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SEADE
A EVOLUÇÃO DOS INDICADORES SOCIAIS PAULISTAS
EM 20 ANOS (1993-2012)
no 13 Abril 2014
Autores deste númeroSilvia Mancini, assessora da Diretoria Adjunta de Metodologia e Produção de Dados; Maria Paula Ferreira, gerente de Metodologia e Estatística; Rafael Camelo, assessor da Diretoria Executiva; Carlos Roberto A. França, chefe da Divisão de Produção; Mariza Tokie Watanabe Taira, pesquisadora; Ilma Edna Pereira Sidney, pesquisadora; Carlos Eugenio de Carvalho Ferreira, chefe da Divisão de Projeções Populacionais e Antonio B. Marangone Camargo, pesquisador.
Coordenação e ediçãoEdney Cielici Dias
ISSN 2317-9953
Diretora ExecutivaMaria Helena Guimarães de Castro
Diretora Adjunta Administrativa e FinanceiraSilvia Anette KneipDiretor Adjunto de Análise e Disseminação de InformaçõesHaroldo da Gama TorresDiretora Adjunta de Metodologia e Produção de DadosMargareth Izumi Watanabe
Corpo editorial
Maria Helena Guimarães de Castro;
Silvia Anette Kneip;
Haroldo da Gama Torres;
Margareth Izumi Watanabe;
Edney Cielici Dias e
Osvaldo Guizzardi Filho
SEADEFundação Sistema Estadual de Análise de Dados
Av. Cásper Líbero 464 CEP 01033-000 São Paulo SPFone (11) 3324.7200 Fax (11) 3324.7324
www.seade.gov.br / [email protected] / [email protected]
apresentação
PESQUISAS INSERIDAS NO DEBATE PÚBLICOO Seade é uma instituição que remonta ao século 19, com o surgi-
mento da Repartição da Estatística e do Arquivo do Estado, em 1892. Ao longo de mais de um século, tem contribuído para o conhecimento do Es-tado por meio de estatísticas, com um conjunto amplo de pesquisas sobre diversos aspectos da sociedade e do território de São Paulo. Levar parte importante desse volume de informação e suas interconexões ao público é,
por sua vez, uma tarefa tão relevante quanto desafiadora.O Projeto Primeira Análise visa divulgar parte do universo de conheci-
mento da instituição, ao dialogar com temas de interesse social. Os artigos que compõem o projeto procuram sinalizar de forma concisa tendências e apresentar uma análise preliminar do tema tratado. Trata-se de texto au-toral, de caráter analítico e científico, com aval de qualidade do Seade.
Os textos são destinados a um público formado por gestores públi-cos, ao oferecer informação qualificada e de fácil compreensão; ao meio acadêmico e de pesquisa aplicada, por meio de abordagem analítica pre-liminar de temas de interesse científico; e para a mídia em geral, ao suscitar pautas sobre questões relevantes para a sociedade.
Os artigos do projeto têm periodicidade mensal e estão disponíveis na página do Seade na Internet. Os temas englobam aspectos econômicos, sociais e de interesse geral, abordados em perspectiva de auxiliar na formu-lação de políticas públicas.
Desta forma, o Seade mais uma vez se reafirma como uma instituição ímpar no fornecimento de informações de importância para o conhecimen-to do Estado de São Paulo e para a formulação de suas políticas públicas.
Maria Helena Guimarães de Castro
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 4
A EVOLUÇÃO DOS INDICADORES SOCIAIS PAULISTAS EM 20 ANOS
(1993-2012)
Este trabalho discute um conjunto abrangente de indicadores sociais
do Estado de São Paulo, cobrindo um intervalo de 20 anos (1993-
2012). Nesse período, o Estado passou por transformações intensas, o
que se refletiu em diversas dimensões da vida dos cidadãos, tais como
renda, trabalho, educação, habitação, condições de saúde e acesso a
bens de consumo. Essa coleção de indicadores, analisada em relação
aos nacionais, possibilita uma visão ampla dos avanços nesses diversos
campos e serve de subsídio inicial para análises específicas.
SÍNTESE DOS INDICADORES SOCIAIS NO ESTADO
• Arenda per capita tem crescido e hoje os paulistas ganham em mé-
dia 30% a mais do que os brasileiros em geral. A evolução da renda
tem sido mais forte entre as famílias mais pobres.
• Ataxa de desemprego apresenta tendência de queda, chegando
hoje à metade daquela registrada dez anos atrás.
• Nomercado de trabalho, aumentou a atividade entre os adultos,
ao mesmo tempo que se reduziu a de crianças e idosos. Atualmente,
mais da metade das mulheres participa do mercado de trabalho.
• Nasúltimasduasdécadas,oEstadoconseguiuuniversalizaroacesso
à educação para as crianças de 6 a 14 anos.
• Ampliou-seoacessoàeducaçãoparacriançascomatécincoanose
parajovensde15a17anos–hoje,maisde80%destesdoispúblicos
frequentam escola.
• Em1993,8%dosadultosde18a24anoscursavamensino supe-rior, proporção que passou para mais de 18%, em 2012.
• Ofluxo escolar melhorou muito desde 1993, com a redução das
taxas de reprovação e abandono.
• Resultadodamelhoriadeacessoefluxo,aescolaridade média da
força de trabalho em São Paulo vem aumentando.
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 5
• Ascondiçõesdehabitaçãomelhoraramsensivelmenteem20anos,
com atendimento quase universal das redes de água e de coleta
de lixo.
• Acoleta de esgoto também vem se ampliando rapidamente e já
atinge mais de 90% dos domicílios do Estado.
• Oacessoàcomunicaçãocresceuiniterruptamentenoperíodo–hoje
a telefonia está universalizada e a Internet chega à metade das resi-
dências paulistas.
• Noperíodo,amortalidade infantil reduziu-se de 26,2 para 11,5
óbitos por mil nascidos vivos.
• Apósumperíododecrescimentonosanos1990,a mortalidade por
agressões está em queda constante desde 2003.
• Aesperança de vida ao nascer da população paulista aumentou
6,06 anos, entre 1993 e 2012, sendo 2,90 nos últimos dez anos. Em
2012, esse indicador atingiu 75,35 anos.
