a palavra do padre -...

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al r d a o t C s a o P m - u M n O i c C a ç S ã A o P al r d a o t C s a o P m - u M n O i c C a ç S ã A o P al r d a o t C s a o P m - u M n O i c C a ç S ã A o P P a C r ó R q - u a t i a s i t S a ã o B J o o ã P a C r ó R q - u a t i a s i t S a ã o B J o o ã P a C r ó R q - u a t i a s i t S a ã o B J o o ã COMUNIDADE EM AÇÃO Revista da Paróquia São João Batista - Rio Claro-SP Diocese de Piracicaba Setembro 2018 - Edição nº 136- Ano XIII deixa a luz do Céu entrar deixa a luz Céu do entrar Setembro Mês da Bíblia 15 de setembro de 2018 a 2019 Ano Jubilar da Diocese

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al r daot Csa oP m-

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•Pa Cró R q - u atia si tS aão B J ooã

Pa Cró R q - u atia si tS aão B J ooã

Pa Cró R q - u atia si tS aão B J ooã

CO M U N I D A D E E M A Ç Ã O

Revista da Paróquia São João Batista - Rio Claro-SPDiocese de Piracicaba Setembro 2018 - Edição nº 136- Ano XIII

deixa a luz do Céuentrar

deixa a luz Céudo

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Mês da Bíblia

15 de setembro de 2018 a 2019

Ano Jubilar da Diocese

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ACONTECEU NA PARÓQUIA EDITORIAL

Terça a Sexta-feira:

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NATUREZA - SAÚDE E VIDA

tosse é um reflexo natural do corpo para eliminar uma A irritação pulmonar e um sintoma que pode ser causado por gripe e resfriado, inflamação na garganta ou alergias.O xarope caseiro de mel, com limão e própolis é ótimo para hidratar e aliviar a irritação na garganta, reduzindo a tosse.Ingredientes:

8 colheres de sopa de mel;8 gotas de extrato de própolis;Suco de 1 limão médio.

Num frasco, adicione o mel, o suco do limão e as gotas de extrato de própolis. Tomar 3 a 4 vezes por dia ou sempre que sentir a garganta seca, até os sintomas desaparecerem.

Tosse seca

A semana foi encerrada no dia 19, na Matriz, com a missa às 19 horas.

etembro, desde 1971, é o S mês dedicado à Bíblia, como nos lembra o padre Antônio, abrindo a presente edição. Desde 1947, o Dia da Bíblia é o último domingo de setembro, mês em que se co-memora a memória de São Je-rônimo. Neste ano, o domingo cai exatamente no dia 30 de se-tembro, dia de sua morte em Belém, na Palestina, em 420, aos 73 anos.

É uma oportunidade de ava-liarmos a importância deste li-vro em nossas vidas, pois co-mo se lê na Carta aos Hebreus: “A Palavra de Deus é viva, efi-caz e mais penetrante do que qualquer espada de dois gu-mes; ela penetra até o ponto onde a alma e o espírito se en-contram, e até onde as juntas e medulas se tocam; ela sonda os sentimentos e pensamen-tos mais íntimos”.

É a ferramenta básica dos catequistas e poderia muito bem ser em nossa vida.

Que, pelo menos neste mês, reservemos um pouco de nosso tempo para a leitura e meditação de trechos das Escrituras, se possível em gru-po, o que aumenta em muito o aproveitamento.

Feliz mês da Bíblia a todos.

Equipe da Pastoral da Comunicação

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A PALAVRA DO PADRE

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mês de setembro é o mês da Bí-O blia, escolhido pela Igreja por-que no dia 30 de setembro é o

dia de São Jerônimo (ele nasceu em 340 e fa-leceu em 420 dC).

São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais he-braico e grego para o latim, que naquela épo-ca era a língua falada no mundo e usada na li-turgia da Igreja.

A Bíblia é hoje o único livro que está tra-duzido em praticamente todas as línguas do mundo e que praticamente está em todas as cassas. Serve de alimento espiritual para a Igreja e para as pessoas e ajuda o povo de Deus em sua caminhada para construir um mundo melhor.

“Toda a escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, argumentar, corrigir, para educar conforme a justiça” (2Tm 3,16). Foi es-crita por pessoas chamadas e escolhidas por Deus e que foram inspiradas pelo Espírito San-to. Ela revela o projeto de Deus para o mundo, serve para que todos possamos crescer na fé e levar uma vida de acordo com o projeto de Deus. Por isso podemos afirmar que: A Bíblia é a grande “Carta de Amor” de Deus à Huma-nidade.

A Palavra de Deus nos revela o rosto de Deus e seu mistério. Ela é história de Deus que caminhou com o seu povo e do povo que caminhou com seu Deus. A Bíblia tem uma longa história, desde nossos pais e mães na fé (Abraão e Sara, Isaac e Rebeca, Jacó, Lia e Raquel) passando por Moisés, pelos Profetas até a vinda do Messias, e por fim a morte do último dos Doze Apóstolos quando então fora escrito o último livro da Bíblia (o Apoca-lipse, escrito no final do primeiro século).

A Palavra de Deus demorou em torno de dois mil anos para ser escrita. Muitas pessoas fizeram parte dessa história: homens, mulhe-res, crianças, jovens e anciãos. Por isso dize-mos que a Bíblia é um livro feito em mutirão.

Passaram-se os tempos, os anos, mui-tas coisas mudaram, impérios cresceram, caí-ram, tantas ideias foram superadas, mas a Pa-lavra de Deus continua “viva e eficaz” (Hb 4,12), pois ela permanece para sempre (1Pd 1,25).

Embora o mundo busque outros cami-nhos, sempre existiram pessoas e comunida-des que foram fiéis, que buscaram nas Pala-vras Sagradas a fonte para sua inspiração, para continuar vivendo e realizando o proje-to de Deus.

