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Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4922 • Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 10 PATACAS PUB Págs. 8 e 9 Centrais Associação de Pais aponta falhas ao ensino do Mandarim na Escola Portuguesa Tsai Ing-wen obtém dupla vitória e garante que vai defender a “soberania” de Taiwan Cinco agentes no efectivo e um aposentado da PSP fica- ram sujeitos a prisão preventiva após terem sido detidos por suspeitas de prevaricação, revelação de segredo, fa- vorecimento pessoal e outros crimes. O esquema de au- xílio à entrada e saída de ilegais rendeu pelo menos 1,83 milhões de patacas, mas o director da PJ não exclui a possibilidade do caso envolver mais indivíduos. Prostitutas mencionam presença de Alan Ho nalgumas “entrevistas” Pág. 4 Miguel Senna Fernandes lamenta “tempestade num copo de água” Pág. 7 Bispo de Hong Kong nomeado para o lugar de D. José Lai Última Esquema para ajudar ilegais pode envolver mais agentes Pág. 5 Págs. 2 e 3 Ex-militares unidos por meio século de memórias Em Janeiro de 1966, 44 jovens de Macau iniciaram o serviço mili- tar, na Ilha Verde, sob a alçada da Companhia dos Caçadores 19, para seis meses mais tarde fazerem o ju- ramento de bandeira. Alguns dos antigos militares da Escola de Re- crutamento reuniram-se ontem para comemorar e relembrar um marco importante nas suas vidas. Pág. 11 GILLIAN MURPHY, DIRECTORA-GERAL, EM ENTREVISTA AO JTM “Casino não é o principal motor do Broadway” FOTO JTM

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Page 1: Administrador 4922 10 PATACAS Esquema para ajudar ilegais ... · Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, garante ainda que, embora seja “muito compatível”, o casino “não

Administrador José Rocha Diniz • Director Sérgio Terra • Nº 4922 • Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 10 PATACAS

PUB

Págs. 8 e 9 Centrais

Associação de Pais apontafalhas ao ensino do Mandarimna Escola Portuguesa

Tsai Ing-wen obtém dupla vitóriae garante que vai defender a “soberania” de Taiwan

Cinco agentes no efectivo e um aposentado da PSP fica-ram sujeitos a prisão preventiva após terem sido detidos por suspeitas de prevaricação, revelação de segredo, fa-vorecimento pessoal e outros crimes. O esquema de au-

xílio à entrada e saída de ilegais rendeu pelo menos 1,83 milhões de patacas, mas o director da PJ não exclui a possibilidade do caso envolver mais indivíduos.

Prostitutas mencionampresença de Alan Ho nalgumas “entrevistas”

Pág. 4

Miguel Senna Fernandeslamenta “tempestadenum copo de água”

Pág. 7

Bispo de Hong Kong nomeado para o lugar de D. José Lai

Última

Esquema para ajudar ilegaispode envolver mais agentes

Pág. 5

Págs. 2 e 3

Ex-militares unidos por meio séculode memóriasEm Janeiro de 1966, 44 jovens de Macau iniciaram o serviço mili-tar, na Ilha Verde, sob a alçada da Companhia dos Caçadores 19, para seis meses mais tarde fazerem o ju-ramento de bandeira. Alguns dos antigos militares da Escola de Re-crutamento reuniram-se ontem para comemorar e relembrar um marco importante nas suas vidas. Pág. 11

GILLIAN MURPHY, DIRECTORA-GERAL, EM ENTREVISTA AO JTM

“Casino não é o principal motor do Broadway”

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JTM

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02 JTM | LOCAL Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016

GILLIAN MURPHY, DIRECTORA-GERAL, EM ENTREVISTA AO JTM

“Estamos muito satisfeitos” com resultados do BroadwayGillian Murphy acredita que, daqui a cinco anos, o Broadway Macau fará parte do “top 10 da lista de coisas a fazer” no território. A confiança da vice-presidente sénior e directora-geral do novo empreendimento do grupo Galaxy é alimentada pelos resultados alcançados nos primeiros oito meses de operações, fruto da adesão de visitantes e residentes. Em entrevista ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, garante ainda que, embora seja “muito compatível”, o casino “não é o principal motor” de um projecto que assenta sobretudo no entretenimento e na “vivacidade” da rua gastronómica, onde as pequenas e médias empresas desempenham papel de relevo. Defensora da aposta nos segmentos extra-jogo, Gillian Murphy considera que, em diversos aspectos, Macau tem condições para “fazer muito melhor do que Las Vegas” nesse capítulo, mas também deve fomentar mais a sua “grandeza” histórica

JORNAL TRIBUNA DE MACAU

Propriedade: Tribuna de Macau, Empresa Jor na lística e Editorial, S.A.R.L. • Administrador: José Rocha Diniz • Director: Sérgio Terra • Redacção: Catarina Almeida, Inês Almeida, Liane Ferreira e Viviana Chan • Correspondentes: Helder Almeida (Portugal), João Pimenta (Pequim) e Rogério P. D. Luz (Brasil) Colaboradores: Helder Fernando, Raquel Carvalho, Pedro André Santos e Vitor Rebelo • Colunistas: Albano Martins, Carlos Frota, Daniel Carlier, Francisco José Leandro, João Botas, João Figueira, Jorge Rangel e Luíz de Oliveira Dias • Grafismo: Suzana Tôrres • Serviços Administrativos e Publicidade: Joana Chói ([email protected]) • Secretário de Direcção: Miguel Quintais • Agências: Serviços Noticiosos da Lusa, Xinhua e Rádio ONU • Impressão: Tipografia Welfare, Ltd • Administração, Direcção e Redacção: Calçada do Tronco Velho, Edifício Dr. Caetano Soares, Nos4, 4A, 4B - Macau • Caixa Postal (P.O. Box): 3003 • Telefone: (853) 28378057 • Fax: (853) 28337305 • Email: [email protected] (serviço geral)

Cerca de oito meses depois da abertura do Broadway Macau, está satisfeita com os resulta-

dos obtidos até agora?-Acho que temos conseguido muito daquilo que nos propusemos fazer. Actualmente, temos 40 restaurantes, 314 quartos de hotel, um pequeno ca-sino, uma rua movimentada com en-tretenimento e estou muito orgulhosa do pessoal, com base no feedback que recebemos dos clientes que nos dizem que é um bom lugar para estar. E isso é suportado pelo volume de negócios que registamos, particularmente de residentes locais. Por isso, em muitos aspectos, a partir do nosso posiciona-mento e da experiência dos clientes, esperamos oferecer um sítio feliz e animado para passar algum tempo, a preços realmente muito razoáveis. Os desafios têm a ver com o facto de ter sido um ano muito difícil, com a sazo-nalidade do mercado, ajustamentos nas visitas e, por isso, ainda continuamos a crescer em termos de visitantes, de cap-tação de clientes para os restaurantes e a criar uma base mais sólida. Mas, do ponto de vista económico e comercial, estamos muito satisfeitos. -Ainda assim, sente o impacto da desa-celeração económica?-Certamente. Estamos razoavelmente satisfeitos com o número de visitantes, mas o valor do consumo não é aquele que inicialmente pensávamos alcançar. Por isso, quando vemos os empreendi-mentos de luxo em declínio temos de responder em conformidade, no hotel e nos restaurantes, porque queremos permanecer nesse mercado de preços razoáveis. O valor global do consumo é um pouco mais desafiante do que pen-sávamos.-Qual é a dimensão do fluxo de visi-tantes e hóspedes?-A taxa de ocupação do hotel é de quase 100%. Em Novembro, apenas tínhamos disponível um dos 314 quartos, portan-to estivemos esgotados. No que respei-ta aos visitantes em geral, recebemos entre 8.000 e 14.000 pessoas por dia, que chegam em ‘shuttle-bus’, pela ponte [de ligação ao Galaxy] ou em viaturas próprias. Desde que introduzimos o es-tacionamento totalmente livre durante duas horas, duplicou o número de resi-dentes que chegam de carro. E também acolhemos motociclos e ‘scooters’. Por isso, pensamos que o Broadway Macau é um local óptimo e conveniente para almoços, jantares ou refeições ligeiras ao final da noite. Temos um bom núme-ro de visitantes. Além disso, estamos orgulhosos porque cerca de 55% dos nossos visitantes são cativados para

Sérgio Terra

jantar no Broadway. Isso mostra que temos uma vibrante rua de comida e divertimento.-Essa taxa de ocupação hoteleira con-trasta com a média do mercado, que tem vindo a cair. Como é que o Broad-way Macau consegue marcar a diferen-ça nesse capítulo? -Um terço dos nossos quartos é ocu-pado pelo jogo, por clientes que vêm apostar. Mas, a grande maioria dos hóspedes é composta por viajantes de lazer independentes, predominan-temente de Hong Kong. Parece que encontrámos um bom nicho para o mercado de Hong Kong, de clientes de lazer que querem quartos com preços bem razoáveis. Dependendo de serem dias úteis ou fins-de-semana, os preços variam, em média, entre 800 e 1.200

dólares de Hong Kong.-Isso resulta de uma aposta específica no mercado de Hong Kong, com pro-moções e acções de marketing? -Não. Estamos abertos à ideia de que o Broadway seria bom e conveniente para pessoas de toda a região de Guang-dong, que querem quartos a preços mais baixos, por forma a poderem fazer despesas mais discricionárias em comi-da, entretenimento, passeios ou jogo, qualquer que seja a sua escolha. Julgo que é aí que estamos bem posicionados e que os clientes encontram uma razão para repetir as visitas, mesmo num cur-to intervalo de tempo. Criámos uma boa relação com agências de viagens e estamos realmente satisfeitos.-A estratégia centrada no mercado de massas não pode representar também

um desafio acrescido na actual conjun-tura, face à desaceleração da economia chinesa?-Penso que os espaços de luxo correm muito mais riscos do que o Broadway, que traz para o mercado um produto hoteleiro com preços muito razoáveis. Por isso, é um local muito acessível para visitar, desfrutar de entretenimento e de tudo o que Macau tem para oferecer, com um razoavelmente bom sistema de transportes e acesso ao Galaxy. Por isso, quem quiser passar a noite no cinema ou ter um jantar refinado pode fazê-lo. Julgo que, em muitos aspectos, estamos em melhor posição do que a maioria.-Embora o jogo não seja a componente mais importante do Broadway, Steve Wynn, por exemplo, advertiu que as atracções extra-jogo poderão não vin-gar sem o suporte das receitas dos casi-nos, as “máquinas registadoras” como lhes chamou... -Não há dúvida que somos co-depen-dentes. Os quartos para o segmento não-jogo, a comida, as bebidas e o casi-no residem a poucos passos de distân-cia. Mas, no nosso piso de jogo pode-mos ver coisas singulares no mercado. Temos um casino maravilhoso com uma bela vista e a luz do dia a entrar, uma equipa com funcionários muito simpáticos. É muito confortável e até a comida pode ser servida na sala de jogo. O casino é muito compatível, mas não é o principal motor. -O futuro do Broadway não depende assim do sucesso do casino? -Não. Numa perspectiva de orientação, as nossas componentes mais importan-tes são, claramente, a animação e viva-cidade da rua gastronómica, e isso será mais visível nos próximos meses. Seria injusto comparar o Broadway com o Wynn, pois são bastante diferentes.-Em termos gerais, as operadoras de jogo estão a liderar os esforços de di-versificação económica? -Não sei se é um ‘quid pro quo’, no sen-tido de que ‘se fizer isto recebo aquilo’. Talvez se esteja a seguir mais a tendên-cia de Las Vegas, para ir atrás das recei-tas não-jogo e continuar a gerar lucros muito bons. E, acho que é isso que se deve fazer, com cada vez mais chineses a viajar e a procurarem experiências de férias, seja num empreendimento de luxo ou do mercado intermédio. Em 2007, as receitas fiscais não-jogo em Las Vegas excederam as do jogo, o que é ex-traordinário. E isso aconteceu por causa de hotéis, clubes nocturnos, lojas e res-taurantes.-Acredita que um fenómeno desse gé-nero também poderá ocorrer em Ma-cau num futuro próximo?-É possível. Enquanto Las Vegas tem muito deserto para avançar, Macau está limitado pela sua localização geográ-

Os espaçosde luxo correm

muito mais riscos do que o Broadway,

que traz parao mercado um

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fica, mas se virmos o que está a acon-tecer na Ilha da Montanha é possível que toda esta área se torne num destino turístico tremendamente poderoso, ala-vancando a sua história, com vias na-vegáveis, acessibilidade e proximidade de aeroportos. De certa forma, sinto-me um pouco decepcionada por ver que não está a ser fomentada a grandeza de Macau baseada na sua história e tra-dição, incluindo a história do jogo. Em vários aspectos, podemos fazer mui-to melhor do que Las Vegas, devido à acessibilidade do mercado. Las Vegas está no meio do deserto, a cinco horas de carro de Los Angeles. -Não gostará então de ver modelos de Las Vegas copiados em Macau... -Não. Devemos fomentar a distinta his-tória e as preferências dos clientes asiá-ticos, que são diferentes. Em Las Vegas, um jogador preferirá um casino escuro com uma área de “slots”, não conhe-cendo realmente a diferença entre dia e noite. Aqui, os nossos clientes apre-ciam espaços confortáveis em termos de área, com tectos altos, da sensação de fortuna e boa sorte. Acho que temos de valorizar estas coisas.-Por outro lado, a RAEM não poderá perder atractividade num contexto em que os viajantes da China Continental também procuram cada vez mais des-tinos distantes?-Há 1,4 mil milhões de pessoas, bons rendimentos discricionários e o desejo de viajar pelo mundo. Mas, também de-verá haver muita gente que gostará de explorar aquilo que está na vizinhança e é muito conveniente, talvez a bom preço.-Quais são as motivações na base da estratégia de atrair vários restaurantes e artistas locais para o Broadway? -O que estamos a tentar fazer é trazer o melhor de Macau para uma zona con-fortável onde é possível experimentar todos os tipos de comida e sentir a hos-pitalidade local.-Como tem sido a adaptação das pe-quenas e médias empresas (PME’s) a esse ambiente operacional?-É diferente funcionar como um peque-no negócio familiar e estar no meio de um empreendimento destes, mas temos um relacionamento realmente bom. Dialogamos, planeamos e apoiamo-las com marketing e atraindo visitantes com eventos. É uma situação em que todos ganham.-Quais são as condições especiais ofe-recidas às PME’s?-Ao nível do marketing, acordos co-merciais, incluindo a instalação inicial de um novo restaurante, e custos de capital, num volume razoável de apoio. A administração fez o melhor possível para ajudá-las a ter sucesso. Criámos uma rua com tendas de comida onde se

podem divertir e ganhar muito dinhei-ro. -Existe algum plano específico para desenvolver a oferta no anfiteatro, que foi apontado como uma parte impor-tante do projecto na área do entreteni-mento?-Ainda estamos a aprender a gerir o an-fiteatro e conhecer as preferências dos clientes. Mas estamos a trabalhar no programa para este ano, ansiosos por ser uma parte importante da experiên-cia Galaxy: ir ao cinema, ao teatro, a um restaurante, sair à rua. Há mais opções para os clientes ficarem e gastarem no Galaxy, em vez de ir para qualquer ou-tro lugar.-Ainda antes da inauguração, admi-tiu a possibilidade do anfiteatro vir a acolher um musical da Broadway. Há alguma novidade sobre essa questão?-Estamos, certamente, a olhar para dife-rentes tipos de teatro e performances e produções de espectáculos. De momen-to, e em particular neste mercado, foca-mo-nos muito em compreender aquilo que os clientes realmente querem. -Acredita que musicais da Broadway poderão seduzir os vossos clientes?-Penso que sim. Eles estão a ir ao Cen-tro Cultural, a concertos, grandes pro-duções... Estamos, com certeza, interes-sados em proporcionar essa variedade, e não necessariamente através de es-pectáculos com duração de um ou dois anos. Há sempre algo novo e fresco no Galaxy.-A aposta não passará assim por espec-táculos residentes, do género de Zaia ou The House of Dancing Water?-Gostamos da ideia de algo novo, mais frequente. Isso não quer dizer que não possamos ter um espectáculo durante um mês ou dois, mas quanto a vários anos...teremos de ver. -Qual é a percentagem de residentes de Macau entre os visitantes do Broa-dway?-As pessoas locais representam cerca de 20% das visitas, o que é bastante eleva-do. Alguns passam o fim-de-semana, outros visitam durante a noite ou de dia. Muitos locais vêem ao Broadway e Galaxy por causa de pacotes, adoram a plataforma do resort, e podem desfru-tar da piscina com ondas, “lazy river”, praia ou jardins. Quem fica alojado no Galaxy tem acesso a 20 hectares com ac-tividades de lazer maravilhosas. -Existem pacotes especiais para resi-dentes ou as tabelas de preços são uni-formes?-Em geral, não segmentamos a fixação de preços. -No domínio dos recursos humanos, é grande o peso dos trabalhadores lo-cais?-É bastante elevada, mais de cerca de 60%. Em média, cerca de 70% dos tra-

Sinto-me um pouco decepcionadapor ver que não está a ser fomentada

a grandeza de Macau baseada na sua históriae tradição, incluindo a história do jogo.

Em vários aspectos, podemos fazer muitomelhor do que Las Vegas, devido à acessibilidade

do mercado

Cumplicidadenum ambiente familiarA importância das parcerias com pequenas e médias empresas, como via de valorização das especificidades locais, foi sublinhada por Gillian Murphy numa visita guiada pelo Broadway que fez questão de oferecer ao JTM antes da entrevista. Essa cumplici-dade ficou, aliás, bem patente no contacto directo com vend-edores e funcionários dos restaurantes e tendas de comida que animam o exterior do hotel que foi inaugurado a 27 de Maio de 2015, como parte da segunda fase do resort Galaxy. O Broadway Macau acolhe mais de 40 espaços gastronómicos e já recebeu três menções no Guia Michelin, na categoria “street food”, graças aos restaurantes Lei Ka Choi, Katong Corner e Wong Kun Sio Kung. O complexo abarca ainda um casino, 320 quartos de hotel (incluindo 32 suites), mais de 20 marcas de retalho, um anfiteatro com capacidade para 3.000 pessoas e a “Band on the Run”, um “novo conceito” dedicado a espectáculos musicais ao fim-de-semana.

balhadores do grupo Galaxy Entertain-ment são pessoas locais. -Tratando-se de uma área que, em ge-ral, é problemática em Macau, têm sentido dificuldades na contratação de trabalhadores qualificados? -Temos uma formação fantástica, com vários programas. Não temos pro-blemas em treiná-los para trabalhar numa cozinha ou como “croupier”. A questão está mais na contratação de

pessoas com a atitude correcta, que gostem de fazer coisas para outras pessoas e de estar com elas. Mas nem todas as pessoas são assim, algumas são muito reservadas. Procuramos en-contrar as pessoas certas para o traba-lho certo mais com base no modo de comportamento. -Isso pode ser um grande desafio numa cidade com Macau... -É um desafio quando temos uma taxa de desemprego de 1,9%. E nesses 1,9% ainda há uma fatia de pessoas que não estão realmente interessadas em traba-lhar. -Como antevê o COTAI, em geral, e o Broadway, em particular, daqui a cinco anos?-Poderemos ver edifícios maravilhosos, uma rua [de gastronomia] ainda mais vibrante e mais áreas que poderemos desenvolver. Estaremos no top 10 das coisas a fazer. Quem vier a Macau de-verá visitar o Broadway para desfrutar de boa companhia, óptima comida e en-tretenimento. -Acredita no sucesso dos grandes em-preendimentos que estão a ser cons-truídos?-São bem-vindos, pois vão trazer mais pessoas para o mercado. E, como temos algo tão único e especial, as pessoas vão querer incluir o Broadway como parte da sua visita.

