo (Janeiro de 2016 a Janeiro de 2017), uma constante descida dos va-lores homólogos da variação dessas rendas, tendo esses valores passado a ser negativos a partir de Junho de 2016, até hoje!

Que haja um “lag” de um ano, até que as tendências sejam congruentes, ainda posso admitir, mas se se conti-nuar nessa senda de variação negati-va das rendas imputadas à habitação, em cenário de subida dos preços das casas, dificilmente isso será aceitável!

Assim, se se assistir, como está hoje a acontecer, continuadamente à desci-da dos valores usados pela Estatística para as rendas imputadas à habitação, em cenário de subida dos preços de venda de habitação, então, os valores usados no cálculo da inflação pecarão por incongruência!

Será um sinal de que qualquer coisa está mal.

Não estou a falar de um menor crescimento do valor das rendas!

Estou a falar sim de um decréscimo do valor das rendas, que, como referi há bocado, têm estatisticamente (no IPC da DSEC) caído homologamente a partir de Junho do ano passado!

Se isso acontecer por mais alguns meses, vai parecer que se quer con-trolar administrativamente o valor da inflação!

Várias vezes tenho apoiado e criti-cado a Estatística.

Ganhei várias batalhas e apesar do Alzheimer que me quer bater à porta, não me lembro de ter perdido sequer uma!

Só os meus amigos alentejanos é que não gostam nada que se lhes diga que têm Alzheimer quando se esque-cem, com alguma frequência, do que combinamos.

Às vezes até chateia porque em terra de desemprego não se encontra quem queira trabalhar!

Diz a história da terra que lá na tasca, quando alguém mais chato lhes diz que têm Alzheimer, o alentejano sabidão replica, sorrindo “não senhor, está enganado, nós cá preferimos o pa-rkinson. Podemos derramar metade da garrafa, mas esquecer dela, não tem gêto nenhum!”

Pois, passando agora para a Esta-tística, parece-me que se esquecem da fase do ciclo onde estamos!

Enfim, desabafos à parte, continuo mesmo assim a pensar que a DSEC faz

um trabalho de qualidade, embora me pareça que provavelmente o pro-cesso de recolha da informação deixe muito a desejar.

Nalguns casos, pode gerar mes-mo absurdos.

Por isso, quando isso acontece, devia acender-se uma luzinha lá na casa da Estatística e alguém dizer: “Olá, há qualquer coisa aqui que não bate certo”!

Acho que essa Unidade não tem merecido do Governo o necessário apoio! Não vejo isso reflectido no seu orçamento!

Reparem, os Serviços Correccio-nais viram o seu orçamento passar de 340,3 milhões para 579,3 milhões, entre 2012 e 2017, mas a Estatística apenas de 152 milhões para 198,2 mi-lhões!

Sem conhecimento correcto da realidade não há política económica alguma que se faça com seriedade e com cientificidade, como se gosta de dizer na praça, porque a base de tra-balho estará mal conhecida!

Assim, é mesmo para dizer que viver em liberdade vale qualitativa e quantitativamente bem menos do que penar dentro das nossas prisões!

Caminhamos rapidamente para um estado de sítio?

Ou ninguém quer ver o absurdo dessa troca de valores?

* Economista.Escreve neste espaço às sextas-feiras

O absurdo da troca de valores!

Se isso acontecer [o decréscimo do valordas rendas] por mais alguns meses, vai parecer

que se quer controlar administrativamenteo valor da inflação!