Mais do que história, a Bíblia é porta-dora de uma mensagem. Ela é capaz de anun-ciar e denunciar. Ela denuncia as injustiças, os pecados, as situações desumanas de po-breza, exploração e exclusão em que vivem tantos irmãos e irmãs nossos. Foi isso que fize-ram os profetas e também Jesus Cristo em al-gumas ocasiões, pois toda situação de injus-tiça é pecado e contraria ao projeto de Deus. Mas a Bíblia é, sobretudo, um livro de anún-cio. Ela proclama a boa nova vinda de Deus: Ele nos ama e nos quer bem! Ele é o Deus que caminha conosco, que está ao nosso lado e nos dá força e coragem! Foi Deus que enviou ao mundo seu filho Jesus Cristo que veio nos trazer a boa notícia do Reino; veio nos trazer a Salvação, o perdão dos pecados. É através da fé em Jesus Cristo que nos tornamos Filhos e Filhas de Deus.

Amém!

Pe. Antonio Portilho Pároco

Setembro mês da Bíblia!

“Tua Palavra é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!” (Sl 119)

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UMA REFLEXÃO LITÚRGICA

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3522-9666

A Eucaristia

A palavra Eucaristia vem da língua grega e significa: agradecimento, ação de graças, reconhecimento. É a resposta

que brota espontânea do ser humano diante das manifestações de Deus na criação e na história humana. A Última Ceia.

Ao celebrar a Última Ceia com seus discí-pulos, Jesus tomou o pão e o vinho, rendeu gra-ças e disse que eles eram seu corpo e seu san-gue, oferecidos em favor do povo. Em seguida acrescentou: “Façam isso em Memória de Mim”.

Fazer memória da Páscoa de Cristo sig-nifica tornar presente o ato salvador de Jesus. Revivemos na fé o acontecimento da sua pai-xão, morte e ressurreição. Ao celebrar a Euca-ristia, não comemoramos algo perdido no pas-sado ou um fato que ficou apenas na lembran-ça, mas, proclamamos aqui e agora, a salvação de Deus aplicada à história presente e futura.

A Eucaristia é um fato passado (morte e ressurreição de Jesus), que se torna presente para nós, aqui e agora (celebração eucarística) e nos projeta para o futuro - o Reino de Deus não está concluído, mas vai se construindo até que todos cheguem à plena comunhão com Deus e com os irmãos. A instituição da Eucaristia.

Quando na Missa o sacerdote diz as pala-vras da Consagração, realiza-se o milagre da Eucaristia; o que era pão e vinho, agora sob essa aparência, está o Corpo e o Sangue de Cristo.

Jesus Cristo está presente na Eucaristia de modo único e incomparável. No Santíssimo Sacramento da Eucaristia estão “contidos ver-dadeiramente, realmente e substancialmente

o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo; está presente nela de modo sacramental, isto é, sob as espécies eucarísticas do pão e do vinho” (CIC 1374).

Jesus instituiu a Eucaristia para que pudéssemos tê-lo sempre junto de nós e por-que – tanto quanto nos é possível entender - movido por seu amor, Ele que de nada necessi-ta, não quis prescindir de nós. Por amor e para nos ensinar a amar, veio à terra e fica entre nós na Eucaristia.

A transubstanciação.Mediante a transubstanciação, isto é,

pela conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo, Ele se torna presente em tal sacramento. Santo Ambrósio diz a respeito desta conversão: “Estejamos bem persuadidos de que isto não é o que a natureza formou, mas o que a bênção consagrou, e que a força da bên-ção supera a da natureza, pois pela bênção a própria natureza é mudada” (CIC 1375).

A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura enquanto subsistirem as espécies eucarísticas. Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de modo que a fração do pão não divide o Cristo.

Conclusão.Na liturgia da missa, exprimimos nossa

fé na presença real de Cristo sob as espécies do pão e do vinho, entre outras coisas, dobrando os joelhos, ou inclinando-nos profundamente em sinal de adoração ao Senhor.

Além disso, “a Igreja católica professou e professa este culto de adoração que é devido ao sacramento da Eucaristia não somente durante a Missa, mas também fora da celebra-ção dela, conservando com o máximo cuidado as hóstias consagradas, apresentando-as aos fiéis para que solenemente as venerem, e levando-as em procissão” (CIC 1378).

O sacrário era no princípio destinado a guardar dignamente a Eucaristia para que pudesse ser levada, fora da missa, aos doentes e aos ausentes. Pelo aprofundamento da fé na presença real de Cristo em sua Eucaristia, a Igre-ja tomou consciência do sentido da adoração silenciosa do Senhor presente sob as espécies eucarísticas. É por isso que o sacrário deve ser colocado em um local particularmente digno da igreja; deve ser construído de tal forma que sublinhe e manifeste a verdade da presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento (CIC 1379).

A Eucaristia não é um símbolo nem um reflexo de Deus, é o próprio Deus.

Luiz Carlos Coletta(Pastoral da Comunicação)

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UMA COMUNIDADE UNIVERSAL

natureza escolhe um tempo favorá-Avel, que é a primavera, para florescer, gerar frutos e sementes, as quais nas-

cendo produzem novas plantas e o ciclo reco-meça....

É na esperança de um novo ciclo que, em outubro, novas escolhas serão feitas no país. Seguindo o exemplo da natureza, semear, mas escolhendo as sementes. Neste tempo favorá-vel, analisar, selecionar ideias que se implanta-rão, no vasto território nacional, melhor quali-dade de vida para os pequenos, justiça para os indefesos e espaços dignos àqueles que vivem à mercê da sorte.

É o momento de ler, recordar e comparar a narrativa de Mateus, a partir do encontro de Jesus com os pequeninos: ”quem escandaliza um desses pequeninos que acreditam em mim, melhor seria para ele pendurar uma pedra no pescoço...” (Mt 18,6). “... é inevitável que aconte-ça os escândalos...” (Mt 18,7).