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 201604 JTM | LOCAL

Catarina Almeida

LIDOS DEPOIMENTOS RECOLHIDOS DURANTE A INVESTIGAÇÃO

Prostitutas associam Alan Ho a entrevistasPelo menos quatro dos 50 testemunhos de prostitutas apontaram para a presença de Alan Ho nas entrevistas para garantir um quarto no Hotel Lisboa. Porém, a arguida Wang Qiao Yu foi a mais referenciada como sendo responsável por acompanhar e receber comissões pagas por cada prostituta

Na leitura de, pelo menos, quatro dos 50 testemunhos das mulhe-res que se prostituíam no Hotel

Lisboa, Alan Ho foi reconhecido como um dos indivíduos presentes nas entre-vistas para a distribuição de quartos, no 5º e 6º andares, onde eram prestados os serviços sexuais.

Na sessão de sexta-feira no Tribunal Judicial de Base, onde foram ouvidos os testemunhos para memória futura, uma das mulheres disse que o ex-gestor do hotel não se pronunciou verbalmente durante a entrevista, tendo só acenado com a cabeça.

Além disso, não se ouviram quais-quer referências a pagamentos directos das prostitutas ao arguido.

De acordo com os mesmos depoi-mentos, a arguida Wang Qiao Yu, tam-bém conhecida como Kelly Wang, foi referenciada como a principal interlocu-tora que, para além de outros gerentes do hotel, conduzia as entrevistas que avaliavam a “fisionomia” das raparigas.

Alegadamente, a arguida, que na altura desempenhava funções de vice--gerente do espaço hoteleiro, recebia as comissões de protecção das mulheres que, assim, já não tinham de ser sujeitas a avaliações diárias.

Deste modo, para as mulheres terem acesso a um quarto, Kelly Wang cobra-va, no mínimo, 150 mil reminbis. Segun-do os depoimentos, que foram recolhi-dos pela Polícia Judiciária e Ministério Público na fase de investigação, aquele montante era transferido para contas bancárias da China Continental ou en-tregue por intermediários e proxenetas.

Para além disso, a suspeita daria conselhos sobre o vestuário, o compor-tamento e a manutenção dos quartos.

Uma das testemunhas alegou que to-das as prostitutas tinham de “ser valida-das” como “caras lindas” para terem di-reito a um quarto. Caso não cumprissem os regulamentos estabelecidos pelo Ho-tel Lisboa, podiam sofrer penalizações: serem expulsas ou ficarem mencionadas na “lista negra”.

De acordo com os depoimentos, as mulheres tinham de se apresentar na re-cepção do hotel, aguardar numa fila e, só depois, é que saberiam se teriam um lugar.

Por sua vez, desfilavam no rés-do--chão do hotel, entre um banco e um restaurante, para angariar os clientes a quem cobravam 1.500 dólares de Hong Kong (valor mínimo) por cada meia hora.

Oriundas de várias cidades e provín-cias do Continente chinês, as mulheres entravam no território, quer por iniciati-

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va de intermediários e proxenetas, quer por anúncios na internet, com a promes-sa de que os “rendimentos” seriam “ele-vados”. Na maior parte dos casos, a vin-da era concretizada através de terceiros que cobravam quantias díspares e que tratavam de todas as diligências neces-sárias, entre as quais a entrada ilegal no território.

Para além deste facto, a maior parte das testemunhas declarou ainda nunca ter sido expulsa pelos seguranças do hotel.

“Expulsa” do VenetianNum dos depoimentos, uma mulher

alegou que tentou prostituir-se em uni-

dades hoteleiras do Venetian, mas aca-bou por ser “expulsa” pelos seguranças. De acordo com a mesma mulher, que estava ilegal no território, quando soube do negócio no Hotel Lisboa foi orientada por um homem que tratou de todas as diligências necessárias para conseguir um quarto na unidade hoteleira.

Noutro testemunho, a rapariga disse que estava a tentar prostituir-se no Ve-netian quando foi informada por outra colega de que poderia prestar serviços sexuais no Hotel Lisboa.

Segundo o depoimento, ambas as prostitutas foram entrevistadas pela ar-guida Kelly Wang.

Por causa dos representates dos agregados familiares acima mencionado não apresentarem os documentos mencionados no prazo afixado, pelo que, estes não reúnem os requisitos exigidos para a candidatura,, nos termos dos nº 3 do artigo 9º do Regulamento de Candidatura para Atribuição Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo nº 296/2009.

Este Instituto informou-os por meio de ofício, com os n.os 1509110055/DHS e 1509110039/DHS, datada de 14 de Setembro de 2015, a solicitar aos interessados acima

Para os devidos efeitos vimos por este meio notificar os representantes dos agregados familiares da lista de candidatos a habitação social abaixo indicados, nos termos do n.º 2 do artigo 72.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro:

ANÚNCIO

[ N.º 1/2016 ]

mencionados para apresentarem por escrito as suas contestações pelos factos acima referidos no prazo de 10 (dez) dias a contar da data de recepção dos referidos ofícios, entretanto não os fizeram dentro do prazo indicado. De acordo com as competências delegadas pela alínea 12) do n.º 3 do Despacho n.º 06/IH/2015, publicado no Boletim Oficial da RAEM n.º 7, II Série, de 18 de Fevereiro de 2015, e com artigo 5.º, nº. 3 do artigo 9.º, alínea 1) do artigo 11.º do Regulamento de Candidatura para Atribuição de Habitação Social, aprovado pelo Despacho do Chefe do Executivo n.º 296/2009, e em conformidade com o despacho do chefe do Departamento de Habitação Pública, exarado na Proposta n.os 0644/DHP/DHS/2015 e 0649/DHP/DHS/2015, as respectivas candidaturas foram excluídas da lista geral de espera por IH.

Caso queiram contestar a respectiva decisão, de acordo com o disposto no n.º 24 do Despacho n.º 06/IH/2015, e no artigo 155.º do Código do Procedimento Administrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 57/99/M, de 11 de Outubro, cabem recurso hierárquico necessário da respectiva decisão adminstrativa, ao Presidente do Instituto de habitação, no prazo de 30(trinta) dias a contar da data de publicação do presente anúncio, o recurso hierárquico tem efeito suspensivo.

O Presidente,

Arnaldo Ernesto dos Santos14 de Janeiro de 2016

31201301883WONG CHI WAI

Nome N.º do boletim de candidatura

31201303697KUONG CHONG MENG

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | LOCAL 05

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JTMViviana Chan*

SEIS POLÍCIAS NO ACTIVO E UM NA REFORMA FICARAM EM PRISÃO PREVENTIVA

Esquema para facilitar entradas ilegaispoderá envolver mais agentesSeis agentes da PSP, incluindo um aposentado, ficaram sujeitos à medida de coacção máxima após terem sido detidos por suspeitas de prevaricação, revelação de segredo, favorecimento pessoal e outros crimes. O esquema de auxílio à entrada e saída de ilegais rendeu pelo menos 1,83 milhões de patacas, mas o director da PJ não exclui a possibilidade do caso envolver mais indivíduos e, consequentemente, montantes mais elevados

Cinco agentes no efectivo e um aposentado da Po-lícia de Segurança Públi-

ca (PSP) foram detidos sob sus-peita de ajuda à entrada e saída de ilegais, no entanto, o director da Polícia Judiciária (PJ) admite que o caso poderá ter contornos ainda maiores. Chao Wai Kuong disse não excluir a possibilidade de mais agentes policiais esta-rem envolvidos no esquema, pelo que acredita que os avan-ços na investigação poderão le-var à descoberta de mais provas.

Por outro lado, o director da PJ considera que a denúncia deste caso exercerá um poder de dissuasão no seio das Forças de Segurança. “Divulgámos este caso de forma mais aberta. É um caso vergonhoso. Como autori-dade policial, e tal como o Se-cretário Wong Sio Chak já disse, temos tolerância zero para estes casos”, avisou Chao Wai Kuong,

Oito anos de prisão para ex-polícia que abusou de menores

Um antigo agente da Unidade Táctica de Intervenção da Polícia foi condenado pelo Tribunal Judicial de Base a uma pena efectiva de oito anos de prisão por violação e abuso sexual de menores. O caso envolveu 16 vítimas entre 2013 e 2014, sendo que duas tinham apenas 13 anos quando os crimes foram cometidos. Segundo a acusação, o arguido obtinha fotografias e vídeos íntimos das vítimas, para depois as forçar a manter relações sexuais. V.C.

sublinhando que as autoridades agiram de forma rápida.

Em comunicado, o Minis-tério Público informou que, depois do primeiro interroga-tório aos suspeitos no Juízo de Instrução Criminal, foi imposta a prisão preventiva para os seis detidos por suspeita de crimes de prevaricação, revelação de segredo, favorecimento pessoal, entre outros não especificados.

Inicialmente, a PJ indicou que o grupo estaria sujeito a acusações de crimes como as-sociação criminosa, usurpação de funções e corrupção passiva para o acto ilícito, bem como a facilitação de entrada e saída ilegal para o território e infor-mações policiais privilegiadas a frequentadores dos casinos.

O Secretário para a Segu-rança fez saber que “lamenta profundamente o envolvimento dos agentes policiais, suspeitos de abuso de poder, em activida-des criminosas graves”, garan-tindo que o caso está a merecer

a sua “maior atenção”. Assim, emitiu orientações precisas à PJ, no sentido de “emprestar o seu maior empenho e profundidade aos trabalhos de investigação e

Polícias terão ganho pelo menos 1,8 milhões de patacas

de recolha de informações”. Wong Sio Chak reiterou a

sua “total intolerância peran-te quaisquer actos ilícitos”, comprometendo-se com uma “punição gravosa sempre que surjam casos de práticas ilícitas ou de violação dos deveres dis-ciplinares”.

Segundo as autoridades, os suspeitos teriam angariado até ao momento 1,83 milhões de pa-tacas, com um esquema que en-volveu um total de pelo menos 48 casos. Aos imigrantes ilegais, que vinham da China Continen-

tal para jogar nos casinos, eram cobradas 70.000 patacas para entrar e sair do território, acres-cendo ainda 80.000 patacas para o transporte, permanência e pro-tecção no território.

Entre os agentes agora sus-pensos, quatro pertenciam ao Departamento de Informações da PSP e um aos Serviços de Migração, tendo ingressado na corporação entre 1992 e 2002. O agente reformado teria ingres-sado em 1984 e aposentou-se há um ano.

*Com M.G.P

Esfaqueada por alegadoparceiro em burlasUm residente de Macau, de 52 anos, foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) por sus-peitas de ter esfaqueado uma mulher, de 47 anos, junto às Portas do Cerco, no sá-bado. A vítima, também residente, sofreu ferimentos na barriga e na mão e está in-ternada na Unidade de Tratamento Inten-sivo do hospital público. Segundo a PJ, as investigações preliminares indicaram que o suspeito e a vítima eram parceiros em burlas cometidas em casinos. O indivíduo já foi detido três vezes e, inclusive, con-denado ao pagamento de uma multa em substituição da pena de prisão, facto que terá motivado a disputa com a mulher. Na semana passada, a vítima terá recusado um pedido do suspeito para ajudar ao pa-gamento da multa acabando por insultá-lo ao telefone. De acordo com o porta-voz da PJ, a dupla terá burlado casinos colocan-do fichas nas mesas depois das apostas já terem sido feitas e quando os “croupiers” estavam menos atentos. O suspeito, que tentou fugir sem sucesso pelas Portas do Cerco, poderá agora ser acusado do crime de homicídio qualificado na forma tenta-da. R.C.

A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem oriundo da China Continental por suspeitas de burla à na-morada, que lhe terá emprestado cerca de 1,6 mi-

lhões de patacas. A queixosa começou por emprestar 500 mil dólares de

Hong Kong com juros mensais de 1,5%, para beneficiar dos lucros das apostas numa sala VIP.

De acordo com as autoridades, o suspeito terá dito à ví-tima que um familiar trabalhava no espaço de jogo. No en-tanto, a credora desconhecia que o companheiro era casa-do e que era um cunhado que exercia funções na sala VIP.

Após falsas promessas de reembolso, a queixosa teve acesso ao telemóvel do suspeito e descobriu chamadas da esposa, que acabou por confirmar que o indivíduo era, na verdade, casado. A situação causou um conflito entre o ca-sal de amantes, levando a mulher a denunciar o caso.

O suspeito terá negado o crime, admitindo apenas ter recebido 700.000 dólares de Hong Kong, montante que dis-se ter emprestado a um amigo agora em fuga.

Ilegal apanhada com drogaA Polícia de Segurança Pública (PSP) deteve uma

mulher da China Continental, em situação ilegal no ter-ritório, por estar na posse de “ice”. De acordo com as autoridades, a suspeita, de 50 anos, estava proibida de entrar no território até 2018. O caso já foi entregue ao Ministério Público (MP).

Noutro caso, um homem de 49 anos, também oriundo da China Continental, foi detido por suspeitas de posse e uso de documento de identificação falso para entrar na RAEM. O suspeito, também impedido de entrar no terri-tório por três anos, foi interceptado pela PSP, na Estrada Marginal da Areia Preta, e apresentou um visto de perma-nência que não coincidia com a verdadeira identidade.

As autoridades verificaram posteriormente que o do-cumento tinha sido dado como desaparecido, em 2012, em Zhuhai. O indivíduo, que terá pago 5.000 renminbis para entrar no território por via marítima, já foi presente ao MP.

M.G.P.

Enganou amante para apostar em salas VIP Um homem da China Continental terá burlado a amante, num caso que envolve 1,6 milhões de patacas em empréstimos para apostar em salas VIP. Segundo a Polícia Judiciária, a vítima apresentou queixa após descobrir que o parceiro é casado

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016

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ARQ

UIVO

06 JTM | LOCAL

11 operários no hospitalapós almoço que incluiu ratoOnze trabalhadores da construção, oriun-dos do Interior da China, tiveram de receber assistência hospitalar no sábado, devido a náuseas, vómitos e dores abdominais, na sequência de um almoço com refeições em-baladas e vendidas no respectivo estaleiro, anunciaram os Serviços de Saúde, acrescen-tando que, numa das embalagens, foi detec-tado um rato cozinhado. De acordo com o or-ganismo, os pacientes têm entre 25 e 51 anos de idade e não necessitaram de internamento hospitalar.

IAS exige que construtora paguesubsídios do caso Sin Fong O Instituto de Acção Social (IAS) já iniciou um processo judicial para recuperar junto da respectiva empresa construtora o valor dos subsídios disponibilizados aos moradores do Edifício Sin Fong Garden, revelou a nova di-rectora do organismo, Vong Yim Mui. Segun-do a “Ou Mun Tin Toi”, o IAS pagou até ao final do ano passado mais de 23 milhões de patacas, sendo que 56 famílias continuam a receber subsídios mensalmente. Além disso, 52 famílias foram alojadas temporariamente em habitações públicas e oito estão no Centro de Sinistrados.

Número de incêndios decresceu 12,9% em 2015O Corpo de Bombeiros foi chamado a res-ponder a 153 incêndios no ano passado, o que representa uma descida de 12,9% relati-vamente a 2014. Já as saídas de ambulâncias aumentaram 5,64% para 38.580 e o conjunto de todas as acções operacionais reflectiu um aumento de 4,97% para 45.221 casos, em comparação com 2014.

Manutenção das Zonas Ecológicaspode custar até 21 milhõesQuatro empresas participaram no concurso para a prestação de serviços de “Gestão e Manutenção das Zonas Ecológicas I e II no Cotai”, com propostas avaliadas entre 15 mi-lhões e 21 milhões de patacas. Segundo a Di-recção dos Serviços de Protecção Ambiental, o contrato será válido por cinco anos.

PSP rejeita críticasde artistas de ruaA PSP assegurou ter respeitado a lei aquando das detenções de dois artistas de rua noti-ciadas pela Rádio Macau. Segundo a PSP, as quase seis horas de detenção deveram-se ao facto de se tratarem de cidadãos estrangeiros, o que implica procedimentos que “levam al-gum tempo”. A Polícia invocou o artigo nú-mero 3 do regime do licenciamento adminis-trativo das actividades económicas que exige a emissão de uma licença por parte do IACM para actividades como marchas de caridade, peditórios ou actividades de carácter cultural ou recreativo destinadas à recolha de fundos. Segundo dados da Polícia, registaram-se sete casos de artistas de rua detidos em 2015 e dois este ano.

Valor das reservas cambiaissubiu 5% em DezembroAs reservas cambiais da RAEM ascenderam a 150,8 mil milhões de patacas no final de Dezembro, o que representa um aumento de 4,9% relativamente aos dados rectificados do mês anterior, indicam estimativas preli-minares da Autoridade Monetária. No final de 2015, as reservas cambiais representavam cerca de 13 vezes a circulação monetária.

O funcionamento do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Interior está suspenso

desde ontem. Segundo as autoridades de Zhuhai, a suspensão foi decretada porque as estruturas provisórias do lado da cidade vizinha não correspon-dem aos critérios de segurança, tendo o terminal sido classificado mesmo como “muito inseguro”. A medida pre-tende assim garantir a segurança dos passageiros que passam pela Fronteira de Wanzai, não tendo sido no entanto adiantada qualquer data de reabertura.

Na notificação oficial, é salientado que a decisão foi tomada depois de vários departamentos do Governo te-rem sido consultados, incluindo o de-partamento nacional dos postos fron-teiriços e da Província Guangdong. De acordo com o jornal “Ou Mun”, os próprios funcionários no porto só foram notificados no sábado, durante a hora de almoço.

Os Serviços de Alfândega de Zhuhai iniciaram os procedimentos

Fechado terminal do Porto InteriorO Terminal Marítimo de Passageiros do Porto Interior está encerrado desde ontem por questões de segurança do lado da China, não existindo calendário para a reabertura. A decisão foi tomada pelo Governo de Zhuhai e irá afectar cerca de 3.000 pessoas por dia

A parceria estratégica entre a Energias de Portugal (EDP) e a

China Three Gorges já dura há algum tempo e deu ori-gem a uma série de projec-tos conjuntos incluindo três barragens no Brasil e par-ques eólicos em vários paí-ses europeus. No entanto, a EDP procura agora entrar na rede de distribuição chinesa e, para tal, será necessária a colaboração da Companhia de Electricidade de Macau (CEM), da qual é accionista.

“Estamos a analisar a hi-pótese de entrar na distribui-ção da China, que será feita através da CEM, porque a questão linguística é extre-mamente importante”, refe-riu o director executivo da EDP, João Marques da Cruz.

Além disso, “a CEM é uma empresa com imenso ‘know-how’ na área da dis-tribuição”, referiu o mesmo responsável, ao salientar que “a população de Macau nem tem consciência do nível de

A Energias de Portugal (EDP) pretende entrar na rede de distribuição da China, processo que deverá passar pela Companhia de Electricidade de Macau. Paralelamente, João Marques da Cruz, director executivo da EDP, garante que o investimento em Macau “é estratégico” e “vai continuar”

qualidade de serviços” ofe-recidos pela concessioná-ria. “Se compararmos com grandes cidades da região, sai-se muito bem”.