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Sexta-feira, 24 de Março de 201722 JTM | LAZER

ROTEIRO

Número de Socorro ............................... 999

Bombeiros ................................... 28 572 222

PJ (Linha aberta) ................................... 993

PJ (Piquete) ................................. 28 557 775

PSP .............................................. 28 573 333

Serviços de Alfândega ............... 28 559 944

Hospital Conde S. Januário ......... 28 313 731

Hospital Kiang Wu .......................28 371 333

CCAC ............................................28 326 300

IACM ............................................ 28 387 333

DST ..............................................28 882 184

Aeroporto ............................. 88 982 873/74

Táxi ..............................................28 283 283

Táxi ............................................. 28 939 939

Água - Avarias ............................ 28 990 992

Telecomunicações - Avarias ...... 28 220 088

Electricidade - Avarias ................28 339 922

Directel .........................................28 517 520

Rádio Macau ...............................28 568 333

Macau Cable .............................. 28 822 866

Clube Militar de Macau ..............28 714 000

ANIMA ..........................................28 715 732

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

PATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.95 8.05EURO 8.58 8.69YUAN (RPC) 1.148 1.169

Televisão03:45 Campeonatodo Mundo 2018 (Qual):Portugal - Hungria (dia 27) BROADWAY MACAU

Espectáculo: “Viva La Broadway”Data: Diariamente, às 16:00, até 31 de MarçoLocal: Teatro da Broadway

CITY OF DREAMSEspectáculo: “The House of Dancing Water”Data: Entre 6ª-feira e 2ª-feira, às 17:00 e às 20:00.Local: Teatro “Dancing Water”

PARISIAN Espectáculo: “Os três fantasmas”Data: Todos os dias, até 26 de MarçoLocal: Teatro do Parisian

GRAND LISBOAEspectáculo: “Crazy Paris Show”Data: Todos os dias, das 13:00 às 21:00Local: Primeiro andar do Casino Grand Lisboa

SANDS COTAI CENTRALEspectáculo: “Monkey King – China Show”Data: Todos os dias, até 31 de Março.Local: Teatro do Sands Cotai

Pequeno-almoço: Po’s Kung Fu FeastData: Sábado - 2ª-feira: 10:00-11:30 3ª-feira - 6ª-feira: 9:00-10:30Local: Ballroom, Level 4

MGMEspectáculo: Alimentação dos PeixesData: Todos os dias, às 15:00Local: Grande Praça

Espectáculos EventosExposição:“Viagem sem Título”

CinemaPower Rangers

Broadway Macau“Viva La Broadway”

Câmbios • Info BNU

Telefones Úteis

City of DreamsThe house of Dancing Water

Venetian • Exposição | Kung Fu Panda Adventure Ice World with the DreamWorks All-Stars

ALBERGUE SCMExposição: “28+28 | 28 artistas + 28 obras em feminino” Data: Até 16 de Abril, entrada livre

TAIPA VILLAGEExposição: “Transcience: Daredevils and Towering Webs” de Hugo TeixeiraData: Até 31 de Março

CREATIVE MACAUExposição: “Entre o Olhar e a Alucinação” de João Miguel BarrosData: Até 25 de Março, entrada livre

Exposição: “99999 de Ieong Man Pan”Data: Até 26 de Março

Exposição: “Amor de Macau – Fotografias por Lee Kung Kim”Data: Até 9 de Julho

MUSEU DE ARTE DE MACAUExposição: “Viagem sem Título”Data: Até 14 de Maio

Exposição: “Amor de Macau – Fotografias por Lee Kung Kim”Data: Até 9 de Julho

MACAO FASHION GALLERYEvento: ‘Pop-up’ de Primavera Data: Até 26 de Março

VENETIAN Exposição: Kung Fu Panda Adventure Ice World with the DreamWorks All-StarsData: Até 9 de Julho

JARDIM DAS ARTES Exposição: “Packing the Nature” de Ng Man WaiData: Até 26 de Março

CANAL MACAU13:00 TDM News (Rep)13:30 Telejornal RTPi (Dif)14:50 RTPi Directo17:00 Mentes Criminosas17:40 Castle Sr.6 (Rep)18:20 Geração Brasil (Rep)19:10 TDM Talk Show (Rep)19:40 Os Nossos Dias20:30 Telejornal21:15 Notícias do Meu País22:10 Geração Brasil23:00 TDM News23:30 Inquietude01:20 Telejornal (Rep)02:10 RTPi Directo