AVANÇOS SOCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO
Nas últimas duas décadas, o Brasil tem acumulado diversos avanços na área
social. Vários fatores contribuíram para a melhoria de vida dos brasileiros,
mas as bases para os progressos retomam a Constituição de 1988, que
passou a assegurar diversos direitos sociais básicos a toda a população e
delegou aos entes federados – em grande parte – responsabilidade por
garanti-los.
A Constituição, então, abriu espaço para criação e ampliação de uma
série de políticas públicas federais, estaduais e municipais, com foco na me-
lhoria do contexto social. De que forma o Estado de São Paulo tem evoluído
nesse ambiente institucional? Como a vida dos paulistas melhorou nas últi-
mas duas décadas? Esta edição do Primeira Análise traz uma coleção de
dados que ajudam a responder a essas questões.
Iniciando pela renda, em 20 anos, os paulistas sem dúvida ficaram mais
ricos. Em termos de valores reais, a renda per capita no Estado passou de
R$ 800, em 1993, para quase R$ 1.400, em 2012. Isso significa que, des-
contando a inflação do período, os paulistas ficaram 75% mais ricos. Os
mais pobres também se beneficiaram do ambiente econômico positivo: a
situação de pobreza no Estado, que atingia menos de 20% da população,
hoje não aflige mais do que 2,6% dos seus habitantes.
Essa melhoria de renda começou com a estabilização dos preços pro-
movida pelo Plano Real, em 1994, e mesmo passando por crises internacio-
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 6
nais, que afetaram especialmente a economia paulista, o saldo final é uma
população com maiores possibilidades de consumo e investimento.
O crescimento da renda real das famílias é, sem dúvida, um compo-
nente essencial para avaliar como os paulistas melhoraram de vida, pois
constitui um fator que abre uma série de possibilidades que vão muito
além do consumo. Com mais renda, as famílias paulistas podem hoje,
muito mais do que há 20 anos, investir no capital humano de seus filhos.
Mesmo quando pensamos nas famílias que usam serviços públicos de saú-
de e educação, uma maior renda familiar é capaz de ampliar, por exem-
plo, o tempo que as crianças dedicam-se aos estudos e o acesso a bens
culturais, como livros. Da mesma forma, com uma renda maior, as famílias
têm condições de melhorar a qualidade da alimentação, o que impacta
diretamente em sua saúde.
Em educação, os desdobramentos da regulamentação da Constitui-
ção, como a criação do Fundef, em 1996 – depois substituído pelo Fundeb
–, permitiram redistribuir os recursos entre os entes federados, de modo a
garantir um investimento mínimo anual por aluno. A organização dos siste-
mas escolares também evoluiu muito em duas décadas, com a aprovação da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em 1996.
Diante desse contexto, a educação básica em São Paulo avançou for-
temente. O Estado conseguiu, já no final da década de 1990, incluir todas as
crianças de 6 a 14 anos na escola, mesmo aquelas de famílias mais pobres.
O acesso à pré-escola caminha na mesma direção e deve ser universalizado
em poucos anos.
Além de maior acesso, os paulistas têm permanecido mais tempo na
escola. Hoje, as pessoas de 18 a 39 anos têm cerca de três anos de estudos
a mais do que aquelas com mais de 40 anos. Em parte, essa conquista deve-
-se aos esforços para corrigir o fluxo escolar, como a criação do regime de
ciclos escolares, e para promover a continuidade dos estudos, via expansão
dos cursos superiores e profissionalizantes.
A área da saúde também passou por inúmeras transformações nas
últimas décadas. Como decorrência dos novos princípios constitucionais, a
criação do SUS ampliou substancialmente o acesso a serviços de saúde. Só
para mencionar algumas políticas relevantes no período, têm-se as inúme-
ras campanhas – de vacinação, prevenção de doenças, etc. –, o Programa
Saúde da Família, a lei dos genéricos e tantas outras iniciativas específicas.
Após mais de 20 anos de melhorias na saúde, hoje morrem menos
crianças paulistas. A taxa de mortalidade infantil no Estado, que já era uma
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 7
das menores do país no início dos anos 1990, reduziu-se a menos da meta-
de em 2012. Também os paulistas adultos estão vivendo mais: a esperança
de vida ao nascer aumentou 6,06 anos no período.
Em resumo, esses indicadores mostram como a vida dos paulistas
avançou nos últimos anos. Estamos mais ricos, vivendo mais e com mais
escolaridade, enfim, vivemos em melhores condições de que há 20 anos.
A retrospectiva dos últimos 20 anos é, portanto, positiva. Mas velhos
e novos desafios continuam se colocando. A qualidade da educação básica
ainda precisa avançar muito, enquanto a educação profissional e a superior
devem se alinhar aos novos requisitos do mercado de trabalho. A atenção à
saúde deve resolver seus gargalos para conseguir atender a uma demanda
cada vez maior, pois o envelhecimento da população irá crescentemente
pressionar a demanda por esse serviço público.
A trajetória dos últimos 20 anos mostra que o desenvolvimento so-
cial é um projeto coletivo de longo prazo, não sendo alcançado em pouco
tempo e tampouco por políticas pontuais. Melhorar a vida de uma popu-
lação requer um conjunto articulado de ações e tempo para que estas ini-
ciativas impactem a vida das pessoas. Portanto, os avanços que ainda se
fazem necessários e as novas demandas que já se apresentam vão requerer
esforços cada vez maiores de planejamento e articulação entre os diversos
organismos do Estado e os setores da sociedade.
As próximas seções detalham os indicadores sumarizados anteriormente.
AUMENTO NA RENDA E MELHORIA EM SUA DISTRIBUIÇÃO
Em 2012, a renda domiciliar per capita média no Estado de São Paulo
correspondia a R$ 1.343, enquanto a brasileira equivalia a R$ 1.038. Após
ter atingido, em 2003 e 2004, os menores valores desde a implementa-
ção do Plano Real, esse indicador, tanto para o Brasil como para o Estado
de São Paulo, passou a se ampliar constantemente, alcançando agora os
patamares mais elevados da série. Para os dois cortes geográficos, o atual
patamar, em termos reais, supera em cerca de 70% o registrado em 1993
(Gráfico 1).
