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PORTUGUÊS FONOLOGIA – É a parte da gramática que estuda os fonemas de uma língua. FONEMA – é o menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre palavras. Veja, nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: bar – mar tela – vela sela - sala Não confunda os fonemas com letras. Fonema é um elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que representa o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e cinco letras. Certos fonemas podem ser representados por diferentes letras. É o caso do fonema /s/ (lemos “sê”), que pode ser representado por: s: pensar sc: nascer ss: passado xc: excelente x: trouxe c: cinto ç: caçar sç: deo Às vezes, a letra x pode representar mais de um fonema, como na palavra táxi. Nesse caso, o x representa dois sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro letras e cinco fonemas. Em certas palavras, algumas letras não representam nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em palavras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal, como em canto, tinta, ambulância, etc. Classificação dos fonemas Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais ou nasais. Nas orais, a corrente de ar passa apenas pela cavidade bucal (são elas: a, é, ê, i, ó, o, u); já nas nasais, a corrente de ar passa pela cavidade bucal e nasal. A nasalidade pode se indicada pelo til (~) ou pelas letras m e n (são elas: ã, e, i, õ, u). Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Ex: pa-pai. (Observe que na formação da segunda sílaba as duas vogais ficam juntas e que o /i/ é pronunciado de maneira mais fraca em relação a /a/). Consoantes: são fonemas que, diferentemente das vogais (que encontram passagem livre para o ar), são produzidos com alguma obstrução da cavidade oral, provocada por movimentos articulatórios. Encontros vocálicos Ditongo: é o encontro de uma vogal com uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Ex: pai (vogal + semivogal = ditongo decrescente) ginásio (semivogal + vogal = ditongo crescente) Tritongo: é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Ex: Paraguai. Hiato: é a seqüência de duas vogais numa mesma palavra, mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca há mais de uma vogal em uma mesma sílaba. Ex: sda sa-í-da, juiz ju- iz). Encontros consonantais – ocorrem quando há um grupo de consoantes sem vogal intermediária. Ex: flor, grade, digno. Dígrafos – dá-se o nome de dígrafo ao grupo de duas letras que representa apenas um fonema. Podem ser vocálicos ou consonantais. Serão vocálicos no caso de qualquer vogal combinada com as letras m e n (pois ambas estão ali para marcar a nasalidade da vogal). Serão consonantais quando a combinação de letras representar um fonema consonantal. São consonantais os dígrafos abaixo: ch – chuva xc – excelente sc – nascer qu - quente ss – osso nh - vinho sç – dea rr - ferro lh – filho gu – guerra PORTUGUÊS Página 1 de 24 Atenção! Nos dígrafos, as duas letras representam um só fonema; nos encontros consonantais, cada letra representa um fonema.

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PORTUGUÊS

FONOLOGIA – É a parte da gramática que estuda os fonemas de uma língua.

FONEMA – é o menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significado entre palavras. Veja, nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras:

bar – mar tela – vela sela - sala

Não confunda os fonemas com letras. Fonema é um elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que representa o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e cinco letras.

Certos fonemas podem ser representados por diferentes letras. É o caso do fonema /s/ (lemos “sê”), que pode ser representado por:

s: pensar sc: nascerss: passado xc: excelentex: trouxe c: cintoç: caçar sç: desço

Às vezes, a letra x pode representar mais de um fonema, como na palavra táxi. Nesse caso, o x representa dois sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro letras e cinco fonemas.

Em certas palavras, algumas letras não representam nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em palavras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal, como em canto, tinta, ambulância, etc.

Classificação dos fonemas•Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais ou nasais. Nas orais, a corrente de ar passa apenas pela cavidade bucal (são elas: a, é, ê, i, ó, o, u); já nas nasais, a corrente de ar passa pela cavidade bucal e nasal. A nasalidade pode se indicada pelo til (~) ou pelas letras m e n (são elas: ã, e, i, õ, u).

•Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Ex: pa-pai. (Observe que na formação da segunda sílaba as duas vogais ficam juntas e que o /i/ é pronunciado de maneira mais fraca em relação a /a/).•Consoantes: são fonemas que, diferentemente das vogais (que encontram passagem livre para o ar), são produzidos com alguma obstrução da cavidade oral, provocada por movimentos articulatórios.

Encontros vocálicos•Ditongo: é o encontro de uma vogal com uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Ex:

pai (vogal + semivogal = ditongo decrescente)ginásio (semivogal + vogal = ditongo crescente)

•Tritongo: é o encontro de uma semivogal com uma vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Ex: Paraguai.

•Hiato: é a seqüência de duas vogais numa mesma palavra, mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca há mais de uma vogal em uma mesma sílaba. Ex: saída sa-í-da, juiz ju-iz).

Encontros consonantais – ocorrem quando há um grupo de consoantes sem vogal intermediária. Ex: flor, grade, digno.

Dígrafos – dá-se o nome de dígrafo ao grupo de duas letras que representa apenas um fonema. Podem ser vocálicos ou consonantais. Serão vocálicos no caso de qualquer vogal combinada com as letras m e n (pois ambas estão ali para marcar a nasalidade da vogal). Serão consonantais quando a combinação de letras representar um fonema consonantal. São consonantais os dígrafos abaixo:

ch – chuva xc – excelentesc – nascer qu - quentess – osso nh - vinhosç – desça rr - ferrolh – filho gu – guerra

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Atenção!Nos dígrafos, as duas letras representam um só fonema; nos encontros consonantais, cada letra representa um fonema.

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SÍLABA – é um fonema ou grupo de fonemas pronunciados num só impulso expiratório. Uma palavra pode ser formada por uma ou mais sílabas. Em português, a base de qualquer sílaba é a vogal.

Classificação das palavras quanto ao número de sílabas

•Monossílaba: apenas uma sílaba. Ex: mãe, pé, chão, flor.•Dissílaba: duas sílabas. Ex: dente, ponte, dado.•Trissílaba: três sílabas. Ex: médico, amigo, cadeira.•Polissílaba: quatro ou mais sílabas. Ex: amizade, medicina, literatura.

Silaba tônica e sílaba átonaNa palavra com mais de uma sílaba,

dizemos que a sílaba tônica é aquela que se distingue das demais por ser pronunciada com mais intensidade. As outras sílabas da palavra são chamadas de átonas.

Quanto à posição da sílaba tônica, uma palavra pode ser:

•Oxítona: quando a sílaba tônica é a última. Ex:

pular, gentil, mulher

•Paroxítona: quando a sílaba tônica é a penúltima. Ex:

casa, tela, amigo

•Proparoxítona: quando a sílaba tônica é a antepenúltima. Ex:

árvore, próximo, exército

EXERCÍCIOS

01. O mesmo fonema representado pelo ç em direção ocorre em outros vocábulos. Esse não é o caso de (A) pisaram.(B) próxima.(C) efervescente.(D) possibilidade.(E) espécie.

02. A pronúncia das palavras na linguagem coloquial por vezes se distancia bastante de sua representação escrita. Em alguns casos, essa diferença chega a determinar uma quantidade diferente de sílabas entre a palavra escrita e a pronúncia na linguagem coloquial. Esse é o caso da palavra (A) habitantes.(B) estruturalmente.(C) objeto.(D) português.(E) laser.

03. É comum fazermos acréscimos ou supressões de fonemas nas palavras, fenômenos esses são registrados na escrita. Todas as palavras abaixo, considerando sua pronúncia na linguagem coloquial, encaixam-se nesse caso, à exceção de (A) surpreendidos.(B) dignidade.(C) duradoura.(D) técnicas.(E) ambigüidade.

04. Algumas palavras da língua portuguesa contêm sílabas terminadas por consoantes que não costumam ocorrer nessa posição. (final de sílaba). Em função disso, na língua falada, freqüentemente tais palavras acabam por apresentar uma sílaba a mais do que a sua representação escrita.

Observe as palavras abaixo.

I. pulsoII. intelectoIII. hipnótica

Quais delas correspondem à descrição acima? (A) Apenas II.(B) Apenas III.(C) Apenas I e II.(D) Apenas II e III.(E) I, II e III.

05. Ao pronunciar palavras como adeptos, os falantes da língua portuguesa tendem a acrescentar-lhes uma vogal não representada na língua escrita.

Observe as alternativas abaixo:

I. perseguem, homossexuaisII. rachar, igualdadeIII. facção, significa

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Em quais delas ambas as palavras sofrem o mesmo processo? (A) Apenas I.(B) Apenas II.(C) Apenas III.(D) Apenas I e III.(E) Apenas II e III.

06. Todas as palavras abaixo, à exceção de uma, apresentam um mesmo fonema consonantal em posição inicial de sílaba, com representações gráficas diferentes. Não apresenta esse fonema consonantal comum a todas as outras a palavra (A) relação.(B) passivamente.(C) segurado.(D) reciprocidade.(E) existe.

07. Embora escrevamos............... e ............. de forma diferente, depois de su, é óbvio que as duas grafias representam o mesmo fonema; esse é um exemplo das dificuldades de nossa ortografia. (A) suserano – sucesso.(B) sucinto – suserano.(C) sucesso – sucinto.(D) suscitar – suscetível.(E) sucinto – suscetível.

08. Na fala freqüente fazemos acréscimos ou supressões de fonemas nas palavras. Tais fatos de pronúncia, contudo, não são registrados na escrita. Todas as palavras abaixo, considerando sua pronúncia na linguagem coloquial, se encaixam nesse caso, à exceção de (A) verdadeira.(B) tampouco.(C) capturado.(D) balé.(E) ficção.