Evitar aqueles que causam escândalos é compromisso do cristão atuante em sua comu-nidade. É, portanto, tempo de fazer a escolha certa. Não ter preguiça de escutar o que os can-didatos têm a oferecer, ler suas propostas, e principalmente, analisar a coerência da cami-nhada, suas lutas e realizações. Este é o preço da democracia. E, certamente, custará menos se as escolhas forem corretas.

Uma vez que a democracia é o regime, mais do que escolher o executivo (presidente, governadores e prefeitos), é necessário, é fun-damental garimpar aqueles que vão legislar (deputados e senadores), porque fica mais bara-to e menos traumático quando esses represen-tantes são honestos e evitam escândalos.

A democracia precisa de tempo para fazer transformações, entre elas, extirpar maus hábitos e descartar os maus exemplos. Do pon-to de vista da governança, na democracia os poderes têm que conversar, legislativo e execu-tivo governam juntos.

Segundo a opinião do cientista político, professor da UNESP e comentarista do Jornal da Cultura, Marco Aurélio Nogueira, “algumas transformações ocorrerão após as eleições; mas grandes mudanças como no fundo partidário ou no sistema eleitoral é mais difícil por causa do cor-porativismo, são os legisladores que compõem os partidos, eles criam as regras que fazem as transformações. Para mudar o modelo precisa mais tempo. A democracia brasileira é jovem. O sistema político eleitoral pede mudanças no modelo atual, para tanto necessita de um pacto muito grande, o qual começa nas bases. Não deveria ocorrer divisões (partidos novos), dessa forma, eles se protegem, e o pacto não acontece”.O país caminha para o exercício da cidadania

O Brasil não está parado no tempo, algu-mas regras funcionam quando se trata de me-lhorias, no que diz respeito aos direitos da mulher e à infância, por exemplo. Os avanços são processos complexos exigem investimento na educação e na cultura. Houve um avanço sig-nificativo na posição das mulheres principal-mente, no judiciário. Enquanto que, na ética e na cidadania há um bom caminho a percorrer, falta educação.

No Brasil, votar é um exercício de cidada-nia. Com esta atitude elegem-se os membros dos poderes constituídos. Cada um(a), deve ter cautela e critérios para escolher, mas colocar entusiasmo, ânimo e ter esperança, porque é assim que se aperfeiçoa a democracia.

Voto direto é treino para eleger homens e mulheres, que ouvindo os cidadãos, darão suporte aos seus pares e, sob a supervisão do judiciário construirão uma nação democrática. O ato de depositar o voto na urna, com cons-ciência, escolher livremente seus representan-tes pode alterar, favoravelmente, o sistema.

As transformações são criadas a partir das necessidades da sociedade civil. Os parti-dos políticos nascem, crescem e respiram nas bases desta sociedade. Cabe às lideranças fazer a oxigenação e fomentar ideias que represen-tem a sociedade. Então deveriam buscar sua oxigenação, sua renovação na própria socieda-de, para onde os impostos deveriam voltar na forma educação, cultura, lazer, cidadania.

As lideranças ou agentes devem criar pro-jetos, nos quais o Estado esteja presente, a ser-viço de todos, indistintamente. Para isso o diá-logo aberto com os pés na realidade, a arte de conversar com liberdade, é fundamental. Rede-finir os rumos da educação, encontrando cami-nhos e leis para se construir um país economi-camente justo, tolerante e acolhedor.

Jean-Jacques Rousseau registra em uma de suas obras: “A constituição do homem é obra da natureza; a do Estado é obra da arte de con-

1versar” .

Mironiudes Scaglia(Pastoral da Comunicação)

Escolhas e recomeço

1 Jean-Jacques Rousseau. Do Contrato Social. Ed. Martin Claret, 2006.

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O NASCIMENTO DA IGREJAO NASCIMENTO DA IGREJA

m mais uns poucos passos acom-E panhando a narração de Lucas nos Atos dos Apóstolos, encontra-

mos fatos que, com certeza, ocorreram bem antes do contexto que vimos vendo. Depara-mos com os quatro primeiros versículos do capí-tulo 12: “Nesse tempo, o rei Herodes começou a perseguir alguns membros da Igreja, e mandou matar à espada Tiago, irmão de João. Vendo que isso agradava aos judeus, decidiu prender também Pedro. Eram os dias da festa dos pães sem fermento. Depois de o prender, colocou-o na prisão e o confiou à guarda de quatro grupos de quatro soldados cada um”.

É momento propício para nos lembrar-mos de palavras de Jesus aos Doze: “Eis que eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos. Por-tanto, sejam prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mt 10,16; cf. Lc 10,3). “Tenham cuidado com os homens, por-que eles entregarão vocês aos tribunais e açoi-tarão vocês nas sinagogas deles. Vocês vão ser levados diante de governadores e reis, por minha causa, a fim de serem testemunhas para eles e para as nações (17-18) ... Vocês serão odia-dos de todos, por causa do meu nome (22a)... Quando perseguirem vocês numa cidade, fujam para outra” (Mt 10, 17-18.22-23)O “rei” Herodes

Detenhamo-nos um pouco nas primeiras palavras dos versículos que abrem este traba-lho: “Naquele tempo, o rei Herodes”.

A ligação do nome “Herodes” à história de Jesus e de sua Igreja traz a marca da malda-de. Eles são pelo menos cinco,, quatro são cita-dos na Bíblia. Conhecemos um primeiro, Hero-des Magno, “o louco”, que reinou de 37 a.C. ao ano 4 e tentou matar Jesus, quando menino. Deixou seu reino para três filhos, todos Herodes: Arquelau, Filipe e Antipas, o mais novo.

Acompanhando os evangelhos, vamos encontrar Herodes-Antipas, o tetrarca da Gali-leia e Pereia, do ano 4 a 39, um dos filhos do pri-meiro. Foi quem mandou degolar João Batista (Mt 14,10; Mc 6,16; Lc 9,9). Por fim temos este outro Herodes, neto de Herodes Magno, deno-minado Herodes Agripa, que mandou sacrificar a Tiago e prender a Pedro, a quem daria a mesma morte.