Além da evolução observada no nível médio de renda, sua distribuição
também tornou-se mais igualitária. Os avanços mais expressivos foram re-
gistrados na redução dos níveis de pobreza absoluta. De fato, se tomado o
corte de meio salário mínimo para a renda familiar per capita como linha de
pobreza e um quarto do salário mínimo como linha de indigência, verifica-
-se que, em São Paulo onde a distribuição de renda é menos concentrada
do que no conjunto do país, a proporção de pobres passou de 17,5%, em
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GRÁFICO
1
Renda domiciliar per capita média (1)Brasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Valores em reais, atualizados pelo INPC para setembro de 2012.
1993, para apenas 2,6%, em 2012 (Gráfico 2). Já a parcela de indigentes
praticamente desapareceu, reduzindo-se de 4,2% para 0,5%, nesse perío-
do (Gráfico 3).
Também houve acentuado progresso nos indicadores nacionais, em-
bora os porcentuais de pobres e de indigentes continuem superiores aos
de São Paulo. No Brasil, entre 1993 e 2012, a proporção da população
com renda domiciliar per capita menor que meio salário mínimo passou de
38,8% para 10,9%, enquanto aquela com renda inferior a um quarto de
salário mínimo diminuiu de 17,3% para 3,3%.1
Os Gráficos 2 e 3 sugerem uma nítida correlação desses indicadores
com a conjuntura econômica nacional. Ou seja, em anos em que a economia
brasileira mostra-se pouco dinâmica, como em 2003, os níveis de pobreza
se elevam, ocorrendo o contrário quando melhora o desempenho da eco-
nomia, como na presente década.
1. Vale notar que, para permitir as comparações anuais, optou-se por deflacionar o salário mínimo vigente em 1992 para valores de setembro de 2012, obtendo-se R$ 348,39. Esse valor é bastante inferior aos R$ 622,00 vigentes em 2012, pois o salário mínimo vem sendo reajustado acima da inflação nos últimos anos. Portanto, caso fossem considerados os valores do salário mínimo vigente a cada ano, a proporção da população com renda domiciliar per capita inferior à metade ou a um quarto do salário mínimo seria bem maior do que os resul-tados ora apresentados.
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em reais de setembro de 2012
Brasil Estado de São Paulo
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GRÁFICO
2
Proporção da população com renda domiciliar per capita inferior a meio salário mínimo (1)Brasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Exclui domicílios com renda mensal domiciliar per capita igual a zero. O rendimento domiciliar exclui o rendimento dos menores de dez anos e dos agregados, pensionistas, empregados domésticos e parentes de empregado doméstico. O salário mínimo utilizado foi o de setembro de 1992, que correspondia a Cr$ 522.186,94, sendo este valor corrigido pelo INPC para os anos processados, equivalendo a R$ 348,39 para 2012.
GRÁFICO
3
Proporção da população com renda domiciliar per capita inferior a um quarto do salário mínimo (1)Brasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Exclui domicílios com renda mensal domiciliar per capita igual a zero. O rendimento domiciliar exclui o rendimento dos menores de dez anos e dos agregados, pensionistas, empregados domésticos e parentes de empregado doméstico. O salário mínimo utilizado foi o de setembro de 1992, que correspondia a Cr$ 522.186,94, sendo este valor corrigido pelo INPC para os anos processados, equivalendo a R$ 348,39 para 2012.
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em % Brasil Estado de São Paulo
Brasil Estado de São Paulo
0,02,04,06,08,0
10,012,014,016,018,020,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em %
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 10
Mesmo assim, ainda é longo o percurso necessário para atingir pa-
drões distributivos mais igualitários. A metade mais pobre da população
paulista ainda não se apropria de um quinto da renda, embora esse indica-
dor também tenha evoluído positivamente no período estudado. Verifica-
-se, também, que a situação paulista é menos grave quando comparada à
média nacional, apesar do nítido avanço desta última. De fato, enquanto
em São Paulo o porcentual da renda apropriada pela metade mais pobre
da população passou de 15,8%, em 1993, para 19,1%, em 2012, no
Brasil esse indicador aumentou de 12,2% para 16,5%, no mesmo período
(Gráfico 4).
Evidentemente, as possibilidades de intervenção direta do poder
público estadual ou municipal para superar os problemas distributivos e
reduzir os níveis de pobreza e de indigência são limitadas, não só por se
tratar de questões estruturais com profundas raízes históricas, mas tam-
bém por sua dependência do comportamento macroeconômico do país e
de seus reflexos no mercado de trabalho.
GRÁFICO
4
Porcentual da renda apropriada pelos 50% mais pobres e 10% mais ricosBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
15,812,2
42,9
48,9
15,113,1
43,747,2
19,116,5
39,541,8
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
ESP – 50% mais pobres Brasil – 50% mais pobres ESP – 10% mais ricos Brasil – 10% mais ricos
1993 2002 2012
Em %
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 11
MERCADO DE TRABALHO
No Estado de São Paulo, a taxa de atividade, em 2012, equivalia a 61,7%
da população de dez anos e mais, contra 58,6% em 1993. Esse indicador
permaneceu praticamente estável em relação a 2011 e foi um pouco infe-
rior ao maior valor da série (62,7%), alcançado em 2009 após uma década
de tendência ascendente (Gráfico 5).
Tal crescimento deveu-se à ampliação expressiva desse indicador para
a população de 25 a 59 anos e, em menor medida, de 18 a 24 anos, uma
vez que diminuiu a presença no mercado de trabalho de crianças e adoles-
centes, bem como de pessoas com 60 anos e mais (Gráfico 6).
Esses movimentos também foram observados no Brasil, mas com in-
tensidades diferentes. A saída de jovens e idosos do mercado de trabalho foi
mais acentuada no país do que em São Paulo, ao passo que o acréscimo da
participação dos adultos foi mais significativo entre os paulistas. Com isso,
a taxa de atividade no Estado, que costumava ser menor do que a nacional
(58,6% e 61,1%, respectivamente, em 1993), passou a ser maior, alcançan-
do 61,7% em 2012, contra 59,9% da taxa brasileira.
