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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO CAMPUS AVANÇADO IPAMERI A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE RH NAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS. MORAIS, Daianne Oliveira MORAIS, Daniela Oliveira FREITAS, Etiene Sandrêssa Ribeiro de BORGES, Ingridy Vieira 1 CARVALHO, Ricardo Marques de 2 Resumo: As pequenas e médias empresas estão tendo cada vez mais papel significativo no mercado brasileiro. Para que o crescimento destas empresas ganhe destaque frente aos concorrentes, garantindo a produtividade e qualidade dos seus vários serviços, é preciso que a gestão de pessoas seja o grande norteador no desenvolvimento da organização, assegurando então a sua estabilidade. Diante deste percurso, o presente trabalho teve como objetivo demonstrar a importância da gestão de RH para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, como também, na verificação das práticas de ARH consolidadas nestas empresas. Para isto, a metodologia usada foi a pesquisa de campo realizada em seis farmácias do município de Ipameri-Go. O levantamento de dados decorreu por meio de questionário respondido pelos os respondentes das empresas investigadas. O estudo se caracterizou por ser explicativo de abordagem quantitativa e descritiva. Como principais resultados, constatamos a falta de alguns benefícios nas empresas, como a participação nos resultados e a cesta básica e observamos também, a deficiência da assistência médica, do programa de subsistema de plano de carreira/cargos e salários e o nível de treinamento e desenvolvimento para todos os cargos/funções na organização. Por outro lado, o resultado permitiu dimensionar o grau de funcionamento das ações do setor de recursos humanos nas farmácias, inferindo que os processos que compete neste setor acontece na sua grande parte de forma eficaz e sustentável. Além disso, observamos ainda, o elevado grau de conhecimento dos respondentes sobre as empresas pesquisadas, apresentando a capacitação gerencial e estratégica. Palavras-chave: Gestão. Recursos Humanos. Pequenas e Médias Empresas. INTRODUÇÃO Ao longo dos tempos, o setor de Recursos Humanos vem passando por modificações, com o intuito de está adaptando ao mercado para a melhoria do seu desenvolvimento dentro das organizações. Além do papel de seleção/contratação, do saber se comunicar com o capital humano, e do planejamento estratégico para alcançar os objetivos da empresa, o RH precisa fazer que a organização cresça condizente às expectativas que cabe a ela, de maneira estruturada e sustentável. 1 Alunas do Curso de Tecnologia em Gestão Comercial pelo IF Goiano Campus Avançado Ipameri. E-mails: dada- [email protected], [email protected], [email protected] e [email protected]. 2 Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do IF Goiano Campus Avançado Ipameri. E-mail: [email protected]

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Page 1: A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE RH NAS …...Recursos Humanos. Pequenas e Médias Empresas. INTRODUÇÃO Ao longo dos tempos, o setor de Recursos Humanos vem passando por modificações,

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA GOIANO

CAMPUS AVANÇADO IPAMERI

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE RH NAS PEQUENAS E MÉDIAS

EMPRESAS.

MORAIS, Daianne Oliveira

MORAIS, Daniela Oliveira

FREITAS, Etiene Sandrêssa Ribeiro de

BORGES, Ingridy Vieira1

CARVALHO, Ricardo Marques de2

Resumo: As pequenas e médias empresas estão tendo cada vez mais papel significativo no mercado brasileiro. Para que

o crescimento destas empresas ganhe destaque frente aos concorrentes, garantindo a produtividade e qualidade dos seus

vários serviços, é preciso que a gestão de pessoas seja o grande norteador no desenvolvimento da organização,

assegurando então a sua estabilidade. Diante deste percurso, o presente trabalho teve como objetivo demonstrar a

importância da gestão de RH para o desenvolvimento das pequenas e médias empresas, como também, na verificação das

práticas de ARH consolidadas nestas empresas. Para isto, a metodologia usada foi a pesquisa de campo realizada em seis

farmácias do município de Ipameri-Go. O levantamento de dados decorreu por meio de questionário respondido pelos os

respondentes das empresas investigadas. O estudo se caracterizou por ser explicativo de abordagem quantitativa e

descritiva. Como principais resultados, constatamos a falta de alguns benefícios nas empresas, como a participação nos

resultados e a cesta básica e observamos também, a deficiência da assistência médica, do programa de subsistema de

plano de carreira/cargos e salários e o nível de treinamento e desenvolvimento para todos os cargos/funções na

organização. Por outro lado, o resultado permitiu dimensionar o grau de funcionamento das ações do setor de recursos

humanos nas farmácias, inferindo que os processos que compete neste setor acontece na sua grande parte de forma eficaz

e sustentável. Além disso, observamos ainda, o elevado grau de conhecimento dos respondentes sobre as empresas

pesquisadas, apresentando a capacitação gerencial e estratégica. Palavras-chave: Gestão. Recursos Humanos. Pequenas e Médias Empresas.

INTRODUÇÃO

Ao longo dos tempos, o setor de Recursos Humanos vem passando por modificações, com o

intuito de está adaptando ao mercado para a melhoria do seu desenvolvimento dentro das

organizações. Além do papel de seleção/contratação, do saber se comunicar com o capital humano, e

do planejamento estratégico para alcançar os objetivos da empresa, o RH precisa fazer que a

organização cresça condizente às expectativas que cabe a ela, de maneira estruturada e sustentável.

1 Alunas do Curso de Tecnologia em Gestão Comercial pelo IF Goiano – Campus Avançado Ipameri. E-mails: dada-

[email protected], [email protected], [email protected] e [email protected]. 2 Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do IF Goiano – Campus Avançado Ipameri. E-mail:

[email protected]

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As empresas de pequeno e médio porte têm como característica pouca capacitação daqueles

que estão frente à gestão. A falta de direcionamento na cultura organizacional pode também gerar

problemas no desempenho e produtividade da empresa. Diante disto, os obstáculos acabam

aparecendo por todo ambiente da organização, e complicando em diversas áreas, tais como:

recrutamento de colaboradores sem critérios; mau remuneração; sonegação de impostos; ausência de

investimento na infraestrutura adequada; conflitos internos constantes; falta de motivação da equipe;

gestão fraca sem posicionamento ativo e o bom envolvimento com os funcionários, cliente e

fornecedores; e ainda a falta de perspectivas para gerir a boa qualidade e sustentabilidade no negócio.

Neste instante, percebe-se que as dificuldades são existentes na área de RH das empresas de

pequeno e médio porte, isto acontece muitas vezes devido à falta de informação e conhecimento do

valor de uma gestão de RH, sem compreender ainda sua importância dentro da empresa.

