ação civel danos oi

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA AÇÃO DE indenização por danos morais e materiais FRANCISCO JOSÉ RAMOS DE LIMA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/CE sob o nº 4.452 e FRANCISCO JOSÉ RAMOS DE LIMA JÚNIOR, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/CE sob o nº 28.344, recebendo intimações em seu endereço profissional, sito à Rua Francisco Paracampos, 84, Bairro: Cambeba, Fortelza-Ceara, CEP 60.822-255, atuando em causa própria, vem, respeitosamente, à presença de V.Exa., propor a presente AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS em desfavor da TNL PCS S.A. – “OI”, inscrita sob o CNPJ: 04.164.616/0001-59, com endereço na Rua Jangadeiros, 48 – Ipanema, Rio de Janeiro – RJ, CEP: 22420010.; Rua Francisco Paracampos, 84 – Agua Fria - CEP: 60822-255 - Fortaleza - CE Fone/Fax: (85) 3261.0325 - [email protected]

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EXMO

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CVEL DA COMARCA DE FORTALEZAAO DE indenizao por danos morais e materiais FRANCISCO JOS RAMOS DE LIMA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/CE sob o n 4.452 e FRANCISCO JOS RAMOS DE LIMA JNIOR, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/CE sob o n 28.344, recebendo intimaes em seu endereo profissional, sito Rua Francisco Paracampos, 84, Bairro: Cambeba, Fortelza-Ceara, CEP 60.822-255, atuando em causa prpria, vem, respeitosamente, presena de V.Exa., propor a presente AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS em desfavor da TNL PCS S.A. OI, inscrita sob o CNPJ: 04.164.616/0001-59, com endereo na Rua Jangadeiros, 48 Ipanema, Rio de Janeiro RJ, CEP: 22420010.;PREAMBULARMENTE:

BENEFCIOS DA ASSISTNCIA JUDICIRIA GRATUITA:

Requer-se, primeiramente, a concesso dos benefcios da assistncia judiciria gratuita, nos termos dos arts. 2 e 3 da Lei n 1.060/50, uma vez que os oras demandantes no gozam de condies aptas a custear o presente processo, sem que haja prejuzo ao seu prprio sustento e de sua famlia.

I DOS FATOS:

Os autores possuam plano telefnico junto reclamada, denominado OCT 4

titular da linha telefnica N (86) - 1512-4708 desde 2009, adquiriu junta a requerida plano de internet Oi Velox modalidade residencial de 1(um) Mega com franquia mensal no valor de R$ 59,92( cinquenta e nove reais e noventa e dois centavos).todo conforme fatura anexa vencimento ms de abril 2012.

Ocorre que ao retira a segunda via da fatura de vencimento em 05/05/2012 o autor foi surpreendido com a cobrana no valor de 103,87(cento e trs reais e oitenta e sete centavos) referente aos servios Oi Velox Plano residencial . Todo conforme fatura anexa vencimento ms de maio 2012.

Diante do valor a mais cobrado o autor entrou em contato com a requerida em 22/04/2012, ( bom que se frise que para conseguir este contato o autor teve que ficar mais de 50 minutos esperando na linha), e foi informado que o acrscimo no valor da fatura referente ao plano de internet Oi Velox Plano residencial, ocorreu em razo da mudana de plano, requerida pelo titular da linha, no caso o autor.

Indignado com a incluso de servio no seu plano se que tenha solicitado o autor exigiu que fosse imediatamente retirado valor a mais cobrado, todavia insistiu a requerida em cobrar o valor, argumentado que a mudana tinha sido solicitada.

Como demonstrado, a requerida alm de incluir servio no solicitado, insiste a requerida em manter tal servio, apesar da negativa do autor, infligindo, assim as normas que regem as relaes de consumo se vejamos o que dispe o CDC LEI N 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

I - Fornecimento de servio no solicitado

Art. 39. vedado ao fornecedor de produtos ou servios, dentre outras prticas abusivas:

III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitao prvia, qualquer produto, ou fornecer qualquer servio.