As perseguiçõesPerseguição aos cristãos é o nome dado

aos maus tratos físicos ou psicológicos, incluin-do agressões e assassínios exercidos por não-cristãos sobre cristãos, motivados os primeiros pela diferente identidade e manifestação reli-giosas e étnicas dos segundos.

Estas perseguições foram levadas a cabo na Antiguidade não somente pelos judeus, de cuja religião o cristianismo era visto como uma ramificação, mas também pelos imperadores do Império Romano, que controlava grande parte das terras por onde os recém-convertidos se distribuíam. Tal perseguição pelos impera-dores teve fim com a legalização da religião cris-tã por Constantino I, no início do século IV.

Nos últimos séculos, os cristãos foram perseguidos por outros grupos religiosos, inclu-indo muçulmanos e hindus, e por todos os esta-dos ateus antirreligiosos comunistas como a União Soviética e República Popular da China. E ainda hoje, na Arábia Saudita, Afeganistão, Uzbequistão, Maldivas, Sudão, Paquistão, Somália, Irão e Eritreia, bem como na Coreia do Norte e em Cuba.Indicadas nas escrituras

De acordo com o Novo Testamento, a cru-cificação de Jesus foi decretada por autoridades romanas e executada por seus soldados. Há tam-bém o registro de que Paulo, em suas viagens missionárias, foi várias vezes preso por autorida-des romanas. O texto do Novo Testamento não relata o que aconteceu com Paulo, mas a tradi-ção cristã afirma ter sido ele decapitado em Roma, sob o Imperador Nero no ano de 54.

Os cristãos primitivos sofreram perse-guição nas mãos das lideranças judaicas de seu tempo, começando pelo próprio Jesus Cristo. Os primeiros cristãos nasceram e se desenvol-veram sob o judaísmo, na medida em que o cris-tianismo era tido como uma seita. Era judeus perseguindo judeus.

A perseguição aos seguidores de Jesus continuou após a sua morte. O primeiro mártir do cristianismo foi Estêvão (Atos 7). Os apósto-los Pedro e João foram presos por lideranças judaicas. Em outra ocasião, todos os apóstolos foram presos pelo sumo-sacerdote e outros saduceus (At 5,18)

Sob o Império Romano �O primeiro caso documentado de perse-

guição aos cristãos pelo Império Romano dire-ciona-se a Nero. Em 64, houve o grande incên-dio de Roma, destruindo grandes partes da cida-de e devastando economicamente a população romana. Ao associar os cristãos ao terrível incêndio, Nero exacerbou as hostilidades já exis-tentes contra eles por todo o Império Romano. Os cristãos eram crucificados, sendo ao fim do dia queimados para servirem de luz, ou devora-dos por leões e outras feras selvagens.

Em meados do século II, Marco Aurélio e depois Septímio Severo ordenaram a grande perseguição em Lyon e no Ponto, no sudeste do Mar Negro. A primeira perseguição que envol-veu todo o território imperial aconteceu sob o governo de Maximino, quando o clero era o visa-do. Sob Décio a perseguição foi generalizada e o número de mártires não podia ser contado.

O clímax da perseguição se deu sob o governo de Diocleciano e Galério, no final do século terceiro e início do quarto. No início do quarto século em 310 o imperador Geta mandou perseguir os cristãos, torturá-los e puni-los com morte. A perseguição continuou até que Constantino I chegasse ao poder e, em 313, legalizasse a religião cristã por meio do Édito de Milão, iniciando-se a Paz na Igreja. Entretanto, foi somente com Teodósio I, no final do século quarto, que o cristianismo se tornaria a religião oficial do Império.

Otávio Guedes de Camargo Neto(Pastoral da Comunicação)

Perseguições aos primeiros cristãos

� Dados extraídos de Perseguição aos cristãos, in: https://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_crist%C3%A3os.

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FALANDO DE SAÚDE

Av. 1, 584 (Esq. R. 7) - Centro - Rio Claro-SP

HOTEL

O cálcio e a vitamina D são nutrientes essenciais para a aquisição e manu-

tenção da massa óssea e metabo-lismo.

A formação dos ossos é mais intensa na infância (principalmente nos 2 primeiros anos de vida) e durante a adolescência.

Também chamada calciferol, a vitamina D promove a absorção do cálcio pelo organismo. E 90% da vitamina D que precisamos vem da exposição ao sol.

A ingestão adequada desses nutrientes é fundamental na pre-venção de distúrbios como raqui-tismo, osteopenia e osteoporose. Além disso, a vitamina D está rela-cionada à imunidade, ao bom fun-cionamento do coração, do cére-bro e da secreção de insulina pelo pâncreas.

Quando nosso organismo está deficiente em vitamina D, a absorção de cálcio pelo intestino também diminui, o que acarretará a retirada de cálcio dos ossos tornan-do-os mais frágeis e suscetíveis a fraturas e lesões (desmineraliza-ção óssea).

Nos idosos, há mais um fator que prejudica a incorporação da vitamina D: o espessamento da pele pelo envelhecimento prejudi-ca a absorção cutânea dessa vita-mina pela exposição à luz solar. Estudos recentes na Dinamarca

demonstraram que idosos que tomam suplementos de cálcio e vitamina D podem ter uma expec-tativa de vida maior do que aqueles que não ingerem quantidades sufi-cientes dos nutrientes.

Outros fatores de risco para quedas na vitamina D são: tabagis-mo, alcoolismo, alterações de peso (desnutrição e obesidade), alergia ao leite, fibrose cística, doenças do fígado, uso de corticoi-des, dietas restritivas sem acom-panhamento médico e nutricional.

Saúde dos ossosA saúde dos ossos pode ser

avaliada por exames laboratoriais como dosagem da vitamina D séri-ca, cálcio, fósforo, paratormônio; e por exames de imagem (densito-metria óssea).

A densitometria óssea detecta áreas com maior fragilidade e loca-liza as regiões mais acometidas do esqueleto, e sua radiação emitida é cerca de 10 a 100 vezes inferior à radiação emitida por uma radiogra-fia simples.

A prevenção da osteoporose e osteopenia pode ser alcançada através de uma dieta adequada e balanceada em cálcio e vitamina D, exposição solar apropriada e segura, atividade física regular e suplementação desses nutrientes para alcançar níveis satisfatórios no organismo.

Os casos de deficiência D devem ser suplementados, princi-palmente em crianças, idosos, ges-tantes e portadores de déficits nutricionais.

Anote aí o que incluir na sua dieta:·Fontes de vitamina D: peixes (sal-mão, sardinha, atum), ovo (ge-ma), fígado.

·Fontes de cálcio: leite e deriva-dos, castanha do pará, feijões, grão de bico, rabanete, nabo, agrião, couve, salsa, brócolis.

Curiosidade

Você sabia que dia 16 de outu-bro é o Dia Mundial da Alimenta-ção? A comemoração teve início em 1981 e é celebrada em mais de 150 países. O intuito é conscienti-zar a opinião pública sobre a impor-tância da nutrição e da alimenta-ção. Essa data foi assinada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.

Dra. Priscila Nalin Sauretti

A importância do cálcio e da vitamina D na saúde

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REFLETINDO SOBRE AS ELEIÇÕES

Rua 9, 558 - Tel: (19) 2112-2320

Sua voz quer ser falada por quem?Convite à reflexão sobre as eleições, a palavra e o direito de voz

Estamos em um período do ano no qual as atenções se voltam para o que há de mais relevante em nossa vida política: as elei-ções presidenciais. Junto a este processo mais que importante, fundamental à garantia de nossa liberdade de expressão e de direitos como cidadãos brasileiros, comemoramos ain-da o mês da Bíblia, ou seja, o mês da palavra. E, como ponto de união entre estas duas celebra-ções, temos ainda o dia das organizações popu-lares, comemorado no Brasil a 3 de setembro. O que você acha: teriam estas três comemora-ções alguma relação entre si? Como você ima-gina que elas possam conversar? Convido você a refletirmos sobre o significado político e filo-sófico a que essas celebrações nos chamam: o do direito à voz!

Na língua latina a palavra vox origi-nou várias outras palavras em diversos idio-mas. No idioma francês, por exemplo, vox (tra-duzido como voix) tem duplo significado: o de voz, a expressão dos sons humanos e o de voto, o ato político que sintetiza a opinião - a voz - de um cidadão. Já em nossa língua, vox deu origem ao termo voz apenas, retirando o significado político do termo, que ficou a car-go da palavra voto. Podemos dizer que os fran-ceses têm no seu voto político, no ato de ele-ger um representante, a expressão mais origi-nal da sua voz, enquanto nós, brasileiros, temos a voz apenas como um modo de nos comunicarmos mais facilmente.

Fomos tão cruéis com nossa língua que excluímos até o pronome vós do nosso vocabu-lário. Já parou para pensar que esse pronome

tem o mesmo som que a palavra voz? E que, por se referir a segunda pessoa do plural, vós tem uma força muito maior que tu ou você sozi-nho? Pois é. Não só em nossa língua, mas tam-bém em nossas ações do dia a dia excluímos o nosso direito e o do outro à voz, e regredimos no exercício de poder que temos como cida-dãos. Numa sociedade na qual ter a palavra é ter o poder, isso significa estar o tempo todo à mercê daqueles que falam por nós.

Sua voz quer ser falada por quem?Tanto as eleições, quanto as comemo-

rações em torno da palavra de Deus e as orga-nizações populares que se unem em defesa de algo significativo a que nos referimos no início do artigo são situações que vêm para nos lem-brar desse poder que todos temos e, principal-mente, do uso mais adequado que dele preci-samos fazer. O momento histórico e político que vivemos pede que tenhamos muita caute-la na hora de agir com esse poder que nos é dado por meio do voto: a quem queremos ter como representantes de nossa voz? Um poder que pode transformar a realidade de milhões de pessoas brasileiras que representam a reali-

dade das injustiças sociais e a desigualdade no acesso aos bens culturais e econômicos ou àqueles que aspiram ao poder pelo simples desejo de mais e mais, por uma palavra – uma voz - disfarçada de ordem e progresso? Lembre-se: sua voz será falada por aqueles aos quais você dá a sua atenção!Sua voz quer ser ouvida por quem?

O momento pede que juntemos nos-sas vozes, juntando nossos votos, criando as nossas próprias palavras, para que criemos uma oração forte, um hino que represente a todos, ou que, ao menos, não silencie a voz daqueles que mais clamam por direitos e pos-sibilidades mínimos, e que são muitos! Já parou para pensar que você também é uma dessas vozes? Façamos uso dessa palavra e reflitamos a respeito deste tempo de extrema importância em nossa vida como cidadãos bra-sileiros. Não se esqueça: sua voz será ouvida por aqueles de quem você fala!

Ao longo deste mês que chega e nos convida à reflexão e à escolha de nossos repre-sentantes na esfera política, pense sobre a seguinte igualdade: vox = voz = voto = vós e lembre-se sempre que a sua voz, unida às outras vozes representa aquele vós, que tei-mamos em excluir de nossa vida diária.

Boa reflexão!

Filipe Rafael Gracioli(Pastoral da Comunicação)

(E-mail: [email protected])

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UM POUCO MAIS DE HISTÓRIA

ais um 7 de setembro ... Feriado M para descanso de alguns e opor-tunidade para manifestações

de outros.Pretendemos aqui abordar aspectos rela-

tivos à Independência que, acreditamos, não são tão explorados pelos nossos tradicionais li-vros de história.O que ia por Portugal

Percebe-se, ao evocar a história contada de Portugal, a produção de imagens de uma ter-ra muito poderosa trazendo indícios de um pas-sado com maneiras particulares de ver o mun-do. Vamos a alguns fatos. Lembremo-nos que em julho e outubro de 1807, a França assinou acordos com a Rússia e a Espanha. Espanha e França acordaram em conquistar Portugal divi-dindo-o entre si.