Entretanto, toda empresa, independente de tamanho, é formada por pessoas, e Administração

de Gestão de Pessoas torna-se a direção para um bom desempenho nas organizações de sucesso. É

preciso que se defina a cultura organizacional da empresa para o crescimento da mesma, de forma

sustentável e estruturada. Por isso, a gestão de pessoas nas pequenas e médias empresas pode ser a

direção certa para a melhoria das ações, da produtividade, e do engajamento pessoal, a fim de que

ajude no crescimento da organização.

Uma questão pertinente para destacar é que na literatura procurada, atentamos que são poucos

os estudos realizados sobre a gestão de pessoas voltada especificamente para as pequenas e médias

empresas, com foco no mercado farmacêutico.

Por esta razão, compreendendo sobre a importância das pequenas e médias empresas para

fomentar a economia brasileira, o presente estudo objetiva demonstrar a importância da gestão de RH

para o funcionamento das pequenas e médias empresas. Através desse objetivo, diagnosticar a

dimensão dessa importância e os processos que consolidam a Gestão de RH em empresas

farmacêuticas do município de Ipameri-Go (26.792 habitantes).

Desse modo, a pesquisa está estruturada da seguinte forma: a primeira parte encontra-se o

referencial teórico, que discute temas relacionados à evolução da gestão de RH até os tempos atuais,

a sua importância, as medidas de gestão para ser adotadas pelas empresas de pequeno e médio porte,

e os critérios de classificação dessas empresas segundo o SEBRAE. Na segunda parte, o estudo foi

direcionado através da pesquisa de campo, que foi realizada nas seis empresas farmacêuticas

pesquisadas no município de Ipameri-Go. Foi aplicado um questionário com perguntas fechadas

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utilizando a escala de Likert de cinco pontos e uma única pergunta aberta para os seis respondentes

das respectivas empresas pesquisadas. O período de coleta de dados ocorreu durante o mês de Maio

de 2019. E, por último, a pesquisa é finalizada com as considerações finais e as referências

bibliográficas.

1. REFERENCIAL TEÓRICO

1.1 Breve consideração sobre o setor farmacêutico brasileiro

Segundo informações da PwC (2013) sobre a dinâmica do mercado farmacêutico no Brasil,

este setor vem se consolidando cada vez mais no país, expandindo a comercialização de gastos no

mercado da saúde como um todo e especificamente na evolução da renda doméstica. Conforme

mostrado pelas pesquisas no texto, de 2007 a 2011 as vendas de medicamentos no varejo registraram

um aumento grande de 82,2%, saltando de R$ 23,6 bilhões para R$ 43 bilhões como previsto pelo

relatório da Interfarma baseado em dados da IMS Health.

Segundo os dados do Pharmaceutical Market Brazil (PMB), o Brasil é atualmente o oitavo

maior consumidor de remédios do mundo e o quinto maior produtor de medicamentos, ficando atrás

dos Estados Unidos, Japão, Alemanha e França.

O presidente da Febrafar, Edison Tamascia (2019), ressalta que “O mercado farmacêutico

vem crescendo de forma sistemática na faixa de dois dígitos e muito acima do PIB. Ainda não temos

os dados de fechamento de 2018, mas já dá para afirmar que o crescimento será maior que 10%.

Considerando que em 2018 o PIB brasileiro deve ficar em torno de 1% a 2%, o dado é realmente

muito positivo” (n.p). Ainda segundo Tamascia (2019), numa previsão de crescimentos do

faturamento para o ano de 2019, os índices devem ser mantidos na mesma faixa. O presidente da

Febrafar avalia que “para 2019 existem alguns paradigmas a serem desvendados em função de um

novo governo, com proposta diferente e algumas incertezas. Contudo, devemos ter um PIB melhor

do que os últimos quatro anos, com uma economia mais pujante. Tirando essa questão, não se deve

ter muita modificação nos rumos atuais do mercado” (n.p., 2019).

Sucintamente, as características mais essenciais do mercado farmacêutico brasileiro são:

medicamentos pagos pelo consumidor; consumo concentrado nas classes A e B; consumo reduzido

se comparado a outros produtos; recente aprovação de Leis das Patentes; colapso do sistema público

e crescimento do setor privado; e empresas nacionais produtoras de genéricos que se desenvolveram

como copiadoras dos medicamentos de referência, sem investir em Pesquisa e Desenvolvimento,

prejudicando e ameaçando a competitividade do setor.

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2.1 A trajetória da Gestão de Recursos Humanos ao longo dos tempos

Nos anos de 1900 e 1930 houve o surgimento do período conhecido como a Escola de

Administração Científica ou Escola Clássica, na qual o homem era denominado como ser racional, e

tendo capacidade de estar frente de todas as decisões a serem resolvidas. Entre os nomes que

marcaram essa época da Escola Clássica estão Henri Fayol, Frederick Taylor, Lilian Gilbreth e Henry

Gantt. Em sequência houve a instauração da Escola das Relações Humanas, que tem como intuito dar

importância na correção da desumanização do trabalho (MOTTA, 2006; ARAÚJO, 2011).

Desta forma, a Administração de Pessoal nasce durante os anos 50, consolidando-se diante do

predomínio da Administração Científica e Escola Clássica de Taylor e Fayol. Por meio disto, a divisão

das tarefas do administrador se concretizava através de planejamento, organização, coordenação,

comando e controle. Logo, conforme Marras (2011, p.7):

O movimento de relações humanas, na década de 1920, trouxe um desafio extremo à função

de chefe pessoal. Como se sabe, esse novo modelo de administração teve como base de

mudança a relação entre empregados e empregadores [...] Surgem em 1945, os primeiros

estudos sobre liderança, autocrismo, democracia no trabalho e motivação humana.

Neste período, o profissional de Administração de Recursos Humanos era nomeado de chefe

pessoal. Suas principais características eram a frieza e a rigidez, seguindo com vigor as leis previstas

a sua função (MARRAS, 2011).

Segundo Chiavenato (2007; 2009) no departamento pessoal, o cumprimento da legalidade e

da burocracia da organização era uma obrigatoriedade, como por exemplo, a admissão, folhas de

pagamento, tomadas de advertências, controle de férias e outros. Isso tudo seria mantido no

departamento de relações industriais. Na fase seguinte, porém, com o aumento do sindicato na

organização. Ainda segundo o autor, esta fase é vista como modelo piramidal, centralizador e

departamentalização funcional. A disciplina e a padronização do comportamento organizacional eram

posicionadas no topo da pirâmide, normatizadas por decisões e regras internas. Existia uma cultura

com fortes tradições, as pessoas eram consideradas como máquinas e capital de organização, além do

mais, as transformações persistiam de forma branda.

