a tardinha - qual é a escola ideal?
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Jornal A Tarde: suplemento infantil A Tardinha publicado em 15/03/2014TRANSCRIPT
SALVADOR, SÁBADO,15 DE MARÇO DE 2014 4e5
O desafio daescola é mudartodo o tempo
Se você pensa que vai paraa sala de aula só para sabero conteúdo das matérias,está enganado. Essa não émais a função principal daescola. Criar novos desenhosou escrever uma históriajunto com o amigo tambémfazem parte do aprendizado.
Os educadores perceberamque dá para aprenderhistória assistindo a umdesenho animado, porexemplo. Assim, a aula nãofica aquela chatice na qual oprofessor fala e o aluno sóescuta.
Hoje é muito mais fácilchegar à sala de aulaconhecendo os animais maisexóticos do mundo ouentendendo como funcionao processo de evaporação dogelo. Os professoresmostram por onde ir nestemundo cheio de informação.
As escolas estão sempremudando, mas nem todasfuncionam assim. Atendência é que o estudantetenha a chance de dizercomo quer aprender. E oprofessor tem que sepreparar para isso.
Cada um aprende de umjeito. Tudo bem se o colegaconseguiu entender oassunto mais rápido. Cadapessoa tem o seu tempo deassimilar as coisas. O desafiodas escolas também é esse:desenvolver a capacidade decada um ao mesmo tempoem que ensina o grupo.
Escola Poli Aprender“Depois que vi minha irmã estudar
robótica, resolvi colocar essa matéria na
minha escola, para saber montar
robôs. Nas aulas de informática, dá
para entrar no Facebook, ouvir
música e entrar no site de jogos
friv. Todos aprendem a dançar
aqui. Os artistas mais tocados
são Anitta, Rebelde (o
brasileiro), Kelly Key e Psirico.
O recreio tem duas horas, e
durante esse tempo dá para
aproveitar a sala de jogos, as
quadras e o parque com a
escorregadeira gigante.”
POLIANNA SANTANA OLIVEIRA,
10, da Escola Municipal Luís Anselmo
Escola Olimpo“Olimpo significa céu. Fica longe da
casa dos alunos, mas é perto do mar.
Além de português, matemática,
geografia, inglês e educação física,
temos três matérias especiais:
robótica para fazer vários robôs,
informática e astrologia para
entender a mitologia grega. Na
matéria ‘mito dos países’, assistimos
ao desenho Cavaleiros do Zodíaco. Há
um espaço para jogar fliperama e
para aprender a tocar lira,
instrumento que parece uma harpa.”
KAUÊ DE ARAGÃO ROMERO, 9, da Escola Bom Pastor
Escola ClaraA escola imaginadaNo Dia da Escola, quatro estudantes inventam o lugar onde gostariam de ensinar e também de aprender
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DARLAN CAIRES
É na escola que a gente ganha
conhecimento e descobre o mundo.
Mas cada escola tem seus limites, e,
às vezes, dá vontade de mudá-los. E se
pudéssemos criar um lugar onde quem
desse as regras fôssemos nós?
“Minha escola tem bastante cor. E
tudo é colorido porque lá é um
lugar feliz. A porta é vermelha e no
portão tem várias fitas do Senhor
do Bonfim. Cada fita tem várias
cores, como um arco-íris, e elas
são feitas de seda. A
escola ensina a tocar
instrumentos musicais
porque isso desenvolve
a coordenação motora
e a gente aprende a
cultura do lugar onde vive. Mas,
para tocar, precisa saber matemática.
Então, mesmo eu não gostando
muito, tem que estudar os números
também. O recreio tem duração de
40 minutos. O uso de farda não
existe. Pode ir com a roupa que
quiser, até de pijama. Farda fica
parecendo que todos são iguais,
quando na verdade não são.”
CLARA ARAÚJO E SOUZA, 10,
da Escola Casa Via Magia
Mila Cordeiro / Ag. A TARDE
Fotos Fernando Vivas / Ag. A TARDE
Escola Altodas Pedrinhas“Além de português, essa escola
ensina francês. Os alunos também
estudam samba e aprendem a
cantar. O bullying é muito
violento, por isso implantei a regra
de que todos devem fazer o bem.
O portão tem segurança, mas
qualquer um pode entrar para
aprender. Tem lugar para
deficientes físicos, aulas de beat
boxe e hip hop e sobre animais
que quase ninguém conhece.”
TIAGO MESSIAS SANTOS NASCIMENTO, 9, DA
ESCOLA MUNICIPAL LUÍS ANSELMO