O investimento em Ma-cau “é estratégico”, pelo que

“vai continuar”, apontou João Marques da Cruz. Em causa está também o facto de a CEM ser uma compa-nhia que “vai acompanhar o desenvolvimento das infra--estruturas de Macau”.

Ainda assim, ressalva, é preciso que a empresa “se afirme na qualidade do serviço prestado à popula-ção e num grande nível de eficiência da produção de electricidade local, em Co-loane”.

Nesse âmbito, a CEM pretende fazer uma “central de ciclo combinado”, pro-jecto que considera positivo do ponto de vista económi-co e ambiental.

Para o avanço do pro-jecto é, porém, necessário que o Governo da RAEM chegue a um consenso com a Sinosky, fornecedora de gás natural. “Uma central a gás precisa de gás, por isso, a questão da Sinosky é es-sencial. Não somos parte envolvida mas acreditamos que a muito curto prazo o problema fica resolvido”, disse com optimismo o di-rector executivo da EDP.

Caso seja concretizado o acordo com a Sinosky, de-verá ser possível concluir a central no espaço de “18 a 24 meses”, acredita João Marques da Cruz.

EMPRESA PORTUGUESA PROCURA INVESTIR NA DISTRIBUIÇÃO

EDP quer “entrar”na China através da CEM

• • • BREVES

Inês Almeida

Viviana Chan

para situações emergentes, enviando funcionários para a inspecção dos pro-dutos interceptados no posto.

Em média, cerca de 3.000 pessoas usavam por dia o Terminal Marítimo, aproveitando a sua localização muito próxima da Avenida Almeida Ribeiro para vir às compras ou trabalhar des-te lado da fronteira. Cerca de 33 bar-cos são utilizados para o transporte de passageiros entre as duas fronteiras de Macau e Zhuhai.

O Posto Fronteiriço de Wanzai foi um dos primeiros a ser estabelecido em Zhuhai, concretamente em 1984, com

aprovação do Governo Central. Inicial-mente criado noutro local, foi transfe-rido para a localização actual em 1992, mantendo-se, no entanto, com as insta-lações temporárias da época.

O responsável da empresa de bar-cos “Yuet Tun Shipping” disse ao jornal “Ou Mun” que, nos últimos anos, cada vez mais estudantes e trabalhadores não residentes passaram a usar aquela fronteira, atingindo um total de 800 mil pessoas por ano. O mesmo responsável considera que o Governo deve lançar os planos de reabertura o mais cedo possível.

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | LOCAL 07

Liane Ferreira

MIGUEL DE SENNA FERNANDES REAGE ÀS CRÍTICAS COM “CONSCIÊNCIA TRANQUILA”

Presidente da APIM surpreendidocom “tempestade num copo de água”O presidente da Associação Promotora da Instrução dos Macaenses considera que “não disse nada de errado” quando mencionou a existência de problemas de intolerância entre as comunidades portuguesa e macaense. “Não passa de um mal-entendido”, diz no entanto Miguel de Senna Fernandes, prometendo responder às críticas com tranquilidade

Em entrevista à Rádio Macau, a presidente da Casa de Portugal em Macau, Amélia António, criticou as autoridades locais pela forma como

conduzem os processos de renovação dos pedidos de autorização de residência.

Referindo que têm sido solicitados “os movimentos das contas bancárias ao longo do tempo” aos portugue-ses que pretendem fixar residência em Macau, Amélia António sublinhou que “não é um pedido normal”, considerando mesmo tal prática como “um exagero”.

Essa situação, segundo disse, também não é apoia-da por qualquer legislação, já que “não está em sítio nenhum escrito”. Para a presidente da Casa de Por-tugal, trata-se por isso de uma medida “não é legal”.

No mesmo sentido, entende que a exigência de paga-mento de ordenados de 25 e 30 mil patacas não é com-preensível, do mesmo modo que a atribuição de “blue card” a portugueses também a deixa perplexa.

Na mesma entrevista, criticou ainda a Universi-dade de Macau (UM) de não servir os interesses da RAEM e de estar apenas “virada para o outro lado, para a China, a pensar nas coisas que pode fazer do lado de lá”. “A universidade tem descambado para uma posição de pouco ao serviço de Macau”, afirmou, referindo que o Governo deve tomar uma decisão de-terminada e acabar com interesses chineses e america-nos que dominam a instituição.

Em termos internos, Amélia António afirmou que,

apesar de gostar de sair, é provável que continue na presidência da Casa de Portugal. As eleições para o biénio 2016-2018 devem realizar-se ainda no primeiro trimestre deste ano.

Segundo indicou, a associação vai continuar a re-ceber 10 milhões de patacas da Fundação Macau, um apoio suficiente para manter actividades, mas “com muita ginástica”. Relativamente ao projecto das Casas da Taipa, admite que ainda vai demorar a ser concre-tizado, havendo despesas e obras de recuperação para “clarificar”.

Sobre o restaurante Lvsitanvs, disse que o prejuí-zo ultrapassou mais de um milhão, mas está gradual-mente a ser pago.

Amélia António critica exigências para renovar BIR A presidente da Casa de Portugal considera que os requisitos para renovação do BIR são um “exagero”, havendo mesmo pedidos que não constam da legislação. Por outro lado, em entrevista à Rádio Macau, acusou a UM de não servir os interesses locais

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ARQ

UIVO

Miguel de Senna Fernandes, novo presidente da Associa-ção Promotora da Instrução

dos Macaenses (APIM), considera que as críticas de que tem sido alvo devi-do a afirmações sobre “intolerância pela diferença”, demonstram que es-sas situações existem, porém, desva-loriza a polémica.

“A indignação vem a propósito das minhas declarações sobre o racismo e então expliquei que não é bem aque-le racismo, mas uma questão de tole-rância e intolerância. O racismo que existe é mais neste sentido e não no sentido pejorativo”, disse ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, a propósito das reacções à entrevista que conce-deu ao jornal “Hoje Macau”. “Tirem as vossas conclusões [sobre se ambas as comunidades são fechadas], mas os artigos só vêm demonstrar que esses problemas existem, por isso é que não disse nada de errado”, frisou.

Confrontado com afirmações da presidente da Casa de Portugal, que em entrevista à Rádio Macau disse que “se há alguém que fecha portas ou que fechou portas durante anos foi a comunidade macaense”, Miguel de Senna Fernandes interpreta essa afirmação como o reconhecimento da “intolerância” que apontou. “São leituras e cada um tem a sua. Quem está do outro lado não sabe o que se passa deste, mas isto tudo só vem a reconhecer que existem esses proble-mas”, disse, referindo que respeita a afirmação de Amélia António sobre a comunidade macaense. “Aliás eu pró-prio falei sobre isto, não é novidade. Os macaenses e todas as pessoas que conhecem sabem que isto é verda-de também”, admitiu, acrescentando que também “há portugueses que se fecham”.

“Não disse nada de errado. O que

está errado é dizerem que eu disse que os portugueses em geral fazem isso. Não disse isso e nem era esse o con-texto. Obviamente que não disse isso, porque era um contra-senso da minha própria pessoa no relacionamento com as pessoas”, afirmou, sublinhan-do que “está à vontade para falar dos outros”, porque ele é próprio é muito crítico dos macaenses.

O presidente da APIM lembrou ainda que tem mantido um “bom re-lacionamento com os portugueses que estão aqui e com os que vêm”.

“Fiquei surpreendido [com as crí-ticas], mas se calhar eles também fi-caram surpreendidos com as minhas declarações. Isto não passa de um mal-entendido, de uma tempestade num copo de água. Estou de consciên-

cia tranquila”, reafirmou. “Maria Manuela António tem o di-

reito de dizer o que bem entender, mas gostei da atitude de dizer que gostaria de falar comigo antes de tecer consi-derações sobre as minhas declarações, para se aperceber do que se passa”, disse, recordando que se conhecem bem e têm trabalhado juntos em vá-rios projectos, incluindo o Arraial de São João, que reúne as comunidades macaense e portuguesa há 10 anos.

Já no que respeita às opiniões apresentadas neste jornal por António Marques da Silva e Albano Martins, Miguel de Senna Fernandes avançou que vai reagir, fazendo uso do direi-to de resposta. Porém, insiste que as opiniões tecidas pelas três pessoas “se concentraram em questões que não

foram mais do que mal-entendidos” e puseram de parte questões relevantes abordadas na entrevista.

Recorde-se que o jurista António Marques da Silva questionou Miguel de Senna Fernandes sobre o propósito de “ressuscitar o fantasma do colonia-lismo”, referindo ainda que “alguns macaenses, falando entre si em por-tuguês, se pressentem a aproximação de um reinol mudam de imediato o registo para cantonense”.

“Compreendo perfeitamente as crises de identidade dos indivíduos nascidos em Macau de ascendência chinesa e portuguesa”, escreveu o jurista, acrescentando que também compreende a “angústia de determi-nadas auto-assumidas elites quando assistem ao diluir da comunidade ma-caense”. No entanto, aconselha essas elites a procurar no seio da comunida-de as “raízes” do problema de iden-tidade e o caminho a seguir, “através da construção de um projecto comum de cidadania e de intervenção social”.

Por seu lado, Albano Martins disse que os argumentos de Miguel Senna Fernandes poderiam ser usados con-tra ele e que “casos particulares acon-tecem entre todas as comunidades”. “Há coisas que não se devem nem pensar alto e muito menos sair da boca para fora, por respeito para com a diferença, na igualdade, sobretudo quando podem criar mais guetos dos que existem já, se calhar por culpa de todos ou se calhar por culpa de nin-guém”, alertou o economista.

Relativamente aos guetos que Mi-guel de Senna Fernandes diz terem nascido em Portugal e “continuarem vivos aqui em Macau” e na EPM, Al-bano Martins contrapôs que “o facto das comunidades não se justaporem, só mostra que são culturalmente dife-rentes ou com hábitos diferentes, com vidas diferentes, com interesses dife-rentes, mas isso não é errado, não tem de ser errado”.

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08 JTM | LOCAL Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016

O presidente da Associa-ção de Pais e Encar-regados de Educação

da Escola Portuguesa (APEP) lamentou a forma como o Mandarim tem sido ensinado no estabelecimento de ensino. “Achamos que, neste momen-to, a escola ainda não atingiu aqueles valores que nós enten-demos para uma língua que é a oficial da China”, conside-rou Fernando Silva, em decla-rações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, sublinhando que essa é uma questão pela qual a APEP se tem batido “bastante”.

O presidente da direcção da EPM, Manuel Machado, disse compreender a “crítica construtiva” mas recorda que a escola “lecciona o Manda-rim há relativamente poucos anos”.

“É sempre possível evoluir e fazer melhor. E é nesse sen-tido que estamos a trabalhar. Continuamos a trabalhar no sentido de melhorar a pres-tação no que diz respeito ao ensino do Mandarim”, frisou, à margem do Dia Aberto da EPM.

Na perspectiva de Fer-nando Silva, uma forma de atenuar esse problema passa, numa primeira instância, por “incentivar os alunos”. “O es-

ASSOCIAÇÃO APONTA FALHAS NO ENSINO DA LÍNGUA CHINESA

Pais querem melhor Mandarim na EPMA Escola Portuguesa ainda não “atingiu os valores” necessários no que toca ao ensino do Mandarim, alerta o presidente da Associação de Pais e Encarregados, Fernando Silva. Aceitando a crítica “construtiva”, Manuel Machado, presidente da direcção da EPM, garante que a escola está empenhada em “melhorar a prestação” nesse domínio

tudante que entra na EPM tem uma certa aversão ao Manda-rim. Presumo que isso esteja relacionado com a forma como é leccionado”, observou.

Por outro lado, coloca-se a questão da “educação do alu-no chinês” que, no seu ponto de vista, “é um pouco diferen-te do aluno europeu”. “Pelo que temos conhecimento, as aulas devem estar a ser bastan-te atribuladas e isso não pode

ser. Terá que haver um maior controlo dos alunos dentro da sala de aula”, sublinhou Fer-nando Silva.

Há quatro anos à frente da APEP, Fernando Silva refere, por outro lado, que gostaria de ver concretizado, o quanto antes, o projecto das obras de ampliação, que considera “ur-gentíssimo”.

“Era uma mais-valia ter um edifício novo na parte do

ginásio e ampliar a outra ala. Tudo isso vai ajudar que a es-cola possa ter mais espaço” e, consequentemente, “aumentar o número de alunos”, afirmou o responsável que cumpre este ano lectivo o seu último man-dato na APEP.

Em termos gerais, Fernan-do Silva faz um balanço posi-tivo do trabalho da APEP. “Na associação, todos nós enten-demos que tem evoluído po-

sitivamente”, concluiu.

Novo modelo de avaliaçãonão causa problemas logísticos

Questionado sobre as al-terações ao modelo de avalia-ção dos alunos, recentemente anunciadas pelo Ministério da Educação, Manuel Machado escusou-se a tecer grandes co-mentários, garantindo contudo que a mudança não causa pro-blemas em termos logísticos.

“A Escola está muito ha-bituada, desde o seu início, a que os alunos prestem pro-vas, quer sejam de aferição, exames finais, provas finais, testes intermédios, etc. Isto tem sido feito ao longo dos 17 anos de existência da escola”, destacou.

O presidente da direcção da EPM referiu ainda que “a avaliação externa permite que a escola se aperceba do grau de superação dos seus objectivos, veja onde é possível investir, possa fazer um diagnóstico e delinear estratégias, de forma a superar as dificuldades que se vão deparando ao longo do processo”.

O Ministério da Educação decidiu criar provas de aferi-ção para os alunos do 2º, 5º e 8º anos de escolaridade, em substituição dos exames na-cionais do 4º e 6º anos. O novo Governo português decidiu, por outro lado, manter os exa-mes nacionais no 9º ano.

Fernando Silva critica actual modelo de ensino do Mandarim na EPM

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JTMCatarina Almeida

“JTM” - 18 de Janeiro de 2016

Cumprimento de Obrigações Pecuniárias nº PC1-15-0573-COP Juízo de Pequenas Causas Cíveis

Autor: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22.Réu/Ré: JOSEPH MONTALBO BENITO, residente em Macau, no Rua de Nam Keng, Edifício Flower City - Lei Mau, 20.o andar “Z”, ora ausente em parte incerta.

FAZ-SE SABER que pelo Juízo de Pequenas Causas Cíveis do Tribunal Judicial de Base da RAEM, correm éditos de TRINTA (30) DIAS, contados da data da publicação do anúncio, para citar o Réu/a Ré JOSEPH MONTALBO BENITO, querendo, no prazo de quinze (15) dias, findo o dos éditos, contestar a acção supra identificada, na qual pede que se julgue procedente e provada e, em consequência condena o(a) Réu/Ré a pagar as dívidas, as despesas e os juros de mora na quantia de MOP$12.968,39 (Doze Mil, Novecentas e Sessenta e Oito Patacas e Trinta e Nove Avos), a que acrescem os juros que se forem vencendo, à taxa de juros convencionais, após a propositura da acção e até integral pagamento, o respectivo imposto de selo que sobre os mesmos incide e, ainda, as custas e condigna procuradoria.

Tudo como melhor consta do duplicado da petição inicial, que se encontra nesta Secretaria do Juízo de Pequenas Causas Cíveis à disposição do(a) citado(a).

Fica advertido(a) de que não é obrigatória a constituição de mandatário judicial.

R.A.E.M., aos 11 de Janeiro de 2016.

A Juiz,Lap Hong Lou Silva

A Escrivã Judicial Adjunta,Iong Mio Leng

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO DE PEQUENAS CAUSAS CÍVEIS

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1ª Vez “JTM” - 18 de Janeiro de 2016

Execução Ordinária nº CV2-15-0145-CEO 2º Juízo Cível

Exequente: BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A., com sede em Macau, na Avenida Almeida Ribeiro, nº 22. Executado: JUSTIN JAMES WESLEY, casado, maior, natural dos Estados Unidos da América, de nacionalidade norte-americana, com última residência conhecida em Macau, na Taipa, na Avenida de Kwong Tung S/A, Edifício Nova City, Torre 10, 3.o andar “A”, ora ausente em parte incerta.

Correm éditos de trinta (30) dias, a contar da segunda e última publicação do anúncio, citando o JUSTIN JAMES WESLEY, para no prazo de vinte (20) dias, decorrido que seja o dos éditos, pagar ao exequente a quantia de MOP$18.709,22 (Dezoito Mil, Setecentas e Nove Patacas e Vinte e Dois Avos) correspondente à soma do capital e dos juros vencidos até 29 de Setembro de 2015, a que acrescerão os juros que se forem vencendo, à taxa de 6%, sobre o montante de capital em dívida, o respectivo imposto do selo e ainda as despesas com o protesto da livrança e, as custas e condigna a procuradoria, ou no mesmo prazo, deduzir oposição por embargos ou nomear bens à penhora, sob pena de, não o fazendo, ser devolvido ao exequente o direito de nomeação de bens à penhora, seguindo o processo os ulteriores termos até final à sua revelia.

Tudo conforme melhor consta do duplicado do requerimento inicial que neste 2º Juízo Cível se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta Secretaria Judicial nas horas normais de expediente.

Macau, em 07 de Janeiro de 2016.

O Juiz, Seng Ioi Man

O Escrivão Judicial Auxiliar,Cheong Chin Meng

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CÍVEL

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1ª Vez “JTM” - 18 de Janeiro de 2016

Autos de Processo Comum Colectivo nº CR2-15-0182-PCC 2º Juízo Criminal

1o Demandante: VONG MICHAEL, residente em Macau, na Avenida Horta e Costa, nº 28B, Edf. “Ka Wa”, 5o andar “J”. 2o Demandante: U KA WENG, residente em Macau, no Pátio do Alfinete, no 54, Edf. “Hou Keng Fong Pou Ut Kok”, 45o andar “D”.1o Demandado: ASIA INSURANCE COMPANY LIMITED, sita em Macau, na Avenida da Praia Grande, no 369, Edf. “Keng Ou”, 10o andar “C-D”. 2o Demandado: CHAN MAN KIT, residente em Macau, no Fai Chi Kei, na Rua da Bacia Sul, Jardim “Wai Choi”, 21o andar “AA” e no Fai Cho Kei, na Rua da Bacia Sul, Jardim “Wai Choi”, 21o andar “C”.

Correm éditos de trinta (30) dias, a contar da segunda e última publicação do anúncio, citando o 2o demandado cível acima identificado, para no prazo de vinte (20) dias, decorrido que seja o dos éditos, pode, querendo, contestar o pedido de indemnização cível nos mencionados autos. A falta de contestação não implica a confissão dos factos.

Nos presentes autos, o 1o demandante cível requer: Que os demandados cíveis sejam conenados a pagar o montante de duzentos e nove mil quatrocentas e noventa e três patacas (MOP$209.493,00), a que acrescem os juros e despesas médicas e medicamentosas que surgem após a petição inicial (a liquidar em execução).

O 2º demandante cível requer: Que os demandados cíveis sejam condenados a pagar o montante de duzentos e dez mil, setenta e oito patacas e vinte avos (MOP$210.078,20), a que acrescem os juros e despesas médicas e medicamentosas que surgem após a petição inicial (a liquidar em execução).

Conforme tudo melhor consta do duplicado do pedido de indemnização cível que neste 2o Juízo Criminal se encontra à sua disposição e que poderá ser levantado nesta secretaria nas horas normais de expediente. É obrigatória a constituição de advogado (nos termos do arto 74 do C.P.C.M.).