09. Na ortografia da língua portuguesa, usam-se freqüentemente combinações de duas letras para representar um só som. Isso não ocorre na palavra (A) florescendo.(B) aquele.(C) mancha.(D) dissecava.(E) exonerado.

MORFOLOGIA – É a parte da gramática que estuda a estrutura e o processo de formação das palavras de uma determinada língua. Trata ainda da classificação e das flexões das palavras.

Estrutura das Palavras

Observe as seguintes palavras:Gordo, gordinho, gordura, gorducho, gordão, engordar.

A comparação entre essas estruturas revela uma unidade comum: gord- dotada de significado específico; essas unidades são chamadas de elementos mórficos ou morfemas. Os elementos mórficos são classificados de acordo com a função que exercem nas palavras. Assim, temos:

• Radical: é o morfema que corresponde ao sentido básico da palavra. Em alguns casos, pode ser depreendido por comparação entre várias palavras de uma mesma família (grupo de palavras que se organizam a partir de um mesmo radical e que mantêm, por esse motivo, um vínculo de significado). As palavras

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Palavra é uma unidade lingüística de som e significado que entra na composição dos enunciados da língua.

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apresentados acima, cujo radical é gord-, podem ser chamadas de cognatas.

• Afixos: são morfemas que, se acrescentados a um radical, dão origem a uma nova palavra. Os afixos de subdividem em:

Prefixos : acrescentados ao início do radical. Exemplo: engordar.

Sufixos : acrescentados ao fim do radical. Exemplo: gordura, gorducho, gordinho.

•Desinências: são os morfemas indicativos das flexões das palavras, ou seja, das variações por que elas passam para indicar as categorias de gênero e número (nos substantivos, adjetivos e pronomes) e de pessoa, número, modo e tempo (nos verbos).

• Vogal Temática: morfema que caracteriza as conjugações verbais, estabelecendo a ligação entre o radical e as desinências.

• Tema: é o conjunto formado pelo radical acrescido da vogal temática (o tema do verbo “cantar” é canta-).

• Vogais e Consoantes de Ligação: são vogais e consoantes que, sem trazer nenhuma informação gramatical ou modificação de sentido,

vêm entre dois morfemas para facilitar a pronúncia. Podemos dizer, então, que sua utilização deve-se a leis fonéticas.

Formação de Palavras

Observam-se, na Língua Portuguesa, dois diferentes processos de formação de palavras: derivação e composição.

• Derivação: é o processo de formação de palavras pelo acréscimo de afixos a um determinado radical, da subtração de morfemas ou da troca de classe gramatical. Subdivide-se em:

Derivação prefixal : ocorre quando a nova palavra é formada pelo acréscimo de um prefixo ao radical da palavra primitiva.

Derivação sufixal : ocorre quando a nova palavra é formada pelo acréscimo de um sufixo ao radical da palavra primitiva.

D erivação parassintética : ocorre quando a nova palavra é formada pelo acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo ao radical da palavra primitiva.

Derivação regressiva : a nova palavra é formada pela subtração de um elemento da palavra primitiva. Geralmente são formados

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IMPORTANTE:

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substantivos a partir de verbos por meio desse processo.

Derivação imprópria : neste caso, a palavra muda de classe gramatical sem que tenha sofrido qualquer alteração de natureza morfológica; a mudança ocorre pelo contexto em que a palavra é utilizada.

LEMBRE-SE: Quando dizemos que uma palavra é primitiva, quer dizer que ela não se origina de nenhuma outra. Para saber se uma palavra é primitiva, tente sempre lembrar de outras palavras da mesma família, pois a palavra primitiva costuma ser a menor de todas (já que não apresentará prefixo, sufixo ou desinência)!

PRIMITIVAS DERIVADAS

casa casario, casarão, casebreflor florista, florido, florescer

• Composição: é o processo de formação de novas palavras pela combinação de radicais de palavras diferentes. Pode ser de dois tipos:

Composição por justaposição : os radicais agregados conservam-se inalterados.

Composição por aglutinação : há a alteração de pelo menos um dos radicais que foram agregados para a formação da nova palavra.

• Outros Processos:

Neologismo: criação de uma nova palavra. Exemplo: Imexível.

Abreviação vocabular: telefone – fone; pornográfico – pornô.

Siglonimização: criação de siglas. Exemplo: PIB – Produto Interno Bruto.

Onomatopéia: criação de palavras com a intenção de imitar ou reproduzir certos sons ou ruídos. Exemplo: tique-taque, zunzum, miau, bem-te-vi.

EXERCÍCIOS

01. As palavras molheira, saleiro e sujeira são formadas pela adição de um mesmo sufixo ao radical. Assinale a alternativa que NÃO apresenta o mesmo sufixo. (a) roupeiro. (b) queira.(c) fofoqueira.(d) lixeira.(e) mosqueteiro.

02. A palavra epatáveis foi criada por Veríssimo a partir do verbo épater, que no francês significa “espantar”. O neologismo do autor segue as regras de derivação da língua portuguesa: a partir do empréstimo da palavra francesa , obtém-se o verbo epatar; tomando tal verbo como radical é possível, então, a formação de epatáveis. Seguindo a sugestão do autor, foram criados os cinco neologismos que aparecem na primeira coluna abaixo; na segunda coluna, aparecem observações sobre a estrutura ou o significado de alguns desses neologismos.

(1) epatados.(2) epatabilidade.(3) inepatáveis.(4) epatador.(5) epatadiço.

( ) Substantivo formado a partir do adjetivo epatável .( ) Substantivo que designa o agente de uma ação, significando o agente de uma ação.( ) Palavra formada pela adição de prefixo e sufixo.

Assinale a alternativa cuja numeração corresponde à associação correta entre as duas colunas. (a) 2 – 3 – 4(b) 1 – 4 – 3 (c) 5 – 2 – 1

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(d) 1 – 5 – 2 (e) 2 – 5 – 1

03. Todas as alternativas abaixo possuem o mesmo prefixo, com exceção de: (a) insinuações.(b) indireta.(c) incompetente.(d) incapazes.(e) inconscientemente.

04. Com o mesmo radical da palavra díspares é formada a palavra: (a) discreto.(b) ímpar.(c) disparar.(d) aparar.(e) disperso.

05. Entre as alternativas abaixo, qual contém duas palavras que não pertencem à mesma família? (a) cisão – cindir (b) desiguais - designação(c) linear – alinhado(d) gerando - gerador(e) polarização – pólo

06. Todas as palavras abaixo têm prefixos, à exceção de: (a) deslavada.(b) desacreditados.(c) inverdades.(d) impassibilidade.(e) insinuação.

07. Com o mesmo radical da palavra passíveis é formada a palavra (a) passado.(b) inultrapassável.(c) capacidade.(d) impassibilidade.(e) pacífico.

08. Existem prefixos que, embora totalmente diferentes na forma, veiculam a mesma informação semântica, ou seja, têm o mesmo significado. Assinale a alternativa que contém palavras com esse tipo de relação entre si. (a) contrapartida - represália(b) estratosférica – superioridade(c) impenetrável – descrente(d) reage – originalidade(e) inconscientemente – impenetrada

09. Assinale a alternativa em que o prefixo da palavra recriação foi empregado. (a) recreação(b) religiosidade(c) reorganização(d) requisição(e) representação

10. Quanto ao processo formador das palavras, marque a alternativa que indica a falsa identificação. (a) ferimento: composição por justaposição.(b) bispado: derivação sufixal.(c) entardecer: derivação parassintética.(d) entrelinha: derivação prefixal.(e) aguardente: composição por aglutinação.

11. Considere o processo formador das palavras e numere a segunda coluna de acordo com a primeira:(1) derivação prefixal(2) derivação sufixal(3) derivação parassintética(4) derivação regressiva(5) composição por justaposição(6) composição por aglutinação

( ) livreiro( ) enfurecer( ) desleal( ) o abalo( ) azul-marinho( ) girassol( ) planalto( ) envenenar( ) realismo

Aponte, agora, a alternativa que apresenta a seqüência resultante. (a) 2 – 3 – 4 – 1 – 5 – 5 – 6 – 3 – 2(b) 3 – 2 – 1 – 4 – 5 – 5 – 6 – 3 – 2(c) 6 – 3 – 1 – 4 – 5 – 6 – 5 – 2 – 3(d) 2 – 3 – 1 – 4 – 5 – 5 – 6 – 3 – 2(e) 4 – 6 – 3 – 2 – 3 – 3 – 5 – 1 – 2

12. Foram formadas pelo mesmo processo as seguintes palavras: (a) vendavais – naufrágios – polêmicas(b) descompõem – desempregados - desejava(c) entendendo – escritório – espírito(d) quietação – sabonete – nadador(e) religião – irmão – solidão

13. O único caso de aglutinação, nas alternativas que seguem, é:

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(a) supermulher.(b) antidemocrático.(c) estadunidense.(d) café-concerto.(e) embarcar.

14. (UFRGS) Abaixo são feitas três afirmações sobre a formação de palavras:

I. As palavras parturientes, partos, e parteiras têm o mesmo radical.II. Em história e em obrigatório,

encontramos o mesmo sufixo, que admite flexão de gênero.III. As palavras estupidez,

manipulação e obscurantismo são formadas por sufixação.

Quais estão corretas? (a) Apenas I.(b) Apenas I e II.(c) Apenas I e III.(d) Apenas II e III.(e) I, II e III.

15. (RITTER) Considere a palavra rentáveis para responder à questão seguinte.No seu processo de formação por derivação, sofre uma alteração no radical, da mesma ordem que (a) mutável.(b) apreciável.(c) considerável.(d) demonstrável.(e) detestável.

