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1 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar e você? APOSTILHA DO CURSO DE PORTUGUÊS PARA O MPU 11 Módulos Prof. Myrson Lima

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APOSTILHA DO

CURSO DE PORTUGUÊS PARA

O MPU

11 Módulos

Prof. Myrson Lima

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MPU

Conteúdo de Língua Portuguesa para todos os cargos de nível superior e médio

LÍNGUA PORTUGUESA:

1 Compreensão e interpretação de textos.

2 Tipologia textual.

3 Ortografia oficial.

4 Acentuação gráfica.

5 Emprego das classes de palavras.

6 Emprego do sinal indicativo de crase.

7 Sintaxe da oração e do período.

8 Pontuação.

9 Concordância nominal e verbal.

10 Regência nominal e verbal.

11 Significação das palavras.

Observação:

A cada ponto do programa corresponde um MÓDULO do CURSO.

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MÓDULO n° 1

Interpretação e Compreensão de textos

Texto 1

Ética tem origem no grego ethos, que significa modo de ser. A palavra moral vem do latim mos ou mores, ou seja, costume ou costumes. A primeira é uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade e está relacionada à Filosofia. Sua função é a mesma de qualquer teoria: explicar, esclarecer ou investigar determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes. A segunda, como define o filósofo Vázquez, expressa “um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento individual dos homens”.

Ao campo da ética, diferente do da moral, não cabe formular juízo valorativo, mas,sim, explicar as razões da existência de determinada realidade e proporcionar a reflexão

acerca dela. A moral é normativa e se manifesta concretamente nas diferentes sociedades como resposta a necessidades sociais; sua função consiste em regulamentar as relações entre os indivíduos e entre estes e a comunidade, contribuindo para a estabilidade da ordem social.

A partir do texto acima, julgue os itens a seguir.

1. Compete à moral, como conjunto de normas reguladoras de comportamentos, chegar, por meio de investigações científicas, à explicação de determinadas realidades sociais.

2. A distinção fundamental entre ética e moral decorre de explicação etimológica.

3. Infere-se do texto que ética, definida como “uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade”, corresponde a um conceito mais abrangente e abstrato que o de moral.

_____________________________________________________________

Texto 2

A ética é o dia-a-dia de uma sociedade. Sociedades não existem no abstrato: elas precisam de alguma espécie de cimento que mantenha as suas peças bem-ajustadas e sólidas. Antigamente, esse cimento era fornecido pelos valores religiosos. Uma das diferenças entre o Ocidente moderno e os países islâmicos é que lá o cimento continua a ser religioso; enquanto aqui, chegou-

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se à conclusão de que era melhor laicizar a política, deixando as crenças para a consciência ou a convicção de cada um.

E assim, o que nos mantém unidos em torno deste ou daquele projeto político é a idéia — concreta ou difusa — de uma ética; de um tipo de comportamento que preste

homenagem a certos princípios. Esses princípios poderiam ser resumidos em um só: o da coisa pública.

O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações).

Em relação às idéias do texto acima, assinale a opção correta.

A. O cimento que mantém a sociedade ocidental bem-ajustada e sólida são os valores religiosos.

B. Os países islâmicos laicizaram a política em busca de um princípio ético.

C. O princípio da coisa pública resume os princípios a que uma ética que embasa um projeto político presta homenagem.

D. Os países islâmicos relegam as crenças à consciência ou à convicção de cada um.

Texto 3

QUESTÃO 8O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados

permanentemente, por meio de atos significativos em que as pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a ordem pública, e não somente, nem,

sobretudo, a força policial. Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará ameaçado.

O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações).

Acerca das relações lógico-sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos sintáticos do texto acima.

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Assinale a opção que apresenta proposta de associação incorreta.

período conjunção período

A primeiro e segundo

B terceiro entretanto quarto

C quarto conquanto quinto

D quinto já que sexto

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Texto 4

1Hoje o sistema isola, atomiza o indivíduo. Por isso seria importante pensar as novas formas de comunicação.

Mas o sistema também nega o indivíduo. Na economia, por exemplo, mudam-se os valores de uso concreto e qualitativo para os valores de troca geral e quantitativa. Na filosofia aparece o sujeito geral, não o indivíduo. Então, a diferença é uma forma de crítica. Afirmar o indivíduo, não no sentido

neoliberal e egoísta, mas no sentido dessa idéia da diferença é um argumento crítico. Em virtude disso, dessa discussão sobre a filosofia e o social surgem dois momentos

importantes: o primeiro é pensar uma comunidade autoreflexiva confrontar-se, assim, com as novas formas de ideologia. Mas, por outro lado, a filosofia precisa da sensibilidade para o diferente, senão repetirá apenas as

formas do idêntico e, assim, fechará as possibilidades do novo, do espontâneo e do autêntico na história. Espero que seja possível um diálogo entre as duas posições em que ninguém tem a última palavra.

Miroslav Milovic. Comunidade da diferença.

Relume Dumará, p. 131-2 (com adaptações).

Com referência às idéias e às estruturas lingüísticas do texto

acima, julgue os itens a seguir.

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1. Depreende-se do texto que “pensar as novas formas de comunicação” (R.2) significa isolar ou atomizar o indivíduo.

2 .Preservando-se a correção gramatical do texto, bem como sua coerência

argumentativa, a forma verbal “mudam-se” (R.4) poderia ser empregada também no singular.

3 O conectivo “Então” (R.6) estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas orações.

4 A partir do desenvolvimento das idéias do texto, conclui-se que a palavra “crítico” (R.9) está sendo empregada como crucial, perigoso.

5 O emprego de “Em virtude disso” (R.9) mostra que,imediatamente antes do termo “o social” (R.10) está subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria

de ser empregada sob a forma do.

6 A expressão “por outro lado” (R.13) explicita a caracterização do segundo dos “dois momentos importantes” (R.10-11).

7 Como o último período sintático do texto se inicia pela idéia de possibilidade, a substituição do verbo “tem” (R.18) por tenha, além de preservar a correção gramatical do texto, ressaltaria o caráter hipotético do argumento.

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Texto 5QUESTÃO 5

O diretor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Athayde Fontoura Filho, reafirmou que a urna eletrônica apresenta risco zero de fraude e que a segurança pode ser aferida por meio da votação paralela, realizada no dia da eleição, concomitantemente

ao pleito oficial.

Assinale a opção que não representa continuação coesa e coerente

para o trecho acima.

A Porquanto, no período entre o primeiro e o segundo turno das eleições, o TSE tradicionalmente aproveita para verificar e corrigir as urnas de locais em que foram verificados problemas.

B Athayde Fontoura destacou que, nos estados em que a eleição for só para presidente da República, o tempo de votação deverá ser de apenas 10 segundos. Nos estados onde houver

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eleição também para governador, o TSE estima que cada pessoa leve, em média, 20 segundos para votar.

C Também lembrou a estimativa de que 90% dos votos de todo o país para presidente da República estarão totalizados até às 22 h de domingo. Segundo o diretor, até a meia-noite do mesmo dia, 99% dos votos devem estar totalizados.

D O diretor-geral informou ainda que seis estados pediram ao TSE tropas federais para garantir a segurança do segundo turno das eleições. De acordo com ele, no total, 120 municípios do Amazonas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí, Tocantins e Pará receberão reforço na segurança.

Texto 6

A função da oposição em uma sociedade democrática consiste em denunciar a corrupção, acompanhar as investigações e avaliar os projetos e iniciativas

governamentais, propondo alternativas. A crítica, e não a adesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter uma verdadeira oposição, ela caminha para uma solução autoritária. A governabilidade só existe verdadeiramente com

uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes e discuta os seus encaminhamentos.

Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações).

Em relação ao texto acima, assinale a opção correta.

A O autor do texto defende uma oposição atuante em relação às posições do governo.

B Na linha 6, o pronome “ela” refere-se a “verdadeira oposição”.

C Entre os dois últimos períodos do texto, subentende-se uma relação sintática que pode ser expressa por Entretanto.

D O emprego do subjuntivo em “sinalize” (R.8) e “discuta” (R.9) justifica-se por compor um período de natureza explicativa.

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Texto 7

Só falta agora proibir as canetas

O celular é uma arma. A frase tem sido repetida à exaustão. Logo, a solução é bloqueá-lo ou desligar as antenas transmissoras nas proximidades dos presídios, mesmo que a medida isole e prejudique centenas de milhares de cidadãos inocentes, como já ocorre em São Paulo. Em breve, raciocínio idêntico deverá valer para a Internet, também usada por bandidos, pedófilos e fraudadores cibernéticos.

Ou para automóveis, pois eles matam milhares de pessoas por ano no Brasil. Ou para a gasolina, porque ela pode ser usada na fabricação de coquetéis molotov. Ou, ainda, por absurdo, para as canetas, instrumentos usados para preencher cheques sem fundos.O grande vilão não é o celular, mas a situação do sistema penitenciário e a falta de prioridade das questões de segurança pública no Brasil. Falta quase tudo nos presídios brasileiros: pessoal qualificado, infra-estrutura adequada, recursos tecnológicos mínimos e fiscalização rigorosa. A justiça sequer classifica como falta grave o uso do celular pelos presos.

O desligamento das estações retransmissoras mais próximas é medida precária e vulnerável, porque qualquer delinqüente pode reorientar uma antena remota, até 5 quilômetros de distância, direcionando o sinal do celular para os presídios. Um único telefone celular GSM de alta sensibilidade permitirá que, dentro do presídio, os presos

captem até o mais tênue sinal e repassem esse aparelho de mão em mão, usando diferentes chips (SIM cards). Além de pouco eficaz no combate ao crime, esse tipo de guerra contra o celular está prejudicando mais de 200.000 usuários que moram, trabalham ou transitam nos bairros próximos aos presídios até alguns quilômetros de distância.

Ethevaldo Siqueira. Veja, 31/5/2006 (com adaptações).

Julgue os itens a seguir com base no texto ao lado — “Só falta agora proibir as canetas”.

A.

A impessoalidade presente no título do texto — “Só falta agora proibir as canetas”— seria corretamente preservada caso a forma verbal “proibir” fosse substituída por: se

proibirem ou proibirem.

B.

De acordo com o autor do texto, as sanções impostas aos cidadãos inocentes decorrem da tendência do Estado à generalização de procedimentos e ao ritmo lento com que as inovações tecnológicas são adotadas.

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C.

A relação de causa e efeito expressa em “Ou para automóveis, pois eles matam milhares de pessoas por ano no Brasil” (R.8-9) poderia, preservadas a correção gramatical e a coerência textual, ser reescrita da seguinte forma: Ou

mesmo para veículos que matam, por ano, milhões de brasileiros.

D.

A eficácia argumentativa do texto seria afetada, mas a correção gramatical seria mantida, caso o segmento “Falta quase tudo nos presídios brasileiros” (R.15-16) fosse

substituído por: Nos presídios brasileiros, faltam.

E.

A afirmação com que o autor do texto inicia o último parágrafo — “Além de pouco eficaz no combate ao crime”— está fundamentada em informações técnicas

apresentadas, de forma mais radical, no parágrafo anterior.

F

Quanto à tipologia textual, esse texto classifica-se como narrativo-descritivo, visto que apresenta fatos ordenados de forma cronológica.

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Texto 8

Gastar um pouquinho a mais durante o mês e logo ver sua conta ficar no vermelho. Isso que parecia apenas um problema de adultos ou pais de famílias está também

atingindo os mais jovens. Diante desse contexto, é fundamental, segundo vários

educadores, que a família ensine a criança, desde pequena, a saber lidar com dinheiro e a se envolver com o controle dos gastos. Uma criança que cresça sem essa

formação será um adulto menos consciente e terá grandes chances de se tornar um jovem endividado.Para o jovem que está começando sua vida financeira e profissional, um plano de gastos é útil por excelência, a fim de controlar, de forma equilibrada, o que entra e o que sai. Para isso, é recomendável:

a) anotar todas as despesas que são feitas mensalmente,analisando o resultado de acordo com o que costuma receber;

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b) comprar, preferencialmente, à vista;

c) ao receber, estabelecer um dízimo, ou seja, guardar 10% do valor líquido do salário em uma conta de poupança, todo mês.

Graziela Salomão. Economista explica como o jovem pode controlar seu

orçamento e evitar gastar demais. In: Época, 31/10/2005 (com adaptações).

A partir das idéias e das estruturas presentes no texto, julgue os itens a seguir.

1.No texto, não se faz referência literal ao jovem que não gasta a mais e, portanto, não fica no vermelho.

2. As recomendações contidas no texto são apresentadas em ordem crescente de importância e se dirigem principalmente aos cidadãos que recebem salário baixo.

3. É obrigatório o sinal indicativo de crase em “à vista” (R.22), à semelhança do que ocorre com a expressão à prestações.

4. No trecho “que a família ensine a criança, desde pequena, a saber lidar com dinheiro e a se envolver com o controle dos gastos” (R.9-12), o verbo ensinar rege um complemento com preposição e um sem preposição.

5. Na passagem “Para o jovem que está começando sua vida financeira e profissional” (R.15-16), há, entre os dois adjetivos, relação de causa e conseqüência.

6. No contexto do último parágrafo do texto, a expressão “por excelência” (R.16-17) pode ser substituída, sem perda semântica, por e excelente.

7. Na linha 2, o vocábulo “durante” expressa uma circunstância

de continuidade, de permanência.

8. A expressão “ficar no vermelho” (R.3) está empregada em

sentido figurado.

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Texto 9

Os heróis existem em todas as culturas e em todas as épocas. Cada povo tem seus heróis, que vão de fundadores de cidades ou civilizações a mártires de causas voltadas ao bem coletivo.

Os tipos de heróis são muitos. Há o herói social, aquele que luta pelas necessidades de um grupo ou de um povo; há o herói velho, experiente, que tem a missão de ensinar; há o herói jovem, intrépido, que enfrenta desafios

por impulso; há o herói cotidiano, que enfrenta o trânsito e luta para sustentar com dignidade a sua família; há o herói de ocasião, que, diante do perigo ou de uma situação limite, reúne forças tiradas não se sabe de onde; há o herói

equivocado, que luta por causas enganosas; há o herói justiceiro; o vingativo; o de dupla personalidade, que é metade homem-comum, metade super-homem etc.

Moacyr Scliar. Um país chamado infância. Português:

linguagens. 2002, p. 57 (com adaptações).

Assinale a opção correta de acordo com as idéias do texto.

A. Para ser um herói é preciso enfrentar perigos, lutar por uma causa injusta e escapar de muitas armadilhas.

B. Muitas vezes, o jovem quer ser um verdadeiro super-herói, o que consiste em participar de grandes aventuras e fazer o bem.

C. Os heróis vivem em mundos hipotéticos, às vezes paradisíacos, construídos basicamente pela linguagem.

D. O fato de haver heróis em todas as culturas e épocas faz que a tipologia desses personagens tenha contornos variados.

Com referência à significação das palavras no texto, assinale a opção que apresenta a associação correta.

A. “mártires” (R.3) = vítimas; “experiente” (R.7) = esperto

B. “intrépido” (R.8) = medroso; “impulso” (R.9) = tentação

C. “luta” (R.10) = labuta; “dignidade” (R.10) = decência

D. “equivocado” (R.13) = enganador; “justiceiro” (R.14) = vingativo.

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Texto 10

Em dezembro de 2000, quando tomou posse no Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Ellen Gracie Northfleet obrigou a corte a uma reforma insólita: a construção de um banheiro feminino ao lado do plenário. Até então, em 172 anos de história, tal peça não tinha sido necessária. Ellen foi a primeira mulher a integrar a Suprema Corte do país. Na quarta-feira, dia 15 de março, a juíza quebrou mais um tabu. Pelo sistema de rodízio dos ministros, foi escolhida para a presidência do Supremo. Todos os seus 40 antecessores no cargo foram homens.

A chegada de uma mulher ao cargo mais alto da justiça brasileira não é um fato isolado. Uma pesquisa da Associação dos Magistrados Brasileiros mostra que a presença feminina na Justiça cresceu muito. Até o final dos anos 60, apenas

2,3% dos magistrados eram mulheres. Hoje são 22,4%. Elas estão principalmente nos juizados especiais, a área mais moderna do Poder Judiciário brasileiro. Ocupam 37,1% dessas cortes.

Segundo a pesquisa, as juízas são mais críticas em relação à atuação da Ordem dos Advogados do Brasil e da justiça. São mais éticas e preocupadas com as questões humanas, tendendo à individuação das sentenças. Os juízes seguiriam a lei, de forma prática. As juízas seriam mais preocupadas com as questões sociais e econômicas que cercam os casos.

Como presidente do Supremo, Ellen Gracie passa a ser a quarta pessoa na linha de sucessão presidencial, atrás do vice-presidente e dos presidentes da Câmara e do Senado. A expectativa é de que ela assuma interinamente o Palácio do Planalto durante uma das viagens internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A primeira oportunidade poderá ser no dia 12 de maio, quando o presidente Lula estará em Viena, para o encontro de cúpula entre União Européia e América Latina. Se, na mesma data, estiverem viajando Alencar, Renan e Aldo, Ellen Gracie poderá ser a primeira mulher a ocupar a presidência da República do Brasil.

Época, n.º 409, 20/3/2006, p. 22 (com adaptações).

Com base nas idéias desenvolvidas nos parágrafos do texto, assinale a opção incorreta.

A O primeiro parágrafo apresenta uma visão retrospectiva da história da Suprema Corte, a partir da distribuição sexista dos membros titulares do STF, praxe quebrada pela juíza, que mandou construir um sanitário novo, para seu uso exclusivo.

B O segundo e o terceiro parágrafos abordam, respectivamente, o significativo aumento da presença feminina entre os magistrados e a diferença da atuação das mulheres em relação aos homens, na esfera judicial.

C O quarto parágrafo situa a presença da juíza, doutora Ellen Gracie, como presidente do STF, no quarto lugar na linha hierárquica da substituição presidencial.

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D O último parágrafo antevê a possibilidade de, em maio, pela primeira vez na história, o Brasil ficar sob a presidência de uma mulher, desde que os três homens que a antecedem na linha de sucessão presidencial estejam ausentes do país.

De acordo com o texto, assinale a opção correta.

A O texto faz um percurso tipológico singular: partindo de uma seqüência narrativa, no início, passa para o predomínio da estrutura dissertativa, ao meio, até chegar ao predomínio da descrição, no último parágrafo.

B A palavra “peça” (R.5) está empregada no sentido de documento incorporado aos autos para instruir um processo.

C Uma mulher ocupar o cargo mais elevado do Poder Judiciário brasileiro é um fato singular, apesar de a percentagem de pessoas do sexo feminino no STF ter aumentado muito no último sesquicentenário.

D Ao afirmar que as juízas são “mais éticas e preocupadas com as questões humanas, tendendo à individuação das sentenças” (R.21-22), o texto deixa implícita uma comparação com os juízes, que refletem menos a respeito da essência dos valores e das normas humanas.