II - Do Direito a Inverso do nus da Prova

Art. 6 So direitos bsicos do consumidor:

VIII - a facilitao da defesa de seus direitos, inclusive com a inverso do nus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critrio do juiz, for verossmil a alegao ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinrias de experincias;

No caso em questo imperiosa a inverso do nus da prova em favor do demandante, notadamente porque, consoante assinala a doutrina mais abalizada, uma vez verificado qualquer dos requisitos elencados no inciso VIII, do art. 6, a inverso constitui direito pblico subjetivo da consumidor, e no mera faculdade judicial.

III - Da Cobrana de Dvidas

Art. 42. (.......)

Pargrafo nico. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de engano justificvel.

IV - Da Responsabilidade Objetiva

Art. 14. O fornecedor de servios responde, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao dos servios, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio e riscos.

Do dito ficou demonstrado que a prestao do servio em tela, por parte da requerida, mostrou-se totalmente eivada de falhas, irregularidades e defeitos. Pois apesar de no ter requerido o servio, a requerida de forma abusiva fez cobrana de servios na fatura do autor, e como seno bastasse para que tal servio seja retirado exigi que o autor prove que no solicitou.

.

DO PEDIDO

Diante do exposto, vem presena de V. Exa. requerer:

a) - A citao da requerida para, querendo, comparecer audincia conciliatria e de instruo e julgamento, na forma do inciso I do art. 18 da lei n 9.099/95, devendo conter na mesma as advertncias do 1 do retrocitado artigo e do art. 20;

b) concesso de Liminar, para que a requerida seja compelida devolver o valor cobrado indevidamente, bem como, a demonstrar mediante gravaes ou documentos o termo de adeso que alega ter o autor aderido e o que consequentemente justificou o valor a mais cobrado na fatura

c) - Seja julgada procedente a presente AO INDENIZATRIA POR DANOS MORAIS, condenando a empresa-r, a pagar, em dinheiro, a autora, os Danos Morais, injustamente sofridos (arts. 5, V e X, da CF/88; 6 - VI, do CDC; 186 e 927, caput, do CC) no valor de);

d) A inverso do nus da prova, nos termos do art. 6, VIII, do CDC;

Protestando desde j, provar o alegado por todos os meios de prova moralmente legtimos, ainda que no especificados em lei (art. 32), como prova testemunhal, que comparecero em Juzo, por ocasio da designao da audincia de instruo e julgamento (art. 34), juntada superveniente de documentos e etc.

D-se causa o valor de 5.000,00(cinco mil reais) .II DO DIREITO:

II.I- DO DIREITO APLICVEL:

No existem dvidas quanto aplicabilidade das regras do Cdigo de Defesa do Consumidor aos fatos, por envolverem, indiscutivelmente, relaes de consumo, conforme constam expressamente os art. 2 e 3 da legislao consumerista.O Cdigo de Defesa do Consumidor tem a finalidade de proteger o consumidor, enquanto este o agente mais vulnervel da relao de consumo, buscando o equilbrio de tal relao. A referida finalidade atende aos mandamentos constitucionais do art. 5, XXXII, que inclui, entre os direitos fundamentais, a proteo ao consumidor, e do art. 170, que considera princpio da ordem econmica brasileira a defesa do consumidor.II.II. DO DANO MORAL SOFRIDO:

H muito consagrado em nosso direito ptrio, o princpio contido no artigo 186, do Cdigo Civil, que versa:

Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

A verificao da culpa e a avaliao da responsabilidade regulam-se pelo disposto neste Cdigo, arts. 944 e ss. do Cdigo Civil. Em outras palavras, o direito indenizao surge sempre que prejuzo resulte da atuao do agente, voluntria ou no.

Ademais, o CDC estabelece, em seu art. 6:Art. 6. So direitos bsicos do consumidor:

(...)

VI - a efetiva preveno e reparao de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;O citado artigo complementa-se com o art. 14 do mesmo diploma legal:

Art. 14. O fornecedor de servios responde, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao de servios, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio e riscos.

Pargrafo primeiro. O servio defeituoso quando no fornece a segurana que o consumidor dele pode esperar, levando-se em considerao as circunstancia relevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento;

II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;

II - a poca em que foi fornecido.Servio defeituoso aquele que no apresenta a segurana esperada, considerando-se, inclusive, a publicidade acerca do mesmo. A prestao de servios deve sempre recorrer aos melhores procedimentos para garantir a qualidade e a segurana do consumidor. A responsabilidade legal, ento, concentra-se somente na atividade de risco do fornecedor - responsabilidade objetiva - ocorrido o dano, o fornecedor responde por este.