Nos anos de 1950 a 1990, Chiavenato (2007;2009) nomeia tal período de a Era da

Industrialização Neoclássica, que se iniciou no final da Segunda Guerra Mundial. Foi nesta Era que

as mudanças foram visíveis e significativas, como as operações comerciais e o aumento da

concorrência entre as empresas. Além da existência das tarefas operacionais e burocráticas na área de

Recursos Humanos, houve a incumbência do recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento,

higiene e segurança do trabalho. Mais adiante, uma nova percepção da ARH foi dada na Era da

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Industrialização Neoclássica, consolidando a importância da cultura organizacional como meio de

inovação. Outra mudança inscrita neste momento é o desenvolvimento da tecnologia nas

organizações.

Devido o surgimento do administrador pessoal entre os anos 50 e 65, as organizações

começaram a recrutar pessoas com currículos amplos, as admissões tinham objetivo de contratar

profissionais com uma visão humanística para os cargos de gestão de pessoas. Posteriormente, entre

os anos de 1965 e 1985 houve a consolidação do perfil de gestor de Recursos Humanos como

administrador de empresas. Nesta época, as organizações exigiam profissionais com conhecimentos

técnicos e atualizados dos aspectos legais (MARRAS, 2011).

Nos anos de 1970, nasce a Teoria do Capital Humano, que decorreu da teoria econômica

neoclássica, sendo conduzida por duas perspectivas: a melhor capacitação do trabalhador para o

aumento de produtividade e as estratégias individuais, em que cada trabalhador verificaria a sua

relação de custo-benefício. A Teoria do Capital Humano ganha influência no final do século XX,

pertinente às capacidades e às discussões dirigentes sobre o mercado de trabalho, a flexibilidade do

trabalhador, a qualidade completa e a preferência dos consumidores (CATTANI, 1997; DEMO,

2010).

De forma resumida, em uma pesquisa intitulada “A Evolução da Gestão de Recursos Humanos

no Brasil”, a professora Tose (1997) apresenta as cinco fases na evolução do perfil profissional de

Recursos Humanos, que são: contábil; legal; tecnicista; administrativa e a estratégica. Segundo a

professora, a primeira fase que aconteceu antes de 1930 centrava-se nos trabalhadores pelo viés

contábil; a segunda fase legal (1930-1950) aparece a função de chefe pessoal, que direcionava sua

atenção no acompanhamento e manutenção das recém-criadas leis trabalhistas da era de Getúlio

Vargas; na terceira fase, a tecnicista (1950-1965), aplicada no Brasil pelo modelo americano que

ergueu a função de RH ao status orgânico de gerência; conseguinte, a fase administrativa (1965-

1985), criou as relações entre o capital e o trabalho, movida por forças trabalhadoras, onde houve o

começo da ação sindical, denominada de novo sindicalismo; e por fim, a fase estratégica (1985 e

atualmente), que segundo Albuquerque (1992), nesta fase há uma nova percepção do planejamento

estratégico nas organizações e portanto uma nova visão organizacional do cargo de GRH.

2.2 As Mudanças dos Recursos Humanos na contemporaneidade

Na fase estratégica, a área de Recursos Humanos muda sua importância dentro das

organizações. Para Marras (2011, p. 9), só no ano de 1960 que surge a denominação desta área às

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ciências humanas, registrando a necessidade de nomear então a área de RH de “gerente de relações

humanas” ou “gerente de recursos humanos”. A nova fase não só fortifica a mudança da nomeação,

mas também a implantação do RH em várias subáreas com maior abrangência:

Em nível departamental ou divisional, a responsabilidade pela Área de Recursos Humanos

(ARH) cabe a cada executivo de linha, como, por exemplo, o chefe ou gerente responsável

pelo órgão [...] Em suma, a responsabilidade pela ARH é compartilhada por toda a

organização. Tanto os presidentes como cada chefe ou gerente devem saber o essencial sobre

recursos humanos (CHIAVENATO, 2009, p. 120).

Ao gestor estratégico de pessoas confere-se uma nova forma se ajustar à organização por uma

linha mais humanista, com a finalidade ainda de reforçar o comprometimento, a produção e qualidade

do colaborador. No atual momento, pede-se que esse profissional tenha uma percepção geral,

compreendendo a estrutura organizacional e que tenha raciocínio lógico de cada área (MARRAS,

2011).

Nos anos de 1990 surge a Era da informação, que se amplia até os dias atuais, tornando as

mudanças cada vez mais inesperadas e imprevisíveis. Esta Era é caracterizada pela pluralização das

informações. De acordo com Marras (2011), com avanço da tecnologia a nível global, houve também

o aumento da competitividade entre as organizações. Os departamentos tornaram-se mutáveis,

fazendo com que os cargos e as funções também se adequassem à inovação tecnológica, se adaptando

diante das mudanças constantes no ambiente. Através deste cenário, crescem as exigências dos

consumidores e as organizações tendem em acompanhar tais mudanças (CHIAVENATO, 2007;

2009).

Houve mudanças ainda na ARH, que posteriormente veio a ser substituída pela gestão de

pessoas. Uma dessas mudanças foi a compreensão de que as pessoas seriam vistas como seres

inteligentes, possuindo habilidades e conhecimentos, sendo o capital mais importante das

organizações (CHIAVENATO, 2007).

Consoante a isso, Dutra (2001) complementa que o perfil do profissional obediente e

disciplinado exigido pelas empresas perde espaço para o perfil autônomo e empreendedor. Tais

alterações ocasionaram na mudança da cultura organizacional, que estimula a iniciativa individual, a

criatividade e a busca autônoma de resultados para a empresa ou negócio. Outro ponto a ser

transformado fora os sistemas tradicionais de gestão vindo do modelo fordista e taylorista de

administração, que mantinham uma forma passiva na gestão de pessoas, e agora passam a ser

orientados pela ideia de desenvolvimento mútuo.

O autor ainda ressalta que a empresa quando se desenvolve, contribui para progresso das

pessoas e que essas, conjuntamente, implicam no desenvolvimento da organização. Assim, a pessoa

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torna a ser gestora de sua interação com a empresa e consequentemente, do seu desenvolvimento

profissional. As mudanças acontecem a partir da participação das pessoas até o sucesso do negócio,

em que o comprometimento do indivíduo seja integral dentro da organização, envolvendo suas

potencialidades, seu espírito criador e intuitivo, e sua interpretação nos vários contextos para agir de

forma assertiva.