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Texto 11

Notícia de jornal

Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros, em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante setenta e duas horas,

para finalmente morrer de fome.

Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos de comerciantes, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.

Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome) era da alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.

O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Médico-Legal sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome.

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Um homem morre de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa — não é um homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum. Passam, e o homem continua morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.

Não é da alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer de fome.

E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis. Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens. Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome.

E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição, tombado em plena rua, no centro mais movimentado da cidade do Rio de Janeiro, um homem morreu de fome.

Fernando Sabino. Notícia de jornal. In: De Nicola e Infante. Gramática essencial. São Paulo: Scipione, 1997, p. 348-9.

Assinale a opção incorreta com relação às idéias do texto.

A. O texto inicia-se expressando o fato da morte do homem no passado: “morreu de fome” (R.1), o que se repete várias vezes, mas, no quinto e no sétimo parágrafos, o fato é expresso no presente: “morre de fome”, para destacar a irresignação do

autor com a indiferença humana, que não se restringe a um caso passado, mas está presente no dia-a-dia.

B. Ao mencionar inúmeras vezes o fato de a morte do homem dever-se à fome, o autor denuncia, reiteradamente, o descaso das pessoas com problemas de seus semelhantes.

C. O texto objetiva denunciar que órgãos públicos, como a “Delegacia de Mendicância, especialista em homens que morrem de fome” (R.7), não cumprem suas funções.

D. Há passagens do texto, como os parágrafos terceiro, quinto e sexto, que destacam a desilusão e a tristeza do autor com relação à conduta da espécie humana.

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Com relação ao sentido das palavras no texto, assinale a opção que apresenta associação incorreta.

A “pobremente vestido” (R.1-2) = pouco favorecido

B “insistentes” (R.4) = obstinados

C “presumíveis” (R.17) = prováveis

D “escarmento” (R.19) = punição

Assinale a opção incorreta com respeito à tipologia textual.

A. A passagem “Um homem (...) horas” (R.1-2) é descritiva do estado em que o protagonista da notícia foi visto.

B. A passagem “Depois de (...) de fome” (R.4-5) narra providências e acontecimentos que se sucederam na linha cronológica da notícia.

C. Com as passagens “comissário de plantão (um homem)” (R.6) e “comerciantes, que jamais morrerão de fome” (R.18), entre outras, o autor expõe, com ironia, seu ponto de vista a respeito dessas funções sociais.

D. O trecho “Deviam deixar que apodrecesse, para escarmento dos outros homens” (R.19) classifica-se como dissertativo.

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MÓDULO n° 2 Tipologia textual

• Narração • Descrição • Exposição • Argumentação • Injunção

I. Narração

1. Narração é a modalidade de redação na qual contamos um ou mais fatos que ocorreram em determinado tempo e lugar, envolvendo certas personagens.

2. O enredo gira em torno de algo acontecido e naturalmente pressupõe um cenário. Aqui entram elementos descritos para fotografar o cenário.

A narração muitas vezes envolve a descrição.

3. Fontes da narração: a memória e a fantasia.

4. Elementos básicos da narração:

a. fato (s): fictícios ou verdadeiros

b. tempo

c. lugar

d. personagem

e. causa

f. modo

g. consequências

5. Na narração, pode haver

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o discurso direto;

o discurso indireto;

o discurso indireto livre.

6. A narração pode ser feita na 1ª pessoa ou

na 3ª pessoa.

7. Predominam verbos no pretérito, especialmente o pretérito perfeito e pretérito imperfeito.

8. Exemplos de Narração:

- notícia de jornal

- romance

- conto

- história infantil

- história de trancoso

II. Descrição

1. É o tipo de redação na qual se apontam as características que compõem um determinado pessoa, objeto, ambiente ou paisagem.

2. Na descrição de pessoas, é bom falar das características físicas e psicológicas.

3. Na descrição de objetos, pode haver observações de caráter geral referentes à procedência ou à localização do objeto descrito, sua utilidade ou função e observações que apontem detalhes (formato, dimensão, material, peso, cor, brilho, textura, etc.).

4. Na descrição de ambientes, é bom registrar detalhes referentes à estrutura global (paredes, janelas e portas, chão, teto, luminosidade, aroma, etc.) e detalhes específicos em relação aos objetos existentes (móveis, eletrodomésticos, quadros, esculturas ou quaisquer outros objetos).

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5. Na descrição de paisagens, é aconselhável escrever sobre a localização ou qualquer outra referência de caráter geral registro do que se vê ao longe; observação sobre os objetos mais próximos; explicação dos elementos que compõem a paisagem.

6. Na descrição, utilizar-se-ão as impressões dos cincos sentidos.

7. A descrição pode ser objetiva ou subjetiva (quando a descrição é feita segundo o modo como a pessoa vê e sente).

8. A descrição pode utilizar-se de uma linguagem denotativa, objetiva, clara, sem emprego de metáforas e outras figuras; ou de uma linguagem conotativa, em que as palavras assumem um sentido simbólico.

9. Enquanto na narrativa o fato é o núcleo da ação, sendo o verbo o elemento valioso por excelência, na descrição o ser, o objeto, ou o ambiente são mais importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.

III. Exposição

1. O texto expositivo é chamado também de informativo.

Trata-se de uma dissertação simplesmente opinativa.

2. É o tipo de composição na qual expomos ideias gerais.

3. No texto expositivo, existem conceitos, definições explicações relacionadas com o conteúdo apresentado pelo autor.

4. Em geral, o autor procura manter o texto livre de qualquer opinião pessoal.

5. A linguagem desse gênero textual é objetiva e clara.

IV. Argumentação

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1. Trata-se de um texto dissertativo, em que se defende um ponto de vista, uma tese, uma ideia. Chamada também de dissertação argumentativa ou persuasiva.

2. Difere do texto expositivo, pois não é somente opinativo. Tem o objetivo de persuadir, formar a opinião do leitor/ouvinte, convencê-lo de que é verdadeira a tese defendida.

3. Exige argumentos, que devem ser apresentados de forma organizada.

4. Nesta modalidade, predominam as ideias, o exame crítico, o raciocínio, a objetividade.

5. Deve haver uma predominância da razão sobre o sentimento.

6. É o tipo de composição que mais necessita de um esquema de desenvolvimento, um plano.

V. Injunção

1. Injunção significa ordem, imposição.

Injungir é obrigar, impor obrigação.

2. Os textos injuntivos indicam como realizar uma ação. Transmitem um saber sobre como executar alguma coisa.Expõem um plano de ação para atingir determinado objetivo.

3. O texto injuntivo instrui ou prescreve.

Por essa razão, pode ser

a) instrucional

b) prescritivo

4. Predomina na injunção uma linguagem simples e objetiva que privilegia o emprego do verbo no Modo Imperativo e no Futuro do Presente.

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5. Exemplos de textos injuntivos instrucionais

- manuais de intrução - livros de autoajuda - livros de receita

6. Exemplos de textos injuntivos prescritivos

- cláusulas de contrato - a Constituição Federal - editais de concurso

Exercício sobre Tipologia Textual

I. Numere de acordo com o quadro

(A) Narração (B) Descrição

(C) Exposição (D) Argumentação

(E) Instrucional (F) Prescritivo

1. ( ) Texto didático

2. ( ) A Bela Adormecida

3. ( ) Retrato falado

4. ( ) Receita de bolo

5. ( ) Edital de concurso

6. ( ) Relatório de uma empresa

7. ( ) Discurso de político

8. ( ) Predominância de substantivos e adjetivos

9. ( ) Guia turístico da cidade

10.( ) Predominância de verbos e advérbios

11. ( ) Manual de guerrilha

12.( ) Valorização dos cinco sentidos

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13.( ) Discurso contra o aborto

14.( ) Aula de ciência

15.( ) Palestra religiosa

16.( ) Receita médica

II. Reconheça e depois numere consoante o quadro as passagens abaixo:

I. Numere de acordo com o quadro

(A) Narração (B) Narração/Descrição

(C) Descrição (D) Exposição

(E) Argumentação (F) Injunção

1. ( ) Os grevistas impediram a circulação dos ônibus nos terminais.

2. ( ) Leia atentamente as propostas da prova.

3. ( ) O estilo é o homem.

4. ( ) A porta abriu-se sem ruído. Ele entrou e a porta fechou-se de novo,silenciosa-

mente. O lugar em que o venerando religioso acabava de penetrar era uma triste

cela, sombra e espaçosa.

5. ( ) Será eliminado o candidato que assinar a redação.

6. ( ) Todos são iguais perante a lei.

7. ( ) Era uma casa velha, um palacete, assombradado.

8. ( ) O cajueiro já deveria ser velho, quando nasci.

9. ( ) É proibido estacionar nas calçadas.

10.( ) Se você quiser ser feliz, não se queixe da vida, nem fale mal dos outros.

11. ( ) Saber ensinar não é somente transferir conhecidos.

12.( ) Quando eu tinha seis anos, não pude ver a festa de São João.

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13.( ) O sertanejo é antes de tudo um forte.

14.( ) Vamos todos cantar de coração. A Cruz de Malta é o meu pendão.

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MÓDULO n° 3

Ortografia Oficial 1. A oficialização das letras K, Y (letras gregas) e W (letra germânica), com o consequente

aumento ao alfabeto para 26 letras. Nosso alfabeto deixa de ser unicamente latino.

2. A eliminação do trema e dos acentos diferenciais. Há uso de trama unicamente nos nomes

derivados de nomes próprios estrangeiros, como Müller, Hübneriano) e dos acentos diferenciais.

3. Alterações de regras acerca do emprego do hífen nos prefixos

Se comparado com o sistema atual, não será mais usado o hífen

- quando o segundo elemento começa com R ou S. Essas letras deverão ser duplicadas, como

em antirreligioso, antissemita, contrarregra e infrassom, minissaia, microssistema, macrorregião;

- quando o primeiro elemento do prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com

uma vogal diferente. Exemplos: extraescolar, aeroespacial, autoestrada, pseudoadvogado,

neoescolástica;

- nas locuções de qualquer tipo, sejam elas substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais,

prepositivas ou conjuntivas. Cita o texto expressamente: cão de guarda, fim de semana e cor de

café, sala de jantar, entre outras. Ressalvam-se algumas exceções já consagradas pelo uso

(água-de-colônia; arco-da-velha; cor-de-rosa; mais-que-perfeito; pé-de-meia; à queima-roupa).

Será usado o hífen

- quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento, como em anti-

ibérico; micro-ondas; anti-inflamatório; mini-indústria;

- nas palavras compostas, como arco-íris, norte-americano, ano-luz; rubro-negro, contudo o sinal

cai em compostos nos quais ‘se perdeu a noção de composição’

4. A eliminação das consoantes não pronunciadas, frequentes em Portugal.

5. As mudanças na acentuação gráfica,

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- a eliminação do acento agudo nos ditongos éi, ói, nas palavras paroxítonas por causa da

oscilação de timbre. Exemplos: ideia, jiboia; colmeia, proteico, comboio (substantivo), comboio

(verbo), apoio (substantivo), apoio (verbo). O acento se mantém quando o ditongo está na sílaba

final e vem seguido ou não de S: fiéis, anéis, herói (s), corrói, faróis, anzóis.

- o acento agudo também desaparece nos hiatos tônicos, precedidos de ditongo, em palavras

paroxítonas como feiura, baiuca, cheiinho; mas permanece em saída, saúde, saístes (verbo),

sanduíche, ruína, paraíso, miúdo.

- a eliminação do acento circunflexo em palavras terminadas em dois oo e dois ee, como em voo,

enjoo, abençoo, creem, deem, leem, veem, descreem, reveem.

- quando a sílaba tônica estiver no final de verbos conjugados terminados em “gue”, “gui”, “que” e

“qui”, o acento agudo também será eliminado, como em apazigue e averigue, argui, oblique.

- a restrição no uso do acento diferencial. Permanece ele somente em pôde (pretérito perfeito) e

em pôr (verbo). Em fôrma, é ele opcional.

- o uso facultativo do acento em alguns casos de dupla grafia para fazer a devida diferenciação,

como na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação,

“amámos” em oposição a "amamos" do presente do indicativo; “demos” (presente do subjuntivo) e

“demos” (pretérito perfeito)

6. Dupla grafia

Exemplos: António/Antônio; fenômeno/fenômeno; Vênus/Vénus; acadêmico/acadêmico;

tênis/ténis; anatômico/anatómico; cômodo/cómodo; Amazônia/Amazónia, econômico/ económico;

fêmur/ fémur; bônus/bônus; bebê/bebé; gênio/génio; judô/judo; canapé/canapê; guichê/guiché;

metrô/metro; caratê/caraté; bidê/bidé; rapé/rapê.

7. Das maiúsculas e minúsculas

- A letra minúscula será usada nos nomes dos meses.

- Opcionalmente, em categorizações de logradouros públicos, pode-se usar Rua da Liberdade ou

rua da Liberdade; Palácio da Luz ou palácio da Luz, Igreja do Bonfim ou igreja do Bonfim.

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-Nos nomes que indicam disciplina, é opcional o emprego da maiúscula. Exemplos: Português ou

português; Matemática ou matemática.

- Nas siglas, símbolos ou abreviaturas, a letra maiúscula deve ser usada. Exemplos: ONU, FAO,

NATO.

8. Das assinaturas e firmas

A Base XXI do Acordo Ortográfico estabelece que “para ressalva de direitos, cada qual poderá

manter a escrita que, por costume ou registro legal, adote na assinatura do seu nome. Com o

mesmo fim, pode manter-se a grafia original de quaisquer firmas comerciais, nomes de

sociedades, marcas e títulos que estejam transcritos em registro público”.

2ª. parte

GRAFIA DE PALAVRAS INTRODUÇÃO: Inúmeras são as regras que tratam da grafia de palavras. Muitas, no entanto, não têm utilidade, pois são complexas e difíceis de serem fixadas pela memória. No presente capítulo, houve a preocupação de relacionar unicamente as pistas ortográficas que poderão ser facilmente retidas pelo leitor atento.

EMPREGO DE LETRAS:

1. Emprego do “Ç”

Emprega-se Ç (cê cedilhado) em muitos vocábulos da língua.

Eis algumas regras sobre seu uso:

a) Em palavras derivadas de outras que terminam em ...TO:

Exs.:

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- aTO: aÇão - seleTO: seleÇão

- assunTO: assunÇão - isenTO: isenÇão

- ereTO: ereÇão - exceTO: exceÇão

b) Em palavras derivadas de compostos do verbo TER:

- aTER: atenÇão - absTER: abstenÇão

- reTER: retenÇão - conTER: contenÇão

c) Após ditongos:

- eleiÇão - beiÇo

- afeiÇão - ConceiÇão

d) Em palavras de origem africana, indígena, árabe ou exótica:

Exs.: - miÇanga, paÇoca, jaÇanã, muÇulmano, Açu, UruaÇu, MoÇoró.

(Observação: a grafia Mossoró hoje está oficializada).

e) Nos sufixos:

- AÇÃO- IÇO - ANÇA - AÇA - IÇA - ENÇA - AÇO - UÇO, UÇA - embarcAÇÃO - enfermIÇO - bonANÇA - barcAÇA - carnIÇA - descrENÇA - estilhAÇO - dentUÇO, dentUÇA

EXERCÍCIOS

JUSTIFIQUE o Ç (cê cedilhado) das seguintes palavras: - caiÇara - detenÇão - beiÇo - alagadiÇo - maldiÇão - ricaÇo - contenÇão - jaÇanã Observe a grafia de palavras com Ç (cê cedilhado) que não foram enquadradas nas

regras acima: - aÇambarcar - apreÇo - terÇol - aÇaí - eriÇar - tiÇão - danÇa - soÇobrar - troÇo - quiÇá - pinÇa - ruÇo (cinzento)

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2. Emprego do “CH”

a) Em palavras derivadas de outras que são iniciadas por “CH”. Exs.:

- CHapa: CHapéu - CHarco: enCHarcado

b) Geralmente em palavras iniciadas por CHAM, CHAL usa-se o CH. Exs.:

- CHAMiné, CHAMpanha, CHAMego, CHALé, CHALeira, CHALaça.

Exemplos não enquadrados nas regras acima:

- cartuCHo (bala) - CHilique - cabroCHa - CHarque - CHeco - niCHo - fleCHa - empaCHado - estrebuCHos - guinCHo - recauCHutar - piCHe - meCHa - caCHecol - broCHe - coCHeira - caroCHinha - CHuCHu - mochila - charque

3. Emprego de “E” e “I”

Em “HabituE seu filho a ler jornal”, o primeiro verbo foi gravado com E (final), pois a forma verbal deriva do infinitivo “habituar”, que não possui “I” na grafia.

Em “Possui a empresa várias lojas de eletrodomésticos”, o verbo inicial da frase - possui - foi grafado com “I”, porque é derivado de “possuIr”, que apresenta “I” no infinitivo.

Exemplos:

influIr: influI, contribuIr: contribuI

perdoar (sem “I”): perdoE atuar (sem “I”): atuE

continuar (sem “I”): continuE

Exemplos não enquadrados na regra anterior.