Macau, aos 16 de Dezembro de 2015.

A Juiz, Lok Si Mei

TRIBUNAL JUDICIAL DE BASE JUÍZO CRIMINAL

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | LOCAL 09

DIA ABERTO NA ESCOLA PORTUGUESA

Ênfase na multiculturalidade para atrair alunosPais, alunos, professores e possíveis interessados “abraçaram” as várias actividades didácticas e culturais integradas no programa do Dia Aberto da Escola Portuguesa de Macau, iniciativa que voltou a destacar o ambiente multicultural que se vive no estabelecimento de ensino

Lily Chan foi uma das mães de etnia chinesa que não quis perder a

oportunidade do Dia Aberto da Escola Portuguesa de Ma-cau (EPM), para conhecer o programa curricular, as insta-lações e todas as condições que o estabelecimento de ensino tem para oferecer ao seu filho, de três anos, Dominique Welz.

Em declarações ao JOR-NAL TRIBUNA DE MACAU, Lily Chan explicou que a visita resultou do interesse por uma educação tipicamente ociden-tal. “O meu é filho é uma mis-tura: o pai é alemão e eu sou local. Apesar de não falarmos português, estamos à procura de escolas internacionais, com uma educação ocidental para que o meu filho possa desen-volver outras línguas”, escla-receu.

Apesar de ter visitado a EPM pela primeira vez, Lily Chan confessou que, até ago-ra, as referências são boas. “Sei que é tudo ensinado em Por-tuguês mas, uma vez que sou local, sei muito bem a impor-tância que o Português tem em Macau.”

Com o objectivo de atrair encarregados de educação sem filhos inscritos na escola ou que, por sua vez, não têm o Português como língua ma-terna, a EPM abriu portas ao público para um dia cujo tema girou à volta da “harmonia lusa”. Através de várias acti-vidades de cariz cultural, des-portivo e didáctico, o espaço do estabelecimento de ensino encheu-se de pais, alunos e futuros interessados que, con-soante os respectivos gostos, se dirigiam aos “stands” de línguas românticas, ciências naturais e física, educação ar-tística, matemática, entre ou-tras áreas da educação.

Jason Xu, professor de Man-darim, ficou responsável pelo “stand” onde estavam expos-tos livros em língua chinesa. O docente, que ensina Mandarim a cerca de 15 alunos, conside-ra que estes têm noção da im-portância de aprender Chinês. “Consideram que a cultura chinesa é interessante e que podem ficar mais habilitados para comunicar com a comuni-dade local”, realçou em decla-rações ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU.

No território há três anos, Ricardo Lopes decidiu visitar a EPM uma vez que no próximo ano lectivo terá de inscrever o filho no 1º ano. Embora assu-mindo ser “lógico” escolher a EPM por ter o Português como língua materna, Ricardo Lopes explicou que a sua visita pren-de-se com o facto de “ser uma das escolas disponíveis, uma

das ofertas que há em Macau e, por isso, deve ser explorada tal

como as outras”.Confrontado com a multi-

culturalidade que caracteriza a escola, Ricardo Lopes reconhe-

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S JT

M ceu que “uma mistura [de cul-turas] é sempre saudável”. “É precisamente uma das carac-terísticas de Macau. Integrar o nosso filho em todas as cul-turas que existem, diversificar o mais possível, é importante. Pelo que vejo, a EPM tem-se diversificado um pouco, e isso é uma das coisas que também procuramos”, contou.

A escola, que abriu as por-tas de manhã, organizou uma série de momentos culturais com apresentações de alunos, e até de professores, de dan-ças tradicionais portuguesas e chinesas, actuações musicais, entre outros.

De acordo com o presiden-te da direcção da Escola Portu-guesa, a iniciativa não podia ter corrido melhor. “A afluên-cia tem sido muitíssimo gran-de e a forma como as pessoas se têm dirigido a nós e têm comentado aquilo que está ex-posto e têm visto é muito gra-tificante”, considerou Manuel Machado.

Olhando para o futuro próximo, o responsável pela instituição garantiu que o ob-jectivo é manter uma linha de continuidade. “Neste momen-to, o projecto é o de continuar a manter a escola nos padrões de qualidade que são conhecidos e na medida do possível, me-lhorar”.

Solidariedadeem dia multicultural

Para além da multicultu-ralidade, a solidariedade tam-bém esteve presente no Dia da Escola Aberta da EPM.

No “stand” gerido pela professora de Economia San-dra Rosa, vendiam-se artigos feitos por alunos do 10º ao 12º anos cujas vendas reverterão para a associação “Berço da Esperança”, que gere dois lares para crianças.

“Este projecto surgiu no se-guimento de uma visita, onde nos receberam muito amavel-mente, e em que os alunos fi-caram extremamente sensibili-zados para a causa”, contou a docente.

A ideia começou a ganhar forma em Dezembro e resul-tou na criação de peças únicas como canecas, cachecóis, mol-duras, entre outros artigos.

Nas palavras de Sandra Rosa, os “alunos estão extre-mamente motivados, e pela forma como eles abraçaram este projecto, sem dúvida que tem pernas para andar”, disse.

A Escola Portuguesa con-ta actualmente com 547 es-tudantes, além de 214 jovens oriundos de escolas chinesas que frequentam aulas de Por-tuguês extracurriculares.

C.A.

Lily Chan (esq.) realça a importância da língua portuguesa

Jason Xu, professor de MandarimRicardo Lopes e a esposa querem ver o filho a

estudar num ambiente multicultural

Sandra Rosa, professora de Economia

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 201610 JTM | LOCAL

FESTIVAL SINULOG VEIO AO ENCONTRO DOS QUE ESTÃO LONGE DE CASA

Comunidade filipina celebrou Santo NiñoPela 16ª vez, celebrou-se no território o Festival Sinulog, reunindo a comunidade filipina em torno do Menino Jesus com muita dança e oração. Deste modo, o festival voltou a dar aos filipinos que não podem regressar ao país a oportunidade de experienciarem na RAEM uma tradição antiga

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S JT

MTodos os anos desde a transferência de soberania, Macau tem recebido o festival Sinulog, “uma celebração

muito popular em volta do Santo Niño de Cebu, uma expressão de fé e da crença em Deus e o agradecimento das suas bênçãos”, conforme descreveu ao JORNAL TRIBU-NA DE MACAU o Padre Isidoro Agot, res-ponsável pelo lado espiritual do evento.

A “Fiesta Santo Niño”, é também uma “expressão da fé em Deus”, afirmou o Pa-dre Isidro Agot. “Onde quer que vamos, trazemos Deus connosco”, referiu, ao su-blinhar que mais de 90% dos cidadãos fili-pinos são católicos.

Durante três dias, a Praça do Tap Seac recebeu uma parte considerável da comu-nidade filipina para esta festa, já que mui-tas dessas pessoas não se podem deslocar à terra natal para as devidas comemorações.

Segundo Maria Elvira, membro da or-ganização, “Sinulog” é uma palavra de ori-gem “tagalog” que se refere ao movimento da água, numa perfeita alusão ao movi-mento dos corpos que se movimentam em longas e ondulantes danças. Assim, o festi-val reúne vertentes de dança e de religião, em que a primeira serve para agradecer as bênçãos recebidas.

Este ano um total de seis grupos, cinco de adultos e um de crianças, participou na procissão, que circunda a zona do Tap Seac, tendo ficado em branco a habitual presença de um grupo filipino de Hong Kong. O es-pectáculo contou com a presença da Côn-sul-Geral das Filipinas em Macau, Lilybeth R. Dropeta, e com um leque de jurados que no final elegeram a melhor actuação.

Este festival começou a ser realizado na RAEM em 2000 e, segundo os seus promo-tores, tem vindo a crescer, passando a in-cluir além do ritual de oração a procissão e o “street dancing”.

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | LOCAL 11

EX-COLEGAS DA TROPA ASSINALARAM 50 ANOS DE RECRUTAMENTO EM MACAU

Meio século de memórias militaresAntigos militares da Escola de Recrutamento de 1966 reuniram-se ontem num jantar “simpático” para comemorar e relembrar os 50 anos de entrada naquela unidade

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JTM

Estava-se em Janeiro de 1966, quando 44 jovens de Macau en-traram no serviço militar, na Ilha

Verde, sob a alçada da Companhia dos Caçadores 19, para seis meses mais tar-de fazerem o juramento da bandeira e serem posteriormente distribuídos por vários quartéis do território. Este mo-mento ficou marcado nas memórias do grupo de militares que 50 anos depois se reencontrou, um novo Macau, me-lhor, mais livre e mais desenvolvido.

“Não haverá mais 50 anos”, disse José Cabral, organizador do jantar de convívio ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, com saudosismo na voz.

Nascidos no território mas com origens e ascendências diversas, des-de indiana a paquistanesa, os antigos colegas chegavam ontem aos poucos à Associação de Aposentados, Reforma-dos e Pensionistas de Macau. “Ainda faltam chegar três”, diz José Cabral, ex-plicando que tinha telefonado a um dos companheiros, muçulmano, para saber o que este podia comer, de forma a que não faltasse ao festim.

Alguns não se viam há bastante tempo; já outros vêem-se todos os dias. “Já estou farto de o ver”, comenta José Cabral em tom de brincadeira, enquan-to à mesa se discute que o jantar se devia repetir a cada ano, pois, “agora, cinco anos não são nada, e nem um ano é”. Falam em tom de brincadeira, entre um copo de tinto aqui, um petisco ali ou água disfarçada de “vinho chinês”.

Amigos recordados

No jantar de convívio organizado na sede da Associação de Aposentados, Reformados e Pensionistas de Macau, o grupo de 17 ex-militares fez questão de recordar os antigos companheiros já falecidos: Mário Feliciano Dias da Silva, Domingos Tám, José Ali, Joaquim dos Santos, Canário dos Anjos, Roberto da Luz, Lísbio Couto, Nélson Souza e Luís Pedruco. Para além disso, entre gargalhadas, não se esqueceram de Jacinto Jesus Placé, Fernando Brito da Rosa, Simão Carlota Dias, João Manuel Canejo, Leonardo Amarante, Alberto Gomes da Silva, Joaquim Nunes Salgueiro e Victor Botelho dos Santos, que não marcaram presença no convívio por se encontrarem actualmente no estrangeiro.

Mas a verdade é que a idade, de fac-to, não perdoa... Estão todos já na casa dos 70, “pais de filhos”, muitos deles avôs. Os 17 à mesa fizeram um minu-to de silêncio em honra aos colegas e amigos que já não habitam este mundo (ver caixa). Depois, conversam, riem, gozam, como se o tal ano de que falam fosse já no dia seguinte.

“Aproveitamos estas ocasiões em que nos encontramos para falar mal uns dos outros”, brinca um dos ex--militares, agora emigrado no Canadá. Goza, mas também é gozado. “Nós usá-vamos as botas de militar como devia ser, ele andava sempre a lustrá-las”, atira outro. A resposta não tarda: “eles é que eram um preguiçosos e eu é que fico mal na história”. Riem-se. “E aque-le que vinha do seminário? Duas sema-nas depois era outro!”, lembra um dos participantes.

“Está calado. És o mais pequenino e no entanto com a voz mais forte. Fini-nha, esganiçada, mas puxa!”, disse José Cabral acompanhado de gargalhadas dos amigos e em relação à voz aflau-tada de Guilherme Guterres, que man-dou alguma piada provocatória.

A comida vai e vem, os pratos são bem servidos, o vinho continua a en-trar, um verdadeiro banquete. Histó-

rias são contadas, perguntas são feitas - “onde anda este, onde anda aquele?”.

Perdurarão as memórias, como por exemplo, o “acordar com batatas para descascar. Dávamos cabo delas todas, não sabíamos descascá-las!”, como re-feriu José Cabral.

Perdurarão os rostos, antes jovens, agora com algumas rugas a ondular na pele. Olhares impenetráveis que con-tam mais do que dizem. Profundos. Todo um passado de quem viveu a sé-rio. “Adorávamos a tropa. Entrávamos uns miúdos e saíamos de lá uns ho-mens”, disse José Cabral.

Estes colegas e amigos, viveram e lutaram lado a lado em 1966 durante o motim “1,2,3” em que muitos resi-dentes pró-China se manifestaram no território contra a administração por-tuguesa, depois desta ter rejeitado uma licença de construção para uma escola privada. M.G.P.

Jantar de ontem assinalou o dia em que 44 jovens iniciaram o serviço militar, na Ilha Verde, sob a alçada da Companhia dos Caçadores 19

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12 JTM | ESPECIAL Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016

Não é só uma vitória eleitoral, mas também um apelo para formar um governo mais em sintonia

com o povo… e que proteja a soberania”, disse Tsai Ing-wen, que obteve 56,12% dos votos frente ao seu rival, o candidato oficial do Kuomitang, Eric Chu, que teve 31,04% dos votos, enquanto o candidato também saído do Kuomitang, James Soong, teve apenas 12,83%.

Em termos numéricos, Tsai Ing-wen obteve 6 milhões, 894 mil e 744 votos, Eric Chu, 3 milhões, 813 mil e 365 votos e James Soong, 1 milhão, 576 mil e 861 votos.

Em meio ao êxtase dos seus apoiantes, depois de oito anos do PDP na oposição, declarou que a sua vitória consolida a de-mocracia e prometeu uma séria “reforma” interna, enquanto na política exterior pro-meteu uma “política para a China previsí-vel e estável”.

Tsai também levou o PDP à sua primei-ra maioria absoluta no Parlamento (Legis-lative Yuan), com 67 assentos de um total de 113 (ver foto da nova composição), que havia sido sempre dominado pelo parti-do que estava no poder, o Kuomintang (KMT).

Na arena internacional, Tsai defendeu uma solução pacífica para a disputa de so-berania no Mar da China do Sul e do Leste, e o fortalecimento das relações internacio-nais da ilha.

A Presidente felicitou os seus adversá-rios, especialmente Eric Chu (candidato do KMT) e disse que iria cooperar com o actual Presidente e com o Governo em funções “no âmbito do quadro da Cons-tituição” durante quatro meses, até a sua posse.

Primeiro-Ministro anunciou demissão

Face aos resultados eleitorais, o Primei-ro-Ministro de Taiwan Mao Chi-kuo, anun-ciou que vai deixar o cargo e entregar a sua demissão ao Presidente, Ma Ying-jeou.

“Desculpem-me… nós perdemos. O KMT sofreu uma derrota eleitoral. Nós não trabalhamos duro o suficiente e decepcio-namos as expectativas dos eleitores”, disse Eric Chu, o candidato do Kuomintang, na sede do partido.

Chu curvou-se diante dos apoiantes, que estavam perturbados, como um sinal de pedido de desculpas e declarou que irá entregar a sua renúncia ao cargo de presi-dente do partido.

“Queremos felicitar a vitória do DPP, este é o mandato do povo de Taiwan”, disse Chu, acrescentando que “o povo de Taiwan é o maior vencedor.” Chu reconhe-ceu ainda que o KMT havia perdido a sua maioria parlamentar, sendo a primeira vez que o partido perdeu o controlo do legisla-tivo da ilha. JTM/Lusa

TAIWAN

Tsai diz que defenderá a soberania da ilhaAo comemorar a sua vitória, a Presidente eleita de Taiwan, Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (PDP), anunciou que o seu governo vai estar mais próximo das pessoas e que defenderá a soberania da ilha contra a China

China avisa Taiwan A China sublinhou que vai continuar a respeitar o Consenso de 1992 sobre Taiwan e não tolerará actividades separatistas, depois de Tsai Ing-wen, ter sido eleita Presidente. “A nossa política fun-damental é consistente e clara e não vai mudar por causa dos resultados das eleições em Taiwan. Vamos continuar a aderir ao ‘Consenso de 1992’ e a opor-nos resolutamente a qualquer forma de atividades separatistas”, afirmou Pequim, atra-vés de um comunicado do departamento do Go-verno Chinês responsável pelos assuntos de Tai-wan. Ao abrigo do ‘Consenso de 1992’, as duas partes reconhecem a existência de apenas uma China, mas cada lado faz a sua própria inter-pretação desse princípio. O mesmo comunicado garante que a China está disponível para “forta-lecer os contactos e trocas” para “salvaguardar a base política comum”, a fim de continuar “o de-senvolvimento pacífico das relações no estreito, manter a paz e a estabilidade e criar um futuro brilhante” para toda “a nação chinesa”.

Estados Unidos felicitam Os Estados Unidos felicitaram Tsai Ing-wen, pela sua vitória. “Desejamos trabalhar com Tsai e com os líderes de todos os partidos de Taiwan para fomentar os nossos interesses comuns e reforçar a relação não oficial entre os Estados Unidos e o povo de Taiwan”, afirmou o porta-voz do Depar-tamento de Estado, John Kirby. Num comunica-do, o porta-voz sublinhou que os EUA partilham com a ilha um “profundo interesse na continua-ção da paz e estabilidade através do estreito” da Formosa, entre a China e Taiwan. “Também felicitamos o povo de Taiwan por demonstrar uma vez mais a força do seu sistema democrá-tico, que agora experimentará uma transição de poder pacífica”, prosseguiu o representante dos EUA. Kirby agradeceu ao actual Presidente em funções, Ma Ying-jeou, os esforços a favor de uma “sólida aliança com os Estados Unidos” e aplaudiu “os passos concretos para melhorar as relações através do estreito nos últimos anos”.

Censura no Twitter chinês As referências à vencedora das eleições presi-denciais de Taiwan, Tsai Ing-wen, desaparece-ram da rede social mais popular da China, numa censura do regime de Pequim a informações so-bre aquela dirigente política. Pesquisas por “Tsai Ing-wen” ou “eleições Taiwan” na rede Weibo, um microblog muito semelhante ao Twitter, le-vam ao aparecimento de uma mensagem que refere “de acordo com as leis, regulamentos e po-líticas, os resultados desta pesquisa não podem ser mostrados”, a mensagem que habitualmente aparece quando o conteúdo é censurado pelo re-gime chinês. A vitória histórica de Tsai foi relata-da muito brevemente na China, com os portais de notícias na Internet a descreveram-na como “líder da região de Taiwan”.

“Independência significa guerra”O oficial China Daily avisou a nova Presidente de Taiwan de que uma hipotética declaração de independência “significa a guerra”, ao mesmo tempo que pede a Tsai Ing-wen que prove que os seus desejos de paz nas relações bilaterais são sinceros. O texto considera “ambígua” a política da Presidente eleita de Taiwan e sublinha que o ‘Consenso de 1992’ é a pedra angular da rela-ção entre Pequim e Taipé, instando Tsai a acei-tar essa base para assegurar um relacionamento construtivo com a China. O ainda Presidente Ma Ying-Jeou, membro do Kuomintang (KMT) aprofundou os laços com Pequim, que resultou, em Novembro, numa histórica cimeira bilateral entre Ma e o Presidente chinês, Xi Jinping, 66 anos depois da violenta separação entre os dois lados do estreito. Esta aproximação permitiu a assinatura de acordos comerciais e um aumento do turismo na ilha, o que levou a muitas críticas sobre a possibilidade da ilha perder identidade e soberania.