Assim, o gerenciamento e a importância do RH vão além dos procedimentos técnicos e

burocráticos, ou seja, sua função está condicionada fortemente no capital humano, na gestão de

pessoas e colaboração mútua dos funcionários para que contribua cada vez mais no desenvolvimento

e eficácia da gestão.

2.3 A importância da Área de Recursos Humanos

A Gestão de Recursos Humanos inteirada com a estratégia organizacional ajuda verificar

possibilidades para desenvolver mercados e encontrar melhores resultados para os problemas

enfrentados nas rotinas organizacionais. Dessa forma, as práticas de GRH devem ser adequadas com

as estratégias organizacionais e inspiradas pela construção coletiva e colaborativa de todos os

membros da organização (LEGGE, 2005).

A estruturação da função de RH na organização possibilita a elaboração de políticas e práticas

que permitam que as atividades sejam feitas pelos colaboradores. Segundo Ivancevich (2008) a

importância estratégica da ARH se concretiza nos seguintes procedimentos: análise e solução de

problemas; avaliação e interpretação dos custos ou benefícios de questões de RH; adoção de modelos

de planejamento; elaboração de relatórios; treinamento de pessoal, centrando na importância

estratégica da gestão de RH, como na contribuição para a organização.

Para que haja um bom desenvolvimento na ARH, é importante que estabeleça conhecimento

não só sobre a empresa e suas estratégias, mas também sobre o comportamento humano (LIMA, 2017,

p.n). Para o desenvolvimento eficaz de uma organização é necessário dar importância maior para as

pessoas, averiguar como estas estão sendo administradas e treinadas, bem como é realizada a

colaboração de todos na organização. Tendo em vista sobre isso, Lee Iacocca (apud LACOMBE;

HEILBORN, 2003, p.19) aborda que “todas as operações de negócios podem ser resumidas em três

fatores: pessoas, produtos e lucros. As pessoas vêm em primeiro lugar. Se você não tiver uma boa

equipe, não poderá fazer muito com o resto”.

Nesse sentido, gastar tempo, ou recursos para melhorar a capacitação dos colaboradores não é

prejuízo, e sim investimento. A construção da marca empresarial se faz principalmente pelos

funcionários, pois estes que estão em contato direto com os clientes. Sendo assim, gerando a

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competência e a motivação dos funcionários há mutuamente êxito em todas ações da empresa até

chegar no atendimento dos clientes.

Logo, em consonância, para que haja a sobrevivência da empresa é pertinente que aconteça o

progresso feito dia após dia, investindo mais em recursos humanos e fortificando as estruturas

organizacionais para resultar no sucesso em todos os departamentos da empresa.

2.4 Medidas de gestão para adotar nas pequenas e médias empresas no setor de RH

Lima (2017) no artigo “Como fazer gestão de RH em pequenas e médias empresas” lista

algumas medidas importantes para serem compostas na gestão dessas específicas empresas. No

primeiro da lista, o item Ter papéis e funções bem definidos em descrições de cargos, a autora relata

que a falta de definição das funções de cada cargo pode acarretar na perda da qualidade. Diante disto,

para que se tenha aumento dos resultados é necessário que cada colaborador conheça o seu papel e

os objetivos que competem a sua função. A descrição e a definição dos cargos ajudam ter uma visão

ampla de cada setor/atividade da empresa e na seleção futura de profissionais. O segundo item

Contrate bem, Lima (2017) destaca que a empresa precisa estar atenta sobre a contratação de um

novo profissional, “é preciso se certificar, o máximo possível, que o profissional contratado tenha o

perfil de conhecimentos e competências comportamentais compatíveis com o cargo e, além disso,

que tenha valores alinhados aos valores e crenças da sua organização” (n.p).

Posteriormente, no item Promova a integração de seus funcionários, a autora aponta que a

integração da equipe está além de promover conhecimento mútuo, mas deve estar ligada ao

conhecimento sobre o negócio e o alinhamento do novo colaborador com a cultura da empresa. Lima

(2017) ainda complementa que esta etapa é essencial no processo de Gestão de Pessoas, que não

realiza-la pode trazer dificuldades acerca da atração e retenção dos talentos. No item Mapeie as

competências de sua equipe, para que a empresa tenha sucesso através das pessoas, é importante

reconhecer as competências e como cada funcionário pode contribuir com os objetivos da

organização. Em algumas das vezes o funcionário não vem pronto, então, é preciso que a empresa

explore de forma significativa seus potenciais para desenvolver -se na própria empresa (LIMA, 2017).

O próximo item Promova a capacitação e desenvolvimento da equipe, a autora explica que o

desenvolvimento da equipe não precisa ser pensado só em capacitações externas, mas também

interna, ou seja, “aproveitando as capacidades do pessoal que já faz parte da empresa, embora isto

não exclua a importância de capacitações externas” (n.p).

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Ainda de acordo com ALMEIDA, 2007, o treinamento e o desenvolvimento são praticas

relevantes para ampliação de competências que auxiliam no aumento da produtividade e criatividade,

e ainda na competitividade entre as empresas.

No item Pratique e estimule a cultura da comunicação aberta, segundo Lima (2017), em uma

empresa em que a comunicação é aberta, as pessoas sentem mais seguras para dar e receber feedback,

e assim sugerindo melhorias para ajudar de forma ativa no desenvolvimento da empresa. Por

conseguinte, em Forneça treinamento de feedback e estimule esta cultura, a autora esclarece que é

possível compensar diferenças salariais (com relação ao mercado ou à função) disponibilizando

benefícios e condições de trabalho que nem sempre implicam em grandes custos para a empresa. Para

isso, surge alguns exemplos como: horário flexível, oportunidade de capacitação, participação no

processo decisório, convênios, premiações por produtividade, ações de reconhecimento, entre outros.

No item Realize reuniões previamente planejadas, é importante que haja habitualmente

reuniões de comunicação para verificar resultados, estabelecimento de expectativas e estratégias, e

ouvir o que os funcionários têm a dizer. Tudo isso auxilia no desenvolvimento dos negócios e da

própria equipe dentro da organização. Continuamente, em Realize uma pesquisa clima, Lima (2017)

considera essa ferramenta já muito utilizada por grandes empresas, podendo também ter eficácia em

pequenas e médias empresas. Segundo a autora, “através da pesquisa de clima é possível enxergar a

empresa pelos olhos dos funcionários e identificar as oportunidades de melhoria que farão toda a

diferença na atração de retenção de talentos” (n.p).