COM “E” - acrEano - crEolina - recEoso

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- botEquim - empEcilho - vEado - campEão - pEnico - carEstia - cadEado - prEsilha - dEstilada

COM “I” - requIsito - pontIagudo - dentIfrício

- adIvinhar - carIar - femInino

- frontIspício - dIgladiar - lampIão (de gás)

4. Emprego do “J”

a) Nas palavras derivadas de outras que possuem “J” no radical:

- laranja: laranJinha - loja: loJinha

- rijo: riJeza - majestade: maJestoso

- varejo: vareJista - anjo: anJinho

b) Palavras de origem africana, indígena ou exótica:

- Jia - paJé - cafaJeste - paJem - Jiu-jitsu - Jiló - berinJela - oJeriza - Jerico - Itapajé

Exemplos que não se enquadram nas regras acima:

- jeito - granJear - inJeção - pegaJento - cereJeira - Jenipapo - gorJeta - traJetória - manJedoura - alforJe - ultraJe - suJeito

5. Emprego do “O” e do “U”

Exemplos de palavras que são, muitas vezes, grafadas de modo errôneo:

a) Com a letra “O”: - sapOti - mOqueca - bOtequim

- bandOlim - óbOlo - tambOrim

- mágOa - cOentro - engOlir (verbo)

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b) Com a letra “U” : - cUrtume - bUrbUrinho - tábUa

- entUpir - arrUaça - marrUá

- embUtir (verbo) - ManUel - pérgUla

- sUpetão - íngUa - mUamba

- cUtia - bUlir - bUeiro

- cabUré - jabUti - cUringa

6. Emprego do “S”

a) Em palavras derivadas de verbos em que no radical existe:

- ND - RG - RT - PEL – CORR -

Exemplos:

- compreeNDer = compreenSão - aspeRGir = asperSão - inveRTer = inverSão - imPELir = impulSo - conCORRer = concurSo

b) Nos vocábulos derivados em que existe a letra “S” na palavra-mãe:

- cortês = corteSmente - siso = siSudo

c) No elemento “ENSE” (adjetivo):

- rio-grandENSE-do-norte - paraENSE - cearENSE - maranhENSE - piauiENSE - brasiliENSE

d) Nas formas verbais de “PÔR” e “QUERER” :

- puS - puSemos - puSeram - quiS - quiSera - quiSéssemos

e) Na terminação “ESA”, indicadora de títulos:

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- princeSa - marqueSa - duqueSa - baroneSa (Exceção: alteza)

f) Nos adjetivos pátrios:

- português - francês - japonesa - inglesa - norueguês - finlandesa

g) Após ditongos, geralmente:

- cauSa - coiSa - louSa

Outros exemplos não enquadrados nas regras acima:

- beSouro - obSessão - utenSílio - inSosso - juStaposição - uSina - corteSia - burgueSia - balSa (embarcação) - despeSa - eriSipela - gáS - perSiana - pesquiSa - gaSolina - anSioso - miSto - farSa - maiSena - fregueSia

7. Emprego do “SS”

Em verbos derivados de infinitivo em que existe no radical:

- CED - GRED - PRIM - ...METER - ...TIR

Exemplos:

- interCEDer = interceSSão - proGREDir = progreSSo - imPRIMir = impreSSo - reMETER = remeSSa - discuTIR = discuSSão - proMETER = promeSSa

Outros exemplos de palavras grafadas com “SS”:

- argamaSSa - aSSoar - beneSSe - pêSSego - endoSSo - devaSSa - caSSetete - chaSSi - seSSão (reunião)

8. Emprego do “SC”

Exemplos de palavras grafadas com o grupo “SC”:

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- abSCesso - faSCista - aquieScer - adoleSCente - fluoreSCente - convaleSCer - obSCeno - seiSCentos - piSCina - cônSCio - laSCivo - impreSCindível - rejuveneSCer - condeSCedente - diSCípulo

9. Emprego do “Z”

a) Palavras cujos étimos possuem a letra “Z”:

- deslize = desliZar - cruz = cruZar - juiz = ajuiZar

b) Nos substantivos abstratos com o som “EZ” ou “EZA” derivados de adjetivos:

- belo = belEZA - nobre = nobrEZA - escasso = escassEZ - ácido = acidEZ - surdo = surdEZ - pobre = pobrEZA

c) Os elementos “ZINHO”, “ZITO”, “ZADA” e “ZEIRO”, se a palavra primitiva não apresenta “S” no radical.

Exemplos: - leãoZINHO - pãoZITO - mãoZADA - buritiZEIRO - ZeZITO - peZADA

d) Quando se acrescenta toda a terminação - IZAR para se formar um verbo: - real = realIZAR - escândalo = escandalIZAR - colono = colonIZAR - sinal = sinalIZAR - capital = capitalIZAR - homogêneo = homogeneIZAR

e) Não se escreve a letra Z geralmente no final das palavras paroxítonas e proparoxítonas.

Exs.: Gomes, Álvares, etc.

Outros exemplos de palavras grafadas com a letra “Z”:

- cafuZo - enfeZado - amortiZar - beZerro - embriagueZ - cuscuZ - franZino - pequeneZ - preZado - reZina - rodíZio - seZão - coriZa - xadreZ - praZo - esvaZiar - nudeZ - prelaZia - magaZine - raZoável - safadeZa - viZinho - batiZado - coaliZão - aZia

- veneZiana - LuZia - giZ - assaZ - foZ

10. Emprego da letra “X”

a) Em cognatos do “X”: - asfiXia = asfiXiado - tóXico = intoXicado - tarraXa = atarraXar - Xingar = xingamento - seXo = seXual - eXílio = eXilado b) Após ditongos:

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32 http://www.euvoupassar.com.br Eu Vou Passar – e você?

- caiXão - auXílio - feiXe faiXa Outros exemplos de palavras grafadas com letra “X”: - repuXo - Xodó - lagartiXa - atXim - fuXico - guaXinim - roXo - faXina - eXceção - enXaqueca - capiXaba - enXurrada - beXiga - coXia - Xampu - meXerica - Xote - eXpectativa - XiqueXique(grafia oficial) - XiXi - Xícara - Xingar - eXibir - êXodo - baiXela

II. EMPREGO DE PALAVRAS E EXPRESSÕES PARECIDAS

1. ONDE e AONDE

Onde: usa-se com verbos estáticos.

Aonde: com verbos dinâmicos (Aonde a vaca vai, o boi vai atrás). Aonde equivale a para onde.

2. HÁ e A

O primeiro é forma do verbo haver. Traz idéia de passado (Há cinco dias, fiz o trabalho).

O segundo é preposição. Traz idéia de futuro (Daqui a cinco dias, farei o trabalho).

3. MAL e MAU

Mal se opõe a bem. É advérbio.

Mau se opõe a bom. É adjetivo.

4. POR QUE e PORQUE

POR QUE = por qual motivo

= pelo qual, pela qual, etc.

PORQUE = visto que (conjunção causal)

= para que (conjunção final)

Ex.: Por que (separado) chegaste atrasado? Porque (junto) perdeste o ônibus?

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O motivo por que (separado) cheguei atrasado é porque (junto) estava dormindo.

OBSERVAÇÃO:

Porquê (acentuado e junto) quando é substantivo ou está no final do período (acentuado e separado).

Exs.: - Quero saber o porquê disso.

- Você já vai embora. Por quê? (= por qual motivo)

5. TÃO POUCO e TAMPOUCO

tão pouco = muito pouco tampouco = muito menos

6. DE TRÁS e DETRÁS

- O primeiro responde à pergunta: De onde?

- O segundo, à pergunta: Onde?

7. POR VENTURA e PORVENTURA

- Por ventura: por felicidade. - Porventura: por acaso.

8. DE MAIS e DEMAIS

- De mais: a mais. - Demais: demasiadamente.

9. MAS e MAIS

MAS, conjunção adversativa, pode ser substituída por PORÉM.

Ex.: Foi à rua, mas nada comprou = Foi à rua, porém nada comprou.

10. SE NÃO e SENÃO

SE NÃO = se (conjunção condicional, pode ser substituída por CASO); não (advérbio

de negação).

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Escreve-se SE NÃO (separado) quando é possível intercalar a expressão POR ACASO.

Ex. SE (por acaso) NÃO chover, irei ao novo Castelão. Nos demais casos, usa-se SENÃO (junto).

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MÓDULO n° 4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Colocar os acentos, quando necessário:

1) caja cafe xodo menina cidade garoto

murici urubu Acarau Icapui virus bonus

ama-lo reve-lo feri-lo propo-lo influi-lo veja-o

REGRA:

A oxítona = SIM I oxítona = NÃO (exceto hiato)

E

O paroxítona = NÃO U paroxítona SIM

Obs.: Não são considerados para efeito de acentuação o S e os pronomes oblíquos (o, a, os, as, lo, la, los, las, lhe, lhes, etc)

2) pa pe po la re mi de (preposição)

REGRA: Recebe acento o monossílabo tônico formado por A, E ou O.

3) coragem porem recem itens parabens hifens

REGRA:

EM oxítona = SIM ENS paroxítona = NÃO

4) album albuns tucum vacum (gado)

REGRA:

UM oxítona = NÃO UNS paroxítona = SIM 5) canoa voe boa perdoe (verbo)

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REGRA: As terminações que têm o som ÔA e ÔE não recebem acento. 6) aneis ceu dói (verbo) espanhois heroi

REGRA: Recebem acento os ditongos ÉI, ÉU, ÓI dos monossílabos e dos vocábulos

oxítonos,seguidos ou não da letra S. Não recebem os ditongos ei e oi nos vocábulos paroxítonos. 7) colmeia jiboia ideia apoio alcaloide paranoico proteico

REGRA: Não recebem acento os ditongos EI e OI nos vocábulos paroxítonos, seguidos ou não da

letra S. 8) averigue apazigue argui oblique

REGRA: Não mais recebe acento o U tõnico, precedido de Q ou G , seguido de E ou I Q E acento U (tônico) agudo G I

9) saida macauba rainha saude juiz Bocaiuva Piaui ladainha Raul juizes xiita Caim cheiinho teiu egoismo Mariinha contribuinte Macunaima paraíso feiura teius

REGRA: I e U são acentuados quando forem tônicos, antecedidos de vogal e formarem sílaba sozinha ou com S.

Exceções: Não há acento, quando a palavra é paroxítona precedida de ditongo (baiúca), quanto a vogal é repetida (sucuuba, xiita) ou quando é seguida de NH (moinho, rainha).

10) amavel fenix hifen Queops Nelson xerox chanceler forceps cancer Bacabal biceps mister REGRA: L N oxítona = não recebe acento R paroxítona = recebe acento PS = recebe acento X 11) joquei serie Mario tinheis (verbo) obliquo uteis mingua especie REGRA: Recebe acento o vocábulo paroxítono terminado em DITONGO.

12) Estevão sotão sequencia Cristovão imã quinquenio coração orgão afã acordão

REGRA: Têm acento os paroxítonos terminados em TIL (~)

13) abençoo voo coordenador enjoos perdoo

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REGRA: Prescindem de acento circunflexo o primeiro O fechado e tônico do grupo OO e o primeiro E das formas verbais creem, deem, leem, veem e derivados.

14) tem (singular) vem (singular) retem (singular) convem (singular) tem (plural) vem (plural) retem (plural) convem (plural)

REGRA: Recebe acento circunflexo o E de sílaba de 3a. pessoa do plural do presente do Indicativo dos verbos TER e VIR e derivados.

15) por (verbo) impor por (preposição) compor

REGRA: O verbo PÔR recebe acento. Seus compostos não recebem. A preposição por também não recebe o acento.

16) lampada relampago energetico concavo

REGRA: Toda palavra proparoxítona recebe ACENTO agudo ou circunflexo. 17) Acentos diferenciais pode (ó) - presente do indicativo

pôde (ô) - pretérito perfeito pôr (verbo)

18) Acentos facultativos

- forma (ô) / fôrma

- demos (primeira pessoa do plural do presente do subjuntivo) / dêmos

- cantamos, amamos, falamos (primeira pessoa do plural do pretérito perfeito) / cantámos,

amámos, falámos.

19) Dupla grafia

tônico/tónico; Antônio/António; fêmur/fémur; fênix/fénix; acadêmico/académico; Amazônia/Amazónia; fenômeno/fenómeno; blasfêmia/blasfémia; gênio/génio; Vênus/Vénus; bônus/bónus;anatômico/anatómico;

metrô/metro; judô/judô; bebê/bebé; caratê/caratê; guichê/ guichê; cocô/ cocó; bidê/bidê; tênis/tênis.

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MÓDULO n° 5 Emprego das classes de palavras

As dez classes gramaticais:

SUBSTANTIVO

ARTIGO

ADJETIVO

NUMERAL

PRONOME

VERBO

ADVÉRBIO

CONJUNÇÃO

PREPOSIÇÃO

INTERJEIÇÃO

SUBSTANTIVO

É o nome que indica os seres, aquilo que imaginamos como seres (ações, fenômenos, estados, instituições) e o que a reflexão ou a fantasia concebe como um ser.

Os substantivos classificam-se em:

• comuns e próprios (pedra; Rodrigo)

• concretos e abstratos (mesa; amizade)

Quanto à formação, os substantivos podem ser:

• primitivos e derivados (ferro; ferreiro)

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• simples e compostos (carta; carta-bilhete)

- Flexão do substantivo :

a) gênero: masculino, feminino, epiceno (a cobra macho, a cobra fêmea); comum de dois gêneros (o pianista, a pianista); e sobrecomum (a criança)

b) número: singular e plural

g) grau: aumentativo e diminutivo (casarão; casinha)

Observações:

a) Substantivos concretos são os que designam seres de existência real ou que assim imaginamos. Exemplos: som, sombra, hora, fada, alma, Deus, lobisomem.

Substantivos abstratos não têm existência por si mesmos, mas podemos apresentá-los como separados, “abstraídos” dos seres em que se acham.São os que exprimem qualidades, estados, ações, situações. Alguns são derivados de outros, com auxílio de um sufixo EZ ou EZA. Exs.: tristeza, doçura, velhice, coragem, obediência, bondade,

pena, trabalho, casamento, vingança, ameaça, admiração, viuvez, sonho, morte, inteligência.

b) Em torno do núcleo nome giram o artigo, o numeral, o pronome e o adjetivo;

Em torno do núcleo verbo gira o advérbio.

Preposição e conjunção são conectivos: servem para ligar.

c) Exemplos de Locuções Substantivas: Casa do Estudante, Diário do Povo, Associação dos Servidores, etc.

d) Coletivos. Exemplos:

enxame (de abelhas); carrada (de argumentos); alameda, renque (de árvores); matilha (de cães); romaria (de peregrino); cordilheira (de montanhas); estrofe (de verso); frota,esquadra (de navios); arquipélago (de ilhas); atilho(de espiga); álbum (de fotografia); cardume (de peixes).

. ADJETIVO

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É sinônimo de qualidade. Não tem divisão, mas quanto à formação pode ser:

- primitivo e derivado

- simples e composto

A função do adjetivo é girar em torno do substantivo, qualificando-o.

Exemplos de LOCUÇÃO ADJETIVA: trem de carreira, torneira de água quente, homem sem juízo, espelho de cristal, etc.

Flexão do adjetivo:

- gênero: masculino e feminino

- número: singular e plural.

Gradação do Adjetivo

Comparativo

- de igualdade : É tão bonito quanto eu.

- de superioridade: É melhor do que eu. É menor que eu.

- de inferioridade: É menos bonito que eu.

Superlativo

relativo: de superioridade: É a mais bonita de todas.

de inferioridade: É a menos bonita de todas.

absoluto: sintético; Ela é belíssima.

analítico: Ela é muito bonita.

Observação:

Às vezes, o adjetivo é empregado na frase como substantivo.

-Um homem velho (adjetivo); Um velho (substantivo) doente;

-Prova difícil (adjetivo); O difícil (substantivo) foi fazer a prova.

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PRONOME

É a palavra que substitui (pronome-substantivo) ou

acompanha o nome (pronome-adjetivo).

Classificação:

pessoal - indefinido - possessivo - relativo

Demonstrativo - interrogativo

Flexão:

- gênero: masculino e feminino

- número: singular e plural

- pessoa : primeira, segunda e terceira

ADVÉRBIO

Gira em torno do verbo, do adjetivo e de outro advérbio.

A maioria dos advérbios modifica o verbo, de onde provém o nome (ad-verbum).

Só os advérbios de intensidade modificam, além do verbo, o adjetivo ou outro advérbio.

Divisão: LU - TEM - MO - NE - DU - IN - A

(palavra mnemônica)

Flexão do advérbio:

Comparativo:

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de igualdade: tão bem, tão gentilmente

de superioridade: melhor, mais bem, pior, mais mal

de inferioridade: menos bem, menos gentilmente

Superlativo

absoluto

sintético: gentilíssimamente

analítico: muito gentilmente

Diminutivo: agorinha, cedinho, pertinho, longinho.

Advérbios interrogativos:

Podem ser usados em uma interrogação direta ou indireta.

Segundo a NGB, são os seguintes: LU - TEM - MO - CAU (forma mnemônica).

Lugar : Onde, aonde, donde

Tempo : Quando

Modo: Como

Causa: Por que, por quê

Locução adverbial:

Duas ou mais palavras que funcionam como advérbio.

Observação: Certas palavras possuem classificação à parte.

Denotam exclusão, inclusão, situação, designação, realce, retificação, afetividade, etc. Não são enquadradas entre os advérbios. Ex.: menos, exceto, também, até mesmo,

inclusive, então, afinal, eis, é que.

PREPOSIÇÃO

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É um conectivo, isto é, tem a função de ligar. A conjunção também é o conectivo. A preposição só liga palavras entre si; a conjunção pode ligar palavras entre si (Lucas e Carol foram ao cinema) e orações entre si (Lucas foi ao cinema e Carol, ao teatro). Os termos ligados pela preposição chamam-se antecedentes e consequentes.

Classificação das preposições:

essenciais - palavras que só desempenham a função de preposição

acidentais - palavras de outras classes e que depois adquirem um valor

prepositivo.

Divisão das preposições:

Essenciais:

A - ANTE - ATÉ - APÓS - COM - CONTRA - DE - DESDE –

EM - ENTRE - PER - POR - PARA - PERANTE SEM - SOB –

SOBRE - TRÁS.

Acidentais:

DURANTE - EXCETO - CONFORME - CONSOANTE

SALVO - AFORA, etc.

CONJUNÇÃO

Conectivo que liga as palavras entre si ou orações entre si.

Classificação: Coordenativas e Subordinativas.

1) Coordenativas:

AD - AD - AL - CON - EX (forma mnemônica)

aditiva: idéia de ação, aquilo que é somado. Exemplos: e, nem (= e não), mas também, bem como, etc;

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adversativa: diz oposição, coisa contrária. Exmplos: mas; porém; contudo; entretanto; senão; todavia; no entanto, etc.

alternativa: Exemplos: ou... ou; já... já; ora... ora, nem...nem. (A adversativa estabelece oposição; a alternativa oferece alternância).

conclusiva: O nome está dizendo que traz a idéia de conclusão;

Exemplos: logo; pois (posposto ao verbo); então; portanto; por conseguinte; por isso, etc.

explicativa: inicia uma oração que dá uma explicação da outra oração.

Exemplos: pois (anteposto ao verbo), isto é, que, porque, porquanto, etc.

2) Subordinativas:

IN - CAU - COM - CON - CON - CON - FI - TEM - PRO - CONFOR (forma mnemônica).

Integrante: Exemplos: “que” e “se”. A oração que ela inicia (substantiva) vai integrar a principal, dando-lhe o sujeito, ou o objeto de um verbo transitivo ou o predicativo do verbo de ligação que existe na principal, etc.

Causal: Exemplos: porque, que, visto que, uma vez que, porquanto, como, já que, etc.

Comparativa: Exemplos: como, que, assim como, ( tal) qual, (tanto) quanto, (tão) quão .

Concessiva: Exemplos: embora, ainda que, posto que, conquanto, mesmo que, sem que.Indica concessão, desfaz um pouco o vigor da oração principal.

Condicional: Exemplos: se, caso, salvo se, a não ser que, a menos que, contanto que.

Consecutiva: inicia uma oração que traz uma conseqüência da oração principal.

São as seguintes: Que (depois de tão, tal, tanto, tamanho), sem que (= que não), de maneira que, de forma, que etc.

Ex.: Fez um esforço tão grande que rasgou o calção.

final: Exemplos: para que, a fim de que, que (= para que), porque (=para que).

temporal: Exemplos: quando, até que, mal, desde que, logo que, apenas, enquanto.

proporcional: Exemplos: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais, etc.

conformativa: Exemplos: como, conforme, segundo, consoante. Indicam conformidade de idéia, semelhança, etc.

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VERBO

Verbo é a palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno.

Exs: O jogador chutou a bola (ação)

O menino está doente (estado)

O atleta recebeu a taça (fato)

Chove muito (fenômeno)

CLASSIFICAÇÃO DO VERBO:

- Regular - Irregular

- Anômalo - Defectivo

- Abundante - Auxiliar

+ Regulares: São os que não sofrem alteração em seu radical (mud-ar; vend-er; part-ir); As desinências são as mesmas do verbo modelo da conjugação (paradigma).

+ Irregulares: Sofrem alteração em seu radical ou em suas desinências. Ex. faz-er (faço, faz), traz-er (trago, traz), ouvir (ouço).

+ Anômalos: São eles SER e IR. Mudam de radical.

+ Defectivos: Os que têm deficiência na conjugação. Não possuem todas as formas verbais. Ex. reaver, latir, colorir, adequar.

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+ Abundantes: Os que possuem mais de uma forma, geralmente no particípio. Ex. havemos e hemos; morrido e morto; imprimido e impresso.

+ Auxiliares: Os verbos que servem para a formação dos tempos compostos e locuções verbais. Os principais auxiliares são: ter, haver, ser e estar.

Note bem

O particípio regular (terminação - do) emprega-se em geral com os verbos TER e HAVER e o particípio irregular com SER e ESTAR).

CONJUGAÇÕES:

Três são as conjugações:

1ª conjugação com o tema terminado em A: Ex. AMAR

2ª. conjugação com o tema terminado em E: Ex. VENDER

3ª. conjugação com o tema terminado em I: Ex. PARTIR

O A, o E e o I são chamados vogais temáticas. A parte que fica à esquerda das terminações AR e ER e IR toma o nome de RADICAL. As vogais temáticas com os respectivos radicais formam o TEMA do verbo.

FORMAÇÃO DO VERBO:

Primitivo e derivado:

(Ex.: saltar e saltitar, cantar e cantarolar, etc.)

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Simples e compostos:

(Ex.: Estudei e tenho estudado; paguei e sou pago).

FLEXÃO VERBAL:

a) Modo:

Indicativo - fato apresentado de um modo real.

Subjuntivo - fato apresentado de modo duvidoso, como expressão de um desejo.

Imperativo - fato apresentado como ordem, conselho, pedido.

b) Formas nominais do verbo:

Infinitivo pessoal :

Flexionado : Eles supõem sermos estudiosos.

não flexionado: As crianças brincam sem saber dos riscos.

Infinitivo impessoal : Nadar faz bem à saúde.

Gerúndio

Particípio

c) Tempo:

Presente

Pretérito Perfeito

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Pretérito Imperfeito : simples e composto

Mais-que-Perfeito : simples e composto

Futuro do Presente : simples e composto

Futuro do Pretérito : simples e composto

FLEXÃO VERBAL:

O presente do indicativo é empregado para expressar fatos que ocorrem no momento em que se fala; expressar fatos ou ações permanentes e também para expressar um fato futuro, mas próximo.

Ex.: Daqui a uma semana, trago o livro. (Em lugar de trarei).

O pretérito perfeito expressa uma ação que agora é vista como acabada e concluída.

Ex.: Ele saiu.

O imperfeito um fato que era presente, numa época passada ou que estava se processando, quando ocorreu outra.

Ex.: O menino fitava o fosso, quando atirei.

O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada que ocorreu antes de outra ação também passada.

Ex.: Matei o veado, que apanhara na véspera.

O futuro do presente serve para indicar um fato futuro em relação ao presente, expressar incerteza sobre fatos presentes e serve também para expressar fatos de realização provável.

Ex.: Regressarei dentro de uma semana. Ele ainda estará vivo? Se ele vier, verá o seu afilhado.

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O futuro do pretérito expressa um fato passado, mas posterior a um outro fato passado, ou incerteza sobre fatos passados, ou pode referir-se a fatos que não se realizaram

e que, provavelmente, não se realizarão.

Ex.: Avisei (passado) que só regressaria dentro de uma semana. A onça estaria ainda na armadilha. Se viesse, veria a onça.

FLEXÃO VERBAL:

d) Número: singular

plural

e) Pessoa: primeira

segunda

terceira

f) Voz: . ativa: (Sujeito do verbo faz a ação verbal).

. passiva: (Sujeito do verbo sofre a ação verbal. Conjuga-se sempre com

o auxiliar SER).

. reflexiva: (Sujeito do verbo faz e sofre a ação verbal). Ex.: Ele se cortou.

Locução Verbal:

Existe nos tempos compostos e nas formas compostas.

Ex.:Eu tenho estudado. Deve haver aula hoje.

São numerosos os verbos auxiliares em português: TER, HAVER, SER, ESTAR, QUERER (quero sair), FICAR (fiquei a contemplá-la), IR (a tarde ia morrendo).

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EXERCÍCIO SOBRE CLASSE DE PALAVRAS Marcar a única opção em que existe erro, quanto à classificação morfológica: 1. ( ) a) Perdeu mais coisa que eu: advérbio ( ) b) Não sei o que procuras: pronome demonstrativo ( ) c) Machuquei-lhe o braço: pronome pessoal caso oblíquo ( ) d) A casa onde moro é bonita: pronome relativo 2. ( ) a) Semelhantes ações não se justificam: pronome demonstrativo ( ) b) Eu fiz mesmo o trabalho: advérbio ( ) c) Estudou a tarde toda: pronome indefinido ( ) d) Toda aluna sabe disso: pronome indefinido 3. ( ) a) Bastantes carteiras havia na classe: pronome indefinido ( ) b) Apenas discordei: advérbio ( ) c) Sinal certo de chuva: adjetivo ( ) d) A bola passou por trás de mim: locução adverbial 4. ( ) a) Vi ontem um cego: adjetivo ( ) b) Nada sei: pronome indefinido ( ) c) Estimo a quem me estima: pronome relativo ( ) d) Os que nada aprendem, nada sabem: pronome demonstrativo 5. ( ) a) Eu mesmo fiz a matrícula: pronome demonstrativo ( ) b) Tal casa é muito feia: adjetivo ( ) c) Estudamos bastante: advérbio ( ) d) Quem me dera! : pronome indefinido 6. ( ) a) Perguntei quem era o candidato: pronome interrogativo ( ) b) Chupou meia laranja: pronome indefinido ( ) c) Está algo irritado: advérbio ( ) d) Nem sempre joga bem: advérbio 7. ( ) a) Como conseguiu?: pronome interrogativo ( ) b) Cada caso será analisado: pronome indefinido ( ) c) Refiro-me a que chegou ontem: pronome relativo ( ) d) Conheço a que te telefonou: pronome demonstrativo 8. ( ) a) O difícil foi fazer a prova: adjetivo ( ) b) Um velho doente: substantivo ( ) c) Homem sem juízo: locução adjetiva ( ) d) Diário do Nordeste: locução substantiva 9. ( ) a) Você não viu o modo como conseguiu entrar: pronome relativo ( ) b) Por que corres?: pronome interrogativo ( ) c) Fez esforço tão grande que rasgou o calção: advérbio

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( ) d) Fez esforço tão grande que rasgou o calção: conjunção consecutiva 10. ( ) a) Mal chegou, começou a aula: conjunção ( ) b) Desde que você não quer, deixaremos todos de ir: conjunção causal ( ) c) Irei desde que não chova: conjunção temporal ( ) d) Se não chover, irei ao filme: conjunção condicional 11. ( ) a) Houve um senão na prova: substantivo ( ) b) Não estudou nem deixou que os outros estudassem: conjunção aditiva ( ) c) Brigou por um nada: pronome indefinido ( ) d) Não é homem de meias palavras: pronome indefinido 12. ( ) a) Não disse a quem daria o presente: pronome interrogativo ( ) b) Ditosa Pátria que tal filho tem: pronome demonstrativo ( ) c) Homens tais deveriam ser rigorosamente punidos: adjetivo ( ) d) Estive mesmo em Maranguape: pronome demonstrativo. 13. ( ) a) Não é este o homem que me agrediu: pronome substantivo demonstrativo ( ) b) Perdeu mais coisa que eu: advérbio ( ) c) Quantos livros você tem?: pronome interrogativo ( ) d) Onde moras?: advérbio interrogativo 14. ( ) a) Comprei dois cadernos e apenas um lápis: numeral ( ) b) Todos saíram, exceto eu: preposição ( ) c) Segurou a fruta com ambas as mãos: numeral ( ) d) Eles estão sós na sala: advérbio 15. ( ) a) Sob a mesa, está o estrado: preposição essencial ( ) b) Tenho que estudar: preposição acidental ( ) c) Fez conforme o modelo: conjunção conformativa ( ) d) Irei dentro de três dias: locução prepositiva 16. ( ) a) Viver é lutar: verbo ( ) b) Que horas são?: pronome interrogativo ( ) c) Quero mais água: pronome indefinido ( ) d) Está quase bom: advérbio de intensidade 17. ( ) a) Diga-me como poderá viajar?: advérbio interrogativo ( ) b) Não vá, que a mãe briga: conjunção causal ( ) c) O filho é tal qual o pai: conjunção comparativa ( ) d) Fez o serviço como eles pediram: conjunção conformativa 18. ( ) a) Quero que estudes: conjunção integrante ( ) b) Não sei se ele sairá: conjunção condicional ( ) c) Que coisa! pronome indefinido ( ) d) Vendem-se móveis: pronome apassivador

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19. ( ) a) Rico que seja, não entrará: conjunção concessiva ( ) b) Estudioso que sou, passarei com toda certeza: conjunção causal ( ) c) Que tolo é você!: advérbio ( ) d) Que vida! advérbio de intensidade 20. ( ) a) Vai-te, senão morrerás: conjunção adversativa ( ) b) Ele nos avisou; devemos, pois, esperá-lo: conjunção explicativa ( ) c) Conquanto doente, fiz todas as provas: conjunção concessiva ( ) d) Irei desde que não chova: locução conjuntiva condicional 21. ( ) a) Porque sofra menos, daremos a injeção: conjunção causal ( ) b) Quanto mais tinha, mais queria: locução conjuntiva proporcional ( ) c) Faça segundo eu faço: conjunção conformativa ( ) d) Mal desembarcou, adoeceu: conjunção temporal 22. ( ) a) Nós é que somos brasileiros: expressão denotativa ( ) b) Fiz tudo quanto pude: pronome relativo ( ) c) Mulher à-toa: locução adverbial ( ) d) Que bom!: advérbio de intensidade 23. ( ) a) Chegou tarde: adjetivo ( ) b) Chegou desde ontem: preposição ( ) c) Tem um quê que me atrai: substantivo ( ) d) Diz ele que conheceu meu pai: conjunção integrante 24. ( ) a) Que horas são?: pronome interrogativo ( ) b) Vou muito depressa, que tenho muito que fazer: conjunção causal ( ) c) Tanto gritou que ficou rouco: conjunção comparativa ( ) d) Fala que fala e não diz nada: conjunção aditiva 25. ( ) a) Que bobagem que você disse: partícula expletiva ( ) b) Saia da sala que o pessoal já chegou: conjunção causal ( ) c) Um ano já se passou que ele acabou o namoro: conjunção temporal ( ) d) Que bonito este espetáculo: advérbio de intensidade 26.( )a) O livro era até então censurado: advérbio ( )b) Falei com você, então você sabia: conj.conclusiva ( )c) São mulheres diferentes : adjetivo ( )d) Ele vem raro por aqui: adjetivo 27.( )a) O candidato acordou cedinho: advérbio ( )b) É o autor cujos livros já conheço: pronome relativo ( )c) Estimo a quem me estima: pronome indefinido ( )d) O arquivo está todo infestado: adv. de intensidade ____________________________________________________________________________

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MÓDULO n° 6 Emprego do sinal indicativo de crase

1. Há três tipos de crase:

A. CRASE TRADICIONAL

O primeiro é a crase propriamente dita que consiste na fusão do A (preposição) a o A (artigo).

A + A = À

Primeiro Teste

Da preposição

¢ esta sala ¢ a esta sala

Se fosse colocado um pronome demonstrativo antes, como ficaria “Vou esta sala” ou “Vou a esta sala”?

É claro que o correto é a segunda opção; logo o verbo IR pede a preposição A.

Outro exemplo:

Refiro-me esta festa de inauguração, ou

Refiro-me a esta festa de inauguração?

Segundo Teste

Do artigo

Para saber se a palavra seguinte pede A (artigo),

segunda condição para haver sinal de crase, usa-se

o seguinte quadro:

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COLUNA 1 COLUNA 2

- DE - DA

- EM - NA

- POR - PELA

- PARA - PARA A

Exercício

1. Fomos todos a Bahia e a Santa Catarina.

2.Chegarei a Fortaleza amanhã.

3.Visitei a Roma dos Césares.

4. Conheço bem a Brasília de JK.

5.Dirigi-me ontem a Paraíba.

6.Nós fizemos alusão a Sibéria.

7. O americano voltou a Terra, após cumprir a missão.

8. O marinheiro foi a terra fazer compras.

9.Vou a casa trocar de roupa.

10. Vou a casa de meus pais trocar de roupa.

11. Depois de sua viagem a Europa, o presidente tratou de aprovar a nova lei.

12. Após a festa, a cantora retornou a Porto Alegre.

13. O deputado disse que só iria a Brasília depois de visitar a cidade de sua infância.

14. De volta a Vitória,iniciou a vida de estudos.

15. Muitos soldados brasileiros foram a Alagoas para ajudar a Cruz Vermelha.

16. O cantor não vê a hora de retornar a Cuiabá de sua infância.

Crase Especial

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O segundo tipo consiste na fusão do A (preposição) com o A (letra inicial).

Esse tipo de crase só existe antes dos vocábulos aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo.

É a chamada crase eufônica ou crase especial.

Exemplos:

Encaminhei o pedido àquele vendedor.

Àquele (com sinal de crase), porque quem encaminha, encaminha A; e aquele começa pela letra A.

Outros exemplos: Entreguei as apostilhas àquelas alunas. (Quem entrega, entrega A; aquelas começa pela letra A.

Exercício

1. Entreguei a encomenda aquele funcionário.

2. Não me refiro a esta aluna, mas aquele aluno.

3. Visitei aquela creche da esquina.

4. Aqueles eu perdôo a inferioridade.

5. Fizemos alusão aquilo que vendeste na feira.

6. Na entrevista, fez alusão aquele que o criticou.

7. É bom que se diga algo aqueles que sofreram.

8. Os alunos prestaram uma bonita aquela colega.

9. A atitude do presidente pode levar aquele país a guerra civil.

10. Informei aqueles alunos de que haveria aula.

Crase das locuções

O terceiro tipo de crase é o que existe nas locuções.

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Certas locuções, em português, constituídas de palavras femininas já “nascem” com o sinal de crase. É uma espécie de “crase de fábrica”, “Crase congênita”.

São locuções prepositivas, locuções adverbiais, locuções conjuntivas.

O acento grave, indicativo desse tipo de crase, é usado muitas vezes para evitar ambiguidade.

Exercício

1. A cidade ficou completamente as escuras.

2. A nossa aula será das 8h30 as 11h

3. Conseguiu tudo a custa de muito esforço.

4. Nós não compramos a vista e sim, a prazo.

5. A medida que o tempo corria, a torcida vibrava.

6. Os navios estrangeiros ficaram a distância.

7. O iate permaneceu a distância de três milhas.

8. Pôs o remédio devagar gota a gota.

9. Aqueles perfumes cheiravam a rosas.

10. A jovem apaixonada permanecia a janela.

1. Não ofereci nada a ela nem a ninguém.

2. Chegarei a cidade de Belo Horizonte amanhã.

3. Entreguei o aviso a cada secretária.

4. Cientifiquei a V. Exª. sobre esse assunto.

5. Dirigi-me a Exma.Sra. Dona Virgínia.

6. Haverá aula a partir de amanhã.

7. O sítio fica a cinco léguas daqui.

8. Daqui a duas horas,isto é, as 10 h, sairemos.

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9. Desde as 8 horas, estou aqui no Fórum.

10. Estilo a maneira de Machado de Assis.

11.Ele usava sempre sapatos a Luís XV.

12.Verifiquei a distância de vinte metros da sala.

13.O parlamentar convocou o suplente à assumir a cadeira abandonada da bancada.

14.O jornal teve acesso à uma nota enviada a primeira-secretária da Câmara,

15. Quinze jovens do bairro assistiram ontem a primeira aula do curso de música do Serviço Social.

16. Passa a semana fabricando as peças para às sextas-feiras ir em busca das vendas.

17. Adolescentes são baleados por um policial militar a paisana.

18. Entre os crimes, estão formação de quadrilha, furto e assaltos a bala.

Sinal de crase facultativo

1. Dei uma lembrança a minha amiga.

2. Fomos todos juntos até a praia.

3. Ontem dei um presente a Regina.

Casos especiais

1. A funcionária a qual fiz referência trabalha na fiscalização.

2. Não me refiro a esta aluna, mas a que me procurou ontem

3. Iremos a feira de Caruaru e a de Juazeiro.

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Módulo 7 Sintaxe da oração e do período

Noções básicas

1. Para se saber o número de orações, aplicar a fórmula:

O = V (são tantas orações quantos forem os verbos ou locuções verbais).

Observação:

Locução verbal: verbo auxiliar + verbo principal.

Sintaticamente tem o valor de um verbo.

Ex.: Tenho estudado muito ultimamente = uma só oração.

Conectivo que liga oração (conectivo oracional) é, geralmente, o que é morfologicamente conjunção (coordenativa ou subordinativa) ou pronome relativo.

• Podem ser também conectivos subordinativos:

a) Pronome indefinido: Sei quem é você.

b) Pronome interrogativo: Quero saber qual é o seu nome.

c) Advérbio interrogativo: Não sabia onde você morava.

• A conjunção coordenativa muitas vezes não é conectivo oracional e sim, vocabular.

Ex.: Eu e Regina fomos ao show da Maria Gadú.

• A conjunção coordenativa empresta seu nome ao conectivo coordenativo.

• Há cinco tipos de conjunções coordenativas, portanto cinco tipos de conectivos coordenativos que encabeçam as cinco orações coordenadas

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(AD, AD, AL, CON, EX

(aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e

explicativas).

• Os dez tipos de conjunções subordinativas (IN, CAU, COM, CON, CON, CON, FI, TEM, PRO, CONFOR) emprestam seus nomes às orações subordinadas, excetuando-se apenas a conjunção integrante que faz a oração subordinada substantiva.

• As orações subordinadas são de nove tipos: causais, comparativas, concessivas, consecutivas, condicionais, finais, temporais, proporcionais, conformativas. (As nove orações subordinadas adverbiais).

• O pronome relativo (conectivo subordinativo) faz a oração subordinada adjetiva (restritiva, explicativa)

3. Classificação das orações:

a) Absoluta (quando o período é formado por uma só oração).

b) Principal (quando o período tem oração subordinada).

c) Coordenada

Sem conectivo ou com conectivo coordenativo.

Assindética e Sindética.

d) Subordinada (com ou sem conectivo expresso):

- substantiva (conectivo = conj. subordinativa integrante)

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- adjetiva (conectivo = pronome relativo)

- adverbial

(conectivo = conjunção subordinativa, com exceção da conjunção integrante)

4. Figuras possíveis de cada oração:

a) Oração com sujeito e predicado, sem conectivo.

b) Conectivo não faz parte do sujeito, nem do predicado,porque morfologicamente é

uma conjunção (coordenativa, subordinativa).

c) Oração sem sujeito.

d) Oração sem sujeito e com conectivo formado por conjunção.

e) Formado por conectivo que morfologicamente é pronome relativo, e tem função de sujeito.

f) Formado por conectivo que morfologicamente é pronome relativo e tem função dentro do predicado.

5. O pronome relativo é o único conectivo que tem função sintática dentro da oração.

A conjunção é zero sintaticamente e não entra no sujeito nem no predicado.

6. A oração coordenada sem conectivo se chama assindética.

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A oração subordinada pode ter o conectivo oculto e pode não ter conectivo (oração reduzida).

7. Oração reduzida: quando o verbo se encontra nas formas nominais (infinitivo - gerúndio - particípio).

Ex.: Suportar calúnias é virtude rara. Estudando com afinco, vencerás. Terminado o curso, fizemos a nossa inscrição.

Para se analisar uma oração reduzida, é preciso:

a) Desenvolvê-la, isto é, substituí-la por uma oração correspondente.

Ex.: Vendo o amigo, fiquei alegre. Quando vi o amigo, fiquei alegre.

b) Analisar a oração desenvolvida correspondente. (Quando vi o amigo = oração subordinada adverbial

temporal).

c) Dar o nome a oração reduzida que tem o nome e a mesma análise da oração desenvolvida.

Quando vi o amigo = Vendo o amigo.

Oração subordinada adverbial temporal

Sujeito: eu (simples)

Predicado verbal: vendo o amigo

Objeto direto: o amigo

Adjunto adnominal: o (de amigo)

N.B. A oração reduzida é, geralmente, subordinada.

8. A análise sintática tem o seguinte ROTEIRO:

a) Verificar o número de orações:

(O = V e O = C + 1)

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b) Classificar o Período (Simples ou Composto).

Período Simples: uma só oração que se chamará absoluta.

Período Composto: (por coordenação, por subordinação,

por coordenação e subordinação).

c) Ocupar-se de cada oração, destacando-a do período, batizando-a com um nome adequado.

d) Depois de batizar a oração, analisá-la sob três aspectos:

- Termos essenciais

- Termos integrantes

- Termos acessórios.

e) Verificar se existe vocativo, que segundo a NGB não

é termo acessório da oração.

9. TERMOS ESSENCIAIS: Sujeito e Predicado

TERMOS INTEGRANTES:

Complemento Nominal, Complemento Verbal e

Agente da Voz Passiva

TERMOS ACESSÓRIOS

Adjunto Adnominal, Adjunto Adverbial e Aposto (A-A-A)

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10. O predicativo é analisado nos termos essenciais.

• No predicado nominal, o predicativo sempre é do sujeito.

• No predicado verbo-nominal, o predicativo pode ser do sujeito ou do objeto.

Exs.: Ele viajou doente. Encontrei-o doente .

11. No predicado nominal, não existe complemento verbal (objeto direto e objeto indireto).

12.

O predicado nominal tem como núcleo o NOME.

O predicado verbal tem como núcleo o VERBO.

O predicado verbo-nominal tem dois núcleos: o VERBO e o NOME.

(Há expresso um verbo significativo - transitivo direto ou indireto, ou intransitivo - e um verbo de ligação facilmente subentendido).

Ex.: O trem chegou atrasado.

13. Em toda oração, devem-se localizar os núcleos VERBO e NOME.

. O que gira em torno do VERBO: Complemento Verbal (O.D. e O.I.) e Adjunto Adverbial.

. Para se encontrar o SUJEITO, faz-se a pergunta quê (para coisa) e quem (para pessoa) ao verbo.

Ex.: Camila estuda (Quem estuda? Resposta: Camila)

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14. Para se encontrar o OBJETO faz-se a pergunta com o verbo da oração, seguido de quê (para coisa) e quem (para pessoa).Ex.: Fiz o trabalho (Fiz o quê? Resposta: o trabalho).

Deve-se seguir a ordem das perguntas.

Faça a primeira pergunta ao verbo para se obter o sujeito.

E depois com o verbo para se obter o objeto.

Ex.: O guarda viu o acidente.

– Quem viu? Resposta: O guarda (sujeito)

– Viu o quê? Resposta: o acidente (objeto)

15. O sujeito pode ser:

– simples: O professor saiu.

– composto: O professor e o fiscal saíram.

– indeterminado: Vive-se bem.

– inexistente (oração sem sujeito):

Ex.: Chove.

16. Sujeito indeterminado só em dois casos:

a) Verbo na 3a pessoa do plural.

Ex.: Dizem que o Brasil terá sua bomba atômica.

b) Com “se” - índice de indeterminação do sujeito.

Ex.: Assiste-se a bons filmes.

17. Complemento nominal e Adjunto adnominal.

Os dois giram em torno do núcleo NOME.

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O complemento nominal é importante para o significado do nome que, sem ele, não teria sentido lógico e suficiente para a compreensão do que se quer expresso.

O adjunto adnominal não é termo integrante e sim, termo acessório. Pode ser dispensado sem prejuízo do sentido do núcleo nome.

Quando o adjunto adnominal vem preposicionado, pode talvez ser confundido com o complemento nominal.

Atente-se para alguns pontos:

a) O complemento nominal gira em torno de um substantivo abstrato.

Ex.: A certeza da vitória nos estimula bastante.

b) A locução adjetiva preposicionada girando em torno de adjetivo ou de advérbio é sempre sintaticamente complemento nominal.

Ex.: Estou desejoso (adjetivo) da vitória (complemento nominal).

Independente (advérbio) de seu consentimento, procura-

rei emprego (complemento nominal).

18. Complemento nominal e objeto indireto não se confundem.

O primeiro (complemento nominal) gira em torno do nome, completando-o. O segundo (objeto indireto) completa o sentido do verbo

19. Oração coordenativa explicativa e oração subordinada causal.

Às vezes dizer a causa ou dar uma explicação vem a ser quase a mesma coisa. Daí a dificuldade, no entanto sabemos que a causa antecede o efeito. Se há, portanto, a ligação causa-efeito - a oração nesse caso de dúvida é causal.

Se não há a relação, trata-se de uma explicação simplesmente, portanto oração coordenada explicativa.

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a) Ex.: Não fui ao cinema, porque choveu.

Causa = chuva.

Efeito da chuva = não fui ao cinema.

b) Ex.: Não chore, que a vida é luta renhida.

Houve uma explicação, um motivo, para que não se chore.

Além do mais, é explicativa e não causal a oração que vem precedida de uma oração imperativa (ou optativa).

20. Oração adjetiva restritiva e oração adjetiva explicativa.

A oração explicativa não restringe, não diminui o sentido da oração principal. Deveria vir sempre entre vírgulas.

Pode ser retirada do período sem prejuízo da oração principal.

21. Advérbio sintaticamente será sempre adjunto adverbial.

A NGB não deu a divisão do adjunto adverbial. Pode-se dividir o adjunto adverbial como os advérbios: lugar, tempo, modo, negação, dúvida, intensidade, afirmação (LU-TEM-MO-NE-DU-IN-A).

22.“Que” - pronome relativo - (conectivo subordinativo, que encabeça a oração adjetiva) pode ser identificado quando podemos fazer a substituição por “o qual”, “a qual”, “os quais”, “as quais”.

Sabe-se que o pronome relativo não é simples conectivo na oração e tem função sintática na oração.

Para se saber sua função sintática substitui-se o que (pronome relativo) pelo antecedente, coloca-se depois em ordem direta a oração e, finalmente, determina-se a função sintática do pronome relativo. A função sintática do antecedente é a mesma função do que (pronome relativo).

Exemplos:

a) O livro / que comprei / é bom.

Oração adjetiva restritiva: que comprei

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Substituindo: O livro comprei

Ordem direta: comprei o livro (objeto direto)

b) A boca / que diz sim / diz não.

A boca diz sim (boca = antecedente)

A boca: sujeito

Logo, que = sujeito

EXEMPLOS DE COMPLEMENTO NOMINAL E

ADJUNTO ADNOMINAL:

– Leitura do trabalho (CN)

– Bondoso com os irmãos (CN)

– Prejudicial à saúde (CN)

– Referência ao projeto (CN)

– Fraco de juízo (CN)

– A derrota da democracia (CN)

– A descoberta do Brasil (CN)

_ A descoberta de Portugal (AA)

– As estrelas do céu (AA)

– Casa de madeira (AA)

– Animais de asa (AA)

– Festa do Natal (AA)

EXERCÍCIO

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ANÁLISE SINTÁTICA

1. Marque a opção em que houve erro quanto à classificação do sujeito:

a) ( ) Na loja, havia menos gente: oração sem sujeito

b) ( ) Pratica-se esporte de vários tipos: sujeito simples

c) ( ) Faz quatro anos essa garotinha: oração sem sujeito

d) ( ) Hão de existir meios: sujeito simples

2. Marque a opção em que houve erro, quanto à classificação do predicado:

a) ( ) O avião chegou tarde: predicado verbo-nominal

b) ( ) Taís parece boa aluna: predicado nominal

c) ( ) Pedro não anda bem nos estudos: predicado nominal

d) ( ) Os meninos estão em Recife: predicado verbal

3. Marque a opção em que existe erro, quanto à classificação do grifado:

a) ( ) Ele foi chamado de monstro: predicativo do sujeito

b) ( ) O vício faz miserável o homem: predicativo do objeto

c) ( ) Brutus assassinou a César: objeto indireto

d) ( ) Mateus é apaixonado pela ciência: complemento nominal

4. Idem à anterior:

a. ( ) Inúmeros eram os perigos: sujeito simples

b) ( ) Voltarei mais rico: adjunto adverbial

c) ( ) Passarão alguns momentos de silêncio: sujeito

d) ( ) O livro que comprei é muito bom: objeto direto

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5. Marque a única correta:

a) ( ) A quem procuras? : objeto indireto

b) ( ) Com ela ninguém se importava: adjunto adverbial

c) ( ) A mulher foi acusada de ladra: predicativo do sujeito

d) ( ) Ninguém estava em casa: predicativo do sujeito

6. Entre as orações abaixo, existe uma que não tem sujeito:

a) ( ) Em nossa cidade, vive-se tranquilamente

b) ( ) Choveram rosas sobre a consagrada cantora

c) ( ) Precisa-se de operários especializados

d) ( ) Nesta região do Nordeste, faz verões terríveis

7. Assinale a oração cujo sujeito é indeterminado:

a) ( ) Haverá aula amanhã para todos os alunos

b) ( ) Havia cinquenta e quatro doentes no hospital

c) ( ) Neste cinema, assiste-se a belíssimos filmes

d) ( ) Naquela tarde, ventava perigosamente

8.Na oração “Inúmeros eram os amigos de Caio”, o termo grifado é

a) ( ) Sujeito simples

b) ( ) Objeto direto

c) ( ) Predicativo do sujeito

d) ( ) Sujeito indeterminado

. Em um dos itens, o predicado está grifado incorretamente:

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a) Em rico estojo de veludo, jazia uma flauta de prata

b) Todos os dias passavam levas de gente pelos caminhos

c) Nenhum respeito lhe inspiram os cabelos brancos?

d) Éramos os únicos presentes na sala de aula

10. Assinale o item em que o predicado é verbo-nominal:

a)O velho faz um ar de absoluto desprezo

b) Chegamos cansados ao local da prova

c) Houve risos e abraços na despedida

d) Estou feliz com a compra do carro

11.Assinale o item em que o predicado é nominal:

a)Ela anda por toda parte com seu carro prateado

b)A paralítica anda muito doente recentemente

c) Beatriz dirigia satisfeita o seu lindo carrinho

d) O rapaz corria satisfeito ao lado da namorada

12. Assinale a asserção incorreta a propósito da oração “Dona Isabel foi chamada a Redentora”;

a)Foi chamada é o núcleo verbal de um predicado verbo-nominal

b)A Redentora é o predicativo de um predicado verbo-nominal

c)Foi, nesta oração, é verbo de ligação

d)Redentora é o núcleo nominal de um predicado verbo-nominal

13. Entre as orações grifadas , existe uma

que é subordinada reduzida adverbial concessiva.

a) Não querendo revelar a sua afeição, escondia-se dela

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b) Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume

c) Sendo rico, não auxiliava os pobres

d) Sendo amigo do chefe, conseguirás o emprego

14. Entre as orações grifadas nos períodos abaixo,

assinale a que se classifica como oração subordinada

reduzida do infinitivo substantiva subjetiva:

a)Recomendo-te seres mais ousado

b)A necessidade obriga-me a trabalhar

c) Sinto-me cansado por não dormir há dias

d)É bom revisares antes toda a matéria

15. Marque a opção em que a divisão das orações foi feita

corretamente:

a) Bem que existe / não se alcança

b) Esperou / que o ladrão saísse e / que a polícia chegasse

c) Outro / que não eu / fará o trabalho

d) Criminosos / que sejam / têm direito à defesa

16. Assinale a opção em que existe período simples:

a) Morreu lutando contra a polícia

b) Gosto de abacaxi e ela, de manga

c)Tenho de estudar mais esta matéria

d) Ficou no Rio e não, em São Paulo.

17. Reconheça o período composto por coordenação:

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a) Não vá embora, pois está chovendo

b) Conforme combinamos, será hoje a prova

c) Conquanto estivesse doente, veio à aula

d) Fosse eu o presidente, acabaria com a corrupção

18. Reconheça o período composto por subordinação:

a)Não fique neste local, que é perigoso

b) Ora estuda, ora se diverte

c) Nós é que somos inteligentes

d) Como não estudou, não passou no concurso

19.Reconheça onde existe conectivo com função sintática:

a)O anel que me deste era vidro e se quebrou

b) Alexandre e Isabel foram ao circo, embora doentes

c) Eu reconheço que é de todos esta obrigação

d) Disse a criança que conhece o palhaço muitas piadas

20. Reconheça a opção em que há sujeito indeterminado:

a) Fazem-se chaves de todos os tipos

b) Choveram ovos sobre o presidente

c) Estudaram e fizeram os alunos provas

d) Por esta estrada, vai-se muito longe

21. Assinale onde há oração sem sujeito:

a) Falaram mal deste rapaz

b) Alguém sabe onde está meu relógio

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c)Faz quinze minutos que saiu

d) Há de existir um responsável

22. Assinale onde o predicativo está grifado corretamente:

a) Joaquim parecia calado

b) Você é o Marcelo?

c) O ônibus chegou tarde

d) Insuportáveis foram aqueles dias

23. Marque onde a correspondência está sem erro:

a) Ninguém nos telefonou: objeto direto

b) Comunicou-me sua decisão: objeto indireto

c) Custa-me aprender estes códigos: objeto direto

d) Arrancaram-nos os celulares: objeto direto

24.Idem à anterior:

a) Ao Romantismo sucedeu o Realismo: objeto direto

b) Não há de ser nada, tia Raquel: aposto

c) Decorreram algumas horas: sujeito

d) O anel que me deste era vidro e se quebrou: sujeito

25. Marque onde existe erro de análise:

a) Que diz você: objeto direto

b) A muitos encontrei felizes: objeto indireto

c) Comentou-se a prova: sujeito

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d) Essa aluna é digna de elogio: complemento nominal

26.Marque o correto:

a) A paralítica anda doente: predicado verbo-nominal

b) Pedro é homem sem coração: predicativo do sujeito

c) A água virou vinho: objeto direto

d) Irei à Brasília de JK: objeto indireto

27. Marque a oração grifada não classificada corretamente:

a) Consta que Cristo nasceu em Belém: oração substantiva

b) O juiz chamou o bandeirinha que continuasse a partida: oração subordinada adverbial final

c)Porque sofra menos, daremos a injeção: oração subordinada adverbial final

d) A menina chorou tanto que ficou doente: oração subordinada substantiva

28. Marque onde houve erro:

a)Mandou-me estudar a matéria: sujeito

b) Paulinho era estimado por todos: agente da voz passiva

c)Tudo lhe é indiferente: complemento nominal

d) Exemplar tinha sido seu comportamento: sujeito

29. Reconheça o sujeito composto:

a)Um bando de gafanhotos invadiu a praça

b) Algumas populações indígenas morrem de fome

c) Chegou Tiago e sua estranha namorada

d) A maioria dos alunos já sabia disso

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30. Reconheça a opção em que há sujeito indeterminado:

a) Alugam-se apartamentos neste prédio

b) Estudaram e fizeram os alunos boas provas

c) Entusiasmo, garbo e disciplina caracterizaram o desfile

d) Disseram que amanhã haverá aulas de revisão.

31. Assinale onde há oração sem sujeito:

a) Choveram pétalas de rosas

b) Falam mal deste rapaz

c) Há de existir um responsável

d) Faz quinze minutos que ela saiu

32. Reconheça onde existe agente da voz passiva:

a) O cantor era estimado por todos

b) O candidato foi eleito por sorte

c) Vendem-se apartamentos a preços populares

d) O rapaz apanhou da namorada

33. Reconheça onde o QUÊ tem função sintática:

a)Afirmou que sairia do emprego

b) Preserve o que é de todos

c) Que você passe bem são os meus votos

d) Disse que viu o ladrão da bicicleta

34. Assinale o correto:

a) Rodrigo me entregou o livro: objeto direto

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b) O sol continuava claro: predicativo

c) Era um jovem de má índole: complemento nominal

d) Haverá muitos exercícios: sujeito

35. Analise os termos grifados:

a) João, faça-me um favor

b) Comprou mel de abelha

c)Tacharam os motoristas de imprudentes

d) Adriana viajou doente

e)Chegou a semana dos jogos

f) Fez referência ao projeto

g) É a casa onde moro

h) Julgaste o mestre quê ?

i) Que horas são ?

j) Eis o ideal por que fui levado

k) Tens receio de quê?

l) Eis a faculdade em que estudo

m) O ateu que fui, não o sou mais

n) O paciente que vês merece cuidados

36. Para resolver as orações que seguem, faça o seguinte:

Escreva dentro dos parênteses:

(A) se o termo for sujeito

(B) se o termo grifado for objeto direto

(C) se o termo grifado for objeto indireto

(D) se o termo grifado for complemento nominal

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(E) se o termo grifado for adjunto adnominal

1.( ) A secretária respondeu ao telegrama

2.( ) A secretária expediu a resposta ao telegrama

3.( ) A descoberta do Brasil foi uma descoberta de Portugal

4.( ) A descoberta do Brasil foi uma descoberta de Portugal

5.( ) Todos negaram, menos um, que se declarou culpado.

6.( ) É grande a saudade que eu tenho

. ( ) O clarão do sol deslumbra os olhos

8. ( ) Decorreram alguns instantes de silêncio

9. ( ) Sempre revelou disposição para o estudo

10.( ) A aprovação da lei depende, apenas, do meu voto

19.( ) Ele participava de todas as reuniões

20.( ) Ingratidões haverá sempre

21.( ) Há de haver meios para demovê-lo do seu intento

22.( ) Hão de existir meios para demovê-lo do seu intento

23.( ) Vendem-se livros usados

24.( ) A outro pertencem estes objetos de valor

25.( ) A aprovação da lei depende do meu voto

26.( ) A colega agradece-lhes os cumprimentos

27.( ) Aos inimigos da Pátria não os tememos

28.( ) Uma vida assim não desejo ao meu pior inimigo

37. Classifique as orações sublinhadas conforme este código:

(A) subordinada adjetiva restritiva

(B) subordinada adjetiva explicativa

(C) subordinada substantiva

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(D) subordinada adverbial

(E) principal

1.( ) Morreram os que ficaram lá

2.( ) É certo que nem sempre acertamos

3.( ) Os dados, de que dispomos, são insuficientes

4.( ) Ficaram adiantados todos quantos o ouviram

5.( ) Não está aqui quem falou mal de ti

6.( ) Não sei como agradecer-lhe

7.( ) Como estivesse cansada, não nos acompanhou

8. ( ) Quem lança pedra para cima, recebê-la-á de volta

9.( ) Veja quanto pode emprestar-me

10.( ) O muro que separa os homens não sobe até o céu

11.( ) A coruja, que é ave noturna, enxerga no escuro

12.( ) Conheço o caminho por onde se chega ao centro

13.( ) Sei por onde se vai ao centro da cidade

14.( ) Ele quer saber quanto toca a cada companheiro

15.( ) O que sobe por favor deixa rastros de humilhação

16.( ) Bebia, que era uma lástima

17.( ) Faça o que eu digo

18.( ) Uma coisa garanto: não me enganam

19.( ) A dúvida é como vamos partir

20.( ) Estou certo de que farei uma boa escolha

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MÓDULO n° 8

PONTUAÇÃO

TEORIA E EXERCÍCIOS

I. INTRODUÇÃO Desnecessário discorrer acerca da importância da pontuação, pois dela depende a

compreensão segura do que se pretende comunicar. Suas regras, no entanto, tornam-se muitas vezes difíceis de explicar, porquanto supõem do leitor conhecimentos básicos de análise sintática.

No presente capítulo, a fim de que as normas aqui vistas sejam facilmente entendidas, serão expostos, quando necessário, alguns conceitos de sintaxe.

II. EMPREGO DO PONTO E VÍRGULA 1. O ponto e vírgula serve para salientar antíteses, contrastes, idéias contrárias. Exs.: Uns candidatos estudam, lutam, esforçam-se; outros brincam, se divertem, se

descuidam. 2. O ponto e vírgula é uma pausa intermediária, maior que a vírgula e menor que o

ponto final. Fica, muitas vezes, a critério do redator seu emprego, já que pode ser usado unicamente com a finalidade de dar maior realce a uma afirmação.

Exs.: “Aguiar vai à fazenda de Santa-Pia, em visita de pêsames a Fidélia; parte amanhã”.

3. O ponto e virgula é freqüentemente empregado em períodos longos, quando anteriormente já houve a vírgula ou quando a repetição poderia gerar confusão e ambigüidade para o leitor. Não é raro também o emprego do ponto-e-vírgula nos períodos longos quando se quer dar às unidades separadas certo equilíbrio e proporção.

Exs.: “Os ovos (das tartarugas) são como os de galinha na cor, e quase no sabor, a casca mais branca e de figura diferente, porque são redondos, e deles bem machucados se fazem em tachos as belas manteigas do Pará; e o modo com que se faz esta pesca (de tartarugas) requer mais notícia que indústria, pela muita cautela e pouca resistência das tartarugas”. (Vieira, Carta XII).

4. Quando se trata de leis, decretos, editais, portaria, usa-se o ponto e vírgula quando o costume o obriga. Nada impede, todavia, que em outras circunstâncias os itens numerados recebam ponto final.

Exs.: a) O agravo de instrumento será interposto no prazo de cinco (5) dias por petição, que conterá:

1 - a exposição do fato e do direito; 2 - as razões do pedido da reforma da rescisão; 3 - a indicação das peças do processo que devem ser traslados. b) A Regência apresenta a seguinte divisão: 1 - Regência Nominal. (ponto final) 2 - Regência Verbal. (ponto final)

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5. Usa-se freqüentemente o ponto e vírgula quando, na segunda oração do período,

existe sentido oposto (1º exemplo) ou sentido conclusivo (2º exemplo). Exs: “Foi à rua; ela, porém, nada comprou.” Consegui muitos pontos; ganharei, por conseguinte, uma vaga. OBSERVAÇÃO: O emprego do ponto e virgula obedece não raro a critérios subjetivos. Observem-se

as pontuações abaixo: a. Algumas vendedoras possuíam experiência; a maioria, dedicação. (Certo) b. Algumas vendedoras possuíam experiência e a maioria, dedicação. (Certo) c. Algumas vendedoras possuíam experiência. A maioria, dedicação. (Certo) III - EMPREGO DOS DOIS-PONTOS 1. Usam-se os dois-pontos antes de uma citação. Ex.: Charlie Chaplin dizia: É bom desconfiar sempre das pessoas sérias, que não

riem.

2. Usam-se os dois-pontos antes de uma enumeração. Ex.: Comprei tudo o que queria: livros, cadernos e canetas.

3. Para introduzir, no diálogo, as palavras do falante previamente anunciadas. Nesses casos, são muitas vezes usados os verbos, dizer, indagar, responder, perguntar, etc. Aos dois-pontos segue-se a inicial minúscula, a menos que se trate de palavras textuais, como no exemplo abaixo:

Ex: “Acrescentou, em voz meia surda, como se lhe custasse sair do coração apertado esta palavra de agradecimento:

- Obrigada.” (Machado de Assis).

4. Modernamente, quando as palavras de um segmento dão explicação, esclarecimento do segmento anterior, empregam-se os dois-pontos.

Ex.: “Não sou alegre nem triste: sou poeta.” (Cecília Meireles) IV. EMPREGO DA VÍRGULA 1. A vírgula serve para separar orações. Ex: José chegou, mas não entrou. 2. Usa-se a vírgula para isolar o adjunto adverbial deslocado. Ex: Durante dez anos, estudei na Escola Apostólica São Vicente. OBSERVAÇÃO: Adjunto adverbial é o que, morfologicamente, chamamos de advérbio ou locução

verbal. Quando o advérbio vem no seu lugar, isto é, no final da oração, não há necessidade de pontuação. Se o advérbio, porém, vem deslocado, no início da oração, como no exemplo acima, então deve ser isolado pela virgula.

3. Usa-se a vírgula para indicar a omissão de um verbo na oração. Ex: Todos foram à praia e eu, à piscina. (verbo oculto = fui).

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4. A vírgula serve para substituir a conjunção e. Isto ocorre nas chamadas orações

sem conectivo expresso (orações assindéticas). Ex: Vim, vi, venci. 5. A vírgula serve para isolar as orações (adjetivas) explicativas. Ex: O café, que é preto, contrasta bem com o leite. 6. Usa-se a vírgula para se isolar o vocativo. Ex: Meus filhos, obedeçam a Deus. OBSERVAÇÃO: Vocativo é a palavra ou a expressão utilizada para se fazer um chamamento, um

pedido de atenção. Ex.: Presidente, olhe o Nordeste! 7. Emprega-se a vírgula para isolar o aposto. Ex: Vinícius de Morais, o Poeta dos Amantes, foi um excelente compositor. 8. Emprega-se a vírgula para separar termos que se sucedem numa oração. Ex: Cadeiras, mesas, estantes, tudo foi quebrado. 9. Os nomes de lugar são virgulados na datação e nos endereços. Exs.: Fortaleza, 25 de abril de 2010. / Rua Paulo Morais, 580 10. A vírgula é usada antes do etc. Ex.: Comprei cadernos, lápis, livros, etc. 11. Quando as palavras são repetidas e há desejo de se dar relevo ou insistência,

emprega-se a vírgula. Exs: Ora eu, ora ele. Nem eu, nem ele. 12. O termo repetido, ou pleonástico, é virgulado. Exs: Eu, sim, eu achei um sábio. Disse, e digo, para que fique bem claro. 13. Emprega-se a vírgula quando a conjunção e é repetida propositadamente com a

finalidade de ênfase (polissíndeto). Ex: Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua. V. EMPREGO DO PONTO DE INTERROGAÇÃO Usa-se quando o período pede uma resposta. Exs.: - Quem fez isto? Como te chamas? OBSERVAÇÕES: a) Usa-se geralmente letra maiúscula depois do ponto de interrogação. b) Emprega-se letra minúscula quando o período continua, por se tratar de diálogo

citado. Ex: Já tomou o remédio? perguntei.

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c) Usa-se, também, letra minúscula após a interrogação, se há duas perguntas seguidas.

Ex: Foi você? foi você, seu cabra? VI. EMPREGO DO PONTO DE EXCLAMAÇÃO Escolhe-se o ponto de exclamação (antigo ponto de admiração) quando se quer

denotar surpresa, espanto, imprevisto. Ex: Dinheiro... para esse bandido?! Ora bolas! OBSERVAÇÕES: a) Usa-se geralmente letra maiúscula após tal pontuação. Exs: Ela disse ao rapaz: – Não! Não! Não! b) Nos casos em que o período continua para além do diálogo citado, usa-se letra

minúscula. Ex.: Vá! disse confiante o pai. c) Quando a seqüência se prende fortemente ao texto anterior. Ex.: Que frieza! que terrível frieza! VII. EMPREGO DAS RETICÊNCIAS Empregam-se as reticências para indicar a supressão de pensamento. Ex.: És tu que tens um primo que na loja...

Observações: a) As reticências servem para indicar hesitações naturais do falante, as partes omitidas

numa citação, pausas propositadas para se dar maior ênfase. b) As reticências iniciais indicam que se omitiu parte do texto. c) Usa-se letra maiúscula geralmente após as reticências, a não ser que haja

prosseguimento do período ou se tratar-se de diálogo citado. Exs.: - Ela teve de repente um cansaço... De que mesmo? - Você sabe... que eu... não posso... não posso! - Meu prezado amigo... disse-lhe ele nervosamente. VIII. EMPREGO DE ASPAS a) Usam-se as aspas para indicar um título de um livro, de uma publicação. Ex.: “Os Sertões” são de Euclides da Cunha. b) Servem as aspas para indicar o lado material da palavra e não, o seu significado.

Ex.: “Professores” não leva acento. c) Utilizam-se as aspas para se indicar a origem estrangeira do vocábulo. Ex.: “Sorry”, disse o cavalheiro elegantemente. IX. EMPREGO DO ASTERISCO (*) Serve para chamar atenção do leitor para alguma observação no rodapé da página, no

final do capítulo ou do livro.

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X. EMPREGO DO TRAVESSÃO a) Indica limites de um trajeto. Ex.: A estrada Fortaleza – Caucaia. EXERCÍCIOS I. Pontuar, quando necessário: 1. O Coordenador da Comissão anunciou as datas da realização das provas. 2. Meus votos são que sejas aprovado neste concurso. 3. Cheguei vi observei e não gostei. 4. Oh minha filha eu te amo tanto. 5. Não sou alegre nem triste sou poeta (Cecília Meireles) 6. Passou no concurso porém não foi chamado para ocupar o novo cargo. 7. Todos estudam inglês e eu português. 8. Trabalham dia e noite continuam no entanto pobres. 9. Embora estivesse cansado assisti à aula. 10. Sócrates disse Amigos não há amigos. 11. Fiz o concurso e o chefe me elogiou. 12. O nosso objetivo o concurso está bem próximo. 13. Antigamente as crianças usavam calças curtas. 14. Meus jovens com calma e perseverança se consegue tudo. 15. Procurando as palavras encontram-se os pensamentos. 16. A prece do pobre é um pedido a do rico um recibo. 17. E zumbia e voava e voava e zumbia. 18. Eu disse e digo que fique bem claro. 19. Comprei tudo o que queria livros cadernos e canetas. 20. Fortaleza 20 de julho de 2010. 21. Rua Cristiano Otonni, 401 Ap.1 301 Jardim Apipema 22. A encomenda trouxe-a no carro. 23. Não foi a razão que motivou esta ternura foi a amizade. 24. O homem que crê em Deus vive melhor. 25. Nas sociedades anônimas ou nas limitadas existem problemas nestas porque a

incidência de impostos é maior naquelas porque as responsabilidades são gerais. Exercício

II. Marque a única opção correta quanto à pontuação

1.( ) a - Foi à rua; porém, nada comprou.

( ) b - O presidente, marcou uma reunião.

( ) c - A sala era: enorme, vazia, escura.

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( ) d - Fui de trem e ela, de carro.

2. ( ) a - Eu quero, que me leves ao cinema.

( ) b - A água, que é incolor, tem hidrogênio e oxigênio.

( ) c - A água, que contém veneno, não deve ser bebida.

( ) d -Terminado o trabalho saímos com os amigos.

III. Marque a opção em que existe erro:

1.( ) a - Foi à rua; porém, nada comprou.

( ) b - O Secretário do Partido pediu uma reunião.

( ) c - A sala era enorme, vazia, escura.

( ) d - Fui de trem e ela, de carro.

( ) e - Estou doente; não contem, portanto, comigo.

2.( ) a - Eu quero que me leves ao cinema.

( ) b - A água que é incolor, tem hidrogênio e oxigênio.

( ) c - A água que contém veneno não deve ser bebida.

( ) d - Terminado o trabalho, saímos com os amigos.

( ) e - O “slogan” anunciava as reformas.

3. ( ) a - Lucas, Marcos, Tales, ninguém chegou.

( ) b - Pedro, Maria, José, Margarida passaram.

( ) c - Não o moleste: é um pobre diabo.

( ) d - Estava Gisele, alegre, em sua casa

( ) e - A palavra professora, não leva acento.

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4. ( ) a - Ele, que era inteligente, me entendeu logo.

( ) b - Para serenar os ânimos, propus uma cerveja.

( ) c - Seria feio, não trabalhar.

( ) d - Eu juro, disse o pai, que casarás com ela.

( ) e - Quer chova, quer faça sol, viajaremos.

Erros grosseiros no emprego da vírgula, de acordo

com o português padrão:

Usar uma vírgula só entre:

a) sujeito e o verbo

b) verbo e objeto direto

c) verbo e objeto indireto

d) verbo de ligação e predicativo

e) nome e complemento nominal

f) oração principal e oração substantiva (exceto se a oração for apositiva)

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MÓDULO n° 9 CONCORDÂNCIA NOMINAL

CONCORDÂNCIA VERBAL

I. CONCORDÂNCIA NOMINAL

1. AlunO estudiosO AlunA estudiosA AlunOS estudiosOS AlunAS estudiosAS REGRA GERAL: O adjetivo concorda com o substantivo em gênero e número. 2. ADJETIVO POSPOSTO Jornal e revista brasileirOS. Jornal e revista brasileirA. Revista e jornal brasileirO. Revista e jornal brasileirOS. Jornal e revistas brasileirAS. REGRA: Quando o adjetivo vem depois de dois ou mais substantivos, esse adjetivo

vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo. 3. ADJETIVO ANTEPOSTO Bom patrão e patroa. Boa patroa e patrão. REGRA: Quando o adjetivo vem antes de dois ou mais substantivos, esse adjetivo

concorda com o substantivo mais próximo. 4. CASOS ESPECIAIS Adjetivo posposto: a) relógio e mamão saborosO. (sentido exige) - Singular, obrigatório; b) saudade e nostalgia danadA. (sinônimos) - Singular, preferencialmente; c) olhar, abraço, beijo amigO. (gradação de idéias) - Singular, preferencialmente d) dia e noite chuvosos e friOS.(antônimos) - Plural, obrigatório. Adjetivo anteposto no plural (3 exceções): a) BonitAS mãe e filha. (parentesco);

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b) TristES rainha e princesa. (título de nobreza); c) VelozES André e Fábio. (nomes personativos). 5. Os poderes legislativo e executivo. (Certo) O poder legislativo e o executivo. (Certo) O poder legislativo e executivo. (Certo) REGRA: As três concordâncias acima são corretas, porque, os adjetivos

indicam PARTES do substantivo. 6. São palavras VARIÁVEIS: – Anexo (A, OS, AS) – Incluso (A, OS, AS) – Junto (A, OS, AS) – Obrigado (A, OS, AS) – Leso (A, OS, AS) – Conforme (s) – adjetivo - Quite(s) 7. Palavras e expressões INVARIÁVEIS: – menos – a olhos vistos (expressão) – em anexo – junto com – a sós – azul-marinho – monstro (quando for substantivo usado como adjetivo) – ultravioleta – alerta 8. Casos particulares a) SÓ: • Pode ser denotativo (= somente) - INVARIÁVEL • Pode ser adjetivo (= sozinho, a, os, as) - VARIÁVEL Ex.: SÓ elas sabem disso. Elas estão SÓS, sem ninguém. b) MEIO • Pode ser advérbio (acompanha adjetivo) (invariável, segundo a norma culta).