Claudia Lima Marques, destacada jurista, comenta "A responsabilidade imposta pelo CDC segue o princpio da indenizao integral, tanto que o legislador preocupou-se em mencionar expressamente os danos morais ou extrapatrimoniais. A reparao devida limitada ao dano sofrido (patrimonial ou extrapatrimonial), mas a responsabilidade teoricamente ilimitada. (...) Tendo em vista este novo carter de reparao, no de se espantar que a responsabilidade pelo fato do produto imposta pelo CDC deva levar a uma reparao efetiva do dano sofrido pelo consumidor-vtima (todas as vtimas so equiparadas ao consumidor, segundo dispe o art. 17 do CDC) e que, tendo em vista o carter de norma de ordem pblica da previso, qualquer exonerao ou limite a esta responsabilidade, estabelecido a priori atravs de contrato, seja considerado ineficaz."Indiscutvel, portanto, a responsabilidade da empresa-r na reparao integral dos danos causados aos autores, de acordo com as regras do Direito Civil, e principalmente com as normas do Cdigo de Defesa do Consumidor, juntamente com nossa Magna Carta.

O dano moral aquele que no afeta o patrimnio, consistindo em dores fsicas ou sofrimentos psquicos, resultantes normalmente da violao dos direitos de personalidade. O dano psquico ofende a integridade psquica, como a liberdade, a intimidade, o sigilo.

o caso dos autos, eis que o autores, ainda com toda a vontade e sacrifcios, fizeram tudo conforme fora solicitado pela reclamada, e ainda assim, seus prepostos em Fortaleza informavam que no era o suficiente e que por isso no poderiam viajar, bem como ainda bloquearam os nomes dos autores, impedindo assim de realizarem novas compras. Sendo assim, obrigados a comprar suas passagens areas em outra companhia, por um valor bem mais alto, tendo em vista que a data para a viagem j estava mais prxima.

O dano moral cabvel, nos termos do art. 5, inciso X, da CF/88: "so inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito indenizao pelo dano material ou moral decorrente de sua violao".

Configurados os danos morais pela sensao de desconforto e aborrecimento decorrentes do mau atendimento dos empregados da empresa AVIANCA. No h dvidas das repercusses e da angustia sofrida pelos autores, at o dia em que finalmente conseguiram comprar outra passagem e embarcaram no voo de outra empresa, que apesar de o procedimento de compra ter sido muito parecido, seus funcionrios foram bem treinados para o correto atendimento de seus clientes.

A jurisprudncia majoritria caminha no mesmo sentido, seno, vejamos:CIVIL - CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - INDENIZAO - TRANSPORTE AREO - FALHA NA PRESTAO DO SERVIO - RESERVAS CONFIRMADAS NO SISTEMA ELETRNICO - PASSAGEIRA IMPEDIDA DE EMBARCAR - DANOS MORAIS CONFIGURADOS - DANOS MATERIAIS COMPROVADOS - DEVER DE INDENIZAR. - AO AFIRMAR A R QUE O EMBARQUE DECORREU DA FALTA DE APRESENTAO DOS DOCUMENTOS DA PASSAGEIRA, CARREIA PARA SI O NUS DO FATO IMPEDITIVO DO DIREITO DA AUTORA, NA FORMA PREVISTA NO ART. 333, INCISO II, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. - AS AFLIES E FRUSTRAES QUE VO ALM DOS ABORRECIMENTOS A QUE TODOS ESTO SUJEITOS CAUSAM DANOS MORAIS. - A EMPRESA AREA DEVE REALIZAR O TRANSPORTE DO PASSAGEIRO AO SEU DESTINO NA FORMA, TEMPO E MODO CONTRATADOS. - QUALQUER OBSTCULO QUE IMPEDE O EMBARQUE DO PASSAGEIRO, SEM AS DEVIDAS INFORMAO E ASSISTNCIA, CAUSA DESGASTES FSICOS E EMOCIONAIS DE TAL ORDEM QUE ULTRAPASSAM OS LIMITES DA NORMALIDADE, CARACTERIZANDO INFRAO AO ART. 14 DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, ENSEJANDO DANO MORAL, IMPONDO-SE A CONDENAO DA PRESTADORA DE SERVIO A REPARAR O ABALO CAUSADO PELA FALHA NA PRESTAO DO SERVIO. - O MONTANTE FIXADO A TTULO DE DANO MORAL, DESDE QUE OBSERVADOS OS CRITRIOS DE EQUIDADE, MODERAO E CAPACIDADE ECONMICA DAS P ARTES NO DEVE SER MODIFICADO. - RECURSO DA AUTORA PREJUDICADO. RECURSO DO RU IMPROVIDO, POR MAIORIA. (TJ-DF - ACJ: 53736220088070001 DF 0005373-62.2008.807.0001, Relator: ESDRAS NEVES, Data de Julgamento: 25/11/2008, Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Cveis e Criminais do D.F., Data de Publicao: 09/01/2009, DJ-e Pg. 149)