CANAL DESPORTO14:30 IAAF World U20 Championships - Poland 15:30 Sports Memory Collection16:00 Kashima Antlers - Yokohama F. (Rep)17:40 World Snooker Tour - English Open: Final20:50 Sport News21:00 Pan Delta Super Racing Festival 201722:15 Sports Memory 3 - Coach Chapter22:50 Sport News23:00 UEFA: Napoli - R. Madrid: Round of 16 (Rep) 00:45 Cheerleading Together00:55 FIFA World Cup: Georgia - Serbia (Live)03:00 Macau Sports 201703:40 2018 FIFA World Cup: Italy - Albania (Live)

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Sexta-feira, 24 de Março de 2017 JTM | LAZER 23

• • • CINEMA

Cartas da Guerra” foi dis-tinguido igualmente com os prémios de Melhor

Argumento Adaptado, escrito pelo realizador com Edgar Me-dina, Melhor Montagem (San-dro Aguilar) e Melhor Fotografia (João Ribeiro), entre outras cate-gorias técnicas, numa cerimónia realizada no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

Construído a partir da corres-pondência entre o escritor Antó-nio Lobo Antunes e a primeira mulher, Maria José, quando este-ve destacado em Angola, duran-te a Guerra Colonial, “Cartas da Guerra” deixa um retrato sobre “a maior tragédia portuguesa do século XX”, como o realizador disse à Lusa, quando a longa--metragem teve estreia em sala, em Setembro do ano passado.

Ao receber o Prémio de Me-lhor Filme, o produtor, Luís Ur-bano, de O Som e a Fúria, dedi-cou-o ao Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), “apesar de não gostar muito da direcção que está lá”, por considerar que é

um instrumento “essencial para fomentar esta actividade”, para prosseguir “uma política públi-ca, que tem de existir” e “que tem de apoiar a diversidade no cinema”, com base em “concur-sos públicos” e “júris indepen-dentes, nomeados pelo próprio instituto do cinema, e não por qualquer arena de interesses”.

Pouco antes, o realizador Luís Filipe Rocha, distinguido com o prémio Sophia de Melhor Argumento Original, por “Cin-zento e Negro”, criticara os siste-mas de júri para a atribuição de financiamentos ao cinema por-tuguês, e apelara a uma reforma total dos mecanismos de apoio do ICA. Sem esquecer a presen-ça do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, na plateia, o realizador de “Cinzento e ne-gro” desejou “um futuro melhor e mais solidário para o cinema português”.

“Cinzento e Negro” reunia 14 nomeações, e conquistou três prémios Sophia (Melhor Actor, Melhor Banda Sonora e Melhor

Argumento Original). “Cartas da Guerra” somava 11 nomea-ções. Miguel Borges recebeu o prémio de Melhor Actor Princi-pal, pelo desempenho em “Cin-zento e Negro’, e Ana Padrão, o de Melhor Actriz Principal, pelo trabalho em “Jogo de Damas”, de Patrícia Sequeira.

O prémio de Melhor Banda Sonora Original foi para Mário Laginha, pela composição para “Cinzento e Negro”. O prémio de Melhor Curta-Metragem de Ficção foi entregue a Simão Cayatte, por “Menina”, e “Bala-da de um Batráquio”, de Leonor Teles, que abriu a lista de galar-dões com o Urso de Ouro de Berlim, em 2016, recebeu o So-phia de Melhor Documentário em Curta-Metragem.

A memória da Guerra Colo-nial passa igualmente por “Esti-lhaços”, de José Miguel Ribeiro, que hoje o Prémio de Melhor Curta-Metragem de Animação, ao seu rol de distinções.

“Mudar de Vida”, de Nuno Guerreiro e Pedro Fidalgo, so-

O filme “Cartas da Guerra”, de Ivo Ferreira, realizador radicado em Macau, dominou os Prémios Sophia, da Academia Portuguesa de Cinema, ao arrecadar nove das 21 estatuetas entregues, entre as quais as de Melhor Filme e Melhor Realização

bre o músico José Mário Bran-co, recebeu o prémio de Melhor Documentário em Longa-me-tragem. Estreado no festival In-dieLisboa, em 2014, “Mudar de Vida” chegou às salas de cinema em Maio do ano passado. Ficou em cartaz mais de dois meses e acabou por se situar entre os dez filmes portugueses mais vistos em sala, em 2016. A obra resulta de 12 anos de trabalho e não teve outros apoios financeiros se não os angariados junto de particu-lares: “Mais de 200”, sobretudo através de ‘crowdfunding’, por-que, “quando todas as políticas falham”, viramo-nos para as

pessoas, disse esta noite o reali-zador Nuno Guerreiro.

A Academia Portuguesa de Cinema distinguiu ainda o actor Ruy de Carvalho com o Prémio Mérito e Excelência, assinalando os seus 90 anos de vida e 75 de carreira.

Os prémios Sophia Carrei-ra, destinados à actriz Adelaide João e ao director de fotografia Elso Roque, serão entregues pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, num almoço a realizar no palácio da Cidadela, em Cascais, na próxi-ma segunda-feira.

JTM/Lusa

“Cartas da Guerra” dominou “Óscares portugueses”

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Filme de Ivo Ferreira conquistou nove estatuetas

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Inês Almeida

20 JTM | ÚLTIMA Sexta-feira, 24 de Março de 2017 • Fecho da Edição • 01:00 horas

China vence Coreia do Sul com golo de ex-benfiquistaA China conquistou ontem a primei-ra vitória no grupo A da terceira fase asiática de apuramento para o Mun-dial de futebol de 2018, ao bater em casa a Coreia do Sul por 1-0, em en-contro da sexta ronda. Um golo do avançado Yu Dabao, antigo jogador do Benfica, aos 34 minutos, selou o triunfo dos comandados do italiano Marcello Lippi, que na primeira vol-ta do agrupamento registaram dois empates e três derrotas. Com este resultado, a formação chinesa pas-sou a somar cinco pontos e ascendeu, provisoriamente, ao quinto lugar do agrupamento, com cinco pontos. Os dois primeiros classificados dos dois agrupamentos da terceira fase asiáti-ca de qualificação garantem um lugar no Mundial2018, enquanto os tercei-ros defrontam-se num “play-off”, cujo vencedor disputa um lugar na Rússia com o quarto classificado da quinta ronda da CONCACAF.

Wei Zhao espera que a UM forme futuros Chefes do ExecutivoApesar de só recentemente ter anunciado a saída do cargo de reitor da Univer-sidade de Macau (UM), Wei Zhao já fala de um hipotético novo líder, esperando que o sucessor leve a instituição para um novo patamar, com “energia, métodos e ideias novos”. Em declarações aos jornalistas, o reitor adiantou que está a dedicar--se aos preparativos para a criação de laboratórios nacionais, no entanto, admitiu poder enveredar pelo caminho da aposentação. Wei Zhao referiu ainda que man-tém o sonho de que a UM possa formar os futuros Chefes do Executivo da RAEM.

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Justiça indiana declara Ganges e Yamuna como “seres vivos” com direitosO Tribunal Superior de Uttarakhand, estado do norte da Índia, declarou os Rios Ganges e Yamuna, e respectivos afluentes, como “seres vivos” com direitos equiparáveis aos das pessoas, disse à Agência EFE M. C. Pant, advogado que submeteu o pedido em 2014. Segundo o causídico, a acção foi apresentada a pe-dido de um morador da cidade sagrada Haridwar, em Uttarakhand, por onde passa o Ganges, que “é como uma mãe, mas está a ser descuidada”. Na semana passada, o Parlamento da Nova Zelândia também concedeu ao Rio Whanganui, venerado pelos maoris na Ilha do Norte, o estatuto legal de “pessoa jurídica”. Tanto o Yamuna como o Ganges, o rio mais sagrado do hinduísmo, apresentam altos níveis de poluição. No caso do Ganges, quando passa pela cidade de Va-ranasi, um dos pólos do hinduísmo, o nível de bactérias fecais por 100 mililitros pode chegar a 31 milhões, quando o máximo recomendado é de 500 para o banho e zero para o consumo. Um estudo publicado na Revista Internacional de Saúde do Meio Ambiente em 2006 advertiu que o contacto com as águas desse rio pode originar doenças como cólera, hepatite A, tifo, problemas gastrintestinais ou disenteria. Ainda assim, o Ganges serve anualmente de des-tino de peregrinação de milhões de pessoas, que vão lavar os seus pecados e libertar-se do ciclo de reencarnações.

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No plano de actividades do Instituto Português do Oriente (IPOR) para

este ano está o lançamento de uma “certificação reconhecida internacionalmente dirigida aos mais novos”, à semelhança do programa “Camões Júnior” em Portugal. A informação foi avançada ao Jornal TRIBUNA DE MACAU pela presidente do Instituto Camões.

“Esta certificação dirigi-da aos mais jovens faz-se com avaliações específicas e por via digital, e parece-nos que pode-rá ser útil, tendo em conta o in-

vestimento cada vez maior das autoridades da RAEM no ensino da língua portuguesa, nomeada-mente ao nível do ensino básico e secundário”, sublinhou Ana Paula Laborinho.

“Os mais jovens são um pú-blico em que cada vez mais o Governo da RAEM aposta e pre-tendemos ter uma articulação muito estreita através do IPOR”, destacou, explicando que para obter este género de certificação é necessário um certo nível de língua, pelo que o programa será direccionado a crianças e jovens com idades compreendidas en-tre os 10 e 17 anos.

O programa “Camões Jú-nior” será lançado, em Portu-

gal, “muito provavelmente no primeiro semestre”. “Logo a se-guir teremos que articular com o IPOR, mas estamos convencidos que no final deste ano há condi-ções para o lançar, naturalmente em articulação com as autorida-des da RAEM”, apontou a presi-dente do Instituto Camões.

No plano de actividades para 2017, apresentado ontem duran-te a Assembleia Geral e Ordiná-ria do IPOR, está também mani-festa a intenção de desenvolver as plataformas digitais. “Sabe-mos que se pode, por esse meio, chegar a outros públicos e é tam-bém isso que pretendemos, cada vez disponibilizar mais mate-riais através dessas plataformas

Vai ser criada no IPOR uma certificação de conhecimento de língua portuguesa “reconhecida internacionalmente” para crianças e jovens até aos 17 anos, à semelhança do Programa “Camões Júnior”, a ser lançado em Portugal ainda no primeiro semestre. A presidente do Instituto Camões destaca a importância da iniciativa tendo em conta o maior investimento do Executivo da RAEM no ensino do Português a partir do ensino básico

que permitam uma aprendiza-gem célere, interessada” além de ser “uma forma útil de desen-volver o ensino da língua”.

Em jeito de balanço, Ana Paula Laborinho destacou que “cada vez mais o IPOR tem tra-balhado, não só para Macau, mas para toda a Ásia-Pacífico, em linha com o que são as orien-

tações do Instituto Camões”. “A formação que tenho feito em países como a Austrália, a articu-lação com outros pontos como o Vietname, Goa ou Tailândia, tem no IPOR um parceiro privilegia-do que cada vez mais queremos valorizar pelas suas capacida-des, experiência e proximidade a todos estes países”, frisou.

IPOR terá certificação de Português para crianças

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Programa de certificação em portuguêsdeve arrancar ainda este ano, prevê Ana Paula Laborinho

Detido condutor que tentava atropelar multidão em AntuérpiaA polícia belga deteve ontem um homem que tentava conduzir a alta velocidade contra uma multidão numa zona comercial de Antuérpia por volta das 11 horas locais (18 em Macau), informou a polícia. “Um veículo com matrícula francesa tentou conduzir a alta velocidade em direcção ao Meir (rua comercial). Um homem vestido de camuflado foi detido”, disse um porta-voz da po-lícia Antuérpia. Foram encontradas várias armas no interior da viatura e um recipiente com um líquido ainda não identificado. Segundo o comandante da polícia, os peões foram obrigados a saltar para não ser atropelados. O condutor foi identificado como Mohamed R., um francês, residente em França, de 37 anos.