A proposta feita havia alguns anos se con-cretizou. A saída era levar toda a nobreza por-tuguesa e seus pertences ao Brasil. Sob a guar-da dos ingleses, 15 embarcações partem de Por-tugal. Após uns 70 dias de viagem, três que tra-ziam a comitiva real, chegaram a Salvador: é 24 de janeiro de 1808. As demais seguiram para o Rio de Janeiro, conforme o plano inicial, e para onde D. João foi, chegando a 8 de março.O que ia pelo Brasil

A estada de D. João no Brasil foi muito be-néfica. O seu primeiro decreto, de 28 de janeiro, foi a abertura dos portos, fechado pelos france-ses que ocupavam Portugal. Tal fato favoreceu em muito os setores da economia brasileira. Os produtos da agricultura brasileira: cana, usada para a fabricação do açúcar e aguardente ou ca-chaça, café, algodão, fumo e arroz eram expor-tados. Na pecuária houve aumento do consu-mo da carne de sol e do charque, e exportava-se o couro. A partir das máquinas de beneficia-

mento, o arroz começou a se destacar entre os produtos agrícolas exportados. Também quan-to ao café, nas listas de exportação ficou junto ao fumo. O Príncipe-regente, forneceu mudas de cafeeiro a proprietários de sesmarias e fo-mentou o seu cultivo.

A partir de 17 de dezembro de 1812, se fundiu o ferro no Brasil, de maneira a substituir os métodos grosseiros datados do século XVI. Seguiram-se em 1814, a fabricação de ferro gusa no Pilar e a Fábrica de São João de Ipane-ma – Sorocaba, em 1818�.

A 16 de dezembro de 1815, dom João VI assinou a Carta de Lei elevando “o Brasil à cate-goria e graduação de Reino, unido aos de Por-tugal e Algarves, de maneira a formarem um só corpo político"�. Entretanto, novos aconteci-mentos surgiram e em 1820 eclodiu uma revo-lução liberal em Portugal que forçou a família real a retornar a Lisboa, em 1821. Não era acon-selhável a permanência de D. João, apesar de ter agradado muito aos brasileiros.A independência

D. João deixa, o seu filho, D. Pedro de Alcântara de Bragança, como Príncipe Regente do Brasil. Mas no ano seguinte, Portugal exige a volta de D. Pedro, que não obedece, orientado principalmente por José Bonifácio de Andrada e Silva, brasileiro, nascido em Santos. Em 1922, a pressão de Portugal sobre o Reino do Brasil, e cartas de lá recebidas dando conta que a pro-posta era fazer do Brasil novamente uma colô-nia, levam à declaração da independência como o sabemos.

Cria-se no mesmo ano o “Exército Brasi-leiro”, a partir do alistamento de civis, merce-nários e portugueses das tropas coloniais por-tuguesas dissidentes.

Finalmente, em 29 de agosto de 1825, re-conhecida a independência do Brasil, foi assi-nado o Tratado de Amizade e Aliança entre Bra-sil e Portugal. Alguns personagens menos conhecidos

-Joaquim Gonçalves Ledo: político brasi-leiro que buscava não apenas a Independên-cia, mas a democratização da sociedade brasi-leira, foi um dos autores do abaixo-assinado pe-dindo a D. Pedro, que não voltasse a Portugal. Propondo uma Assembleia Constituinte visava a criação de um Poder Legislativo para o Reino. Conseguiu a Assembleia, mas foi vencido em seu ideal pelo partido de José Bonifácio.

- Guilhermina da Silveira: poetisa, ativista política e inconfidente brasileira.

- Casal, Bárbara Heliodora e Alvarenga Pei-xoto. Bárbara foi aclamada “Heroína da Incon-fidência” . Alvarenga, advogado e poeta, lutou pela Inconfidência.

- Joana Angélica de Jesus - a “Mártir da Independência Brasileira”: religiosa baiana pertencente à Ordem das Reformadas de Nos-sa Senhora da Conceição.

Buscamos informações que falassem um pouco mais sobre a Independência do Brasil de personagens que fizeram a história do Brasil na Independência.

E, como logo mais e 2018, tenhamos cer-teza: não é uma só pessoa que faz a história.

Marilena A. Jorge Guedes de Camargo(Pastoral da Comunicação)

Sobre a Independência do Brasil

1Helio Vianna, História do Brasil. Volume II, 4ª edição, São Paulo: Melhoramentos, 1966,

�Ibid. p. 189.

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OUVINDO A JUVENTUDE

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termo “sínodo” vem de duas pa-O lavras gregas: “syn”, que significa “juntos”, e “hodos”, que significa “es-

trada ou caminho”. Assim, Sínodo dos Bispos é a reunião de bispos da Igreja com o Papa para dis-cutir um assunto em especial, auxiliando-o no governo da Igreja. Foi instituído pelo papa Pau-lo VI, logo após o Concílio Vaticano II, em 15 de setembro de 1965, e já ocorreu 25 vezes. Um ano antes, definiu-o como “uma instituição eclesiástica, que nós, interrogando os sinais dos tempos, e ainda mais procurando interpre-tar em profundidade os desígnios divinos e a constituição da Igreja Católica, estabelecemos, ... para favorecer a união e a colaboração dos bispos de todo o mundo com essa Sé Apostóli-ca, através de um estudo comum das condições da Igreja e a solução concorde das questões re-lativas à sua missão”.