No caso das crianças e adolescentes, por exemplo, a mudança na le-
gislação sobre a idade mínima para contratação, a política de combate ao
trabalho infantil e a maior valorização da educação pela sociedade, empresas
GRÁFICO
5
Taxas de atividade da população de dez anos e maisBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
Brasil Estado de São Paulo
54,055,056,057,058,059,060,061,062,063,064,065,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em %
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e governo provavelmente explicam a redução da taxa de atividade. Já entre
a população de 60 anos e mais, o acesso aos benefícios previdenciá rios e
programas de transferência de renda deve ter concorrido para sua menor
permanência no mercado de trabalho.
Analisando a taxa de atividade por sexo, observam-se, tanto no Esta-
do de São Paulo quanto no Brasil, ampliação para a população feminina e
retração para a masculina (Gráfico 7).
A taxa de desemprego aberto, que sempre foi mais elevada em São
Paulo do que no conjunto do país, alcançou, em 2012, praticamente o mes-
mo patamar nas duas abrangências geográficas, sendo estimada em 6,3%
da População Economicamente Ativa do Estado e 6,2% na média nacional.
Sua evolução entre 1993 e 2012 mostra que este indicador, depois de ter
atingido os patamares mais elevados de 1998 a 2005, vem se reduzindo nos
últimos anos nos dois cortes geográficos, embora de forma mais intensa em
São Paulo (Gráfico 8).
O Estado de São Paulo continua sendo mais formalizado do que o
conjunto do país, embora ambos tenham evoluído no período, como indica
a proporção de ocupados contribuintes da previdência, que, em São Paulo,
passaram de 64,4% para 73,5%, entre 1993 e 2012, enquanto na média
nacional o aumento foi mais intenso: de 43,1% para 59,7%, no mesmo
período (Gráfico 9).
GRÁFICO
6
Taxas de atividade da população de dez anos e mais, por faixa etáriaBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
58,6
26,4
75,077,0
66,8
25,2
61,7
14,2
78,185,6
73,9
23,1
61,1
32,7
73,078,9
71,6
34,6
59,9
15,7
71,6
82,574,4
27,6
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
Total De 10 a 17 anos De 18 a 24 anos De 25 a 39 anos De 40 a 59 anos 60 anos e mais
ESP-1993 ESP-2012 Brasil-1993 Brasil-2012
Em %
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GRÁFICO
8
Taxas de desemprego aberto da população de dez anos e maisBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
GRÁFICO
7
Taxas de atividade da população de dez anos e mais, por sexoBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
Brasil Estado de São Paulo
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em %
ESP-1993 ESP-2012 Brasil-1993 Brasil-2012
Em %
58,6
74,9
43,2
61,7
71,8
52,5
61,1
76,0
47,0
59,9
70,5
50,1
Total Homens Mulheres30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
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GRÁFICO
9
Ocupados que contribuem para algum instituto de previdênciaBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
EDUCAÇÃO
São amplamente conhecidos os progressos obtidos nas últimas décadas no
campo da educação em São Paulo, o Estado mais escolarizado do Brasil.
Entretanto ainda se faz necessário avançar. Com esse objetivo, o gover-
no estadual promove diversos programas e ações com foco na qualidade
da aprendizagem e na valorização das carreiras do magistério. Merecem
destaque a implantação do regime de metas por escola, o programa de
bonificação por resultados, a introdução de uma base curricular comum, de
orientação para todas as escolas da rede estadual, e a formação continuada
dos profissionais da educação.
Destacam-se, ainda, as políticas e ações voltadas para promover a cor-
reção do fluxo escolar (programas de recuperação e reforço escolar, classes
de aceleração de estudos e, no ensino médio, a introdução da matrícula por
disciplina) e o aumento da jornada escolar.
Indicadores de acesso
A ampliação do acesso por nível de ensino pode ser observada pela evolu-
ção das taxas de atendimento escolar. Praticamente a totalidade de crian-
Brasil Estado de São Paulo
30,0
35,0
40,0
45,0
50,0
55,0
60,0
65,0
70,0
75,0
80,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em %
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 15
ças em idade escolar obrigatória (6 a 14 anos) estava frequentando esco-
la (98,7%), em 2012, e tem sido sistemático o crescimento na frequência
escolar nos demais grupos etários. Em 2012, 82,3% das crianças de 4 a 5
anos frequentavam um estabelecimento escolar, quase o dobro do valor
registrado em 1993 (43,4%). A taxa de atendimento dos jovens de 15 a 17
anos aumentou 16,3 pontos porcentuais nesse período, atingindo 85,8%
desses jovens em 2012 (Gráfico 10).
Considerando toda a faixa etária de escolaridade obrigatória, de 4 a
17 anos (estabelecida na Emenda Constitucional no 59 de 2009), o Estado
de São Paulo alcançou uma taxa de atendimento de 92,8% em 2012. Trata-
-se de um valor bastante expressivo, uma vez que o novo Plano Nacional de
Educação (PNE), que tramita no Congresso Nacional, prevê para até 2016 a
universalização da escolarização para este grupo etário.
Tendo em vista que o acesso à escola já é universal para as crianças
paulistas de 6 a 14 anos, o desafio da inclusão para os próximos anos está
no ensino infantil, cuja oferta é municipal, e no ensino médio, de responsa-
bilidade estadual.
Outro dado bastante importante é que a inclusão na escola tem acon-
tecido, sobretudo, entre as crianças mais pobres. Na faixa etária do ensino
GRÁFICO
10
Taxas de atendimento escolar (1), por faixa etáriaBrasil e Estado de São Paulo – 2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Relação entre o número de matrículas registradas (estudantes), na faixa etária correspondente, e a população desta mesma faixa etária.
82,3
98,7
85,878,2
98,2
84,2
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
De 4 a 5 anos De 6 a 14 anos De 15 a 17 anos
Estado de São Paulo Brasil
Em %
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 16
GRÁFICO
11
Taxas de atendimento escolar (1), por faixa etária, segundo quintis do rendimento familiar per capitaEstado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Relação entre o número de matrículas registradas (estudantes), na faixa etária correspondente, e a população desta mesma faixa etária.
