a tardinha - direito dos animais

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Jornal A Tarde: suplemento infantil A Tardinha publicado em 03/05/2014

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Page 1: A Tardinha - Direito dos animais

SALVADOR, SÁBADO,3 DE MAIO DE 2014

Super-heróidos humanosAntes de alguns produtos chegarem até suacasa, eles são testados em animais. Muitosbichinhos ajudam a proteger a raça humana

DARLAN CAIRES

O prêmio é nosso! O Brasilé número um emdiversidade biológica.Segundo dados do InstitutoBrasileiro de Geografia eEstatística (IBGE), temosmetade de todas asespécies vivas do planeta.Nada mau! E, bem, é adiversidade da coloridafauna brasileira que vocêvai encontrar ao assistir Rio2, que está passando noscinemas.

Desta vez, além dereencontrar seu habitat naFloresta Amazônica, ospássaros azuis têm amissão de combater oshumanos. Mas só no filmeisso é possível. É que, na

vida real, os animais nãosão capazes de falar nemde se posicionar. E, porisso, o homem se aproveitapara usar a vida dos bichosa seu favor.

Sabe aquele batom damamãe e o remédio dafarmácia de casa? Então,antes de o produto chegaraté você, ele passa portestes. Isso é necessáriopara proteger os humanosde substâncias que fazemmal ao organismo. O queperturba é que muitostestes são feitos comanimais. E isso incomodamuita gente. Afinal, elestambém são seres vivos etêm seus direitos. Não

merecem sofrer.Mas, se os bichos não

podem se posicionar, háquem faça isso por eles.Algumas organizações lutamem defesa dos animais. OPeta (em português, Pessoaspelo Tratamento Ético de

Lados diferentes da mesma históriaSegundo Guilherme Reis,secretário-executivo da SociedadeVegetariana Brasileira, toda equalquer forma de exploração deanimais não é correta. Apesar denão existir uma lei que reconheça, osanimais têm direitos. “Isso aconteceporque a raça humana se colocaacima dos animais. É um sistema dedominação”, explicou.

No entanto, Silvana Gorniak,veterinária e professora da USP, disseque essa é a única saída para testar

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Mudanças à vistaA Agência Nacional deVigilância Sanitária(Anvisa), instituição queregistra e checa aqualidade dos produtos,reconhece que, mesmodiante a evolução daciência, os testes emanimais ainda são

necessários. No entanto, aagência caminha paraaprovar outros métodosque não envolvamanimais, dando apoio àcriação do Centro Brasileirode Validação e MétodosAlternativos. A intenção époupar os animais.

Animais) é um deles. Ele éum dos maiores do mundo,com dois milhões demembros. Até celebridadescomo Miley Cyrus e SelenaGomez já deramdepoimentos para o Peta.

Mas isso não é só coisade gringo. No Brasil, otema também écomentado. Em outubro doano passado, um grupo deativistas roubou 178 cãesda raça beagle de uminstituto que testavaprodutos nos animais. Aintenção era não deixareles passarem por testesde laboratório. Econseguiram.

QUEM DEU AS INFORMAÇÕES IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),professora e representante do conselho de medicina veterinária Silvana Gorniak,secretário-executivo da Sociedade Vegetariana Brasileira Guilherme Carvalho e Peta(People for the Ethical Treatment of Animals)

produtos. “Sem esses testes, osprodutos não chegam ao mercado.Qual a solução?”, questionou.

Como veterinária, Suzana disse quepreservar a vida humana é a suaprioridade. “Além disso, nos testes, osbichinhos não podem passar por dorou tortura”, explicou. Mas há um ladotriste nessa história. A maioria dosanimais é levada à morte após ostestes. Está na lei, e quem controlaisso é a Comissão de Ética de Uso deExperimentação Animal (Ceua).