16. Assinale a alternativa em que todos os prefixos têm a mesma significação. (a) recuar – reverter – rever(b) amoral – afônico – aproximar(c) imperdoável – desnutrir – impossível(d) insuficiente – incapaz – injetar(e) transferir – transporte – sobrepor

Classes de Palavras

Em nossa língua, as palavras são divididas em dez classes, distribuídas em dois grupos:

a) Variáveis (têm flexão): substantivos, adjetivos, artigos e verbos.

b) Palavras invariáveis (não têm flexão): advérbios, preposições, conjunções, interjeições.

c) Palavras variáveis / invariáveis (podem, ou não, flexionar-se): pronomes e numerais.

SUBSTANTIVO

Tradicionalmente o substantivo é definido como vocábulo que designa os seres (pessoas, animais ou coisas): tijolo, floresta, pingüim, etc. Contudo, também pode designar qualidade (honradez, lealdade) ou ações (subtração, viagem, assessoramento). Enfim, podemos classificar como substantivo tudo aquilo que pode ser tomado como tendo algum tipo de existência própria, ainda que apenas imaginada (gnomo, anjo, unicórnio).

Os substantivos podem ser classificados da seguinte forma:

• Classificação quanto ao que é nomeado:

Próprios: nomeiam um único ser (ou coisa) de modo a diferenciá-la de outros da mesma classe (Paulo, Maria, João).

Comuns: identificam todos os seres, coisas ou idéias de um mesmo tipo, de uma mesma classe (árvore, ódio, homem, cidade, carro).

Coletivo: é um substantivo comum que, mesmo no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie (boiada, enxame, matilha, esquadra, panapaná).

• Classificação quanto à natureza do que é nomeado:

Concretos: identificam algo cuja referência é imediata. Não se trata de assegurar a existência do ser ou coisa nomeada, mas sim a possibilidade de atribuir-lhe uma representação precisa (boi, prego, casa, dinossauro, bruxa, menina).

Abstratos: nomeiam algo que é pouco preciso: um sentimento, um estado. Trata-se sempre de uma noção, de uma idéia sobre algum estado ou sentimento, sem que se possa precisá-la (saudade, ódio, tristeza, beleza, amor).

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• Classificação quanto à origem:

Primitivo: é o substantivo que não provém de outra palavra (pedra, livro, casa, terra).

Derivado: é o substantivo formado a partir de uma outra palavra já existente, pelo uso de afixos (pedreira, livraria, casebre, terreiro).

• Classificação quanto à estrutura:

Simples: formado a partir de um único radical (livro, guarda, flor, pedra).

Composto: formado por mais de um radical (couve-flor, planalto, pé-de-moleque, aguardente).

FLEXÃO DE GÊNEROGramaticalmente, os substantivos

podem pertencer ao gênero masculino ou feminino, dividindo-se em biformes e uniformes.

Biformes : são aqueles que apresentam uma forma para cada gênero. Nesse caso, ocorrem as seguintes situações:

a) Como regra geral, o gênero feminino é marcado pela desinência –a. Ex: gato – gata, freguês – freguesa, juiz – juíza.

b) Alguns substantivos formam o feminino por meio de acréscimo de sufixos. Ex: conde – condessa, imperador – imperatriz, sacerdote – sacerdotisa, poeta – poetiza.

c) Os substantivos terminados em ão formam o feminino em oa, ã ou ona. Ex: leão – leoa, anão – anã, solteirão – solteirona.

d) A oposição masculino – feminino pode ser indicada por substantivos de radicais diferentes que se referem a seres da mesma espécie; esses substantivos são chamados de heterônimos. Ex: homem – mulher, bode – cabra, cavalo – égua.

Uniformes : são aqueles que apresentam a mesma forma no masculino e no feminino. Podem ser:

a) Comuns-de-dois: são os que se referem a pessoas, e a distinção é dada pelas palavras que os acompanham.

b) Sobrecomuns: são os substantivos (referentes a pessoas) que só podem ser usados em um único gênero, quer se refiram a pessoas do sexo feminino ou do masculino.

c) Epicenos: substantivos de um único gênero (referentes a animais); no caso de ser necessário estabelecer uma diferença de sexo, recorre-se às palavras macho ou fêmea.

d) Gênero de mudança de significado:

FLEXÃO DE GRAUA classificação de grau dos

substantivos serve para indicar uma proporção maior ou menor em relação a um ponto de referência considerado normal. Quando a proporção é maior, diz-se que o substantivo encontra-se no grau aumentativo (casa – casarão), quando ela é menor, diz-se que o substantivo encontra-se no grau diminutivo (casa – casinha).

Existem dois processos diferentes de formação da flexão de grau dos substantivos:

Processo sintético: um sufixo típico (de forma aumentativa ou diminutiva) é acrescentado ao radical do substantivo. Ex: gato + -inho= gatinho, gato + -ão= gatão.

Processo Analítico: um adjetivo quantificador acompanha o substantivo para indicar flexão de

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Observação:Não confunda gênero com o sexo dos seres a que se referem os substantivos. Na análise gramatical, a palavra nuvem, por exemplo, é um substantivo feminino e a palavra sapato, um substantivo masculino, não havendo nesses casos, evidentemente, nenhuma alusão a características sexuais. A palavra criança é um substantivo feminino e tatu, um substantivo masculino, embora possam designar seres de ambos os sexos.

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grau. Ex: gato grandeI, gato pequeno.

PRINCIPAIS SUFIXOS AUMENTATIVOS-aça – barcaça -ázio – copázio-aço – ricaço -eirão – vozeirão-alhão – vagalhão

-ona – mulherona

-anzil – corpanzil

-orra- cabeçorra

-ão – paredão -udo – barrigudo-arrão – gatarrão -zão – pezão

-az – lobaz -zarrão - homenzarrão

PRINCIPAIS SUFIXOS DIMINUTIVOS-acho - riacho -eta – saleta-culo – versículo -eto – poemeto-ejo – lugarejo -ico – burrico-elho – rapazelho -ilha – tropilha-ela – ruela -im – flautim-inho – livrinho -ote – saiote

-ito – rapazito-únculo – homúnculo

-ola – rapazola -zinho – cãozinho-ota – ilhota -zito - pezito

FLEXÃO DE NÚMEROOs substantivos podem assumir forma

singular ou plural. Há, porém, alguns que só se usam no singular ou no plural, como fé, caridade, parabéns, pêsames.

Plural dos substantivos simples

1.Como regra geral, o plural é feito pelo acréscimo do s à forma singular. Ex: aluno – alunos, casa – casas, urubu – urubus.

2.Os substantivos terminados em al, el, ol e ul fazem o plural trocando o l por is. Ex: jornal – jornais, pastel – pastéis, anzol – anzóis, azul – azuis.

3.Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas formas:a) Quando são oxítonos, trocam o l por

s. Ex: funil – funis.b) Quando são paroxítonos, trocam il

por eis. Ex: fóssil – fósseis.

4.Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acréscimo de es. Ex: pastor - pastores, juiz – juízes.

5.Os substantivos terminados em n fazem o plural pelo acréscimo de es ou s (a segunda forma é mais usada). Ex: pólen – pólens, hífen – hífenes / hifens, abdômen – abdômenes / abdômens.

6.Os substantivos monossílabos e os oxítonos terminados em s fazem o plural pelo acréscimo de es. Ex: país – países, francês – franceses, mês – meses, gás – gases.

7.Os substantivos terminados em x não mudam de forma no plural. Ex: o tórax – os tórax.

8.Os substantivos terminados em ão podem formar o plural de três maneiras:a) Pelo acréscimo de s. Ex: irmão –

irmãos.b) Pela transformação de ão em ães.

Ex: alemão – alemães.c) Pela transformação de ão em ões.

Ex: leão – leões.

9.Quando o substantivo está no grau diminutivo e é formado com os sufixos –zinho ou –zito, perde o s do plural do substantivo primitivo. Ex: animalzinho – animai (-s) + zinhos - animaizinhos, cãozinho – cãe (-s) + zinhos – cãezinhos.

Plural dos substantivos compostos

1.Quando os elementos de um substantivo composto não estão separados por hífen, o plural se faz normalmente pelo acréscimo do s. Ex: passatempo – passatempos.

2.Quando os elementos de um substantivo composto estão ligados por hífen, podem ocorrer os seguintes casos:

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Nem sempre, porém, o uso de sufixos aumentativos ou diminutivos está relacionada à idéia de tamanho. Muitas vezes, eles dão ao substantivo um sentido afetivo, carinhoso ou, então, pejorativo, irônico. Exemplo: Rodrigo é meu amigão!

Mas que sujeitinho covarde!

Obs.: Quando não são oxítonos, os substantivos terminados em s não mudam de forma no plural. Ex: o tênis – os tênis.

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a) Variam todos os elementos se eles forem substantivos, adjetivos ou numerais.

Ex: cartão-postal – cartões-postais.

quarta-feira – quartas-feiras.

amor-perfeito – amores-perfeitos.

guarda-noturno – guardas-noturnos.

b) Varia apenas o primeiro elemento quando ele for ligado ao segundo por preposição. Ex: pé-de-moleque – pés-de-moleque.

c) Varia apenas o segundo elemento quando:

O primeiro é um verbo ou palavra invariável.

Ex: arranha-céu – arranha-céus abaixo-assinado – abaixo-

assinados guarda-roupa – guarda-

roupas

O substantivo é composto de palavras repetidas ou onomatopaicas.