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2011
2012
Crianças de 4 a 5 anos
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2011
2012
Crianças de 6 a 14 anos
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
1993
1995
1996
1997
1998
1999
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2011
2012
Entre os 20% mais pobres Entre os 20% mais ricos
Em %Em %Em %
Jovens de 15 a 17 anos
fundamental (6 a 14 anos), praticamente não há mais diferenciação da fre-
quência à escola em função do nível de rendimento familiar (Gráfico 11).
Nos demais grupos etários, a distância que separa esses segmentos extremos
vem se reduzindo continuamente ao longo dos últimos anos, revelando os
esforços dos governos e da sociedade nesse campo. Em 1993, entre os 20%
mais pobres, apenas 28,5% das crianças de 4 e 5 anos frequentavam equi-
pamentos de educação infantil, proporção que passou para 81%, em 2012.
O mesmo se verifica para os jovens de 15 a 17 anos: entre os mais pobres, a
taxa de escolarização aumentou de 57,6% para 83%, no mesmo período.
Taxa de escolarização líquida
Em função da repetência e da evasão, parte dos alunos apresenta distorção entre a série esperada para sua idade e a efetivamente frequentada.2 A evolução da taxa líquida de escolarização, nos diferentes níveis de ensino,
mostra ganhos importantes na produtividade do sistema.
2. A educação formal encontra-se estruturada em um mínimo de 15 anos de estudo: nove para o ensino fundamental; três para o médio; e um mínimo de quatro anos para a educação superior. As idades adequadas a esses níveis de ensino são, respectivamente: 6 a 14 anos; 15 a 17 anos; e 18 a 24 anos (considerando-se as diferentes durações de cada curso).
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 17
GRÁFICO
12
Taxas líquidas de escolarização (1), por nível de ensinoBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Relação entre o número de matrículas registradas (estudantes) em um determinado nível de ensino, na faixa etária correspondente, e a população desta mesma faixa etária.Nota: Até 2006, os dados correspondem a crianças e adolescentes de 7 a 14 anos que frequentam o ensino fundamental e adolescentes de 15 a 17 anos que cursavam o ensino médio. De 2007 a 2012, as informações referem-se a crianças e adolescentes de 6 a 14 anos que frequentam o ensino fundamental e adolescentes de 15 a 17 anos que cursavam o ensino médio.
Estado de São Paulo Brasil
83,0
31,4
86,6
61,3
93,7
69,675,5
18,9
85,7
40,0
92,5
54,0
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Fundamental Médio Fundamental Médio Fundamental Médio
1993 2002 2012
Em %
No caso dos jovens de 15 a 17 anos, que deveriam estar frequentando
o ensino médio, 69,6% encontravam-se em tal situação no Estado de São
Paulo, em 2012, sendo que na média nacional essa taxa apresenta valor
bem inferior: 54,0% (Gráfico 12).
Este índice mais que triplicou em 20 anos, o que demonstra o resulta-
do das diversas ações de correção de fluxo no ensino fundamental, onde a
escolarização líquida cresceu de 83% para mais de 93%. Novamente, estes
números já estão compatíveis com as metas estabelecidas pelo PNE, que
prevê, até 2016, 95% dos alunos de ensino fundamental e 85% daqueles
de ensino médio frequentando a etapa adequada para a idade.
Com a melhoria do fluxo escolar nestas duas décadas, São Paulo ti-
nha, em 2012, 86,5% de adolescentes de 16 anos com ensino fundamental
completo e 68,5% de jovens de 19 anos com ensino médio completo, valo-
res acima dos nacionais (69,4% e 51,5%, respectivamente).
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 18
Ensino técnico e superior
Além do ensino básico, o Estado de São Paulo conseguiu expandir ex-
pressivamente as oportunidades de formação profissional, por meio dos
ensinos técnico e superior.
O Estado teve, em 2012, mais de 350 mil alunos matriculados em
cursos de ensino técnico, considerando-se as redes privadas e públicas. Só
o Centro Paula Souza foi responsável por 154 mil matrículas em seus cur-
sos técnicos de nível médio. O Gráfico 13 mostra como a rede Paula Souza
se expandiu: entre 1998 e 2012, as matrículas se multiplicaram por 9.
O acesso dos jovens de 18 a 24 anos ao ensino superior ampliou-se
expressivamente, tanto no Estado de São Paulo como no Brasil. Para a po-
pulação paulista, esse indicador passou de 7,4%, em 1993, para 17,7%,
em 2012. No Brasil, a evolução foi de 4,8% para 15,1%, no mesmo perío-
do (Gráfico 14).
GRÁFICO
13
Matrículas no ensino técnico de nível médio do Centro Paula SouzaEstado de São Paulo – 1998-2012
Fonte: Coordenadoria de ensino técnico – Cetec.
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
140.000
160.000
180.000No de matrículas
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 19
GRÁFICO
14
População de 18 a 24 anos que frequenta ensino superiorBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
Anos médios de estudo
Outro indicador que revela a situação educacional da população é a média
de anos de estudo. Para os paulistas de 15 anos e mais, essa média passou
de 6,2 para 8,9 anos, entre 1993 e 2012, praticamente a escolaridade equi-
valente à conclusão do ensino fundamental. O fato de esse indicador ser
menor para o segmento com idade igual ou superior a 40 anos (7,6 anos,
em 2012) indica a influência da baixa escolaridade das pessoas mais velhas
na média da população (Gráfico 15).
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em %Brasil Estado de São Paulo
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 20
GRÁFICO
15
Média de anos de estudo, por faixa etáriaBrasil e Estado de São Paulo – 2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.
Estado de São Paulo Brasil
8,9
10,4
7,67,9
9,4
6,5
0
2
4
6
8
10
12
15 anos e mais 18 a 39 anos 40 anos e mais
Anos de estudo
Indicadores de desempenho
O aumento sistemático das taxas de atendimento nos diversos níveis de
ensino e a redução das desigualdades entre os estudantes mais ricos e
mais pobres evidenciam tendência da universalização do acesso à educa-
ção básica no Estado de São Paulo. A partir de agora, o principal desafio
reside na melhoria do desempenho dos alunos. O Índice de Desenvolvi-
mento da Educação Básica – Ideb foi desenvolvido para ser um indicador
que sintetiza informações de desempenho em exames padronizados, com
informações sobre rendimento escolar (taxa média de aprovação dos estu-
dantes na etapa de ensino).