Por fim, no item Prepare as lideranças de sua empresa, aborda sobre a importância de ter

líderes bem preparados e que conhecem a missão da empresa para o desenvolvimento do negócio

(LIMA, 2017). E no último item, Seja Exemplo, a autora reforça que toda equipe é reflexo de seu

líder, por isso participar, envolver-se com os compromissos da organização faz do colaborador uma

referência e um exemplo de liderança.

Complementando ao exposto acima, nas considerações de Toledo (1986, p. 8) devido a

constante globalização, há uma incessante busca pelo aspecto inovador no meio das ações do setor

de gestão de pessoas como “[...] um conjunto de princípios, estratégias e técnicas que visa contribuir

para a atração, manutenção, motivação, treinamento e desenvolvimento do patrimônio humano de

qualquer grupo organizado”. Portanto, a gestão da competitividade se instaura fortemente nos

momentos atuais, “[...] inserindo-se nas áreas de sociologia e economia das empresas e,

particularmente, na administração dessas organizações” (ALBUQUERQUE, 1992, p.17).

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Assim, diante destes apontamentos, Souza (2001) destaca ainda que as pequenas empresas

precisam trabalhar de forma dinâmica e flexível para corresponder com as demandas do mercado. A

visão precisa estar apoiada na construção das diferentes estratégias e modelos de ações que estimem

a realidade e as características particulares, para que possam prever futuros problemas e na aplicação

das medidas preventivas.

2.5 Critérios de classificação de empresas pequenas e médias

Para classificar as empresas em suas respectivas classes, existem muitos critérios que auxiliam

nessa classificação, no qual cada elemento pode conduzir a faixas diferentes (TERENCE, 2008). Nos

dias atuais, não há consenso de critérios utilizados nos vários segmentos ou setores mais específicos,

ou seja, alguns critérios são mais importantes para certas empresas, outras não. Entretanto, existe um

critério universal que é aceito para caracterizar as PMEs (MARTINS, 2014 apud MARTINS.; et al,

2017).

O critério quantitativo é ainda o mais usado em todos os setores por ser o mais fácil de definir

o porte das empresas, como o faturamento bruto anual e o número de empregados ocupados na

organização (MARTINS, 2017).

De acordo com o portal SEBRAE, empresas de porte pequeno (EPP) não perderão o seu

enquadramento se obter adicionais de receitas de exportação superior a R$ 360.000.00 ou igual e

inferior R$ 4.800.000.00. Já a Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) declara que o

porte da empresa é definido por meio da sua capacidade econômica, no qual está de acordo com o

faturamento bruto anual. As receitas de uma empresa de médio porte deverão ser superior a R$

6.000.000.00 e igual ou inferior a R$ 20.000.000.00 de acordo com a medida provisória n°2.190 -

34/2001.

Na tabela abaixo encontra-se a definição do porte da empresa de acordo com o número de

empregados.

TABELA 1: Classificação do porte da empresa segundo o SEBRAE

Porte da empresa

SETORES

Indústria Comércio e Serviços

Pequena empresa

Média empresa

De 20 a 99 empregados

De 100 a 499

empregados

De 10 a 49 empregados

De 50 a 99 empregados

Fonte: SEBRAE (2010)

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia usada para o desenvolvimento da nossa pesquisa se caracterizou como sendo

explicativa, pois objetivou identificar determinadas ocorrências ou variáveis que atingem o processo.

A abordagem do estudo foi de tipologia quantitativa e descritiva. Foi descritiva, porque tratou de

delinear e analisar características de fatos ou fenômenos. O meio de investigação foi a pesquisa de

campo como procedimento de análise. Segundo Leopardi (2002), o estudo de campo tem maior

profundidade e pode estudar um único grupo. Ainda conforme Malhotra (2011), os métodos para

análise de campo se caracterizam por serem simples e confiáveis pois, com os questionários

aplicados, são utilizadas questões de múltipla escolha que simplificam na codificação, análise e

interpretação de dados.

Quanto à análise de dados, a pesquisa se conciliou sendo em abordagem quantitativa, pois foi

proposto a aplicação de questionário, a fim de identificar e analisar os dados através de cálculos

estatísticos em porcentagem detalhados pelos gráficos no Excel. Neste sentido, Gil (2008, p.121)

caracteriza o questionário como sendo “A técnica de investigação composta por um conjunto de

questões que são submetidas a pessoas com o propósito de obter informações sobre conhecimento,

crenças, sentimentos, valores, interesses, expectativas, aspirações, temores, comportamento presente

ou passado”.

Portanto, neste estudo, foram utilizados dois métodos para o embasamento e análise dos

dados. O primeiro, refere-se a pesquisa bibliográfica, feita pela consulta a livros, dissertações e artigos

científicos referentes ao tema. A localização das informações foi através de bancos de dados e em

bibliotecas. Dito isto, com a pesquisa bibliográfica, o pesquisador tem um contato mais de perto

daquilo que está sendo escrito sobre determinado assunto, tendo o reforço paralelo para análise de

suas pesquisas ou a manipulação de suas informações (MARCONI; LAKATOS, 2001 apud

ZULIETTI, 2012).

Na parte do estudo bibliográfico o embasamento teórico foi construído conforme a

estruturação dos seguintes temas: a evolução da Gestão de RH até os tempos atuais, sua importância,

as medidas de gestão que as empresas de pequeno e médio porte podem estar adotando e os critérios

de classificação destas empresas.

O segundo método foi a pesquisa de campo, cuja verificação de dados se concluiu através da

aplicação de um questionário com 37 questões com resposta de múltipla escolha, e somente uma

questão aberta para a possibilidade de resposta. Esse questionário foi aplicado no período de Maio de

2019 para todas as seis farmácias do município de Ipameri – Goiás.

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As questões possuíram cinco alternativas de repostas, baseadas na escala Likert de 1 a 5, na

qual foi analisado através das escolhas de respostas marcadas pelos respondentes o grau das práticas

de gestão e comportamento expressado nas empresas campo. Lembrando que, não houve uma

exigência de identificação dos respondentes que responderam o questionário. Para a coleta de dados,

foi utilizado o modelo de questionário indicado no livro Diagnóstico Organizacional para

Qualidade e Produtividade (FERREIRA, 1998). Entre os critérios selecionados que compõem o

questionário para a sondagem, estão: escolaridade média; benefícios fornecidos pela empresa;

abordagem dos funcionários; recursos humanos e comportamento organizacional.

Quadro 1. Questões pesquisadas com os funcionários das empresas farmacêuticas.