Modernamente variável. • Pode ser numeral (variável) • Pode ser adjetivo (variável) Exs.: Ela está meio triste. / Comprou meio litro. / Meio-dia e meia. c) TODO

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• Pode ser advérbio (acompanha adjetivo) (variável por exceção) • Pode ser pronome indefinido (variável) • Pode ser adjetivo (variável) Ex.: Todo satisfeito. Toda satisfeita (advérbio) Todo o dia. (pronome indefinido) O dia todo. (adjetivo) d) BASTANTE • Pode ser advérbio (invariável) • Pode ser pronome indefinido (variável) (igual a suficiente, suficientes) Exs.: Bastante alegre, bastante alegres - advérbio Bastante carteira, bastantes carteiras - Pronome indefinido e) CARO BARATO • Podem ser adjetivos (variáveis) • Podem ser advérbios (invariáveis) Exs.: Sapato caro. Sapatos baratos. Roupa barata. Roupas baratas. Aluguei caro as casas. Comprei barato os apartamentos. f) SALVO • É preposição (= exceto) - invariável • É adjetivo (= livre, salvado) - variável Exs.: Foram todos, salvo vocês. Elas foram salvas. 9. UM e OUTRO // UMA e OUTRA REGRA: Substantivo = no singular Adjetivo = no plural Verbo = singular ou preferencialmente plural Exs.: Um e outro aluno juntOS saiu ou saíram. Uma e outra aluna juntAS saiu ou saíram. 10. Entrada proibida (Certo) Entrada é proibido (Certo) A entrada é proibida (Certo) REGRA: Se o sujeito não tem qualquer artigo ou determinante e for

empregado o verbo ser, o predicado fica no MASCULINO SINGULAR. 11. TAL QUAL

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TAL: concorda com o antecedente QUAL: concorda com o conseqüente Exs.: Filha tal qual a mãe. Filhos tais qual o pai. Filha tal quais as tias. 12. Adjetivos ligados por HÍFEN: Ex.: Camisas rubro-negras REGRA: Se os adjetivos são ligados por hífen, o primeiro adjetivo fica sempre no

MASCULINO SINGULAR. EXCEÇÃO: Surdos-mudos 13.Camisas amarelo-limão (C) Carros branco-gelo (C) Gravata verde-garrafa (C) Armários vinho (C) Paredes areia (C) Tecidos rosa (C) REGRA: Quando houver um substantivo empregado para caracterizar um tipo de

cor, a palavra ou a expressão fica INVARIÁVEL. OBSERVAÇÃO: Lilás varia. Ex.: Roupas lilases. 14. NUMERAL CARDINAL EM LUGAR DO ORDINAL Exs.: Página vinte e dois Casa trezentos e um REGRA: Quando o cardinal é usado em lugar do ordinal, esse cardinal fica

INVARIÁVEL. 15. É necessário paciência. É preciso saúde. É bom toda a cautela. Não é preciso mais areia. É feio blusa em criança. Seria bom mais uma ficha. NB.: Verbo subentendido: TER REGRA: É bom, é necessário é preciso e expressões semelhantes ficam

invariáveis, quando existe um verbo subentendido.

16. Concordância com o Predicativo

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Ela é bonita. Julguei-a bonita.

Ele é simpático. Eles são simpáticos. REGRA: Predicativo do sujeito concorda com o sujeito. Predicativo do objeto

concorda com o objeto. OBSERVAÇÃO: • Julgo incorretas a ficha e a fotocópia. (C) Regra do predicativo. • Julgo incorreta a ficha e a fotocópia. (C) Regra do adjetivo anteposto. (Cf. atrás, nº 3) 17. Ninguém apresentou qualquer coisa nova. (C) Ninguém apresentou alguma coisa de novo. (C) REGRA: Quando qualquer coisa, alguma coisa estiver acompanhados de adje-

tivo, esse adjetivo irá para o feminino, se não houver a preposição DE. 18. POSSÍVEL • Alunos o mais estudiosos POSSÍVEL. • Meninas o menos educadas POSSÍVEL. • Alunos os mais estudiosos POSSÍVEIS. • Meninas as menos educadas POSSÍVEIS. REGRA: Possível, posposto a um superlativo, mesmo que no plural, fica

INVARIÁVEL. Se o artigo estiver no plural, o adjetivo POSSÍVEL se flexionará. 19. GRÃO • Grão-mestres • Grã-Bretanha • Grã-duquesas

REGRA: O adjetivo grão fica INVARIÁVEL em número. Possui a forma feminina grã.

20. PARTICÍPIO • Nós temos feito o trabalho. • Nós fomos elogiados. • Dada a necessidade, sairemos todos.

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• Chegadas a Natal, considerem-se donas de meu apartamento. REGRA: Nos tempos compostos, com os auxiliares TER e HAVER, o particípio

fica INVARIÁVEL; com SER e ESTAR (ou sem auxiliar), o particípio fica VARIÁVEL.

Segunda Parte

Concordância Verbal

REGRA GERAL

O verbo concorda com o sujeito em pessoa e número.

1. Ex.: Os alunos estudam.

2. Sujeito composto anteposto:

Verbo no plural Ex.: Myrthes, Vinícius e Gabriela saíram.

3. Sujeito composto posposto ao verbo:

Verbo no plural ou concordando com o mais próximo.

Ex.: Saíram Myrthes, Vinícius e Gabriela.

Saiu Myrthes, Vinícius e Gabriela.

4. Sujeito composto com núcleos sinônimos (ou quase sinônimos): Verbo concorda com o mais próximo, preferencialmente. Ex.: A nostalgia e a saudade MORAVA em seu barracão.

5. Núcleos do sujeito composto em gradação de sentido: Verbo concorda com o mais próximo, preferencialmente.

Ex.: Um gesto, um olhar, uma palavra BASTAVA.

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6. Sujeito composto, resumido por TUDO, NADA, NINGUÉM, ALGUÉM, CADA UM, CADA QUAL:

Verbo no singular (palavra síntese):

Ex.: Cadeiras, mesas, estantes, NADA escapou.

José, Maria, Teresa, NINGUÉM passou.

7. Sujeito composto por pessoas diferentes:

Prioridade:

Verbo na 1a pessoa sempre, em qualquer hipótese;

Verbo na 2a pessoa é melhor, se houver 2ª e 3ª pessoa;

Verbo na 3a pessoa é (aceitável), se houver 2ª e 3ª pessoa.

Ex.: Eu, tu e ele fomos à rua. (1a pessoa).

Tu e ele sois irmãos? (2a pessoa) (é melhor).

Tu e ele são irmãos? (3a pessoa) (é aceitável).

8. Pronome apassivador “SE”

Verbo concorda com o sujeito.

Ex.: Vende-se casa. / Vendem-se casas.

• transitivo direto

verbos

• transitivo direto e indireto

9. “SE” (índice de indeterminação do sujeito):

Verbo na 3a pessoa do singular.

Ex.: Precisa-se de operários. / Cuida-se de todos. /Assiste-se a bons filmes.

• intransitivo

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verbos • transitivo indireto

• ligação

10. Sujeito Coletivo:

Verbo no singular.

Ex.: O pessoal saiu.

11. Sujeito coletivo mencionando indivíduos nele contidos:

a) Verbo no singular.

b) Verbo concordando com os individuos.

Ex.: UM BANDO de estudantes saiu.

Um bando DE ESTUDANTES saíram.

12. “QUE” pronome relativo-sujeito:

Verbo concorda com o antecedente.

Ex.: Sou eu que pago. Somos nós que pagamos.

13. Sujeito formado por QUEM:

a) Igual à regra do QUE, ou

b) Verbo na 3a pessoa do singular.

Exs.:Sou eu quem pago. Sou eu quem paga. (3a pessoa)

Somos nós quem pagamos. Somos nós quem paga. (3a pessoa)

14. Sujeito - pronome de tratamento:

Verbo na 3a pessoa.

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Exs.: Vossa Senhoria saiu. Vossas Senhorias saíram.

15. Sujeito oracional ou Verbos no infinitivo: Verbo na 3a pessoa do singular, exceto se houver artigo, ou idéias opostas:

Ex.: Não ADIANTA discutir tais assuntos

(oração subjetiva)

- Ler e estudar dá cultura (certo)

- O ler e o estudar dão cultura (certo)

- Ler e estudar são atos diversos (certo)

16. Núcleos ligados por “OU”: a) Idéia de exclusividade: verbo concorda com o mais próximo.

b) Sem idéia de exclusividade: verbo no plural.

Exs.: Maria ou Isabel casará com Batista.

Deus ou Nossa Senhora me ajudem.

17. HAVER = existir

HAVER = tempo decorrido

Verbo na 3a pessoa do singular

Ex.: HAVERÁ aulas / DEVE haver aulas. / HÁ treze anos que saí de casa.

18. FAZER = tempo decorrido

FAZER = fenômenos da natureza

Verbo na 3ª pessoa do singular

Exs.:FAZ cem anos que isso aconteceu.

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DEVE fazer cem anos que eles morreram.

FEZ trinta graus ontem em Natal.

19. Expressão MAIS DE UM = verbo no singular.

MAIS DE DOIS = verbo no plural

Exceção: Se houver reciprocidade. (verbo no plural)

Exs.: Mais de um ganhará na loteria –Mais de dois ganharão na sena

Mais de um se abraçaram –Mais de um milhão morreram na guerra.

20.a) QUAL de nós PASSARÁ? (Certo) – pronome no singular

b) Quais de NÓS PASSAREMOS? (Certo) – pronome no plural

c) QUAIS de nós PASSARÃO? (Certo) – (3a. pessoa do plural –pronome no plural.)

REGRA: Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular, o verbo vai necessariamente para o singular. Se o pronome estiver no plural, há duas opções.

21. a) CAMPINAS é uma grande cidade. (Certo)

b) O AMAZONAS corre para o mar. (Certo)

c) OS ESTADOS UNIDOS venceram a guerra (Certo) (É melhor). Mas venceu não é errado.

REGRA: Nome usado sempre no plural, sem artigo, ou com artigo no singular, verbo sempre no singular. Nome usado com artigo no plural, verbo preferencialmente no plural.

22. O verbo SER:

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a) Tem tendência a concordar com o plural.

Ex.: O mundo são falsidades.

b) Concorda com pessoa, ser humano.

Exs.: Beatriz era as alegrias do pai. / O homem é cinzas.

c) Concorda com o pronome pessoal.

Exs.: O responsável somos nós. / O professor sou eu.

d) Concorda com o predicativo, quando indica HORAS, DIA, DISTÂNCIA.

Exs.: É uma hora. / São duas horas. / Hoje são 25 de abril de 2010.

Eram dois quarteirões.

e) Nas expressões de quantidade, fica INVARIÁVEL.

Exs.: Dois mil reais é POUCO.

Cinco mil reais é SUFICIENTE.

Vinte mil reais é MUITO.

23. O verbo PARECER:

As crianças parecem sorrir (Certo)

As crianças parece sorrirem (Certo)

As crianças parecem sorrirem (Errado)

24. Número fracionário:

Verbo concorda com o numerador.

Exs.: 1/3 dos alunos saiu. 2/3 dos alunos saíram.

25. Número percentual concorda com a expressão que acompanha tal número, preferencialmente:

Ex.: Vinte por cento dos alunos saíram. Vinte por cento da turma saiu.

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26. CERCA DE, MENOS DE, PERTO DE

Verbo no plural.

Exs.: Cerca de duzentos alunos chegaram.

Menos de dois ganharão na loteria.

27. Um dos que = verbo no plural (geralmente)

Exs.: Foi um dos professores que mais me ajudaram no vestibular.

O Tietê é um dos rios que corta a cidade de São Paulo. (É único).

28. Pode-se ver ainda os últimos corredores. (Certo)

Podem-se ver ainda os últimos corredores. (Certo)

REGRA: As duas frases acima estão corretas. Existe, porém, preferência na linguagem culta pelo emprego do verbo no plural.

29. Nós é que somos brasileiros (Certo)

REGRA: A expressão É QUE, idiotismo da língua portuguesa, é invariável.

30. Tanto a escola (quanto) a família devem educar. (Certo)

(como)

A escola tanto quanto a família deve educar. (Certo)

REGRA: Se o sujeito vem ligado pela correlação tanto... quanto, assim... como, não só.... mas também, o verbo vai para o plural.Se não houver a correlação, tanto quanto, tanto como, assim como, colocados antes do segundo elemento, verbo concordará só com o primeiro elemento.

31. O time vai mal, haja vista os últimos resultados. (Certo)

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O time vai mal, hajam vista os últimos resultados. (Certo)

O time vai mal, haja vista aos últimos resultados. (Certo)

REGRA: As três concordâncias acima estão corretas, a primeira, porém, (haja

vista invariável) é a mais freqüente. 32. Nem Ferroviário, nem Ceará será o campeão. (Certo)

Nem Juazeiro nem Crato será sede do governo. (Certo)

REGRA: quando os termos do sujeito composto vierem ligados pela conjunção NEM, o verbo irá para o plural se houver idéia de concomitância; para o singular, preferencialmente, se houver idéia de exclusão.

33. O Presidente com sua secretária chegou. (Certo)

O Presidente com sua secretária chegaram. (Certo)

Chegou o Presidente com sua secretária. (Certo)

Chegaram o Presidente com sua secretária. (Errado)

34. Um e outro chegou. (Certo)

Um e outro chegaram. (Certo)

Nem um nem outro chegou. (Certo)

REGRA: com a expressão UM E OUTRO o verbo vai para o singular ou plural; com a expressão NEM UM NEM OUTRO, o verbo vai para o singular, preferencialmente.

35. Cada diretor, cada funcionário sabe sua obrigação. (Certo)

REGRA: Cada (repetido) leva o verbo para o singular.

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EXERCÍCIOS CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL Marque a ÚNICA opção correta: 1. a) ( ) Jornal e revista brasileira. b) ( ) Bons lugar e hora. c) ( ) As esquadras brasileira e a inglesa. d) ( ) Crime de leso-majestade. e) ( ) Muito obrigado, disse Raquel. 2. a) ( ) Anexo envio os relatórios. b) ( ) Ela é uma pseuda-enfermeira. c) ( ) Havia menas gente no reunião. d) ( ) Junto à foto, vão as faturas. e) ( ) Estão só, sem ninguém. 3. a) ( ) Um e outro reclamaram. b) ( ) Comprou só meia garrafa. c) ( ) Filhos tais quais o pai. d) ( ) Entrada é proibida. e) ( ) Entrada permitido só a menores. 4. a) ( ) Caro permanece os artigos. b) ( ) Haver bastante candidatos. c) ( ) É bom toda a cautela. d) ( ) Convenções lusas-brasileiras. e) ( ) Encontrei alunos o mais educados possíveis. 5. a) ( ) Andar e nadar fazem bem à saúde. b) ( ) O ler e o estudar dá cultura ao aluno. c) ( ) Qual de nós sabíamos mesmo disso d) ( ) Chegou Pedro, Miguel e Francisco. e) ( ) Ele não sou eu. 6. a) ( ) Tinha motivos bastante para sair. b) ( ) Avistei dois surdos-mudos. c) ( ) Comprou camisas beges. d) ( ) Os chuchus continuam caro.

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e) ( ) Vai inclusa à carta meu retrato 7. a) ( ) Mais de uma professora viajaram. b) ( ) Tricolores ou alvinegros comemorarão o título. c) ( ) Chegaram o gerente com seu auxiliar. d) ( ) O Sol é um dos astros que dão calor à Terra. e) ( ) Vossas Senhorias conheceis nossos problemas. 8. a) ( ) Somos nós que pagou a despesa. b) ( ) Foi eu quem paguei a despesa. c) ( ) O time vai mal, haja visto o último jogo. d) ( ) Basta para o caso poucas palavras. e) ( ) Quais de nós passarão.

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MÓDULO n° 10 Regência verbal e nominal

Os verbos podem ser, quanto à regência, classificados em: • INTRANSITIVOS • TRANSITIVOS • DE LIGAÇÃO

INTRANSITIVO: é o verbo cuja ação não passa (não transita) além do verbo. Exs.: A criança VIVE. O sol BRILHA. TRANSITIVO DIRETO é o verbo cuja ação passa para o objeto diretamente (sem

auxílio da preposição). Exs.:Já vi ESTE FILME. O.D. Eu amo ESTA GAROTA. O.D. TRANSITIVO INDIRETO: é o verbo cuja ação passa para o objeto indiretamente (por

meio de preposição). Exs.: Gosto de VOCÊ. - Creio em VOCÊ. O.I. O.I. DE LIGAÇÃO: são verbos que não têm significação. São meros conectivos. Exs.: ser, estar, ficar, permanecer, tornar-se, andar, etc. • Pedro É bom. • A paralítica ANDA doente. OBSERVAÇÕES: a) Há verbos que mudam de regência e conservam o mesmo sentido. Este juiz PRESIDIU o jogo. (T.D.) Este juiz PRESIDIU ao jogo. (T.I.) b) Há verbos que mudam de regência e mudam de sentido. O sol DECLINA. (intransitivo) DECLINEI os nomes. (T.D.) DECLINAMOS do convite. (T.I.) REGÊNCIA DOS PRINCIPAIS VERBOS

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1. AGRADAR • Transitivo Indireto - ser agradável, satisfazer. Ex.: O cantor agrada ao público. • Transitivo Direto - mimar, acariciar. Ex.: O menino agrada o cachorrinho. (uso

quase arcaico). 2. ASSISTIR • Intransitivo: morar, residir. Ex.: A loja assiste em várias cidades do Rio Grande

do Norte. • Transitivo Direto: socorrer, prestar assistência. Ex.: O médico assiste o doente. • Transitivo Indireto: a) ver, presenciar Ex: Assistimos à inauguração. b) caber, tocar, ser de direito. Ex: É direito que lhe assiste. c) socorrer, prestar assistência. Ex: O médico assiste ao doente. 3. ASPIRAR • Transitivo Direto: respirar, cheirar, inalar. Ex: Aspiro o ar puro. • Transitivo Indireto: desejar, almejar, ambicionar. Ex: Aspiro a esta promoção. 4. ESQUECER e ESQUECER-SE • Transitivo Direto: olvidar, perder a lembrança de. Ex: Esqueci você. • Transitivo Indireto: quando for usado pronominalmente. (Esquecer-se) Ex: Esqueci-me de você. ESQUECER (uso clássico): Fugir da memória - Coisa ou pessoa que foge da memória = sujeito. - Pessoa para quem algo foge = objeto indireto. Ex: Esqueceu-ME SEU TELEFONE. O.I. Sujeito Outro exemplo: Esqueceram-me seus nomes. 5. LEMBRAR e LEMBRAR-SE • LEMBRAR - T.D. Ex: Não lembro você. • LEMBRAR-SE - T. I. Ex: Não me lembro de você. • LEMBRAR (uso clássico): Vir à mente. Ex: Lembrou-ME seu telefone. O.I. Sujeito Outro exemplo: Lembraram-me seus telefones. 6. CHAMAR • Transitivo Direto - convocar, fazer vir.