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 21
GRÁFICO
16
Resultados do Ideb para a rede pública, por nível de ensinoBrasil e Estado de São Paulo – 2005-2011
Fonte: Saeb e Censo Escolar.
A evolução do Ideb (Gráfico 16) mostra que a educação básica pú-
blica paulista tem melhorado, com maior velocidade na primeira etapa
do ensino fundamental (1o ao 5o ano). Com isso, o Estado não só vem
atingindo as metas bienais fixadas pelo MEC, como também tem figurado
sempre entre os estados com melhor desempenho educacional. Além dis-
so, a melhoria mais significativa no desempenho dos alunos do 5o ano já
aponta para uma perspectiva positiva de melhoria nas etapas seguintes, à
medida que as novas gerações forem alcançando o final do ensino funda-
mental e o ensino médio.
Estado de São Paulo Brasil
Ideb
4,53,8
3,3
5,4
4,4 3,93,63,2 3,1
4,73,9
3,4
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
5o ano 9o ano 3a série EM 5o ano 9o ano 3a série EM
2005 2011
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 22
HABITAÇÃO E ACESSO ÀS REDES DE SERVIÇOS URBANOS
No campo habitacional, o Estado de São Paulo vem progredindo continua-
mente, como mostram os resultados apresentados no Gráfico 17, no qual se
observa que, em 2012, 83% das moradias existentes no território paulista
eram adequadas, contra 68% em 1993. Nessa mesma situação encontra-
vam-se, em 2012, 70% das moradias existentes no Brasil.
GRÁFICO
17
Proporção de moradias que apresentam adequação habitacional (1)Brasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) A proporção de moradias adequadas foi calculada subtraindo-se do total de domicílios particulares permanentes urbanos aqueles que apresentavam pelo menos um dos seguintes tipos de inadequação habitacional: ausência de água de rede geral, canalizada para o domicílio ou para a propriedade; ausência de esgoto sanitário por rede geral ou fossa séptica; área insuficiente para morar, medida pelo adensamento excessivo, isto é, domicílios com três pessoas ou mais por cômodo servindo como dormitório; qualidade estrutural inadequada, devido ao uso de materiais não duráveis nas paredes e teto e insegurança da posse, como no caso dos domicílios edificados em terrenos de propriedade de terceiros e outras condições de moradia, como invasões. Como, a partir de 2011, a variável que identifica os aglomerados subnormais (favelas) não é mais disponibilizada nos microdados, não sendo possível sua identificação, esse critério de inadequação não está sendo utilizado. Entretanto, a insegurança da posse e o uso de materiais não duráveis nas paredes e teto consistem em boas aproximações para a identificação das favelas.
Estado de São Paulo Brasil
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em %
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 23
Um dos critérios considerados para classificar as moradias como ade-
quadas é o acesso às redes de serviços urbanos, cuja evolução em São Paulo
pode ser visualizada no Gráfico 18. Nota-se que o acesso às redes de água
e de coleta de lixo são praticamente universais no Estado (96,3% e 95,2%,
respectivamente) e que progressos importantes vêm sendo obtidos no que
diz respeito à rede de esgotamento sanitário: se, em 1993, 77% das mora-
dias paulistas tinham acesso a esse serviço, em 2012 o porcentual chegou
a 91%, evidenciando que a política de saneamento paulista trouxe grandes
benefícios nesse período.
No Brasil, onde também houve considerável progresso nessa área,
as proporções de moradias com ligação às redes de serviços urbanos, em
2012, correspondiam a 85% para a rede de abastecimento de água, 83%
para a de coleta de lixo e de 57% para a de esgotamento sanitário (Gráfico
19). Mas os dados relacionados a esgotamento sanitário ainda evidenciam
um quadro bastante problemático nesse quesito em escala nacional.
GRÁFICO
18
Proporção de moradias com acesso às redes de serviços urbanos de água, lixo e esgoto (1)Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Proporção de domicílios particulares permanentes que têm água de rede geral, canalizada para o domicílio ou para a propriedade; lixo coletado diretamente por serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, e esgoto sanitário por rede geral.
70,0
75,0
80,0
85,0
90,0
95,0
100,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Água Lixo Esgoto
Em %
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 24
GRÁFICO
19
Proporção de moradias com acesso às redes de serviços urbanos de água, lixo e esgoto (1)Brasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Proporção de domicílios particulares permanentes que têm água de rede geral, canalizada para o domicílio ou para a propriedade; lixo coletado diretamente por serviço ou empresa de limpeza, pública ou privada, e esgoto sanitário por rede geral.
A universalização dos serviços de abastecimento de água e coleta de
esgoto nos domicílios paulistas certamente será alcançada, uma vez que
diversos programas de saneamento encontram-se em execução no Estado.
Com relação às telecomunicações, houve avanços expressivos que
praticamente levaram à universalização do acesso aos serviços de telefonia
no Estado de São Paulo, onde 96% das residências possuíam telefone fixo
ou aparelho celular em 2012, contra apenas 29% em 1993. No Brasil, o
acesso também se ampliou, passando de 20% para 91%, no mesmo perío-
do (Gráfico 20).
Quando se considera a posse de computador com acesso à Internet,3
nos dois cortes geográficos também houve crescimento acentuado. Em
São Paulo, esse indicador evoluiu de 21%, em 2001, para 62%, em
2012, enquanto no Brasil, no mesmo período, passou de 13% a 46%
(Gráfico 21).
3. Vale notar que o acesso dos moradores à Internet deve ser superior aos valores ora apre-sentados, uma vez que atualmente boa parte das conexões é efetuada por meio de aparelhos celulares ou tablets, e não de computadores.
Estado de São Paulo Brasil
93,1 89,8
77,0
95,991,1
85,5
96,395,2 91,1
75,0
64,4
38,9
81,976,4
46,4
85,4 83,4
57,1
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
Água Lixo Esgoto Água Lixo Esgoto Água Lixo Esgoto
1993 2002 2012
Em %
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 25
GRÁFICO
20
Proporção de moradias com posse de telefone fixo ou aparelho celular(1)Brasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.(1) Entre 1993 e 1999, foi considerado somente o telefone fixo.Nota: Os dados de 2001 a 2009 foram processados com a nova ponderação (divulgada em setembro de 2012).