Escolaridade média

- A maior parte dos funcionários possui 1º

grau completo

- A maior parte dos funcionários possui 1º

grau incompleto

- A maior parte dos funcionários possui 2º

grau completo

- A maior parte dos funcionários possui 2º

grau incompleto

- A maior parte dos funcionários possui 3º

grau incompleto

- A maior parte dos funcionários possui 3º

grau completo

Benefícios fornecidos pela Empresa

- Existe subsistema de medicina ocupacional.

- Existe subsistema de segurança do trabalho.

- A empresa fornece assistência médica.

- A empresa fornece alimentação.

- A empresa fornece cesta básica.

- A empresa fornece participação nos resultados

Recursos Humanos

- A empresa possui subsistema de treinamento e

desenvolvimento.

- A empresa possui subsistema de plano de

carreira/cargos e salários.

- A empresa tem programa de avaliação de desempenho

dos funcionários.

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13

Abordagem dos funcionários

- Você conhece os objetivos da sua

empresa.

- Você conhece os manuais de

procedimentos da empresa.

- Você sente que a empresa está atenta com

a qualidade dos produtos e serviços

prestados.

- Você sente que a empresa preocupa em

contribuir para um ambiente tranquilo e

agradável de trabalho.

- Você sente que a empresa administra os

conflitos de maneira positiva.

- A empresa fornece treinamento com

frequência.

-Você recebeu treinamento sobre o código

de defesa do consumidor.

- Existe uma boa relação entre os líderes e

demais funcionários.

- Você sente confiança na sua liderança

imediata.

- Você sente motivado em trabalhar na

empresa.

- Existe chances de promoção na empresa.

- O salário está de acordo com o mercado.

Comportamento Organizacional

- Os cargos de liderança têm demonstrado capacidade

administrativa

- A empresa possui um organograma atualizado.

- A comunicação é transmitida de forma rápida na

empresa.

- Existe cooperação entre as áreas dentro da empresa.

- O planejamento da empresa, na elaboração, é realizado

de forma integrada

- O planejamento estratégico é feito para curto prazo.

- O planejamento estratégico é feito para médio prazo.

- O planejamento estratégico é feito para longo prazo

- A empresa já está automatizada / informatizada.

- Existe um programa de capacitação de RH em nível de

treinamento e desenvolvimento para todos os

cargos/funções na organização de forma sistemática.

1. Questão aberta - Quais são suas observações sobre a

importância de se realizar uma avaliação acerca do

desempenho de gestão da empresa no qual trabalha?

Por favor, responda abaixo:

Fonte: Elaborado pelas autoras (2019).

Com o uso da escala Likert de cinco pontos, as respostas foram legendadas da seguinte forma:

(1) concordo totalmente, (2) concordo, (3) indiferente, (4) discordo e (5) discordo totalmente. Após

isso, com as respostas dos seis questionários, os dados foram quantitativamente analisados e

interpretados com o uso das planilhas do Excel e atribuídos nos gráficos de setor para a comparação

e análise dos mesmos.

Assim, diante da observação com o levantamento de dado das seis empresas farmacêuticas,

foi possível a compreensão dos resultados obtidos nos questionários, dando a possibilidade ainda de

averiguar o funcionamento da gestão de RH em seus vários aspectos, como as subáreas que lhe

compete, o clima organizacional, a qualidade, avanços, e possíveis problemas a serem solucionados.

Isto também concede na percepção de como as empresas de pequeno e médio porte estão selecionando

as medidas que melhor define a gestão de Recursos Humanos.

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4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O setor de gestão de Recursos Humanos é uma área que desafia constantemente os seus

encarregados e que precisa ter um olhar cuidadoso, para que assim, envolva o bem-estar dos

colaboradores e suas atividades, bem como também a melhoria da organização, sua produtividade e

qualidade. Assim sendo, o trabalho organizacional pede esforço de todos os colaboradores, para que

os objetivos da empresa possam ser alcançados.

No que tange as empresas de pequeno e médio porte, ARH precisa direcionar sua atenção na

gestão de pessoas para que suas ações possam ser desempenhadas de forma cada vez mais estruturada

e com estabilidade, estando sempre preparada para resolver quaisquer problemas.

Conforme análise dos dados obtidos e com a tabulação desses dados nos gráficos, é visto que

os respondentes das empresas farmacêuticas de Ipameri-Go percebem a existência de uma estrutura

de recursos humanos, registrado no gráfico 4, no qual o gerenciamento é consolidado de maneira

responsável e positiva nas relações internas da ARH. A colaboração e as competências da equipe

interna contribuem para a melhoria da qualidade nas funções e serviços prestados. Entretanto, há

algumas questões que precisam também serem revistas e melhoradas, conforme veremos no discorrer

dos gráficos apresentados.

A Escolaridade Média foi um dos primeiros critérios a serem analisados, diante da

verificação, percebemos que há um índice escolar satisfatório, onde não existe incompletude dos

graus de escolaridade e por isso não foram registrados abaixo, no gráfico 1. Deste modo, a maior

parte dos funcionários pesquisados possuem o 2º grau completo (67%), e o 3ºgrau completo (33%).

Visando nos aspectos para melhorar, mesmo que os níveis de escolaridades estejam concentrados na

maior parte no 2º e 3º grau completo é importante que a empresa invista e motive cada vez mais seus

funcionários em buscar sua formação profissional, pois tendo esse objetivo, a empresa e os próprios

funcionários conseguem reunir um maior conjunto de conhecimentos e competências de trabalho, a

fim de desenvolverem e se capacitarem cada vez mais para suas funções. Além disto, a busca por

maior preparo influencia positivamente nos serviços prestados aos clientes dando maior qualidade e

eficiência.

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Gráfico 1 - Escolaridade Média

Fonte: Dados da pesquisa levantados através do questionário – Anexo 1

Já no gráfico 2, observamos que a maioria das empresas farmacêuticas pesquisadas carecem

de alguns benefícios que também não foram especificados pelo o gráfico devido a sua inexistência,

que são eles: participação dos resultados e a cesta básica. No caso da assistência médica, demonstrou

sua mínima utilização, com dados de 6% apenas. Estas estratégias da gestão precisam também serem

examinadas pelas as empresas pesquisadas.

É necessário pensar que, a participação nos resultados, deve ser diferente da participação dos

lucros, ou seja, é uma participação que pode ser direcionada na satisfação dos clientes, metas, ou até

na produtividade. Deste modo, a presença deste aspecto nas empresas contribuiria para fornecer

qualidade nos produtos e serviços prestados.