Ex: reco-reco – reco-recosbem-te-vi – bem-te-vis

d) Os dois elementos ficam invariáveis quando o substantivo é composto de verbos de sentidos opostos ou de palavras que não admitem flexão. Ex: o leva-e-traz – os leva-e-traz, o bota-fora – os bota-fora.

ADJETIVO

Todo adjetivo exprime algo atribuível a um substantivo, ampliando, limitando ou precisando o seu sentido: político honesto (qualidade), carro amassado (estado), céu azul (aparência / aspecto), criança educada (modo de ser).

Além disso, o adjetivo também serve para estabelecer com o substantivo uma relação de tempo, de espaço, de matéria, de finalidade, de propriedade, de procedência, etc. Por isso, é chamado de adjetivo de relação:

nota mensal = nota relativa ao mês

movimento estudantil= movimento feito por estudantescasa paterna= casa onde habitam os paisvinho português= vinho proveniente de Portugal

Assim como ocorre com os substantivos, os adjetivos também podem ser classificados quanto:

•a sua origem:

Adjetivos Primitivos: são radicais que por si só designam qualidade, independentemente da existência de seres ou ações que as representem. São muito poucos os adjetivos primitivos da língua. Além de voa parte dos adjetivos referentes às cores, são eles: curto, grande, pequeno, claro, escuro, liso, livre, triste, feliz, brando, largo.

Adjetivos Derivados: são aqueles formados a partir de outras palavras, normalmente substantivos ou verbos + afixos (infeliz, entristecido, apavorado, desconfortável, esbranquiçado, etc.).

•a sua estrutura:

Adjetivos Simples: são os que apresentam um único radical. Os adjetivos primitivos e derivados elencados acima podem ser tomados como exemplos de adjetivos simples.

Adjetivos Compostos: são aqueles formados por mais de um radical: azul-marinho, médico-hospitalar, socioeconômico, luso-brasileiro, político-institucional.

Adjetivos PátriosSão os adjetivos derivados de

substantivos e que se referem a países, estados, províncias, regiões, cidades, aldeias, vilas, povoados. Indicam nacionalidade ou lugar de origem.

LOCAL ADJETIVO

Acre acreanoBelo Horizonte belo-hotizontinoEspírito Santo espírito-santense ou

capixaba (que significa “roça de

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ADJETIVO X SUBSTANTIVO

Uma preta velha vendia laranjas.

Uma velha preta vendia laranjas.

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milho” em uma língua indígena da região)

Mato Grosso mato-grossense

RJ (estado)fluminense (do latim flumen, que quer dizer rio.

RJ (cidade)carioca (que em tupi quer dizer “casa do branco”)

Rio Grande do Norte

rio-grandense-do-norte ou potiguar (que em tupi significa “comedor de camarão”)

Rio Grande do Sul

rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense ou gaúcho (habitante dos pampas)

SP (estado) paulistaSP (cidade) paulistanoViamão viamonenseAfeganistão afegão / afeganeBangladesh bengaliBélgica belgaChipre cipriotaNova Zelândia neozelandêsVietnã vietnamita

Estados Unidos estadunidense / norte-americano

Nova Iorque novaiorquino

Muitas vezes, entretanto, é necessário utilizar adjetivos pátrios compostos para fazer referências a mais de um povo ou região. Dizemos, então, “a cultura luso-brasileira”, “o acordo sino-soviético”, “os povos anglo-americanos”, “os trovadores galego-portugueses” e assim por diante. Nesses casos, observe que o primeiro radical assume uma forma reduzida e erudita. Veja algumas das principais formas reduzidas de adjetivos pátrios:

LOCAL RADICALÁfrica afro-

Alemanha germano- ou teuto-

América américo-Ásia ásio-Austrália australo-Áustria austro-Bélgica belgo-China sino-Dinamarca dano-Espanha hispano-Europa euro-Finlândia fino-França franco-

Galícia galaico- ou galego

Grécia greco-Índia indo-Inglaterra anglo-Itália ítalo-Japão nipo-Portugal luso-

Repare que os radicais presentes na tabela acima sempre serão o primeiro termo da composição, nunca apresentando flexão de gênero e número (permanecem como mostra a tabela).

FLEXÃO DE GÊNEROO substantivo tem sempre um

gênero, o que não ocorre com o adjetivo, que assume o gênero do substantivo que está qualificando.

Quanto à flexão de gênero, também podemos dividir os adjetivos em:

Biformes : são aqueles que apresentam uma forma para cada gênero.

Uniformes : apresentam uma única forma para ambos os gêneros. Ex: menino gentil - menina gentil.

Observação: Nos adjetivos compostos apenas o segundo elemento pode assumir a forma feminina, com exceção de surdo-mudo (fem. surda-muda).

FLEXÃO DE NÚMEROOs adjetivos também assumem a

noção de número do substantivo que estão qualificando, por isso, diz-se que os adjetivos concordam em número (e gênero também, como já foi dito) com o substantivo, podendo assumir a forma singular ou plural.

A flexão de plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras de flexão dos substantivos simples: lugar agradável – lugares agradáveis, cão feroz – cães ferozes, mulher gentil – mulheres gentis.

O plural dos adjetivos que indicam cor é formado, na maioria das vezes, apenas com o acréscimo de s (caderno branco – cadernos brancos).

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ATENÇÃO:Preste atenção quando for o caso de o nome da cor ser expresso por um substantivo adjetivado, pois, nesse caso, a cor deverá ficar invariável no plural.Ex: sapato cinza – sapatos cinza. (cor de cinza) camisa rosa – camisas rosa. (cor-de-rosa)

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Quanto aos adjetivos compostos, tem-se:

adjetivo + adjetivo: fazem plural flexionando apenas o segundo elemento.

Ex: poema herói-cômico – poemas herói-cômicos.

acordo luso-brasileiro – acordos luso-brasileiros.

torcida rubro-negra – torcidas rubro-negras.

homem afro-descendente – homens afro-descendentes.

nome de cor + substantivo: têm plural invariável.

Ex: vestido verde-oliva – vestidos verde-oliva.

cortina amarelo-ouro – cortinas amarelo-ouro.

papel vermelho-sangue – papéis vermelho-sangue.

olho verde-mar – olhos verde-mar.

FLEXÃO DE GRAUO adjetivo pode ser usado nos

graus:

• Comparativo: ocorre quando se faz um confronto entre as qualidades ou características de dois seres ou grupos de seres. O comparativos pode ser de superioridade, de inferioridade ou de igualdade.

Observação: Pode ocorrer a comparação entre mais de uma qualidade / característica em um mesmo ser:

• Superlativo: ocorre quando a qualidade / característica de um ser é realçada ao seu mais alto grau.

Superlativo absoluto : a intensificação da qualidade / característica é expressa sem nenhuma confrontação com outros seres.

sintético: vem expresso por uma só palavra (adjetivo + sufixo). Ex: Maria é belíssima.

analítico: o adjetivo vem acompanhado de outra palavra intensificadora (geralmente um advérbio de intensidade). Ex: Marina é muito bonita.

Superlativo relativo : a intensificação da qualidade / característica é expressa em relação a um conjunto de seres. Pode ser de superioridade ou de inferioridade. Ex: Mariana é a mais bela da classe / Mariana é a menos bela da classe.

Formação do superlativo absoluto sintético

O superlativo absoluto sintético é formado juntando-se ao adjetivo os sufixos –íssimo, -imo e -rimo. Ex: alto – altíssimo, fácil – facílimo, pobre – paupérrimo.

Ocorre, às vezes, certa dificuldade na formação de alguns superlativos porque os sufixos se juntam à forma latina original e não à forma usual do adjetivo.

ADJETIVO SUPERLATIVOagradável agradabilíssimoamargo amaríssimoamável amabilíssimoamigo amicíssimoantigo antiqüíssimocruel crudelíssimodifícil dificílimodoce dulcíssimofácil facílimofeliz felicíssimo

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Os adjetivos compostos (adjetivo + adjetivo) azul-marinho e azul-celeste não variam no plural.Ex: paletó azul-marinho – paletós azul-marinho. bandeira azul-celeste – bandeiras – azul-celeste.

Outra exceção é o adjetivo surdo-mudo, que apresenta flexão nos dois radicais.

SUPERIORIDADE:

INFERIORIDADE:

IGUALDADE:

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fiel fidelíssimofrágil fragílimo

frio frigidíssimo, friíssimo

geral generalíssimohorrível horribilíssimo

magro macérrimo, magríssimo

pessoal personalíssimopobre paupérrimoprovável probabilíssimosensível sensibilíssimosimpático simpaticíssimo

simples simplicíssimo, simplíssimo

Formas especiais de comparativo e de superlativo

ADJETIVOCOMP.

SUPERIORIDADE

SUPERLAT.

ABSOLUTO

SUPERLAT.

RELATIVO

bom melhor ótimo o melhor (de)

mau pior péssimo

o pior (de)

grande maior máximo

o maior (de)

pequeno menor mínim

oo menor (de)

LOCUÇÃO ADJETIVAAs locuções adjetivas são

conjuntos de palavras com valor e função de adjetivo. Existem adjetivos correspondentes a muitas dessas locuções:

de abdômen: abdominal de mestre: magistral

de aluno: discente de morte: mortalde ano: anual de noite: noturnode audição: ótico, auditivo de olho: ocularde boca: bucal, oral de orelha: auricularde cabeça: capital de osso: ósseode cabelo: capilar de ouro: áureode chuva: pluvial, chuvoso de pai: paternal,

paternode coração: cardíaco, cardial

de paixão: passional

de criança: pueril, infantil de professor: docente

de estômago: estomacal, gástrico

de rim: renal

de estudante: estudantil de rio: fluvialde guerra: bélico de selva: silvestrede homem: viril de sintaxe: sintáticode idade: etário de sonho: oníricode ilha: insular de terra: terrestrede irmão: fraternal, fraterno

de velho: senil

de leite: lácteo de virgem: virginalde lua: lunar de visão: ótico,

óptico

de mãe: maternal, materno

de voz: vocal

Observe, entretanto, que há casos

em que não é possível a transformação da locução em um adjetivo:

homem de caráterloja de brinquedos

carro de corridamulher de negócios

navio a vapor

Há casos, também, em que, mesmo que haja um adjetivo correspondente à locução, o significado fica alterado caso haja uma substituição:

Maria é de lua.Ontem ocorreu uma pancada de chuva.

Paulo tem uma vida de sonho.Hoje comerei arroz de leite.

ARTIGO

Artigo é a palavra variável em gênero e número que se usa antes de um substantivo, determinando-o. A determinação operada pelo artigo pode ser definida ou indefinida.

• O artigo definido, anteposto ao substantivo, indica um ser determinado no interior de uma mesma espécie, ou porque já mencionado anteriormente no texto, ou porque dele se pressupõe um conhecimento prévio por parte do leitor / ouvinte. Atribui ao ser um sentido preciso, determinado, destacado, particularizando-o. O artigo definido, com suas flexões de gênero e número, apresenta as seguintes formas: o, a, os, as.

• O artigo indefinido, anteposto ao substantivo, indica um ser que deve ser tomado apenas como representante de uma espécie, e sobre o qual não se havia ainda feito referência. Atribui ao ser um sentido indeterminado, genérico. O artigo indefinido, com suas flexões de gênero e número, apresenta as seguintes formas: um, uma, uns, umas.

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Exemplos:

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É comum combinarem-se, na língua, as formas de preposições com as formas dos artigos definidos e indefinidos, que resultam nas formas complexas abaixo:

PREPOSIÇÕES

ARTIGO DEFINIDOO A OS AS

a ao à aos àsde do da dos dasem no na nos nas

por (per) pelo pela pelos pelas

PREPOSIÇÕES

ARTIGO INDEFINIDOUM UMA UNS UMAS

em num numa

nuns

numas

de dum duma

duns

dumas

Observações:

Quando se combinam a preposição a e o artigo feminino a (s), ocorre o que se chama de crase de vogais idênticas, marcada na escrita pelo acento grave.

Qualquer palavra que vier acompanhada pelo artigo assume função de substantivo, independentemente da classe gramatical a que pertençam (esses casos são conhecidos como derivação imprópria).

O valor de determinação do artigo definido é por vezes enfatizado quando se pretende chamar a atenção para a excelência de determinado ser, para o seu caráter único e singular no universo dos seres da mesma espécie.

O artigo definido pode, ou não, ser utilizado depois do pronome indefinido “todo”. Quando é utilizado, a idéia é de totalidade; quando é omitido, o sentido obtido é o de “qualquer”.

Numeral

Numeral é a palavra que quantifica os seres ou que indica a posição que eles podem ocupar em uma série.

Pronome

É a palavra que substitui ou acompanha o substantivo, relacionando-o a uma das três pessoas do discurso, que são:

• 1ª pessoa – indica a pessoa ou as pessoas que falam.

• 2ª pessoa – indica a pessoa ou as pessoas com quem se fala.

• 3ª pessoa – indica a pessoa ou as pessoas de quem se fala.

Entretanto, é importante esclarecer que a noção de “pessoa” do discurso não se refere necessariamente a seres humanos, embora seja freqüente na 1ª e 2ª pessoas essa associação (alguém escreve uma carta a outro alguém). Já na 3ª pessoa, abrange tudo aquilo que está de fora da perspectiva das duas primeiras pessoas: lugares, pessoas, situações de que se fala.

PRONOMES SUBSTANTIVOS E PRONOMES ADJETIVOS

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Exemplos:

CARDINAIS

ORDINAIS

MULTIPLICATIVOS

FRACIONÁRIOS

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Os pronomes substantivos são aqueles que representam (estão no lugar de) substantivos:

Eu (Maria) gostaria que você (Cristina) não se preocupasse demais com ele (Ricardo).

Compramos os livros que (os referidos livros) o professor nos indicou.

Quem (que pessoa) está aí?

Os pronomes adjetivos são aqueles que ocorrem associados a substantivos, determinando a sua relação com os lugares discursivos:

Minha terra tem palmeiras.Aquelas meninas são horríveis.Este problema me tira o sono.

CLASSIFICAÇÃOExiste seis tipos de pronomes:

pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogatvivos.

• Pronomes pessoais: fazem referência explícita e direta às pessoas do discurso. Assim:

a)Primeira pessoa: eu (singular), nós (plural);b)Segunda pessoa: tu (singular), vós (plural);c) Terceira pessoa: ele, ela (singular), eles, elas (plural).

Os pronomes pessoais de terceira pessoa podem estabelecer relações anafóricas (referência, através do pronome, a um termo já anteriormente enunciado) no nível do discurso. Veja:

Paulo e Carlos saíram da sala apressadamente. Eles disseram que haviam sido expulsos.

Elza não deve demorar para chegar. Ela já saiu de casa há dez minutos.

Os pronomes pessoais podem assumir formas diferentes: podem ser de caso reto ou de caso oblíquo. O uso dssas duas formas é determindo pela função que desempenham na oração. Assim, serão usadas as formas do caso reto quando desempenharem função de sujeito ou de predicativo do sujeito; já as formas do caso oblíquo, estas serão usadas quando desempenharem as funções de objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, adjunto adverbial ou agente da passiva.

O quadro abaixo permite uma melhor visualização dessa variação nas formas dos pronomes pessoais:

PESSOASPRON.

PESSOAIS RETOS

PRON. PESSOAIS OBLÍQUOS

ÁTONOS TÔNICOS

SINGULAR

eu me mim, comigotu te ti, contigo

ela, elao, a, lhe ele, elase si, consigo

PLURAL

nós nos nós, conosco

vós vos vós, convosco

eles, elasos, as, lhes

eles, elas

se si, consigo

• Pronomes de tratamento:também considerados pronomes pessoais, os pronomes de tratamento são palavras e expressões com que nos dirigimos a

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Observação:Na maioria das regiões brasileiras, o pronome você é utilizado no lugar do pronome tu. Por isso, o pronome você é considerado um pronome de 2ª pessoa, embora faça com que o verbo seja conjugado em Terceira pessoa. Por isso, se faz necessária a distinção entre pessoa do discurso e pessoa gramatical: você faz parte da 2ª pessoa do discurso (pois, no discurso, indica a pessoa com quem se fala) mas é considerado com pertencente à terceira pessoa gramatical (já que faz com que o verbo seja conjugado em terceira pessoa).Assim:

Tu cantas.Você canta.

O pronome vós, por sua vez, desapareceu da língua falada e, mesmo na escrita, é utilizado raramente hoje em dia.

Exemplos de construções com pron. pessoais de caso reto:

Exemplos de construções com pron. pessoais de caso oblíquo:

Se, Si, Consigo: formas especiais de terceira pessoa para indicar ação reflexiva!

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alguém. Esses pronomes servem para indicar o grau de formalidade existente em determinadas situações.

Os pronomes de tratamento correspondem a pronomes pessoais e fazem com que o verbo seja conjugado em terceira pessoa:

Você quer falar comigo?O senhor precisa de ajuda?

O pronomes de tratamento mais usuais são você, vocês, senhor, senhora, senhores, senhoras, mas há outros que se referem especificamente a determinadas pessoas e funções, como se pode ver no quadro a seguir:

PRONOMES DE TRATAMENTOSINGULAR /

ABREV.PLURAL / ABREV.

USO

Vossa Alteza (V.A.)

Vossas Altezas (VV. AA.)

príncipes, duques, arquiduques

Vossa Eminência (V. Em.ª)

Vossas Eminências (V. Em.as)

cardeais

Vossa Excelância (V. Ex.ª)

Vossas Excelências (V. Ex.as)

altas autoridades

Vossa Magnificência (V. Mag.ª)

Vossas Magnificências (V. Mag.as)

reitores de universidades

Vossa Megestade (V. M.)

Vossas Megestades (VV. MM.)

reis, imperadores

Vossa Reverendíssima (V. Rev.ma)

Vossas Reverendíssimas (V. Ver.mas)

sacerdotes

Vossa Santidade (V. S.)

------------------- papa

Vossa Senhoria (V. S.ª)

Vossas Senhorias (V. S.as)

oficiais, funcionários públicos graduados

• Pronomes possessivos: são aqueles que fazem referência às pessoas do discurso indicando uma relação de posse.

Quanto à forma. os pronomes possessivos se apresentam assim:

PRONOMES POSSESSIVOS

SINGULAR

1ª PESSOA

meu minha

meus minhas

2ª PESSOA

teu tua teus tuas

3ª PESSOA

seu sua seus suas

PLURAL

1ª PESSOA

nosso

nossa

nossos

nossas

2ª PESSOA

vosso

vossa

vossos

vossas

3ª PESSOA

seu sua seus suas

Os possessivos podem ser pronomes adjetivos ou pronomes substantivos.

São pronomes adjetivos quando acompanham um substantivo.

Aqui está meu livro.Vamos fazer nosso trabalho?

Observe que sua posição usual é antes do substantivo que está acompanhando. Existem casos, entretanto, em que é usado depois dele, produzindo um outro sentido.

Meu filho não anda de moto.Filho meu não anda de moto.

São pronomes substantivos quando vêm sozinhos na frase:

Meu caderno está aqui. Onde está o seu?

• Pronomes demonstrativos: são aqueles que indicam a posição dos seres no tempo e no espaço, relacionando-os com as três pessoas do discurso:

PRONOMES DEMONSTRATIVOSVARIÁVEIS

MASCULINO

FEMININO

INVARIÁVEIS

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Observação:Usamos a forma Vossa quando estamos nos dirigindo diretamente à pessoa. Quando o tratamento não é direto, substituímos o Vossa por Sua.

Presidente, Vossa Excelência pode me receber?Sua Excelência, o presidente, visitará nossa

cidade.

Observações1. Quando se relacionam a pronomes de

tratamento, os possessivos ficam sempre na terceira pessoa:

Vossa Excelência lerá sua mensagem hoje à noite?

2. Às vezes, o uso do possessivo da terceira pessoa pode provocar ambigüidade de sentido:

Mariana disse que encontrou Pedro em sua casa.

Nesse caso, o pronome sua pode referir-se tanto à casa de Mariana quanto à de Pedro, o que torna, portanto, o sentido da frase ambíguo. Para desfazer a ambigüidade, podemos usar o

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1ª PESSOA

este, estes esta, estas

isto

Referem-se ao ser ou seres que estão perto da pessoa que fala.

2ª PESSOA

esse, esses

essa, essas

isso

Referem-se ao ser ou seres que estão perto da pessoa a quem se fala.

3ª PESSOA

aquele, aqueles

aquela, aquelas

aquilo

Referem-se ao ser ou seres que estão longe da pessoa que fala e da pessoa a quem se fala.

Os demonstrativos podem ser pronomes adjetivos ou pronomes substantivos. São pronomes adjetivos quando acompanham um substantivo, e são pronomes substantivos quando vêm sozinhos na frase:Foi você quem fez estes cartazes? Não, eu fiz apenas

aquele.

O, a, os, as: são pronomes demonstrativos quando equivalem, respectivamente, a aquele (s), aquela (s), isto, isso, aquilo:

Não sei o que ele tanto quer comigo.A casa da direita é maior do que a da esquerda.

Tal, tais: são pronomes demonstrativos quando equivalem, respectivamente, a esse (s), essa (s), este (s), esta (s), aquele (s), aquela (s):

Haverá greve de ônibus. Estou preocupado com tal problema.

Mesmo (a) (s) e próprio (a) (s): são pronomes demonstrativos quando significam “idêntico” ou “em pessoa”:

Eu mesma comprovei que tudo estava certo.Estes vestidos são do mesmo tamanho.

O próprio pai veio denunciar o filho.

Os demonstrativos podem ocorrer combinados com as preposições de e em. Neste caso, formas complexas são formadas da seguinte forma: d + pron. demonstrativo (deste, daquela, disso, etc.) e n + pron. demonstrativo (neste, naquele, nisso, etc.).

• Pronomes indefinidos: são aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo indeterminado, indefinido, vago, impreciso ou genérico.

Os indefinidos podem ser pronomes adjetivos e pronomes substantivos. São adjetivos quando acompanham um substantivo, e substantivos quando vêm sozinhos na frase:

Poucas pessoas compareceram à reunião.

Ninguém percebeu aquele erro.

PRONOMES INDEFINIDOSVARIÁVEIS INVARIÁVEIS

algum, bastante, certo, muito, nenhum, outro, pouco, qualquer, tanto, todo, um, vário, quanto, qual

cada, nada, ninguém, alguém, algo, outrem, tudo, quem demais, quem, mais, menos

Locuções pronominais indefinidas: dá-se este nome ao grupo de palavras que tem valor de pronome indefinido. As locuções mais comuns são: cada um, cada qual, quem quer que, qualquer um, seja quem for. Observe seu uso nesta frase:

Cada um é responsável por seu destino.

• Pronomes interrogativos: são pronomes utilizados em frases interrogativas, diretas ou indiretas. São eles: que, quem, qual, quais, quanto, quanta, quantos e quantas. O pronome quem é específico para fazer referência a seres humanos.

Quantos anos você tem?Que aconteceu?

Quem lhe disse isso?Perguntei qual vestido você usará hoje.

• Pronomes relativos: são aqueles que substituem termos expressos anteriormente, evitando, assim, a sua repetição. O termo anterior é chamado antecedente. Observe que estes pronomes têm a capacidade de ligar duas orações:

Comprei aquele livro de Machado de Assis.Aquele livro de Machado de Assis tem alguns

contos muito interessantes.Comprei aquele livro de Machado de Assis que tem

alguns contos muito interessantes.

PRONOMES RELATIVOSINVARIÁVEIS VARIÁVEIS

que, quem, onde, quando, como

o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quantos, quantas

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Observações:

1. As palavras certo, certa, certos e certas adquirem valor pronomes indefinidos somente quando colocados antes de um substantivo:

Ele foi criticado por certas pessoas.

2. O pronome outrem equivale a “qualquer outra pessoa”:

Não desejes a outrem essa infelicidade.

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De todos os pronomes relativos mencionados acima, o que é o mais frequentemente empregado, já que faz referência a coisas e a pessoas.

O pronome quem faz referência apenas a seres humanos:Este é o Asdrúbal, a quem devo dinheiro.

Cuidado! O pronome que pode trazer ambigüidade. Observe o exemplo:

Esta é a Josefina, uma das namoradas de Ricardão, que também tem um caso com o inspetor de polícia.

A ambigüidade se dá porque o antecedente pode tanto ser Josefina como Ricardão. Uma boa maneira de evitar com que este tipo de ambigüidade ocorra é a utilização de o qual e suas flexões:

Esta é Josefina, uma das namoradas de Ricardão, a qual....

Cujo, cuja, cujos e cujas são pronomes relativos que assinalam uma relação de posse entre o antecedente e o termo que eles especificam. Seu sentido equivale ao de de quem, do qual, de que. Observe:

O filho da mulher foi assaltado.A mulher prestou queixa na delegacia.

A mulher cujo filho foi assaltado prestou queixa na delegacia.

Onde é pronome relativo quando, indicando lugar, pode ser substituído por em que:

Quero comprar uma geladeira onde (em que) eu possa gelar toda a minha cerveja.

Quanto, quantos e quantas são pronomes relativos quando têm por antecedentes os pronomes indefinidos tudo, todos (as), tanto (s), tanta (s):

Aconteceu tudo quanto eu imaginava.

Verbo

Verbo é a palavra que pode variar em número, pessoa, modo, tempo e voz., indicando ações, processos, estados, mudanças de estados e manifestação de fenômenos da natureza.

Flexões verbais• Modo: caracteriza as diversas

maneiras como o falante percebe a significação contida no verbo; são três os modos verbais: indicativo (que denota certeza), subjuntivo (que

expressa dúvida, desejo, suposição) e imperativo (característico de uma ordem ou pedido).

• Tempo: indica o momento em que ocorreu a ação nomeada pelo verbo; são basicamente três os tempos verbais: presente, pretérito e futuro. Estes três tempos subdividem-se em:

presente

pretérito: perfeito, imperfeito, mais-que-perfeito

futuro: do presente, do pretérito• Pessoa: indica a que pessoa do

discurso está relacionada à ação verbal.

• Número: indica se a ação verbal está associada a uma (flexão singular) ou mais pessoas (flexão plural).

• Voz: expressa a relação entre o sujeito e o processo expresso pelo verbo. Subdividem-se em:

voz ativa: o sujeito é agente do processo indicado pelo verbo.

voz passiva: o sujeito sofre a ação verbal (paciente).

voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente do processo expresso pelo verbo.

Formas nominais – além dos três modos (indicativo, subjuntivo e imperativo) e seus tempos, o verbo também pode apresentar-se em suas formas nominais, assim chamadas porque podem ter valor de nomes (substantivo ou adjetivo):

• Infinitivo: tem valor equivalente ao de um substantivo.

Ex: Viver é lutar. (Vida é luta.)

• Gerúndio: formado com o acréscimo da desinência –ndo, tem valor adverbial ou adjetivo.

valor adverbial: Voltando do cursinho, encontrei alguns amigos. (=quando voltava do cursinho...)

valor adjetivo: Vi uma criança vendendo doces. (=...uma criança que vendia doces.)

Além disso, atente para o fato de que, na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta, uma ação concluída. Veja:

Estudando, serás aprovado.Tendo estudado, foi aprovado.

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• Particípio: formado com o acréscimo das desinências –ado e –ido, tem valor equivalente ao de um adjetivo. Quando não é empregado na formação dos tempos compostos, geralmente expressa o resultado de uma ação terminada e flexiona-se como um adjetivo.

Ex: Terminado o espetáculo, as luzes se apagaram.

Terminadas as provas, todos se retiraram.

Conjugações – São três as conjugações verbais. É a identificação da vogal temática que nos permite determinar a qual conjugação pertence um verbo:

• 1ª conjugação: verbos cuja vogal temática é –a- (jantar, pular, gritar, estudar);

• 2ª conjugação: verbos cuja vogal temática é –e- ou –o- (beber, comer, dispor, compor);

• 3ª conjugação: verbos cuja vogal temática é –i- (pedir, partir, dormir).

Classificação dos verbos – Os verbos são classificados de acordo com a forma como são conjugados.

• Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais de sua conjugação e não apresentam alterações no radical:

cantar – canto, cantava, cantei, cantará, cantasse.escrever – escrevo, escrevia, escrevi, escreverá, escrevesse.partir – parto, partia, parti, partirá, partisse.