Cada sínodo tem um tema, escolhido pelo Papa. Comunicado a todos os bispos da Igreja, cerca de 5.200, destes 434 no Brasil, pe-de-lhes pareceres e sugestões. Estes são envi-ados ao Conselho da Secretaria Geral do Síno-do dos Bispos, a quem cabe produzir um docu-mento preparatório, a partir do qual o Papa, elabora e promulga do Instrumentum Laboris (Instrumento de Trabalho), que deverá ser o ponto de referência dos trabalhos.O Sínodo de 2018

“É-me grato anunciar-vos que em outu-bro de 2018 se celebrará o Sínodo dos Bispos so-bre o tema 'Os jovens, a fé e o discernimento vo-cacional'. Eu quis que vós estivésseis no centro da atenção, porque vos trago no coração. Exa-tamente hoje é apresentado o Documento Pre-paratório, que confio também a vós como 'bús-sola' ao longo deste caminho”. Eis como o papa Francisco abre a Carta aos Jovens, em 13 de ja-neiro de 2017.

O Documento Preparatório, de 16 pági-nas, é organizado em três seções: 1) os desafios e oportunidades dos jovens; 2) fé, vocação, dis-cernimento e acompanhamento; 3) as ativida-des formativas e pastorais da Igreja. Traz um questionário para recolher informações sobre a realidade da juventude em cada parte do mun-do, com questões específicas por continente.

De 19 a 24 de março deste ano, como pro-gramado, realizou-se em Roma, contando com a presença do papa Francisco, uma reunião pré-sinodal, com cerca de 315 jovens enviados pe-las Igrejas dos diversos países, sendo 5 brasilei-ros, ou convidados especiais da Cúria Romana.

Desde 16 de junho de 2017, para facilitar a participação remota de outros jovens, foi acentuado o uso de mídias sociais. Sob o título #Synod2018, nasceu uma página no Facebook, uma conta no Twitter e uma no Instagram, que permitiram serem ouvidas mais de 15.000 vo-zes juvenis.

Em 14 de julho, o papa Francisco nomeou os presidentes das comissões e os delegados do sínodo. O Brasil terá sua participação com 5 bis-pos: o Arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, cardeal Sérgio da Rocha, escolhido pelo Papa como o Relator Geral do Sínodo, quatro bis-pos membros e dois bispos suplentes, escolhi-dos pela Assembleia Geral da CNBB, em abril, em Aparecida do Norte: D. Vilsom Basso, bispo de Imperatriz (MA), D. Eduardo Pinheiro da Sil-va, de Jaboticabal (SP), D. Jaime Spengler, arce-bispo de Porto Alegre, D. Gilson Andrade da Sil-va, bispo auxiliar da arquidiocese de Salvador. Suplentes, D. João Justino de Medeiros, de Mon-tes Claros (MG) e D. Antônio de Assis Ribeiro, de Belém (PA).

O que é esperadoPara não nos alongarmos, tomemos al-

gumas palavras de D. Vilson Basso, o gaúcho de Tuparendi, Presidente da Comissão Episcopal para a Pastoral Juvenil, da Conferência dos Bis-pos do Brasil, em audiência pública em 17 de abril: “A Igreja no Brasil quer oferecer aos jo-vens a experiência de se encontrar com Jesus e se tornar missionários da boa nova do Evange-lho ... Após fazer a experiência de encontro pes-soal com Jesus Cristo, o jovem esparrama a boa notícia do Evangelho nos ambientes onde atua e nos areópagos modernos como as escolas e universidades ... É [nosso] papel também levar a boa notícia aos jovens que encontram se ma-chucados. Cerca de 25% da população brasilei-ra é formada por jovens o que totaliza cerca de 50 milhões de pessoas ... Este sínodo é grande oportunidade para ouvir os jovens e abrir no-vos caminhos de evangelização”

Em recente artigo à Vida Pastoral�, afir-ma: “O sínodo é oportunidade para ver e co-nhecer a realidade juvenil, ouvir seus clamores, sugestões e esperanças e, em conversão pasto-ral, oportunizar à juventude o 'sair', o 'em saí-da', para que seja sal e luz”. Neste artigo, que deve ser leitura obrigatória aos ligados a traba-lhos com juventude, apresenta dados das res-postas dos jovens ao questionário proposto .

Dom Vilson acredita e confia em que a Igreja no mundo vive um tempo de kairós, um tempo de graça, com a realização deste próxi-mo Sínodo dos Bispos e também divulgou o mais recente livro do papa Francisco cujo títu-lo é: “Deus é Jovem”.

Otávio Guedes de Camargo Neto(Pastoral da Comunicação)

Sínodo dos Bispos para a Juventude

�Disponível em http://www.vidapastoral.com.br/edicao/sinodo-da-juventude-oportunidade-de-ver-ouvir-e-sair/.

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O QUE VEM A SER O TEMPO?

J á repararam no paradoxo do tempo? Ora curto ora longo. Uma semana de trabalho pesado é infindável ... Uma

semana a passeio – já um corisco.Mas o ditado diz que o tempo não para.

Então por que a demora quando estamos na expectativa de algo? Cada minuto parece uma hora: sala de espera em maternidade, ou em hospital, à espera por um avião, um ônibus que nos traz alguém querido ... à espera de uma notícia ... ou então esperar pelas férias!!!

Porém, se estamos envolvidos em mo-mentos de prazer, ele se derrete, escapa entre os dedos, voa. Se temos algo importante a fa-zer, ele é curto!

Acho que tudo depende do nosso envol-vimento.

Um exemplo claro para mim da veloci-dade do tempo, é o “tempo” que antecede a Se-mana Santa. Desde sempre sabemos que ela acontecerá e será celebrada. Então antecipa-damente começamos a repensar seus mo-mentos, detalhes, os cantos.

Eis-nos à pesquisa por novas músicas . Por mais que tomemos a dianteira, ela está à nossa aporta. Ao fim, a maioria das músicas costumeiras se repete. Por que? Porque é difícil substituir o que é bom, bonito e bem aceito. Trocar tem que ser por algo melhor e até que o encontremos continuamos com os cantos tão conhecidos e queridos. Para mim, a vontade de fazer melhor um modo de mostrar a Jesus o

quanto o amamos e agradecemos por tudo o que Ele fez e faz por todos nós. É um tempo de gratidão!

Chegou a aposentadoriaFiquei tanto tempo esperando pela apo-

sentadoria para me dedicar mais às coisas que gosto, para viajar, livrar-me dos compromis-sos e horários, enfim, ser livre.