Já sobre a cesta básica, é uma teoria importante na área da Administração pelo seu aspecto

motivacional, a necessidade de comida é fator fundamental para a vida humana. Se as empresas

pesquisadas oferecessem este benefício, o mesmo se tornaria um aspecto motivacional dentro das

organizações e na gestão de pessoas, pois forneceria segurança aos funcionários, tornando-se um

grande diferencial com vantagem competitiva sobre as outras empresas.

6% dos respondentes responderam que existe assistência médica nas empresas farmacêuticas,

resultando, portanto, um baixo porcentual, pois o plano de saúde é considerado uma das necessidades

mais importantes. A assistência médica torna-se também um aspecto motivacional, e além disso, de

bem-estar para os funcionários realizarem suas funções. Porém, foram diagnosticados bons

porcentuais dos seguintes benefícios, sendo eles: subsistema de medicina ocupacional, resultando a

27%, subsistema de segurança do trabalho, que corresponde a 40%, e o fornecimento de

alimentação totalizando 27%.

67%

33%

A maior parte dos funcionários possui 1º grau completo

A maior parte dos funcionários possui 1º grau incompleto

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Gráfico 2 - Benefícios fornecidos pela Empresa

Fonte: Dados da pesquisa levantados através do questionário – Anexo 1

Quanto ao item Abordagem dos funcionários, no gráfico 3 percebemos amplamente um

porcentual de satisfação e equilíbrio dos seis respondentes pesquisados diante das ações e relações

internas dentro da organização. Os resultados demonstraram que a organização é atenta em

compartilhar os objetivos da empresa, como também a qualidade dos produtos e serviços, tornando-

se eficiente na comunicação interna entre os demais funcionários. Dentro deste cenário, é possível

perceber que os funcionários estão motivados e têm conhecimento de tais processos da gestão interna

e correspondem de forma positiva. Os porcentuais entre os diversos critérios ligados à Abordagem

dos funcionários mostram a eficácia da gestão que abrange toda ação interna das empresas

pesquisadas, como por exemplo, nas relações entre os membros, no salário condizente com o

mercado, nos conflitos internos, no treinamento com frequência, no estímulo e motivação da equipe,

bem como na confiança da liderança mediata e entre outros.

Os aspectos de liderança bem direcionados também se tornam uma variável de satisfação dos

funcionários com os seus gestores, conciliados aos princípios básicos como a qualidade da supervisão

exercida; a capacidade técnica, humana e administrativa dos gestores; o grau de feedback dado por

eles à equipe; e o tratamento justo dado à equipe (LUZ, 2005).

Contudo, entre os pontos a serem melhorados, estão os critérios de fornecimento de

treinamento com frequência e chances de promoção na empresa não foram tão satisfatórios em

relação as outras ações desempenhadas na organização, totalizando um porcentual de 64% das

respostas obtidas pelos respondentes. O baixo porcentual do item chances de promoção na empresa

está diretamente ligado ao fornecimento de treinamento e desenvolvimento, pois esta última ação

27%

40%6%

27%

Existe subsistema demedicina ocupacional.Existe subsistema desegurança do trabalho.A empresa forneceassistência médica.A empresa fornecealimentação.

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possibilita que os profissionais treinados e mais preparados possam ter chances de promoção dentro

das organizações.

Nesse sentido, o treinamento e o desenvolvimento de pessoas nas organizações retomam um

papel para a preparação de indivíduos para o exercício satisfatório de suas funções, prioritariamente

no cargo que ocupam.

Gráfico 3 - Abordagem dos Funcionários

Fonte: Dados da pesquisa levantados através do questionário – Anexo 1

Conforme observado acima, a área de gestão de pessoas precisa funcionar como um elemento

que esclarece os valores e princípios da empresa, criando e inovando a cultura de comprometimento

e motivação. Uma empresa somente muda através da atitude e do comportamento das pessoas. As

organizações que estão se diferenciando e obtendo melhores resultados são as que estão firmando os

planos e políticas de gestão de competências, fazendo que a capacitação dos seus colaboradores

alcance todo o quadro funcional (VELOSO; TREVIZAN, 2005).

No Gráfico 4, os resultados da pesquisa sobre o critério de Recursos Humanos,

evidenciamos que as empresas farmacêuticas possuem na sua maior parte programa de avaliação de

desempenho dos funcionários (64%) e subsistema de treinamento e desenvolvimento (64%). Porém,

80% 80%

100% 100%

80%

32%

80% 80% 80% 80%

32%

16%16% 16% 16%

64%

16% 16% 16% 16%

64%

80%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Concordo Totalmene Discordo Totalmente

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a prática formal de planejamento estratégico de pessoas, como o subsistema de plano de

carreira/cargos e salários, resultou de forma ineficiente quanto ao seu uso, no qual o grau de

indiferença (64%) predomina diante dos 16% dos funcionários que alegaram haver este subsistema

nas empresas farmacêuticas.

Sendo uma prática que também precisa ser reavaliada, segundo Pontes (2007) o plano de

carreira é um instrumento que contribui para que a empresa determine as trajetórias existentes em seu

ambiente interno. Cabe à organização elaborar este plano, como meio de incentivar o crescimento

profissional do colaborador, desde que seja um interesse mútuo entre eles.

Gráfico 4 - Recursos Humanos

Fonte: Dados da pesquisa levantados através do questionário – Anexo 1

No Gráfico 5, a respeito do Comportamento Organizacional nas empresas farmacêuticas,

notamos que a capacitação de RH em nível de treinamento e desenvolvimento para todos os

cargos/funções ocorreu em grau não tão satisfatório, com um porcentual de 50% de indiferença por

parte dos resultados dados pelos respondentes.

No que concerne aos planejamentos, observamos que estes se configuraram nas empresas

farmacêuticas sob os seguintes aspectos: o planejamento estratégico de longo prazo é pouco adotado

pelas empresas pesquisadas, no qual 50% dos respondentes discordaram quanto ao seu uso; o

planejamento estratégico de médio prazo, ao contrário do primeiro, é o mais frequente, apresentado

16%

64%

16%

64%

16%

64%

32%

16%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

A empresa possui subsistema detreinamento e desenvolvimento.

A empresa possui subsistema deplano de carreira/cargos e

salários.

A empresa tem programa deavaliação de desempenho dos

funcionários

Concordo Totalmente Concordo Indiferente Discordo Discordo Totalmente

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com 50% de concordância quanto ao seu uso nas empresas pesquisadas; já o planejamento de curto

prazo é usado em partes equilibradas no qual 32% dos respondentes concordam e 32% discordaram

quanto ao seu uso nas empresas.