• • • À MARGEM

Partido Kuomintang

Partido do Povo Primeiro

Partido Democrático Progressista

Partido Independente Partido União Independente

Partido Novo Poder

Composição do Parlamento (Legislativo Yuan)

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | ESPECIAL 13

TAIWAN

Tsai diz que defenderá a soberania da ilhaAo comemorar a sua vitória, a Presidente eleita de Taiwan, Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (PDP), anunciou que o seu governo vai estar mais próximo das pessoas e que defenderá a soberania da ilha contra a China

Centenas de estudantes de Ma-cau que estão a estudar em Taiwan assistiram a um mo-

mento histórico na política formosina, traduzido na dupla vitória do Partido Democrático Progressista (PDP), que conquistou a maioria no Parlamento e viu a sua líder, Tsai Ing-wen, tornar-se na primeira mulher eleita para a Presi-dência da Ilha. Três deles explicaram ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU o modo como acompanharam e enca-raram o processo eleitoral em Taiwan, traçando ao mesmo tempo um parale-lismo com o desenvolvimento político da RAEM.

Para Ivan Ao Ieong, de 19 anos, cuja esperança na vitória de Tsai Ing--wen acabou por se concretizar, o pro-cesso democrático em Taiwan revela aspectos positivos e negativos. “A de-mocracia é boa para a sociedade, mas na minha opinião a eleição em Taiwan pode ser resumida nestes termos: con-fusão, contradição e incoerência”.

“Apesar de Taiwan ter experiência nas eleições directas há mais de 20 anos, a maior parte das pessoas - especial-mente os mais velhos - não está preo-cupada com o que os candidatos vão fazer, mas sim com as prendas e bene-fícios que vão dar”, disse, ao notar que esse fenómeno também existe em Ma-cau, concretamente nas eleições para a Assembleia Legislativa. “Por isso, não acredito que este tipo de eleição traga benefícios para a nossa sociedade”.

Na sua opinião, “Macau estaria melhor se fosse democrático, mas ain-da tem um longo progresso pela fren-te. Só não deve ser imediatamente”.

Ivan Ao Ieong frisou que “a maio-ria das pessoas não tem capacidade suficiente para usar o direito à demo-cracia”. Assim, “as pessoas de Macau precisam de educação ou formação que lhes ensine o verdadeiro significa-do de democracia”.

Na perspectiva do aluno do de-partamento de História, numa de-mocracia “as pessoas têm o direito igualitário de partilhar a sua opinião e de tomar uma decisão” quanto à go-vernação, mas também têm de se res-ponsabilizar pelas decisões tomadas, sendo muito mais do que uma eleição. Nesse sentido, considera que as pes-soas de Macau não estão prontas para esse processo.

Sabina Sales Lei de 23 anos partilha da mesma opinião e é ainda mais as-sertiva quanto ao futuro do território. “Não tenho a certeza que, actualmen-te, Macau esteja pronto para ser assim [como Taiwan]”, afirmou, recordando que na Ilha Formosa o movimento democrático tem uma longa história, facto que condiciona a educação e a cultura. Para além disso, nota que é um processo que “leva anos e não é apenas política, requerendo também o

ideal dos cidadãos participarem”. “Assumo que Macau seria melhor

se fosse democrático, mas todos sabe-mos que é praticamente impossível, já que somos parte da China. Nunca teremos uma democracia verdadeira”, declarou, acrescentando que a RAEM necessita de “pessoas corajosas para dar passinhos de bebé e inspirar mais pessoas para entrar na caminhada”.

Apesar de desejar que o futuro do território possa evoluir no sentido da democracia, a estudante de jornalismo entende que, desde a transferência de soberania, “os benefícios e o poder, tor-naram tudo muito mais complicado”. “Mas, também acredito que o princi-pal problema é o facto dos cidadãos de Macau simplesmente não se preo-cuparem com política. Esta é a razão mais patética de todas”, disse, frisan-do que “mesmo assim é melhor ter um voto do que nenhum”, referindo-se às eleições para a Assembleia Legislativa.

Por sua vez, Leung Ian Kei, colega de jornalismo, destacou que em “Ma-cau é necessário reforçar a promoção da democracia, mas ao mesmo tempo melhorar a literacia cívica, caso con-trário a implementação de um sistema de voto é apenas conversa vazia”.

A seu ver, “se não houver um go-verno democrático, a sociedade vai so-frer de regressão e deterioração, o que nos irá levar de volta ao passado”.

A estudante de 21 anos considera que “democracia e eleições são inse-paráveis”. “Uma eleição não tem qual-quer significado se não houver demo-cracia”, disse.

Votos pela mudançaRelativamente às eleições em Tai-

wan, Leung Ian Kei não assumiu pre-ferências partidárias, mas acredita ter chegado de facto a altura de uma “mudança” no poder face às queixas da população.

Tal como a colega de área, Sabina Sales Lei vê o desfecho eleitoral como um sinal de que o povo de Taiwan de-sejava “algumas mudanças”. Na aná-lise da estudante, o PDP retirou pro-veito do facto dos últimos oito anos do Kuomintang no poder terem sido marcados por problemas sociais e pelo “pecado original” de uma boa parceria com a China Continental. Para além disso, acredita que o partido vencedor percebe a vontade e as necessidades do povo, captando muitos apoios en-tre os cidadãos entre os 20 e 40 anos de idade, uma franja da sociedade muito activa na internet e que por isso aju-dou a passar a mensagem.

“Acho que este tipo de processo democrático é muito importante para uma sociedade civilizada, ao deixar o seu povo saber das suas obrigações e responsabilidades”, rematou Sabina Sales Lei, referindo que “por outro lado, as pessoas podem castigar o par-tido que teve um mau desempenho ao votarem em partidos alternativos”.

ELEIÇÕES EM TAIWAN VISTAS POR ALUNOS DE MACAU

Caminho para a democraciapassa pela educaçãoTrês jovens de Macau a estudar em Taiwan partilharam com o JORNAL TRIBUNA DE MACAU as suas visões sobre as eleições na Formosa e perspectivas sobre a evolução da democracia em Macau. Apesar de todos desejarem que, um dia, a RAEM venha a ter sufrágio universal, há quem admita, por um lado, que a realidade e o contexto do território tornam tal impossível e, por outro, quem defenda ser necessário educar mais a população para atingir esse objectivo

Liane Ferreira

Ivan Ao Ieong com cartaz de apoioà democracia em Hong Kong

Leung Ian Kei defende o aumento da promoção da democracia e literacia cívica

Sabina Sales Lei não acredita que Macau venha a ter “democracia verdadeira”

Partido União Independente

Partido Novo Poder

Composição do Parlamento (Legislativo Yuan)

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 201614 JTM | LOCAL

A equipa está como sem-pre esteve, “a 100% no projecto, para nos

divertirmos, mas, acima de tudo, para preservar aqueles que são os valores fundamen-tais”, garantiu Vítor Sereno, na apresentação da formação do Consulado-Geral de Portu-gal para Macau e Hong Kong que irá integrar o campeonato da terceira divisão de futebol de 11.

“Tudo isto começou com um projecto diplomático pro-vando que através do despor-to se pode fazer diplomacia e, em particular através do fute-bol, se podem estreitar as rela-ções entre os povos e se pode aproximar a nossa comunida-de, nomeadamente aqui nas duas Regiões Administrativas Especiais”, frisou o Cônsul--Geral.

Os objectivos para esta época, apontou o também ca-pitão da equipa, “passam por subir de divisão outra vez”.

Já o treinador, José Rocha Diniz, refere outros alvos a atingir. “O objectivo é o ‘fair play’, ganhar o campeonato e subir de divisão. Também é importante que os jogadores se divirtam”.

Também no seu discurso no evento de apresentação da equipa, o “mister” referiu a importância de fazer um jogo limpo. “Esta equipa tem que ganhar o prémio de ‘fair play’. Temos que ser muito competi-tivos, mas sempre com sorriso nos lábios e deixar os outros dizer as asneiras. Claro, sem-pre para ganhar”.

A questão da média de idades tinha sido falada an-teriormente pelo facto de ser algo elevada, porém, este ano a equipa inclui quatro jogado-res novos que vieram fazer a diferença nesse campo. “No

VÍTOR SERENO ASSUME VONTADE DE CHEGAR À SEGUNDA DIVISÃO

Mais do que uma equipa de futebolO Consulado-Geral de Portugal para Macau e Hong Kong apresentou na sexta-feira a sua equipa que vai participar no campeonato de futebol da terceira divisão. Vítor Sereno aproveitou a ocasião para frisar que a equipa resultou de um projecto que tem como objectivo provar que “através do desporto se pode fazer diplomacia” e estreitar relações entre os povos

ano passado a média de ida-des rondava os 40 anos. Esta equipa de 11 está assente na do ano passado, mas houve imensos jogadores que saíram porque decidiram dar outro rumo à vida deles ou porque receberam convites da primei-ra ou segunda divisões onde são remunerados”, frisou Ví-tor Sereno. No entanto, a en-trada de “quatro miúdos que são vice-campeões do torneio de escolas, veio baixar drasti-camente essa média”.

Assim, apontou o capitão de equipa, “estou em crer que a equipa está em condições de

aguentar os 45 minutos mais 45, portanto, queremos fazer boa figura no campeonato e subir de divisão. Sei que há muito boas equipas, mas tam-bém sei que temos hipóteses e confio neste grupo”.

Para o treinador José Rocha Diniz, que preferiu não dar a conhecer estratégias já que “o segredo é a alma do negócio”, a idade de alguns jogadores é um problema menor compa-rado com a falta de um espa-ço apropriado para a realiza-ção dos treinos. “O problema maior é o campo. Há muito pouco tempo para estar com

os jogadores porque se chega a uma hora em que apagam as luzes”, referiu. Ainda as-sim, admitiu: “Temos que nos adaptar às circunstâncias. Os outros estão na mesma situa-ção, portanto, vamos tentar encontrar soluções para tudo”.

Para o sucesso deste pro-jecto “diplomático-futebolís-tico” contribuem também os apoios, de empresas como a EDP e a CESL Asia, que to-talizam 100.000 patacas. “Os apoios são importantes, claro, mesmo não tendo jogadores a quem estamos a pagar”, disse o cônsul.

No evento de apresenta-ção da equipa em representa-ção da EDP esteve o director executivo, João Marques da Cruz, que explicou o envolvi-mento da empresa. “Por três razões: a EDP associa-se sem-pre a projectos que tenham a ver com Portugal. Em segun-do lugar, porque estamos em Macau há muitos anos e con-tinuamos a estar. Em tercei-ro lugar, porque a iniciativa de uma equipa de futebol de uma representação diplomáti-ca é algo muito original e que-remos aliar-nos a essa origina-lidade”, salientou.

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JTMInês Almeida

Empate no râguebi com direito a ovaçãoO primeiro jogo do ano do Clube de Râguebi de Macau terminou com um empate a 20 pontos, frente aos “Guangzhou Rams”, num encontro realizado sábado no campo da Escola Internacional. No rescaldo da partida, Ricardo Pina, presidente da Associação de Râguebi de Macau e atleta, elogiou a prestação equilibrada das duas equipas num jogo “bastante renhido” e “muito bem disputado”. “Tivemos uma ovação do público no final porque foi, de facto, bem jogado”, contou Ricardo Pina ao JORNAL TRIBUNA DE MACAU, frisando ainda que a equipa local esteve muito próxima da vitória. “Não ganhámos por pouco, estivemos à frente do marcador por duas vezes”, disse. O atleta e dirigente destacou as boas prestações dos médios de abertura João Magalhães e Yann Parigot, bem como de José Reis, jogador que regressou à equipa após alguns anos de afastamento. A partida de sábado enquadrou-se no plano de jogos mensais organizados pela equipa de Macau. Espera-se um novo encontro em Fevereiro, embora ainda não seja conhecida a data. C.A.

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JTM

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | LOCAL 15

Vítor Rebelo

LIGA DE ELITE

Chao Pak Kei ganha primeiro “derby”entre equipas candidatas ao títuloO Chao Pak Kei saiu vitorioso do confronto com o Monte Carlo, que tem igualmente ambições de primeiro lugar. O brasileiro Ronieli deu nas vistas, ao apontar dois dos três golos do CPK. Benfica, Ka I e Sporting obtiveram vitórias tranquilas

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JTM

Expectativa para o primeiro “der-by” entre clubes que querem lu-tar este ano pelo título da Liga de

Elite, depois de terem ficado em lugares secundários, atrás de Benfica e Ka I, no campeonato passado.

O jogo foi equilibrado, dividido a meio campo, sector onde pontificavam os brasileiros, Bruno Figueiredo e Diego Patriota do lado do Chao Pak Kei, Julyan e Jackson de Sousa pelo Monte Carlo.

Lá na frente outros dois, Ronieli (CPK) e Amarildo Ristoff (MC). Por ali passou o melhor futebol que se viu no relvado do Estádio da Universidade de Ciência e Tecnologia (UCTM), com destaque para Ronieli, que “abriu as hostilidades” aos 42 minutos, com um grande pontapé de fora-da-área, ao ân-gulo superior direito da baliza de Ho Man Fai.

Só que a tarde foi de fífias (duas) do guarda-redes Domingos Chan, que o Monte Carlo aproveitou para dar a volta até ao 2-1.

Primeiro, Domingos quis aliviar a bola, mas acertou em cheio em Amaril-do e a bola entrou. Depois, na segunda metade, defendeu de forma defeituosa e Julyan Duarte encostou para as malhas.

A equipa que actuou de negro (Chao Pak Kei), que dispõe agora de Paulo Conde no elenco técnico, teve então de “fazer pela vida”, tentando esquecer a má tarde do seu veterano guarda-redes, marcando dois golos, que valeram os três pontos.

Ronieli, lançado em profundidade

RESULTADOS DA 1ª JORNADA

Polícia – Benfica 0-5Chuac Lun – Casa de Portugal 3-3Kei Lun – Ka I 0-5Monte Carlo – Chao Pak Kei 2-3Lai Chi – Sporting 1-4

fez o 2-2 e, na sequência de um livre de Bruno Figueiredo, a bola caiu no sítio certo, em zona frontal, onde surgiu de rompante o defesa paraguaio Ronald Cabrera a rematar de cabeça.

O Chao Pak Kei mostrou estar bem estruturado e tem argumentos para ir mais além do que o terceiro lugar de 2015, enquanto que o Monte Carlo preci-sa de mais entrosamento, principalmen-te na ligação entre os jovens locais e os brasileiros.

O técnico dos “canarinhos” Cláudio Roberto, ainda fez saltar do banco o por-tuguês Jorginho, mas o futebol do Mon-te Carlo pouco beneficiou com a saída do incansável Amarildo.

Lionel consegue um “poker”na estreia de Henrique Nunes

A jornada inaugural arrancou na sexta-feira, com a entrada em acção do actual campeão, Benfica, no confronto com o Grupo Desportivo da Polícia.

Confirmaram-se as previsões de jogo num só sentido, com as “águias” a do-minarem por completo um adversário que teve sempre a preocupação de se fe-char na sua defensiva, tentando sofrer o menor número de golos possível.

Mas essa estratégia só resultou du-rante 12 minutos, altura em que os co-mandados de Henrique Nunes, apon-taram o primeiro golo, na sequência de um livre, com a bola a ser levantada para a grande-área e a ressaltar num de-fesa policial, ficando à mercê de Lionel Fernandes.

O avançado benfiquista estava ali a iniciar uma noite de grande fulgor, na qual iria fazer um “poker”, ou seja, apontar quatro golos, mostrando um “faro de golo” próprio dos verdadeiros pontas-de-lança.

Um dos tentos de Lionel, o tercei-ro, foi uma autêntica obra prima, com o português (número 45) a receber um lançamento longo de Chan Man, a colo-car a bola no peito, desviando-a com um pé, em toque subtil sobre dois defesas

que o marcavam e, na cara do guarda--redes Leong Chon Kit, fez um chapéu.

Sem dúvida um dos melhores golos do futebol de Macau nos últimos anos.

Christopher Nwaorou e Ricardo Torrão foram as grandes surpresas no “onze de Henrique Nunes, mas o nige-riano pareceu-nos um pouco lento, ten-do sido substituído na segunda parte, período em que o Benfica não esteve tão bem como na primeira, apontando ape-nas mais um golo, por Lei Kam Hong.

A defesa fez praticamente um jogo treino, descansado, com Filipe Duarte e Bernardo Marques, a resolverem os dois ou três ataques apenas, sem perigo, da Polícia.

O técnico Henrique Nunes fez o seu primeiro jogo de onze desde que chegou ao Benfica. “Estava algo ansioso, mas ainda bem que demos uma boa respos-ta. Fizemos uma primeira parte melhor, com muito mais andamento, com bons golos, nomeadamente um de Lionel é um golo lindíssimo. Acredito que va-mos subir muito mais de rendimento, até porque temos mais opções, para ha-ver maior competitividade no plantel”, destacou no final do desafio o treinador dos actuais campeões.

Ka I sem problemasdiante de Kei Lun

Nas restantes partidas, o Ka I igual-mente aplicou “chapa 5” ao Kei lun, clube que vem da II Divisão e cujas am-bições passam unicamente pela manu-tenção.

Josecler apresentou um “onze” to-talmente remodelado, em comparação com a época passada, utilizando jogado-res como João Gonçalves, Bruno Pache-co Leite, Chan Pak Chun, Eder, Adilson Silva, Fabrício Lima ou William Gomes. Este último, melhor marcador do cam-peonato passado, pelo Benfica, estreou--se com três tentos, enquanto que os ou-tros foram da autoria de Bruno Pacheco Leite e Fabrício Lima.

Ao intervalo o Ka I já ganhava por

3-0, numa partida em que o Kei Lun ten-tou evitar ao máximo os espaços na fren-te da baliza de Bruno Capitulé.

O veterano Dedé entrou apenas nos derradeiros 12 minutos, numa altura em que a equipa tinha já sofrido os cinco golos.

Sporting ganha,Casa empata

Quanto ao Sporting, considerado um dos cinco candidatos ao primeiro lugar, também entrou a ganhar, no confronto com os “miúdos” do Lai Chi, onde não há nenhum estrangeiro e todos os joga-dores são locais de etnia chinesa.

Os “leões” começaram cedo a cons-truir a vitória, com um golo de Pio Jú-nior, do “meio da rua” (13 minutos), au-mentando por Lei Ka Man em cima do intervalo.

O Lai Chi ainda reduziu, por Tam Kai Hong, mas o desafio tinha domínio dos pupilos de João Pegado, que apon-taram mais dois, pelo brasileiro Junior Soares (Juninho), ambos com o pé es-querdo, um de livre directo e outro fora da área, igualmente na “gaveta”, ângulo superior direito da baliza do Lai Chi.

Juninho promete ser um bom suces-sor dos remates certeiros e decisivos de Bruno Brito, que vestiu de “verde-bran-co” nas duas últimas épocas.

No campeonato dos “mais fracos”, quis o sorteio que logo a abrir se defron-tassem Casa de Portugal e Chuac Lun, no primeiro “duelo” entre clubes da “guerra da permanência”.

O Chuac Lun, que tem este ano no plantel o português Nuno Capelo, este-ve em vantagem por 2-0, golos de Leo-nardo Abrantes (16 e 48 minutos), tendo depois respondido a formação de Pelé até ao 2-2 (marcaram os suplentes Nil-ton Carneiro e Mak Gene Yu).

A dois minutos do fim o Chuac Lun voltou a ficar por cima, num tento de Hosaka Jun, mas nos descontos Carlos Vilar deu de cabeça o empate, na se-quência de um livre.

Sporting não sentiu grandes dificuldades frente ao Lai Chi

CLASSIFICAÇÃO

Benfica 3 (5-0)Ka I 3 (5-0)Sporting 3 (4-1)Chao Pak Kei 3 (3-2)Casa de Portugal 1 (3-3)Chuac Lun 1 (3-3)Monte Carlo 0 (2-3)Lai Chi 0 (1-4)Polícia 0 (0-5)Kei Lun 0 (0-5)

PRÓXIMA JORNADA

Casa de Portugal – Lai ChiSportin –PolíciaBenfica – Monte CarloChao Pak Kei – Kei LunKa I – Chuac Lun

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 201616 JTM | LOCAL

PSG a 23 pontosde avançoO sueco Zlatan Ibrahimovic prolongou a série vitoriosa do Paris Saint-Germain na Liga fran-cesa de futebol, ao marcar o golo solitário que permitiu ao líder vencer na deslocação a Tou-louse. O golo do sueco o quinto triunfo conse-cutivo no campeonato, o décimo em todas as competições e os três pontos, que permitem aos parisienses dispor de 23 pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o Angers, que perdeu na visita ao Nice (2-1), na sexta-feira.

Villarreal mantém-seatrás do Real Madrid O Villarreal desperdiçou hoje a possibilidade de subir provisoriamente ao terceiro lugar da Liga espanhola de futebol e de ultrapassar o Real Madrid, ao empatar a zero em casa com o Bétis. De visita ao Madrigal, o Bétis, modesto 15.º classificado, contou com a ajuda da sorte para segurar o resultado inicial, frente ao Vi-llarreal, que desperdiçou uma mão cheia de oportunidades – o visitante, pelo contrário, só teve uma clara chance para golo. O Celta de Vigo, venceu o Levante por 4-3, no encontro mais emocionante da jornada, enquanto o Se-vilha, que contou com Daniel Carriço a titular, bateu o Málaga por 2-1 ficando provisoriamen-te no sexto lugar do campeonato espanhol. No derradeiro jogo de sábado, o Deportivo da Co-runha foi empatar a San Sebastián, com a Real Sociedad, a um golo, mantendo-se em nono lugar, com os mesmos 28 pontos do Athletic Bilbau. A Liga espanhola é liderada pelo Atlé-tico de Madrid, que visita o Las Palmas, com mais dois pontos que o FC Barcelona, que tem um jogo a menos e ainda vai receber o Athle-tic Bilbau nesta ronda. O Real Madrid recebe o Sporting de Gijon.

Um golo do avançado Wayne Rooney permitiu ontem ao Manchester United impor-

-se por 1-0 no estádio do Liverpool na 22ª jornada do campeonato inglês de futebol.

O Liverpool dominou por com-pleto a partida e o guarda-redes David de Gea salvou várias vezes a equipa de Manchester, antes de Roo-ney marcar aos 78 minutos, depois de um desvio inicial de Marouane Fellaini que acertou na barra. Foi o primeiro remate dos visitantes à ba-liza adversária, mas suficiente para que o treinador holandês Louis van Gaal conquistasse a quarta vitória em quatro jogos entre os dois clubes com mais títulos conquistados em Inglaterra.

O Manchester United, que não ganhava fora de casa desde 21 de Novembro, subiu ao quinto lugar, ultrapassando o West Ham, que perdeu no sábado por 2-1 com o Newcastle, e ficando a apenas dois pontos da zona de acesso à Liga dos Campeões.

Também no sábado, o Leicester ti-nha empatado 1-1 no estádio do “lan-terna-vermelha” Aston Villa e, apesar de se ter isolado na liderança provi-sória da prova, poderá ser ultrapas-sado pelo Arsenal, que após o fecho desta edição se deslocava ao recinto

Wayne Rooney contrariou o domínio do Liverpool com um golo que valeu ao Manchester United a primeira vitória fora de casa desde Novembro

do Stoke City, sétimo classificado.No mesmo dia, o Manchester

City venceu por 4-0 na recepção ao Crystal Palace e apanhou o Arsenal no segundo posto, num encontro em que Agüero esteve em destaque, ao marcar dois dos quatro golos dos ‘ci-tizens’ e ao fazer a assistência para David Silva fechar o resultado.

A saída de José Mourinho do co-mando técnico não trouxe melhorias consideráveis ao Chelsea, que conce-deu mais um comprometedor empa-te 3-3, depois de ter estado a perder por 2-0, obtido graças a um golo mar-cado pelo ‘histórico’ John Terry, aos 90+8 minutos.

JTM com Lusa

LIGA INGLESA

Rooney decidiu em Anfield Road• • • POLIDESPORTIVO

18 de Janeiro de 2016

Convocatória

Nos termos e para os efeitos do artigo décimo terceiro dos Estatutos, pela presente se convocam os Accionistas da “Companhia de Telecomunicações de Macau, S.A.R.L.”, para reunirem em Assembleia Geral Ordinária no próximo dia 18 de Fevereiro do corrente ano, pelas 12:30 horas, na sede social sita na rua de Lagos, Edifício Telecentro, na ilha da Taipa, em Macau, em primeira convocatoria, com a seguinte ordem de trabalhos:1) Deliberar sobre a aprovação das contas anuais da Sociedade e do relatório do Conselho

de Administração e parecer do Conselho Fiscal, relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2015;

2) Aplicação de resultados;3) Eleição dos membros do Conselho Fiscal;4) Outros assuntos de interesse para a Sociedade.

Os documentos relativos à ordem de trabalhos encontram-se à disposição dos Accionistas, para consulta na rede social, em qualquer dia Eutil durante as horas normais de expediente.O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, CITIC Telecom International Holdings Limited, representada por Poon Fuk Hei.Macau, 20 de Janeiro de 2016.

Poon Fuk HeiAdministrador-Delegado

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | DESPORTO 17

“Tropeção” do Sporting pôs Benfica a dois pontos!

Nas regras do “vale tudo”

A grande penalidade as-sinalada aos 26, a cas-tigar falta de Rui Patrí-

cio, não merece contestação; mas o que não se entende é o cartão vermelho directo. Terá começado aqui, neste gesto, a “desconfiada” arbitragem de Luís Ferreira, um “juiz sem o traquejo para estes jogos como se viria a confirmar no decor-rer do encontro.

Mas, alto lá, um candida-to ao título, mesmo com um jogador a menos, não pode ficar de “pés e mãos atados” e o Sporting só no segundo tempo acelerou o seu futebol, foi eficiente no bloco médio e o ataque cumpriu o seu de-ver, marcando dois golos em 12 minutos.(Slimani e Gelson Martins).

Do outro lado esteve um Tondela a evidenciar exce-lente condição física, a correr o campo todo sem o mínimo desgaste aparente, a tapar os corredores de passe leoninos e a fazer pressão alta, provocan-do o erro no adversário. Esta situação obrigou o Sporting a perder forças, a não ganhar bolas a meio campo e, pior do que isso, a desconcentrar-se no bloco defensivo. E foi assim, num erro de marcação, que o Tondela chegou ao empate.

Resultado justo?No futebol, a moral espe-

lha-se nos golos. É o que fica para a história.

As razões de queixa de uma arbitragem “imberbe”, pouco podem servir de ate-nuante perante, sobretudo, o descontrolo final.

Mais emoçãono campeonato…

Na Amoreira, o Benfica cumpriu a sua obrigação: ven-ceu pela margem mínima, 2-1, mas venceu.

Não se pense, porém, que foi um jogo difícil para os

Costa Santos Sr.Exclusivo para o JTM

Quando se perde o sentido do equilíbrio e o va-lor da lealdade, é óbvio que vale tudo para se atingir o fim que alguns têm como necessário.

Ganhar campeonatos, Taças, é objectivo de todos; mas só um pode ser primeiro.

Nas regras da vida, há valores que não se trocam

por moeda, por títulos; no futebol, já não há valores e tudo vale para alguns, desde que conduzam ao patamar de onde, no jogo jogado, têm estado afas-tados!

Objectivamente: o FC Porto, por erros dos seus di-rigentes, já fez a travessia do deserto na época passada e, agora, mandado embora o treinador que deu provas do seu desconhecimento em muitas áreas, quer lançar os caboucos para a recuperação, mas sabe que a tarefa, feita sem “rasteiras”, não é fácil.

Por isso, antes do Setúbal-Sporting, tratou de ne-gociar Suck – tão só o melhor goleador sadino – na esperança-convicção que poderia “facturar” nes-se jogo. Não facturou. Passou mesmo “ao lado do

jogo”. Agora, com deslocação difícil a Guimarães e já depois de Sérgio Conceição ter dito ”haver uma surpresa para o FC Porto”, os dirigentes portistas, ao seu melhor estilo, resolvem abordar o ainda técnico vimaranense e…aliciá-lo com um contrato de…cinco meses!

Não encontro palavras para definir tal atitude se-não…”jogo sujo”! Não só pelo enfraquecimento do adversário com a mudança repentina de novo técnico como, e principalmente, pelo conhecimento que Sér-gio Conceição tem da equipa que comandava até há dois dias!

Na regra do vale tudo, há mestres ressuscitados.Lamentavelmente!

COSTASANTOS SR

AS PENAS DA MINHA PENA

O “escândalo” da jornada aconteceu em Alvalade. E se dizemos “escândalo”, tem muito a ver com o Sporting que entrou “passivo”, lento de processos, dolente nas transições defesa ataque e sem ideias no que à finalização diz respeito

encarnados. Não, não foi. Os jogadores encarnados é que complicaram a sua tarefa. Bas-tará dizer que aos dez minutos já poderiam estar folgadamen-te na frente do marcador. Car-cela, André Almeida, Jonas & Cª tiveram por diversas vezes a baliza à sua mercê. Faltou di-recção no remates.

E como quem não marca, sofre, o Estoril aproveitou uma nesga da asfixia em que vivia, para Bonatini bater Júlio César.

Um balde de água gelada nas hostes encarnadas que, contudo, não fez diminuir o caudal atacante que o Benfica vinha apresentando, fazendo perceber que a cambalhota surgiria mais minuto, menos minuto. Como surgiu. Demo-rou tempo, é verdade, mas até nesse “intervalo” tudo poderia ter sido resolvido muito mais cedo. Aos 58 min Mitroglou

colou a bola às malhas de Kier-szek e, aos 68, Pizzi imitou-o. Estava vencida a resistência estorilista.

Até ao apito final houve duas mãos bem cheias de per-didas encarnadas, o que aca-bou por dar um ar de “men-tira” – pelos números – ao resultado.

E, assim, o Sporting ficou só a dois pontos…

Em Coimbra, num jogo incaracterístico, com a bola a viajar muito pelo ar, a Acadé-mica reagiu bem ao golo do Paços de Ferreira /17m. por Diogo Jota) mas todos os es-forços se perdiam na bem or-ganizada defesa pacense. Não é de hoje que a Académica tem um plantel “curto” para as suas ambições, principalmen-te no ataque onde a referência –Gonçalo Paciência – não tem o talento do nome que herdou.

Porém, mesmo no minuto 45, num lance – mais um – que a bola andou pelas alturas, um mau alívio de um defesa do Paços permitiu que João Real rematasse colocado fora do al-cance de Marafona, e repuses-se a igualdade no marcador.

No segundo tempo, mais do mesmo. Ligeira superioridade da Académica com todas as in-tenções a perderem-se na inefi-cácia atacante. E o empate aca-bou por ser o resultado final.

No Funchal… um “derby assanhado”. Nos dias de hoje, não se aceita que uma equipa do primeiro patamar do fute-bol português acabe um jogo reduzida a 8 elementos. Nem serão precisas muitas palavras para ajuizar da virilidade com que o encontro foi disputado.

Perdeu o Marítimo, o vi-sitado; triunfou o União da Madeira, que não teve culpa

de logo aos 24 minutos ver o adversário reduzido a dez ele-mentos (expulsão de Raul Sil-va) e em poucos minutos mais, ficar “carregado” de amarelos. O golo de Cádiz, aos 50’, mais acicatou os “excessos” dos ma-ritimistas e ao União só com-petia, serenamente, fazer o seu jogo, circular a bola e colocar os nervos em franja ao adversário.

Para compor o “ramo” aos 89 e 93, Ruben e Dirceu tam-bém regressaram mais cedo ao balneário. Há comportamentos que têm que ser revistos urgen-temente para bem do futebol, para bem do espectáculo!

A 18ª jornada continua à hora que o nosso jornal está a sair para as bancas, com os jo-gos Guimarães-FC Porto, Na-cional- Braga; Rio Ave – Bele-nenses e Arouca – Moreirense.

*Jornalista profissional desportivo

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 201618 JTM | PUBLICIDADE

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | ACTUAL 19

Banco liderado por Pequimserá “austero, verde e limpo”O Banco Asiático de Investimento em Infraestruturas (BAII), liderado pela China, concederá os seus primeiros empréstimos para projectos na Ásia antes do final do ano

HONG KONGHong Kong vai rever a forma como res-ponde aos pedidos de asilo, face ao au-mento de solicitações, e sairá da Con-venção da ONU contra a Tortura “se for necessário”, afirmou o Chefe do Execu-tivo, num programa da RTHK, em res-posta a uma ouvinte. “Vamos considerar o assunto em diferentes aspectos, tais como a aplicação da lei e a própria lei em si. Perguntou se é preciso sair do pacto internacional: se for necessário, vamos fazê-lo”, disse CY Leung. Hong Kong re-gistou um significativo aumento no nú-mero de pessoas que pediram protecção ao abrigo daquela Convenção.

INDONÉSIAUm sismo de magnitude 5,5 na escala de Richter atingiu ontem uma região isolada no leste da Indonésia, provocando oito fe-ridos e danificando 120 casas em duas ci-dades. O tremor foi sentido com força em várias pequenas ilhas, precisou a Agência Indonésia de Catástrofes Naturais, adian-tando que não havia risco de tsunami.

SÍRIAO grupo jihadista Estado Islâmico (EI) se-questrou cerca de 400 civis, entre os quais mulheres e crianças, depois de um ataque no sábado à cidade de Deir Ezzor, na Síria, durante o qual matou 135 pessoas, divul-gou ontem o director do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Rami Abdel Rahmane disse à AFP que os cerca de 400 civis foram levados do bairro de Al-Bagha-liyeh e outros próximos para as regiões controladas pelo EI.

IRÃOO Presidente iraniano disse ontem que o acordo nuclear que entrou em vigor no sábado abre uma nova página nas rela-ções entre o Irão e o mundo e não repre-senta ameaça para nenhum país. “Nós, iranianos, estendemos a mão ao mun-do em sinal de paz e ao deixarmos para trás todas as hostilidades, suspeições e conspirações abrimos uma nova página nas relações do Irão com o mundo”, fri-sou Hassan Rohani, numa mensagem ao país, citada pela agência oficial Irna.

GRÉCIAMilhares de gregos convocados por sin-dicatos dos setores público e privado manifestaram-se ontem no centro de Atenas contra a reforma do sistema de pensões que o governo de Alexis Tsipras está a negociar com os credores interna-cionais. Segundo a polícia, entre 3.000 a 4.000 pensionistas, professores, traba-lhadores da administração pública e ou-tros profissionais, exortaram o governo a terminar com os planos de aumentar a idade da reforma para os 67 anos, bem como a não aumentar os descontos para a Segurança Social dos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhado-res independentes. A marcha foi convo-cada pela Confederação dos Sindicatos do Sector Público (ADEDY) e a do sector privado (GSEE).

MOLDÁVIADezenas de milhares de moldavos ma-nifestaram-se ontem na capital Chisinau contra a designação de um novo Primeiro--Ministro e para exigir a convocação de eleições legislativas antecipadas. A Moldá-via está sem governo desde 29 de Outu-bro, quando o executivo foi destituído pelo parlamento, e o Presidente Nicolae Timofti não consegui assegurar em 4 de Janeiro a aceitação de um novo primeiro-ministro.

VOLTA AOMUND

O BAII, primeira instituição finan-ceira multilateral promovida por Pequim, já está operacional

após celebrar neste fim de semana a sua primeira reunião do conselho de gover-nadores e nomear oficialmente o seu presidente. Jin Liqun, antigo vice-minis-tro chinês das Finanças e ex-presidente do Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), realizou ontem a sua primeira aparição oficial como presidente perante os meios de comunicação social e adian-tou que a sua equipa já está a trabalhar em projectos para serem desenvolvidos.

“Estamos a consultar os nossos clientes e outros organismos e estamos a preparar projectos (…). Planeamos apre-sentar os primeiros empréstimos para aprovação antes do final do ano”, disse.

De momento, a entidade cofinan-ciará planos impulsionados por outras instituições, como o Banco Mundial ou

o Banco Asiático de Desenvolvimento, que sigam os mesmos princípios que esta entidade. “Trabalharemos com aqueles sócios que sigam os nossos pa-drões”, declarou o presidente.

Durante a sua intervenção, Jin Liqun deixou claros os princípios do organis-mo a que preside e insistiu que este será “austero, verde e limpo”. “Respeitarei as regras e assegurar-me-ei de que todas as políticas se aplicam”, afirmou, quan-do questionado sobre a futura actuação do banco, caso se descubra corrupção na entidade ou em alguns dos seus projec-tos.

Sobre os membros do organismo e os grandes ausentes, Estados Unidos e Ja-pão, Jin Liqun deixou claro que “a porta do BAII está aberta”, mas não clarificou se permitirá a entrada de Taiwan, depois de no sábado ter conquistado a presi-dência da ilha o Partido Democrata Pro-

gressista, de ideologia independentista.O responsável também não especi-

ficou quem ocupará os cargos de direc-ção, como o de vice-presidente, reclama-dos pelos grandes accionistas como a Índia, ou o da direcção geral. “O nosso princípio básico é a meritocracia”, disse.

O recém-nomeado presidente expli-cou que os empréstimos serão conce-didos em dólares, embora se possa au-mentar o capital em outras moedas.

Além disso, afirmou que o poder da China no BAII, no qual é o principal in-vestidor e tem capacidade de bloquear decisões que requerem três quartos dos votos, poderá “diluir-se” no futuro com a entrada de novos membros.

Contudo, de momento, a presidência recai sobre um profissional chinês e a sede desta nova entidade permanecerá em Pequim.

JTM com Lusa

O arquitecto português Helder Santos trabalha na Chi-na desde 2004, mas o último projecto que fez - um luxuoso complexo hoteleiro desenvolvido para o con-

glomerado Wanda Group no sudoeste do país - teve um sabor especial.

“Foi particularmente motivante. Havia muito mais lógica e raciocínio por parte dos responsáveis. Houve um norte, um rumo concreto”, recorda sobre a execução do “resort” de cin-co estrelas Wanda Vista Xishuangbanna.

Integrado numa área montanhosa no sul da província subtropical de Yunnan, aquele empreendimento foi desenha-do na totalidade pelo ateliê OAD (Office for Architecture + Design), que Helder Santos gere em parceria com um sócio chinês. No total, compreende 151 quartos e suites, centro de convenções, Spa e um parque temático, cobrindo uma área de 46.140 metros quadrados e com um custo de construção fixado em 2,5 mil milhões de dólares.

“Passamos a estar associados com uma companhia que executa grandes projectos e fomos capazes de acompanhar os seus padrões, o que não é nada fácil”, diz Helder Santos sobre a colaboração com o Wanda.

Para o arquitecto, o grupo dirigido por Wang Jianlin, con-siderado o homem mais rico da China, “é quase sinónimo da evolução chinesa”.

Fundado no final da década de 1980 em Dalian, no nordes-te da China, o Wanda Group começou por se impor no sector imobiliário, mas nos últimos anos passou a investir também no cinema e no turismo. Em 2012, mediatizou-se ao adquirir a empresa norte-americana AMC Entertainment, proprietária da segunda maior cadeia de cinemas dos Estados Unidos.

Na semana passada, anunciou a compra da Legendary Entertainment, produtora de filmes como “Jurassic World” e “Godzilla”, por 3.500 milhões de dólares.

“É uma empresa com visão e que perspectiva os seus ne-gócios numa era global”, resume o arquitecto.

Casado com uma colombiana, Helder Santos, 40 anos, é também fruto dessa “era global”: nasceu na Alemanha, viveu em Portugal entre os cinco e 16 anos, altura em que emigrou para os EUA. Em 2010, a crise financeira internacional levou--o a fixar-se em Pequim: “de repente a construção estagnou

CHINA/PORTUGAL

Português concretizou “sonho”do homem mais rico da ChinaO “resort” de cinco estrelas Wanda Vista Xishuangbanna foi desenhado pelo ateliê gerido pelo arquitecto português Helder Santos

João Pimenta*

nos EUA, enquanto a China atravessa um intenso processo de urbanização”.

Com experiência de vida em três continentes, é na fre-guesia de Canas de Senhorim, no distrito de Viseu, norte de Portugal, que diz guardar as melhores recordações. “O cheiro do café pela manhã, as torradas com manteiga, o galão e o orvalho da madrugada”, enumera, sorridente. “Coisas muito pequenas. Talvez até insignificantes, mas que são nossas”.

Quando a filha de quatro anos lhe disse que queria um cão, deu-lhe logo duas opções: “Um rafeiro ou um podengo, porque o da Serra [da Estrela] nos Estados Unidos é difícil de encontrar”. “Quero uma raça que eu conheça”, explica.

Instado a comparar os EUA e a China, países politicamente antagónicos, Helder realça o “carácter autónomo dos america-nos”, em contraste com a tendência dos chineses “em seguir o que a sociedade impõe”.

O escritório da OAD em Pequim fica em Dawanglu, bairro que sedia várias multinacionais no país asiático, num cosmo-politismo que se reflecte na oferta dos restaurantes locais.

Porém, na secretária de Helder Santos, cápsulas de três marcas de café - Nicola, Delta e Torrié - fazem um português sentir-se em casa. “Já sabes, só bebo café de Portugal”, atira.

* Jornalista da Agência Lusa

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 201620 JTM | OPINIÃO

Quem escolheu Carlos Costa para primeiro-ministro?

PEDROMARQUES LOPES

1 Não é que já não soubéssemos, mas a decisão do Banco de Portugal, vestido de Autoridade de Re-solução, de transferir alguns tipos de obrigações

do Novo Banco para o BES, ou seja, do banco bom para o banco mau, ou ainda melhor, de pura e simplesmen-te ter dado um calote a alguns obrigacionistas, vem provar uma vez mais que o dossiê BES foi e continua a ser tratado com leviandade e incompetência.

Como não se calcularam bem, na altura, as neces-sidades de capital, veio-se agora confiscar parte do património de algumas entidades.

Em primeiro lugar há que dizer que não mais um investidor institucional ou qualquer outro tipo de investidor se sentirá confortável a investir em Portugal, particularmente se o Estado estiver en-volvido. Quando se toma uma decisão em relação a um banco, diz-se que, pronto, a partir daquela altu-ra nada há a temer, injeta-se confiança no mercado, os investidores acalmam-se. Se depois, passados uns meses se confisca o que se jurou estar seguro, não parece, digamos, a melhor forma de o Estado Português mostrar que é de fiar. Provavelmente, o Banco de Portugal achou que assim protegia os con-tribuintes portugueses e optou por penalizar os in-vestidores nacionais e internacionais. O que o Banco de Portugal não sabe - nem é obrigado a saber, mas já lá vamos - é que a sua decisão trará muitos pro-blemas, muitos encargos para todos os portugueses no presente e no futuro. Não será preciso fazer um desenho para explicar que um país que precisa de

Tudo é igual a nada

Não duvido da capacidade políti-ca e da seriedade do nosso Pri-meiro-Ministro, mas olho com

grande desconfiança para esta política que tudo dá, tudo muda, tudo revoga. Pode parecer que é a maravilhosa rein-venção do parlamentarismo ou o fantás-tico avanço conseguido com as concor-dâncias das esquerdas.

A mim, começa-me a parecer que há demasiado sindicalismo e excessivo cor-porativismo que não foram mandatados pelo povo para influenciar a governa-

PAULOBALDAIA*

TRIBUNA

ção. No estado de graça em que está o governo pode parecer que tudo vai cor-rer bem, mas basta olhar para o que se passa na Europa e no mundo, para o que o governo oferece e o dinheiro que tem e facilmente concluímos que o mais prová-vel é que tudo volte a correr mal.

E a caminho de Belém vai alguém que participa na mais pobre campanha eleitoral de que há memória. Estão lá to-dos, são dez, mas o povo olha-os como se não estivesse lá ninguém, porque pode-mos pensar que a democracia se fortale-ce com tantos candidatos, mas sabemos que se assim fosse haveria uma grande participação no dia 24 de Janeiro e isso não vai acontecer.

Prevendo que Marcelo Rebelo de Sousa será o próximo presidente, sabe-mos também que será chefe de Estado ao sabor das conveniências e das sonda-

gens. E, se Marcelo falhar, houver uma segunda volta e ganhar Sampaio da Nó-voa, sabemos que estará preso à lógica do tempo novo, expressão que plagiou do discurso de posse de António Costa.

Dizem-nos que vivemos tempos no-vos, como se não fôssemos capazes de perceber que, nunca como agora, o que faz falta são tempos velhos. Tempos em que a democracia por toda a Europa se construía à volta de duas grandes famí-lias políticas, em que direita e esquerda se distinguiam muito bem, mas em que uma e outra procuravam não desiludir o povo que vota. O tempo em que socialismo, social-democracia ou democracia-cristã ofereciam confiança, porque se construía um Estado social que fazia sentido.

Agora, a esquerda anda perdida nas esquerdas e a direita padece moribunda a um canto. Quando se olha para a maio-

ria que temos e a campanha presidencial que vivemos, sabemos que nos podem prometer tudo porque eles já não acredi-tam em nada.

Não é pessimismo, é realismo e, por isso, insisto. Estamos perante a proba-bilidade de as coisas voltarem a correr mal e vamos colocar alguém no Palácio de Belém que, também com grande pro-babilidade, não terá grandes condições de nos ajudar a resolver os problemas, enquanto formos capazes de os resolver sozinhos.

Nenhum sistema será melhor que o que impõe que o poder seja exercido em nome do povo e isso já acontece em Por-tugal, só falta garantir que é também no interesse do povo que esse poder é exer-cido. Não apenas em seu nome, mas em seu benefício.

JTM/DN

• • • CARTOON • • •

JTM/DN

investidores como de pão para a boca, que tem um problema endémico de falta de capital não se pode dar ao luxo de dar calotes a quem investe.

Como se isto não fosse suficiente, o Banco de Por-tugal decide que umas obrigações serão pagas e ou-tras não. Com que critério? Com que regras? Baseado em que lógica? Claro que processos em tribunal se se-guirão - ontem, o DN já os noticiava -, mas muito mais graves serão as consequências reputacionais. Uma de-cisão absolutamente discricionária destas é própria dum regime como o venezuelano, não dum Estado europeu. Não é que pela lei o Banco de Portugal não possa proceder da forma que procedeu (apesar de ser discutível), só que muito simplesmente não pode ser esta a forma dum Estado se comportar.

O problema é, porém, mais profundo.Quando nos foi comunicada a solução para o BES,

escrevi aqui que achava impensável que as decisões sobre um assunto tão relevante para a comunidade fossem delegáveis - o colapso de um banco onde está cerca de 25% da economia nacional não é um assunto corriqueiro. Também me parecia evidente que a úl-tima entidade a quem se devia entregar um assunto deste tipo era o Banco de Portugal: nem faz sentido que um órgão que tem de arbitrar participe no jogo nem tem lógica entregar a venda dum banco comer-cial a quem nunca fez um negócio na vida. É o go-verno que tem de resolver diretamente assuntos desta dimensão, é ao governo que cabe decidir o interesse público a cada momento, que tem um mandato direto dos representantes do povo.

Da mesma forma, é impensável que o Banco de Portugal/Autoridade de Resolução possa tomar uma decisão com tanta relevância para o interesse público como a que diz respeito à escolha, nesta situação, de quem deve ser caloteado. Repito, sei que aparente-mente tem legitimidade para a tomar, mas é comple-tamente desajustado que a tenha. Pensar que o Banco

de Portugal decidiu algo que terá consequências gra-víssimas para o futuro da comunidade, que fez op-ções políticas decisivas e até de contornos ideológicos é algo que não pode deixar de levantar questões que têm obrigatoriamente de ser respondidas. Resumin-do: é ao governo que cabe fazer política, não ao Banco de Portugal.

O Banco de Portugal, como qualquer entidade li-gada ao Estado, tem de prosseguir o interesse público, mas não lhe cabe defini-lo. Talvez o governo decidisse no mesmo sentido - apesar de já ter dito que não con-cordava com a decisão -, talvez não.

Não são apenas as decisões que estão em causa, é quem as toma e quem tem numa democracia a obriga-ção, o dever e o mandato para as tomar.

2 Eu juro que tento encontrar uma explicação, mas não consigo. Por que carga de água um funcioná-rio público deve trabalhar 35 horas por semana e

um trabalhador do sector privado 40? O funcionário público corre mais riscos de despedimento? O funcio-nário público está mais desprotegido de direitos? O funcionário público tem maior produtividade? O fun-cionário público ganha menos?

Não há nenhuma razão que o justifique e nem vou perder um segundo com o insulto à inteligência da justificação governamental, a que diz que os funcioná-rios precisam de mais tempo para conciliar a sua vida profissional com a familiar ou que é preciso repor a situação anterior - como se até o que estava mal preci-sasse de ser reposto; estava tudo bem, era?

O anterior governo andou em campanha eleitoral durante todo o último ano do seu mandato - não me parece que precise de lembrar que considerei, e consi-dero, que causou uma catástrofe no país, que vai levar muitos anos a debelar. Este começou a campanha elei-toral no primeiro mês de actividade.

JTM/DN

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | OPINIÃO 21

[Sónia Chan] está a retirar uma série de pessoal efectivo dos car-gos da sua tutela, de pessoas que estavam na Administração desde os portugueses”

• • • HÁ 20 ANOSIn “Jornal de Macau” e “Tribuna de Macau”

18/01/1996

CHINESES VÃO PODERGRITAR “OLÉ”Vinte anos depois da última corrida de toiros, a população de Macau vai poder assistir a seis espectáculos da festa brava que se realizarão em Fe-vereiro, durante as comemorações do Ano Novo chinês, anunciaram os or-ganizadores. As corridas, que conta-rão com o desempenho dos cavaleiros Rui Salvador, Joaquim Bastinhas, An-tónio Ribeiro Teles e Miguel Fernan-des, dos grupos de forcados de Mon-temor e da Moita e ainda dos espadas Vítor Mendes e António de Portugal, realizam-se entre 17 e 25 de Fevereiro no Campo dos Operários. Os banda-rilheiros João José, Carlos Santos, João Ribeiro, José Bartisol, João Silva e José Alexandre irão também actuar, em lides a cavalo e a pé, durante as corri-das tauromáquicas de Macau.

“PARQUE OCEANIS” TERÁ AVENIDA DA LIBERDADEUma réplica do Padrão dos Desco-brimentos, de Belém, vai construir o vértice de um espaço lúdico a cons-truir em Macau, que terá como mote a água e as “aventuras” dos navega-dores portugueses nos mares da Chi-na. Denominado “Parque Oceanis de Macau”, o projecto foi concebido pela “Chong Va Entretenimento”, que se propõe investir 500 milhões de patacas na construção de uma réplica da Ponte 25 de Abril, um te-leférico entre a Universidade de Ma-cau e o Monumento da Taipa e até um mini-golf aquático. Entre outras atracções, o complexo terá igualmen-te um “aquarium”, um “dolphina-rium”, uma torre de 60 metros de altura com restaurante panorâmico, um luna parque, piscinas com ondas artificiais, um anfiteatro, um centro multimédia, uma fonte com cortina de água para projecção de filmes e um museu de cera para “ilustrar epi-sódios da História de Macau”.

ESCOLAS TÉCNICASREGRESSAM EM FORÇAA Administração vai relançar no sis-tema de ensino a formação técnico--profissional, anunciou o secretário--adjunto Jorge Rangel. Durante a cerimónia de lançamento da primeira pedra da escola secundária Luso--Chinesa Técnico-Profissional, Jorge Rangel indicou que a legislação de suporte à formação técnico-profissio-nal se encontra em fase de apreciação no Conselho de Educação. A futura escola, que será edificada na zona de Aterros da Areia Preta, ao abrigo de contrapartidas de um contrato de concessão de terrenos, terá uma área bruta de construção de 17.000m2.

Tributos a Pessoa e a Macau

Roy Choi, membro do Novo Macau”ao “Hoje Macau”

Dito

JORGE A.H.RANGEL*

FALAR DE NÓS

“Porque Macau não é apenas um ponto no mapa da grande China, mas a cidade com memória que sabe acolher, encantar e fazer-se gostar,

é justo que este projecto inicial lhe faça uma homenagem através de alguns dos poetas que, tendo aqui nascido ou vivido, amaram Macau.”

CMaria Amélia António, Junho de 2015

A convite da Casa de Portugal em Macau, tive o prazer de assistir ao segundo concerto do conjunto Sunny Side Up, no passado dia 27 de Novembro, no Teatro

D. Pedro V. Organizado pela Casa de Portugal em Macau, contou com o patrocínio da Fundação Macau e apoios ins-titucionais do Instituto Cultural do Governo da RAEM e da Direcção dos Serviços de Turismo.

A poesia de Fernando Pessoa, com música de Felipe Fontenelle e Tomás Ramos de Deus, preencheu este agra-dável serão, com uma correspondência positiva do públi-co. Os poemas de Pessoa, muito bem cantados, foram “O Amor quando se revela”, “No lugar dos palácios desertos e em ruínas”, “Isto”, “Gato que brinca na rua”, “Na véspera do nada”, “Se sou alegre ou sou triste”, “Contemplo o lago mudo”, “Quero ser o teu amor amigo”, “Eros e Psique”, “Autopsicografia”, “Como a noite é longa”, “A minha vida é um barco abandonado”, “Não sei quantas almas tenho” e “Tenho tanto sentimento”.

O outro concerto – Tributo a Macau – teve lugar em Ju-nho, por ocasião do Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, e foi igualmente promovido pela Casa de Portugal. Com música de Felipe Fontenelle e Miguel No-ronha Andrade, o conjunto Sunny Side Up partilhou com a assistência uma selecção feliz de poemas cujos autores nasceram ou viveram em Macau, como José Inocêncio dos Santos Ferreira – Adé (“Casarám antigo” e “Tocá música, vêm cantá”), Yao Feng (“Meus verbos estão cansados de ser tão conjugados”), António Manuel Couto Viana (“No tem-plo de A-Má”), Carlos Marreiros (“Cântico de espumas”), Jorge Manuel de Abreu Arrimar (“Saudade”), Huang Xiao Feng (“Lua e Mar”), Feng Qing Cheng (“Solidão”), Leonel Alves (“Sabem quem sou?”), António Correia (“Quadro de Macau antigo”), Fernando Correia Marques (“Razões”) e Camilo Pessanha (“Estátua”). De registar que, além da composição musical, Felipe Fontenelle, que integra o gru-po Sunny Side Up, contribuiu com dois poemas seus (“Na hora certa” e “Foi aqui”).

Um projecto bem realizadoPor iniciativa e produção da Casa de Portugal, dois dis-

cos acompanharam os concertos, perpetuando deste modo as actuações do conjunto em Macau. Foi um projecto que aquela agremiação cultural, recreativa e social abraçou e muito eficazmente concretizou. Como bem referiu a sua presidente, Maria Amélia António, “acrescentar a força, o encanto ou a doçura da música à palavra trabalhada pelos poetas para que mais rapidamente seja apreendida, exige criatividade, saber, sensibilidade, um grande espírito de equipa e muita dedicação de quantos lançam mãos à obra”,

‘Porque Macau não é apenas um ponto no mapa da grande China, mas a cidade com memória que sabe acolher, encantar e fazer-se gostar, é justo que este projecto inicial lhe faça uma homenagem

através de alguns dos poetas que, tendo aqui nascido ouvivido, amaram Macau.(...)’

sendo “o trabalho aqui apresentado a expressão deste em-penhamento colectivo que muito nos orgulha”.

Quanto a Tributo a Macau, a justificação é clara: “Porque Macau não é apenas um ponto no mapa da grande China, mas a cidade com memória que sabe acolher, encantar e fazer-se gostar, é justo que este projecto inicial lhe faça uma homena-gem através de alguns dos poetas que, tendo aqui nascido ou vivido, amaram Macau. Assim o sentiram os músicos que de-ram corpo e voz a este Tributo a Macau. Assim o sentiu a Casa de Portugal”. Particularmente significativa foi a sua divulga-ção no âmbito das comemorações locais do Dia de Portugal, sendo esta uma forma de se “dar testemunho da História com muitos afectos que nos liga indissoluvelmente a Macau”.

Por outro lado, o concerto e o CD centrados na poe-sia de Pessoa, vulto maior da nossa literatura, contribui, “através da música e de outras formas de expressão para uma maior divulgação da língua portuguesa e dos seus poetas”. “Sonho e vontade partilhados pelos músicos que estão na gestação deste projecto e por toda a equipa envol-vida na sua realização”, este segundo trabalho é inspirado no poeta que “a todos os falantes de português irmanou na expressão lapidar de que ‘a minha Pátria é a minha língua’.”

Os músicosO conjunto Sunny Side Up integra Felipe Fontenelle (voz,

guitarra acústica, percussão, baixo e coros), Tomás Ramos de Deus (voz e coros) e Miguel Noronha Andrade (guitarra acústica e guitarra clássica), que também foi o responsável pela produção musical. Como convidados, participaram num só ou em ambos os concertos Jaume Pradas (bateria, percussão e coros), Diogo Santos (teclados), Paulo Pereira (saxofone alto), Diogo Duque (trompete e flauta transver-sal), Elmano Coelho (flauta transversal) e Qi Shen (erhu).

Letra de algumas cançõesPor serem menos conhecidos entre nós, escolhi para

ilustrar este artigo os dois poemas de Felipe Fontenelle, ambos inspirados em Macau:

Na hora certa

Onde você estavaQuando eu sempre precisei?A chuva ali molhavaQuis voltar para Fai Chi Kei

Vejo ao longe a luz quase a chegarParo ou corro?Continuo a andar

Vida sempre incertaMas a gente vive assimCheguei na hora certaIntempéries são assim

Vejo ao longe a luz quase a chegarParo ou corro?Continuo a andar

******

Foi aqui

Foi aqui que estivemosPor tantos anosFoi um pouco de nósQue aqui deixamos

Numa esquina um nome,Um não sei quantosMais um rasto para trásA ecoar nos cantos

A manhã teima em aparecerO teu sorriso é impossível de esquecerNos meus braços, junto ao peitoSó assim durmo direito

Mais um dia vem e passaNuvens baixas, fumaçaO corpo sua, não é tardeA lembrança, já faz parte

* Presidente do Instituto Internacional de Macau.Escreve neste espaço às 2.ªs feiras.