A deciso supra demonstra um reconhecimento do dano moral para o caso em tela, pois incontestvel o desconforto sofrido pelo passageiro com a perda da bagagem. Assim, o direito visa a plena restituio do interessado situao anterior. um exemplo de reconhecimento de um direito fundamental a ser seguido.

O constrangimento sofrido pelos autores insuscetvel de aferies econmica, porm a prestao pecuniria tem funo meramente satisfatria, intencionando apenas suavizar certos males.

No presente caso fcil reconhecer que o fato envolve danos morais puros e, portanto, danos que se esgotam na prpria leso personalidade, na medida em que esto nsitos nela. Por isso, a prova destes danos restringir-se- existncia do ato ilcito, devido impossibilidade e dificuldade de realizar-se a prova dos danos incorpreos.

Trata-se de dano moral in re ipsa, que dispensa a comprovao da extenso dos danos, sendo estes evidenciados pelas circunstncias do fato.

Nesse sentido, destaca-se a lio de Srgio Cavalieri Filho, Desembargador do Tribunal de Justia do Rio de Janeiro:

Entendemos, todavia, que por se tratar de algo imaterial ou ideal a prova do dano moral no pode ser feita atravs dos mesmos meios utilizados para a comprovao do dano material. Seria uma demasia, algo at impossvel, exigir que a vitima comprove a dor, a tristeza ou a humilhao atravs de depoimentos, documentos ou percia; no teria ela como demonstrar o descrdito, o repdio ou o desprestgio atravs dos meios probatrios tradicionais, o que acabaria por ensejar o retorno fase da irreparabilidade do dano moral em razo de fatores instrumentais.

Neste ponto, a razo se coloca ao lado daqueles que entendem que o dano moral est nsito na prpria ofensa, decorre da gravidade do ilcito em si. Se a ofensa grave e de repercusso, por si s justifica a concesso de uma satisfao de ordem pecuniria ao lesado. Em outras palavras, o dano moral existe in re ipsa; deriva inexoravelmente do prprio fato ofensivo, de tal modo que, provada a ofensa, ipso facto est demonstrado o dano moral guisa de uma presuno natural, uma presuno hominis ou facti, que decorre das regras de experincia comum. (Programa de Responsabilidade Civil, 5 ed., Malheiros, 2004, p. 100/101).

No entanto, no sendo possvel a restitutio in integrum em razo da impossibilidade material desta reposio, transforma-se a obrigao de reparar em uma obrigao de compensar, haja vista que a finalidade da indenizao consiste, justamente, em ressarcir a parte lesada, devendo o nobre julgador analisar as questes que envolvem os fatos, ao comportamento dos envolvidos, as condies econmicas e sociais de ambas as partes e repercusso dos fatos para se chegar a um valor justo ao caso concreto.Sendo assim que requer a ttulo de danos morais sofridos pelos autores, o valor equivalente a 20 salrios mnimos, ou seja, o valor de R$13.560,00 (Treze mil e quinhentos e sessenta reais).

II.III. DO DANO MATERIAL:Pelo que j fora exposto, observa-se que a culpa pelo evento danoso atribuda reclamada pela inobservncia de um dever que deveria conhecer e ter adotado o procedimento correto, sem causar dano algum aos consumidores.Est assegurado na Constituio Federal de 1988 o direito relativo reparao de danos materiais:

Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:

X - So inviolveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito indenizao por dano material ou moral decorrente de sua violao.Ademais, destaca-se que a responsabilidade do fornecedor nas relaes de prestao de servios, como j revelado no decorrer desta inicial, tambm regulada pelo diploma de Defesa do Consumidor, precisamente no caput de seu artigo 14, que versa:

Art. 14. O fornecedor de servios responde, independentemente da existncia de culpa, pela reparao dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos prestao dos servios, bem como por informaes insuficientes ou inadequadas sobre sua fruio e riscos.