• Irregulares: são os verbos que apresentam alterações no radical ou nas desinências:

fazer – faço, fazia, fiz, farei, fizessequerer – quero, queria, quis, quisesse

• Defectivos: são os verbos que não apresentam conjugação completa, como polir e falir, e os verbos que indicam fenômenos da natureza, como chover, trovejar, etc.

• Abundantes: são os verbos que possuem mais de uma forma com o mesmo valor:

enxugar – enxugado, enxutoacender – acendido, acesoimprimir – imprimido, impresso

• Anômalos: são os verbos que incluem mais de um radical em sua conjugação:

ir – vou, fui, ireiser – sou, era, fomos

• Auxiliares: são verbos que acompanham outros verbos na construção de tempos compostos e locuções verbais. Os verbos auxiliarem mais freqüentes são: ter, haver, ser, estar.

Tenho andado distraído.Havíamos feito todos os exercícios da apostila.

A estratégia será estudada por todos nós.Estou chegando!

Advérbio

São palavras invariáveis (não apresentam flexão) que se associam aos verbos, indicando as circunstâncias da ação verbal; aos adjetivos, intensificando as qualidades por eles expressas; e a outros advérbios, intensificando o seu sentido.

LOCUÇÃO ADVERBIAL: ocorre quando juntas, duas ou mais palavras, têm o valor de advérbio.

Ele veio de longe. (lugar)Não saia à noite. (tempo)

CLASSIFICAÇÃO: os advérbios são classificados de acordo com as circunstâncias ou idéias que expressam.

Abaixo temos um quadro com os principais advérbios e locuções adverbiais (na coluna da direita), juntamente com o sentido que expressam (coluna da esquerda).

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Observações:1. Quando modifica um verbo, o advérbio

pode acrescentar diferentes idéias:Ele saiu tarde. (tempo)Ela veio aqui. (lugar)

Não entre na sala. (negação)Ela canta bem. (modo)

2. Quando modifica um adjetivo, o advérbio sempre acrescenta idéia de intensidade:

Esse livro é muito interessante.O café está bem quente.

3. Às vezes, um advérbio pode modificar o sentido de uma oração toda e não especificamente o sentido de uma só palavra:

Felizmente, conseguimos resolver o problema.

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ADVÉRBIOSde afirmação sim, realmente, certamente,

deveras, efetivamente, seguramente, com certeza, sem dúvida, de fato, etc.

de dúvida talvez, porventura, acaso, quiçá, provavelmente, quem sabe, possivelmente, etc.

de negação não, de modo algum, nunca, etc.

de intensidade

bastante, bem, demais, mais, menos, meio, muito, assaz, quase, tão, apenas, tanto, quanto.

de lugar abaixo, acima, adiante, além, ali, aqui, cá, atrás, dentro, fora, lá, perto, longe, adiante, defronte, em cima, em baixo, por cima, por baixo, por perto, à direita, à esquerda, ao lado

de modo assim, bem, devagar, depressa, mal, pior, melhor, à vontade, às pressas, às claras, à toa, em silêncio, de cor, em vão, em geral, e todos os advérbios formados pelo acréscimo de –mente: lentamente, rapidamente, alegremente.

de tempo agora, ainda, amanhã, cedo, tarde, nunca, jamais, depois, já, logo, outrora, sempre, antes, ontem, hoje, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em quando, hoje em dia, de madrugada, nunca mais, em breve, etc.

Interjeição

Damos o nome de interjeição à palavra que exprime emoção ou sensação, como ah!, ui!, oh!, ai!, etc.

O sentido da interjeição depende basicamente do contexto em que é usada e da entonação com que é pronunciada. Assim, pode ocorrer que uma mesma interjeição tenha mais de um sentido.

Locução Interjetiva: é quando duas ou mais palavras formam uma expressão equivalente a uma interjeição. Ex:

Valha-me Deus!Graças a Deus!Quem me dera!

Classificação – Relacione as colunas:

(A) Alegria ou satisfação.(B) Advertência.(C) Afugentamento.(D) Animação ou estímulo.(E) Aplauso ou aprovação.(F) Repulsa ou desaprovação.

(G) Alívio.(H) Desculpa.(I) Dor ou tristeza.(J) Espanto ou admiração.(L) Impaciência ou contrariedade.(M) Pedido ou auxílio.(N) Saudação ou chamamento.(O) Silêncio.(P) Terror ou medo.

( ) ai!, ui!, oh!( ) credo!, ih!, abaixo!, chega!, basta!( ) oh!, ah!, oba!, viva!( ) credo!, cruzes!( ) puxa!, raios!( ) olá!, oi!, alô!, ei!, salve!( ) fora!, xô!( ) psiu!, silêncio!( ) cuidado!, devagar!, calma!, atenção!, alerta!( ) socorro!( ) perdão!( ) bravo!, apoiado!, boa!( ) puxa!, ah!, oh!, caramba!, nossa!( ) ufa!, arre!( ) coragem!, ânimo!, firme!, vamos!

Preposição e Conjunção: os Conectivos

Podemos chamar de conectivos as palavras pertencentes às duas classes acima citadas, já que funcionam como elementos que têm a função de estabelecer uma conexão entre partes dos constituintes internos de uma oração (no caso das preposições: livro de matemática, ela relutava em sair, gosto de você) ou entre as orações de um período (no caso das conjunções: Marcelo estuda porque gosta). Tais palavras são invariáveis porque não podem receber marcas flexionais, apresentando-se sempre com a mesma forma, independentemente do contexto.

PREPOSIÇÃODá-se este nome à palavra que liga

dois termos, subordinando o primeiro ao segundo e estabelecendo uma relação de sentido entre eles:

casa de madeira (idéia de matéria)fogão a gás (idéia de meio)

Uma mesma preposição pode estabelecer diferentes relações de sentido entre palavras:

papel de carta (idéia de finalidade)vim de Campinas (idéia de lugar)

boneco de plástico (idéia de matéria)

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Classificação: • Essenciais: são aquelas que

funcionam exclusivamente como preposições.

• Acidentais: são aquelas que, embora pertencendo a outras classes, por vezes funcionam como preposições: durante, mediante, conforme, segundo, exceto, afora, salvo, visto, etc.

Os alunos, segundo a versão do professor, chegaram atrasados.

Todos os alunos, exceto Eduardo, compareceram à prova.

Os convidados só poderão entrar mediante apresentação do convite.

Veja abaixo o quadro com as preposições essenciais:

PREPOSIÇÕES ESSENCIAISa até de entre por sobreante com desd

epara sem trás

após contra

em perante

sob

NoçõesObserve, a seguir, exemplos das

noções freqüentemente indicadas por algumas preposições:a: Fomos a Belo Horizonte. (lugar) / Ele vai chegar à noite. (tempo) / Esta jaqueta deve ser lavada a seco. (modo).Até: Por que não vamos até a praia? (lugar) / Os convidados ficaram até tarde na festa (tempo).Com: Gosto de estar com você! (companhia) / Atualmente, ele anda com muita dificuldade. (modo).De: O vestido de sua irmã é maravilhoso! (posse) / Os enfeites eram todos de papel prateado (qualidade, especificação de matéria).Em: Passamos as férias em Nova Iorque. (lugar) / Os convidados deverão chegar em duas horas. (tempo) / Todos deveriam viver em paz! (modo).Para: Comprei vários biquínis para ir ao Lami. (finalidade) / Vou para o Lami no verão. (lugar).Por: Passamos por lindas planícies. (lugar) / Vou estudar ainda por umas duas horas antes de sair. (tempo) / Os funcionários públicos estão em grave por melhores salários. (finalidade).Sobre: Aquele seu amigo é capaz de opinar sobre questões complexas. (assunto) / Coloquei o embrulho sobre a mesa (posição de superioridade com relação a determinado lugar no espaço).

Locução Prepositiva: ocorre quando juntas, duas ou mais palavras, têm o valor de preposição. Sempre que há uma

locução prepositiva, a segunda palavra do conjunto é uma preposição pertencente à classe das preposições essenciais (apresentadas no quadro anterior). Funcionam como locuções prepositivas conjuntos de palavras como os seguintes:

LOCUÇÕES PREPOSITIVASacerca de por baixo

depor cima de

perto de

apesar de embaixo de

ao lado de

por trás de

a respeito de

adiante de dentro de

junto a

de acordo com

diante de em frente a

junto de

graças a além de a par de por entre

para com antes de em lugar de

ao redor de

por causa de

acima de em vez de

em face de

abaixo de em cima de em redor de

longe de

Combinações e contrações de preposições

• Combinação: ocorre quando a preposição a junta ao artigo masculino singular ou plural: ao, aos.

• Contração: ocorre quando, ao combinar-se com outra palavra, a preposição sofre alguma modificação em sua constituição fonológica. Há contração com as formas singular e plural dos artigos e de alguns pronomes, originando formas como mostram os exemplos abaixo:preposição de + artigo definido o = dopreposição em + artigo definido o = nopreposição de + artigo definido a = da

preposição em + artigo definido as = nas

Quando a preposição a é associada a artigos ou pronomes iniciados pelo fonema /a/ (a, as, aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo), ocorre o fenômeno fonológico conhecido por crase, que é um caso particular de contração. A crase resulta na fusão de dois fonemas vocálicos idênticos em um só, como em “Dirigi-me àquele senhor de terno preto”. Repare que a crase é marcada graficamente pelo acento grave (`).