GRÁFICO
21
Proporção de moradias com posse de computador com acesso à InternetBrasil e Estado de São Paulo – 2001-2012
Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD; Fundação Seade.Nota: Os dados de 2001 a 2009 foram processados com a nova ponderação (divulgada em setembro de 2012).
Brasil Estado de São Paulo
Em %
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
100,0
1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012
Em %
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 20120,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
Estado de São Paulo Brasil
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 26
MORTALIDADE INFANTIL
A taxa de mortalidade infantil é considerada um importante indicador para
avaliar as condições de saúde das populações, pois reflete, além das con-
dições de desenvolvimento socioeconômico e da situação da infraestrutura
ambiental, o atendimento da população infantil de uma determinada área.
No período estudado, a taxa de mortalidade infantil diminuiu signifi-
cativamente, passando, no Brasil, de 39,5 óbitos por mil nascidos vivos, em
1993, para 15,3, em 2011, com decréscimo de 61,3%. No Estado de São
Paulo, a redução se deu a partir de um patamar menor: de 26,2 para 11,6
por mil nascidos vivos, nesse mesmo intervalo de tempo, com retração de
55,9%). Em 2012, a taxa chegou a 11,5 óbitos por mil nascidos vivos no
Estado (Gráfico 22).
Assim, a média do país, que em 1993 superava em 50,8% a do Esta-
do, em 2011 passou a ser 32,5% maior do que a paulista. À medida que
as taxas diminuem, os decréscimos a cada ano vão ficando menores, uma
vez que os fatores que as afetam tornam-se mais difíceis de serem evitados.
Quando a mortalidade infantil diminui, a tendência é que, por determina-
do tempo, ela se concentre em idades mais precoces. No caso do Brasil,
GRÁFICO
22
Taxas de mortalidade infantilBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: Datasus; Fundação Seade.
0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
40,0
45,0Por mil nascidos vivos
1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011 2012
Brasil Estado de São Paulo
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 27
observava-se em 1993 que os óbitos infantis dividiam-se igualmente entre
menores e maiores de 28 dias – períodos neonatal e pós-neonatal, respecti-
vamente. Já em 2011, 69,3% ocorriam no período neonatal, demonstrando
que a mortalidade pós-neonatal reduziu-se de forma mais intensa (Gráfico
23). De fato, enquanto a taxa de mortalidade pós-neonatal passou de 19,7
para 4,7 óbitos por mil nascidos vivos nesse período, a neonatal diminuiu
de 19,7 para 10,6 por mil. Isso significa que as reduções foram de 76,1% e
46,2%, respectivamente para essas duas faixas.
Em São Paulo, verifica-se que já em 1993 a taxa do período neonatal
aparecia bem superior à do pós-neonatal, com respectivamente, 16,7 e
9,5 óbitos por mil nascidos vivos. Isso significa que os óbitos neonatais
respondiam por quase 64% das mortes infantis. Nos anos seguintes, a
mortalidade pós-neonatal continuou a diminuir mais rapidamente do que
a neonatal, registrando, em 2011, 3,7 óbitos por mil nascidos vivos, valor
inferior, portanto, à média brasileira. Já a taxa de mortalidade neonatal
caiu 52,8%, um pouco abaixo dos 61,2% observados para o pós-neona-
tal, alcançando, em 2011, 7,8 óbitos por mil nascidos vivos. Nesse último
ano, as mortes neonatais representavam 68% do total, semelhante ao
GRÁFICO
23
Taxas de mortalidade infantil, por períodosBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: Datasus; Fundação Seade.
0,0
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
ESP – Neonatal ESP – Pós-neonatal
Brasil – NeonatalPor mil nascidos vivos
Brasil – Pós-neonatal
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 28
verificado para o país. Em 2012, as taxas de mortalidade foram muito se-
melhantes às de 2011, correspondendo a 7,9 e 3,5 óbitos por mil nascidos
vivos, respectivamente.
As taxas de mortalidade infantil para o país e para o Estado de São
Paulo ainda são superiores àquelas observadas em países mais desenvolvi-
dos, onde situam-se em torno de 4 óbitos por mil nascidos vivos. A diminui-
ção das taxas no país dependerá, basicamente, de medidas voltadas à redu-
ção das causas que estão relacionadas às condições do pré-natal e do parto.
A redução das doenças infecciosas e daquelas relacionadas ao aparelho
respiratório contribuíram muito para o decréscimo da mortalidade infantil
nas duas últimas décadas, em razão de medidas como a expansão do sanea-
mento básico, vacinação, melhorias da alimentação, incentivo à amamen-
tação, cuidados básicos, entre outras. Essas ações continuarão importantes
para o bom atendimento da população, mas terão contribuição limitada em
termos da redução da mortalidade infantil nos próximos anos. Isso porque
a participação dessas doenças no total de óbitos já aparece muito reduzi-
da, sendo responsáveis em conjunto por menos de 10% da mortalidade
infantil tanto no Estado como no país, em 2011. Já as causas perinatais
responderam por quase 60% do total de óbitos, cabendo às malformações
congênitas cerca de 20%, tanto para o país como para o Estado. Deve-se
ressaltar que a grande parte das mortes devido a essas causas ocorreu nos
primeiros dias de vida – metade dos óbitos infantis aconteceu na primeira
semana –, daí a importância de sua prevenção durante a gestação. Também
é fundamental a melhoria nas condições do parto e pós-parto para que a
mortalidade nessa faixa etária mantenha a tendência dos últimos anos.
MORTALIDADE POR AGRESSÕES
Durante mais de 20 anos, a taxa de mortalidade por agressões cresceu
continuamente no Estado de São Paulo, atingindo, em 1999, seu ponto
máximo tanto no conjunto do Estado (43,3 óbitos por 100 mil habitantes)
quanto na Região Metropolitana de São Paulo (65,2 mortes por 100 mil). A
partir desse ano, foi iniciado um movimento de contínua redução em ambas
unidades geográficas, embora com maior intensidade na Região Metropoli-
tana. Isso fez com que, em 2011, as taxas regredissem para 12,5 óbitos por
100 mil habitantes nos dois cortes geográficos (Gráfico 24), revertendo uma
tendência que causava preocupação e temor na população.