Sobre a responsabilidade de reparar o dano causado a outrem, Luis Chacon diz que: o dever jurdico de reparar o dano proveniente da fora legal, da lei. Esse dever jurdico tem origem, historicamente, na idia de culpa, no respondere do direito romano, tornando possvel que a vtima de ato danoso culposo praticado por algum pudesse exigir desse a reparao dos prejuzos sofridos. Obviamente que se a reparao no for espontaneamente prtica ser possvel o exerccio do direito de crdito, reconhecido por sentena em processo de conhecimento, atravs da coao estatal que atingir o patrimnio do devedor causador dos danos. (CHACON, Luis Fernando Rabelo. So Paulo : Saraiva, 2009)Est evidente que a r causou danos aos autores, devendo, conforme a lei, repar-los. O dano material ficou evidenciado no fato de que os autores gastaram R$30,00 para a locomoo, que foi feito em TAXI, bem como R$340, que a diferena paga em passagens areas, uma vez que FORAM IMPEDIDOS DE COMPRAR COM A AVIANCA e tiveram que comprar em outra companhia, por um preo mais elevado. (PASSAGENS TAM R$2.264,24 / PASSAGENS GOL R$1.924,24)Salienta-se ainda Excelncia que apesar do cancelamento ter sido solicitado, ainda assim fora descontado o valor de R$384,84 (TREZENTOS E OITENTA E QUATRO REAIS E OITENTA E QUATRO CENTAVOS) no carto da Sra. Francisca Araujo, referente a 1 parcela da compra das passagens. Ora, como pode a empresa reclamada impedir o embarque dos autores alegando existir falta de documentao na compra, mas j realizar o desconto da primeira parcela de forma natural?!?! OU SEJA, MAIS UMA VEZ RESTA DEMONSTRADO QUE O INTERESSE DA RECLAMDA APENAS LUCRAR E NO ATENDER DE FORMA CORRETA SEUS CLIENTES!!!

Consta informar, Excelncia, que at o presente momento no houve nenhum posicionamento da empresa r quanto devoluo dos valores j descontados.

Observa-se ainda que a jurisprudncia a seguir se encaixa perfeitamente no caso em tela:

TRANSPORTE AREO. Responsabilidade civil do transportador por descumprimento de suas obrigaes contratuais. Passageiro impedido de embarcar. Devidos danos materiais consubstanciados no pagamento de passagem area em outra companhia. Reconhecimento de danos morais em razo do transtorno causado, que no foi pior, por ato do consumidor. Recurso provido. (Recurso Cvel N 71000508473, Terceira Turma Recursal Cvel, Turmas Recursais, Relator: Maria Jos Schmitt Sant Anna, Julgado em 11/05/2004) (TJ-RS - Recurso Cvel: 71000508473 RS , Relator: Maria Jos Schmitt Sant Anna, Data de Julgamento: 11/05/2004, Terceira Turma Recursal Cvel, Data de Publicao: Dirio da Justia do dia)

Neste sentido o CDC disciplina em seu art. 42, pargrafo nico que:Art. 42 [...]

Pargrafo nico. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito repetio do indbito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correo monetria e juros legais, salvo hiptese de engano justificado.