CONJUNÇÃOOs conectivos que recebem a

denominação de conjunção são palavras invariáveis (que não se flexionam) que

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conectam orações, estabelecendo entre elas uma relação de subordinação (dependência) ou de simples coordenação.

São elementos importantíssimos para o estabelecimento da coesão textual, pela função que desempenham de estabelecer a conexão entre orações e de marcar as relações de sentido que entre elas se estabelecem.

Ex: Helga acha que eu sou maluco porque quero ser um rei!

O que temos, no exemplo acima, são três orações (Helga acha, Eu sou maluco, Quero ser um rei), ligadas sintaticamente pelas conjunções que e porque.

Locução Conjuntiva: ocorre quando duas ou mais palavras funcionam solidariamente com o sentido de uma conjunção. São exemplos de locuções conjuntivas: já que, visto que, desde que, uma vez que, ainda que, por mais que, à proporção que, à medida que, etc.

Classificação das conjunçõesA primeira grande classificação das

conjunções é em duas subclasses, a das conjunções coordenativas e das conjunções subordinativas, baseia-se em um critério formal, pois são considerações de ordem sintática que fundamentam tal classificação. Assim, são consideradas coordenativas as conjunções que simplesmente coordenam orações, sem que entre elas se estabeleça uma relação de dependência. Também se pode dizer que as conjunções coordenativas liga termos que exercem a mesma função sintática dentro de uma oração.

No interior dessas duas grandes subclasses, a classificação das conjunções baseia-se em um critério lógico-semântico, como se verá a seguir.

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

Aditivas

Expressam idéia de soma, de adição: e, nem, não só... mas também, não só... como também, não só... mas ainda, etc.Ex: Ele não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório final. Os professores e os alunos foram ao teatro.

Adversativas

Expressam idéia de contraste, de oposição, de adversidade: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto, não obstante, etc.Ex: Mônica chegou ao shopping, entretanto não trouxe as pipocas

de Cebolinha. Estava com fome, mas não comi.

Alternativas

Expressam a idéia de alternância, escolha, exclusão: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja, nem.Ex: Mônica nem faz, nem come pipocas. Ou eu saio, ou sai ele desta sala.

Conclusivas

Expressam idéia de conclusão: logo, portanto, pois, por isso, por conseguinte, assim.Ex: Ele fez uma boa prova, portanto deve ser aprovado na UFRGS. Penso, logo existo.

Explicativas

Expressam idéia de explicação, justificativa: que, porque, pois, porquanto.Ex: Venha para aula, pois na rua você não aprende! Vamos correr, porque já estamos atrasados.

CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS

Integrantes

Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o sentido da oração principal: se, que.Ex: Espero que ele me ajude.

Não sei se ele virá à reunião.

Causais

Introduzem uma oração que é causa do fato relatado na principal: porque, que, como (= porque), pois que, porquanto, visto que, por isso que, já que, uma vez que.Ex: Como sou teu amigo, vou te ajudar. Cebolinha teve uma imensa dor de barriga, porque comeu pipocas demais.

Concessivas

Introduzem uma oração que expressa um fato contrário ao da principal, sem, no entanto, impedir sua realização: ainda que, apesar de (que), embora, por mais que, conquanto, mesmo que, posto que.Ex: Fomo visitá-lo, ainda que fosse tarde. Caminhamos muito, conquanto estivéssemos exaustos.

Condicionais Introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para a ocorrência da principal: se, contanto que, salvo se, desde

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Observação:A conjunção pois, quando é explicativa,

vem geralmente após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence. Quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence (Ex: Ele fez um bom trabalho; merece, pois, nossos elogios.).

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que, a menos que, a não ser que, caso.Ex: Se precisar de ajuda, chame o professor. Dar-te-ei o que queres, contanto que me ames!

Conformativas

Introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um fato com outro: conforme, consoante, segundo, como.Ex: O trabalho foi feito conforme o planejado. Segundo os meus cálculos, faz três dias que não bebo.

Finais

Introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal: para que, a fim de que, porque (=para que).Ex: Fiquem em silêncio para que a professora possa falar. A fim de passar na UFRGS, passo todos os meus dias estudando.

Proporcionais

Introduzem uma oração que expressa um fato que ocorre proporcionalmente ao fato da principal: à medida que, à proporção que, ao passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto mais... (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).Ex: Quanto mais ele reclamava, menos atenção recebia. À proporção que ele bebia, ia ficando bebum.

Temporais

Introduz uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na principal: quando, enquanto, assim que, logo que, desde que, depois que, sempre que, até que, mal (=assim que).Ex: A festa ficou animada quando Pafúncia começou a tirar a roupa. Enquanto eu te esperava, enchias a cara no boteco!

Comparativas

Introduzem uma oração que expressa uma comparação em relação à oração principal: como, assim como, tal como, bem como, como se, mais / menos / melhor / pior / maior / menor do que, tal... qual, tanto... quanto.Ex: Ela é mais elegante do que suas colegas. Asdrúbal agiu como se nada tivesse acontecido.

Consecutivas

Introduzem uma oração que expressa a conseqüência da principal: de sorte que, de modo que, de forma que, tal / tanto / tão / tamanho... que.Ex: A dor era tão forte que ele desmaiou. Prometi parar de beber, de modo que hoje não passei nem perto de botecos.

Palavras denotativas

Há palavras que, em certas situações, não se enquadram em nenhuma classe gramatical específica, recebendo, por isso, uma denominação especial – palavras denotativas. Estas palavras são geralmente classificadas a partir do sentido que denotam, como mostra a tabela abaixo:

PALAVRAS DENOTATIVAS

Inclusãoaté, mesmo, até mesmo, inclusive.Até freiras bebem vinho!

Designação

eis.Eis o vencedor da noite!

Realce

só, lá, cá, é que.Ele é que deve fazer esse trabalho.Lá vem você de novo com essa história!

Retificação

aliás, ou melhor, ou seja, melhor dizendo.Traga-me uma ceva, ou melhor, uma ceva e dois copos.

Situaçãoentão, afinal, e aí.Então, como vão as coisas?

Exclusão

somente, só, apenas, senão, sequer, salvo.Dos candidatos selecionados, só um receberá o prêmio.

Explicação

isto é, por exemplo, a saber.Os poetas do romantismo, como, por exemplo, Castro Alves e Gonçalves Dias, viveram no século XIX.

SEMÂNTICA – é a parte da gramática que trata do significado, tanto das palavras como das sentenças. Abrange tanto estudos do que diz respeito ao significado literal, como das relações de sentido que se estabelecem entre os mais diversos significados.

CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO

Pode-se dizer que as palavras e enunciados de uma língua natural operam em dois eixos de significação: o eixo denotativo e o eixo conotativo.

Diz-se que uma palavra tem ou enunciado tem valor denotativo quando é utilizado em seu sentido literal, ou seja, aquele que corresponde à primeira significação atribuída às palavras nos dicionários da língua. Esse sentido comum ou usual das palavras e enunciados costuma caracterizar os chamados textos

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informativos, tanto na modalidade oral como na modalidade escrita da linguagem.

Diz-se que uma palavra ou enunciado tem valor conotativo quando seu sentido não é tomado ao literalmente, mas é ampliado e modificado, com o objetivo de obtenção de um efeito particular, em um contexto específico. É normal a predominância de linguagem conotativa em textos literários, humorísticos e publicitários.

Vale lembrar um tipo particular de discurso, os chamados provérbios ou ditos populares, que condensam, em textos brevíssimos, ensinamentos ou lições de vida característicos da sabedoria popular de uma cultura. A linguagem dos provérbios é predominantemente conotativa.

Prova de que a linguagem dos provérbios é basicamente conotativa e de que as palavras não são aí usadas em seu sentido literal é o fato de que não podemos reescrevê-los utilizando sinônimos ou definições. Veja como o humorista Millôr Fernandes deixa isso evidente ao “traduzir” o conhecido provérbio “De grão em grão a galinha enche o papo” em uma linguagem denotativa, levando inevitavelmente ao riso:

De unidade de cereal em unidade de cereal, a ave de crista cornuda e asas curtas e largas da família dos galináceos abarrota a bolsa que existe nessa espécie por uma dilatação do esôfago e na qual os alimentos permanecem algum tempo antes de passarem à moela.

EXERCÍCIOS

01. Como você sabe, os provérbios condensam ensinamentos ou lições de vida característicos da sabedoria popular de uma cultura através de uma linguagem

predominantemente conotativa. Leia os provérbios e explique o significado de cada um deles.

Falar é prata, calar é ouro. Filho de peixe, peixinho é. Quem espera sempre alcança.

02. Os enunciados abaixo, de sentido denotativo, foram construídos a partir de conhecidos provérbios. Procure identificá-los, recuperando, assim, o sentido conotativo que as palavras devem ter nesse tipo particular de discurso.

A substância inodora e incolor que já se foi não é mais capaz de comunicar movimento ou ação ao engenho especial para triturar cereais.

Quando o sol está abaixo do horizonte a totalidade dos animais domésticos da família dos felídeos é de cor mescla entre branco e preto.

Aquele que anuncia por palavras tudo que satisfaz ao seu ego tende a perceber pelos órgãos da audição coisas que não se destinam a aumentar-lhe o sentimento de euforia.

03. Procure construir, assim como Millôr Fernandes, enunciados de sentido denotativo a partir dos provérbios abaixo:

Quem ama o feio bonito lhe parece. Santo de casa não faz milagre. O diabo não é tão feio quanto de pinta.

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ESCREVA AQUI ALGUNS PROVÉRBIOS QUE VOCÊ CONHECE