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 201622 JTM | LAZER

Gente Gira Envie as suas fotos para: [email protected]

E aindaCelebração de vida

Um grupo de amigos reencontrou-se para celebrar mais de meio século de amizade. Um trajecto que se iniciou na Escola Primária e perdurou até aos dias de hoje, numa altura em que já se encontram reformados. Um jantar é sempre

um bom motivo para colocar a conversa em dia.

Festejos em MelbourneDirectamente de Melbourne, Austrália, para os amigos de Macau, fica o registo do

aniversário de Debbie com os “cúmplices” e parceiros da festa, Emerson e Rui Carreiro.

Em 1967, Sitges (conhecida hoje como Saint-Tropez de Espanha) acolheu a primeira, do que viria a ser o boom das discotecas mundiais, Pacha. Desde aí, Pacha tornou-se uma discoteca de referência mundial estando já representada em Portugal, Estados Unidos, Inglaterra, Polónia, Austrália, Áustria, Egipto, Brasil, Alemanha, Marrocos, Rússia e Argentina, sendo a sede localizada em Ibiza, Espanha. Após quase meio século, as “ cerejas” mais conhecidas do mundo, encontraram o seu caminho até Macau, em conjunto com a abertura do Studio City, no COTAI em meados de Outubro do ano passado. No intuito de revolucionar e inovar o ritmo nocturno

do território, a Pacha Macau oferece diversificação por excelência. Mesmo já estando aberto ao público, a discoteca Pacha abriu oficialmente as suas portas, neste fim-de-semana com uma mega festa de abertura, dedicada ao Ano Novo e que contou com um dos melhores e prestigiados DJs house do mundo, Erick Morillo, vencedor por três vezes dos títulos “Melhor DJ House” e “ Melhor DJ Internacional”. A casa já estava composta na recepção dos media e convidados VIP, no entanto a casa viria a estar cheia com a chegada do som do DJ Erick Morrillo que sem dúvida foi o grande momento da noite. Um set que não deu “ descanso” à pista repleta de vibração e fãs. S.T.

Inauguraçãooficial da

Da direita para a esquerda: JD Clayton (presidente do Studio City), Paz Arbalejo (do Pacha Ibiza), Francisco Ferrer (director-geral do Pacha Ibiza), Toni Prats (director de produção do Pacha Ibiza), Eddie Dean (Presidente e CEO do Pacha Nova Iorque e director-geral do Pacha Macau), Marta Planells (Pacha Ibiza), Liam Dwyer (director do Pacha Macau)

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Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 JTM | ROTEIRO 23

CANAL MACAU13:00 TDM News (Repetição) 13:30 Telejornal RTPi (Diferido) 14:30 RTPi Directo 16:10 Mentes Criminosas S7 17:40 Amor à Vida (Rastros de Mentiras) - Repetição 18:30 Contraponto (Repetição) 19:30 Água de Mar 20:30 Tele-jornal 21:00 TDM Desporto 22:10 Amor à Vida (Rastros de Mentiras) 23:00 TDM News 23:30 Pit Stop S2 00:05 Telejornal (Repetição) 00:40RTPi Directo

30 FOX SPORTS13:00 - (LIVE) Tennis> Australian Open Tennis 2016 Round 1 -2 16:00 - (LIVE) Tennis> Australian Open Tennis 2016 Round 1 -4 20:00 - Extreme Sports> KIA World Extreme Games 2015 Skateboard Vert Highlights -11 20:30 - Soccer> FOX SPORTS FC -16 21:00 - Soccer> Goals! -16 21:30 - Tennis> Australian Open Tennis 2016 Highlights Day 1 -1 22:30 - (LIVE) Sports News> FOX SPORTS Central -12 23:00 - Tennis> Australian Open Tennis 2016 (Day 1) -1 00:00 - Mixed Martial Arts> UFC on Fox Sports Dillashaw vs Cruz -10

31 FOX SPORTS 208:00 - (LIVE) Tennis> Australian Open Tennis 2016 Round 1 -1 16:00 - (LIVE) Tennis> Australian Open Tennis 2016 Round 1 -3 20:00 - Watersports> Xcat World Series Abu Dhabi -4 20:30 - Golf> Latin America AMAteur Champi-onship 2016 Day 4 -4 22:30 - Soccer> FOX SPORTS FC -16 23:00 - Rodeo> Pro Bull Riders CHARLOTTE -24 00:00 - Soccer> Bundesliga 2015-16 Clubs Bundesliga 2015-16 Clubs 00:10 - Soccer> Bundesliga 2015-16 Clubs Bundesliga 2015-16 Clubs 00:20 - (LIVE) Soccer> AFC U23 Championship 2016 Group A, Iran vs China -18

40 FOX MOVIES11:30 - Drive Hard 17:15 - The Runner 21:00 - Red Carpet Screenings:

Foxcatcher 01:10 - Zombieland

41 HBO11:30 - Drive Hard 17:15 - The Runner 21:00 - Red Carpet Screenings: Foxcatcher 01:55 - Outbreak

42 CINEMAX12:20 - Oz The Great And Powerful 14:30 - Mad Max 16:00 - Destination Inner Space 17:20 - Hollywood On Set 631 17:45 - Jennifer Eight 19:45 - Hol-lywood On Set 630 20:10 - Kingpin 22:00 - Escape Plan 23:55 - Last Week Tonight With John Oliver S103 00:30 - How To Make It In America S105: Big In Japan 00:55 - How To Make It In America S106: Good Vintage

50 DISCOVERY12:55 - How Do They Do It? 11:Episode 2 13:25 - Belief:Practice, The 14:20 - First Time Filmmakers: Singapore Story:Episode 2 14:45 - Korea Next:Return Of Royal Cuisine, The 15:15 - Incredible Engineering Blunders: Fixed:Episode 5 16:10 - Marooned With Ed Stafford:Australia 17:05 - How Do They Do It? 8:Episode 17 17:30 - How Do They Do It? 9:Episode 16 18:00 - Pacific Warriors:Episode 1 19:00 - Marooned With Ed Stafford:Botswana 20:00 - Ed Stafford: Into The Unknown:Pre Show 21:00 - Bering Sea Gold: Under The Ice:Gold Don’t Care, The 22:00 - Pacific Warriors:Episode 6 23:00 - Ice Cold Gold (Season 2):Episode 4 00:00 - Ed Stafford: Into The Unknown:Pre Show 00:55 - Bering Sea Gold: Under The Ice:Gold Don’t Care

51 NGC10:40 - Prospectors A Monster Pocket 15:15 - Lawless Island Dead Standing 17:05 - Rebuilding Taiwan: Beyond the Storm 22:00 - Primal Survivor Savage Jungle 23:00 - The Next Mega Tsunami

54 HISTORY13:00 - Mountain Men (S2) - Thin Ice 14:00 - The Jesus Code - The Bones Of John The Baptist 15:00 - Hidden Cities (S2) - Sichuan & Chongqing (China) 16:00 - 10 Things You Don’T Know About (S2) - Founding Fathers 17:00 - Aus-sie Pickers - Mingo’s 18:00 - Vikings (S2) - Blood Eagle 19:00 - Mountain Men (S2) - Going For Broke 20:00 - Lost In Transmission - Convertible Comeback

21:00 - Counting Cars (S4) - Best Of - Iconic Americana 21:30 - Counting Cars (S4) - A Legend On Two Wheels 22:00 - Pawn Stars (S16) - Hiding Houdini 22:30 - Pawn Stars (S12) - Rick ‘N’ Roll 23:00 - Cajun Pawn Stars (S3) - Jim-mie’S Last Stand 23:30 - Cajun Pawn Stars (S3) - Ice Chip Off The Old Block 00:00 - Counting Cars (S4) - Best Of - Iconic Americana

62 AXN12:05 Falling Skies 13:55 Blue Bloods 14:50 Supernatural 15:40 Wipe-out 16:30 Ncis: Los Angeles 17:20 The Apprentice Asia 18:20 Csi: Cyber 19:15 The Amazing Race 20:10 Robot Combat League 21:05 Csi: Cyber 22:00 Quantico 22:55 12 Monkeys 23:50 Csi: Cyber 00:45 Quantico

63 STAR WORLD12:35 Cougar Town 13:30 Masterchef Junior US 14:25 Mistresses 16:15 It’s a Brad, Brad World 17:10 America’s Next Top Model 18:05 Young & Hungry 19:00 Welcome to Sweden 20:00 Melissa & Joey 21:00 Young & Hungry 21:55 Welcome to Sweden 22:50 Melissa & Joey 23:45 Kevin From Work All About Work From Work 00:10 Kevin From Work Room-mates From Work 00:40 Amazing Wedding Cakes

82 RTPI14:30 A Praça - Compacto 15:26 Agora Nós - Compacto 16:18 A Cidade na Ponta dos Dedos - Lisboa - Rio Maravilha 16:30 À Porta da História (Micro-programas) - Padre Himalaia 16:47 Poplusa - Rui Salgado 17:43 Hora dos Portugueses (Diário) 18:00 3 às 10 - Directo 18:30 Decisão Nacional Reformas dos Emigrantes 19:02 Nelo & Idália 19:34 Bem-vindos a Beirais 20:17 Os Nossos Dias 21:00 Jornal da Tarde - Directo 22:11 Hora dos Portugueses (Diário) 22:27 Sociedade Recreativa 23:18 As Horas Extraordinárias 23:26 Palcos Agora A Universidade de Coimbra 23:59 Bem-vindos a Beirais (R/) 00:43 Os Nossos Dias (R/) 01:26 Hora dos Portugueses (Diário) (R/) 02:00 Portugal em Direto - Directo 02:36 Network Negócios 2016 03:23 Zig Zag 04:00 Telejornal - Directo

Número de Socorro 999Bombeiros 28 572 222PJ (Linha aberta) 993PJ (Piquete) 28 557 775PSP 28 573 333Serviços de Alfândega 28 559 944Hospital Conde S. Januário 28 313 731Hospital Kiang Wu 28 371 333CCAC 28 326 300IACM 28 387 333DST 28 882 184Aeroporto 88 982 873/74Táxi 28 283 283Táxi 28 939 939Água - Avarias 28 990 992Telecomunicações - Avarias 28 220 088Electricidade - Avarias 28 339 922Directel 28 517 520Rádio Macau 28 568 333Macau Cable 28 822 866

• • • TEMPO

120C/180C

• • • CÂMBIOSPATACA COMPRA VENDAUS DÓLAR 7.97 8.07EURO 8.69 8.80YUAN (RPC) 1.199 1.224

SOCIEDADE PROTECTORA

DOS ANIMAIS DE MACAU

TEL: 28715732/63018939ANIMA

TELEFONES ÚTEIS

CLUBE MILITAR DE MACAUAvenida da Praia Grande, 975, Macau

TEL: 28714000

• • • AMANHÃ 19/01

• • • HOJE 18/01110C/160C

WWW.SMG.GOV.MO

A programação é da responsabilidade das estações emissoras

CINETEATROS1 The 5th Wave14:30 • 16:45 • 19:15 • 21:30

S2 Steve Jobs14:30 • 16:45 • 21:30

TORRE DE MACAUThe 5th Wave (2D/3D)14:30 • 16:30 • 19:30 • 21.30

GALAXYStar Wars: The Force Awakens (3D)14:45 • 16:00 • 17:00 • 22:30

Anniversary15:20 • 19:25 • 21:30

The Revenant13:15 • 16:10 • 19:00 • 21:50

5th Wave14:30 • 16:40 • 18:50 • 21:00 • 23:10

The 3313:40

Ip Man 3 (3D)13:20 • 14:20 • 17:40 • 18:45

Steve Jobs14:10 • 16:30 • 19:30 • 20:45 • 23:05

Sherlock: The Abominable Bride15:30 • 18:30 • 20:20

22:00

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24 JTM | ÚLTIMA Segunda-feira, 18 de Janeiro de 2016 • Fecho da Edição • 02:30 horas

Roy Choi, um dos auto-intitulados demo-cratas, membro da “Novo Macau e fundador da Macau Concealers”, deu uma entrevista ao “Hoje Macau” em que aborda a vida pública local.

As suas declarações são, muitas vezes, controversas. É natural em política, pois cada um tem a sua opinião, e é cada vez mais unâ-nime que todos têm o direito de a exprimir livremente.

Não deixa de ser interessante, contudo, que defenda uma coisa e o seu contrário. Por exem-plo, Roy critica o Secretário Alexis Tam por ser “teimoso” porque “só faz aquilo que quer”, mas apoia o Secretário Raimundo do Rosário, porque no caso “Pearl Horizon” teve “pulso firme e uma posição determinada”, e Lionel Leong porque “é um governante discreto e por isso não creio ter muito a acrescentar”.

Dos outros dois Secretários, revela receios sobre Wong Sio Chak por ser “claramente ínti-mo do Governo Central” e Sónia Chan “próxi-ma do Governo Central”.

O mais determinante para este “democrata” é quando elogia a Secretária Sónia Chan por-que “está a retirar uma série de pessoal efectivo dos cargos da sua tutela, de pessoas que esta-vam na Administração desde os portugueses”.

Isto é, quanto ao pessoal efectivo da Admi-nistração, constituído por chineses nascidos em Macau e vindos da China, portugueses nasci-dos em Macau ou vindos de Portugal, a Roy não interessa se são competentes e cumprem as suas funções.

Aos auto-intitulados democratas importa é que não tenham trabalhado para a Administra-ção portuguesa.

Sem palavras...

ENPASSANTJosé Rocha Diniz

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Papa nomeou Bispo de Hong Kong para liderar Diocese de MacauO Papa Francisco nomeou no sábado Stephen Lee Bun-sang como novo bispo da Diocese de Macau, em substituição de D. José Lai, noticiou a Rádio Vaticano. Stephen Lee Bun-sang, ac-tualmente bispo auxiliar de Hong Kong, tomará posse da Dio-cese de Macau no próximo sábado, dia 23 de Janeiro, acrescen-tou o semanário católico local “O Clarim”. José Lai Hung-seng, nascido em Macau e que completa 70 anos de idade em 2016, deixa o cargo por motivos de saúde, segundo “O Clarim”. O novo bispo da Diocese de Macau nasceu em Hong Kong a 10 de Novembro de 1956 e fala inglês e espanhol, para além de can-tonense e mandarim, segundo a Rádio Vaticano. Stephen Lee Bun-sang formou-se em arquitectura, antes de enveredar pela vida eclesiástica, tendo sido ordenado sacerdote em 1988.

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Wynn Macau confirma quebra de receitas no último trimestre de 2015A Wynn Macau anunciou uma queda de pelo menos 200 milhões de dólares nas suas receitas no quarto trimestre de 2015, em comparação com 2014. Em comunicado, a empresa referiu que os dados prelimi-nares apontam para receitas líquidas em Macau, nos últimos três me-ses do ano passado, entre 552 milhões e 560 milhões de dólares. Nos mesmos meses de 2014, as receitas foram 761,2 milhões de dólares. O EBITDA ajustado (resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) deverá ser, no quarto trimestre, entre 156 milhões e 164 milhões de dólares, depois de ter alcançado 241 milhões no mes-mo período de 2014. No conjunto do ano, a Wynn Macau estima ter obtido receitas entre 2,359 mil milhões e 2,467 mil milhões de dólares, menos do que os 3,796 mil milhões de 2014. Quanto ao EBITDA do total do ano, a Wynn Macau projecta valores entre 705 e 713 milhões de dólares, muito aquém dos 1,258 mil milhões de dólares em 2014. Quanto à operação em Las Vegas, o grupo Wynn Resorts aponta para receitas entre 387 milhões e 395 milhões de dólares no quarto trimestre, acima dos 376,8 milhões do ano passado. No total do ano de 2015, em Las Vegas, as receitas da Wynn deverão ter sido entre 1,609 e 1,617 mil milhões de dólares, depois de terem ficado em 1,636 mil milhões em 2014.

Governo do Burkina Faso aponta para dois portugueses mortos em atentadoUma lista do governo do Burkina Faso incluiu dois portugueses entre as 29 vítimas mortais de um ataque perpetrado na sexta-feira contra um hotel de Ouagadougou, capital do país. No entanto, José Luís Carneiro, o secretário de Estado das Comunidades, disse ao Jornal de Notícias não ter, pelo menos até à hora do fecho desta edição, nenhuma informa-ção sobre mais uma possível vítima portuguesa do ataque reivindicado pela al-Qaeda do Magrebe Islâmico. António Basto, 51 anos, foi a primeira vítima de nacionalidade portuguesa conhecida após o atentado. Era casado com uma cidadã francesa e pai de quatro filhos. A nova lista de mortos no ataque inclui quatro canadianos, três ucranianos, dois franceses, dois suíços, dois portugueses um holandês e oito naturais do Burkina-Faso.

Mongólia vai estabelecer base de pesquisa na AntárcticaA Mongólia vai abrir a sua primeira base de pesquisa na Antárctica na Ilha de Livingston, anunciou a “Montsame”, agência oficial de notícias do país. Com vista ao estabelecimento da base, a Associação de Água da Mongólia, respon-sável pelos preparativos, solicitará ao governo um investimento inicial de 250 mil dólares americanos. A criação da base deriva da adesão da Mongólia ao Tratado Antárctico, que se materializou no ano passado, embora investigadores do país já tenham participado em expedições científicas ao continente gelado desde os anos 70. Situada no extremo norte da península Antárctica, a Ilha Livingston foi uma das primeiras descobertas por exploradores europeus, há quase 200 anos, e actualmente acolhe as bases de pesquisa espanhola Juan Carlos I e a búlgara St. Kliment Ohridski.

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Jovens pedem regularização de “part-time” para estudantesA Associação Geral de Estudantes Chong Wa de Macau e a Associação de Pesquisa Sobre Juventude de Macau sugeriram a regularização do trabalho em “part-time” para os estudantes, sobretudo no que diz respeito à defini-ção de orientações mais claras para o tempo de trabalho e área laboral. A ideia foi defendida na sequência de um inquérito promovido junto de mais de mil alunos de 10 escolas secundárias de Macau, sendo que 45% dos partici-pantes indicaram já ter trabalhado a tempo parcial. Cerca de 30% dos inquiridos trabalharam mais de 10 horas por semana nesse regime, mas 58% assumirem que esse tipo de trabalho tem impacto negativo nos estudos. De uma forma geral, 50% dos estudantes nestas condições acham que o trabalho em “part-time” afecta de alguma forma as suas vidas, enquanto que 21% manifestaram uma opinião contrária. Os inquiridos apontaram como principais objectivos desses trabalhos a vontade de ganhar dinheiro (33%) e obter experiência (34%).

Arguida de caso que envolveNg Lap Seng declara-se culpadada prática de subornoHeidi Hong Piao, antiga directora financeira da “Global Sustainability Foundation”, declarou--se culpada da prática de suborno no âmbito do processo em que John Ashe, ex-presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, é acusado de ter recebido cerca de 1,3 milhões de dólares americanos de empresários chineses, incluindo de Ng Lap Seng, magnata do imobiliário de Macau. De acordo com a agência Associated Press, Heidi Hong declarou no Tribunal Federal de Manhattan terem sido feitos pagamentos secretos “com a in-tenção de influenciar John Ashe” a apoiar vários interesses comerciais. A agência refere ainda que o testemunho de Heidi Hong resulta de um acordo para colaborar com a justiça norte-americana no processo movido contra John Ashe.