Sendo assim, os consumidores tero direito ao dobro do valor pago indevidamente, ou seja, a quantia de R$769,68. BEM COMO DEVER TAMBM RECEBER EM DOBRO, POSSVEIS VALORES DESCONTADOS PELA RECLAMADA REFERENTE S PASSAGENS AREAS!!!Portanto, a AVIANCA deve responder pela lisura em suas cobranas, tomando para tanto, todas as medidas cabveis para evitar prejuzos ao consumidor. notria a falha de procedimento da empresa ao cobrar dvida inexistente, devendo, portanto, assumir pelos danos decorridos e, ainda, ser a rigor penalizada a fim de no reincidir sobre os mesmos erros com outros clientes.Como nos ensina o jurista Slvio de Salvo Venosa: o dano emergente, aquele que mais se reala primeira vista, o chamado dano positivo, traduz uma diminuio de patrimnio, uma perda por parte da vtima: aquilo que efetivamente perdeu. Geralmente, na prtica, o dano mais facilmente avaliado, porque depende exclusivamente de dados concretos, em um abalroamento de veculo, por exemplo, o valor do dano emergente o custo para repor a coisa no estado anterior. (Direito Civil, 4.ed., So Paulo: Atlas, 2004)Observa-se ainda que no havia nenhuma fato extraordinrio e imprevisvel que pudesse resultar neste total despreparo do prepostos da reclamada em tratar o caso em questo. Salienta-se que a compra foi realizada no dia 05 de Agosto de 2013 e a reclamada somente entrou em contato no dia 08 de Agosto, depois deste contato se manteve INERTE, APENAS SE MANIFESTANDO QUANDO PROVOCADA PELOS AUTORES!!! Ou seja, mais uma vez demonstrando a falta de interesse em resolver os problemas de forma menos gravosa.Neste sentido requer ento que seja indenizado aos consumidores, a titulo de reparao por dano patrimonial sofrido, o valor de R$1.139,68, referente ao gasto com deslocamento, pela diferena das passagens areas e com devoluo em dobro do valor pago indevidamente.

III. DA INVERSO DO NUS DA PROVAEm regra, o nus da prova incumbe a quem alega o fato gerador do direito mencionado. O Cdigo de Defesa do Consumidor, representando uma atualizao do direito vigente e procurando amenizar a diferena de foras existentes entre plos processuais onde se tem num ponto, o consumidor, como figura vulnervel e noutro, o fornecedor, como detentor dos meios de prova que so muitas vezes buscados pelo primeiro, e s quais este no possui acesso, adotou teoria moderna onde se admite a inverso do nus da prova justamente em face desta problemtica.

Havendo uma relao onde est caracterizada a vulnerabilidade entre as partes, como de fato h, este deve ser agraciado com as normas atinentes na Lei no. 8.078-90, principalmente no que tange aos direitos bsicos do consumidor, e a letra da Lei clara.

Desta forma, dever este Douto juzo declarar a inverso do nus da prova do que entender necessrio par ao julgamento eficiente e justo.

IV. DO PEDIDOPosto isso, requer a Vossa Excelncia:

a) A citao da r, no endereo inicialmente referido, para comparecer na audincia de instruo e julgamento a ser designada, e, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia e confisso quanto matria de fato;

b) Seja julgada totalmente procedente a presente ao para condenar a empresa reclamada a pagar aos autores o montante a ttulo de danos materiais no valor de R$1.139,68, bem como danos morais no valor de R$ 13.560,00 (equivalente a 20 salrios mnimos), por agir em descompasso com o princpio da boa f objetiva e ter propiciado transtornos, dissabores, constrangimentos e humilhaes aos autores pela negao de embarque dos mesmos, bem como impedirem que fosse realizada nova compra em seus nomes;

c) Requer ainda, a condenao da R, ao pagamento dos honorrios advocatcios, fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor atualizado da causa, nos termos do art. 55 da Lei 9.099/95.d) Os benefcios da justia gratuita, previsto na Lei 1.060/50, por serem os autores pessoas pobres na acepo jurdica do termo, no podendo arcar com as despesas processuais sem que cause prejuzos para suas sobrevivncias.

e) A inverso do nus da prova por se tratar de relao de consumo, nos moldes do Art. 6, VIII, do CDC;

DAS PROVAS

Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, depoimentos de testemunhas, bem como novas provas, documentais e outras, que eventualmente venham a surgir.

DO VALOR DA CAUSA

D-se causa o valor de R$ 15.000.

N. Termos

P. Deferimento

Fortaleza, __ de Novembro de 2013

FRANCISCO JOS RAMOS JUNIOR

Advogado OAB-Ce. n 28.344FRANCISCO JOS RAMOS

Advogado OAB-Ce. n 4452Rua Francisco Paracampos, 84 Agua Fria - CEP: 60822-255 - Fortaleza - CE

Fone/Fax: (85) 3261.0325 - [email protected]

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