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 29
LONGEVIDADE
A longevidade humana está associada a uma cadeia de fatores, entre os
quais se destacam as condições ambientais dos locais de residência e traba-
lho, a qualidade do saneamento e os níveis de poluição. Os hábitos alimen-
tares, consumo de drogas, a incidência de agressões, riscos de acidentes e
o acesso a serviços médicos tecnologicamente atualizados são elementos
também determinantes nas condições de sobrevivência.
A esperança de vida ao nascer tem sido considerada um indicador
síntese da longevidade, diretamente associado às condições gerais de saúde
de uma população. É um dos indicadores demográficos mais disseminados
mundialmente e está contemplado em grande parte dos relatórios e publi-
cações especializadas das Nações Unidas.
O Gráfico 25 mostra a evolução da esperança de vida da população do
Estado de São Paulo e do Brasil, no período 1993 a 2012, deixando evidente
a tendência contínua de crescimento da longevidade em ambos os casos.
Entre 1993 e 2012, a esperança de vida ao nascer da população re-
sidente no Estado de São Paulo, elaborada a partir das estatísticas vitais
produzidas pela Fundação Seade, aumentou 6,06 anos, sendo que 2,90 nos
últimos dez anos. Em 2012 esse indicador atingiu 75,35 anos.
GRÁFICO
24
Taxas de mortalidade por agressõesEstado de São Paulo e Região Metropolitana de São Paulo – 1993-2011
Fonte: Fundação Seade.
Estado de São Paulo
0
10
20
30
40
50
60
70
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Região Metropolitana de São Paulo
Por 100 mil habitantes
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 30
As informações sobre a esperança de vida para o Brasil (IBGE), no mes-
mo período considerado, mostram que o número médio de anos de vida da
população brasileira aumentou 6,22 anos entre 1993 e 2012. Nos últimos
dez anos, o aumento foi de 2,95 anos, alcançando a média de 73,95 anos
em 2012.
Verifica-se que a esperança de vida da população paulista em 2012 foi
1,4 ano superior à média nacional. Como era de se esperar, a vida média
dos paulistas, ao longo do período observado, permanece superior à da
população brasileira, com diferenças sempre inferiores a dois anos de vida
média.
É importante salientar que, tanto no Estado de São Paulo como no
Brasil, os ganhos em termos de anos de vida média foram expressivos, re-
fletindo os avanços alcançados pela sociedade com relação aos fatores as-
sociados à longevidade, como a redução das mortalidades infantil e por
agressões, discutidas anteriormente.
Vale destacar que, no caso do Brasil, a esperança de vida representa
uma média de situações regionais díspares. Os maiores níveis desse indica-
dor aparecem nas Regiões Sul e Sudeste, enquanto os menores estão no
GRÁFICO
25
Esperança de vida ao nascerBrasil e Estado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: Fundação Seade; IBGE. Projeção de população do Brasil por sexo e idade, 1980-2050, Revisão 2008.
Estado de São Paulo Brasil
65,0
67,0
69,0
71,0
73,0
75,0
77,0
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
Em anos
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 31
Nordeste e no Norte. Em 2012, o Nordeste apresentava o menor nível, com
71,44 anos de vida, e o Sul registrava o maior valor, com uma média de
75,96 anos.
Nos últimos 12 anos, os ganhos foram mais significativos para a po-
pulação masculina, cuja esperança de vida aumentou de 67,13 para 71,80
anos, entre 2000 e 2012, resultando em um aumento de 4,67 anos de vida
média do homem paulista. Para a população feminina, o acréscimo foi de
2,80 anos, tendo o indicador passado de 76,05 para 78,85 anos. Assim, a
diferença na esperança de vida entre homens e mulheres no período caiu
de 8,93 para 7,05 anos.
O Gráfico 26 mostra a evolução da esperança de vida masculina e
feminina e deixa evidente a redução da diferença entre homens e mulheres,
de 2000 a 2012.
Esta tendência é resultado da redução dos índices de sobremortalida-
de masculina (razão entre as taxas de mortalidade masculina e feminina por
faixa etária) no Estado de São Paulo, ocorrida entre 2000 e 2012.
GRÁFICO
26
Esperança de vida ao nascer (e0), por sexo e diferença entre os sexosEstado de São Paulo – 1993-2012
Fonte: Fundação Seade.
8,588,858,999,168,92
9,019,058,938,868,628,498,13
7,797,557,437,167,237,137,027,05
30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0
19931994199519961997199819992000200120022003200420052006200720082009201020112012
Homens Mulheres
Em anos
diferença e0M -e0H
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 32
A esperança de vida por sexo é diretamente influenciada pela so-
bremortalidade masculina, que está presente tanto nas causas de morte
naturais quanto nas externas (acidentes, agressões, etc.), mas é nessas
últimas que se verificam os indicadores mais expressivos. O Gráfico 27
evidencia a redução desses índices, sobretudo nas faixas etárias entre 15
e 34 anos.
Esse fato reflete, em grande medida, a tendência de redução da mor-
talidade por causas externas no Estado de São Paulo, entre 2000 e 2012,
que atingiu o patamar mais elevado em torno do ano 2000.4 Depois disso,
a tendência muda de sentido, passando a ocorrer importante e sistemático
decréscimo das taxas.
Cabe assinalar que a tendência decrescente do risco de morte por
causas externas foi determinante no maior avanço da esperança de vida
masculina nesses anos e contribuiu sensivelmente para a diminuição das
diferenças de esperança de vida masculina e feminina.
4. A mortalidade por causas externas inclui a mortalidade por agressões, além de outras, como as relacionadas a acidentes de transporte e de trabalho.
GRÁFICO
27
Índices de sobremortalidade masculina, por faixa etáriaEstado de São Paulo – 2000-2012
Fonte: Fundação Seade.
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
0 1-4 5-9 10-14 15-19 20-24 25-29 30-34 35-39 40-44 45-49 50-54 55-59 60-64 65-69 70-74 75-79
q(x)M/q(x)F
Idade (em anos)
2000 2012
1a Análise Seade, no 13, abril 2014 33
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