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Ex: O gerente chamou o vendedor. • Transitivo Indireto - apelidar, cognominar ou Transitivo Direto. Chamei-o bobo. (Certo) Chamei-o de bobo.(Certo) Chamei-lhe bobo. (Certo) Chamei-lhe de bobo.(Certo) 7.QUERER • Transitivo Direto - desejar. Ex: Quero você na festa. • Transitivo Indireto - estimar, amar. Ex: Eu lhe quero muito. 8. PAGAR e PERDOAR • Transitivo Direto • Transitivo Indireto - Coisa - O.D. - Pessoa ou entidade - O.I. Ex: a) Paguei esta conta. Perdoei esta conta. b) Paguei a estes funcionários. Perdoei a estes funcionários. 9. OBEDECER (desobedecer) • Transitivo Indireto Ex: Ele obedece ao regulamento. Ele desobedece ao regulamento. 10. VISAR • Transitivo Direto a) Apontar arma, mirar. Ex:Visou o alvo. b) Colocar o visto, passar o visto. Ex:Visei o passaporte. • Transitivo Indireto - almejar, desejar. Ex: Viso a dias melhores. 11. CUSTAR • Transitivo Direto - “ser adquirido pelo preço de”: Ex: A banana custa muito dinheiro. • Transitivo Indireto - ser difícil, ser penoso. Usado só na 3ª. pessoa. a COISA que é difícil - ORAÇÃO SUBJETIVA a PESSOA para quem a coisa é difícil - OBJETO INDIRETO Ex: Custou-ME APRENDER A MATÉRIA O.I. Sujeito Outro exemplo: Custa-nos pegar um táxi. • Transitivo Direto e Indireto - acarretar, causar, provocar. A tarefa custou-ME SACRIFÍCIOS O.I. O.D 12. INFORMAR, AVISAR, CIENTIFICAR, CERTIFICAR, COMUNICAR

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• Transitivo Direto e Indireto - PESSOA = O.D. - COISA = O.I. (ou o contrário) Ex: Informei vocês sobre isso. (Pessoa = OD. Coisa = OI) Informei a vocês isso. (Pessoa = OI. Coisa = OD) 13. PREFERIR OBS.: Com o verbo PREFERIR não se usam MAIS, MUITO MAIS, MENOS, ANTES,

QUE e DO QUE. • Transitivo Direto e Indireto - a coisa MAIS apreciada - O.D. - a coisa MENOS apreciada - O.I. Ex: Prefiro o Vasco ao Flamengo. 14 SERVIR • Transitivo Direto Prestar serviço. Ex: A empresa tem o máximo prazer em servi-lo. • Transitivo Indireto Ser útil, ser agradável, ser conveniente. Ex: Este vestido não lhe serve.

REGÊNCIA NOMINAL Assim como há verbos completos e incompletos, assim também existem nomes completos e nomes incompletos. Os verbos incompletos pedem um complemento verbal (objeto direto e objeto indireto); os nomes incompletos precisam de um complemento nominal. Nomes são os substantivos, os adjetivos e os advérbios.

A menos que se trate de possessivos, os complementos nominais são geralmente preposicionados e, por isso, se assemelham aos objetos indiretos. Os nomes muitas vezes pedem mais de uma preposição, cuja escolha é imposta pelos costumes da língua. Por essa razão, fica difícil a sua memorização. Veja-se o exercício seguinte e tente acertar a preposição exigida pelo nome Exercício

1.Ele é apto __________ trabalho. 2. Foi atencioso_________ os colegas. 3. Meu amigo é avesso _________________ essas ideias. 4. Os alunos estão contentes ________ o curso. 5. Hoje ela é imune ________ essa doença. 6. O

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ladrão estava próximo _________ carro.7. O alimento é rico ______proteínas. 8. O tanque está cheio _______ etanol. 9. Sempre revelou amor ______ estudos. 10. Foi cruel _________ o animal. 11. Agiu de conformidade ________ o que ficou combinado. 12. Revelou simpatia _________ essa candidata. 13. É um artista exímio ____ arte abstrata. 14. Votou contrariamente _________ interesses da maioria. 15. Seu gesto é digno __________ louvor. 16. Opinou desfavoravelmente ______ nós. 17. Ele é apaixonado _______ ciências exatas. 18. Houve infração ________ lei. 19. Não fez ainda a quitação ____________ última prestação. 20. Não está adaptado ________ costumes do país. 21. Vive alienado ______ mundo real. 22. Fez alusão maldosa __________ comportamento do político. 23. Estava atenta __________ que se passava na sala. 24. Lutou avidamente _____________ sua aprovação. 25. Sou amplamente contrário _______ tese da reeleição. 26. Independentemente ________ seu consenti- mento, agirei de conformidade __________ a minha consciência. 27. O Nordeste é opulento _______ peixes. 28. Qual o seu palpite __________ o jogo de hoje. 29. Piorou por causa de sua desatenção______ conselhos médicos. 30. Referentemente ________ este processo, não houve ainda manifestação do juiz. ________________________________________________________________

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MÓDULO n° 11 Significação das palavras

A disciplina que se ocupa da significação das palavras se chama Semântica. EXPLICAÇÃO: Os vocábulos podem ser gramaticais (formas só de significação interna, dentro da

língua), como as preposições, que rigorosamente não são palavras, e lexicais (formas livres de significação externa)- as palavras.

A semântica pode ser sincrônica, isto é descritiva e diacrônica. isto é histórica. Na primeira, estuda-se a significação atual das palavras de uma língua, de uma época determinada; a semântica diacrônica estuda as mudanças de significada, que sofrem as palavras no decorrer dos tempos.

SINONÍMIA - ANTONÍMIA - HOMONÍMIA - PARONÍMIA

Palavras sinônimas: são palavras diferentes na forma, mas iguais ou semelhantes na significação; se a significação é igual, os sinônimos dizem-se perfeitos (lábio = beiço); se semelhante, imperfeitos (sábio = erudito).

Palavras antônimas: são palavras diferentes na forma e opostas na significação (bem x mal; nascer x morrer).

Palavras homônimas: são palavras iguais na forma e diferentes na significação. As palavras homônimas podem ser : homófonas - possuem o mesmo som, mas significação diferente. Ex.: conserto - concerto; acento e assento; cheque e xeque; russo e ruço; passo e

paço; sela e cela. homógrafas - possuem a mesma grafia, mas significação diferente. Ex. : fora (ô) - fora; olho (ô) - olho; sede (vontade de beber) e sede (residência). Há casos em que duas palavras são homógrafas homófonas. Exs.: canto (verbo) - canto (ângulo). manga (fruta) - manga (verbo). As homógrafas homófonas são chamadas de homônimos perfeitos. Palavras parônimas: são palavras parecidas na escrita, mas de significados diferentes.

Vejam-se os parônimos abaixo:

PARÔNIMOS

Veja a relação de alguns parônimos :

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1. - lista: relação, rol, listagem. - listra: risca, linha ou faixa num tecido. 2. - estada: permanência, passagem, passadio. - estadia: permanência de um navio ou barco, no porto. 3. - despercebido: não percebido, não notado, não reconhecido. - desapercebido: desprevenido, desprovido 4. - fuzil: arma - fusível: filamento que se pode derreter. 5. - infligir: cominar, aplicar uma pena - infringir: transgredir, violar. 6. - onde: lugar em que (idéia de local estático). Onde moras? - aonde: para onde (só se usa com verbos que tenham idéia de movimento). Aonde

foste? 7. - acidente: desastre, imprevisto desagradável. - incidente: acontecimento, caso, episódio. 8. - descrição: tipo de redação, pela qual se descrevem pessoas, paisagens, objetos. - discrição: judiciosidade, discernimento, recato. 9. - intimorato: corajoso. - intemerato: puro, íntegro. 10. - em vez de: em lugar de. - ao invés de: ao contrário de. 11. - deferir: atender favoravelmente, consentir. - diferir: dilatar, adiar, distinguir. 12. - cegar: tirar a luz dos olhos. - segar: ceifar, cortar (a grama, o trigo) 13. - cela: pequeno quarto, cubículo. - sela: assento posto sobre o animal. 14. - cerrar: fechar, encerrar. Ex.: cerrar os olhos. - serrar: cortar com serra, dividir com serrote. 15. - invito: constrangido, forçado. - invicto: não vencido, não derrotado. 16. - inapto: que não é apto. - inepto: bobo, tolo, inapto, incapaz. 17. - retificar: corrigir, tornar reto. - ratificar: confirmar, corroborar. 18. - lustro: período de cinco anos. - lustre: brilho, polimento, lampadário. 19. - lactante: a que amamenta, nutriz. - lactente: o que mama, criança muito nova. 20. - dispensa: isenção, escusa. - despensa: quarto da casa onde se guardam mantimentos.

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21. - indefeso: (ê) desarmado. - indefesso: (é) infatigável, incansável. 22. - vultuoso: inflamado, inchado, intumescido. - vultoso: de vulto, de importância. 23. - incipiente: aquele que inicia, que começa. - insipiente: ignorante. 24. - mugir: dar mugidos, berrar (a vaca muge) - mungir: ordenhar, tirar leite (o leite mungido, e não mugido). 25. - objeção: contestação, resposta, refutação. - abjeção: baixeza, vileza, humilhação. SINÔNIMOS

EXERCÍCIOS DE VOCABULÁRIO I I. Substituir a expressão grifada por adjetivo culto correspondente: 1. Zona da cidade: ______________________________________

2. Região do campo: _______________________________ 3. Período da Idade Média: __________________________ 4. Filosofia de Descartes: ____________________________ 5. Região do Sul: __________________________________ 6. Leis de Moisés: _________________________________ 7. Poder do Rei: ___________________________________ 8. Período de ouro: _________________________________ 9. Língua de cobra: ________________________________ 10. Fome de cão: ___________________________________ 11. Aspectos de macaco: _____________________________ 12. Rebanho de burro, de asno: ________________________ 13. Criação de abelhas: ______________________________ 14. Praga provocada por ratos: ________________________ 15. Ácido de enxofre: ________________________________ 16. Poder de fogo: __________________________________ 17. Região das nádegas: ____________________________ 18. Águas da chuva: _________________________________ 19. Palácio do bispo: ________________________________ 20. Chapéu do cardeal: ______________________________ 21. Poder da Igreja: _________________________________ 22. Felicidade do paraíso: ____________________________ 23. Cordeiro da Páscoa: ______________________________ 24. Dificuldades de dinheiro: __________________________ 25. Névoas de gelo: _________________________________ 26. Solo de pedra: __________________________________

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27. Chuva cheia de interrupções: _______________________ 28. Cenas de amor: _________________________________ 29. Aulas de mestre: ________________________________ 30. Clube de colecionadores de selo: ___________________ 31. Bolo de fezes: ___________________________________ 32. Fase da Lua: ___________________________________ 33. Faixa de idade: __________________________________ 34. Região próxima à nuca: ___________________________ 35. Injeção debaixo da pele: __________________________ 36. Substância que contém proteínas: ___________________ 37. Feridas cheias de pus: ____________________________ 38. Período de verão: ________________________________ 39. Força da terra: __________________________________ 40. Luzes da tardinha: _______________________________ 41. Areias que se movem: ____________________________ 42. Nervo da visão: _________________________________ 43. Estado de sono profundo e contínuo: _________________ 44. Devedor que não cumpre as cláusulas do contrato: _____ 45. Plantas da selva: ________________________________ 46. Vida de príncipe: ________________________________

II. Substituir a expressão grifada pelo SUBSTANTIVO CULTO adequado: 1. A saída do povo do campo: ________________________ 2. Foi a decisão do juiz sobre o caso: __________________ 3. O juiz trajava o vestuário de magistrado: ______________ 4. Ele pratica adivinhação pela mão: ___________________ 5. O rapaz era um colecionador de moedas: _____________ 6. Procurou um especialista em ouvido, nariz e garganta: ___ 7. Houve os cento e cinqüenta anos da Independência do Brasil: 8. Foi condenado por ser assassino da própria mulher: _____ III. Dar o sentido das palavras grifadas: 1. Teceu sobre o assunto considerações perfunctórias: ____ 2. Dedicava-lhe um amor platônico: ____________________ 3. Colheu um fruto temporão: _________________________ 4. Era um tipo perdulário: ____________________________ 5. São medidas falíveis: _____________________________ 6. Tratava-se de pessoa provecta: _____________________ 7. É um sujeito fleugmático: __________________________ 8. São jovens impúberes: ____________________________ 9. Atingiu os ossos parietais: _________________________ 10. Era um velho misantropo:__________________________ 11. Apreciava vinho frisante: __________________________

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12. É uma substância fosforescente: ____________________ 13. Aderiu ao movimento paredista: _____________________ 14. Avistava-se uma ponta pênsil: ______________________ 15. Tratava-se de um jornalista polígrafo ________________ 16. Sempre foi muito puritano: _________________________ 17. Pronunciou discurso prolixo: _______________________ 18. Celebra-se o jubileu: _____________________________ 19. Foi um franco-atirador: ____________________________ 20. Era um jovem fanfarrão: ___________________________

IV. Escrever os nomes pátrios correspondentes:

1. República helvécia: ______________________________ 2. Acordo teuto-brasileiro: ___________________________ 3. O povo malgaxe: ________________________________ 4. O país inca: ____________________________________ 5. A população asteca: ______________________________ 6. A seleção andina: ________________________________ 7. Convenção ibero-americana: _______________________ 8. Selos magiares: _________________________________ 9. O parlamento afegão: _____________________________ 10. Acordo belgo-sino-lusitano: ________________________ 11. A população abexim: _____________________________ 12. Origem franco-canadense: _________________________ 13. Cidadão fluminense: ______________________________ 14. O time maurício: _________________________________ 15. A equipe potiguar: _______________________________ 16. Cidadão paulistano: ______________________________ 17. A capital timbira: _________________________________ 18. A metrópole marajoara: ___________________________ 19. Os barrigas-verdes: ______________________________ 20. Os candangos: __________________________________ V. Retirar o VERBO correspondente do QUADRO abaixo, flexionando-o adequadamente: 1. Adivinhou a vitória dos aliados: _____________________ 2. Não pode adiar uma solução para o caso: _____________ 3. Há cinco anos foi expulso do pais: ___________________ 4. Proibiu a entrada de estranhos: _____________________ 5. Continue pela mesma rua: _________________________ 6. Multiplicam-se as ervas daninhas: ___________________ 7. Não podemos desculpar todos os erros: ______________

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8. A bravura obrigou o inimigo a voltar atrás: _____________ 9. No fim do verão, o calor aumenta: ___________________ 10. Ele levantava hipóteses: __________________________

recrudescer - retroceder - vaticinar - procrastinar - relevar - pulular - banir - vetar - prosseguir - aventar

VI. Substituir o grifado pela palavra adequada: 1. Bronquite que dura há muito tempo: _________________ 2. Houve uma troca de prisioneiros: ____________________ 3. Era um filho ilegítimo: _____________________________ 4. Apresentou-se um grupo teatral volante: ______________ 5. É um rapaz paralítico nos membros inferiores: _________ 6. Seus ditos suscitavam o riso dos presentes: ___________ 7. O cenário era apenas um arremedo de floresta: ________ 8. Praticava tráfico de coisas sagradas: _________________ 9. Sofria de aumento anormal de porosidade nos ossos: ___ 10. Foi Deodoro que proclamou a República, aspiração do povo brasileiro: 11. Instalou placas resistentes a ácidos: _________________ 12. Ficou espantado com a notícia do suicídio: ____________ 13. Conseguiu a suspensão condicional da pena: __________ 14. O balanço do avião provocou-lhe náuseas: ____________ 15. Está sob a guarda da polícia: _______________________ 16. Na pracinha, sobre o tablado, os artistas populares apresentavam o espetáculo: 17. Sofria de mania de grandeza: ______________________ 18. É a rua que corta perpendicularmente: _______________ 19. Usou a palavra no seu sentido metafórico: ____________ 20. Fez o confronto da cópia com o original: ______________ 21. Possui um rosto cheio de rugas: ____________________ 22. No dia anterior ao de anteontem, foi seu aniversário: ____ 23. A mudança dos passageiros para o outro ônibus foi rápida: 24. O ladrão entrou na loja por negligência do guarda: ______ 25. Era seu irmão de leite: ____________________________ 26. Trata-se de animais que vivem em bandos: ____________ 27. Reclamou o tratamento igual garantido por lei: _________ 28. Respondeu durante o tempo em que o cargo ficou vago: _ 29. Trata-se de um indivíduo de compleição fraca, doentio, enfermiço: 30. Trouxe um feijão em que havia molho e mistura de vários temperos: 31. O artista no início do palco, bem na frente anunciou o espetáculo: 32. Escondeu-se no espaço entre o telhado e o forro da casa: 33. Era um goleiro ainda inexperiente para uma decisão: ____ 34. Recebeu propina para expedir o alvará: ______________ 35. Cataloga-se como disciplina que serve de introdução à filosofia:

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36. Ambiente em que se misturam desordenadamente pessoas de todos os tipos: 37. Eram tipos sagazes, velhacas: ______________________ 38. Protegia o rosto com os cabelos longos e soltos: _______ 39. O porteiro guardava as cartas em pequenas caixas de madeira: 40. Abraçava a doutrina que busca o prazer como único bem supremo: VII. Substituir o grifado pelo VERBO adequado: 1. Tentou por todos os meios diminuir o valor dos soldados: _ 2. Acrescentou novos títulos aos da bibliografia: __________ 3. Há muito que seus cabelos ficaram brancos: ___________ 4. As feridas começaram a expelir pus: _________________ 5. A Lei do Talião mandava revidar com dano igual as humilhações: VIII.Dar o sentido dos radicais gregos existentes nas palavras abaixo: a) Pseudônimo: ___________________________________ b) Cosmopolita: ___________________________________ c) Podômetro: _____________________________________ d) Nefrite: ________________________________________ e) Plutocracia:_____________________________________ f) Ictiófago: _______________________________________ g) Pneumologia: ___________________________________ h) Autógrafo: ______________________________________ i) Telegrama: _____________________________________ j) Cromoterapia: ___________________________________ l) Eneágono: _____________________________________ m) Hipódromo: _____________________________________ n) Xilofone: _______________________________________ o) Tanatofobia: ____________________________________ p) Selenomancia: __________________________________ q) Rinoplastia:_____________________________________ r) Pentágono: _____________________________________ s) Microscopia: ____________________________________ t) Heteromorfo: ___________________________________ u) Isócrono:_______________________________________ v) Glossalgia: _____________________________________ x) Dolicocéfalo: ____________________________________ z) Cinófobo: ______________________________________ IX. Substituir por um adjetivo culto: 1. Injeção dentro da veia: ____________________________ 2. Marcas do dedo: _________________________________ 3. Leis de Bizâncio: ________________________________

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4. Força de touro: __________________________________ 5. Animal que come ervas: ___________________________ 6. Povos que nasceram em outras terras: _______________ 7. Indivíduo que vaga durante a noite: __________________ 8. Religioso que adora imagens: ______________________ 9. Soldado que deserta e passa para o inimigo: __________ 10. Conselhos que revelam sabedoria: __________________

X. Substitua o grifado por vocábulo erudito: a) Rapaz sem barba: _______________________________ b) Flores que não murcham: _________________________ c) Grandeza que não pode ser medida: _________________ d) Ave sem penas: _________________________________ e) Tecido que não se deixa atravessar pela água: _________ f) Jovem que ainda não chegou à puberdade: ___________ g) Túnica sem costura: ______________________________ h) Vinho que embriaga: _____________________________ i) Projetos que não podem ser executados: _____________ j) Individuo sem nenhuma aptidão: ____________________ l) População sem defesa: ___________________________ m) Verbos que indicam começo de ação: ________________ n) Direito que não se pode contestar: ___________________ o) Injeção que se aplica no interior da veia: ______________ p) Noite em claro: __________________________________ q) Mulher celibatária, que não se casou: ________________ r) Procedimento inabitual, incomum: ___________________ Fim da Apostilha do Curso Português para o MPU Myrson Lima Julho/2010