Demorou, mas a aposentadoria chegou!Continuo cumprindo horários, fazendo

o que gosto também, mas em comparação com o tempo mais preenchido. Adeus tricô, cro-chê, boa parte das leituras ... Se bem que a in-ternet rouba boa parte do meu tempo. Não me queixo e nem posso. Minha vida é repleta!

Repleta de amigos, família, risos, meu grupo de canto, minhas aulas, minhas dores, pulseiras de miçangas e barbantes, desenhos, minhas crianças, meu companheiro.

A missa da 10, que já foi das 9 e das 9 e meia! Que alegria encontrar os jovens casais com seus pimpolhos. Os velhos conhecidos, que têm seus lugares marcados nas celebra-ções. Quanta dádiva!

E assim começa nossa semana com esse encontro tão prazeroso, às 10 na nossa Matriz. Momentos em que paramos o tempo para cele-brar, louvar, agradecer e pedir:

Tempo para plantarTempo de colherTempo de sorrir e chorarTempo de agradecer.

Tempo, tempo, tempo ...Que nunca nos falte tempo para a soli-

dariedade, o carinho, a amizade, o abraço, o bem, o amor e a paz.

Santa Mônica, rogai por nós.

Vera Jordão

Túnel do Tempo

Santa MônicaMãe de Santo Agostinho

Comemorada a 27 de agosto

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REVENDO A HISTÓRIA

Santuário de Nossa Senhora da Boa Morte e AssunçãoRecortes históricos.

Fundador da Capela.Antônio Gonçalves de Amorim, portu-

guês, nascido em 1820, liderou uma iniciativa em 1846 para construir um templo em honra de Nossa Senhora do Rosário. Por razões desco-nhecidas não conseguiu realizar seu desejo. Dez anos depois voltou com nova tentativa. Desta vez, com êxito. Assim surgiu a Irmandade e a Capela de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção. O estatuto da irmandade foi aprova-do em 28 de julho de 1858.

A Capela.Aos 26 de março de 1856, a Câmara Epis-

copal de São Paulo expediu provisão de ereção de uma capela, com título de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, para a cidade de Rio Cla-ro.

O terreno destinado inicialmente para a construção da capela ficava entre a Rua das Flo-res (atual Rua 3), Rua Formosa (atual Rua 4), Rua do Comércio (atual Avenida 1) e Rua Direita (atual avenida 3), área do atual Jardim Público. No entanto, em 8 de fevereiro de 1858, a Câma-ra Municipal demarcou nova área em terreno do patrimônio de São João, formado pelas ruas Pedro Ivo (atual Rua 10), Rua Tiradentes (atual Rua 11), Rua do Hospital (atual Avenida 7) e Rua da Boa Morte (atual Avenida 9).

Em 7 anos, concluiu-se a primeira parte dos trabalhos: a capela-mór. Aos 8 de agosto de 1865, D. Sebastião Pinto do Rego, bispo de São Paulo, autorizou a benção da capela que foi rea-lizada no dia 14 seguinte.

A capela-mór, concluída, deveria ser somente a primeira etapa de um projeto mais amplo e ambicioso, que previa a construção da nave, dando continuidade ao templo até o ali-nhamento da rua 10. Isso não aconteceu. A torre atual, inaugurada em 9 de agosto de 1936, modificou e arrematou a fachada, encer-rando definitivamente o projeto inicial.

“Estamos aqui na Igreja da Boa Morte há mais de 40 anos, sempre a seu serviço. Estamos também sempre na expectativa de que outras pessoas possam vir a ajudar. Nosso trabalho aqui é pago com as graças de Deus, isso é muito importante, pois a graça de Deus está em nossas vidas. Estamos sempre recebendo as graças de Nossa Senhora, de Nossa Mãe”.

(Edgar José Moraes e Ana Batista de Moraes)

Atendimento assistencial.Em 1944, após assumir a Paróquia São

João Batista, o Pe. Antônio Martins da Silva ini-ciou um conjunto de obras, anexo à Igreja da Boa Morte e Assunção: dispensário, moradia para religiosas, creche, escola, salão de festas e demais dependências: a igreja passava a ser

também um centro de atendimento social.Em dezembro de 1974, as Irmãs Missio-

nárias de Jesus Crucificado deixaram o prédio, mas as obras assistenciais continuaram como marco pioneiro da história religiosa de Rio Claro. O Santuário.

Aos 7 de agosto de 1988 o templo foi dedicado solenemente ao culto. Após ampla reforma, iniciada em 1999, a capela se encontra em 14 de agosto de 2001, reforçada nas estru-turas, renovada no interior e recebendo a sua nova dedicação solene ao culto, na oportunida-de em que, por benevolência de D. Eduardo Koa-ik, bispo diocesano, é elevada a Santuário Dio-cesano. Exatamente no 136º aniversário da sua primeira bênção.

“A igreja da Boa Morte, hoje Santuário, é para nós um patrimônio sagrado. É uma alegria muito grande estar sempre participando das ati-vidades aqui no Santuário.

Certa vez, dando carona ao monsenhor Jamil, ele nos disse que já estava tudo certo para que o espaço da igreja da Boa Morte fosse consti-tuído no Santuário em honra de Maria. Isto nos deixou muito emocionados. Um Santuário bem perto de nossa casa. A alegria nos contagiou”.(Geraldo Altarugio e Benedita Custódio Altarugio)

Luiz Carlos Coletta(Pastoral da Comunicação)

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CALENDÁRIO PAROQUIAL

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om o Tríduo em Preparação à Festa de C Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção nos dias 12, 13 e 14, abriram-se as comemora-ções do dia 15 de agosto.

No dia 15, após a Missa Solene no Santuá-

rio, às 19h30, colocada a imagem num andor, fez-se a procissão em sua honra.

No domingo, dia 19 foi servido o almoço de confraternização da comunidade e entregue o Bolo de Nossa Senhora.

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