Observamos ainda, que a informatização automatizada (100%), o organograma atualizado

(80%), e os cargos de liderança (80%), ocorrem assiduamente, contribuindo na efetividade das

atividades dentro destas organizações. Logo posterior a estas práticas, seguem a comunicação rápida

(50%) a cooperação (50%) e o planejamento e sua elaboração realizada de forma integrada (50%)

que têm demonstrado boa eficiência na capacidade administrativa nestas empresas, cultivando um

ambiente organizacional mais cooperativo e dinâmico.

Até aqui, compreendemos a percepção dos funcionários sob os aspectos ligados à cooperação,

a contribuição de todos os membros da equipe para que os objetivos organizacionais possam ser

alcançados (VIEIRA.; VIEIRA, 2004). Complementando isto, segundo Robbins (2004), o

relacionamento interpessoal avança de acordo com a capacidade de se interagir bem com os colegas.

Desta forma, notamos que tanto no gráfico 3 e 5 esta cooperação entre os funcionários é tida como

ação comum entre todas as empresas farmacêuticas e caráter essencial para o desenvolvimento das

funções e organização interna, até chegar no atendimento ao cliente.

Gráfico 5 - Comportamento Organizacional

Fonte: Dados da pesquisa levantados através do questionário – Anexo 1

16%

50% 50% 50%

32%

50%

32%

100%

16%

80% 80%

32% 32%

50%

16%

32% 32%

16% 16% 16% 16% 16% 16%

50%

32%

50%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120% Concordo Totalmene Concordo Indiferente Discordo Totalmente

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Segundo Veloso e Trevisan (2005) um dos maiores obstáculos das empresas é implantação de

um ambiente organizacional mais profissionalizado. Conseguir-se distinguir das empresas

concorrentes no atual momento é um ato de sobrevivência, e a gestão profissional é a ferramenta mais

utilizada pelas organizações, para poder solucionar os desafios que aparecem por uma teia de

mudanças ambientais, políticas, econômicas e tecnológicas.

Dos seis questionários aplicados nas empresas, obtivemos uma boa parte das respostas dos

respondentes sobre a única questão aberta. O principal objetivo com a questão era saber se os

funcionários tinham compreensão da importância de se realizar uma avaliação acerca do desempenho

de gestão nas empresas farmacêuticas onde trabalham. Das cinco respostas obtidas, houve um

consenso no que dita sobre a importância da avaliação de gestão para o desenvolvimento de toda a

organização. Sendo assim, segundo as respostas dos respondentes, a avaliação de gestão contribui

tanto na “análise sintética e qualitativa das ações” como ajuda também evitar “futuros transtornos e

melhorar o crescimento das empresas”.

Diante disto, com as respostas obtidas, obtivemos a seguinte análise:

Gráfico 6 - Quais são as suas observações sobre a importância de realizar uma

avaliação acerca do desempenho de gestão da empresa na qual trabalha?

Fonte: Dados da pesquisa levantados através do questionário – Anexo 1

Através das respostas dos respondentes, e de todos os dados analisados, podemos observar

que os membros das empresas pesquisadas estão cientes da importância da gestão de RH, da sua

avaliação periódica para mensurar possíveis danos do clima organizacional da empresa, e como

valiosa ação que contribui continuamente no desenvolvimento da gestão de pessoas.

83%

17%

Concordam com avaliação de desempenho da gestão da empresa na qual trabalha

Indiferente

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho objetivou demonstrar a importância da gestão de RH para o

desenvolvimento das pequenas e médias empresas, sobretudo o diagnóstico das ações do setor de RH

que estão sendo desempenhadas nestas empresas através da pesquisa de campo realizada no mercado

farmacêutico do município de Ipameri-Go.

Averiguando os pontos a serem revistos e melhorados, o primeiro ponto observado diante dos

dados levantados nas empresas visitadas, é a inexistência de algumas características comuns entre

elas, como a falta dos seguintes benefícios: participação nos resultados, e a cesta básica. Há também

uma forte insuficiência enquanto ao uso da assistência médica, do subsistema de plano de

carreira/cargos e salários, e do programa de capacitação de RH em nível de treinamento e

desenvolvimento para todos os cargos/funções (este item mostrando-se até repetitivo em outros

gráficos). Tal item aparece de forma contraditória pelos dados analisados, pois no gráfico 4 aponta

que boa parte das empresas pesquisadas possuem o subsistema de treinamento e desenvolvimento,

porém a ação não é tão praticada continuamente dentro destas empresas referidas conforme também

o levantamento mostrado pelos outros gráficos (3 e 5).

O treinamento e o desenvolvimento de pessoal nas empresas deve ser uma prática essencial e

contínua para gerar benefícios tanto quantitativos e qualitativos. Sendo assim, seria importante a

preocupação do funcionamento de todos estes itens citados para que haja a valorização humana

através da adoção de uma política moderna de estímulo e valorização dos funcionários, com a

finalidade de poder influenciar cada vez mais o desempenho e a motivação das atividades destes

profissionais dentro da organização.

Entretanto, pode- se observar que existe nas empresas uma boa concentração dos benefícios

como a medicina ocupacional, o fornecimento de alimentação, o subsistema de segurança de trabalho.

O grau de escolaridade dos funcionários apresentado no primeiro gráfico também consiste em nível

vantajoso. Além disso, é perceptível o forte potencial em diversas práticas e ações do

desenvolvimento interno das empresas farmacêuticas, como visto nos gráficos 3-Abordagem dos

funcionários, 4-Recursos Humanos e 5-Comportamento Organizacional e no Gráfico 6.

No que dita ainda sobre o comportamento organizacional das referidas farmácias pesquisadas,

foi notado que o planejamento de médio prazo segue sendo o mais adotado. O sistema de

informatização e a comunicação entre os membros da organização representaram um grau bem

elevado e satisfatório. Em relação a isto, compreende-se que há ainda um alto índice de conhecimento

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dos funcionários sobre a própria empresa, como sua política e objetivos, que fortificam na capacidade

de identificar oportunidades e superar ameaças ou dificuldades. Diante da análise dos dados obtidos,

a importância dada a gestão de pessoas nas empresas farmacêuticas pesquisadas é tida com relevância,

e focando no que há de mais importante: o capital humano. Desta forma, os aspectos de formação, do

bem-estar, o conhecimento e o profissionalismo e as características pessoais e técnicas dos

funcionários são reconhecidos, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento destas empresas

de pequeno e médio porte.

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ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO APLICADO NAS FARMÁCIAS

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ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO APLICADO NAS FARMÁCIAS

1. Quais são suas observações sobre a importância de se realizar uma avaliação acerca do

desempenho de gestão da empresa no qual trabalha? Por favor, responda abaixo: